JI Fevereiro 2018 | Ed. 474

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Na década de 2010, o novo capítulo é escrito sob uma plataforma digital

ANOS

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Informativo da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem | Fevereiro de 2018 | Edição 474

Sessões Plenárias destacam Inteligência Artificial A JPR 2018 tem prevista a realização de quatro Sessões Plenárias este ano; confira nesta adição a agenda de cada uma. A Sessão de Inteligência Artificial (AI) contará com aulas dos Drs. Luciano Prevedello e Marc Kohli – este contribuirá ainda com outras palestras, no módulo de Informática, sobre o tema. As inscrições se mantêm abertas e membros da SPR não pagam a taxa; precisam, no entanto, quitar a anuidade de 2018 até 12 de abril para usufruir do benefício. Páginas 6 e 7

EVENTOS SPR

IN MEMORIAN

Agende-se para os cursos de fevereiro

Sr. Gentil Nepomuceno, 1936 – 2018 A Radiologia entristeceu: faleceu o Sr. Gentil Isidoro Nepomuceno. Há mais de 40 anos acompanhando as atividades da SPR, Seu Gentil prestou serviços relevantes, tornou-se indispensável e fez amizade com gerações de especialistas. Resta aos que ficam seguir seu exemplo de empatia e generosidade, e guardar suas lembranças para compensar a sentida ausência. Página 3

Aplicativo do Jornal da Imagem Esta edição também está disponível em versão digital. Baixe o aplicativo na app store do seu dispositivo (versões para Android e iOS), ou acesse https:// goo.gl/xOeCIw em seu computador. Versão Desktop

Parte das atividades da SPR já se inicia neste mês; o Curso Online de Radiologia tem inscrições abertas; os Grupos de Estudos começam a se reunir – agora no Maksoud Plaza Hotel, ou na sede da SPR; e dois importantes Cursos Avançados, de Radiologia Musculoesquelética e de Neurorradiologia, são apresentados. O ano começou! Páginas 8, 11 e 12


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PALAVRA DO PRESIDENTE Edição 474 – Fevereiro de 2018 Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem Av. Paulista, 491 – 3º andar – CEP 01311-909 – São Paulo – SP Tel. (11) 5053-6363 – Fax (11) 5053-6364 www.spr.org.br

Filiada ao Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) • Departamento de Diagnóstico por Imagem da Associação Paulista de Medicina (APM)

Dr. Carlos Homsi Presidente da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem

Partindo para o novo A notícia mais alvissareira que recebi na virada de 2017 para 2018 me foi trazida por uma querida amiga radiologista com quem tive o privilégio de conviver e trabalhar por alguns anos. Profissional extremamente competente e comprometida, solidária, amistosa e comunicativa. Do ponto de vista pessoal, consegue conciliar de forma primorosa seu trabalho com o cuidado e atenção à família, marido e filhos. Tem iniciativa, capacidade de execução e valentia a ponto de ter se mudado com a família para uma cidade do interior de outro Estado brasileiro, onde assumiu o desafio de conduzir um serviço de diagnóstico por imagem de um hospital público estadual. Pois bem, uma pessoa com tais qualificações está se filiando a um partido político recentemente criado e tem perspectivas concretas de se tornar candidata a deputada federal. Vai ser valente lá na praia, sô! Assumir mais esse compromisso no momento em que a política e os políticos estão literalmente na lona? O partido em questão tem premissas e diretrizes louváveis como: posicionamento definido e claro no espectro político, programa condizente com a ideologia, processo seletivo rigoroso para a filiação, extinção do fundo partidário e uso racional das verbas de gabinete. Todos conhecemos e somos amigos de pessoas idôneas, inteligentes e interessantes mais à esquerda ou mais à direita do espectro político. O problema não está na ideologia, mas nas práticas políticas nefastas, que se concentraram na busca de poder e dinheiro, e levaram nosso país ao estado

A porção mais instruída do Brasil, da qual fazemos parte, tem a capacidade de compreender a importância de se buscar novas alternativas para aprimorar a qualidade do voto, que é o único instrumento concreto de que a população dispõe para influenciar no processo político calamitoso em que se encontra. Chegamos a esse ponto porque governo e oposição falharam fragorosamente com a nação. O povo brasileiro é conservador por natureza, a campanha política mais curta beneficia os candidatos mais conhecidos dos partidos maiores; portanto, a expectativa é de uma menor taxa de renovação dos políticos na eleição de 2018 em relação às anteriores. A porção mais instruída do Brasil, da qual fazemos parte, tem a capacidade de compreender a importância de se buscar novas alternativas para aprimorar a qualidade do voto, que é o único instrumento concreto de que a população dispõe para influenciar no processo político. Raros têm a coragem e o desprendimento de se tornar político para lutar pelos interesses do País. Esses merecem nossa gratidão, respeito e apoio. Precisamos achá-los e ajudar outras pessoas a também achá-los – esta é a nossa responsabilidade.

Perto do fechamento desta edição, recebemos a triste notícia do falecimento do Sr. Gentil Nepomuceno. Registro aqui nossa consternação pela perda de amigo e profissional que jamais será esquecido, figura emblemática, muito conhecida, que prestou relevantes serviços à SPR por décadas, com competência, generosidade e gentileza!

DIRETORIA PARA O BIÊNIO 2017/2019 Presidente Vice-Presidente Secretário-Geral 1º Secretário 2º Secretário Tesoureiro-Geral 1º Tesoureiro 2º Tesoureiro Diretor Científico Diretor de Defesa Profissional Diretor de Patrimônio Diretora de Assuntos Culturais Diretor de Tecnologia da Informação Presidente do Clube Roentgen Presidente do Clube Manoel de Abreu Presidente SPR Jr. Presidente do Conselho Consultivo

Carlos Homsi Mauro José Brandão da Costa Cyro Padilha Balsimelli César Higa Nomura Henrique Simão Trad Décio Roveda Jr. Gustavo Skaf Kalaf Douglas Jorge Racy Renato Adam Mendonça Jaime Ribeiro Barbosa Mauro Miguel Daniel Eloísa M. de Mello Santiago Gebrim Marcelo de Maria Félix Pablo Rydz Pinheiro Santana Nelson Gomes Caserta Renato Hoffmann Nunes Antônio Soares Souza

CONSELHO CONSULTIVO Antônio Soares Souza Antônio José da Rocha Ricardo Emile Baaklini Tufik Bauab Jr. Marcelo D’Andrea Rossi André Scatigno Adelson André Martins Renato Adam Mendonça Celso Hiram de Araújo Freitas Aldemir Humberto Soares Nestor de Barros Jaime Ribeiro Barbosa Luiz Antônio Nunes de Oliveira Giovanni Guido Cerri José Michel Kalaf Comissão Editorial

Aldemir Humberto Soares Carlos Homsi Celso Hiram de A. Freitas Cássio Ruas de Moraes Tufik Bauab Jr.

Edição Lilian Mallagoli – MTb 30.443-SP

Comunicação Tatiana Gentina jornaldaimagem@spr.org.br

Marketing Gustavo Takeshi – mkt@spr.org.br

Design Gráfico Marco Murta – Farol Editora farol@faroleditora.com.br Impressão Hawaií Gráfica e Editora São Caetano do Sul, SP

NESTA EDIÇÃO Conexão Digital.............................................4 Clube Manoel de Abreu..........................5 JPR 2018....................................................6 e 7 Artigo.............................................................8 e 9 Grupos de Estudos.........................8 e 9 Clube Roentgen..........................................11 Cursos Avançados...................................11 Educação Digital.......................................12 Notícias...............................................................13

Notícias SPR...................................................14 #SPR50..............................................................15 Food&Arts........................................................16 Arte e Medicina............................................17 Pé na Estrada.................................18 e 19 Crônica............................................................... 20 Túnel do Tempo.........................................21 Negócios & Oportunidades............22 Agenda................................................................23

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da SPR.


IN MEMORIAN

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Chega um momento da vida em que devemos descansar, após uma longa jornada A Radiologia entristeceu. Faleceu o amigo da SPR Gentil Isidoro Nepomuceno, o “Seu Gentil”, como carinhosamente era chamado por todos. Natural de Guaratinguetá, região do Vale do Paraíba (SP), nasceu em 8 de novembro de 1936 – curiosamente, no Dia Internacional da Radiologia e no Dia Nacional do Médico Radiologista. Foi nesta data, em 1895, que o físico Wilhelm Roentgen descobriu os raios X. Era como se estivesse predestinado a se relacionar com a especialidade, ainda que não tenha se tornado médico. Iniciou a carreira na parte administrativa da Philips e, em meados da década de 1970, começou a atuar como representante comercial da CGE. Foi quando passou a frequentar as reuniões do Clube Manoel de Abreu pelo interior paulista, encontros estes que fazia questão de estar presente, hábito que fez parte de sua rotina até o ano passado. Posteriormente, vieram os encontros do Clube Roentgen e o contato cada vez maior com os radiologistas da Sociedade Paulista de Radiologia – contato este que só foi se tornando mais próximo com o passar dos anos. Prestativo, sempre procurava agradar e atender a todos que conhecia. Por isso, era comum encontrá-lo, nos corredores da SPR e dos eventos, sendo abraçado por numerosos amigos e conhecidos, ou no meio de um gostoso bate-papo. Na JPR de 2013, seu Gentil foi homenageado pelos serviços prestados à Radiologia – confira o vídeo preparado para a cerimônia: https://goo.gl/ YWLr3W. “Meu pai sempre falou a vida toda da SPR e de como ele tinha orgulho de pertencer à Sociedade. Tanto, que foi sepultado com o botom da sociedade”, declarou a filha, Monica Nepomuceno. Leva, agora, consigo parte da história da Radiologia paulista. Deixa a esposa, Diva, os filhos, Mônica e José Antônio e os netos Stephanie, Rodrigo, Bruno e Enzo, além de muitos amigos e admiradores. Em janeiro de 2016, a edição deste jornal trouxe um perfil de seus colaboradores, com o objetivo de aproximar as pessoas que, dos bastidores, fazem a sociedade funcionar e mantêm contato regular com os radiologistas. O texto sobre o Seu Gentil dizia:

Gentil Nepomuceno 1936 • 2018

Como selecionar fotos para representar mais de 40 anos de amizade e companheirismo? Estas são apenas algumas, com a equipe SPR

Ele está há apenas 43 anos na SPR! “Seu Gentil”, como é carinhosamente chamado por todos, participa de todos os eventos como colaborador geral do alto de seus 79 anos – uma lição para muito jovem sem entusiasmo. Nascido em Guaratinguetá, já conta quatro netos de seus dois filhos, e diz que, entre seus hobbies, está ouvir música, ler e... Trabalhar! “Para mim, é uma satisfação e alegria muito grandes; ficar parado é um tormento. Mas chega um momento da vida em que devemos descansar, após uma longa jornada”, filosofa, sem cumprir sua própria máxima.

