Sofia Beça - ceramica

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SOFIA BEÇA


Largo Soares dos Reis, nยบ 8 , 1ยบ Frente 4300-486 Porto Portugal | Telf. 00351 225379054 , 00351 919122062 sofiabeca@gmail.com | sofiabeca.blogspot.com | facebook.com/sofia.beca.ceramica


SOFIA BEÇA


EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS

EXPOSIÇÕES COLECTIVAS

1997, Museu de Olaria de Barcelos. 1999, Museu de Cerâmica das Caldas da Rainha. 2001, “Voltar a Marrocos”, com banda sonora original de Gustavo Costa, na Galeria Epicentro, no Porto. 2002, “Edificações”, com banda sonora original de Gustavo Costa, na Galeria Sargadelos, Madrid, Espanha. 2003, “Edificações”, com banda sonora original de Gustavo Costa, na Galeria Sargadelos, Barcelona, Espanha; “Pequenas Construções”, com banda sonora original de Gustavo Costa, na Sala Barbasan, Zaragoza, Espanha. 2005, “Pedras”, Posada del Potro, Cordoba, Espanha. 2006, “Habitáculos”, com banda sonora original de Gustavo Costa e fotografia de Rui Costa, na Galeria de Arte do Museu Martins Sarmento, Guimarães. 2007, “Metáforas do Mundo”, espaço cultural Velha-a-Branca, Braga. 2008, “From Womb to Tomb refuges and habitats, com bando sonora original de Gustavo Costa e fotografia de Rui Costa,De Galerij van De Lawei, Drachen, Holanda.”Refúgios”, Galeria Trindade, Porto. 2010, “O Antes, o Durante e o Depois” com a colaboração de Catarina Mendes e Vitor Hugo, Sala de exposições da Caja Duero, Valladolid, Espanha e na Galeria Trindade, no Porto. 2011, “Vou e Venho”, Galeria Municipal de Exposições Palácio Quinta da Piedade, Póvoa de Santa Iria.

2003, Amakusa Ceramic Art 2003, Hondo, Japão. 2004, Itinerante do “1º Encontro Internacional de Ceramistas em Boassas”, Fórum da Maia e no Museu Nacional de Cerâmica Gonzalez Marti, Valência, Espanha. “Rotas da Cerâmica”, Museu Nacional do Azulejo, Lisboa. 2005, ”Cinco Partes”, Galeria Bobogi, Aveiro. “Seis menos Um”, Galeria Por Amor Á Arte, Porto. Participa na Feira de Arte Contemporânea, através da galeria Shibuichi, Buenos Aires, Argentina. 2006, Itinerante do “II Encontro Internacional de Ceramistas em Boassas”, Cinfães (Portugal), Avilés e Museu de Ceramica Gonzalez Marti, (Espanha). 2008, Feira Internacional de Ceramica Contemporanea CERCO, Zaragoza, Espanha. Centro Municipal “Las Aulas”, Castelló, Espanha. Espai Antic Hospital, Culla, Espanha.Museu de Ceramica Gonzalez Marti, Espanha. 2009, Participação na Feira de Arte Contemporânea ArteLisboa, através da Galeria Trindade. 2011, Itinerante “Escultura Cerâmica Hoje - 5 autores Portugueses, Museu Amadeu Souza Cardoso, Amarante, Cerco, Zaragoza ( como país convidado), Museu da Cidade, Aveiro. 2012,”Maestros de la Cerámica y sus escuelas - Arcádio Blasco”, Museu de Cerâmica de Muel, Zaragoza.

(SELECÇÃO)

SOFIA BEÇA Nasceu no Porto em 1972

FORMAÇÃO 1992, curso Técnico/Profissional de Cerâmica da Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis do Porto. 1997, “workshop” de Rakú promovido pelo CEARTE, em Coimbra. 1998, Curso de “Escultura e Murais Cerâmicos” orientado pelo Ceramista Arcádio Blasco. 1999, Curso de “Cerâmica Criativa”, orientado pelo Escultor/Ceramista Emidio Galassi, Espanha.

(SELECÇÃO)

PRÉMIOS 2001, 1º Prémio do CER.TA.ME, em Gondomar, com a obra “Second Stone”, tendo a colaboração musical de Gustavo Costa. 2003, 1º Prémio do CER.TA.ME, em Gondomar, com a obra “Cerco”. Menção Honrosa na Bienal Internacional de Manises, Espanha. 2005, 1º Prémio de Cerâmica Mural, L`Alcora, Espanha. 2º Prémio na VII Bienal de Cerâmica Artística de Aveiro. 2006, 2º prémio da IV Bienal de Ceramica Marti Royo, Espanha. 2007, Menção Honrosa na VIII Bienal de Cerâmica Artística de Aveiro. 2009, 2º Prémio do XV Concurso Internacional de Valladolid, Espanha. 2011, Menção Honrosa na X Bienal de Cerâmica Artística de Aveiro.


PARTICIPAÇÃO EM CONCURSOS COM RESPECTIVAS EXPOSIÇÕES 2001, 21º Concurso Internacional de Cerâmica de L`Alcora, Espanha; Bienal Internacional de Manises, Espanha. 2002, 2º Prémio Internacional de Cerâmica Cerco, Zaragoza, Espanha; 2003, 3º Prémio Cerco, Zaragoza, Espanha; 23º Concurso Internacional de Cerâmica de L`Alcora, Espanha. 2005, XIII Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira. 25º Concurso Internacional de Cerâmica de L`Alcora, Espanha. 7ª Bienal Internacional de Cerâmica de Manises, Espanha. 2006, III Trienal Internacional del Tile Ceramico, Santo Domingo, Republica Dominicana. 2007, XIV Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira. 8ª Bienal Internacional de Cerâmica de Manises, Espanha. 2008, Concurso de Cerâmica Internacional, Valladolid, Espanha. 2009, IX Bienal Cerâmica Artistica de Aveiro. 2011, X Bienal Internacional de Cerâmica de Manises, Espanha. 2012, II International Ceramic Triennial UNICUM 2012, Maribor, Eslovénia

OBRAS REALIZADAS PARA EDIFÍCIOS 2003, Mural para o Lar de Terceira Idade de S. Cristóvão, Cinfães; Mural para “Casa do Lódão” de Turismo Rural, Cinfães; Mural para “Casa da Ventuzela” de Turismo de Habitação, Cinfães.

OBRAS PÚBLICAS

OUTRAS ACTIVIDADES

2005, Mural para um largo, L´Alcora, Espanha. 2010, Mural “Borboletário” para o parque de Muel, Zaragoza, Espanha. 2011, “O Muro dos sussurros” em co- autoria com Juan Ortí Garcia e Alberto Andrés , Museu de cerâmica de Muel, Zaragoza, Espanha. 2012, Revestimento de bancos, do Parque Urbano de Paços de Ferreira.

2001, Trabalha com Arcádio Blasco, na sua oficina, em Mutxamiel, Alicante, Espanha. Simpósio de Rakú e fornos de papel “1/2 + O Meio”, Sardoal. 2003, Convidada especial a participar no Amakusa Ceramic Art 2003, Hondo, Japão. 2004, Organizadora e participante do “ 1º Encontro Internacional de Ceramistas em Boassas”. Coordenadora da exposição e da “Mesa Redonda” do “1º Encontro Internacional de Ceramistas em Boassas”, Museu Nacional de Cerâmica Gonzalez Marti, Valência, Espanha. 2005, Representa Portugal, através da Embaixada de Portugal, no VII Simpósio de Cerâmica de Avellaneda, Buenos Aires, Argentina. 2006, “II Encontro Internacional de Ceramistas em Boassas”, Cinfães. Membro do júri do 26º concurso internacional de cerâmica de L´Alcora, Espanha. 2007, Comissária da Exposição “Ceramistas Portugueses”, L`Alcora. I Encontro Internacional de Arte de Culla, Valência, Espanha. 2009, Representa Portugal no 7º Symposium Of Artistic Ceramics for Mediterranean Countries, Volos, Grécia. Representa Portugal na 6ª Edição do salão “Ceramique 14”, Paris, França. 2010, Participa no Festival Domadores de Fuego “Encuentros a la tercera”. Membro do júri do XVI Concurso de Cerâmica de Valladolid, Espanha. 2011, Monitora do curso de “ Murais cerâmicos cozidos em fornos de papel”, na Faculdade de Belas Artes do Porto. 2012, Monitora do curso de “ Murais cerâmicos cozidos em fornos de papel”, na Faculdade de Belas Artes do Porto.


Individual Exhibitions

SOFIA BEÇA Born March 28th, 1972, Porto, Portugal

Background 1992, Technical/Professional Ceramic Course - Soares dos Reis Decorative Arts’ School, Porto, Portugal. 1997, “Rakú” Workshop promoted by CEARTE, Coimbra,Portugal. 1998, “Rakú” Workshop” promoted by CRAT, Porto, Portugal. “Sculpture and Ceramic Murals” Course hosted by Arcádio Blasco, Coimbra, Portugal. 1999, “Rakú” lection by the ceramist Paco Arenas, at Áviles, Asturias, Spain. “Creative ceramic” course by the sculptor/ceamist Emídio Galassi and by contemporary art history Josune Ruiz de Infanta, at Áviles, Spain.

