ENERGIA
O PONTO DE VIRADA
PARA O BIOGÁS uso de matéria orgânica para obtenção de energia elétrica e como fonte para combustível e energia térmica já é realidade em várias partes do mundo. No Brasil, esse processo ainda é lento, mas já semeia alguns resultados interessantes. É o caso dos projetos da Auma Energia, empresa de Patos de Minas (MG) fundada em 2017 para disseminar o conceito no mercado brasileiro, a princípio com energia elétrica e, depois, também com biometano.
Ligada ao Grupo Auma, player do agribusiness composto por 14 áreas de negócios, a empresa foi criada para dar sequência e aprofundar os projetos de implantação de biodigestores para conversão de créditos de carbono, iniciados em 2004. “A partir de 2012, o mercado de carbono acabou afundando, com a tonelada de carbono equivalente valendo quase nada”, posiciona Andre Holzhacker Alves, sócioadministrador da Auma Energia. “Com isso, muitos biodigestores
ficaram abandonados e, no ano seguinte, iniciamos o projeto de desenvolvimento e testes de soluções para geração de energia elétrica, incialmente para uso próprio.” Desse modo, a primeira usina de minigeração montada pela empresa tinha 100 kW e trazia conceito híbrido (solar com biogás), sendo a primeira de seu tipo a se conectar com a rede elétrica nacional. “Essa planta-piloto é um laboratório em escala real e existe até hoje”, ele ressalta.
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IMAGENS: AUMA ENERGIA
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ATUALMENTE, SOMENTE 3% DO POTENCIAL DO BIOGÁS COMO FONTE DE ENERGIA SÃO EXPLORADOS NO PAÍS, MAS AOS POUCOS O MERCADO BRASILEIRO AMADURECE PARA A TECNOLOGIA