JI de Setembro de 2018 | Ed. 481 by Sociedade Paulista de Radiologia

SPR GLOBAL Inscrições para o Progetto Diventerò 2018/2019 terminam em 24/9

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Informativo da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem | Setembro de 2018 | Edição 481

Encontro Nacional de Cardio tem inscrições até 20/9 O tradicional Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca (ENRC) será realizado em 5 e 6 de outubro, no Maksoud Plaza Hotel, em São Paulo. O programa desta edição contará com a partici-

pação da Dra. Subha Raman, cardiologista e professora de medicina interna, informática biomédica e radiologia em Ohio, nos Estados Unidos. Página 7

APLICATIVO DO JORNAL DA IMAGEM

Versão Desktop

Esta edição também está disponível em versão digital. Baixe o aplicativo na app store do seu dispositivo (versões para Android e iOS), ou acesse https://goo.gl/xOeCIw em seu computador.

EVENTOS SPR

CMA em Ribeirão Preto Em setembro, o Clube Manoel de Abreu chega a Ribeirão Preto, nos dias 14 a 16. O evento terá como tema O Que é Muito Importante Investigar e será composto por duas salas. De acordo com o presidente do CMA, Dr. Nelson Caserta, “o conteúdo desta edição é variado e possui assuntos controversos que trazem dúvidas, principalmente para os residentes”. Página 5

SPR inova no Curso Online Novamente pioneira no âmbito da Educação à Distância (EaD), a SPR anuncia a gratuidade do Curso Online de Radiologia (COR) para residências de todo o Brasil. A entidade passa a oferecer a base teórica de ensino de Radiologia e Diagnóstico por Imagem sem custos para qualquer serviço interessado Página 15

PALAVRA DO PRESIDENTE Edição 481 – Setembro de 2018 Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem Av. Paulista, 491 – 3º andar – CEP 01311-909 – São Paulo – SP Tel. (11) 5053-6363 – Fax (11) 5053-6364 www.spr.org.br

Filiada ao Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) • Departamento de Diagnóstico por Imagem da Associação Paulista de Medicina (APM)

DIRETORIA PARA O BIÊNIO 2017/2019

Dr. Carlos Homsi Presidente da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem

Atravessar fronteiras pelo conhecimento É com enorme satisfação, nesta edição do jornal, que anunciamos mais um grande e pioneiro passo da SPR no âmbito da Educação à Distância (EaD): o nosso Curso Online de Radiologia torna-se, agora, isento de custo quando oferecido para as residências e cursos de aperfeiçoamento reconhecidas pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) e pelo Ministério da Educação (MEC). A SPR cumpre um papel fundamental ao investir nos jovens radiologistas de forma abrangente, em nível nacional, facilitando-lhes o acesso ao conhecimento. O curso amadureceu ao longo dos últimos cinco anos, aprendemos a utilizar nossa robusta plataforma digital da melhor e mais produtiva forma, a fim de que seu uso ficasse intuitivo e dinâmico para o usuário. Estamos falando em democratizar a informação, algo essencial na era em que vivemos. Com essa ferramenta, qualquer residente de qualquer hospital ou clínica terá acesso a um conteúdo teórico de alto nível com aulas ministradas por professores muito reconhecidos em nossa especialidade. Para tanto, basta que o serviço de residência ou aperfeiçoamento ao qual pertença esteja inscrito no curso e que o residente seja membro da SPR. Outra novidade é que a partir de 2019 o Curso Online de Radiologia para Residências oferecerá uma atividade presencial de revisão do seu conteúdo durante a Jornada Paulista de Radiologia, que será muito conveniente àqueles que forem prestar a prova para o título de especialista do CBR – ou seja, aqueles que forem alunos da ferramenta e estiverem inscritos na JPR, terão a oportunidade de assistir às aulas e tirar suas dúvidas. Estamos felizes em poder oferecer aos residentes e aperfeiçoandos do nosso país, de forma prática, uma ferramenta que impulsione seus estudos e sua carreira, e contribua, lá na ponta, para uma Radiologia praticada com qualidade e responsabilidade, pelo bem dos pacientes.

Ainda a respeito da atenção e cuidado da SPR com relação aos residentes e aperfeiçoandos, acrescentamos um dia ao Curso de Atualização em Imagem (Prof. Dr. Feres Secaf) especialmente dedicado a eles na quinta-feira. Pela manhã, foi realizado um curso de Profissionalismo coordenado pelo Dr. Tufik Bauab Jr., que contou com a colaboração dos Drs. Conrado Cavalcanti e Emerson Gasparetto na elaboração do programa; foi um evento bastante diversificado, com debates sobre carreira e sucesso profissional, aulas de gestão financeira pessoal, erro médico e atendimento focado no bem-estar do paciente. Pela tarde, foi realizado o 4º Encontro de Residentes e Aperfeiçoandos em Radiologia e Diagnóstico por Imagem com discussão de casos, sala cheia e a participação cada vez mais ativa de residentes do Brasil, Portugal, Argentina e Chile, sob o comando sempre competente e descontraído dos Drs. Nelson Caserta e Hugo Guerra. Essa experiência de sucesso nos animou a novamente mantê-la e aperfeiçoá-la para o próximo ano. Confira a cobertura do evento na edição de outubro do Jornal da Imagem. Escrevo estas linhas após participar do Congresso Colombiano de Radiologia, em que a SPR teve atuação ativa, com diversos professores palestrando. Mais uma vez a sinergia entre as entidades foi ótima, o que nos ajuda a levar nossa parceria adiante, buscando benefícios para nossos membros em cursos e congressos deles, e vice-versa. E o intercâmbio continua: estamos prestes a participar dos Congressos Argentino, Chileno e Peruano de Radiologia; são eventos de altíssima qualidade, comparáveis aos melhores congressos da especialidade no mundo, e recomendamos a todos que participem. A SPR estará lá, trocando contatos e informações, levando professores e buscando mais oportunidades de desenvolvimentos para nossos membros.

Presidente Vice-Presidente Secretário-Geral 1º Secretário 2º Secretário Tesoureiro-Geral 1º Tesoureiro 2º Tesoureiro Diretor Científico Diretor de Defesa Profissional Diretor de Patrimônio Diretora de Assuntos Culturais Diretor de Tecnologia da Informação Presidente do Clube Roentgen Presidente do Clube Manoel de Abreu Presidente SPR Jr. Presidente do Conselho Consultivo

Carlos Homsi Mauro José Brandão da Costa Cyro Padilha Balsimelli César Higa Nomura Henrique Simão Trad Décio Roveda Jr. Gustavo Skaf Kalaf Douglas Jorge Racy Renato Adam Mendonça Jaime Ribeiro Barbosa Mauro Miguel Daniel Eloísa M. de Mello Santiago Gebrim Marcelo de Maria Félix Pablo Rydz Pinheiro Santana Nelson Gomes Caserta Renato Hoffmann Nunes Antônio Soares Souza

CONSELHO CONSULTIVO Antônio Soares Souza Antônio José da Rocha Ricardo Emile Baaklini Tufik Bauab Jr. Marcelo D’Andrea Rossi André Scatigno Adelson André Martins Renato Adam Mendonça Celso Hiram de Araújo Freitas Aldemir Humberto Soares Nestor de Barros Jaime Ribeiro Barbosa Luiz Antônio Nunes de Oliveira Giovanni Guido Cerri José Michel Kalaf Comissão Editorial

Aldemir Humberto Soares Carlos Homsi Celso Hiram de A. Freitas Cássio Ruas de Moraes Tufik Bauab Jr.

Edição Lilian Mallagoli – MTb 30.443-SP

Comunicação Tatiana Gentina jornaldaimagem@spr.org.br

Marketing Gustavo Takeshi – mkt@spr.org.br

Design Gráfico Marco Murta – Farol Editora farol@faroleditora.com.br Impressão Hawaií Gráfica e Editora São Caetano do Sul, SP

NESTA EDIÇÃO Conexão Digital...........................................4

SPR Global........................................17 a 19

Clube Manoel de Abreu....................... 5

Notícias...............................................20 e 21

GERA 2018........................................................6

Food & Arts...................................................22

ENRC 2018.........................................................7

Arte e Medicina.........................................23

JPR 2018...............................................8 a 13

Crônica............................................................ 24

Clube Roentgen.......................................14

Túnel do Tempo.......................................25

Grupos de Estudos...............................14

Negócios & Oportunidades...........26

Educação Digital....................... 15 e 16

Agenda.............................................................27

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da SPR.

ENTREVISTA

“Integração Brasil-Chile nos permite ouvir ótimos professores” O Congresso Chileno de Radiologia 2018, em Santiago, se aproxima – será realizado de 18 a 20 de outubro. Dr. Marcelo Gálvez, presidente da Sociedade Chilena (SOCHRADI), parceira da SPR, falou com o Jornal da Imagem e deixou suas considerações e expectativas. Ele abordou o esperado 2º Encontro Chile-Brasil de Radiologia, deu detalhes do 6º Encontro Nacional de Residentes, fez considerações sobre o programa e ressaltou a importância dos professores palestrantes e a integração entre os países. O que o sr. pode destacar sobre o congresso de uma maneira geral? Esta conferência é uma oportunidade para conhecermos os radiologistas do país, academicamente e socialmente - especialmente este ano, que será realizado o segundo encontro Chile-Brasil. Teremos a oportunidade de apreciar a presença dos nossos colegas brasileiros! O congresso foi projetado para cobrir os principais tópicos da especialidade, desde a revisão de alguns temas gerais, até as técnicas mais avançadas. Destaco também o trabalho realizado pelo comitê científico, encarregado de avaliar os mais de 1.500 casos recebidos do Chile e dos países vizinhos. O evento terá a participação de 100 professores chilenos e 11 brasileiros. Qual a importância dessa integração entre os países? Após o sucesso do 1º Encontro Chile-Brasil no Congresso Chileno de Radiologia, realizado durante a JPR em 2011, queríamos replicar o congresso, mas dessa vez no Chile, onde todos os professores internacionais vêm do Brasil. Nesta edição, serão dez especialistas da SPR e um professor de física médica,

O congresso foi projetado para cobrir os principais tópicos da especialidade, desde a revisão de alguns temas gerais, até as técnicas mais avançadas

usufruirmos de seus benefícios são pontos que devemos destacar.

que frequenta o curso de tecnólogos médicos. A importância dessa integração se dá pelo fato de podermos ouvir profissionais de bom nível da nossa região, que são comparáveis a radiologistas da América do Norte e da Europa.

O evento também abriga o 6º Encontro Nacional de Residentes. Qual a importância de cuidar da educação do jovem profissional? O encontro dos residentes é uma das partes mais interessantes e divertidas do congresso. É a possibilidade de ouvir jovens colegas em formação, de diferentes universidades, que se apresentam e defendem um caso clínico-radiológico de alguma subespecialidade. Dou ênfase especial à forma de apresentação e desenvolvimento do tema. Frequentemente, há perguntas de colegas que participam como avaliadores durante o encontro e, para este ano, teremos a honra de receber três residentes

Como o sr. avalia a parceria entre SPR e SOCHRADI? Esta é uma relação que leva anos e, sem dúvida, suas diferentes políticas se consolidaram. A possibilidade de realizar este congresso como um todo é um sinal da importância da conexão entre nossos povos. A possibilidade de sermos membros correspondentes, aberta aos membros da Sociedade Chilena de Radiologia, e

Qual abordagem os participantes podem esperar das 180 aulas programadas? De revisão a assuntos mais avançados; isso porque teremos colegas de todo o país que trabalham como radiologistas gerais e subespecialistas. Apresentaremos tópicos de inovação em diferentes áreas, incluindo workshops, desenvolvidos no próprio congresso.

da SPR como convidados. O prêmio para o primeiro colocado é a participação na Jornada Paulista de Radiologia de 2019, com inscrições e hospedagem pagas. Aqui no Chile, os residentes têm uma categoria especial na sociedade, a de sócios residentes, que lhes oferece a possibilidade de participar dos cursos e workshops por ela organizados. Eles têm 25% das cotas para as oficinas teórico-práticas que acontecem em todo o país, além de pagas as despesas de viagem, para que possam comparecer. Quais são os desafios hoje para a SOCHRADI? Os desafios para os próximos anos é crescer no número de membros. 56% dos radiologistas do país são afiliados à nossa sociedade, índice que vem aumentando significativamente nos últimos anos. Outro desafio é o início da recertificação de especialidades médicas que se inicia em dezembro de 2019. A sociedade tem um papel muito importante no desenvolvimento de cursos, oficinas e congressos que permitem adquirir pontos suficientes de educação continuada para os profissionais se recertificarem como especialistas.

CONEXÃO DIGITAL Edição 481 – Setembro de 2018

Protocolo DICOM Dr. Diogo Guilherme Leão Edelmuth

Dr. Diogo Guilherme Leão Edelmuth é médico pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e residente do 3º ano de Radiologia e Diagnóstico por Imagem no HC-FMUSP

O protocolo DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine) possibilita, atualmente, a interoperabilidade1 entre softwares médicos de diversos fabricantes, permitindo que instituições grandes e pequenas não fiquem reféns de um só produto ou empresa. Porém, isso nem sempre foi assim. Na década de 1970, com o surgimento de modalidades digitais de aquisição de imagem médica, cada fabricante tinha sua maneira proprietária de conectividade e seu padrão para o arquivamento das imagens e demais informações relacionadas ao estudo. Dessa forma, apenas o fabricante responsável pelo desenvolvimento da modalidade de aquisição da

imagem era capaz de extrair esse conteúdo para visualização pelo corpo clínico, distribuição ao paciente ou levantamento para estudos, limitando a liberdade da instituição e do paciente de manejarem os resultados. Em 1983, o American College of Radiology (ACR) e a National Electrical Manufacturers Association (NEMA) idealizaram, pela primeira vez, a possibilidade de interoperabilidade entre os fabricantes de aplicações de imagens médicas, levando, em 1985, à publicação da primeira versão do que um dia viria a ser chamado de DICOM, o então ACR-NEMA 300. Tal iniciativa, em uma época em que a radiologia digital ainda era incipiente, revela uma visão que hoje facilmente subestimamos diante da evidente

aplicabilidade das várias formas de interconectividade a que já nos acostumamos, desde a telefonia móvel até a internet, passando pelas facilidades já banalizadas de compartilhamento e colaboração de arquivos na nuvem. Além de preverem a importância que essa interoperabilidade teria um dia para a Radiologia e para a Medicina como um todo, essas organizações foram capazes de, já em 1993, publicar a versão do protocolo que perdura em sua essência até os dias de hoje, recebendo então o conhecido nome DICOM. Desde então, esse mesmo protocolo tem sido capaz de suprir as demandas de comunicação entre servidores, modalidades e workstations, permitindo a integração e o desenvolvimento de nossa especialidade.

