Informativo da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem Setembro de 2016 | Edição 457
Cuidando de
SUPER-HERÓIS
Conheça os bastidores da Policlínica da Vila Olímpica, dotada com equipamentos e profissionais de primeira linha para atender mais de 10 mil atletas que participaram das Olimpíadas Rio 2016. Saiba quais são as lesões mais comuns por prática esportiva e veja como a tecnologia ajudou a tratar atletas olímpicos com número e intensidade impressionantes de lesões. Páginas 22 e 23
SPR GLOBAL
Sociedade Europeia leva jovens brasileiros a Congresso O Dr. Lorenzo Derchi, vice-presidente da Sociedade Europeia de Radiologia, esteve em São Paulo e convidou os participantes a se inscrever no Programa Invest in the Youth. A iniciativa oferecerá a 1 mil jovens residentes de radiologia e profissionais em formação a chance de participar do Congresso Europeu de 2017. Há cem vagas dedicadas à América Latina e 15 especificamente ao Brasil, com direito a passagens aéreas. Página 14
NOTÍCIAS SPR
Inscrições até 16 de setembro Estão abertas as inscrições para o Progetto Diventerò 2016. A SPR e a Fundação Bracco selecionarão três radiologistas que irão à Itália em 2017. Os selecionados receberão uma bolsa de estudos de seis semanas em uma instituição de excelência na Itália em áreas que serão definidas no processo de seleção. Página 25
twitter.com/spradiologia facebook.com/sociedadepaulistaderadiologia @spradiologia
APLICATIVO DO JORNAL DA IMAGEM Esta edição também está disponível em versão digital. Baixe o aplicativo na app store do seu dispositivo (versões para Android e iOS)
2 • PALAVRA DO PRESIDENTE
Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem Av. Paulista, 491 – 3º andar CEP 01311-909 – São Paulo – SP Tel. (11) 5053-6363 – Fax (11) 5053-6364 www.spr.org.br
Radiologistas olímpicos
Filiada ao Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) • Departamento de Diagnóstico por Imagem da Associação Paulista de Medicina (APM)
DIRETORIA PARA O BIÊNIO 2015/2017 Presidente Dr. Antônio Soares Souza Vice-Presidente Dr. Carlos Homsi Secretário-Geral Dr. Mauro José Brandão da Costa
1º Secretário Dr. César Higa Nomura
2º Secretário Dr. Henrique Simão Trad
Tesoureiro-Geral Dr. Décio Roveda Jr.
1º Tesoureiro Dr. Gustavo Kalaf
2º Tesoureiro Dr. Douglas Jorge Racy
Diretor Científico Dr. Renato Adam Mendonça
Diretor de Defesa Dr. Jaime Ribeiro Barbosa Profissional
Dr. Antônio Soares Souza, presidente da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR)
Diretor de Patrimônio Dr. Cyro Padilha Balsimelli Diretora de Assuntos Dra. Eloísa de Mello Gebrim Culturais Diretor de Tecnologia Dr. Marcelo de Maria Félix da Informação Presidente do Clube Dr. Pablo Rydz Pinheiro Santana Roentgen Presidente do Clube Dr. Nelson Gomes Caserta Manoel de Abreu
Presidente SPR Jr. Dr. Renato Hoffmann Nunes
Presidente do Dr. Antônio José da Rocha Conselho Consultivo CONSELHO CONSULTIVO
Dr. Antônio José da Rocha Dr. Ricardo Emile Baaklini Dr. Tufik Bauab Jr. Dr. Marcelo D’Andrea Rossi Dr. André Scatigno Dr. Adelson André Martins Dr. Renato Adam Mendonça Dr. Celso Hiram de Araújo Freitas Dr. Aldemir Humberto Soares Dr. Nestor de Barros Dr. Jaime Ribeiro Barbosa Dr. Luiz Antônio Nunes de Oliveira Dr. Giovanni Guido Cerri Dr. José Michel Kalaf
Comissão Editorial
Dr. Aldemir Humberto Soares Dr. Carlos Homsi Dr. Celso Hiram de A. Freitas Dr. Cássio Ruas de Moraes Dr. Tufik Bauab Jr.
Edição Lilian Mallagoli MTb. 30.443-SP Comunicação Tatiana Gentina – tatiana@spr.org.br Marketing Mayra Leal – mayra@spr.org.br
Não devemos nos cansar de buscar a melhor formação, e a SPR oferece muitas oportunidades para isso, com cursos próprios ou por meio de parcerias, inclusive internacionais, durante todo o ano.
No momento em que redijo esta página, com a antecipação que o fechamento de um jornal exige, vivemos o meio das Olimpíadas no Rio de Janeiro, e não há como não se emocionar e refletir com o que temos visto nas competições. Sabemos que o Brasil vive um momento de crise, horroroso política e economicamente. Infelizmente, tivemos em poucos anos o retrocesso de décadas. É cansativo, frustrante e, por vezes, nos dá vontade de desistir. E então, entre um compromisso e outro, você liga o televisor e se depara com cenas de superação – atletas que mal recebem apoio privado ou público, se esforçam física e psicologicamente diariamente sem nenhuma garantia de prêmios, conquistando pódios e medalhas, sob muita emoção e lágrimas. Começamos pela abertura – um evento épico, equilibrado e de bom gosto. Conseguiu mostrar a riqueza cultural e a diversidade brasileiras de forma simples e bonita. O caso da única medalha de ouro que temos – até o fechamento deste – é muito representativo. A judoca Rafaela Silva é tudo o que a sociedade menospreza. É negra, pobre, da comunidade da Cidade de Deus, teve dificuldades para treinar, pois, no início, mal tinha dinheiro para a condução. E chegou ao ouro olímpico. E temos tido outros atletas, com problemas semelhantes, dificuldades variadas, que chegaram ou não ao pódio, mas que demonstram garra, força, choraram de alegria ou tristeza, sempre com a convicção de estarem fazendo o máximo para representar o seu país. Fica esta lição, de como o esporte pode nos inspirar a sermos pessoas melhores, profissionais mais esforçados e insistentes, e de como devemos ainda brigar por um Brasil que parece não nos respeitar, mas que, na verdade, precisa da nossa força para se reerguer e voltar aos trilhos. Fica, também, o registro de como o treino contínuo e a persistência podem nos levar longe – e isso cabe muito aos radiologistas. Nossa profissão exige comprometimento com a ciência, estudos e atualizações contínuas para que possamos oferecer o melhor a nossos pacientes. Não devemos nos cansar de buscar a melhor formação, e a SPR oferece muitas oportunidades para isso, com cursos próprios ou por meio de parcerias, inclusive internacionais, durante todo o ano. Estamos às portas do IX Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca, organizado pela SPR e com inúmeras parcerias das áreas de radiologia e cardiologia, brasileiras e estrangeiras. Também o Curso ESOR AIMS, da Escola Europeia de Radiologia, do qual a SPR é anfitriã em São Paulo. De 16 a 18 de setembro, teremos nosso tradicional Clube Manoel de Abreu em Bauru, uma oportunidade única não apenas de atualização científica, como de encontro com velhos e novos colegas. E, no fim do mês, de 21 a 24, participaremos como convidados do 29º Congresso Internacional de Radiologia (ICR 2016), em Buenos Aires, na Argentina. O evento contará com professores do mundo inteiro, e vários representantes da Sociedade Paulista, graças ao convite que as entidades argentinas fizeram à SPR. Ou seja, não é preciso esperar as Olimpíadas para vivermos com garra e obstinação. Podemos fazer isso todos os dias, e assim, cresceremos de forma admirável. É esse o convite que faço a vocês – vamos em frente e vamos pra valer!
Design Gráfico Marco Murta – Farol Editora farol@faroleditora.com.br
Impressão Hawaií Gráfica e Editora São Caetano do Sul, SP
Errata A edição número 456, de agosto de 2016, trouxe artigo na página 20, intitulado Identificação dos Pacientes de Risco para os Exames Contratados, no qual faltou especificar a autoria da Dra. Bruna Garbugio, neurorradiologista da Santa Casa de São Paulo.
Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da SPR.
DEFESA PROFISSIONAL • 3
Edição 457 – Setembro de 2016
APM atenta para contratos irregulares de operadoras Em 26 de julho, a Associação Paulista de Medicina (APM) emitiu o seguinte comunicado oficial sobre contratos irregulares emitidos aos médicos por operadoras de planos de saúde
Operadoras de planos de saúde enviam contratos irregulares aos médicos Apesar de a Agência Nacional de Saúde Suplementar ter autorizado um reajuste de até 13,57% nas mensalidades dos planos de saúde individuais, e de os planos coletivos por adesão terem aumentado em cerca de 20% este ano, as operadoras chegam a oferecer 2,13% de reajuste para os procedimentos médicos, ou seja, apenas 20% do valor do IPCA, considerando o índice de 10,67% acumulado em 2015. Este é apenas um dos desrespeitos das empresas aos seus prestadores de serviços, que convivem diariamente com outras cláusulas leoninas, como a oferta de pacotes para o pagamento de consultas e procedimentos, a redução dos índices de reajuste por conta de fator de qualidade, por problemas financeiros da operadora ou simplesmente se não houver solicitação, e até mesmo a inexistência de cláusula de reajuste nos contratos, com periodicidade, conforme determina a Lei 13.003/14. Por outro lado, as operadoras também desrespeitam os pacientes diariamente, ofertando redes credenciadas cada vez menores, o que dificulta o acesso da população a consultas, exames, cirurgias etc., sem contar as negativas de coberturas, que engrossam cada vez mais as estatísticas de processos judiciais contra planos de saúde e as reclamações em órgãos de proteção ao consumidor. Todos esses pontos foram apresentados em reunião da Comissão Estadual de Negociação – formada pela Associação Paulista de Medicina, Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo e Sindicato dos Médicos de São
Paulo, com apoio da Academia de Medicina de São Paulo, das sociedades de especialidades e Regionais da APM – na segunda-feira (25 de julho), na sede da APM. O levantamento das cláusulas inaceitáveis e em desacordo com a Lei 13.003/14 foi feito a partir de contratos de 14 operadoras recebidos pela Defesa Profissional da APM. “Esta é apenas uma amostra das condições que os médicos são submetidos pelos planos de saúde, não contempla toda a gama de contratos. Sabemos que uma mesma operadora possui contratos diferentes para os prestadores, por exemplo para os que atuam como pessoa física ou jurídica”, declara o assessor da Diretoria da APM, Marcos Pimenta. Florisval Meinão, presidente da APM, informa que a ANS foi notificada sobre as cláusulas em desacordo e se comprometeu tomar as devidas providências. Nos contratos da Apas e Amico Saúde (Grupo Amil), por exemplo, não foram encontradas cláusulas sobre reajuste e sua periodicidade. Entretanto, a ANS considera válidas cláusulas impondo frações de índices como reajuste, a exemplo do que fez a Sabesprev, Porto Seguro, Notredame/Intermédica, Mediservice, Gama, Cassi, Bradesco, SulAmérica, Assefaz, Cabesp e Caixa, entre outros. “A ANS entende que, mesmo com a fração de índice, houve reajuste e, se o médico assinou o contrato com a operadora, aceitou os termos, e alega
não ter como interferir. Por isso fazemos o apelo de que o médico não aceite contratos com cláusulas prejudiciais a ele e, em caso de dúvidas, encaminhe a minuta para avaliação da Defesa Profissional da APM. Temos todo o cuidado de preservar o nome dos médicos nos contratos, de maneira a não expô-los diante das operadoras”, afirma Meinão. Muitas vezes, as operadoras de planos de saúde pressionam os médicos para que aceitem os contratos, conforme denunciado na reunião. A Porto Seguro, por exemplo, possui todo o sistema de faturamento on-line, e enquanto o médico não aceita o contrato enviado, não consegue enviar seu faturamento do mês. Marun David Cury, diretor adjunto de Defesa Profissional da APM, esclarece que durante as reuniões de negociação com as empresas, os representantes se comprometem a estudar as exigências apresentadas e adequar os contratos. “Porém, na prática, vemos que ‘no varejo’ eles agem diferente.” “Em alguns casos, não podemos contestar a legalidade das cláusulas, mas sim sua moralidade”, finaliza João Sobreira de Moura Neto, diretor de Defesa Profissional da APM. O detalhamento de todas as cláusulas inadequadas encontradas nos contratos entre médicos e planos de saúde será publicado na matéria de capa da edição de agosto da Revista da APM. Confira documentos atestando irregularidades no link: http://www.apm.org.br/noticiasconteudo.aspx?id=13930
4 • ENTREVISTA
Qualidade: o maior beneficiário é o paciente A preocupação de décadas do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) com a qualificação dos serviços de Diagnóstico por Imagem o levou ao pioneirismo na criação e elaboração do Padi – Programa de Acreditação em Diagnóstico por Imagem. Em 19 de julho, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reconheceu o CBR como entidade acreditadora por meio do Padi e como gestor de outros programas de qualidade pelos Selos de Mamografia, Ressonância Magnética, Tomografia Computadorizada e Ultrassonografia. Esse reconhecimento garante que as clínicas acreditadas pelo Colégio tenham direito ao melhor índice na aplicação do Fator de Qualidade estipulado pela Lei nº 13.003/14 e regulada pela Resolução Normativa nº 364. A vigência do Fator de Qualidade para as clínicas radiológicas e de diagnóstico por imagem está prevista para janeiro de 2017. Dr. Conrado Cavalcanti, coordenador do Padi, conta sua história, explica sua Norma e fala da importância de a Radiologia brasileira olhar para a qualidade. Como funciona o programa e quando foi criado? Dr. Conrado – O programa foi lançado oficialmente em agosto do ano passado, completou um ano – e com uma excelente notícia: no dia 19 de julho, foi formalizado o reconhecimento do Padi e a parceria com a ANS como Entidade Acreditadora (Padi) e Entidade Gestora de outros programas de qualidade (selos de qualidade do CBR). Mas os trabalhos para construir o Programa de Acreditação começaram antes, em 2013, e tiveram a colaboração de dezenas de radiologistas, funcionários e empresas terceirizadas. Merece destaque a participação dos Presidentes Drs. Henrique Carrete Jr. e Antonio Carlos Matteoni de Athayde; sem eles, o programa jamais teria saído do papel; do consultor Carlos Moura; da empresa Formato Clínico, representado pelas Dras. Cristina Khawali e Claudia Meira; e dos radiologistas membros da CADI (Comissão de Acreditação em Diagnóstico por Imagem), os Drs. Ademar José de Oliveira Paes Junior, Helio Braga, Ruy Moraes Machado Guimarães, Thiago Julio e Luciano Chala. O Padi é um programa de acreditação que confere uma certificação aos serviços que desejarem participar e que passarem em todas as etapas de avaliação.
A primeira etapa consiste no envio e aprovação de diversos documentos. Em seguida, assina-se um contrato com o CBR. Passa-se então para a etapa de envio de imagens e laudos, que serão avaliados (tudo online) pelas Comissões de Especialidades, cujas lideranças são os Drs. Wagner Iared, André Aihara, Renato Mendonça, Marcio Garcia, Marcos Duarte Guimarães, Rubens Schwartz e Bruno Hochhegger. A última etapa consiste na auditoria do serviço, realizada por uma equipe de auditores formados pelo Padi. Serão auditados todos os itens na Norma Padi. Nessa etapa, o auditor líder faz um relatório, que será avaliado pela comissão CADI, que confere o certificado final. O que é a Norma Padi? Dr. Conrado – É um conjunto de quase 200 requisitos, que devem ser seguidos pelos serviços que aplicarem para o programa. Evidências do cumprimento desses requisitos serão buscadas pelos auditores durante a etapa de auditoria. Esses requisitos são divididos em cinco grandes grupos: Governança e Gestão Administrativa e Financeira; Gestão de Qualidade; Realização do Serviço (que contempla as etapas da realização dos exames e dos laudos); Serviços de Apoio Diagnóstico; Gestão da Infraestrutura, Radiação e Segurança.
Além da Norma Padi, há ainda diretrizes técnicas sobre a realização dos exames de RM, TC e RX. Tudo isso é aberto e está disponível no site do Padi CBR – http://padi.org.br/. Que tipo de capacitações o programa fornece a seus participantes? Dr. Conrado – O Padi fornece o certificado de acreditação para um serviço de Diagnóstico por Imagem. Como atividades de capacitação, além da Norma, que é bastante autoexplicativa, o Programa fornece cursos para formação de Auditores Internos – após o curso, os formados estarão aptos para aplicar a Norma Padi dentro dos próprios serviços. Vale ressaltar que adaptar os requisitos da Norma Padi não é uma tarefa fácil; requer tempo, dedicação e muito trabalho, além de um custo financeiro. Tudo isso é variável, e depende do quão maduro o serviço é no assunto Qualidade, Gestão e Segurança do Paciente. Mas no fim desse processo, os benefícios serão enormes para os serviços participantes. E o maior beneficiário será o paciente, que irá realizar exames numa clínica mais segura, mais padronizada e com processos e fluxos de trabalho mais eficientes. Qual a importância de a Radiologia brasileira contar com um programa de qualidade, de auditoria? Dr. Conrado – Há outros programas de acreditação no mercado, mas nenhum deles com o olhar do Médico Radiologista e construído dentro de uma Sociedade Médica; nenhum deles capaz de, além de avaliar questões relacionadas à gestão e à segurança do paciente, avaliar a qualidade dos exames e dos
laudos de um serviço. É um grande avanço para a Radiologia Brasileira. A Radiologia já está consolidada no Brasil há décadas. Porém, o olhar para a qualidade surgiu há pouco tempo. O sr. acha que houve demora ou era preciso um amadurecimento da especialidade para que a qualidade pudesse ser vista de forma completa? Dr. Conrado – O CBR olha para a qualidade desde 1992, quando foi lançado o Selo de Qualidade em Mamografia. Mas um processo de acreditação é muito mais amplo e muito mais complexo, requer uma maturidade em gestão, processos e segurança do paciente. Pode-se falar que o CBR é um pioneiro. Das 57 especialidades médicas reconhecidas pela ANS, o CBR foi a segunda a criar um programa de acreditação, atrás apenas da SBPC (Sociedade Brasileira de Patologia Clínica), que criou o PALC (Programa de Acreditação em Laboratórios Clínicos) no fim da década de 90. Qual seu conselho para os médicos que não acreditam que possam ser auditores de seus serviços? Dr. Conrado – Acredito que a Qualidade é um caminho sem volta, cada vez mais valorizada pelas agências governamentais e pelo mercado em geral. Acredito que, no futuro, será um “divisor de águas” para a busca de melhores remunerações para os exames de imagem, além de fornecer proteção contra descredenciamentos, etc. E, mais para frente, acredito que os médicos solicitantes e os próprios pacientes (que têm cada vez mais informações) irão buscar serviços certificados pelo Padi.
