Centro ciencia viva caderno

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ISCTE – IUL | Departamento de Arquitectura e Urbanismo Projecto de Arquitectura I Docentes: Arq. Pedro Mendes e Arq. Pedro Botelho Discente: Sofia Santos Gregório, 34170 Janeiro de 2013


Como ponto de partida era proposta uma alteração ao funcionamento da linha férrea que serve a cidade de Setúbal, entre o Pinhal Novo e a Marateca. Os comboios que servem o Sul do país deixariam de passar no centro da cidade, permitindo que o percurso entre a estação central e universidade seja feito exclusivamente de eléctrico. Este meio de transporte, mais lento que o comboio, permite uma travagem mais rápida, sem a necessidade de barreiras que protejam a linha. Assim, a relação da cidade com o rio, actualmente impedida devido ao desnível e às barreiras, passa a ser fluida, onde é possível atravessar sem dificuldades, e ao longo de toda a linha. Foi elaborada uma estratégia para a reconversão da área compreendida entre o Quebedo e o Parque da Bela Vista, e na frente urbana das Fontainhas foi realizado o projecto.

reestruturação ferroviária

estratégia de intervenção


Pinhal Novo

Poceirão

Marateca

Setúbal


Após a observação local, verificam-se alguns casos de edifícios em mau estado de conservação. Estes situam-se essencialmente junto à estrada da Graça, onde as antigas fábricas actualmente sem uso estão em ruínas, ou são utilizadas por intrusos, que transmitem insegurança ao local. A rodoviária é outro edifício que receberia uma nova localização, junto ao terminal férreo da Estação Central. Onde neste novo local seria feita a transição entre diferentes meios de transporte (comboio, eléctrico e autocarros). O actual apeadeiro do Quebedo, que cria uma separação visual muito forte entre os dois jardins antigamente unidos, seria demolido. A via que passa por baixo da linha do comboio passaria a ser nivelada com este (tal como acontecia antigamente). As estradas que dão acesso à Avenida Luísa Todi são também restruturadas, onde é destruída a actual ponte que passa sob o comboio que cria uma separação visual muito forte com o Cais e que possui espaços pouco agradáveis debaixo desta. Passam a existir duas vias, uma junto ao cais (mais larga, destinada ao transito pesado e mais rápido) e outra a substituir a actual rua das Fontainhas e Estrada da Graça (com apenas duas faixas, destinada ao acesso local). Estas vias são conectadas em grandes rotundas que dão acesso às principais vias para o centro da cidade.

demolidos | reestruturação viária estratégia de intervenção



Com a passagem de linha de comboio a eléctrico, surge a possibilidade deste poder realizar mais paragens ao longo da linha, servindo assim mais pontos da cidade. O actual apeadeiro do Quebedo seria demolido (como já referido anteriormente) dando lugar a outas duas paragens, uma localizada logo a norte deste e outra imediatamente a Sul do túnel. A seguinte seria em frente às antigas fábricas da Estrada da Graça, actualmente em ruínas, onde para esse espaço está pensado o meu projecto. Assim a facilidade de acesso a este lugar traria mais facilmente as pessoas, oferecendo uma maior segurança que a visível actualmente. Mais à frente, no final das Escarpas de São Nicolau existiria outro apeadeiro, junto a uma via pedonal (que abordarei mais à frente) que dá acesso ao Bairro da Bela Vista. Esta paragem possibilita a todos os habitantes desta zona alta da cidade um fácil deslocamento para o centro. A última paragem do eléctrico seria nas universidades, útil para todos os estudantes que queiram se deslocar para o cais, e que faria a ligação com o comboio que seguiria para a Marateca.

apeadeiros

estratégia de intervenção



Logo na estratégia definida em grupo surgiu a ideia de ligar o Parque da Bela Vista ao Cais, pelo atravessamento do grande declive que separa as diferentes cotas. Com esta nova possibilidade de ligação o rio e a cota superior (o Bairro da Bela Vista) estariam mais facilmente conectados, trazendo pessoas (e consequentemente segurança) aquele espaço. No desenvolvimento individual, onde este atravessamento foi desenhado pensando no desnível do terreno. Surge a possibilidade de ser apenas pedonal, estando ligado a todo um percurso desportivo que vem desde o cais. Este percurso surge já definido na estratégia POLIS ao longo de todo o cais, mas terminava no antigo edifício do Porto de Setúbal.

