REVISTA
ANO 2015 | 1ª EDIÇÃO
Hospital Veterinário Pioneiro no cuidado de animais em Vitória da Conquista.
HOMEOPATIA Vantagens do uso dos produtos homeopáticos na Medicina Veterinária
ENTREVISTA NAILTON DE ARAÚJO
O homem que entende de cavalos
EQUOTERAPIA Mais que um tratamento, uma troca de afeto
CARTA AO LEITOR
A
EDITORIAL – S.O.S. ANIMAL – ANO 1 – Nº 1
luta em defesa dos direitos dos animais tem
Agora, com o lançamento da Revista S.O.S. Animal,
conquistado novos e importantes aliados nos
damos
mais
um
passo
que
consideramos
últimos anos. Nós, que estamos engajados nessa
importante nessa luta que só está começando, já
causa, percebemos que isso não aconteceu por
que muita coisa ainda tem que ser conquistada
acaso, mas foi o fruto de uma batalha árdua e
quando se trata de garantir o direito dos animais.
constante de conscientização.
Infelizmente, ainda temos em nossa sociedade, inúmeros casos de abandono e de maus tratos a
No mundo inteiro, grupos estão sendo formados
esses seres indefesos, que, por natureza, só
para
e
querem o nosso bem. Quem cuida do seu bichinho
importante. A mídia foi invadida, no bom sentido,
de estimação, já tem a plena consciência de que ele
por notícias que esclarecem sobre o tema, seja
sabe retribuir, com amizade e lealdade, todo o
para protestar, ou simplesmente para orientar o
carinho e amor que recebe.
defender
essa
bandeira
tão
nobre
público sobre esse universo, por tanto tempo desprezado, e que hoje exige um respeito cada vez
Esta revista que lançamos agora, além de
maior. maio
esclarecer detalhes importantes sobre o universo desses seres tão preciosos em nossas vidas, é
Foi justamente para reforçar essa filosofia, que
uma convocação para que você venha se juntar a
cultiva o respeito e o amor aos animais, que
essa grande rede de amor e proteção. Assim, quem
criamos o Projeto S.O.S. Animal. Inicialmente
sabe, em um futuro bem próximo, possamos banir
lançamos o primeiro programa de rádio da região
do nosso meio, a insensibilidade que ainda causa
sudoeste da Bahia, com uma temática voltada
tantos estragos. Junte-se a nós nessa corrente do
exclusivamente para o mundo pet. Em pouco
bem!
tempo ganhamos a confiança e a participação dos ouvintes, revelando-nos que havia uma demanda reprimida relacionada a esse tipo de ação. O nosso programa vai ao ar todas as segundas, na Rádio Clube FM de Vitória da Conquista – 95,9 – a partir das 17:00 h. Entrevistas com veterinários e protetores, notícias, denúncias de maus tratos, orientações sobre cuidados, tudo isso pode estar na nossa pauta. Paralelo ao programa de rádio, criamos uma coluna com o mesmo nome, S.O.S. Animal, no blog do Balanço do Dia (www.balancododia.com.br), que repercute, na internet, os assuntos abordados no rádio.
Dra. Hosana Oliveira
// EQUIPE SOS ANIMAL
Hosana Oliveira
Robson do Val
Edmundo Pereira
Jalene Braga
Júnior Lopes
Bruno Pires
Viviane do Val
Bruna Pires
Patrícia Oliveira
Cássio Nunes
Supervisora Técnica
Assessor Jurídico
Assessor Financeiro
Coordenadora Adm.
Editor
Colunista
Diretor de Criação
Coordenadora Adm.
Pluck Comunicação e Eventos CNPJ: 19.671.330/0001-37 Av. Otávio Santos, 207, 2º Andar, Sala 215 Centro Empresarial Maria Helena Caires Vitória da Conquista - Bahia Telefone: 71 9638-2250 E-mail: pluckcomunica@gmail.com pluc
A Revista SOS Animal não se responsabiliza pelas informações dos produtos constantes nos anúncios, assim sendo de exclusiva responsabilidade dos seus respectivos anunciantes. Proibida a reprodução total ou parcial deste material sem a prévia autorização da editora
Reportagem
Reportagem
Nailton de AraĂşjo O homem que entende os cavalos
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o a Carvalh a), Márci acelar (filh - empresários da B . C e an ar Ari acel stores Moura B e Marcos casal de pa Frio - e o Conquista e Nick olly belgas D
O jeito tranquilo de ser do
Pastor Belga No início eram quatro variações de uma raça de cães do norte da Europa, conhecida como pastor belga, ou pastor continental. Como todos os cães pastores, era um cão de fazenda, utilizado para deslocar o rebanho e no trabalho de guarda. Em 1983, eles foram apelidados de Groenendael, pelos donos de um canil que criava seletivamente os cães pretos. Desde então a raça ganhou alguma reputação como cão policial, principalmente nos Estados Unidos. Em Vitória da Conquista – Ba, o empresário Marcos Bacelar e a esposa dele, Márcia, decidiram adquirir o primeiro pastor belga, um macho que chamaram de Nick, há cerca de três anos: - Nós levamos em consideração, além da beleza da raça, a docilidade, que facilita o convívio social, principalmente com as crianças. Eles são animais pacíficos e acabam ajudando a conservar a paz no ambiente - revela Marcos.
Dois anos depois da chegada de Nick, que foi comprado em um Pet Shop, quando ainda era um filhote, o casal percebeu que ele se tornou um cão muito solitário, que precisava de uma companheira. - Achamos que uma fêmea seria a melhor opção, e tivemos a sorte de conseguir uma cadela adulta com um amigo – conta Marcos – Funcionou perfeitamente. Eles logo se harmonizaram e formaram um par perfeito.
Uma das características principais de todo cão pastor é gostar de espaço. Marcos e Márcia também não se descuidaram desse detalhe: - A gente cria no sítio, em uma área muito espaçosa, pra que eles possam ter uma qualidade de vida. Além de nos fazerem companhia, eles nos dão segurança e ajudam no nosso lazer – comenta satisfeito. O casal de empresários não vê o momento da família de pastores belgas ganhar novos integrantes. A expectativa é de que Nick e Dolly tenham muitos filhotes. Esse desejo, segundo Márcia, não vem somente da simpatia pela raça belga: - Eu tenho uma identificação muito grande com os animais, especialmente com o cachorro. Não dou muita importância à questão da raça; eu gosto de todos. O que eu tenho a dizer às pessoas em geral, é que elas tenham consciência de que os cães são criaturas inocentes, que nos pedem muito pouco em troca da lealdade e da amizade. Acho que isso é motivo de sobra pra que sejam sempre muito bem tratados.