EVENTOS SPR • 5
Edição 457 – Setembro de 2016
Renomados professores lecionam no CMA de Bauru 16 de setembro de 2016 – Sexta-feira 20h
Happy Hour de Boas-Vindas
17 de setembro de 2016 – Sábado 8h às 9h
O encontro do Clube Manoel de Abreu de Bauru será realizado de 16 a 18 de setembro no Obeid Plaza Hotel. Apresentando os temas de Ultrassonografia e Oncologia, será coordenado pelos Drs. Antonio Carlos P. C. Castro, Rogério Goes Wanderley e João Abdo Neto, anfitriões do evento, além do Dr. Nelson Caserta, presidente do CMA. Professores reconhecidos da radiologia paulista estarão presentes para conduzir as aulas – confira a programação e faça sua reserva.
Local do encontro: O Obeid Plaza Hotel fica na Av. Nações Unidas 19-50, Vila Nova Cidade Universitária. Garanta desde já a sua reserva pelos telefones (14) 3234-5300; 32270720; 3234 4221 ou pelo e-mail gko@obeidhoteis.com.br. O site do hotel é www.obeidhoteis.com.br. Confira outras opções de hotel e mais informações sobre o evento em www.spr.org.br/clube-manoelde-abreu-bauru-2016/.
Credenciamento
Sala 1 – Ultrassonografia 9h às 9h30 9h35 às 10h05
Ainda não Descrevo a Uretra Feminina no meu Laudo! Dr. Décio Prando - São Paulo, SP US das Glândulas Salivares Dr. Décio Prando - São Paulo, SP
10h05 às 10h30 Intervalo 10h30 às 11h
Sala 2 – Oncologia 9h às 9h30
Tumores dos Seios da Face Dr. Murilo Bicudo Cintra - Ribeirão Preto, SP
9h35 às 10h05
Tumores da Órbita Dr. Murilo Bicudo Cintra - Ribeirão Preto, SP
10h05 às 10h30 Intervalo
US Morfológica do Primeiro Trimestre: O que é Importante e Como eu Faço Dr. Sérgio Kobayashi - São Paulo, SP
10h30 às 11h
Sósias do Câncer Hepático: Evitando Armadilhas Dr. Thiago José Penachim - Campinas, SP
11h05 às 11h35 US Morfológica do Segundo Trimestre: O que é Importante e Como eu Faço Dr. Sérgio Kobayashi - São Paulo, SP
11h05 às 11h35 O Incidentaloma da Adrenal : Como Laudar Dr. Thiago José Penachim - Campinas, SP
11h40 às 12h10 US do Globo Ocular: Como eu Faço o Exame Dr. Marcus Vinicius Nascimento Valentin - Jaboticabal, SP
11h40 às 12h10 Linfonodopatia Metastática Cervical Dr. Murilo Bicudo Cintra - Ribeirão Preto, SP
12h10 às 14h
Almoço
12h10 às 14h
Almoço
14h às 14h30
Como Interpretar os Marcadores Ultrassonográficos de Aneuploidias do Primeiro Trimestre: o que é Importante e Como eu Faço Dr. Sérgio Kobayashi - São Paulo, SP
14h às 14h30
Nódulos Pulmonares Semissólidos Dr. Marcus Vinicius Nascimento Valentin Jaboticabal, SP
14h35 às 15h05 Pré-Eclâmpsia e CIUR: Como Avaliar a Vitalidade Fetal Dr. Sérgio Kobayashi - São Paulo, SP
14h35 às 15h05 Massas Mediastinais Dr. Marcus Vinicius Nascimento Valentin Jaboticabal, SP
15h10 às 15h40 Como Examinar Corretamente a Varicocele e o Laudo Ideal Dr. Décio Prando - São Paulo, SP
15h10 às 15h40 Tumores do Pescoço Dr. Murilo Bicudo Cintra - Ribeirão Preto, SP
15h45 às 16h15 Exames Raros na Clínica Ultrassonográfica Dr. Décio Prando - São Paulo, SP
15h45 às 16h15 Adenocarcinoma da Vesícula Biliar: Era Possível Suspeitar no Pré-Operatório? Dr. Thiago José Penachim - Campinas, SP
16h20 às 18h 20h às 23h
Trucochope e Futechope – Sede de Campo do Bauru –Tênis Clube – Av. José Vicente Aiello 5.176, Vila Serrão Jantar de Confraternização
18 de setembro de 2016 – Domingo 9h às 12h 12h
Apresentação e discussão de casos selecionados Almoço de Encerramento
EMPRESAS PARCEIRAS
Confira os contatos destas empresas na página 34 desta edição.
6 • EVENTOS SPR
Empresas parceiras:
Encontro de Cardio traz conteúdo inovador ao Brasil
Lunch Meeting No dia 27 de agosto, sábado, das 12h45 às 13h45, a GE realizará, em parceria com a SPR, um Lunch Meeting com a temática Discussão de Casos de Tomografia Cardíaca com os speakers: Drs. Roberto Cury, Ilan Gottlieb e Marcelo Zaparoli. Participe!
Realizado no último fim de semana de agosto – 26 a 28 – em São Paulo, o IX Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca reúne especialistas da radiologia e da cardiologia brasileiros e estrangeiros para discutir o que há de mais inovador na área. Esta é a nona vez que o encontro é feito no Brasil, e a quinta vez que ocorre em São Paulo, sob a tutela da SPR. Ela contou com o apoio na divulgação: da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) de Alagoas, da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul (SOCERGS), da Sociedade de Radiologia do Rio de Janeiro (SRad-RJ), da Associação Paulista de Medicina (APM) e do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR). Também há dois parceiros internacionais envolvidos: as Sociedades Cardiovasculares norte-americanas de Tomografia Computadorizada e de Ressonância Magnética. Essa interação com entidades nacionais e estrangeiras permitiu o desenvolvimento do melhor dos conteúdos, assinados por grandes nomes da imagem cardiológica. Dentre os professores, estão os estrangeiros Drs. Vanessa Ferreira e James Carr. O evento foi desenvolvido para apresentar aos participantes o que há de mais atual na área não apenas
em conteúdo científico, mas também em tecnologia. Assim, especialistas da área correlata são convidados a conduzir aulas ou moderar sessões e, assim, enriquecer de forma multidisciplinar o tema apresentado – além de radiologistas, o quadro de professores conta com cardiologistas, cardiologistas intervencionistas, cardiologistas pediátricos, cirurgiões cardíacos e médicos nucleares. A coordenação científica ficou a cargo dos Drs. Andrei Skromov de Albuquerque, Henrique Simão Trad, Marcelo Souto Nacif, Otavio Rizzi Coelho Filho, Roberto Caldeira Cury e Walther Yoshiharu Ishikawa, que dividiram o conteúdo nos seguintes módulos: Fórum de Cardiopatia Congênita (Iniciação, Avançado e Análise de Casos); Princípios Básicos de Tomografia Computadorizada Cardíaca e de Ressonância Magnética Cardíaca; Módulos da Society for Cardiovascular Magnetic Resonance – SCMR e da Society of Cardiovascular Computed Tomography – SCCT; Estresse Farmacológico; Discussão de Casos; Team Spirit.
Uma das aulas de destaque do evento, chamada Registros e Estudos Multicêntricos no Brasil, será apresentada pelo Dr. Juliano de Lara Fernandes, no sábado, 27 de agosto, das 18h às 19h. “As atividades científicas durante os anuais eventos do Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca têm se destacado no cenário do País por concentrar em um mesmo local os pesquisadores e praticantes dos métodos com maior experiência nacional e internacional. Além da alta qualidade das aulas ministradas, é um evento único por possibilitar a troca de experiências e discussões com massa crítica dificilmente encontradas em outras oportunidades”, afirma Dr. Juliano. Assim, aproveitando esta característica única do evento, ele explica que, este ano, pretendem abrir um debate para discussão da metodologia de estudos e registros multicêntricos que deverão iniciar-se em 2017 com os métodos da área. “O espaço de discussão servirá não apenas para apresentar os estudos, mas também para que pessoas interessadas em participar dos mesmos possam contribuir com sugestões e integrar as equipes de pesquisa. Na área de tomografia, um projeto de terapia guiada pelo escore de cálcio será apresentado, com planejamento de incluir > 4000 pacientes ao longo de quatro anos. Na ressonância, será discutido um projeto
EVENTOS SPR • 7
Edição 457 – Setembro de 2016
Medicina e Engenharia Biomédica da Northwestern University Feinberg School of Medicine – Illinois, Estados Unidos. Suas áreas de interesse são ressonância magnética cardíaca, angiografia por ressonância magnética, angiografia TC de coronária, TC cardíaca, angiografia TC, radiologia intervencionista e vascular. “Teremos duas visões amplas da utilização da ressonância magnética cardíaca na prática médica, vindas de dois dos principais polos científicos do mundo, Estados Unidos e Inglaterra. Não temos dúvida de que a experiência trocada durante o evento poderá ser agregada e implementada na nossa prática clínica”, afirma Dr. Marcelo Souto Nacif, coordenador do curso. Dr. Carr deu uma breve entrevista ao Jornal da Imagem sobre sua participação no curso. Qual sua expectativa com este evento? Dr. James Carr – Espero que seja um evento educacional onde o básico e os novos avanços na ressonância magnética cardíaca serão apresentados. O que os participantes podem esperar sobre os temas que o sr. abordará? Dr. James Carr – Eu vou falar de cardiomiopatia hipertrófica, avaliação de shunts e gradientes e doença isquêmica do coração. Para cardiomiopatia hipertrófica, discutirei as vantagens da RM em relação a outras modalidades, particularmente em relação a caracterização tecidual e a capacidade da ressonância para predizer eventos adversos. Para shunts, vou falar sobre o papel do fluxo 2D e fluxo 4D para avaliar uma variedade de anormalidades. Para a doença isquêmica do coração, vou rever as técnicas de perfusão e de imagem aprimorada tardia e discutir estudos de caso.
de padronização das medidas utilizadas como referência em nosso dia a dia, com criação de artigo de revisão específico a partir de uso de base de dados nacionais de pessoas normais. Esperamos que esta reunião sirva como catalisadora para estes projetos que com certeza poderão repercutir muito no futuro destes métodos”, convida. Simultaneamente ao Encontro, serão realizados os já tradicionais VI SCCT Brazil Annual Meeting e o IV SCMR Brazil Annual Meeting, que possibilitaram a vinda dos professores estrangeiros. A Dra. Vanessa Ferreira é diretora adjunta clínica do Oxford Centre for Clinical Magnetic Resonance no John Radcliffe Hospital, e cardiologista consultora honorária da Divisão de Medicina Cardiovascular do Radcliffe Department of Medicine – Oxford, Reino Unido. É especializada na caracterização tecidual do miocárdio usando
O quão importante é manter a interação entre diferentes modalidades da Medicina? Dr. James Carr – Acho que é muito importante lembrar que estamos tentando encontrar um diagnóstico e, portanto, precisamos usar todas as modalidades em conjunto para chegar a uma conclusão. Por exemplo, o TCA é adequado para análise de artérias coronárias, mas a RM é o melhor exame para avaliar isquemia coronária. Em sua prática diária, que tipo de informação os cardiologistas fornecem que podem mudar seu modo de analisar ou tomar uma decisão? Dr. James Carr – É importante saber a apresentação clínica – por exemplo, se era aguda ou crônica, e se o paciente tem uma doença subjacente, tal como sarcoidose. técnicas de ressonância magnética cardiovascular quantitativa e análise de imagem avançada para extrair a informação clínica mais significativa para o diagnóstico e manejo do paciente. Já o Dr. James Carr é diretor de imagem cardiovascular e professor associado de Radiologia,
Quais suas expectativas em visitar o Brasil pela primeira vez? Dr. James Carr – Espero ver um país vibrante, com belas paisagens. Ouvi dizer que as pessoas são incrivelmente acolhedoras e que a comida é espetacular. Gostaria de visitar o famoso Rio de Janeiro, mas não terei tempo nesta viagem.
8 • EVENTOS SPR
Atualização, integração e aprimoramento profissional 20ª edição do Curso de Atualização em Imagem (Prof. Dr. Feres Secaf) reúne residentes e profissionais renomados e proporciona a troca de conhecimento e experiências Foi devido às salas cheias e ao grande interesse dos participantes que a SPR celebrou a realização da 20ª edição do Curso de Atualização em Imagem da (Prof. Dr. Feres Secaf), no último fim de semana de julho no Maksoud Plaza Hotel, em São Paulo, SP. Este é o segundo maior curso promovido anualmente pela SPR, menor apenas do que a Jornada Paulista de Radiologia, e reúne residentes e jovens profissionais de todo o País – este ano, contou com mais de 2.300 participantes, entre congressistas, professores, coordenadores, convidados e expositores. O evento busca sempre oferecer um programa científico que promova a discussão de temas práticos e comuns à rotina diária do Diagnóstico por Imagem, bem como a atualização e revisão dos principais tópicos da especialidade. Já na manhã do primeiro dia, 29 de julho, os participantes tiveram a oportunidade de assistir às aulas Mamografia: Técnica de Exame, Posicionamentos Adequados e Erros Comuns e Introdução à Tomossíntese Mamária, conduzidas pela Dra. Selma di Pace Bauab. Ela iniciou a primeira aula, extremamente didática, discorrendo sobre o posicionamento e a variação de ângulo para o exame perfeito. Explicou a função de cada posição, objetivo de imagem e qual tecido deve ser incluído em cada posição, sempre alertando para as preocupações que se deve ter: que tipo de visão se tem de cada ângulo, o que se espera e como se sabe se deu certo. Também falou sobre o perigo do mau posicionamento, como evitar erros, a importância de orientar o técnico a fazer cursos, descreveu incidências complementares, o posicionamento com prótese e falou sobre a mama masculina. “Qualidade técnica é muito importante na qualidade de interpretação”, ressaltou. Já na aula de tomossíntese, lembrou que o rastreamento mamográfico é responsável por 20% de redução
na taxa de mortalidade; frisou, porém, que de 15% a 30% dos cânceres não são detectados no rastreamento principalmente por causa da mama densa. “Tomossíntese não é um novo método; é uma evolução da mamografia digital. A compressão ajuda a afastar estruturas; na tomossíntese, consegue-se tirar essas estruturas sobrepostas, com melhor definição. Evita a reconvocação da paciente”, explicou. Sobre o Curso Feres Secaf, afirmou que “é um curso que traz o trivial, o que precisamos saber para o dia a dia, e são conceitos atuais. Mesmo que não sejam assuntos novos, conseguimos trazer atualizações do que já tinha. Acredito que isso chame muito a atenção, pois não se trata de trabalhos muitos elaborados e cheios de dados. Além desse conteúdo mais sofisticado e avançado, é também necessário haver esse tipo de atualização em temas que precisamos para trabalhar direito. Vi bastante residente na plateia, mas vi
também médicos mais velhos, que estão aqui e estão aproveitando bem”. Dra. Selma também ressaltou a participação da Dra. Jennifer Harvey no módulo de mama: “Foi essencial trazer a Dra. Jennifer para este curso; ela é uma pessoa muito importante, publica bastante, e ter ela aqui é um ponto alto do evento”. Graças à parceria da SPR com o American Institute for Radiologic Pathology (AIRP), o Curso Feres Secaf contou com a presença de dois professores estrangeiros: além da Dra. Harvey, da Universidade de Virgínia, Estados Unidos, também o Dr. Koenraad Mortele, do Beth Israel Deaconess Medical Center, Estados Unidos. Dra. Harvey esteve no Brasil pela primeira vez para proferir cinco aulas no dia 29. Em uma delas, Facilitando a identificação de calcificações, descreveu a morfologia do BI-RADS®, as calcificações tipicamente benignas e suspeitas. Dentre as benignas, descreveu as calcificações da pele, as
vasculares, do rim, distróficas, suturais, as do tipo ‘pipoca’ e as arredondadas e como administrá-las. Em seguida, discorreu sobre as suspeitas, como as calcificações amorfas e as heterogêneas grosseiras. A cada uma, mostrava como classificar o nível de BI-RADS® e citava seus diferenciais. Em suas conclusões, afirmou que a maior parte das biópsias oferecem risco intermediário; que as piores distribuições são as segmentares ou lineares e que a pior morfologia é a fina, de ramificação linear. Aconselhou ainda que se administrem as calcificações arredondadas da mesma forma que uma massa circunscrita sólida arredondada e reforçou que filmes antigos são úteis na avaliação de suspeita de calcificações heterogêneas grosseiras, mas nem tanto para calcificações amorfas. Ressaltou: “Julgue pelas piores características”. Ao avaliar o Curso Feres Secaf, se disse impressionada pelo alto nível das apresentações e pela atualização dos professores. “Aprendi com as aulas aqui”. Também identificou que as abordagens brasileiras são um pouco diferentes das norte-americanas, tanto em rastreamento como para a imagem de forma geral, ainda que levem ao mesmo resultado. “Vocês utilizam o ultrassom com muito mais frequência do que nós”, pontuou. Falando sobre o futuro da imagem na mama, disse achar a tomossíntese fantástica: “Em dez anos, todos a usarão. Por meio dela, encontramos mais cânceres que ge-
EVENTOS SPR • 9
Edição 457 – Setembro de 2016
Sábado: aulas em sete módulos
ralmente são mais invasivos. Além disso, conseguimos reduzir os falsos positivos, então menos mulheres são chamadas para repetir o exame por causa de dúvidas”. Sobre a ressonância magnética, afirmou: “Se apenas conseguíssemos modos menos caros de fazer o exame... Acho que ainda é algo desafiador”. Também disse que, nos próximos cinco anos, acredita que a mamografia com contraste vai decolar por ser um teste funcional, como a RM, mas produz quatro imagens para se analisar, ao invés de 2 mil. Então, é muito mais fácil de identificar se há algo ali ou não”. Na parte da tarde, o Dr. Hamilton Shoji conduziu a aula Alterações da parede torácica – forneceu definição, funções e sua composição e descreveu a grande gama de doenças que pode acometê-la, iniciando pelas congênitas. Descreveu, ainda, os tumores da região. “O Feres é um bom curso de revisão para quem precisa fazer a prova do título; há muitas faculdades e residências credenciadas, e esse número está aumentando bastante. Ainda, o Membro SPR Jr. tem direito a frequentar o curso sem investimento, o que é um grande estímulo para a participação”, avaliou.
