SafeSea Newsletter

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Fotografia João Quaresma

Ano I - Janeiro de 2010

Newsletter As interacções entre cetáceos e as

as populações de cetáceos e a pesca

diferentes artes de pesca apresentam

local, de modo a reduzir potenciais

efeitos negativos tanto para as

consequências negativas. A informação

populações destas espécies, como

recolhida será posteriormente integrada

para a economia do sector pesqueiro:

com dados de distribuição e

para os animais há o risco de captura

abundância das espécies alvo de

acidental, ferimentos e/ou morte; para

cetáceos, monitorizadas pelo projecto.

o sector pesqueiro há a concorrência

Para tal, é necessário em primeiro

na exploração dos mesmos recursos

lugar conhecer a extensão destes

piscatórios (dieta vs economia) e/ou

acontecimentos, nomeadamente a

danos nas artes de pesca por parte dos

ocorrência de capturas acidentais e

cetáceos.

problemas causados pelos cetáceos

Dados recolhidos entre 2000-2005

em artes de pesca, existindo diversos

permitem concluir que cerca de 55%

métodos para obtenção desta

dos animais arrojados na costa Centro/

informação: utilização de observadores

Norte de Portugal tinham como causa

independentes a bordo da frota

de morte confirmada a captura

pesqueira, comunicação deste tipo de

acidental em artes de pesca, sendo

capturas e danos por parte de

que mais 11% apresentavam indícios

pescadores (nomeadamente através de

que sugeriam como provável causa de

inquéritos) e registos de arrojamentos

morte a captura acidental em artes de

de animais com evidências de captura

pesca.

acidental.

Através do projecto SafeSea

Fotografia SPVS

O Projecto SafeSea

Arrojamento de baleia-anã na Póvoa de Varzim

Arrojamentos Acto de um ou mais cetáceos darem à costa. Os arrojamentos são uma fonte importante de dados sobre a biologia destas espécies, bem como uma forma de obter informação sobre capturas acidentais.

pretende-se avaliar a interacção entre

www.safeseaproject.org

I


S o c i e d a d e P o r t u g u e s a d e Vi d a Selvagem (SPVS), Cooperativa de

Portugal, onde estudos anteriores

Produtores de Peixe do Centro Litoral

referem que tanto a análise de animais

(Centro Litoral OP), Cooperativa de

a r ro j a d o s , c o m o o s re l a t o s d e

Produtores de Peixe de Viana do

pescadores indiciam a ocorrência de

Castelo (VIANAPESCA), Coordinadora

capturas acidentais e mortalidade de

para o Estudo de Mamíferos Mariños,

mamíferos marinhos em artes de

Galiza, Espanha (CEMMA) e Institute of

pesca. O conhecimento da situação

Marine Research – Universidade de

actual das interacções cetáceos-pesca

Oslo, Noruega (IMROslo).

Fotografia SPVS

O projecto SafeSea permitirá aplicar estas 3 metodologias em

através destas metodologias permite a Fotografia SPVS

implementação de estratégias para, ao mesmo tempo, evitar as capturas acidentais e os danos causados nas artes por estes animais. Um dos

Estudos populacionais

últimos avanços para a resolução deste problema consiste na implementação de dispositivos acústicos (pingers) em redes de pesca, com o intuito de afastar os cetáceos enquanto as redes se encontram na água. Outra abordagem consiste na substituição das redes de emalhar por redes acusticamente melhoradas que se tornam “visíveis” ao sonar dos cetáceos. Torna-se assim fundamental, a obtenção de todo este tipo de

Golfinho-comum com cria

A cooperação com o sector pesqueiro é essencial para o sucesso deste projecto

A falta de informação relativamente à abundância, distribuição, reprodução e migração (entre outros) das populações de mamíferos marinhos, juntamente com a inexistência de dados fidedignos sobre as taxas de mortalidade natural e resultante de factores antropogénicos, resulta num elevado número de espécies classificadas como “Insuficientemente Conhecidas”

