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no 7 | setembro | 2019
Com um índice de 94% na destinação final, Brasil conta com o maior programa do mundo para coleta e reciclagem das embalagens plásticas de defensivos agrícolas
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sustentabilidade ambiental é um dos fatores estratégicos para os diversos segmentos da economia. Diversos programas vêm sendo criados para ampliar a conscientização da importância de se produzir com mais eficiência, respeitando o meio ambiente. No agronegócio, esse fato já é uma realidade. Atualmente, o Brasil, além de ser líder global no mundo, com grandes safras e expressiva produtividade em diversas culturas, é referência mundial por manter o maior programa de logística reversa em relação à coleta, reciclagem e destinação final adequada das embalagens de defensivos agrícolas utilizados na produção. O Sistema Campo Limpo, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) em 2001, já deu destinação final adequada para mais
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REVISTA M&t
INPEV
Ecoeficiência na produção
Logística aprimorada garante coleta, reciclagem e destinação de embalagens de defensivos agrícolas
de 500 mil t de embalagens, alcançando a expressiva marca de 94% das embalagens plásticas primárias vendidas no mercado. Mas o sistema acumula outros números expressivos em relação a ecoeficiência: de 2002 a 2018, por exmplo, o volume de embalagens retiradas do campo poderia abastecer 4 milhões de casas durante um ano, enquanto a diminuição na geração de resíduos sólidos equivale ao volume gerado por uma cidade de 500 mil habitantes durante 12 anos. Além disso, 688 mil t de CO2 deixaram de ser emitidas, o equivalente a 1,6 milhões de barris de petróleo não utilizados, ou 4 milhões de árvores preservadas.
CIRCULAR
Formado por uma rede de 400 pontos de captação que cobrem as principais regiões agrícolas do país,
o sistema envolve todos os elos da cadeia produtiva do agronegócio num esquema de responsabilidade compartilhada. Ao agricultor cabe lavar, armazenar e devolver as embalagens após seu uso final. Os canais de distribuição de defensivos e cooperativas precisam especificar o local de devolução na nota fiscal de venda e receber as embalagens vazias. Já os fabricantes de defensivos são responsáveis por recolher as embalagens nos pontos de coleta e dar a destinação final. Ao poder público, cabe fiscalizar todo o processo. Nos centros de coleta, as embalagens são separadas e classificadas de acordo com o tipo de plástico. Em seguida, são separadas em fardos e direcionadas às empresas recicladoras parceiras do inpEV, que se incumbem de processá-las e transformá-las novamente em resinas, que estarão prontas para reinserção