Na manhã do sábado, mais um grande tutor estava disponível para compartilhar seu conhecimento com os participantes: Dr. Clóvis Simão Trad iniciou a grade de Radiologia Geral falando sobre o Estudo Sistemático do Mediastino I. Deu início descrevendo as divisões do mediastino: “O objetivo dessa divisão é lidar com as estruturas que se encontram em cada ambiente particular. Uma das divisões muito em uso é a clássica de mediastino anterior médio”. Também falou do mediastino médio – cardiovascular e posterior – visceral. Explicou que há uma tendência de alguns autores colocarem o mediastino posterior delimitado por uma linha imaginária que passe 1 cm atrás da borda anterior da coluna e, assim, a coluna passaria a ser considerada separadamente, com seus elementos – “não há um consenso, mas é uma tendência”. Explicou que se trata de um exame introdutório: “O paciente não pode sair do nosso consultório com erros grosseiros – precisamos conhecer a radiografia e guardar estruturas que são importantes”. Na sequência, apresentou a aula Estudo Sistemático do Mediastino II. Sobre o curso como um todo, ele ressaltou que participou de todas as edições, desde o início: “Participo desde quando o Prof. Feres era vivo; participei desde a primeira edição. Houve um progresso enorme, e uma atualização muito grande para as novas áreas de atividade, de tomografia, ressonância, ultrassom e mamografia. Em termos de formação, continua sendo o ápice da informação atualizada para quem está começando. Sua finalidade é formação e atualização, a qualidade dos professores tem melhorado muito, o padrão de aula é muito completo, é um complemento de residência que raramente encontramos. Até temos coisas mais rebuscadas na Jornada, por exemplo, mas não tão voltadas à formação. Este curso é um grande incentivo para trazer os jovens médicos para a Radiologia. É uma área em evolução contínua, tecnicamente falando, e está em uma fase áurea de crescimento. Dr. Feres deixou um belo legado!”, afirmou. Outra aula de destaque da manhã do dia 30 foi Avaliação da Displasia de Desenvolvimento do Quadril, mi-
nistrada pelo Dr. Carlos Homsi. Ele apresentou a definição, prevalência, fatores de risco e descreveu o rastreamento no recém-nascido – “que pode ser feito somente pelo exame clínico, clínico e ultrassonografia, ou clínico e ultrassonografia seletiva de acordo com fatores de risco”, enumerou. Descreveu as manobras de Ortolani e de Barlow e assinalou como melhores métodos de imagem: ultrassom, raios X e ressonância magnética. “Esta, porém, é para casos específicos, não é indicada para rastreamento”, disse, ao explicar o que se pode obter com cada tipo de imagem. Mostrou quando a ultrassonografia está indicada no rastreamento seletivo e descreveu os métodos principais para fazer a US de quadril, de Graf e Harcke. “Hoje, o consenso é tentar usar os dois métodos e simplificar a classificação”, afirmou. Em sua conclusão, ressaltou: “Embora não haja evidência estatística de que o rastreamento por US possa reduzir a incidência de DDQ tardia ou a necessidade de tratamento cirúrgico, diferentes técnicas têm sido utilizadas na Europa nos últimos 15 anos para avaliação ecográfica da forma e da dinâmica do quadril infantil. Há um crescente conhecimento do significado dos diferentes achados ultrassonográficos, que permite a sugestão de linhas de conduta, apesar de não haver, no presente, um consenso universal”. Dr. Nelson Caserta foi outro nome experiente a levar conhecimento aos congressistas. Logo no início de sua aula As Vias Urinárias na Imagem Convencional, já alertou: “Não basta conhecer as imagens, na radiologia tem que se conhecer o mecanismo para conseguir chegar ao diagnóstico”.
Demonstrou casos como os de válvula de uretra posterior de apresentação tardia; dilatação uretral e Síndrome de prune-belly ou Eagle-Barrett; rim esponjo-medular (também unilateral); divertículo calicinal ou cisto pielogênico; ureter retrocava; cistite bolhosa; e tumor do urotélio. Em seguida, apresentou casos didáticos em Radiologia Convencional. Também na parte da manhã do sábado, Dr. Mauro José Brandão da Costa levou informações aos participantes sobre Articulações Sacroilíacas. Novamente, grandes conselhos foram dados: “Tendo a base, a parte de radiologia geral, conseguimos migrar para as técnicas mais modernas, daí a importância de aprendermos esta matéria”. Descreveu as articulações sacroilíacas, explicou que é um frequente local de dor lombar ou lombociatalgia e frisou que o processo inflamatório não infeccioso é a causa mais comum: “Ela é o rótulo de uma espondiloartropatia soronegativa”. Demonstrou através do raios X, da tomografia e um pouco de ressonância as particularidades anatômicas, e discutiu os aspectos por imagem da patologia e depois os diagnósticos
10 • EVENTOS SPR diferenciais, um processo degenerativo e a infecção. Em sua aula na parte da tarde, falou sobre os erros de interpretação da patologia. No curso de tórax, Dr. Henrique Manoel Lederman abordou o tema Infecção Pulmonar e suas Complicações na Criança. Iniciou especificando que os objetivos das imagens são: confirmar ou excluir pneumonia; caracterizar o agente infeccioso; excluir outra patologia; avaliar a evolução e as complicações. Disse que os critérios para pedir raios X são febre e sintomas respiratórios. Com bom humor, descreveu o conceito clínico radiológico dos termos de hoje em dia: “Se o radiologista escreve infiltrado alveolar, o clínico considera que é pneumonia; se escreve infiltrado intersticial, ele entende viral ou outra doença; se escreve pneumonia, entende que é uma infecção bacteriana; se escreve bronquiolite ou pneumonia viral, o clínico absorve que é viral; se escreve doença reativa das vias aéreas, o clínico entende que o mais comum é a bronquiolite, mas cabe uma série de patologias”. Também reforçou que a criança que ‘chia’ não tem pneumonia bacteriana. “Do ponto de vista prático, deve-se fazer somente raios X de frente no pronto-socorro – um bom radiologista consegue fazer o diagnóstico só com raios X de frente”, alertou. Apresentou, ainda, o conceito de que toda pneumonia bacteriana tem um pequeno derrame que pode ou não ser visto. “Não há indicação em fazer decúbitos laterais para pesquisa de mínimo derrame”, disse. Discutiu quando se deve fazer TC na pneumonia – “somente quando for complicada e o profissional mais experiente da radiologia não conseguir tirar todo o diagnóstico do raios X simples. TC de tórax é sempre só uma fase” – e listou as infecções comuns nas crianças de quatro meses a cinco anos. Segundo estrangeiro a lecionar no Feres Secaf deste ano, o belga Dr. Koenraad Mortele, que atua nos Estados Unidos, deu seis aulas seguidas no sábado. Uma delas foi Neoplasias Pancreáticas Císticas – Parte I, em que apresentou histórico, classificação e a abordagem diagnóstica (pérolas e perigos, relação radiologia-patologia, administração e orientações para acompanhamento). “Há confusão sobre as diretrizes de acompanhamento”, alertou. Listou as lesões mais comuns do pâncreas e apresentou as classifica-
ções de: adenoma microcístico seroso (90% das ocorrências) e adenoma macrocístico seroso (10%). Descreveu as características clássicas da patologia microcística, apresentou a relação radiologia-patologia e características atípicas. Abordou a análise do fluido do cisto e discutiu, então, o tumor cístico mucinoso, que ocorre 99,7% em mulheres. Sobre a Neoplasia Pseudopapilar Sólida, afirmou: “É muito rara na clínica prática e surge em jovens mulheres”. Apresentou, então, sua aparência clássica. O último tumor discutido foi a Neoplasia mucinosa papilar intraductal: “Mais comum em homens mais velhos, acima de 65 anos, você não vê o tumor, você vê o mucino introduzido pelo tumor. Você vê a reação – é o conceito de erupção de vulcão”, explicou. Sobre o Curso Feres Secaf, afirmou: “Todos os aspectos da radiologia são cobertos neste evento; o programa parece ser sistemático. Então, para quem está em treino ou fazendo revisão, acho uma ótima oportunidade para se atualizar com o que está acontecendo por aí e não se sentir frustrado por ter que lidar apenas com temas avançados. Todo mundo tem, inclusive eu, aspectos que queira melhorar. Me parece um curso de revisão muito abrangente”, disse. Sobre a plateia, percebeu que havia um grande número de jovens residentes: “Você percebe que são participantes ávidos por aprender, por conhecimento, e isso é muito bom. A atenção é extrema; provavelmente, muitos ouviram aquele tema pela primeira vez”.
Avaliando a participação nos cursos, se disse satisfeito: “Você vê no geral que há muitas perguntas que querem fazer, mas geralmente as pessoas são tímidas, especialmente se são mais jovens e estão em frente de um professor de outro país. Ainda assim, apresentei uma aula apenas com casos e o envolvimento da plateia foi muito bom”. Dr. Mortele ficou impressionado com a qualidade dos casos apresentados na etapa final do Concurso SPR-AIRP, realizada no sábado. A final premiou seis pessoas com benefícios para participação no Curso de Quatro Semanas (Four-Week Course) do American Institute for Radiologic Pathology (AIRP), em Maryland, Estados Unidos. Após a avaliação da Comissão Científica do Concurso, foram selecionados os seis autores dos melhores casos enviados, que fizeram uma apresentação oral no evento. Após as apresentações, a decisão final foi feita no local pelos avaliadores. “As apresentações foram espetaculares, as melhores que já vi na vida! Foram os casos mais bem preparados que já vi em toda minha carreira. Após a primeira apresentação, pensei, ‘ninguém vai fazer melhor do que isso, foi muito boa’, e dei nota máxima para todos os quesitos. Daí os outros cinco se apresentaram e eles eram tão bons quanto o primeiro, eu não podia acreditar!”, afirmou. “Acho que todos nós, que julgamos os casos, encontramos dificuldade em avaliar quem era melhor. Foi incrível, uma experiência de abrir os olhos”, completou. Disse, ainda, que a qualidade do conhecimento dos brasileiros é a melhor. “O problema aqui, que é o mesmo de outros países, é não ter acesso a equipamentos. Esta foi a razão de eu ter me mudado da Bélgica para os Estados Unidos. Se você não tem os equipamentos para trabalhar neles, é frustrante. Sabemos que poucos têm acesso a uma ressonância, por exemplo. Então fica difícil a pessoa ouvir seis aulas seguidas que envolvem essa tecnologia se ela mal a vê”, diz. Dr. Mortele também enfatizou a ótima organização do curso: “Da co-
municação inicial para que eu viesse, à minha vinda e estada aqui, foi tudo ótimo. Todos são muito amáveis, e a hospitalidade é incrível”. Uma das últimas aulas do dia foi conduzida pelo Dr. Henrique Carrete Jr.: AIDS: Novas Faces de Uma Antiga Doença. O professor lembrou que, para o público da sala, a AIDS talvez fosse uma doença bastante antiga, mas que muita coisa de fato tem acontecido nessas três ou quatro últimas décadas. “A população que vive com AIDS no Brasil passou de 700 mil para 830 mil entre 2010 e 2015, e também no ano passado estima-se que ocorreram 44 mil novas infecções. Em 2014, o número de mortes foi de 16 mil”, iniciou, enfatizando os números, nos últimos cinco anos, pararam de cair e se estabilizaram. “A mortalidade reduziu bastante, e isso tem a ver com a instituição do tratamento pelo Sistema Único de Saúde. Até 2020, espera-se que 90% das pessoas com AIDS tenham seu diagnóstico realizado; que 90% destas estejam em tratamento; e que 90% destas com a carga viral suprimida – esta é uma expectativa do Ministério da Saúde”, informou. Dr. Carrete explicou que a síndrome se tornou uma doença crônica, em que aparecem aspectos neurológicos atípicos: “Para interpretar imagem, é preciso conhecimento dos padrões radiológicos característicos e descriminar acometimento focal ou difuso da substância branca, entre outros”. Listou infecções oportunistas, como a toxoplasmose, considerada a mais comum, e apresentou a etiologia e semiologia da imagem – em relação à topografia do acometimento e à resposta ao contraste. Comparou imagens e características de toxoplasmose e linfoma. Depois de discutir as lesões focais, passou para as lesões difusas – primeiro, a infecção por CMV; depois, encefalite pelo HIV; e, finalmente, LEMP – leucoencefalopatia multifocal progressiva. Discorreu, ainda, sobre a SIRI – Síndrome Inflamatória de Reconstituição Imune em HIV/ AIDS – e a Encefalite por CDS. Em suas considerações finais, afirmou: “Os achados de imagem são muito variados – lesões expansivas, meningoencefalite, desmielinização, atrofia e lesões musculares”. Lembrou que se trata de uma doença crônica, e frisou a influência do tratamento com terapia antirretroviral na incidência e aspecto das lesões.
EVENTOS SPR • 11
Edição 457 – Setembro de 2016
Hora do almoço é hora de aprender O curso não parou nem na hora do almoço da sexta-feira. Foi apresentada a terceira edição do Lunch Meeting do Grupo de Estudos de Meios de Contraste da SPR com apoio da Bayer sobre Meios de Contraste. Moderada pelo Dr. Tufik Bauab Jr., o evento teve abertura do Dr. Marcelo Amaral Coelho, diretor médico da Bayer, que apresentou as principais características do Gadovist, contraste da empresa, com alta concentração de gadolínio: “Oferece melhoria de visibilidade para pacientes oncológicos, mais confiança em esclerose múltipla e melhor direcionamento de biópsia”, ressaltou. Em seguida, Dra. Bruna G. Dutra, neurorradiologista da Santa Casa de São Paulo, do Fleury e do DASA, conduziu a apresentação Atualizações em Meios de Contraste: Amamentação, Disfunções Tireoidianas, Metformina e Extravasamento. Falando sobre amamentação, comparou as consequências para a criança e apresentou as reações adversas. Também discutiu a associação do uso de contraste iodado ao desenvolvimento de disfunção tireoidiana, a relação da metformina e do contraste – “não há interação direta entre as duas medicações” – e afirmou que a monitoração renal é imprescindível antes de usar o contraste iodado no paciente. Sobre o extravasamento, que é a administração inadvertida de um fluido vesicante nos tecidos adjacentes, descreveu fatores de risco e medidas de prevenção. Em seguida, Dr. Renato Hoffmann Nunes, que atua nos mesmos serviços da Dra. Bruna, discorreu sobre Deposição de Gadolínio: Controvérsias e Concordâncias. Ao apre-
sentá-lo, Dr. Tufik chamou o gadolínio de “glúten da radiologia”: “Sempre existiu, mas só agora gera ampla discussão”, brincou. Dr. Renato diferenciou o gadolínio linear do macrocíclico e apresentou a estabilidade termodinâmica e cinética dos gadolínios. Disse, ainda, que o FDA norte-americano se pronunciou sobre depósitos no cérebro. “O que sabemos: o gadolínio fica retido no corpo mais tempo do que se esperava. Em alguns pacientes, ele não sai em 24 horas, como era esperado. Possivelmente, ocorre com todos os agentes. Ele é proporcional ao número de injeções; nem sempre é detectável pela análise qualitativa da imagem; ocorre em todo o encéfalo; e o padrão de imagem é de cálcio ou manganês”, explicou. Afirmou, ainda, que provavelmente decorre do processo de transmetalação. “Há estudos de 2004 já mostrando que esse acúmulo existia, mas como a imagem não mostrava, não se preocupava com isso. Não se sabe a forma do gadolínio depositada. Não se sabe se há um clearance
dele. Existe uma doença do depósito de gadolínio? Existe possibilidade de dois tipos de reação crônica a ele”, ressaltou. Em suas conclusões, enumerou o uso restrito do gadolínio a situações com indicação clínica; rever dosagens; o estímulo ao uso de agentes macrocíclico; e não negligenciar queixas relacionadas ao uso prévio do gadolínio. “É preciso evitar a gadoliniofobia”, finalizou. Profissional do Hospital Heliópolis e do A. C. Camargo, Dr. Marcos Duarte Guimarães conduziu palestra intitulada Meios de Contraste em Oncologia. Apresentou números do câncer no mundo e assinalou que, em 2020, ele deve ser a maior causa de óbito no Brasil, ultrapassando as doenças cardiológicas. “Não há contraindicação absoluta para o uso dos meios de contraste – é preciso avaliar caso a caso. É preciso levantar os riscos de cada paciente, com condições clínicas, idade avançada e neoplasias renais, entre outras. Oncologia e radiologia devem funcionar em um contexto multidisciplinar
Dr. Tufik Bauab Jr.
Dr. Marcelo Amaral Coelho
Dr. Renato Hoffmann Nunes
no dia a dia, no manejo desse tipo de paciente”, especificou. Ele explicou, ainda, que os efeitos adversos relacionados ao iodo são incomuns e discutiu os danos renais ao paciente oncológico, além de descrever as reações adversas do gadolínio. “Não há contraindicação absoluta para o uso de meios de contraste em pacientes com câncer; os meios de contraste são extremamente importantes na caracterização e planejamento terapêutico em pacientes oncológicos. Quando bem indicado, não deve ser proscrito. É preciso observar os cuidados inerentes a esse grupo de pacientes”, concluiu.
Dra. Bruna Garbugio Dutra
Dr. Marcos Duarte Guimarães
12 • EVENTOS SPR
Mão na massa O programa do curso teve muitas aulas hands on de ultrassonografia, voltadas a mostrar na prática, em telão, como o profissional deve conduzir determinado exame. Na parte da manhã do dia 29, foi apresentada pelo Dr. Marcos de Queiroz a demonstração prática de ultrassom de vesícula e vias biliares para um auditório lotado. Na plateia, duas profissionais colombianas que atuam no Rio de Janeiro ficaram bastante empolgadas com o que viram: “Em uma aula comum, não conseguimos ver como temos que colocar o transdutor para ver bem a imagem; o colédoco distal, por exemplo, eu nunca tinha visto. Em uma aula, a gente vê a imagem, mas nem sempre sabe como posicionar o transdutor para chegar àquele resultado, ou pelo menos como procurar”, afirmou a Dra. Julia Castro, colombiana, R1 da Santa Casa da PUC-RJ. Ao que a Dra. Alejandra Ospina, R2 da mesma instituição, concordou: “Adorei a aula! Porque você entende como você vai colocar o transdutor no abdome, você
Dras. Julia Castro e Alejandra Ospina, da PUC-RJ
consegue identificar como ele posiciona e qual imagem você terá que procurar a partir dali. Nunca tinha visto como o colédoco chega ao dueno, nunca ninguém tinha explicado isso pra mim. Na prática, no serviço, ninguém tem tempo para explicar com tantos detalhes. Estou adorando, quero ficar aqui o dia todo!”, comemorou. Outro curso que permitiu aos alunos ter contato muito próximo
BI-RADS® O curso de BI-RADS® reuniu 60 participantes durante toda a manhã do domingo, que puderam conhecer o sistema de classificação das patologias da mama e aprender os caminhos para utilizá-los em suas rotinas.
com a prática médica foi o SEADI – Suporte em Eventos Adversos em Diagnóstico por Imagem. A residente do primeiro ano do Centro Radiológico de Campinas, Dra. Bianca Pereira, achou o curso muito interessante: “Tem tanto a parte teórica quanto a prática, e podemos rever alguns conceitos que são essenciais na área de emergência médica. Os professores são ótimos, muito capacitados e didáticos. Hoje me
Dra. Bianca Pereira
sinto preparada para atuar no primeiro atendimento médico”, disse. Ela também ressaltou que o pequeno número de participantes ajuda: “São poucos alunos por sala e isso facilita, ficamos mais à vontade para fazer as perguntas e fazer a prática, e isso permite que todos treinem os passos de uma entubação aerotraquial, de uma reanimação cardiopulmonar. Vale a pena e eu recomendo – estou adorando!”, completou.
