A A ERA A RE A D A SN I U Q ÁDAS M S MÁQUINAS
A evolução dos
guindastes de torre Por Norwil Veloso
D
urante a Revolução Industrial, o rápido crescimento das cidades provocou profundas alterações na estrutura urbana, inicialmente na maioria das nações europeias e, posteriormente, também nos Estados Unidos e no resto do mundo. A possibilidade de construção de edifícios em concreto armado criou uma demanda por dispositivos eficientes de içamento de cargas, que se juntou ao desejo de colocar as tecnologias de guindastes a serviço da construção, mas em um ritmo
bem mais lento. Contudo, os alcances e capacidades eram bastante limitados. Características como alcance de 1,35 m e capacidades de 1 a 4 t, por exemplo, trazidas em um guindaste produzido por Carl Peschke, eram comuns. Da mesma maneira, as lanças eram curtas (de 3 a 10 m), o que era compensado pelo deslocamento de todo o conjunto ao longo de trilhos, com evidentes limitações. Por sua vez, os limites de momento não eram considerados nos projetos e, por isso,
IMAGENS: REPRODUÇÃO
Este modelo liffing jib da Liebherr acompanhava a altura do edifício conforme a construção avançava
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ocorriam muitos acidentes, particularmente quando o balanço da carga ficava fora de controle.
GÊNESE A utilização massiva dos guindastes de torre só viria a ocorrer nos anos 50. Até lá, houve alguma oferta, como a da empresa Voss & Wolter, na Alemanha, que produzia e alugava guindastes de 2 a 5,5 t com locomoção sobre trilhos. Guindastes com capacidade até 10 t, lança inclinada (luffing jib, similar aos derricks) até 30 m e altura de elevação até 22 m passaram a ser produzidos pela Deutsche Maschinenbau, antecessora da Demag.