Mercado Pet está em alta mesmo na crise
Por Júnior Lopes
O brasileiro é apaixonado pelos bichos de estimação. O Brasil é hoje o segundo maior mercado pet do mundo, com uma média de um animal de estimação, para cada dois habitantes, atrás apenas dos Estados Unidos, onde a proporção é de um animal por habitante. O setor está otimista e acredita que vai seguir crescendo, pois muitos brasileiros ainda alimentam o desejo de ter um animal. O mercado pet é um dos poucos que não está sentindo os efeitos da crise na economia. O crescimento do setor tem se mantido em um ritmo de 10% ao ano, e a aposta geral dos especialistas é de que vai continuar bastante aquecido. Os donos, muitas vezes, chegam a cortar gastos pessoais, para não prejudicar o conforto e o bem estar dos seus bichinhos de estimação. Com o orçamento quase
sempre garantido, aliado à força crescente desse mercado, os animais domésticos geram a movimentação de mais de R$ 15 bilhões por ano. Os serviços oferecidos são os mais diversos: centros de estética, hospitais veterinários, lojas etc. Sem falar em alguns serviços inusitados, que são até difíceis de imaginar, como o banho de ofurô para cães e gatos, para deixá-los menos estressados. O setor de alimentação é o que mais lucra. Esse mercado representa 67% do total do faturamento do setor. O Brasil se posiciona como segundo maior produtor de ração animal do mundo, com uma produção anual de quase 2,5 milhões de toneladas.
Júnior Lopes é Contador, consultor e colunista do programa balanço do dia, Graduado pela Faculdade Independente do Nordeste – Fainor, Sócio -diretor da Performance Contabilidade e Consultoria Empresarial.
Uns são dóceis, outros treinados para segurança, podem ser grandes, pequenos, exóticos, silenciosos ou barulhentos. O que se sabe é que os pets estão em alta no Brasil. Hoje eles já são mais de 106 milhões. Seja qual for o tipo, o importante é descobrir qual o que combina mais com você. Eles retribuem com amizade e companheirismo, atitudes que estão em falta no mercado.
Uma amizade sincera “Cohors” que significa guardião, protetor. Essas características, aliadas à beleza e à docilidade natural com os donos, motivaram o doutor Marcelo na escolha do cane corso: - Um simples passeio com os cães, que adoram atividade física, e o afeto que dedico a eles, que por sinal sabem retribuir muito bem, já me ajudam a relaxar a tensão do dia a dia – revela o médico, que ressalta o fato dos animais dessa raça necessitarem de espaço.
Dr. Marcelo Gama (Cirurgião Plástico) e Dra. Odete Paz Duarte (Gastroenterologista)
Durante a maior parte da semana o Dr Marcelo Gama, um dos mais respeitados cirurgiões plásticos de Vitória da Conquista, tem uma rotina puxada, onde divide boa parte do tempo disponível entre o consultório e o centro cirú rúrgico. Para aliviar um pouco a tensão dessa jonada intensa de trabalho, ele adotou uma estratégia que é compartilhada por milhões de pessoas no mundo inteiro, com resultados positivos comprovados: a convivência com os cães. A raça escolhida pelo doutor Marcelo, o cane corso, não é muito comum no Brasil. Originária da Itália, essa raça se destaca pela grande eficiência nas atividades de guarda e defesa. A raça foi desenvolvida na época do Império Romano, e o seu nome descende do latim
Ele conta ainda, que os cães, um macho e uma fêmea, carinhosamente batizados de Zadoc e Rhonda, passam uma sensação de muita segurança quando recebe visitas em casa: - Eles são muito inteligentes. Sabem distinguir perfeitamente um visitante de um invasor, guiados instintivamente pela reação do dono - explica. O doutor Marcelo afirma ainda, que mesmo sendo um cão de grande porte, o cane corso não dá muito trabalho: - No caso dos meus animais, o temperamento amistoso faz deles companhias tão agradáveis e confiáveis, que qualquer trabalho que possam dar, fica em segundo plano – avalia.
Embora esteja muito satisfeito em conviver com Zadoc e Rhonda, que são de uma raça pura e sofisticada, o doutor Marcelo afirma que adotaria tranquilamente um animal sem raça definida: - O importante nesse tipo de relação é a troca de afeto. Quem tem respeito e carinho verdadeiro pelos animais, vai se dar bem com qualquer raça.
Por Dr. Edmundo Pereira*
*Edmundo dos Santos Pereira - Bacharel em Direito pela Faculdade Regional de Alagoinhas/BA – UNIRB; Advogado do Escritório Cardoso & Pereira; Consultor Jurídico do Hospital e Clínica Veterinária – CLIV; Especialista em Gestão Pública pela Universidade Estadual da Bahia – UNEB; Pós Graduando em Direito Eleitoral pela Universidade Cândido Mendes – UCAMProminas; Aluno de DOUTORADO em Direito do Trabalho pela Facultad de Derecho da Universidad de Buenos Aires – UBA – Argentina; Apresenta o programa Mais Direito na Rádio Clube FM 95,9 toda quinta-feira, às 17:30h.