9BAE. A instalação é extremamente simples; basta executar o arquivo neste link e seguir as orientações na tela. Depois de instalado, o servidor será executado automaticamente, bastando configurar a(s) modali-

dade(s) para que enviem suas imagens para o IP desse computador na porta DICOM do Orthanc (4242). Alternativamente, você pode fazer o upload de exames diretamente pela interface web.

Instalando um PACS Além de não precisarmos nos prender a um único vendedor, hoje em dia contamos com ferramentas open source que nos possibilitam implementar a logística digital de um serviço radiológico de maneira independente e barata. Um exemplo dessas ferramentas é o Orthanc, um servidor PACS gratuito, cada vez mais presente em projetos de integração DICOM, cuja popularidade se dá principalmente por sua facilidade de instalação e manuseio, inclusive por profissionais da saúde. Entre seus usos possíveis estão: 1. Transformar um pequeno serviço ambulatorial de imagem em um serviço com arquivo digitalmente estruturado (por exemplo, um consultório com um aparelho de ultrassonografia para exame complementar – muitos, hoje, ainda sem nenhum arquivamento ou dependentes de imagens salvas em pastas do Windows®);

2. Ser o servidor reserva de um serviço de urgência de forma a não interromper a interpretação dos estudos nos casos de falha do sistema principal; 3. Funcionar como servidor para teste de aplicabilidade e interoperabilidade de ferramentas inicialmente de pesquisa, como para algoritmos de Inteligência Artificial. Um sistema mínimo para essas funções deve conter o servidor PACS (Orthanc) e visualizadores DICOM, capazes de acessar os estudos armazenados. Embora seja possível conectar qualquer visualizador popular a esse sistema (por exemplo, Horos, Radiant, etc.), o próprio Orthanc possui um visualizador web que pode ser aberto diretamente no navegador. Para contar com essa funcionalidade é necessária a instalação da versão completa do software (com plug-ins), que pode ser encontrada em: https://goo.gl/sE-

A visualização dos exames pode ser feita a partir de qualquer computador da rede pelo navegador (como o Chrome), acessando o IP da máquina onde foi instalado, junto à porta web do Orthanc (8042) – exemplo: http://10.68.4.32:8042. Um tutorial básico sobre DICOM e a descrição detalhada do processo de instalação estão disponíveis em https://goo.gl/NGT2as e https://goo.gl/6Fffys.

1. Interoperabilidade é a capacidade de um sistema (informatizado ou não) de se comunicar de forma transparente (ou o mais próximo disso) com outro sistema (semelhante ou não).

EVENTOS SPR

Em setembro, CMA vai a Ribeirão Preto O Clube Manoel de Abreu deste mês será realizado nos dias 14, 15 e 16, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. O evento terá como tema principal: O Que é Muito Importante Investigar e será composto por duas salas. De acordo com o presidente do CMA, Dr. Nelson Caserta, “o conteúdo desta edição é variado e possui assuntos controversos que trazem dúvidas, principalmente para os residentes”. Uma sala abordará Medicina Interna, com a participação dos Drs. Cesar Nomura, Maria Clara Zanon Zotim, Patricia Prando Cardia, Marcus

Vinicius Nascimento Valentin e Douglas Racy. A segunda sala vai reunir aulas de Radiologia Musculoesquelética e Cabeça e Pescoço, apresentadas pelos Drs. Marcello Nogueira-Barbosa, Everaldo Gregio Jr., Gustavo Boasquevisque, Murilo Bicudo Cintra e Maria Clara Zanon Zotim. As inscrições são realizadas somente no local do evento, antes do início das aulas. Membros da SPR desfrutam gratuitamente dos benefícios oferecidos nos encontros (aulas, almoço e jantar). Radiologistas residentes não associados pagam uma taxa de R$ 365 pela participa-

ção destinada ao custeio das refeições. Acompanhantes dos membros da SPR (um adulto e duas crianças com até 8 anos) são isentos para participação da programação social; já os acompanhantes dos não membros e os demais acompanhantes dos membros da Sociedade devem efetuar o pagamento de R$ 210. A quinta e última edição do CMA deste ano ocorrerá nos dias 19, 20 e 21 de outubro, em Bauru, São Paulo. Reserve sua hospedagem e adquira sua passagem em http://www.consultareeventos.com.br.

Mais informações sobre esta edição no site http://spr.org.br/eventos/clube-manoel-de-abreu.

EMPRESAS PARCEIRAS

Confira os contatos destas empresas na página 26 desta edição.

EVENTOS SPR Edição 481 – Setembro de 2018

2º GERA recebe professor de Portugal São Paulo vai sediar o 2º Curso Temático Anual do Grupo de Estudos de Radiologia do Abdome (GERA), que será realizado nos dias 10 e 11 de novembro, no Maksoud Plaza Hotel. O curso terá um programa multidisciplinar apresentado por especialistas brasileiros renomados e um convidado

internacional: Dr. Filipe Caseiro, professor catedrático de radiologia da Faculdade de Medicina de Coimbra e presidente da Sociedade Portuguesa de Radiologia e Medicina Nucelar (SPRMN). O evento terá um dia e meio de aulas, dividas em seis módulos, coordenados pelos Drs. Douglas J. Racy,

Fernanda Garozzo Velloni, Nelson Caserta, Regis Otaviano França Bezerra e Tufik Bauab Jr. O objeto de estudo desta edição é Fígado, e será baseado em módulos de conceitos básicos aos mais aprofundados, permitindo a participação tanto de radiologistas iniciantes, como de experientes.

Dr. Filipe Caseiro: “Muito contente por ser palestrante deste curso” Quais suas expectativas em lecionar neste curso? São obviamente as melhores e fico muito contente pela decisão da SPR em me incluir como professor deste prestigiado curso. Espero poder contribuir com as aulas que resultam em grande parte da experiência como professor da Sociedade Europeia de Radiologia e da sua Escola de Radiologia (ESOR). Também, a experiência de subespecialização através da Sociedade Europeia de Radiologia Abdominal (ESGAR) é determinante e sei que muitos colegas brasileiros já incluíram este congresso anual na programação das suas atividades de formação. Isso é muito bom e gratificante. O que os participantes podem esperar de cada uma de suas aulas – Alterações Vasculares Hepáticas; Lesões Incidentais no Fígado; e Tumores Hepatocelulares Benignos? A utilização de meios tecnologicamente avançados para estudo do fígado, em particular o uso de estudos dinâmicos com contraste intravenoso em qualquer modalidade seccional, veio criar novos desafios semiológicos na interpretação das imagens. Não está em causa somente o diagnóstico positivo da alteração vascular, mas a compreensão da fisiopatologia que lhe está adjacente. Nesse sentido, espero poder mostrar usando, sobretudo, as técnicas de TC e RM como estas anomalias vasculares podem ser interpretadas, segui-

das e mesmo diferenciadas segundo os aspectos imagiológicos. Por vezes, é muito gratificante poder sugerir o diagnóstico contribuindo decisivamente para o planejamento terapêutico destes pacientes. As lesões incidentais hepáticas constituem um numeroso grupo de entidades nosológicas que são descobertas com muita frequência em exames de imagem seccional, ligados ou não de base à exploração hepática. O problema surge quando é necessário obter um diagnóstico que tranquilize o clínico e o doente, sobretudo nos casos em que a decisão é a abstenção terapêutica. São vários os desafios que se colocam – quando vigiar, como vigiar, quando intervir ou mesmo propor uma decisão cirúrgica ab initio. É também aqui muito relevante o papel da imagem seccional não invasiva, e a ideia será também revisitar as guidelines internacionais neste domínio, em que tem especial relevância as produzidas pelo Colégio Americano de Radiologia (ACR) e pela Associação Europeia para o Estudo do Fígado (EASL). Finalmente, no tema das lesões hepatocelulares benignas, a ideia genérica é revisitar a sua recente reclassificação, sobretudo no que concerne ao adenoma hepatocelular, e explicar, através de exemplos práticos apoiados na evidência científica, quando e como gerir a decisão diagnóstica e terapêutica. De fato, o problema do nódulo hepático ocasional ou desenvolvido em doenças difusas

Atendendo ao caráter multidisciplinar do exercício da Medicina, (...) é nossa missão e visão combater o isolacionismo profissional ou científico (NAFLD, NASH) é um dos pontos quentes de qualquer reunião multidisciplinar de decisão. Assim, este tema, para além de revisitar a patologia e classificação molecular dos nódulos hepatocelulares benignos, tem como ponto fulcral entender a contribuição da imagem não invasiva, em particular dos contrastes hepato-específicos – quando usar, como usar, qual o benefício esperado. Assim, os três temas propostos dirigem-se essencialmente ao radio-

logista que pretende obter informação atualizada em curso de revisão. Já a aula sobre imagem funcional hepática tenta dar uma visão de quais as técnicas de imagem avançadas (difusão, IVIM, perfusão, análise textural) que estão ou podem vir a estar ao nosso dispor num futuro próximo e qual a evidência clínica científica produzida até hoje. É que, apesar da sua chegada a um estado de maior maturidade, muitas das técnicas continuam a sofrer de problemas de reprodutibilidade e isso tem obviado à sua aplicação clínica mais alargada, reservando-se muitas vezes a contexto de investigação e apenas presentes em meios acadêmicos mais restritos. Espero que a minha contribuição vá de encontro ao que os organizadores planejaram, sendo por isso um misto de curso de revisão e também de nível mais aprofundado no que toca à moderna imagem médica em hepatologia.

EVENTOS SPR

Poderia falar sobre seu trabalho frente à Sociedade Portuguesa de Radiologia e Medicina Nuclear? Estou na presidência já há quatro anos, após mais de 15 anos de colaboração ativa e empenhada em outros cargos dos corpos sociais, dos quais destacaria a minha contribuição como editor chefe da revista Acta Radiológica Portuguesa, que caminha a passos largos para a sua futura indexação, agora sob o comando do novo editor, o Prof. Paulo Donato. Uma das atividades mais importantes e que me tocou mais profundamente, em virtude da vocação universitária, foi o lançamento, há quase três anos, da Escola da SPRMN, em que os professores de diversas áreas científicas têm em articulação com a SPRMN prestado uma inestimável contribuição para a formação pós-graduada dos residentes de Radiologia em Portugal. Não só foi importante por esse motivo, mas também porque pôde aproximar a Radiologia Portuguesa e os membros da SPRMN da sede da Sociedade e da sua vida cotidiana. Acho que muitos ficarão marcados para a sua vida profissional com esta gratificante experiência. Qual a importância da integração entre profissionais de diferentes países nos eventos científicos? A SPRMN tem desde sempre mantido um leque de colaborações estreitas com as suas congêneres nacionais e internacionais. Atendendo ao caráter multidisciplinar do exercício da Medicina, em que a Radiologia desempenha, a meu ver, papel preponderante, é nossa missão e visão combater o isolacionismo profissional ou científico. O melhor desempenho médico provém da colaboração multidisciplinar e do cruzamento de informação entre as várias especialidades. Este é o motivo que norteia a profusão atual de sociedades de subespecialização a que temos vindo a assistir. É natural que, sendo

a Radiologia uma ciência transversal a todos os campos médicos, encontre mais dificuldades em angariar corpos de opinião mais alargados. Para dar um exemplo, ainda há pouco tempo colaborei em um evento científico exclusivamente dedicado ao diagnóstico e tratamento de patologia pancreática, em que a cirurgia e a anatomia patológica apenas lidam com casos pancreáticos e, por isso, possuem um nível elevadíssimo de subespecialização. É esse nível que pode ser mais difícil de obter entre a comunidade radiológica que vive muito assoberbada com grandes volumes de trabalho assistencial pluridisciplinares. As relações internacionais da SPRMN passam por estabelecer convênios e protocolos de cooperação com várias sociedades científicas. Concretamente, e no caso dos nossos irmãos brasileiros, é com grande gosto, estima e apreço, que mantemos uma relação profícua de longa data que envolve a permuta de reputados professores de ambos os países. Foi também através deste tipo de convênio que pudemos lançar e abrigar a reunião de Radioproteção sob a égide da Organização Mundial da Saúde (OMS) para os países de expressão oficial portuguesa e que vai conhecer a sua segunda edição no Brasil num futuro próximo. É, para nós, fundamental continuar a partilhar as nossas experiências profissionais e mostrar a enorme capacidade técnica e científica que ambos os países possuem. Colaboramos, ainda, ativamente e somos membros de pleno direito do Colégio Interamericano de Radiologia (CIR). Fechamos acordo com o Brasil já vários anos e tive o gosto de ter estado particularmente envolvido nesses tempos iniciais. Espero que o 2º GERA seja uma grande reunião científica para além de um agradável reencontro com os grandes amigos brasileiros que a Radiologia Portuguesa guarda no seu coração.