Collective Exhibitions

(selection)

(selection)

Work made on demand to apply on buildings

1997, Pottery Museum, Barcelos, Portugal. 1999, Ceramic Museum of Caldas da Rainha, Portugal. Individual exhibition at CRAT, Porto, Portugal. 2001, “Return to Morocco” - “Epicentro” Gallery, Porto, Portugal,(With Original Musical by Gustavo Costa). 2002, “Edifications” - “Sargadelos” Gallery, Madrid, Spain,(With Original Musical by Gustavo Costa). 2003, “Edifications” - “Sargadelos” Gallery, Madrid, Spain,(With Original Musical by Gustavo Costa).“Small Constructions” - “Barbasan Room”, Zaragoza, Spain, (With Original Musical by Gustavo Costa). 2005, “Stones” - Posada Del Potro, Cordoba, Spain. 2006, “Habitáculos” – Museu Martins Sarmento, Guimarães, Portugal, with Original Musical by Gustavo Costa and wiht original photografy by Rui Costa. 2007, “Metaphors of the world”, cultural space Velha a Branca, Braga. 2008, From womb to tomb – refuges and habitats, with original soundtrack by Gustavo Costa and photography by Rui Costa, De Lewei Gallery, Drachten, Holland. 2009, “ O Pátio é meu!”, Trindade Gallery, Porto. 2010, “The before, During and After”, with the collaboration of Catarina Mendes and Vitor Hugo, in room exposure of Caja Duero, Valladolid, Spain and Trindade Galery, Porto. 2011, “Vou e Venho”, Palácio Quinta da Piedade, Póvoa de Santa Iria, Portugal

2003, 3th Festival “Amakusa Ceramic Art 2003”, Hondo, Japan. 2004, “1st International Ceramist Encouter in Boassas”, Maia Forum,Portugal and National Museum the Ceramic Gonzalez Marti, Valência, Spain. “Ceramic Route ”, National Museum of Tiles, Lisboa, Portugal. 2005, “Five Parts”, Bobogi Gallery, Aveiro, Portugal. “Six least One”, Por Amor Á Arte Gallery, Porto, Portugal. Participa na Feira de Arte Contemporânea, através da galeria Shibuichi, Buenos Aires, Argentina. 2006, Itinerant the “II International Ceramist Encouter in Boassas”, Cinfães (Portugal), Avilés Ceramics Museum Gonzalez Marti, (Espanha).n2009, Participation in the Contemporary Art Fair ArteLisboa, by Gallery Trindade. 2011, “Ceramic Sculpture Today - 5 authors Portuguese, Amarante, Portugal and Siege, Zaragoza, Spain. 2012, “Masters of Ceramics and their schools - Arcadio Blasco” Muel Ceramic Museum, Zaragoza, Spain.

2003, Mural for St. Cristopher’s Third Age Care Center, Cinfães, Portugal. Mural for the Rural Tourism House, Cinfães, Portugal. Mural for a house of “Turismo de Habitação” (Rural Tourism), Cinfães, Portugal.


Prizes

Competition participations

Public Works

Other activities

2001, 1st prize in CER.TA.ME, Gondomar - Portugal.( With Original Musical by Gustavo Costa). 2003,1st prize in CER.TA.ME, Gondomar, Portugal. Honour mention at the International Bienal of Manises, Spain. 2005, 1st prize in Ceramic Mural, L´Alcora, Spain. 2nd prize at the VII International Artistic Ceramic Bienal from Aveiro, Portugal. 2006, 2nd prize at the IV bienal Marti Royo, Spain. 2007, Honour mention at the VII Artistic Ceramics Bienalle, Aveiro 2009, 2º Prize at the XV International Ceramics Competition, Valladolid, Spain. 2011, Honour mention at the VIII Artistic Ceramics Bienalle, Aveiro

1999, VI Artistic Ceramic Biennial of Aveiro, Portugal. 2001, International Ceramics Competition of L’Alcora - Spain. International Biannual of Manises,Spain. 2002, 2nd Cerco Ceramics International Prize, Spain. International Ceramics Competition of L’Alcora, Spain. D`Esplugues Angelina Alós International Ceramic Contest, Barcelona, Spain. 2003, 3rd Cerco Ceramics International Prize, Spain. International Ceramics Competition of L’Alcora, Spain. 2005, II International Biannual of Talavera de la Reina, Spain. XIII International Biannual Art of de Vila Nova de Cerveira. 25º International Ceramics Competition of L`Alcora, Spain. International Biannual of Manises, Spain. 2006, 1st International Contemporary Ceramics Event, Basque Country, Spain. III International Ceramics Tile Trienal, Santo Domingo, Dominican Republic. 2007, XIV Vila Nova de Cerveira International Bienalle; VIII Manises International Ceramics Bienalle, Manises. Spain. 2008,International Ceramics Competition, Valladolid, Spain. 2009, IX Biennual of Ceramics Art of Aveiro, Portugal. 2011, X International Biennial of Ceramics Manises, Spain. 2012, II International Ceramic Triennial Unicum 2012, Maribor, Slovenia. D`Esplugues Angelina Alós International Ceramic Contest, Barcelona, Spain.

2005, Mural for a public space in L´Alcora, Spain. 2010, Mural “Butterfly greenhouse” for the park Muel, Zaragoza. 2011, “The Wall of Whispers” co-authored with Juan Ortí Garcia and Albert Andrés, Museum ceramic Muel, Zaragoza, Spain. 2012, Coating of banks, the Urban Park Pacos Ferreira, Portugal.

2001, joint work with Arcádio Blasco in his atelier, Spain. “Rakú” and Paper Furnaces “1/2 + O Meio” Symposium, Portugal. 2003, honour guest presentation in the Amakusa Ceramic Art 2003, Hondo, Japan. 2004, Co-ordinate and participant a the “1st International Ceramist Encouter in Boassas”, Portugal. Coordinator for the exhibition and conferences about the 1st International Ceramist Encouter in Boassas”, National Museum the Ceramic Gonzalez Marti, Valência, Spain. 2005, Represent Portugal, through a Embassy of Portugal, at the VII Ceramic Symposium of Avellaneda,Buenos Aires, Argentina. 2006, Participant a the “II International Ceramist Encouter in Boassas”, Portugal. Member of the jury of the 26th L´Alcora InternationalCeramics Competition , Spain. 2007, “Portuguese Ceramists” Exhibition Hostess, L´Alcora. I Culla internacional Art Meeting, Valência, Spain. 2009, Represents Portugal at the 7º Symposium of Ceramic Art in the Mediterranean, Volos, Greece. Portugal represents the 6º Salon de Céramique 14 Paris 2009, Paris, France. 2010, Participant in the Festival Domadores de Fuego “Encuentros a la tercera”, Muel, Zaragoza. Member of the jury of the XVI International Ceramics Competition Valladolid, Spain 2011, monitors the course “Ceramic Murals kiln in ovens of paper” at the Faculty of Fine Arts of Porto. 2012, monitors the course “Ceramic Murals kiln in ovens of paper” at the Faculty of Fine Arts of Porto.



OBRAS DISPONÍVEIS AVAILABLE WORKS


JORNAL “LEEUWARDER COURANT” – CULTURE SECTION Tuesday 20 May 2008

REFÚGIOS CERAMICOS EM LAWEI

CERAMIC REFUGES IN LAWEI

Drachten – Nativa de Portugal, Sofia Beça é uma famosa ceramista, mas na Holanda ainda é uma celebridade desconhecida. Talvez com a sua exposição na Galerij van de Lawei possa mudar esta situação. O seu trabalho está agora em exibição nesta galeria a convite de Paulien Ploeger, que este ano é a curadora em Drachten. Ploeger visa apresentar o trabalho de artistas de menores partes conhecidas da Europa para o público. No ano passado, por exemplo,ela organizou uma exposição de arte Lituana no Museu Smallingerland. A exposição em De Galerij chama-se ‘From womb to tomb – refuges and habitats’. Sofia Beça acredita que a vida, tanto do homem como do animal, do berço à morte, é uma contínua procura de abrigo. Este abrigo pode ser um refúgio, uma caverna ou, num sentido mais lato, um habitat, o ambiente vivo em que uma criatura se sente segura e a salvo. Sofia Beça apresenta um número de pequenas esculturas de cerâmica, todas baseadas em exemplos naturais. Podem, quase sempre, ser ligadas com conceitos como “abrigar-se” ou “esconder-se”, embora estas ligações estejam mais claramente expressas numas que noutras. A instalação “Floresta Portuguesa” forma o centro da exposição e consiste em cinquenta troncos de árvore em cerâmica. Simbolizam a floresta, um arquétipo de abrigo. Nalguns casos, Sofia Beça usou dezenas de pequenos objectos para criar uma grande escultura de parede, como em “Habitats”, o trabalho de abertura da exposição. Nessa obra, ela estuda a vida dos insectos, que se passa, na sua maior parte, em segredo. Podem ver-se posturas de ovos, carreiros de alimentação de larvas e entradas de formigueiros. Na escultura “Borboletear” podem ver-se formas que sugerem borboletas e insectos voadores, mas que são construídas a partir de fragmentos reminiscentes de cascas de caracóis cortadas. Refúgios, uma vez mais. Sofia Beça trabalha com cerâmica não vidrada, fazendo com que as cores da terra dominem a exposição. A cor dominante é um vermelho escuro, profundo, cor associada com Espanha e Portugal. Estas cores estão em perfeita harmonia com o design orgânico do seu trabalho, que faz com que este irradie uma austeridade agradável. A exposição de ceramica em Lawei pode ser visitada até sabado.

