Revista M&T - Ed. 280 - Dez/Jan 2024

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ESTUDO DE MERCADO ANÁLISE

TRANSIÇÃO TENDE A SER MAIS LONGA

CONTINENTAL

Pelas projeções econômicas globais feitas por Luis Artur Nogueira, o próximo ano pode não ser um mar de rosas para o setor, mas deve marcar o início de um novo ciclo mais promissor para o setor

No quadriênio 2025-2028, o mundo deve se estabilizar em um patamar de crescimento médio de 3%, enquanto o Brasil deve avançar 2% em média no período, o que não será nenhuma tragédia, diz economista

Segundo o economista Luis Artur Nogueira, do ponto de vista econômico a principal preocupação atual é o efeito do conflito entre Israel e Hamas. Se outros países entrarem na guerra, pode-se ter um cenário similar à crise da Rússia x Ucrânia, com a inflação elevando os juros, como já ocorreu nos últimos anos. E, com juros elevados, o mundo cresce menos, o que é importante para um país exportador como o Brasil. “Evidentemente, quanto menos o mundo crescer, menos o Brasil vai exportar”, destaca. Após de crescer 3,5% em média em 2022, o mundo desacelerou para 3% neste ano, justamente por conta dos juros altos. “Pode parecer pouco, mas 0,5 pp de crescimento é muita coisa, ainda mais se em se tratando da média do mundo”, acrescenta Nogueira, informando

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que, para 2024, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê desaceleração um pouco mais leve, para 2,9%. “Porém, essa desaceleração leve pressupõe que a guerra fique circunscrita à Faixa de Gaza”, reforça. Para a China, o FMI projeta crescimento de 4,2% em 2024, considerando que o país asiático deve crescer 5% em 2023. “A Índia vai crescer mais que a China no próximo ano, com 6,3%, o mesmo crescimento previsto para este ano”, diz. A Europa deve atingir crescimento de apenas 1,2% no próximo ano, após crescer apenas 0,7% em 2023. “No momento, o continente europeu tem o menor crescimento no mundo”, ressalta o economista. “Já na América Latina, a previsão é que a economia cresça 2,3% neste e no próximo ano, enquanto os EUA devem

crescer 2,3% neste ano e só 1,5% em 2024, desacelerando como a China”, avalia. Brasil – No ano passado, o Brasil cresceu 2,9% puxado pelo setor de serviços, considerado um bom resultado para um ano eleitoral em que o mercado financeiro projetava um “pibinho” de apenas 0,5%. Já para 2023, o FMI prevê crescimento de 3,1% para o país. “O Brasil manteve o ritmo do ano passado, igualando-se ao mundo”, comenta Nogueira, destacando que, segundo o FMI, o país deve desacelerar para um patamar de 1,5% no próximo ano. No quadriênio 2025-2028, o mundo deve se estabilizar em um patamar médio de 3%, enquanto o Brasil deve ter crescimento médio de 2%. “Não será uma tragédia se o país crescer nessa média durante a década (2021-2030),


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