Fique atento às inscrições O terceiro e último prazo de inscrições com desconto para membros e não membros da SPR começa em 1º de setembro e estende-se até 25 de outubro. Os interessados podem se inscrever via site, correio, fax e pessoalmente na sede da SPR. Não perca, pois, as vagas são limitadas! Mais informações em http://bit.ly/2GERA2018.

ENRC: inscrições até 20/9 O tradicional Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca (ENRC) será realizado em 5 e 6 de outubro, no Maksoud Plaza Hotel, na capital paulista. As inscrições estão abertas em http://bit.ly/11ENCRC2018 até o dia 20 de setembro. Após o prazo, se ainda houver vagas, os interessados deverão se inscrever no local do evento. Organizado pela SPR em parceria com a Society of Cardiovascular Computed Tomography (SCCT) e a Society for Cardiovascular Magnetic Resonance (SCMR), o curso tem como coordenadores os Drs. Andrei Skromov de Albuquerque, Henrique Simão Trad, Juliano de Lara Fernandes, Marcelo Hadlich, Otávio Rizzi Coelho Filho e Walther Ishikawa. O evento apresenta a radiologistas e cardiologistas o que há de mais atual na área em conteúdo científico e tecnologia, ministrado por grandes professores brasileiros. Nesta edição, a SPR tem a honra de receber uma convidada estrangeira, a Dra. Subha Raman, cardiologista e professora de medicina interna, informática biomédica e radiologia no Centro Médico Wexner da Universidade do Estado de Ohio, Estados Unidos. Ao ingressar no corpo docente da Faculdade de Medicina do Estado de Ohio em 2002, a Dra. Raman estabeleceu os programas cardiovasculares de RM e TC. Em 2006, ela também criou a bolsa de especialidade em imagem cardiovascular do estado de Ohio, que

atrai estagiários de todo o mundo. A especialista já publicou mais de cem artigos e foi nomeada uma das melhores médicas da América do Norte em 2009. Seus interesses clínicos incluem: risco familiar e doença cardíaca hereditária, doença cardíaca em distúrbios neuromusculares, doença cardíaca isquêmica e cardiomiopatias. Confira outras informações e a programação completa no site do evento.

Cobertura do Curso Feres Secaf em outubro O 22º Curso de Atualização em Imagem (Prof. Dr. Feres Secaf) foi realizado de 16 a 19 de agosto, no Maksoud Plaza Hotel, em São Paulo. O evento contou com a participação de mais de 2.000 participantes e, entre seus destaques, foram apresentados o 4º Encontro de Residentes, o Módulo de Profissionalismo para Residentes, a etapa final do Concurso SPR-AIRP e, as partes práticas dos novos Cursos Híbridos da SPR, Segurança em Radiologia, Teórico-prático ACR BI-RADS ®, Radiologia de Emergências e Imagem em Endometriose. Confira a cobertura completa do evento na edição de outubro do Jornal da Imagem, que pode ser acessado pelo site da SPR – www.spr.org.br – ou pelo aplicativo desenvolvido para Android ou iOS; basta acessar a respectiva loja.

JPR 2018

Atualização científica diferenciada Finalizamos, nesta edição, a cobertura da 48ª Jornada Paulista de Radiologia (JPR 2018), realizada em maio em São Paulo, com a publicação da impressão de professores e participantes sobre dez dos módulos apresentados. Mama Natural de Ohio (EUA), a professora Mary C. Mahoney compareceu à JPR para aulas em diversas salas. No segundo dia de evento, o destaque foi a aula Tomossíntese Diagnóstica: Indicações e Aplicações Clínicas, na sala de Mama, muito lotada. “A audiência é ótima; eles são atentos, fazem perguntas, e acho isso muito importante!”, disse. “O convite que recebi me trouxe pela quarta ou quinta vez a este encontro”, lembrou a professora, também responsável pela indicação de sua colega, Mary S. Nowell, para aulas na mesma sala. “Sou membro do quadro de diretores da RSNA, então também vim representando a entidade”, ressaltou. Sua interação com a medicina brasileira se dá há muito tempo, mas o trabalho, na maioria do tempo, é feito pela internet, em intensas trocas de e-mails com representantes da SPR. “Trabalhei com o Dr. Luciano Chala, que coordenou as atividades desta sala. Coordeno do lado americano”, contou. Uma de suas aulas, à que atribui maior relevância, tratou de densidade mamária: “É um tema em alta nos EUA”. Sobre a JPR, disse que acha que “é o terceiro maior encontro de radiologia do mundo, muito bem organizado, e é exatamente igual ao maior do mundo, o da RSNA, mas menor”. A congressista Dra. Maria Helena Araújo Teixeira, Belo Horizonte, MG, vem quase todos os anos para a JPR: “O enfoque em mama está muito relacionado a novos métodos, principalmente com ressonância. Nos últimos cinco anos, o foco da JPR mudou muito; acho interessante que a investigação mamária

tenha mudado, por tecnologia e avanços da medicina”. Residente do terceiro ano em radiologia, Dra. Tatiane Fritz Pires, de Lageado, SC, também tem interesse na área: “As aulas da Dra. Mahoney são ótimas; estou acompanhando desde o primeiro dia. Acredito na importância da atualização, pois a radiologia está sempre em evolução”.

Medicina Nuclear O radiologista do Instituto de Medicina Nuclear e Endocrinologia de Brasília – IMEB, no Distrito Fe-

deral, Dr. Renato Amaral participa com frequência da JPR. “Como Medicina Nuclear faz parte do meu dia a dia, quis assistir apenas às aulas relacionadas à minha área de atuação. A organização do evento está muito boa e os temas que mais gostei são os de PET/CT e medicina nuclear convencional”, registrou.

Musculoesquelético Pela terceira vez no evento, Dr. John Carrino considera a JPR um dos principais eventos de radiolo-

Com reportagem de Daiane Bugatti, Gustavo Angimahtz e Marco Murta. Fotos de Carolina Cassiano e Renato TK

gia do mundo e ressalta que está no mesmo nível de outros eventos internacionais da área: “Estive envolvido em toda a parceria da RSNA e da SPR há seis anos, e agora me sinto muito sortudo e grato por ter sido convidado para participar da organização do curso de Musculoesquelético e também ajudar nas aulas para residentes. Vejo o evento com uma organização impecável, uma ótima comunicação e ótima também na parte de educação, além de contar com pessoas muito atenciosas para saber se nosso material está pronto para ser apresentado.” Outro ponto ressaltado pelo Dr. Carrino foram os temas, dos quais ele considera bastante atuais e com o timing perfeito: “O tema de educação, por exemplo, foi discutido em nível altíssimo. E a Inteligência Artificial não é um tema tão novo, o conceito já está nos rondando há algum tempo, mas acho que agora estamos vendo a capacidade dos computadores e a disponibilidade do grande conjunto de dados realmente aplicados à Inteligência Artificial. Então podemos caracterizá-la como uma ajuda especializada e como ferramentas adicionais para facilitar os processos em que os computadores são melhores, complementando sempre com as habilidades humanas. No meu caso, acredito que irá me ajudar muito mais na interpretação.” A RSNA continuará por mais três edições com a JPR, em anos intercalados, trabalhando conteúdos em conjunto, e ele acredita que a SPR tem uma grande influência na América do Sul e é responsável por uma grande sinergia entre as Américas.

JPR 2018

O módulo também recebeu o convidado internacional Dr. William Morrison, que já esteve na JPR em 2016 e retornou para a palestra Pubalgia em Atletas/Alterações Inguinais, entre outras, uma das sessões interativas do painel de apresentação de casos. O médico, que se considera “um quarto brasileiro”, diz amar São Paulo e o Brasil, e elogiou muito as apresentações. O professor também elogiou a radiologia brasileira e o encontro promovido pela SPR com a RSNA: “É ótimo interagir e ter essa conexão com as sociedades. Adoro interagir com as pessoas daqui”, comentou. Dentre os temas que apresentou, abordou uma pesquisa que tinha acabado de concluir sobre infecção por comida diabética, e apresentou muitos dados sobre atletas que voltaram a jogar. Sua fala foi bem recebida pela plateia, que lotou a sala de musculoesquelético e fez muitas perguntas. Do Brasil, Dr. Marcelo Bordalo Rodrigues coordenou o módulo com os Drs. Flávio Duarte Silva e Paulo Victor Partezani Helito, tendo o Dr. Carrino, de Baltimore também como parceiro. Ele destacou com satisfação o elevado nível das aulas desta edição da JPR e a participação dos professores estrangeiros: “Nós tivemos a oportunidade de fazer parte de uma excelente Jornada, com aulas de alto nível e temas que ofereceram um conhecimento abrangente para os especialistas em radiologia musculoesquelética”. Da mesma forma, o radiologista argentino Dr. Guillermo Azulay ministrou quatro aulas no módulo e se disse bastante impressionado com o nível de participação do público e com a organização geral: “O tempo

que é o melhor congresso em que já fui”. Seu interesse específico era nos temas sobre mãos e punhos: “É uma área que estou aprendendo, fazendo ultrassom e ressonância”.

Neurorradiologia

definido pela comissão científica para a duração das aulas permitiu momentos de interatividade com os participantes, e isso representou uma experiência muito interessante de compartilhamento. Gostei bastante das sessões interativas”. O médico radiologista Dr. Almir Urbanetz, de São Paulo, esteve pela quarta vez na Jornada: “Escolhi assistir à palestra do professor Heber McMahon, de Chicago; os temas das aulas vêm melhorando a cada ano”, afirmou. Já o jovem Luis Eduardo Souza, residente de medicina em Belém, no Pará, veio pela primeira vez e ficou impressionado: “É muito bom, acho

Dr. Mauricio Castillo completou este ano sua terceira JPR, mas já rodou o Brasil a trabalho, tendo conhecido Fortaleza, Brasília, Recife, Ceará, Porto Alegre e Rio de Janeiro, entre outros. Sua palestra Gliomas: Classificação Baseada em Genética tratou de casos de tumores cerebrais e seus prognósticos. Presidente eleito da American Roentgen Ray Society (ARRS), ele também mostrou os aspectos biológicos e como o glioma afeta o diagnóstico por imagem. Além de sua especialidade, ele é frequentemente convidado para palestrar sobre publicações. “Eu falo sobre publicações e pesquisa às vezes porque fui editor no American Journal of Radiology, em Chicago”, explicou. O tema também foi abordado pelo profissional no segundo dia da JPR 2018, e ele falou sobre igualdade de gênero, pois “não temos muita representação de neurorradiologistas mulheres na radiologia”.

Ele ficou satisfeito em ter mostrado como as coisas mudaram na radiologia. “Nossos patologistas ainda são muito importantes para o diagnóstico, mas hoje, o que achamos com o diagnóstico por imagem é fundamental para aprimorar esse resultado”. Antes de vir para o Brasil, ministrar aulas na JPR 2018, a Dra. Noriko Salamon, de Los Angeles (EUA), fazia ideia de que o evento era uma grande reunião da área, mas deixou clara a surpresa acerca da organização e da qualidade dos materiais e palestras. Em suas primeiras aulas, o tema principal foi a epilepsia pediátrica e adulta. Ela ressaltou que o tratamento em crianças pode ter um resultado mais satisfatório até para uma possível cura, pois o cérebro infantil ainda está se desenvolvendo e tem tempo para se recuperar completamente. O processo de tratamento pode ser o mesmo para crianças e adultos, mas para os mais velhos o problema pode ser crônico e é provável que ele tenha convivido com este problema desde a infância, muitas vezes tomando remédios por mais de 20 anos. Então, o tratamento com certeza é mais devastador. Pela tecnologia e a inovação terem sido temas recorrentes dessa Jornada, ela falou um pouco sobre como o avanço já ajuda, mas que tem ideias que poderiam ser ainda mais úteis para a área: “A tecnologia já está ajudando muito com imagens cada vez melhores; entretanto, os olhos humanos possuem certa limitação. Portanto, um caso muito específico como o meu, de epilepsia, pode exigir um olhar maior do que apenas o exame pronto e a conversa em grupo com outros profissionais da área ou estudantes. Tudo em radiologia precisa ser um trabalho em equipe, então se tivermos facilitadores para compartilhar uns com os outros, como algo que um médico de outro hospital possa consultar e opinar, será ótimo. E também para os estudantes, para que possam ver uma imagem e já ter acessos às respostas ali mesmo, automaticamente.” Ensinar é sua paixão: ela é professora na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e tenta passar para os alunos a importância do trabalho em equipe e do compartilhamento de informações.

JPR 2018 Edição 481 – Setembro de 2018

De Salvador, a Dra. Simone Baltar considerou o conteúdo em geral abrangente e totalmente aplicável: “O que acho mais interessante são as apresentações dos trabalhos mais novos. Tivemos uma aula do que acabou de sair no mercado, no começo do ano, até na parte de mudanças de condutas e tratamento. É realmente uma atualização bem completa, com ótimo conteúdo e bem apresentado. É ótimo para melhorarmos e nos assegurarmos de que estamos aplicando isso no dia a dia”, disse. No domingo, foi apresentada a sessão Casos Apresentados por Residentes: Casos Selecionados do Brasil, fruto das reuniões mensais do Grupo de Estudos de Neurorradiologia (Gene) da SPR. A sessão contou com os Drs. Luiz Antonio Pezzi Portela e Antônio José da Rocha como moderadores e teve a presença dos cinco residentes responsáveis por apresentar seis casos: Drs. Larissa Martins, Plínio Armelin, Maurício Kase, Ana Paula Fonseca e Lucas Farias. Durante todo o tempo, Dr. Rocha instigou a plateia a participar, perguntando sua opinião e citou como seria a leitura da Inteligência Artificial em alguns dos casos. Após rápida votação, os vencedores foram: Dra. Larissa Martins em primeiro lugar; Dr. Lucas Farias em segundo; e, finalmente, Dr. Maurício Kase. Houve também a entrega dos prêmios dos casos de 2017: em 1º lugar, Dr. Alexandre Maksoud Piccolo; em 2º lugar, Dr. Sebastião Neto.

