ALVAR AALTO
ALVAR AALTO 1898-1976
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BIOGRAFIA
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lvar Aalto (18981976) é considerado não só um dos mais importantes arquitectos finlandeses do século XX, mas como um líder em design de móveis modernos. Foi um arquitecto moderno, embora os seus trabalhos mostrem um equilíbrio cuidadoso entre formas intrínsecas e complexas, espaços e elementos, e revela um tradicionalismo enraizado na herança cultural e ambiente físico da Finlândia.
“BUILDING ART IS A SYNTHESIS OF LIFE IN MATERIALISED FORM. WE SHOULD TRY TO BRING IN UNDER THE SAME HAT NOT A SPLINTERED WAY OF THINKING, BUT ALL IN HARMONY TOGETHER.” Durante os cinquenta anos de carreira, e diferentemente dos seus contemporâneos, não apostou no modernismo com base em processos industrializados dados como uma técnica composicional, forjou sim, uma arquitectura influenciada por uma larga gama de preocupações.
Aalto manifestou ter um grande entendimento das necessidades psicológicas da sociedade moderna, das qualidades particulares do ambiente finlandês, do histórico, técnico, e tradições culturais da arquitectura escandinava.
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Hugo Alvar Henrik Aalto nasceu na aldeia de Ostro-Bothnian de Kourtane em 1898. Seguidamente, a família moveu-se para Alajarvi, onde mais tarde iria mudar para Jyvaskyla. Aí fez o ensino básico e o secundário, entrando depois no Politécnico de Helsínquia em 1916, onde se tornou um protegido de Armas Lindgren. Enquanto estudante, Aalto trabalhou para Carolus Lindberg na área do "Tivoli" em 1920, para a Feira Nacional Finlandesa, e serviu na milícia durante a luta civil seguindo da Revolução Russa. Depois da graduação do Politécnico em 1921, procurou emprego na Suécia.
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Tendo executado vários edifícios para a Exposição Industrial em Tampere(1922), Aalto estabelece-se em Jyvaskyla, em 1923. Ao assegurar- se das comissões locais, seguiu a sua prática na Finlândia participando em competições de arquitectura. Exemplar do classicismo achado por toda Escandinávia durante os anos 20, o seu primeiro trabalho foi influenciado pelos nórdicos contemporâneos como Asplund e Ragnar Ostberg, assim como pela simples arquitectura maciça e ornamentada do norte de Itália. O seu trabalho austeramente desenvolvido desde o Clube dos Trabalhadores (1924) em Jyvaskyla, à Igreja de Muurame (1927-1929) são caracterizados por uma decoração esparsa e pelo uso de elementos selectivos clássicos, compostos por volumes simples de boas proporções em estuque ou madeira.
Em 1927, ganha a competição do Edifício Cooperativo Agrícola (1927- 1929), e muda o escritório para Turku. Localizado no litoral sudoeste da Finlândia, Turku era um centro cultural importante onde Aalto fez inúmeros contactos que provaram ser bastante importante para o seu desenvolvimento.
Durante os seis anos em Turku (1927-1933), Aalto projecta uma série de edifícios que iriam estabelecer a sua reputação internacional. A sua arquitectura desenvolveu-se do classicismo desnudado do Edifício Cooperativo Agrícola para plena aceitação dos cânones formais e teóricos do estilo internacional do modernismo ou "funcionalismo", como foi denominado na Finlândia. O Edifício do Jornal "Turun Sanamat" (1928-1930) foi o primeiro trabalho na Finlândia a incorporar “les cinq pointes d'une architecture nouvelle” de Le Corbusier. O Apartamento Standart Block em Turku (1929), o Sanatório de Tuberculose de Paimio (1929-1933), e a 7a Centenária Exposição Complexa de Turku (projectada com a colaboração de Bryggman, em 1929) indica o nível de entendimento, de Alvar Aalto, no estilo internacional modernista e nos outros movimentos de vanguarda da arte e arquitectura ocorridos no fim dos anos 20 e inicio dos anos 30. Em adição aos princípios funcionalistas, o seu trabalho demonstrou uma consciência do construtivismo russo e do movimento sueco Stijl, para não falar no trabalho Johannes Duiker, Andre Lurcat, e Moholy-Nagy de Laszlo. Durante este período, Aalto era ainda um polemista activo que avançou na causa do modernismo na arquitectura finlandesa.