Fotografia SPVS

informação referente à interacção entre cetáceos e artes de pesca para suportar a regulamentação de decretos europeus e planos de gestão e apoiar a certificação das pescas. Para tal, é indispensável o envolvimento, a ajuda e participação de uma rede de entidades como Câmaras Municipais, Polícia Marítima, Capitanias de Portos de Pesca, Associações de Pesca, Pescadores, Bombeiros, Protecção Civil, Universidades, Organizações Não Gover namentais, bem como da população em geral. O Projecto SafeSea resulta de um conjunto de parcerias estratégicas criadas com o objectivo de envolver vários intervenientes na problemática da sustentabilidade das pescas, com especial atenção para os pescadores e respectivas associações profissionais. Neste projecto estão envolvidos: Departamento de Biologia da Universidade do Minho (UMinho), Golfinhos a acompanhar barco de cerco www.safeseaproject.org

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Fotografia João Quaresma

Fotografia João Quaresma

Espécies da costa portuguesa

Golfinho-riscado - espécie menos frequente na nossa costa

Biodiversidade Na costa continental portuguesa podem ocorrer 17 espécies de cetáceos, das quais 11 pertencem à sub-ordem dos odontocetes (cetáceos com dentes) e 6 à subordem dos misticetes (cetáceos com barbas). Na tabela seguinte são apresentados os nomes comuns e científicos das espécies bem como o grau de ocorrência (segundo o livro vermelho dos vertebrados de Portugal, ICNB).Apesar de não estarem descritos para as águas continentais portuguesas a equipa da SPVS-UM registou um arrojamento de baleia-pilototropical e um de uma espécie não identificada do género Mesoplodon.

Grupo de baleias-piloto

NOME COMUM

NOME CIENTÍFICO

OCORRÊNCIA

Golfinho-comum

Delphinus delphis

Residente

Golfinho-riscado

Stenella coeruleoalba

Residente

Roaz

Tursiops truncatus

Residente

Bôto

Phocoena phocoena

Residente

Baleia-piloto

Globicephala melaena

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Grampo

Grampus griseus

Residente

Orca

Orcinus orca

?

Falsa-orca

Pseudorca crassidens

Ocasional

Cachalote

Physeter macrocephalus

Ocasional

Cachalote-pigmeu

Kogia breviceps

?

Zífio

Ziphius cavirostris

?

Baleia-anã

Balaenoptera acutorostrata

Residente

Baleia-sardinheira

Balaenoptera borealis

Ocasional

Baleia-comum

Balaenoptera physalus

Visitante

Baleia-azul

Balaenoptera musculus

Ocasional

Baleia-de-bossa

Megaptera novaeangliae

Ocasional

Baleia-basca

Eubalaena glacialis

Ocasional

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Fotografia SPVS

Arrojamentos

comunicação, por parte de quem encontra o animal arrojado, para mais eficazmente se conseguir salvá-lo ou para proceder à recolha do máximo de informação possível relativamente à sua biologia e causa de morte. Assim, a participação e ajuda tanto da população em geral, como das comunidades piscatórias e entidades públicas é essencial. Para tal, basta contactar a Polícia Marítima da área, a Rede de Apoio a Mamíferos Marinhos (ABRIGOS) ou a SPVS. Perante o arrojamento de um animal morto, após a realização de uma necrópsia é possível obter um conjunto de dados que permitirão estudar diversos aspectos relacionados com a anatomia, fisiologia, ecologia, dieta, genética, toxicologia, patologia e/ou interacções humanas. Os dados obtidos através da análise de arrojamentos poderão então, tal como já referido, dar a conhecer informações sobre as

Arrojamento de uma baleia-anã na Praia da Vieira, Marinha Grande

espécies de cetáceos existentes na costa Portuguesa. Estes dados poderão servir de suporte a decisões e

Os arrojamentos podem dever-se

antropogénicas distingue-se o

estratégias de gestão das populações

tanto a causas naturais como a

contacto directo com barcos de pesca

destas espécies e, ao mesmo tempo,

actividades antropogénicas. Entre as

ou as respectivas artes, o embate

permitir a implementação da legislação

primeiras surgem a morte por doença,

contra navios, o efeito de sonares e

Europeia relativamente à sua

predação, escassez de alimento,

sondas e ainda a contaminação por

conservação. O sector das pescas

alterações no comportamento do

compostos tóxicos xenobióticos.