Ainda que estivesse mencionando as jornadas da SPR, o fato é que a jornada da vida já lhe pesava, em seus 81 anos. E, em 18 de janeiro de 2018, sua máxima foi cumprida.


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CONEXÃO DIGITAL Edição 474 – Fevereiro de 2018

Aplicativos para organizar a rotina profissional Por Dr. Hilton Muniz Leão Filho

Após convite do Dr. Thiago Júlio, desenvolvi esta série de artigos para o Jornal da Imagem nos quais discorro sobre três aplicativos com os quais tenho experiência e que possibilitam uma melhor organização da minha vida profissional como radiologista. Nesta terceira e última parte, falo sobre o Papers. Ele surgiu a partir de uma necessidade de dois pesquisadores do Instituto de Câncer da Holanda durante o trabalho de doutorados dos mesmos. Eles viram grande dificuldade em lidar e organizar inúmeros artigos em PDF de sua pesquisa e resolveram desenvolver um programa para ajudar a resolver este problema, utilizando um modo semelhante ao do iTunes. Liberaram uma versão inicial do programa em fevereiro de 2007 e, logo depois, a versão 1.0. Atualmente o Papers está na versão 3.0, e foi comprado recentemente pela ReadCube. O programa cumpre bem o que promete: organiza muito bem seus artigos em PDF, de uma forma semelhante ao que o iTunes fazia anteriormente. O usuário pode criar uma infinidade de pastas e subpastas de acordo com o seu interesse e assunto dos artigos, possibilitando uma boa classificação dos mesmos, de forma mais simples e fácil que poderia ser obtida pelas próprias pastas do sistema operacional. Todas as informações dos artigos são automaticamente geradas pelo programa, que procura pelo título, autores, DOI, jornal e data, entre outros detalhes, já adicionando estes dados automaticamente (e reduzindo um enorme trabalho do usuário). O único trabalho é importar o arquivo PDF baixado para a pasta em que se deseja que os dados sejam extraídos. Este processo funciona muito bem na maioria das vezes, porém existem alguns artigos em que os dados são obtidos de maneira errada ou simplesmente não obtidos de forma alguma. Nestes casos, existe a opção

Imagem da versão do aplicativo para iPhone, mostrando as múltiplas possibilidades de anotações disponíveis para os artigos. Estão demonstradas a anotação de texto (quadro amarelo do lado da Discussão), marcação de texto (em amarelo no texto da discussão) e desenho livre (no quadro esquemático)

de adicionar manualmente ou semi-manualmente os dados, podendo-se procurar pelo título, ano de publicação, revista ou autores – tudo com alguma máquina de procura (Google Scholar, PubMed, etc.) para encontrar o artigo desejado. Normalmente, copio e colo o título do artigo do PDF e coloco como opção para procurar por alguma das máquinas, eventualmente adicionando o nome do primeiro ou último autor para auxiliar. Todos os artigos inseridos podem ser modificados com anotações, seja com marcação de caneta, notas de texto em qualquer locali-

zação ou mesmo desenhos livres, podendo ser incluídos mesmo nos outros aparelhos, como smartphones ou tablets. Estes artigos com as anotações podem ser ainda compartilhados com colegas, principalmente via e-mail pelo aplicativo ou mesmo por outros métodos, se estiver usando um computador. Todos os artigos são automaticamente indexados pelo próprio sistema do OS X, podendo serem buscados pelo Spotlight, sem maiores problemas, destacando-se que, quando encontrados, podem ser abertos no próprio programa, ou

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mesmo no leitor de PDF do sistema, se for selecionado o arquivo na biblioteca. Esta busca pode ser feita até mesmo no sistema iOS do iPhone e iPad, sendo que os resultados são bem interessantes. Outro aspecto extremamente importante do aplicativo é o Citations®. Este é um pequeno programa que roda de fundo no sistema no OS X, sendo iniciado sempre que reiniciamos a máquina. Este aplicativo serve como uma simples busca dos artigos, sendo bem robusta, por vezes melhor até que o Spotlight. Porém, seu ponto mais interessante é a possibilidade de inserir referências dinâmicas em documentos, sejam eles artigos, capítulos de livros e outros. Estas referências podem ser facilmente inseridas durante a escrita livre em alguns programas (funciona muito bem no Word® e no Manuscripts®, porém é limitado no Pages®, Documentos do Google® e outros. Desta forma, não importa que referência bibliográfica você quer adicionar no texto, toda a organização da numeração e mesmo o estilo de formato pode ser realizado no final do processo, ou mesmo várias vezes durante o trabalho. Finalmente, a última versão (3.0) do programa possibilita a sincronização automática dos artigos entre todos os dispositivos, utilizando como base o Dropbox®. Ela funciona muito bem e é praticamente imperceptível pelo OS X, sendo um pouco mais lenta e trabalhosa pelos smartphones e tablets, porém, sem maiores problemas. Concluindo, o Papers® se mostra uma ótima opção para organização de artigos em PDFs em múltiplas plataformas (funciona em Windows, Mac e plataformas de smartphones), possibilitando uma maior facilidade de busca, armazenamento e mesmo trabalho em referências, mesmo para usuários pouco familiarizados com a tecnologia. Existem ainda vários vídeos explicativos no site dos desenvolvedores para quem tiver mais interesse.


EVENTOS SPR

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Marília recebe Clube Manoel de Abreu em março O primeiro dos cinco encontros planejados do Clube Manoel de Abreu para este ano está agendado para 16 a 18 de março, em Marília. O evento terá dois temas como principais – Medicina Interna e Neurorradiologia – e está sob a coordenação dos Drs. Ricardo Emile Baaklini (anfitrião) e Nelson Caserta (presidente do CMA). O Sun Valley Park Hotel receberá o encontro – há preços especiais de estadia para os participantes do clube. As reservas podem ser feitas pelo endereço www.consultareeventos.com.br. A programação do encontro traz aulas científicas no sábado e discussão de casos no domingo, para a qual estão todos convidados a comparecer e apresentar um caso de sua rotina. Há, ainda, as atividades sociais para a descontração dos profissionais, amigos e familiares – um evento completo, que une aprendizado, confraternização e amizade.

A participação é livre e os membros da SPR usufruem gratuitamente de todos os benefícios oferecidos. Os radiologistas e residentes não associados que quiserem participar do Clube pagam uma taxa de R$ 365.

Os acompanhantes dos membros da SPR (um adulto e duas crianças com até 8 anos) são isentos na programação social, os demais e os acompanhantes dos não membros efetuam o pagamento de R$ 210. As inscrições são feitas sempre no local do evento.

A edição de abril do Jornal da Imagem trará a cobertura desta primeira edição; nesse meio tempo, confira as novidades nas newsletters enviadas pela SPR e também no site do clube – http://spr.org.br/eventos/clube-manoel-de-abreu/.

EMPRESAS PARCEIRAS

Confira os contatos destas empresas na página 21 desta edição.

Quer aumentar a visibilidade do seu produto ou serviço para os radiologistas da capital e do interior de São Paulo?

Seja parceiro do Clube Manoel de Abreu! Informações: (11) 5053-6363 ou mkt@spr.org.br


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JPR 2018 Edição 474 – Fevereiro de 2018

JPR 2018:

inscrições isentas para membros quites da SPR De 3 a 6 de maio, a 48ª Jornada Paulista de Radiologia será realizada no Transamerica Expo Center. O mais importante evento da especialidade é organizado pela Sociedade Paulista de Radiologia (SPR) em parceria com a Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA), e terá como tema principal SPR e RSNA: Transformando a Educação na Radiologia. As inscrições estão abertas a todos os interessados, inclusive aos membros da sociedade, isentos do pagamento na pré-inscrição. Os associados que têm direito a este benefício são aqueles com a anuidade

deste ano em dia, ou os que efetuarem o pagamento dela até 12 de abril de 2018 – a mesma data final de inscrição para a JPR. Após este prazo, caso não tenha quitado a anuidade, o membro terá que realizar novamente sua inscrição no evento, já no local, pagando o valor preconizado na ficha de inscrição, conforme o prazo vigente. Há quatro possibilidades de se inscrever na JPR: pelo correio, via fax, na sede da SPR e online. Não perca tempo e participe do maior evento de Radiologia da América Latina, pois as vagas são limitadas.

Confira todas as informações sobre a JPR 2018 em www.jpr2018.org.br.

Benefícios exclusivos para os membros SPR na área educacional A Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem oferece aos seus associados recursos exclusivos de educação e pesquisa em sua área. São cursos, videoaulas, artigos e diversos outros materiais digitais que o membro da SPR pode acessar a qualquer hora, por meio de seus dispositivos móveis ou computador pessoal.

Aproveite essa oportunidade de testar e aperfeiçoar seus conhecimentos


JPR 2018

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Inteligência Artificial é destaque das Sessões Plenárias A JPR 2018 tem prevista a realização de quatro Sessões Plenárias este ano – agende-se! Sessão de Abertura

Sessão de Profissionalismo

3 de maio, sala P, 11h15:

Contará com os tradicionais discursos de abertura e a cerimônia de entrega de homenagens – inclusive ao Presidente de Honra e ao Patrono da JPR, nomes divulgados em breve. • Às 12h, a Dra. Valerie P. Jackson fará uma introdução pela RSNA e, dez minutos depois, o Dr. James Borgstede discutirá o tema Inovações em Educação.

Sessão de Interpretação de Imagens (CCRP)

4 de maio, sala P, 17h45:

Uma das mais concorridas atividades da JPR conta, este ano, com os Drs. Renato Hoffmann (SPR) e Jeffrey C. Weinreb (RSNA) como coordenadores e uma grande intersecção de temas e professores ente as duas entidades. Os professores convidados a discutir suas propedêuticas para a plateia foram: • Dr. Guilhermo Azulay – abordará um caso de musculoesquelético selecionado pela RSNA; • Dr. Leonardo Kayat – discutirá um caso de abdome oferecido pela RSNA; • Dr. Cristopher Meyer – professor da RSNA, discorrerá sobre um caso de tórax indicado pela SPR; • Dr. Noriko Salomon – também da RSNA, recebeu um tema de neurorradiologia escolhido pela SPR.

5 de maio, sala P, 12h30:

• Como pensam os radiologistas? Desde Sherlock Holmes até Dr. House, e desde Alan Turing até Watson – Dr. Marcelo Gálvez – Santiago, Chile; • Insatisfação, exaustão e desigualdade: três grandes desafios em radiologia – Dr. Maurício Castilho – Chapel Hill, EUA.

