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Ano 30 - Edição 155
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UMA PUBLICAÇÃO DA
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s
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a
ABRACAF
Associação Brasileira dos Concessionários de Automóveis FIAT
Conectividade
como oportunidade de novos negócios
EM PAUTA
GESTÃO & NEGÓCIO
Reforma Trabalhista: seguranç a jurídica, modernização e mais clareza.
O futuro do negócio da Distribuição de Veículos, tendências globais de mercado, tecnologia e o papel das Associações de Marca.
ECONOMIA
Mais crédito e menos inadimplência em 2018
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Revista Una Mais
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Ano 30 - Edição 155
R
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UMA PUBLICAÇÃO DA
i
s
t
a
ABRACAF
Associação Brasileira dos Concessionários de Automóveis FIAT
Conectividade
Ano 30 - Edição 155
como oportunidade de novos negócios
EM PAUTA
GESTÃO & NEGÓCIO
Reforma Trabalhista: seguranç a jurídica, modernização e mais clareza.
O futuro do negócio da Distribuição de Veículos, tendências globais de mercado, tecnologia e o papel das Associações de Marca.
ECONOMIA
Mais crédito e menos inadimplência em 2018
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Muito Mais em 2018! Nesta última edição do ano de UNA+, abordamos assuntos extremamente relevantes para que toda a Rede Fiat esteja preparada para iniciar 2018 com mais informações, mais conhecimento e, portanto, mais condições de criar novas estratégias para crescer num mercado que já aponta para uma recuperação de cerca de 10% para automóveis e comerciais leves, conforme projeções da Fenabrave. Como veremos na editoria de Economia, o mercado de crédito também deverá aumentar para o setor automotivo, conforme previsão dos executivos do Banco Itaú, Vilmar Carreiro e Fernando Machado Gonçalves, assim como para o presidente da ANEF- Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras, Luís Montenegro, que projeta oferecer 25% a mais, em crédito, para financiamentos do setor, em 2018. Apesar das boas notícias de crescimento, deverá ocorrer concorrência ainda mais acirrada no mercado, incluindo a competitividade pela adaptação aos novos modelos de negócio que estão surgindo a partir da conectividade, abordada em nossa Matéria de Capa, e em outras áreas, como as apontadas na editoria de Gestão & Negócios, na qual abordamos os principais resultados do estudo realizado pelo ICDP, a pedido da Fenabrave, e que nos mostra as megatendências esperadas para os segmentos de automóveis e comerciais leves até 2025, e que trarão mudanças no formato e perspectivas de futuro das Concessionárias, incluindo o relacionamento com suas montadoras. Aliás, pensando no consumidor do futuro, Carlos Humberto Duarte de Lima e Silva, diretor comercial da Autovia, Grupo da marca FIAT presente no Estado do Tocantins - Palmas, a capital - e em Gurupi, mostra, em Mais Rede, como reorganizou sua estratégia de marketing, destinando investimentos para o público jovem e realizando eventos que dobraram o fluxo em suas lojas.
Segundo o estudo do ICDP, apenas as Concessionárias capitalizadas terão chance de sobrevivência no mercado futuro. Por esta razão, trazemos, no Destaque desta edição, dicas importantes do Professor Marco Antônio Pereira sobre relacionamento com fornecedores e o impacto da mudança de regras no caixa da empresa, incluindo gestão de estoques, capital de giro e análises de ciclos financeiros, com exemplos práticos. Faz parte da boa gestão, a adequada administração do capital humano das empresas, o que inclui recrutamento, treinamento, remuneração e recompensa das equipes, assuntos retratados na Palavra do consultor Marcelo Samogin, diretor e consultor sênior da Remunerar, empresa especializada em remuneração e recompensa, que atua na área de RH, auxiliando empresas a ampliar a competitividade e a criar programas de incentivo para as equipes. Ainda dentro do conceito de gestão de pessoas, está, Em Pauta, a Nova Lei Trabalhista, que entrou em vigor no último dia 11 de novembro e que impactará nas relações entre Concessionários e seus colaboradores. Acompanhe a opinião de especialistas como o advogado trabalhista Sérgio Schwartsman, da Lopes da Silva & Associados; Ives Gandra, presidente do Tribunal Superior do Trabalho, e o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. E, como ninguém é de ferro e a Rede Fiat merece ter momentos de descanso e lazer, trazemos, em Bem-Estar, opções de viagens para combater o estresse provocado pelos desafios de 2017, com dicas para quem pretende ir ao Peru, desfrutar da espiritualidade trazida por Machu Pichu, ou mesmo apenas relaxar nas praias paradisíacas das Ilhas Seychelles, ao norte de Madagascar. Seja como for, aonde for, a Revista UNA+ deseja a todos os Associados e Parceiros da ABRACAF um final de 2017 com muita saúde, paz e harmonia e que as festas em família possam trazer + ânimo + esperanças e + realizações em 2018! Revista UNA+! Mais conteúdo para uma Rede que merece, sempre, mais e melhores resultados. Feliz 2018! Conselho Editorial
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Gestão & Negócios
MATÉRIA DE CAPA
Estudo do ICDP levantou dados para desenhar o Futuro do Negócio da Concessionária no Brasil. A visão é positiva, mas, será preciso incorporar novas habilidades para gerenciar o negócio que se tornará mais complexo e mais focado em processos.
26 Economia
O cenário econômico estará favorável ao mercado de crédito para o setor automotivo em 2018. Para isso, é preciso que as reformas sejam aprovadas, defendem os analistas econômicos.
E mais,
05 ABRACAF em dia 10 Em pauta 08 Destaque 22 Palavra
una e x
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A conectividade dos automóveis é uma das megatendências que mais deve impactar o setor automotivo no curto prazo. A tecnologia pode gerar receita, mas depende de forte relacionamento com seus clientes e uma estratégia de comunicação bem planejada.
30 BEM-ESTAR
É tempo de relaxar e renovar energias para retomar o ritmo em 2018. Machu Picchu e Ilhas Seychelles são opções para quem quer contato com a natureza e que contam com uma rede hoteleira que inclui ambientes relaxantes e alta gastronomia.
28 Mais Rede
p e d i e n t e
Revista Trimestral, editada pela ABRACAF- Associação Brasileira dos Concessionários de Automóveis Fiat - Rua Itápolis, 543 - Cep: 01245-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3662-7722 e-mail: secretaria@abracaf.com.br • Presidente Executivo Delegado: Elmano Nigri • Presidente do Conselho Nacional: Celso Antonio Menegaz • Vice-presidentes do Conselho Nacional: Carlos Milton Buffoni Filho e Ademir Antonio Saorin • Diretor Tesoureiro: Hélcio Cardoso de Matos Sobrinho • Conselho de Ex-Presidentes: Guido Benedito Viviani, Luiz Romero Cavalcante Farias, Edmo Mendonça Pinheiro, Rubens Carvalho, José Maurício Andreta Junior e Flávio Meneghetti • Diretor Executivo: Márcio Cardoso • Conselho Editorial da Revista: Elmano Nigri, Márcio Cardoso e Rita Mazzuchini • Coordenação Geral: Márcio Cardoso • Jornalista Responsável: Rita Mazzuchini (MTB 22.128) • Coodernação Editorial e de Arte: MCE Agência de Notícias • Redação: MCE Agência de Notícias • Contatos: (11) 2577-6533. E-mail: rita@mcepress.com.br • Fotos: Divulgação, Agência Brasil e Marcos Alves • Projeto Gráfico e Diagramação: MKTEW21 Propaganda - www.ew21.com.br - 11 2098-6969
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Eventos, projetos e ações realizadas pela ABRACAF
Academia ABRACAF forma a 13ª turma
Veja a opinião dos participantes sobre a Academia ABRACAF:
“Já participei outras vezes da Academia ABRACAF, todas sempre muito proveitosas, com muito conhecimento e grande volume de informações. Vejo muito potencial para implantarmos novas ações.” Os participantes da 13ª edição da Academia ABRACAF receberam seus certificados no fim de novembro, em São Paulo, na sede da entidade. O curso contou com quatro módulos e tratou de assuntos relevantes para a formação dos sucessores, como Reforma Trabalhista, PósVenda, Melhores Práticas, Finanças, Marketing Digital, dentre outros. Como parte do programa, também foram realizadas visitas ao Google, Facebook, Itaú e à Concessionária Tempo, em Campinas (SP). Neste ano, os alunos também participaram do 27º Congresso & ExpoFenabrave, acompanhando as palestras e ampliando sua rede de relacionamentos. A Academia ABRACAF já formou mais de 350 jovens desde 2004 e, neste ano, além da coordenação de Celso Antonio Menegaz, Presidente da Comissão de Sucessores, contou com a participação da Pracis, empresa especializada em treinamento de executivos e preparação de sucessores. A turma de 2017 contou com 12 participações: André Augusto Brandão, Beto Rios Cerqueira, Gabrielle Amorim Pontes, Guilherme Guerra de Farias, Hélio Dantas Neto, João Oggioni Neto, João Victor Batista da Silva, Luis Henrique de Queiroz, Manoel de Jesus Pinheiro Dias, Paula Andrade Cunha Junqueira Guimarães, Rafael Dantas Menezes e Vitor Lucas Leta.
André Augusto Brandão, FIAT Ideal – São Lourenço (MG) “Participar da Academia ABRACAF amplia nossa visão do negócio. Já participei anteriormente, mas, neste ano, o conteúdo foi bem focado, mostrando novas ideias, melhores práticas e, principalmente, as mudanças pelas quais o setor está passando.” Beto Rios Cerqueira, FIAT Jacuípe – Feira de Santana (BA) “Participar da Academia ABRACAF foi decisivo para minha permanência nos negócios da Distribuição de Veículos. O conteúdo é muito abrangente. É possível ter uma visão muito ampla de todos os processos. Além disso, foi muito importante para expandir meus contatos no Setor.”
