AREVIST
ESPECIAL INFRAESTRUTURA
COMPLEXIDADE EM
DAVID CARBALLAR
ÁREAS URBANAS
A abertura de túneis em áreas urbanas exige estudos precisos sobre o tipo de solo e a seleção do método mais adequado para não causar danos às estruturas adjacentes
C
om a densa ocupação da superfície, as obras subterrâneas vêm se consolidando como opção para a criação de novos espaços de convivência e vias de locomoção e transporte. Contudo, em grandes centros urbanos é impossível construir um túnel sem considerar sua interação com as estruturas existentes, sejam elas de superfície (como casas, edifícios e pontes) ou subterrâneas (como galerias, tubulações e até mesmo outros túneis). Afinal, a presença de edificações exige que os túneis sejam construídos com a menor deformação possível do maciço que os cerca. E isso, muitas vezes, demanda sistemas de consolidação de solo externos ao túnel, necessários para
garantir a integridade das edificações. No entanto, segundo o presidente do Comitê Brasileiro de Túneis (CBT), Eloi Angelo Palma Filho, as principais diferenças dos túneis urbanos – em relação aos túneis rurais, em campo aberto – estão mais nos métodos e procedimentos construtivos do que propriamente nos requisitos de operação. Há casos específicos na área urbana, diz ele, como metrôs, em que se demanda menor ou nenhum ingresso de águas de infiltração. Para isso, são feitas etapas construtivas com especificações típicas. “Quanto aos aspectos construtivos, em regra geral, os túneis de áreas urbanas implicam custos e cuidados adicionais, quando comparados aos túneis de áreas rurais”, comenta.
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