Sessão de Inteligência Artificial 5 de maio, sala P, 17h45

Dois temas serão discutidos pelos Drs. Marc Kohli e Luciano Prevedello: • A História da Inteligência Artificial: Como Chegamos Até Aqui? por Dr. Marc Kohli; • Aplicações Atuais em Radiologia e Perspectivas Futuras da Inteligência Artificial, por Dr. Luciano Prevedello r. Kohli, que vem ao evento para abordar exclusivamente este D tema, também concederá as seguintes palestras no módulo de Informática, sala J: • 3 de maio, 9h05 – Patient-centric tour of Imaging Informatics; • 3 de maio, 9h40 – Roadmap to Getting your Data; • 3 de maio, 17h05 – Challenges with Collaboration in Machine Learning; • 4 de maio, 9h40 – Landscape of Online Informatics Resources; • 4 de maio, 10h15 – RESTful Web Services (DICOMweb/FHIR).

“A parceria permite expandir nossas missões educacionais” Coordenador pela RSNA dos módulos de Medicina Nuclear e PET/ CT da Jornada, Dr. Eric M. Rohren é professor e chefe do departamento de radiologia do Baylor College of Medicine, em Houston, no Texas. Sobre o trabalho conjunto das duas entidades, ele afirmou, em entrevista ao Jornal da Imagem: “A parceria entre a RSNA e a SPR tem sido extremamente bem sucedida para especialistas em Medicina Nuclear, como eu. Trabalhando juntos, conseguimos aproveitar o conhecimento e as experiências dos colegas norte-americanos e sul-americanos para avançar em nosso campo. Juntos, fomos capazes de expandir nossas missões educacionais e de pesquisa além do que qualquer um de nós poderia ter realizado sozinho”.

De fato, os bons frutos alcançados nas edições de 2014 e 2016 da Jornada, além da expectativa de que o sucesso se repita este ano, já garantiu a renovação da aliança entre a SPR e a RSNA para mais três edições do evento – 2020,

2022 e 2024. “A saúde é um campo em constante evolução, com novas inovações no diagnóstico e tratamento que ocorrem quase que diariamente. Devemos trabalhar juntos para acompanhar essas mudanças, a fim de trazer as informações mais recentes e mais relevantes para nossos colegas, tanto em âmbito nacional como global. Parcerias como esta estabelecem um novo padrão para atingir esse objetivo”, afirmou. Para este ano, Dr. Rohren se diz ansioso por um encontro muito dinâmico: “Todos os anos, projetamos o programa para abordar os tópicos mais relevantes para nossos membros e participantes. Eu sempre aprendo coisas novas a cada vez que frequento”.

JPR não oferece Curso SEADI este ano Excepcionalmente, na JPR 2018, não será realizado o Curso de Suporte em Eventos Adversos em Diagnóstico por Imagem da SPR (SEADI). Outras novidades serão anunciadas sobre este curso em breve. Para mais informações, contate a SPR por meio do e-mail eventos@spr.org.br.


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ARTIGO Edição 474 – Fevereiro de 2018

Beta-amiloide na Doença de Marcadores representam uma nova avenida de oportunidades em neuroimagem molecular Drs. Mateus Rozalem Aranha, Daniele de Paula Faria e Artur Martins N. Coutinho

Descrita em 1907 pelo psiquiatra e neuropatologista alemão Alois Alzheimer, a doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa, progressiva e irreversível, levando a acentuado declínio cognitivo e óbito entre sete e dez anos após o diagnóstico. A DA é hoje a principal causa de demência em pacientes acima de 65 anos de idade. Com o aumento da expectativa de vida no mundo e no Brasil, há uma tendência crescente no número de pacientes diagnosticados com quadros demenciais, causando grande impacto social e econômico. Estima-se que atualmente a doença de Alzheimer afete 30 milhões de pessoas no mundo, número que pode triplicar até 2050. Em seu estudo inicial, Alzheimer descreveu o que seria reconhecido posteriormente como a característica histopatológica da doença: a presença de agregados de proteína amiloide (placas) no meio extracelular e de proteína tau (neurofilamentos) no citoplasma dos neurônios.

Apenas no fim dos anos de 1980 e início de 1990, foram identificadas mutações nos genes codificadores da proteína precursora de amiloide (APP) e da presenilina, alterando o metabolismo destas proteínas e determinando a formação e deposição de placas β-amiloide no meio extracelular do córtex cerebral. A identificação destes genes levou à “hipótese amiloide” para explicar a patogênese da doença de Alzheimer. Segundo esta hipótese, o processo patológico da DA se inicia com a deposição de placas β-amiloide no meio extra-celular, deflagrando um processo inflamatório neuronal que acelera o acúmulo de proteína tau no compartimento intracelular. O conjunto de placas de proteína β-amiloide e neurofilamentos de proteína tau dispara o processo de degeneração celular, que culmina com morte neuronal. Estes processos patológicos característicos da doença de Alzheimer começam a ocorrer entre 10 e 20 anos antes do início dos sintomas. Por isso, a busca por biomarcadores capazes de identificar deposição de agregados de proteína β-amiloide antes do início do declí-

A utilização plena desses novos métodos de imagem como biomarcadores clínicos depende do uso de métodos quantitativos de análise dos dados gerados por eles nio cognitivo se fez extremamente importante. Um dos primeiros radiofármacos capazes de marcar placas de proteína β-amiloide, o 18F-FDDNP, foi desenvolvido na Universidade de Los Angeles. Apesar da vantagem de ser marcado com flúor-18 (meia-vida de 110 minutos), este radiofármaco apresentou maior afinidade por emaranhados de proteína tau do que por agregados de proteina β-amiloide, além de ser pouco eficiente na diferenciação entre controles saudáveis e pacientes com DA. Dessa forma, outro composto desenvolvido na Universidade de Pittsburgh (PiB –

Pittsburgh Compound-B), um derivado da tioflavina-T marcado com carbono-11, obteve mais sucesso e aplicabilidade clínica por apresentar mais especificidade e mais afinidade por placas β-amiloide extracelulares. Este composto foi utilizado pela primeira vez em humanos em um estudo realizado em 2004 que mostrou, nos pacientes clinicamente diagnosticados com DA, retenção cortical do radiofármaco comparável aos resultados anatomopatológicos. Entretanto, devido à meia vida curta do carbono-11 (apenas 20 minutos), a utilização de radiofármacos marcados com esse isótopo (como o 11C-PiB) se limita aos centros que possuem um cíclotron muito próximo ao local de aquisição das imagens. No Brasil, a produção de 11C-PiB é realizada com sucesso desde 2014 no Cíclotron do Centro de Medicina Nuclear do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP), sob coordenação da farmacêutica Daniele de Paula Faria. A produção deste traçador em nosso meio foi possível graças a um projeto temático financiado pela FAPESP

Grupos de Estudos mudam Este mês, reiniciam-se os encontros dos Grupos de Estudos, que permitem a discussão de casos variados entre participantes de serviços diversos para enriquecer o conhecimento e permitir uma dinâmica atualização científica. Os Grupos de Estudos são realizados a partir das 20h na sede da SPR ou no Hotel – este ano, passam a ser no Maksoud Plaza (Rua São Carlos do Pinhal, 424). Estão confirmadas oito reuniões em fevereiro:

Dia 1: Abdome (Gera), Mama (Gema) e Radiologia Musculoesquelética (Germe), todos no Maksoud Plaza Hotel; Dia 6: Tecnologia e Informática em Radiologia (Get), na sede da SPR; Dia 7: Proteção Radiológica (Latin Safe); Dia 8: Neurorradiologia (Gene), no Maksoud Plaza Hotel; Dia 20: Cabeça e Pescoço (Gecape) e Tórax (Geto), ambos no Maksoud Plaza Hotel.


ARTIGO

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Alzheimer e liderado pelos Professores Geraldo Busatto Filho (Departamento de Psiquiatria) e Carlos Alberto Buchpiguel (Instituto de Radiologia – Centro de Medicina Nuclear), com participação dos Professores Orestes Forlenza (Departamento de Psiquiatria), Ricardo Nitrini e Sônia Brucki (Departamento de Neurologia), além da colaboração de dezenas de outros colaboradores médicos e da equipe multiprofissional, entre eles a Dra. Carla Ono e o Dr. Artur Coutinho. Como alternativa à limitação imposta pela curta meia-vida do carbono-11, pesquisadores concentraram esforços para desenvolver traçadores β-amiloide marcados com flúor-18, que apresenta meia vida consideravelmente mais longa (110 minutos) e que conta com uma infraestrutura de produção e distribuição mais bem estabelecida. Atualmente, três radiofármacos marcados com flúor18 estão aprovados pelo FDA nos Estados Unidos: 18F-florbetapir, 18 F-florbetaben e 18F-flutemetamol. Estes traçadores, contudo, ainda não estão disponíveis no mercado brasileiro. O desenvolvimento da imagem β-amiloide representou um avanço sem precedentes para o entendimento da Doença de Alzheimer e para o desenvolvimento de biomar-

cadores diagnósticos e prognósticos, abrindo caminhos para a busca de novas terapias medicamentosas. A utilização plena desses novos métodos de imagem como biomarcadores clínicos depende do uso de métodos quantitativos de análise dos dados gerados por eles. Entretanto, cada um destes traçadores apresenta particularidades em suas propriedades farmacológicas que determinam, em última instância, discretas diferenças na imagem final e que podem limitar a comparação entre dados quantitativos e semi-quantitativos adquiridos em diferentes centros ou em um mesmo centro com diferentes radiofármacos. Com o intuito de superar esta barreira, a Quantitative Imaging Biomarkers Alliance (QIBA), grupo ligado à Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA) e focado no desenvolvimento da imagem quantitativa e na busca de biomarcadores de imagem, tem concentrado esforços na elaboração de um documento que visa padronizar especificações técnicas e protocolos, com intuito de fornecer consistência e comparabilidade ao dados adquiridos com o uso de traçadores β-amiloide marcados com flúor-18 em diferentes centros clínicos ou de pesquisa. Este é um passo fundamental e necessário para que a imagem

de endereço

Participe dos encontros também pela internet – eles são transmitidos em tempo real por meio de parceria

da SPR com a Pixeon. Veja como assistir a distância no endereço: http://spr.org.br/cursos-via-web/.

Mais informações sobre os Grupos de Estudos em http://spr.org.br/grupos-de-estudos.

β-amiloide se consolide e integre de forma mais consistente o arsenal disponível aos inúmeros estudos científicos e centros clínicos que trabalham com doenças neurogenerativas. O avanço da imagem β-amiloide, aliado ao avanço da imagem quantitativa, trouxe novo fôlego à neuroimagem molecular, mobilizando neurocientistas, neurologistas e especialistas em neuroimagem, que buscam aperfeiçoar o método e trazer todo seu potencial benefício aos pacientes que lutam contra a doença de Alzheimer.

