Educação Digital: Adote o Curso Online de Radiologia no seu serviço
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Informativo da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem | Abril de 2018 | Edição 476
Tradição e modernidade A 48ª Jornada Paulista de Radiologia (JPR 2018) será realizada de 3 a 6 de maio no Transamerica Expo Center, em São Paulo. A SPR mantém a tradição de reconhecer profissionais da área, entregando homenagens e nomeando-os Presidente de Honra e Patrono, além de entregar o título de Membro Honorário a alguns nomes. Para possibilitar que os participantes tirem o melhor proveito do evento, a Sociedade investe em tecnologia e comunicação, e disponibiliza o aplicativo para smartphones e tablets. Essas e outras informações sobre o evento estão disponíveis nesta edição. Páginas 5 a 8
EVENTOS SPR
Araraquara recebe CMA no fim de maio O segundo encontro do Clube Manoel de Abreu (CMA) do ano será realizado de 25 a 27 de maio, em Araraquara, e terá como tema Diagnóstico por Imagem nas Situações de Emergência. Veja nesta edição a cobertura do evento em Marília. Páginas 9 a 11
EVENTOS SPR e SPR GLOBAL
Confira os cursos deste início de ano 2018 começou acelerado na Radiologia, e grandes eventos já foram realizados no Brasil e no exterior. Trazemos as coberturas do segundo módulo do European Course of Diagnostic and Interventional Neuroradiology in Latin America – 1 st Cycle, dedicado ao tema Tumors, e da oitava edi-
ção do Curso Temático Anual do GERME, que teve Joelho como tema, ambos realizados em São Paulo. A Europa realizou seu 24º Congresso Anual na virada de fevereiro para março, um evento focado na integração e união da especialidade. Páginas 12 a 14 e 23 a 25
Aplicativo do Jornal da Imagem Esta edição também está disponível em versão digital. Baixe o aplicativo na app store do seu dispositivo (versões para Android e iOS), ou acesse https:// goo.gl/xOeCIw em seu computador. Versão Desktop
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PALAVRA DO PRESIDENTE Edição 476 – Abril de 2018 Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem Av. Paulista, 491 – 3º andar – CEP 01311-909 – São Paulo – SP Tel. (11) 5053-6363 – Fax (11) 5053-6364 www.spr.org.br
Filiada ao Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) • Departamento de Diagnóstico por Imagem da Associação Paulista de Medicina (APM)
Dr. Carlos Homsi Presidente da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem
Uma Sociedade de Valor Este foi o terceiro ano consecutivo em que tive a oportunidade de participar do Congresso Europeu de Radiologia organizado pela Sociedade Europeia de Radiologia (ESR). Nesse período, pude observar sua contínua inovação e desenvolvimento; ele cresce em número de participantes e em qualidade científica. Chamam a atenção os variados formatos das sessões, como temas livres apresentados de maneira contínua subdivididos por subespecialidades e por países ou regiões geográficas, sendo que o Brasil foi protagonista de uma sessão exitosa, com trabalhos de alto nível. Destacam-se, ainda, novidades, como as sessões “Como eu penso em três minutos”, nas quais são apresentados trabalhos científicos por jovens pesquisadores; ou as sessões de “Três dicas em seis minutos” sobre determinado assunto, ministradas por radiologistas experientes. Essas sessões acontecem em um pequeno anfiteatro no topo de um edifício vizinho ao pavilhão do congresso, com uma vista panorâmica excepcional da cidade de Viena. O aproveitamento dos corredores e áreas comuns do pavilhão é muito bem pensado, com pequenos anfiteatros abertos onde são realizadas apresentações e discussões de assuntos diversos ou são projetadas as aulas superlotadas. Há anfiteatros devidamente equipados para sessões interativas e outros para transmissão ao vivo por internet. Três foram as sociedades radiológicas convidadas: as da China, Suíça e Portugal. O cuidado com a comunicação visual da participação desses países no congresso é primoroso e de muito bom gosto. Há sessões plenárias realizadas pelos países convidados. Tive o privilégio de assistir à de Portugal, que foi excelente do ponto de vista científico e um deleite para os ouvidos ao seu final, por conta da apresentação musical, na qual pudemos aprender as diferenças
entre as guitarras portuguesas de Lisboa e de Coimbra. Outras sessões plenárias trataram de assuntos importantes como Inteligência Artificial, Novos Horizontes da Radiologia e Radiologia Baseada em Valor (Value-Based Radiology). Foi muito interessante e oportuna a discussão proposta nesse congresso pela ESR acerca do conceito de Value-Based Radiology. O custeio da assistência médica pública e privada é uma preocupação global, e muito se discute sobre novas formas de pagamento e financiamento baseadas mais em qualidade e menos em volume de procedimentos. Aquela sociedade constatou que, nas discussões atuais sobre esse assunto, a radiologia e o radiologista estão completamente excluídos da escala de valor, simplesmente ignorados, como uma mercadoria. Na tentativa de introduzir a radiologia no mapa e na escala de valores, a ESR propôs conceitos e métricas baseados em valor para o paciente e para o médico solicitante, como, por exemplo, a otimização do uso dos exames radiológicos para que eles sejam realizados no indivíduo que os necessita, no momento apropriado, na dose certa de irradiação e com custo justo. Outra vertente importante que por lá se trabalha é a introdução e a defesa do conceito de que o diagnóstico correto da enfermidade é o primeiro resultado relevante para o desfecho clínico final de uma ação preventiva ou de um tratamento. A Sociedade Europeia de Radiologia é admirável por inovar, incluir e promover ações assertivas em questões fundamentais como a radioproteção e Value-Based Radiology. Permitam-me sugerir a leitura do artigo de consulta livre, sobre esse assunto, e para o qual temos que estar “atentos e fortes”: ESR concept paper on value-based radiology. Insights Imaging. 2017 Oct;8(5):447-454. https://www.ncbi.nlm.nih. gov/pubmed/28856600?report=docsum.
DIRETORIA PARA O BIÊNIO 2017/2019 Presidente Vice-Presidente Secretário-Geral 1º Secretário 2º Secretário Tesoureiro-Geral 1º Tesoureiro 2º Tesoureiro Diretor Científico Diretor de Defesa Profissional Diretor de Patrimônio Diretora de Assuntos Culturais Diretor de Tecnologia da Informação Presidente do Clube Roentgen Presidente do Clube Manoel de Abreu Presidente SPR Jr. Presidente do Conselho Consultivo
Carlos Homsi Mauro José Brandão da Costa Cyro Padilha Balsimelli César Higa Nomura Henrique Simão Trad Décio Roveda Jr. Gustavo Skaf Kalaf Douglas Jorge Racy Renato Adam Mendonça Jaime Ribeiro Barbosa Mauro Miguel Daniel Eloísa M. de Mello Santiago Gebrim Marcelo de Maria Félix Pablo Rydz Pinheiro Santana Nelson Gomes Caserta Renato Hoffmann Nunes Antônio Soares Souza
CONSELHO CONSULTIVO Antônio Soares Souza Antônio José da Rocha Ricardo Emile Baaklini Tufik Bauab Jr. Marcelo D’Andrea Rossi André Scatigno Adelson André Martins Renato Adam Mendonça Celso Hiram de Araújo Freitas Aldemir Humberto Soares Nestor de Barros Jaime Ribeiro Barbosa Luiz Antônio Nunes de Oliveira Giovanni Guido Cerri José Michel Kalaf Comissão Editorial
Aldemir Humberto Soares Carlos Homsi Celso Hiram de A. Freitas Cássio Ruas de Moraes Tufik Bauab Jr.
Edição Lilian Mallagoli – MTb 30.443-SP
Comunicação Tatiana Gentina jornaldaimagem@spr.org.br
Marketing Gustavo Takeshi – mkt@spr.org.br
Design Gráfico Marco Murta – Farol Editora farol@faroleditora.com.br Impressão Hawaií Gráfica e Editora São Caetano do Sul, SP
NESTA EDIÇÃO Conexão Digital...........................................4 JPR 2018..................................................5 a 8 Clube Manoel de Abreu.......... 9 a 11 ECNR.......................................................12 a 15 GERME...................................................16 e 17 Clube Roentgen.......................................18 Grupos de Estudos............................... 19 Casos da Semana................................20 Curso Online de Radiologia.......... 21
Transmissões via web....................... 21 Cursos Híbridos da SPR....................22 SPR Global......................................23 a 25 Food & Arts...................................................26 Arte e Medicina.........................................27 Crônica.............................................................28 Túnel do Tempo.......................................29 Negócios & Oportunidades...........30 Agenda............................................................. 31
Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da SPR.
ENTREVISTA
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“As pessoas têm que ter a oportunidade de crescer” D
r. Paul Parizel nasceu em Flanders, região norte da Bélgica, onde o idioma oficial é o neerlandês, ou flamengo. No sul do país, o francês e o alemão são línguas oficiais. Ele aprendeu o inglês e o espanhol – que, quando está no Brasil, tenta (e consegue!) aportuguesar ao máximo. E, para entender a origem de tudo, estudou latim. Suae quisque fortuna faber est. Diz o conto que, irritado com a soberba dos homens que tentavam alcançar o mundo dos deuses construindo a Torre de Babel, Deus causou uma ventania para destruí-la e espalhar as pessoas na Terra com idiomas diferentes, para confundi-las. Dr. Parizel teria apaziguado a situação. “As pessoas gostam quando você faz um esforço. Venho de um país pequeno, de uma comunidade pequena, e acho que se você quer alcançar o mundo, você tem que saber um pouco do idioma de onde vai”, explica o ex-presidente da Sociedade Europeia de Radiologia (ESR), ex-presidente da Sociedade Europeia de Neurorradiologia (ESNR) e professor da Universidade da Antuérpia. Durante sua participação como professor no European Course of Diagnostic and Interventional Neuroradiology in Latin America, 1st Cycle, Module 2: Tumors, em São Paulo, concedeu a seguinte entrevista – ora em portunhol, ora em inglês – ao Jornal da Imagem. Como o sr. avalia esta sua viagem ao Brasil? Acho o Brasil um país muito bom, com pessoas muito legais, e sempre sinto que somos bem-vindos aqui. Quando você visita a casa de uma pessoa, você leva flores, chocolate – e eu os trouxe aos meus colegas, Drs. Renato Mendonça, Antônio Rocha e Carlos Homsi. Você também leva seu respeito e amizade. E é isso que vim fazer aqui, representando a Sociedade Europeia de Radiologia. No mundo acadêmico, somos uma das poucas especialidades em que se consegue realmente ter essa troca; na área de negócios, por exemplo, é tudo sobre dinheiro – você só é importante se tem dinheiro. É um prazer estar no Brasil e se sentir bem-vindo entre amigos. O modo latino-americano de fazer as coisas é, para mim, muito europeu, e a qualidade das amizades é ótima. Em muitos países, as amizades são superficiais. Mas aqui, sinto que as tradições europeias são respeitadas – até por haver tantos descendentes do continente. O sr. está no fim de sua gestão como chairman do conselho da ESR [viria a passar o cargo durante o Congresso Europeu, uma semana após a entrevista]. Qual o próximo passo?