“Foi uma grande oportunidade para trocar experiências e conhecer um conteúdo de excelente qualidade. Estou levando muitas novidades para colocar em prática no dia a dia dos nossos negócios.” Guilherme Guerra de Farias, Fiat Autoeste – Anápolis (GO) “Esta é minha segunda participação e, desta vez, as visitas ao Google e ao Facebook foram muito produtivas. Com essa visão de marketing digital conseguiremos fazer melhores investimentos.” João Oggioni Neto, FIAT G4 – Cabo Frio (RJ) “O curso superou minhas expectativas. O conteúdo das palestras abriu minha visão sobre o negócio. Para mim, foi uma experiência muito positiva, de grande crescimento pessoal.” Paula Andrade Cunha Junqueira Guimarães, FIAT San Marco – Uberaba (MG)
Gabrielle Amorim Pontes, FIAT Mundi – Sobral (CE)
essa visão.”
“Participar da Academia ABRACAF significa estar atualizado no Setor. Hoje, o caminho é estar no mundo digital, e o conteúdo do curso reforçou
Rafael Dantas Menezes, FIAT Samam – Aracaju (SE) Revista Una Mais
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Contas em dia Os membros do Conselho Fiscal se reuniram, no início de novembro, para analisar as contas e ações realizadas no último período. O encontro, que passou a ser mensal, conforme o estatuto e a partir da implantação da Diretoria Profissional na ABRACAF, contou com a presença dos Conselheiros Celso Schimidt e Sebastião Oggioni, do Diretor Executivo Márcio Cardoso e do Diretor Tesoureiro, Hélcio Cardoso Sobrinho. A reunião teve a participação de Celso Antonio Menegaz, Presidente do Conselho Nacional, Carlos Buffoni Filho, 1º VicePresidente e de Ademir Saorim, 2º Vice-Presidente. Para Celso Schimidt, o novo procedimento, com reuniões mensais do Conselho Fiscal,
Reeleição na FENABRAVE O empresário foi reeleito Presidente da FENABRAVE para o triênio 2018-2020. Em Assembleia Geral, realizada no dia 23 de novembro, na Sede da FENABRAVE, em São Paulo, os Presidentes das Associações de Marcas, filiadas à entidade, reelegeram Alarico Assumpção Júnior para Presidente da FENABRAVE. A nova gestão compreenderá o próximo triênio (2018-2020) e tomará posse, oficialmente, dia 1º de janeiro de 2018.
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Conselho Fiscal da ABRACAF em reunião na sede da entidade.
está sendo muito benéfico para a entidade. Segundo ele, dessa forma, é possível fazer análises e traçar metas de forma mais eficaz. “Tem sido uma ótima experiência, porque, assim, podemos fazer avaliações mais precisas e trabalhar o
planejamento para o próximo ano”, comenta Schimidt. Durante as reuniões do Conselho, são analisadas as contas da ABRACAF, ABRASEG E ABRACOM. Até setembro, todas as contas foram aprovadas.
ABRASEG implanta Sistema Multicálculo
Como parte de uma estratégia de crescimento dos negócios, a ABRASEG - braço comercial de seguros da ABRACAF, deu início ao processo de implantação do Sistema Multicálculo. O objetivo é gerar mais opções ao cliente e, assim, aumentar o índice de fechamento de novos contratos nas Concessionárias.
Com a chegada da nova ferramenta, cresce a oferta de opções para o cliente encontrar a melhor cotação de seguro, segundo seu perfil. De acordo com Paulo Almeida, responsável pela área comercial da ABRASEG, antes, o vendedor de seguro das Concessionárias parceiras tinha, em mãos, apenas três cotações, restritas às empresas com as quais a corretora tinha parceria. A partir de agora, o novo sistema gera nove cotações, de diferentes empresas seguradoras, o que significa mais chances de o vendedor atender às expectativas do cliente e fechar negócio ali mesmo.
“O sistema está em fase de implantação e treinamento e as perspectivas são muito positivas para incrementar nossas vendas”, conta Almeida que, a partir de dezembro, dará início às
visitas às Concessionárias para demonstrar a ferramenta e apresentar, aos vendedores e Concessionários, as possibilidades de aumentarem as receitas nesse segmento.
Desempenho da marca 264.701 veículos vendidos O levantamento realizado pela Fenabrave, considerando os emplacamentos de veículos novos, apontou que a Fiat somou, de janeiro a novembro, 264.701 veículos vendidos no Brasil, o que manteve a marca na vice-liderança com 13,45% de participação de mercado. Em novembro, as Concessionárias Fiat emplacaram 24.791 automóveis e comerciais leves, garantindo 12,57% das vendas totais no período para a marca.
24.791
automóveis e comerciais leves
13,45%
12,57%
das vendas totais Revista Una Mais
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Relacionamento com Fornecedor. O impacto da
mudança de regras no caixa de sua empresa Nesse artigo, mostramos nossa preocupação com o preparo na gestão da Concessionária com relação ao capital de giro, em especial, sobre os controles existentes capazes de medir e avaliar o impacto das alterações na relação comercial com fornecedores, principalmente, no tocante à redução de prazos para pagamento dos veículos vendidos. Por Professor Marco Antônio Pereira (*)
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esenvolvemos um estudo de caso, aplicado em três Concessionárias, com ciclos financeiros: baixo, médio e alto, bem como medimos os impactos que a redução de 5 dias, no prazo de pagamento, promoverá no aumento da necessidade de capital de giro, e o impacto financeiro decorrente da necessidade de financiamento. Antes, há necessidade de repassarmos alguns conceitos: •
A Necessidade de Capital de Giro (NCG) pode ser apresentada em quantidade de dias para os três principais componentes das atividades operacionais: estoques, contas a receber e fornecedores, onde:
Estoque é PME = Prazo médio dos estoques Contas a Receber é PMR = Prazo médio de recebimentos Fornecedores é PMP = Prazo médio de fornecedores Ciclo Financeiro = PME + PMR – PMP
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•
O Ciclo Financeiro (NCG em dias) determina o Giro de Caixa que, por sua vez, aponta o número de vezes que o caixa se renova, ou seja, os valores entram e saem do caixa em razão dos recebimentos e pagamentos.
•
O Giro de Caixa resulta do giro dos recursos aplicados pela empresa, em estoques e contas a receber, e as dívidas operacionais com fornecedores, tendo, como objetivo, o estabelecimento de condições “ideais” na rotação desses recursos, maximizando os lucros, a geração de caixa e diminuindo a NCG.
Selecionamos três Concessionárias, com portes diferentes, para demonstrarmos os efeitos na NCG, promovidos pela alteração do prazo de pagamento antecipado em 5 dias.
*Mestre em Finanças; Sócio Diretor da Consultar Soluções Empresariais; professor de cursos de MBA, Graduação e Pós-Graduação, bem como da Universidade Corporativa FCA ISVOR Fiat Group. Instrutor e Coaching para empresas, já atuou como diretor e consultor em empresas dos setores alimentício, minerador, telecomunicação, atualmente, atua, também, como consultor financeiro das empresas FCA, CNH Industrial, Magneti Marelli e Iveco.
1. Situação Original Demonstramos, a seguir, a situação inicial de Capital de Giro, em dias, apontada para o mês de agosto, com os prazos contratados de pagamento de floor plan sem a redução de 5 dias. Informações Financeiras
CAPITAL DE GIRO
(PME) Prazo Médio de Estocagem (dias) (PMR) Prazo Médio Cliente (dias) (PMP) Prazo Médio Fornecedores (dias) Ciclo Financeiro Operacional (dias)
GIRO DE CAIXA
Concessionária 1 Agosto 38,65 12,33 36,00 14,98 16,02 31.172.172 1.945.663
Concessionária 2 Agosto 55,57 26,25 52,30 29,51 8,13 36.671.573 4.509.830
Concessionária 3 Agosto 63,50 22,00 42,80 42,70 5,62 52.138.441 9.276.298
2. Situação com redução de 5 dias Esta situação apresenta a redução de 5 dias nos prazos contratados de pagamento de floor plan e os respectivos efeitos. Informações Financeiras
CAPITAL DE GIRO/ SIMULAÇÃO GIRO DE CAIXA/ SIMULAÇÃO
(PME) Prazo Médio de Estocagem (dias) (PMR) Prazo Médio Cliente (dias) (PMP) Prazo Médio Fornecedores (dias) Ciclo Financeiro Operacional (dias) Giro de Caixa Atual (Giro) Desembolso de Caixa no período ($) NCG Atual ($)
Concessionária 1 Agosto 38,65 12,33 31,00 19,98 12,01 31.172.172 2.595.083
Concessionária 2 Agosto 55,57 26,25 47,30 34,51 6,95 36.671.573 5.273.821
Concessionária 3 Agosto 63,50 22,00 37,80 47,70 5,03 52.138.441 10.362.515
3. Análise do Resultado O aumento de 5 dias promoveu um crescimento da NCG nas três Concessionárias, resultando na necessidade de capitação que, estimando um custo financeiro de 11,76%, acumulado no período de janeiro e agosto, promoveu uma Ineficiência Financeira de:
Concessionária 1 R$ 76.372 • Concessionária 2 R$ 89.845 • Concessionária 3 R$ 127.739 ANÁLISE DO RESULTADO Concessionária 1 NCG Atual NCG Simulação Crescimento da NCG Taxa de Juros Acumulada Equivalente a 8 meses (Jan a Ago) Ineficiência Financeira pela Redução do Prazo de Pagamento
Concessionária 2
1.945.663 2.595.083 649.420 11,76% 76.372
4.509.830 5.273.821 763.991 11,76% 89.845
Concessionária 3 9.276.298 10.362.515 1.086.218 11,76% 127.739
Dinheiro perdido!!!