Oncologia A sala temática de Oncologia recebeu, pela primeira vez, o professor de Chicago, Heber McMahon, que, na manhã do dia 4, proferiu duas palestras sobre Oncologia Torácica. Intituladas Avanços na Radiografia e TC de Tórax para a melhor Detecção de Câncer de Pulmão (Subtração de Energia, Tomosíntese e Outros para Radiografia e CAD e Inteligência Artificial para TC) e Manejo dos Nódulos Pulmonares Detectados por TC: Diretrizes e Atualizações Recentes, as aulas permaneceram lotadas: “São tópicos sobre os quais já escrevi e falei sobre, então são de meu interesse, e acredito que são apropriados para este tema e sala. Algumas pessoas podem não ser muito familiariza-

das com novos desenvolvimentos, então eu gosto de mencionar o que é novo na área da detecção de câncer”, completou. Dr. McMahon defende a repetição para a educação da comunidade médica: “Alguns radiologistas não estão a par de algumas capacidades técnicas de equipamento e nem de quanto conseguem melhorar com as novas tecnologias que estão disponíveis no mercado”. Ele também explicou que a nova geração de médicos nos EUA já utiliza os equipamentos extraindo mais capacidade técnica dos mesmos, por praticidade e utilidade: “Pode não estar disponível para que todos usem em suas práticas diárias, mas é importante saberem disso para quando tiverem a oportunidade”, enfatizou. A última palestra do módulo foi também um destaque para o professor, que ouviu atentamente o colega Dr. Rodrigo Caruso Chate sobre Protocolo de Rastreamento de Pulmão com CT de Baixa Dose: Situação Atual e Impacto na Sobrevida do Brasil e do Mundo. “Eu estava

muito interessado no diagnóstico de câncer de pulmão por imagem fora dos EUA, e foi muito apropriado. Isso fará com que mais pessoas usem imagem para o câncer de pulmão”, afirmou. Esta foi a primeira vez do Dr. McMahon no Brasil; sobre a JPR, o tamanho do evento e a qualidade da tradução o impressionaram: “Acredito que muita gente nos EUA não tenha ideia do tamanho deste encontro. Outro ponto interessante é que a maioria dos encontros internacionais é em inglês, e este é um encontro enorme em português. A tradução funcionou muito bem. Sem ela, não poderia acompanhar nada! Estou impressionado”, concluiu após dar a certeza de um retorno ao Brasil. Profissional de Aracaju, SE, Dr. Celso Luis tenta não perder a JPR. Em sua prática diária, ele costuma lidar muito com a área: “Sou radiologista geral, mas acabo dando muito laudo oncológico, então estou priorizando as aulas de oncologia”. Animado com o evento, afirmou que a literatura é similar, mas

o enriquecimento vem das práticas compartilhadas: “O diferencial é quando o professor traz sua experiência e os dados do hospital em que trabalha”, reforçou.

Pediatria O professor alemão Alexander Radbruch estava, pela primeira vez, na América Latina: “Amei o estilo de vida daqui, as pessoas, todos me deram boas-vindas, e invejo a forma como vocês tratam as visitas”, confessou. Sua palestra, lotada, abordou um tema importante em Pediatria: o uso de contraste em crianças. Sob o tema Meios de Contraste em Pediatria: Indicações e Contraindicações, ele abordou o uso do Gadolínio, e como ele afeta o infante, bem como as discussões em torno do tema em países europeus, nos EUA e no Japão. “Em primeiro lugar, é importante frisar que a visão de que os americanos usam métodos mais nocivos é uma simplificação”, ressaltou. “É exagerado dizer ‘a visão americana’ ou ‘a visão europeia’, mas o fato é que nos EUA apenas não há restrição por não haver provas, e na Europa não se usa por precaução, mas há profissionais favoráveis a ambos os métodos nos dois lugares”, explicou. Também trouxe suas preocupações sobre o tema, como o medo de as pessoas desenvolverem o que chama de “fobia” e não quererem mais usar este tipo de contraste; a toxicidade da substância e o âmbito jurídico/legal. “O debate em torno deste tema existe há quatro anos, e o que trouxe de novo este ano são as decisões regulatórias; isso significa que, na

JPR 2018

Alemanha, eu não posso mais dar o contraste linear, mesmo se eu quiser”, completou. O medo do Gadolínio se daria porque, ao verem na imprensa sobre a doença do Depósito de Gadolínio, os pacientes não irão mais aceitar usá-lo. “Mesmo nas situações em que realmente precisem; por isso, é importante que sejamos claros com os pacientes, e definitivamente precisamos de mais Ciência para isso”, disse. Para os radiologistas que estão entrando no mercado, fez o apelo: “Mantenham-se curiosos, saiam da caixa”. Dra. Adonis Manzella, de Recife, PE, tem interesse no tema: “Sou coordenadora do Curso de AVR e a gente aborda isso, então para estar ciente de tudo o que está acontecendo e se há novidades sobre o assunto, escolhi o módulo de Pediatria”. Dra. Bianca Guedes Ribeiro é radiologista pediátrica no Rio de Janeiro e também participou das aulas: “Todos os palestrantes são conhecidos no meio. Venho todo ano. É bem polêmico o assunto de contraste em Pediatria, e existe uma divisão muito grande da escola americana e europeia; a recomendação ainda não é tão clara. Então, temos que estar sempre nos atualizando”. Um dos destaques já muito aguardado do módulo é a Gincana de Pediatria. Este ano, começou descontraída, com o time 1 brincando com o atraso de dois minutos do time 2. Dr. Henrique Lederman estava muito animado e alfinetou: “Time 2, não se preocupe, vocês pelo menos serão vice!”, enquanto Dr. Pedro Daltro chegava correndo.

Dr. George Bisset III, dos EUA, fez a apresentação da dinâmica e de todos os participantes dos dois times. Eram diversas as categorias das perguntas, médicas ou não – Bad to the Bone, Fire in the baely, Get it off your chest, High frequency, Dont swallon e Brasil –, que ficavam cada vez mais difíceis, conforme a brincadeira avançava. As respostas se alternavam de um time para o outro. No fim, houve empate. Ao Jornal da Imagem, Dr. Bisset, que esteve pela sétima vez na JPR, falou sobre a perspectiva com as atualizações e avanços tecnológicos, muito comentados no evento: “Acho que será um tema crescente para a radiologia de maneira geral. Na pediatria, também teremos o impacto do avanço da Inteligência Artificial, mas ainda precisamos esperar um pouco para entender esse cenário”.

PET/CT Após a aula bastante elogiada pela plateia sobre o Impacto de Interpretação de PET-CT, o Dr. Eric

Rohren falou sobre a importância da JPR: “Esta é a minha terceira JPR e posso enumerar razões pelas quais o evento é maravilhoso e o quanto eu consigo aproveitá-lo. Primeiro, porque quando estive aqui pela primeira vez, em 2014, eu não conhecia quase ninguém, mas fiz amizade com muitos colegas da radiologia, da medicina nuclear e, o melhor, de todos os lugares do Brasil e da América do Sul. Voltei em 2016, e vi esse mesmo grupo de pessoas; e esse ano já sinto como se fôssemos velhos amigos”. Falou ainda sobre a importância de ter pessoas de todo o continente e da oportunidade de trocar experiências e discutir tópicos importantes. Outra razão mencionada por ele é a troca mais específica de ideias entre Brasil e Estados Unidos: “Temos coisas que fazemos mais avançadas nos Estados Unidos, mas o contrário também acontece; muitas vezes, o Brasil está à nossa frente. Então, consigo aprender e ver coisas novas aqui, assim como con-

sigo compartilhar o que sei. É uma forma rápida de comunicação entre os dois países. Acho que é um grande benefício para área e só agrega”. Em sua opinião, o grande desafio em aplicar a Inteligência Artificial em PET/CT se dá por sua complexidade, pois seria preciso ensinar ao computador tudo sobre a radioatividade e a variedade de informações vindas dos diferentes rastreios. Porém, ressaltou que será muito útil na ajuda da interpretação dos exames. Dr. Victor Martins Isac, radiologista especializado em oncorradiologia e radiologia abdominal, de Brasília, DF, acompanhou o módulo e elogiou a organização do evento: “Esta é a oitava vez que venho e vejo que a cada ano só melhora. O que mais me chamou a atenção foram as aulas de Inteligência Artificial, uma novidade para nós, algo que está despertando a atenção de todos e que ainda vai suscitar muitas discussões. Particularmente, as aulas de PET/CT estão de altíssimo nível. Uma das aulas, de anatomia, foi de grande valia, principalmente para o médico nuclear”. R4 no Hospital das Clínicas de São Paulo, Dr. Caio Hannuch Nascif se alternou entre as aulas de PET/ CT e Oncologia: “Para mim, o mais interessante na Jornada é poder me atualizar com coisas que a gente acaba não vendo tanto no dia a dia, os estudos recentes, as novas opções de tratamento e como isso implica na nossa interpretação, pois são temas que não chegam necessariamente tão rápido ao mercado. E esse é justamente o objetivo de vir ao congresso: a gente se antecipa e, quando isso chega à rotina, sabemos lidar”.

JPR 2018 Edição 481 – Setembro de 2018

Técnicos e Tecnólogos em Radiologia O módulo abordou temas variados, como Mamografia, Ressonância Magnética, Tomografia Computadorizada, Gestão de Riscos e Segurança, entre outros. Na avaliação da professora Lúcia Helena Solha, que é coordenadora do módulo ao lado do professor Almir Inácio da Nóbrega, o evento foi um sucesso. “A cada ano, a JPR está melhor e oferece mais qualidade e abrangência, em termos de conhecimento científico. Em nosso módulo, temos conseguido registrar a presença de participantes de todas as regiões do País. Além de assistir às palestras, eles vêm a São Paulo para expandir a rede de contatos profissional e conhecer as novidades na área de exposição técnica do evento. Estamos muito satisfeitos”, comemorou. Para o tecnólogo Anderson Moraes, que participa da JPR há 13 anos como preletor, a escolha do tema geral do evento não poderia ter sido melhor. “Nós temos contato direto com equipamentos de primeira linha, e as coisas em nossa área evoluem de forma contínua. Com a inserção de novas tecnologias no setor, se o conhecimento não vier junto, nada funciona. Por isso a educação continuada passa a ocupar um papel cada vez mais central no desenvolvimento dos profissionais.” A gaúcha Luciana Henneman, do Hospital Geral de Novo Hamburgo, RS, frequentou o módulo e também opinou: “A organização e o conteúdo estão muito bons; estamos satisfeitas. Há muitas aulas interessantes, especialmente os assuntos de tomografia e mamografia. Quando não estamos em aula, a gente ainda consegue aproveitar um pouco a cidade”, disse.

Tórax Dr. Jeremy J. Erasmus não mediu palavras para elogiar a radiologia brasileira e as vantagens da parceria entre a JPR e a RSNA: “É o que eu já falei para os meus colegas brasileiros: o nível da radiologia brasileira é muito alto, os exames de imagem são ótimos e os radiologistas possuem muita experiência. Dito isso, qualquer relação com outra organização traz uma perspectiva, outro ponto de vista e uma diferença, às vezes, sobre o que nós já vínhamos

fazendo. Eu acredito que essa parceria é ótima para os dois lados, tanto o da SPR quanto o da RSNA, porque nos permite melhorarmos juntos”. O fato de o evento abordar tecnologia e educação também o fez ressaltar a importância do avanço na área: “Essa junção nos levará sempre para frente, pois sem a pesquisa, sem o nosso esforço e sem o nosso comprometimento nós não podemos avançar. Essa é uma tremenda oportunidade de explorarmos e tentarmos entender o futuro da radiologia”. Quando Dr. Erasmus começou sua carreira, a tecnologia avançou muito durante um tempo, mas ele afirmou que, nos últimos anos, ela tem avançado mais vagarosamente. “Nós ainda vemos mudanças, mas não tantas como antes, nós meio que estagnamos. Por isso, a discussão sobre a Inteligência Artificial é tão importante. Ela provavelmente nos levará a um nível mais alto através do aprendizado profundo.” Estreante na JPR, Dra. Ana Luisa Soares Couto, do Hospital Regional de Taguatinga, Brasília, DF, disse que o congresso é surpreendente. Ela avaliou que a JPR é o evento de referência na radiologia e destacou os temas de sua preferência: “Gosto bastante de Imagem da Mulher, Ultrassonografia mamária e, na grade de Tórax, especificamente, me chamaram a atenção as aulas de padrões básicos de tomografia”.

