TFG - Espaço de Apoio para Pessoas com Deficiência de Espírito Santo do Pinhal

Page 1

ESPAÇO DE APOIO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA DE ESPIRÍTO SANTO DO PINHAL



CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO DE ENSINO OCTÁVIO BASTOS

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO Edlaine Regina Martins

ESPAÇO DE APOIO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA DE ESPIRÍTO SANTO DO PINHAL

São João da Boa Vista - SP 2019


UNIFEOB CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO DE ENSINO OCTÁVIO BASTOS

GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO Edlaine Regina Martins

ESPAÇO DE APOIO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA DE ESPIRÍTO SANTO DO PINHAL

Monografia apresentada como exigência parcial para obtenção do grau de Bacharel no curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos, sob a orientação da Profª. Msc. Luciana Valin Gonçalves Dias.

São João da Boa Vista – SP 2019


Edlaine Regina Martins

Data de Aprovação: ____/____/2019

Orientador (a): Profª. Msc. Luciana Valin Gonçalves Dias Nome: ___________________________________________________________ Instituição: Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos

1ºExaminador(a): ___________________________________________________________ Nome:____________________________________________________________ Instituição: Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos

2ºExaminador(a): ___________________________________________________________ Nome:____________________________________________________________ Instituição: Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos

São João da Boa Vista - SP 2019


DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos meus pais Célia Regina Cipriano Martins e José Roberto Martins (in memoriam) que sempre foram meu maior orgulho, inspiração e incentivo, meus maiores exemplos de coerência, luta e dedicação. Ao meu namorado Matheus Henrique Gonçalves que sempre acreditou em mim e esteve todo tempo ao meu lado me ajudando na realização deste sonho. Aos meus amigos, em especial aos que passaram pela minha vida ao longo desta jornada Thales Santos, Maria Júlia, Heloisa Amaral e Erica Marques e aos demais colegas obrigado por serem sempre parceiros, nas correrias e desesperos nas entregas de trabalhos. Obrigado pelo afeto e carinho que tiveram comigo.


AGRADECIMENTO Agradeço a Deus à cima de tudo, por ter me dado forças para seguir em frente e poder estar realizando um grande sonho, pois sem ele eu não teria chegado tão longe, vencendo os obstáculos e desesperos. A minha Família pelo apoio e amor incondicional, em especial a minha mãe por ter feito meu sonho se tornar realidade, por sempre acreditar em mim, me apoiando em qualquer decisão, pelas inúmeras vezes em que pensei em desistir, ela me levantou e sempre me proporcionou o que há de melhor. Ao meu falecido pai, que sempre foi meu maior orgulho e inspiração, mesmo em dias de dor que enfrentamos juntos, sempre me proporcionou muitos momentos mágicos e um amor incondicional. Ao meu namorado Matheus que sempre esteve comigo, em todos os momentos com muito carinho e paciência, me incentivando a ir cada vez mais longe e dando o melhor de mim. Aos meus Orientadores Prof. José Edel Damasceno Junior e a Profª. Msc. Luciana Valin Gonçalves Dias, por terem compartilhado de suas sabedorias, pelas assessoria e dicas, sempre enriquecendo meus conhecimentos e informações que foram indispensáveis para a conclusão deste trabalho e em minha formação. A todo o corpo docente do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unifeob, pela dedicação e trabalho nesses cinco anos, por se esforçarem ao máximo para proporcionar aos seus alunos o melhor curso de graduação. E aos meus amigos, obrigado por serem tão especiais e por terem feito parte do meu maior sonho.



UM MUNDO PARA TODO MUNDO “As instituições nasceram para promover o respeito à diversidade, e defender os direitos de quem pensa, age, sente e sonha de um jeito muito especial”. Essa história conta com pessoas determinadas a construir um mundo mais inclusivo, capaz de oferecer oportunidades para quem tem necessidades e talentos únicos, um mundo para todo mundo. Onde todos sem exceção podem ser indivíduos, cidadãos, profissionais e agentes de transformação, desconstruindo velhos conceitos e quebrando tabus, só assim teremos a chance de viver em uma sociedade mais consciente, mais justa e mais humana . (APAE BRASIL).


RESUMO

O presente trabalho refere - se à temática sobre as pessoas com deficiência no município de Espírito Santo do Pinhal e também no cenário nacional. O tema discorrerá sobre o panorama da inclusão social das pessoas com deficiência nos dias atuais e ao longo da história na sociedade e também as diversas instituições em especial a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) que tem como papel fundamental acolher e apoiar as pessoas com deficiências e suas famílias. Essa proposta surgiu devido a uma necessidade real no qual o município de Pinhal enfrenta nos dias atuais, sendo assim esse projeto trará uma arquitetura mais humana e inclusiva, a fim de possibilitar a elaboração de um projeto arquitetônico para um Espaço de Apoio para pessoas com deficiência no município de Espírito Santo do Pinhal, promovendo a integração social através da arquitetura e promovendo tudo o necessário em todas as áreas para que com isso os usuários se sintam mais que acolhidos, projetando espaços e ambientes que garantem conforto e bem estar e que a arquitetura faça parte do processo educacional, de recuperação e reabilitação dos mesmos. Esse estudo buscará trazer propostas e soluções estratégicas e um melhor entendimento prático e dinâmico sobre o tema, como base de estudo, trarei as analises bibliográficas, referenciais teóricos e estudos de caso como principais fatores para uma maior abrangência dentro do campo da Arquitetura e do Urbanismo para alcançar o objetivo principal desse Projeto.

Palavras Chave: Pessoas com Deficiência, Inclusão Social, Acolhimento.


ABSTRACT

This study project refers to the theme about the people with disabilities in the municipality of Espirito Santo do Pinhal and also in the national scenario. The theme will discuss the panorama of social inclusion of people with disabilities in the present day and throughout history in society and also the various institutions in particular the APAE (Association of Parents and Friends of the Exceptional) which has as its fundamental role to welcome and support the people with disabilities and their families. This proposal arose due to a real need that the municipality of Pinhal faces today, so this project will bring a more humane and inclusive architecture, in order to enable the elaboration of an architectural project for a Support Space for people with disabilities. EspĂ­rito Santo do Pinhal, promoting social integration through architecture and promoting everything needed in all areas so that users feel more than welcomed, designing spaces and environments that ensure comfort and wellbeing and that architecture be part of their educational, recovery and rehabilitation process. This study will seek to bring proposals and strategic solutions and a better practical and dynamic understanding on the subject, as a basis of study, I will bring the bibliographical analysis, theoretical references and case studies as the main factors for a broader scope within the field of Architecture and Urbanism. to achieve the main objective of this Project.

Keywords: People with Disabilities, Social Inclusion, Reception.


Figura 1 - Dados Censitários.......................................................................................................................11 Figura 2 - Proporção da População com pelo menos uma das Deficiências por Regiões do Brasil......... 11 Figura 3 - Distribuição das Deficiências por Faixa Etária............................................................................12 Figura 4 - Taxa de Alfabetização de Pessoas com pelo menos uma Deficiência por Regiões (%)........... 13 Figura 5 - Escolaridade das Pessoas com pelo menos uma deficiência.....................................................14 Figura 6 - Estimativas das Pessoas com pelo menos um Tipo de Deficiência (%).....................................15 Figura 7 - Estimativas de Homens e Mulheres com Deficiência (%)...........................................................15 Figura 8 - Pessoas com Deficiência............................................................................................................17 Figura 9 - Nomenclatura e Aspectos Sociais.............................................................................................. 22 Figura 10 - Inclusão Social das Pessoas com Deficiências........................................................................ 24 Figura 11 - Etapas do Prognóstico para Reabilitação.................................................................................26 Figura 12 - Aluno da Entidade da Apae de Pinhal –................................................................................... 26 Figura 13 – Reabilitando............................................................................................................................. 28 Figura 14 - Símbolo da APAE..................................................................................................................... 31 Figura 15 - Movimento Apaeano, Prestação de Serviços........................................................................... 32 Figura 16 - Centro de Reabilitação Motora Vicente López......................................................................... 35 Figura 17 - Centro de Reabilitação. Infantil do Teletón.............................................................................. 35 Figura 18 - Hospital da Rede Sarah Kubitschek........................................................................................ 35 Figura 19 - Mapa de Localização................................................................................................................ 37 Figura 20 - Contexto Urbano.......................................................................................................................37 Figura 21 – Implantação..............................................................................................................................38 Figura 22 - Arquiteto Claudio Vekstein........................................................................................................38 Figura 23 - Vista Interna – Estrutura - Centro de Reabilitação Motora Vicente López............................... 39 Figura 24 - Vista Interna – Estrutura - Centro de Reabilitação Motora Vicente López............................... 40 Figura 25 - Forma / Volumetria................................................................................................................... 40 Figura 26 - Setorização - Centro de Reabilitação Motora Vicente López................................................... 41 Figura 27 - Fluxos de Circulação - Centro de Reabilitação Motora Vicente López.................................... 42 Figura 28 - Sistema Construtivo – Centro de Reabilitação......................................................................... 43 Figura 29 - Painel Perfurado– Centro de Reabilitação Motora Vicente López........................................... 43 Figura 30 - Elevação Frontal – Centro de Reabilitação Vicente López...................................................... 43


Figura 31 - Acessos – Centro de Reabilitação Vicente López.....................................................................44 Figura 32 - Esquema de Iluminação e Insolação - Centro de Reabilitação Motora Vicente López............ 45 Figura 33 - Ambiente Interno – Centro de Reabilitação Motora Vicente López...........................................46 Figura 34 - Vista Interna – Centro de Reabilitação Infantil do Teletón........................................................47 Figura 35 - Estrutura em Madeira Treliçada................................................................................................48 Figura 36 - Detalhes da Estrutura em Madeira Treliçada............................................................................48 Figura 37 - Mapa de Localização.................................................................................................................49 Figura 38 - Contexto Urbano dp Centro do Reabilitação Infantil do Teletón...............................................49 Figura 39 - Arquiteto Solano Benitez...........................................................................................................50 Figura 40 - Imagem Interna – Centro de Reabilitação Infantil do Teletón...................................................50 Figura 41 – Implantação..............................................................................................................................51 Figura 42 - Programa de Necessidades......................................................................................................51 Figura 43 - Setorização Interna....................................................................................................................52 Figura 44 - Fluxograma divisão de ambientes.............................................................................................52 Figura 45 - Sistema Construtivo...................................................................................................................53 Figura 46 - Estrutura Arco em Madeira........................................................................................................55 Figura 47 - Imagens Internas - Centro de Reabilitação Infantil do Teletón..................................................56 Figura 48 - Arquiteto Lelé............................................................................................................................. 58 Figura 49 - Mapa de Localização.................................................................................................................59 Figura 50 - Implantação. ............................................................................................................................59 Figura 51 - Planta Pav. Térreo e Cortes AA e BB........................................................................................61 Figura 52 - Planta Pav. Térreo / Circulação.................................................................................................62 Figura 53 - Passarelas de Circulação..........................................................................................................62 Figura 54 – Setorização...............................................................................................................................63 Figura 55 – Programa de Necessidades......................................................................................................65 Figura 56 - Fluxograma divisão de ambientes..............................................................................................65 Figura 57 - Sistema de Ventilação...............................................................................................................66 Figura 58 - Sistema de Ventilação. .............................................................................................................66 Figura 59 - Croquis de Estudo.....................................................................................................................66 Figura 60 - Cama-Maca Móvel....................................................................................................................67


Figura 61 - Ônibus de Locomoção Trolly......................................................................................................68 Figura 62 - Ambientes Internos e Externos Hospital Rede Sarah.................................................................70 Figura 63 - Espírito Santo do Pinhal – SP.....................................................................................................73 Figura 64 - Dados Demográficos de Espírito Santo do Pinhal – SP.............................................................74 Figura 65 - Mapa de Localização / América do Sul / Brasil / Estado de São Paulo / Pinhal........................ 75 Figura 66 - Rota Turística de Espírito Santo do Pinhal..................................................................................76 Figura 67 - Fotos Antigas de Pinhal................................................................................................................ 77 Figura 68 - Desenvolvimento Urbano............................................................................................................78 Figura 69 – Café de Pinhal............................................................................................................................79 Figura 70 - Estação Ferroviária de Pinhal de 1986.......................................................................................80 Figura 71 - Estação Ferroviária de Pinhal Atualmente..................................................................................80 Figura 72 - Núcleo Histórico Urbano de Espírito Santo do Pinhal e Edifícios Tombados............................ 82 Figura 73 - Mapa Hidrográfico de Espírito Santo do Pinhal..........................................................................83 Figura 74 - Gráfico de Temperatura em Esp. Santo do Pinhal.....................................................................84 Figura 75 - Vegetação existente a beira do Rio............................................................................................85 Figura 76 - Araucária / Vegetação................................................................................................................86 Figura 77 - Tabelas de Pessoas Com Deficiência nas Cidades entornam de Espírito Santo do Pinhal..... 89 Figura 78 - Estimativa de Pessoa com Deficiência – Categoria “ Não Conseguem de Modo Algum”......... 90 Figura 79 – Desenho da Entidade da Apae de Espírito Santo do Pinhal......................................................91 Figura 80 - Mapa de Localização da APAE de Pinhal..................................................................................93 Figura 81 - Alunos da Entidade da Apae de Pinhal......................................................................................94 Figura 82 - Quadro de Funcionários da APAE de Pinhal..............................................................................95 Figura 83 - Alunos da Entidade da Apae de Espírito Santo do Pinhal .........................................................96 Figura 84 - Mapa Proposta da Área de Implantação cidade de Pinhal ....................................................... 99 Figura 85 - Mapa de Diagnostico da Área de Recorte cidade de Pinhal......................................................100 Figura 86 - Zoom da Localização do Terreno...............................................................................................101 Figura 87 - Rua Duque de Caxias................................................................................................................ 102 Figura 88 - Vista Frontal do Terreno............................................................................................................ 102 Figura 89 - Vista Posterior do Terreno......................................................................................................... 102 Figura 90 - Vista Interna do Terreno............................................................................................................ 102


Figura 91 - Rua José Bonifácio (Rua Direita).............................................................................................104 Figura 92 - Avenida Oliveira Mota..............................................................................................................104 Figura 93 - Rua José Bonifácio..................................................................................................................104 Figura 94 - Avenida Prefeito Lessa............................................................................................................104 Figura 95 - Mapa de Equipamentos Urbanos.............................................................................................107 Figura 96 - Mapa dos Principais Acessos de Espírito Santo do Pinhal......................................................108 Figura 97 - Mapa de Uso e Ocupação do Solo..........................................................................................109 Figura 98 - Mapa de Gabarito....................................................................................................................110 Figura 99 - Mapa de Cheios e Vazios........................................................................................................111 Figura 100 - Mapa Público e Privado.........................................................................................................112 Figura 101 - Mapas das Áreas Verdes.......................................................................................................113 Figura 102 - Mapa dos Equipamentos Culturais no Centro.......................................................................114 Figura 103 - Mapa do Macrozoneamento de Espírito Santo do Pinhal..................................................... 115 Figura 104 - Zoom da Área entorno do terreno/ Macrozoneamento de Espírito Santo do Pinhal........... 116 Figura 105 - Mapa do Brasil indicando a Zona 3....................................................................................... 117 Figura 106 - Gráfico Rosa dos Ventos.......................................................................................................118 Figura 107 - Analise de Ventilação.............................................................................................................118 Figura 108 - Estudo de Insolação...............................................................................................................119 Figura 109 - Carta Solar.............................................................................................................................120 Figura 110 - Público Alvo...........................................................................................................................123 Figura 111 - Organograma Processo de Triagem..................................................................................... 124 Figura 112 - Fluxograma dos Setores....................................................................................................... 126 Figura 113 - Programa de Necessidades.................................................................................................. 128 Figura 114 - Setores do Programa de Necessidades............................................................................... 130 Figura 115 - Fluxograma Pavimento Térreo............................................................................................. 133 Figura 116 - Fluxograma Primeiro Pavimento.......................................................................................... 134 Figura 117 - Matriz de Proximidades........................................................................................................ 136 Figura 118 - Conceito Arquitetônico.......................................................................................................... 139 Figura 119 - Proposta 1............................................................................................................................ 141 Figura 120 – Proposta 2............................................................................................................................ 141


Figura 121 - Plano de Massas.......................................................................................................................142 Figura 122 - Proposta Final............................................................................................................................142 Figura 123 - Topografia Original....................................................................................................................143 Figura 124 - Topografia Modificada...............................................................................................................143 Figura 125 - Desenho Esquemático...............................................................................................................144 Figura 126 - Dimensões da Cadeira de Rodas..............................................................................................146 Figura 127 – Volumetria............................................................ ..................................................................... 146 Figura 128 –Setorização Pavimento Térreo...................................................................................................147 Figura 129 – Setorização Primeiro Pavimento...............................................................................................148 Figura 130 –Dimensões da Cadeira de Rodas..............................................................................................148 Figura 131 – Dimensões de rotação para cadeiras de rodas.........................................................................150 Figura 132 – Largura para deslocamento em linha reta para cadeirantes.....................................................150 Figura 133 – Dimensões de Banheiros Adaptados........................................................................................150 Figura 134 – Dimensões pessoas em pé ......................................................................................................150 Figura 135 – Vagas para Cadeirantes...........................................................................................................151 Figura 136 – Símbolos para acessibilidade....................................................................................................151 Figura 137 – Funcionamento do bloco de concreto .....................................................................................152 Figura 138 - Esquema de Composição da Telha Sanduiche........................................................................153 Figura 139 - Piso Tátil....................................................................................................................................154 Figura 140 - Painel Vazado e Parede em Cobogós......................................................................................154 Figura 141 – Cortes e Fachada Principal.......................................................................................................155 Figura 142 - Palmeira de Manila....................................................................................................................156 Figura 143 - Ipê Amarelo...............................................................................................................................157 Figura 144 - Grama Amendoim.....................................................................................................................158 Figura 145 - Grama Esmeralda.....................................................................................................................158 Figura 146 - Pau Brasil..................................................................................................................................158 Figura 147 - Agave-Dragão .........................................................................................................................158 Figura 148 - Allamanda Amarela...................................................................................................................158 Figura 149 – Canafistula................................................................................................................................158 Figura 150 –Fachada Nordeste.....................................................................................................................159


Figura 151 - Perspectiva............................................................................................................................160 Figura 152 – Fachada Bloco 2...................................................................................................................161 Figura 153 – Fachada Sudeste..................................................................................................................162

ANEXO 01 – PLANTA DE SITUAÇÃO............................................................................................167 ANEXO 02 – IMPLANTAÇÃO..........................................................................................................168 ANEXO 03 - -PLANTA TÉCNICA DO PAVIMENTO TÉRREO........................................................169 ANEXO 04 – PLANTA HUMANIZADA DO PAVIMENTO TÉRREO................................................170 ANEXO 05 – ELEVAÇÕES...............................................................................................................171 ANEXO 06 – CORTES......................................................................................................................172


APRESENTAÇÃO.....................2 Introdução Justificativa Objetivos

METODOLOGIA.......................7 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.....................10 Dados Censitários Taxa de Alfabetização Estimativa de Deficiência Tipos e Características das Deficiências Pessoa (s) com Deficiência Contexto Histórico Nomenclatura e Aspectos Sociais Reabilitação Centros de Reabilitação Panorama Histórico Brasileiro Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais

ESTUDO DE CASOS...................34 1º Centro de Reabilitação Motora Vicente López 2º Centro de Reabilitação Infantil do Teletón 3º Hospital da Rede Sarah Kubstchek


PROPOSTA.......................122 DIAGNÓSTICO URBANO......................72 Dados Demográficos Localização Breve Histórico de Espírito Santo do Pinhal Economia e Desenvolvimento da Cafeicultura Construção do Ramal Ferroviário Núcleo Histórico Urbano e Bens Tombados Hidrografia Aspectos Climáticos Vegetação e Fauna

PROBLEMÁTICA...................................88 Levantamento de Dados APAE de Espírito Santo do Pinhal

Perfil dos Usuários Programa de Necessidades Fluxograma Matriz de Proximidade

O PROJETO.......................138 Desenvolvimento Propostas Iniciais Plano de Massas Acessibilidade Sistema Construtivo Estratégias Bioclimáticas

CONSIDERAÇÕES FINAIS.....159

ÁREA DE IMPLANTAÇÃO....................98 Escolha e Justificativa da área de Implantação Características Principais Mapeamentos Plano Diretor Condições Bioclimáticas Estudos de Ventilação Estudos de Insolação

ANEXOS.................................161

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 171



1 A P R E S E N T A Ç Ã O


3

INTRODUÇÃO

A luta pela inclusão social e pelo respeito à

sociais que garantissem a inclusão das pessoas com

diversidade se fortalece e cresce no mundo todo, segundo

deficiência na sociedade, como cidadãos, havia as

Izabel Maior, houve sim uma evolução em relação ao

famílias que se empenharam em quebrar paradigmas e

respeito e as diferenças individuais, mas algumas pessoas

buscar soluções e alternativas para que seus filhos com

lutam ainda para que as pessoas com deficiências tenham

deficiência intelectual, múltipla e mental alcançassem

acesso aos seus direitos sociais, principalmente porque há

condições de ser de fato incluídas na sociedade, com

ainda a existência da violência, tanto dentro de casa,

garantia de direitos, como qualquer outro cidadão.

como o preconceito nas ruas. Saber lidar com as pessoas

(IZABEL CECÍLIA MAGALHÃES, 2011)

com deficiência é derrubar barreiras e trabalhar a favor da inclusão. (Maior, 2015)

Hoje o Brasil apresenta uma das melhores e mais elaboradas

legislações

referente

a

pessoas

com

Mas por muito tempo não foi assim, ao longo da

deficiência, destinada a assegurar e promover, em

história há diversos fatos perturbadores que envolviam

condições de igualdade, o exercício dos direitos e das

pessoas que tinham algum tipo de deficiência, isso

liberdades fundamentais, visando sua inclusão social e a

acontecia desde 2.500 anos a.C, o conceito de deficiência

sua cidadania.

segundo fatos históricos, era relacionado à ideia de incapacidade, dependência e inutilidade. Segundo o Manual de Estratégias da rede APAE, tudo começou, muito antes de surgir às políticas públicas

Como relata o Art. 1º, da Lei Nº 13.146/2015 que institui a Lei Brasileira de Inclusão de Pessoas com Deficiência:


4

Art. 1o É instituída a Lei Brasileira de Inclusão

Segundo o senso do IBGE (Instituto Brasileiro de

da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com

Geografia e Estatística) de 2010, totaliza-se que as

Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos

pessoas

portadoras

de

algum

tipo

de

deficiência

e das liberdades fundamentais por pessoa com

representam, cerca de 23,9%, da população nacional,

deficiência,

e

dando um total de 45,6 milhões de pessoas que se

2015).

declararam ter, pelo menos um tipo de deficiência, seja

cidadania.

visando

à

sua

inclusão

social

(Federal,

elas do tipo visual, auditiva, motora ou mental / intelectual. O presente trabalho acadêmico tem por objetivo

A vida de uma pessoa com deficiência física ou

demonstrar o grande potencial que as pessoas com

mental

deficiências têm na sociedade, trazendo à tona uma

convivência de várias pessoas diferentes, o nascimento de

figura marcante que são as instituições que as acolhem e

uma criança com algum tipo de deficiência, assusta de

lhes proporcionam uma melhor forma para se viver.

inicio todas as expectativas de uma família, pois não

A pesquisa se voltará também sobre a atual situação da entidade da APAE de Espírito Santo do Pinhal, que está localizada no interior do Estado de São Paulo, buscando com essa pesquisa coletar subsídios para que se possa vislumbrar as mais diversas opções e alternativas projetuais viáveis dentro do campo da Arquitetura e do Urbanismo que possam impactar positivamente na nova proposta de projeto.