EVENTOS SPR • 13
Edição 457 – Setembro de 2016
Final do Concurso SPR-AIRP: casos de excelência Foi realizada no fim da tarde de sábado a final do Concurso SPR-AIRP, que premiou seis pessoas com benefícios para participação no Curso de Quatro Semanas (Four-Week Course) do American Institute for Radiologic Pathology (AIRP), em Maryland, Estados Unidos. Os finalistas foram previamente selecionados pela Comissão Julgadora e apresentaram seus casos no grande auditório do Maksoud Plaza para, momentos depois, receber a colocação. Dr. Antônio Rocha abriu o evento: “Os seis casos hoje apresentados já são vencedores. O que faremos aqui é a decisão classificatória de cada um deles”. A comissão julgadora contou com os Drs. Maria Helena Mendonça, Carlos Homsi, Mauro Brandão, Gustavo Kalaf, Koenraad Mortele e Antônio Soares Souza, presidente da SPR, que afirmou: “Para a SPR, é um orgulho fazer esse evento em que serão premiados esses participantes. Agradeço a participação da comissão que julgou e escolheu esses trabalhos – os Drs. Maria Helena, Gustavo Kalaf e Renato Hoffman. Tivemos recordes de casos apresentados, e a escolha foi difícil, pois são espetaculares. Agradeço, ainda, a parceria com o AIRP e o apoio da Bayer”. Dr. Kalaf falou em nome da comissão: “Tivemos 34 casos inscritos, número recorde, e casos com excelência muito boa, o que dificulta julgá-los. Seguimos critérios rígidos e objetivos de fazer a classificação para tirar a subjetividade. Por isso, pedimos para tirar o nome dos pacientes Colocação
Mais bem colocados receberam inscrição gratuita para um módulo futuro Os seis autores dos casos vencedores sobem ao palco para simbolicamente receber seus prêmios
e da instituição para evitar qualquer tipo de conflito de interesse”. Convidado a falar, Dr. Mortele agradeceu o convite para estar “nesta linda cidade de São Paulo” e se disse muito sortudo por fazer parte do AIRP: “É um curso fenomenal, de quatro semanas, feito de quatro a seis vezes por semana, e há um curso específico que acontece em maio. Convido a todos que gostam da relação entre radiologia e patologia a participar, pois será
um grande aprimoramento na carreira de vocês”. Os principais prêmios foram para os 1º e 2º lugares: passagem e inscrição custeadas pela SPR com apoio da Bayer. O 3º lugar recebeu inscrição gratuita no curso, oferecida pelo AIRP. E do 4º ao 6º lugares, o prêmio foi 50% de desconto na inscrição no curso AIRP, benefício também oferecido pelo Instituto. Após a apresentação dos casos e a decisão da comissão, o resultado foi:
Autor
Caso
1º
Dr. Daniel Borges Montel, Residente da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Neurocisticercose Racemosa com Meningite Eosinofílica e Hidrocefalia Comunicante
2º
Dr. Bernardo Salgado Pinto Oliveira, Residente do Hospital Sírio-Libanês de São Paulo
Teratoma Maduro da Adrenal
3º
Dra. Giovana Bittencourt Basso, Residente da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Criptococose Óssea em Paciente Imunossuprimio Transplantado Renal
4º
Dr. Mauro Mitsuru Hanaoka, Residente da Universidade de São Paulo (USP)
Adamantinoma de Tíbia
5º
Dr. Luiz Ricardo Marques Peixoto, Residente do Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo
Linfoma Ósseo Primário
6º
Dr. André Cesar Ozawa Rodrigues, Residente do Hospital Ana Costa de Santos, SP
Gigante Cisto de Vesícula Seminal Sintomático Associado a Agenesia Renal Ipsilateral/Síndrome de Zinner
Curso Online: homenagens Na ocasião, foram também premiados os alunos com a melhor colocação de cada um dos módulos do Curso Online de Radiologia já realizados. Os Drs. Antônio Soares e Renato Hoffman e o colaborador da SPR, Sérgio Macedo, entregaram as homenagens: • 1ª turma – Neurorradiologia / Neuropediatria / Cabeça e Pescoço: Dra. Marília de Queiroz e Carvalho – Residente do 3º ano do Centro Médico de Campinas, SP (representada pela Dra. Aline Garcia) – média final = 99 pontos; • 2ª turma – Neurorradiologia / Neuropediatria / Cabeça e Pescoço: Dra. Luziany Carvalho Araújo - Residente do 2º ano do Hospital Barão de Lucena – Recife/PE – média final = 96,3 pontos; • 3ª turma – Radiologia Musculoesquelética – Dr. Igor Gomes Padilha, Residente do 3º ano da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – média final = 100 pontos. Todos receberam um Certificado de Mérito e uma inscrição gratuita, que poderá ser utilizada no período de um ano, para um módulo à escolha, do Curso Online de Radiologia da SPR.
14 • EVENTOS SPR
2º Encontro de Residentes: aprender errando Dr. Nelson Caserta abriu o dinâmico Encontro de Residentes e Aperfeiçoandos em Radiologia e Diagnóstico por Imagem da SPR na manhã de domingo, lembrando que o objetivo era a participação ativa de todos. Convidou, então, Dr. Hugo Guerra, da Argentina, um dos responsáveis pelo encontro lá e por ter trazido o formato ao Brasil, para falar. “Queremos que os residentes fiquem tranquilos, participem e que se equivoquem, pois a mensagem é aprender a pensar, errando. Todos os grandes professores aqui sentados vivem se equivocando”, disse. Em seguida, iniciaram-se as apresentações dos 14 casos convidados, com discussões sempre muito vivas e com intensa participação da plateia. Durante as apresentações, os moderadores Drs. Hugo e Nelson interrompiam o apresentador e envolviam a plateia, questionando sobre o que era possível visualizar nas imagens apresentadas, para que todos pudessem, juntos, desenvolver a lógica para chegar ao resultado do caso. Residentes e profissionais mais experientes discutiram conjuntamente, em uma
Colocação
sessão extremamente interativa, informal e didática. Os residentes tiveram a chance de discutir, trocar ideias e serem questionados por profissionais renomados da Radiologia, em um momento enriquecedor para o conhecimento. Na plateia também havia residentes de outros países da América Latina, que participaram prontamente. Dr. Antônio Rocha lembrou que o que ali deveria ser valorizado era o caso que tem uma mensagem, um grau de dificuldade moderado para
elevado, mas com um diagnóstico radiológico possível: “Um bom radiologista, bem treinado, olha as imagens bem documentadas e estreita o diagnóstico para algumas possibilidades. Casos muito difíceis e que são impossíveis de realizar o diagnóstico por imagem não trazem consigo esse tipo de mensagem. Valorizamos os casos que a documentação permita chegar no diagnóstico através da análise radiológica”, explicou. Após a apresentação, foram selecionados os três casos vencedores:
Autor
Caso
1º
Dr. Augusto Lio da Mota Gonçalves Filho, Residente da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Panencefalite Esclerosante Subaguda
2º
Dra. Paula Nardocci, Residente da FAMERP de São José do Rio Preto
Paracoccidioidomicose
3º
Dr. Rodolfo Mendes Queiroz, Residente da Documenta de Ribeirão Preto
Osteomielite Crônica Multifocal Recorrente (Osteíte Não Bacteriana)
SPR GLOBAL
Jovem: a Europa te chama! Dr. Lorenzo Derchi é vice-presidente da Sociedade Europeia de Radiologia (ESR) e veio ao Brasil para participar do Curso Feres Secaf e convidar os participantes a se inscrever no Programa Invest in the Youth. A iniciativa oferecerá a 1 mil jovens residentes de radiologia e
profissionais em formação a chance de participar do Congresso Europeu de Radiologia de 2017 – os candidatos aprovados receberão inscrição gratuita no Congresso, um vale hospedagem para quatro noites e passagens aéreas. “O programa começou em 2003 e, nesses 13 anos, levamos 5 mil jovens para participar do nosso congresso
com esse benefício. Este ano, resolvemos investir pesado, e levaremos 1 mil jovens – é uma grande marca para um único ano”, registra Dr. Lorenzo. Há cem vagas dedicadas à América Latina e 15 especificamente ao Brasil. A oferta a esses jovens radiologistas incluirá também passagens aéreas para Viena e está disponível para ra-
Os apresentadores dos dois melhores casos receberam como prêmio uma viagem para a Argentina para participar do Congresso Internacional de Radiologia (ICR 2016), e o terceiro melhor caso, uma inscrição para o Curso Online de Radiologia da SPR. Houve, ainda, a apresentação de três casos de convidadas da América Latina: Autora: Dra. Lina Maria Vasquez Cordona (ACR, Colômbia), R3 da Universidade Autônoma de Bucaramanga Caso: Tuberculose Autora: Dra. Maria Alejandra Loyola Muñoz (SOCHRADI, Chile), R3 da Universidade de Santiago Caso: Carcinoma Fibrolamelar Autora: Dra. Catalina Rodríguez Salas (SOCHRADI, Chile), R3 da Universidad de Valparaíso Caso: Degeneración Olivar Hipertrófica
EVENTOS SPR • 15
Edição 457 – Setembro de 2016
Após o evento, moderadores e convidadas – todas tinham, pela primeira vez, apresentado um caso fora de seus países de origem – conversaram com o Jornal da Imagem: Dr. Hugo Guerra
Dr. Hugo Guerra instiga os residentes a participar da discussão de casos
“Fiquei positivamente surpreendido com a participação sobretudo dos jovens. O fundamento deste Encontro de Residentes é aprender a pensar. Ajuda muito quando introduzimos uma estrutura de pensamento para chegar a um diagnóstico. Todos os que opinam, somam ao aprimoramento dos demais. Todo aquele que participa, incorpora coisas novas. Quem mais aprende, somos nós, que moderamos.”
Dr. Nelson Caserta
Dr. Antônio Soares Souza
Dr. Antônio José da Rocha
Acima, os coordenadores do evento com as apresentadoras convidadas e o Dr. Antônio Souza ao centro; abaixo, com os autores dos três casos vencedores
“Em todo evento, a SPR procura se esmerar e fazer o melhor. Precisamos, assim, olhar o que foi feito e sempre perguntar o que podemos melhorar. Hoje, cumprimos o objetivo, de aprendizado, congraçamento e presença de muitos residentes; foi um sucesso. Ideias para melhorar: trazer mais residentes, pois este é um programa em seu início, então devemos entrar nos serviços e estimulálos a trazer seus residentes. Quem estava, ficou até o fim; a participação foi crescente, o desembaraço também, e isso está bem de acordo com o que estávamos pensando. Esse encontro é também para aquele que quer fazer uma reciclagem.”
Dra. Lina Maria Vasquez Cordona “Tive a chance de participar após ganhar um prêmio da Associação Colombiana de Radiologia, no nosso congresso anual do ano passado. A experiência foi muito agradável e os brasileiros são muito acolhedores. Não pensei que encontraria tanta gente. Recebi muita ajuda. Sempre fico um pouco nervosa antes de fazer uma apresentação, mas, ao perceber como todos se envolviam na discussão, o nervosismo foi desaparecendo. Achei os demais casos muito interessantes, com patologias que nem imaginava que fossem ser abordadas.”
Dra. Maria Alejandra Loyola Muñoz
diologistas em formação com menos de 35 anos ou radiógrafos em formação com 30 anos ou menos; membros da ESR no ano de 2016; e autores que forem os remetentes dos resumos. Para concorrer, é preciso enviar um resumo (apresentação oral ou pôster), em inglês, até 15 de outubro. Para mais informações, acesse: http://goo.gl/W7YklU. Os candidatos que submeterem resumos devem se cadastrar individualmente no programa ESR Invest in the Youth, marcando o campo “I herewith apply for the Invest in the youth programme”.
“Convido todos a entrar no site e fazer sua inscrição. Será uma oportunidade de ser uma parte ativa de nosso congresso! Os jovens poderão apresentar seus trabalhos, conhecer colegas de todo o mundo e compartilhar suas experiências e conhecimento”, afirma. A ESR conta com mais de 5 mil sócios brasileiros. Em 2016, seu congresso anual reuniu 26 mil pessoas de 133 países, representando uma oportunidade única de troca de conhecimento, informações e cultura.
“Já tinha tido a experiência de me apresentar em meu país, mas lá não fiquei tão nervosa. Aqui tinha muita gente! A organização foi muito boa, a recepção, excelente; são todos muito acolhedores. Foi uma ótima oportunidade para aprender, pois são casos clínicos que enfrentamos com os pacientes, e acho que a melhor forma é aprender desse jeito. Fiquei muito contente em receber o convite da Sociedade Chilena para participar.”
Dra. Catalina Rodríguez Salas “Não esperava que tivesse tanta gente! As pessoas aqui são muito amáveis. Agradeço muito a Sociedade Chilena de Radiologia por permitir minha vinda. Achei todos os casos da sessão muito interessantes e as apresentações, muito boas. Alguns casos eram até mais difíceis, mas todos muito interessantes. Foi uma ótima experiência!”
16 • JPR’2016
Ciência, ética e pesquisa Além da atualização em temas científicos, a Jornada Paulista de Radiologia oferece temas focados em pesquisa, educação, ética e profissionalismo, colaborando para que o profissional tenha uma atuação completa Publicamos nesta edição a última parte da cobertura da 46ª Jornada Paulista de Radiologia (JPR’2016), realizada em São Paulo de 28 de abril a 1º de maio. Confira algumas aulas apresentadas nos módulos de Informática, Educação e Introdução à Pesquisa, Ética na Pesquisa em Radiologia, Profissionalismo, Liderança e Gestão em Saúde, FLAUS e Intervenção Guiada por Imagem.
Com reportagem de Gustavo Angimahtz, Oldair de Oliveira e Simone Demitroff. Fotos de Diego Garcia, Carolina Cassiano e Caroline Moraes
Como implementar tecnologias de gestão em radiologia É fato que vivemos na era da informação e, mais ainda, que a grande quantidade de informação que recebemos atualmente chega até nós por inúmeras e diversas ferramentas. Isso demonstra que o ser humano muda rapidamente sua maneira de trabalhar, estudar ou relacionar-se com outras pessoas de acordo com o seu acesso e contato às novas tecnologias. Dentro desse contexto, Dr. Felipe Fernandes Cordeiro de Morais ministrou, no primeiro dia da JPR, a aula Tecnologias para Gestão do Radiologista – Informática em Radiologia. A atividade trouxe reflexões importantes para quem está em uma posição de liderança dentro dessa área da saúde e precisa lidar não apenas com as tecnologias, mas principalmente com as pessoas e a relação entre essas duas partes.
A palestra abordou alguns aspectos importantes dentro dessa perspectiva, como estratégia, transparência e eficiência na comunicação. De forma didática, o médico expôs alguns passos para que o líder saiba como implementar as tecnologias que ajudarão ele e a equipe alcançarem resultados mais efetivos. “Muitas vezes, por insegurança, o gestor mantém as mudanças em segredo e de repente anuncia que
tem uma novidade, informando que em pouco tempo todos irão mudar o jeito de trabalhar. Não deve ser assim; é preciso transparência e estar sempre disponível para repetir tudo o que já foi falado. Não adianta colocar um cartaz na parede explicando as mudanças trazidas pelas novas ferramentas e ficar fechado dentro de uma sala”, alertou o especialista. Também foi apresentado um caso de sucesso para exemplificar ao público as reflexões propostas, no qual um diretor médico avaliou alternativas, releu a estratégia da empresa e fez uma opção pela automotivação, ou seja, os radiologistas, alinhados com a estratégia e conscientes do seu papel, foram capazes de melhorar e atingir suas metas. Os participantes também conferiram durante a aula modelos de relatórios e análises que podem ser colocados na sua rotina de trabalho. Ao final, Dr. Felipe ressaltou que uma gestão eficiente em radiologia, assim como todas as outras áreas de atuação, exige maturidade e postura de todos os envolvidos. “A estratégia justifica tudo. Se o gestor explicá-la, o profissional irá entender o problema e como ele pode ajudar. É preciso tratar o profissional como adulto”, concluiu.
Impressão 3D: nova área hospitalar? A impressão 3D já é uma técnica utilizada na Medicina, mas essa inovação está abrindo um mercado que, de acordo com o Dr. Bruno Aragão, ainda tem muito a expandir e deve ser absorvido pelos profissionais da área médica o mais breve possível. Em sua palestra Aplicações Clínicas da Impressão 3D: Hoje e Amanhã, Dr. Aragão defende que a técnica deve ser absorvida pela radiologia para que, em um futuro próximo, esta seja a responsável de todo um setor hospitalar em formação. Para ele, o radiologista já se expõe bastante no diagnóstico de um paciente e, por isso, tem papel importante no laudo para, por exemplo, procedimentos cirúrgicos. Com a técnica inovadora, poderá dar ainda mais embasamento e precisão ao trabalho, assumindo melhores resulta-
dos e mais proteção ao profissional. O momento mais interessante da palestra foi a questão do papel do radiologista nesse processo de inovação na área médica. “Preenche uma lacuna da nossa atividade como radiologista. É uma oportunidade para o cirurgião também. Às vezes, não nos interessamos pelo caso clínico e começamos a ser descartáveis. Com
isso, não servimos apenas para emitir o laudo, mas podemos fazer imagens chave, processar e mandar para o setor de produção do seu hospital ou clínica”, explicita com empolgação, acrescentando que no exterior o processo está nas mãos de engenheiros e o 3D deve ser uma ferramenta na mão do radiologista também. Além da visão para o futuro, o médico trouxe exemplos de impressoras 3D e suas aplicações, que podem fazer diagnósticos com muito mais precisão em três dimensões que as atuais imagens bidimensionais produzidas por equipamentos já utilizados; até a confecção de próteses com o cultivo de células tronco incorporadas na estrutura. “Hoje, já foi feito vaso sanguíneo e estrutura cartilaginosa para menisco com sucesso. As estruturas
ocas, como válvulas cardíacas, já estão próximas de ser realidade”, explica. Mesmo defensor ferrenho do uso da impressão 3D, Dr. Bruno ressalta que outros equipamentos não perdem a importância no diagnóstico. “A impressão 3D facilita o diagnóstico, pois o médico pode enxergar impresso o que está acontecendo. E medições de ressonância e tomografia auxiliam para a impressão em 3D”, pontua. Também destaca o alto preço envolvido na produção, que ainda é um tabu a ser discutido para viabilizar a prática. Mas reforça a importância do envolvimento da área para a técnica. “Como especialidade, se a radiologia não enxergar isso, vai sair da nossa alçada, faremos um laudo e veremos a peça sendo trabalhada por outro setor ou serviço”, conclui.
JPR’2016 • 17
Edição 457 – Setembro de 2016
Quero ser pesquisador A palestra Como Descobrir a Pergunta Adequada em Investigação na Radiologia foi um verdadeiro curso para quem tem vontade de entrar no mercado de pesquisa para publicar seu artigo. O Dr. Edson Amaro Júnior trouxe o caminho das pedras para cada passo que envolve a publicação de um artigo, desde a formulação da pergunta científica – que dá o nome de sua palestra – até o envio para revistas científicas. O médico pontuou a necessidade de conhecer cada parte do processo, como as dificuldades envolvidas, a hipótese que irá motivar a pesquisa, os objetivos esperados, quais materiais serão utilizados e testados, quais mé-
todos serão operados, além da análise estatística, com ética, cronograma, e descrição de pessoal envolvido. “O macaco velho ensina o macaquinho novo, aquela ideia do mentor, do pupilo, do indivíduo que ensina o que aprendeu”, justifica sua didática.