Ultrassonografia Geral Presidente da Federação Latino-americana das Sociedades de Ultrassonografia, Dr. Jorge Rabat se lembra bem de quando se apaixonou pela ultrassonografia. Era recém-graduado, nos anos de 1980, quando

foi a um congresso de ultrassom e lá mostraram uma imagem de uma vesícula biliar por eco, o que lhe deixou bastante impactado. Em 1990, quando terminou sua especialização, decidiu fazer o curso de ultrassom: “A partir daí, a cada dia fui entendendo que a imagem com a clínica é fundamental e fui aprendendo que o ultrassom lhe permite uma extensão do exame físico”, contou – não que ele considere o exame físico incompleto, mas com certeza é um auxiliar importantíssimo. De lá para cá, ele viu a tecnologia ajudar bastante e melhorar a cada dia, tanto as técnicas quanto a qualidade da imagem, dando a oportunidade de diagnósticos mais precoces. “Principalmente na área da emergência, que é exatamente onde precisamos de um resultado rápido. Diferente dos exames de consulta em que os pacientes voltarão dali a três dias... E podemos aprofundar mais no estudo do caso. Com isso, evitamos o óbito e o sofrimento do paciente”, acrescentou. Sobre o futuro da FLAUS e os planos para o futuro, ele disse que a principal missão deles é estender

essa aliança de ultrassonografia a toda América, apoiar países mais pobres, com sociedades menores ou até mesmo onde não há sociedades, para que possam melhorar o nível do ultrassonografista. “Se melhorarmos o nível de quem faz ultrassom, a qualidade da saúde também melhora. Elas estão totalmente relacionadas. Há um ano, nós da FLAUS firmamos uma aliança com a Alliance for Physician Certification & Advancement (APCA) e juntos estamos monitorando a formação e certificação do ultrassonografista em toda América Latina para que possam elevar sua qualidade de trabalho. É importante lembrar que, se há um problema no diagnóstico, há também no tratamento”, finalizou. O professor norte-americano Laurence Needleman, que já conhecia o Brasil mas esteve pela primeira vez à JPR, ministrou três aulas, voltadas para doenças vasculares. Intituladas Avaliação US da Doença Vascular não Arterosclerótica, Doença Arterial dos Membros Superiores e Doença Venosa dos Membros Superiores, os temas foram escolhidos em parceria com a RSNA. Para Dr. Needleman, os assuntos vasculares de membros foram escolhidos porque o balanço dos estudos sobre algumas coisas, nos Estados Unidos, é maior do que no Brasil; e em contrapartida, outros procedimentos são muito mais realizados no Brasil que nos EUA. “Eu pensei em falar sobre coisas que eram menos usuais no Brasil, e como usar o Ultrassom de diferentes maneiras para doenças”, explicou. Ainda sobre os tópicos abordados em suas três aulas, disse que as imagens para membros inferiores são mais comuns e frequentes

JPR 2018

JPR 2018 já disponível na Videoteca que em superiores. Talvez por isso tenha atraído a atenção da plateia, fazendo a alegria do professor. Ele disse que sempre busca mostrar algo diferente em suas aulas. “Na primeira palestra, falei sobre como o corpo médico em geral aborda as doenças vasculares; na segunda, sobre fisiologia (já que muita gente que vê imagem não pensa nisso) e, na terceira, falei sobre patofisiologia”, conta. “Tentei sempre extrair algo de diferente para o paciente, e não apenas para a imagem”, concluiu. A JPR foi muito maior do que o professor pensava: “Achei muito bem organizado, sabia aonde ir, e isso não acontece sempre. Diria que fiquei muito bem impressionado. A exposição técnica é excelente, e é ótimo ver vários fabricantes também, pois eu não vejo todas essas máquinas nos EUA”, disse. Pela segunda vez na JPR, o médico e professor britânico Paul S. Sidhu participou como convidado da RSNA falando sobre Cistos Renais Complexos na Era do US com Contras-

te por Microbolhas, Fibrose Hepática: Avaliação Atual e Avaliação Ultrassonográfica Multiparamétrica dos Testículos. “Fiquei feliz com as escolhas; são meus tópicos favoritos, então foi tranquilo”, confessou. A importância que o médico emprega nos assuntos abrange, principalmente dois aspectos: a redução do custo e a praticidade do uso do contraste, e a redução de testes invasivos no fígado. “Na aula sobre o contraste, mostrei como é fácil fazer o diagnóstico usando-o como ferramenta de solução de problemas, simples e barato; e na aula sobre elastografia, mostro como ela nos dá a habilidade de reduzir testes invasivos como a biopsia do fígado, dois tópicos importantes”, comentou. Dr. Paul não julga suas aulas como temas inovadores, mas acredita na relevância dos assuntos pela facilidade e praticidade que trazem à rotina da profissão: “É fácil de incorporar na prática médica”. De Belo Horizonte, MG, Dr. Lucas Costa Martins Vieira, residente do

terceiro ano, veio pela segunda vez ao evento: “A gente conversa muito com os chefes e eles sempre recomendam para que a gente venha. Há muitos profissionais bons aqui e este é um dos grandes eventos do mundo na área”, argumentou o estudante, interessado em lesões determinadas no testículo. “É um tema difícil, temos que ficar atentos, visto que o diagnóstico inicial de várias lesões é bem complicado”, disse. “Às vezes ficamos presos aos livros e aos mesmos profissionais que vemos todo dia. No momento em que nos deparamos com pessoas diferentes, abordagens diferentes ajudam a abrir a cabeça.” Dra. Maira Otaviano Furlan vem de Blumenau, SC, todos os anos para a JPR desde que ingressou na residência, em 2012: “Gosto muito da exposição técnica, onde sempre vemos as atualizações, e ela tem mantido um ótimo padrão”. Espectadora na sala de ultrassonografia geral, fez um balanço: “Trabalho muito com ultrassom, e pretendo utilizar os métodos vistos aqui na prática”, concluiu.

Você sabia que aulas da 48ª Jornada Paulista de Radiologia (JPR 2018) estão disponíveis na Videoteca Digital da SPR? São mais de 520 aulas gravadas em alta resolução (HD), para oferecer a melhor definição de imagem. O conteúdo é o mais rico e variado possível dentro da área radiológica. Foi escolhido a dedo pela SPR, a fim de proporcionar mais conhecimento e experiência aos membros, além de ser um meio versátil, que permite o acesso de qualquer lugar e a qualquer momento. Para obter mais informações sobre a ferramenta, ter acesso às aulas e adquirir os planos de assinatura – disponível apenas para membros SPR -, acesse spr.org.br/ educacao-digital/videoteca-digital-da-spr.

JPR 2019 já está em desenvolvimento A 49ª Jornada Paulista de Radiologia (JPR 2019) já está sendo organizada: ela será realizada de 2 a 5 de maio, no Transamerica Expo Center. Seu tema será Celebrando as Relações Internacionais. Agende-se e acompanhe as próximas edições do Jornal da Imagem, demais canais de comunicação da SPR e suas redes sociais para se manter informado e garantir sua vaga!

EVENTOS SPR Edição 481 – Setembro de 2018

Quadril é tema do Clube Roentgen de setembro Em 12 de setembro, às 20h, o Maksoud Plaza Hotel, em São Paulo, recebe a tradicional reunião do Clube Roentgen. Liderada pelo Prof. Dr. Abdalla Skaf, a aula deste mês tem o título Estado de Arte por Imagem na Avaliação das Lesões Intra-Articulares do Quadril. Logo após, uma mini CCRP abordará quatro casos da Med Imagem coordenados pelo Dr. Douglas Racy. A presença nesta atividade é livre. Em agosto, a Dra. Regina Lucia Elia Gomes abordou o tema O que há de novo no Estadiamento

TNM em Cabeça e Pescoço?. Já a mini CCRP contou com os casos do Hospital Sírio-Libanês sob coordenação do Dr. Luis Filipe de Souza Godoy, debatidos pelos Drs. Bruna Bianca Allegro, Eduardo Bronzato, Israel Missrie e Viviane Vieira Francisco. O Clube Roentgen é realizado toda segunda quarta-feira do mês e é transmitido ao vivo online, a fim de facilitar a participação de quem não pode comparecer. Para acessar, entre no site www.spr.org.br/ cursos-via-web.

Mais informações sobre as aulas do Clube Roentgen em spr.org.br/eventos/clube-roentgen

Agende-se para as discussões dos Grupos de Estudos Mantendo a prática desde 2003 – ano da fundação do primeiro dos grupos –, os participantes dos Grupos de Estudos se reúnem sempre às 20h – atualmente, no Maksoud Plaza Hotel ou na sede da SPR, em São Paulo. Além de presencial, as aulas também podem ser vistas online: spr.org.br/cursos-via-web. No evento, profissionais da área de Diagnóstico por Imagem compartilham experiências, transmitem dicas práticas e exibem casos científicos. Programe-se para os encontros de setembro: • Dia 4: reunião do Grupo de Estudos de Tecnologia e Informática em Radiologia (Get), na sede da SPR; • Dia 5: ainda na SPR, encontro do Grupo de Estudos de Proteção Radiológica (Latin Safe) e do Grupo de Estudos de Ultrassonografia (Geus) com aula do Dr. Miguel José Francisco Neto intitulada Ultrassonografia das Vísceras Ocas no Abdome Agudo;

• Dia 12: reunião do Grupo de Estudos de Meios de Contrate Radiológicos (GEMCR), na SPR; • Dia 13: reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Cardiovascular (Cardio), na sede da SPR, e dos Grupos de Estudos de Neurorradiologia (Gene) e Profissionalismo e Gestão (Geproge), no Maksoud Plaza Hotel; • Dia 18: o Maksoud Plaza Hotel recebe a reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Intervencionista (Geri); • Dia 20: também no Maksoud Plaza Hotel, acontecem os Grupos de Estudos de Radiologia do Abdome (Gera), de Radiologia Musculoesquelética (Germe) e de Mama (Gema); • Dia 25: a SPR recebe o encontro do Grupo de Estudos de Pediatria (Geped); • Dia 26: fechando o mês, a reunião do Grupo de Estudos de Imagem Quantitativa (Giq), na sede da SPR.

Reunião do Gene realizada no dia 9 de agosto

Para mais informações sobre os Grupos de Estudos, acesse www.spr.org. br/grupos-de-estudos e acompanhe também as redes sociais da SPR.

Confira as fotos dos encontros de agosto no aplicativo do Jornal da Imagem

EDUCAÇÃO DIGITAL

SPR inova e lança Curso Online gratuito para residências Novamente pioneira no âmbito da Educação à Distância (EaD), a SPR anuncia a gratuidade do Curso Online de Radiologia (COR) para residências de todo o Brasil. Assim, a entidade passa a oferecer a base teórica de ensino de Radiologia e Diagnóstico por Imagem inteiramente grátis para qualquer serviço interessado. “A SPR se aproxima, assim, do residente desde a sua formação e realmente contribui para o crescimento robusto da especialidade, cumprindo sua missão educacional de maneira efetiva”, explica Dr. Antônio José da Rocha, um dos fundadores e coordenador do curso. Em 2017, foi lançado o COR em formato diferenciado, voltado a serviços de residência e aperfeiçoamento, com um programa dividido em três ciclos, que agrupam os módulos de maneira que se adéquam ao período de residência – considerando-se de três anos. Com aulas minis-

PARA RESIDÊNCIAS tradas à distância, disponibilizadas na Área Restrita do site da SPR, o curso passou a ser adotado pelos serviços como um material de ensino complementar à grade curricular de seus programas de residência/ aperfeiçoamento. Porém, a SPR identificou que muitos profissionais em início de carreira deixavam de aderir ao curso, apesar dos benefícios e da facilidade oferecida, devido às altas despesas que naturalmente possui. Assim, reforçando o seu papel educador na formação do jovem radiologista, para atender esse residente, a SPR passa a oferecer o COR to-

talmente sem custos a todos os seus membros residentes, do 1º ao 3º ano, desde que vinculados a um serviço de residência/aperfeiçoamento em Radiologia e Diagnóstico por Imagem credenciado pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR). “A SPR sempre acreditou que a EaD traria um ganho substancial para levar a educação ao residente, mas tínhamos que aprender com o processo, desenvolver uma série de cursos para disponibilizar, o que levou tempo. O processo tinha que amadurecer, nós tínhamos que administrar corretamente e as pessoas tinham que se usar de forma

eficiente e confiante”, diz Dr. Rocha. Desde a criação do COR, houve uma procura crescente, mas o objetivo da SPR era trazer o residente do 1º ao 3º ano para dentro do programa, oferecendo suporte a todas as residências do Brasil e nivelando a formação teórica como um patamar alto de ensino: “O fato é que a SPR dispõe de uma plataforma cara de EaD, que oferece um alto nível de ensino a um custo acessível. Quanto mais pessoas acessam essa plataforma, mais barata ela fica para a Sociedade, então a procura maciça contribuiu para conquistarmos a possibilidade de oferecer o curso gratuito agora à residências”, explica Dr. Rocha. O agora chamado “Curso Online de Radiologia para Residências” traz, ainda, como novidades aulas extras de revisão online em todos os módulos; atividade presencial de revisão para a prova de título durante a JPR; e o módulo de Física Básica.

Base teórica idêntica para todo o Brasil O COR para Residências manterá três ciclos principais e módulos extras: Ciclo 1

Mama, Imagem da Mulher, Abdome/Trato Digestório e Abdome/Trato Geniturinário

Ciclo 2

Radiologia Cardiovascular, Radiologia Musculoesquelética e Tórax

Ciclo 3

Neurorradiologia/Neuropediatria, Coluna Vertebral e Medula Espinal e Cabeça e Pescoço

Módulo extra

Física Básica, Revisão Geral e atividade presencial de revisão para a prova de título

Os três ciclos, realizados em sequência, têm duração aproximada de três anos. O cronograma dos primeiros ciclos para os anos de 2018 e 2019 e seus respectivos públicos-alvo são: Ciclo

Período de realização

Público-Alvo

setembro/2018 - abril/2019

R1/A1; R2/A2; R3/A3

Ciclo 01 (2019)

abril - dezembro/2019

R1/A1

Ciclo 02 (2019)

abril - dezembro/2019

R2/A2

Ciclo 03 (2019)

abril - dezembro/2019

R3/A3

Ciclo 01 (2018/2019)

As turmas são divididas por serviço/ano de residência. Assim, ao final de cada ciclo, a SPR medirá o desempenho de cada aluno/serviço individualmente, podendo fornecer ao coordenador um relatório, para que

possa acompanhar o desempenho de seus residentes ou aperfeiçoandos. Também será fornecida uma avaliação geral dos outros serviços, bem como o desempenho dos seus residentes em um ranking global,

anonimizados. “O coordenador vai conseguir identificar a posição do residente comparado à média da residência, e a residência como um todo comparada à média do Brasil; assim, oferecemos uma média ponderada e um espelho”, completa Dr. Rocha. O coordenador do serviço deverá inscrever seus residentes no curso por meio do Sistema de Inscrição do Curso Online de Radiologia para Residências, disponível para acesso no site da SPR (www.spr.org.br). Ele é, portanto, gratuito e exclusivo a mem-

bros residentes da SPR, do 1º ao 3º ano, vinculados a serviços de residência/aperfeiçoamento credenciados pelo MEC/CBR. A inscrição deverá ser realizada no período anunciado pela SPR; depois dele, não serão aceitas novas inscrições, e o serviço interessado deverá aguardar a abertura de um novo período de inscrição. “Nossa ferramenta é robusta, eficiente e interativa – os residentes podem interagir entre si – o que permite à SPR contribuir efetivamente para elevar o nível do curso. O conteúdo é idêntico para todos, então um residente de qualquer parte do Brasil pode usar essa mesma base teórica a qualquer momento. Trata-se de um ganho extremamente valioso para o processo de ensino da radiologia no Brasil. A gente agora globaliza, ou nacionaliza, o ensino de Radiologia no Brasil!”, celebra Dr. Rocha.