é

bem

complexa

e,

é

caracterizada

pela

fazem ideia de como será dali pra frente, mas com o tempo eles aprendem a lidar, cuidar e se adaptar, se tornando o melhor para essas crianças, pois tudo começa com a família, é ela quem dará apoio e amor incondicional acima de todos, junto com as instituições que tem como finalidade acolher e ajudar para o melhor desenvolvimento para as pessoas com deficiência.


5

Segundo as estimativas da Rede APAE, nós

certa atenção. Na grande maioria dos casos, tais

mostra, que as entidades atendem diretamente cerca de

edifícios não possuem o necessário de que seus

250 mil pessoas com algum tipo de deficiência e conta

usuários precisam, eles carecem de infraestruturas

com mais de 2,201 unidades da APAE e entidades

adequadas, questões como acessibilidade, mobilidade,

filiadas, coordenadas por 24 federações estaduais,

equipamentos inclusivos no atendimento correto e

abrangendo todo o Brasil.

suporte, para atender as necessidades de seus usuários,

Na cidade de Espírito Santo do Pinhal, segundo dados do município a entidade da APAE atende a 118

os locais oferecem suporte, porém não é o bastante de acordo com as necessidades de todos.

pessoas que possuem algum tipo de deficiência, sendo

Desse modo fica claro, qual é a importância que o

47 adultos e 71 crianças com deficiências intelectual,

papel da arquitetura inclusiva e o que ele exerce sobre

visual, física ou múltipla, e oferece também um programa

esses locais, a arquitetura proporciona um olhar profundo

adaptado escolar de ensino fundamental para alunos

e diferenciado, contando com as exigências que uma

com autismo até os 12 anos.

instituição desse porte necessita, de um projeto bem feito

Essa proposta surgiu como uma resposta a uma necessidade real, na qual as instituições enfrentam

e estudado, propiciando aos seus usuários, ambientes que lhes forneçam proteção, acolhimento, cuidados e o

atualmente no Brasil. Em alguns municípios, assim como

mais importante, o sentimento de pertencimento, que

em Pinhal, essas instituições, não possuem locais fixos

tanto merecem.

para se instalarem assim os municípios acabam que por alugando

ou

arranjando

prédios

adaptados

inadequados para as instituições, e que precisam de

e

Sendo assim, surgiu o tema para esse trabalho, e tem como finalidade analisar a entidade da APAE de Espírito Santo do Pinhal, e através disso buscar


6

reconhecer trabalhados

os

pontos

para

o

críticos melhor

que

poderiam

ser

desenvolvimento

da

instituição, e tendo como base para um novo projeto. Como sendo moradora de Pinhal, enxergo que há uma carência muito grande de investimento para uma instituição que visa acolher e cuidar de pessoas com deficiências físicas e metais, desse modo, irei planejar uma proposta de um novo Espaço de Apoio para pessoas com deficiência, com os quesitos necessários para o alcance de melhores resultados de projeto que beneficie a população de Espírito Santo do Pinhal e também algumas cidades vizinhas.


7

OBJETIVOS OBJETIVO GERAL

METODOLOGIA

O presente trabalho acadêmico será desenvolvido em etapas e cada uma delas, exercerá um papel

O Objetivo Geral desse trabalho é o desenvolvimento de um projeto arquitetônico de um espaço de apoio para pessoas com deficiência no município de Espírito Santo do Pinhal;

OBJETIVOS ESPECÍFICOS 

Levantamento das características, condicionantes e diretrizes municipais;

Levantamento das características referente às deficiências físicas e intelectuais do município de Espírito Santo do Pinhal;

Desenvolvimento de um projeto arquitetônico adequado, de acordo com as necessidades dos pacientes com deficiência física e intelectual do município de Espírito Santo do Pinhal;

Contará com atendimentos nas áreas educacionais e áreas de apoio para tratamentos de reabilitações que estimulam a interação, o movimento, os sentidos e o aprendizado;

fundamental para se buscar resultados positivos e analises detalhada a respeito do contexto explorado.

1. Apresentação Contendo Introdução com os subtemas sobre o Tema, a Justificativa

e

os

Objetivos,

acerca

do

conteúdo

designado como objetivo de estudo.

2. Revisão Bibliográfica Fundamentação Teórica, envolvendo analises literárias pesquisas em sites, artigos de periódicos, revistas, jornais, relatórios e trabalhos acadêmicos, que abordem, de forma geral, o tema em questão.


8

3. Estudos de Caso

6. Área de Implantação

Foram selecionados três projetos, para integrarem-se

Local escolhido para a proposta de projeto contendo

nos estudos de caso, escolhidos devidos as suas

analises e justificativa do mesmo, mapeamentos e

semelhanças com a proposta a ser desenvolvida.

coletas de informações necessárias para o projeto.

1º Centro de Reabilitação Motora Vicente Lópes;

7. Proposta

2º Centro de Reabilitação Infantil do Teleton;

Essa etapa é muito importante, pois partirá dela todo o processo e desenvolvimento do programa de projeto, é

3º Hospital da Rede Sarah Kubstchek;

onde depois de tanta pesquisa e analises acolhida e levantadas ao longo do processo de pesquisa serão

4. Diagnóstico Urbano

utilizadas como base para o desenvolvimento de um Aprofundamento acerca das informações e diagnósticos detalhados do município, como levantamento de dados, reconhecimento fotográfico e mapeamentos.

levantadas,

o

tema

envolta

as

pessoas

com

através

de

todo

o

trabalho

desenvolvido, e será respondida através de um projeto : arquitetônico, que tem como finalidade resolver a questão.

que atenda aos

requisitos e diretrizes projetuais de acordo com as

8. O Projeto

deficiência e os locais que as acolhem, assim será abordado

eficiente

necessidades que possa vir a ter seus usuários.

5. Problemática Questões

programa de necessidades

Etapa de desenvolvimento do projeto arquitetônico para o Espaço de Apoio para Pessoas com Deficiência de Espírito Santo do Pinhal, contendo o necessário para melhor acolher e dá apoio para todos aqueles que necessitar.


9


10

2 R E V I S Ã O B I B L I O G R Á F I C A


11

VISÃO NO BRASIL E NO MUNDO No mundo cerca de 15% da população possui algum tipo de deficiência, que corresponde à 1 bilhão de pessoas, segundo a OMS. No Brasil essa condição afeta 23,9 % da população, que corresponde à 46 milhões de pessoas, segundo o IBGE.

15%

23,9%

VISÃO DO MUNDO

23,03%

VISÃO DO BRASIL VISÃO REGIÃO SUDESTE

Figura 1. –Dados Censitários. Fonte: Autoria Própria. .

Figura 2. –Proporção da População com pelo menos uma das Deficiências por Regiões do Brasil. Fonte: (BORTMAN, LOCATELLI, BANDINI, & REBELO, 2014) Acesso em: 03 de Junho de 2019.


12

VISÃO NO BRASIL

POPULAÇÃO FEMININA 26,5 %\

POPULAÇÃO MASCULINA 21,2%

Segundo a estimativa compilada pelo censo demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística o IBGE, o percentual da população feminina com pelo menos uma deficiência foi de 26,5%, correspondendo a 25.800.681 mulheres. Esse percentual é superior ao da população masculina com pelo menos uma deficiência, que foi de 21,2%, correspondendo a 19. 805.367 homens.

A proporção de pessoas com algum tipo de deficiência abrange 7,5% da população de crianças de 0 a 14 anos de idade, 24,9% na população de 15 a 64 anos de idade e 67,7% atingem mais da metade da população de 65 anos ou mais de idade, encontram-se na área urbana e 7.132.347 em áreas rurais.

Uma vez que a população do País está em processo de envelhecimento, e a mortalidade masculina é superior à feminina, especialmente nas idades avançadas, a população de 65 anos ou mais de idade com pelo menos uma deficiência teve maior peso entre as Figura 3. –Distribuição das Deficiências por Faixa Etária. Fonte: (BORTMAN, LOCATELLI, BANDINI, & REBELO, 2014) Acesso em: 03 de Junho de 2019.

mulheres do que entre os homens. (Ministério do Planejamento, 2010)


13

TAXA DE ALFABETIZAÇÃO A taxa de alfabetização de uma população mede o percentual de pessoas de 15 anos ou mais de idade que sabe ler e escrever. Segundo os resultados do Censo Demográfico de 2010, a taxa de alfabetização das pessoas de 15 anos ou mais de idade foi de 90,6%, sendo que, para a população de 15 anos ou mais com pelo menos uma das deficiências investigadas, essa taxa se reduz para 81,7%.

Segundo a Cartilha do Censo de 2010, resalta que as pessoas com algum tipo de deficiência apresentaram taxas de alfabetização menores do que a população total em todas as regiões brasileiras. A equiparação de oportunidades para todos é um dos elementos da base de direitos humanos. Por isso, tanto as diferenças entre as regiões como entre pessoas com e sem deficiência são uma grande preocupação de todos os níveis do governo. (Oliveira L. M., 2012).

Taxa de Alfabetização - Pessoas de 15 anos ou mais de idade, População com ou sem Deficiência, segundo as Regiões brasileiras. 100,00%

90,00% 80,00% 70,00% 60,00%

TOTAL DA POPULAÇÂO

50,00%

POPULAÇÃO COM PELO MENOS UMA DEFICIÊNCIA

40,00% 30,00% 20,00% Figura 4 –Taxa de Alfabetização de Pessoas com pelo menos uma Deficiência por Regiões (%) / Fonte: (Oliveira L. M., 2012)

10,00% 0,00% Brasil

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro Oeste


14

O nível de instrução mede a proporção de pessoas de 15 anos ou mais de idade que atingiram determinados anos de estudo. Em 2010, na população com deficiência, 14,2% tinham ensino fundamental completo; 17,7%, ensino médio completo; e 6,7%, ensino superior completo. A proporção denominada “não determinada” foi igual a 0,4%. Em 2010 havia, ainda, grande parte da população sem instrução e ensino fundamental completo, um total de 61,1% das pessoas com deficiência. O gráfico abaixo mostra a distribuição das pessoas com deficiência, de acordo com a escolaridade.

A educação sempre foi considerada, em todas as nações do mundo e durante toda a história, como um fim e um meio para o desenvolvimento do indivíduo e da própria humanidade. Todo homem, mulher, jovem e criança têm direito à educação, treinamento e informação durante todas as fases de suas vidas, não havendo limites de idade para suas reivindicações. A Declaração Universal dos Direitos Humanos dispõe, em seu Artigo XXVI, que toda pessoa tem direito à educação obrigatória e gratuita, pelo menos, na educação infantil, fundamental e média.

Figura 5. – Escolaridade das Pessoas com pelo menos uma deficiência. Fonte: (BORTMAN, LOCATELLI, BANDINI, & REBELO, 2014) Acesso em: 03 de Junho de 2019, Aprox. às 8:00 Pm.


15

ESTIMATIVA DE DEFICIÊNCIAS • Mulheres - 21,4% À análise feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, no censo demográfico de 2010, descrevem

a

prevalência

dos

diferentes

tipos

Deficiênci • Homens - 16,0 % a Visual

de

deficiências e as características das pessoas que compõem esse segmento da população. Considerando a população residente no país, 23,9% possuíam pelo menos uma das deficiências investigadas: visual, auditiva, motora

• Mulheres - 4,9 % Deficiênci • Homens - 5,3 % a Auditiva

e mental / intelectual.

• Mulheres - 8,5 % Deficiência Auditiva 5,10%

Deficiênci • Homens - 5,3 % a Motora

Deficiência Motora 7%

• Mulheres - 1,2 % Deficiência Mental ou Intelectual 1,40%

Deficiência Visual 18, 6% Deficiências

Deficiênci a Mental • Homens - 1,5 % ou Intelectual • Mulheres - 73,5 %

Outras Deficiênci • Homens - 78,8 % a Figura 6. Estimativas das Pessoas com pelo menos um Tipo de Deficiência (%) / Fonte: (Oliveira L. M., 2012) Alterado pela Autora.

Figura 7. Estimativas de Homens e Mulheres com Deficiência (%) / Fonte: (Oliveira L. M., 2012) Alterado pela Autora


16

TIPOS E CARACTÉRISTICAS DAS DEFICIÊNCIAS De acordo com o Decreto 3.298/1999, modificado

para que a pessoa com deficiência possa receber ou

pelo Decreto 5.296 / 2004, são consideradas deficiências

transmitir informações necessárias ao sei bem estar e ao

as seguintes situações:

desempenho de função ou

 Deficiência: Toda perda ou anormalidade de uma

atividade a ser exercida;

(Rebelo, Bortman, & Locatelli, 2014)

estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica

 Pessoa com Deficiência Habilitada: Aquela que

que gere incapacidade para o desempenho de atividade,

concluiu curso de educação profissional de nível básico,

dentro do padrão considerado normal para o ser

técnico

humano; (Rebelo, Bortman, & Locatelli, 2014)

certificação ou diplomação expedida por instituição

 Deficiência Permanente: Aquela que ocorre ou se estabilizou durante um período de tempo suficiente para não permitir recuperação ou ter probabilidade de que se altere, apesar de novos tratamentos; (Rebelo, Bortman, & Locatelli, 2014)  Incapacidade: Uma redução efetiva e acentuada da capacidade de integração social, com necessidades de equipamentos, adaptações, meios ou recursos especiais

pública

ou

ou

tecnológico,

privada,

ou

curso

legalmente

superior,

credenciada

com

pelo

Ministério da Educação ou órgão equivalente. (Rebelo, Bortman, & Locatelli, 2014)  Reabilitado: É quando uma pessoa com deficiência passa por um processo orientado para possibilitá-la que adquira, a partir da identificação de suas potencialidades, o nível suficiente de desenvolvimento profissional, para reingresso e participação na vida comunitária. (Rebelo, Bortman, & Locatelli, 2014)


17

PESSOA(s) COM DEFICIÊNCIA O Convenção

Decreto

sobre

os

Federal Direitos

das

5296/2004

da

Pessoas

com

A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, resalta também:

Deficiência apresenta uma definição clara sobre quem são as pessoas com deficiência para efeito de legislação. Segundo consta: “Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais (impedimentos), em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas”

“Pessoas com deficiência são, antes de mais nada PESSOAS. Pessoas como quaisquer outras, com protagonismos, peculiaridades, contradições e singularidades. Pessoas que lutam por seus direitos, que valorizam o respeito pela dignidade, pela autonomia individual, pela plena e efetiva participação e inclusão na sociedade e pela igualdade de oportunidades, evidenciando, portanto, que a deficiência é apenas mais uma característica da condição humana”.

Figura 8. –Pessoas com Deficiência. (TALITACAZASSUSDALL'AGNOL, 2016)/>: Acesso em 06 de Junho de 2019


18

DEFICIÊNCIA VISUAL: Corresponde à perda ou a redução da capacidade visual em ambos os olhos com caráter definitivo, que não possa ser melhorada ou corrigida com o uso de lentes, tratamento clínico ou cirúrgico. Há duas formas pra isso acontecer ou a pessoa já nasce com a deficiência da cegueira congênita ou adquire a deficiência da cegueira adventícia, através da ocorrência de acidentes. (SEPED Secretária De Estado dos Direitos das Pessoas com Deficiência).

DEFICIÊNCIA AUDITIVA: É a perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz (SEPED Secretária De Estado dos Direitos das Pessoas com Deficiência).

DEFICIÊNCIA FÍSICA: É a alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções. (SEPED Secretária De Estado dos Direitos das Pessoas com Deficiência).

DEFICIÊNCIA MENTAL OU INTELECTUAL: É o funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: 1. Comunicação / 2. Cuidado Pessoal / 3. Habilidades Sociais / 4. Utilização dos recursos da comunidade / 5. Saúde e Segurança / 6. Habilidades Acadêmicas / 7. Lazer; e 8. Trabalho. (SEPED Secretária De Estado dos Direitos das Pessoas com Deficiência).


19

CONTEXTO HISTÓRICO A DEFICIÊNCIA SOB A VISÃO DO MUNDO ANTIGO Sobre a vida primitiva do homem, segundo Maria Gugel, 2015, não se tem muitos indícios de como os primeiros grupos de humanos na terra se formaram e como se comportavam naqueles tempos.

Tudo indica

segundo consta em fatos históricos, que sobreviviam àqueles que eram os mais fortes, as crianças nascidas com

deficiência

ou

alguma

deformidade

em

sua

formação, não conseguiriam sobreviver em um ambiente tão hostil como o da terra, e acabavam sendo um fardo para seus grupos, eram de fato, muito comuns, algumas

ocupação, assim como os cegos, os deficientes físicos e outras deficientes, “O Egito Antigo foi por muito tempo conhecido como a Terra dos Cegos porque seu povo era constantemente acometido de infecções nos olhos, que resultavam em cegueira. Os papiros contêm fórmulas para tratar de diversas doenças, dentre elas a dos olhos. Papiro médico, contendo procedimentos para curar os olhos”. (GUGEL, 2015, p.04)

Na Grécia havia certos feitos aterrorizantes como na Esparta, por exemplo, se dedicavam a arte da guerra, e só os fortes poderiam lutar e viver, eles não aceitavam que suas crianças nascessem com deformidades, então eles os eliminavam os atirando do topo das montanhas.

tribos se desfazerem das crianças com deficiência. (Gugel, 2015) No

Egito

antigo,

estudiosos

encontraram

evidencias arqueológicas, que nos mostram como as pessoas com deficiências integravam-se em seus meios sociais. As analise s de restos mortais da época aproximadamente de 4.500 a.c, relatam que as pessoas que nasciam com nanismo por exemplo, não tinha qualquer impedimento físico para se ter um oficio ou

“Em Esparta e Atenas crianças com deficiências física, sensorial e mental eram consideradas subumanas, o que legitimava sua eliminação e abandono. Tal prática era coerente com os ideais atléticos, de beleza e classistas que serviam de base à organização sóciocultural desses dois locais. Em Esparta eram lançados do alto dos rochedos e em Atenas eram rejeitados e abandonados nas praças públicas ou nos campos” (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL, 2008, p.7)


20

Em Roma, as leis não favoreciam muito as

Na Idade Moderna ocorrida durante no século XVI

pessoas que nascessem ou possuíssem algum tipo de

e o século XX, foram os momentos de

deficiência. Aos pais era permitido poder matar as

transformações e revelou grandes feitos marcados pelo

crianças com deficiência, mas alguns deles eram

humanismo, finalmente a sociedade percebeu que as

abandonados, dentro de cestos, no rio Tibre ou em

pessoas com deficiências não só precisavam de

lugares sagrados.

hospitais e abrigos, mas também de atenção especial.

“Em Roma, também não se reconhecia valores em crianças “defeituosas”, mas havia um outro recurso além da execução que era o de abandonar as crianças nas margens dos rios ou em locais sagrados para serem recolhidas por famílias da pleb”.. (NEGREIROS, 2014 p.15)

grandes

E chega-se no momento mais marcante da história, a 2º Guerra Mundial que ocorreu entre 1939 a 1945, liderada por Adolf Hitler, momento que assolou e chocou o mundo, pelas atrocidades cometidas. Sabe-se

Já na Idade Média a população encarava o

que

o

holocausto

eliminou

judeus,

ciganos,

nascimento de uma pessoa com deficiência como sendo

homossexuais e pessoas com deficiências. Estima-se

um castigo de Deus. As crianças que sobreviviam eram

que 275 mil adultos e crianças com algum tipo de

separadas de suas famílias e quase sempre eram

deficiência tenham perdido suas vidas nesse período.

redicularizadas. “Os que sobreviviam eram explorados nas cidades ou tornavam-se atrações de circos. O nascimento de indivíduos com deficiência era encarado como castigo de Deus, eram vistos como feiticeiros ou como bruxos. Eram seres diabólicos que deveriam ser castigados para poderem se purificar. Nesse período, a igreja se constitui como um grande aliado dos deficientes, pois os acolhiam’. (Lorena Barolo Fernandes, 2011).

“A estrutura das sociedades, desde os seus primórdios, sempre inabilitou os portadores de deficiência, marginalizando-os e privando-os de liberdade. Essas pessoas, sem respeito, sem atendimento, sem direitos, sempre foram alvo de atitudes preconceituosas e ações impiedosas”. (MACIEL, 2014)


21

N O M E N C L A T U R A

E

E A S P E C T O S

S O C I A S


22

A

história

da

humanidade,

considerando

especificamente aquele que se refere ao conceito de deficiência

e,

consequentemente,

ao

atendimento

oferecido às pessoas com deficiência marca milênios de tratamentos excludentes. Somente há poucas décadas é que mudanças que promovem a inclusão dessas pessoas na sociedade podem ser observadas

A Declaração Universal de Direitos Humanos foi a primeira declaração promulgada pela ONU,em 1948. O documento apontava para a garantia dos direitos à liberdade, à vida digna, à educação fundamental, ao desenvolvimento pessoal e social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição. A partir daí a Declaração

dos

implementação

Direitos de

várias

Humanos leis

e

impulsionou muitas

a

outras

declarações em todo mundo, ampliando e fortalecendo os movimentos sociais. (UNESCO, 1948).

Figura 9. – Nomenclatura e Aspectos Sociais. Foto Disponível: http://editoraboreal.com.br/livro/democracia-liberdade-e-justica-social / Acesso em: 04 de Junho 2019, Aprox. às 12,00 Pm


23

Após as grandes guerras, o mundo passou a ser muito influenciado pela mídia, e pelo preconceito, com o passar do tempo, diversos termos foram usados para se abordar um deficiente, como por exemplo: “defeituoso”, “incapaz”, “invalido”, “aleijado”, entre muitas outras expressões. Passou-se a utilizar o termo “Deficiente”, por influencia do Ato Internacional, estabelecido pela ONU. Assim houve uma abordagem do tema e na sua conceituação. A verdadeira constitucionalização do conceito de deficiência no Brasil se deu a partir da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2006. Assim o Brasil sofreu grande influência positiva dessas convenções internacionais das quais é signatário, com destaque para as: 

Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes (Nova York, 1975);

Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência (Guatemala, 1999);

Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (Nova York, 2006).