A “vivissecção” é o termo utilizado para definir a prática de experiências com animais vivos, ou seja, um procedimento cirúrgico, invasivo ou não, em que o animal é dissecado com o simples propósito de se estudar sua natureza anatômica e fisiológica. Este termo, pouquíssimo usado no vocabulário da população brasileira, nos remete a um tema bastante complexo, relacionado a uma prática lamentável. Partindo do pressuposto de que os animais são seres sencientes, ou seja, que têm a capacidade emo emocional para sentir dor, medo, prazer, alegria e estresse, além de terem memória e, até mesmo, saudades, é inconcebível, em pleno século XXI, aceitar que esta barbárie continue vitimando os animais. Essa técnica acontece com muita frequência em ensinos didáticos, no interior dos laboratórios de universidades públicas e privadas, em indústrias (farmacêuticas e cosméticas) e em institutos
de pesquisas, onde esses animais vivos, em especial os mamíferos, ficam à disposição para uma gama de experiências. Diversos países do primeiro mundo já extirparam o uso de animais em pesquisas didáticocientíficas. Isso já aconteceu nas escolas do Canadá, da Austrália, dos Estados Unidos e de vários países europeus, principalmente da Alemanha. Em termos jurídicos, o instituto da “vivissecção” permaneceu, em nosso país, por um longo período, sob a égide da Lei federal nº 6.638/79. Com o advento da Lei dos Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), onde o legislador inseriu um dispositivo específico sobre crueldade para com animais, sua prática passou a ser considerada delituosa, caso não sejam adotados os métodos substitutivos existentes. É o que disciplina o artigo 32, § 1o do ploma jurídico ambiental (Lei nº 9.605/98), que incrimina “quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos”, impondo, aos trans
gressores, pena de três meses a um ano de detenção, além de multa, sem prejuízo da respectiva sanção pecuniária administrativa. Selvageria e maus tratos não podem mais fazer parte de nossa cultura, muito menos com o nosso consentimento. Essas formas de tratamento estão em desacordo com as normas constitucionais e infraconstitucionais. Além disso, ferem os princípios básicos da moral, da ética e dos bons costumes da sociedade em que vivemos. Em nossa Constituição, o ponto de partida está no inciso VII do art. 225, que proíbe práticas cujos efeitos materiais sejam a sujeição dos animais à crueldade. As leis e as normas contra a barbaridade e os maus tratos aos animais, contidas em nosso ordenamento jurídico, devem ser praticadas e aceitas pela sociedade, para que sejam efetivamente eficazes. Não podemos deixar essa herança maldita para as gerações futuras. Somos todos responsáveis pela fiscalização e pelo combate a essas condutas maléficas. Esse papel cabe, principalmente, ao Ministério Público, no exercício de suas funções institucionais, que deve agir em defesa dos animais submetidos à vivissecção, seja promovendo Recomendações, firmando Termos de Ajustamento de Conduta ou propondo Ação Civil Pública, quando há descumprimento das leis.
A Liga dos Protetores é um grupo de proteção animal, que tem como missão prioritária, realizar ações de conscientização, para que os animais que vivem abandonados nas ruas sejam encaminhados à adoção. - Organizamos feiras de adoção no Shopping Conquista Sul uma vez ao mês e estamos sempre mobilizando as pessoas da comunidade para que adotem um animal de rua – revela Saulo Botelho, um dos coordenadores da Liga – Além de ajudar a resolver um problema de saúde pública, que é causado pela presença de animais sem cuidados nas ruas, ainda promovemos muitas histórias com finais felizes.
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d Feira de A
Geralmente a adoção muda para melhor a vida das pessoas, que acabam ganhando um novo amigo, leal, sincero e eternamente agradecido, que sabe retribuir muito bem o carinho que recebe – complementa Saulo. A professora de inglês, Cláudia Cristiane Bomfim, foi uma das
Leonice Sá, Presidente da AMA
voluntárias que abraçou essa causa e se juntou aos Protetores: - A prática de maus tratos contra animais vem crescendo a cada dia e isso me incomodada muito. Nós, protetores de animais, somos a voz desses seres que pedem socorro.
Temos conseguido diminuir um pouco o sofrimento de alguns deles, seja alimentando os que estão morrendo de fome, ou acionando a nossa rede de contatos para encaminhá-los a um lar feliz. – revela Cláudia. Cláudia considera que as pessoas que maltratam os animais, são aquelas que ainda não aprenderam a amar: - O bom é que elas não sabem amar, mas, com certeza, ainda podem aprender – comenta com otimismo. Gabriele Marisco, outra professora que também se juntou aos Protetores, revela que é preciso uma grande dose de doação pessoal para defender uma causa como essa: - Animais abandonados, passan-
do fome e frio, atropelados, sem amor e sem cuidado... Essa é a nossa realidade diária em Vitória da Conquista. Entramos na Liga porque o coração dói, porque desejamos ajudar. Muitas vezes saímos de casa, em plena madrugada, para socorrer um animal indefeso ou machucado, alimentando-o ou encaminhando-o aos cuidados de um veterinário. Não fazemos isso para sermos reconhecidos, muito menos elogiados ou aplaudidos. Fazemos isso para salvar vidas. Quanto às pessoas que maltratam os animais, ou que ainda são indiferentes a tudo isso, reflitam sobre suas atitudes. Sempre há tempo para nos tornamos pessoas melhores. Para continuar mantendo esse trabalho, de fundamental importância, a Liga dos Protetores necessita sempre da ajuda.
As doações de rações e remédios, por exemplo, são sempre muito bem vindas. Os interessados em dar qualquer apoio a essa causa, podem entrar em contato com o grupo através da fan page no Facebook: A Liga dos Proteto res. Você pode não ter percebido ainda, mas os animais de rua são responsabilidades de todos nós.
lho Saulo Bote r da Liga o d a n e d r o Co
Por Dra. Jalene Meira
Eu sou JALENE MEIRA BRAGA, médica veterinária há 11 anos, atuando em Vitória da Conquista, nas áreas de clínica, cirurgia, diagnóstico por imagem e laboratório. Há algum tempo comecei a introduzir as terapias holísticas no tratamento dos animais. Tal interesse surgiu após iniciar processos de busca pessoal, nos quais tenho encontrado caminhos para compreender o real sentido da vida, bem como tentado entender melhor a interação entre mente, corpo e espírito. Nasceu, assim, o interesse de encontrar tais caminhos também para os animais e seus donos, com as suas relações e desdobramentos. Entre todos os meus aprendizados, ter conhecido o Reiki e integrá-lo à minha vida, nos âmbitos pessoal e profissional, foi um das conquistas que mais me trouxe alegria. Reiki é um uma técnica curativa gentil e poderosa, onde as mãos canalizam a energia vital do universo (Rei) e irradiam essa vibração de harmonia, restabelecendo o equilíbrio da energia vital do paciente (Ki).
O Reiki também não apresenta efeitos colaterais ou contra indicações e pode ser aplicado juntamente com os tratamentos convencionais. Nos animais não existem barreiras para a entrada desta energia, a canalização é simples e direta, pois não existe ego ou julgamentos. Pode ser usado para tratar problemas de comportamento e também após cirurgias, ajudando no processo de cicatrização, promovendo uma melhora na qualidade de vida em animais idosos, e, em animais com doenças ter minais, ajuda a suavizar e dar mais conforto, aliviando a dor e facilitando a transição para a morte. Em animais saudáveis, ajuda a manter a saúde, melhora o relaxamento e promove uma sensação de calma e contentamento.