Você tem que ter amor pelas pessoas para quem trabalha, por seus colegas, você tem que mostrar que, quando está liderando, está dando suporte às pessoas, encorajando-as, que elas estão fazendo um bom trabalho Sou o chairman do conselho de diretores. A ESR é organizada quase como uma empresa – temos um presidente, o que fui no ano passado, que cumpre tarefas executivas, e a principal é organizar o congresso anual em Viena. Acima do presidente, há o conselho de diretores, e o chairman tem a responsabilidade política, financeira e social. São cinco anos dentro da ESR – segundo vice-presidente, primeiro vice-presidente, presidente, chairman e ex-presidente. Para cada um desses cargos, temos funções específicas definidas, então cada um sabe o que tem que fazer. Agora, ao
me tornar ex-presidente, também vou me tornar o chairman do Conselho Europeu de Radiologia, que fica responsável por administrar exames, solicitações de acreditação e avaliar programas de treinamento. Não será difícil se despedir da ESR depois do quinto cargo? Na ESR houve um tempo em que havia algo como uma oligarquia. Mas com nossa nova constituição, acabamos com isso. Sentimos que é importante para cada geração ter a oportunidade de avançar. Porque se são sempre as mesmas pessoas a liderar, isso desencoraja os mais jovens a se aproximar. As pessoas têm que ter a oportunidade de crescer. Como avalia os anos que tem passado na Sociedade Europeia? Escrevi uma mensagem no início deste ano dizendo que vivemos o annus mirabilis, o que quer dizer em latim “ano maravilhoso”, “ano miraculoso”, ou simplesmente “ano incrível”. Em poucos anos, quando eu era segundo vice-presidente, nossa sociedade tinha cerca de 50 mil sócios, e hoje estamos com mais de 76 mil sócios. Crescemos muito; crescemos em parceria com outras sociedades, participamos de mais congressos, nosso congresso cresceu, e nossa so-
ciedade está crescendo, o que não é tão comum hoje em dia. E a chave para administrar algo com sucesso é o amor. Você tem que ter amor pelas pessoas para quem trabalha, por seus colegas, você tem que mostrar que, quando está liderando, está dando suporte às pessoas, encorajando-as, que elas estão fazendo um bom trabalho. Acho que a coisa mais importante para um líder de qualquer sociedade, de qualquer área, é tentar fazer com que todas as cabeças estejam viradas na mesma direção. É preciso evitar que as pessoas caminhem em direções diferentes, ou mesmo para trás. Elas precisam estar juntas. Acho que na ESR conseguimos fazer isso porque temos uma equipe administrativa fantástica. Você tem que desenvolver uma relação quase que simbiótica com seus profissionais, tem que desenvolver um relacionamento e se movimentar na mesma direção, e tudo tem que ser feito com amor. Olhando para a radiologia, Inteligência Artificial é o tema do momento. O que o sr. tem a dizer sobre isso? No nosso congresso, teremos uma sala específica de Inteligência Artificial [AI] – organizamos as empresas que estão atuando nesse campo e haverá palestras e apresentações sobre o tema. AI é um hype – vem e vai. Mas acredito que, no futuro, não será uma ameaça, mas uma extensão de seu poder. Acho que ela vai permitir realizar tarefas repetitivas e rotineiras de um bom modo, já que o software nunca se cansa e nunca precisa parar, permitindo aos radiologistas mais tempo e dedicação para identificar diagnósticos. Aos mais jovens hoje, será fantástico poder realmente adotar essas ferramentas em sua rotina; permitirá que se tornem realmente melhores profissionais, não percam tempo com coisas que podem ser feitas por um computador e o usem com coisas que são realmente importantes.
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CONEXÃO DIGITAL Edição 476 – Abril de 2018
Nvidia DIGITS: seus primeiros passos em Deep Learning Por Dr. Osvaldo Landi Júnior
Inteligência artificial (IA) é uma das áreas que cresce mais rapidamente. Avanços recentes em deep learning têm ampliado os limites do que podemos fazer com IA. Na Radiologia e Diagnóstico por Imagem, isso não é diferente; no entanto, profissionais da área podem se sentir desencorajados a aprender sobre o assunto por sua aparente complexidade aos não familiarizados com programação. Para superar essa barreira, algumas soluções foram desenvolvidas a fim de facilitar a jornada de quem pretende dar os seus primeiros passos com deep learning. Aqui, pretendo fazer uma introdução sobre o Nvidia Deep Learning GPU Training System (DIGITS), sistema que visa facilitar tarefas comuns, como o gerenciamento de dados, desenvolvimento e treinamento de modelos e suas aplicações para classificação e segmentação de imagens.
Gerenciamento de dados Antes de aplicar uma rede neural na prática, um dos passos mais importantes é a preparação dos dados, ou dataset, que no nosso caso serão as imagens que usaremos para treinar e testar a rede. A maneira como organizamos os dados influencia diretamente no desempenho das redes neurais. As imagens podem ser organizadas no DIGITS a partir do computador, por upload, ou da web através de uma URL. Podem-se utilizar imagens coloridas ou em escala de cinza e o seu tamanho pode ser ajustado para corresponder às configurações da rede neural de interesse, o que leva a melhores resultados (por exemplo: 28 x 28 pixels em escala de cinza para a rede LeNet).
Desenvolvimento e Treinamento de Modelos Um modelo nada mais é que uma rede neural que já passou por algum tipo de treinamento. No DIGITS, podemos utilizar os dados, que organizamos previamente, para treinar redes do zero (como a GoogleLeNet), ou utilizar modelos que nós mesmos criamos e treinamos, ou, ainda, fazer o download de redes pré-treinadas da DIGITS Model Store. Estas redes pré-treinadas podem ser utilizadas no DIGITS para o recurso de transfer learning. Na radiologia, isto é feito ao utilizar uma rede treinada com imagens naturais, não mé-
Após selecionar e ajustar a rede que utilizaremos, podemos visualizar o seu treinamento pelos gráficos e pelos mapas de ativação, que são gerados para cada uma das suas camadas. Isso fornece informações sobre o que está ocorrendo em cada fase do processamento das imagens.
Segmentação
dicas, como as disponíveis online na ImageNet. Desta forma um modelo aprende a diferenciar cores, contornos, texturas e outros detalhes da imagem, o que posteriormente pode melhorar os seus resultados quando treinada para analisar imagens médicas. Durante o treino destes modelos, podemos avaliar, em tempo real, duas métricas principais: acurácia e perda (loss). Podemos, ainda, configurar hiperparâmetros, como o número de epochs (vezes que a rede analisa as todas as imagens), taxa de aprendizado, etc., com o objetivo de melhorar o desempenho. Este processo exige grande poder de processamento, por isso o DIGITS permite que o treinamento seja feito em múltiplas GPUs (placas de vídeo) diferentes, inclusive na nuvem, simultaneamente.
Classificação A classificação de imagens é a primeira funcionalidade que imaginamos ao falarmos de deep learning. Por exemplo, é o que permite que um modelo diferencie um órgão normal de outro alterado em um exame de imagem. Neste caso, o treinamento do modelo para classificação necessita que as imagens estejam devidamente nomeadas como “imagem normal” ou “imagem alterada”; estes seriam os labels destas imagens.
Já a segmentação é o processo de selecionar uma área de interesse dentro de uma figura. Por exemplo, podemos segmentar um órgão identificado em um exame de imagem. Neste caso, o nosso dataset será o grupo de exames de imagem que queremos segmentar e o label, em vez de “normal” ou “alterado”, será um grupo com imagens que contenham somente uma máscara sobre o órgão de interesse. Selecionaremos então uma rede apropriada para a segmentação e o restante do treinamento ocorre de maneira semelhante ao visto na classificação. Nesta imagem temos um exemplo de segmentação do ventrículo esquerdo em imagens de ressonância magnética a partir do dataset utilizado no 2009 Cardiac MR Left Ventricle Segmentation Challange. Concluindo, estas foram apenas algumas das diversas funcionalidades do DIGITS, que tem se provado uma ferramenta útil para pesquisas iniciais e aplicações práticas de deep learning. Espero ter simplificado um pouco este assunto. Convido os interessados a acessarem o Deep Learning Institute no site da Nvidia para se aprofundarem no tema. Para aqueles que querem iniciar projetos de IA utilizando programação, convido para o Hands-on de Deep Learning para diferenciar tomografias de crânio com e sem sangramento intracraniano, a ser realizado na JPR 2018. Até lá!
Dr. Osvaldo Landi Júnior é R3 de Radiologia e Diagnóstico por Imagem pela Universidade Federal de São Paulo e CEO do App RadioConsult
JPR 2018
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Tradição e modernidade em favor da educação Está chegando! A 48ª edição da Jornada Paulista de Radiologia será realizada de 3 a 6 de maio no Transamerica Expo Center, em São Paulo – este ano, organizada pela SPR em parceria com a Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA). SPR e RSNA: Transformando a Educação na Radiologia é o tema central do evento. Para entregar o avanço e a transformação na educação, a Sociedade reúne esforços e conta com profissionais gabaritados para oferecer atividades inovadoras, sempre apoiadas no melhor da tecnologia, mas sem esquecer as premissas que até hoje guiaram sua história. Assim, tradição e modernidade se unem para que mais um grande congresso da especialidade seja entregue aos participantes de diversos países do mundo, novamente esperados em São Paulo.
Edição de 2016 da JPR realizada em parceria com a RSNA, em São Paulo: sucesso de público e expressiva representação internacional
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JPR 2018 Edição 476 – Abril de 2018
Reconhecimento de trajetórias: conheça os homenageados Na JPR 2018, a SPR vai entregar os títulos de Presidente de Honra e Patrono do evento a dois brasileiros, além de conceder o de Membro Honorário da SPR a três radiologistas internacionais. Confira! Presidente de Honra Dr. Carlos Buchpiguel É Professor Titular do Departamento de Radiologia e Oncologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP); Diretor da Divisão de Medicina Nuclear e Imagem Molecular do Instituto de Radiologia (InRad) e Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) do complexo do Hospital das Clínicas da FMUSP; e Membro do Conselho Diretor do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. “Certamente me sinto muito honrado e prestigiado com esta homenagem por parte da SPR. É uma forma de reconhecer os anos que temos trabalhado juntos, seja no ambiente acadêmico, seja na área profissional privada, onde buscamos sempre disseminar o conhecimento adquirido nestas três décadas de atuação na especialidade de Medicina Nuclear, e buscado, com isso, integrar cada vez mais essas duas grandes especialidades médicas, a Radiologia e a Medicina Nuclear.”
Patrono Dr. Artur da Rocha Corrêa Fernandes Supervisor da Residência do DDI EPM desde 2006; Vice-chefe do setor musculoesquelético do Departamento de Diagnóstico por Imagem; Coordenador da Graduação do Departamento de Diagnóstico por Imagem; e revisor da Revista Radiologia Brasileira do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR). “Estou muito gratificado e emocionado; não pensei que este fato poderia ocorrer quase no final da minha carreira. Acredito que esta homenagem reflita o valor que a SPR considera para a atividade de docência e também passar a mensagem aos mais novos da importância dessa atividade de ensino e de aglutinação de jovens que querem se aprimorar.”
Membros honorários Dr. James Borgstede Professor e Vice-Presidente de Radiologia na Universidade do Colorado. Suas responsabilidades administrativas incluem qualidade do departamento, segurança, faturamento, codificação, conformidade e recursos humanos. Suas responsabilidades como Vice-Presidente também incluem a participação no Conselho de Liderança Clínica da Faculdade de Medicina. Na University of Colorado Physicians, Inc. (UPI) ele negocia contrato e participação no Comitê de Conformidade da UPI. “Estou muito honrado e mal acredito que vou receber este tributo de meus amigos e colegas da SPR. A SPR é uma organização fantástica, com um excelente congresso, do qual minha esposa e eu sempre gostamos de participar.”
Dr. Sérgio Moguillansky Presidente de Radiologia da Escola de Medicina da Universidade Nacional do Comahue; Diretor Médico do Departamento de Radiologia, Medicina XXI; membro correspondente da Academia Nacional de Medicina de Buenos Aires desde outubro de 2014; Medalhista de Ouro da Federação Argentina de Associações de Radiologia Diagnóstica e Radioterapia (FAARDIT) em agosto de 2013. “Sinto-me honrado e nem sei se merecedor por receber esta homenagem e me tornar um Membro Honorário da SPR. Também por me juntar a outros membros que há muito admiro e respeito. Um agradecimento muito especial vai para a Diretoria da SPR por me selecionar, e uma enorme saudação a esta incrível organização que tem feito contribuições incríveis para o desenvolvimento da radiologia regional, promovendo iniciativas de ensino, e por seus esforços contínuos para construir relacionamentos maravilhosos entre as sociedades nacionais da região.”
JPR 2018
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App JPR 2018: informação e integração Não deixe de baixar o aplicativo do evento, buscando por “JPR 2018” nas lojas da Apple ou do Google. Este será o quarto ano consecutivo que a SPR oferecerá esta ferramenta a participantes e professores, com o objetivo de intensificar a disseminação de informações, incentivar a integração entre todos e priorizar a organização pessoal de cada um no local. Como no ano passado, as atividades do app estarão permeadas por um game, que vai gerar pontuação e prêmios aos participantes. A personalização de atividades e a atualização de notícias serão também seu foco: Cheque em tempo real o que está acontecendo no congresso; Acesse o mapa interativo do evento, trazendo informações sobre os estandes; Confira as aulas do programa científico; Construa sua agenda personalizada; Veja os destaques do evento;
Vote nos Casos do Dia; Conheça todos os expositores e patrocinadores; Acesse informações gerais e de serviço, para facilitar seu deslocamento, alimentação e organização; Avalie as aulas; Receba pushes das atividades que lhe interessam; Responda à pesquisa de satisfação. Desafios e tarefas propostas, científicos ou não, somam pontos, como visitar o estande de Educação Digital SPR; responder a pesquisa de satisfação do evento e se tornar membro da SPR no evento; assistir a aulas selecionadas; assistir a Painéis Comentados; visitar Painéis Impressos; visitar Painéis Digitais; participar dos Casos do Dia; avaliar e comentar aulas; e participar de lançamento de livros. A Canon é a patrocinadora oficial do app – com ele, você terá uma experiência completa do congresso!