Os diversos termos usados para se referir às pessoas com deficiência, ao longo do tempo, aparecem inseridos em modelos que governo e sociedade utilizam

a fim de criar estratégias capazes de atender melhor às suas necessidades. No Brasil, o tema alcançou sua própria constituição em 1967, a partir da emenda constitucional Nº 1/1969, que introduziu o termo “Deficiente”. Alguns anos depois, houve mais alterações em suas emendas constitucionais, e em 1988 modificou o termo “deficiente”, para a expressão “Pessoa Portadora de Deficiência”. Esta, por sua vez, mais tarde foi adequada para “Pessoa com Deficiência, expressão mais usada nos dias atuais”. Na Legislação Brasileira (Lei 7.853/1989; Decreto 3.298/1999), a nomenclatura utilizada é pessoa portadora de deficiência e é assim designada “a pessoa que possui limitação ou incapacidade para o desempenho de atividades”. A Lei enquadra a pessoa portadora de deficiência nas seguintes categorias: deficiência física, auditiva, visual, mental e múltipla. Para Luciana Neves da Silva Bampi, Dirce Guilhem e Elioenai Dornelles Alves, a definição de deficiência não está relacionada à falta de um membro, nem à redução da visão ou da audição. O que a caracteriza são as dificuldades que as pessoas com alguma alteração física ou mental encontram em se relacionar ou se integrar na sociedade. A deficiência não deve ser entendida como sinônimo de doença, pois é fenômeno social que surge com maior ou menor incidência a partir das condições de vida de uma sociedade, de sua forma de organização, da atuação do Estado, do respeito aos direitos humanos e dos bens e serviços disponíveis para a população. (Bampi, Guilhem, & Alves, 2010)


24

QUAL O TERMO CORRETO, “DEFICIENTE”, “PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS” OU “PESSOA COM DEFICIÊNCIA”? Em geral, as pessoas se confundem demais sobre qual é a terminologia correta para se referir a uma pessoa com deficiência, na busca pelo termo correto, muitas vezes utilizamos termos de formas erradas, que podem reforçar a segregação e a exclusão social para essas pessoas. Atualmente a terminologia mais adequada é “Pessoas com Deficiência”, termo utilizado pela Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo Paulo Rebelo, Daniela Bortman e Gustavo Locatelli, destacam que, esse movimento optou por essa terminologia, primeiramente, porque o uso desse termo, resalta e destaca a pessoa à frente da deficiência. É um termo, que não esconde o sentido, relata a verdade, valoriza as diferenças e as necessidades decorrentes da deficiência. O termo “Pessoa com Necessidades Especiais” já leva pra um sentido diferente, a verdade é que todos ou qualquer um podem ter necessidades especiais em determinado momento de suas vidas, sem necessariamente ter uma deficiência. A deficiência faz parte da pessoa e, na grande maioria dos casos, trata-se de algo permanente e que não pode ser destituída da pessoa. Além disso tudo, se referir a eles como “Portadores de Deficiência”, evidência que a deficiência passa a ser a principal característica da pessoa. (Rebelo, Bortman, & Locatelli, 2014)

Desse modo fica claro que a inclusão social das Pessoas com Deficiência, também se interpassa pela linguagem, pois através dela podemos expressar o respeito como também a descriminação. Afinal, trata-se de um ser humano, uma pessoa, usar o termo correto, faz com que sejam muito mais que a deficiência.

Figura 10. –Inclusão Social das Pessoas com Deficiências. Fonte: http://paisemrede.pt/regime-legal-da-inclusao-escolar-consulta-publica/ Acesso em: 04 de Junho, 2019, Aprox. às 12:00 Pm.


25

A REABILITAÇÃO “A reabilitação, enquanto processo, diz respeito ao desenvolvimento das capacidades adaptativas do indivíduo nas diferentes fases de sua vida (...). Implica no desenvolvimento ótimo da pessoa com deficiência, nos seus aspectos funcionais, físicos, psíquicos, educacionais, sociais, profissionais e ocupacionais (...) A reabilitação, enquanto serviço, é um conjunto de atenção à saúde e, portanto, um componente imprescindível da promoção, prevenção e assistência às pessoas, na manutenção de sua saúde e bem estar, bem como de sua família e comunidade (...) é um processo de duração limitada, desenvolvido por equipes interprofissionais de saúde (...) através de ações de diferentes níveis de complexidade. Tem por finalidade que a pessoa deficiente alcance um grau físico, mental, funcional e/ou social ótimo, facilitando o alcance de metas e objetivos de vida estabelecidos por ela naquele momento de sua vida. Os meios para alcançar tal objetivo implicam em medidas que procurem compensar perdas e limitações de funções e outras que buscam facilitar ajustes e reajustes sociais. Assim, as intervenções devem se dar no nível do indivíduo, sua família, comunidade próxima e sociedade em geral”(Ministério da Saúde, 1993).

com algum tipo de deficiência seja ela congênitas, adquiridas na infância ou se já nascem com ela , a desenvolver uma melhor funcionalidade nos seus corpos e mentes , e já a “Reabilitação”, é o caso em que aqueles que tiverem perdas funcionais, como por exemplo, quando alguém perde o movimento de um membro do corpo seja por causa de um acidente ou outros fatores, são auxiliados a readquiri-las através da Fisioterapia. Assim é possível reduzir os impactos de uma enorme variação de condições e estados de saúde. Segundo o relatório mundial da saúde, normalmente, a reabilitação acontece durante um período determinado de tempo, mas pode envolver intervenções simples ou múltiplas, realizadas por uma pessoa ou por uma equipe

A Reabilitação é um conjunto de medidas que

de profissionais. Ela pode também ser necessária desde

ajudam as pessoas com deficiência, a terem e manterem

a fase aguda ou inicial do problema médico, logo após

uma funcionalidade ideal na interação com o seu

sua

ambiente. Muitas vezes se faz a distinção entre

manutenção. (Relatório Mundial da Saúde)

“Habilitação”, que tem como objetivo, ajudar as pessoas

descoberta,

até

as

fases

pós-aguda

e

de


26

ETAPAS DO PROAGNÓSTICO PARA REABILITAÇÂO

Identificar Problemas e Necessidades

Avaliar Efeitos

Planejar, Implementar e Coordenar Intervenções

Educar as pessoas com deficiência se faz fundamental para desenvolver os conhecimentos e habilidades para a autoajuda, a assistência, a gestão e a tomada de decisões. Deficientes e suas famílias conseguem melhorar a saúde e a funcionalidade quando são parceiros na reabilitação.

Relacionar os Problemas aos Fatores Mofificavéis e Limitantes

Definir Problemas e Mediadores alvo; Selecionar as Medidas Adequadas

Figura 11. –Etapas do Prognóstico para Reabilitação. Fonte: Autoria Própria

A Reabilitação perpassa diversos setores e pode ser conduzida por profissionais da saúde, junto com especialistas em educação, emprego, bem estar social e outros campos. Em contexto de poucos recursos, ela pode envolver trabalhadores não especializado. A reabilitação que começa cedo produz resultados funcionais melhores para quase todas as condições de saúde associadas à deficiência.

Figura 12: Aluno da Entidade da Apae de Pinhal –. Fonte: <Cedidos pela Instituição da Apae de Espírito Santo do Pinhal>


27

CENTROS DE REABILITAÇÃO

A disponibilidade de serviços de reabilitação em

No

Brasil,

diversas

organizações

acolhem

e

diferentes ambientes varia entre nações e regiões.

trabalham em prol das pessoas com deficiência, de modo

Reabilitação médicas e terapêuticas são fornecidas em

a garantir seus direitos, e melhores condições de vida e

hospitais, para pacientes em estado agudo. Reabilitação

inclusão social, se destaca o Conselho Nacional dos

médica de acompanhamento, terapias e dispositivos

Direitos das Pessoas com Deficiência (CONADE) e a

assistivos podem ser oferecidos em uma variedade de

Secretaria Nacional dos Direitos Humanos da Pessoa

instalações, incluindo salas de reabilitação ou hospitais

com Deficiência, instituições que são responsáveis pela

especializados, centros de reabilitação, instituições de

inclusão de todos os aspectos na sociedade.

acolhimento para pessoas com deficiência, ou em instalações de atendimento por um profissional ou por vários (consultório e clínicas). Reabilitação de longo prazo pode ser oferecida em ambientes comunitários e instalações como centros de assistência médica primária, escolas, locais de trabalho ou serviços terapêuticos domiciliares. (Relatório Mundial sobre a Deficiência)

Além disso, há também organizações filantrópicas, sem fins lucrativos, que contam com a ajuda da população, para poder proporcionar o melhor para essas pessoas, essas instituições desempenham questões como a de saúde, de educação e dá assistência aos usuários de maneira especializada e responsável, destaca-se as entidades da Associação de Paia e

Atualmente no Brasil no Mundo são inúmeras

Amigos dos Excepcionais (APAE), a AACD, Hospital da

organizações que se dedicam em trabalhar com a

Rede Sarah Kubstchek e a rede pública de Saúde, entre

reabilitação de pessoas com deficiência.

muitos outros em todo o pais.


28

Os espaços de Reabilitação devem proporcionar espaços adequados e que proporcione bem estar e satisfação ao paciente, pois muitos deles necessitam de cuidados durante toda a vida ou a maior parte dela. O ambiente de uma pessoa tem um enorme impacto sobre a experiência e a extensão da deficiência. Ambientes inacessíveis criam deficiência ao criarem barreiras à participação e inclusão. Os exemplos do possível impacto negativo do ambiente incluem: Os exemplos do possível impacto negativo do ambiente incluem por exemplo, um indivíduo surdo sem intérprete de língua de sinais; ou um usuário de cadeira de rodas em um prédio sem banheiro ou elevador acessíveis; ou uma pessoa cega que usa um computador sem software de leitura de tela, entre muitos outros exemplos; Em projetos arquitetônicos, destinado a ambientes que acolhem e atendem pessoas com deficiência, devese ter a responsabilidade e estar sempre atento a NBR 9050, norma referente à acessibilidade, que é um instrumento de extrema confiança e é indicávél a todos e qualquer projeto.

Figura 13. – Reabilitando. Foto Disponível: https://br.pinterest.com/pin/362399101241086744 Acesso em: 04 de Junho, 2019, Aprox. às 11,00 Am.


29

PANORÂMA HISTÓRICO BRASILEIRO

Imperial Instituto dos Meninos Cegos (atual Instituto Benjamin Constant, Rio de Janeiro.

Proclamação da República

Atendimentos de alunos com Deficiência na Escola Pública, Rio de Janeiro.

Instituto Pestalozzi – Canoas, Rio Grande do Sul

1854 1857 1889 1903 1906 1920 1926 1948

Instituto dos Surdos Mudos (atual Instituto Nacional de Educação de Surdos, Rio de Janeiro

Pavilhão Escola Bourneville (Localizada no Hospício Nacional de Alienados, Rio de Janeiro

Expansão das Instituições de Educação Especial

Declaração Universal dos Direitos Humanos


30

PANORÂMA HISTÓRICO BRASILEIRO

Associação de Assistência à Criança Deficiente ( AACD)

Lei de Diretrizes e Bases – LDB (LEI Nº 4.024/61

Constituição Federal

Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência

1950 1954 1961 1968 1988 2000 2007 2015

Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE)

Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Espírito Santo do Pinhal

LEI Nº 10.048 e 10.092 Assegura o atendimento prioritário para pessoas com deficiência em locais públicos e estabelecem normas prioritárias de acessibilidade física

Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI)


31

.

Figura 14. –Símbolo da APAE - Foto Disponível: (Excepcionais)

ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS (APAE) A Rede da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) foi fundada em 1954, na cidade do Rio de Janeiro. Hoje com mais de 65 anos, atende diariamente cerca de 250 mil pessoas que possuam deficiência mental e intelectual, e conta com mais de 2000 mil unidades espalhadas por todo o Brasil. (IZABEL CECÍLIA MAGALHÃES, 2011) Tudo começou devido a toda a mobilização impulsionada pela Declaração dos Direitos Humanos, das famílias que sempre cuidou e apoiou as pessoas com deficiência e com a ajuda da sociedade, culminaram na criação das APAEs, e pela sua abrangência em todo o território nacional, convencionou-se a tratá-la como sendo um “Movimento Apaeano”

A Entidade da APAE caracteriza se como sendo uma sociedade civil de caráter filantrópico, cultural, assistencial e educacional com duração indeterminada. Como visão estratégica de organização social, o movimento das Apaes é baseado em alguns aspectos de sua própria administração para poder ter uma gestão relevante e efetiva, para poder oferecer toda forma de atenção, responsabilidade e acolhimento de boa qualidade para com seus usuários. Seu símbolo é formado por uma flor de lótus abraçada por duas mãos, representando uma relação de amparo, acolhimento e proteção, tudo que as instituições querem concretizar. A movimentação social nas entidades das Apaes prestam serviços de educação, saúde e assistência social, e constitui uma rede de promoção e defesa dos direitos das pessoas com deficiência.


32

Figura 15. –Movimento Apaeano, Prestação de Serviços / Foto Disponível: (Excepcionais) /Acesso em 05 de Junho de 2019, Aprox. 11:00 Am


33


34

4 E S T U D O D E C A S O S


35

3.

ESTUDO DE CASOS Entre

vários

projetos

renomados,

foram

selecionados três deles, para integrar-se nos estudos de caso para essa proposta de trabalho. Tais projetos foram escolhidos devidos as suas semelhanças com a proposta a ser desenvolvida, e será um referencial e

Figura 16 – Centro de Reabilitação Motora Vicente López. Fonte: (Segre, 2005)

possibilitará o aprimoramento para o desenvolvimento e finalização deste trabalho. O levantamento da pesquisa sobre os devidos estudos de caso será realizado por meio de consultas e analises de monografias, artigos, sites das instituições e vários

outros

meios,

possibilitando

uma

maior

Figura 17. – Centro de Reabilitação. Infantil do Teletón. Fonte: (Delaqua, 2015)

abrangência dentro dos projetos.

Projetos selecionados: 1º Caso: Centro de Reabilitação Motora Vicente Lópes, Argentina; 2º Caso: Centro de Reabilitação Infantil do Teleton, Paraguai; 3º Caso: Hospital da Rede Sarah kubitschek, Rio de Janeiro; Figura 18. – Hospital da Rede Sarah kubitschek. Fonte: (Grunow, 2009)


36 3.1

CENTRO DE REABILITAÇÃO MOTORA VICENTE LÓPEZ CONTEXTO

A ideia inicial de projeto surgiu a partir da necessidade de se criar um local apropriado para acomodar o aumento significativo de pacientes físicos na argentina.

O Centro de Reabilitação Motora de Vicente López ou também

chamado Instituto Municipal de Reabilitação de Vicente López (IMRVL), foi patrocinado pela prefeitura da cidade e teve como objetivo qualificar ambientalmente um território municipal caracterizado pelos contrastes sociais e econômicos e pela desordem urbana. Assim o projeto passou a constitui um novo panorama na cidade, originalidade do prédio acabou por convertê-lo em ícone da prefeitura de Vicente López e resgatou, esteticamente, a dignidade esquecida dos deficientes físicos do país.

FICHA TÉCNICA Local: Vicente López, Argentina. Arquiteto: Claudio Vekstein Ano do Projeto: 2001 Ano de Conclusão: 2004 Área do Terreno: 1.355 m² Área Construída: 4.000 m² Figura 16. –- Centro de Reabilitação Motora Vicente López. Foto Disponível: (Segre, 2005)/ Acesso em: 19/03/2019.


37

LOCALIZAÇÃO

CONTEXTO URBANO

O Centro de Reabilitação está localizado na Avenida Mipú, Número 3075, no bairro de Lambare na cidade de Vicente López na grande Buenos Aires, Argentina.

Figura 19 - Mapa de Localização – Fonte: <Google Earth> Editado pela Autora. Acesso em 20 de Março de 2019. Figura 20 - Contexto Urbano - Foto Disponível em < (Silva, 2014)> Acesso em: 05 de Abril de 2019, Aprox. às 12:00 Am.

O Projeto é implantado em um terreno de forma retangular, em uma avenida de trânsito intenso na área central da cidade, com edificações em sua maioria de uso residencial, contando com diversos equipamentos urbanos como Escolas, Comércios, Hospitais entre outros. As edificações do entorno, são a grande maioria na parte térrea, com poucas construções atingindo em torno de 6 à 8 metros de altura.


38

ARQUITETO

IMPLANTAÇÃO Implantado em um pequeno lote quadrado no quarteirão, a disposição do edifício de faz, sobre o perímetro do terreno, deixando um grande rasgo no seu interior para a disposição da grande rampa principal que permite o acesso dos pacientes aos demais níveis. É inserido em meio aos prédios do entorno, abrindo-se para um pátio interno.

Figura 22. Arquiteto Claudio Vekstein. Foto Disponível em: (Da Wikipédia, a enciclopédia livre, 2017)/ Acesso em 20 de Março de 2019, Aprox às 10;15 am.

BIOGRAFIA

Figura 21. Implantação - Foto Disponível em (Segre, 2005) Acesso em: 20 de Março, Aprox. às 9:30 am.

Todo o projeto apresenta um desenho de traçado irregular, tentando se aproveitar ao máximo o terreno. Esse traçado, com a repetição das aberturas, dá uma ideia de cheios e vazios, marcando um ritmo, que pode ser notado em qualquer área do edifício. (Silva, 2014).

Claudio Vekstein, Arquiteto Argentino, nasceu em 5 de Fevereiro de 1965 em Buenos Aires;

Estudou na escola de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Buenos Aires, na Argentina;

É professor titular do programa de mestrado em Arquitetura Paisagística da Universidade Estadual do Arizona, Estados Unidos (desde 2002);

Exerce sua especialização na Arquitetura de obras públicas e infraestruturas urbanas, ambos em Buenos Aires (desde1996) e em Phoenix, Arizona (desde 2002);


39

PARTIDO ARQUITETÔNICO O Partido Arquitetônico é definido pela leveza estrutural que o edifício transmite continuidade espacial e adaptação à mobilidade dos pacientes, criou - se ambientes alegres, coloridos e integrados à natureza, adequado às necessidades psicológicas que acompanham as dificuldades físicas de seus usuários. Claudio Vekstein chegou a uma solução arquitetônica complexa e densa de significados simbólicos. As referências diretas do arquiteto são o rigor analítico e de projeto de Amancio Wiiliams, com quem trabalhou, como estagiário até 1989, a concepção do diagrama e da livre composição baseada na costura de elementos parciais, aplicada por Eric Miralles (1955 – 2000), que foi seu professor de mestrado. Os arquitetos do projeto basearam-se na criação de uma forte imagem urbana, que resgatasse um espaço cotidiano geralmente negado aos pacientes com dificuldades motoras, ou seja, que esses habitantes de uma cidade adversa e inóspita pudessem encontrar no interior do edifício a qualidade adequada aos equipamentos necessários para seu deslocamento. Daí o esquema de um pátio central definido por sistemas de rampas de inclinação leve, como elemento expressivo da ideia de movimentação, que é fundamento essencial do projeto.

Figura 23. Vista Interna – Estrutura - Centro de Reabilitação Motora Vicente López Foto Disponível em: (Segre, 2005) / Acesso em 20/03/2019, Aprox. às 10:15 Am.


40

FORMA O centro possui forma aglomerada quando os setores são formados a partir de um pátio e os demais, distribuídos nas extremidades desse pátio, possui três pavimentos onde se organiza pela faixa de pacientes. Construção prismática pura, linhas de desenvolvimento mais horizontais, predomínio de vazios, apesar de possuir grande proporção de cheios criam aspecto de casca vazada e um recorte vertical na casca contraria ao recorte maior no sentido horizontal e diferença na altura da platibanda para demarcação de acesso principal. (Bairros, 2016).

Figura 25 Forma / Volumetria. Fonte: Elaborado pela Autora

Figura 24. Vista Interna – Estrutura - Centro de Reabilitação Motora Vicente López Foto Disponível em: (Segre, 2005) / Acesso em 20/03/2019, Aprox. às 10:15 Am.

A forma em U responde a ideia de criar um espaço aberto central, capaz de fornecer uma insolação ambiental saudável e ventilação para todo o edifício, além de uma praça tipo, de muitos usos com vegetação.


TÉRREO

41

SETORIZAÇÃO A Setorização neste projeto se divide nos três primeiros níveis de forma, semelhante. Em Rosa está a circulação que interliga os demais setores do prédio, em Azul representa as áreas de Serviços, Amarelo a área da Administração e Verde Água, as áreas de Lazer e por ultimo o Verde representa o acesso de veículos e pedestres; A distribuição de cada um dos setores que compõe o programa de necessidades se dá a partir do pátio central que serve como elemento de ligação entre todos os setores.

2º PAVIMENTO

1º PAVIMENTO

Figura 26. Setorização - Centro de Reabilitação Motora Vicente López. Foto Disponível em: (Amarante, 2016) / Acesso em: 20 de Março, Aprox. às 1:00 Pm


42

Figura 27 -Fluxos de Circulação - Centro de Reabilitação Motora Vicente López. Fonte: (Segre, 2005) / Alterado pela Autora

FLUXOS / CIRCULAÇÃO O Fluxo interno é bem organizado, sem longos caminhos a serem percorridos. Há uma circulação principal centralizada no edifício, que acompanha a forma em “ U” e faz conexão direto com a recepção. A ligação entre os pavimentos é feito através das rampas, não há elevadores no edifício, com isso é necessário que os usuários se desloquem sempre pelas rampas de acesso. O Acesso principal se dá pela fachada oeste, única que dá acesso direto a rua. A edificação não possui estacionamento para as pessoas em atendimento, apenas um acesso para veículos, para dar suporte ao setor de serviços do centro, acessado por essa mesma fachada.


43

SISTEMA CONSTRUTIVO O sistema construtivo do projeto predomina-se basicamente o uso do concreto armado, as simplicidades da técnica compensaram a alta complexidade espacial e formal do edifício, devido a sua simplicidade construtiva, viabilidade econômica, alta durabilidade e resistência a nível institucional. As lajes são pós-tensionada permitindo evitar luzes intermediárias e dar uma espacialidade total nos ambientes, dando uma grande flexibilidade e repetibiladade e de fácil adaptação a mudanças futuras. A Estrutura é considerada como o envelope superior - inferior e, em muitos casos, lateral nas fachadas, através de brises suspensos e grandes caixas de painéis.

Figura 28. Sistema Construtivo – Centro de Reabilitação. Foto Disponível em: (Segre, 2005) Acesso em 21 de Março de 2019

Figura 29 - Painel Perfurado– Centro de Reabilitação Motora Vicente López. Foto Disponível em (Segre, 2005) / Acesso em: 20 de Março, Aprox. às 10:15 Am.


44

O projeto em concreto armado deu uma aparência um pouco mais pesada para a edificação, apesar das curvas e linhas, talvez para se destacar em meio ao caos da região central da cidade. Outro elemento usado foi o vidro, utilizado na fachada, formando uma pele de vidro, contrastando com o pesado concreto.

ACESSOS E ACESSIBILIDADE A acessibilidade é incondicionalmente a principal referência do projeto como elemento expressivo da ideia de movimento que é o fundamental da reabilitação. Possui rampas suaves para a acessibilidade com formatos orgânicos expressando a ideia de movimento.

Figura 30. Elevação Frontal – Centro de Reabilitação Vicente López Foto Disponível em: (Segre, 2005) / Acesso em 21 de Março de 2019.

A fachada curva em vidro situada para o lado oeste tornou-se um marco para a edificação, foi utilizado uma tela de concreto armado que faz a função de brises, protegendo-a, nessa tela abre-se perfurações formando as siglas do centro (IMRVL), que identificam a instituição. O clímax metafórico acontece na entrada principal. Disposta em posição assimétrica na fachada, a tela é substituída por uma abertura que permite a iluminação desde o alto do edifício, inundando com sol o acesso dos pacientes.

Figura 31. Acessos – Centro de Reabilitação Vicente López. Foto Disponível em: (Segre, 2005) / Acesso em 21 de Março de 2019.


45

ILUMINAÇÃO / INSOLAÇÃO A Fachada da edificação está situada para o lado oeste, e por este motivo, recebe boa parte do dia a iluminação direta do sol, a tela de concreto tem um papel importante na proteção da fachada em vidro, impedindo que a luz chegue diretamente dentro dos ambientes.