Drachten – In her native Portugal, Sofia Beça is a famous ceramist, but in the Netherlands she is as yet an unknown celebrity. Perhaps her exhibition in de Galerij van de Lawei can change this situation. Her work is now exhibited in this gallery at the invitation of Paulien Ploeger, this year’s guest curator in Drachten. Ploeger aims to introduce the work of artists from lesser known parts of Europe to the public. Last year, for example, she organised an exhibition of Lithuanian felt art in the Museum Smallingerland. The exhibition in De Galerij is called ‘From womb to tomb – refuges and habitats’. It is Beça’s belief that the life of both man and animal, from womb to tomb, is a continuous search for shelter. This shelter can either be a refuge, a real cave or in a more broader sense a habitat, the living environment in which a creature feels safe and secure. Beça presents a large number of fairly small ceramic sculptures, all based on natural examples. They can nearly always be connected with concepts such as ‘taking shelter’, or ‘hiding’, though in some cases this is more clearly expressed than in others. The installation ‘Floresta Portuguesa’ forms the centre of the exhibition and consists of fifty ceramic tree trunks. They symbolize the forest of course, a nearly archetypal shelter. In some cases Beça has combined dozens of smaller objects into one large wall sculpture, as with ‘Habitats’, the exhibition’s opening work. In this work she closely studies the life of insects, which largely takes place in secret. You can see depositions of eggs, feeding trails of caterpillars and the entrances of formicaries. In the large wand sculpture ‘Borboletear’ you can see forms that suggest butterflies and flying insects, but which are built up out of fragments reminiscent of snail shells that have been cut sideways. These are refuges once again. Beça works with unglazed ceramics, therefore earth colours dominate the exhibition. The dominant colour is a deep red, a colour normally associated with Spain and Portugal as well. Those colours are in complete harmony with the organic design of her work, which radiates a pleasant austerity because of this. The ceramic exhibition in de Lawei can be visited until Saturday.

Sytse Singelsma (fotografia de ‘Borboletear’ – escultura de parede de Sofia Beça, que pode ser vista na Galerij van de Lawei)

Sytse Singelsma (with picture of ‘Borboletear’ – wall sculpture of Sofia Beça, to be seen in de Galerij van de Lawei)


BORBOLETEAR Grês de várias cores, engobes coloridos, micas coloridas, técnica do bloco, cozedura a 1150ºC a gás com redução. 2007 420 x 200 x 10cm


ADAPTA-TE À VIDA! Azulejos, sulfato de cobre, cozedura na fogueira. 2012 250 x 100 x 1cm.


QUAL O MELHOR CAMINHO? Grês, engobes, técnica da lastra, cozedura a 115ºC em forno de lenha. 2012 100 x 150 x 4 cm


ANDAR ÁS VOLTAS Grês, técnica da lastra e rolos, cozedura a gás a 1180ºC com redução. 2010. 100 x 100 x 4 cm.


ESCONDERIJOS Barro chamotado, técnica mista, vidrado a 1000ºC, com redução posterior na fogueira. 26 x 26 x 26 cm. 2005


CATÁLOGO “EL ANTES, EL DURANTE Y EL DESPUÉS” Sala de exposiciones de Caja Duero Setembro 2010 Espanha

Sofia me pidió que le escribiese un texto para el catálogo de su exposición en Valladolid. No puedo ni debo negarme, todo lo contrario. Sofia Beça reflexiona sobre las circunstancias de su trayectoria vital por la vida. Sofia Beça, entendió que la mano transmite el pensamiento y uno puedo contar sus inquietudes, hacerlas públicas, usando el barro como materia expresiva. Sofia Beça entendió el camino y lo sigue, desprendiéndose de lo superfluo. En el mundo de la cerámica hay mucho de superfluo. Sofia Beça va penetrando en el complejo mundo del arte conociendo sus dificultades, pero sabiendo que toda contradicción se supera. Entre algunos ceramistas, que así se sienten y son, abunda la pirueta y falta el misterio. Sofia Beça tiene en sus manos, en su mente, salir de la desesperanza que nos trae la vida sabiendo que siempre habrá una luz de esperanza. Siendo yo muy joven, encontrándome con uno de los pocos maestros que tuve, viendo mis obras mas recientes, me dijo: “no sigas haciendo lo que ya sabes hacer. Encuentra salidas”. El consejo fue muy importante para mi. Sofia Beça es persona inquieta, apasionada y tenaz, sabe convocar y en Boassas provoca “encuentros”, llenos de vida viva, en contacto con nosotros mismos a la vez que colectivo, y en el trabajo creativo es el camino. Sigue siendo como eres, Sofia Beça, que, como dijo nuestro poeta, vas haciendo camino con tu caminar.

Sofia requested me some words for the catalogue of its Valladolid exhibition. I can’t nor I must deny, all the opposite. Sofia Beça reflects on the circumstances of his vital trajectory through life. Sofia Beça, understood that the hand transmits the thought and one I can count its restlessness, to make them public, using the mud like expressive matter. Sofia Beça understood the way and she follows it, coming off itself the superfluous thing. In the world of the ceramics there is much of superfluous. Sofia Beça is penetrating in the complex world of the art with his difficulties, but knowing that all contradiction is surpassed. Between some ceramists, who therefore feel and are, it abounds the lack of mystery. Sofia Beça must leave in his han ds, in his mind, the hopelessness that brings the life to us knowing that there will always be a hope light. When I was young, finding myself with one of the few teachers who I had, seeing my recent works, he said to me: “do not continue doing what you already know. Finds exits. “. The advice was very important to me. Sofia Beça is an anxious, enthusiastic and tenacious person, knows to summon and in Boassas she causes “encounters”, plenty of alive life, in contact with ourselfs and the others involved, knowing that creative work is the way. Continue being like you are, Sofia Beça, who, as our poet said, you are making way with your walking.

Arcadio Blasco Julio 2010

Arcadio Blasco July 2010


QUE DISTÂNCIA NOS SEPARA? Grês, técnica da lastra e bolas, cozedura eléctrica a 1200ºC. 2010 45 x 70 x 8 cm


CORAÇÕES RESTAURADOS, 2010 Grês, técnica da lastra, cozedura electrica a 1200ºC. 40 x 50 x 15 cm


CATÁLOGO “EL ANTES, EL DURANTE Y EL DESPUÉS” Sala de exposiciones de Caja Duero Setembro 2010 Espanha

Antes, Durante y Después, podría ser Amistad, Principio, o incluso....Érase una vez....? Son palabras que todos comprendemos, pero que cada uno interpreta a través de sus propias vivencias. El mi Antes no es el tuyo, pero también es Antes. Como ocurre con la memoria, que se puede decir colectiva, y el Recuerdo, personal. Sofia Beça expresa, a través de esta exposición, su Antes, el Durante y Después, contextualizados vivencialmente. Incorporando, fotografiando, asentando y compartiendo, materializando y exponiendo do que es susceptible de ser expuesto, reservándonos, como en todas las expresiones artísticas, la libertad de interpretar. Para recordar un Antes es necesario tener una consciencia del Durante, sentir el Ahora...para tener consciencia, para ser consciente de los momentos, es necesario sentirlos, digerirlos, absorberlos, y así, volver a visitarlos, reconociéndolos como pertenecientes al pasado - Antes Mirar es diferente a ver, como sobrevivir es diferente a vivir, y cada vez más miramos y no vemos, sobrevivimos y no vivimos. Cada uno de nosotros tendrá o no la capacidad de cuestionarse y de encontrar las respuestas, de ser o no tolerante, de desear, de querer bien, de compartir, de caminar, de pasear, de construir su Durante y su Después, de opinar... Nunca asilado, nunca sólo... La soledad mata y es nuestro mayor miedo. Sin miedo o recelos? Las construcciones de Sofia están entre nosotros una vez más......Más fortalecidas pero también mas suaves. Rute Rosas Artísta plástica - Escultora Profesora / Investigadora Julio 2010

Before, During and Later, it could be Friendship, Principle, or even….Once upon a time... These are words that we all understand, but that each one interprets through its own experiences. My Before is not yours, but is also Before. As it happens with the memory, that one can say is collective, and the Memory, personal. Through this exhibition, Sofia Beça expresses his Before, During and Later, with her own life experience. Incorporating, photographing and sharing, materializing and exposing what is susceptible to be exposed, reserving to us, like in all artistic expressions, the freedom to interpret. In order to remember Before it is necessary to become aware of During, feeling Now… to become aware, to be conscious of the moments, is necessary to feel them, to digest them, to absorb them, and thus, to return to visit them, recognizing them as belonging to the past - Before To watch is different as to see, as to survive is different to live, and more and more we watch and we do not see, we survive and we do not live. Each one of us will have or not the capacity to question ourselves and to find the answers, to be or not tolerant, to wish and want well, to share, to walk, to construct his During and his Later, to think… Never imprisoned, never lonely… Solitude kills and is our greater fear. Without fear or distrusts? The constructions of Sofia are amongst us once again… fortified but also smoother. Rute Rosas plastic Artist - teacher Sculptor/Investigating July 2010


ÉS A MINHA ONDA

YOU ARE MY WAVE

Quem conhece o percurso de Sofia Beça não terá dúvidas que este trabalho é resultado de anos de experiência - a da sabedoria adquirida relativamente aos meios e ferramentas que utiliza, por um lado, e a experiência vivida ou vivencial que lhe permite chegar onde se encontra hoje. Sofia Beça tem-se dedicado e demonstrado, através das materializações do seu imaginário, que é especialista em cerâmica - este é o seu meio privilegiado de expressão artística independentemente da denominação das suas formalizações . objectos, relevos, painéis de azulejos, esculturas ou instalações. Do seu trajecto fazem parte diversos momentos que nos vão fornecendo elementos acerca do seu processo e dos seus pressupostos. Em És a minha onda, 2010, sente-se uma vontade e necessidade da autora de não se circunscrever a um espaço contido; uma espécie de libertação através da ideia de continuidade. As suas medidas reais (200 x 130 x 10 cm) parecem deixar de ter relevância pelo facto de termos a sensação ou o desejo de seguimento para além de si mesmo - podemos comparar com uma fotografia ou uma pintura de uma paisagem que não deixando de ser um recorte/fragmento permite-nos ver além de e para além de. Deste modo, a poética expressa em És a minha onda implica, simultâneamente, a nossa aproximação e distanciamento físicos, permitindo-nos diferentes níveis de percepção, fruição e, consequentemente, sensações distintas. Mantendo a manufacturação e repetição de gestos que caracterizam o seu processo de materialização baseado em automatismo quotidianos, mas libertando-se de uma suposta ilustração e formalização condicionadas, estes trabalhos mais recentes de Sofia Beça são permeáveis à livre interpretação não se fechando em si mesmos e talvez por esse motivo se enquadrem num novo capítulo da sua experiência artística.