Sessões Plenárias São quatro as Sessões Plenárias deste ano:
Sessão de Abertura
Dr. Guillermo Azulay Médico especialista em diagnóstico por imagem; médico da área musculoesquelética do Hospital Aleman, onde também é responsável pela área de Intervenção; médico da área musculoesquelética do Centro de Diagnóstico Enrique Rossi; membro da Comissão Diretiva da Sociedade Argentina de Radiologia; e membro do Capítulo Musculoesquelético da Sociedade Argentina de Radiologia. “Estou muito animado e grato; a SPR é uma das sociedades mais prestigiosas do mundo, conheço muitos de seus professores, que respeito e admiro; assistir aulas deles é um prazer, e receber um tributo desses é uma honra absolutamente inesperada para mim.”
3 de maio, 11h15
Sala P
Contará com os tradicionais discursos de abertura e a cerimônia de entrega de homenagens. Às 12h, a Dra. Valerie P. Jackson fará uma introdução pela RSNA e, dez minutos depois, o Dr. James Borgstede discutirá o tema Inovações em Educação.
Sessão de Interpretação de Imagens
4 de maio, 17h45
Sala P
Uma das mais concorridas atividades da JPR conta, este ano, com os Drs. Renato Hoffmann (SPR) e Jeffrey C. Weinreb (RSNA) como coordenadores e uma grande intersecção de temas e professores ente as duas entidades. Os professores convidados a discutir suas propedêuticas para a plateia foram: Dr. Guilhermo Azulay – palestrante da SPR, abordará um caso de musculoesquelético selecionado pela RSNA; Dr. Leonardo Kayat – também da SPR, discutirá um caso de abdome oferecido pela RSNA; Dr. Cristopher Meyer – professor da RSNA, discorrerá sobre um caso de tórax indicado pela SPR; e Dra. Noriko Salomon – também da RSNA, recebeu um tema de neurorradiologia escolhido pela SPR.
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JPR 2018 Edição 476 – Abril de 2018
Sessão de Profissionalismo
5 de maio, 12h45
Salas L e M
O tema Como pensam os radiologistas? Desde Sherlock Holmes até Dr. House, e desde Alan Turing até Watson será conduzido pelo Dr. Marcelo Gálvez, de Santiago do Chile. Já o Dr. Maurício Castilho, de Chapel Hill, EUA, falará sobre Insatisfação, exaustão e desigualdade: três grandes desafios na radiologia.
Dezesseis casos em dois dias
Sessão de Inteligência Artificial
5 de maio, 17h45
O desafio Casos do Dia será realizado no primeiro e no segundo dia de JPR – oito em cada dia. Serão apresentados nos monitores da Seção Casos do Dia, ao lado da sala do Membro SPR, para que os participantes do evento apontem os seus diagnósticos. Também será possível participar acessando a página dos Casos do Dia no aplicativo da JPR 2018. Para participar, basta avaliar os casos apresentados e informar a sua opção diagnóstica. O resultado será divulgado sempre no dia seguinte à apresentação dos casos, juntamente com os nomes dos radiologistas acertadores.
Sala P
Dois temas serão discutidos pelos Drs. Marc Kohli e Luciano Prevedello, respectivamente: A História da Inteligência Artificial: Como Chegamos Até Aqui? e Aplicações Atuais em Radiologia e Perspectivas Futuras da Inteligência Artificial.
Painéis Comentados abordam doenças infecciosas A apresentação de Painéis Comentados será feita em três dias este ano, ao invés de dois: nos dias 3, 4 e 5 de maio, sempre às 12h45, 13h, 13h15 e 13h30. A cada dia, um tema de doenças infecciosas será abordado. Estão previstos os de Zica, febre amarela e H1N1.
Painéis Digitais A partir deste ano, o acesso aos Painéis Digitais deverá ser feito por meio de login. Cada inscrito no evento terá uma página pessoal de acesso aos trabalhos. Nessa página, ele terá os seguintes recursos: Curtir trabalhos; Marcar trabalhos como "favoritos"; Buscar trabalhos por palavra-chave, título, nome do autor, ou seja, qualquer fragmento de informação preenchido no banco de dados;
Comentar os trabalhos; Consultar local, data e horário de apresentação dos Temas Livres e Painéis Comentados. O login na área de Painéis Digitais será feito por meio do e-mail utilizado na inscrição do evento e do número de inscrição constante no crachá do inscrito.Caso o sistema não aceite o código do inscrito, ele deverá ser direcionado à secretaria de Painéis e Temas Livres para correção do acesso.
Já respondeu a pesquisa sobre o Jornal da Imagem? Produzido há quase 40 anos, o Jornal da Imagem pode ser visualizado por todos pelo site da SPR ou por meio do aplicativo desenvolvido especialmente para smartphones e tablets, disponível para sistemas Android e iOS. Visando otimizar os recursos, queremos saber de você, caro(a) leitor(a), se deseja manter o recebimento desse exemplar via correio. Pedimos a gentileza de nos informar via e-mail (jornaldaimagem@spr.org.br) ou por meio da pesquisa, disponível no site da SPR.
Agradecemos sua participação, essencial para prestarmos o melhor serviço! Acesse a pesquisa https://goo.gl/R3fRqL
EVENTOS SPR
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CMA inicia-se em Marília De 16 a 18 de março, os coordenadores Drs. Ricardo Emile Baaklini e Nelson Caserta receberam radiologistas de diversas cidades na primeira edição do Clube Manoel de Abreu de 2018, em Marília. A recepção inicial foi feita com o tradicional jantar de boas-vindas, realizado na sexta-feira. No sábado, iniciaram-se as aulas em duas salas simultaneamente, abordando lesões importantes, avaliações e diagnósticos. A sala 1 teve como tema central Medicina Interna e, a sala 2, Neurorradiologia. Para conduzir as aulas, o evento contou com os professores Drs. Douglas Racy, Daniel Lahan Mar-
tins, Nelson Caserta, Tufik Bauab Jr., Felipe Torres Pacheco e Antônio José da Rocha. Na mesma tarde, a programação deu continuidade com as atividades sociais – foi realizado o trucochope, futechope e, por fim, o jantar de confraternização. Para fechar o CMA de março, no domingo, foi realizada a discussão de casos. De forma dinâmica e interativa, Dr. Caserta conduziu a atividade, que tradicionalmente já é um momento descontraído e repleto de troca de experiências para enriquecer o encontro. Em seguida, durante o almoço, foram premiados pela SPR os cinco melhores casos da sessão (quadro ao lado).
1º COLOCADO Nome: Guilherme Baltazar Neves Caso: Colestite Associada a Síndrome Colestática Secundária a Paracoccidiodomicose Prêmio: Tablet - oferecido pela Konimagem Cidade: Botucatu, SP Instituição: Unesp
2ª COLOCADA Nome: Ilana Marques Nogueira Caso: Mastite Tuberculosa Prêmio: Kit Elsevier Cidade: Marília, SP Instituição: Faculdade de Medicina de Marília
3ª COLOCADA Nome: Marcela Miranda Caliani Caso: Angiomiolipoma Gigante Prêmio: Hospedagem no CMA de Araraquara Cidade: Marília, SP Instituição: Hospital das Clínicas de Marília
4ª COLOCADA Nome: Ana Paula Alves Fonseca Caso: Erdheim-Chester Prêmio: Kit SPR Cidade: São Paulo, SP Instituição: Santa Casa de Misericórdia
5ª COLOCADA Nome: Marina Sanches Marin Caso: Síndrome de Marchiafava Bignami Prêmio: Kit SPR Cidade: Votuporanga, SP Instituição: Santa Casa de Misericórdia
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EVENTOS SPR Edição 476 – Abril de 2018
O EVENTO EM IMAGENS
EMPRESAS PARCEIRAS
Confira os contatos destas empresas na página 30 desta edição.
EVENTOS SPR
PRÓXIMO ENCONTRO
CMA de Araraquara no fim de maio De 25 a 27 de maio, em Araraquara, SP, será realizada a próxima edição do Clube Manoel de Abreu – agende-se! Sob coordenação dos Drs. Fernan-
do Pereira Vanni (anfitrião) e Nelson Caserta (presidente do Clube), o encontro terá como tema Diagnóstico por Imagem nas Situações de Emergência.
Confira todas as informações sobre o CMA em http://spr.org.br/eventos/clube-manoel-de-abreu.
GANHADORES DOS SORTEIOS
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EVENTOS SPR Edição 476 – Abril de 2018
2 módulo do ECNR registra amadure o
São Paulo recebeu, de 21 a 24 de fevereiro, no Maksoud Plaza Hotel, o segundo módulo do European Course of Diagnostic and Interventional Neuroradiology in Latin America – 1st Cycle, dedicado ao tema Tumors Novamente, o curso foi organizado pela SPR em parceria com a Sociedade Europeia de Neurorradiologia (ESNR), o Conselho Europeu de Neurorradiologia (EBNR) e a Sociedade Brasileira de Neurorradiologia Diagnóstica e Terapêutica (SBNR). Reuniu mais de 300 participantes, entre professores e congressistas, sendo que 20% dos congressistas eram estrangeiros.
Seguindo o molde do evento europeu, na parte da manhã foram ministradas aulas com os mais renomados professores de diversos continentes. À tarde, foram conduzidos os workshops – os participantes foram divididos em cinco grupos, e os professores se revezavam apresentando temas variados e convidando a plateia a se envolver com os temas e participar.
Destaques do curso A abertura foi feita pelo Dr. Antônio Rocha, coordenador do evento com os Drs. Lázaro Faria do Amaral e Renato Hoffmann Nunes, e presidente da Sociedade Brasileira de Neurorradiologia (SBNR). “Foi realmente um sucesso trazer este curso à América Latina; a grande procura por este segundo módulo comprovou isso. Parabenizo a SPR pela organização e enfrentamento deste grande desafio, de trazer professores ilustres e desenvolver este trabalho detalhado. Trata-se de um grande desafio para a neurorradiologia crescer em nosso continente.” Dra. Majda Thurnher, ex-presidente da ESNR e professora de radiologia da Universidade de Viena desde 2001, conduziu, entre outras aulas, a WHO 2016 Classification of Brain Tumors. Ela apresentou o histórico, a mais recente classificação de 2016 e as entidades que passaram a ser reconhecidas, variantes e padrões. “Em 2014, passou-se a discutir como incorporar achados moleculares, e assim nasceu o documento de 2016, que é uma atualização do de 2007. Pela primeira vez, utiliza os padrões moleculares.” Outro professor a compor o quadro foi Dr. Carlos Torres, da Colôm-
bia, que está há 12 anos no Canadá. Ele é professor associado de radiologia na Universidade de Ottawa e chair do Comitê Científico Internacional da Sociedade Ibero-Latino-Americana de Neurorradiologia Diagnóstica e Terapêutica (SILAN). “Quando estava terminando meu fellowship no Canadá, participei deste curso – queria identificar as diferenças entre o treinamento que tinha tido na América do Norte e o oferecido na Europa. A experiência foi fantástica – na ocasião, o curso foi feito entre a Espanha e a Itália. Os professores eram fenomenais, e o workshop também. Fiquei muito feliz quando soube que a ESNR havia feito esta parceria com a SPR.