A tela funciona como um sistema de brises que protege a fachada curva de vidro. Iluminada à noite, ela aponta, a distancia, a sua presença. Disposta em posição assimétrica na fachada, a tela é substituída por uma abertura que permite a iluminação em todo o edifício. Um painel perfurado, suspenso no ar, estabelece o limite superior, que o autor identifica como metáfora da “Mão de Deus”. É a simbolização do ser abençoado pela luz da esperança: com a ajuda dos médicos e terapeutas, podendo resgatar à mobilidade perdida.

ABERTURAS As aberturas assumem formas variadas de acordo com os espaços, otimizando o uso da VENTILAÇÃO e ILUMINAÇÃO NATURAL. Um elemento importante do projeto foi o controle lumínico dos diferentes ambientes. O desejo de configurar espaços rigorosamente adaptados as suas funções de ambientes adequados aos pacientes de diferentes faixas etárias levaram ao desenho de janelas com formas livres e variadas, o que facilita a visão dos usuários, tanto para o pátio como para a tela, que como um filtro, estabelece um relacionamento com a rua.

Figura 32. Esquema de Iluminação e Insolação - Centro de Reabilitação Motora Vicente López. Fonte: (SIlva, 2014) / Acesso em: 05 de abril de 2019.


46

CONCLUSÃO O Projeto do Centro de Reabilitação Motora de Vicente López foi o 1º Instituto a vencer o prêmio na categoria “Nova Construção de mais de 100 m² do Prêmio Latino-Americano de Arquitetura e Engenharia Hospitalar AADAIH – SCA”, Prêmio que tem como objetivo reconhecer o melhor da arquitetura para a saúde, realizado na Argentina em 2001. Ao analisar as diversas configurações dos ambientes, pode-se dizer que essa obra torna-se um reflexo da sociedade, e até mesmo ser uma critica ao preconceito, de forma que, as diversas formas formam um edifício, com funcionalidade exemplar, e possuindo uma representação de uma estética harmoniosa. Esta obra é passível de grande admiração, pois teve sucesso em representar arquitetonicamente, tanto do ponto de vista funcional quanto o estético. O Arquiteto procurou trabalhar com um jogo de concreto e vidro, além de fazer uso de rampas suaves, assim é possível perceber o cuidado que obteve com a questão da acessibilidade, priorizando os pacientes com mobilidade reduzida. A funcionalidade e a acessibilidade do projeto valorizam os pacientes dentro de suas necessidades.

Figura 33 – Ambiente Interno – Centro de Reabilitação Motora Vicente López. Foto Disponível em: (Segre, 2005) / Acesso em: 20 de Março, Aprox. às 10:15 Am.


47

3.2

CENTRO DE REABILITAÇÃO INFÁNTIL DO TELETÓN

FICHA TÉCNICA

Figura 34 - Vista Interna – Centro de Reabilitação Infantil do Teletón. Foto Disponível em: (Delaqua, 2015) / Acesso em 25 de Março, Aprox. as 9:15 da Am.

Local: Assunção, Paraguai. Arquiteto: Solano Benitez; Equipe de Projeto: Gloria Cabral, Alberto Marinone, Bertha Peronni, Jorge Galhardo, Maria Paz Gill, Matias Ortiz, Mercedes Pena, Laura Mostafa, Paolo Olive, Salvatore e Vicdomini; Ano do Projeto: 2009 Ano de Conclusão: 2010 Área do Terreno: 13.800 m² Área Construída: 3.500 m²


48

CONTEXTO A ideia surgiu principalmente a partir da necessidade de revitalizar o antigo prédio do Centro de Reabilitação Infantil do Teletón, hoje com 30 anos, enfrentou diversas dificuldades, durante esse tempo, o seu destino institucional não foi diferente de seu país, o Paraguai, marcado por negligência, corrupção e desanimo, foi também o que afetou o antigo prédio da Instituição ao longo dos anos. O mais novo projeto foi realizado a partir de doações da população paraguaia, assim a edificação teria um orçamento reduzido e deveria contemplar diversos aspectos e espaços no programa. Sendo assim, a filosofia do arquiteto Solano Benitez, e seus associados se encaixaria perfeitamente para a execução do projeto, teve como objetivo, qualificar e revitalizar ambientalmente o antigo prédio, caracterizado pela negligência e o abandono.

Figura 35. Estrutura em Madeira Treliçada Fotos Disponível em: (Delaqua, 2015) / Acesso em 26 de Março, Aprox. as 2:00 da Pm.

PARTIDO ARQUITETÔNICO Os Arquitetos do Gabinete da Arquitetura, tomaram como partido arquitetônico, para o projeto de reconstrução do Centro de Reabilitação Infantil do Teletón, primeiramente usar um sistema construtivo, a fim de gerar uma eficiência na construção da edificação. Solano Benitez buscou baratear a construção e torná-la sustentável, utilizando novas técnicas e materiais renováveis, já pensando e aplicando as técnicas construtivas, que melhor se encaixariam em cada situação a fim de tornar o projeto mais acessível. O Projeto para o Teletón, uma Fundação de Reabilitação para pessoas com dificuldade de locomoção, foi feito em cima do antigo espaço abandonado, já existente. São dois edifícios, apenas a recuperação do menor foi concluído. As construções existem são de desde 1982 sem sofrerem qualquer manutenção ou modificação ao longo do tempo.

Figura 36 - Detalhes da Estrutura em Madeira Treliçada Fotos Disponível em: (Delaqua, 2015) / Acesso em 26 de Março, Aprox. as 2:00 da Pm.


49

LOCALIZAÇÃO O Centro de Reabilitação está localizado na principal avenida da cidade, a Av. Cacique Lambare,de fácil localização no centro da cidade de Assunção, Paraguai.

CONTEXTO URBANO O Centro de Reabilitação está localizado em uma região central da cidade, por isso seu entorno é caracterizado como sendo uma região mista, composta de edificações residenciais, comerciais institucionais e de comercio e serviços. O local possui grande fluxo de veículos devido estar localizado em uma das principais avenidas que interliga a cidade.

Figura 37:. Mapa de Localização –. Fonte: <Google Earth> Editado pela Autora. Acesso em 25 de Março de 2019.

Figura 38 - Contexto Urbano dp Centro do Reabilitação Infantil do Teletón. Fonte: <Google Earth> Editado pela Autora. Acesso em 10 de Abril de 2019.

LOCALIZAÇÃO


50

ARQUITETO LOCALIZAÇÃOLOCALIZAÇÃO

Figura 39. Arquiteto Solano Benitez. Foto Disponível em: (Da Wikipédia, a enciclopédia livre, 2017) Acesso em 25 de Março, Aprox. às 10:15 da Am. .

BIOGRAFIA

Solano Benitez, Arquiteto Paraguaio, nasceu em 1963 em Assunção, Paraguai;

Formou-se em Arquitetura no ano de 1986 pela Universidade Nacional de Assunção (FAUNA);

Fundou o Gabinete Da Arquitetura com dois amigos Alberto Marinone e Glória Cabral, um ano após a graduação.

Hoje é professor Universitário e já atuou em diversos países.

Figura 40. Imagem Interna – Centro de Reabilitação Infantil do Teletón. Foto Disponível: (Delaqua, 2015) / Acesso em 26 de Março,.


51

IMPLANTAÇÃO O Terreno do projeto está implantado na Av. Cacique Lambare, o terreno possui 13,800 m², sendo apenas 3,200 m² de área construída. Por estar localizado no centro da cidade, é considerado como ponto estratégico e é implantado em um lote quadrado, quase que ocupando o lote todo em seu entorno.

PROGRAMA DE NECESSIDADES O Teletón atende aproximadamente 380 crianças por dia, segundo o (Archdaily, 2015), seu programa de necessidades foi pensado de forma a abranger a todas as necessidades de seus usuários, sendo assim, o local possui além dos Jardins Internos e Externos Vagas de Estacionamento, Ampla Área de Vegetação, entre outras áreas que integram o programa, esses locais foram projetados exclusivamente para serem os melhores ambientes, onde as pessoas passam a maior parte do tempo. Figura 41. Implantação Fonte: < (Oliveira, 2017) > / Acesso em: 26 de Março,

Figura 42. Programa de Necessidades. Fonte: < (Oliveira, 2017) > / Alterado pela Autora / Acesso em 26 de Março de 2019


52

SETORIZAÇÃO A Setorização se dispõe em quatros blocos, com os seguintes setores:    

Hidroterapia; Consultórios; Salas de Terapias; Salas de Oficinas;

Dois dos blocos tem acesso através de uma passarela, e os outros dois blocos que não se unem, através de passarelas de circulação, Figura 43. Setorização Interna Fonte: < (Oliveira, 2017) > / Acesso em: 26 de Março,

FLUXOGRAMA O Fluxograma se alinha de maneira sequencial, conforme a dependência dos espaços e suas conexões, no geral a organização se dão de forma em que os ambientes sejam próximos, por ordem de usos e funções, dando sequencia aos estágios da evolução da própria reabilitação.

Figura 44 - Fluxograma divisão de ambientes. Fonte: Elaborado pela Autora


53

SISTEMA CONSTRUTIVO

Devido sua experiência técnica, Solano conseguiu erguer um pavilhão na parte externa, que possui uma volumetria mais orgânica, com tijolos. Apesar de essa estrutura possuir uma armação complementar de aço. O espaço que abriga as piscinas segue a mesma lógica de construção: utilizar o tijolo para formar a espacialidade. Contudo, para esse esforço foram criados pilares muito robustos, a fim de utilizar o tijolo. A obra tem um desenvolvimento máximo de valor construtivo e estrutural da nova matéria prima adotada para se integrar as funções restauradas, tem o uso de pré fabricados de pedras, entulho e cerâmica.

Figura 17. – Centro de Reabilitação. Infantil do Teletón. Fonte: (Delaqua, 2015) Acesso em 26 de Março, Aprox. as 2:00 da Pm.

Todo o sistema construtivo é voltado para se gerar uma eficiência na construção da edificação. O Projeto foi desenvolvido contando com os materiais disponíveis: por um lado, fragmentos cerâmicos produzidos pelas demolições anteriores, do outro lado, portas de vidro temperado, doados por um banco após a reforma de suas agências. O Principal material usado foi o Tijolo, sendo uma marca registrada que o Arquiteto Solano Benitez possui. Inspirados por estruturas simples e forte morfologia de arquitetura vernancular. A escolha do material Tijolo, vem do seu baixo custo, que tem no pais, mostrando que uma das formas de diminuir o custo dos seus projetos e utilizar materiais e mãos de obras locais.

Tem sua estrutura em forma de “Folha Flutuante” que é feito de concreto com fragmentos cerâmicos, uso de abóbodas. A pirâmide também é feita da mesma maneira, de concreto, tem em sua geometria o uso de esforços de compressão em um dos nós, transporta a dois lados o mesmo esforço quando o terceiro lado tem seu esforço de tração (Archdaily, 2015).

Figura 45 - Sistema Construtivo. Fotos Disponível em: (Delaqua, 2015) Acesso em 26 de Março, Aprox. as 2:00 da Pm.


54

Figura 45 - Sistema Construtivo. Fotos Disponível em: (Delaqua, 2015) / Acesso em 26 de Março, Aprox. as 2:00 da Pm.


55

FORMA O “ARCO PERFEITO” foi esse o conceito em mãos de Benitez e sua equipe, criaram como um dos pontos chaves do projeto, o pequeno túnel que separa os consultórios das áreas de espera, o conceito usado, foi partir da abóboda catenária, é a curva na qual a carga esta uniformemente distribuída, de maneira que os arcos de uma corrente se mantêm em equilíbrio quando forma a curva.

AMBIENTES

Figura 46 - Estrutura Arco em Madeira. Fotos Disponível em: (Delaqua, 2015) / Acesso em 26 de Março, Aprox. as 2:00 da Pm.


56

CONCLUSÃO O Arquiteto Solano Bénitez demonstrou um profundo conhecimento ao trabalhar com o tijolo, tem o conhecimento sobre o material e domínio a suas técnicas, se destaca internacionalmente pela forma que pensa seus projetos.

INTERNOS

Com inspiração na morfologia das obras mexicanas, a criação do elo entre uma rede de elementos arquitetônicos independentes interliga-se as ideias de concepção deste projeto. O intuito da obra foi criar ambientes alegres e criativos, desenvolvido através do design infantil, onde o projeto preserve sua individualidade, permeados por esses espaços em cada ambiente, e Solano Bénitez chegou a um resultado inovador e eviciente. Solano Benitez revela que o edifício que criou junto de sua equipe de projeto, foi concebido com muita criatividade e imaginação, e foi à construção de uma sociedade contra a apatia e a desconfiança. A reabilitação se apresentou como uma oportunidade para redimir males, sentindo o valor de honrar cada tijolo colocado e da responsabilidade em cada detalhe da readequação.

Figura 47 - Imagens Internas - Centro de Reabilitação Infantil do Teletón. Fotos Disponível em (Delaqua, 2015) / Acesso em 26 de Março, Aprox. as 2:00 da Pm.


57

3.3

HOSPITAL DA REDE SARAH KUBITSCHEK

FICHA TÉCNICA Local: Jacarepaguá, Rio de Janeiro; Arquiteto: João Figueira Lima (Lelé) Equipe de Projeto: Ana Amélia Monteiro e Andre Borém. Ano do Projeto: 2001 Ano de Conclusão: 2008 Área do Terreno: 80.000 m² Área Construída: 52.000 m²

Figura 18. – Hospital da Rede Sarah kubitschek. Fonte: (Grunow, 2009)


58

ARQUITETO

Figura 48. Arquiteto Lelé. Foto Disponível em: <cadernoteca.polign.org/ wiki/Rede_de_Hospitais_Sarah_Kubitschek_Joao_Figueira_Lima_(Lele)> Acesso em 11 de Abril de 2019, Aprox. às 03:00 da Pm.

Em 1957, teve sua primeira experiência como arquiteto logo após se mudar para Brasília, e assim passa a conhecer Lúcio Costa e Oscar Niemeyer.

Em 1960, Lelé viaja à países como a China e outros do leste da Europa, onde passa a conhecer e se interessar por novos materiais e novas tecnologias;

Em 1962, é convidado por Oscar Niemeyer a trabalhar, na mais nova Universidade de Brasília, a UnB;

Em 1960 e 1980, Lelé realiza diversos projetos e realiza seu primeiro grande projeto de hospitais.

Em 1980, quando volta à Brasília, realiza e concretiza o projeto do Hospital Sarah Kubitschek para doenças do aparelho locomotor, projeto que futuramente se tornaria parte de uma grande rede de hospitais;

BIOGRAFIA 

João da Gama Filgueiras Lima conhecido como Lelé foi um renomado Arquiteto brasileiro, nasceu em 10 de janeiro de 1932, na cidade do Rio de Janeiro; Em 1955, formou-se Arquiteto, pela Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro aos 23 anos;

Atualmente, Lelé tem seus mais renomados projetos espalhadas por todo país, todas baseadas nos princípios da industrialização da construção; Lelé faleceu em 21 de maio de 2014, aos 82 anos, em decorrência de um câncer. Tornou-se uma grande inspiração para os jovens arquitetos, e é destaque no mundo todo, foi apontado por Lúcio Costa como sendo um dos três nomes mais admiráveis da Arquitetura Modernista Brasileira.


59

LOCALIZAÇÃO

IMPLANTAÇÂO

O Hospital Sarah Kubitschek está localizado na Avenida Canal. Estr, Arroio Pavuna, no bairro de Jacarepaguá na cidade do Rio de Janeiro, como ponto de referência tem - se a Lagoa de Jacarepaguá, não muito afastado da praia.

A implantação do hospital se encontra em um grande lote próximo a lagoa de Jacarepaguá na zona oeste do Rio de Janeiro, está localizado na Avenida Canal. Estr, Arroio Pavuna de frente pra Rua Embaixador Alberto Bueno, seu entorno é caracterizado por ser uma área vasta e rica em vegetação e de áreas verdes.

Figura 49 - Mapa de Localização –. Fonte: <Google Earth> Editado pela Autora. Acesso em 11 de Abril de 2019.

1234-

ESTACIONAMENTO / AUDOTÓRIO / HOSPITAL / SERVIÇOS GERAIS Figura 50 - Implantação. Foto Disponível em: (Grunow, 2009) Acesso em 03 de Abril de 2019, Aprox. as 2:00 da Pm


60

REDE SARAH DE HOSPITAIS A arquitetura dos hospitais da Rede Sarah oferecem espaços amplos e integrados, favorecendo o trabalho interdisciplinar. Cada centro de reabilitação da Rede Sarah representa um espaço para reprodução e aperfeiçoamento dos princípios, conceitos e técnicas consolidadas ao longo do tempo pelo Sarah. Os conceitos agregados e aplicados, no cotidiano, pelos profissionais, transformaram o Sarah em centro de referência nacional e internacional. “Quando concebo um hospital, eu imagino sempre como se ele fosse uma árvore, pois existe uma infraestrutura embaixo da terra de instalações que são vitais para o funcionamento do hospital como as raízes são também para a árvore. A infraestrutura tem que ser flexível e crescer junto. Se a árvore começa a tombar em determinada direção, as raízes vão criando um equilíbrio necessário ã sua sustentação. À medida que o hospital cresce, a infraestrutura deve acompanhar, pois só assim podemos atender as exigências tecnológicas do diaa-dia, e mais ainda, além de crescer junto, o princípio da flexibilidade servirá ao atendimento das novas dinâmicas impostas ao cotidiano” ( Lelé, 2003).

Os edifícios hospitalares para muitas pessoas são vistos como sendo ambientes melancólicos de dor e sofrimento, por muito tempo e em muitos lugares de fato é assim. Mas para Lelé os projetos arquitetônicos para hospitais devem ser pensados para serem ambientes mais humanos, para assim poder acolher as pessoas da melhor forma, e onde se sentiram bem.

Segundo Lelé, as pessoas não se curam somente das dores físicas, mas devem também se curar das dores espirituais. A funcionalidade tem um significado maior do que aparenta ter, é funcional criar ambientes em que os pacientes se sintam à vontade, e que possibilitem sua cura psíquica. Desse modo, a relação entre natureza e arquitetura são fatores chaves para a humanização dos espaços, segundo Lelé, são os que alimentam o espírito. O Centro Internacional SARAH de Neurorreabilitação e Neurociências na cidade do Rio de Janeiro é um Centro de Reabilitação que faz tratamentos de distúrbios neurológicos, idealizado para ser o melhor e maior hospital especializado em reabilitar pessoas com deficiência no sistema nervoso central e locomotor no Brasil e outros países. Teve seu orçamento de projeto entorno de 180 milhões de reais e conta com uma quantidade de até 209 leitos. Com 4 diretrizes básicas o programa se faz:    

Programa de Medicina do Aparelho Locomotor e Reabilitação, oferecendo acolhimento qualificado e gratuito a todos; Concepção de um centro de pesquisas e desenvolvimento de equipamentos hospitalares; Implantação gradativa da Rede, com a instauração de novos hospitais, em vários estados do pais; Capacitação de profissionais da área médica, para serem peritos em recuperação para trabalharem em hospitais;


61 TÉRREO 1- Espera 2- Ambulatório 3- Radiologia 4- Laboratório 5- Centro Cirúrgico 6- Central de Materiais 7- Arquivo Médico 8- Oficina Ortopédica 9- Internação e Alta 10- Fisioterapia e Hidroterapia 11- Primeiro Estágio 12- Internação / Enfermaria 13- Internação / Apartamentos 14- Solário 15- Cozinha / Refeitório 16- Lavanderia 17- Almoxarifado / Bioengenharia 18- Manutenção 19- Administração 20- Vestiário dos Funcionários 21- Manutenção Predial 22- Caldeiras 23- Auditórios 24- Projeção do Centro de Estudos 25- Espelhos d’Água

CORTE AA

Figura 51 -. Planta Pav. Térreo e Cortes AA e BB. Foto Disponível em: (Grunow, 2009) Acesso em 03 de Abril de 2019

CORTE BB


62

CIRCULAÇÃO A circulação se faz, especificamente em formato de grelha e concentra-se nas extremidades dos blocos e a conexão entre os blocos é feita através da passarela da cobertura. Nas fotos ao lado é possível observar os dois pavimentos das unidades de internação interligados ao passeio central, que tem cobertura retrátil e a passarela de acesso ao solário, ambientada pelo generoso espelho d’água.

Figura 52.- Planta Pav. Térreo / Circulação / Alterado pela Autora. Foto Disponível em: (Grunow, 2009) / Acesso em 05 de Abril de 2019

Figura 53 – Passarelas de Circulação Foto Disponível em: (Grunow, 2009) / Acesso em 06 de Abril de 2019 Aprox. 9:00 Am


63

SETORIZAÇÃO A Setorização se dispõe em três blocos de edifício com características de pavilhão divididos de acordo com as exigências de cada ambiente e setor como o Setor da Emergência, a de Internações e Serviços Gerais, além dos anexos, o bloco do Auditório, o Centro de Estudos e o Solário,

Figura 54. Setorização / Hospital da Rede Sarah Kubtschek/ Foto Disponível em: <(Dias, 2017)> Acesso em 08 de Abril de 2019 / Aprox. 10:00 Am


64

Figura 54. Setorização / Hospital da Rede Sarah Kubtschek/ Foto Disponível em: <(Dias, 2017)> Acesso em 08 de Abril de 2019 / Aprox. 10:00 Am


65

PROGRAMA DE NECESSIDADES

FLUXOGRAMA

A Organização dos espaços segue o padrão dos Hospitais da Rede Sarah Brasil, para o bom funcionamento geral do edifício. O hospital é constituído por quatro blocos de edifícios interligados para o Serviço Técnico, Internação, Serviços Gerais, Centro de Estudos, Residência e Auditório. Na área foi utilizado o sistema horizontal e tipologias lineares com a maior parte do programa no térreo.

Figura 55-. Programa de Necessidades. Hospital da Rede Sarah – Rio de Janeiro /. Fonte: Elaborado pela Autora

Centro Internacional Sarah de Neurorreabilitação e Neurociências admite crianças portadoras de lesões congênitas, ou adquiridas, do sistema nervoso central ou periférico. O projeto atende além do programa complexo de um hospital de reabilitação e outras doenças relacionadas ao aparelho locomotor, também supri a demanda por novas tecnologias e suas manutenções sem depender do fornecimento das grandes indústrias. Figura 56. Fluxograma divisão de ambientes. Fonte: Elaborado pela Autora


66

VENTILAÇÃO / INSOLAÇÃO O Rio de Janeiro tem clima excessivamente úmido e quente. Sendo assim Lelé, propôs uma forma de ventilação flexível com três alternativas de ventilação, a natural, a natural forçada e a de ar resfriado.

A ventilação natural que é exclusivamente pelo teto com grandes aberturas em arco no salão central, na fisioterapia e na hidroterapia. A ventilação natural forçada que ocorre através de dutos que espalham nos ambientes o ar captado fan-coil que fica no piso técnico.

O controle da ventilação e iluminação natural é através de esquadrias retrateis no teto, não dependendo do Sheds permanentes da cobertura. O hospital também possui ar condicionado em todos os ambientes para os dias mais quentes. (Cláudio Boni, 2018)

Figura 58. Sist. de Ventilação. Foto Disponível em: (Grunow, 2009) Acesso em 06 de Abril de 2019. Aprox. 10:00 Am

Figura 57. Sistema de Ventilação. Foto Disponível em: (Grunow, 2009) Acesso em 06 de Abril de 2019. Aprox. 10:00 Am

O prédio se encontra em uma cota de nível acima do nível da Lagoa de Jacarepaguá por precaução em casos de inundações. Sua topografia linear térrea, foi implantada no sentido norte-sul, direcionando as maiores fachadas no sentido leste-oeste para receber o sol nascente e poente, tratando de proteger as fachadas com elementos verticais e grandes beirais.