Todos os animais podem receber Reiki. Nos animais domésticos e mansos, o tratamento pode ser feito por imposição direta das mãos. Para os animais de grande porte, agressivos e para os animais silvestres, faz-se o Reiki à distância, de uma forma ou de outra o tratamento é igualmente eficaz.
*Jalene Meira Braga - Veterinária e Especialista na Clínica e na Cirurgia de Pequenos Animais.
A comerciante Zilda Correia Lopes, conhecida entre os amigos como Princesa, não teve filhos. Isso, no entanto, não significa que ela tenha uma vida solitária. As cadelinhas Lilica (dachshund - 12 anos) e Lolô (pug – 6 anos), são para ela parte da família: - Como eu não tenho filhos, crio essas fofinhas. Tenho o maior cuidado, o maior carinho, o maior amor; como se fossem filhas de verdade – declara, emocionada - Elas ficam sempre perto de mim. São super asseadas, escovam os dentes, tomam banho, fazem as unhas, são muito bem criadas. Quando eu chego é uma felicidade tão grande! Elas balançam o rabinho e ficam sorrindo. Lilica, mesmo, adora dançar (risos) – conta, enquanto recebe o carinho das cadelinhas. Zilda defende a tese de que todo mundo deveria ter um animal de estimação, principalmente as crianças, para aprenderem desde cedo a dar valor à amiza-
Zilda Correia e o sobrinho João Paulo com a cadelinha Lolô
Zilda e Lilica
de. Já para os idosos, pela questão da companhia nas horas solitárias. Ela acredita que as pessoas que desenvolveram a sensibilidade, são capazes de estabelecer uma comunicação intensa com os seus bichinhos: - Você sabe quando eles estão dando risada; quando estão felizes. Eles abrem a boquinha, balançam a cauda, porque estão sorrindo – comenta – Nos momentos de tristeza eles também são solidários. Quando a minha mãe morreu, aos 90 anos de idade, Lilica ficou 7 dias sem querer se alimentar.
Com lágrimas nos olhos, Zilda diz que fica com o coração partido, toda vez que se depara com um animal abandonado ou maltratado, e que lamenta muito não ter condições de levar pra casa todos que encontra nessa situa ção: - Uma pessoa que maltrata um cachorro é uma pessoa muito infeliz, porque quem é feliz só tem amor para dar. As minhas são uns bebês (risos), Eu amo, amo, amo loucamente! – declara Zilda, enquanto envolve as duas cadelinhas em um abraço coletivo.
Vitória da Conquista ainda não tem um Centro de Zoonoses A criação de um Centro de Zoonoses é uma antiga reivindicação dos Médicos Veterinários de Vitória da Conquista, representados pela ASMEVEC, que já fizeram diversas solicitações nesse sentido a vários órgãos públicos. Embora a causa tenha recebido o apoio do Ministério Público, que tem se empenhado muito, a prefeitura ainda não se posicionou de maneira efetiva a respeito da demanda. Somente em maio deste ano a Câmara Municipal realizou uma audiência pública para discutir a criação do serviço. A audiência foi uma iniciativa do vereador Sidney Oliveira (PRB), e reuniu os deputados Herzem Gusmão (estadual – PMDB), Sildevan Nóbrega (esta dual – PRB) e Tia Eron (federal – PRB), além de autoridades locais e ativistas. Dentre as tarefas do Centro de Zoonoses estão: o controle de populações de animais domésticos como cães e gatos, controle de populações dos chamados animais sinantrópicos, como morcegos, pombos, ratos, mosquitos, abelhas, entre outros. Além disso o Centro de Zoonoses tem o poder de promover inspeções zoosanitárias, vacinação antirrábica, castração, recolhimento de animais, controle da dengue, acompanhamento de acidentes por maus-tratos, moni toramento de zoonoses e educação para a população sobre as principais doenças e outros serviços.
Os Médicos Veterinários do município não entendem porque cidades menores do que Vitória da Conquista, como Itabuna, por exemplo, já têm um Centro de Zoonoses.
das pessoas. Sem um controle efetivo, algumas doenças dos animais podem ser transmitidas para os humanos, como é o caso da raiva, a mais perigosa de todas.
A ausência do serviço representa, não só uma deficiência na assistência aos animais, mas, sobretudo, um risco para a saúde
Enquanto o Centro de Zoonoses não é instalado, ações de fundamental importância, como é o caso da assistência aos animais de rua, se limitam às iniciativas
de voluntários, como os grupos de protetores dos animais e a AMA Associação Protetora dos Animais, que acabam ficando sobrecarregados por uma tarefa que deveria ser realizada pelo poder público. A boa vontade de grande parte das clínicas veterinárias da cidade, que muitas vezes prestam atendimento gratuito, também tem sido de grande importância para que a situação não esteja ainda mais complica da. A data para a instalação do Centro de Zoonoses não foi definida, mas os setores diretamente interessados, como a ASMEVEC – Associação dos Médicos Veterinários –, o Ministério Público, a e a Câmara Municipal, através do gabinete do vereador Sidney Oliveira, continuam mobilizados para acelerar o processo.
Pública Audiência Zoonoses e d o r t n e C
Sidney Oliveira
Um mandato em defesa da causa animal
DISK RAÇ
Com produtos de diversas especialidades, como todos os tipos de rações e acessórios pet, a MIAU, AU AU, ETC, E TAL continua firme no mercado. Sempre inovando pra que você tenha cada vez mais alegrias com o seu animal de estimação. Rua 10 de Novembro, 19, Alto Maron Vitória da Conquista - BA
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O proprietário, Antônio Carlos Sousa, por gostar muito de animais, abandonou a antiga profissão para se dedicar ao mundo pet.
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Há 15 anos no mercado pet, a MIAU, AU AU, ETC. E TAL, é uma das pioneiras nesse segmento em Vitória da Conquista.
: ÃO
Presidente da AMA desde 2007, Leonice de Araújo conta que a situação melhorou um pouco, depois que a prefeitura cedeu um terreno, onde foi possível ter mais espaço para os animais. É obrigação do poder público ter um serviço de controle de zoonoses e zelar pelo bem estar dos animais que vivem nas ruas. Mesmo sendo um município com mais de 300 mil habitantes, Vitória da Conquista, ao contrário de outras cidades menores, como Itabuna, ainda não conta com esse serviço tão importante. Percebendo essa lacuna existente na cidade, um grupo liderado pela médica veterinária Hosana Oliveira, resolveu criar uma instituição que, pelo menos, não deixasse os animais que vivem nas ruas entregues à própria sorte.