O tempo ocorrido, desde 1945 ao principio dos anos 60, foi incrivelmente produtivo para Aalto. Não só assegurou mais comissões que em qualquer outro período da sua carreira, mas como também produziu o seu trabalho mais importante. Já os projectos produzidos feitos na última década da sua vida mostram um enfraquecido poder criativo. A Câmara municipal de Alajrvi (1969), a Casa Lappia em Rovaniemi (1975), o Museu Aalto de Alvar em Jyvaskyl (1973), e a Igreja Lahti (1978), por exemplo, sofreram uma reduzida participação e indiferença geral no desenvolvimento, por parte de Alvar Aalto.
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TRABALHOS
Movendo o seu escritório para Helsínquia em 1933, esperando que o capital lhe fornece-se melhores oportunidades em comissões, assim como, maior proximidade da cidade de Viipuri onde a Biblioteca Municipal (1927-1935) estava sob construção. Embora Alvar Aalto não recebe-se uma enorme comissão pública, era um período importante na transição do seu trabalho com criação da Biblioteca de Viipuri, a sua casa e escritório no subúrbio de Munkkiniemi (1934-1936), os Pavilhões finlandeses para Paris(1937) e Feiras do Mundo de Nova Iorque (1939), a Villa Mairea (1937-1938), etc. Em 1935, com o auxílio de Gullichsen e com Nada Gustav Hahl como director, a empresa Artek foi formada. Produziu e vendeu os móveis, tecidos, e objectos de cristal criados por agora designer Alto. Em meados dos anos 30, o seu trabalho começou a demonstrar uma postura mais táctil, romântica, com postura pitoresca, tornando-se menos máquina. A presença destas características com o interesse aparentemente reavivado no vernáculo finlandês construiu tradições e uma preocupação no indivíduo alienado dentro da sociedade moderna de massa, reverificando-se um movimento muito longe dos princípios funcionalistas que faziam parte da sua arquitectura no inicio dos anos 30. Ao renunciar a produção industrializada como uma sensibilidade formal e composicional, Alto foi de encontro a um estilo mais pessoal que se solidificou por mais de uma década, uma maturidade no seu trabalho executada depois da Segunda Guerra Mundial.
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A linha e superfície ondulante e sinuosa aparecem como elementos importantes nesta composição, assim como, no tecto ondulante da sala de reunião da Biblioteca de Viipuri, a parede de três andares no Pavilhão finlandês em Nova Iorque (1939), e as geometrias figurativas no Villa Mairea.
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Continuando a exploração das possibilidades tectónicas da superfície ondulada, Alvar Aalto demonstra uma sensibilidade única à dinâmica do elemento sinuoso na arquitectura. O seu vocabulário também mudou em respeito a materiais, retirando-se da estética da máquina do Estilo Internacional para um uso mais expressivo de materiais e efeito texturado. A madeira, tijolo, e outros materiais criam uma maior tactilidade e riqueza de expressão que complementa as mudanças formais do seu trabalho.
A SUPERFÍCIE ONDULADA NÃO É MERAMENTE UMA FO DE CONSTRUÇÃO, É SIM A DUPLICAÇÃO DO NÍVEL DE D ARQUITECTURA E PROJECTOS APLICADOS, ASSIM VIST DE VASOS DE VIDRO, PUXADORES, E TAMBÉM NAS SUA ESCULTURAS EXPERIMENTAIS. Esta recorrência da forma em escalas variadas por todo trabalho é a representação da totalidade de ambas concepções e a importância do detalhe no desenvolvimento dos seu edifícios. Os problemas de reconstrução pós-guerra, Russo-Filandês, em 1939- 1940, consumiu os esforços de Alto nos primeiros anos 40.