Who knows the passage of Sofia Beça will not have doubts that this work is resulted of years of experience - of the wisdom acquired relatively to the ways and the tools that it uses, on the other hand, and the lived or existential experience that allows it to arrive where if it finds today. Sofia Beça dedicated and has demonstrated, through the materializações of its imaginary one, that she is specialist in ceramics - this is its half privileged one of artistic expression independently of the denomination of its formalizações. tile objectos, relives, panels, sculptures or installations. Of its diverse passage moments are part that in go supplying elements concerning its process and of estimated its. In You are my wave, 2010, feel a will and necessity of the author of not confining itself to a contained space; a species of release through the continuity idea. Its real measures (200 x 130 x 10 cm) seem to leave to have relevance for the fact of terms the sensation or the pursuing desire stops exactly beyond itself - we can compare with a photograph or a painting of a landscape that leaving of being a clipping/I do not break up allow-in seeing them beyond and stops beyond. In this way, the poetical express in You are my wave implies, simultaneously, our physical approach and distanciamento, allow-in the different levels of perception, distinct enjoyment and, consequentemente, sensations. In this way, the poetical express in You are my wave implies, simultaneously, our physical approach and distanciamento, allow-in the different levels of perception, distinct enjoyment and, consequentemente, sensations. Keeping the manufacturação and repetition of gestures that characterize its process of materialization based on automatism quotidianos, but becoming free of a supposed conditional illustration and formalização, these more recent works of Sofia Beça are permeáveis to the free interpretation not if closing in itself same and for this reason if they perhaps fit in a new chapter of its artistic experience.

Rute Rosas Artista Plástica - Escultora Professora / Investigadora Novembro 2010

Rute Rosas Plastic Artist Professor / Doctor of sculpture at the School of Fine Arts in Porto


ÉS A MINHA ONDA Grês, técnica da lastra, cozedura a 1100ºC em forno lenha. 2010 200 x 130 x 5 cm


TEXTO DA EXPOSIÇÃO “HABITÁCULOS” Galeria de Arte do Museu Martins Sarmento, Guimarães. Outubro 2006

Mediante a sociedade em que vivemos e a forma complexa e desorganizada como foi “evoluindo”, na chamada globalização, existe a necessidade de criar inúmeros habitáculos para podermos viver e resistir às condições por esta sociedade criada; tendemos para deixar para trás, atitude comum no ser humano, as verdadeiras essências da natureza. É neste contexto que Sofia Beça decide retirar da natureza a sua verdadeira essência para lhe devolver o seu espirito e a sua visão consciente e contemporânea do mundo, transmitindo-lhe um carácter primordial e de acordo com um regresso ás origens e necessidades humanas mas com um espirito de modernidade. Para tal concebe as suas obras á margem das grandes correntes contemporâneas , o que faz com que adquiram um carácter único e pessoal, não deixando de modo algum de parte a evolução da arte da cerâmica, estando esta evidente em todo o seu trabalho. Manuseia e molda o barro não só para expressar mas também para criar, construindo e desconstruindo, esta necessidade de um habitáculo para todos os seres vivos. Deixando um registo de imaginário e renovação de gosto visando de igual forma a consciencialização de uma sociedade gasta e confusa onde a necessidade de novas formas e novos ideais é determinante. Sofia Beça cria uma série de possíveis habitáculos, como uma verdadeira metáfora para uma nova utopia de uma sociedade que já excedeu todos os seus limites, não deixando de lado o suporte de um registo sonoro imaginário de todos esses habitáculos, convidando o músico Gustavo Costa para criar esse ambiente. A sua música, inspirada nos sons do aglomerado de habitáculos contemporâneos, pretende assimilá-los e devolvelos de forma inesperada e com um cariz pessoal. A exposição é complementada por imagens de Rui Costa, que através da sua visão microscópica dos habitáculos, humanos ou não, nos dará a conhecer a sua visão macroscópica do mundo: o equilíbrio e a fragilidade da condição humana perante a grandeza e imponência do estado natural de tudo que nos rodeia. A clausura e a experiência da vida em sociedade, o isolamento e a entreajuda, a edificação de um novo modelo social e as consequentes utopias, são alguns dos paradigmas confrontados pela artista. Patrícia Caveiro Maio 2006

By means of the society where we live and the complex and disorganized form as it was “evolving”, in the call globalization, the necessity exists to create innumerable poor dwelling places to be able to live and to resist the conditions for this bred society; we tend to leave stops backwards, common attitude in the human being, the true essences of the nature. He is in this context that Sofia Beça decides to remove of the nature its true essence for returning to its spirit and its conscientious vision and contemporary to it of the world, transmitting to it to carácter primordial and in accordance with a return ace origins and necessities human beings but with a modernity spirit. For such the edge of great chains conceives its workmanships contemporaries, what it makes by no means with that they acquire to carácter only personal e, not leaving of part the evolution of the art of ceramics, being this evident one in all its work. It handles and it molds the adobe to not only express but also to create, constructing and desconstruindo, this necessity of a poor dwelling place for all the beings livings creature. Leaving an imaginary register of and renewal of taste aiming at of equal it forms the consciencialização of a society spends and confused where the necessity of new forms and new ideals is determinative. Sofia Beça creates a series of possible poor dwelling places, as a true metaphor for a new utopia of a society that already exceeded all its limits, not leaving of side the support of imaginary a sonorous register of all these poor dwelling places, inviting the musician Gustavo Costa to create this environment. Its music, inspired by the sounds of the accumulation of poor dwelling places contemporaries, intends to assimilate them and returns them of unexpected form and with a personal cariz. The exposition is complemented by images of Rui Costa, that through its microscopical vision of the poor dwelling places, human beings or not, in will give them to know its vision macrocospic of the world: the balance and the fragility of the condition human being before the largeness and imponência of the natural state with that in it encircles them. The confinement and the experience of the life in society, the isolation and the entreajuda, the construction of a new social model and the consequentes utopias, are some of the paradigms collated for the artist. Patricia Caveiro May 2006


DELIMITAÇÃO DO TERRITÓRIO Barro chamotado, técnica do bloco, cozedura a 1000ºC em forno lenha, com redução. 2005. 55 x 15 x 300 cm


TEXTO DA EXPOSIÇÃO “METÁFORAS DO MUNDO” Espaço cultural Velha-a-Branca, Braga. 2007

METÁFORA DO MUNDO

METAPHOR OF THE WORLD

A natureza constitui quase invariavelmente o mote da obra cerâmica de Sofia Beça. As questões com ela relacionada e com a presença humana, as suas conexões com a vivência quotidiana o meio ambiente e as próprias relações entre as pessoas constituem o universo por onde o barro molda as formas da própria arte e que estabelecem a visão poética da autora. Por vezes distante, por vezes crítica, ou ainda apenas contemplativa. A metáfora do mundo expressa-se através de formas geralmente orgânicas, onde pontuam elementos geométricos, que revelam a importância que o habitar tem para o próprio ser... seja ele humano ou não. A linguagem própria que já há anos Arcadio Blasco sugeria despoletar na obra da autora, ganha contornos cada vez mais nítidos na sua singularidade como metáfora da própria vida, despertando-nos a curiosidade pelas suas próximas realizações.

Nature is almost invariably the motto of the ceramic work of Sofia Beça. The issues related to it and the human presence, its connections with the everyday living environment and their own relationships between people constitute the universe where the clay shapes the forms of art itself and establishing a poetic vision of the author. Sometimes distant, sometimes critical, or just contemplative. The metaphor of the world is expressed through forms generally organic, which punctuate geometric elements, which reveal the importance that the dwelling has to be very ... whether human or otherwise. The language itself already for years Arcadio Blasco suggested trigger in the work of the author, takes shape increasingly clear in its uniqueness as a metaphor for life itself, arousing our curiosity for his next achievements.

Manuel Cerveira Pinto 2007

Manuel Cerveira Pinto 2007


O MEU JARDIM Grês, porcelana, técnica da lastra, cozedura elétrica a 1200ºC. 2010 200 x 300 x 25 cm cada peça entre


