Revista M&T - Ed. 235 - Julho 2019

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MANUTENÇÃO

IMAGENS: REPRODUÇÃO

O handicap

do biodiesel

Com forte pegada ambiental e econômica, o combustível

de origem vegetal também tem maior custo de produção, além de poder degradar componentes de borracha nos veículos

O

biodiesel é um combustível biodegradável produzido principalmente a partir de óleos vegetais, podendo ser obtido por diversos processos como craqueamento, esterificação ou transesterificação. Esta última, a mais utilizada, consiste numa reação química de gorduras animais ou vegetais (de mamona, dendê, girassol, babaçu, amendoim, soja e outros, além da escuma gerada por estações de tratamento de esgoto) com o etanol, estimulada por um catalisador. Como regra geral, pode-se dizer que 100 kg de óleo reagem com 10 kg de etanol, gerando 100 kg de biodiesel e 10 kg de glicerina. Fonte renovável de energia, o biodiesel substitui total ou parcialmente o diesel de petróleo, podendo ser usado puro ou misturado

a este combustível fóssil. A mistura de 2% de biodiesel ao derivado de petróleo é chamada de B2, e assim por diante, até o B100 (biodiesel puro). Pode-se misturar até 20% de biodiesel ao combustível de petróleo sem necessidade de modificação dos motores. No Brasil, a Lei Federal 10.033 autorizou a mistura de até 7% de biodiesel ao diesel comum, utilizando-se matérias-primas provenientes de agricultura familiar. Na Comunidade Europeia, a adição de 5% de biodiesel ao combustível é obrigatória. O baixo preço do diesel de petróleo retardou a evolução desse combustível, que só se acelerou a partir dos anos 70, também devido à necessidade de se reduzir a poluição ambiental. Nesse período, as pesquisas têm sido mais intensas com os óleos

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