Um ávido defensor do sistema de planeamento de reconstrução e re-desenvolvimento pós-guerra, sentiu que a Finlândia podia fornecer um paradigma para a reconstrução da Europa. Tanto o seu trabalho como a escrita ficou focado na pesquisa e procedimentos necessários para desenvolver os tipos de casas e qual melhor plano para uma reconstrução adequada. Frequentemente referido como excepcionalmente finlandês na sensação, pelo uso do tijolo vermelho, cobre, e madeira, a Câmara Municipal de Saynatsalo (1950-1952), a Casa da Cultura em Helsínquia (1955-1958), e o Instituto Técnico em Otaniemi (1956-1964) são exemplares deste período.
ORMA, OU ELEMENTO DETALHE NA SUA TO NOS SEUS PROJECTOS AS PINTURAS E
Os últimos vinte anos que Alvar Aalto ainda trabalhou, começaram com a Igreja Vuoksenniska (19561958), produzindo uma arquitectura mais expressiva e complexa. Em contraste com as imagens dos anos 50, retornou a um vocabulário material, criando uma arquitectura brilhante, reflectiva com superfícies lisas.
Embora haja ainda uma continuidade dos seus trabalhos anteriores (luz, sinuosidade, centralização, tactilidade e ainda figuração), as referências desta vez presentes, centram-se numa sensibilidade clássica e romântica, indo além da simples dualidade entre emparelhar o orgânico e elementos geométricos. Estes seus últimos trabalhos parecem fundir-se tanto na inibição clássica como na exuberância romântica.
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critica individual
Alvar Alto é um arquitecto de livre arbítrio. Utilizou a sua capacidade criativa como forma estética, ou seja, tanto iria buscar formas mais orgânicas como iria trabalhar formas clássicas, e consequente mudaria também os seus materiais. Existindo assim uma dualidade entre o clássico e o modernismo ou até mesmo funcionalismo, chega a uma altura que nos leva, ainda mais, para as preocupações humanas do quotidiano, e a forma estética de a realizar. É por isto, um arquitecto complicado e difícil de perceber. Com a progressão e desenvolvimento da sua carreira, Alto começa a fazer com que a estética e a função se tornem um pouco mais claras. Primeiramente, utiliza o funcionalismo como base da sua criação dando privilegio às necessidades do utilizados, sendo bastante distinto com elementos estéticos pormenorizados, de modo a que a sua essência não se perca. Seguidamente, e como se pode averiguar em Villa Mairea (1938), o funcionalismo estético dá lugar a formas mais orgânicas e fluidas, criando elementos até mesmo brincalhões. Vai ainda ter uma forte postura táctil, até mesmo romântica quando se dedica ao design de moveis, tecidos objectos de cristal, verificando-se muito longe dos princípios funcionalistas que outrora possuía. Posso por isto dizer, que Alto foi um arquitecto que mesmo tendo a sua "marca" especifica consegue sempre inovar a forma como cria um novo projecto, dando seguimento a novas formas, e a utilização de elementos tão simples como a madeira e o tijolo.
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RESUMO
AALTO CHAMOU O SEU ESTILO DE “FUNCIONA DORES DO MODERNISMO NOS PAÍSES NÓRDI MUNDO DO DESIGN DE M
Alvar Alto torna-se assim uma figura bastante importante na representação das formas e o modo como as interliga, sem deixar a sua estética de parte. Percorre bastantes caminhos, que apesar das influências de outros artistas por associações ou não, possuem sempre a sua peculiaridade distinta que só ele consegue criar. Posso dizer que apesar de ser um homem bastante difícil perceber por não se estabelecer num só estilo, acaba por ser modernista entre a humanização e a materialização, pois confere um carácter mais humano às estruturas geométricas próprias da arquitectura moderna.
As suas estruturas passam a mensagem de como poderiam ter ocorridas naturalmente, dado que não são bruscas e provem de formas muito orgânicas que as interligam com o que as rodeia. Uma das características da sua arquitectura é exactamente a relação com a natureza, por isso arquitectura e design andarem sempre de mão dada, não se separando na integra, pois é esta ligação que marca Aalto. Os edifícios evidenciam uma capacidade para o detalhe, função e estética e celebram o material na sua verdadeira forma.
ALISMO ORGÂNICO” E COMO UM DOS FUNDAICOS DEIXOU UMA MARCA SIGNIFICANTE NO MÓVEIS E ARQUITECTURA.
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