Otimizando diagnósticos por imagem O americano Dr. Richard H. Wiggins foi o responsável por aproximar um tema curioso e muito interessante na JPR’2016. Tratou da importância que existe em padronizar e categorizar diagnósticos por imagem, já que atualmente é possível obter boas imagens e compartilhá-las de forma tão rápida, por meio de diferentes dispositivos, que isso se torna um perigo aos avanços da ciência. A palestra Introdução ao Enterprise Imaging – Informática em Radiologia sugeriu a criação de uma plataforma centralizadora de diagnósticos por imagem, com o propósito de facilitar e controlar o acesso e a pesquisa. “A enorme quantidade de dados gerada por dispositivos móveis (fotos, vídeos e gravações) e pelo hospital podem e devem ser administradas por um fluxo de trabalho pensado para este fim”, incentiva o doutor. Hoje em dia, cada área administra seus próprios arquivos, e quem perde é a ciência, de acordo com a teoria do Dr. Higgins. O Enterprise Imaging, como batizou a solução, é um fluxo de trabalho desenhado para fazer, estocar, manipular e discutir imagens. “Estamos falando de todos os passos que as imagens na Medicina precisam passar, e vários departamentos dela usam imagens”, lembra. “A criação de um repositório central seria um suces-
Dr. Amaro destacou a importância do controle em um projeto de pesquisa e exemplificou a seriedade da condução de um estudo contando a história de Ernest Rutherford, que teve oito pupilos que ganharam prêmio Nobel e pregava a frase “toda a ciência é física ou coleta de impressões”. Em sua defesa, ainda ressaltou que a pesquisa não é uma ferramenta para provar uma verdade, mas para testar um fenômeno da natureza, pois a verdade tem dimensão temporal. Para a formulação da pergunta científica, cerne da fala, antecipou características que o pesquisador deve buscar nesta indagação. “A pergunta deve ser focada, ter uma hipótese”, ensina.
Além de apresentar como melhorar a qualidade da pesquisa, formular uma boa hipótese, ainda aponta o importante papel das novas gerações nesse processo. Conta que a energia dos jovens é muito importante na formulação de novas hipóteses, pela curiosidade que têm. “Quando tem um objeto do homem na natureza, os macacos curiosos vão ver o que é, mas é o macaquinho novo que vai mexer primeiro, o velho fica olhando”, faz a analogia. “A pergunta científica parte de uma hipótese, de uma premissa. O Isaac Newton teve uma ideia diferente. Tem que pensar diferente”, fecha com chave de ouro.
Como se sair bem em uma apresentação
so”, afirma, reiterando a existência de muitos sistemas independentes que não permitem a troca dos arquivos. A ideia eficaz também incentiva a criação de métricas para padronizar as imagens e diagnósticos obtidos por meio de fórmulas e padrões previamente estabelecidos no fluxo de trabalho. “Hoje, a imagem é usada como um serviço de cada área, e não como uma estratégia da empresa”, pontua Dr. Wiggins, que também atesta que a prática traria mais segurança às instituições, já que informações de acesso também podem ser guardadas. O tema foi trazido aos radiologistas porque o palestrante alega que a radiologia tem extrema importância nesta questão. “A radiologia representa mais ou menos 70% das imagens produzidas em um hospital. Temos outros grupos armazenando outras imagens. Todas as imagens de dispositivos individuais, quando gerenciadas de uma mesma plataforma, podem ser acessadas”, termina com a certeza de que desta forma o acesso pelos médicos e pelos pacientes a diagnósticos ainda melhores está por vir.
Também do Dr. Richard H. Wiggins, a divertida palestra Power Point: o Bom, o Ruim e o Feio – Informática em Radiologia foi uma aula para ensinar aos médicos radiologistas a importância de uma apresentação bem feita para melhor se comunicar com a audiência. Entre as dicas e truques, comentou sobre cores e tamanhos de imagens e fontes, tratamento e resolução de imagens, macetes de links escondidos para adiantar ou atrasar a palestra conforme o interesse e a audiência, entre outras utilidades. “Quando você está dando uma palestra, está conduzindo um show, e tem que existir entretenimento para a audiência”, explica Dr. Wiggins. O médico também ressaltou os benefícios de produzir uma apresentação dinâmica, sem excessos, e a importância de produzir um material que possa conversar com ambientes com muita ou pouca luz. Não faltaram aplausos para a apresentação do Dr. Wiggins, que lembra que a classe médica não dá a devida importância a uma boa apresentação, mas seu impacto, às vezes, é intangível. Dr. Richard condena, por exemplo, que se leia cada palavra, uma por uma, da apresentação de slides, alegando que fica parecendo que o conteúdo não fora estudado antes. “Nos slides devem constar palavras-chave, ilustrações e o que você quer mostrar
ao público, e não o que você deve falar”, ensina. Ainda no que tange ao conteúdo, lembrou o cuidado com a escolha de fontes (tanto a cor como o tamanho), preferindo sempre manter uma tipografia em toda a apresentação. “Fontes sem serifa, fundos que acompanham a luminosidade da sala e dão contraste com a fonte, e poucas animações enriquecem a apresentação”, coloca o profissional. Algo que o Dr. Wiggins condena são os efeitos e animações, que podem tirar a atenção para o que é estritamente importante na palestra ou apresentação. “Após terminar cada slide, ande uns passos para trás e veja se é possível ler o conteúdo”, dá a dica. Por fim, Dr. Higgins lembra que, em uma apresentação, o palestrante é o showman, e deve conduzi-la como se fosse seu espetáculo, com uma linha narrativa. Para apoiar, recomenda o uso de anotações fora da vista do público e estudo prévio. “Você está dando um show. Se não souber o que vem depois, você falha com a sua plateia”, rememora. Perguntado sobre a importância que o radiologista dá ao assunto, o médico diz que as diferentes gerações consomem diferentemente o conteúdo de uma apresentação. “Fazer uma apresentação não é fácil. Talvez você atinja alguns, mas com certeza você irá mexer com algumas pessoas e não irá mexer com outras”, pontua com sabedoria.
18 • JPR’2016
Ética na pesquisa em radiologia
Cuidados com revistas científicas
Apresentar resultados de forma clara e transparente, sem manipulação, é uma das bandeiras levantadas na palestra Ética e seu Papel na Pesquisa em Radiologia, proferida pelo Dr. Richard Barr (Youngstown, EUA), no segundo dia da JPR. Além desta questão, o profissional mostrou que a ética está presente na pesquisa em diferentes abordagens, como, por exemplo, no tema que será tratado na pesquisa, na privacidade do paciente, ou na realização do procedimento para a realização da pesquisa. “É preciso ter certeza de estar controlando tudo que é preciso ser controlado”, assegura o médico. Entre os hábitos saudáveis que sugere ao pesquisador, está o salvamento de todos os dados obtidos, mesmo os não utilizados, para registro e revisão posteriores, ou a correta proteção dos dados dos pacientes cujas informações pessoais não são úteis à pesquisa. “Não apague casos que parecem não ter dado certo para a pesquisa. Se o fizer, documente no manuscrito”, recomenda Dr. Barr. Referente à ética em relação ao universo da pesquisa, algo a não ser seguido é a publicação de mais de um artigo sobre o mesmo paciente. Além disso, ele esclarece que, para que os resultados sejam críveis, é preciso basear a análise em relação ao estudo proposto no início da pesquisa, de acordo com a
É muito gratificante ver seu estudo publicado em um artigo de uma revista científica. Mas é preciso reconhecer também que, no mercado editorial científico, há diversas armadilhas. O Dr. Mauricio Castillo (Chapel Hill, EUA) trouxe, na palestra Publicações Online: Não Caia em Armadilhas, importantes preocupações que o setor deve ter com relação à publicação de artigos de estudos. Primeiramente, o médico questiona a integridade de alguns órgãos dedicados à publicação de artigos, que muitas vezes não são sérios e visam apenas o faturamento e o volume de conteúdo ao invés da verdadeira análise editorial e técnica necessária para a qualidade e idoneidade do artigo. Os veículos “predatórios”, como ele apelidou esse tipo de prática, chegam a criar médicos fictícios, explorar arquivos de artigos que estão precisando de publicação ou mesmo aproveitar o acesso aberto da internet para divulgar – em volume e não em qualidade – e se tornarem conhecidos. “Seja cauteloso com os lugares para os quais manda seus artigos, cheque o diretório de bons veículos, preste atenção no site deste veículo e tenha cuidado para não se tornar parte da equipe editorial sem querer”, atenta o médico sobre a gravidade da situação. A imprensa, para ele, pode ser um vilão, ao republicar, por desconhecimento e por
estratégia inicial, para surtir efeito. “E ser claro nos dados faz as pessoas entenderem o que você alcançou em seus resultados”, lembra o doutor. Também levantou temas como trabalhos e estudos que envolvem doenças terminais, como o câncer ou fabricantes de medicamentos, colocando o papel das comissões de ética como fundamental para o sucesso da pesquisa. Na palestra, classificou como de extrema importância submeter o tema da pesquisa a uma comissão ética, que decidirá se a pesquisa pode ou não ser realizada. Por fim, Dr. Barr aponta que separar os pacientes por tempo em que foram observados também é uma postura ética do médico, já que não é possível comparar resultados de amostras que foram acompanhadas por tempos diferentes. “É preciso ter certeza que se reconhece e que se controla cada dado que precisa ser controlado e documente mesmo o que não for usar, dizendo o porquê não ser usado”, exemplifica Dr. Barr. Para o médico, rastrear cada etapa do processo do estudo legitima a pesquisa e concorda com a imparcialidade do autor.
busca por audiência, artigos destes veículos, conferindo ao problema em um efeito “bola de neve”. “É muito difícil para os jornais contornar isso, porque lhes falta o conhecimento técnico”, justifica. Para evitar esse tipo de contratempo, o doutor sugere que sejam abertas diligências para verificar a idoneidade e a veracidade dos veículos para os quais se mandam esses artigos antes de enviar. Assim, pode-se evitar, por exemplo, de aparecer no quadro da equipe em um site sem credibilidade, o que certamente prejudicará o nome do médico além de conferir seu crivo a outros artigos que nem sempre são verdadeiros. “Tome cuidado com convites por e-mail, cheque os especialistas reconhecidos e as políticas do veículo para certificar-se que está fazendo a coisa certa”, orienta o profissional. Dr. Castilho ainda trouxe cases de empresas de publicações que são predatórias, e também um exemplo de um caso de um médico que jamais conseguiu remover seu nome de um veículo após ter caído nesta armadilha de associar seu nome a ele. No encerramento de sua fala, ressaltou que as empresas predatórias trabalham com margens altíssimas de lucro (acima de 50%), bem acima das margens de qualquer setor médico, e que por isso devem ser questionadas também.
Acesso, qualidade e segurança norteiam palestra do Dr. James P. Borgstede A aula Qualidade e Segurança de uma Perspectiva Global, ministrada pelo Dr. James P. Borgstede, médico da cidade de Colorado Springs, nos Estados Unidos, foi parte do Curso de Atualização: Tópicos Variados, realizado no terceiro dia da JPR, com os moderadores Drs. Renato Adam Mendonça e Valerie P. Jackson. Dr. James ressaltou a importância dos processos de melhorias, pois esse é o desejo dos pacientes e é com eles que os profissionais precisam se preocupar. “Os pacientes querem um exame com interpretação
adequada e no tempo adequado, especificamente quando falamos de emergência, desde o momento de sua entrada até o fim”, afirmou.
Dentro desse contexto, o especialista acrescentou a importância de relatórios que podem ser utilizados no dia a dia para aumentar a qualidade e segurança, contando sobre as práticas que ele acredita e quais os resultados que conquistou no seu trabalho. “Temos dois profissionais dedicados a melhorar o fluxo de pacientes ambulatoriais, times de frentes, gestores, enfermeiros, ou seja, a meta é reduzir o trabalho redundante e melhorar a qualidade na área”. Iniciativas de segurança também foram citadas para exemplifi-
car, como a Image Wisely e Image Gently, além da Latin Safe, lançada durante a JPR. Ao final, Dr. James ressaltou as relações entre qualidade, acesso e custo no que diz respeito ao serviço de saúde oferecido à população, sugeriu leituras sobre o assunto e refletiu sobre os desafios para o futuro. Este curso de atualização também contou com as aulas O papel da Liderança na Melhoria da Qualidade, do Dr. Lane F. Donnely, e Revisão de Pares em Radiologia, da Dr. Valerie P. Jackson, entre outras.
JPR’2016 • 19
Edição 457 – Setembro de 2016
Desafios da especialidade é tema de aula O presente e o futuro da especialidade foram o assunto abordado pelo Dr. Conrado Furtado Albuquerque Cavalcanti, como parte do módulo Profissionalismo, Liderança e Gestão em Saúde. O médico, que é coordenador do Programa de Acreditação em Diagnóstico por Imagem do CBR e faz parte do corpo clínico do Hospital Sírio-Libanês, lembrou que, no passado, a maioria dos radiologistas era formada por empresários, situação oposta ao momento atual, em que são basicamente empregados ou PJ (contratação sem vínculo trabalhista). “O mercado cresceu muito nos últimos anos e quem saía da residência já tinha assegurado seu emprego. Hoje o cenário mudou e o prognóstico não é bom, com menos opções futuras de trabalho”, afirmou. Dr. Conrado também fez uma análise da realidade dos convênios,
que apresentou até 2014 crescimento contínuo em seu quadro de associados maior do que o da população brasileira. Atualmente, lembrou o médico, um quarto dos brasileiros tem convênio. Nesta mesma direção, nos últimos dez anos, as operadoras aumentaram seus preços em 160% acima da inflação e repassou quase
0% (zero por cento) aos médicos associados. “Ainda assim, essas empresas estão mal financeiramente e suas despesas têm sido maior que as receitas. Por outro lado, perderam 1,5% dos seus clientes na comparação entre 2015 e 2014. É um sistema que está à beira do colapso”, sentenciou, embora os números mais recentes da saúde suplementar brasileira dão conta que esse sistema movimenta R$ 150 bilhões ao ano. Alguns dos números interessantes trazidos pelo conferencista são reveladores da concentração de equipamentos no País. Segundo ele, existem no Brasil 2 mil máquinas de ressonância magnética, estando 25% delas no Estado de São Paulo e 54% na região Sudeste. “Sobre a presença de RM, no que diz respeito ao sistema privado, podemos dizer que estamos em um nível similar ao dos Estados
Questões éticas, legais e de controle da medicina e da radiologia O Exercício Legal e Ético da Medicina e da Radiologia no Brasil foi tema da aula do Dr. Aldemir Humberto Soares durante a JPR. Abordando um assunto que é sempre atual, ele iniciou suas reflexões explicando o controle da atividade médica a partir do Conselho Federal de Medicina, dando um panorama histórico de como as regras e leis foram estabelecidas, passando pelo surgimento das especialidades, fundação do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e Associação Médica Brasileira (AMB). “O Conselho vai, na realidade, sempre estar acompanhando a atividade médica dentro da ética médica; não basta o médico ter o diploma, ele precisa estar no Conselho”, ressaltou. Após discutir pontos relacionados ao exercício da Medicina e atividades privativas do médico, o especialista dedicou um espaço em sua palestra para explicar os impactos da Lei ‘Mais Médicos’, instituída pela presidente Dilma Rousseff em 2013. “O governo entendeu que faltava médico no Brasil. No mundo inteiro falta médico, exceto Cuba, Espanha e talvez China, mas isso é normal. A
população cresce e nós não conseguimos ir na mesma direção. Com isso o governo entendeu que era preciso aumentar quantitativo de médicos no País e de 2013 até março de 2015 tivemos a abertura de 62 escolas médicas e mais de 4 mil vagas”, pontuou. O especialista também esclareceu a criação da figura do médico intercambista por essa lei, que permite esse profissional trabalhar no Brasil sem o registro no Conselho Federal de Medicina por três anos, podendo ser prorrogado por mais três anos. “Com isso, foram trazidos para o Brasil quase 3 mil médicos cubanos na época e hoje esse número é de 12 mil profissionais cubanos. O programa paga hoje em torno de R$ 10 mil ao profissional, sendo que cerca de
R$ 3 mil vai para o médico e o restante vai para Cuba”. Questões como as especialidades médicas também foram abordadas, seguidas da abordagem sobre o código de ética da profissão. Após essa aula, no mesmo auditório, foi a vez do Dr. Manoel de Souza Rocha realizar a sua apresentação. Com o tema Quem Somos, Quantos Somos, Aonde Estamos Indo? O Controle da Prática Radiológica no Brasil, ele trouxe a demografia médica no Brasil com dados históricos e também estimativas futuras. De 1970 a 2010, a população brasileira como um todo cresceu 104,8% e o número de médicos aumentou em 530%. “O Brasil terá 500 mil profissionais em 2020, atingindo taxa de 2,41 médicos por mil
Unidos. O problema é que 94% das máquinas existentes aqui estão no mercado privado, restando apenas 6% no serviço público”, revelou. Outros assuntos abordados pelo Dr. Conrado foi o sistema de remuneração Fee for Service (FFS) e da necessidade de revisão do modelo de pagamento; a Lei 13.003/2014, que tornou obrigatória a existência de contratos escritos entre as operadoras e seus prestadores de serviço; e a terceirização, a qual vê como uma ameaça. Entre as conclusões, Dr. Conrado considerou que o radiologista vem perdendo importância na cadeia de tratamento do paciente e que é relevante que estes profissionais se aproximem das entidades que os representam. “As sociedades médicas podem não fazer o que a gente quer, mas elas fazem muita coisa que nem ficamos sabendo”, finalizou.
habitantes”, demonstrou o especialista. Outros índices importantes expostos durante a aula foram a maior participação de estudantes mulheres nos cursos de Medicina, inversão que aconteceu entre 2007 e 2008, isto é, haverá cada vez mais mulheres exercendo a medicina, bem como o número de médicos sem especialidade, que hoje soma 180 mil profissionais em um universo de 480 mil médicos. Também foram mostrados dados da radiologia, que está entre as dez maiores especialidades de médicos atuando no Brasil, e também a média de idade dos médicos no País, hoje na faixa dos 46 anos, demonstrando que está sendo mantida uma renovação desses profissionais. Ao final, o médico abordou o controle da prática radiológica e o título de especialista, já que diversas outras especialidades médicas tentam habilitar a realização de exames ultrassonográficos. “Não tenho nada contra uma certificação adicional, pelo contrário: isso demonstra a busca pela qualidade, mas é preciso cautela para não desvalorizar o especialista em radiologia e diagnóstico por imagem. Da mesma forma, no âmbito educacional, é o radiologista que deve ensinar a fazer uma ultrassonografia. O ensino precisa ser aprimorado a partir dos radiologistas. Se quisermos sobreviver a todo esse cenário, precisamos estar capacitados”, finalizou.