Referências 1. Neuroimaging and the Search for a Cure for Alzheimer Disease – Petrella JR – Radiology: Volume 269: Number 3-December 2013. 2. What is the role of neuroimaging in dementia? A review – Narayan L, Murray AD – Imaging, 23 (2014), 20120015. 3. Imaging Brain Amyloid in Alzheimer`s Disease with Pittsburgh Compound-B – Klunk WE, Engler H, Nordberg A, et al.. Ann Neurol 2004;55(3):306–319. 4. QIBA Profile. 18F-Labeled PET tracers targeting Amyloid as an Imaging Biomarker (2017).

Drs. Mateus Rozalem Aranha, Daniele de Paula Faria e Artur Martins N. Coutinho, integrantes do Grupo de Estudos de Imagem Quantitativa (Giq) da SPR



EVENTOS SPR

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Maksoud Hotel é a nova casa do Clube Roentgen em 2018

Mais informações sobre o Clube Roentgen em http:// spr.org.br/eventos/ clube-roentgen

O Clube Roentgen retomará suas atividades em março; porém, é sempre possível conhecer mais sobre o encontro e já conferir as datas programadas para o primeiro semestre. Presidido pelo Dr. Pablo Rydz Pinheiro Santana, este ano foi definido um novo local para as reuniões: o Maksoud Plaza Hotel (Rua São Carlos do Pinhal, 424 – São Paulo). A participação no clube é livre. Realizado na segunda quarta-feira de cada mês, a reunião é sempre aberta com a apresentação de uma aula expositiva sob coordenação de um especialista. Depois, quatro casos são selecionados e fornecidos à SPR para compor uma mini CCRP. Debatedores são convidados a estudarem os históricos e imagens dos casos para discutir a propedêutica durante o evento. Trata-se de uma oportunidade diferenciada dos radiologistas conhecerem a linha de raciocínio de

outros colegas e de serviços variados, além de aprender mais sobre a prática. As reuniões também são transmitidas online em tempo real para quem não tem disponibilidade de comparecer presencialmente no hotel. O passo-a-passo para se conectar e participar está no endereço: http://spr.org.br/ cursos-via-web/. A programação do primeiro semestre de 2018 é:

básico de neurorradiologia irão compor os quatro dias de evento. Já o de Radiologia Musculoesquelética (GERME) terá um programa dividido em seis módulos. O curso mantém o formato de aulas curtas e específicas, com palestrantes radiologistas, clínicos e cirurgiões. O objetivo é que os participantes consigam obter

uma visão ampla e objetiva sobre os aspectos anatômicos, funcionais e patológicos do tema principal: Joelho. A cobertura dos dois eventos será publicada na edição de abril do Jornal da Imagem – aguarde! Mais informações sobre o ECNR-Latam em https://goo.gl/pPw75D e sobre o curso do GERME em https://goo.gl/8BVFkY.

Data

Serviço Responsável (mini CCRP)

14 de março

Mini CCRP HC-FMUSP

11 de abril

Mini CCRP Hospital A. C. Camargo

16 de maio

Mini CCRP Hospital Israelita Albert Einstein

13 de junho

Mini CCRP Hospital Heliópolis

Dois Cursos Avançados são realizados este mês Em fevereiro, dois dos Cursos Avançados da SPR serão realizados no Maksoud Plaza Hotel, em São Paulo. De 21 a 24, é apresentado o Module 2: Tumors, do primeiro ciclo do European Course of Diagnostic and Interventional Neuroradiology in Latin America; e nos dias 24 e 25, o 8º Curso Temático Anual do GERME. O encontro de Neurorradiologia (ECNR-Latam), que é apoiado pela Sociedade Europeia de Neurorradiologia (ESNR) e pelo Conselho Europeu de Neurorradiologia (EBNR), contará com sete professores enviados pela ESNR e cerca de 20 outros palestrantes do Brasil e da América Latina. Aulas teóricas e workshops com conteúdo


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EDUCAÇÃO DIGITAL Edição 474 – Fevereiro de 2018

Inscreva-se nos Cursos Online de Radiologia Estão abertas as inscrições para dez módulos do Curso Online de Radiologia (COR) da SPR. As vagas são para as turmas de Radiologia Musculoesquelética, Tórax, Abdome/Trato Digestório, Abdome/Trato Geniturinário, Imagem da Mulher, Cabeça e Pescoço, Mama, Neurorradiologia/Neuropediatria, Coluna Vertebral/Medula Espinal e Radiologia Cardiovascular (em formato híbrido). Com metodologia própria de ensino, o curso

Programação

propõe um sistema inovador e distinto que, em seu formato online, permite que radiologistas participem em qualquer local. O participante conta com o suporte de tutores gabaritados via web e um material didático composto por videoaulas, artigos científicos de apoio, acesso à biblioteca digital STATdx® e fóruns de discussões. As datas de inscrição se encerram em março ou junho, dependendo do módulo. Veja:

Módulo/turma

Prazos de Inscrições

12/03 a 11/07

Radiologia Musculoesquelética (turma 26)

13/03 a 19/07

Tórax (turma 27)

14/03 a 02/07

Abdome/Trato Digestório (turma 28)

15/03 a 18/06

Abdome/Trato Geniturinário (turma 29)

16/03 a 04/07

Imagem da Mulher (turma 30)

17/05 a 13/08

Cabeça e Pescoço (turma 31)

25/05 a 10/09

Mama (turma 32)

14/05 a 06/09

Neurorradiologia/Neuropediatria (turma 33)

15/05 a 06/08

Coluna Vertebral/Medula Espinal (turma 34)

06/06 a 17/10

Radiologia Cardiovascular [híbrido] (turma 35)

Residentes e Aperfeiçoandos Em 2017, o projeto também foi ampliado aos serviços de Radiologia e Diagnóstico por Imagem para residentes/aperfeiçoandos, fazendo com que o conteúdo teórico seja utilizado como um material de ensino complementar à grade curricular de seus programas.

18/1 a 27/3

18/1 a 5/6

18/1 a 20/6

Todas informações do Curso Online de Radiologia podem ser consultadas no site http://spr.org.br/educacao-digital/ curso-on-line-de-radiologia.

Vencedores do Casos da Semana 2017 Lançado no ano passado, o projeto Casos da Semana disponibilizou semanalmente, na área restrita do site da SPR, dois casos clínicos com um desafio diagnóstico cada. Membros que parColocação

Nome

ticiparam e acertaram receberam uma pontuação que, no fim do ciclo, foi somada. Confira os três melhores pontuados no Casos da Semana 2017 e seus respectivos prêmios: Pontos

Prêmio

Edilson Yoshito Yuhara (Xanxerê, SC)

6.700

10 aulas na Videoteca Digital

Allan Felipe Lopes (Piracicaba, SP)

4.300

5 aulas na Videoteca Digital

Larissa Roriz de Castro (Goiânia, GO)

4.150

3 aulas na Videoteca Digital

A atividade tem o objetivo de promover, de forma ativa, a troca de experiência e a transmissão do conhecimento entre os colegas de profissão. Este ano, os casos voltarão a ser atualizados em março – aguarde e participe!


NOTÍCIAS

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Prova de Título do CBR abre inscrições em março O Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) iniciará em março as inscrições para as provas para obtenção do Título de Especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem. Elas poderão ser feitas do dia 1º ao dia 20 – todas as informações estão disponíveis em https:// cbr.org.br/titulo-e-certificado/. O CBR também já divulgou as datas de realização dos exames teórico, teórico-prático, prático em equipamento e entrevista, de acordo com as áreas (veja ao lado).

Estude com a Videoteca Digital da SPR São mais de 1.500 vídeos de aulas dos principais eventos da entidade, como a Jornada Paulista de Radiologia e o Curso de Atualização em Imagem (Prof. Dr. Feres Secaf). Em janeiro, o Dr. Renato Hoffmann fez, no Jornal da Imagem, uma seleção das aulas que podem fazer a diferença para os candidatos; confira a página 12 da edição em https:// goo.gl/9dqrvQ.

Como aumentar as chances de êxito Coordenador da Comissão de Titulação e Admissão do CBR, Dr. Túlio Macedo explica que a prova foi antecipada este ano para que os candidatos aprovados tenham o certificado o mais breve possível. “O CBR espera um número em torno de 1.500 candidatos para as diferentes áreas, com quase 1.000 para a área de Radiologia e Diagnóstico por Imagem”, afirma. Ele também explica que há maneiras práticas que o candidato pode tomar para aumentar as chances de obter boas notas: “Obviamente, a principal é estudar a matéria com afinco. Entretanto, muitas vezes estudar pode não ser suficiente. É importante que o candidato, mesmo sabendo o conteúdo da prova, não ponha tudo a perder, como resultado de atrapalhação, nervosismo e estratégias erradas”. A primeira forma seria conhecer a dinâmica da prova – ler atentamente a sua normativa e observar cadernos de provas anteriores. “O candidato deve pesquisar quais os temas que foram abordados e a quantidade de questões para cada assunto. Além disso, seria interessante o próprio candidato, a partir desta análise, tentar procurar entender o que a

Áreas

20 de maio

23 de junho

11 de agosto

Radiologia e Diagnóstico por Imagem

Teórica e teórico-prática

Ultrassonografia Geral

Teórica e teórico-prática

Prática em equipamento

Ultrassonografia em Ginecologia e obstetrícia

Teórica e teórico-prática

Prática em equipamento

Mamografia

Teórica

Prática e entrevista

Ecografia Vascular e Doppler

Teórica e teórico-prática

Prática em equipamento

Densitometria óssea

Teórica e teórico-prática

Prática e entrevista

Neurorradiologia diagnóstica

Teórica

Prática e entrevista

Neurorradiologia terapêutica

Teórica

Prática e entrevista

Radiologia Intervencionista

Teórica

Teórico-prática

Em 10 de outubro, será realizado o Exame de Titulação.