EDUCAÇÃO DIGITAL Edição 481 – Setembro de 2018

Cursos Híbridos: confira programações A SPR mantém abertas as inscrições para os módulos teóricos dos Cursos Híbridos de Segurança em Radiologia e ACR BI-RADS®. O Curso Teórico-Prático ACR BI-RADS® auxilia na avaliação, interpretação do exame e confecção dos laudos de exames de imagem. Já o Curso de Segurança em Radiologia (antigo SEADI) propõe discussões sobre reações adversas a meios de contraste e tratamento das complicações. Em breve, serão divulgadas novas datas das partes práticas dos dois cursos.

Já o Curso Avançado de Ultrassonografia Musculoesquelética, que teve seu prazo de inscrições prorrogado até o dia 17 de setembro, mantém neste mês suas aulas teóricas, via web, iniciadas em agosto. Os próximos temas são:

• No dia 6, Pé (Dr. Alan Rodrigues Cavalcante) e Lesões Musculares Traumáticas (Dr. Mauro Brandão); • Na semana seguinte, dia 13, Abordagem em Reumatologia – Parte I (Artrite Reumatoide), com Dr. André Rosenfeld, e Abordagem em Reumatologia – Parte II (Demais Artrites), com Dr. Fernando Bernardes Maia Diniz; • No dia 20, Nervos Periféricos (Dr. Marcello Henrique Nogueira-Barbosa) e Lesões Expansivas de Partes Moles (Dr. João Carlos Cerioni Souto Vilhena); • No dia 27, Procedimentos Intervencionistas Guiados por Ultrassonografia (Dr. Afrânio dos Reis Teixeira Neto) e Avaliação Pós-operatória (Dr. André Yamada) serão conteúdos de encerramento de setembro; • Para finalizar, em 4 de outubro, Elastografia (Dr. Alan Rodrigues Cavalcante).

A partir de 11 de outubro até o dia 18, estará disponível a avaliação online do módulo. Já em 10 de novembro, será realizada a demonstração prática, que dará complemento à teoria apresentada. Aproveite os últimos dias de inscrição e garanta a sua vaga!

Todas as informações sobre os Cursos Híbridos da SPR estão em spr.org.br/educacao-digital/cursos-hibridos Jornal da Imagem.pdf

12/06/18

11:13

SPR GLOBAL

Inscrições para Progetto Diventerò encerram-se em setembro Não perca a última oportunidade de se inscrever para a temporada 2018/2019 do Progetto Diventerò (“Projeto vou me tornar”), que se encerra em 24 de setembro. O programa é uma parceria entre a SPR e a Fundação Bracco, e visa beneficiar três radiologistas brasileiros com uma bolsa de estudos de seis semanas na Itália. Designado a investir no futuro de jovens talentos, o projeto italiano existe desde 2012 e já contemplou 1.698 candidaturas e 339 premiados.

Pré-requisitos e seleção Cada participante terá um mentor, que fornecerá orientação, pareceres científicos e técnicos durante o estágio. No final do período, os alunos irão receber um Certificate of Attendance. Para se inscrever, é preciso preencher os pré-requisitos: • Ser cidadão brasileiro; • Membro da SPR;

• Nascido entre 1991 e 1985; • Ser médico radiologista; • Ter no mínimo três anos de experiência na área – residência médica ou estágio em radiologia ou ultrassonografia; • Possuir boa proficiência na língua inglesa ou italiana (imprescindível).

Os documentos para inscrição devem ser preenchidos e enviados até 24 de setembro de 2018 no link divulgado no site. Na segunda quinzena de outubro, será realizada a convocação para entrevista e a divulgação dos aprovados ocorre até 14 de novembro. Para mais informações, consulte spr.org.br/concursos-e-premiacoes/progetto-diventero.

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SPR GLOBAL Edição 481 – Setembro de 2018

RSNA 2018 divulga temas de Sessões Plenárias O 104º Congresso Anual de Radiologia da Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA) está com inscrições abertas e, até 26 de outubro, é possível fazê-las com desconto. O evento será realizado de 25 a 30 de novembro, em Chica-

go, e tem como tema A Radiologia de Amanhã, Hoje. As Sessões Plenárias, que reúnem grandes nomes da especialidade tratando de temas inovadores e que costumam adiantar os próximos passos da radiologia, já foram divulgadas:

Estão planejados 435 cursos, mais de 1.700 apresentações científicas e a participação de quase

700 expositores. O evento é, hoje, considerado o mais importante da especialidade no mundo.

Veja outras informações e faça sua inscrição em www.rsna.org/Annual_Meeting

Dra. Vijay M. Rao

25 de novembro

8h30

Palestra da Presidente: Como a Tecnologia Emergente Capacitará os Radiologistas de Amanhã para Oferecer um Melhor Atendimento ao Paciente

Dr. Michael P. Recht

25 de novembro

8h30

Palestra Anual em Radiologia Diagnóstica: Inteligência Artificial, Análise e Informática: o Futuro Está Aqui

Dr. Donald M. Berwick

26 de novembro

13h30

Aula Plenária: Os Clínicos Podem Liderar o Redesenho Radical?

Dra. Denise R. Aberle

27 de novembro

10h30

Simpósio RSNA/AAPM: TC Contemporânea do Nódulo Pulmonar Indeterminado: Onde Estamos e Por Que é Importante;

Dra. Cynthia McCollough

27 de novembro

10h30

Simpósio RSNA/AAPM: Tecnologia da TC - e Dose - no Século 21

Dr. Flemming Forsberg

27 de novembro

13h30

Palestra Novos Horizontes: Microbolhas Oscilantes – Conduzindo a Inovação em Ultrassom

Dra. Silvia C. Formenti

28 de novembro

13h30

Palestra Anual em Oncologia de Radiação: Radioterapia para Converter o Tumor em uma Vacina in Situ

Dra. Fei-Fei Li

29 de novembro

14h

Aula Plenária: Rumo à Inteligência Ambiental em Espaços de Saúde Assistidos por IA

Estabilidade está em seu DNA

APRESENTAÇÕES: Frasco-ampola de 10 mL, 15 mL, 20 mL e 60 mL. INDICAÇÕES: Este medicamento é destinado ao uso em diagnóstico e indicado para exames por IRM (Imagem por Ressonância Magnética): doenças cerebrais e espinais, doenças da coluna vertebral e outras patologias de todo o corpo (incluindo angiografia). CONTRA-INDICAÇÕES: Em caso de antecedentes de alergia ao ácido gadotérico ou a meios de contraste com gadolínio e meglumina. Contra-indicações ligadas à Imagem por Ressonância Magnética: Pacientes portadores de marca-passo; Pacientes portadores de clipe vascular. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Não se tem observado nenhuma interação com outros medicamentos. REAÇÕES ADVERSAS: As reações adversas após a administração de ácido gadotérico são geralmente leves a moderadas e de natureza transitória. Em ensaios clínicos, cefaleia foi mais frequentemente observada seguida de parestesias e menos frequentemente, náuseas, vômitos e reações de pele, tais como erupções cutâneas e prurido. Eventos adversos relacionados ao ácido gadotérico são raros em crianças. PRECAUÇÕES: Administrar somente por via intravenosa. O ácido gadotérico não deve ser injetado por via subaracnoidea (ou epidural). Durante a realização do exame é conveniente manter vigilância médica e acesso venoso durante todo o exame. Qualquer que seja a dose existe o risco de hipersensibilidade. POSOLOGIA: Solução injetável de uso exclusivo intravenoso. Adulto ou criança: 0,2 ml/kg de peso corporal. Para a população pediátrica, a dose de 0,2 ml/kg de peso corporal se aplica a todas as indicações, exceto angiografia. M.S.: 1.4980.0016. Farmacêutico responsável: M. Dolores Dopazo R.P - CRF-RJ 9042.

CONTRA-INDICAÇÕES: Em caso de antecedentes de alergia ao ácido gadotérico ou a meios de contraste com gadolínio e meglumina. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Não se tem observado nenhuma interação com outros medicamentos. USO ADULTO E PEDIÁTRICO. Meio de contraste injetável por via intrevenosa para imagem por Ressonância Magnética.

USO RESTRITO A HOSPITAIS E CLÍNICAS. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.

JULHO/2018

SPR GLOBAL

América Latina desbrava inovações da Radiologia A SPR tem a honra de atuar, neste segundo semestre de 2018, como parceira em três grandes eventos da radiologia na América Latina: o 43º Congresso Colombiano de Radiologia (CCR 2018), o Congresso Argentino de Diagnóstico por Imagem (CADI 2018) e o Congresso Chileno de Radiologia 2018 Colômbia: foco na educação O Congresso Colombiano foi realizado de 2 a 4 de agosto, em Cartagena das Índias, sob a condução da Associação Colombiana de Radiologia (ACR). Com o tema Diagnóstico y Terapia por Imágenes, teve grande participação internacional e importantes aulas acadêmicas. A Sociedade marcou presença com um estande divulgando o programa de sócios para estrangeiros, chamado “Membro Correspondente”. A SPR também levou nove professores, que fizeram parte da programação científica, enriquecendo as discussões e debates de suas aulas. O Dr. Antônio José da Rocha conduziu a Sessão Plenária Nuevas Formas de Enseñanza y Aprendizaje en Diagnóstico por Imagen. Confira as fotos!

Representantes da SPR e da ACR no estande da SPR no evento

Professores brasileiros que participaram do evento: Drs. Regis Bezerra, Erica Endo, Vera Ferreira e Hilton Muniz Integrantes da Diretoria da SPR com o Dr. Igor Padilha (à dir.), residente que também representou a Sociedade na Colômbia

Dr. Carlos Homsi conduz sessão plenária no evento

Seis brasileiros lecionam na Argentina

Programação diversificada no Congresso Chileno

O Congresso Argentino será realizado este mês, de 27 a 29 de setembro, em Buenos Aires, pela Sociedade Argentina de Radiologia (SAR) e Federação Argentina de Associações de Radiologia, Diagnóstico por Imagem e Terapia Radiante (FAARDIT). Seis especialistas brasileiros ajudarão a conduzir aulas para trocar experiência e enriquecer ainda mais o evento. A programação contará com aulas em 18 módulos, apresentação de trabalhos científicos (via oral, pôster e eletrônico), além de um amplo espaço reservado para a exibição comercial. As inscrições online encerraram-se; havendo vagas, é possível se registrar pessoalmente. Mais informações em www.cadi2018.com.ar.

De 18 a 20 de outubro, será realizado o Congresso Chileno de Radiologia 2018, organizado pela Sociedade Chilena de Radiologia (SOCHRADI) em Santiago. Dentre os destaques, estão o 2º Encontro Chile-Brasil de Radiologia, o 6º Encontro Nacional de Residentes e o 6º Curso de Tecnólogos. Serão 11 professores estrangeiros e 100 chilenos em aulas de variadas subespecialidades. Diretor científico do evento, Dr. Raúl Rojas explicou ao Jornal da Imagem que a organização foi realizada por mais de um ano com reuniões entre a SPR e a SOCHRDI. O acordo e o nascimento do 2º Encontro Chile-Brasil de Radiologia ocorreu durante a JPR 2018, com

a presença das mais autoridades de ambas as entidades. “É sempre complexo organizar um evento desta magnitude, mas, felizmente, temos uma grande equipe de colaboradores, bem como a excelente disposição dos médicos, os Drs. Marcelo Gálvez, presidente da SOCHRADI, e Carlos Homsi, presidente da SPR”, explicou. De acordo com Dr. Raúl, a programação será abrangente, diversificada e bem orientada. “Teremos um workshop de Tomossíntese Mamária no primeiro dia com o patrocínio do TIMED / FUJI. Também estão incluídas palestras de não radiologistas para obtermos feedback sobre o que nossos médicos esperam de nós.” Para ele, cada módulo possui palestras interessantes e atuais para os participantes. Destacam-se, porém, a aula inaugural, sobre os Desafios Futuros da Radiologia

Latino-Americana, pelo Dr. Renato Mendonça, e a aula Breast Imaging, sobre um paciente transexual, com a Dra. Patrícia Arancibia. Haverá, ainda, uma palestra sobre dilemas éticos em radiologia, ministrado pelo Dr. Cristián García. “O apoio da SPR foi fundamental para a organização deste congresso. Para nós, é uma honra podermos organizar um evento em conjunto com a entidade paulista e esperamos que isso se repita no futuro”, celebrou Dr. Raúl. A SPR levará dez professores ao Chile, e a entidade chilena também foi convidada a enviar um residente para o Encontro de Residentes, realizado no Feres Secaf 2018 – essa iniciativa reforça ainda mais as alianças existentes entre as sociedades. Mais informações sobre o Congresso Chileno de Radiologia 2018 em congresochilenoradiologia.cl.