20 • JPR’2016
FLAUS apresenta aula sobre TI-RADS Como costuma dizer o Dr. Alejandro Blando, professor da pós-graduação em Diagnóstico por Imagem da Universidade Nacional de Rosario (Argentina), há 40 anos o câncer de tireoide é o mesmo; o que vem mudando são os sistemas de categorizações e informações sobre estes nódulos. Na JPR, este especialista, que também faz parte do Instituto de Diagnóstico Médico San Lorenzo, falou sobre controvérsias em patologia nodular da tireoide, como parte do Curso Ultrassonografia FLAUS, e também a respeito do sistema TI-RADS (acrônimo para Thyroid Imaging-Reporting and Database System). De acordo com Dr. Blando, a controvérsia em torno da patologia de tireoide tem persistido ao longo dos anos, ainda que tenham surgido muitas formas para tentar classificar os nódulos,
caracterizá-los e, consequentemente, diminuir particularmente o número de punções e cirurgias desnecessárias. É neste contexto que surge o TI-RADS, em 2009. O sistema foi proposto pela
radiologista de origem húngara-francesa Eleonora Horvath, que vive há mais de duas décadas no Chile e dirige o Serviço de Imagem da Mulher da Clínica Alemana, de Santiago. “O advento do TI-RADS é um elemento que também tem de adquirir a conformidade, a prática e o conhecimento por parte dos médicos para bem utilizá-lo. É preciso que endocrinologistas, clínicos e cirurgiões tenham o conhecimento do que um está informando com cada um sobre o TI-RADS”, destaca Dr. Blando. A classificação deste sistema para os nódulos tireoidianos é baseada em uma pontuação de acordo com os critérios ecográficos de malignidade, indo de TI-RADS 1 (tiroide normal, sem nenhuma lesão focal) até TI-RADS 6 (malignidade já detectada por biópsia ou punção).
Dr. Thiago Júlio mostra que o futuro já faz parte do presente Coube ao Dr. Thiago Júlio, membro do Departamento de Informática em Radiologia da SPR, dar a última aula do módulo de Intervenção Guiada por Imagem na JPR. Ao abordar o tema Atualizações em Tecnologia da Informação: do Linear ao Exponencial, o especialista contou uma história fictícia de um determinado paciente ao longo da qual apresentou 23 inovações que, por mais fantásticas que algumas pudessem parecer, segundo ele, todas já foram criadas. “Nada disso é exponencial. Todas já foram concebidas, embora se encontrem em diferentes estágios de maturidade e aplicabilidade. Elas podem morrer antes, mas vão ser aplicadas da maneira que já existem, embora certamente vão ser aperfeiçoadas. Mas
nada aqui é exponencial”, destacou já ao final de sua palestra, referindo-se a wearables sensores, prontuários pessoais, internet das coisas, machine learning, cirurgia virtual, robótica e muito mais. Na opinião do médico, muito do que ainda é considerado hoje exponencial só não entrou decisivamente na rotina médica por questões financeiras, de planejamento político, regulação e de mecanismos de integração das diversas ferramentas. “Como falei no ano passado, a gente tem uma vida real linear e as possibilidades tecnológicas são exponenciais. O linear é o agora e não é necessariamente o que a gente está fazendo. O linear é o que a gente deveria estar fazendo, porque já tem como fazer”, afirmou Dr. Thiago, para quem é responsabilidade do médico trazer essas tecnologias para o mundo real, validando-as, testando-as, divulgando-as e, por fim, implementando-as. No universo antevisto pelo especialista, as máquinas terão papel de destaque, desde o momento que antecede à consulta até a alta médica. Assim, chips tatuados ao corpo farão a leitura de parâmetros e enviarão sinais de alerta ao profissional adequado. No centro de diagnóstico, o radiologista contará com ajuda de inteligência artificial que o ajudará a priorizar e “enxergar” o que poderia ser negligenciado. E, na sala de cirurgia, a equipe contará com uma ampla gama de informações advindas do wearable do paciente, do sistema médi-
co ambulatorial e de outras fontes portáteis, que, avaliadas por cérebros eletrônicos ajudarão a identificar padrões e caminhos, resultando em ganho de tempo e facilitando o trabalho. “Em nenhum momento estou falando que a máquina tomará a decisão. Esta será sempre médica. O que a máquina vai fazer é encurtar o tempo até a tomada da decisão e fazer com que ela (a decisão) seja compactuada, a partir do processamento de informações oriundas de diversos profissionais envolvidos naquele processo, como radiologistas, patologistas e outros”, explica Dr. Thiago. Neste caminho aparentemente sem volta, em que informação e tempo são bens dos mais valiosos, o maior beneficiado é o paciente que, poderá contar com a impressão de órgãos vitais, em caso de necessidade de substituição, e tratamento farmacológico não mais com drogas químicas, mas resultantes de bioengenharia, com programação de RNA para que uma estrutura biológica exerça determinada ação, como se faz hoje com os programas de computador.
JPR’2017: agende-se! A 47ª Jornada Paulista de Radiologia (JPR’2017) será realizada de 4 a 7 de maio, no Transamerica Expo Center, em São Paulo. As inscrições serão abertas em breve – fique ligado nos canais de comunicação da SPR para garantir vaga nos cursos mais concorridos e reserve desde já a sua agenda.
Edição 457 – Setembro de 2016
JPR’2016 • 21
Te vimos na JPR
22 • CAPA
Lesões decorrentes do esporte em tempo de Olimpíadas Não faltaram pacientes na clínica radiológica estruturada dentro da Policlínica montada na Vila dos Atletas da Rio-2016 Por Oldair Morgado
A recém-encerrada Olimpíada Rio-2016 começou oficialmente em 5 de agosto. Mas, muito antes disso, em 22 de julho, foi inaugurada a Policlínica da Vila Olímpica, dotada com equipamentos e profissionais de primeira linha, preparados para atender aos 10,5 mil atletas e demais membros das delegações de 205 países presentes no evento. Ainda que cada equipe presente aos jogos dispusesse de seu próprio corpo médico, o espaço com área total de 3,5 mil metros quadrados foi montado para oferecer suporte, seja no atendimento preventivo ou de emergência, e foi um dos locais mais agitados durante quase 20 dias de competições. “Como uma clínica comum, havia exames agendados, encaixes e solicitação de laudos de urgência, ora pela gravidade ora para justificar ao Comitê Olímpico Internacional (COI) o corte de um atleta, e assim permitir a convocação de outro, inclusive com momentos de calmaria relativa (durante as disputas) e de pico (ao término delas)”, narra o Dr. Mauro Brandão sobre a rotina da clínica radiológica instalada dentro da Policlínica da Vila dos Atletas. Ele foi um dos integrantes da equipe que teve o privilégio de colocar seu trabalho e experiência à disposição de algumas das principais estrelas do esporte mundial. Segundo Dr. Mauro, a média diária de exames durante o tempo em que trabalhou ali variava entre 40 e 45. Para efeito de estimativa, na última edição dos jogos (Londres-2012) foram realizados 1.711 exames de
imagem ao longo do período de competição. No estudo Sports injuries and illnesses during the London Summer Olympic Games 2012, publicado em março de 2013, o norueguês Lars Engebretsen e colaboradores fizeram uma análise da quantidade de lesões e doenças que ocorreram durante a Olimpíada na capital britânica. De acordo com este estudo, foram reportados naquele período 1.361 lesões (ou 11%) e 758 doenças (ou 7%) entre os 10.568 atletas que participaram daquele evento.
Fotos: AFP/Getty, Kai Pfaffenbach/Reuters, COI, Reprodução
Ainda de acordo com este estudo, as atividades esportivas que oferecem maior risco de lesão ou doença são taekwondo, futebol, BMX, handebol, moutain bike, atletismo, levantamento de peso, hockey e badminton, enquanto que outras como arco e flecha, canoagem, tiro e hipismo foram identificadas como de baixo risco. Os autores observaram que um total de 13% das lesões ocorridas durante os jogos de Londres resultou em afastamento do atleta por mais de uma semana dos treinos e competições, o que denota uma maior gravidade destes casos. Entre os quadros mais comuns, estavam luxações no ombro, cotovelo e joelho (casos de futebol, judô e levantamento de peso), fraturas por contato em diversas partes do corpo (atletismo de maneira geral), fratura por estresse (corrida), ruptura de tendões (handebol e basquete), torção dos ligamentos (em todas as juntas e esportes), entorse do joelho, inclusive rupturas do ligamento cruzado anterior e do ligamento cruzado posterior (esgrima, tênis e tênis de mesa, judô, badminton e futebol). Em todos os casos, os mecanismos mais comuns para a lesão foram overuse, trauma sem contato, choque com outro atleta e contato com objetos fixos. O Dr. Pablius Staduto Braga da Silva destaca que as lesões musculoesqueléticas podem ter origem intrínseca, decorrente de alguma alteração biomecânica do atleta; ou extrínseca, relacionadas a planejamento e erro de treinamento, com sobrecarga demasiada sem tempo de recuperação muscular adequada. “Os fatores extrínsecos vão levar ao que
chamamos de overtraining. Isso é o mais comum e ganha importância nos casos de atletas de alto rendimento, pois eles se preparam para mais de uma competição. Disputam resultados o tempo todo. Portanto, o treinamento pode ser o gatilho para uma lesão”, explica Dr. Pablius, que é coordenador do Serviço de Medicina do Esporte do Hospital Nove de Julho e membro da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE).
Tecnologia a favor do atleta Apesar de toda a evolução vivenciada pela medicina esportiva, a lesão no esporte é praticamente inevitável. Há o imponderável e a Rio 2016 foi pródiga nestas situações, como o duro acidente sofrido pela ciclista holandesa Annemek van Vleuten, que resultou em concussão e três pequenas fraturas na coluna vertebral; com o armênio Andranik Karapetyan, que ao tentar levantar 195 quilos viu seu cotovelo esquerdo sofrer um impressionante deslocamento; e do francês Samir Ait Said, que, ao cometer um erro técnico, caiu de mau jeito e fraturou a tíbia, tendo esta imagem corrido o mundo. Na opinião do Dr. André Fukunishi Yamada, médico radiologista
CAPA • 23
Edição 457 – Setembro de 2016
“Radiologistas trabalharam nas Olimpíadas RIO 2016” Por Dr. Mauro Brandão
da Sociedade Esportiva Palmeiras e do Hospital do Coração (HCor), os exames de imagem mais utilizados na investigação de lesões musculares, articulares e ósseas em atletas são o ultrassom e a ressonância magnética. O primeiro é indicado para a investigação dos joelhos, ombros, cotovelos e músculos posteriores da coxa. “O ultrassom tem a vantagem do custo e disponibilidade, que permite que alguns centros de treinamento disponham de aparelhos dentro de suas estruturas, além de possibilitar a realização de manobras dinâmicas, agradando aos médicos do esporte. Já a ressonância magnética tem a sensibilidade para as alterações, sendo indispensável para a avaliação das patologias osteoarticulares”, ressalta. No entanto, Dr. André destaca outras tecnologias que vêm se juntando ao arsenal já disponível, como as infiltrações guiadas por ultrassom. A técnica tem permitido que procedimentos antes feitos somente por reumatologistas e ortopedistas agora sejam feitos com o auxílio do radiologista. Outros métodos que vêm sendo estudados são a elastografia (com poucos estudos publicados na literatura científica), aparelho de raios X tridimensional com pouca irradiação e TC dinâmica, que possibilita a avaliação articular durante o movimento.
Será que de fato foi um trabalho? Você já se imaginou um dia ter permissão para andar livremente dentro de uma vila olímpica, cercado pelos melhores e mais badalados atletas do mundo? Já imaginou poder passear no calçadão central e, sem muita dificuldade, tietar vários esportistas famosos estrangeiros e brasileiros e ainda, em um “golpe de sorte”, poder cruzar nada mais nada menos do que com Usain Bolt. Então, ser radiologista nas Olimpíadas propiciou este “árduo trabalho”. Nos primeiros dias, a empolgação nos levava até eles; com o progredir da competição, não mais precisávamos, porque eles invariavelmente vinham até nós para serem examinados. Dentro da Vila Olímpica foi montado um mega setor de imagem com máquinas tops da GE, sendo duas RM (3.0 T e 1,5 T), equipamentos de raios X e dois aparelhos US de alta resolução. Como clínica comum radiológica, contou com um administrador geral, o Dr. Rômulo Domingues, e responsáveis pelo efetivo médico e colaboradores, entre eles os Drs. Evandro Vianna, Flavia Costa e Abdalla Skaf, responsáveis pela convocação da equipe de radiologistas para as Olimpíadas e Paraolimpíadas, sendo na maior parte especialistas do sistema musculoesquelético. Como uma clínica comum, havia exames agendados, encaixes e solicitação de laudos de urgência, ora pela gravidade ora para justificar ao COI o corte de um atleta e assim permitir a convocação de outro. Ainda como uma clínica convencional, havia momentos de calmaria relativa (durante as disputas) e de pico (ao término delas). Curiosamente, por diversas vezes, a televisão que transmitia os jogos nos mostrava os nossos próximos clientes. A RM foi a modalidade de imagem mais so-
Dr. Mauro Brandão ao lado dos Drs. Abdalla Skaf e Andre Yamada (ao fundo, o setor de imagem construído dentro centro olímpico) e do tenista Novak Djokovic
licitada. Em um dia excepcional, chegamos à marca de 64 exames (mas a média ficava entre 40 e 45). Por várias vezes, o setor foi elogiado por treinadores, médicos e atletas do Brasil e também de outras partes do mundo. Não só pelas instalações, mas igualmente pela disponibilidade de radiologistas especialistas in loco, situação jamais observada em edições olímpicas anteriores. O exemplo mais mencionado foi o das Olimpíadas de Londres onde havia apenas um aparelho de RM dentro de um container. Em uma rápida enquete entre nós, não houve um radiologista que não tenha sentido orgulho de compor a equipe, não só por ter a chance de viver o inimaginável glamour olímpico, mas sobretudo por poder laudar ou opinar em exames de atletas da elite mundial em várias modalidades. A natureza e a origem das lesões durante os jogos foram absurdamente variadas, uma vez que são múltiplas as especialidades esportivas neste tipo de evento. Mas, de maneira geral, o altíssimo nível de exigência foi um dos principais fatores para as inúmeras lesões musculares, tendíneas e ligamentares observadas. Não raro, constatamos lesões em tempos variados, uma verdadeira combinação anárquica de lesões crônicas e agudas. Algumas vezes nos deparamos com situações a ponto de duvidar como alguns daqueles atletas conseguiram nível olímpico, tal o número e a intensidade das lesões. A resposta é bem simples: eles não são normais. Lemos exame de atleta do Leste Europeu, levantador de peso, lite-
ralmente sem manguito rotador, e atleta sul-americana de ginástica olímpica com todo o complexo ligamentar do tornozelo lesionado. Bilateralmente. Quanto ao evento em si, apesar de algumas notícias negativas ou sensacionalistas, gostaria de dizer que o Rio de Janeiro continua lindo; a vila olímpica é sensacional e participar do evento foi o maior barato. Reitero que participar como radiologista das Olimpíadas deste ano foi um “trabalho” prazeroso e que me enriqueceu como profissional. A equipe era fantástica e com ela aprendia todos os dias. Por isso, gostaria de agradecer aos colegas Abdalla Y. Skaf, André Yamada, Atul Taneja, Guinel Hernandez, Luis Pecci Neto, Michel Crema, Rodrigo Aguiar, Julio Cesar Almeida Silva, Flavio Albertotti, Carlos Henrique Longo, Evandro M. Vianna, Antonio Carlos Muccillo Jr., Vanessa de Albuquerque Dinoá, Flavia M. Costa, Marisa Aidar, Leandro Moreira Siqueira, Silvana Machado Mendonça, Augusto Guimarães, Guilherme Taboada, Jair Antunes Eleutério Neto, Pedro Henrique, Marcos Vieira Godinho, Rômulo Cortes Domingues, Roberto Blasbalg, Eduardo Curty Castro Netto, Leonardo Kayatt, Rafael Ferracini, Hamilton Piccolo Guidorizzi, Bruno Baptista H. Mendes, Fernando Bernardes Diniz, Carlos Eduardo, Luiz Celso Hygino da Cruz Junior, Roberta de Oliveira M. Carvalho, Rômulo Varella de Oliveira, Guilherme Moura Cunha, Marisa Aidar e Alexandre Castilho Valim.
European Course of Diagnostic and Interventional Neuroradiology in Latin America 1st Cycle • Module 1: Anatomy and Embryology 8 a 11 de fevereiro de 2017 Maksoud Plaza, SP – Brasil urso pré-requisito para obtenção do EdiNR C (European Diploma in Neuroradiology) Programa intensivo de quatro dias ulas teóricas com especialistas da A ESNR e EBNR orkshops com ilustres professores W europeus auxiliados por renomados professores da América Latina o final do curso será aplicada uma prova A organizada pela ESNR e EBNR para avaliar os participantes. Também será oferecido certificado reconhecido pela ESNR e EBNR Idioma oficial inglês, com tradução ao português e espanhol
Idealização:
Organização e Realização:
Mais informações: sprglobal@spr.org.br / www.spr.org.br
Apoio:
NOTÍCIAS SPR • 25
Edição 457 – Setembro de 2016
Diventerò: inscrições até 16/9 Até 16 de setembro, estão abertas as inscrições para o Progetto Diventerò 2016, resultado de uma parceria entre a SPR e a Fundação Bracco, iniciada em 2015. Novamente, as duas entidades selecionarão três radiologistas que irão à Itália em 2017. Para participar, os candidatos devem ser cidadãos brasileiros, membros da SPR, nascidos entre 1989 e 1979, com formação em radiologia e com boa proficiência na língua inglesa ou italiana (imprescindível). Os três radiologistas brasileiros selecionados receberão uma bolsa
de estudos de seis semanas em uma instituição de excelência na Itália em áreas que serão definidas no processo de seleção. Para cada fellow será atribuído um mentor, que irá fornecer orientação, pareceres científicos e técnicos durante o período de estágio na Itália. Durante o período em que o profissional permanecer no centro de estudos da Itália, não haverá avaliações, mas ele receberá um Certificate of attendance. Confira demais informações em www.spr.org.br/progetto-diventero.