banca poderia perguntar sobre aqueles temas, até mesmo ‘adivinhando’ o que a banca irá cobrar”, diz. Também é importante que, no momento da prova, o candidato dê uma olhada geral no exame antes de responder, para se situar e saber o que terá a fazer. Para Dr. Túlio, a melhor estratégia é atacar primeiro as questões mais fáceis, e respondidas rapidamente. Depois, focar naquelas de moderada dificuldade, e por fim, terminar com as mais difíceis. Ele aconselha que os inscritos simulem as condições da prova, realizando simulados com provas anteriores, com o mesmo tempo de duração da prova real. “Nunca deixe questão em branco. Há uma chance teórica de acerto

ao acaso de 20% se o item possuir cinco alternativas. Também, é válido usar todo o tempo disponível para responder as questões, não saindo da sala antes do tempo limite, pois uma última revisão pode mostrar erros crassos”, ressalta. A ansiedade também pode atrapalhar a realização do exame. Por isso, deve-se evitar a afobação no momento da prova, e se necessário, desacelerar e relaxar. “Em situações de nervosismo, sob controle de adrenalina, não temos a mente disponível para pensar ou raciocinar logicamente. Além disso, mesmo que não fiquemos estáticos pela ansiedade, ela consome energia e ocupa uma boa parte da nossa mente, deixando menos capacidade às faculdades mentais úteis. Portanto, técnicas de relaxamento antes da prova ou durante a sua execução são fundamentais”, afirma. Para Dr. Túlio, é preciso, ainda, ter em mente que não será possível acertar todas as questões, pois

sempre haverá perguntas realmente muito difíceis. Assim, ele desaconselha a entrar em rodinhas de candidatos logo antes da prova, pois haverá alguns apavorados e esta ansiedade pode ser contagiante. “Da mesma maneira, não é um bom momento para ‘tomar a lição’. Tenha ciência de que o início da prova é o momento mais tenso e é melhor se concentrar nas questões, não na bolsa ou na roupa do outro candidato. Se as coisas não caminharem bem durante a prova e houver um aumento da ansiedade, pare e relaxe, pois não será tempo perdido. E finalmente, mantenha os pensamentos positivos logo antes da prova”, finaliza. Para quem busca mais informações, o Programa Estúdio CBR apresentou, em janeiro, discussão sobre a prova. Com duração de pouco mais de meia hora, ele pode ser assistido pela página da entidade no Facebook – https://goo.gl/FKAaUj – ou via YouTube – www.youtube. com/user/CBRadiologia.


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NOTÍCIAS SPR Edição 474 – Fevereiro de 2018

Anuidade SPR de 2018 vence em 9/3 Os profissionais da área da Radiologia e do Diagnóstico por Imagem têm até 9 de março para quitar a anuidade de 2018 da SPR. É possível fazê-lo pela internet, na área restrita do site – https://goo.gl/jttT95 – e pagar em até seis vezes sem juros no cartão de crédito. Quem não fizer o pagamento até este mês de fevereiro, receberá automaticamente um boleto do Itaú, via correio, para pagamento à vista. Os valores variam de acordo com cada categoria; o profissional Aspirante e Titular pagam R$ 995 cada um; Júnior, R$ 600; e Residente, R$ 500. É a sua contribuição que permite manter a SPR forte e atuante na representação, na defesa e no

investimento no desenvolvimento científico dos radiologistas. Ao mesmo tempo, os membros têm acesso a diversos benefícios diferenciados e variados: Isenção de taxa no período de pré-inscrição para a JPR, Curso de Atualização em Imagem (Prof. Dr. Feres Secaf) e no Clube Manoel de Abreu; Acesso à Videoteca Digital e ferramenta STATdx®, além dos benefícios advindos das parcerias com entidades internacionais para intercâmbio científico; Prioridade na inscrição dos eventos da SPR; Descontos em todos os eventos científicos da entidade.

Mais informações sobre o Programa de Relacionamento da SPR em spr.org.br/programa-de-relacionamento-da-spr.


ANOS

#SPR50

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Um novo capítulo de uma história escrita na era digital Com sua plataforma de ensino e os cursos online e híbridos, a SPR se aproxima ainda mais do seu principal ativo: o associado Drs. Antônio Soares Souza e Carlos Homsi

Por Patricia Morgado e Oldair de Oliveira

Preste a se tornar uma entidade cinquentona, a Sociedade Paulista de Radiologia, como organismo vivo, cresceu, passou por mudanças, assistiu às transformações do País e orgulhosamente se consolidou como uma referência da Radiologia nacional, cujo espectro já brilha além de nossas fronteiras. Nos últimos anos, a condução desta máquina bem azeitada esteve nas mãos do Dr. Antônio Soares Souza e, mais recentemente, sob os cuidados do Dr. Carlos Homsi. Em comum, ambos receberam uma organização estável, deram continuidade à valorização da vocação pelo intercâmbio e transferência de conhecimento e investiram no uso de tecnologia e ferramentas voltadas à educação continuada. O começo da nova política de relacionamento com o associado, iniciada no fim de 2014, trouxe definitivamente novos ares à SPR. Os esforços para consolidar parcerias e trazer ao associado tudo o que há de mais novo em termos de informação e conhecimento resultaram não só em um aumento expressivo no número de novos sócios, como também uma maior busca por cursos online nas mais diferentes áreas. “O intercâmbio cultural e esta troca de conhecimento de aprendizado não têm e não podem ter barreiras”, afirma Dr. Antônio Soares Souza, presidente da SPR entre os anos de 2015-2017. Durante este período, as iniciativas em prol do associado foram intensificadas e serviram para atrair mais radiologistas

para o âmbito da SPR. “Eu costumo dizer que as diretorias da SPR são um contínuo de trabalho. Não há início, meio e fim, porque, quando entregamos o cargo temos a certeza de que os projetos vigentes serão continuados nas gestões seguintes. Na minha gestão tivemos esta sequência de trabalho”, ressaltou o radiologista. Eleito após assembleia realizada durante o Clube Manoel de Abreu, na cidade de São José do Rio Preto, Soares sucedeu o Dr. Antônio Rocha (2013-2015) e trabalhou arduamente, juntamente com os demais membros da diretoria, para dar seguimento às boas práticas da entidade. A começar pelas parcerias internacionais, que foram reforçadas. Uma das mais valorizadas foi o acordo com a RSNA, que iniciou em 2014 e, inicialmente, iria até o ano de 2018, mas foi renovado até 2024.

Um olhar para a América Latina Laços com outras sociedades da América Latina também culminaram em várias colaborações frutíferas. Destas vale a pena mencionar a ocorrida em maio de 2015, da 45ª Jornada Paulista de Radiologia (JPR). Uma reunião com membros da Federación Argentina de Asociaciones de Radiología, Diagnóstico por Imágenes y Terapia Radiante (Faardit) e da Sociedad Argentina de Radiología (SAR) marcou a ligação dessas entidades com a SPR. Assim, foi firmada oficialmente uma parceria das entidades argentinas para, juntas, trabalharem em favor

do conteúdo científico do Congresso Internacional de Radiologia (ICR), realizado sem setembro de 2016, na cidade de Buenos Aires. A parceria argentina também se fez presente dentro da SPR no 1º Encontro de Residentes, que aconteceu durante o Curso de Atualização em Imagem (Prof. Dr. Feres Secaf). O mote do encontro – discussão de casos clínicos – trouxe para os participantes uma grata surpresa: os dois principais destaques ganharam uma viagem à Argentina, para apresentarem os mesmos casos no 61º Congresso Argentino de Diagnóstico por Imagem (Imágenes), em agosto de 2015. A ação contou com o apoio da Faardit. No mesmo evento também houve o anúncio de uma nova parceria, dessa vez com a Fundação Bracco, da Itália: o Progetto Diventerò. O programa leva, uma vez por ano, três brasileiros à Itália para um treinamento de 45 dias como fellow no departamento de imagem de um centro de referência em diagnóstico por imagem em serviços de tomografia computadorizada, ressonância magnética e ultrassonografia.

Radiologista do século XXI Dentro da SPR, o perfil do radiologista do século XXI foi, mais do que nunca, valorizado. O site reestruturado possibilitou a inserção do Curso Online de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, bem como da inserção da biblioteca virtual STATdx® (gra-

tuita para os associados), referência em Radiologia para estudos de casos clínicos. A já conhecida Videoteca agora ganha vídeos em resolução HD e tem seu conteúdo pronto para ser exibido em computadores, smartphones e tablets. “Muita coisa tem acontecido nesses últimos anos. E um dos principais desafios da sociedade é se adequar aos novos tempos, às novas formas de distribuição de conhecimento”, reflete o Dr. Carlos Homsi, atual presidente da SPR (gestão 2017-2019). Em intensa atividade, a SPR segue inovando. Em 18 de novembro de 2017, os associados puderam contar com o Curso Avançado Híbrido de Ultrassonografia Musculoesquelética – com parte teórica online e parte prática presencial. No universo das parcerias, seguem os contatos com a RSNA, diversas sociedades da América Latina e sociedades europeias. No começo de 2017, por exemplo, a negociação com a Sociedade Europeia de Neurorradiologia (ESNR) desencadeou no European Course of Diagnostic and Interventional Neuroradiology in Latin America, que teve o seu primeiro módulo lançado em fevereiro de 2017 e terá o seu próximo neste mês. E, ainda este ano, será lançado o Membro Correspondente Internacional da SPR. “A plataforma de ensino e os cursos online estão funcionando bem e serão fundamentais no futuro, para acompanharmos ainda mais as mudanças que virão. No entanto, a SPR ainda tem um papel muito relevante na questão presencial por conta de organizar a Jornada Paulista de Radiologia, o maior congresso da América Latina, na qual existe uma rede tanto interpessoal quanto comercial e de troca de conhecimento, que ainda será, por muitos anos, superimportante”, comenta Homsi. Como se percebe, em se tratando de SPR, o céu é o limite. E são estas ações que se juntam para continuadamente formarem novos capítulos de uma história vigorosa, irretocável e, por que não, invejável.