Trazer este curso para a América Latina foi uma ótima ideia e é muito importante para os radiologistas daqui terem esse treinamento local e não precisar se deslocar até a Eu-
ropa. A organização deste evento foi excelente, a comunicação via email funcionou muito bem, fomos muito bem informados sobre como preparar as aulas e os workshops. Estou muito feliz por estar aqui, vir ao Brasil é sempre um prazer, as pessoas são muito amigáveis, e chegar e ver tudo funcionando tão bem é uma grande satisfação.” Dr. Zoltan Patay também conversou com o Jornal da Imagem. Ele é radiologista em Memphis, Tenessee, integrante do St. Jude Children’s Research Hospital. Original da Hungria, iniciou sua jornada em 1988, quando se mudou para a França, onde fez sua residência. Depois, trabalhou por quatro anos em Bruxelas, na Bél-
EVENTOS SPR
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cimento na América Latina
gica; por dez anos na Arábia Saudita; e, finalmente, mudou-se para os Estados Unidos, onde está há 11 anos. “São lugares maravilhosos, e tive a chance de trabalhar com pessoas incríveis. Foram experiências profissionais e também culturais muito boas, é um estilo de vida muito especial, que tem seus prós e contras.” E continuou: “Sou, na essência, filho deste curso. Em 1984, fui um dos alunos que participou da primeira versão, na França. Naquela época, eu era urologista. Participei do curso, vi aqueles professores falando e foi então que decidi que seria um neurologista. Terminei minha residência em urologia e, no dia seguinte, já estava na área de neuro. No meio dos anos de 1990, depois de participar de seis edições como aluno, eu me tornei professor deste curso – tenho lecionado nele por 20 anos”. Da versão latino-americana do evento, afirmou ter dois importantes pontos a comentar. “Primeiro, há uma participação fantástica – claramente, poderia haver mais gente, mas é necessário que o grupo seja limitado. Na década de 1980, este curso abrigava 35 alunos, e gora já temos mais de 200. Então, realmente, o crescimento tem que ser responsável. E, segundo, e algo muito importante: a qualidade dos palestrantes tem que ser muito
alta. A qualidade das palestras está muito além da média; são convidados profissionais extremamente experientes em suas áreas, o que garante uma qualidade científica muito alta. Além disso, além de serem experts no tema, eles são ótimos professores – e isso também é importante. Os participantes se beneficiam disso. Tudo está nos livros – se você quer aprender, leia os livros. Por isso, essas aulas têm que inspirar as pessoas. Porque assim, quando as pessoas voltam para casa, elas têm vontade de pegar os livros e estudar mais. E a ideia de ‘franquear’ este curso para cá foi muito boa; ao invés de levar centenas de alunos de um continente ao outro, é mais eficiente deslocar as dezenas de professores. O nível aqui é muito alto, e você tem que fazer o seu melhor se quiser contribuir com o conhecimento desses participantes de alguma forma.” Ex-presidente da Sociedade Europeia de Radiologia (ESR) e da ESNR, Dr. Paul Parizel é professor da Universidade da Antuérpia e fez questão de falar sobre seu envolvimento com o curso. “Em meu treinamento, fiz um fellowship em neurorradiologia nos Estados Unidos e, no fim da década de 1980, quando voltei à Europa. Minha então professora era uma
das organizadoras deste curso; naquela época, era um evento pequeno, mas suas raízes já estavam lá. E, então, me envolvi no curso, me tornei um professor e faço isso há 30 anos. Se estamos aqui, é graças ao Prof. Alex Rovira”, ressaltou. Ele defende que o mais importante do curso provavelmente não é a ciência, mas a amizade e a criação de um grupo de pessoas que passam a se conhecer. “Falei aqui com radiologistas do Chile, da Colômbia, da Argentina, então isso significa que São Paulo está atraindo pessoas de diversos países, e é mais fácil e mais barato para elas viajar até aqui do que ir para a Europa.” “Você cria um grupo de pessoas – a maioria, jovens – que vão se conhe-
cer, e eles desenvolvem um senso de pertencimento. Se você quer criar um time, você tem que desenvolver atividades em grupo, e este curso propicia isso. E todas essas pessoas que estão aqui fazendo o curso sentem que são não apenas parte da comunidade da SPR, ou do Brasil, mas de uma comunidade internacional. Esta é a mensagem mais importante a trazer aos jovens”, completou. O presidente da Sociedade Chilena de Radiologia, Dr. Marcelo Galvez, conduziu aula no módulo 1. Ele afirmou que acredita que a SPR deu um grande passo e incentiva as sociedades latino-americanas a voar mais alto. “A possibilidade de trazer para cá o mesmo formato do curso europeu, com o mesmo padrão e os mesmos professores, permite igualar e também subir progressivamente o nosso nível. Pelo menos, um quinto dos participantes é estrangeiro; este formato permite o que é mais difícil de manter nos cursos, que é a padronização. Há muito interesse dos participantes em crescer, aprender e mudar seu patamar. Os participantes se mostram muito interessados – e o curso é bem intenso, são muitas horas de estudo. A maior parte dos casos é mais difícil, mas o mais importante é ter a oportunidade de discutir. A padronização veio para ficar.”
EVENTOS SPR
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Curso se estenderá à Colômbia Considerado um dos grandes responsáveis pela versão latino-americana do aclamado curso, Dr. Alex Rovira considerou que tudo esteve dentro do planejado, e achou o segundo módulo melhor do que o primeiro, de acordo com a participação dos congressistas. “Acho que todos estão mais à vontade com as apresentações e os workshops. Esperamos que todos passem no exame. Há muitos participantes de diversos países da América Latina, que é a ideia do curso, aproximar todos”, disse. Ele também adiantou alguns planos da entidade: “Estamos estudando fazer um segundo ciclo em São Paulo e, depois, é provável que façamos um na Colômbia e tragamos ao Brasil um na área de pe-
diatria”. Sobre os workshops, pontuou que a participação da plateia melhorou, essencial para o bom desenvolvimento do curso. “Quan-
do os professores têm o espanhol como primeira língua, ele é tocado em espanhol e em português, o que facilita também.”
Dr. Rovira será presidente da ESNR até setembro deste ano, quando haverá o Congresso Europeu da especialidade. “Nestes dois anos, buscamos uma sociedade mais profissional, passamos a ter um escritório central com quatro pessoas, na Suíça, que nos ajudam muito na organização dos congressos, exames, diplomas e site, e estamos fazendo internamente o que antes era terceirizado. Nos espelhamos na SPR e na Sociedade Colombiana de Radiologia para isso. Para a ESNR, é um grande prazer trabalhar com a SPR e a Colombiana – duas instituições de muito peso e muito sérias na forma de trabalhar. É algo muito positivo e estou muito satisfeito e orgulhoso de poder realizar aqui este evento”, finalizou.
Avaliação Participantes realizam prova referente ao conteúdo do 2º módulo, em modelo idêntico ao aplicado na Europa
A avaliação dos congressistas “Fiz o módulo 1. Os professores são pessoas muito íntegras, têm boa metodologia e são muito bem preparados. Gostei muito das aulas do Dr. Zoltan Patay. Os temas estão de acordo para o módulo, têm muita coerência. Daria nota máxima para o curso.” Dra. Angela Restrepo Gil, do Instituto Neurológico da Colômbia e da Clínica Escanografia Neurológica de Bello, Colômbia
“Todos os professores me pareceram excelentes, gostei muito das apresentações do Dr. Alex Rovira, muito completas, práticas e atualizadas; também do Dr. Zoltan Patay e da Dra. Majda Thurnher. Os temas são muito bons, atualizados, que nos competem. Os workshops são necessários, é o momento que temos para interagir com os professores, os outros participantes, tirar dúvidas, ver mais casos e aplicar o que aprendemos no curso.” Dras. Angela Gil e Monica Florez, da Colômbia, com o colega Juan Ramirez
Dra. Monica Marcela Florez, da Clínica de Diagnóstico em Lontres, Bogotá, Colômbia
“Não cursei o primeiro módulo, e quis muito fazer este exatamente por isso. Trabalho muito com tumores no meu dia a dia e vi que seria um curso muito bom de atualização, com palestrantes excelentes. Está correspondendo às minhas expectativas, o curso está muito bom, as aulas são incríveis e os workshops são muito didáticos. Algumas aulas tiveram um pouco de sobreposição de temas, o que é normal; talvez isso pudesse ser ajustado numa próxima edição. Gostei muito das aulas dos Drs. Jan Casselman e Paul Parizel.”
“O curso está ótimo; a SPR está de parabéns, está muito bem organizado. A iniciativa foi ótima de trazer para cá algo que talvez a gente não tivesse nem conhecimento ou oportunidade de fazer pelo custo. Já tinha cursado o primeiro módulo e achei muito bom também. Avaliei o nível dos professores como excelente, inclusive os brasileiros.”
Dra. Nina Ventura, radiologista no DASA-RJ, no Instituto Estadual do Cérebro e na Universidade Federal Fluminense.
Dr. Rodrigo F. Andreiuolo, radiologista na Rede D'Or São Luiz e no Fleury.
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EVENTOS SPR Edição 476 – Abril de 2018
GERME: curso multidisciplinar conso Com reportagem de Karoline Teixeira
A oitava edição do Curso Temático Anual do GERME foi realizada em 24 e 25 de fevereiro de 2018, no Maksoud Plaza Hotel, em São Paulo. Coordenado pelos Drs. Marcelo Bordalo Rodrigues, Flávio Duarte Silva e Paulo Victor Partezani Helito – que também coordenam o Grupo de Estudos de Radiologia Musculoesquelética (Germe) – o evento teve como tema Joelho. O curso foi tradicionalmente dividido em seis módulos e contou com mais de 30 aulas curtas, dinâmicas e específicas, além de discussão de casos ministrada por grandes palestrantes radiologistas e ortopedistas, para que os participantes aprendessem de forma ampla sobre os aspectos anatômicos, funcionais e patológicos. Após um ciclo de sete anos, o tema Joelho voltou para compor essa 8ª edição de forma abrangente, multidisciplinar e atualizada. As inscrições se esgotaram rapidamen-
te, mostrando, assim, que o curso se tornou uma tradição para a área da radiologia musculoesquelética. Foram mais de 500 participantes entre congressistas e profes-
sores, de diversos Estados, que fizeram com que mais um local fosse preparado para a apresentação das palestras, a sala B. Com transmissão em tempo real das
aulas apresentadas no auditório principal e com diferentes moderadores a cada módulo, os participantes interagiram e realizaram perguntas aos professores.
outras aulas de qualquer grande congresso do mundo. Nossa maior joia é a qualidade dos palestrantes, do conteúdo das aulas e de quem assiste ao congresso, o público, que participa e torna o GERME um sucesso.” No segundo dia, foram realizados o módulo 5 – Outras Patologias do Joelho – e o 6 – Avaliação das Artroplastias do Joelho e das Patologias Inflamatórias e Microcristalinas. Por ser tratar de um curso multidisciplinar, o GERME também con-
tou com palestrantes ortopedistas; entre eles, o Dr. Riccardo Gomes, que disse ser muito positiva a interface da ortopedia com a radiologia: “Nunca tinha participado de um curso só de radiologia musculoesquelética. Acredito ser muito importante para nós, principalmente porque temos o hábito de não só ler o laudo dos exames, mas também de ver as imagens; essa troca de experiências e dicas entre as especialidades é interessante”.
Avaliação, Lesões e Patologias Dr. Xavier Marie G. R. G. Stump fez a abertura, agradecendo a presença de todos e dando início ao primeiro módulo: Avaliação Biomecânica e da Cartilagem do Joelho. Especialistas apresentaram suas aulas de 10 a 15 minutos e, no final, a plateia pôde fazer perguntas e sanar suas dúvidas. Seguindo a programação, o módulo 2 contemplou a Revisão e Atualização na Avaliação por Imagem das Lesões Ligamentares. À tarde, Avaliação Pré e Pós-Operatória dos Meniscos foi o tema do terceiro módulo, que iniciou suas aulas com a sessão Temas Livres – a novidade abriu espaço para especialistas voluntários apresentarem seus trabalhos, tornando-se um estímulo à pesquisa e produção científica. Os dois temas livres foram explanados por Isabel Curcio Felix Louza (Avaliação por Ressonância Magnética do Ligamento Anterolateral Normal em
Crianças e Adolescentes) e Mariana Kei Toma (Correlação das Medidas Relacionadas a Instabilidade Femoropatelar no EOS e na TC). “Nós estamos tentando estimular o jovem pesquisador a mostrar o que tem feito para a comunidade radiológica. Nós iniciamos com dois especialistas selecionados este ano, cada um apresentando trabalhos que têm o potencial de serem bem interessantes. Possivelmente vamos expandir no futuro, e mostrar que eles também têm espaço em nosso curso”, contou Dr. Paulo Victor. No fim do primeiro dia, o módulo 4 abordou Lesões do Aparelho Extensor. A grande participação com troca de ideias nos intervalos foi destacada pelo Dr. Marcelo Bordalo. “Vimos muita atualidade! As discussões foram de alto nível, assim como as palestras dos congressistas que são excelentes – não ficam devendo para
EVENTOS SPR
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lidado Acertadores dos casos Durante o evento, casos foram apresentados em televisores no corredor. Ao final, foram identificados os ganhadores – os que mais acertaram os diagnósticos dos 12 casos expostos: • Graciela Maria B. Lacerda Martins, de Brasília, DF; • Ana Carolina Ramos Carneiro, de Goiânia, GO; • Murilo Antunes de Castro, de Goiânia, GO. Coordenadores e professores encarregados das atividades dos seis módulos do GERME
Descontração e aprendizado Por fim, foi realizado o Quiz de Casos. Ao longo dos dois dias, casos a serem diagnosticados foram apresentados ao público em duas TVs na área externa. Um formulário foi disponibilizado para as respostas e analisado pelos coordenadores. No início do quiz, os três radiologistas que mais pontuaram foram anunciados e premiados. De forma dinâmica, prática e diferenciada, duas equipes de radiologistas palestrantes foram formadas. Alternadamente, perguntas de cultura geral e, em seguida, de um caso, sorteadas por cada grupo,
foram discutidas e respondidas com suas hipóteses diagnósticas. “Mais uma vez, o Quiz de Casos foi um sucesso. Isso mantém uma proximidade descontraída entre os radiologistas de todas as cidades”, comentou o Dr. Flávio Duarte. “O GERME é muito gratificante; mostra que o trabalho de toda uma equipe, de um conjunto de pessoas que estão engajadas no mesmo objetivo dá certo”, concluiu. Por fim, o presidente da SPR, Dr. Carlos Homsi, encerrou a edição agradecendo a participação de todos e anunciou que, em 2019, a sala B será ampliada para melhor acomodação. O tema a ser contemplado será Pé e Tornozelo, nos dias 23 e 24/02.