67

SISTEMA CONSTRUTIVO O Sistema Construtivo dos Hospitais da Rede Sarah é composto por componentes pré fabricados, basicamente formados por estruturas metálicas e vedação em argamassa armada. Isto possibilita maior flexibilidade, facilitando etapas de construção, montagem e principalmente a manutenção e as futuras ampliações dos hospitais. Cada unidade hospitalar da Rede se origina em um único projeto, como um grande jogo de montar que emprega os diversos componentes construtivos modulados, levando em conta os condicionantes do terreno, insolação e ventilação. ESTRUTURA - O sistema é constituído de vigamento metálico que vencem vãos variáveis, nas vigas principais são apoiados pilares metálicos que recebem as cargas das lajes pré-fabricadas em argamassa armada pré-moldada e no contrapiso argamassa armada moldada

in loco com grelha. Por causa dos vãos variáveis existem três tamanhos diferentes de coberturas em arco. SOLÁRIO - A estrutura do solário é independente e constituída por plataformas metálicas, que são respectivamente engastadas em cada um dos lados de um pilar em treliça metálica, além de quatro tirantes fixados no solo e no topo do mastro, que constituem também os apoios laterais das plataformas. AUDITÓRIO - O auditório é constituído de dois anéis, um superior metálico que é constituído pela semiesfera de gomos móveis em aço inoxidável, e um inferior de concreto armado por onde passa uma galeria circular que correm as tubulações de ar condicionado e fiação elétrica, a estrutura do auditório, é constituída por vigamento metálico radial engastado nos anéis superior e inferior ao longo do perímetro do prédio. (Dias, 2017)

Figura 59. Croquis de Estudo – Foto Disponível em: (Leonidio, 2014) / Acesso em 16 de Abril de 2019. Aprox. 10:00 Am


68

CRIAÇÃO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS Lelé não só ousava em seus projetos arquitetônicos, ele ia muito além disso, desenvolvia também projetos de mobiliários hospitalares e equipamentos que eram indispensáveis em suas obras. Em destaque de mobiliários hospitalares há o projeto da Cama-Maca Móvel, que dá suporte e ajuda pacientes ortopédicos, que possuem alguma dificuldade para se locomover, e poderem ir até o jardim ou em outros locais que necessitassem ir, Lelé produziu também diversos equipamentos como elevadores, teleféricos, luminárias e até mesmo ventiladores que tem papéis fundamentais nos ambientes internos de suas obras, e para aqueles que precisassem se locomover para fora dos hospitais, para uma distância um pouco mais longa havia um veiculo chamado Trolly também inventado por Lelé.

Figura 60 .Cama-Maca Móvel. Foto Disponível em: Acesso em 16 de Abril de 2019. Aprox. 10:00 Am

Figura 61 .Ônibus de Locomoção Trolly. Foto Disponível em: Acesso em 16 de Abril de 2019. Aprox. 10:00 Am


69

Os hospitais da Rede Sarah destacam-se pela perfeita combinação entre arquitetura, obras de arte, natureza e necessidade médica, fazendo com que os ambientes sejam mais que agradáveis e humanos para todos. A reabilitação não está somente ligada ao atendimento hospitalar, mas também a relação dos ambientes com os pacientes. Os projetos de Lelé contemplam espaços amplos, coloridos, integrados a natureza e contam também com iluminação e ventilação naturais. O contato com a natureza são um dos fatores importantíssimos que o hospital possui, e isso interfere diretamente na qualidade dos atendimentos. A relação dos espaços com os pacientes faz toda a diferença em seu bem estar e no seu quadro de melhoras nas recuperações. Lelé possui uma maneira diferente entre todos os arquitetos em tratar projetos hospitalares, com tanta experiência que adquiriu, a cada novo projeto, aprendeu a usar recursos que são os verdadeiros motivos de tornar seus projetos inovadores, funcionais e referência mundial. De modo sensível e consciente Lelé cria sua arquitetura, preocupando sempre em respeitar o homem e os espaços por eles ocupados.

AMBIENTES


70

CONCLUSÃO O projeto é um ótimo exemplo de ambientes pensados e desenvolvidos para atender pessoas com deficiência, principalmente pelo fato da humanização do projeto e principais pontos de acessibilidade.

EXTERNOS

Pode-se perceber que o arquiteto Lelé não pensou somente em projetar algo bonito e grande para chamar atenção, pelo contrário, ele pensou primeiramente nas pessoas que de fato iriam usufruir desse local, principalmente sendo pessoas com alguma necessidade especial, onde requer maior cuidado e atenção. Lelé se apropriou muito bem do conforto e demonstrou toda a sua preocupação com os pacientes, proporcionado bem estar e vida para os ambientes. A ideia de concretizar uma arquitetura mais humana racionaliza e economicamente viável, tornou a Rede Sarah um símbolo de boa arquitetura tanto no Brasil como no mundo a fora.

Figura 62. Ambientes Internos e Externos Hospital Rede Sarah – Foto Disponível em: (Leonidio, 2014) / Acesso em 16 de Abril de 2019. Aprox. 10:00 Am


71


72

5 D I A G N Ó S T I C O U R B A N O


73

ESPÍRITO SANTO DO PINHAL

Figura 63. Espírito Santo do Pinhal – SP. Fonte Carlos Alipert


74 DADOS DEMOGRÁFICOS

Figura 64 - Dados Demográficos de Espírito Santo do Pinhal – SP. Fonte: IBGE


75

LOCALIZAÇÃO Espírito Santo do Pinhal é um município brasileiro situado no interior do Estado de São Paulo. também conhecido como a “Rainha das Serras”, possui um dos melhores índices de desenvolvimento humano do país, conta com uma população de 44,186 habitantes, possui uma densidade demográfica de 107,61 hab/km² e ocupa uma área de 394 Km quadrados segundo dados do IBGE de 2018. Figura 65: Mapa de Localização / América do Sul / Brasil / Estado de São Paulo / Espírito Santo do Pinhal –. Fonte: <Google Earth> Editado pela Autora. Acesso em 22 de Abril de 2019.


76

SP - 340 AGUAÍ

CASA BRANCA.......................................................................40 KM

SP - 342 . ESPÍRITO SANTO DO PINHAL SÃO JOÃO DA BOA VISTA ...........32 KM SÃO JOÃO DA BOA VISTA ÁGUAS DA PRATA ..............................10 KM ÁGUAS DA PRATA CASCATA...........................................................15 KM

SP - 344 AGUAÍ SÃO JOÃO DA BOA VISTA....................................................25 KM SÃO JOÃO DA BOA VISTA VARGEM GRANDE DO SUL................ 21 KM VARGEM GRANDE DO SUL SÃO SEBASTIÃO DA GRAMA.............20 KM

SP - 346

MG - 455

/ ESPÍRITO SANTO DO PINHAL SANTO ANTÔNIO DO JARDIM........13 KM SANTO ANTÔNIO DO JARDIM ANDRADAS.......................................13 KM ANDRADAS SANTA RITA DE CALDAS..............................................33 KM

267 CASA BRANCA VARGEM GRANDE DO SUL ....................................24 KM VARGEM GRANDE DO SUL SÃO ROQUE DA FARTURA................23 KM SÃO ROQUE DA FARTURA CASCATA..............................................10 KM CASCATA POÇOS DE CALDAS..........................................................30 KM

SP - 146 ANDRADAS

POÇOS DE CALDAS......................................................57 KM

Figura 66: Rota Turística de Espírito Santo do Pinhal –. Fonte: Elaborado pela Autora.


77

BREVE HISTÓRICO DE ESPÍRITO SANTO DO PINHAL O município de Espírito Santo do Pinhal começou a ser povoado em meados dos anos de 1820, com a chegada de vários colonizadores que chegavam buscando riqueza e desenvolvimento por essas terras. Porém, havia muita disputa de terras por fazendeiros na região, e com isso Romualdo de Souza Brito e sua esposa Tereza Maria de Jesus, decidiram doar 40 alqueires de suas propriedades para a formação do patrimônio a favor do Divino Espírito Santo, em 1849. O local começou a ser formado como sendo um pequeno e rústico povoado, a partir do primitivo arraial, se tornando uma vila modesta com o tempo. O povoado começou sua expansão em volta da pequena capela a qual marcou a formação da cidade, mas cresceu e transformou –s e em um município Hoje mais conhecida como igreja matriz do Divino Espírito Santo, antiga capela do povoado, foi construída por iniciativa e

administração do Reverendo Vigário José de Carvalho Montenegro começou como sendo uma pequena capela vinte anos depois após ter sido feita, ficou literalmente pequena para à população que ali se desenvolvia. Sua expansão começou no ano de 1874, ao redor da pequena capela, possuía grandes e grossas paredes de taipa. A igreja passou por grandes intervenções ao longo de sua história, e assim a pequena capela ganhou forma e mudou sua feição, hoje é vista como um grande marco, ponto turístico e religioso para o município. O sitio urbano é construído por colunas alongadas, separadas por vales fluviais abertos. O município teve sua expansão orientada pela topografia de seu traçado urbano, que teve como orientação o tabuleiro de xadrez, tradição portuguesa, porém nem sempre suas ruas são no traçado geométrico, em virtude do relevo.

Figura 67 - Fotos Antigas de Pinhal. Fonte:: <(Martins, 1986) >/ Acesso em 25 de Abril de 2019


78

Segundo analise do livro Espírito Santo do Pinhal, A Rainha das Serras, a malha urbana sempre se dirigiu na direção Oeste, onde o relevo foi mais propício, suave e com os horizontes abertos. No lado Leste, o avanço da cidade foi mais lenta devido ao seu relevo, que é mais movimentado e impróprio.

A cidade cresceu horizontalmente, sua forma original Norte – Sul desapareceu e hoje com o sentido Leste – Oeste, ao mesmo tempo a cidade cresceu no sentido vertical.

De acordo com o professor de Geografia João Baptista Scannapieco (1999):

"O núcleo inicial foi organizado em torno da praça da atual Igreja Matriz (Praça da Independência), de onde partem algumas ruas, em tabuleiro de xadrez, até o limite das divisas originais do patrimônio. A forma de ocupação do solo em Pinhal foi determinada pelas classes dominantes, sendo as áreas preferidas da elite cafeeira, e posteriormente dos imigrantes bem sucedidos e relacionados com os fazendeiros, as quadras da parte alta da cidade”. (Ferreira, 2013)

“A expansão urbana da cidade de Espírito Santo do Pinhal, foi lenta no início. Por muito tempo, a cidade ficou parada no tempo e no espaço, porém a chegada dos Trilhos da Mogiana, fez com que o seu crescimento para o lado Oeste mais favorável, por meio dele chegou também às construções de gares, armazéns de café. Ao Sul a cidade teve mais dificuldade de se expandir, mas a partir de 1950, a cidade de Pinhal começa a receber novos empreendimentos e começa a subir colinas e descer vale”. (Scannapieco, 1999), p.25

(1850 – 1890) O Povoamento Inicial

(1890 – 1950) Expansão da Área Urbanizada

Segundo consta Camila Corsi Ferreira, em seu artigo:

Sobrepondo as plantas do núcleo urbano pinhalense dos últimos 50 anos, pode-se acompanhar o crescimento da cidade. A baixo encontra-se os mapas para observação:

(1950 – 1960) Crescimento Urbano além do Ribeirão dos Porcos

(1960 – 1980) Implantação Industrias

A Cidade a partir de 1980

Figura 68. Desenvolvimento Urbano/ Fonte: < Arquivo Público do Estado de São Paulo> / Alterado pela Autora / Acesso em 22 de Abril de 2019. Aprox. 3:00 Pm.


79

Figura 69 - Café de Pinhal. Imagem Disponível em: < https://www.portaldepinhal.com.br/2018/02/turismo-em-espirito-santo-do-pinhal.html / Acesso em 22 de Abril de 2019

A ECONOMIA E O DESENVOLVIMENTO DA CAFEICULTURA Inicialmente a população da época se dedicava à agricultura diversificada e a criação de gados. A Cafeicultura foi introduzida em Espírito Santo do Pinhal em meados do século XIX, e se intensifica no ano de 1870. Em 1873, já contava com 53 fazendeiros de café. Em 1877, a colheita de café foi de 250 mil arrobas, segundo dados da Poliantéia. Já em 1885, o número de fazendeiros cresce para 93 no município e continua a crescer nos anos seguintes. (Rizzoni, 1949) O café tornou-se fator de riqueza e desenvolvimento no município, e em 1927, Pinhal conquistou o titulo de produtor do melhor café brasileiro. O município sendo um grande produtor de café de altíssima qualidade, a própria cultura cafeeira suscitou o desenvolvimento de algumas atividades que se destacaram como o centro de comercio, o polo produtor e o centro de pesquisas.

Segundo analise do livro de Sônia Maria de Freitas, as regiões que possibilitam excelência do café produzidos em Pinhal estão ligadas ao microclima da região, o tipo de relevo montanhoso, com temperaturas amenas, por volta de 23ºc, e a pluviosidade anual de 150 mm, sendo o mês de julho o mais seco e o mês de dezembro o mais chuvoso e possui uma boa qualidade do solo, com isso tornaram-se as condições favoráveis ao desenvolvimento da Cafeicultura em Espírito Santo do Pinhal. (Freitas, 2013) Atualmente, há em torno de 250 propriedades dedicadas ao cultivo do café, com mais de 10 mil covas e produção anual em torno de 200 mil sacos de café de qualidade. Além do café há outras atividades nos setores agrícolas, comerciais, industriais e educacionais do município.


80

A CONSTRUÇÃO DO RAMAL FERROVIARIO – COMPANHIA MOGIANA A passagem do século XIX para o século XX, com a chegada das linhas férreas, resultou em grandes transformações e inovações para o espaço urbano em todo o estado. Por volta de 1950 o café tornou – se uma importante fonte de renda para Pinhal e região. Com isso foi preciso construir uma ferrovia, como resultado da campanha organizada pelo Comendador Montenegro, em 1870 a Companhia Mogyana se manifestou para a construção de um ramal que ligasse Pinhal a Mogi Guaçu. Foram feitos vários estudos para se definir o traçado do novo ramal e, em 1887 firmou-se que o mesmo e teria a extensão de aproximadamente 39 quilômetros. A Ferrovia começou a ser construída pelos próprios cafeicultores em 1874, a estação de Pinhal foi inaugurada em 30 de setembro de 1889.

Figura 70. Estação Ferroviária de Pinhal de 1986. Fonte: Divino Espírito Santo e Nossa Senhora das Dores de Pinhal – Roberto Vasconcellos Martins, (1986).

Segundo Ribeiro, o transporte ferroviário facilitou não só o escoamento da produção cafeeira, como também a circulação de informações, ideias e pessoas. A estrada de ferro possibilitou a chegada dos imigrantes que trabalharam nas lavouras e na construção das cidades, trouxe materiais importados fundamentais para a execução da nova arquitetura. Sobre os trilhos, as locomotivas a vapor, as Maria fumaças vencem o isolamento das fazendas e cidades espalhadas pelo interior do território paulista. (Ribeiro, 2013) De acordo com informações do site da estação ferroviária, ela foi fechada definitivamente, com o ramal, em 31 de Dezembro de 1960. Em 1999, servia como cooperativas de café e era uma estação conjugada com armazéns, e assim permanece até os dias atuais.

Figura 71 Estação Ferroviária de Pinhal Atualmente. . Imagem Disponível em: <http://www.estacoesferroviarias.com.br/p/pinhal.htm> / Acesso em 22 de Abril de 2019


81

NÚCLEO HISTÓRICO URBANO E BENS TOMBADOS

O município de Espírito Santo do Pinhal, é muito conhecida como sendo a cidade dos fazendeiros de café, nela o rural e o urbano se auto determinaram ao longo da história. A riqueza produzida pela cafeicultura influenciou profundamente na estética da cidade, principalmente nas décadas de 10 / 20 / 30. Os casarões que hoje restaram, na atual arquitetura, registram a opulência da cultura cafeeira no município. O município de Pinhal trata principalmente de sua história sob o ponto de vista do auge da economia vindas do café, foi um período marcante para a estética e desenvolvimento da cidade. O café proporcionou, de fato, as maiores mudanças na cidade, hoje é detentora de relevantes conjuntos de edifícios que se singularizam pela estética histórica, mesmo com o passar do tempo, sem descuidar do patrimônio histórico e arquitetônico, a cidade de Pinhal procura a modernidade e novos rumos, porém sem descartar sua verdadeira estética. As grandes residências dos fazendeiros de café e os edifícios de caráter públicos e religiosos tombados como imóveis históricos encontram se na grande maioria no centro da cidade, construídos entre os anos de 1850 a 1920, configura atualmente o núcleo histórico urbano de Pinhal em nível Estadual.

Segundo informações do site da Condephaat, o parecer técnico declarado em 1988 pela historiadora Ana Luiza Martins, onde se declara sobre o pedido de proteção legal de alguns edifícios históricos do município de Espírito Santo do Pinhal, citando: “É mais relevante se lembrarmos de que até o presente, salvo raríssimas exceções, as cidades do Estado, permanecem alheias à ação preservacionista”. (Condephaat,26.264/88,p.11)

O conjunto arquitetônico do município declarado pelo órgão Estadual o CONDEPHAAT, corresponde a 11 edifícios históricos, que se caracterizam pela implantação, o alinhamento frontal do lote, pelo estilo eclético de influência Neoclássica e pela técnica construtiva. Assim foi demarcado o núcleo histórico urbano de Espírito Santo do Pinhal.

Dados sobre o Tombamento: Número do Processo: 26264/88 Resolução de Tombamento: Resolução 35 de 16/11/1992 Livro do Tombo Histórico: inscrição nº 301, p. 76, 06/04/1993


82

Antiga Farmácia Central Atual Cine A

Casa dos Irmão Sagiorato Ltda Palácio do Café

Biblioteca e Museu Municipal

Residência Arnaldo Florence

Escola Dr. Almeida Vergueiro

Escola Irene De Oliveira Pereira

Antiga Estação Ferroviária

Cine Teatro Avenida

Delegacia

Figura 72 - Núcleo Histórico Urbano de Espírito Santo do Pinhal e Edifícios Tombados. Fonte: Google Earth / Alterado pela Autora


83

HIDROGRAFIA Os rios que circundam o município de Espírito Santo do Pinhal, segundo descreve Valéria Torres em seu Livro Espírito Santo o Pinhal: A Rainha das Serras, pertencem às bacias hidrográficas do Rio Mogi Guaçu e do Rio Jaguari Mirim e funcionam como um grande espigão central sobre o qual a cidade de Pinhal está situada. No trecho pinhalense, o Rio Mogi Guaçu, apesar de receber, localmente, o nome de Rio Manso, é encachoeirado, e por isso três hidroelétricas foram construídas: a Eloy Chaves, alto de Pinhal e Pinhal, junto a estrada de Jacutinga, da CPFL Energia S/A. São afluentes do Rio Mogi Guaçu os ribeirões e córregos que se inclinam para o sul, sudoeste e oeste do município, a saber: Rio Orissanguinha; Córrego da Jangada, Ribeirão dos Porcos, que tem inicio junto à cidade de Espírito Santo do Pinhal, com a junção dos Ribeirões do Sertório, Maria Joaquina e Sertãozinho; Ribeirão da Areia Branca e Ribeirão da Baleia. Os Rios Jaguari Mirim tem como afluentes os rios que tomam as direções noroeste e norte. São eles: Ribeirão dos Porcos, Ribeirão Aníbal, engrossados pelas águas dos córregos Gironda e Forquilha, e Córrego Itupeva. (Valéria Aparecida Rocha Torres, 2006) Figura 73: Mapa Hidrográfico de Espírito Santo do Pinhal –. Fonte: <Prefeitura Municipal de Pinhal


84

ASPECTOS CLIMÁTICOS Há no município de Espírito Santo do Pinhal dois pontos de observação sobre as questões climáticas, segundo informações de Valéria Torres (2006), no livro “Espírito Santo do Pinhal: A Rainha das Serras”, o primeiro ponto é a da Usina Eloy Chaves que pertence a concessionária de energia da CPFL e o segundo ponto é o da Faculdade de Agronomia da Fundação de Ensino Pinhalense a UNIPINHAL.. Através de suas analises, pode-se vê que há dois tipos climáticos no município: um típico da área serrana, por ser divisa com o Estado de Minas Gerais, que pode ser encontrado no tropical de altitude. As temperaturas médias anuais oscilam de 17ºc a 19°c, sendo que, no verão, as médias ficam em torno de 20°c e 21ºc. No inverno as temperaturas são mais amenas, ficam em média entre 14ºc e 16ºc. Sua pluviosidade no período de chuvas frequentes estende-se de outubro a março, diferente no que ocorre nos meses de abril a setembro, quando a região passa por um período de estiagem. As geadas podem vir a acontecer, porém somente no fundo do vale da região serrana. (Valéria Aparecida Rocha Torres, 2006) Figura 74. Gráfico de Temperatura em Esp. Santo do Pinhal / Imagem Disponível em: https://pt.climate-data.org/america-dosul/brasil/sao-paulo/espirito-santo-do-pinhal34817> / Acesso em 24 de Abril de 2019, aprox. as 3:00 Pm

GRÁFICO DE TEMPERATURA DE ESPÍRITO SANTO DO PINHAL

A marcação em Vermelho representa a Temperatura em fahrenheit e Celsius e as barras.

CLIMOGRAMA DE ESPÍRITO SANTO DO PINHAL

A marcação em Azul é o índice pluviométrico em cada mês.


85

VEGETAÇÃO E FAUNA Segundo pesquisas de Alborghete (1999), a mata dominante original que adentrava o município de Espírito Santo do Pinhal, era a Floresta Latifoliada Tropical. Seguindo a descrição de Alborghete (1999): “A Floresta Latifoliada era uma mata original dominante na região, com arvores que chegavam à 30 metros de altura, formando vários desníveis. Apresentava folhas planas e pouco espessas. Algumas das espécies de vegetais encontradas eram: alegrim, angico, araruva, aroeira, cedro, embaúva, guarantã, guatambu, ipê amarelo, ipê branco, ipê roxo, jacarandá, jequitibá, macaúba, peroba, e muitas outras, entre cipós, trepadeiras, parafitas e etc.. A fauna desta mata primitiva era constituída pelas seguintes espécies: macaco, jaó, jacu, nhambuguaçu, sabiá, jararaca, coral, caninana, cobra verde, jiboia, lagarto-teuí, borboletas, etc”. (Alborgheti, 1999)

No entanto, pouco sobrou da mata original restando apenas poucas e pequenas áreas de preservação como parques, matas ciliares e locais onde a agricultura não poderia de fato se desenvolver, as que foram poupadas dos desmatamentos para a criação de áreas de cultivo, como o caso da plantação do café.