- Na época nós recebemos doações de vários voluntários e uma ajuda importante da Receita Federal, que nos doou mercadorias apreendidas para que vendêssemos e pudéssemos arrecadar o dinheiro suficiente para cons truir a nova sede – conta Leonice. O trabalho nunca para. Hoje a AMA dá abrigo a cerca de 300 animais, principalmente cães e gatos, e diariamente aparece gente na porta trazendo outros.
Foi assim que no dia 20 de dezembro de 2001 nasceu a AMA – Associação Amiga dos Animais. O começo não foi fácil. O patrimônio inicial da AMA se resumia a um terreno no bairro Candeias, doado por uma simpati zante da causa. A venda desse terreno permitiu a compra de uma pequena casa, onde a instituição funcionou nos seus primeiros anos, sempre com muitas dificuldades. Além da falta de espaço, a AMA depende exclusivamente das doações e do trabalho de voluntários.
As despesas são imensas, principalmente com ração e medicamentos, e a única fonte de receita continua sendo as doações. - Não estaríamos funcionando se não fosse a ajuda dos nossos voluntários. Nossa advogada, Dra Milene, Rizia, Rosângela, Marilza, Eduarda, José, Sheila, Euza e um grupo de veterinários da cidade, entre os quais: Dra Érica, Dra Mônica, Dra Adriana, Dra Hosana, Dra Jalene, Dra Carla e outros, que sempre nos dão apoio. Ao todo são cerca de 14 pessoas envolvidas diretamente no trabalho – revela Leonice. Como a demanda de atendimento só faz aumentar, e a AMA funciona 24 horas por dia, a ampliação da estrutura é uma necessidade urgente que ainda não foi atendida por causa da falta de recursos. - Precisamos construir um novo canil, um gatil, um centro cirúrgico, e não temos recursos pra isso. Hoje estamos sobrecarregados e nos falta o necessários para cuidar de tantos animais - desabafa a presidente da AMA.
Leonice Sá, Presidente da AMA
A instituição também realiza eventos para tentar estimular as doações e apela sempre nos meios de comunicação, para que mais pessoas se sensibilizem com a causa e apareçam para adotar os animais, uma maneira de abrir espaço para outros, que estão jogados pelas ruas da cidade sem amparo e sem carinho.
Por Nayrla Pereira
Não é de se espantar que o número de animais domésticos nas ruas se multiplica a cada dia nas cidades brasileiras. Como o período de gestação dos filhotes é rápido, é possível que um mesmo animal tenha duas ou três ninhadas por ano. Por conta disso, são necessárias medidas que evitem a reprodução e a consequente superpopulação desses animais sem abrigo. Como não existe em Vitória da Conquista um local específico para a castração desses animais, nós, do Achei seu Pet, encontramos nas redes sociais uma "solução" simples para amenizar o problema. Acreditamos que o número excessivo de animais de rua, seja complementado pelos que se perderam de seus tutores ou
foram abandonados pelos mesmos. Por isso, o Achei seu Pet se encarrega de tentar achar esses pets perdidos, com a ajuda dos participantes da página. O procedimento é simples: a pessoa que encontrou o animal nos informa onde ele está, as condições em que se encontra, e, se conseguir, nos envia uma foto do animal perdido. Depois disso, nós publicamos as informações, e, com a ajuda dos participantes da página, tentamos encontrar o seu tuto tutor. O contrário também ocorre, ou seja, quando o tutor decide divulgar o desaparecimento do seu animal, nós também ajudamos com a divulgação. O Achei seu Pet completa um ano em 2015. Nesse curto período, já conseguimos promover o encontro de muitos animais com os seus tutores.
Por mais que pareça uma contribuição pequena e singela, acreditamos que são as pequenas mudanças de atitude que fazem a diferença. Então, se você não ajuda por achar que faria pouco, pense melhor e faça. Neste momento, existem por aí milhares de animais precisando de nós. Qualquer coisa, por mínima que seja, pode ser só uma tigela com água ou um carinho, já fará esse animal se sentir melhor e mais feliz.
Fernando Ralf, Nayrla Silva e a cadelinha Nina
Depressão em cães
Por Hosana Oliveira
Hosana Maria de Oliveira, graduada em Medicina Veterinária pela UFBA; Pos graduada em Clínica e Cirurgia de Pequenos animais pela Quallitas; Trabalho publicado sobre Síndrome do Granuloma lepróide; Diretora geral da Cliv - Hospital Veterinário; Comanda o programa SOS Animal na Rádio Clube FM.
Até pouco tempo atrás, a depressão em Cães era considerada um mito. Hoje se sabe que os cães tem depressão sim, e só um dono muito atento para observar os primeiros sinais. Importante detectar quais esses sintomas para socorrer seu pet: • A socialização é o que mais chama atenção. Aquele cãozinho animado, brincalhão e que já não se importa em interagir é um forte candidato a diagnóstico de depressão. • Recusar caminhadas com o dono, ver a coleira e não reagir para querer sair.
• Ficar alheio ao alimento ou se alimentar muito pouco. • Jogar um brinquedinho que anteriormente o cãozinho pegava e ele não querer mais brincar. • O olhar é muito esclarecedor. Animal com depressão mantém um olhar triste e as vezes desconfiado. • O rabinho abanando pouco e muitas vezes em movimento lento. • Latir mais do que o costumeiro ou, ao contrário passar a não latir. • Defecar ou urinar em ambientes onde rotineiramente não fazia. • Começar a estragar objetos, roer madeiras ou similares. • Apresentar-se arredio a carinhos do dono. • Sonolência em excesso.
Vale salientar que muitas doenças de cães podem levá-los a apresentar os sintomas acima citados. O importante é excluir outros quadros, que vão desde uma simples dor a uma doença óssea degenerativa, até mudan ças de ambiente, perdas de pessoas ou de outro animal, chegada de um ente novo ou ainda, o excesso de frio ou calor. São vários os tratamentos para recuperar a alegria do seu cãozinho. A medicina veterinária apresenta alternativas promissoras e eficazes através de antidepressivos, homeopatia, florais, acupuntura etc. O segredo do bem-estar do seu pet é ter um dono atento, cuidadoso com o espaço em que ele vive, com a higiene, a alimentação, a saúde e, sobretudo, com muito amor!
