TRATORES
Mais eficiência
no campo
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Frente à procura mundial cada vez maior por alimentos e à escassez de mão de obra, o mercado de tratores também cresce para atender às demandas de tratos culturais e plantio
os últimos anos, tornou-se nítida a percepção de que o uso de equipamentos agrícolas – especialmente apoiado em tecnologias embarcadas – pode fazer a diferença no dia a dia do produtor, ajudando a elevar a produtividade e a rentabilidade da lavoura. Um bom exemplo disso é o visível aumento da utilização de tratores de pneus e de esteiras, considerados peças fundamentais para a atividade no campo. O crescimento das aquisições de máquinas agrícolas, incluindo tratores, já havia sido detectado pelo IBGE no Censo Agropecuário de 2017, que também mostrou como as mudanças sociais – aumento da renda, políticas de mecanização, renovação programada de frotas
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REVISTA M&t
Por Melina Fogaça e avanços tecnológicos – têm sido responsáveis por tal avanço. Todavia, segundo o coordenador de marketing de produto para a linha de tratores da AGCO, Eder Pinheiro, o principal indutor vem de uma conjunção de fatores, incluindo facilidades de crédito, demanda por alimentos e escassez de mão de obra no campo. “Tudo isso influencia para que tenhamos cada vez mais máquinas no campo, de modo a aproveitar melhor as janelas de plantio e, assim, aumentar a eficiência”, comenta. Há ainda de se considerar o valor intrínseco do próprio equipamento, principalmente sua versatilidade. Como destaca o gerente de marketing de produto da Case IH, Lauro Rezende, os tratores são polivalentes, com
capacidade de exercer diversas atividades no campo, como arar, preparar o solo, cultivar e plantar. “Essas máquinas também podem trabalhar em outras áreas, como transporte e atividades de suporte à construção”, ele complementa. Talvez até por isso, entre 2006 e 2017, como delineia o Censo Agropecuário, o número de tratores utilizados nas propriedades rurais aumentou em quase 50%. Em 2006, havia uma frota com cerca de 820 mil unidades nos campos do país, um volume que 11 anos depois saltou para mais de 1,2 milhão de unidades, incluindo apenas as versões de pneus (também chamadas de “tratores agrícolas”). Um desempenho certamente invejável para qualquer família de equipamentos.