Figura 75. Vegetação existente a beira do Rio./ Fonte: < Arquivo Pessoal>


86

VEGETAÇÃO E FAUNA As áreas ocupadas pelo café, no passado, nas quais não possuíam as técnicas corretas de plantação e cuidados, foram as mais atingidas. Deram lugares às pastagens, que ainda mostram as marcas do arruamento dos antigos cafezais, em meio às pastagens. Porém segundo Valéria Torres, do Livro “Espírito Santo do Pinhal: Rainha das Serras, (2006)” descreve a forma de como o café prejudicou o cultivo das áreas verdes: “O grande dilema sempre foi o de tirar espaços das florestas para encontrar campos de cultivo, principalmente com o advento da cultura cafeeira, que trouxe problemas como: erosão, empodrecimento do solo, fim da fauna, desaparecimento de fontes e menos de água e etc”.. (Valéria Aparecida Rocha Torres, 2006)

Na Região menos elevada, mais quente e menos úmida, a floresta vai cedendo lugar ao cerrado, termo genérico para a vegetação mais aberta. As espécies vegetais mais comuns eram angico, barbatimão, faveirinho, ipê amarelo, jacarandá – do - campo, pau – santo, pau – terra, pequi, perobinha, sucupira, barba de bode, etc. Já a Fauna era composta por: veado – campeiro, lobo guará, tamanduá bandeira, tatu, caracará, coruja do cupim, ema, siriema, perdiz, codrona, jararaca, cascavel, lagarto – verde, cupim, saúva, entre outros.

Figura 76. Lago Municipal de Pinhal./ Fonte: < Arquivo Pessoal>

A Araucária ou também chamada de pinheiro brasileiro, era facilmente encontrada em Espírito Santo do Pinhal, sua paisagem vegetal deu nome ao município.

Figura 77. Araucária / Vegetação. Imagem Disponível em: < https://www.guiadoturismobrasil.com/cidade/SP/1090/espirito-santo-dopinhal> / Acesso em 22 de Abril de 2019. Aprox. 11:30 Am


87


88

P R O B L E M Á T I C A


89

PROBLEMÁTICA A proposta deste projeto surgiu a partir do levantamento de informações referente aos números e condições em que as pessoas com deficiência se encontram no município de Espírito Santo do Pinhal atualmente, segundo dados e estimativas feitas pelo senso demográfico de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foi elaborado uma micro análise realizada na região circundante ao município, com ênfase nos municípios mais desenvolvidos.

Destacam - se na lista os municípios de Mogi Guaçu, São João da Boa Vista, Santo Antônio do Jardim, e as cidades mineiras de Andradas, Jacutinga, Albertina e Poços de Caldas. Através dessa análise pode- se observar que há um grande número na quantidade de pessoas que possuem algum tipo de deficiência na região e em cada município. É possível detectar que os quatro maiores resultados são nos municípios de Mogi Guaçu, Poços de Caldas, São João da Boa Vista e Espírito Santo do Pinhal.

Figura 77: Tabelas de Pessoas Com Deficiência nas Cidades entornam de Espírito Santo do Pinhal –. Fonte: https://ibge.gov.br/ Elaborado pela Autora / Acessado em 30 de Maio de 2019, Aprox. 9:00 Am


90

O parâmetro utilizado foi coletado segundo estimativas do IBGE, obtento a quantidade de pessoas com algumas das deficiências estipuladas por município A faixa que estou levando como base para esse estudo é a categoria de pessoas que “ não consegue de modo algum”,

Gráfico da Quantidade de Pessoas com Deficiência na Região Deficiência Auditiva

Deficiência Mental

127

198

15

Deficiência Motora

Deficiência Visual

5 11

322

155

319 185

708

48

201

4545

82 806

937

440

87

543

1647

1684 26

Espírito Santo do Pinhal

231

Mogi Guaçu

129

São João da Boa Vista

9

Águas da Prata

6

Santo Antônio do Jardim

94

Andradas

311

Poços de Caldas

Figura 78: Estimativa de Pessoa com Deficiência – Categoria “ Não Conseguem de Modo Algum”. Fonte: https://ibge.gov.br/ Elaborado pela Autora / Acessado em 30 de Maio de 2019, Aprox. 9:00 Am


91 Pode se observar no mapa acima, o grande número de pessoas que possuem algum tipo de deficiência, tanto no município de Pinhal como também nos demais municípios vizinhos, o motivo principal da escolha para desenvolver este trabalho em Espírito Santo do Pinhal, se deve ao fato da falta de vagas na única instituição existente a Entidade da Apae do município e também a inadequabilidade de seu local de funcionamento. Em alguns municípios vizinhos, além de possuir entidades da Apae na grande maioria, há também a existência de outras instituições que trabalham em prol das pessoas com as pessoas com deficiência, em São João da Boa Vista possui a instituição da APPD – Associação de Pessoa Portadoras de Deficiência “São Francisco de Assis”, em Poços de Caldas possui a AACD – Associação de Apoio à Criança Deficiente, e em Mogi Guaçu há a AMU – Associação Mulher Unimed e em Espírito Santo do Pinhal há somente a entidade da APAE. Outra problemática envolta esse estudo aborda também a questão das muitas instituições filantrópicas, como não possuem locais fixos para se instalarem, acabam que arrumando ou alugando edifícios inadequados que necessitará de adaptações para receber as pessoas com deficiência, mas na maioria dos casos, tais edifícios não possuem as condições necessárias de que as pessoas com deficiência precisam. Elas carecem de infraestruturas adequadas, questões como mobilidade, acessibilidade e equipamentos inclusivos no atendimento correto para atender seus usuários.

Figura 79 - Desenho da Entidade da Apae de Espírito


92

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Espírito Santo do Pinhal é uma associação, filantrópica de caráter assistencial sem fins econômicos, que tem como objetivos atender, por meio de um trabalho educacional e terapêutico jovens, adultos e idosos com Deficiência Intelectual, Múltipla e Transtorno do Espectro Autista (TEA). Realiza suas atividades sempre visando o desenvolvimento máximo das aptidões de seus alunos. Todas as atividades são realizadas por profissionais em um ambiente que dispõe de instalações e equipamentos de acordo com seu orçamento, obtidos pelo trabalho e doações voluntárias, com recursos do poder público. A entidade foi fundada em 22 de janeiro de 1968 no município de Espírito Santo do Pinhal por um grupo de professores, profissionais de diversas áreas e pais de alunos. Essa união de ideias e esforços permitiu a Apae de Pinhal, em 1978 inaugurar sua sede própria, que com o passar do tempo foi ampliada e mesmo assim com o aumento da demanda foi necessário desenvolver parte de suas atividades em outro prédio alugado, o prédio era do antigo seminário dos padres, que foi construído no ano de 1960. A partir de 2000, todas as atividades foram transferidas para esse prédio, por motivo econômico financeiro. Santo Do Pinhal - Fonte: <Apae de Pinhal’>


93

APAE (ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS) DE ESPÍRITO SANTO DO PINHAL

Figura 80: Mapa de Localização da APAE de Pinhal –. Fonte: <Google Earth>

LOCALIZAÇÃO O atual prédio da Apae de Espírito Santo do Pinhal está localizado na zona rural da cidade, seguindo pela Avenida Matheus Van Herkhuizen, na Estrada da Areia Branca. Está a 2,5 Km de distância da Praça da Independência, centro comercial do município, 9 minutos de automóvel.


94

PERFIL DOS USUÁRIOS A entidade atende 118 pessoas, sendo 47 delas adultas e 71 crianças e jovens, com deficiência intelectual, mental, visual, física ou múltipla. A entidade oferece também um programa adaptado escolar de Ensino Fundamental para alunos com autismo entre 12 e 18 anos. A Apae faz o atendimento de 69 alunos com o sistema de Educação, sendo 13 deles alunos com transtorno do Espectro Autismo e 56 Deficiência Intelectual ou Múltipla.

EDUCAÇÃO Em 1983 a APAE conseguiu concretizar o seu grande sonho: a criação da sua Escola. A Escola de Educação Especial “Xodó” foi autorizada a funcionar, conforme o artigo 1º portaria da Diretoria Regional de 28/02/83, publicada em 04 de março de 1983, na página 024 do D.O.E, podendo ministrar a Educação Infantil e Ensino de 1º grau na Modalidade de Educação Especial, para pessoas com Deficiências Mentais Educáveis e Treináveis. Nesta mesma data foi aprovado o 1º Regimento Escolar. A sua primeira Diretora Miriam de Fátima Buldrini. Muitas adaptações físicas e curriculares foram necessárias realizar, para que a escola pudesse desempenhar o seu papel. Hoje conta com uma estrutura física e organizacional para atender a 120 alunos (crianças, adolescentes, jovens / adultos e idosos).

Figura 81: Alunos da Entidade da Apae de Pinhal –. Fonte: <Apae de Pinhal>


95

QUADRO DE FUNCIONÁRIOS

A Entidade da Apae de Espírito Santo do Pinhal, conta com 34 funcionários, uma equipe de profissionais especializados em diversas áreas como Educação, Saúde, Assistência Social entre outras que trabalham diretamente para e com as pessoas com deficiência todos os dias de segunda a sextas feiras. Contam também com diversos voluntários que procuram ajudar na instituição, dando apoio as pessoas usuárias e suas famílias, fazendo parte em diversas atividades que a Apae de Pinhal proporciona. Além dos funcionários e voluntários que estão diariamente na entidade, há também a presença dos pais, que muitos deles passam os dias com seus filhos na instituição, outros somente deixam seus filhos para poderem ir trabalhar, mas não deixam de participar ativamente de tudo o que acontece. Há uma movimentação muito grande na entidade diariamente, há em torno de 200 pessoas circulando pelo prédio todos os dias, os alunos, os pais, os funcionários os voluntários e também os visitantes. A entidade da Apae de Pinhal é aberta para visitação a qualquer hora do dia, tem seu funcionamento ao longo de 40 horas semanais de segunda a sexta feira. Figura 82: Quadro de Funcionários da APAE de Pinhal –. Fonte: (PINHAL, 2019)


96

Figura 83: Alunos da Entidade da Apae de Espírito Santo do Pinhal –. Fonte: <Cedidos pela Instituição>


97


98

6 Á R E A D E I M P L A N T A Ç Ã O


99

PROPOSTA DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO

Figura 84 - Mapa Proposta da Área de Implantação cidade de Pinhal Fonte: <Google My mapas – Elaborado pela Autora>

ESCOLHA E JUSTIFICATIVA A escolha da área do terreno iniciou-se com alguns pré – requisitos, já estabelecidos, que foram definidos, através de pesquisas, análises do levantamento urbano e demais estudos. Os Pré Requisitos são: 

A Área do Terreno deve estar localizada em uma área central da cidade, porém, não nas principais ruas e avenidas do centro, onde se encontra certas problemáticas de transito e acessos. O local deve ser um ponto estratégico, próximo ao centro;

A Área do Terreno deve ser próximo às áreas de grande teor residencial, criando uma integração maior e onde os usuários se sintam acolhidos pelos moradores do entorno;

O Local deve ser uma área onde se encontra em situação de vazio urbano ou abandono;

É de suma importância que haja interseção para esses espaços de apoio, clinicas e centros de reabilitação, inseridos no contexto urbano da cidade, onde promovam um determinado espaço tranquilo sem muito fluxo de automóveis e circulação de pessoas;


100

ESCOLHA E JUSTIFICATIVA A justificativa para a escolha e definição da área se deve em razão do: 

Número de usuários;

Os habitantes do entorno;

Facilidade de Acessos;

Deslocamento do transporte coletivo;

Infraestrutura do local, se de fato é ou não adequado;

O bairro e a cidade como um todo;

Estudo e analise de acessos, que está diretamente relacionado à: configuração espacial, circulação viária, estacionamento, circulação de pedestres, além dos que o impacto de vizinhança engloba, e que são abordados, questões como trafego, o uso do solo, ruídos entre outras questões.

PROPOSTA DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO

Figura 85: Mapa de Diagnostico da Área de Recorte cidade de Pinhal Fonte: <Google My Maps – Elaborado pela Autora>

PROPOSTAS DE IMPLANTAÇÃO


101

ÁREA DE IMPLANTAÇÃO

A opção escolhida localiza-se na região central da cidade de Espírito Santo do Pinhal, seu endereço é tanto na face da Rua Duque de Caxias, Nº 60, e na face da Rua Prefeito Lessa, e interliga-se com uma das principais avenidas da cidade, a Avenida Oliveira Mota, a qual se dirige diretamente ao centro comercial e a igreja matriz. O Terreno está a 600 metros da Praça da Independência,leva em torno de 9 minutos para chegar de caminhada e apenas 2 minutos de automóvel. Mesmo estando em uma área central, o movimento de automóveis e pessoas ao seu redor é bem reduzido, comparado ao movimento da Avenida Oliveira Mota e do centro comercial, mesmo ambos estarem próximos. E ainda está locado em uma área de maior densidade residencial. No local do terreno, antes ali havia uma indústria muito conhecida pelos Pinhalenses como a antiga fabrica da Évia, ou Engenho Velho Indústria de Alimentos S/A, hoje se encontra desativada e o local está à venda, é um vazio urbano e está totalmente inutilizado e sem cuidados constantes por parte dos proprietários a um bom tempo.

Figura 86: Zoom da Localização do Terreno/ Fonte: Google Earth


102

LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO

Vista da Rua Duque de Caxias em direção à esquerda do terreno, direto para a Avenida Oliveira Mota.

Vista da Rua Duque de Caxias a direita do terreno, direto para a Rua Tiradentes.

Figura 87 - Rua Duque de Caxias/ Fonte: Arquivo Pessoal

Figura 88 - Vista Frontal do Terreno/ Fonte: Google Earth

Figura 89 - Vista Posterior do Terreno/ Fonte: Google Earth Pessoal

Figura 90 - Vista Interna do Terreno / Fonte: Arquivo


103

CARACTÉRISTICAS PRINCIPAIS

O entorno da área do terreno possui certas características que a definem, é um bairro tipicamente residencial, e o comercio funciona mais no Centro em volta da Praça da Independência seguindo a Rua José Bonifácio até a Escola Cardeal Leme e algumas outras avenidas um pouco mais afastadas como a Avenida Arthur Vergueiro que também possui grandes quantidades de pontos de comércios. As residências existentes no centro da cidade são casas térreas de diferentes tipos e estilos, e preservam a história e o estilo da cidade. As residências não ultrapasam 2 pavimentos, as ruas são do tipo locais, possuem tráfegos de veículos moderado dentro dos bairros, já nas grandes avenidas que cortam a cidade, são mais movimentadas, devido ao ligamento com o centro comercial. Nas ruas há uma grande falta de arborização, elas se encontram mais, dentro das residências, porém algumas delas têm a plantação de forma inadequada como é o caso de quando uma arvore está plantada no meio da calçada e não possui manutenção, acaba prejudicando a passagem de pedestres, muitas vezes as pessoas precisam dá a volta pela rua para continuar seus caminhos, pois não tem como passar.

As calçadas desta área são bem estreitas, e necessitam de certa atenção. Os diversos níveis que as calçadas possuem, já que de fato cada morador cria sua própria calçada a seu critério, com rampas de acesso para a entrada de carros nas garagens.

A Rodoviária da cidade está localizada a 700 metros da Praça da Independência e a 500 metros da área do terreno. O transporte público conta com 5 linhas da empresa Tuga que é administrada pela Viação Guaxupé, e que trabalha interligando e conectando todos os cantos, todas as linhas passam pelo centro da cidade e suas rotas variam de meia a uma hora dependendo de seu trajeto nos bairros mais afastados.

Há diversos equipamentos culturais e de lazer para se prestigiar na cidade de Pinhal. Muitos desses locais se encontram no centro, onde também acontecem diversos eventos para a população como o café na praça, a festa italiana, também as comemorações como o Carnaval e o desfile de 7 de Setembro. Uns dos principais pontos de lazer é o lago municipal muito procurado pela população aos finais de semana e nos fins de tarde para caminhadas e exercícios físicos, pontos de distração e lazer que a cidade oferece a população e aos turistas.


104

Figura 92 - Avenida Oliveira Mota / Fonte: <Google Earth >

Figura 93 - Rua José Bonifácio / Fonte: <Google Earth >

Figura 91 - Rua José Bonifácio (Rua Direita) / Fonte: <Aliperte, 2018 >

Figura 94 - Avenida Prefeito Lessa / Fonte: <Google Earth >


105

MAPEAMENTOS ACESSOS E FLUXOS O levantamento da área em estudo se faz através do mapeamento urbano, possibilitando uma melhor compreensão, não somente do espaço em questão, como também de toda morfologia do seu entorno, que neste caso estende-se por um raio de 1.500 metros.

A área do diagnostico da zona central de Pinhal está diretamente conectada a importantes vias e avenidas que fazem a ligação da cidade e dão acesso direto aos demais bairros, como também a algumas saídas para municípios vizinhos, como Jacutinga e Albertina.

EQUIPAMENTOS URBANOS Por meio da analise do levantamento dos equipamentos urbanos da cidade de Espírito Santo do Pinhal, é possível observar que de fato há uma maior predominância na quantidade de equipamentos que se encontram ao redor da Praça da Independência, há também muitos pontos residenciais, comercio e serviços. A cidade de Pinhal possui uma boa estrutura em relação a equipamentos urbanos de diversas categorias, destinadas à população, no entanto em alguns bairros mais afastados do centro há certa carência. A proximidade com o centro traz certas vantagens como: melhor infraestrutura, ruas e calçadas com melhores condições, além de possuir um transporte público eficiente, já que as linhas tem como ponto focal o centro, outras características também permitem um sistema entre serviços mais eficientes.

As diversas ruas e avenidas que cortam a cidade, algumas delas se destacam como sendo os eixos estruturais de ligação de um ponto a outro. No mapa a baixo é possível observar a estrutura viária da região central, onde possui a presença de vias e avenidas principais e também as vias arteriais e coletoras, a qual abriga grande parte de áreas residenciais e comerciais. O trafego interno de veículos acontece em grande quantidade somente nas vias e avenidas principais, as vias que adentram os bairros são mais tranquilas, assim há uma boa distribuição e deslocamentos dentro dos bairros. O centro, onde se localiza a Praça da Matriz, possui uma grande quantidade de comércios, serviços, saúde e educação, a sua volta, devido aos polos geradores de viagem, o centro possui movimento de pedestres e automóveis durante todo o dia, com mais intensidade nos horários de pico.


106

USO E OCUPAÇÃO DO SOLO A área central do município de Espírito Santo do Pinhal aparenta ter um mosaico de usos bem equilibrado em comparação com os demais bairros mais afastados do centro. Para esse estudo foi adotado um raio que abrangesse a maior parte do centro da cidade. Como pode - se observar, o mapa ao lado demonstra que a área de estudo possui uma maior concentração de áreas residenciais e de áreas comerciais, isso acontece devido a expansão da cidade em torno da igreja matriz, começou com os grandes casarões e assim vieram também os comércios. Sua organização linear se faz ao longo das principais ruas e avenidas da cidade. Foram considerados diferentes classes de usos e coberturas de solos, como: Áreas Residenciais, Áreas Institucionais como as escolas e creches, Áreas Comerciais em geral, Áreas de Lazer como as áreas verdes, praças e parques, Áreas Culturais e Religiosas, Áreas Mistas, Áreas de Vazios Urbanos, Áreas da Saúde e as áreas de Prestação de Serviços.

GABARITO DE ALTURA Através da analise do mapa de gabarito de altura das edificações do entorno da área do terreno, pode destacar se que há um maior teor de edifícios com pavimentos térreos e até dois pavimentos, já no centro comercial em volta a Praça da Independência, alguns edifícios excedem esse gabarito e possuem três ou mais pavimentos. No Município, por causa de seus bens tombados, acaba que propondo, para que as demais edificações não ultrapassem a altura das 11 edifícios tombados, que não passam de dois pavimentos, esse limite de altura imposto, evita que as demais edificações se excedam e tornem-se barreiras visuais e obscureçam os edifícios históricos, importantíssimos para a cidade. Diante disto, fica evidente as características promissoras da região, mostra que de fato é ou não, um local adequado para a proposta de estudo e ao mesmo tempo, que o bairro mantém seu caráter residencial, é rico em equipamentos urbanos, serviços públicos e infraestrutura, algo que os demais bairros afastados necessitam.


107

N L

O

MAPA DE EQUIPAMENTOS URBANOS

S

LEGENDA ÁREAS EDUCACIONAIS CULTURA E RELIGIÃO CIRCULAÇÃO ASSISTÊNCIA ESPORTE E LAZER ADMINISTRAÇÃO E SERVIOS PÚBLICOS Figura 95= Mapa de Equipamentos Urbanos / Fonte: <Google My Maps /- Elaborado pela Autora>


108

N L

O

MAPA DE ACESSOS E FLUXOS

S

LEGENDA PRINCÍPAIS AVENIDAS RUAS ARTERIAIS RIOS ÁREA DO TERRENO

Figura 96: - Mapa dos Principais Acessos de Espírito Santo do Pinhal. Fonte: Google My Maps/ Elaborado pela Autora


109

N

MAPA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

L

O S

LEGENDA ÁREAS RESIDÊNCIAIS ÁREAS INSTITUCIONAIS ÁREAS DE LAZER ÁREAS COMERCIAIS ÁREAS CULTURAIS E RELIGIOSAS ÁREAS DE VAZIO URBANO ÁREAS MISTAS ÁREAS DE SERVIÇOS DA PREFEITURA ÁREAS DA SAÚDE ÁREAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Figura 97- Mapa de Uso e Ocupação do Solo - Fonte: Google My Maps / Elaborado pela Autora


110

MAPA DE GABARITO

N L

O S

LEGENDA EDIFÍCIOS TÉRREOS EDIFÍCIOS DE 2 PAVIMENTOS EDIFÍCIOS DE 3 OU MAIS PAVIMENTOS ÁREAS DE VAZIOS URBANOS OU PRAÇAS Figura 98 - Mapa de Gabarito. Fonte: Google My Maps / Elaborado pela Autora


111

N

MAPA DE CHEIOS E VAZIOS

L

O S

LEGENDA CHEIOS VAZIOS TERRENO

Para a escolha da área do terreno foi levantado uma analise através do desenvolvimento do Mapa de Cheios e Vazios, foi levado em consideração tudo o que foi edificado e as áreas cobertas, os locais que houve intervenção humana como as praças e os parques foram considerados, como espaços vazios, porém habitados, para os vazios urbanos, espaços sem construção ou lotes vazios, ruas, áreas de apps foi considerados espaços vazios. Segundo analise do mapa abaixo é possível observar que há uma maior densidade de construções no centro e poucos espaços vazios. Figura 99: Mapa de Cheios e Vazios / Fonte: <Google My Maps /- Elaborado pela Autora>


112

N L

O

MAPA DE PÚBLICO E PRIVADO

S

LEGENDA PÚBLICO SEMI PÚBLICO PRIVADO TERRENO

No mapa ao lado pode se observar que há uma maior predominância de locais de uso privado, que variam desde residências particulares, a comércios e prestação de serviços. Os poucos pontos de uso público e semi publico se deve a serviços que são prestados a população como a Câmera Municipal, o Fórum e a Base da Policia Militar, há também os espaços de patrimônio publico, espaços culturais e de lazer, escolas e espaços de cunho religiosos como as igrejas.

Figura 100 Mapa Público e Privado / Fonte: <Google My Maps / Elaborado pela Autora>


113

N L

O

MAPA DAS ÁREAS VERDES

S

LEGENDA ÁREAS VERDES TERRENO

As áreas verdes dentro das cidades agem como uma forma de refugio para as pessoas que buscam um local tranquilo para relaxar e contemplar a natureza dentro do contexto urbano. As muitas praças e parques da cidade de Pinhal são áreas bem arborizadas, e auxilia como ponto de destino para atividades de lazer, cultura, entretenimento e pratica de esportes. É característica do município de Pinhal também ter áreas verdes ao longo dos corpos d’água, assim como ao longo de avenidas e canteiros centrais.

