ESPECIAL INFRAESTRUTURA
Para garantir a distribuição de energia nos diversos cantos do país, as linhas de transmissão nacionais precisam avançar em capacidade logística e receber novos investimentos Por Melina Fogaça
E
m um país que conta com uma extensão territorial em torno de 8.516.000 km², levar energia para aos mais distantes rincões não é uma tarefa fácil, pois requer geração suficiente e uma ampla rede de linhas de transmissão. Esse, aliás, é um dos principais desafios do Brasil nas próximas décadas em termos de infraestrutura. A base já existe, mas precisa melhorar. Como explica o pesquisador da FGV Energia, Guilherme Pereira, a geração e distribuição de energia no país funcionam por meio do SIN (Sistema Interligado Nacional), composto pelos sistemas de geração e transmissão, que possuem dimensão continental. A operação do SIN, por sua vez, é realizada
REPRODUÇÃO
O desafio energético
pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), de forma independente e centralizada. No que tange à geração, as usinas hidrelétricas ainda são a principal fonte energética brasileira. Segundo informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), as usinas correspondem a 60% da geração total do país, produzindo em torno de 98.581.478 kW de potência. Já o sistema nacional de transmissão é responsável por conectar todos os estados brasileiros, sendo o estado de Roraima a única exceção. “Este estado ainda não foi conectado à rede básica do SIN e sua energia é provida por meio de usinas térmicas locais e também da interligação com a Venezuela”, comenta Pereira. Segundo dados do ONS, em 2017 a extensão da rede de transmissão no Brasil era de 141.388 km, com capacidade
JULHO/2019
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