DATA
ATIVIDADE
Até 16 de setembro
Todos os documentos para inscrição deverão ser preenchidos por meio do link divulgado no site
Segunda quinzena de outubro
Convocação para entrevista
26 de outubro
Entrevista presencial ou via Skype
10 de novembro
Divulgação dos aprovados
Até o dia 20 de novembro
Assinatura do Termo de Compromisso entre a Fundação Bracco & SPR e bolsista
Início de março de 2017
Saída dos três bolsistas para a Itália
Abril de 2017
Retorno ao Brasil após 45 dias. Apresentação de trabalho e/ou entrevista de conclusão a ser entregue em até 60 dias do retorno com direitos cedidos à SPR baseado na área de interesse estudada
Videoteca Digital recebe aulas da JPR’2016 No início de 2016, a Videoteca Digital já contava com mais de 300 aulas disponíveis, gravadas durante a JPR’2014, JPR’2015 e o Curso Feres Secaf 2015. Ainda no primeiro semestre, esse acervo aumentou: foram incluídas as aulas do VI Curso Temático Anual do GERME (Mão e Punho). Novamente, a coleção aumentará: as aulas da JPR’2016 serão incluídas e o próximo passo será adicionar as palestras apresentadas no XX Curso de Atualização em Imagem (Prof. Dr. Feres Secaf), realizado em julho. A Videoteca Digital é um produto voltado à educação continuada dos associados; um serviço prestado há anos pela entidade, e agora apre-
VIDEOTECA sentado em formato digital e acessado via streaming. A SPR oferece planos diferenciados de acesso, para que profissionais com rotinas e hábitos diversos tenham o melhor serviço, onde e quando acharem adequado. Não perca tempo e faça já sua assinatura – é o conteúdo diferenciado oferecido pela SPR acessado com todo o conforto, onde e quando você quiser: www.spr.org.br/ videoteca-digital-da-spr.
STATdx®: biblioteca disponível aos membros
O STATdx® é a mais extensa biblioteca da Radiologia e do Diagnóstico por Imagem, e o recurso mais certeiro para fornecer suporte à radiologia na decisão clínica, em qualquer lugar – na sala de laudos ou em casa. Escrito por radiologistas de renome em cada especialidade abordada, fornece conteúdo abrangente e confiável. Desde 2015, a SPR a disponibiliza gratuitamente a seus membros. Para tanto, foi feito um grande investimento – em outubro daquele ano, o valor por licença era de US$ 2.300, e a Sociedade adquiriu milhares de licenças anuais. Profissionais da imagem de todas as áreas, incluindo residentes, utili-
zam o STATdx® para aumentar a velocidade, precisão e confiança no diagnóstico, mesmo nos casos de imagem mais complexos – trata-se da maior biblioteca digital da especialidade no mundo. Membros em dia com sua anuidade acessam facilmente o programa por meio da Área Restrita, no site da entidade. Trata-se de mais um grande diferencial que oferecido aos radiologistas especialistas e residentes que apostam e confiam nas iniciativas educacionais da SPR. Confira: www.spr.org.br/ conheca-o-statdx.
26 • CLUBE ROENTGEN
Participe dos Grupos de Estudos também pela Internet Confira a agenda dos Grupos de Estudos da SPR deste mês e participe – os encontros começam sempre às 20h e podem ser acompanhados online. Durante o evento, são discutidos casos levados pelos participantes de diversos serviços, o que torna a reunião uma grande oportunidade para troca de conhecimento e atualização científica: Dia 1: Grupos de Estudos de Radiologia do Abdome (Gera), de Mama (Gema) e de Radiologia Musculoesquelética (Germe), no Hotel Golden Tulip Paulista Plaza; Dia 8: Grupo de Estudos de Radiologia Cardiovascular (Cardio), na sede da SPR; Dia 15: Grupo de Estudos de Neurorradiologia (Gene), no Hotel Golden Tulip Paulista Plaza;
Dia 20: Grupo de Estudos de Ultrassonografia (Geus), na sede da SPR; Dia 27: Grupo de Estudos de Pediatria (Geped), na sede da SPR; Dia 28: Grupo de Estudos de Imagem Quantitativa (Giq), na sede da SPR. Todos os encontros, exceto do Gema, serão transmitidos em tempo real pela Internet por meio da parceria da SPR com a Pixeon, em plataforma específica. Já o Giq é transmitido via Skype. Os participantes que acessam a distância podem não apenas assistir ao que é apresentado, mas também participar, apresentado casos de onde estão. Veja como assistir a distância, no endereço www.spr.org. br/cursos-via-web. Para mais informações sobre os Grupos de Estudos da SPR, acesse www.spr.org.br/grupos-de-estudos.
Melhores casos do Gene Os casos mais bem classificados no encontro do Gene de agosto foram: 1º lugar: Dr. Luiz Felipe Sias Franco Caso: Linfoma Primário Difuso do SNC de Grandes Células B 2º lugar: Dra. Anne Carine de Lima Caso: Schwannoma do IX Nervo Craniano Direito
REUNIÕES DE AGOSTO Gecape
Germe
Geto
Gene
Veja mais fotos no Instagram da SPR (http://instagram.com/spradiologia) e na versão digital do Jornal da Imagem
NOTÍCIAS SPR • 27
Edição 457 – Setembro de 2016
Dr. Renato Mendonça conduz aula no Clube Roentgen O tradicional encontro do Clube Roentgen está agendado para 14 de setembro, e terá aula de apresentação do Dr. Renato Adam Mendonça, diretor científico da SPR e da Jornada Paulista de Radiologia (JPR), intitulada Lesões Inflamatórias da Medula Espinhal. O formato da reunião, presidida pelo Dr. Pablo Rydz Pinheiro Santana, consiste de uma aula expositiva, seguida de uma mini CCRP, na qual são discutidos quatro casos de áreas diferentes. A participação nessa atividade é livre. Assim, em seguida, está prevista a discussão de casos levados pela Med Imagem, sob coordenação do Dr. Douglas Racy. Os debatedores serão: • Dr. Marco Alexandre M. Rodstein – caso de Abdome; • Dra. Laís Uyeda Aivazoglou – caso de Radiologia Musculoesquelética;
tro será todo transmitido online em tempo real, graças a uma parceria da SPR com a Pixeon. Para verificar detalhes de como participar a distância, visite www.spr.org.br/cursos-via-web.
• Dr. Augusto Celso Scarparo Amato Filho – caso de Neurorradiologia; • Dr. Vicente Sanches Lajarin – caso de Tórax. Como já ocorre desde o ano passado, o encon-
Agosto – O evento do dia 10 de agosto contou com aula de abertura do Dr. Miguel José Francisco Neto, Classificação dos Nódulos Tireoideanos - Sistema TI-RADS. Em seguida, os participantes assistiram aos casos do Hospital Sírio-Libanês, sob coordenação do Dr. Diego J. Leão de Oliveira. Os Drs. Vinicius Castro de Rezende Fiorot, Felipe Ferreira de Souza, Augusto Lio da M. G. Filho e Bruno Lima Moreira discutiram, respectivamente, os temas de Abdome, Radiologia Musculoesquelética, Neurorradiologia e Tórax. Outras informações sobre o Clube Roentgen: www.spr.org.br/clube-roentgen-2.
Confira programação dos módulos de Abdome do Curso Online Neste segundo semestre, mais três turmas serão abertas para o Curso Online de Radiologia da SPR: • Turma 6 – Abdome/Trato Digestório – de 30 de agosto a 3 de dezembro; • Turma 7 – Abdome/Trato Geniturinário – de 1º de setembro a 17 de novembro; • Turma 8 – Mama – 7 de outubro a 9 de dezembro. As inscrições para os módulos de Abdome/Trato Digestório, Abdome/Trato Geniturinário e Mama estão disponíveis, consulte a data de encerramento no site da SPR. As vagas são limitadas e para se inscrever é necessário ser membro da SPR e estar em dia com a sua anuidade. O Curso Online de Radiologia tem uma metodologia própria de ensino, um ambiente de estudo inovador e um sistema de avaliação distinto. O curso traz ao todo nove módulos, divididos por subespecialidade: Neurorradiologia, Cabeça e Pescoço, Neuropediatria, Radiologia Musculoesquelética, Imagem da Mulher, Mama, Tórax, Radiologia Cardiovascular e Abdome. Seu material didático é composto por videoaulas, artigos científicos de apoio
MÓDULO: Abdome/Trato Digestório Data
Tema
Professor
06/set
Abdome Agudo Inflamatório e Vascular
Dr. Fábio Lewin
Lesões Hepáticas Focais Benignas em Adultos
Dr. Douglas J. Racy
Lesões Hepáticas Difusas em Adultos
Dr. Roberto Blasbalg
20/set
Neoplasias Hepáticas Malignas
Dr. Leandro Accardo de Mattos
27/set
Avaliação por Imagem da Vesícula Biliar e Vias Biliares
Dr. Leandro Accardo de Mattos
Pancreatites
Dr. Douglas J. Racy
Neoplasias do Pâncreas: Imagem no Diagnóstico e Estadiamento
Dr. Manoel de Souza Rocha
13/set
04/out
MÓDULO: Abdome/Trato Geniturinário 01/set
Doenças Císticas Renais
Dr. Daniel Lahan Martins
08/set
Tumores Renais Sólidos em Adultos
Dr. Regis Otaviano Franca Bezerra
15/set
Doença Inflamatória dos Rins e Vias Urinárias
Dr. Igor Austin Fernandes Martins
22/set
Tumores Uroteliais
Dr. Publio César Cavalcante Viana
29/set
Avaliação por Imagem da Adrenal
Dr. Hilton Muniz Leão Filho
US e RM nas Patologias Testiculares
Dr. Daniel Lahan Martins
RM no Câncer de Próstata
Dr. Ronaldo Hueb Baroni
06/out
e fóruns de discussão. Ainda, o aluno tem o suporte de tutores online gabaritados para esclarecer eventuais dúvidas sobre o conteúdo apresentado. Todas as informações estão dis-
poníveis em http://goo.gl/cqrXAm. Confira acima a programação do mês dos módulos de Abdome, coordenados pelos Drs. Douglas J. Racy e Antônio Soares Souza.
28 • SPR GLOBAL
Chile convida brasileiros para seu congresso Já está tudo pronto para o Congresso da Sociedade Chilena de Radiologia, que será realizado de 20 a 22 de outubro no Centro de Eventos Espacio Riesco, na belíssima cidade de Santiago. Dr. Alvaro Burdiles, diretor do congresso, concedeu uma entrevista ao Jornal da Imagem para fornecer um olhar interno do evento. Dr. Burdiles teve seu treinamento no Chile e no Canadá. Trabalha no Hospital de Clínicas da Pontifícia Universidade Católica do Chile como professor assistente e radiologista clínico com atividades de en-
O Congresso Chileno receberá professores de vários países, inclusive do Brasil (Dr. Henrique Lederman no curso de pediatria e os Drs. Cesar Nomura e Arthur Soares Souza Jr. no de tórax). Qual a expectativa com a participação desses profissionais? Dr. Alvaro Burdiles – Teremos a honra de receber professores internacionais do Brasil, Canadá, Espanha, Alemanha e Estados Unidos. Eles realizarão conferências em diferentes áreas da radiologia (neurorradiologia, mama, abdome, tórax e cardiovascular, musculoesquelético e radiologia pediátrica), além de sessões interativas de revisão de casos sobre diferentes temas de interesse clínico-radiológica e científico. Professores internacionais com sua experiência e conhecimentos irão enriquecer este congresso que soma mais e mais participantes. Os professores terão uma recepção calorosa de seus colegas chilenos para compartilhar em uma atmosfera de fraternidade. A SPR e a SOCHRADI têm um convênio de cooperação. Qual a importância desse tipo de parceria e os benefícios para os radiologistas? Dr. Alvaro Burdiles – Para os radiologistas chilenos é importante manter os laços com a SPR, uma vez que é uma sociedade de referência na América Latina e no mundo. A
Jornada da SPR é um ponto acadêmico, científico e comercial de referência, que serve como um modelo para outros países. A cooperação entre a SPR e a SOCHRADI tem possibilitado compartilhar experiências, bem como material educacional e científico entre as sociedades, para o benefício dos radiologistas. É importante promover o desenvolvimento da radiologia no Cone Sul e da cooperação entre sociedades de diferentes países, o que aprimora a formação e a educação médica continuada dos membros. Considerando-se o conteúdo científico do congresso, o que os participantes podem esperar? Dr. Alvaro Burdiles – O congresso tem um programa enriquecido com aulas de revisão e atualização em diferentes áreas, e várias sessões interativas de casos de desafio diagnóstico, mas também possibilitará a participação em simpósios realizados por radiologistas e médicos especialistas em uma área para discutir questões de interesse prático, bem como sessões integradas com a Medicina Nuclear. O objetivo do comitê científico ao desenvolver o programa foi permitir que os radiologistas gerais e subespecialistas possam aprender e se atualizar em temas de interesse de uma forma flexível e com o aumento do número de sessões interativas.
sino para os Departamentos de Radiologia, Ortopedia, Reumatologia e Anatomia. Na Sociedade Chilena (SOCHRADI), participou da Diretoria por duas gestões e foi diretor de Radiologia Musculoesquelética. “Para nós, é sempre um prazer receber nossos colegas de diferentes países, que ano após ano têm aumentado sua participação. A troca de experiência acadêmica, clínica e científica permite a toda a comunidade radiológica da América Latina crescer e reforçar a qualidade dos cuidados que os nossos pacientes apreciam. O Brasil se
destaca pelo trabalho de alta qualidade em radiologia, bem como o Chile, permitindo um círculo virtuoso de trabalho cooperativo nas áreas científicas e acadêmicas. Certamente teremos o maior prazer em recebê-lo em nosso congresso, também para desfrutar das maravilhas que o Chile oferece em suas diferentes paisagens em todo o país”, afirmou. Confira a entrevista e agende-se para mais este grande evento latino-americano da radiologia. Outras informações em www.sochradi.cl/ congreso2016.
de seleção recai sobre os juízes de diferentes especialidades da radiologia, chilenos (41) e estrangeiros (4). Além disso, serão destacados por sua qualidade alguns pôsteres para serem impressos e exibidos no site do congresso. Haverá seis prêmios para trabalhos científicos, cedidos por empresas patrocinadoras, com os quais se poderá assistir a renomados congressos internacionais, incluindo a JPR.
É importante promover o desenvolvimento da radiologia no Cone Sul e da cooperação entre sociedades de diferentes países, o que aprimora a formação e a educação médica continuada dos membros Sobre os trabalhos científicos, como o sr. avalia a inscrição de resumos? Dr. Alvaro Burdiles – Foi uma boa notícia receber mais de 100 resumos de trabalhos científicos para o congresso, incluindo os enviados de outros países. Por sua alta qualidade, certamente será uma tarefa difícil selecionar até 20 trabalhos para a forma de apresentação oral. Este trabalho
O Congresso terá o 4º Encontro Nacional de Residentes. Como é seu formato e qual a expectativa para ele? Dr. Alvaro Burdiles – É muito gratificante aprimorar e ajudar o radiologista em formação através do Encontro Nacional de Residentes. O programa deste encontro permite que os diferentes centros acadêmicos com programa de residência em Radiologia possam participar com seus residentes, mostrando casos clínicos com correlação radiológica e de anatomia patológica, com pérolas de diagnóstico que serão úteis para eles e para os residentes radiologistas mais experientes. Os melhores casos apresentados no Encontro serão premiados com a participação em congressos e com livros internacionais. A experiência de participar desta reunião irá potencializar os radiologistas em treinamento e incentivá-los a contribuir para a comunidade radiológica no futuro.
SPR GLOBAL • 29
Edição 457 – Setembro de 2016
SPR tem forte participação no Congresso Colombiano Realizado no início de agosto, o 41° Congresso Colombiano de Radiologia Diagnóstica e Intervencionista foi apresentado simultaneamente ao XXVIII Congresso da Sociedade Ibero-latino-americana de Neurorradiologia Diagnóstica e Terapêutica (SILAN). O evento tem hoje grande importância na região, pois apresenta alto nível científico e de organização, além da crescente participação internacional. Incluiu cursos pré-congresso, simpósios temáticos em diferentes áreas da especialidade, Encontro de Residentes, sessões práticas e interativas, apresentações orais de trabalhos científicos e de casos de destaques e uma programação especial para tecnólogos. “O congresso foi muito bem organizado. A SPR estava presente com um estande para atender aos membros e interessados em participar de nossas atividades”, afirmou Dr. Antônio Soares Souza, presidente da SPR. O Brasil registrou grande participação representado pelo Dr. Douglas J. Racy, médico radiologista e chefe do Departamento de Radiologia do Hospital Beneficência Portuguesa e do Hospital São José, em São Paulo. Ele contribuiu
com diversas palestras no curso de PET/Oncologia: Imagens diagnósticas em linfomas: atualização; Erros em radiologia oncológica: diagnóstico e seguimento; e Avaliação personalizada da resposta tumoral na era da medicina molecular. Dr. Fabricio Guimarães também contribuiu, conduzindo a aula Infecções do SNC em paciente imunocompetente. Já o Dr. Lázaro Amaral falou sobre Neurodegeneração com acúmulo cerebral de ferro: aproximação diagnóstica clínica-radiológica. Os Drs. Augusto da Mota e Antônio da Rocha participaram do simpósio satélite denominado Acidente Cerebrovascular em tomografia multidetectores.
Dr. Antônio Soares Souza, presidente da SPR, participa do Fórum Latino-Americano de Radiologia
Parceria intensificada
Fórum Latino-Americano
Durante o Congresso, foi realizado o Fórum Latino-Americano de Radiologia, que contou com a participação dos Drs. Álvaro Huete (Chile), Antônio Soares Souza, Juan Mazzucco (Argentina), Felipe Rodríguez Maya (Equador), Rafael Perozo (Venezuela) e Federico Lubinus (Colômbia). “Foi um fórum de educação, que discutiu temas de atualização para os radiologistas e a possibilidade de formatarmos um currículo semelhante
Dr. Soares com Dr. Gabriel Dibb, da Colômbia
para o ensino da especialidade em toda a América Latina”, afirmou Dr. Soares. “Trata-se de um trabalho que está em seu início, mas que poderá render bons frutos”, completou.
Dr. Soares contou, ainda, que houve uma reunião para aproximar ainda mais a SPR da Associação Colombiana de Radiologia, responsável por esse evento. “Existe a possibilidade de nossa sociedade ser convidada para co-organizar o Congresso Colombiano em 2018. Da mesma forma que convidamos outros países a nos ajudar a organizar a JPR, desta vez seríamos nós os convidados, um motivo de honra! Vamos aguardar até que todos os trâmites sejam discutidos para podermos falar mais dessa parceria”, finalizou.
RSNA: inscrição até 1º/10 garante envio de crachá A Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA) ressalta que os congressistas que desejam receber seus crachás em casa devem se inscrever até 1º de outubro no Congresso Anual 2016, que será realizado de 27 de novembro a 2 de dezembro em Chicago, Estados Unidos. Inscritos após essa data deverão retirar seus crachás no local do evento, o McCormick Place. Toda a programação do evento pode ser conferida no endereço https://www.rsna.org/Annual_ Meeting.aspx. Dentre as novidades,
haverá o Simpósio Internacional de Fígado, que será realizado durante todo o dia 2, e mais conteúdo disponível nas reuniões virtuais. Os países convidados deste ano são a Holanda e a Turquia. Visite a página, confira outras informações e garanta sua inscrição e acomodação o quanto antes no maior congresso da especialidade do mundo.
