Revista M&T - Ed. 239 - Novembro 2019

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no 9 | novembro | 2019

Transformando

resíduos em recursos CIMENTO APODI

Também aplicada à indústria do cimento, tecnologia de coprocessamento reintroduz na cadeia produtiva os resíduos de diversas fontes, que antes eram dispostos em aterros

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Tecnologia de coprocessamento reintegra de forma segura o material descartado ao processo de fabricação de cimento

aumento da geração de resíduos nos últimos 30 anos tem se tornado um dos grandes desafios para a sustentabilidade global. Atualmente, são produzidas 1,4 bilhão de toneladas por ano. Uma alternativa sustentável e adequada para a destinação desses resíduos é o coprocessamento, cuja tecnologia reintegra de forma segura o material descartado ao processo de fabricação do cimento. O coprocessamento vem sendo aplicado de maneira mais ampla no Brasil desde a década de 90. Dos anos 2000 até o momento, já foram coprocessadas cerca de 13 milhões de toneladas de resíduos, reduzindo o uso de combustíveis fosseis, colaborando ativamente

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para a redução de passivos ambientais e contribuindo para a preservação de recursos naturais. “Transformar resíduos em recursos é chave para o desenvolvimento do país”, ressalta Daniel Mattos, head do Núcleo de Coprocessamento da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland). “Inserida na economia circular, a tecnologia de coprocessamento tem a capacidade de reintroduzir na cadeia produtiva os resíduos de diversas fontes, que antes eram dispostos em aterro.” Essa atividade também contribui para a diminuição da emissão de gases de efeito estufa pela indústria de cimento. Globalmente, o segmento responde por cerca de 7% de todo o CO2 emitido pela atividade humana.

No Brasil, acentua Mattos, os esforços promovidos pela indústria há décadas vêm colocando o país em uma posição destacada, com um dos menores níveis mundiais de emissão por tonelada de cimento produzida (2,6%).

EMISSÕES

Mesmo assim, ainda há muito trabalho a ser feito no que se refere à substituição de combustíveis fósseis por opções alternativas. Na Europa, países como Alemanha já utilizam o coprocessamento em substituição aos combustíveis fósseis em níveis de 65%. “O Brasil chega até o momento a 15%, porém com a ambição de atingir 55% de substituição até o ano de 2050”, explica Mattos.


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