A visão dos participantes “O tema do curso é de uma articulação comum, mas foi bem aprofundado, com um nível técnico muito bom. Destaco também a participação de ortopedistas renomados e a parte cirúrgica e clínica, que foi bem vista.”
“Em relação aos últimos anos, acredito que o curso evoluiu bastante, pois saiu de um nível muito básico e estão mais complementares e avançados. Os temas abordados acrescentaram muito, principalmente para quem já lauda musculoesquelético. Gosto muito da dinâmica destes cursos rápidos, dá para absorver bastante conhecimento.”
Dr. Leandro Boa Hora, radiologista do Hospital São Camilo de SP e da Aeronáutica
Dra. Sabrina Mendes Franca, radiologista da Med Imagem da Beneficência Portuguesa
“O GERME foi importante para aprender novas técnicas que vêm surgindo, para se atualizar e ter a oportunidade de obter novos conhecimentos. Achei essencial misturar as especialidades, assim o radiologista pode ter a visão do ortopedista e uma congruência em relação ao que eles querem saber, o que precisamos relatar em nosso laudo.” Dr. Flávio Campos Mendonça, radiologista em Uberlândia, MG
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EVENTOS SPR Edição 476 – Abril de 2018
Câncer de Mama é discutido no Clube Roentgen Agendado para o dia 11, o encontro de abril do Clube Roentgen será realizado a partir das 20h, no Maksoud Plaza Hotel (Rua São Carlos do Pinhal, 424 – São Paulo). Rastreamento US do Câncer de Mama – Atualização será o assunto da aula abordado pelo Dr. Luciano Fernandes Chala. “Nesta palestra, abordarei a questão da mama densas, os benefícios e os efeitos adversos do rastreamento ultrassonográfico, a questão dos falso-positivos e falso-negativos, as recomendações atuais, as barreiras à implantação e o papel da US automatizada. O objetivo é atualizar o radiologista sobre o rastreamento ultrassonográfico Na mini CCRP, os casos selecionae enfatizar seu papel para um uso dos do Hospital A. C. Camargo serão mais efetivo da ultrassonografia”, debatidos sob a organização do Dr. explica Dr. Chala. Rubens Chojniak. Além da maior DOT-Anuncio-255x16_AF.ai 1 21/09/17 12:24
A participação no evento é livre. Quem deseja assistir a distância pode aproveitar para acompanhar o clube em tempo real – iniciativa da SPR em parceria com a Pixeon. Os internautas não apenas assistem, como podem também enviar perguntas aos apresentadores. Veja como participar: http://spr.org.br/cursos-via-web.
Março Saiba mais sobre o Clube Roentgen em http://spr.org.br/ eventos/clube-roentgen
aproximação entre os radiologistas, quem participa também enriquece o conhecimento e troca experiências e dicas da especialidade.
O primeiro encontro de 2018, no dia 14 de março, contou com a aula Atualização do Papel da Imagem no Câncer de Próstata: Detecção, Estadiamento, Reestadiamento e PIRADS, apresentado pelo Dr. Públio Cesar Cavalcante Viana. Em seguida, houve a sessão de discussão de casos (mini CCRP) do Hospital das Clínicas – HC-FMUSP.
SEGURANÇA E ÓTIMA QUALIDADE DE IMAGEM 1
Referência bibliográfica: 1) Maurer M, et al. Tolerability and diagnostic value of gadoteric acid in the general population and in patients with risk factors: Results in more than 84,000 patients. E J Radiol 2012;81(5):885-90. APRESENTAÇÕES: Frasco-ampola de 10 mL, 15 mL, 20 mL e 60 mL. INDICAÇÕES: Este medicamento é destinado ao uso em diagnóstico e indicado para exames por IRM (Imagem por Ressonância Magnética): doenças cerebrais e espinais, doenças da coluna vertebral e outras patologias de todo o corpo (incluindo angiografia). CONTRA-INDICAÇÕES: Em caso de antecedentes de alergia ao ácido gadotérico ou a meios de contraste com gadolínio e meglumina. Contra-indicações ligadas à Imagem por Ressonância Magnética: Pacientes portadores de marca-passo; Pacientes portadores de clipe vascular. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Não se tem observado nenhuma interação com outros medicamentos. REAÇÕES ADVERSAS: As reações adversas após a administração de ácido gadotérico são geralmente leves a moderadas e de natureza transitória. Em ensaios clínicos, cefaleia foi mais frequentemente observada seguida de parestesias e menos frequentemente, náuseas, vômitos e reações de pele, tais como erupções cutâneas e prurido. Eventos adversos relacionados ao ácido gadotérico são raros em crianças. PRECAUÇÕES: Administrar somente por via intravenosa. O ácido gadotérico não deve ser injetado por via subaracnoidea (ou epidural). Durante a realização do exame é conveniente manter vigilância médica e acesso venoso durante todo o exame. Qualquer que seja a dose existe o risco de hipersensibilidade. POSOLOGIA: Solução injetável de uso exclusivo intravenoso. Adulto ou criança: 0,2 ml/kg de peso corporal. Para a população pediátrica, a dose de 0,2 ml/kg de peso corporal se aplica a todas as indicações, exceto angiografia. M.S.: 1.4980.0016. Farmacêutico responsável: Fabio Bussinger - CRF-RJ 9.277.
CONTRA-INDICAÇÕES: Em caso de antecedentes de alergia ao ácido gadotérico ou a meios de contraste com gadolínio e meglumina. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Não se tem observado nenhuma interação com outros medicamentos. USO ADULTO E PEDIÁTRICO. Meio de contraste injetável por via intrevenosa para imagem por Ressonância Magnética. USO RESTRITO A HOSPITAIS E CLÍNICAS. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
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EVENTOS SPR
Mantenha-se atualizado com os 15 Grupos de Estudos da SPR Atualmente, a SPR possui 15 grupos em diversas áreas da radiologia, que compartilham experiências e dicas práticas na discussão de casos. Recentemente, dois novos Grupos de Estudos passaram a compor o programa para enriquecer ainda mais o conhecimento do radiologista: o Latin Safe (Proteção Radiológica) e o Geri (Radiologia Intervencionista). Doze deles serão realizados este mês – sempre com início às 20h, na sede da SPR ou no Maksoud Plaza Hotel (R. São Car-
los do Pinhal, 424). Confira ao lado. Participe! O encontro é uma grande oportunidade para conhecer, questionar e se atualizar a partir de casos científicos. Também é possível participar pela internet. As reuniões são transmitidas em tempo real (exceto dos grupos Latin Safe e GEMCR, que não são transmitidos), em sua maioria pela Pixeon – iniciativa que auxilia o acesso a todos que estiverem interessados. Veja como assistir online: http:// spr.org.br/cursos-via-web/.
Sede da SPR Reunião do Grupo de Estudos de Ultrassonografia (Geus) Reunião do Grupo de Estudos de Proteção Radiológica ( Latin Safe)
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Reunião do Grupo de Estudos de Tecnologia e Informática em Radiologia (Get)
10
Reunião do Grupo de Estudos de Meios de Contraste Radiológicos (GEMCR)
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Reunião do Grupo de Estudos de Pediatria (Geped)
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Maksoud Plaza Hotel
Dia
Reunião do Grupo de Estudos de Mama (Gema) Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia do Abdome (Gera)
5
Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Musculoesquelética (Germe) Reunião do Grupo de Estudos de Neurorradiologia (Gene)
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Reunião do Grupo de Estudos de Cabeça e Pescoço (Gecape) Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Intervencionista (Geri)
Outras informações sobre em http://spr.org.br/grupos-de-estudos.
Dia
Reunião do Grupo de Estudos de Tórax (Geto)
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EDUCAÇÃO DIGITAL Edição 476 – Abril de 2018
Casos da Semana: desafie-se! Conforme anunciado na última edição, a ferramenta Casos da Semana retomou a sua programação. Todas as segundas-feiras, são disponibilizados dois casos clínicos aleatórios que fazem parte do acervo da sociedade, cada um com um desafio diagnóstico, para o estudo do radiologista. A atividade consiste em uma apresentação do caso dividido em três partes, seguida de uma pergunta objetiva. Depois, a discussão é exibida, esclarecendo, a partir da resposta, a questão previamente formulada. No fim, o membro ganha 100 pontos a cada diagnóstico correto que, são
somados e, no fim do ano, os mais pontuados são premiados. A SPR, pioneira em atividades cientificas online, busca com o Casos da Semana atender a demanda de estudos e incentivar o ensino da radiologia; é uma ótima oportunidade para aprender com os desafios reais do dia a dia. Para acessar o programa, entre na Área Restrita da SPR e clique no ícone “Aprendizado”.
Mais informações em http://spr.org.br/confira-como-acessar-os-casos-da-semana.
EDUCAÇÃO DIGITAL
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Adote o COR em sua residência! A SPR, pioneira em incentivar a Educação Digital por meio de cursos online de qualidade, inovou mais uma vez em 2017, quando ampliou o alcance do Curso Online de Radiologia (COR) aos serviços de Radiologia e Diagnóstico por Imagem para residentes e aperfeiçoandos. O objetivo é de que ele se torne ainda mais atrativo aos especialistas, uma vez que se pode fazer em grupos por meio dos serviços onde atuam. Além disso, é possível montar um conteúdo teórico para utilizar como material de ensino complementar à grade curricular de seus programas de residência e aperfeiçoamento. Dra. Monica Oliveira Bernardo, da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde PUC de São Paulo, explicou porque o serviço adotou o COR para os residentes: “O que nos levou
a escolher o curso foi a confiabilidade no conteúdo e qualidade dos eventos de alto nível da SPR, com conhecimento teórico prático aos residentes, importante no dia a dia na formação médica. Também, a possibilidade de avaliações periódicas com critérios, importante para a comissão de residência médica”.
O curso é dividido em três ciclos de maneira que se adéquem ao período de residência – duração de três anos e aperfeiçoamento. Após o término de cada fase, a sociedade medirá o desempenho individualmente do participante, podendo disponibilizar ao coordenador de cada especialidade um relatório. “As aulas com temas bastante atrativos, básicos para o conhecimento inicial do residente, auxiliando-o nas dificuldades diárias dentro de um hospital ou durante sua residência médica, foi o que nos fez optar pelo COR. Aqui na Med Imagem, esperamos, com isso, beneficiar 36 residentes”, comentou Dr. Douglas Racy, da Med Imagem, São Paulo, sobre sua expectativa. De acordo com Dr. Marcelo Souto Nacif, da Unidade de Radiologia Clínica, São José dos Campos,
SP, que também optou pela adesão do programa para seus residentes, mesmo oferecendo sessões diárias, divididas por subespecialidades, de até uma hora todos os dias, é possível identificar uma parcela grande de alunos e médicos que acostumaram com o modelo passivo de aprendizado. Assim, Dr. Marcelo acredita que a SPR pode ser um canal teórico mais atrativo e talvez até necessário para que todos os residentes tenham um aprendizado mais homogêneo e convergente. Sobre a inscrição: quando comparada à adesão individual, membros da sociedade que optam pelo curso por meio do programa pagam 20% menos na taxa de registro. Confira todas as informações em http://spr.org.br/educacao-digital/ curso-on-line-de-radiologia.
Confira o novo acervo das aulas transmitidas Para aqueles que não conseguem assistir em tempo real às aulas transmitidas ao vivo, a SPR lançou, no mês passado, o Acervo das Transmissões via Web, uma ferramenta que disponibiliza as gravações dos Grupos de Estudo e Clube
Roentgen. Em abril, estarão disponíveis os encontros realizados em março.