30 • ARTIGO
O insustentável agito do pointer
Dr. Celso Hiram de Araújo Freitas é membro do Conselho Consultivo da SPR e da Comissão Editorial do Jornal da Imagem
Quanto mais se agita o pointer para chamarmos atenção para a imagem, mais a desviamos
Estava em uma reunião na patologia discutindo um caso de câncer de mama. No intervalo, o colega GO me disse em tom cordial: “Não precisa chacoalhar o apontador que eu estou enxergando a bolinha muito bem”. Fiquei vendo algumas apresentações gravadas e meditando sobre como o pointer é utilizado. Semelhante a um espadachim, a ponta do floretre pode descrever um círculo, uma elipse, a marca do zorro, ou movimento repetitivo no sentido longitudinal ou vertical ou ambos. Como um mosqueteiro, balançar a ponta de seu florete agitadamente para cima e para baixo em frente ao seu alvo tem a intenção, no caso, de desviar a atenção do adversário. Com o apontador é o inverso: queremos chamar a atenção de nossos expectadores. Pode ser que seja estimulado também aquele ‘foquinho’ temporal que acabou de acordar e ainda permanece regado pelos ovos com bacon do café da manhã. A foto estimulação é um elemento provocador de ondas Sharp no eletro. Uma crise de pequeno mal numa sala escura nos leva a um bom período de ausência. Quando acordamos, já trocou de professor e a aula é outra, o professor também é outro porque o ritmo do apontador é outro. Parou de chacoalhar. A emoção domina a mão que aponta: um ponto, duas piscadas, um círculo, um ‘z’, a emoção sobe, a mão se agita e pronto: começamos a chacoalhar. Também há os que chacoalham com a maior tranquilidade do mundo, com zero de emoção.
Há três circuitos famosos em nosso meio: o circuito de Papez, desde 1939, o circuito da França no ciclismo e o circuito da bolinha que pode até causar um curto-circuito no circuito de Papez. É comum o coordenador da mesa não resistir à foto estimulação e começar a pescar. Escora o queixo com a mão, uma no começo, duas depois, debruça-se e o queixo irá fatalmente repousar na mesa. Um ex-aluno do Servidor do Rio de Janeiro, como o Nelson Barbosa, quando chegava à JPR, ia logo saber se o Waldir Maimone havia chegado do Rio, para curtir um bom papo de boteco. No outro dia, o Waldir ia dar aula na maior categoria atrás dos seus óculos escuros, na maior firmeza. A única coisa que entregava sua vigília da véspera era o nariz que parecia um reluzente pimentão vermelho. Segurava firme o apontador e não chacoalhava. Quando dirigimos automóvel na estrada nossa atenção está à nossa frente; se olharmos de lado, iremos ver a cerca passando a 120 km por hora. Não se consegue prestar atenção nas duas coisas. A imagem da projeção é fixa e o pointer agitado desvia nossa atenção. Quanto mais se agita o pointer para chamarmos atenção para a imagem, mais a desviamos. Há tempos vinha sentindo uma irresistível tendência para escrever esse artigo, mas sou censurado pelo meu superego lembrando-me dos sábios conselhos de minha mãe: você não perde nada por ficar calado! Mas, cá entre nós... Vê se não chacoalha.
CRÔNICA • 31
Edição 457 – Setembro de 2016
Charada À Priscila
Dr. Cássio Ruas de Moraes é membro da Comissão Editorial do Jornal da Imagem
Pareceu-me essa imagem um desses casos em que a radiologia imita a vida lembrando uma figura da vida real e que as revistas, às vezes, publicam como curiosidade
O dia chegou e comemoramos os cinquenta anos de casados. Data de reunir a família e data de relembrar todos aqueles que permanecem no fundo do coração. Os sentimentos relativos a essa data são até mais intensos do que naqueles dias em que nos casamos, repete minha mulher. As fotografias de então nos mostram dois meninos de vinte e poucos anos absortos na enlevação mútua, na alegria dos risos sinceros, no olhar de esperanças concretas. Difícil acreditar que éramos nós mesmos e que todas aquelas pessoas queridas que nos cercavam estiveram lá. Bodas de ouro devem ser comemoradas com humildade e gratidão. Aniversário de casamento, dizia meu pai, é o único que realmente merece ser comemorado. E completava: não há nada melhor que um bom casamento; assim como não há nada pior do que um mau casamento. Como colaborador do Jornal da Imagem, sempre mantive contato com o pessoal do jornal, antes mesmo que o uso da internet para tal. Tem sido uma convivência gratificante e estimulante. Numa dessas mensagens eletrônicas que trocamos por dever de ofício ou só por amizade, disse à Priscila que tínhamos comemorado nossas bodas de ouro no dia dois de julho. Ela manifestou alegria pela data e, para
torná-la ainda mais marcante, anexava uma imagem radiológica, ou melhor, ultrassonográfica. Pareceu-me essa imagem um desses casos em que a radiologia imita a vida lembrando uma figura da vida real e que as revistas, às vezes, publicam como curiosidade. Era um órgão sólido com uma estrutura cística e, no interior desta, dois anéis, um ao lado do outro. Logo pensei, que interessante, a Priscila nos homenageia com essa imagem que ela deve ter encontrado e que representa duas alianças, símbolo da nossa união. Muito bem lembrado, Priscila! Mostrei à Marga. Mais afeita às charadas e às deduções sherlockianas, ela fez-me raciocinar: espera aí, isso representa um útero
com uma gravidez inicial de gêmeos, não é mesmo? Ora, a Priscila casou-se há alguns meses e o presente dela ainda espera no guarda-roupa a ocasião para ser entregue em mãos. Este, para mim, foi o modo que ela encontrou para nos comunicar, em primeira mão, que está grávida e é de gêmeos! Matutei, ainda, por um instante. Será? Mas é bem plausível, concluí. Sensibilizou-nos ainda mais. Não posso imaginar um cumprimento mais pessoal, mais tocante... Nossa estimada Priscila, por ocasião do Curso Feres Secaf, já não fazia segredo do fato de sua gravidez e estava feliz. Juntamos os nossos votos àqueles todos que lhe desejam, a ela e aos gêmeos, toda a felicidade deste mundo.
Já conhece o Programa de Relacionamento da SPR? Acesse o site da SPR e conheça os benefícios específicos para cada categoria de asssociação Valorização
Confiança
Conteúdo
Relacionamento
O membro é prioridade na SPR. Os associados têm direito a um período exclusivo de inscrição na JPR e no Curso de Atualização em Imagem (Prof. Dr. Feres Secaf) e estão isentos das taxas de inscrição.
O que nos une é uma relação de confiança mútua, renovada e ampliada nesse novo modelo de relacionamento mais inclusivo e próximo.
Nossa missão é promover excelência em Radiologia e Diagnóstico por Imagem, e isso inclui o associado como figura central desse cenário.
Queremos reforçar a parceria firmada e a confiança construída nestes anos de atuação da entidade e valorizar os esforços em promover o conhecimento na área da Radiologia.
Programa de Relacionamento da SPR Um jeito novo de conectá-lo ao que a Radiologia tem de melhor
www.spr.org.br
32 • LEITURA DINÂMICA
Elsevier apresenta conceitos básicos e importantes da Embriologia O livro Embriologia Básica, da Editora Elsevier, chega à 9ª edição. Voltado para profissionais de fonoaudiologia, nutrição, enfermagem, fisioterapia e biomedicina, é sucinto e objetivo, com foco nos conceitos básicos e mais importantes sobre o assunto. Segundo a editora, o livro permanece como a solução ideal para os estudantes que precisam aprender rapidamente os conceitos fundamentais da embriologia, já que ela continua a ser integrada a uma gama de disciplinas. A nova edição, com 384 páginas, foi totalmente atualizada por profissionais renomados da área – Keith L. Moore, T.V.N. (Vid) Persaud e Mark G. Torchia – e fornece orientação concisa sobre a embriologia humana em todos os estágios do desenvolvimento, utilizando ilustrações de qualidade e foto-
Agora, o Jornal da Imagem também é digital! Faça o download gratuitamente na loja de aplicativos do seu aparelho e fique bem informado!
Conteúdo pode ser acessado por dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
grafias projetadas para explicar melhor o conteúdo. Explica os conceitos complexos inerentes à embriologia e apresenta testes com conhecimentos com as questões e respostas. Keith L. Moore é professor emérito da Divisão de Anatomia do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de Toronto, em Ontário, Canadá. T.V.N. (Vid) Persaud é professor emérito do Departamento de Anatomia Humana e Ciência da Célula e professor de Pediatria e Saúde Infantil da Faculdade de Medicina da Universidade de Manitoba, em Winnipeg, Canadá. Mark G. Torchia é professor e diretor de Desenvolvimento do Departamento de Cirurgia e professor associado do Departamento de Anatomia Humana e Ciências da Célula da Universidade de Manitoba, em Winnipeg, Canadá.
Gostaria de ver um livro recémlançado da área de Radiologia e Diagnóstico por Imagem nesta seção? Envie sua sugestão para jornaldaimagem@ spr.org.br
TÚNEL DO TEMPO • 33
Edição 457 – Setembro de 2016
HÁ 30 ANOS A edição de setembro de 1986 trazia como destaque um então novo método de diagnóstico endoscópico com ultrassonografia. Durante o Congresso Mundial de Gastroenterologia, realizado em São Paulo, que reuniu 8 mil médicos de 91 países, o Prof. Morimichi Fuvida, do Japão, apresentou o método desenvolvido por ele. Para sua criação, foram desenvolvidas sondas de fibroscópio especiais, que traziam na extremidade um pequeno transdutor setorial. As sondas, colocadas no trato digestivo alto, seguindo os princípios da endoscopia digestiva, possibilitavam um estudo detalhado de toda a extensão do esôfago, cárdio, estômago, funções duodenais, pâncreas, fígado e áreas vizinhas. O então presidente da Associação Médica Brasileira, Dr. Nelson Proença, havia assinado um artigo no jornal O Estado de S. Paulo, chamado Os Médicos que Viraram Suco, em que fazia um levantamento da situação dos médicos do interior. Havia 1.700 municípios brasileiros sem nenhum residente, de acordo com dados do Ministério da Saúde de 1983. Apenas no Estado de São Paulo, havia 120 cidades nessa situação, com população entre 3 mil e 10 mil habitantes. E, finalmente, o jornal trazia uma notícia que serve para ilustrar como o desenvolvimento da tecnologia foi em altíssima velocidade nessas três décadas. A SPR adquiria, então, seu primeiro microcomputador: “O equipamento, da marca Scopus, vai ser utilizado em programas administrativos, visando aprimorar o relacionamento com os associados, em atividades de cobrança, preparação de mala-direta e outros setores”. E pensar que, hoje, aulas são transmitidas em tempo real via web e permitem a participação e interação do internauta com a sala de aula...
34 • NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES
Equipamentos Vende-se tomógrafo Prospeed GE – ano 1996 – com contrato de manutenção com a GE desde novo, todos os manuais e fanton de calibração. Valor R$ 90 mil. Contato com Flavius: (11) 99691-5191. (1) Vende-se ressonância magnética 1,5T Philips completa – ou se aceita parceria com clínica ou hospital. Contato: (73) 99981-8408 / cid.imagens@gmail.com. (1) Vende-se sistema de diagnóstico por ultrassom modelo DC-T6 com software 4D, tela 17 polegadas (c52) e transdutor convexo 1.5- 5.5 com harmônica angulação 68 Graus para DC-T6. Contato com William: (13) 3476-6161 / adm@cedial.com.br. (1) Vende-se equipamento de ultrassonografia X8-LV com 4D, transdutor convexo volumétrico (XBAX-V10), transdutor endocavitário curvo (V10 – X8) (CF OP-5 102), transdutor linear (X8) (cfop 5.102) e guia de biópsia plástica ED (CF OP 6 102). Valor: R$ 70 mil. Contato
com Viviani: (13) 3476-6161 / relacoesp@cedial.com.br. (1) Vendem-se ultrassonografia GE Logiq 5 Pro, com Doppler colorido/ pulsado e sondas convexa, de 3.5 MHz, linear, de 7 à 10 MHz, e endocavitária; e tomógrafo helicoidal GE HiSpeed LXI, recondicionado pela fábrica em 2009, mais tubo 3.5 MHU com 325 mil cortes. Contato: (88) 3614-5152 / financeiro@medscan.med.br. (1) Vende-se aparelho de tomografia computadorizada helicoidal da marca Picker, modelo PQS, com tubo novo e contrato de manutenção. Valor: R$ 180 mil. Contato com Fábia: (62) 98412-2911. (1) Vende-se aparelho de ultrassom Toshiba NEMIO MX (SSA-590A), comprado em novembro de 2012, única dona, utilizado em clínica particular por apenas uma pessoa. Valor: R$ 60 mil, com três transdutores e no-break apropriado. Contato com Dra. Patrícia: (13) 99730-1323. (2) Vende-se Densitometria Óssea Lunar DPX IQ, com impressão
em rede. Perfeito estado de conservação. Valor: R$ 25 mil. Contato com Priscila: (43) 3141-8101 | 9632-0506 | cedi_sap@hotmail.com.br. (2)
Vende-se aparelho de ultrassonografia Toshiba Nemio SSA-583a, ano 2011, com três sondas com pouco uso. Contato: (13) 98115-5700. (3)
Vende-se mamógrafo Lorad M2 e processadora automática de filme da Kodak modelo Min-R, em bom estado de conservação. Valor do mamógrafo: R$ 18 mil. Processadora: R$ 2.500. Informações com Luciana: (19) 38675735 ou (19) 3867-5572. (2)
Vende-se aparelho de raios X, marca Salgado e Herman, modelo SH- 300-D, em excelente estado com mesa fixa e bucky vertical. Contato: (13) 98115-5700. (3)
Vende-se clínica de imagem em Cubatão com aparelho de ultrassom Toshiba Nemio SSA-583a, ano 2011, localizada no centro da cidade com convênios e atendimento a indústrias. Contato: (13) 98115-5700. (3) Vende-se aparelho novo de raios X, marca CRX, modelo DF-125, com mesa basculante e bucky vertical. Contato: (13) 98115-5700. (3)
Oportunidade Contrata-se médico radiologista para atuação em ressonância magnética, tomografia, USG e raios X, em clínica anexa a hospital na cidade de Londrina (PR). Remuneração conforme produtividade. Interessados entrar em contato com Karen: (43) 3027-8313 | adm@ mpdiagnosticos.com.br. (3)
Como ANUNCIAR Os membros da SPR que estiverem em dia com a anuidade poderão publicar seus anúncios nesta seção gratuitamente. Os radiologistas que não forem associados devem pagar uma taxa. Para sócios em dia do CBR,
A Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem não se responsabiliza, nem cível, nem criminalmente, pelas informações inseridas nesta seção, sendo estas única e exclusivamente responsabilidade do anunciante. A SPR também não possui qualquer participação ou interesse econômico nos negócios efetuados em decorrência dos anúncios.
o ônus por publicação é de R$ 250. Já para os radiologistas que não forem membros nem da SPR nem do CBR, o ônus por anúncio é de R$ 300. O anúncio deve ser enviado até o dia 10 de cada mês, para publicação no mês subsequente. Outras informações: jornaldaimagem@spr.org.br.
SERVIÇO Bird Solution (11) 5016-5509 / www. birdsolution.com.br • Carestream 0800 891 7554 / www.carestream.com.br • CDK www.cdk.com.br • Cryo Service (19) 3828-3400 / www.cryoservice.com.br • Digitalmed (11) 2376-0515 / www.digitalmed.com.br • E-people (11) 3562-2970 / www.epeople.com.br • Fujifilm (11) 5091-4000 / 5091-4999 • IBF (11) 2103-2000 / www.ibf.com.br • Imagem Sistemas Médicos (11) 4133-0053 / www.imagem.med.br • Konica Minolta www.konicaminolta.com.br • Konimagem (11) 2950-1971 / www.konimagem.com.br • Livraria Imagem Médica (11) 5873-3811 • Mallinckrodt 0800 178 017 • Penta Médica (11) 5181 5555 / 5694 0555 / www.pentamedica.com.br • Pixeon (48) 3205-6000 / www.pixeon.com / (11) 2146-1300 • Sul Imagem www.sul-imagem.com.br • Toshiba (11) 4134-0000 / www.toshibamedical.com.br.
AGENDA • 35
Edição 457 – Setembro de 2016
Eventos da SPR
2016
SET
Data
Evento
Outros eventos
Local
Grupo de Estudos de Radiologia do Abdome (Gera)* 1º
Grupo de Estudos de Radiologia Musculoesquelética (Germe)*
Hotel Golden Tulip Paulista Plaza
Grupo de Estudos de Mama (Gema) 8
Grupo de Estudos de Radiologia Cardiovascular (Cardio)*
Sede da SPR
CIR 2016 – www.cir2016.com
Lima, Peru
14
Clube Roentgen* Mini CCRP Med Imagem
Hotel Golden Tulip Paulista Plaza
15
Grupo de Estudos de Neurorradiologia (Gene)*
Hotel Golden Tulip Paulista Plaza
Clube Manoel de Abreu
Bauru, SP
Grupo de Estudos de Ultrassonografia (Geus)*
Sede da SPR
ICR 2016 – www.icr2016.org
Buenos Aires, Argentina
27
Grupo de Estudos de Pediatria (Geped)*
Sede da SPR
28
Grupo de Estudos de Imagem Quantitativa (Giq)**
Sede da SPR
8 a 10
16 a 18 20 21 a 24
Eventos da SPR
2016
OUT
Data 5a8
Evento
Local
XXVII Congresso Nacional de Diagnóstico por Imagem e Terapêutica – http://goo.gl/HBTOKu
Chihuahua, México
Outros eventos
Grupo de Estudos de Radiologia do Abdome (Gera) 6
Grupo de Estudos de Mama (Gema)*
Hotel Golden Tulip Paulista Plaza
Grupo de Estudos de Radiologia Musculoesquelética (Germe)* 13 a 15 18 19 20
XLV Congresso Brasileiro de Radiologia – www.congressocbr.com.br
Curitiba, PR
Grupo de Estudos de Ultrassonografia (Geus)*
Sede da SPR
Grupo de Estudos de Cabeça e Pescoço (Gecape)*
Hotel Golden Tulip Paulista Plaza
Clube Roentgen* Mini CCRP Santa Casa de SP
Hotel Golden Tulip Paulista Plaza
Grupo de Estudos de Neurorradiologia (Gene)* Grupo de Estudos do Tórax (Geto)*
Hotel Golden Tulip Paulista Plaza
20 a 22
Congresso Chileno de Radiologia – www.sochradi.cl
Santiago, Chile
21 a 23
Clube Manoel de Abreu
Ribeirão Preto, SP
25
Grupo de Estudos de Pediatria (Geped)*
Sede da SPR
26
Grupo de Estudos de Imagem Quantitativa (Giq)**
Sede da SPR
7º BRADOO – Congresso Brasileiro de Densitometria, Osteoporose e Osteometabolismo http://bradoo.com.br/
Joinvile, SC
29 a 1ª/11
Informações sobre eventos da SPR: www.spr.org.br ou (11) 5053-6363. Sede da SPR: Av. Paulista, 491, cj. 41, São Paulo. Hotel Golden Tulip Paulista Plaza: Al. Santos, 85, São Paulo. *Evento com transmissão via web em parceria com a Pixeon. ** Evento com transmissão via Skype; agenda completa das transmissões em: www.spr.org.br/cursos-via-web.