Desenvolvido a partir dos antigos tipos Bull e Terrier, o American Pitbull Terrier foi criado originalmente como um cão faz tudo de fazenda, trabalhando como guardador de bois e porcos. Algumas pessoas, no entanto, aca baram direcionando seus talentos para os esportes de luta. A tenacidade dessa raça e a força que a acompanha, são incomparáveis no mundo canino. Por conta da participação nas lutas, o Pitbull acabou adquirindo uma fama ruim entre algumas pessoas, já tendo inclusive quem che gasse a defender a extinção da raça por considerá-la muito violenta. O jovem criador de Vitória da Conquista –Ba, Carmito Neto, tem uma opinião bem diferente sobre essa questão: - Vi na internet e fiquei encantado pela força e pela beleza do American Pitbull Terrier. Acabei adquirindo o Bruce em um canil de Montes Claros – MG. Carmito conta que Bruce foi criado com carinho e atenção, e que acabou se tornando uma excelente companhia para todos da família: - É um ótimo cão de guarda e de companhia - relata - Sua aparência espanta um pouco as pessoas, mas só vi demonstrar sinais de agressividade quando outro cão chega perto; o que eu acho
Carmito e o seu Pitbull Bruce
que faz parte do instinto natural de proteção ao dono, que está presente em quase todas as outras raças – argumenta Carmito. A avaliação de Carmito sobre o comportamento do Pitbull é compartilhada por vários outros criadores, que consideram que é a atitude do dono em relação ao cão, que vai definir se ele será agressivo ou não. - Não acho que ele seja agressivo por natureza – contesta Carmito – Pelo menos o Bruce nunca demonstrou nem um sinal nesse sentido. Filho do veterinário Ariosvaldo Rocha, o jovem é apaixonado por animais desde criança. Na fazen-
da da família no município de Macarani - Ba, são criados desde bichos pequenos, como coelhos, até cavalos. Montar, aliás, é outra paixão de Carmito, que aos 12 anos de idade ganhou o primeiro concurso de montaria, mas atualmente só monta por hobb hobby. A mãe de Carmito, Fabrícia, diz que o filho adora passear na rua com Bruce: - Ele é um cachorro muito forte e bonito, que chama atenção por onde passa. Muita gente pede para tirar uma foto com Bruce (risos). Sem dúvida ele é um cão que impõe respeito, mas daí a afirmar que ele é um animal agressivo, eu acho que é falta de informação.
Quando o Dr. Cláudio Daltro, Juiz da Vara de Família de Vitória da Conquista-Ba, chega em casa à noite, depois de um dia estressante de trabalho, encontra o ambiente ideal para recuperar as energias: - Desde que o meu filho Felipe (4 anos) me convenceu de que deveríamos ter um cachorro, a vida aqui em casa, que sempre foi agradável e cheia de harmonia, ficou ainda melhor revela o Dr. Cláudio. O cãozinho ao qual se refere é Bilú, um pug de 6 meses de idade. Segundo ele, foi um caso de amor à primeira vista: - Bilú se dá bem com a família inteira. Comigo, com a minha esposa, com a minha enteada e até com as pessoas que nos visitam. Ele tem um temperamento ótimo; inspira tranqüilidade – comenta. Ele conta ainda, que essa boa relação com os cães é uma herança familiar: - Meu tio e meu pai eram criadores de diversas raças e fizeram parte do Kennel Club da Bahia. Herdei essa paixão pelos cães e estou feliz com a oportunidade que meu filho Felipe me deu de voltar a conviver com eles.
Felipe e o cachorrinho Bilú
Quando fala sobre os motivos que o levaram a escolha da raça pug, Dr. Cláudio é somente elogios: - Sempre gostei de cães exóticos Cheguei a pensar em um buldogue francês, mas acabei optando pelo pug. Estamos plenamente satisfeitos. Além de ser um companheiro extremamente leal e dedicado. A convivência com Bilú funciona como uma verdadeira terapia, em meio a essa vida agitada que quase todos nós levamos hoje em dia.
Lorena e o cachorrinho Bilú Dr. Cláudio engrossa o coro dos que ficam revoltados com os casos de maus tratos aos animais divulgados com freqüência na imprensa. Avalia, no entanto, com uma boa dose de otimismo, que a sociedade está mudando pra melhor nesse quesito, com um número cada vez maior de pessoas se posicionando em defesa dos direitos dos animais.
Robson do Val
O exemplo está sendo seguido. A filha dela, Anna Beatriz pensa do mesmo jeito: - Herdei esse amor pelos gatos e pelos cachorros também. Prova disso é que a minha primeira palavra foi o nome do meu gato siamês “Unga”, já que não conseguia falar Pilunga (risos).
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Até que tenhas amado um animal, uma parte de tua alma estará adormecida.
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xonada por animais. Em minha casa sempre tivemos muitos bichos, como coelhos, cães, e, é claro, gatos. - revela Dra. Sara
Sobre a crença de algumas pessoas de que os gatos não nutrem sentimentos pelos donos, Anna Beatriz discorda: A Promotora de Justiça Sara Guanaes é apaixonada por animais, tendo em sua casa uma cadelinha da raça Yorkshire, de nome Kitty, e seis gatos: Charlotte (da raça American Courl), Théo (siamês), Mingau (angorá), Nino, Lilica e Lelo (os três últimos sem raça definida).
-Quando chega um filhote em casa e você acompanha o crescimento dele, vê logo que não é assim; os gatos sabem retribuir muito bem o afeto e carinho que recebem. O jeito que eles olham, brincam e miam, muda quando eles interagem com o dono.
- Eu acho muito saudável essa convivência com os bichos de estimação. Eles são muito companheiros, amigos, dóceis e leais. Não nos cobram nada. Desenvolvi esse amor desde criança porque a minha família é apai-
Essa paixão pelos animais está espalhada por toda a casa. Segundo a Dra. Sara, até quando está trabalhando no computador, tem a cadelinha Kitty aos seus pés, e sempre um dos gatos dentro de uma gaveta aberta, e outro deitado ao seu lado.
Dra. Sara acha que a adoção de animais deve ser incentivada, pois os animais são seres com sentimentos, que necessitam amar e ser amados. E adotar um bichinho abandonado, sem raça, só demonstra o valor de quem adota. Lealdade e companheiris companheirismo são as palavras que descrevem um animal de estimação.