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FOOD&ARTS

Dr. Ulysses Torres Médico radiologista do Grupo Fleury no Hospital São Luiz

Não sejas como a sombra É o que nos diz Eugénio de Andrade, o poeta português: “Invoca o fogo, a claridade, a música dos flancos. Não digas pedra, diz janela. Não sejas como a sombra. Repete as sílabas onde a luz é feliz e se demora”. É quase inevitável, algumas vezes, que frente à pressão dos dias e da rotina estressante, enfrentando maiores ou menores problemas, sucumbamos às sombras. Laivos de escuridão nos descem sobre as pálpebras e o brilho do fogo parece miragem distante. Compreensível, somos humanos. Porém, como disse o mesmo poeta, “nem sempre um homem é um lugar triste; há noites em que o sorriso dos anjos o torna habitável e leve”. Sugere-nos ele, segundo me parece, algo que implica em ação, exercício ativo: é preciso criar forças para invocar o fogo que aquece e ilumina; repetir, repetir e repetir as sílabas dos momentos luminosos (Aristóteles disse o mesmo de maneira um pouco mais complexa e menos poética); botar para tocar a música dançante que mexe com o instinto requebrante dos flancos. Uma postura diante do mundo e da vida, no final das contas. Ao escrever sobre o tema de hoje, vem-me à memória uma dessas sílabas luminosas de felicidade. Eu devia ser um pirralho de onze ou doze anos, em férias. Porto, Portugal. Um dos salões do restaurante Abadia do Porto, que até hoje lá permanece. À minha frente, do outro lado da mesa, minha saudosa avó. Preparávamo-nos para almoçar. Eu percorria o vasto cardápio como quem contempla hieróglifos (ou amêijoas à Bulhão Pato, sopa de pedra, arroz de Sarrabulho poderiam fazer algum sentido?). Eis que de súbito interrompo o silêncio e pergunto, na lata: “Quem é Zé do Pipo?” (talvez o nome tenha

me soado curioso, ou simplesmente engraçado). Ela baixou os óculos, um meio-sorriso de divertimento, olhou-me por cima do cardápio com seu ar zombeteiro: “Foi o gajo que criou esse prato, oras!”. E emendou: “Está decidido! Vamos pedir este!”. Levou bastante tempo até que eu encontrasse resposta um pouco mais satisfatória e viesse a descobrir quem de fato foi Zé do Pipo. Mas o bacalhau à Zé do Pipo que ali comi, naquele dia, passou a ser minha referência para a vida. As sílabas que repeti nos anos subsequentes jamais foram tão luminosas, ao menos em termos desse prato inesquecível. Bela posta de bacalhau macio e suculento (não à toa: é cozido no leite), preparado com absoluto esmero: em uma travessa de barro dispõe-se a posta, recobre-se a mesma com cebolas (refogadas no azeite, sal, pimenta, louro) e maionese (caseira, jamais a de supermercado, que acinte!); ladeia-se o bacalhau com purê de batatas. Leva-se ao fogo, e disso resulta um espetáculo gratinado de sabor único. Zé do Pipo era o nome de um restaurante no Porto e também o apelido de José Valentim, dono do estabelecimento, que na década de 1940 venceu um concurso nacional (destinado a premiar o melhor prato ao menor preço) com esta receita. Ao

ARTS

longo do tempo deram uma gourmetizada no prato, em alguns lugares o purê vem com frufrus, em formato de rosas e coisas do tipo. Paciência.

Em São Paulo devo mencionar dois: o do Rancho Português, bom, saboroso, mas não inesquecível. Falta algo: talvez seja a textura da posta, não tão macia quanto à do meu referencial; talvez a maionese, à qual falta alguma delicadeza; talvez ao purê, que tende mais para o rústico que para o cremoso absolutamente necessário. O outro é o da Taberna da Esquina, e, para mim, o mais próximo e fiel ao que se encontra no Porto: gratinado perfeito, maionese saborosa, bom purê, bom bacalhau. No Rio de Janeiro acho bastante correto o do Adegão Português, em São Cristóvão.

PARA OS INTERESSADOS POR FOTOGRAFIA, a dica do mês é a bela exposição audiovisual intitulada São Paulo: três ensaios visuais, em cartaz no Estúdio do Instituto Moreira Salles desde setembro de 2017 até julho de 2018 (www.ims.com.br; Avenida Paulista, 2424). O centro cultural é especializado em fotografia, sua arquitetura geométrica de ângulos agudos impressiona, e vale incluir a visita na lista. A mostra reúne fotografias primorosas da cidade de São Paulo, indo simplesmente de 1862 ao século atual, a maioria pertencente ao acervo do Instituto, e reunindo nomes consagrados como Vincenzo Pastore e Alice Brill. Uma esquina com chão de terra batida no século 19, mais parecendo a de uma vila na roça; dois homens de chapéu sentados em um banco na década de 1910, a cidade já com ares iniciais de metrópole dos trópicos; a fachada do prédio do Mappin da Praça Ramos vista a partir de um viaduto do Chá repleto de transeuntes na década de 1950. Pessoas, muros, propagandas. Vemos a transformação pulsante da cidade ao longo do tempo registrada através da bela sensibilidade desses olhares privilegiados. Desperta certa nostalgia pelos tempos (ao menos por mim) não vividos. Deviam ser belos! Entrada franca.


ARTE E MEDICINA

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Prof. Dr. Alfredo Buzzi* é Professor Titular de Diagnóstico por Imagem da Universidade de Buenos Aires e Membro Honorário Internacional da SPR

A mulher barbada

O espectador, sem respostas, é dominado por uma situação inesperada, que produz uma mistura de curiosidade, surpresa e susto. É o barroco em todo o seu esplendor

O hirsutismo é o crescimento excessivo do cabelo em mulheres seguindo um padrão de distribuição masculina, em áreas dependentes de andrógenos: pestanas, queixo, pescoço, aréolas de peito, tórax, áreas do umbigo, coxas e costas. É frequentemente associado a acne, calvície masculina (alopecia androgênica) e irregularidades menstruais. É um distúrbio que afeta aproximadamente 10% das mulheres em idade fértil, e pode ser leve, o que representa uma variação do padrão de crescimento normal, e, em casos raros, é um sinal de uma grave desordem subjacente. Geralmente é idiopática, mas pode estar relacionada ao excesso de andrógenos, como síndrome do ovário policístico ou hiperplasia adrenal congênita. O quadro A mulher barbada, pintado em 1631, é a pintura mais conhecida dentre as que refletem o hirsutismo. É um bom exemplo do interesse que a doença e o aspecto monstruoso despertaram nos anos barrocos. O autor, o pintor espanhol José de Ribera, desenvolveu toda a sua carreira na Itália, onde seguiu os passos de Caravaggio. Ele também era conhecido por seu nome italianizado de “Jusepe Ribera” e pelo apelido “Il Spagnoletto” (“O Espanholito”) devido à sua baixa estatura e às suas origens espanholas. Ribera pintou neste quadro uma mulher verdadeira, Maddalena Ventura, como disse na descrição detalhada anexada às lápides que aparecem no lado direito da tela, onde muitos detalhes sobre sua vida estão incluídos. A mulher barbada nasceu por volta de 1580 em Accumoli, uma cidade na região dos Abruzzos, na Itália. Quando foi pintada por Ribera, tinha 52 anos. Era casada com Felici di Amici e o casal tinha três filhos. Aos 37 anos de idade, começaram os sintomas do hirsutismo. Foi então que ela decidiu deixar a cidade e se mudar para Nápoles. O vice-rei de Nápoles, Fernando Afán de Ribera e Enríquez (1570-1637), terceiro duque de Alcalá, quis convidá-la para seu

palácio quando soube da existência e encomendou seu retrato a Ribera (que naquela época morava em Nápoles e era protegido do vice-rei) para registrar seu caso clínico. O título original do trabalho é: Maddalena Ventura com seu marido e filho. A imagem é inquietante: de um fundo escuro emerge a figura da mulher barbada, de pé, amamentando o mais jovem de seus filhos, que nasceu 15 anos depois que a barba começou a aparecer. Ribera coloca especial ênfase no contraste do rosto viril, calvo e barbudo com o que talvez seja o mais claro atributo da feminilidade: amamentar um recém-nascido. O peito da mulher, localizado muito alto, aparece de forma não natural. É possível que este detalhe tenha sido pintado mais tarde para sublinhar a condição da mulher retratada. Na lápide de pedra aparece um detalhe da natureza morta: um fuso e uma concha. O fuso refere-se a uma atividade tradicionalmente realizada por mulheres: fiação. A concha é um símbolo do hermafroditismo. Acima de seu ombro direito aparece, como uma sombra, a figura do marido, com o rosto preocupado e franzido. Sua presença é uma mera acreditação de que Magdalena é casada e que o casamento tem várias crianças. A parte oposta da tela está completamente ocupada por uma espécie de lápide em que a história da barbuda dos Abruzzos é contada em detalhes, enfatizando que a tela reflete um caso real, não imaginado. O aspecto geral da pintura é esmagador. É feita com a técnica caravaggiana do claro-escuro, o que confere ainda mais drama à cena. O monstruoso emerge teatralmente de um lugar cotidiano e olha para nós com um olhar penetrante, questionando-nos sobre as causas desse estranho fenômeno. O espectador, sem respostas, é dominado por uma situação inesperada, que produz uma mistura de curiosidade, surpresa e susto. É o barroco em todo o seu esplendor.

*O autor é editor da Revista ALMA – Cultura y medicina: www.almarevista.com/revista


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PÉ NA ESTRADA Edição 474 – Fevereiro de 2018

A tranquilidade e a inconstância da

Antártida

Por Dr. Xavier Stump

Já se vão quase dois anos da minha partida para Antártida no veleiro Kotic do porto de Ushuia, um sonho antigo, capitaneado pelo Oleg e pela Sophie Belly, desbravadores da península desde 1991, acompanhados do Igor Belly, verdadeiro nativo da região, e sua companheira Samanta – e ainda mantenho flashes, o motivo deste relato: um verdadeiro “pé na água”. No pequeno espaço, característica de um veleiro 60 pés, com mais sete calouros, partimos para o Sul. Primeiro desafio: o estreito de Drake, famigerado encontro do Atlântico Sul com o Pacífico, marcado ao norte pelo cabo Horn, calcanhar de Aquiles da navegação e ao Sul pela península Antártida. Travessia calma com ondas de menos de quatro metros e ventos de até 45 nós. Parte dos calouros testaram todos os antieméticos, sem sucesso – como diria a Sophie, o estreito de Drake é o purgatório. Quatro dias e meio de viagem pelo Drake, tempo de reflexão e de preparo para a entrada nesta catedral branca da natureza; como dizia o capitão Oleg, o veleiro tem a velocidade da mente humana e da reflexão, e o avião despacha. O primeiro contato com terras abaixo da convergência foi a Ilha de Decepcion, formada por uma série de erupções vulcânicas, a mais recente de 1967; adentra-se na sua baía por um estreito margeado por dois picos (Foles de Netuno). Esta baía tem aproximadamente 10 km de diâmetro, nesta que tem, em alguns lugares, água morna. Pode se ver ainda os resquícios de uma das maiores estações de extração de óleo de baleias com seus enormes tanques, caldeiras, alojamentos e, inclusive, um cemitério com todas as tumbas com nomes nórdicos. Curiosamente, o fim da caça da baleia para a extração do óleo ocorreu de-

vido à quebra da bolsa de 1929 e à ascensão do petróleo, nada a ver com a consciência humana, infelizmente. Nas encostas dessa ilha conheci a colônia de pinguins barbichas com mais de 300 mil, cheia de filhotes, uma verdadeira algazarra. A história da Antártida, único continente não habitado por humanos antes da sua descoberta, é rica e relativamente recente, avistada pela primeira vez de forma oficial nos anos de 1770 pelo capitão inglês James Cook, seguido nos próximos 50 anos pelos exploradores Bellingshausen, Palmer, Bransfield, Weddell, D’Urville, Wilkes e Ross, todos estes margeando pequenos pontos e criando mapas incompletos. Em paralelo a esses exploradores, existiram os caçadores de foca atrás de enormes lucros obtidos com o óleo desse animal e, particularmente, sua pele. Guardavam a sete chaves suas descobertas pelo alto valor comercial, até conseguirem exterminar os animais da região. Imagine que, nesta época, um navio a vela de caça às focas deixava no verão, em pontos específicos, quatro homens para fazer a matança, e vinham buscá-los apenas no próximo verão, homens de fibra e seguramente sanguinários. Chegavam a abater mais de 50 mil focas. O interesse da Antártida pelas Sociedades de Geografia começa apenas a partir dos últimos