A alteração nos prazos promove o enfraquecimento do caixa e, por sua vez, demandará estratégias que possam mitigar os efeitos, tais como: a. Proceder estudo imediato dos níveis de estoques dentro da curva ABC, abrangendo estoques de outros itens; b. Readequar a Corsia priorizando veículos que promovam melhor giro e em níveis compatíveis com o novo pulmão financeiro da Concessionária, tentando sempre não promover o desabastecimento; c. Iniciar um processo de vigília da política de crédito concedida a clientes, de maneira a evitar o crescimento do prazo para recebimento, e nesse mesmo sentido, investigar,
permanentemente, o agin list do “contas a receber” de clientes, em especial, seguradoras, vendas com cheque pré-datados, vendas com cartões de crédito e “contas a receber” da fábrica; d. Por fim, o mais difícil, aportar capital para cobrir o aumento da necessidade de capital de giro com recursos próprios dos sócios, evitando o endividamento bancário. Como pode ser visto, a redução dos prazos pactuados têm impacto imediato no fluxo de caixa da Concessionária, aumentando
a possibilidade de endividamento com consequente pagamento de juros, reduzindo os lucros do negócio. Como dito no artigo “Gestão da Concessionária com Fluxo de Caixa do Acionista” publicado na revista UNA nº 152 / ano 30 - 2017, é visível que a principal razão da existência das organizações modernas é a sua capacidade de gerar de fluxo de caixa continuamente.
Aproveite esse momento para refletir sobre suas próximas decisões e estratégias.
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Mais equilíbrio nas relações de trabalho
Com a Reforma Trabalhista, que passou a valer em novembro, o Brasil ingressou num novo patamar de desenvolvimento, relações claras e segurança jurídica tanto ao trabalhador quanto ao empresário.
José Cruz - Agência Brasil
Entusiasta da mudança, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra, destacou, em um evento em Brasília, que as novas regras trazem mais segurança jurídica e uma relação mais saudável entre as partes.
Ives Gandra, Presidente do Tribunal Superior do Trabalho
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É bom lembrar que, apenas em 2016, foram ajuizadas 3,9 milhões de ações trabalhistas no País, o que põe o Brasil como um dos líderes mundiais em situações do tipo. Com a Reforma, essa realidade tende a mudar. “Os advogados de empregados vão pensar 10 vezes antes de entrar com ação porque sabem que serão responsabilizados. Além disso”, afirmou Gandra, “os representantes das empresas também irão pensar bastante antes de recorrer”.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, também saiu em defesa da modernização das relações trabalhistas. “O mundo está em profunda modificação. Com a globalização e o avanço da tecnologia, determinadas funções estão desaparecendo. Estamos com os olhos voltados para isso. Já sabemos o que não queremos, como um sistema engessado. Alguns modelos, que foram produtivos, hoje estão obsoletos, especialmente, porque não respondem a essa realidade modernizada”.
Outro ponto de destaque, segundo o presidente do TST, é a força maior dos acordos coletivos em relação à Lei. Para ele, cada caso é um caso, e as regras anteriores engessavam os acordos entre as partes. “O trabalhador e o empregador sabem onde aperta o sapato. Não adianta querer oferecer um terno de tamanho único para todo mundo. Cada um vai ter que ajustar a manga de um jeito. É isso que se faz por meio do acordo coletivo”, comparou. “Talvez a melhor forma de proteger o trabalhador seja, exatamente, o caminho trilhado pela Reforma. Todos nós queremos a mesma coisa. Proteção para o trabalhador, segurança jurídica para empresas, que haja investimentos no Brasil e a economia volte a crescer”, disse Gandra.
Roberto Jayme - Ascom - TSE
A
Reforma Trabalhista entrou em vigor em 11 de novembro. Uma das principais bandeiras do presidente Michel Temer, a novidade sofreu críticas contundentes de alguns setores. Porém, a mudança era necessária para colocar o Brasil, novamente, na rota do desenvolvimento. A legislação vigente até então, dizem os especialistas, estava defasada com a realidade atual do mercado e trazia inseguranças jurídicas tanto ao trabalhador quanto ao empregador.
Gilmar Mendes, Ministro do Supremo Tribunal Federal
A modernização parece que, enfim, chegou. O modelo que entrou em vigor evita o grande número de ações trabalhistas e põe, à luz da legislação, fatos que já ocorrem na realidade atual.
O trabalhador e o empregador sabem onde aperta o sapato. Não adianta querer oferecer um terno de tamanho único para todo mundo. Cada um vai ter que ajustar a manga de um jeito. É isso que se faz por meio do acordo coletivo O que muda A principal mudança da Reforma Trabalhista é a instituição do acordado sobre o legislado. Ou seja, o que for combinado entre o empregado e o empregador passa a ter força de lei, como horário de almoço, jornada de trabalho e banco de horas. Direitos essenciais, porém, serão preservados, entre os quais salário mínimo, FGTS, décimo terceiro salário e férias proporcionais. A alteração no banco de horas afetará, diretamente, o cotidiano das empresas. Para o advogado
Sérgio Schwartsman, da Lopes da Silva & Associados, essa é uma das mudanças mais importantes para o setor automotivo. A principal alteração em relação ao tema é que, segundo o especialista, passa a existir uma espécie de “banquinho de horas”, em que o funcionário pode compensar o tempo deixado de trabalhar, por um eventual atraso, dentro do próprio mês e respeitado o limite mensal de 220 horas. Por exemplo, se o funcionário tiver um contratempo e chegar uma hora atrasado na segunda-feira, ele pode compensar essa hora a menos trabalhada, em qualquer momento, dentro do mesmo mês. “É algo bom para todos porque garante a produtividade. Quem contrata um empregado por oito horas o faz porque precisa daquelas oito horas trabalhadas. Mas o trabalhador pode ter um imprevisto e chegar atrasado em um dia. Sem problemas. Basta compensar esse horário dentro do próprio mês. O que importa, a todos, é que o trabalhador cumpra sua carga horária, não descontá-lo”, explica o especialista. Schwartsman, porém, lembra que deve ser respeitado o limite de 220 horas mensais. Todo excedente será considerado hora extra.
Férias e Terceirizados As férias poderão ser divididas em três períodos durante o ano. Há regras claras para esse fracionamento, como explica Schwartsman: “Um dos períodos não pode ser inferior a 14 dias. Os outros, não inferior a cinco dias. Além disso, as férias não podem, de forma alguma, começar dois dias antes de feriados, para não prejudicar o trabalhador”.
Sérgio Schwartsman, da Lopes da Silva & Associados
A Reforma também consagra a terceirização, inclusive da atividade fim, já em vigor desde março de 2017. Um ponto importante é que passa a ser expressamente proibido que um funcionário, com carteira assinada, seja
demitido e recontratado como pessoa jurídica ou terceirizado no período de 18 meses. É bom destacar, também, que, se o terceirizado trabalhar dentro das dependências da empresa-tomadora, terá direito a todos os benefícios destinados aos outros trabalhadores, como refeitório, transporte, serviços médicos, treinamentos e condições sanitárias. Se eles trabalharem fora da empresa, contudo, a responsabilidade sobre esses itens passa a ser da empresa terceirizadora.
Ações trabalhistas Pela regra anterior à Reforma, se um funcionário perdesse uma ação trabalhista, não pagaria as despesas processuais e os honorários advocatícios à empresa processada. Agora, a situação mudou, e ele deve arcar com as custas processuais em caso de derrota na justiça. A tendência é que o trabalhador apenas entre com uma ação trabalhista se estiver convicto de que, realmente, foi prejudicado e estiver pedindo, exatamente, o retorno do dano específico que julga ter sofrido, evitando um alto número de ações injustas ou desnecessárias. Um exemplo: o trabalhador não recebeu a rescisão e entra, de forma justa, com uma ação pleiteando R$ 10 mil. Contudo, além da rescisão, ele pede mais R$ 90 mil por danos morais e horas extras. O juiz pode dar ganho de causa em relação à rescisão, porém, considerar improcedente os outros pedidos. O funcionário passa, neste caso, a ter que pagar entre 5% e 15% dos R$ 90 mil à outra parte. “Antes, o trabalhador não tinha nada a perder, e não era incomum pedidos absurdos. Agora, a tendência é diminuir esse tipo de ação aventureira”, diz Schwartsman. Além de todas essas novidades, a Reforma trouxe, ainda, a regulamentação do home-office; multa por discriminação salarial; novos motivos para demissões por justa causa; entre outras mudanças que, ao que indicam os especialistas, estão colocando o Brasil no Século 21 das relações trabalhistas.
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G e s t ã o & N e g ó c i o s
Evolução e adaptação a um novo mercado De acordo com estudo realizado pelo ICDP – International Car Distribution Programme, as Concessionárias brasileiras atuarão em um novo conceito de mercado até 2025. A conclusão aponta que a Distribuição Automotiva não vai acabar, mas passará por profundas mudanças que exigirão recursos e inteligência dos diversos elos da cadeia.