também sai beneficiado da recolha

próprio animal ou relacionadas com

Quando ocorrem arrojamentos de

sistemática desta informação visto que

f e n ó m e n o s o c e a n o g r á fi c o s

cetáceos vivos no Norte e Centro do

possíveis processos de certificação de

e x t r e m o s .!

país, estes são reencaminhados para o

pesca sustentável necessitarão desta

Centro de Recuperação

informação de base para justificar

de Animais Marinhos de

potenciais efeitos das interacções das

Quiaios (CRAM-Q) onde

pescas com espécies ameaçadas e

se tenta reabilitar os

protegidas.

causas

Fotografia SPVS

Como

indivíduos admitidos, com o objectivo de os devolver ao seu habitat natural. No entanto, na sua

CONTACTOS ÚTEIS

grande maioria, os

ABRIGOS: 968 849 101

animais arrojam já

SPVS: 919 618 705 ou 914 800 616

mortos. Em qualquer uma destas situações é fundamental a rápida Golfinho com redes de tresmalho na barbatana caudal www.safeseaproject.org

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Fotografia SPVS

Situação legal A realização de necrópsias

ASCOBANS, ACCOBAMS, Convenção

detalhadas e a recolha de amostras

da Comissão Baleeira Internacional,

biológicas é a base de muitos dos

Convenção CITES, Acordo MARPOL,

trabalhos de investigação que

UNCLOS e Earth Summit).

permitem conhecer o estado e a evolução das populações de cetáceos.

Fotografia SPVS

Pormenor de corte na barbatana caudal - evidência de interacção com artes de pesca

A recolha continuada de amostras permite o estabelecimento de um banco de tecidos

portuguesas, o Decreto-Lei nº263/81

Desde 2000 que a actual equipa do

proíbe a captura intencional, transporte

SafeSea recolhe e arquiva num banco

e morte destes animais. Como membro

de tecidos amostras biológicas de

da Comunidade Europeia, Portugal,

animais marinhos. Actualmente,

tem obrigatoriedade de recolha de

decorrem 9 doutoramentos e 1 pós-

dados científicos sobre as capturas

doutoramento com base nas amostras

acidentais de cetáceos (Regulamento

recolhidas por esta equipa.

(CE) n.º 812/2004 do conselho de

Adicionalmente, foram já efectuados 3

26/04/2004). Assim, o Estado

mestrados que beneficiaram desta

Português é obrigado a proceder à

informação. Este banco de tecidos

implementação de esquemas de

fornece também amostras para

observadores independentes em

diversos estudos a decorrer um pouco

barcos de pesca com comprimento

por toda a Europa.

fora a fora superior a 15 metros.

A influência antropogénica nas

Segundo este regulamento, para

populações de cetáceos tem-se

barcos de dimensões inferiores, os

revelado uma ameaça à sua

dados relativos a capturas acidentais

integridade, a nível mundial. Para

devem ser recolhidos através de

combater as ameaças a que estão

estudos científicos ou projectos-piloto.

sujeitos, em águas europeias, a

No entanto, a implementação de

Directiva Habitats (92/43/EEC) decreta

legislação da União Europeia e/ou

protecção estrita para todos os

Planos de Conservação e Gestão, na

cetáceos, do mesmo modo que um

Costa Continental Portuguesa, é

vasto número de tratados, acordos e

dificultada pelo desconhecimento

legislação internacionais protegem

sobre a situação actual das populações

directa ou indirectamente estas

de cetáceos, bem como as

espécies (Convenção de Ber na,

repercussões do impacto humano

C o n v e n ç ã o d e B o n a , O S PA R ,

sobre estas populações.

CONDIÇÃO

INFORMAÇÃO RECOLHIDA E ESTUDOS POSSÍVEIS

1

Vivo

biometria; patologia externa; parasitologia; microbiologia; biópsias; estudos sanguíneos (hematologia e química); genética; estudos acústicos.