A ESCOLHA DE PAULIEN PLOEGER Enquanto recentemente algumas fronteiras da Europa desaparecem e a Leste estas se deslocam, a Sudoeste a fronteira ainda é feita da água que separa a Península Ibérica do Continente Africano. Esta Primavera, a galeria de Schawburg de Lawel, em Drachten, oferece ao público holandês a possibilidade de conhecer peças únicas deste canto da Europa. A exposição ‘’do ventre ao túmulo – refúgios e habitats’’ apresenta as peças da ceramista Sofia Beça. Esta exposição é organizada por Paulien Ploeger, que foi convidada pela galeria para apresentar um evento surpreendente, tendo sido anteriormente responsável por projectos onde a arte da Lituânia foi o tema principal. Com esta nova exposição, com a artista portuguesa Sofia Beça, surge de novo em destaque a arte de um país até agora desconhecido. ‘’Numa Europa em mudança, isto é muito importante’’, diz Paulien. ‘’Nós estamos conscientes da nossa identidade nacional e das diferenças regionais. É importante que essas diferenças sejam preservadas para prevenir que se perca esta rica palete cultural da nova Europa’’. A exposição ‘’do ventre ao túmulo – refúgios e habitats’’ demonstra o trabalho espacial de Sofia Beça. Esta ceramista recebeu em Dezembro de 2007 uma nomeação da Bienal Internacional de Cerâmica de Aveiro com a peça ‘’borboletar’’, exposta em Drachten. Também em anos anteriores recebeu idênticos prémios, no seu país e no estrangeiro. Participou no simpósio ‘’Amakusa Ceramic Art’’ em Hondo, no Japão e representou Portugal no ‘’VII Ceramic Simposium of Avellaneda’’ em Buenos Aires, Argentina. O trabalho de Sofia Beça é elaborado a partir da tradição cerâmica portuguesa e dos seus interesses pessoais. Dois dos temas mais importantes da ceramista estão patentes na exposição ‘’refúgios e habitats’’, materializando estes conceitos numa forma pessoal e a partir do seu historial. O uso das cores, com muito vermelho, lembra África e a terra espanhola e portuguesa. O tema ‘’refúgios’’ tem tudo a ver com a ima-

gem ancestral do modo de vida do ser humano. Desde o início, o Homem escolheu as cavernas como o seu habitat, espaço que lhe dava a protecção ideal. Também nas crianças, que gostam de fazer cabanas e espaços para esconderem os seu segredos, é possível reconhecer estes instintos ancestrais. Em todo o ciclo da vida de ‘’do ventre ao túmulo’’ é demonstrada esta necessidade animal e humana de criar refúgios. O trabalho de Sofia Beça foi muito inspirado neste tema universal. Ela materializa refúgios de pessoas e animais de uma forma muito humorística e pessoal. O segundo tema desta exposição tem a ver com a envolvente dos animais, os seus habitats. Também as pessoas cada vez mais criam espaços à sua volta para se protegerem da sociedade complexa de hoje em dia. Mas, neste ponto, parece que perdemos a noção da importância da natureza. Sofia Beça tenta, com o seu trabalho, dar forma à importância deste tema. As instalações nos pavimentos e paredes em Drachten são complementadas com as fotografias de Rui Costa, que nos dá um olhar microscópico dos habitats, e com o som de Gustavo Costa, cuja música foi propositadamente concebida para o evento. Complementando a exposição de uma forma mais abrangente, serão efectuadas, antes da inauguração, duas conferências. No que respeita ao percurso de Sofia Beça, uma das conferências se afigura mais importante, nomeadamente sobre a confluência do passado europeu com a cultura árabe na Península Ibérica. Muitos conhecimentos nas áreas das ciências, poesia e filosofia tiveram a sua divulgação pelo Sul da Europa. Os vestígios desta influência são hoje visíveis na arquitectura, como está patente nos azulejos e ‘’zillij’s’’ dos murais da famosa Alhambra, em Granada. A conferência irá abordar a relação entre a arquitectura e a arte cerâmica. Desta forma, a exposição pode contribuir para um melhor entendimento do passado cultural e histórico da arte do Sudoeste da Europa, criando um ambiente fértil para a troca de novas ideias. Como Paulie Ploeger afirma ‘’onde as culturas se encontram e as pessoas trocam ideias, a nossa

mentalidade tem a possibilidade de florescer e os artistas participam, com o seu trabalho, para uma comunicação visual estimulante’’.

FROM WOMB TO TOMB – REFUGES AND HABITATS BY SOFIA BEÇA While Europe’s border increasingly shifts eastward because of the abolishment of a number of European internal borders, its southwestern border is still formed by the water that separates the Iberian peninsula from the African continent. During the spring of 2008 the art gallery “De Galerij” of the Dutch theatre “De Lawei” in Drachten will offer people a chance to be introduced to a unique visual language from this edge of Europe. The exhibition “From womb to tomb – refuges and habitats” will show work by Sofia Beça, a ceramist from Portugal.. This exhibition has been organized by guest curator Paulien Ploeger. She was invited to do so by gallery “De Galerij” as part of an annual exhibition called The choice of, intended to offer surprising and stimulating art. Paulien Ploeger has previously been responsible for projects featuring Lithuanian art from that other, eastern edge of Europe. This new exhibition of Sofia Beça’s ceramic art once again calls attention to exceptional art from a relatively unknown area. In an ever-changing Europe this is of the greatest importance, stresses Paulien: “We are aware of national identities and regional differences. In my perception we need to cherish and value these differences properly, so as not to lose the rich and colorful palette of the new Europe.” The exhibition “From womb to tomb – refuges and habitats” shows the three-dimensional work of Sofia Beça. Last December, this ceramist received an Honor Mention at the International Ceramics Biennale of Aveiro, Portugal for the work “Borboletear” (“Flutter”), which will also be shown in this exhibition. In previous years her work has received various national

and international awards as well. She has taken part in the Amakusa Ceramic Art symposium in Hondo, Japan, and represented Portugal during the VII Ceramic Symposium of Avallaneda in Buenos Aires, Argentina. The work of Sofia Beça has developed under the influences of both the Portuguese ceramic tradition and her personal interests. Two of her most important themes, refuges and habitats, form the centre of the current exhibition. Starting from her cultural background, she has crystallized these themes in her own personal way, by making extensive use of wall installations and different tones of red, reminiscent of both Africa and the color of the Spanish and Portuguese soil. The theme refuges is strongly connected with a primal image of human living. Caves have been the preferred living spaces of old, since they provide optimal protection. Today we can still see this ancient preference in children, who love to build huts or secret hideouts. This animal and human need for creating refuges governs our entire life cycle, from womb to tomb. Sofia Beça’s work has strongly been inspired by this universal theme. The forms she works shape into represent refuges of both people and animals, but this has been done in such a playful and personal way that it brings about suprisingly new associations. The special living environments of animals, called habitats, form another theme highlighted by this exhibition. People increasingly feel the need to create their own habitat as well, as a way of offering resistance to today’s complex and unorganized society. However, during this process they tend to forget the true essence of nature. Sofia Beça tries to capture nature’s true essence by reshaping these habitats. Her floor and wall installations in the art gallery in Drachten will be complemented with images by Rui Costa offering a microscopic view of the habitats, and with imaginary sounds of sound designer Gustavo Costa. His music has been specially created to assimilate the meaning of the works and to return this in an unexpected way. In this way, special sound atmospheres have been designed for this series of works. In order to place this exhibition in a


Bibliography J.J. Beljon, Ogen open – Grondbeginselen van vormgeving. Amsterdam: De Arbeiderspers, 1987. Patricia Caveiro, “Habitats”. August 2006. Manuel António Pina, “Rule of Fire”. September 1998. Lieke Ploeger is a writer and translator based in The Hague. She studied Modern Western Literature and Translation Studies at the University of Utrecht. Sofia Beça was sponsored by the Spanish company Ceramica Collet, S.A., who provided her with the necessary clay.

EXPOSIÇÃO “FROM WOMB TO TOMB - REFUGES AND HABITATS” com bando sonora original de Gustavo Costa e fotografia de Rui Costa,De Galerij van De Lawei, Drachen, Holanda.

broader context, the opening will feature a series of lectures highlighting the national context in which Sofia Beça’s work has developed. The theme of these lectures is the fertile encounter between Europe and the Arabic culture that has taken place on the Iberian peninsula in the past. A great deal of knowledge of the exact sciences, but also knowledge of poetry and philosophy, has come into Europe through the south. Today traces of this influence are still present in architecture, its most notable features including the painted tiles called azulejos and zillïj, mosaic tiles used to create complicated patterns such as in the Alhambra in Granada. The relation between architecture and art will form an important part of these art-historical and architectural lectures. Finally, any culture-specific views that play a part in the use of wall spaces and the intended purpose of this specific visual language will also be examined. In this way, the exhibition of Sofia Beça can contribute to a better understanding of the specific cultural and historical background of the art from this southwestern edge of Europe as well as to a fertile climate for the exchange of new ideas. Because, as Paulien states: “Where cultures meet, and people talk, new ideas get a chance to grow. With their works, artists are able to contribute to a stimulating visual communication.”

REFÚGIOS Grês, técnica do bloco, cozedura a 1100ºC em forno lenha. 2006. 15 x 14 x 45 cm


CERÁMICA Y SENTIDO “No me complacieron nunca las cosas ornamentales ni las convencionales, por eso entendí que la cerámica que puede colocarse sobre una mesa, y funcionar como un bibelot, no me interesaba, porque acaba por ser vista como un objeto decorativo y no como una escultura”, me cuenta Sofia Beça. Sus obras no están hechas para lucir sobre una mesa, ni tan siquiera para mostrarse sobre un pedestal. Como dijo Antonio Vivas, esta artista “representa la fuerza de la nueva cerámica portuguesa, más desinhibida, más libre, inclusive provocadora, pero siempre impactante en murales e instalaciones”. Sofia Beça ama trabajar sobre espacios concretos, lo ha hecho en Alcora, lo ha hecho en Muel, etcétera, y sus trabajos tienen, en muchos casos, un carácter abierto, que pide la colaboración de otros artistas, de otros medios, o del espectador, e incluso de los elementos (el fuego, el aire…), y suelen incorporar una acción. Sus obras no se quedan satisfechas con la simple mirada. Incluso cuando no se destinan a un espacio público, su modo de utilizar la sala de exposición será heterodoxa, porque muchas veces van directamente al suelo, y no parece que se exhiban allí, sino que ocupen, que se extiendan por el suelo, o por la pared. Es una puesta en escena; nada retórica, por cierto, pero puesta en escena. El trabajo en el campo, o la integración específica en una arquitectura son sus ideales. Como entre los clásicos del Land Art, la exhibición en una galería o centro de arte tiene un punto de exilio. Es el viejo problema de site / non‑site de Smithson llevado al mundo cerámico. Entre las influencias, entre los maestros de Sofia Beça, están algunos de los grandes de la cerámica contemporánea, y uno muy especial, Arcadio Blasco, con quien mantiene una estrecha relación desde 1998 –cuando se conocieron en Portugal, donde el ceramista daba un curso–, una relación que ha llegado a ser paterno filial. Pero como creadora inquieta, sus influencias también llegan de otros ámbitos, del ámbito general del arte, del que (como sucede con Arcadio Blasco) ella no acepta desligarse. Un artista como el británico Andy Goldsworthy, con sus intervenciones poéticas en la naturaleza, con elementos naturales, tomados en bruto como piedras, o bolas de nieve, o un escultor como su compatriota Alberto Carneiro forman parte de sus referentes.