A novidade tem o objetivo de aprimorar ainda mais a atualização científica, por meio da Educação Digital, que permite aos radiologistas terem acesso a conteúdos importantes de onde e quando puderem. As gravações contemplam a apresentação com slides, áudio do pales-
trante e da discussão em sala de aula; ou seja, tudo o que é apresentado na aula ao vivo. Para utilizar a ferramenta, membros da SPR devem acessar a Área Restrita do site. Não perca, aproveite mais este benefício da entidade!
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EDUCAÇÃO DIGITAL Edição 476 – Abril de 2018
Prepare-se para os novos Cursos Híbridos da SPR Anunciados na edição de março, os cursos de Segurança em Radiologia – antigo SEADI – e o BI-RADS® são os novos cursos no modo híbrido, com apresentações online e presenciais, da SPR. A primeira parte, teórica, é realizada via web – e as inscrições para este módulo serão abertas em breve e são ilimitadas. Já a aula prática presencial será realizada durante o Curso de Atualização em Imagem (Prof. Dr. Feres Secaf), em agosto. É preciso ressaltar que quem não cursar o modo online, a distância, não poderá se inscrever no modo prático, durante o Feres Secaf. O objetivo de a parte teórica ser feita antes e de forma online é para que seja apresentada e disponibili-
zada para que o participante estude quando e de onde for mais prático para ele, e esteja preparado para a demonstração prática presencial. O curso BI-RADS®, coordenado pelos Drs. Luciano Chala e Carlos Shimizu, auxilia na avaliação, interpretação do exame e confecção dos laudos de exames de imagem – método mundialmente usado para diagnóstico e acompanhamento do tumor da mama. Já o Curso de Segurança em Radiologia é coordenado pelos Drs. Renato Hoffmann, Tufik Bauab Jr. e Augusto Scalabrini Neto, e propõe de forma dinâmica discussões sobre radiologia e emergência clínica. Os primeiros cursos híbridos oferecidos pela entidade foram o
Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca e o Curso Avançado de Ultrassonografia Musculoesquelética, ambos em 2017. O sucesso e aceitação entre os radiologistas foram tamanhos que a SPR anunciou outros dois Cursos Híbridos este ano, além dos antes citados, que terão inscrições abertas durante a JPR: • Curso Avançado de Imagem em Endometriose, coordenado pelo Dr. Leandro Accardo de Mattos; • Curso Avançado de Radiologia
de Emergências – Sobrevivendo no Plantão, coordenado pelos Drs. Antonio Rahal Junior e Paulo Savoia. Pioneira em seus cursos online, a SPR visa cada vez mais oferecer aulas com praticidade e comodidade aos radiologistas. Nos acompanhe nas redes sociais, na newsletter quinzenal, no Jornal da Imagem e em nosso site (www.spr.org.br) para ficar por dentro de todas as informações e novidades.
SPR GLOBAL
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Fotos: Divulgação ESR
Pioneirismo, bom gosto e tradição Europa organiza, novamente, congresso primoroso, rico em atividades científicas e preocupado em propor integração e união De 28 de fevereiro a 4 de março, a Sociedade Europeia de Radiologia (ESR) apresentou a 24ª edição de seu congresso anual (ECR) em Viena, na Áustria. A organização registrou novo recorde de participantes: 27.474, de 137 países. Trezentas empresas compuseram a exposição comercial. Foram feitas 1.500 apresentações científicas orais e exibidos cerca de 3 mil painéis eletrônicos. O país que mais levou inscritos foi a Alemanha, com 1.408. O Brasil ocupou o 13º lugar da lista – no ano passado, era o 14º -, com 461 participantes, e manteve, como no ano passado, a posição de país latino-americano com maior representatividade. Ficou à frente de diversos países europeus, como Portugal (com 436), e também dos Estados Unidos (com 360).
A SPR se fez presente não apenas com a participação de membros e diretores, mas também com a instalação física de seu estande, já tradicional no ECR. Assim, aproveita a ocasião para divulgar seus eventos, manter o contato com outras entidades e professores e criar laços com novos colegas da especialidade. Houve a tradicional troca de lideranças da sociedade, que passa agora a ser presidida pelo Prof. Bernd Hamm, de Berlim. Ele é professor de radiologia e presidente dos três departamentos de radiologia da Charité, Humboldt-Universität zu Berlin e Freie Universität (Campus Mitte, Campus Virchow-Klinikum e Campus Benjamin Franklin). Ele já havia sido presidente do congresso em 2015. “Trabalhar em conjunto com muitos colegas de vá-
rios países e diferentes campos da radiologia é muito inspirador e é o que, em última instância, está subjacente a um atraente congresso. Este esforço conjunto é gratificante e esclarecedor”, afirmou.
Sobre o tema do evento deste ano, Diverse and United, ele ponderou: “Escolhi este como nosso lema, uma vez que a radiologia é uma especialidade tão diversificada, cobrindo uma grande variedade de tópicos médicos e científicos: de opções de diagnóstico cada vez mais refinadas a opções de tratamento minimamente invasivas guiadas por imagens. Paralelamente à nossa diversidade, também devemos permanecer unidos, o que é do interesse de nossa especialidade e nossos pacientes. É o que o nosso congresso é: algo a oferecer para todos, independentemente da profissão, dos conhecimentos culturais ou da especialização”. As sessões ESR meets, que contam com a participação especial de países convidados, foram apresentadas este ano por China, Suíça e Portugal.
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SPR GLOBAL Edição 476 – Abril de 2018
Fotos: Divulgação ESR
Destaques da programação Confira os tópicos que comandaram os debates nas salas de aula – e nos corredores – do Congresso Europeu O radiologista italiano e ex-presidente da ESR, o professor Lorenzo Bonomo, que recebeu a Medalha de Ouro da ESR este ano, explicou como a inteligência artificial (AI) afetará a radiologia e por que faria sentido fundir a medicina nuclear e a radiologia em uma disciplina comum. Ele afirmou que, no futuro, os radiologistas precisarão usar equipamentos que possam reduzir os tempos de imagem e, sempre que possível, a dose de radiação e melhorar a resolução espacial. O uso generalizado da imagem híbrida, e especificamente PET/RM, também requer uma mudança radical no treinamento de futuros especialistas em imagens: “Em dez anos, ainda teremos duas disciplinas distintas, como radiologia e medicina nuclear ou uma disciplina combinada de imagem de diagnóstico? Pessoalmente, eu seria a favor de uma única disciplina, mas temo que os interesses por vezes atrasem as soluções mais lógicas e inovadoras”. A ressonância magnética de abdome de 10 minutos pode tornar-se realidade? Enquanto a ressonância magnética é sensível e
específica para a imagem do fígado, o tempo necessário para um exame aprofundado geralmente faz com que os radiologistas escolham a TC devido a resultados mais rápidos e menos artefatos. Mas e se o tempo usual de 30 minutos para a ressonância magnética pudesse ser reduzido para 10 minutos? Isso ajudaria os médicos a enviar pacientes para a RM com mais frequência? Especialistas defenderam que sim. É hora de os radiologistas darem as boas-vindas às máquinas, disseram os especialistas. O uso de inteligência artificial na transformação de imagem e na detecção e classificação de anormalidades está crescendo. Aprendizagem profunda e grande análise de dados de coorte e estudos clínicos têm potencial para aumentar o diagnóstico e o tratamento. Os radiologistas devem adotar essas tecnologias que estão destinadas a revolucionar sua prática diária em um futuro não tão longe. As aplicações da AI estão se espalhando. No ano passado, o governo coreano doou uma grande concessão a um grupo multicêntrico de cientistas para desenvolver
uma aprendizagem profunda em imagens pulmonares, cardíacas e hepáticas e transformação de imagem. Na ECR, o Dr. Joon Beom Seo, um dos pesquisadores principais e o chefe de inteligência artificial do Centro de Pesquisa e Pesquisa em Imagem Médica do Instituto Asan para Ciências da Vida em Seul, apresentou resultados que destacam o impacto das novas tecnologias na prática de radiologia e fluxo de trabalho. “A AI pode melhorar o desempenho na detecção e classificação de achados anormais. Detectamos lesões anormais como nódulos pulmonares, pneumotórax, derrame pleural, cardiomegalia, consolidação em raios X de tórax e/ou TC, e fizemos relatórios preliminares que os radiologistas podem verificar antes da leitura principal”, afirmou. A necessidade clínica de contraste de gadolínio vem sob um escrutínio minucioso. As varreduras de ressonância magnética com
gadolínio foram o padrão-ouro em casos suspeitos de tumor benigno schwannoma vestibular e esclerose múltipla, mas dada a crescente evidência de que o agente de contraste pode deixar depósitos no cérebro, surgiu um debate sobre como usar a imagem com sabedoria. O gadolínio já foi assunto de debate com perguntas sobre sua relação custo-eficácia, mas a notícia de que foi encontrado depositado no cérebro e em outros tecidos corporais – embora não haja evidência que causará efeitos adversos – aumentou a intensidade das discussões. A questão que muitos radiologistas têm perguntado é: é sempre necessário usar agentes de contraste de gadolínio na imagem? A radiologista sueca e professora Katrine Riklund, atual presidente da diretoria da ESR, falou sobre a próxima grande novidade em imagem híbrida. Ela analisou as conquistas feitas neste campo emer-
SPR GLOBAL
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Agende-se para 2019! O próximo ECR será realizado em Viena, Áustria, de 27 de fevereiro a 3 de março de 2019. O design do cartaz para o ECR 2019 é inspirado em dois conceitos – Gênova, cidade natal do presidente da ESR, e o fato de que o congresso será o 25º Europeu a ter sede em Viena. Gênova está no Mar Mediterrâneo e tem um dos maiores aquários da Europa. É uma instituição divertida e científica que atrai muitos visitantes, mesmo do exterior. Foi escolhida a cor do Mediterrâneo como fundo, e cada peixe foi projetado com as cores de um dos cartazes das ECR anteriores e que, juntos, delineiam o número 25. Além disso, o número 25 no topo do cartaz e o logotipo em torno dele são escritos com a mesma fonte usada para os cartazes ECR dos primeiros anos. Esses detalhes tentam lembrar o passado e sublinhar que o novo congresso seguirá as mesmas linhas que os anteriores.
gente para dizer o que aguardar dos futuros avanços. Futuros radiologistas serão orquestradores e condutores. “Orquestrador” pode ser a próxima palavra da moda em radiologia. Se os radiologistas não assumirem a liderança, muitos dos novos sistemas podem ser conduzidos diretamente pelos clínicos que emitem os pedidos e eles podem não esperar que a radiologia mostre interesse. Com isso dito, ainda não é tempo de desencorajar os estudantes de medicina a se tornarem radiologistas, mas a AI deve ser abraçada ao desempenhar um papel de apoio. Para futuros radiologistas, seu trabalho não parecerá o mesmo que hoje. Mesmo que uma leitura total não seja realizada por computadores, o que tornaria a AI uma substituição completa para radiologistas, vários subsistemas serão construídos para leitura. Outras mudanças que os radiologistas podem esperar são agregações de casos a radiologistas especializados e, mesmo em certas circunstâncias, o uso de telerradiologia. Existem muitas possibilidades novas e novos subsistemas para o radiologista de hoje. As ameaças à segurança cibernética representam um grande desafio para o futuro da radiologia. “Mantenha-se consciente da necessidade de proteger equipamentos de imagem de riscos cibernéticos que representam uma ameaça à segurança de pacientes e instituições”, aconselhou o Prof. Jacob Sosna, presidente da Associação de Radiologia de Israel. “Existe uma possibilidade aterra-
O Brasil bem representado: com Dr. Paul Parizel (à esq.), os Drs. Carlos Homsi, Mauro Brandão e Henrique Carrete Jr.
dora de que um invasor cibernético possa alterar a dose de radiação administrada a um paciente durante uma tomografia computadorizada e um ataque ao ar condicionado do hospital pode desligar e danificar máquinas de TC e RM que funcionam dentro de uma faixa de temperatura estreita”, advertiu. Como a imagem multiparamétrica pode levar a imagens mais claras e diagnósticos mais precisos? “Quanto mais peças do quebra-cabeça e mais parâmetros você tem, mais completa a imagem, levando a um diagnóstico mais fácil e preciso e uma menor taxa de biópsia”, explicou a Dra. Katja Pinker-Domenig, do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, de Nova York. Diante desse cenário, ela acredita que a RM e o PET/RM multiparamétricos (mpRM e mpPET/RM) podem fornecer mais informações para alcançar o objetivo da medicina de precisão, facilitando a adaptação da terapia às características específicas do indivíduo.