2

Carcaça em boas condições/ fresco

biometria; genética; estudo da reprodução, dieta e determinação de idade; parasitologia; histopatologia; toxicologia; microbiologia; estudos sanguíneos limitados.

3

Decomposição moderada

biometria; genética; estudo da reprodução, dieta e determinação de idade; parasitologia; patologia; toxicologia; histopatologia

4

Decomposição avançada

biometria; genética; estudo da reprodução, dieta e determinação de idade limitada.

5

Restos ósseos ou mumificados

biometria; genética.

Necrópsias Os biólogos da SPVS-UM estão credenciados para o manuseamento e transporte de exemplares vivos ou mortos da fauna selvagem em todo o território nacional ao abrigo do decreto-lei nºº 140/99 de 24 de Abril, com a nova redacção dada pelo decreto-lei nº 49/2005 de 24 de Fevereiro e do decreto-lei nºº 316/89 de 22 de Setembro. Estudo realizado entre 2000-2005 concluiu que cerca de 55% dos animais arrojados na costa Centro/ Norte de Portugal apresentavam evidências de captura acidental e 11% provavelmente morreram devido a captura acidental em artes de pesca.

E s p e c i fi c a m e n t e e m á g u a s

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Fotografia João Quaresma

Resultados preliminares A costa Norte e Centro de Portugal

A investigação nos últimos anos

revela-se bastante importante para as

presta atenção especial à análise de

populações de cetáceos quer pela

animais arrojados para detecção de

diversidade de espécies detectadas

indícios de captura, na tentativa de

quer pelos números globais dos

avaliar a mortalidade de cetáceos

arrojamentos. Desde a implementação

causada pelas interacções com a

da Rede de Arrojamentos da SPVS-

pesca e a incidência dessa mortalidade

UM, no ano 2000, registaram-se 744

no registo de arrojamentos.

arrojamentos de 13 espécies de

Normalmente, o diagnóstico de morte

cetáceos. No que se refere à

por captura acidental através da

quantidade de arrojamentos em termos

análise de animais arrojados

e s p e c í fi c o s , v e r i fi c o u - s e q u e o

proporciona a primeira evidência deste

golfinho-comum é a espécie mais

tipo de problemas numa dada área. No

abundante. O bôto é a segunda

entanto, a determinação de capturas

espécie mais numerosa em termos de

acidentais a partir de animais arrojados

arrojamentos, sendo que a baleia-anã

só permite aceder ao número mínimo

foi a única espécie de misticetes

de capturas, uma vez que nem todos

(baleias com barbas) que

os animais mortos chegam a arrojar. )*(+,,-.+/'01-"(#-,('"#$%&'(23444(5(34467(

verificar a ocorrência de algumas

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espécies consideradas raras ou

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ocasionais nas águas continentais portuguesas.

aceder a um maior número de animais a r ro j a d o s e a u m a u m e n t o d a informação e amostras recolhidas

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A posterior ampliação da rede de arrojamentos da SPVS-UM permitiu

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A elevada percentagem de

diversidade de espécies detectadas na

c e t á c e o s a r ro j a d o s e m q u e f o i

costa portuguesa mostram a

diagnosticada morte por captura

importância das nossas águas para

acidental mostra valores bastante

várias espécies de cetáceos. É

preocupantes em termos de

importante salientar também que os

conservação a longo prazo de algumas

arrojamentos permitem detectar

espécies, particularmente no caso do

algumas espécies que poderão ter uma

golfinho-comum e do bôto.

baleia piloto.

desde o início da implementação da rede local de arrojamentos.

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O número de arrojamentos e a

portuguesa, tais como o grampo e a

aumento explícito de arrojamentos na costa centro e norte de Portugal,

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desses mesmos animais.

ocorrência mais regular na costa

A maioria dos cetáceos detectados engloba espécies da ordem Odontocetes, sendo o golfinhocomum a espécie mais representativa com 62.1% dos arrojamentos, seguida do bôto com 12,6%. Numa proporção mais pequena encontramos o golfinhoriscado, o roaz e a baleia-piloto. Foram também identificadas espécies consideradas ocasionais ou com ocorrência duvidosa nas águas continentais portuguesas como a orca, o cachalote-pigmeu, a baleiapiloto-tropical e um espécime de baleia-de-bico do género Mesoplodon.