El mundo de los árboles, que es también el mundo de Carneiro, aparece de un modo a un tiempo explícito y elíptico en su instalación Floresta Portuguesa, un bosque que es un no‑bosque, un bosque del que sólo quedan los vestigios o tocones. Con él, Sofia Beça alude al problema de la deforestación de su país. Las piezas con que recrea este bosque esquilmado las hay de dos colores, castañas y negras, árboles talados y árboles quemados. Esta obra nos sirve de ejemplo para señalar las peculiaridades del trabajo de la ceramista. La primera peculiaridad es su interés por el mensaje, la cualidad del barro como instrumento. “No tengo ninguna duda –asegura– de que, cuando meto las manos en el barro estoy transformando la materia en algo que me interesa transformar, que quiero transmitir un mensaje. Aunque sólo tenga significado para mí.” En el caso de Floresta Portuguesa este mensaje llega a ser explícito, conteniendo una denuncia social o ecológica, pero, ante todo, es un mensaje poético. Ese bosque devastado es un daño colectivo y particular, a un tiempo. Desde el punto de vista plástico, la obra que he citado, como todas las suyas (o al menos las más recientes), no maneja otros colores que los que derivan del propio material base, al que sólo se suma la acción del horno. Un lenguaje cromático inmediato, por lo tanto, de comunicación directa entre material y destinatario, con la ceramista como mediadora. En esta mediación, casi mágica, interviene, como elemento clave, la confección artesanal y cuidada de todos y cada uno de los elementos de esas puestas en escena, cada tocón cerámico, en este ejemplo, piezas que suelen ser intercambiables desde un punto de vista gramatical, elementos reemplazables, algo arbitrarios en número, pero que son elaborados uno a uno y con sumo cuidado, como si fueran únicos, cosa que son. En Floresta no son muchas las piezas, pero en obras como És a minha onda, se multiplican. Son ahora espirales de barro, en un proliferación digna de pólipos. Sofia Beça se justifica: “podría hacer el mismo trabajo con moldes, pero para mí, dejaría de tener cualquier encanto. Cada pieza, aunque parezca igual que las otras, debo hacerla yo, si no, tengo la sensación de que no es mía. Y por eso me encanta, también, usar el horno de leña, porque dos piezas gemelas terminan distinguiéndose por el color”. A ese horno de leña de nuestra ceramista, Karin Somers le atribuye

un “comportamiento temperamental”, que enriquece a sus “despojadas piezas con manchas de humo y tonos de reducción”. Se da en esta artista la doble condición de constructora y fabricante. Constructora de relieves e instalaciones significantes. Fabricante de las piezas con las cuales las construye. Los niveles de lectura de sus obras, por ello mismo, se duplican. Las piezas, que como letras, o como notas, las integran, aportan un significado propio. En És a minha onda, son ondas que hablan de una existencia inconsistente, en la que damos vueltas sin cesar. Y de algo parecido hablan las mariposas de Borboletear. Ella misma se refiere al arte en esos términos de incertidumbre y fragilidad: “Y también (pienso) que el arte –me explica– es como las mariposas y las personas, en realidad todo es efímero. Pensamos que andaremos por esta vida mucho tiempo, pero sólo estamos de paso. Y el arte termina siendo lo mismo, un momento efímero”. Efímero pero significativo. Tal como escribió Joaquín Vidal, los elementos que fabrica son “letras de barro que trabaja delicadamente, con paciencia y mimo, hasta que adquieren la apariencia y el significado de las letras de los códices antiguos”. Y añade este autor que “nada carece de significado o tiene un sitio aleatorio. Las pequeñas piezas se disponen sobre sus soportes en función de un lugar y un tiempo vividos, agrupándose, abrazándose y separándose con color o esperanza.” Sofia Beça fabricante y artesana, amiga de lo efímero, pero también constructora. Porque queda ese sentido esencial que aporta, como escenificación, el conjunto de las piezas de las que hablábamos, el texto escrito con esas letras, la música escrita con esas notas. Concluiré con una frase suya: “no me preocupa que la cerámica pierda protagonismo –dice–, porque lo que me interesa es el mensaje que intento transmitir”. Se trata de una cerámica entendida como útil de escritura, no como un fin en sí misma. Pero el texto que se escribe, como todo texto poético, es uno con la materia con la que está escrito, con la música de sus palabras, con la esencia de la propia cerámica, que es la que nos habla. Alejandro J. Ratia Critico de Arte Dezembro de 2011

CERAMICS AND SENSE “It never pleased me the ornamentals nor the conventional things, for that reason I understood that ceramics that can be placed on a table, like a bibelot, did not interest to me, because it is like a decorative object and not like a sculpture”, tells me Sofia Beça. Her works are not made to shine on a table, nor so, at least, to be on a pedestal. As Antonio Vivas said, this artist “represents the force of the new Portuguese ceramics, more uninhibited, freer, even provoking, but always impressive in murals and facilities”. Sofia Beça loves working on real spaces, has done it in Alcora, has done it in Muel, etc, and her works have, in many cases, an open character , that requests the collaboration of other artists, other means, or the spectator, and even of the elements (the fire, the air…), and usually they incorporate an action. Her works are not fully realized by simply being looked at. Even when they are not destined to a public space, her way to use the exhibition hall is heterodox, because often they go straight to the floor, and it does not seem they are exhibited there, but rather occupy and extend the ground, or the wall. It is a setting up a scene; nothing rhetorical, by the way, but put in a scene. The field work, or specific integration in an architecture is her ideal. As in the classics of the Land the Art, the exhibition in a gallery or arts centre has an exile point. It is the old problem of site/site of Smithson taken to the ceramic world. Some of the great masters of contemporary ceramics are among Sofia’s influences and a very special one, Arcadio Blasco, with whom she maintains a close relationship since 1998 – when they met in Portugal, where he was delivering a course - a relationship that has got something of paternal. As an anxious creator, her influences also come from other scopes, the Art in general, from what (as it happens with Arcadio Blasco) she does not accept to part. An artist like the Briton Andy Goldsworthy, with its poetic interventions in the nature, with natural elements, like stones, or snow balls, or a sculptor as her compatriot Alberto Carneiro are part of her inspiration. The world of the trees, which is also the Carneiro’s world, appears at an explicit time and at elliptical way in her installation “Portuguese Floresta”, a forest who is a nonforest, a forest where only the vestiges or stumps have left. With it, Sofia Beça alludes to the issue of her country’s deforestation. The pieces that are part of this forest are of two colors, brown and black, trees destroyed and burned trees. This work serves as example to indicate us the peculiarities of the ceramist’s work . The first peculiarity is her interest by the message, the quality of the clay as an instrument. “I do not have any doubt – she assures, when I put my hands in the clay I am transforming the matter into what interests me to transform it in- I want to transmit a message. Although it only has meaning for me.” In the case of Portuguese Floresta the message gets quite explicit, containing a social or ecological denunciation but, first of all, it is a poetic message. That devastated forest is a collective and particular damage, at the same time. From the arts point of view, the work that I have mentioned, as all her work (or at least the most recent one), does not handle other colors other than the ones that derive from the material base, to which only the action of the furnace is added. An immediate chromatic language, therefore, of direct communication between material and addressee, with the ceramist as a mediator. In this mediation, almost magic, takes


CATÁLOGO ,”MAESTROS DE LA CERÁMICA Y SUS ESCUELAS - ARCÁDIO BLASCO” Museu de Cerâmica de Muel, Zaragoza. Março 2012 part, as a key element, the making and the care of all and each one of the elements of the scene, each ceramic stump, in this example, pieces that usually are interchangeable from a grammar point of view, replaceable elements, something arbitrary in number, but which are one by one elaborated with extreme care, as if they were unique. In Floresta the pieces are not many, but in other works as in “És a minha onda”, they are multiplied. They are now spirals of clay, in a worthy proliferation of polyps. Sofia Beça justifies herself: “I could make the same work with molds, but for me, it wouldn’t have any enchantment. Each piece, although it seems just as the others, I must do it myself, if not, I have the feeling that it is not mine. And also for that reason I love to use the firewood furnace, because two twin pieces end up dis-

FLORESTA PORTUGUESA Grês, técnica da lastra e cilindro, cozedura a 1200ºC com redução. 2008. 4000 x 4000 x 30 cm tinguishing themselves by the color”. To that firewood furnace our ceramist, Karin Somers attributes a “temperamental behavior”, that enriches his “undressed pieces with smoke spots and tones of reduction”. The double condition of constructor and manufacturer occurs in this artist. Constructor of reliefs and significant installations. Manufacturer of the pieces with which she constructs them. This is precisely why the reading levels of her works are duplicated. The pieces that, like letters, or notes, integrate them, have their own meaning. In “es a minha onda”, are waves that speak of a inconsistent existence, where we go round and round incessantly. And the butterflies of “Borboletear” speak of something similar. She herself talks about the art in those terms of uncertainty and fragility: “And also (I think) that the art - it explains to me is

like the butterflies and the people, in fact everything is ephemeral. We think that we will walk in this life for a long time, but we are only passing by. And the art ends up being the same- a little ephemeral”. Ephemeral but significant. As Joaquin Vidal worte, the elements are “clay letters that work delicately, with patience and love, until they acquire the appearance and the meaning of the old codices’ letters”. And he adds “nothing lacks meaning or has a random site. The small pieces arrange themselves on their supports based on a lived place and time, grouping themselves, embracing themselves and separating with color or hope.” Sofia Beça manufacturer and craftswoman, friend of the ephemeral thing, but also constructor. Because it’s left that essential sense that gives us, like staging, the set of the

pieces of which we spoke, the text written with those letters, the music written with those notes. I will conclude with one of her sentences: “it does not worry me that the ceramics loses protagonism -she says, because what interests me it is the message that I try to transmit”. It is a ceramics understood as useful of writing, not like an aim in itself. But the text that is written, like all poetic text, is one with the matter with which it is written, with the music of its words, with the ceramics own essence, that is what speaks to us. Alejandro J. Ratia Criticize of art December 2011


COLMEIAS Grês, técnica do rolo e bolas, cozedura a 1100ºC em forno lenha. 2009 27 x 17 x 155 cm.