anos do século XIX, com a primeira viagem científica, propriamente dita, feita por Gerlache em 1897. Outro nome importante na história da pesquisa da Antártida é do Jean-Baptiste Charcot, médico, filho do famoso neurologista francês conhecido de todos nós, Jean Martin Charcot, filho esse que praticamente “enterrou” a fortuna do seu pai financiando suas expedições com alto caráter científico. A história da Antártida confunde-se com a história pessoal de seus descobridores, especialmente no chamado “período histórico”, iniciado por Adrien de Gerlache. Exploradores como Ernest Schackleton mostram como a ampliação das fronteiras do mundo e da civilização exige homens apegados a um espírito de camaradagem e respeito mútuo, desinteressados da retribuição imediata. Esta postura frente ao mundo define o contraste interessante com o certo individualismo mesquinho, que, nos últimos tempos, permeia nossas relações sociais. Velejamos para o Sul pelos caminhos do comandante Gerlache, um belga como eu, com seu navio Bélgica, que, além de fazer um levantamento minucioso da região, fez a primeira invernagem na Antártida. Curiosamente, grande parte dos locais foi nomeada com homólogos de

Foram quase 20 dias neste pequeno pedaço da Antártida, que representa menos de 2% de seu total. Todos os dias, ce­nários inimagináveis, demografia zero e uma enormidade de animais a nos visitar: pinguins barbicha, gentoos e adelis, focas caranguejeiras e leopardas, leões marinhos, orcas e baleias


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cidades e expoentes belgas, o que me fez sentir em casa. Dentre os tripulantes do La Bélgica encontravam-se Roald Amudsen e Frederick Cook, respectivamente, os primeiros homens a alcançar o polo Sul e o Norte. Ficamos aproximadamente 20 dias neste pequeno pedaço da Antártida que representa menos de 2% do total, total este no verão um pouco menor que o Brasil e, no inverno, ele mais do que dobra. Todos os dias um novo local, cenários inimagináveis com demografia zero e com uma enormidade de animais curiosos que vinham nos visitar: pinguins barbicha, gentoos e adelis, focas caranguejeiras e leopardas, leões marinhos, orcas e baleias são do cotidiano. O Oceano Antártico caracteriza-se por sua baixa temperatura, o que o separa dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico e margeia de forma completa a Antártida sem interposição de terras. Percebe-se facilmente este limite não físico no momento que o veleiro o adentra pela mudança brusca da temperatura e mesmo da tonalidade da água. Sua biodiversidade é imensa e ainda muito pouco explorada. Sua fauna, além de pinguins, pinípedes e cetáceos, apresenta cianobactérias, fitoplâncton e krill, que, apesar de pequenos, servem de alimento para os

animais maiores. Como curiosidade, estima-se que a massa do krill, alimento básico da fauna animal que vemos, pesa aproximadamente o dobro da biomassa constituída pela totalidade dos seres humanos – nada mal. Felizmente para os animais antárticos, a casca do krill, por sua alta concentração de flúor, é tóxica para os humanos, não podendo ser consumida em escala de alimentação por nós. Pelo menos desta vez, os não humanos se deram bem, por enquanto. A Antártida não tem flora terrestre, sendo a sua única composição vegetal feita por algas marinhas e outros organismos autótrofos. Tudo na península é calmo e, ao mesmo tempo, inconstante; durante um dia de 24 horas – sim, 24 horas de claridade no verão –, podemos

ter céu azul, ventos de fraco a fortes e neve com todas as intensidades. O convívio no pequeno espaço do veleiro é calmo na península; além dos passeios externos, histórias do capitão (ponto alto), leitura (muita leitura) e carteado, os afazeres diários preenchem rapidamente o dia. Na Antártida a solidariedade é a regra. Visitamos uma base ucraniana, e fomos recebidos com festa e, lógico, com muita vodca, além de sermos convidados para uma sauna com direito a mergulho entre os icebergs, com olhares incompreensíveis dos pinguins. “Humanos não batem bem!” Na volta pelo Drake, ao nos aproximarmos do Cabo Horn, compreendemos a sua fama: seis horas de tempestade com ventos de até 75 nós (furacão classe 1). Me senti dentro de uma coqueteleira; esta deixou algumas avarias, nada sério, pois preparamos o veleiro para enfrentá-la. Como reza a tradição marinha, uma passagem pelo Drake, um pé na mesa do capitão; duas passagens, os dois pés; uma tempestade, um brinco na orelha; enfim, colegas, me sinto agora confortável para dançar de brincos sobre a mesa de qualquer capitão. Por fim, atualmente, esse continente mágico é acessível a todos de forma mais rústica e seguramente mais íntima em charter de veleiros. Estima-se que até hoje menos de 4 mil pessoas foram por este meio de transporte à Antártida, mas também por navios confortáveis de várias dimensões, lembrando que os maiores não conseguem entrar em pequenas baías e que o número máximo de pessoas que podem desembarcar por vez é de 100. Este santuário merece respeito e ser cuidado para as próximas gerações.

Para quem quer conhecer mais sobre a Antártida, indico: Abaixo da Convergência – Expedições à Antártica 1699-1839 (Alan Gurney) e Antártida, a última terra (Ulisses Capozoli).


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CRÔNICA Edição 474 – Fevereiro de 2018

Numa manhã de janeiro

Dr. Cássio Ruas de Moraes Membro da Comissão Editorial do Jornal da Imagem

O esforço, os exercícios, as dores traziam-me como compensação um visível e palpável progresso. Não deixava de ser uma forma de conquista

Era uma manhã tranquila de janeiro de 2017, apenas perturbada pela agitação das pessoas que se dirigiam ao trabalho ou à escola em seus veículos motorizados, quando saí para caminhar, como era meu hábito. Alguns problemas me perturbavam e eu não me sentia fisicamente bem naquela manhã. Inesperadamente, vi-me arrancado da distração em que me encontrava quando o solado do meu tênis prendeu-se na rugosidade do cimento mal feito e, estando meu outro pé lá atrás completando a passada, meu corpo encontrou-se subitamente sem apoio e projetou-se para frente. Instintivamente, levei as mãos para aparar a queda e o peso maior ficou para o braço direito. Nisso, o ombro direito estalou numa dor terrível e nada mais podia conter o choque contra o chão. Fiquei aturdido com a batida, gosto de sangue na boca e o braço direito praticamente paralisado de dor. Algumas pessoas se aproximaram e pedi que me ajudassem a levantar, o que foi feito. Emprestaram-me uma cadeira e um celular, e pude chamar minha mulher que, por sorte, ainda não tinha saído para o trabalho. Estava de plantão no Hospital São Lucas um ortopedista amigo meu que orientou os primeiros socorros: palpação, raios X, ultrassom do ombro e logo pudemos fazer um apanhado dos estragos. Uma pergunta era feita por cada um que chegava: o senhor teve um desmaio? Foi tontura? Já teve tontura antes? Se sentiu mal? Eu pensava, ‘ai meus cabelos brancos!’ e respondia não, nada disso, estou perfeitamente bem, foi apenas uma calçada feita nas coxas... Não havia fraturas e isso foi uma grande sorte. Só tive certeza disso, porém, quando descartei uma possível fratura da articulação temporomandibular, que doía muito, após tomografias especializadas da área. Suturaram-me um talho no lábio, o queixo inchou como uma bola e assim, meio desfigurado, fiquei vários dias. Enquanto isso, resolvia com meu ortopedista o que fazer com o ombro direito. Ele dizia: “Tem dois tendões rotos do manguito, he-

Hoje, um ano depois, já há tempos não preciso mais da fisioterapia. No entanto, continuo. Por recreação e para fortalecimento matoma e provável rotura parcial do bíceps. Você pode fazer uma ressonância e procurar um dos cirurgiões de ombro”. Eu, que já havia me informado sobre esse tipo de cirurgia, argumentava: “Você que é veterano me diga sinceramente o que é que se fazia antigamente quando essas técnicas cirúrgicas nem existiam num caso como o meu”. Ele leu meu pensamento: “Por que, você está pensando em fazer fisioterapia?” “Tem jeito?” Perguntei, continuando: “Pense bem: se eu fosse jovem, não vacilaria. Mas septuagenário, em relativa boa forma, sofrer uma cirurgia que vai me imobilizar por uns dois meses com uma tipoia apertada, sem poder guiar ou trabalhar direito, e ainda me provocar intensa atrofia esquelética e muscular? E depois precisar de longa

fisioterapia para me devolver as funções do braço? Tudo isso ainda sem a garantia de bons resultados, justamente por causa da idade?” Ele concordou em parte: “Você experimenta por uns dois ou três meses a fisioterapia e depois, se quiser, faça uma ressonância e procure um cirurgião de ombro”. Percebi que ele estava torcendo por mim. Nunca fiz a ressonância ou procurei um cirurgião. Consegui um competente fisioterapeuta. Um mês depois da queda, iniciei a fisioterapia e logo já estava guiando o carro e trabalhando, com o braço esquerdo ajudando em muito o direito. Devo dizer que, apesar desse acidente que veio alterar meu estilo de vida, comecei a sentir, no fundo, uma sensação de felicidade. O esforço, os exercícios, as dores traziam-me como compensação um visível e palpável progresso. Não deixava de ser uma forma de conquista. Hoje, um ano depois, já há tempos não preciso mais da fisioterapia. No entanto, continuo. Por recreação e para fortalecimento. Moral da história: não sei. Poderia talvez modestamente dizer que, como ensinamento ou tópico para reflexão, nesta época de avalanche tecnológica que invade nossas vidas, nem sempre para o bem, ainda pode nos restar alguma alternativa.