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pior já passou”. Ao menos este é o clima apresentado pelo mercado após uma das maiores crises econômicas vivenciadas no Brasil e que refletiu, diretamente, nos negócios da Distribuição Automotiva. De acordo com levantamento da Fenabrave, com base nos emplacamentos de veículos, as vendas de automóveis e comerciais leves devem encerrar o ano com aumento de 10% sobre os resultados de 2016. Engajada em preparar e contribuir para o futuro do Setor da Distribuição Automotiva, a entidade encomendou um estudo do ICDP – International Car Distribution Programme, que revela qual será o Futuro do Negócio da Concessionária de Automóveis e Comerciais Leves no Brasil. Com base em entrevistas concedidas por empresários, diretores de montadoras, dados fornecidos pela Federação e por Associações de Marca, o estudo contemplou quais serão as principais tendências globais de mercado, sua influência no Brasil e qual o papel dos diversos players na adequação das atividades para o futuro do negócio. “Os Concessionários enfrentam o desafio de ajustar, economicamente, a empresa e, ao mesmo tempo, investir e se adaptar ao futuro. O mundo está andando e ele não têm tempo para respirar. Tem que atualizar o negócio enquanto o mercado segue seu ritmo. Ele não está em uma zona de conforto para parar e pensar nas novas tendências. É o que chamamos de ‘trocar as rodas do carro em movimento’”, explica o coordenador da pesquisa e parceiro do ICDP no Brasil, Francisco Trivellato. De acordo com o que foi apurado, há uma visão de futuro para o negócio das
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Concessionárias mas, para sobreviver, elas precisarão de escala suficiente para incorporar as novas habilidades e capacidades, especialmente, as relacionadas ao mundo digital, assim como para gerenciar um negócio que será mais complexo e num formato focado no processo. “Isto deve contar com o envolvimento das Montadoras, Associações de Marca e dos Concessionários. A Rede não conseguirá se adaptar sozinha ao carro elétrico, ao autônomo e à conectividade no carro, por exemplo. Ela precisará da ajuda da montadora. O sistema chegará na fábrica, que transmitirá, para o Concessionário, a expertise e o conhecimento”, detalha Trivellato, dizendo que as entidades serão fundamentais neste processo de mudança. “As Associações devem reconhecer os principais desafios, ter, claramente, as fraquezas e forças da Rede e saber negociar, com a montadora, as soluções e adaptações. Devem trabalhar em conjunto e estar sintonizadas”, explica o consultor.
Um novo mercado A crise econômica afetou, diretamente, o mercado da Distribuição Automotiva, fazendo com que algumas marcas se destacassem, em detrimento de outras, que perderam espaço.
pontos, o que aconteceu não terá trazido vantagem alguma”, diz Trivellato, comentando os ajustes realizados no mercado. “Com relação à capitalização, para ser Concessionário, você não pode estar alavancado (endividado). O empresário não tem margens suficientes para pagar grandes alavancagens. Muitos grupos compraram e incorporaram Concessionárias neste período e se tornaram consolidadores. Quando se tem escala e se consegue centralizar a gestão, há um ganho fenomenal nos CONSTRUIR O FUTURO resultados, em DO NEGÓCIO … competitividade”, comenta o …não se pode esperar consultor. até que a recuperação
Dados da Fenabrave mostram que, do total de Concessionárias que estavam fiscalmente ativas em 2014, quando a crise começou a afetar o setor, mais de 25% delas fecharam até março de 2017. Foram abertas pouco mais de 200 Concessionárias no mesmo período, sendo a maioria relacionadas às marcas que mais cresceram no mercado. Isto deixa um saldo líquido, depois de três anos, de perda de da economia aconteça. 20% no total de Segundo o estudo Ambas precisam Concessionárias. do ICDP, o Brasil acontecer em paralelo, “Muitos dos está acostumado pontos fechados a desafios, sendo para assegurar que são os que foram um mercado, as concessionárias abertos na euforia provavelmente, possam gerar de mercado. Não tão volátil ao resultados aos deixamos de ter longo dos anos acionistas por empresários, mas quanto qualquer sim, pontos de outro mercado meio das pessoas, venda. O fato global importante. processos e sistemas. positivo é que “Investidores os empresários podem ver as se questionaram oportunidades, sobre a mas suas necessidade do grande número de expectativas foram destruídas pelos pontos. A vantagem deste ajuste desenvolvimentos econômicos é que, uma vez que o mercado adversos, algumas por conta das cresça, o empresário terá mais tendências globais, mas outras produtividade por ponto de venda. por decorrência das políticas Mas se a montadora pressionar, domésticas e eventos políticos”, novamente, sobre o número de aponta o Relatório.
O empresário não tem margens suficientes para pagar grandes alavancagens. Revista Una Mais
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A MONTANHA RUSSA BRASILEIRA Na avaliação do Instituto, o investimento em nova capacidade de produção é feito com base nas
previsões econômicas e de mercado. “E, embora não esteja evidente no gráfico abaixo, o investimento foi
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Fonte: Anuário da Indústria Automobilística Brasileira 2017, ANFAVEA, 2013
crescendo e decrescendo, a partir do final dos anos 90. Isso gerou excesso de oferta no momento em que as vendas caíam, no início dos anos 2000, a partir do pico de 1997, que desencadeou o investimento”, demonstra o ICDP, cujo estudo mostra que a utilização da capacidade em 2002-2003 foi de 55%, bem abaixo do ponto de equilíbrio necessário para uma fábrica de automóvel. “À medida em que as vendas dobraram na década seguinte, o investimento também aumentou sete vezes entre 2003 e 2011. Quando o mercado começou a reduzir de novo, em 2013, a expansão da capacidade gerou utilização ainda menor, de apenas 41% em 2016”, descreve o estudo.
PROJEÇÃO MERCADO DE AUTOMÓVEIS E COMERCIAIS LEVES Entre os anos de 2002 a 2012, o mercado automotivo brasileiro cresceu à taxa média de quase 10% ao ano, e as importações de automóveis e comerciais leves atingiram seu pico, em agosto de 2012, com 864.000 unidades. Porém, o mercado brasileiro desses segmentos teve forte declínio nas vendas desde 2013.
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Em 2012, foram vendidas 3.6 milhões de unidades. Em 2016, o volume de vendas ficou abaixo de 2 milhões de unidades, o que significa que o mercado encolheu 45% em 4 anos. A razão para esta queda acentuada é a profunda crise econômica no país e a constante queda do PIB.
Megatendências O Relatório mostrou os impactos das principais tendências de mercado mundiais nas operações brasileiras. De acordo com o ICDP, os combustíveis alternativos, carros autônomos, carros conectados (incluindo comunicações de carro-para-carro e carro-para-infraestrutura) e as
soluções de mobilidade, por meio de compartilhamento de veículos, terão impacto em mercados mais maduros, como Estados Unidos ou Europa. “As megatendências, portanto, não afetarão todos os países da mesma maneira e, seguramente, não no Brasil,
seja em escala ou tempo. Apesar disso, não é surpresa que ambas, Montadoras e Concessionárias, estejam preocupadas que a lenta recuperação prevista poderia ser, facilmente, superada por forças externas - as megatendências globais”, explica Trivellato.
*Gráficos extraídos do Estudo “Futuro do Negócio da Concessionária de Automóveis e Comerciais Leves no Brasil
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Quase metade das Concessionárias entrevistadas, ao longo da pesquisa, consideram que o compartilhamento de carros terá impacto negativo, provavelmente, refletindo a preocupação que indica que o índice de posse de veículos cairá se os consumidores optarem pelo carro compartilhado ou por sistemas de viagem compartilhada, ao invés de possuírem seus próprios carros. Já em relação à conectividade, que está bem avançada em diversos países, na visão do ICDP, este tema tem muito mais a oferecer do que o mercado tem aproveitado. “A conectividade afeta muito mais as Montadoras do que as Redes. Os fabricantes estão investindo grandes volumes em novas tecnologias e, se estão tomando essas atitudes, eu, Concessionário, não serei beneficiado? Sim, mas desde que trabalhe, internamente, essas mudanças. Os empresários devem estar antenados”, alerta Trivellato. “As ações para capitalizar sobre as megatendências devem ser tomadas, principalmente, pelas montadoras. Elas são responsáveis por incorporar novas funcionalidades e tecnologias ao produto e, aquelas que tiverem mais sucesso com isto, aumentarão sua marca e sua participação no mercado. Antecipamos que alguns dos investimentos em mobilidade, feitos pelas montadoras em nível global, se transformarão, em tempo, em franquia de mobilidade, que poderá interessar aos Concessionários, em determinadas áreas metropolitanas”, aponta o estudo do ICDP, acrescentando que as Concessionárias e as Associações de Marca têm um papel a desempenhar neste processo, influenciando as políticas nacionais e municipais que possam impactar, positiva ou negativamente, a posse ou uso dos veículos, e adaptando o negócio da Concessionária para assegurar que as novas tecnologias e serviços sejam, corretamente, promovidos e vendidos, e que os novos segmentos de consumidores sejam explorados eficientemente.
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* Impacto Negativo Nenhum Impacto Impacto Positivo
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O mercado da Distribuição tem futuro. O negócio é bom! Mas isso vai depender do Concessionário
“Mesmo que o Modelo de Negócio não mudasse e que nós voltássemos ao padrão tradicional, com o mercado em recuperação, existem, ainda, vários desafios que os Concessionários têm que superar se quiserem ter um negócio forte e viável. Alguns Concessionários já estão à frente da curva nestes pontos, mas outros estão ficando para trás”, sentencia Trivellato, exemplificando a ampla concorrência que se estabeleceu em decorrência da crise, criando novas oportunidades de negócios e a entrada de novos players. “Há novas empresas no mundo online, fornecendo informações, local de compra ou serviços de transação, disputando pela atenção do consumidor. Há, ainda, ferramentas mais sofisticadas e eficazes disponíveis aos Concessionários para ajudá-los a promover sua oferta, gerenciar o estoque, bem como ter presença positiva na mídia social com o WhatsApp. Para tirar vantagem disso, os Concessionários devem assegurar que dispõem de pessoal que entenda os canais e o comportamento dos consumidores, e possam competir, com sucesso, no ambiente digital para atrair e reter consumidores”, completa o consultor.