NOTÍCIAS Edição 481 – Setembro de 2018

CBR18 recebe inscrições até 17 de setembro O Rio de Janeiro já está de braços abertos para receber o 47º Congresso Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR18), de 11 a 13 de outubro, no Windsor Convention & Expo Center, na Barra da Tijuca, zona sul da cidade. Diversas subespecialidades da área de Diagnóstico por Imagem serão representadas no evento em palestras, cursos e oficinas práticas. Além de experiências com professores nacionais, os participantes terão a chance de aprender com grandes nomes internacionais, como os Drs. Samir Nujaim (Estados Unidos), Riccardo Manfredi (Itália), Frederic Lecouvet (França) e Maria Fernanda Amary (Austrália), entre outros. Para garantir a vaga no Congresso, o interessado deve se inscrever online até 17 de setembro – congressocbr.com.br/#inscreva-se;

depois disso, serão aceitas inscrições somente no local do evento. Novamente, a organização vai realizar o II Concurso de Fotografia CBR, para fomentar a produção de imagens relacionadas ao tema Momentos dignos de um click!. Confira as regras em congressocbr.com.br/ii-concurso-de-fotografia-2018-cbr18. Também está planejada a 3ª Maratona de Residentes do Colégio Brasileiro de Radiologia (MBR18), no dia 13 de outubro. As inscrições são gratuitas e encerram-se em 5 de outubro. Podem se inscrever equipes formadas por três participantes, sem a necessidade de pertencerem à mesma instituição ou estarem no mesmo ano de formação, pelo e-mail maratonacbr18@cbr.org.br.

Direcionamento claro

A equipe vencedora ganhará inscrição, passagens aéreas e hospedagem para participar do Encontro Anual da American Roentgen Ray Society (ARRS 2019) em Honolulu, no Havaí (EUA), de 5 a 10 de maio de 2019.

Diagnóstico preciso Do diagnóstico ao tratamento, a Bayer oferece tecnologias e soluções que permitem um diagnóstico diferenciado e preciso de doenças, auxiliando o médico a optar pelo tratamento mais adequado a cada paciente.

Bayer, sinônimo de inovação e uma das empresas líderes em meios de contraste. Na área de diagnóstico, é pioneira em meios de contraste para raios-X, tomografia e ressonância magnética. No Brasil, introduziu o conceito de contraste órgão-específico, visando diagnósticos mais precoces de forma não-invasiva de doenças hepáticas focais.

L.BR.MKT.04.2018.9928

www.ri.bayer.com.br

NOTÍCIAS

Cremesp elege novo corpo de conselheiros para 2018-2023 O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) anunciou, em agosto, que a chapa 6, chamada “Mudança Já!”, venceu o pleito para a gestão de 2018 a 2023 da entidade com 33,45% dos votos dos médicos. O Cremesp enviou 138.720 mil cédulas de votação pelo Correio aos médicos que têm cadastro ativo – o eleitor com pendência legal com o Conselho teve seu voto invalidado. A Comissão Eleitoral apurou 84.119 votos válidos, e os vencedores receberam 28.130 deles. Além das outras cinco chapas concorrentes, os demais votos ficaram distribuídos também entre nulos (2.627) e brancos (1.057). A Comissão Eleitoral foi composta pelos Drs. Cid Célio Jayme Carvalhaes (presidente), Adagmar Andriolo e Paulo Manuel Pego Fernandes (secretários): “Nosso esforço foi para realizar um processo eleitoral transparente e corresponder a contento a cada médico que exerceu o seu direito de voto”, declarou Dr. Carvalhaes.

A chapa 6 “A crise que o Brasil vive impactou negativamente a saúde, hoje sucateada, e impôs a nós, médicos, um cotidiano de trabalho perverso, com baixos salários e jornadas ex-

tenuantes. Os recursos são escassos, é crescente a pressão por uma Medicina de qualidade, acessível a todos. A classe médica vive no âmago desse conflito. Convocamos a todos para que participem dessa eleição e votem por mudanças!”, anunciava a campanha da chapa 6. O grupo defende um Cremesp moderno, ético e comprometido com ideais que unam as diferentes gerações de profissionais. Dentre suas diretrizes: • Renovação indispensável dos conselheiros; • Revisão dos critérios de admissibilidade das queixas; • Abordagem preventiva e não somente punitiva; • Fiscalização das condições de trabalho; • Contra retenção de honorários; • Qualidade do ensino médico; • Aprimoramento e obrigatoriedade do Revalida; • Contra o exercício da Medicina sem inscrição no CRM (Mais Médicos); • Fortalecimento da Câmara Técnica do Médico Jovem e valorização da formação de preceptores; • Melhoria do SUS; • Apoio ao socorro às Santas Casas; • Qualidade de vida e saúde mental.

Confira seus integrantes Os nomes sem indicação de cidade são de São Paulo Altino Pinto - Registro

Maria Alice S. Scardoelli

Angelo Vattimo

Maria Camila Lunardi - Mogi das Cruzes

Camila Cazerta P. Eduardo Chien Yin Lan – S. B. do Campo Christina Hajaj Gonzalez Cynthia Dantas Kurati Daniel Kishi – S. J. dos Campos Edoardo F. Q. Vattino Eliane Aboud Fernando Jose Gatto Flavia Amado Bassanezi Flavia Bellentani Casseb – S. J. do Rio Preto Francisco Carlos Quevedo – Jaú Henrique Liberato - Pres. Prudente Irene Abramovich Joaquim Fco. Almeida Claro Jose Gonzalez Juliana Takiguti Toma Julio Cesar Zorzin - ABC Lucio Tadeu Figueiredo Lyane Gomes M. Teixeira – Santo André Marcelo Scattolini

Mario Antonio Martinez F. Mario Cezar Pires Mario Jorge Tsuchiyaa Mario Mosca Neto Mirna Yae Yassuda Tamura Monica Yasmin P. Corrado - Santos Paula Yoshimura Coelho Pedro Sinkevicius Neto Regina Maria M Chammes - Araçatuba Rodrigo Costa Aloe Rodrigo Lancelote Alberto - Franco da Rocha Rodrigo Souto de Carvalho - Limeira Silvio Sozinho Pereira Tatiana Regina Criscuoloa Thiago Willian Gonçalves - S. J. dos Campos Wagmar Barbosa de Souza - Taubaté Lucio Tadeu Figueiredo Lyane Gomes M. Teixeira – Santo André

SPR GLOBAL

Já considerou levar seu trabalho para o Congresso Europeu? De 27 de fevereiro a 3 de março de 2019, será realizada a 25ª edição do Congresso Europeu de Radiologia (ECR 2019), organizada pela Sociedade Europeia de Radiologia (ESR). O evento tem inscrições abertas para sócios e não sócios, e também estão abertos os registros para pôsteres e trabalhos. Até 10 de outubro, os radiologistas podem

inscrever estudos nas seguintes modalidades – o foco da entidade na educação do jovem profissional se reflete nos programas especialmente desenvolvidos para eles: • Resumo de Trabalhos Científicos; • Resumo de Pôster para o EPOS™ (Sistema Online de Apresentação Eletrônica);

• Resumo de Trabalhos Científicos de Estudantes; • Programa Invest in the Youth; • Programa Shape Your Skills; • Resumo de Estudos Clínicos em Radiologia. As inscrições podem ser feitas no site www.myesr.org/congress, onde também há mais detalhes sobre o evento.

FOOD&ARTS

Dr. Ulysses Torres Médico radiologista do Grupo Fleury no Hospital São Luiz

L’Impero del cinghiale É o verão do ano de 1530. O sol escaldante de agosto fustiga as colinas da Toscana. Florença está cercada já há nove meses. A República, estabelecida há três anos após uma insurgência dos cidadãos florentinos contra o governo da Casa dos Medici, ainda resiste, sozinha, já desgastada, prestes a capitular. Seus aliados de outrora se converteram em inimigos. Do outro lado das vastas muralhas, os bombardeios dos canhões inclementes de Carlos V, o poderoso Imperador Romano-Germânico (apoiado pelo Papa Clemente VII, um Medici) cospem, dia e noite, fogo, cinzas, destruição e morte. Vemo-lo então agora, esse vento que castiga a cidade, soltar-se desde longe. Atravessa colinas e prados onde cresce a relva amarelada escaldada pelo sol, e onde a terra amarronzada possui ásperos odores entranhados. Neste fatídico crepúsculo, as tropas imperiais, acampadas nos arredores da cidade sob a liderança de Philibert de Chalon, Príncipe de Orange, começam um grande churrasco. Vemos a cena retratada em um afresco no Palazzo Vecchio. A carne tenra e suculenta do javali desprende suas gorduras na brasa, um defumado perfuma o ar. Levada pelo vento, a fumaça sobe pelos muros de Florença, e escorrega preguiçosamente às narinas dos pobres moradores, ali às voltas com a fome e com a sede. Quase trinta mil pessoas já morreram, boa parte delas de fome, e simplesmente não dá mais. A 10 de agosto Florença finalmente capitula e Alessandro de Medici é alçado ao poder. A carne do javali (cinghiale) sempre foi uma iguaria nas mesas europeias desde, pelo menos, a época dos romanos. No início era uma carne de caça, o javali era selvagem. Na Idade Média, no norte da Itália, os camponeses passaram a

ARTS

domesticá-lo. O javali, com sua carne macia e saborosa que, diferentemente da do porco, quase nada retrai ao ser cozida, sempre frequentou as mesas e os banquetes da nobreza. Na Florença renascentista dos Medici e de Maquiavel, cozinhava-se o cinghiale dolceforte, com um molho contrastando entre o doce e o salgado, à base de chocolate derretido na manteiga, passas, nozes e vinagre balsâmico. De fato, ainda hoje o javali reina soberano na Toscana, onde se come o pappardelle al sugo di cinghiale, a carne sendo marinada por longas horas, ganhando depois a companhia de um rico molho de tomate temperado com vinho tinto, tomilho, alecrim, sálvia, pimenta, cenoura, aipo e cebolas. Na sub-região da Maremma é feito ensopado, cortado em cubinhos, marinado no vinho por uma noite, cozido então por longas horas na companhia desses mesmos temperos, e ganhando azeitonas e molho de tomate ao final. Na Sardenha o javali é agridoce: ao encorpado molho de tomates acrescenta-se açúcar, vinagre, cebola e ervas

em 12 de setembro, às 21h, a Junge Deutsche Philharmonie, Filarmônica Jovem Alemã, sob a regência do grande maestro inglês Jonathan Nott, interpretará, na Sala São Paulo, em apresentação única pela Temporada 2018 da Sociedade de Cultura Artística, a Sinfonia nº 4 de Brahms e a Sinfonia nº 1 de Mahler, a Titan, duas obras essenciais do cânone romântico ocidental. A orquestra, mundialmente reconhecida, é composta somente por jovens de 18 a 28 anos, selecionados entre a elite da elite dos conservatórios alemães. Imperdível. (http://culturaartistica.com.br).

aromáticas. Na Romagna, as bochechas (que os espanhóis chamam de carrillada) recheiam uma suave massa folhada com ricota e parmesão, na companhia de um espesso molho feito à base do próprio caldo de cozimento. No Piemonte é cozido no conhaque e caldo de carne, sem tomate. Na Calábria leva muita pimenta. Em São Paulo, o Cantaloup, elegante restaurante de cozinha franco-italiana, serve uma versão primorosa: o lombo é cortado em espessas fatias (mas nem tanto), uma fina e dourada capa de gordura confere certa crocância fibrosa, a carne tenra e branca desmancha na boca, não sem antes se assustar com a picância de um molho poivre, não sem antes receber o alento sedoso de um purê de batata-doce. No Rio de Janeiro, o Grado, instalado numa simpática casinha cheia de plantas e verde no Jardim Botânico, e que acaba de ser premiado como o melhor italiano da cidade, serve uma versão inesquecível e que me causou muita alegria: agnolotti de javali al cacio e pepe. A massa leve e delicada, de um amarelo-ouro intenso, é recheada com pura explosão de cinghiale desmanchando. A fonduta de queijo pecorino romano adiciona um sal bem-vindo, e a pimenta-do-reino um sustinho de leve nas papilas. Certamente será mero devaneio histórico meu, mas desconfio que naquela longínqua tarde de agosto, o javali e a fome fizeram o Império derrubar a República. Como não capitular diante de tanto poder, caro leitor?

ARTE E MEDICINA

Prof. Dr. Alfredo Buzzi* é Professor Titular de Diagnóstico por Imagem da Universidade de Buenos Aires e Membro Honorário Internacional da SPR

A Lição de Anatomia do Dr. Tulp (Rembrandt, 1632) Nicolaes Tulp é lembrado como o dissecador na Aula de Anatomia de Rembrandt e, injustamente, suas consideráveis conquistas médicas, incorporadas em seu livro Observationes Medicae, de 1637, foram negligenciadas. A prática de demonstrações públicas de anatomia foi instituída em Amsterdã por volta de 1550. A Corporação de Cirurgiões recebia um cadáver de um infrator por ano para ser dissecado durante o inverno, em uma demonstração que durava quatro ou cinco dias, e que não apenas era educativa, mas também um evento social e cultural. Para documentar e comemorar essas lições públicas, foi encomendada uma pintura da primeira manifestação do ano, que deveria retratar o dissecador, algumas das pessoas importantes presentes e o cadáver dissecado. Tulp ocupou a posição de Dissecador de 1628 a 1653. O jovem artista Rembrandt Harmensz van Rijn pintou Nicolaes Tulp em 1632. Esta pintura permitiu ao pintor holandês, então com 25 anos, consolidar sua reputação como um pintor brilhante. É uma pintura a óleo sobre tela de 169,5 centímetros de altura e 216,5 centímetros de largura, preservada no museu Mauritshuis, em Haia. Os personagens da pintura de Rembrandt eram proeminentes em seu tempo, mas nenhum deles, exceto Tulp, tinha diploma de médico. Um deles contém uma lista de nomes e números que correspondem a um número acima da cabeça de cada expectador. Em vez de mostrar a abertura do abdômen do cadáver, a primeira parte do corpo que foi dissecada, Rembrandt reproduziu a dissecção da mão esquerda e do braço do cadáver. O resto do corpo está intacto, algo fora do comum em uma dissecação daquele tempo. O dinamismo da composição é digno de menção. A atenção é direcionada para a parte inferior da pintura, onde está o cadáver pálido. Sua boca está aberta e uma sombra é projetada sobre seu olho direito: é a sombra da morte (umbra mortis), uma técnica que Rembrandt frequentemente usaria. Uma tela branca cobre suas áreas íntimas, enquanto o braço direito repousa no lado do tronco.

