IMAGENS: REPRODUÇÃO
A ERA DAS MÁQUINAS
A evolução modernas dos pneus teve a participação de diversos inventores, na Europa e nos EUA
A evolução
dos pneus Por Norwil Veloso
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or volta de 1830, o inventor Charles Goodyear (1800-1860) descobriu que a borracha cozida com enxofre em altas temperaturas mantinha suas condições de elasticidade em qualquer temperatura. O norte-americano chamou esse processo de vulcanização. Aos poucos, os veículos começaram a ganhar aros revestidos de borracha que, contudo, eram duros e se quebravam facilmente. Em 1845, o engenheiro André Michelin (1853-1931) patenteou o primeiro pneu para automóvel. Em 1888, o inventor escocês John Boyd Dunlop (1840-1921) inventou os primei-
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ros pneus com câmara de ar para o triciclo de seu filho. Para isso, inflou alguns tubos de mangueira de látex e envolveu com uma manta de lona para proteger, instalando-os em volta das rodas. Mas o pedido de patente, feito em 1889, foi contestado por Robert Thompson (1822-1873), que já havia solicitado patentes na França e nos Estados Unidos. Na batalha jurídica que se seguiu, Dunlop foi vitorioso e validou sua patente. Inicialmente, os pneus com câmara eram feitos apenas para bicicletas, por não suportarem muito peso. Tanto que os primeiros pneus de caminhão eram maciços e assim continuaram por muitos anos.
DESENVOLVIMENTO Apenas três anos após pedir a patente original, os irmãos Michelin registraram uma patente de pneus desmontáveis, o que reduziu significativamente o processo, o tempo e os custos dos reparos. Naquela altura, C. K. Welch (1861-1929) já havia inventado o pneu com rebordo, fixado ao aro por meio de fios de aço trançados, que formavam uma espécie de cinta, antecessor do talão. Mas o princípio do tubo amarrado ao aro acabou sendo incorporado à estrutura do pneu, dando origem aos primeiros pneus diagonais em 1904. Os pneus, contudo, continuavam sendo frágeis e