Por fim, o especialista acredita que, com base em seus estudos, o Modelo de Negócio da Concessionária, no futuro, exigirá investimentos em instalações, tecnologia e habilidades digitais. “Esses recursos para investimento poderiam ser financiados a partir de lucros atuais mas, também, pelo uso mais eficiente do capital de giro, venda de investimento que não gera o resultado esperado e novas injeções de capital. Se a recuperação econômica trouxer condições de crédito mais favoráveis, então as linhas de crédito também poderão ajudar”, detalhou Trivellato. Em sua análise, os recursos para investimento poderão ser utilizados para gerar escala e abrangência do negócio. “O mercado da Distribuição tem futuro. O negócio é bom! Mas isso vai depender do Concessionário. O mais empolgante é que o estudo mostra que o carro se tornou, novamente, um elemento atrativo do processo, mas desde que o empresário vá em direção à consolidação, com escala e sempre capitalizado”, conclui Trivellato sobre o estudo do ICDP.
*Gráficos extraídos do Estudo “Futuro do Negócio da Concessionária de Automóveis e Comerciais Leves no Brasil
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M a t é r i a d e C a p a
Conexão total com as novas oportunidades Embora a conectividade já seja uma realidade, seu potencial de geração de receita ainda está longe de ser alcançado. Para a Rede de Distribuição, ela pode ser extremamente positiva, na medida em que, além de benefícios financeiros imediatos, deve gerar relacionamento e potenciais vendas.
A o potencial da conectividade ainda não foi aproveitado para, efetivamente, gerar recursos financeiros 16
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conectividade é uma das grandes megatendências do mundo atual, que mais deve impactar nas futuras transformações pelas quais o setor automotivo deve passar no curto prazo. As montadoras, em conjunto com suas novas parceiras, empresas do setor de tecnologia, estão debruçadas em seus projetos, desenvolvendo e aplicando funcionalidades a seus veículos que atendam aos anseios dos clientes, atraindo assim novas gerações de consumidores. Embora promissor, o cenário das potenciais oportunidades geradas pela oferta de conectividade nos automóveis ainda é terreno desconhecido para a Rede de Concessionárias.
Não bastam apenas design, segurança e conforto para que o consumidor decida comprar este ou aquele automóvel. O que tem chamado a atenção são as funcionalidades, como dispositivos de conexão com seus celulares, espelhamento das informações e tela touch screem. Os novos hábitos dos clientes, principalmente, os ligados ao uso da tecnologia, mudaram não apenas seu jeito de comprar, mas, também, o que comprar. O estudo desenvolvido pelo ICDP – International Car Distribution Programme – sobre o Futuro do Negócio da Concessionária de Automóveis e Comerciais Leves no Brasil, cita pesquisa feita nos Estados Unidos que aponta a conectividade como a principal caraterística valorizada nos automóveis pela geração dos milênios, nascidos a partir de 1980, ainda que
seja uma geração que opte pelo uso do automóvel em detrimento à compra. As fabricantes de veículos estão apressadas para desenvolver, rapidamente, essas ferramentas de conectividade do automóvel que, atualmente, vão de notificações de dicas de lazer ou compras em locais próximos de onde o carro está, até relação com serviços de emergências em caso de acidentes. Na Europa, alguns modelos já estão no nível de conectividade que permite a transmissão de informações sobre a necessidade de manutenção, por exemplo. Contudo, uma das conclusões do estudo do ICPD é que o potencial da conectividade ainda não foi aproveitado para, efetivamente, gerar recursos financeiros.
Conectividade é a principal caraterística valorizada nos automóveis pela geração dos milênios, nascidos a partir de 1980
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No primeiro momento, é provável que o pós-venda seja um caminho para que as Concessionárias aproveitem esse potencial de geração de receita, segundo Ricardo Bacellar, líder da área automotiva da KPMG. A partir das informações recebidas do próprio carro conectado, as Concessionárias contatam o proprietário para o agendamento dos serviços, por exemplo, assumindo, desta maneira, um papel mais ativo na atração dos clientes. “É preciso aproveitar a conectividade para criar interação com esse cliente, oferecendo serviços personalizados, monitorando problemas de forma remota, atendendo as suas necessidades, explica o consultor.” 18
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Para Bacellar, a regra principal, no processo de desenvolvimento de oportunidades de negócios, é conhecer os clientes e suas preferências e transformar esses dados em informações relevantes, para, então, tirar o máximo de vantagem de cada contato e de cada ativação de marketing desenvolvida. As primeiras experiências realizadas em Redes de Concessionárias de outros países, tendo como foco a geração de receita se aproveitando da conectividade, são muito recentes, conta o especialista. “Mesmo na Europa, onde a conectividade dos automóveis está mais presente, as Concessionárias estão passando por esse processo nesse momento. Dados sobre quais opções foram adotadas e seus resultados devem começar a ser apresentados a partir do próximo ano”, analisa o consultor.
É preciso aproveitar a conectividade para criar interação com esse cliente, oferecendo serviços personalizados, monitorando problemas de forma remota
Ricardo Bacellar
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Pesquisa TNS 2017 Jornada do Consumidor, adquirida pela Google globalmente, aponta:
33% DOS CONSUMIDORES PESQUISADOS DISSERAM QUE USAM FERRAMENTA DE BUSCA PARA COMPRAR UM VEÍCULO
59% ADQUIREM VEÍCULOS EM CONCESSIONÁRIAS, MAS SEM QUE TENHA HAVIDO RELACIONAMENTO OU FAMILIARIDADE ANTERIOR
38% DOS CONSUMIDORES FAZEM BUSCA ONLINE DE FOTOS DE VEÍCULOS, O QUE REAFIRMA A IMPORTÂNCIA DA PRODUÇÃO DE CONTEÚDO DE QUALIDADE E CONSTANTEMENTE ATUALIZADO.
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O recall, por exemplo, pode provocar um desgaste na marca. Contudo, se a comunicação com o cliente for feita de forma estruturada e planejada, pode ser um caso típico de como a conectividade pode ser positiva, já que, rapidamente, localiza o veículo e seu proprietário, se transformando em uma ótima ocasião de relacionamento. “Uma experiência positiva, gerada nesta etapa, abre portas para que o cliente não realize apenas o recall, mas se sinta confiante em autorizar outros serviços na oficina da Concessionária. Isso é inversão de valores, o que pode potencializar vendas futuras”, conclui Bacellar. Na opinião do consultor, há necessidade de uma estratégia densa de comunicação com este cliente, que deve ser estruturada pela montadora, estabelecendo um padrão de comunicação da marca. Para a KPMG, a Rede de Concessionárias ficaria com a responsabilidade de promover iniciativas regionais, já que são elas que se relacionam, diretamente, com os clientes. “Mas, todo esse processo de fluxo de dados depende do seu bom gerenciamento, principalmente, por parte das Concessionárias, que fazem esse contato”, relembra Bacellar. Ainda que um tema recente, a conectividade veio pra ficar e pra mudar a forma como os consumidores interagem com seus carros. Se o caminho que levará aos potenciais novos negócios, gerados pela conectividade dos veículos, passa pelo estreito relacionamento com os clientes, então, desde já, é preciso preparar estruturas e equipes para aproveitarem as oportunidades. Investir na construção de um site, disponível para visualização em diferentes plataformas (smartphone, tablet e notebook), que possa oferecer conteúdo diversificado, como imagens e vídeos, e ainda esteja otimizado para figurar nas primeiras posições de mecanismos de busca, é o primeiro passo e, talvez, o mais importante, para que seja estabelecido contato com os clientes, dizem especialistas de marketing digital. De acordo com a pesquisa TNS 2017 Jornada do Consumidor, adquirida pela Google globalmente, 33% dos consumidores pesquisados disseram que usam ferramenta de busca para comprar um veículo e 59% adquirem veículos em Concessionárias, mas sem que tenha havido relacionamento ou familiaridade anterior. O estudo ainda apontou que 38% dos consumidores fazem busca online de fotos de veículos, o que reafirma a importância da produção de conteúdo de qualidade e constantemente atualizado.
Anderson de Andrade, presidente da Abradi Nacional, Associação Brasileira dos Agentes e Agências Digitais, e CEO da A2C, é um dos que defendem a presença efetiva nos meios digitais. “As Concessionárias precisam ser encontradas e terem ótimos reviews nas ferramentas de buscas e redes sociais. É preciso fazer com que os clientes compartilhem suas experiências nos canais e meios digitais. Isso melhora a reputação das empresas dia a dia”, orienta Andrade. (foto abaixo)
Conectividade com a Rede Recentemente, a FIAT lançou aplicativo para proprietários de Argo e Toro que oferece informações personalizadas. Pela ferramenta, o cliente acessa, pelo celular, as informações sobre o funcionamento de cada equipamento disponível em seu carro, consulta o manual do veículo, contata o call center via chat, e até solicita assistência 24h.
Googlemaps, o dispositivo ajuda o cliente a se deslocar, pelo melhor caminho, até a oficina.
