ESPECIAL INFRAESTRUTURA
A ESTRATÉGIA ESG
PIXABAY
NA CONSTRUÇÃO
Já adotada por grandes construtoras e companhias de capital aberto, prática ainda precisa ser disseminada para as empresas menores da construção brasileira
Por Augusto Diniz
A
adoção de forma conjunta de práticas ambientais, sociais e governança dentro das empresas ganhou força nos últimos anos, embora o conceito exista há mais de uma década sob a sigla ESG, que vinculou a rentabilidade dos negócios com a sustentabilidade empresarial. Com isso, estabeleceu-se uma nova forma de se avaliar o desempenho corporativo das empresas. Inicialmente, foram os agentes do mercado (leiam-se investidores e financiadores) os primeiros a exigir a prática. Hoje, o espectro de quem observa – e cobra – a adoção do conceito nas organizações é bem maior, e já envolve clientes e consumidores. Na área da construção, a inserção da agenda ESG também é
vista como indispensável. E não poderia ser diferente, pois o setor é um dos maiores consumidores de recursos naturais dentre todas as atividades produtivas e engloba um contingente expressivo de colaboradores de estratos sociais mais vulneráveis, sem falar que a governança se tornou um ponto crítico para a reputação das empresas no segmento. Segundo Ana Claudia Gomes, presidente da Comissão de Responsabilidade Social da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), cabe às entidades atuar “para inspirar as empresas a adotar práticas inovadoras e diferenciadas” relacionadas ao ESG. As empresas maiores, ela ressalta, estão mais avançadas na implantação
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