ABSORVEMOS E PRODUZIMOS Grês, técnica da lastra, cozedura a 1200ºC. 2011 Medidas variadas


CATÁLOGO “I ENCONTRO INTERNACIONAL DE ARTE DE CULLA” ,Valência, Espanha. 2007

Sofia Beça, autora de gran calidade plástica que domina texturas, forma y color, hunde sus raíces en la tradición local buscando expresar lo esencial del contacto del hombre com su terruño, enriquecido históricamente en el contacto cultural entre lo musulmán, como esencia de lo oriental, y la tradición local del extremo occidente. Su obra reflexiona sobre aspectos básicos de la relación hombre-medio tanto relativas a su visión como la necessaria adaptación cultural para la supervivencia humana em relación com aquel, como vemos en sus refugios o en obras en las que plantea nuestra perceptión del cosmos. Destaca de su visión un canto a la vida humana y a su complejidad a través de la materia. Jaume Coll Director del museo de cerámica Gonzaléz Martí 2007

Sofia Beça, great author of calidade plastic that dominates textures, forms and color, sinks his roots in the local tradition looking for to express essential of the contact of the man com his terruño, enriched historically in the cultural contact between the Muslim, like essence of the Eastern thing, and the local tradition of the extreme West. Its work reflects on basic aspects of the relation man-means as much relative to its vision as the necessaria cultural adaptation for human survival command post relation com that, as we see in its refuges or works in which it raises our perceptión of the cosmos. It emphasizes of its vision a song to the human life and its complexity through the matter. Jaume Coll Director of the museum of ceramics Gonzaléz Martí


OS MEUS CARACOIS Grês de diferentes cores, técnica da lastra e rolos, cozedura a 1280ºC em forno de lenha. 2007. 6 x 55 x 55cm.


CATÁLOGO “EL ANTES, EL DURANTE Y EL DESPUÉS” Sala de exposiciones de Caja Duero Setembro 2010 Espanha

El antes, durante y después de Sofia Beça representa, en algunos momentos, preocupaciones y vivencias de la vida de la ceramista, sin perder, no obstante, el carácter formal y orgánico que caracteriza su obra. Se alcanza así una dramaturgia obvia y clara, de descubrimiento constante. Dramatúrgicamente compuesto por tres actos, el antes, el durante y el después, se desarrolla a través de una metáfora, de la relación de lo humano con los sentimientos diarios. Sofia Beça los releva a través de una evidente aproximación a su propria aventura poética, reproduciendo una redundancia cíclica. El antes Repleta de memorias de un pasado reciente, la artista interviene cruzando su futuro, donde prevalecen imágenes de sí misma, en un diálogo casi concerniente a un futuro cercano. La atención se centra en estas dinámicas y formas, describiendo una búsqueda de interpretaciones y re-interpretaciones, considerando incluso algunas teorías casuales de especialización temporal e intemporal. El durante Este conjunto de obras se construye en una base de investigación, dejando que en ellas se proyecten sentimientos de espera, de continua soledad y de exasperante dolor. No obstante, en otra parte, se nos revela de manea compulsiva la apertura de una nueva puerta a un mundo que en otros tiempos podía parecer lejano o incluso inexistente. El descubrimiento de algo que lo abarca todo, y con ello el alejamiento del dolor y de la soledad. Estas obras generan una relación in-

quietante con la intemporalidad, convirtiéndolas en un espacio comunicante, donde se puede construir un archivo de memorias permanentes, donde se puede prever una fuga. Se manifiesta una cierta complicidad ambigua con un pasado reciente en la expectativa de un futuro en ahora. Sofia Beça revela este archivo de memorias a la fotógrafa Catarina Mendes, que nos muestra una reinterpretación, creando de esta manera una colectividad inherente al proceso de construcción y confirmación de una identidad creada por Sofia. Catarina da vida, acción, movimiento. Y personifica la oratoria intensa de la ceramista. El después En este tercer acto, la obra se nos muestra en una nueva dimensión, añadido al final de un ciclo que anteriormente se desarrollaba en torno a una singularidad constante y regular. El descubrimiento de nuevos ciclos, pluralidades y irregularidades nos lleva así a una multiplicidad de colores y recursos, ofreciéndonos una nueva visión del presente, y conduciendo simultáneamente a una relectura del pasado. A Vitor Hugo le reiteramos el epílogo de esta epopeya de la ceramista, diferenciado formalmente en un simbólico tríplico, un fragmento del pasado cuya relación con la realidad actual, va trayendo consigo recuerdos, asociaciones, interpretaciones y re-interpretaciones, buscando analizar los aspectos asenciales de una especial diversidad. Patricia Caveiro Julio 2010

Before, during and after Sofia Beça it represents, at some moments, preoccupations and experiences of the life of the ceramist, without losing, however, the formal and organic character that characterizes its work. An obvious and clear dramatic art is reached therefore, of constant discovery. Dramatúrgicamente made up of three acts, before, during and later, is developed through a metaphor, of the relation of the human with the daily feelings. Sofia Beça releases through an evident approach to his propria poetic adventure, reproducing a cyclical redundancy. The before Filled one with memories of a recent past, the artist takes part crossing its future, where images of itself prevail, in a dialogue almost concerning a near future. The attention is even centered in these dynamic and forms, describing a search of interpretations and re-interpretations, considering some accidental theories of temporary and intemporal specialization. During This work set it is constructed in an investigation base, leaving in them project feelings of delay, continuous solitude and exasperante pain. However, elsewhere, the opening of a new door to a world is revealed of compulsive fetter that in other times could seem distant or even nonexistent. The discovery of which it includes everything, and with it the distance of the pain and the solitude. These works generate a disquieting relation with the intemporalidad, turning

them a comunicante space, where a file of permanent memories can be constructed, where a flight can be anticipated. A certain ambiguous complicity with a recent past in the expectation of a future in now is pronounced. Sofia Beça reveals east file of memories to the photographer Catarina Mendes, who shows to a reinterpretación, creating this way an inherent colectivity to the process of construction and confirmation to us of an identity created by Sofia. Catarina gives life, action, movement. And it personifies oratoria intense of the ceramist. Later In this third act, the work is to us in a new dimension, added at the end of a cycle that previously was developed around a constant and regular singularity. The discovery of new cycles, pluralities and irregularities thus takes to a multiplicity of colors and resources to us, offering to us a new vision of the present, and leading simultaneously to a relectura of the past. To Vitor Hugo we reiterated the epilogue to him of this epic of the ceramist, differentiated formally in a symbolic one I triple, a fragment of the past whose relation with the present reality, is bringing with himself memories, associations, interpretations and re-interpretations, looking for to analyze the asenciales aspects of a special diversity. Patricia Caveiro July 2010


TENHO ASAS PARA VOAR Porcelana, técnica da lastra, cozedura electrica a 1200ºC. 2010 200 x 300 x 4 cm


ANDA DAÍ! Grês, técnica da lastra, cozedura a gás a 1180ºC com redução. 2010 130 x 13 x 9 cm.


JÁ CÁ ESTOU! Grês, técnica da lastra, cozedura a gás a 1180ºC com redução. 2010 70 x 12 x 9 cm.


ONDULANDO Grês, técnica da lastra, cozedura a 1150ºC. 2011 150 x 40 x 10 cm


BAILANDO Grês, técnica da lastra, cozedura a 1100ºC em forno de lenha. 2010 86 x 30 x 20 cm.


REFLEXOS DO MEU SILÊNCIO Grês, técnica da lastra, cozedura a 1150ºC em forno de lenha. 2012 200x 200 x 13 cm


MEMÓRIAS DE INFÂNCIA Linho, lãs. 2012 200 x 200.


CATÁLOGO “EL ANTES, EL DURANTE Y EL DESPUÉS” Sala de exposiciones de Caja Duero Setembro 2010 Espanha

“EL ANTES, EL DURANTE Y EL DESPUÉS”

“BEFORE, DURING AND LATER”

Por la ventanilla se sucede un paisage semidesértico, dentro se va desgranando Madredeus y con ella brotan las palabras que me hablan del después. Quizás, pensándolo bien, sean híbridos del durante-después. Ella todavía no sabe que van haciendo diana en el silencio. Sofia beça trabaja sola, de espaldas al ajetreo, ensimismada y a la vez atenta. Sin prisa, sin pausa, con todo el control que se puede esperar. Aparentemente todo planificado, todo controlado. Trabaja con los elementos más simples, barro y fuego, como si se tratara de letras aisladas que fuera agrupando, combinando, estructurando hasta encontrar su sitio y componer un poema. Letras de barro que trabaja delicadamente, con paciencia y mimo, hasta que adquieren la apariencia y el significado de las letras de los códices antiguos. Nada carece de significado o tiene un sitio aleatorio. Las pequeñas piezas se disponen sobre sus soportes en función de un lugar y un tiempo vividos, agrupándose, abrazándose y separándose con color o esperanza. Los colores de tierra, a veces salpicados por sombras de humo, hacen que la forma y disposición de los elementos, frecuentemente minimalistas, transmita toda la fuerza de su carácter. Día a día, letra tras letra va conformando las páginas de un relato lleno de pasages intensos para el que se atreva a leerlo. En la exposición “El Antes, el Durante y el Después”, Sofia Beça nos ofrece la crónica del tránsito por la ausencia, el dolor y el reencuentro. Un viaje de lo general a lo particular, desde un mundo exterior, hacia el profundo interior donde encontrar los valores que permanecen inmutables y con ellos volver, si es posible, reforzada y renovada. Poder contar con compañeros de viaje es siempre una valiosa aportación. Nuevos puntos de vista y el apoyo incondicional que se genera por el esfuerzo conjunto producen lazos indisolubles y obras inolvidables. Estos compañeros de viaje son Catarina Mendes y Vitor Hugo que aportan sus puntos de vista como fotógrafa y deseñador en algunas obras conjuntas. Seguramente Sofia nos seguirá hablando durante mucho tiempo, con el barro desnudo, de su interior y de aquellos seres que la rodean y que han permanecido al alcance de su mano, merecedores de su abrazo y de otros nuevos que irán llegando y sin duda, poblando su jardín.