A mão esquerda e o antebraço, com os tendões expostos, descansam no lado oposto. O braço dissecado é mais longo do que o direito, então se supõe que o modelo seja de outro “paciente”. Atrás e à direita do corpo sem vida, está o Dr. Nicolaes Tulp, que tinha 39 anos. Ele é o único que usa um chapéu, o que indica sua autoridade. Seu pequeno colarinho branco o distingue dos sete membros da guilda. É também o único localizado à direita. Tulp está sentado em uma cadeira, com as costas retas, levantando a mão esquerda, cujos dedos giram delicadamente enquanto ilustram sua dissertação. Com a mão direita, segura uma pinça com a qual separa os tendões do braço esquerdo que está dissecando. Os sete espectadores estão agrupados na metade esquerda da composição, atrás e perto do cadáver, dispostos em uma configuração piramidal para que todos possam vê-lo. Na parede do fundo aparece a assinatura do artista e o ano. Na área inferior direita, aos pés do cadáver, observa-se um livro aberto, provavelmente o De Humani Corporis Fabrica do iniciador da anatomia moderna, Andrés Vesalio. Um dos mestres de Tulp estudara anatomia em Pádua com Fabrizio d’Acquapendente, discípulo do próprio Vesalius. Além disso, Tulp era conhecido na Holanda como “o Vesaliano de Amsterdã”. Esta pintura não é uma lição de anatomia comum: o dissecador começa com o membro superior esquerdo e não com o abdome, como era o costume. Obviamente, quer mostrar algo em particu-

lar, sem parar em todas as etapas de uma dissecção usual. Tulp pega com a pinça de sua mão direita o músculo flexor superficial dos dedos e ergue a mão esquerda de maneira estranha para mostrar que a contração do músculo que ele está levantando com a pinça fará o mesmo movimento de flexão nas articulações interfalângicas proximais do cadáver. Em outras palavras, Tulp está demonstrando a ação muscular combinando um movimento voluntário da mão e uma demonstração da ação do músculo no cadáver. No entanto, se esse é o caso, por que Rembrandt não mostra os dedos do cadáver flexionados? Isso teria sido o mais óbvio. No entanto, ele também teria privado a pintura da marca do gênio de Rembrandt: a sugestão de movimento. Se ambas as ações tivessem ocorrido simultaneamente (a flexão dos dedos da mão esquerda de Tulp e a dos dedos da mão esquerda do cadáver), a dinâmica da cena teria sido arruinada. Tulp está mostrando a flexão da articulação interfalângica com a mão esquerda, enquanto se prepara para puxar o músculo do cadáver para explicar como o movimento voluntário ocorre com a mão direita. Outra evidência para apoiar esta hipótese está nos dois personagens na primeira fila, que parecem ter o maior interesse na lição do Professor Tulp. O da esquerda está olhando para o antebraço do cadáver. O da direita está olhando para a mão esquerda de Tulp. A maneira como esses dois protagonistas observam dois objetos diferentes indica o que vai acontecer logo após o momento em que a imagem foi capturada e fixada no tempo por Rembrandt: os dedos do cadáver vão se mover no momento em que o músculo é puxado pela pinça. Portanto, ao fazer duas pessoas olharem em direções diferentes, Rembrandt sugere algo que não é apenas um ponto no tempo, mas algo que ocupa um período de tempo. Como uma pista final, o homem que olha para a mão esquerda de Tulp está segurando seu peito com os dedos flexionados, como se estivesse refletindo o gesto de Tulp. A pintura então assume uma dimensão diferente: isso não é uma lição de anatomia descritiva estática. É uma lição de anatomia funcional, fisiologia. Mostra uma das qualidades essenciais do gênio de Rembrandt: a representação do movimento. Ela incorpora um dos eixos do pensamento europeu do século XVII: o movimento, tanto do corpo (Tulp), dos planetas (Galileu) e da alma (Descartes). Esta pintura não é apenas um documento de plástico, mas é um retrato da época. Mostra a conexão entre uma estrutura anatômica e sua função. É testemunha da atmosfera intelectual do século XVII, centrada em uma nova teoria do movimento, e simboliza uma ruptura epistemológica com a anatomia descritiva de Vesalius. É uma homenagem aos médicos do século XVII que, apesar do obscurantismo e da superstição, conseguiram manter o prestígio de uma profissão e de uma ciência a serviço do homem. *O autor é editor da Revista ALMA – Cultura y medicina: www.almarevista.com/revista

CRÔNICA Edição 481 – Setembro de 2018

Dia dos Pais

Dr. Cássio Ruas de Moraes Membro da Comissão Editorial do Jornal da Imagem

Este é o vigésimo Dia dos Pais sem o meu pai. Ele nos deixou há vinte anos numa data ainda mais significativa: a antevéspera de Natal. Deixou-me quando eu o esperava tranquilamente lendo jornal em seu escritório enquanto ele estava no clube. Vinha passar o Natal conosco e eu havia ido buscá-lo. Tardava e a empregada dizia: ele nunca vem tão tarde assim... De repente, o telefone tocou. Atendi e era um amigo casado com uma prima que me comunicou que estava com ele no clube e ele passou mal na piscina, tendo sido levado com urgência para a Santa Casa. Mesmo sob o choque da notícia, dirigi até lá onde logo encontrei meu irmão. Não vi meu pai, rodeado de médicos e atendentes, sendo massageado numa azáfama. Meu pai era médico antigo, muito querido, e isso aumentava a agitação. Meu irmão e eu nos olhamos e compreendemos. “Vamos mandar parar tudo.” Nosso último ato de amor filial para nosso amado pai que, àquela hora, não estava mais aqui. A pessoa que me telefonou também estava no clube e foi o último a conversar com ele. Suas últimas palavras foram para lhe contar que o Cássio vinha buscá-lo para passar o Natal em Ribeirão Preto. Ele ia nadar mais um pouco e já ia sair. Após algumas braçadas, afundou. Alguém notou que algo estava errado, vários mergulharam e o retiraram da piscina. Já estava com

Sei que meu pai vive em mim. A cada aborrecimento, a cada percalço, a cada decisão que a vida nos obriga, ajuda-me muito pensar em como agiria ele naquela situação? parada cardíaca e inconsciente. Iniciaram os esforços mas nada mais havia que pudesse ser feito. Sempre me tocou muito fundo o fato de que seu último pensamento estava em mim. O simbolismo da data é muito forte e me representava como se eu tivesse ido buscá-lo para a presença de Cristo. De qualquer maneira, eu estava lá, Pai, quando sua hora chegou e posso dizer que me comportei com dignidade. Facilitou-me o que o senhor sempre dizia que não queria dar trabalho a

ninguém e eu não consigo imaginar melhor morte para si que esta que lhe estava reservada, nadando numa bela manhã de sol em Piracicaba, aos oitenta e seis anos de idade. Seus últimos doze anos foram de viuvez e não foram fáceis. Manteve o consultório aberto e a atividade física no clube, repetindo que graças a isso conseguia força para continuar vivendo. Um amor profundo ligou-o a minha mãe, de corpo e alma. Amou os filhos e era por eles amado, de um amor intuitivo, sem arroubos ou ruidosas manifestações. O amor dos Moraes, exsudativo, de estar junto, como o dos elefantes, segundo minha mulher. Sei que meu pai vive em mim. A cada aborrecimento, a cada percalço, a cada decisão que a vida nos obriga, ajuda-me muito pensar em como agiria ele naquela situação? Neste Dia dos Pais, embora vertendo algumas lágrimas, pensei muito nele e resolvi escrever-lhe uma homenagem. 12/08/2018

TÚNEL DO TEMPO

s 25 anos do Clube Manoel de Abreu, comemorados na reunião de setembro de 1988, foram um dos destaques de capa no Jornal da Imagem. Na ocasião, em São José do Rio Preto, doutores foram homenageados em um jantar especial. O presidente Dr. Jaime Ribeiro Barbosa e o Dr. Artur Soares de Souza Jr. presentearam com uma placa as figuras que participaram do sucesso da iniciativa: ex-presidentes, fundadores e profissionais de destaque no meio radiológico. O encontro contou com uma palestra do Prof. Dr. Feres Secaf intitulada Caminhos da Radiologia. Já o Dr. Leonardo Lima, um dos participantes mais antigos da época que sempre incentivou a atividade, saudou os presentes e apresentou um relato histórico da entidade. “Quando muitas pessoas sonham e têm o mesmo sonho, já não é mais uma ilusão. É o início da realidade”, disse em um trecho de seu discurso. A sessão científica programada fora a mesma de 25 anos antes – quando foi fundado. Figuras de expressão da radiologia do interior estiveram presentes e, houve ainda, apresentação de casos relacionados ao pâncreas, com premiação ao médico que acertou o maior número de diagnósticos.

Duas matérias que abordavam eventos internacionais foram reportadas no jornal – uma delas sobre o 17º Congresso Internacional de Radiologia de 1989, em Paris. A Ressonância Magnética Nuclear, Radiologia Intervencionista e Radiologia Digital seriam os mais importantes temas do evento, que abordariam as modernas tecnologias usadas no diagnóstico. O Congresso se constituíra numa excepcional ocasião para analisar os resultados que eram obtidos naquela época e as perspectivas que se abririam para os recentes avanços tecnológicos. Já a outra reportagem destacou o programa de incentivo à participação em eventos no exterior, com a finalidade de aumentar a presença brasileira nos diversos eventos internacionais - meta da gestão do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) daquele ano. A entidade credenciou uma agência de viagens, que preparou a programação e adequou os custos elaborando um plano de autofinanciamento para eventos em Paris, Washington e Punta Del Este. “Uma extraordinária oportunidade que facilitará a participação de especialistas interessados!”, anunciava a edição.

O falecimento do Dr. Jacyr Quadros foi reportado. “A radiologia brasileira perde um dos grandes nomes da especialidade, responsável por uma extensa contribuição científica, para o desenvolvimento da área do diagnóstico por imagem em nosso país”, dizia a introdução da reportagem. Dr. Jacyr nasceu no Rio de Janeiro, foi criado no Paraná e desenvolveu sua atividade médica por longos anos em São Paulo. Sua larga experiência, resultado de um expressivo trabalho, podia ser medida através de um extenso currículo. De acordo com a reportagem, ele tinha cerca de 25 trabalhos publicados, abrangendo diversos temas da cancerologia e da radiologia. Além disso, participou de mais de 200 congressos, cursos e simpósios. Em 1971, se tornou membro do Colégio Interamericano de Radiologia. “Com 72 anos, esse homem, misto de carioca, paulista e paranaense, contribuiu muito para a medicina no Brasil”, encerrava-se o texto.

NEGÓCIOS&OPORTUNIDADES

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Edição 481 – Setembro de 2018

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Solicite informações por e-mail: jornaldaimagem@spr.org.br.

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AGENDA

Eventos da SPR

2018

SET

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Outros eventos

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Reunião do Grupo de Estudos de Tecnologia e Informática em Radiologia (Get)* Reunião do Grupo de Estudos de Proteção Radiológica (Latin Safe)

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Porto, Portugal

14 a 16

Clube Manoel de Abreu

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Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Intervencionista (Geri)* Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia do Abdome (Gera)*

Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Musculoesquelética (Germe)*

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Reunião do Grupo de Estudos de Mama (Gema)* 25

Reunião do Grupo de Estudos de Pediatria (Geped)*

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27 a 29

Congresso Argentino de Diagnóstico por Imagem (CADI 2018) http://www.cadi2018.com.ar

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5e6

11º Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca (ENRC)

11 a 13

47º Congresso Brasileiro de Radiologia CBR (CBR18)

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Rio de Janeiro, RJ

Reunião do Grupo de Estudos de Tórax (Geto)* Informações sobre eventos da SPR: www.spr.org.br ou (11) 5053-6363. Sede da SPR: Av. Paulista, 491, cj. 41, São Paulo. Maksoud Plaza Hotel: R. São Carlos do Pinhal, 424, São Paulo. *Evento com transmissão via web pela SPR ou pela Pixeon. Agenda completa das transmissões em www.spr.org.br/cursos-via-web.

Reunião do Grupo de Estudos Cabeça e Pescoço (Gecape)*

Maksoud Plaza Hotel

Reunião do Grupo de Radiologia Intervencionista (Geri)* 17

Reunião do Grupo de Estudos de Meios de Contraste Radiológicos (GEMCR)

Sede SPR

Reunião do Grupo de Estudos de Neurorradiologia (Gene)*

Maksoud Plaza Hotel

18 a 20

Congresso Chileno de Radiologia

Santiago, Chile

19 a 21

Clube Manoel de Abreu

Obeid Hotel, Bauru

Reunião do Grupo de Estudos de Pediatria (Geped)*

Sede SPR

Clube Roentgen* – Mini CCRP Santa Casa de São Paulo

Maksoud Plaza Hotel

XXIII Congresso Venezuelano de Radiologia e Diagnóstico por Imagens “Dr. Ricardo E. Lilue”

Caracas, Venezuela

25 a 27