Além disso, o dispositivo oferece acesso ao calendário de manutenção que, informando a quilometragem, sugere o preço e quais serviços devem ser feitos e até pré-agenda o atendimento. O aplicativo indica, ao usuário, a Concessionária mais próxima e envia um aviso de agendamento. No passo seguinte, o cliente recebe uma ligação da Concessionária para confirmar o agendamento e então um e-mail com detalhes sobre o serviço, local e data é enviado. Utilizando o
“A conectividade dos automóveis é uma grande oportunidade para as Concessionárias”, acredita Andrade, “na medida em que possibilita orientar o cliente sobre o uso do veículo e como isso reflete na qualidade de vida do cliente. Além disso, um automóvel conectado propicia um mapeamento das preferências do cliente, locais visitados e, com base na geração desses dados, é possível fazer análises de preferências dos clientes e sugerir novos serviços, acessórios, por exemplo”, conclui o presidente da Abradi Nacional. Na avaliação do especialista, para sobreviverem a esta era de transformações digitais, as empresas precisam desenvolver fluência digital e observarem a tecnologia como uma plataforma de negócios. “Os clientes estão conectados e com o poder para ajudar a construir ou a destruir a reputação das empresas, mas tudo vai depender das experiências que eles vivenciarem com cada uma delas”, finaliza Andrade.
Modelos A cada nova atualização dos modelos que chegam ao mercado, um novo dispositivo de conectividade é inserido, seja nos modelos de entrada ou nos modelos de segmentos superiores.
veículo, além de outros exclusivos, desenvolvidos pela fabricante, que auxiliam o motorista na forma de condução ou na localização do veículo, em um estacionamento, por exemplo.
O recém lançado FIAT Mobi Drive oferece, ao cliente, o acesso a um aplicativo que transforma seu smartphone na central multimídia do carro, podendo ser acionada pela tela do aparelho ou pelo volante funcional. Desta forma, o cliente tem acesso a seus aplicativos do celular, diretamente, nos comandos do
Lançado em maio de 2017, o Argo oferece conectividade por meio da central multimídia, com sistema compatível com os aplicativos Apple CarPlay e Android Auto, que permitem acessar os comandos por botões, toques ou pela voz. O sistema também é capaz de utilizar outros aplicativos de preferência do usuário.
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MOTIVE, INCENTIVE E TENHA MAIOR PRODUTIVIDADE
Marcelo Samogin H
oje, a busca por produtividade é uma prioridade para a maioria das empresas. Afinal, a cada dia, se torna mais urgente manter a competitividade perante um mercado, extremamente, concorrido. O detalhe é que os altos índices de produtividade corporativa não são conquistados apenas com a modernização da infraestrutura ou com a ampliação das equipes. Na prática, é preciso desenvolver ações destinadas à gestão do capital humano
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e à otimização dos processos gerenciais e operacionais. Tais iniciativas devem objetivar a atração e a retenção de talentos, o treinamento e a qualificação dos profissionais, a definição de metas individuais e coletivas, a melhora do clima organizacional e, ainda, a implantação de novas tecnologias. Contratar, de forma assertiva, é o caminho inicial para ampliar os índices de produtividade, porém, essa é uma das tarefas mais difíceis para o profissional de recursos
humanos. Esta é a opinião de Marcelo Samogin, diretor e consultor sênior da Remunerar, empresa especializada em remuneração e recompensa, que atua na área de RH auxiliando empresas a ampliar a competitividade e criar programas de incentivo para as equipes. A Revista UNA+ ouviu o especialista, que contou um pouco mais como os empresários da Distribuição Automotiva podem incrementar esta importante área e fazer com que suas equipes se motivem e ampliem seus resultados.
Revista UNA+: Atualmente, no mercado, é exigido, cada vez mais, dos profissionais, o aumento da produtividade. De que forma um Concessionário pode fazer com que seus empregados produzam mais? Marcelo Samogin: As pessoas trabalham porque gostam da empresa ou porque se sentem recompensadas de alguma forma. Imagine que você tenha um chefe que não goste, mas executa um trabalho bacana e gosta do clima da empresa. Mesmo com este ponto positivo, a influência do gestor é decisiva para que o funcionário não se sinta satisfeito na empresa.
As pessoas trabalham, também, pelo dinheiro e, em sua maioria, pelo amor ao que fazem (alguma coisa que agrade o profissional). Isso depende da idade e a maturidade de cada um. Ou seja: trabalha-se por dinheiro ou por uma questão ideológica, independente do rendimento. Na Concessionária não é diferente. O RH tem que trabalhar grupos de pessoas que são diferentes e gratificar de acordo com o perfil. Porém, não adianta você ter uma boa bonificação e não trabalhar a qualificação de seus empregados. O empresário e o gestor de RH estão gerindo expectativas e resultados que vão bater, diretamente, na produtividade.
Tem que ter comunicação e transparência em todo o processo. Revista UNA+: Fala-se bastante em meritocracia. Acredita que este é um dos caminhos para mais produtividade? Marcelo Samogin: Gosto muito deste tema, pois envolve diversos pontos. Como conceito, a meritocracia é a forma implementada na empresa para identificar o desempenho e recompensar o colaborador. Isso depende do quanto você tem no caixa para premiar as pessoas com dinheiro ou com outros incentivos.
Como conceito, a meritocracia é a forma implementada na empresa para identificar o desempenho e recompensar o colaborador.
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Para isso, é preciso selecionar, treinar, identificar e premiar de acordo com o desempenho. O conceito pode ser criado de forma diferente em cada empresa, depende da cultura. Pode ser premiação em dinheiro (PLR, Bônus), como uma promoção de cargo ou salário. Acho importante criar identidade e uma história na empresa.
Revista UNA+: Como os profissionais das Concessionárias devem trabalhar com os Millenials – público cada vez mais conectado e, de certa forma, avesso à possibilidade de ter um automóvel?
atividades. Quem não o fizer, sairá perdendo. É preciso criatividade num mundo de competição.
Revista UNA+: A seleção do profissional é uma etapa importante para garantir não apenas a qualidade na prestação de serviços, mas também a retenção deste talento na empresa? Na sua opinião, quais as etapas corretas neste processo de seleção? Marcelo Samogin: Sim, a seleção é fundamental. Este é um dos processos mais difíceis de se fazer.
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Acredito que seja importante um processo completo: conversa por telefone, a elaboração de uma redação, a aplicação de testes psicológicos, dinâmicas e, se possível, contato com empresas anteriores. Se você abre o leque de checagens, maior é a chance de acertar no processo seletivo. Ainda assim, o risco de errar é grande. Existem mais de 10 perfis psicológicos no mercado. Se você tem um que mais se adapta às suas necessidades na sua empresa, as chances aumentam, mesmo assim, há chances de errar.
Marcelo Samogin: O automóvel vai continuar fazendo parte da vida das pessoas, mas de uma forma diferente, principalmente, com questões relacionadas às emissões de gases poluentes e conectividade. Acredito que, com base nessas mudanças, o papel da Concessionária também deve ser alterado, especialmente, a cultura e o conhecimento de seus colaboradores. Com o advento da mobilidade compartilhada e o crescimento do Uber e outras plataformas de serviços, os Concessionários e suas equipes deverão prestar mais atenção ao pós-vendas, afinal, os carros da Uber precisam de manutenção. Então, os Concessionários terão de se adaptar a essas novas tendências, incluindo o público, que tem uma infinidade de informações disponíveis na internet e que vai às Concessionárias apenas para fechar o negócio ou realizar algum serviço. As pessoas mais “antigas” podem atrapalhar neste processo de mudança, pois elas são resistentes a essa nova forma de lidar com o cliente, e esta adaptação será fundamental nas equipes de venda e relacionamento para melhorar a produtividade de suas
Muitos recrutadores se enganam, pois é um processo que não tem uma receita 100% assertiva. Num casamento, por exemplo, você está junto da pessoa por anos e não a conhece em sua totalidade. Imagine escolher um profissional que deverá fazer parte do seu negócio?
Revista UNA+: Nas Redes de Distribuição, há uma grande incidência de turnover, especialmente, no departamento de vendas. Como o Concessionário poderá reduzir esses índices?
A seleção é fundamental. Este é um dos processos mais difíceis de se fazer. Muitos recrutadores se enganam, pois é um processo que não tem uma receita 100% assertiva.
Marcelo Samogin: Não adianta ter 10 vendedores com taxa de conversão baixa. É mais inteligente ter três bem produtivos e contratar extras para o final de semana. Não tem que ter volume de pessoas, mas poucos que entregam qualidade na venda e na prestação de serviços. Dessa forma, indiretamente, você está combatendo turnover. Outros pontos são a má contratação e o baixo desempenho, causado por falta de estrutura, falta de qualificação e treinamento. Pessoas mais qualificadas entregam mais para a empresa e, essas pessoas, geram a meritocracia que, motivadas, reduzem o turnover.
O cliente fica muito contente quando recebe uma resposta rápida. O profissional tem que ser ágil para retornar.
dos treinamentos técnicos, são importantes os treinamentos voltados à gestão, atendimento, comportamento, entre outros temas. Vejo que as empresas têm deixado de investir, mas deveriam seguir o caminho inverso. Por isso, você vê empresas se perdendo em coisas que são básicas. Muitas coisas não precisam de dinheiro, dentre elas está a comunicação. A comunicação não deixa de ser uma espécie de treinamento. Quando faltam coisas básicas, o empresário vai ter reflexos lá na ponta. Às vezes, não é o mercado que está ruim, mas sim a empresa em sua gestão de pessoas.
Revista UNA+: Como fazer com que os colaboradores sintam que são parte do negócio?