By the window paisage follows one another semidesert, inside it is shelled Madredeus and with her they bring forth the words that speak to me of later. Perhaps, as an afterthought, they are hybrid of during-later. She still does not know that they are making morning call in silence. Sofia beça works single, of backs to the activity, become absorbed in thought and simultaneously letter. Without haste, without pause, yet the control that can be hoped. Apparently everything planned, everything controlled. It works with the simplest elements, mud and fire, as if one was isolated letters that outside grouping, combining, structuring until finding its site and composing a poem. Mud letters that work delicately, with patience and mimo, until they acquire the appearance and the meaning of the letters of the old codices. Nothing lacks meaning or has a random site. The small pieces arrange on their supports based on a lived place and a time, grouping themselves, embracing themselves and separating with color or hope. The earth colors, sometimes splashed by smoke shades, do that the form and disposition of the elements, frequently minimalistas, transmit all the force of its character. Day to day, letter after letter is conforming the intense pages of a full story of pasages for which it dares to read it. In the exhibition “Before, During and Later”, Sofia Beça it offers the chronicle to us of the transit by the absence, the pain and the encounter. A trip of the general to the individual, from an outer world, towards the deep interior where to find the values that remain immutable and with them to return, if it is possible, reinforced and renewed. To be able to have fellow travellers is always a valuable contribution. New points of view and the unconditional support that is generated by the joint effort produce indissoluble bows and unforgettable works. These fellow travellers are Catarina Mendes and Vitor Hugo whom to their points of view like photographer and deseñador in some joint works contribute. Surely Sofia will continue speaking to us during long time, with the naked mud, of its interior and those beings who surround it and who have remained within reach of their hand, deserving of their hug and of other new ones which they will be arriving and without a doubt, populating its garden.

Joaquín Vidal Muel Julio 2010

Joaquin Vidal Muel Julio 2010


MEMÓRIAS À FLOR DA PELE Grês, técnica da lastra, cozedura em forno de lenha a 1200ºC. 2012 150 x 550 x 5 cm.


CONSTRUINDO SENSAÇÕES Grês, técnica da lastra, cozedura a 1100ºC. 62 x 64 x 5 cm. 2012


HABITÁCULO > co-autoria com

Gustavo Costa

Música em mp3, grês, técnica do bloco, cozedura a 1150ºC a gás com redução.2006 50 x 18 x 14 cm


BERÇOS Grês, técnica do rolo, cozedura a 1200ºC a gás com redução. 2008 50 x 35 x 27cm / 45 x 24 x 21cm


OUTEIRO Grês, limalha de ferro, técnica da lastra, cozedura a 1150ºC. 2009. 57 x 57 x 8 cm


PROTEGE-ME Grês, técnica da lastra, cozedura a 1150ºC. 2011. 40 x 22 x 12 cm


ABSORVEMOS Grês, técnica da lastra, cozedura a 1150ºC 22 x 17 x 17 cm. 2012


EXPOSIÇÃO “VOLTAR A MARROCOS” com banda sonora original de Gustavo Costa Galeria Epicentro, no Porto. 2001

LA CERÁMICA ...

THE CERAMICS…

La cerámica, la manipulación de argillas, el fuego, componen una herencia ancestral soldada al nacer del pensamiento en el ser humano. Ya se há dicho: “los pueblos que no conocieron la cerámica no tienen historia”. Al margen del uso industrial; todavía hoy, presenta, la cerámica, una atracción, un interés irrefrenable por parte de muchos individuos de diferentes culturas; desde la porcelana má exquisita a las grandes tinajas de barro; desde las técnicas más primitivas, a las más sofisticadas. Seguramente el control del fuego fue un primer signo de inteligencia y dominio sobre el resto de los seres vivos. A Sofia Beça le atrae el fuego, la manipulación de pastas, le oficio,y como persona inteligente y sensible, quiere sumergirse, penetrar en la cerámica com la pasión y tenacidad del neoconverso. El descubrir las posibilidades expresivas, latentes en esa transformación de la materia creando outra materia distinta y personal es emocionante siempre; si, además, com esse dominio, tratas de conformar un lenguaje para comunicar tus sentimientos a los demás, te va la vida en sea lucha y en ses dominio sobre unos materiales a los que intentas dar vida. Su tenacidad en el trabajo de taller, su curiosidada y gozo por conocer los “misterios” que rodean el oficio, el comportamiento de los materiales, la irán dotando de un lenguaje proprio que ya está latente en sus ultimas producciones. Conocedora del esfuerzo que esos “secretos” habrá que extraerlos por el camino de la experiencia, está preparada y dispuesta a enfrentarse com cualquier dificultad y superarla. Nace, com Sofia, una nueva esperanza en la gran familia de los ceramistas. Su aportación contribuirá, sin duda, a ampliar horizontes y alentar a los iniciados. Que es tarea de todos dejar una huella que sirva a los enamorados de la cerámica, de estimulo y confianza.

The ceramics, the manipulation of argillas, the fire, composes a welded ancestral inheritance when being born of the thought in the human being. Already há said: “the towns that did not know the ceramics do not have history”. To the margin of the industrial use; still today, it presents/displays, the ceramics, an attraction, a irrefrenable interest on the part of many individuals of different cultures; from great the exquisite porcelain má to tinajas of mud; from the most primitive techniques, to most sophisticated. Surely the fire control was a first sign of intelligence and dominion on the rest of the alive beings. Sofia Beça it attracts the fire to him, the paste manipulation, him office, and like intelligent and sensible person, it wants to submerge, to penetrate in the ceramics com the passion and tenacity of I neotalk. Discovering the expresivas, latent possibilities in that transformation of the matter creating outra different and personal matter is exciting always; if, in addition, com esse dominion, you try to conform a language to communicate your feelings to the others, the life goes in it is fight and in ses dominion on materials to which you try to give life. Their tenacity in the work of factory, its curiosidada and joy to know the “mysteries” that surround the office, the behavior of the materials, will be equipping it with a language proprio that already is latent in his you complete productions. Connoisseur of the effort that those “secrets” will be necessary to extract them by the way of the experience, is prepared and arranged to face com any difficulty and to surpass it. It is born, com Sofia, a new hope in the great family of the ceramists. Its contribution will contribute, without a doubt, to extend horizons and to encourage to the initiates. That it is task of all of leaving a track that serve the enamored ones with the ceramics, of I stimulate and confidence.

Arcadio Blasco Mutxamiel, Enero 2001

Arcadio Blasco Mutxamiel, January 2001


LUTAR PELO NOSSO CAMINHO Grês e engobes, técnica do bloco, cozedura a 1150ºC. 2012 160 x 80 x 20 cm


OÁSIS Grês, técnica mista, cozido a 1150ºC a gás, com redução. 2006. Medidas variadas


MEDIA


REVISTA “KERAMIEK” Nº 2 Abril 2008 Holanda



CATÁLOGO “DOMADORES DE FUEGO” Junho 2012 Espanha



REVISTA “LA REVUE DE LA CÉRAMIQUE ET DU VERRE” Nº 169 Novembro / Dezembro 2009 França


REVISTA “CRITICA DE ARTE” Nº 176 Janeiro 2003 Espanha


LIVRO “CONTEMPORARY CERAMICS” DE ENMANUEL COOPER Editora Thames & Hudson 2009 Inglaterra



REVISTA “MAS RURAL” Nº 13 Dezembro 2007 Espanha






REVISTA “BOMBART” Nº 5 Setembro / Outubro 2009 Portugal


CATÁLOGO “ 6º SALON DE LA CÉRAMIQUE D´ART CONTEMPORAINE Céramique 14 Paris Outubro 2009 França



REVISTA “CERAMICS ART AND PERCEPTION” Nº 80 Junho / Agosto 2010 Estados Unidos



CATÁLOGO “ 10 AÑOS DE CERÁMICACONTEMPORÁNEA” Museo Cerámica de Muel (Zaragoza) Abril 2011 Espanha



CATÁLOGO “ I ENCUENTRO INTERNACIONAL DE ARTE” Culla 2007 Espanha



CATÁLOGO “ ESCULTURA CERÂMICA HOJE: 5 AUTORES PORTUGUESES” Museu Amadeu Souza- Cardoso Janeiro de 2011 Portugal





CATÁLOGO “MAESTROS DE LA CERÁMICA Y SUS ESCULEAS – ARCADIO BLASCO” Museo Ceràmica Muel ( Zaragoza) Março 2012 Espanha





CATÁLOGO “CERCO CERÁMICA CONTEMPORÁNEA” 11º edição Maio 2011 Espanha


REVISTA “CASA CLÁUDIA” Setembro 2010.



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