Tópicos difíceis e dilemas se proliferam no rápido movimento atual das imagens de trauma. “Os avanços em radiologia têm desempenhado um papel importante na gestão de pacientes com politraumatismo – aqueles com lesões múltiplas e potencialmente letais, como uma combinação de fratura do anel pélvico com laceração da
bexiga ou hemotórax com lesão aórtica sem corte. Mas diretrizes específicas sobre a imagem desses pacientes são escassas, criando uma multiplicidade de perguntas”, ressaltou a Dra. Monique Brink, radiologista do Radboud University Medical Center, Nijmegen, Holanda. Intervenções guiadas por imagens é um pilar chave da radioterapia. Nos últimos anos, verificaram-se melhorias dramáticas nas tecnologias de imagem para radioterapia. Na sessão conjunta apresentada pela ESR e a ESTRO (Sociedade Europeia de Radioterapia e Oncologia), os palestrantes forneceram uma atualização sobre o papel moderno da imagem no planejamento e entrega da radioterapia, com o objetivo de informar radiologistas e oncologistas de radiação. A EuroSafe Imaging lançou o seu Call for Action 2018 na ECR 2018. O chair do programa, Professor Guy Frija, detalhou: “O primeiro EuroSafe Imaging Call for Action aconteceu pouco depois do lançamento da campanha EuroSafe Imaging, em 2014. Durante esses anos, desenvolvemos uma ampla gama de atividades diferentes para apoiar e fortalecer a proteção de radiação médica em toda a Europa. Essa abordagem mostrou-se bem sucedida e nossas experiências e comentários mostraram que estamos no caminho certo. No entanto, estas experiências e novos desenvolvimentos também tornam necessário adaptar a nossa abordagem e, assim, decidimos atualizar o Call for Action para refletir melhor os desafios atuais futuros”.
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FOOD&ARTS
Dr. Ulysses Torres Médico radiologista do Grupo Fleury no Hospital São Luiz
Nänie, Op. 82 A sala de concerto já se encontra às escuras. A música começa. É Brahms. Uma curta e suave passagem, em que predominam oboés e cordas, abre caminho para o coro. Ajeito-me na cadeira, o camarote deserto. Uma lufada do ar condicionado gelado me atinge a cabeça. Suspiro, olho para o alto e, antes que me recupere, sou atingido violentamente, sem esperar, pelas vozes de um coro angelical, suaves de início, e que vão depois se intensificando em um crescendo poderosíssimo e cheio de vigor, desses que aceleram o coração e o fazem falhar em seu compasso, preparando-o para a guerra, a fuga, o sofrimento ou o êxtase: “Auch das Schöne muß sterben!”. Jamais me recuperei do impacto dessas palavras. Algo como “Também o Belo deve morrer!” ou “Mesmo a Beleza deve perecer!”. São de um texto de Friedrich Schiller, e para mim um dos versos mais lindos da literatura universal (empreguei-o, apaixonado que sou, como epígrafe em minha tese de doutorado). Brahms usou o texto de Schiller para compor Nänie, uma canção de lamento, por ocasião da morte de um grande amigo, o pintor alemão Anselm Feuerbach. O texto chora, obviamente, a transitoriedade de todas as coisas, a efemeridade da vida, o desaparecimento da beleza (tão frágil!) e o jugo implacável da morte. O belo, tão abstrato e intangível, o que há de mais divino no mundo. O belo, a que não se pode escolher, senão por ele ser escolhido. Centelha sagrada, a que mais aproxima o homem do etéreo, do místico, do transcendente. Também ele morrerá. A beleza de Helena de
Pied de cochon à La Tante Claire
Ravioli d'escargots
Troia que despertou um amor e uma guerra... A beleza da noite estrelada sobre o céu profundo, essa noite a que o tempo, segundo Borges, impregnou de eternidade... Quanta beleza no mundo! E, ainda que abençoado pelas mais altas esferas, o belo morrerá. À época (felizmente distante), sofrendo por um amor impossível, consolei-me ainda, antevendo o fim do tormento: “Também aqueles belos olhos que tanto amo, e pelos quais tanto sofro, um dia perecerão”. E se mesmo a beleza deve morrer, o que dizer então de toda nossa ciência e conhecimento, nossa literatura e humanidade? Todas as insignificâncias de um pequeno planeta numa pequena galáxia? Varridas sem vestígios. E, no entanto, essas insignificâncias são tudo que temos, como gosto de dizer. Na coluna anterior, falei do passado que não morre nunca. Como a vida é eterna dualidade, falarei nesta aqui do passado que não se pode recuperar, por mais que assim o desejemos. Certas experiências só se vivem uma vez; podem ser emuladas, relembradas, mas o tempo as forjou tão únicas que revivê-las em plenitude
e frescor originais torna-se impossível. When it comes to gastronomy, meu ofício nesta página, os exemplos são inúmeros: restaurantes que amamos e onde vivemos momentos deliciosos se fecham; chefs se aposentam ou morrem; pratos que adoramos saem dos menus; os níveis de “aproveitamento gustativo” caem, seja porque nós mesmos mudamos, ou ficamos saturados, ou porque restaurantes e chefs também não estão isentos do declínio inclemente. Ao longo de minhas andanças e lembranças enogastronômicas, não me são raros os exemplos de cada uma dessas situações. Trago à baila hoje dois pratos magistrais de Pierre Koffmann, chef francês radicado em Londres, duas vezes eleito o melhor da Inglaterra, mentor de expoentes como Marco Pierre White, Marcus Wareing e Gordon Ramsay. Koffmann manteve por 25 anos o lendário La Tante Claire, um três estrelas Michelin em Chelsea, que infelizmente não pude conhecer, talvez pelo fato de em sua época áurea eu ser um pirralho comedor de pipoca doce em festinhas infantis. Após um hiato de mais
de sete anos, Koffmann retornou ao fogão em 2010, abrindo o Koffmann’s at The Berkeley, elegante hotel na Knightsbridge, onde, aí sim, tive grandes refeições. O prato mais icônico e mundialmente famoso do La Tante Claire (e que Koffmann ressuscitou no Berkeley, bendito seja!) talvez seja seu pied de cochon, glória das glórias culinárias. O pé de porco é meticulosamente desossado (em processo que exige habilidade e experiência), recheado com timo, cogumelos e um parfait de fígado de galinha, e então assado. Encontram-se na boca a textura gelatinosa da carne e da pele, os sabores particulares do recheio incrível, o molho espesso e intenso, o conforto sedoso do purê de batatas... Absolutamente fantástico! Não me recordo com qual vinho fiz acompanhar, mas isso de vinho me parece agora tão pequeno frente ao colosso do prato... Fantásticos eram igualmente os ravioli d’escargots, de massa muito tenra a envolver os delicados escargots (é preciso ser genial para conceber e executar tal combinação), o sabor disso embalado por um agradável e preciso molho provençal, croûtons de alho e fatias de presunto de Bayonne, com seu adocicado característico. Que preciosidade! Já com quase 70 anos, o maestro Koffmann pendurou as caçarolas há pouco mais de um ano e o restaurante encerrou suas atividades, mas agradeço ao universo a chance de ter podido provar esses deleites, irrecuperáveis deleites. Para quem leu a coluna passada, concluo que às vezes Faulkner está certo, às vezes Schiller.
ARTE E MEDICINA
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Prof. Dr. Alfredo Buzzi* é Professor Titular de Diagnóstico por Imagem da Universidade de Buenos Aires e Membro Honorário Internacional da SPR
Washington em seu leito de morte George Washington (1732-1799) é considerado o Pai da Pátria nos Estados Unidos e um exemplo de lutador, mas suas batalhas privadas foram talvez mais ferozes do que aquelas que ele teve com o Império Britânico: algumas das doenças mais mortíferas do século XVIII (difteria, tuberculose, malária, varíola, disenteria, etc.) atacaram-no com frequência. Ele também sofria de má saúde dentária. Suspeita-se de que era estéril, já que nunca teve os filhos que desejava (sua esposa, Martha, tinha quatro filhos de seu primeiro casamento). O secretário de Washington, o coronel Tobias Lear, forneceu uma descrição detalhada da última doença do general. Às 10 da manhã, em 12 de dezembro de 1799, Washington começou um dos seus frequentes passeios a cavalo perto de sua plantação em Mount Vernon, Virgínia. Começou, então, a nevar, seguido de chuva e vento frio constante. Na manhã seguinte, sua garganta estava dolorida, e ao longo do dia observou-se que a voz de Washington estava cada vez mais rouca. Antes do amanhecer no dia seguinte, 14 de dezembro, Washington teve arrepios e dificuldade em respirar e falar. Na parte da manhã, pediu ao supervisor da plantação que fizesse uma sangria. Este, antes de retirar um quarto de litro de sangue, mandou chamar o Dr. Craik. Como Washington não melhorou com esta medida ou outros tratamentos menos invasivos, sua esposa Martha mandou chamar o Dr. Gustav Brown, de Fort Tobacco, Maryland. Dr. Craik diagnosticou uma angina inflamatória. Além de aplicar o tratamento local, ele efetuou um segundo sangramento. Como o Dr. Brown não chegou, o Dr. Elisha Cullen Dick foi convocado. Enquanto isso, uma terceira sangria foi feita. O Dr. Dick, ao chegar, fez uma quarta, mas desta vez o sangue fluía com dificuldade. Então Dr. Dick propôs uma traqueotomia para aliviar a respiração prejudicada de Washington, mas ele não foi ouvido. Quando Dr. Brown chegou, um pedaço de cantharidae (um inseto cáustico chamado Lytta ve-
O momento da morte de Washington foi moldado por muitos artistas. Uma das primeiras representações da cena foi uma gravura publicada por Pember e Luzarder, da Filadélfia, em 1800, um ano após a morte do general sicatoria ou “mosca espanhola”) foi colocado no pescoço de Washington. Quando foi molhado e aplicado à pele, produziu ampolas capazes de absorver as drogas, usadas até o início do século XX como vesicante, e deu-lhe um forte laxante. Mais tarde, Dr. Craik administrou um emético. Às 8 horas, os médicos decidiram colocar mais manchas de cantharidae nas pernas e pés de Washington e aplicaram cataplasma de farelo
*O autor é editor da Revista ALMA – Cultura y medicina: www.almarevista.com/revista
de trigo na garganta. Por volta das 22 horas, o general disse em voz baixa: “Eu já estou indo, me enterre decentemente”. George Washington morreu entre as dez e as onze da noite em 14 de dezembro de 1799, aos 67 anos de idade, cercado por seu círculo íntimo de pessoas. Os médicos em Washington foram submetidos a uma grande quantidade de críticas imediatamente após sua morte, especialmente pela quantidade de sangue extraída do ex-presidente. A controvérsia sobre se os médicos de Washington atuaram de forma razoável e prudente no contexto da informação disponível para eles em seu tempo foi mantida nos últimos anos. O diagnóstico inicial e aceito por muitos anos foi o de cynanche traqueal, um termo médico antigo que foi mantido até meados do século 19, e que foi usado para designar “doenças da garganta caracterizadas por inflamação, edema e dificuldade para respirar ou engolir, especialmente angina”. O diagnóstico definitivo de epiglotite aguda foi estabelecido em 1976. A apresentação tardia, o choque hemorrágico prolongado (devido ao sangramento), a insuficiência respiratória aguda e um provável choque séptico em um paciente de 67 anos de idade, com comorbidades preexistentes, têm alta taxa de mortalidade ainda hoje e teria sido irreversível em 1799. O momento da morte de Washington foi moldado por muitos artistas. Uma das primeiras representações da cena foi uma gravura publicada por Pember e Luzarder, da Filadélfia, em 1800, um ano após a morte do general, intitulada Washington em sua última doença assistido por Drs. Craik e Brown. O artista é desconhecido. O rosto de Washington nesta arte é muito parecido com o homem tão conhecido através de outros retratos famosos. Curiosamente, a impressão que mostra Martha Washington ao pé da cama e uma variedade de drogas inúteis sobre a mesa não inclui o terceiro médico, Dr. Dick, ou o secretário de Washington, o Coronel Tobias, que nunca se saíra de seu lado.
