FABRICANTE
HORA DE
ACELERAR
APÓS PERDER PARTICIPAÇÃO DE MERCADO EM MEIO À PANDEMIA, A SCANIA ANUNCIA NOVO CICLO DE INVESTIMENTOS CONFIANTE NO DESEMPENHO DE SUAS PRINCIPAIS ÁREAS DE ATUAÇÃO EM 2021
A
-presidente das operações comerciais da montadora no Brasil. “Mas para que isso seja consistente, ainda esperamos pelo final da crise sanitária.” Segundo Barral, o último ano foi mais que atípico, na verdade fora de qualquer realidade até então conhecida, exigindo adaptações para seguir atendendo aos clientes de forma efetiva. “Começamos o ano de 2020 em um cenário de muito otimismo, com recuperação de 10 a 15% no nosso segmento”, ele recorda. “Mas, em março, bateu a pandemia e o nosso foco recaiu principalmente na preparação da rede de concessionários, para que os clientes seguissem seguros e os transportadores pudessem continuar rodando.” Em maio, prossegue o executivo, a fábrica voltou a funcionar e, mais à
frente, a montadora iniciou a entrega no país de seus novos caminhões movidos a gás, alcançando um total de 70 unidades vendidas em 2020. “Nossa perspectiva é chegar a 200 caminhões a gás comercializados em 2021”, projeta Barral. Mas, para tanto, alguns fatores conjunturais precisam ajudar. “No Brasil, aguardamos a reforma tributária e administrativa, além de uma política ambiental mais clara, que ajudem a reduzir o custo Brasil, trazendo competividade e rentabilidade ao país”, completa o executivo.
DEMANDA
Em relação aos números da demanda, o diretor de vendas da Scania,
IMAGENS: SCANIA
pesar das adversidades trazidas pela pandemia, a Scania afirma ter registrado reação nas vendas de caminhões, especialmente a partir de agosto, o que abre perspectivas positivas para o ano em curso, mesmo em um quadro de persistência das incertezas. Tanto que a empresa anunciou um novo ciclo de investimentos no Brasil, da ordem de 1,4 bilhão de reais até 2024, visando à modernização da fábrica de São Bernardo do Campo (SP), aplicação de novas tecnologias e projetos de combustíveis alternativos. “Vemos o mercado brasileiro com bons olhos, com crescimento de 3 a 4%, safra recorde, boas expectativas para o setor industrial e a construção reagindo”, observa Roberto Barral, vice-
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REVISTA M&T M&T