Revista UNA+: Hoje, grande parte dos contatos feitos por clientes a alguma Concessionária vêm da internet, o que chamamos de Leads. Na sua opinião, como o profissional da Concessionária deve atender esses leads para ampliar a conversão em vendas? Marcelo Samogin: O cliente fica muito contente quando recebe uma resposta rápida. O profissional tem que ser ágil para retornar e levar a informação ao cliente. Além disso, o profissional tem que ter a habilidade de deixar o cliente curioso e motivá-lo a ir ao showroom para sentir o carro, realizar um test drive, negociar e fechar o negócio. Tem que identificar o perfil deste cliente
e causar uma boa impressão por meio de suas habilidades. Durante o processo, por exemplo, que tal gravar um vídeo com o carro pretendido e instigar este cliente? É mais uma forma diferente de motivar este cliente a ir à Concessionária. As pessoas têm de ser curiosas, inteligentes e trabalharem de diversas formas os diferentes perfis de clientes.
Revista UNA+: Qual é a importância dos treinamentos das equipes na sua opinião? Devem ser realizados com que frequência? Marcelo Samogin: A questão do treinamento é fundamental para qualquer tipo de empresa. Além
Marcelo Samogin: Tudo o que comentamos, de alguma forma, são fatores que podem motivar para que o funcionário pense que vale a pena fazer parte daquela empresa. Quando ele é premiado, reconhecido pelo que fez e pelo esforço dispensado àquela empresa, certamente, se sentirá parte do todo, o que o motiva, cada vez mais, a estar junto dos interesses e da cultura dos empresários. Os gestores e donos de empresas não podem reclamar que não conseguem aumentar R$ 2 no vale refeição, por exemplo, mas aparecem sempre de carro novo. O carro novo não é problema, mas sim a mensagem que fica dentro da empresa. Numa época de sufoco, o empresário tem que contar com os melhores talentos e, desta forma, o sucesso dividido com todos amplia a possibilidade de reter esse talento e incluí-lo como parte do sucesso. Ele fará parte do negócio. O reconhecimento é para dizer às pessoas: “Vale a pena você continuar trabalhando e produzindo para a empresa”.
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crédito para 2018 Na opinião de economistas, entidades e bancos ligados ao crédito automotivo, em 2018, o mercado terá mais crédito disponível, ampliando o consumo.
Q
uestões políticas estão se descolando da economia brasileira”. Com esta afirmação, Fernando Machado Gonçalves, economista do Banco Itaú, passou uma mensagem de confiança para os empresários reunidos no Congresso AutoData Perspectivas 2018, realizado no início de outubro, em São Paulo. Para ele, a redução da taxa de juros, o controle da inflação e a tendência de crescimento dos níveis de emprego, formam um cenário favorável ao mercado de crédito automotivo que, segundo o especialista, deverá ser maior em 2018. “Ficou configurado, no País, ao longo deste ano, um
Fernando Machado Gonçalves, economista do Itaú
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cenário favorável para o mercado de crédito, o qual deve crescer em 2018. No entanto, para que se criem reflexos importantes na indústria automotiva, são necessárias as aprovações das Reformas. O ano que vem não será melhor, sob esse aspecto, por ser um ano eleitoral”, disse Gonçalves. Segundo sua avaliação, se a Reforma da Previdência não for efetivada, o aumento dos gastos do governo em relação ao PIB será maior, ultrapassando o teto de gastos. Caso isso ocorra, o economista do Banco Itaú prevê uma série de penalidades de acordo com a Lei que regulamenta esta área, “amarrando o governo, que voltará seu foco especialmente para este tema, deixando de lado outros pontos importantes para o crescimento da economia”, ponderou. De acordo com Gonçalves, nunca ocorreu uma queda tão rápida da inflação no Brasil (-2,54%), gerada pela redução de cerca de 6% nos preços dos alimentos no País ao longo da grande safra. “Acreditamos que os índices baixos de inflação vão de manter por um período prolongado. Isso graças à queda nos juros, que deverão chegar até 6,5% (Taxa Selic) em 2018”, prevê o economista, completando que o desemprego
não deve cair ao ponto de gerar pressão inflacionária. Na análise econômica feita por Gonçalves, este cenário tem contribuído para a queda no endividamento das famílias. De acordo com sua apresentação, os brasileiros têm, em média, 21% de índice de comprometimento de renda em dívidas, valor que tende a cair com a estabilidade da economia. “Isso contribui para o consumo”, alerta, dizendo que o setor automotivo é um dos que se recuperam com mais rapidez. “Esta retomada se dá em um ambiente com PIB crescendo 0,8% em 2017, e 3% em 2018, segundo as estimativas do Itaú. O IPCA deverá ser de 3,8% no ano que vem”, completou.
Carteiras abertas De acordo com dados da ANEF – Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras, o sistema financeiro liberou R$ 82,4 bilhões em créditos no ano de 2016 para o financiamento automotivo. Os volumes, em 2017, estão maiores e já chegaram a R$ 63 bi até o mês de agosto. Segundo o presidente da entidade, Luís Montenegro, há a estimativa de encerrar 2017 com mais de R$ 91 bilhões liberados para financiar veículos. “Com isso, atingiremos crescimento de 10% ante 2016. Para 2018, se considerarmos apenas o que foi concedido em agosto (R$ 9,4 bilhões), chegaremos ao final do ano com mais de R$ 112 bilhões disponibilizados, ou seja, um valor 25% maior”, explicou, informando que a demanda vem crescendo e os bancos estão preparados para atender a esta necessidade.
Luís Montenegro, da ANEF
Um ponto que favorece a liberação de crédito, segundo Vilmar Carreiro, superintendente do Banco Itaú, é a queda da inadimplência no setor. Segundo o executivo, depois de chegar ao auge de 7% em meio à crise econômica, o índice se encontra hoje em cerca de 4% para pessoa física. “No caso do cliente pessoa jurídica, a inadimplência
Segundo o superintendente do Itaú, isso se dará pelo fato de o cliente estar mais responsável com a dívida adquirida após os percalços econômicos enfrentados nos últimos anos. “Acreditamos que o índice de aprovação de crédito será em torno de 60% nos grandes bancos e de 75% em bancos de montadora para veículos novos”, prevê.
Vilmar Carreiro, superintendente do Banco Itaú
deverá ser, em 2018, abaixo de 4%, o que contribui para a redução do risco de concessão”, explicou. Carreiro está otimista para 2018, projetando maior volume de financiamentos destinado aos veículos de entrada.
“Acreditamos que o índice de aprovação de crédito será em torno de 60% nos grandes bancos e de 75% em bancos de montadora para veículos novos”, prevê Vilmar Carreiro.
Na opinião de Luís Montenegro, da ANEF, em 2018, o mercado tende a colocar todas as instituições em nível de igualdade na disputa pelo consumidor, já que, segundo ele, há tendência de redução das taxas promocionais oferecidas pelos bancos de montadoras. “Os bancos privados estão com apetite para financiar, especialmente caminhões, por meio do CDC, com a entrada da TLP – Taxa de Longo Prazo, que pode reduzir os subsídios do FINAME”, previu Carreiro, do Itaú, dizendo que há uma grande demanda reprimida para a renovação de frotas. Com relação ao leasing operacional, os executivos acreditam que não há espaço para sua operação no Brasil, devido a questões tributárias. “Não temos condições de atuar com este produto no varejo, como ocorre nos Estados Unidos”, disse o superintendente do Itaú. Segundo o executivo, o que já tem sido praticado pelas instituições financeiras, é um modelo de CDC destinado a pessoa jurídica, sem entrada, parcelas em até 24 meses, com valor residual no final do contrato. Quando o interessado é pessoa física, as instituições cobram um valor de entrada, em torno de 40% do valor do bem. “Já temos trabalhado com este modelo e que vem muito bem. Caso o cliente não queira pagar o residual, a Concessionária da marca, em parceria com o Itaú, realiza a recompra do usado e renova o contrato com o cliente”, completa.
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M a i s R e d e
Autovia conectada com o futuro
Em busca do seu cliente do futuro, o Grupo Autovia reorganizou a estratégia de marketing, destinando investimentos para o público jovem. Como parte da mudança, contratou uma influenciadora digital e passou a realizar eventos que dobraram o fluxo nas lojas.
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á pouco mais de 2 anos, a Autovia encomendou uma pesquisa para uma universidade local sobre a penetração da marca nos diferentes públicos das cidades em que está presente no Estado do Tocantins - Palmas, a capital - e Gurupi. “O resultado foi espantoso e acendeu a luz amarela na equipe de marketing da empresa”, conta Carlos Humberto Duarte de Lima e Silva,
diretor comercial da Autovia: “O estudo mostrou que a marca era pouco lembrada pelo público jovem, o que nos preocupou, obviamente. Os jovens são os compradores do futuro. Precisávamos começar a conquistar essa fatia do mercado já e, para isso, deveríamos traçar uma estratégia de aproximação com esse público, entendendo suas preferências e costumes”, lembra o diretor.
A Autovia definiu um padrão de atendimento de leads que determina uma hora de intervalo entre o envio dados do cliente à loja.