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CRÔNICA Edição 476 – Abril de 2018
Coleção de selos
Dr. Cássio Ruas de Moraes Membro da Comissão Editorial do Jornal da Imagem
Minha coleção há muitos anos continua a dormir na gaveta. Nada vale, tão anacrônica como navio a vela ou máquina a vapor. Em relação a mim, cumpriu seu papel e é parte de felizes lembranças
No início da adolescência, meu pai me deu uma coleção de selos. Era um grande número de selos soltos em caixas de papelão e outros em alguns álbuns improvisados em antigos cadernos. Explicou-me que a avó dele, minha bisavó, havia começado aquela coleção, que agora ele a mim confiava, como filho mais velho, para que a continuasse. Interessei-me pelo assunto e descobri que minha bisavó, mesmo morando no interior longínquo, tinha algumas noções de filatelia pelo esmero que era evidente no modo como os selos foram colhidos e conservados. Organizei a coleção. Ganhei de minha madrinha um belo álbum para selos do Brasil comprado em São Paulo. Logo lhe preguei uma etiqueta de “Todo o cuidado é pouco” e a data de julho de 1954. Naturalmente, não tinha dinheiro para gastar nisso. Uma coleção parcial do Brasil Império, com alguns exemplares de “olhos de boi” e “olhos de cabra” (apelidos dados aos primeiros selos impressos no Brasil em 1843), seguidos das séries com a efígie de D. Pedro II, eram os mais valiosos. Ao longo dos próximos anos colecionei selos comemorativos individuais e em quadras e organizei os selos estrangeiros em álbuns. Aprendi sobre muitos países e sua geografia e história, o que me abriu o apetite para essas matérias. Piracicaba tinha na época um clube filatélico que passei a frequentar. Era muito jovem, mas havia outros jovens lá, ao lado de professores da Agronomia e de outros profissionais de todo tipo. Todos conheciam meu pai, o que me garantia um tratamento atencioso. Conheci, entre outros, o ilustre professor Manoel Rodrigues Lourenço, ex-vereador e ex-prefeito, pintor de renome, que, quando era moço nos anos trinta, tinha o apelido de Mandi, parte da dupla Mandi e Sorocabinha, dos primórdios da música caipira de raiz. Que um dia mostrou-me sua coleção de selos, para minha gran-
de admiração, pois era completa. Só sua coleção do Brasil Império devia valer uma apreciável fortuna. Digna de nota é uma coleção de selos das colônias francesas, outro presente de minha madrinha. Compravam-se assim coleções temáticas em lojas filatélicas de São Paulo, que já vinham organizadas, razão pela qual não eram muito apreciadas pelos verdadeiros filatelistas. Esta, porém, trouxe-me ao conhecimento uma série de países exóticos que às vezes aparecem nos noticiários internacionais e representam hoje o legado da França colonial. O laboratório Sandoz, naquela ocasião, ofereceu aos médicos interessados, gratuitamente, todas as séries de selos suíços “Pro Patria” e “Pro Juventute”, além de outras, emitidos todo ano. Eram belíssimos selos novos que chega-
vam duas vezes anualmente. Meu pai, pediatra, recebeu essas remessas por mais de vinte anos, que eu organizava para serem apreciados. Hoje, quando leio notícias econômicas do Brasil, lembro-me desses selos. Eles eram emitidos com uma sobretaxa que seria destinada às necessidades da juventude, da pátria e da natureza, como o próprio nome indicava. Quem os comprasse para sua correspondência sabia que estava contribuindo e para onde ia o dinheiro arrecadado. Lembra-me uma solução transparente, democrática, civilizada de cobrar imposto, ao contrário do que se faz aqui. Minha coleção há muitos anos continua a dormir na gaveta. Nada vale, tão anacrônica como navio a vela ou máquina a vapor. Em relação a mim, cumpriu seu papel e é parte de felizes lembranças.
TÚNEL DO TEMPO
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O
movimento contra o INAMPS continuou a estampar o Jornal da Imagem em abril de 1988. “Radiologistas fazem ‘Dia de Protesto’ e decidem paralisação progressiva em Assembleia Geral” foi o título da reportagem. Radiologistas de todo o país promoveram, com o respaldo do Colégio Brasileiro de Radiologia e das Sociedades Filiadas, um dia nacional de protesto, paralisando o atendimento aos segurados da Previdência. De acordo com o Dr. Domingos Correia da Rocha, o objetivo de tal ação era o de alertar os órgãos governamentais para a difícil situação do setor, prejudicado pela baixa remuneração e constantes atrasos, pois em alguns casos os serviços não recebiam há mais de quatro meses. Muitos destes serviços encontram dificuldades para manter a qualidade do atendimento, enquanto outros beiram a insolvência. Por fim, foi concluído: “Caso não sejam atendidas as reivindicações, todas elas negociadas e, conforme documentação em poder das entidades médicas, aceitas e não implantadas pelo INAMPS, até o final do mês, as Sociedades Filiadas e o CBR decidirão em Assembleia Geral pela paralisação progressiva e eventual descredenciamento dos serviços”. A criação do Clube de Radiologia de Santa Catarina também foi reportada. Com o objetivo de dinamizar as atividades médicas do Estado, os radiologistas de SC criaram no fim do ano, nos moldes do Clube Roentgen de São Paulo, o encontro denominando-o “Antônio Ferreira Filho” – em homenagem ao ilustre médico. Fizeram, então, uma primeira reunião que contou com a presença do homenageado e, a partir desse dia, deu-se início a uma interessante programação ainda em 1987. Para o ano de 1988, ela foi denominada de IV Encontro. “No mês de fevereiro, tivemos como convidados os Drs. Giovanni Guido Cerri e Alfredo Walbach, que abordaram aspectos de ultrassonografia, e problemas ligados à implantação da nova tabela do INAMPS”, dizia o trecho. E em abril, realizou-se o V Encontro do Clube dos Radiologistas de Santa Catarina. Naquela edição, a XIX Jornada de Radiologia do Rio de Janeiro era anunciada. Uma programação com alto nível científico, dirigida aos especialistas de todas as áreas da radiologia, foi prometida na reportagem pelo presidente do evento e do XII Encontro de Residentes em Radiologia, Dr. Hilton Koch. Realizada nos dias 16 e 19 de novembro daquele ano, a Jornada do Rio debateu temas da mais relevante importância, como a mesa-redonda Educação em Radiologia, o Curso de Ultrassonografia: Medicina Interna e a palestra O papel da Radioterapia. Outros destaques da programação foram os temas livres, que seriam selecionados por uma comissão julgadora da época, e o programa Pré-Jornada: a prova de Radiodiagnóstico e a prova de Ultrassonografia, ambos do CBR. As taxas de inscrições e o programa científico completo também compuseram a matéria.
Doppler, curso em Buenos Aires supera expectativas foi matéria na edição. Com um total de 27 médicos brasileiros, para as 40 vagas oferecidas pela equipe do Prof. Carlos Bruguera, em sua Clínica de Ensino por Imagem em Buenos Aires, constituiu-se em um encontro com êxito total. Seis professores, todos com muita experiência em Doppler extracardíaco, ministraram 50 horas de aula durante uma semana de curso intensivo com aulas teóricas e práticas. A hospitalidade da equipe organizadora sensibilizou a todos os participantes, que ao final, fizeram uma homenagem aos professores convidados e equipe. Os professores que ministraram o evento foram muito elogiados. Em um trecho foi destacado: “Um grupo de gabarito, que conseguiu realizar um curso de alto nível científico, que abrangeu todos os tópicos conhecidos na literatura atual (1988)”. Reportado ao final, estava o curioso fato de que a Dra. Elisabete Almeida Ruegger estaria planejando trazer o mesmo curso ao Brasil, com os mesmos professores que palestraram na Argentina. O curso, provavelmente programado para agosto daquele ano, contaria com 40 vagas e teria duração de uma semana, com 50 horas de aulas (teóricas e práticas), além de cinco aparelhos com Doppler duplex (contínuo e pulsável) com instrutores disponíveis para os alunos.
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NEGÓCIOS&OPORTUNIDADES Edição 476 – Abril de 2018
OPORTUNIDADES CLÍNICA de diagnóstico por imagem em Curitiba/ PR oferece vaga para radiologista para atuar em ultrassonografia (AplioMx), tomografia computadorizada (Aquilion 128 canais) e ressonância magnética (Avanto e Aera de 1,5T). Remuneração por produção. Contato com Alex: (41) 98403-5453 | alex@rdicuritiba.com.br (3) CLÍNICA de diagnósticos de Sorocaba com vagas para médicos ultrassonografistas, de preferência com título de especialista pelo CBR (Colégio Brasileiro de Radiologia) e com experiência em ultrassom geral e disponibilidade de horários. Contato com Paulo: p.silva@ centromedicosorocaba.com.br (1)
CLÍNICA em São Carlos (interior de SP) oferece vaga para ultrassonografista ou radiologista para atuar em USG, RX, MMG, TC e RM. Remuneração a combinar. Contato com Dr. Paulo: (16) 3364-2555 | drpaulo@radi-imagem.com.br (1) CLÍNICA radiológica em Americana/SP (a cerca de 30 km de Campinas) convida ultrassonografista para fazer parte do seu corpo clínico. Contatos com Marlene: (19) 3475-8090; (19) 3475-8097; (19) 98421-4344 | marlene. corneliosantos.5@gmail.com (1) CLÍNICA de diagnóstico com sede em Campinas precisa de médicos especialistas em imaginologia mamária. Contato: diretoria@clinicacde.com.br (1)
EQUIPAMENTOS VENDE-SE aparelho de ultrassonografia LOGIC P5 com três transdutores linear, convexo, endocavitário, em ótimo estado e com uso de apenas um dia por semana (mais ou menos seis horas). Aparelho 2011, ano 2011, em excelente estado com valor de R$ 50 mil. Contato com Dr. Luiz: (16) 3664-2281 | ultramed@hotmail.com (2)
VENDE-SE tomógrafo Siemens Emotion 16 canais com tubo pouco usado (53.000 scans) em ótimo estado. Localizado na cidade de Curitiba, PR. Contrato de manutenção Siemens 100% do tempo. Contato: (53) 98409-8909 | clinicaggr@yahoo.com (1)
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Outros eventos
Local
Reunião do Grupo de Estudos de Ultrassonografia (Geus)* Reunião do Grupo de Estudos de Proteção Radiológica (Latin Safe)
Sede da SPR
Reunião do Grupo de Estudos de Mama (Gema)* 5
Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia do Abdome (Gera)*
Maksoud Plaza Hotel
Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Musculoesquelética (Germe)* 10
11
Reunião do Grupo de Estudos de Tecnologia e Informática em Radiologia (Get)*
Sede da SPR
Reunião do Grupo de Estudos de Meios de Contraste Radiológicos (GEMCR) Clube Roentgen* – Mini CCRP Hospital A. C. Camargo
12
Reunião do Grupo de Estudos de Neurorradiologia (Gene)* Reunião do Grupo de Estudos de Cabeça e Pescoço (Gecape)*
17
Maksoud Plaza Hotel
Reunião do Grupo de Estudos de Tórax (Geto)* Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Intervencionista (Geri)*
19
Reunião do Grupo de Estudos de Profissionalismo e Gestão (Geproge)*
24
Reunião do Grupo de Estudos de Pediatria (Geped)*
Sede da SPR
Eventos da SPR
2018
MAI
Data 3a6 8
10
Evento
Local
48ª Jornada Paulista de Radiologia (JPR 2018)
Transamerica Expo Center, SP
Reunião do Grupo de Estudos de Tecnologia e Informática em Radiologia (Get)* Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Cardiovascular (Cardio) Reunião do Grupo de Estudos de Neurorradiologia (Gene)*
15
Informações sobre eventos da SPR: www.spr.org.br ou (11) 5053-6363.
*Evento com transmissão via web pela SPR ou pela Pixeon. Agenda completa das transmissões em www.spr.org.br/cursos-via-web.
Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Intervencionista (Geri)*
Sede da SPR
Maksoud Plaza Hotel
Reunião do Grupo de Estudos de Meios de Contraste Radiológicos (GEMCR) 16
Reunião do Grupo de Estudos de Ultrassonografia (Geus)*
Sede da SPR
Reunião do Grupo de Estudos de Proteção Radiológica (Latin Safe)
Sede da SPR: Av. Paulista, 491, cj. 41, São Paulo. Maksoud Plaza Hotel: R. São Carlos do Pinhal, 424, São Paulo.
Outros eventos
Clube Roentgen - Mini CCRP Hospital Israelita Albert Einstein 17
Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Musculoesquelética (Germe)*
22
Reunião do Grupo de Estudos de Pediatria (Geped)*
23
Reunião do Grupo de Estudos de Imagem Quantitativa (Giq)*
25 a 27
Clube Manoel de Abreu
Maksoud Plaza Hotel
Sede da SPR Araraquara, SP