TÚNEL DO TEMPO

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N

o Jornal da Imagem de fevereiro de 1988, uma das matérias reportava os temas da 18ª Jornada Paulista de Radiologia: ultrassonografia obstétrica e avanços no diagnóstico de afecções do fígado e vias biliares, temas atuais para a época. Também foi noticiada a participação de professores estrangeiros, como a da norte-americana Oksana Baltarowych e a do belga G. Marchal. O evento, que seria realizado de 26 a 29 de maio, esperava cerca de 1 mil participantes de todo o Brasil. Dr. Giovanni Guido Cerri contou que a inclusão de temas de medicina nuclear e radioterapia permitiria mais união dos profissionais na área de diagnóstico por imagem, garantindo à JPR daquele ano o título de maior evento realizado em todos os anos. Um espaço aberto para os radioterapeutas foi o tema do artigo do Dr. José Valdemar Petitto naquela edição. “Desde as duas últimas gestões da Sociedade Paulista de Radiologia, a Radioterapia vem ocupando espaço cada vez maior nos cenários das especialidades que utilizam as radiações”, disse na abertura de seu texto. Ele contou que, em um esforço conjunto dos Drs. Willian Soares e Maria José Alves, conseguiram introduzir novamente a sessão da especialidade na Jornada Paulista de Radiologia, realizada em 1986. E, desde então, receberam mais abertura para o espaço da Radioterapia. “Assim, hoje passamos a dispor neste jornal de um espaço de página inteira para divulgarmos a nossa especialidade e também de uma Tribuna para defender a nossa

classe, para expor nossos problemas, sejam eles regionais ou nacionais, para divulgarmos jornadas, encontros e reuniões científicas, que ocorram em qualquer lugar do País”, comemorou. Sendo assim, na matéria foi divulgada a programação da área daquele ano e, no final, Dr. José registrou a esperança de ver concretizado o projeto junto aos colegas radioterapeutas. Outra notícia que estampou o jornal foi a falta de suprimento de filmes para raios X no mercado. No encerramento de janeiro e fevereiro, este era o assunto central, criando um ambiente de apreensão entre os profissionais do setor. Diante da situação, o Jornal da Imagem procurou a Kodak Brasileira. O

Sr. E. Godoy, então gerente nacional de vendas da empresa, prestou esclarecimento que foi publicado na reportagem. “Preocupada com o suprimento do mercado de filmes, a Kodak não interrompeu em nenhum momento o ritmo de produção, trabalhando em regime de 24 horas, inclusive no período de festas de Natal e de Ano Novo. Esclarece, no entanto, que, devido às negociações que se processavam, no período que antecedeu a conclusão da incorporação da BRAF (Unidade Industrial de Resende) pela Kodak, houve um período de ajustamento do ritmo de produção”, dizia um trecho da nota. O texto concluiu dizendo que todos os esforços foram feitos no sentido de que o suprimento de filmes não fosse prejudicado, já que a grande preocupação da empresa era oferecer aos radiologistas um pronto atendimento às suas necessidades.

Assim como neste ano de 2018, em 1988 o primeiro encontro do Clube Manoel de Abreu estava marcado para acontecer na cidade de Marília, SP. Na época, presidido pelo Dr. Jaime Ribeiro Barbosa, o evento anunciava a comemoração de 25 anos do clube, motivo pelo qual muitas atividades eram programadas. Todas as edições do ano foram divulgadas e, a de abril, que seria realizada na cidade de Itu, teve destaque, pois seria a maior reunião. A matéria enfatizou a essência das reuniões do Clube Manoel de Abreu, explicando que, além do seu conteúdo científico e de informação médica, trariam na sua filosofia um componente social expressivo, pois promovem o entrosamento e a confraternização entre médicos, familiares e empresas. Na página 6, o CMA de Marília ganhou uma reportagem com detalhes da programação e o anúncio do tema: Radiologistas e o INAMPS. A mesa redonda, programada para o sábado à tarde, contaria com palestra dos Drs. Giovanni Guido Cerri, Alfredo Walbach, Jayme R. Barbosa, Domingos C. Rocha e Max Amaral. A tradicional programação social e a discussão de casos também foram anunciadas.

SERVIÇO AGFA HelthCare • (11) 5188-6444 / https://global.agfahealthcare.com

IBF • (11) 2103-2000 / www.ibf.com.br

Bird Solution • (11) 5016-5509 / www.birdsolution.com.br

Imagem Sistemas Médicos • (11) 4133-0053 / www.imagem.med.br

Bracco • (11) 2181-2100 / www.braccoimaging.com

Konimagem • (11) 2950-1971 / www.konimagem.com.br

E-people • (11) 3562-2970 / www.epeople.com.br

MM Diagnóstika • (11) 2280-5181 / www.mmdiagnostika.com.br

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EMPRESAS PARCEIRAS


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NEGÓCIOS&OPORTUNIDADES Edição 474 – Fevereiro de 2018

Como anunciar

OPORTUNIDADES CLÍNICA em Cabo Frio (Rio de Janeiro) contrata radiologista para trabalhar em equipamentos de RM de 1,5 e 3,0 Tesla e/ou ultrassonografia. Remuneração acima da média e excelente qualidade de vida na cidade. Contato: erickmalheiro@medscanlagos.com.br. (3) CLÍNICA de diagnósticos com sede em Campinas precisa de médicos para ultrassom geral. Remuneração por produtividade. Contato: diretoria@clinicacde.com.br. (2) CLÍNICA em Concórdia, oeste de Santa Catarina, oferece vaga para ultrassonografista que atue em US geral, GO, MSK e Doppler periférico. Remuneração por produtividade. Carga horária a combinar. Contato: radoeste@outlook.com. (2) CLÍNICA oferece vaga para médico radiologista com título do CBR para atuar em hospital no interior de Santa Catarina nas áreas de RX, US, DO, TC, RM e MM. Remuneração por produção. Contato: (49) 98409-2889 ou imagemselecta@gmail.com. (2) CLÍNICA de diagnóstico por imagem em Curitiba (PR) oferece vaga para radiologista para atuar em ultrassonografia (AplioMx), tomografia computadorizada (Aquilion 128 canais) e ressonância magnética (Avanto e Aera de 1,5T). Remuneração por produção. Interessados encaminhar currículo para alex@rdicuritiba.com.br e/ou (41) 98403-5453. (1)

EQUIPAMENTOS VENDE-SE aparelho de ultrassom portátil GE Logiq E, único dono e usuário. Utilizado por seis horas semanais e comprado em janeiro de 2015. Três transdutores em ótimo estado de conservação com mala original própria para o transporte. Docking car (carro para apoio) por R$ 55 mil. Tratar com Dr. Gabriel Ademar: (35) 99974-1985 ou greisradio@gmail.com. (3) VENDE-SE clínica de diagnóstico por imagem na cidade de Itapevi, Grande São Paulo. Possui ressonância magnética e ultrassom. Contato: (11) 98211-3303 ou contatohr8@gmail.com. (1)

Os membros da SPR que estiverem em dia com a anuidade poderão publicar seus anúncios nesta seção gratuitamente. Os radiologistas que não forem associados devem pagar uma taxa. Para sócios em dia do CBR, o ônus por publicação é de R$ 250. Já para os radiologistas que não forem membros nem da SPR nem do CBR, o ônus por anúncio é de R$ 300. O anúncio deve ser enviado até o dia 10 de cada mês, para publicação no mês subsequente. Outras informações: jornaldaimagem@spr.org.br.

A Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem não se responsabiliza, nem cível, nem criminalmente, pelas informações inseridas nesta seção, sendo estas única e exclusivamente responsabilidade do anunciante. A SPR também não possui qualquer participação ou interesse econômico nos negócios efetuados em decorrência dos anúncios.

Já respondeu a pesquisa sobre o Jornal da Imagem? Produzido há quase 40 anos, o Jornal da Imagem pode ser visualizado por todos pelo site da SPR ou por meio do aplicativo desenvolvido especialmente para smartphones e tablets, disponível para sistemas Android e iOS. Visando otimizar os recursos, queremos saber de você, caro(a) leitor(a), se deseja manter o recebimento desse exemplar via correio. Pedimos a gentileza de nos informar via e-mail (jornaldaimagem@spr.org.br) ou por meio da pesquisa, disponível no site da SPR.

Acesse a pesquisa https://goo.gl/R3fRqL

Agradecemos sua participação, essencial para prestarmos o melhor serviço!


AGENDA

Eventos da SPR

2018

FEV

Data

Evento

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Outros eventos

Local

Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia do Abdome (Gera)* 1

Reunião do Grupo de Estudos de Mama (Gema)*

Maksoud Plaza Hotel

Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Musculoesquelética (Germe)* 6

Reunião do Grupo de Estudos de Tecnologia e Informática em Radiologia (Get)*

Sede da SPR

7

Reunião do Grupo de Estudos de Proteção Radiológica (Latin Safe)

Sede da SPR

8

Reunião do Grupo de Estudos de Neurorradiologia (Gene)*

20

Maksoud Plaza Hotel

Reunião do Grupo de Estudos de Cabeça e Pescoço (Gecape)* Reunião do Grupo de Estudos de Tórax (Geto)*

21 a 24

European Course of Diagnostic and Interventional Neuroradiologyin Latin America (ECNR-Latam) – 1 st Cycle • Module 2 – Tumors

Maksoud Plaza Hotel

24 e 25

8º Curso Temático Anual do GERME - Joelho

Maksoud Plaza Hotel

Congresso Europeu de Radiologia (ECR 2018) – European Society of Radiology (ESR) – https://www.myesr.org/congress

Áustria, Viena

28/2 a 4/3

Eventos da SPR

2018

MAR

Data 7

Evento

Local

Reunião do Grupo de Estudos de Proteção Radiológica (Latin Safe) Reunião do Grupo de Estudos de Ultrassonografia (Geus)*

8

Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Cardiovascular (Cardio)*

13

Reunião do Grupo de Estudos de Tecnologia e Informática em Radiologia (Get)*

14

Outros eventos

Sede da SPR

Reunião do Grupo de Estudos de Meios de Contraste Radiológicos (GEMCR) Clube Roentgen* – Mini CCRP HC-FMUSP

Maksoud Plaza Hotel

Reunião do Grupo de Estudos de Mama (Gema)* 15 Informações sobre eventos da SPR: www.spr.org.br ou (11) 5053-6363. Sede da SPR: Av. Paulista, 491, cj. 41, São Paulo. Maksoud Plaza Hotel: R. São Carlos do Pinhal, 424, São Paulo. *Evento com transmissão via web pela SPR ou pela Pixeon. Agenda completa das transmissões em www.spr.org.br/cursos-via-web.

Reunião do Grupo de Estudos de Neurorradiologia (Gene)* Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia do Abdome (Gera)*

Maksoud Plaza Hotel

Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Musculoesquelética (Germe)* 15 a 17

IMAGINE 2018 – InRad – http://inrad.manoleeducacao.com.br

São Paulo, SP

16 a 18

Clube Manoel de Abreu

Marília, SP

22

Reunião do Grupo de Estudos de Profissionalismo e Gestão (Geproge)*

Maksoud Plaza Hotel

27

Reunião do Grupo de Estudos de Pediatria (Geped)*

28

Reunião do Grupo de Estudos de Imagem Quantitativa (Giq)*

Sede da SPR



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