Carlos Humberto Duarte de Lima e Silva, diretor comercial da Autovia
Foi a partir daí que a Autovia, em parceria com sua agência, montou uma estratégia de marketing direcionando investimentos para os eventos de interesse desse público. Atividades relacionadas à saúde e
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bem-estar, como as corridas de rua, passaram a contar com patrocínio da Autovia e se tornaram alvo das ativações da empresa. Apesar de novos horizontes, a Autovia não deixou de lado suas participações em feiras e eventos rurais, tão tradicionais e que definem o perfil do mercado regional. Porém, Silva destaca uma ação, talvez a mais agressiva e eficaz desenvolvida para a estratégia de aproximação do público jovem: “Contratamos uma influenciadora digital, com forte penetração no público jovem. Ela postava, regularmente, assuntos relacionados à Autovia, vídeos sobre promoções e ofertas, e até fazia lives dos eventos promovidos nas lojas”, conta o diretor, lembrando que os resultados obtidos durante o contrato com a influenciadora foram bastante positivos. Detalhe: A influenciadora era uma garota de 20 anos que já tinha se tornado uma das mais famosas do Tocantins com mais de 120 mil seguidores. O fluxo de jovens nas Concessionárias Autovia aumentou consideravelmente e, para confirmar essa mudança de comportamento, outra pesquisa, nos mesmos moldes da primeira, está programada para ser realizada em 2018.
O mercado caiu demais nesse período. Tivemos que desenvolver estratégias criativas de atração do cliente para as Concessionárias e garantir receita para continuarmos vivos
As mídias digitais são parte importante da estratégia de marketing da Autovia, explica Silva: “Estamos presentes em todas as redes sociais mais acessadas atualmente e, regularmente, postamos nosso conteúdo. Essa participação digital própria já está nos rendendo volume de leads considerável”. Segundo Silva, a Autovia definiu um padrão de atendimento de leads que determina uma hora de intervalo entre o envio dados do cliente à loja, processo feito pela equipe própria de CRM, até o contato feito pelo vendedor. No calendário de eventos do Grupo Autovia estão as principais comemorações comerciais, como Dia das Mães, dos Pais, dos Namorados e outros. Presente em um estado, cuja economia está baseada no setor agropecuário, neste ano, a Autovia incluiu o Dia do Fazendeiro em seu calendário. O evento, realizado em 21 de setembro, contou com decoração temática e condições de venda especiais para este público. Como resultado, o fluxo de clientes nas duas lojas dobrou. “Contamos com a colaboração da entidade que reúne os fazendeiros da região e impactamos 10 mil produtores rurais por meio das mídias digitais. O sucesso superou expectativas e o volume de vendas foi excelente”, comemora Carlos Humberto Duarte de Lima e Silva. Pelo perfil econômico da região de atuação do Grupo, as picapes Toro e Strada são os carros-chefes das vendas das Concessionárias.
Revisando Custos Nos últimos quatro anos, o mercado de veículos, no Tocantins, caiu, aproximadamente, 70%. A saída para o Setor da Distribuição foi olhar com mais atenção para as outras frentes do negócio, como o pósvenda. O Diretor da Autovia conta que, atualmente, 23% da receita da empresa são gerados nos negócios de peças e serviços, mas a tendência é que essa fatia fique cada vez maior. “O mercado caiu demais nesse período. Tivemos que desenvolver estratégias criativas de atração do cliente para as Concessionárias e garantir receita para continuarmos vivos”, diz Silva. Redução de custos foi um dos pilares da Autovia para passar pela tormenta do mercado. Silva aposta que é sempre possível negociar com fornecedores, seja de produtos ou de serviços, e procurar por novas opções. Por isso, a empresa está em constante revisão de seus processos de compras.
A empresa está passando pela terceira onda de reajuste na operação para obtenção de melhores resultados financeiros. Nesses anos de crise, reorganizar o quadro de colaboradores foi inevitável, lamenta Silva. “Mesmo assim, temos baixa rotatividade de mão de obra nas lojas, porque nosso trabalho envolve treinamento, motivação e, principalmente, reconhecimento. Acreditamos que mesmo as pequenas atitudes positivas devem ser elogiadas e respeitadas em qualquer momento. Temos vários funcionários que estão conosco desde que inauguramos a primeira Concessionária, há 21 anos. Isso nos orgulha muito”, conclui.
Recentemente, as áreas de segurança patrimonial e de tecnologia da informação passaram por revisão. Os resultados de negociação e busca por novas alternativas no mercado geraram redução de 30% a 40% no custo desses serviços. “Reunimos a gestão das nossas ferramentas digitais nas mãos de um fornecedor apenas. Com isso, também ganhamos agilidade para resolver problemas. Na área de segurança patrimonial, passamos a utilizar monitoramento remoto”, exemplifica o diretor da Autovia.
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B e m - e s t a r
Roteiros para relaxar! Relaxar o corpo e a mente é essencial para renovar as energias e enfrentar um novo ano. Por isso, selecionamos dois destinos que priorizam o contato com a natureza e oferecem a tranquilidade necessária para recarregar as energias e começar 2018 com força total.
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érias, descanso, boa gastronomia e belas paisagens devem estar no roteiro de final de ano de quem precisa desacelerar o ritmo para retomar o fôlego para novos desafios. Depois de um ano de preocupações e estresse, gerados pelas incertezas do Setor da Distribuição de Veículos no Brasil, agora é o momento de relaxar o corpo e a mente e aproveitar alguns dias em lugares fantásticos em que se pode estar em contato com a natureza e ainda desfrutar de ótimas estruturas hoteleiras. Selecionamos alguns lugares que podem ajudar você a renovar as energias para começar 2018 com muito entusiasmo.
Machu Picchu Se o momento pede tranquilidade, um excelente destino é o Peru. Conhecida como a cidade perdida dos Incas, Machu Picchu reserva momentos de intensa paz, proporcionada pelas lindas paisagens naturais e por sua grandiosidade arquitetônica. Construída, totalmente, com pedras, pois os Incas acreditavam que elas tinham poderes especiais, a cidade foi eleita uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno e
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uma das mais fotografadas. Suas ruínas fazem parte do Santuário Histórico de Machu Picchu que, para muitos, reporta a um reencontro com a espiritualidade. Há mais de 2.400 mil metros de altitude, a cidade, construída no apogeu da civilização Inca, parece esculpida nas montanhas. Para chegar até lá existem meios confortáveis, que facilitam a visitação dos turistas. A região possui diversos hotéis luxuosos, com lindas vistas para as montanhas históricas, onde é possível passar dias tranquilos e desfrutar de estrutura paradisíaca. É o caso do Inkaterra Machu Picchu Pueblo Hotel, localizado em Águas Callientes, povoado mais próximo de Machu Picchu. Construído em estilo colonial, o hotel possui 83 pequenas casas, que contam com piscinas privativas e serviço de concierge. Depois de explorar o Santuário Histórico e os passeios pelas áreas do hotel, os hóspedes podem desfrutar do Spa Unu. Os produtos naturais são derivados de extratos botânicos locais (hortelã, eucalipto e orquídeas), proporcionando uma experiência calmante muito agradável.
serviço Como chegar – De avião, do Brasil até Lima; de Lima até Cusco. De táxi, ônibus de Cusco até Ollantaytambo e seguir até Águas Callientes em trem operado pela Inca Rail, que dispõe de primeiraclasse com poltronas em couro e serviço de bordo. Moeda – A moeda local é o Soles, mas o dólar é, praticamente, a moeda corrente. Santuário Histórico – A dica é comprar os ingressos pela internet, pois não há bilheteria no local. Diariamente, são permitidos apenas 2.500 mil visitantes. Informações e reservas no site oficial www.machupicchu.gob.pe. Passeios – Contratar um guia particular porde tornar sua viagem mais interessante. Apenas os guias credenciados podem entrar em Machu Picchu.
Ilhas Seychelles Destino de lua de mel do Príncipe William e de sua esposa, Kate Middleton, as Ilhas Seychelles oferecem opções de praias paradisíacas, com resorts mais que exclusivos. Localizado ao norte de Madagascar, o país é formado por mais de 100 pequenas ilhas e é um dos únicos da África a ter um Índice de Desenvolvimento Humano considerado alto. Se o que você procura para descansar é contato com a natureza, em Seychelles, as atividades mais praticadas são passeios em veleiros, mergulho, pesca e relaxamento. A maioria das praias, de águas tranquilas
e transparentes, possuem apenas um hotel, muito por conta da preservação da mata original, por isso, não é difícil encontrá-las desertas. As paisagens do arquipélago são de tirar o fôlego. O mar de cor azul-turquesa e a areia branca colocam as praias de Seychelles na lista das mais bonitas do mundo e o destino perfeito para quem quer tranquilidade, já que o local ainda é pouco explorado pelo turismo. A variedade de hotéis, novos ou remodelados, luxuosos ou encantadoras pensões oferecem, aos hóspedes, experiências
memoráveis neste ambiente deslumbrante e aconchegante. Os hotéis mais luxuosos e elegantes oferecem piscinas privativas, acomodações espaçosas, spa, além da gastronomia local de alto nível. Colonizada por franceses e ingleses, Seychelles só ganhou independência em 1903, mas guarda, desse período, belas construções que se tornaram pontos turísticos e lojas luxuosas. Entre passeios de barco, mergulhos ou, simplesmente, contemplando o mar azul e o pôr do sol, visitar as Ilhas Seychelles promete ser uma viagem inesquecível.
serviço Site Oficial - www.seychelles.travel Como chegar – Vôo de São Paulo até Dubai ou Abu Dhabi, de lá vôo para Seychelles. Alfândega - Não é preciso ter visto para entrar no país. Moeda – Rúpia Seichollois, moeda local, são aceitas em restaurantes e compras pequenas. Cartões de crédito são aceitos pela maioria dos estabelecimentos. Onde se hospedar – A região possui vários hotéis, dentre os 10 melhores eleitos pelos visitantes estão - Kempinski Seychelles Resort, The H Resort Beau Vallon Beach, Hilton Seychelles Labriz Resort & Spa e Savoy Resort & Spa.
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