REVISTA
ESPECIAL INFRAESTRUTURA
O gargalo do déficit habitacional moradias passa pelo desenvolvimento de programas voltados para a população de baixa renda, a que mais sofre com esse tipo de problema no país
E
m pleno século XXI, a falta de moradia persiste como um problema estrutural no Brasil, talvez um dos mais graves e urgentes. Resultado direto do aumento populacional e do processo de urbanização crescente que vem desde a década de 1950 – além da falta de políticas públicas mais incisivas na área –, o déficit habitacional obriga amplas camadas da população a viver em condições precárias país afora.
E, se nada for feito, esse gargalo só tende a crescer. Isso porque, segundo Luiz França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), o Brasil ainda apresenta uma pirâmide etária mais jovem se comparado a países mais desenvolvidos, o que sinaliza que o problema pode se agravar nos próximos anos. “São as faixas de baixa renda que têm a maior taxa de formação de famílias”, diz ele. Historicamente, as pessoas com poder aquisitivo mais baixo acabam relegadas à favelização ou à coabita-
DIÁRIO DOS CAMPOS
Superação da falta de
abril/2020
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