Paulinha e Duda A princesinha e a vira-lata
Essa é uma história com final feliz, de uma cadelinha vira-lata que foi abandonada nas ruas de Belo Horizonte-MG e acabou ganhando um lar feliz em Vitória da Conquista-Ba. Hoje, depois de um início de vida bem sofrido, a cadelinha Duda leva uma vida segura e confortável junto com a dona, Paulinha (7 anos). O encontro das duas pode muito bem ser atribuído à força do destino. Até 3 anos atrás, Duda era mais um dos milhares de cães abandonados nas ruas da capital mineira. O pai de Paulinha, o advogado Pedro Pinheiro, conta como foi o início dessa história: - Ela chegou a ser encaminhada a um pet shop e foi adotada por 3 vezes. Em todas elas, foi abandonada nas ruas novamente – revela o advogado. A família desconfia que Duda era abandonada assim que os novos donos descobriam que ela não tinha uma raça definida; uma prova de que o preconceito racial para com os animais, infelizmente, também é uma realidade em nosso meio. Na terceira vez que foi colocada no pet shop para adoção, a história de Duda começou a se encaminhar para o final feliz. A madrinha de Paulinha, que mora em Belo Horizonte, resolveu ficar com ela para dar de presente à afilhada.
Paulinha, Dr. Pedro,
delinha Duda
Luciana, Sara e a ca
A cadelinha foi enviada para Vitória da Conquista como presente de aniversário para Paulinha. De lá para cá, o laço de amizade entre Paulinha e Duda só tem se fortalecido. A garotinha afirma que não trocaria a cadelinha de estimação por nenhum brinquedo do mundo, por mais interes-
sante que fosse. Até os pais de Paulinha, que no início eram um pouco resistentes à idéia da adoção, por morarem em um apartamento, já mudaram de opinião: - Se um dia nos mudarmos para uma casa, com certeza vamos querer pelo menos mais dois animais de estimação – afirmam. E assim, Paulinha, Duda e a família toda, vivem felizes para sempre!
Quando Dona Irene Blanes começou a resgatar animais abandonados, há mais de 40 anos, preferia os gatos. Acreditava ser mais fácil atraí-los com alimentos do que os cães. Hoje ela já não faz mais distinção entre cães e gatos, embora atenda prioritariamente os animais feridos, os que foram atropelados, e aqueles que ela percebe que estão perdidos. Apesar deste amor incondicional, longa jornada de proteção aos animais lhe trouxe algumas lições importantes. Uma delas é cercar-se de todos os cuidados em relação às possíveis doenças que os animais possam transmitir, principalmente a raiva. Quando ainda morava em Salvador, Dona Irene chegou a adquirir uma casa grande para albergar os animais que recolhia nas ruas da capital, já que não conseguia fazer com que todos fossem adotados. Nessa época, ela realizava a triagem dos animais em melhores condições e encaminhava para adoção. Já os que se encontravam em situação de risco, eram levados às clínicas veterinárias. Quando se mudou para Curitiba conquistou logo o apoio das crianças do bairro onde morava: - Essas crianças formaram o que nós batizamos de Clube das Pulgas, uma verdadeira confraria, que escondia nas casas dos
ra Isado RD :S Raça
Bolota Raça: S RD
seus integrantes os animais de rua para dar carinho e cuidado – conta Dona Irene - Quando os bichinhos eram descobertos pelos pais das crianças, que muitas vezes não concordavam em abrigá-los em casa, a bronca sempre ficava pra mim – lembra, entre saudosa e divertida. Hoje, morando em Vitoria da Conquista - Ba, ela continua desenvolvendo esse trabalho maravilhoso. Tem em sua casa a cadelinha Mille, fruto de uma adoção dos tempos de Curitiba, além de outros dois cães, Isadora e Bolota (que perdeu uma das patas dianteiras), e do gato Djalma. Eles têm o privilégio de receber todo o carinho, amor e proteção que esse coração generoso tem pra dar
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tudo bem com a saúde dela, mesmo os mais caros e sofisticados. Como já é uma cadela idosa, hoje passeia mais no jardim do que na rua, mas quando completou 15 anos fizemos uma grande festa de comemoração durante a Cãominhada na Av. Olívia Flores (risos) – revela Rose.
Só uma grande dose de amor e de carinho pode explicar o fato de uma cadelinha da raça yorkshire terrier, viver até os 17 anos com a saúde tão preservada. Patrícia, ou Cinha, como é carinhosamente chamada, ainda brinca alegre no gramado, mesmo com uma idade tão avançada. - O único problema que nós percebemos nela é uma limitação na visão, que não impede que ela seja uma cadelinha feliz – revela Rose Gigante, que trouxe Cinha pra casa quando ela era apenas um filhotinho, com 2 meses de idade. A vinda da cadelinha para a família Gigante está associada a uma história ao mesmo tempo difícil e emocionante. Ela foi um presente de Rose e do seu esposo, Adauto Gigante, para a filha do casal, Bárbara Gigante.
direito e com a data do casamento marcada, Bárbara teve a vida precocemente interrompida por um mal súbito, deixando os pais, o irmão Tiago, e a cadelinha Patrícia, inconsoláveis. - Eu percebia a tristeza nos olhos de Cinha - revela Rose, sem conseguir conter a emoção da lembrança - A presença dela, de alguma maneira, me ajudou a seguir em frente. Nossa família não questiona a soberania de Deus, que é maior que nossos planos ou nossa vontade. A partir daí todos na casa passaram a dar um tratamento mais do que especial à cadelinha, que tem uma vida de princesa: - Não poupamos esforços para que ela fique bem. Providenciamos a realização de exames periódicos, para verificar se está
- As duas cresceram juntas e formaram um laço de amizade muito intenso – conta Rose. Um acontecimento muito triste para a família acabou interferindo nessa amizade tão bonita. Aos 25 anos de idade, formada em
Rose Gigante e a sua cadelinha Patrícia (Raça: Yorkshire)
Rose conta ainda que Cinha é tão bem tratada, que recebe até comida na cama, e que tem uma particularidade que chama a atenção de todos que visitam a casa: - Ela estende a patinha pra gente como se estivesse pedindo a benção. Eu não tenho dúvidas de que esse amor tão grande que ela recebe de toda a família, foi o que fez com que ela chegasse a essa idade avançada tão saudável e feliz. Ela é uma prova de que o amor sincero ajuda a ultrapassar qualquer barreira, até aquelas mais difíceis da gente superar na vida.
Dr. Anselmo Lopes de Araújo (ortopedista) e Ana Paula de Oliveira (professora) queriam um cão que fosse pequeno e de temperamento dócil. Depois de uma pesquisa sobre os cães que reúnem essas características, acabaram escolhendo o Lulu da Pomerânia.