ligação parque da bela vista - cais estratégia de intervenção



Foi elaborada uma estratégia para a reconversão da área compreendida entre o Quebedo e o Parque da Bela Vista, em que na frente urbana das Fontainhas foi realizado o projecto. Este espaço, anteriormente fabril, encontra-se actualmente em ruínas. Assume uma área aproximada de 3500m2 onde apenas é desenvolvido um terço da área total, ficando o resto definido em volumetria, capaz de se adaptar a outros programas que num futuro ali pudessem vir a existir. É o espaço que faz a transição entre o cais e o Jardim Camilo Castelo Branco, que actualmente apresenta insegurança pela pouca visibilidade com a envolvente e pela falta de pessoas a frequentá-lo. Assim, toda a implantação pretende reforçar esta relação, permitindo passagens perpendiculares entre os espaços.

frente urbana das Fontainhas – escarpas de São Nicolau local de intervenção



frente urbana das Fontainhas – escarpas de São Nicolau local de intervenção



frente urbana das Fontainhas – escarpas de São Nicolau local de intervenção



frente urbana das Fontainhas – escarpas de São Nicolau local de intervenção



frente urbana das Fontainhas – escarpas de São Nicolau local de intervenção



frente urbana das Fontainhas – escarpas de São Nicolau local de intervenção



frente urbana das Fontainhas – escarpas de São Nicolau local de intervenção



Ligações pedonais Ligações visuais Todo o projecto se desenvolve em torno da ideia inicial que partiu da observação no local do Bairro das fontainhas, onde as habitações são caracterizadas pela sua verticalidade. São assim criadas bandas (tiras) de construção, que unindo o Jardim Camilo Castelo Branco à Estrada da Graça permitem resolver os problemas urbanos que essa frente actualmente representa, ao mesmo tempo que cria um género de parede que respira, que permite ventilações, vistas cruzadas tanto entre edifícios, como para o jardim e para o Rio, e passagens pedonais. Todo o jardim passa a ter uma relação de transparência em relação ao rio, ao mesmo tempo que possui uma barreira construtiva de separação, mantendo assim o seu carácter de resguardado, calmo, sossegado.

permeabilidades

local de intervenção



primeiras propostas

centro de ciĂŞncia viva



Alçado Fontainhas – Representação da ideia base

alçados | maquetas de estudo esc. 1/400 centro de ciência viva



maqueta de estudo | Esc. 1/200 centro de ciĂŞncia viva



Recepção (70m2) Biblioteca (70m2) Café (46m2) Áreas expositivas (70m2) Área administrativa (650m2) Como programa foi escolhido um Centro de Ciência Viva. Estes são caracterizados como “espaços interactivos de divulgação científica e tecnológica (…), funcionando como plataformas de desenvolvimento regional - científico, cultural e económico - através da dinamização dos actores regionais mais activos nestas áreas” (fonte: http://www.cienciaviva.pt/ centroscv/rede/). Este divide-se entre o Centro de Ciência Viva propriamente dito (com acesso pela recepção) e um espaço de acesso livre, exterior ao centro (a biblioteca e o café). Esta área de carácter mais público possui acesso pelo interior e pelo exterior. Mantém uma relação mais forte com a envolvente, possuindo um terraço onde se têm vista tanto para o cais como para o jardim. O Centro é constituído por grandes áreas expositivas que mantém uma forte relação visual e espacial entre si, como se todas as exposições fizessem parte duma maior. Existem vários espaços exteriores entre os grandes volumes que permitem um prolongamento das exposições para o exterior, ao mesmo tempo que permite uma ventilação cruzada. Estas áreas possuiriam uma vedação que permite a sua visão do exterior mas que só permite a passagem quando desejado pela administração. A administração possui o último piso do volume mais a Este.

organização programática

centro de ciência viva



O pátio central assume uma grande importância na implantação das volumetrias. Está integrado neste a chaminé existente no local, como memória das fábricas que outrora ali operavam. Este espaço central permite que as exposições se possam prolongar para o exterior. Estas podem estar encerradas ao exterior por uma grande que fecha o espaço mas que permite sempre a visualização, ou pode ser aberto em certas ocasiões, onde as exposições tenham acesso livre. Surge como um espaço de contemplação.

pátio central

centro de ciência viva



maqueta final | esc. 1/200

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maqueta final | esc. 1/200

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maqueta final | esc. 1/200

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