Revista M&T - Ed. 259 - Novembro 2021

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A ERA DAS MÁQUINAS

A saga da

Ponte Rio-Niterói IMAGENS: REPRODUÇÃO

Por Norwil Veloso

Entregue em 1974, a ponte – vista aqui em imagem de Eurico Dantas – foi a terceira maior do mundo em extensão

A

ideia de estabelecer uma ligação entre o Rio de Janeiro e Niterói sem depender de barcas ou de um percurso rodoviário de mais de 100 km, começou a se tornar realidade ainda no Império. Em 1878, dificuldades de financiamento com o governo inglês impediram o progresso da construção de um túnel ferroviário entre Calabouço (RJ) e Cragoatá (Niterói). Posteriormente, foram elaborados novos projetos de pontes, em 1932 e em 1943, e de túneis, em 1952 e 1959. Em 1965, foi publicado um decreto constituindo a Comissão Executiva da Ponte Rio-Niterói, formada pelos gover-

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nos estaduais (RJ e GB), DNER e EMFA. Dois anos depois, ao assumir o ministério, o Ministro Mário Andreazza determinou uma análise detalhada de toda a documentação e estudos de viabilidade técnica e econômica existentes. Em 1968, o governo federal, após equacionar a questão do financiamento, encaminhou projeto de lei para autorizar a execução das obras.

PROJETO A solução de projeto unia a Ponta do Caju, no Rio, à Avenida do Contorno, em Niterói. Esse trajeto, que faz parte da BR101, resultou em menor custo e no desvio dos centros urbanos de ambas as cidades, com evidentes vantagens quanto ao tráfego. O banco inglês N. M. Rotschild & Sons foi responsável por boa parte do financiamento.


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