O Lulu da Pomerânia possui entre seus antepassados os resistentes puxadores de trenó. Não se sabe exatamente quando ele começou a ser gerado em tamanho pequeno. O local também é incerto, embora a Alemanha seja o lugar mais provável. O seu ancestral é o Spitz Alemão.
- Optamos por adquirir um casal com pedigree. Temos a intenção de que eles reproduzam, para que possamos difundir essa raça aqui em Vitória da Conquista – declara Dr. Anselmo.
O Spitz Alemão é uma raça que possui três variedades de tamanho: o gigante, o standard e o miniatura. Ana Paula conta que depois que os cães vieram morar
com eles, até o comportamento do filho adolescente do casal, Kid, mudou para melhor: - Percebo que Kid está mais responsável depois que passou a cuidar dos cachorros. Não reclama nem na hora de levar pra passear. Até as próprias tarefas domésticas e escolares ele está fazendo com boa vontade. Cuidar de um ser que a gente ama é uma grande lição de vida.
Ana Paula, Kid e Dr. Anselmo com os cãezinhos Princesa e Mike
Rua Salvador, 86 – Térreo Vivendas Costa Azul CEP 45820-650 Eunápolis – Bahia Telfax: 073-3261-3939
Luna passou por uma consulta com um veterinário e, logo depois, já estava viajando conosco.
O protético Alexandre Lucas melhorou de uma depressão que não tinha causa aparente, no dia em que Bóris, um siamês que ganhou de presente da vizinha da sogra, veio morar com ele. A iniciativa foi da sua esposa, a médica Luciana Lucas, que percebeu que Alexandre sempre se dava muito bem com os felinos e vice-versa.
- Ela veio quietinha, super bem comportada, como quem está voltando tranquilamente pra casa – brinca Alexandre.
- Três gatos que viviam soltos no prédio onde a minha mãe morava eram alimentados pelos moradores. Toda vez que Alexandre chegava, eles faziam a maior festa – conta a Dra. Luciana.
Dra. Luciana Lucas (Dermatologista) e o gatinho Bóris
Uma das histórias mais comoventes é a de Luna, uma gatinha vira-lata que eles encontraram nas ruas, durante uma viagem a Brasília.
Um ano depois, pra fazer companhia a Bóris, que já demonstrava sinais de tristeza, eles providenciaram a gatinha Cléo, também da raça siamês. Da união do casal vieram duas ninhadas: a primeira gerou cinco gatinhos; na segunda foram sete. A maioria foi adotada pela própria família ou por amigos, sendo que três filhotes da primeira ninhada continuaram com eles, elevando para cinco, o número de gatos em casa.
- Ela me acompanhava quando eu saia pra caminhar– narra Dra. Luciana – Conversei com Alexandre e ele, que também se apaixonou por ela à primeira vista, concordou que deveríamos trazê-la pra casa.
Dr. Alexandre Lucas (Protético) e a gatinha Luna
Hoje já são oito gatos em casa. Bóris, o primeiro de todos, já está com 15 anos. A notícia triste foi a morte da companheira dele, Cléo, que teve câncer de mama. Nesse período nasceu o filho do casal, João Gabriel, que já está com quase 14 anos e herdou dos pais o amor pelos gatos. - Os gatos são limpos, silenciosos e carinhosos. Fazem questão de estar sempre por perto quando estamos em casa – comenta Alexandre - vivem enroscados em nossos pés. - Eles são tão cativantes, com esse jeito dengoso de se aproximar da gente, que até pessoas da família que tinham resistência a gatos, como os meus pais, por exemplo, hoje se renderam e são loucos por eles – revela Dra. Luciana. Gabizinha
Marie e Ucha
Bibi
Zezé
Nino
João Gabriel e Dra. Luciana
Soldados do bem a serviço da causa animal O Corpo de Bombeiros de Vitória da Conquista é uma das instituições que ajudam no cuidado e na proteção dos animais, especialmente nas situações de emergência. Eles são acionados para resolver os mais diversos proble mas, que vão desde um cão bravo solto na rua, ou um gato que subiu em uma árvore e não acertou descer, até a captura de uma cobra que invadiu a casa de alguém. O Tenente Coronel Moreno, é quem comanda as operações dos bombeiros no município: - Nosso trabalho poderia ser bem mais fácil se tivéssemos um Centro de Zoonoses na cidade. Na maioria das vezes, quando recolhemos um animal na rua, temos que contar com a colaboração das entidades protetoras ou das clínicas veterinárias para encaminhá-los à adoção, já que não temos um local adequado para deixá-los.
CUIDE DOS ANIMAIS
Um toque feminino ajuda a colocar uma dose maior de cuidado no trabalho de resgate dos bombeiros. A cabo Adriana é a integrante da corporação responsável pelo relacionamento com a comunidade, quando o assunto arranjar um novo lar para os animais resgatados. Adriana diz, que o fato de ser apaixonada pelo que faz, facilita muito o trabalho, mas se queixa de que ainda falta conscientização em relação a esse problema tão importante:
Tenente Coronel Moreno
Cabo PM Adriana
Mensagem
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A poa que maltrata um animal não sabe que é um “ignorante”, e também um “covarde”. Um animal, além de ser inocente não tem como se defender.
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Claudionor Feaz Meira
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JC D´almeida - 77 8808-0855
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os, sou n a 2 1 o h ndre, ten a x e l ! Tenho A s i s a o l m r i a n a C eé dos Meu nom 7• ano e amante ro char o h c a c m do nheiro, u a p estudante m aos seis o i c e e h n l e a i g f e qu go, como Ami , da raça Beagle, ma ime r t x e e d é go o mado Pin e, no Natal. Ping ra mim e para ad e pa anos de id otivo de felicidad rte da fa a p s o m m a e r onosco c portância a casa. O conside á t s e e minh sas festas iria que é s o n e todos da d a e particip nhoso e dócil; eu d rer na l E . a i l í m É cari ar e cor e . s o s d a o t p o a p r o tem ; ado o, pois r o i d e n r i r l e u e g o gos te e muito den demonstra ser for ceis que superou ingo entos difí omo se fosse m o praça! P m s n u por alg , ele é c já passou e amor. Para mim ores alegrias que ho mai com carin m filho, uma das so que, n e p s i o p le, ,u um irmão a! Eu não bato ne e temos o direito id qu tenho na v s, seres humanos, e certa forma é o nó isso d e e d o p assim com m o com os t ambé i t u e l m e s , o r m a de err e aprende u q o t s o p bom, erros! de Ass: Xan