CORPOREIDADE NA EDUCAÇÃO

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O ensino e o desenvolvimento da corporeidade na educação infantil.


CORPOREIDADE NA EDUCAÇÃO Maria Solange Ferreira da Silva

Resumo. O presente artigo traz uma breve reflexão sobre corpo e movimento na educação infantil. Sabemos que criança aprende através do movimento, desde os primeiros dias de vida ela primeiro age para depois refletir sobre sua ação. É pela vivencia que ela amplia sua visão de mundo e não pela abstração. As experiências vivenciadas proporcionam uma nova concepção de mundo e uma melhor qualidade de vida. Desta forma acreditamos que o corpo e a mente trabalham juntos no processo de aprendizagem da criança. Palavras chave: corporeidade, movimento, educação. Introdução. Existem os diferentes métodos cooperativos de aprendizagem que vem sendo desenvolvidos por muitos pesquisadores. Tais métodos atuam de forma a envolver o trabalho com alunos, em pequenos grupos, garantindo que todos tenham oportunidade de participar de tarefas coletivas designadas. Na aprendizagem coorporativa o trabalho com alunos é feito com o uso de tarefas coletivas sem supervisão do professor, desta forma os alunos são livres para pesquisarem e debaterem provocando assim, um aprendizado mútuo. Alguns estudiosos considera a teoria da corporeidade a melhor para o desenvolvimento infantil por não ser vista como um empreendimento individual, já que valoriza o trabalho com os conflitos cognitivos dos alunos, através de tarefas promotoras de interações entre os mesmos, um melhor aprendizado, além de provocar a exposição de pensamentos dos discentes de sorte que estes enfrentam suas inibições, quando existem.


Quanto ao trabalho do professor, é preciso que se utilize de diferentes modelos de combinações, variadas de acordo com seus objetivos, e claras, de acordo com a faixa etária que se pretende trabalhar. Corporeidade e movimento. Segundo Marco Santoro o corpo tem sido negado nas instituições e escolas, não porque essas instituições não enxerguem o corpo como fazendo parte do processo educacional, mas porque o corpo é negado na sociedade. Isso porque o corpo precisou ser deixado de lado para supervalorizar a razão da ciência durante o renascimento e o iluminismo visto que era necessária a superação do período da idade media valorizando assim mais o teórico do que a prática. Ele ressalta que as repartições educacionais constroem o conhecimento com muito pouca participação corporal, fazendo do ambiente escolar um local de obediências filas e silêncio, o que desvaloriza e minimiza, não só o ensino, mas, a educação como um todo. A educação precisa acontecer de forma lúdica e criativa de sorte que o conhecimento nasça com a atuação, ou seja, o conhecimento deve ser construído não só com a cabeça, mas, com o corpo inteiro. Santoro enfatiza que a nossa educação é totalmente corporal, porque nós somos e refletimos ações corporais desde um simples pensamento até aos atos de correr, pular, dançar... Afirma que só começamos a ação de pensar tempos depois do nosso nascimento, por gestos, olhares e todas as emoções que fazem parte de nosso ser, o que nos leva a entender que não somos mecanizados, mas sim, seres pensantes e ativos que expressam através do corpo personalidade, cultura, desejos, emoções, história social e política social, considerando assim um erro a separação mente e corpo. Educação corporal. Para Walter Roberto Coelho o que justifica o que justifica uma educação corporal nas diferentes instâncias sociais é o fato de que o corpo é um fenômeno relevante, para ele mais do que ter um corpo, nós somos um corpo. A questão do corpo, ou ser corpo, é considerado por ele algo radical no mundo, visto que o relacionamento de cada um com a vida acontece a partir das condições do corpo.


A forma de pensar, sendo o pensar considerada uma atitude corporal, tem uma grande importância para o trabalho sobre e com o corpo já que as representações ideias, linguagem e a afala sobre o corpo que acontece na sociedade vem levantando discursões e polêmicas, pois, existe uma necessidade que o corpo apareça mais do que o ser corpo. Essa é a regra do consumismo. Falta orientação para o saber viver, faltam-nos valores que nos ajude a tomarmos um posicionamento crítico diante dos outros e dos fatos da vida. Falta o saber essencial para saber viver nessa sociedade, inserida em um mundo ou realidade de valores tão incertos e confusos. Precisamos vivenciar uma educação questionadora. É preciso estabelecer uma razão com a vida entendendo e ampliando a educação corporal, estudando a condição corpo. Para se ter um conhecimento de si é preciso conhecer e se a atualizar a realidade social em que se encontra. Explorar a noção de si e da realidade em que se insere o corpo a partir da utilização de diferentes linguagens é importante para entendermos os sentidos, significados e expressões do corpo, assim poderemos entender as diferenças e semelhanças, nossas e dos outros. A separação mente e corpo é importante para o estudo, mas, na prática não funciona por ser impossível de acontecer. Considerações. Pensar em educação infantil é pensar em educação corporal, porque na infância, o que realmente acontece é o corpo, e esse deve ser trabalhado através de jogos e brincadeiras corporais de acordo com o processo de evolução da criança. A sensibilidade e a percepção do professor devem está presente para que á criança seja permitido o expressar, o explorar diversos espaços, o brincar com brinquedos para que ela possa se desenvolver com e pelo o corpo a partir da descoberta do próprio corpo e da relação que este estabelece com o meio em que ele vive, seja com objetos, espaços e pessoas. Dessa forma o professor precisa ser consciente do seu papel de mediador, mas também de educador social, pois se trata de um profissional que deve ser flexível em sua atuação, de sorte que o plano de aula seja apenas um norte, ou seja, uma ferramenta que deve ser usada de acordo com as necessidades de cada turma, de


sorte que o professor avance se precisar ou recue em relação ao plano de aula, agindo de acordo com a necessidade do educando, valorizando o conhecimento que a criança traz de suas experiências. Bibliografias. OLIVEIRA, Edite Colares, CATUNDA, Ricardo. Corpo e movimento 1. Recreação jogos e brincadeiras. Fortaleza 2011. http://pepsic.bvsalud.org/scielo. https://www.youtube.com https://www.youtube.com www.centroreichiano.com.br



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