Figura 101 Mapas das Áreas Verdes / Fonte: <Google My Mpas /- Elaborado pela Autora>


114

N L

O

MAPA DOS EQUIPAMENTOS CULTURAIS NO CENTRO

S

LEGENDA ÁREAS CULTURAIS ÁREAS VERDES TERRENO

Espírito Santo do Pinhal é uma cidade que possui diversos equipamentos de cunho social de lazer e cultural. Esses locais se encontram em maior proporção no centro da cidade, onde também acontecem diversos eventos para a população como o café na praça e a festa italiana, festas tradicionais da cidade e acontecem também as comemorações como o Carnaval e o desfile de 7 de Setembro seguindo a Rua José Bonifácio, uma das principais rua da cidade e acaba na Praça da Independência em volta da Igreja da Matriz. Figura 102- Mapa dos Equipamentos Culturais no Centro / Fonte: <Google My Maps/ Elaborado pela Autora>


115

PLANO DIRETOR MACROZONEAMENTO N L

O Ponto de Vértice

Limite de Área Urbana

Caminho Interno

Rodovia Estadual

Estrada Municipal / Vacinal

Ruas e Avenidas

Cursos D’água Perene

Lago, Lagoa Permanente , Represa, Barragem, Açude

Figura 103 - Mapa do Macrozoneamento de Espírito Santo do Pinhal / Fonte: <Prefeitura Municipal de Pinhal / Alterado pela Autora

S


116 Segundo consta no mapa de zoneamento do município de Espírito Santo do Pinhal, a área de analise encontra-se na Macrozona de Adensamento Restrito, que faz divisa com a Macrozona de Interesse Paisagístico, segundo consta no Plano Diretor Participativo do Município de Espírito Santo do Pinhal LEI Nº 3.063, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2006, o descreve como: “...Macrozona de Adensamento Restrito: É a área da malha urbana onde as condições do meio físico e sobrecarga de infra estrutura existente, restringe um meio adensamento populacional, sendo permitido qualquer tipo de uso, residencial ou não...”

Figura 104 – Zoom da Área entorno do terreno/ Macrozoneamento de Espírito Santo do Pinhal Fonte: <Prefeitura Municipal de Pinhal

Taxa de Ocupação máxima permitida para todos os terrenos contidos na zona urbana é de 80 % e a Taxa de Impermeabilização máxima de 90%. Para os Recuos e os Gabaritos, em todas as macrozonas, as edificações de até 3 Pavimentos o recuo frontal deve ser mínimo de 4,00 m, e é obrigatório a construção de garagem ou área de estacionamento para qualquer edificação com mais de 750 m² .


117

CONDIÇÕES BIOCLIMÁTICAS

ZONA BIOCLIMÁTICA Segundo a NBR 15220 de Zoneamento Bioclimático Brasileiro, o município de Espírito Santo do Pinhal situa-se na Zona Bioclimática 3, onde as temperaturas aparentam diferenças acentuadas entre inverno e o verão.

Diretrizes construtivas para a Zona Bioclimática 3

As diretrizes construtivas relativas a aberturas, paredes e coberturas para a zona bioclimática 3 são apresentadas como recomendações, são elas: 

Uso de aberturas com dimensões médias;

Sombreamento nas aberturas de forma a permitir o sol do inverno

As vedações Externas das paredes devem ser a leve refletora, e pra cobertura a leve e isolada;

Estratégias de Condicionamento Térmico Passivo

Figura 105 - Mapa do Brasil indicando a Zona 3 –. Fonte: <NBR 15220>

No Verão como estratégia deve-se usar a Ventilação Cruzada;

No Inverno como estratégia deve-se usar o Aquecimento Solar da Edificação e Vedações Internas pesadas (inércia térmica);


118

ESTUDO DE VENTILAÇÃO O Vento mais frequente nessa região vem do sentido Leste durante 10 meses, de 15 de fevereiro à 15 de dezembro, com porcentagem máxima de 50% em 9 de agosto. Já nos outros dois meses que são do dia 15 de dezembro a 15 de fevereiro, o vento predominante vem do sentido Norte, com porcentagem máxima de 36% em 1 de janeiro. “Algumas características locais tipificam o clima, principalmente, junto a área urbana. Na entrada da noite, sopram brisas suaves, e assim, mesmo no verão, com temperaturas elevadas durante o dia, as noites são agradáveis, contempladas com temperaturas amenas. O pinhalense já esta acostumado a uma dessas brisas vespertinas, é o chamado “Vento do Sertãozinho” que pose ser sentido de leste para oeste, para quem fica na praça da matriz, junto as reas que dão acesso ao São Benedito”. (Alborgheti, 1999)

N L

O S Figura 106 – Gráfico Rosa dos Ventos. Fonte:Solar

Figura 107 - Analise de Ventilação –. Fonte: <Elaborado pela Autora>


119

ESTUDO DE INSOLAÇÃO

FACHADA NOROESTE

FACHADA NORDESTE

N L

O S

FACHADA SUDOESTE

FACHADA SUDESTE

Figura 108. – Estudo de Insolação / Fonte: Software Solair / Alterado pela Autora


120

FACHADA NORDESTE SOLSTÍCIO DE INVERNO 22/JUN das 7:30 as 15:00 EQUINÓCIO 21/MAR das 6:00 as 13:30 SOLSTÍCIO DE VERÃO 22/DEZ das 5:30 as 12:00

FACHADA NOROESTE SOLSTÍCIO DE INVERNO 22/JUN das 9:00 AS 17:30 EQUINÓCIO 24/SET das 10:30 AS 18:00 SOLSTÍCIO DE VERÃO 22/DEZ das 12:00 AS 18:30

FACHADA SUDESTE SOLSTÍCIO DE INVERNO 22/JUN das 6:30 as 9:30 EQUINÓCIO 21/MAR das 6:00 as 10:30 SOLSTÍCIO DE VERÃO 22/DEZ das 5:30 as 12:00

FACHADA SUDOESTE SOLSTÍCIO DE INVERNO 22/JUN das 15:00 as 17:30 EQUINÓCIO 24/SET das 13:30 as 18:00 SOLSTÍCIO DE VERÃO 22/DEZ das 12:00 as 18:30

Figura 109. –Carta Solar / Fonte: Software Solair


121


122

7 P R O P O S T A


123

PERFIL DOS USÚÁRIOS PÚBLICO ALVO O Projeto para o Espaço de Apoio para Pessoas com Deficiência do município de Espírito Santo do Pinhal será destinado ao acolhimento e atendimento para todas as pessoas que possuem deficiência física e ou intelectual. Contará com atendimentos nas áreas de Reabilitação, Áreas Médicas, Áreas Educacionais e Assistência Social. O espaço será também responsável por receber profissionais especializados nas áreas de reabilitação e tratamentos, nas áreas médicas para consultas e diagnósticos, educadores e professores especializados nas áreas educacionais, assistentes sociais, funcionários e voluntários que estão dispostos a ajudar na instituição. Os usuários são pessoas que necessitam de atendimento especial, para que com isso possam se desenvolver cada vez mais, adquirindo liberdade e independência. Por conta das limitações e fragilidades, é necessário se ter ambientes adequados e de qualidade, que responda adequadamente as necessidades de todos. A captação de recursos para o seu funcionamento se dará através de atendimentos particulares e conveniados, contará também com a ajuda do governo e possíveis doadores e voluntários.

Criança de 4 a 5 anos com acesso à educação básica infantil e atendimentos;

Crianças de 6 a 15 anos com acesso à educação Fundamental e atendimentos;

Jovens de 15 a 29 anos com atividades e auxilio no dia a dia nas áreas de reabilitação , áreas médicas e assistência social;

Adultos e Idosos com atividades e auxilio no dia a dia, nas áreas de reabilitação, áreas médicas e assistência social;

Figura 110 - Público Alvo / Fonte: Elaborado pela Autora


124

ORGANOGRAMA PROCESSO DE TRIAGEM

RECEPÇÃO / SERVIÇOS

DEFICIENTE FÍSICO

IDENTIFICAÇÃO DO USUÁRIO

CONSULTA MÉDICA (DIAGNÓSTICO)

DEFICIENTE MENTAL / INTELECTUAL

DEFICIENTE AUDITIVO

TRATAMENTOS E TERAPIAS ESPECIALIZADA

Figura 111: Organograma Processo de Triagem / Fonte: Elaborado pela Autora

DEFICIENTE VISUAL


125

PROGRAMA DE NECESSIDADES

Para o desenvolvimento do presente programa de necessidades foram utilizadas diversas fontes para poder definir um programa que seja o mais adequado, de acordo com as necessidades de seus usuários. O Programa foi elaborado dentro das diretrizes, segundo as analises de informações coletadas do município de Espírito Santo do Pinhal, das pesquisas bibliográficas, estudos de caso, livros, monografias, análises de projetos existentes, legislações e demais dados coletados, durante a fase de pesquisa e analises posteriores, podendo assim colher o máximo de informações para me embasar em fazer o melhor. Por fim, poder projetar ambientes que irá fornecer apoio geral para as pessoas com deficiências e suas famílias, considerarei adotar a perspectiva de serviços de acolhimento, cuidados, apoio e suporte, criado e expressado através dos espaços projetados.

A capacidade de acolhimento estabelecida é de até 200 usuários, sendo eles, crianças, jovens adultos e idosos, que possuem algum tipo de deficiência. Contará também com uma equipe qualificada de funcionários e profissionais especializados. Sendo assim, terá entorno de 250 pessoas presentes diariamente no Espaço de Apoio. Diante do exposto, visando à organização eficiente do espaço e a projeção de ambientes convidativos e funcionais, organizou-se os espaços de modo que cada grupo de setor se alinhe de maneira sequencial, conforme a dependência dos espaços e suas conexões, no geral a organização se dão de maneira bem dinâmica, e que os ambientes sejam próximos, por ordem de uso e funções. Assim, foi realizado um estudo preliminar, buscando no programa de necessidades, as áreas escolhidas para a integração dos ambientes de projeto. Procurei dividir os ambientes por setores, que foram separados, por suas utilizações, são eles:


126

SETOR ADMINISTRATIVO

SETOR DE CONVIVÊNCIA

SETOR EDUCACIONAL

SETOR DE APOIO

SETOR DE SERVIÇO

SETOR CULTURAL

SETOR TECNÓLOGICO

Figura 112. Fluxograma dos Setores / Fonte: Elaborado pela Autora


SALA DE ESTAR / HALL DE ENTRADA 127 W.C FEM / W.C MASC DEPOSITO SALA DE ARQUIVOS COZINHA C/ DESPENSA

Á R E A

ÁREA CONVEVÊNCIA

REFEITÓRIO SALA DE ESPERA

DEP/ MAT. DE LIMPEZA DEPOSITO DE LIXO SALA MANUTENÇÃO

ÁREA SERVIÇO

PROG

CARGA E DESCARGA W.C FUNCIONÁRIOS ÁREAS VERDES ÁREAS P/ RECREAÇÃO PLAYGROUND ADAPTADO

ÁREA EXTERNA

HORTA ESTACIONAMENTO EMBARQUE / DESEMBARQUE DE ALUNOS W.C MASC. W.C FEM.

Á R E A


RECEPÇÃO

128

DIRETORIA SECRETARIA

A D M

ASSISTENTE SOCIAL SALA DE AULA

ÁREA EDUCACIONAL

SALA MULTIUSO SALA DE MÚSICA ATELIÊ DE ARTESANATO E PINTURA

SALA DE AVALIAÇÃO SALA DE FISIOTERAPIA SALA DE FONOAUDIOLOGIA SALA DE ESTIMULAÇÃO SENSORIAL SALA DE PEDIASUIT ÁREA SALA DE TERAPIA APOIO SALA DE PSICOLOGIA SALA DO NEUROLOGISTA DENTISTA SALA MÉDICO FISIATRA E T.O PISCINA P/ HIDROTERAPIA VESTIÁRIOS FEMININO E MASCULINO

RAMA

C U L T U R A L

ÁREA TECNOLÓGICA

SALA MULTIMÍDIA SALA DE INFORMÁTICA DEPOSITO

BRINQUEDOTECA BIBLIOTECA ÁREAS P/ EXPOSIÇÃO Figura 113. –Programa de Necessidades / Fonte: Elaborado pela Autora


129

ÀREA EDUCACIONAL ‘

ÁREA ADMINISTRATIVA

ÁREA CULTURAL

ÁREA TECNOLOGICA ÁREA DE CONVIVÊNCIA


130

ÁREA DE APOIO

ÁREAS DE SERVIÇO

ÁREAS EXTERNAS

ÁREA TOTAL CONSTRUIDA:

Figura 114. –Setores do Programa de Necessidades / Fonte: Elaborado pela Autora


131

DESCRIÇÃO DOS AMBIENTES ÁREA ADMINISTRATIVA O setor administrativo foi pensado como uma área central aos blocos é um local que visa o ajuste e a organização dos demais setores para o seu desenvolvimento e funcionamento de todas as atividades dentro da instituição. Destacam-se: 

     

ÁREA EDUCACIONAL

ÁREA CULTURAL

O setor educacional é destinado a educação desde os níveis básicos ao Ensino Fundamental e o Ensino de Jovens e Adultos. Atendendo a crianças, jovens e adultos na Educação Especial, proporcionando apoio pedagógico e terapêutico, Destacam-se:

As áreas culturais são espaços que irá ocorrer interações e integrações sociais através da arte, do processo de ensino e aprendizagem. Destacam-se:

Secretaria: Espaço destinado ao atendimento e organização de documentos relacionados aos usuários e suas atividades diárias. Diretoria: Espaço destinado a administrar e cuidar das dinâmicas da instituição. Sala de Arquivos: Espaço destinado à organização de arquivos e documentos. Sala de Reuniões: Espaço destinado para reuniões administrativas e de funcionários. Sala dos Funcionários: Ambiente destinado ao descanso e reposição dos funcionários. Sala de Espera: Para o aguardo de atendimento. Sanitários: Destinado a todos ;

Salas

de

Aula:

destinados ao aprendizagem. 

Espaços ensino e

aos estudos e leituras.  

Salas Multiuso: São ambientes

destinados as aulas de educação, à reuniões e demais atividades complementares.  Ateliês: São ambientes destinados as artes, onde as crianças terão contato imediato com a imaginação e a criatividade.  Sala de Músicas: Esse espaço é destinado a estimular o uso dos sentidos, as experiências com a música promove maior habilidade de observação, compreensão entre muitos outros sentimentos.  Sanitários: Destinado aos alunos, educadores e funcionários.

Biblioteca: É um espaço destinado Brinquedoteca:

Ambiente de integração, diversão e aprendizado. Área de Exposição: Exposição dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos para os pais e familiares.

ÁREA DE CONVIVÊNCIA A área de convivência é destinada a todos, são ambientes para relaxar, conversar, conviver. Destacam-se:   

Refeitório: Ambiente destinado a refeições e relaxamentos para todos. Cozinha: Ambiente responsável em elaborar as alimentações. Sanitários: Ambiente destinado a todos.


132

DESCRIÇÃO DOS AMBIENTES ÁREA TECNÒLOGICA

ÁREA DE APOIO

ÁREA EXTERNA

São ambientes tecnológicos que contará com diversos aparelhos eletrônicos como televisão e computadores que irá ajudar no aprendizado.

É um setor assistencial mais importante do projeto, pois será nele que ocorrerão os procedimentos e atendimentos na área de reabilitação, de acordo com cada área especifica, e cada usuário do projeto. Destacam-se:

As áreas externas do projeto contemplam muitos espaços lúdicos, espaços de recreação, e contato com a natureza. Ambientes agradáveis e acessíveis para todos. Destacam-se:

 Sala

Multimídia: Ambiente destinado aos alunos para aprendizado e relaxamento.  Sala de Informática: Ambiente de Estudo e uso de computadores

 

Avaliação: Ambiente destinado a e

Psicologia:

Tratamentos, avaliações acompanhamento.

ÁREA DE SERVIÇO Os ambientes que fazem parte do setor de serviços estão espalhados pela instituição, são destinados ao auxílio do funcionamento dos sistemas que comporem o projeto. Destacam-se: 

Deposito Limpeza:

de

Materiais

de

Encontra-se em todos os blocos para o auxilio da limpeza.

Deposito de Lixo: Alocado na área externa para a facilidade da coleta.

Manutenção

para integração circulação.

avaliações de cada usuário.

 Terapia

e

 Fisioterapia e Pediasuit: Tratamentos fisioterapêuticos, reabilitação.  Estimulação Sensorial: Estimulação dos sentidos.  Fisiatra: Avaliações e tratamentos.  Neurologista: Diagnósticos, Avaliações e tratamentos.  TO: Prevenção, tratamentos.  Dentista: Atendimento Médico, avaliação e tratamento.  Piscina: Tratamento de hidroterapia e reabilitação.

Áreas de Recreação: Espaços

social

e

livre

Áreas

Verdes: Espaço reservado para a recreação e desenvolvimento do paisagismo. Integração com a natureza. Horta: Espaço para cultivo e integração com a natureza e social.

Playground

Espaço com brinquedos para a diversão das crianças e socialização umas com as outras. Estacionamento: Ambiente destinado à parada de veículos dentro da instituição.

Adaptado:


133

FLUXOGRAMA ACESSO ATELIÊS

FISIOTERAPIA TERAPIA OCUPACIONAL

SALA DE AULA

RECEPÇÃO AVALIAÇÃO ACESSOS TERAPIA SANITÁRIOS

BIBLIOTECA

COZINHA

CIRCILAÇÃO / ACESSO SANITÁRIOS

REFEITÓRIO

REFEITÓRIO

DÉPOSITO MAT.LIMPEZA

ACESSOS SALA MULTIUSO SANITÁRIOS DÉPOSITO MAT.LIMPEZA

SALA DOS FUNCIONÁRIOS

SALA DOS FUNCIONÁRIOS

SALA MULTIUSO

SALA DE AULA

ASSISTENTE SOCIAL PSICOLÓGIA

SALA DE AULA

SALA DE AULA ACESSO

PAVIMENTO TÉRREO Figura 115. – Fluxograma Pavimento Térreo / Fonte: Elaborado pela Autora

SALA DE AULA

LEGENDA ADM Educacional Cultural Tecnológica Apoio Convivência Serviço Acessos


134

ACESSO PEDIASUIT ESTIMULAÇÃO SENSORIAL NEUROLOGIA ACESSOS DENTISTA SANITÁRIOS

ATELIÊ DE DESENHO E PINTURA

ÁREA DE EXPOSIÇÃO SALA DE ESPERA

SECRETARIA

CIRCILAÇÃO / ACESSO SANITÁRIOS

DIRETORIA SALA DE ARQUIVOS

DÉPOSITO MAT.LIMPEZA

SALA DE INFORMÁTICA ACESSOS SALA MULTIMÍDIA SANITÁRIOS DÉPOSITO MAT.LIMPEZA

SALA DOS FUNCIONÁRIOS

SALA DOS FUNCIONÁRIOS

TERAPIA

SALA DE INFORMÁTICA

FONOAUDIOLOGIA PSICOLÓGIA

SALA DE MÚSICA

SALA MULTIUSO ACESSO

PRIMEIRO PAVIMENTO Figura 116. – Fluxograma Primeiro Pavimento / Fonte: Elaborado pela Autora

BRINQUEDOTECA

LEGENDA ADM Educacional Cultural Tecnológica Apoio Convivência Serviço Acessos


135

MATRIZ DE PROXIMIDADE


136

Figura 117. – Matriz de Proximidades / Fonte: Elaborado pela Autora


137


138

9 O P R O J E T O


139

DESENVOLVIMENTO

CONCEITO O Conceito desenvolvido para o projeto surgiu após a analise detalhada do programa de necessidades, e a analise geral do entorno, onde está localizada a área do terreno. Por se tratar de um espaço de apoio educacional e de reabilitação para pessoas com deficiência na cidade de Espírito Santo do Pinhal, o objetivo seguido foi de desenvolver um projeto harmônico, agradável e mais humano com traços modernos e espaços integrados.

A base do projeto e sua concepção volumétrica surgem de modo que se direcionam se as duas mãos sobre os blocos educacionais, e de apoio e partindo de um núcleo central o bloco administrativo e de convivência.

Todo o projeto baseia-se na ideia de promover o acolhimento e proporcionar apoio à população com deficiência no município, assim destacam se três premissas de projeto essenciais para a sua concepção que são trabalhar a Sensibilidade, o Equilíbrio e a Harmonia em sintonia, para assim criar espaços alegres, aconchegantes. A estratégia foi criar ambientes, através dos setores, assim foi feita a distribuição dos blocos e suas formas partem do principio do significado do acolhimento, é como que se duas mãos se juntasse para proteger e acolher. compondo de maneira eficiente uma conexão entre os blocos e suas funções.

Figura 118. – Conceito Arquitetônico / Fonte: Elaborado pela Autora


140

DESENVOLVIMENTO

PARTIDO ARQUITETÔNICO A concepção do partido arquitetônico do edifício do espaço de apoio surgiu na busca de uma arquitetura que potencializasse os blocos separados como um todo, promovendo áreas de integração, recuperação e de estudo. Seguindo o contexto das atuais tendências e procurando atender a todas as necessidades dos usuários de acordo com cada ambiente para poder melhor recebe lós e atende lós buscou-se projetar ambientes flexíveis e acessíveis, alegres e aconchegantes, visando projetar espaços mais humanizados e funcionais, além de promover o bem estar das pessoas com deficiência e suas famílias. A divisão dos blocos proporcionou uma melhor distribuição dos ambientes e suas funções, cada um com determinada atividade e de acordo com o programa proposto. Os blocos foram unidos e segregados de acordo com cada área, possibilitando uma circulação interna mais funcional.

A partir da implantação e disposição dos blocos o partido arquitetônico começa a ter sentido, tanto em sua forma como em sua ligação. A flexibilidade dos blocos e sua integração são promovidas através dos ambientes internos e externos, que permitem em seus vãos ambientes livres para uma boa circulação e ambientes mais acolhedores. O sentido dos blocos implantados segue um eixo vertical ao longo do terreno, onde a Fachada Nordeste se dá para a Rua Prefeito Lessa e a fachada sudoeste se dá para a Rua Duque de Caxias. As duas fachadas possuem importantes ligações e facilidades de acessos com o bairro e a cidade, a direção dos blocos se dá também pela questão da direção dos ventos e insolação ao longo dos dias, pensando assim em um melhor conforto térmico e melhores estratégias para condições climáticas dentro dos ambientes. Para um sistema de ventilação eficiente e melhorando o clima no interior do projeto, os blocos separados interligam-se no primeiro pavimento através de passarelas de acessos ou pelo pátio central no térreo. O local não será aberto ao público geral, apesar de ser totalmente aberto para a rua, será destinada somente a prestação de serviços para as pessoas com deficiências e suas famílias.


141

PROPOSTAS INICIAIS E PLANO DE MASSAS As primeiras propostas surgiram conforme o disposição do programa de necessidades, foram muitos estudos de implantação para se chegar nas primeira formas volumétricas e seguir a partir daí. A princípio as primeiras implantações foram feitas para se vê a conexão com o terreno e suas disposições. Desse modo começou-se a distribuição dos ambientes por setores seguindo o programa de necessidades. A primeira implantação surgiu partindo do conceito do desenho de uma cadeira de rodas, porém de acordo com o programa e a dimensão do terreno, percebeu-se que não a atenderia, assim surgiu o desenho da segunda proposta que segue a mesma forma, porém em sentido vertical espelhado, contribuindo assim para uma melhor ventilação através dos blocos.