Evolução anual A análise temporal dos

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foi

detectada. Foi também possível

Arrojamentos na costa centro e norte de Portugal por espécie

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Com o aumento da área de cobertura da rede de arrojamentos devido ao projecto SafeSea, em Junho de 2008, verificou-se um aumento considerável do registo do número de animais.

arrojamentos demonstra que existe um

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Fotografia João Quaresma

Resultados preliminares No ano de 2009 atingiu-se um recorde de registo de animais, com um

ao longo da costa, a zona centro de

de cetáceos.

Portugal mostra um número mais

total de 168 mamíferos marinhos, dos !1'($')%%&*)#$+,&-'/&%'*2%0-(034&'567789'

quais 167 foram cetáceos, tendo

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foca cinzenta arrojada viva e libertada .)/0,)+0)-'

posteriormente na Irlanda. Este incremento reflecte o aumento

elevado de arrojamentos quando

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apenas sido registado um caso de uma

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amplamente distribuído por toda a

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Sazonalidade

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tempestades frequentes), observadas

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Relativamente ao padrão sazonal,

condições extremas de mar (com

animais mortos nas praias e também promover a mortalidade de animais mais fracos, feridos ou juvenis.

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Relativamente às causas de morte

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dos cetáceos arrojados em 2009

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Os dados de arrojamentos de cetáceos são de elevada importância

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Causas de morte

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aproximadamente 50% foi

durante o Inverno e início da Primavera, podem promover a deposição dos

A zona Centro de Portugal está há

costa portuguesa se bem que a zona

contactadas.

em que ocorrem mais arrojamentos. As

comparado com a zona Norte. muito identificada como uma zona

arrojamentos por parte das entidades

o Inverno e Primavera são os períodos

Em termos de animais detectados

regionais para registo de arrojamentos

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Adicionalmente, factores inerentes à distribuição e sazonalidade das espécies nas águas portuguesas podem ter influência no padrão sazonal dos arrojamentos.

Distribuição geográfica

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(abalroamento por embarcações),

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sendo que o mesmo valor foi registado

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Vários países europeus possuem

em relação a animais arrojados devido a doenças. Numa elevada percentagem de animais não foi possível ainda estabelecer a causa de morte, devido ao facto de as análises estarem a decorrer.

redes de arrojamentos nacionais ou www.safeseaproject.org

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Agradecimentos

Os dados dos arrojamentos recolhidos pelas redes regionais são canalizados para o ICNB que compila toda a informação nacional. A detecção e registo dos arrojamentos de mamíferos marinhos não teria sido possível sem o apoio de diversas pessoas e instituições que contribuíram de forma significativa para o trabalho efectuado pela nossa equipa. Assim sendo, queremos expressar os nossos agradecimentos às várias instituições contactadas: Autarquias, Capitanias de Portos, Polícia Marítima, Guarda Nacional Republicana, Corporações de Bombeiros e Protecção Civil. Igualmente, foram inúmeros os particulares que alertaram para os arrojamentos de animais marinhos nas praias pelo que não podemos deixar de lhes agradecer. "

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A equipa técnica do Projecto SafeSea

Por favor colabore com este projecto. Se detectar um mamífero marinho arrojado contacte uma das seguintes entidades: a!Polícia Marítima da área, a ABRIGOS ou a SPVS A sua ajuda é importante!

A EQUIPA TÉCNICA José Vingada, Pedro Teixeira Gomes, Marisa Ferreira,

Célia Tavares, Jorge Santos, Hélder Araújo, Jorge Vaqueiro, Catarina Eira, Sílvia Monteiro, Isabel Oliveira, Filipe Rocha, Rute Costa, Joana Ferreira, Magda Graça e Amaro Rodrigues

Financiado por Islândia, Liechtenstein e Noruega pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu

Parceiros

Contactos Morada Universidade do Minho - Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem, Campus de Gualtar - 4710-057 BRAGA Mail safesea@safeseaproject.org Telefone 253 601 523

www.safeseaproject.org

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