Figura 119 .– Proposta 1. Fonte: Elaborado pela Autora

Figura 120 . – Proposta 2. Fonte: Elaborado pela Autora


142 Para se chegar à proposta final, foi levado em conta todos os estudos feitos e diretrizes propostas de acordo como as características do terreno e do entorno, gabarito de altura, estudos de insolação e ventilação, diretrizes municipais e demais fatores. A posição que está implantado o edifício permitiu um eixo central entre os blocos, possibilitando a criação de áreas abertas e uma conexão entre os mesmos através do pavimento térreo e no primeiro pavimento através de passarela. Com o plano de massas é possível entender através de volumetrias preliminares de como será à disposição dos blocos na área do terreno, divididos por setores facilita o fluxo nos ambientes e cria caminhos entre os blocos favorecendo a circulação dos usuários dentro do espaço e também contribuindo para um bom esquema de ventilação entre eles.

Figura 122 . – Proposta Final. Fonte: Elaborado pela Autora

LEGENDA ADM

Educacional

Tecnológica Serviço

Figura 121. – Plano de Massas. Fonte: Elaborado pela Autora

Apoio

Cultural Convivência

Áreas Verdes


143

TOPOGRÁFIA A Topografia do local é bem simples, compondo uma área de 5,000 m² de terreno, conta com 4 metros de desníveis, por ser um pouco acentuado, teve que ser feito algumas alterações no desenho das linhas topográficas para melhor encaixar o projeto proposto, facilitando assim uma melhor implantação que beneficie os acessos e priorize a acessibilidade para todos.

Figura 123 . –Topografia Original / Fonte: Elaborado pela Autora

Figura 124 . –Topografia Modificada / Fonte: Elaborado pela Autora


144

DIAGRAMA

PERFIL NATURAL DO TERRENO

ACESSOS PRINCIPAIS

ELEVAÇÃO DOS VOLUMES

ESTUDO INSOLAÇÃO Figura 125 . –Desenho Esquemático – Diagrama / Fonte: Elaborado pela Autora

VOLUMETRIA

ESTUDO DE VENTILAÇÃO


145

VOLUMÉTRIA E DISPOSIÇÂO A edificação é totalmente voltada pra o acolhimento e atendimento as pessoas com deficiência e suas famílias, e por esse motivo foi levado em consideração diretrizes para que o projeto fosse o mais adequado, assim foi pensado que o deslocamento dentro e fora do edifício não houvesse barreiras ou impedimentos que atrapalhassem ou dificultassem o dia a dia dos usuários. Na concepção projetual buscou-se a constituição de uma arquitetura que potencializasse os blocos separados como um todo, a integração entre os blocos são promovidas através dos ambientes internos e externos, que permitem em seus vão ambientes livres gerando uma boa circulação, aproveitando melhor o terreno onde foi implantado. Com duas fachadas principais, uma para a Rua Prefeito Lessa e a outra para a Rua Duque de Caxias, possuem uma grande proporção no requisito de facilidade de acesso e sua ligação com o resto do bairro e da cidade. A criação do Espaço de Apoio organiza-se seguindo um eixo vertical que corta todo o terreno seguindo a topografia, a partir de blocos subdivididos em setores, onde são separados se conectam através do pavimento térreo pelos corredores e o pátio central, e no primeiro pavimento através das passarelas de acesso. A direção dos blocos se dá também pela questão da direção dos ventos que segue no sentido Leste – Oeste que perpassa por todo o terreno, e também pela incidência solar nas fachadas. A configuração de acesso que se faz pela fachada sudoeste se dá por meio de um grande pátio central que circunda entre os blocos 1, 2 e 3, na medida em que se abre para a cidade e propicia a inclusão social e a integração entre profissionais e os usuários, já o acesso pela Fachada Nordeste se dá por meio da área de Embarque e

Desembarque, e através rampa de acesso aos blocos. O público geral, apesar de ser destinada somente a prestação com deficiências e suas famílias.

do estacionamento pela local não será aberto ao totalmente aberto, será de serviços as pessoas

A ideia de subdividir os blocos em setores tem a função de separar os diversos usos e funções como as áreas educacionais, áreas tecnológicas, áreas culturais, áreas de convivências, área de apoio, área de serviço e as áreas externas, conforme suas necessidades, assim assegurando aos usuários maior facilidade de orientação dentro do edifício e disposição dos ambientes. O projeto foi separado e subdividido dessa forma, também para gerar uma identidade para cada setor, e para que não fosse relacionado uns aos outros, evitando assim um conflito, podendo utilizar cada área no horário que for preciso, sem atrapalhar ou interromper as demais atividades dos demais setores. O estudo volumétrico da forma do edifício foi concebido antes da distribuição do programa de necessidades, segue desde as primeiras ideias iniciais de projeto, isto culminou em um estudo aprofundado do projeto em diversas fases, procurando adequar da melhor maneira o volume e a estética criada para o edifício. Após a definição do partido arquitetônico e do conceito, foi feita a distribuição dos setores, divididos em 4 blocos subdivididos por setores de acordo com cada atividade de cada área, e assim começou a criar a espacialização e a segmentação dos ambientes internos e externos, buscando projetar ambientes acolhedores e adequado as necessidades de todos.


146

DISTRIBUIÇÃO DOS BLOCOS POR SETORES No Bloco 1 encontra-se os setores educacionais, tecnológico e o setor cultural , estrategicamente distribuídos de acordo com cada função e facilidade de acesso. No Bloco 2 encontra-se no pavimento térreo o setor de convivência e o setor cultural, já mo primeiro pavimento está o setor administrativo. No Bloco 3 e 4 encontra-se o setor de apoio, voltado especificamente para as atividades ambulatoriais e de reabilitação.

HORTA EMBARQUE E DESEMBARQUE DE ALUNOS

ESTACIONAMENTO

PÁTIO CENTRAL PLAYGROUND

Figura 126. – Disposição dos Blocos Fonte: Elaborado pela Autora

O edifício possui 1,750 m² de área construída, distribuídas em 4 Blocos, onde estão distribuídos os setores de acordo com cada uso e função. O terreno ao todo possui uma metragem de 5,000 m², 3,250 m² são de áreas permeáveis, conquistada pela proposta, acabou se criando muitos espaços abertos espalhados em volta ao edifício como o pátio central, as áreas verdes que contam com uma abrangência de vegetações e por fim a área de recreação, onde encontram - se a horta e o playground para o divertimento e aprendizado das crianças. Para uma maior integração entre todas as pessoas que frequentaram esse local, como os usuários, seus familiares, funcionários, voluntários e convidados, os espaços externos contam com diversos mobiliários espalhados ao redor do edifício, como bancos de concreto e mesas para conversas e refeições, e muita arborização para uma melhor condição climática como sombreamento através das arvores gerando um melhor conforto e bem estar.


147

Ao propor a volumetria devido ao desenho da implantação, está veio como uma forma orgânica, para que se mesclasse as formas dos blocos e não ocasionasse um grande contraste, então criou-se uma forma orgânica de acordo com a função do edifício, é como se duas mãos se juntasse para apoiar e acolher, esse é o significado da forma, ela acaba surgindo de dentro pra fora, e se encaixa perfeitamente no programa de necessidades proposto. A base do projeto e sua concepção volumétrica surgem de modo que se direcionam se as duas mãos sobre os blocos educacionais, e de apoio e partindo de um núcleo central o bloco administrativo e de convivência.

Todos os blocos são interligados por passarelas de acesso, facilitando assim a circulação e a conexão entre eles, as áreas abertas entre os setores serão responsáveis por serem locais de integração e convívio entre os usuários, proporcionando sossego e tranquilidade para todos. Já as áreas verdes são responsáveis por controlar um pouco a temperatura e o clima dentro e fora do edifício e também dá vida ao projeto. Foi proposta também a criação de uma rua que perpassa entre o terreno, que será utilizada para o embarque e desembarque de pacientes e alunos, como forma de facilitar o acesso, evitar congestionamento das vias principais e dar uma segurança maior para todos.

Figura 127 . – Volumetria / Fonte: Elaborado pela Autora


148

SETORIZAÇÃO

Figura 128 . – Setorização Pavimento Térreo Fonte: Elaborado pela Autora

Figura 129 .– Setorização Primeiro Pavimento. Fonte: Elaborado pela Autora

LEGENDA Setor ADM

Setor Educacional

Setor Cultural

Setor Tecnológico

Setor Apoio

Setor Convivência

Serviço

Setor Áreas Verdes


149

ACESSIBILIDADE

Segundo a NBR 9050 destaca, a acessibilidade é uma questão de possibilidades e condições de alcance, isso significa que as pessoas que possuem algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida possam participar ativamente e frequentar atividades e lugares a hora que quiserem, de transitar seja em espaços públicos ou privados sem impedimentos ou barreiras que de alguma forma impeçam seu acesso. Para esse Projeto a acessibilidade se faz mais que importante ela é necessária, para garantir fácil acesso, segurança e integridade física para seus usuários, assegurando seu direito de ir e vir e ainda usufruir dos mesmos ambientes que uma pessoa que não possui qualquer tipo de deficiência usufrui. A acessibilidade é pensada e projetada para promover a inclusão, e esse será seu papel fundamental no Espaço de Apoio para pessoas com deficiência no município de Pinhal.

Algumas Características usadas no projeto, Segundo a NBR 9050: 

Projeto plano entre os blocos 1,2 e 3 no pavimento térreo sem degraus com piso antiderrapante e piso tátil, facilitando a transição para os ambientes;

Corredores de acesso com largura de 2,5 metros, possibilitando a passagem de até duas cadeiras de rodas;

Portas com largura mínima de 1,0 metro;

Material antiderrapante em degraus, pisos e rampas;

Piso Tátil;

Escadas com corrimões;

Rampas de acesso com inclinação de 6% com 2 patamares para descanso, largura de 1,50 metros;

Banheiros adaptados com barras de apoio;

Elevador de Acesso; DIMENSÕES REFERÊNCIAIS – NBR 9050 Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbano.

S


150

Figura 130 . –Dimensões da Cadeira de Rodas. Fonte: NBR 9050

Figura 131 . –Dimensões de Rotação para Cadeira de Rodas. Fonte: NBR 9050

Figura 132 . –Largura para deslocamento em linha reta para cadeirantes. Fonte: NBR 9050

Figura 133.– Dimensões de Banheiros Adaptados . Fonte: NBR 9050


151

Figura 134 . – Dimensões Pessoas em Pé. Fonte: NBR 9050

Figura 135 . – Vagas para Cadeirante. Fonte: NBR 9050


152

ESPECIFICAÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS DEFICIENTE FÍSICO Os espaços destinados aos deficientes físicos devem possuir ambientes largos como corredores de passagem e espaços para rotacionar a cadeira de rodas, instalações de rampas e barras de apoio que facilite a mobilidade. Nas salas de aula haverá mobiliários próprios para cadeirantes; DEFICIENTE VISUAL Necessita de materiais específicos, acessibilidade em todo o ambiente, com sinalizações e comunicados traduzidos em Braile, a circulação deve ser demarcada com piso tátil em todo lugar; DEFICIENTE MULTIPLOS Deve contar com espaços que facilite a locomoção e permanência dos usuários; DEFICIENTE AUDITIVO Deve contar sempre com um interprete para se comunicar com mais facilidade e também recursos visíveis espalhados pelo edifício; Figura 136. –Símbolos da Acessibilidade. Fonte: Governo do Estado de São Paulo


153

SISTEMA CONSTRUTIVO O sistema construtivo adotado predomina-se basicamente o uso do concreto armado, foi definido segundo a proposta de projeto, as simplicidades da técnica compensaram a alta complexidade formal e espacial do edifício, devido a sua simplicidade construtiva, viabilidade econômica, alta durabilidade e resistência

VEDAÇÂO Toda a vedação é de blocos de concreto, que possuem uma padronização em suas dimensões, isso traz vantagens na hora da execução como eficiência e economia.

ESTRUTURAL A estrutura em concreto armado contará com vigas e pilares feitas do mesmo, como o prédio é subdividido em blocos separados, os blocos 1 e 3 contará com 41 pilares espalhado por suas extremidades com dimensões de 20cm X 45cm. O bloco 2 contará com 50 pilares espalhados em seu meio e sua extremidade e possui a mesma dimensão de 20cm X 45cm. Já o bloco 4 por ser um ambiente mais aberto o qual irá se encontrar a área da piscina e possuir apenas um pavimento, foi decidido a distribuição de 31 pilares nas paredes externas, com dimensões de 20cm X20cm. As vigas distribuídas nos blocos terá a dimensão de 20cm X 50cm, e será tanto de vigas biapoiada e vigas continuas.

LAJE Segundo a NBR 6118 - Projeto de estruturas de concreto destaca em sua norma, as lajes maciças possuem sua espessura totalmente preenchida com concreto, contendo armaduras embutidas no concreto e apoiada ao longo de toda parte do perímetro. Este tipo de laje é integralmente concebida no processo da obra com espessura que segundo a norma variam de 7cm a 15cm, é executado a partir da combinação de fôrmas que garantem a superfície onde o concreto é despejado sobre a armadura de aço.

Figura 137 . – Funcionamento do bloco de concreto. Fonte: JCRB

Para o projeto do Espaço de Apoio contará com a laje maciça com espessura de 15cm , de acordo com a norma técnica.


154

COBERTURA

PISO TÁTIL

Para a cobertura, a escolha foi por materiais eficazes para o tipo de projeto desenvolvido. Foi optado pelo uso da telha sanduiche, como é muito conhecida por ter benefícios termoacustico e ser uma cobertura isolante é eficiente no equilíbrio da temperatura e garante o conforto térmico dentro dos ambientes, e também é um material sustentável, feito com matérias recicláveis diminui o consumo de energia elétrica dentro da edificação.

O piso tátil tem um importantíssimo papel no projeto, ele tem como objetivo possibilitar ao deficiente visual uma orientação onde quer que ele esteja. Segundo a NBR 9050 norma de acessibilidade estabelecida pela ABNT, garante que em locais públicos é obrigatório existir a acessibilidade para as pessoas com deficiência visual, é de suma importância para a sua orientação em locais de grande fluxo de pessoas, dando a elas autonomia e segurança. Há dois tipos de pisos táteis para duas diferentes situações, o primeiro delas é o direcional que tem formatos de linhas verticais em alto relevo para auxiliar o deficiente visual com maior facilidade, já o piso tátil alerta, tem o formato de bolinhas ou moedas, em alto relevo para alertar sobre possíveis obstáculos como faixas de travessia, escadas, para indicar mudança de direção e curvas. Segundo a norma também, os pisos táteis devem possuir cores que sejam contrastantes com o restante dos pisos, pois eles ajudam também quem sofre de pouca visão.

Figura 138 . – Esquema de Composição da Telha Sanduiche / Fonte: Soluções Industriais Figura 139. – Piso Tátil / Fonte: Projeto Batente


155

ESTRATÉGIAS BIOCLIMÁTICAS

O uso de estratégias bioclimáticas é primordial mediante a proposta como um todo, para começar pela criação de áreas verdes com muita arborização, que contribuem de maneira significativa a um melhor conforto térmico dentro e fora do edifício. Pode –se obsevar, segundo o estudo da insolação, que durante o dia possui uma maior incidência solar nos horários entre o meio dia às três da tarde com maior intensidade nas Fachadas Nordeste e Noroeste, nesse caso contará com algumas estratégias bioclimáticas que irá ajudar em um melhor conforto térmico dentro dos ambientes , como brises soleil, cobogós e painéis vazados. Nos blocos da edificação o aproveitamento da ventilação cruzada se deu graças a amplas aberturas e vãos em todas as fachadas que contribuem também para um bom sistema de iluminação natural dentro dos ambientes. Há a utilização de brises nas fachadas Nordeste e Sudeste e painéis vazados, são muito mais que componentes estéticos, colaboram principalmente com a minimização da incidência solar direta direto dentro do edifício. Figura 140 . – Painel Vazado e Parede em Cobogos / Fonte: Elaborado pela Autora


156

Figura 141 . – Cortes e Fachada Principal. Fonte: Elaborado pela Autora


157

PAISAGISMO

Nome Popular Palmeira-de-Manila Nome Cientifico Veitchia Merrilli Porte 4 a 8 metros Família Aracaceau Classe Liliopsida

Para o projeto de Paisagismo foi pensado desde as forrações, arbustos e árvores de modo que se integrassem de forma harmônica e que se integrassem com tudo e com todos à sua volta, criando espaços diversificados. O paisagismo foi trabalhado em toda área permeável do projeto, além do bem estar e do conforto que surge em conviver em um ambiente arborizado, valoriza o projeto arquitetônico e dá vida ao edifício. Ao longo de todo o espaço, distribuídos ao longo do terreno, haverá a composição de arborização de grande e médio porte, implantados em pontos estratégicos possibilitando a formação de extensas áreas de sombreamento que por sua vez permitem uma permanência maior de pessoas nos ambientes externos. Em outros pontos, haverá o uso de vegetações ornamentais e de médio porte, favorecendo não somente a arquitetura, como também a concepção de ambientes direcionados à convivência e integração. O Projeto conta com o essencial para ser um ambiente agradável e de qualidade para seus usuários. Como também terá uma variedade de formas, texturas, cores e aromas, os quais irão chamar a atenção.

Figura 142. –Palmeira de Manila

Nome Popular Ipê-Amarelo Nome Cientifico Handrohantus Albus Porte Até 30 metros Família Bignoniaceae Classe Magnoliopsida Figura 143. – Ipê Amarelo


158 Nome Popular Grama Amendoim Nome Cientifico Arachis Repens Porte 0,1 a 0,3 metros Família Fabaceae Classe Magnoliopsida Figura 144. – Grama Amendoim

Nome Popular Agave-Dragão Nome Cientifico Agave Attenuata Porte 1,2 a 1,8 metros Família Agavaceae Classe Liliopsidas Figura 147. –Agave-Dragão

Nome Popular Allamanda Amarela Nome Cientifico Allamanda Cathartica Porte 1,2 a 2,4 metros Família Apocynaceae Classe Magnoliopsida

Nome Popular Grama Esmeralda Nome Cientifico Zoysia Japonica Porte 0,15 metros Família Poaceae Classe Monocotuledónea Figura 145. –Grama Esmeralda

Figura 146. – Pau Brasil

Figura 148. –Allamanda Amarela

Nome Popular Pau-Brasil Nome Cientifico Paubrasilia Echinata Porte Acima de 12 metros Família Febaceaue Classe Magnoliopsida

Nome Popular Canafistula Nome Cientifico Peltophorum Dubium Porte Até 12 metros Família Febaceae Figura 149. –Canafistula


159

Figura 150 . – Fachada Nordeste Fonte: Elaborado pela Autora


160

Figura 151 . – Perspectiva. Fonte: Elaborado pela Autora


161

Figura 152 . – Fachada Bloco 2. Fonte: Elaborado pela Autora


162

Figura 153 . – Fachada Sudeste. Fonte: Elaborado pela Autora


163

CONSIDERAÇOES FINAIS

Através de todo o trabalho desenvolvido mencionado detalhadamente neste caderno, pode-se concluir que o projeto final do Espaço de Apoio para o acolhimento e suporte das pessoas com deficiência, proporciona espaços amplos, adequados e acessíveis, que proporciona bem estar, conforto e satisfação a todos os seus usuários, pois muitas dessas pessoas necessitam de cuidados durante toda a vida ou a maior parte dela. Esse projeto buscou por em prática todos os conhecimentos obtidos até hoje, sempre fomos encorajados a pensar fora da caixa, a pensar não somente na arquitetura em fazer algo bonito, não é um simples projeto, é se colocar no lugar do outro, é pensar nas pessoas que irão utilizar esse espaço. A partir do processo de elaboração desse trabalho foi possível compreender melhor a importância que os espaços têm em relação com as pessoas, e o poder que a arquitetura tem para um projeto, que o principal objetivo é garantir a projeção de ambientes educacional e de reabilitação de qualidade, adequado e acessível, a arquitetura torna-se uma ferramenta essencial, para contribuir com uma melhora na acessibilidade, no deslocamento, e promove uma facilitação nas terapias reabilitadoras e intelectuais para a equipe multidisciplinar e os usuários. As instituições tem a finalidade de acolher e trabalhar em prol das pessoas com deficiência e suas famílias, de modo a garantir a elas, direitos, melhores condições de vida e inclusão social.


164


165

QR Code ou o Link abaixo para acesso ao drive com pranchas em Pdf https://drive.google.com/drive/folders/1pxWpT2S KpPy1YmFO2FdOyuz76knk3Uan


166


167

ANEXOS


168


169


170


171


172


173

NORMAS CONSULTADAS PARA A ELABORAÇÃO DO PROJETO

Figura 149 . – Logo da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Fonte: TÉCNICAS, 2014

NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenhos, tipos de linhas, larguras de linhas de procedimentos;

NBR 10068:1987 – Folha de Desenho, leiaute e dimensões, padronização;

NBR 6492:1994 – Representação de projetos de arquitetura;

NBR 10067: 1995 – Procedimentos Gerais de representação em desenho técnico;

NBR 8196: 2005 – Desenho Técnico: emprego de escalas;

NBR 9050:2005 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos;

NBR 15220: 2003 – Desempenho Térmico de edificações / Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas;

Código de Obras do Município de Espírito Santo do Pinhal;

Léo Orgânica do Município de Espírito Santo do Pinhal;

Plano Municipal de Acessibilidade;


174


175

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Alborgheti. (1999). Sescquicente. Espírito Santo do pinhal. Amarante, E. (2016). Centro de Reabilitação Motora. Nova Alvorada, RS, Brasil. Acesso em 20 de Março de 2019 Bairros, F. C. (2016). Centro Especializado para pessoas com Deficiência Intelectual, Motora, Visual, Auditiva e Multipla. Passo Fundo, Minas Gerais, Brasil. Bampi, L. N., Guilhem, D., & Alves, E. D. (Julho de 2010). Modelo social: uma nova abordagem para o tema deficiência. Artigo de Revisão . Bartholomei, M. d. (2016). O Romance de Pinhal. Espírito Santo do Pinhal: Brasil. BLOG SOBRE MOBILIDADE, C. D. (s.d.). Pessoa com deficiência: a evolução do termo e dos conceitos aplicados. Acesso em 2019, disponível em BLOG SOBRE MOBILIDADE, CADEIRAS DE RODAS E VEÍCULOS ELÉTRICOS: http://blog.freedom.ind.br/pessoa-com-deficienciaevolucao-do-termo-e-dos-conceitos-aplicados/ BORTMAN, D., LOCATELLI, G., BANDINI, M., & REBELO, P. (2014). A INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA. Acesso em 03 de Junho de 2019, disponível em Pro - Reabilitação Incluindo Pessoas com

Deficiência: https://www.proreabilitacao.com.br/arquivos/proreabilitacao-incluindo-pessoas-com-deficiencia.pdf Cláudio Boni, C. R. (2018). CONFORTO AMBIENTAL HOSPITALAR NA PERSPECTIVA DOS HOSPITAIS. São Paulo, São Paulo, Brasil. Clementino, F. C. (19 de Setembro de 2017). Arquitetura e Tectônica - Solano Benitez. Acesso em 25 de Março de 2019, disponível em Issuu: https://issuu.com/carvalhofelipe/docs/resenha_cr_tica_sol ano_benitez CLIMA ESPÍRITO SANTO DO PINHAL. (s.d.). Acesso em 24 de 04 de 2019, disponível em CLIMATEDATA.ORG: https://pt.climate-data.org/america-dosul/brasil/sao-paulo/espirito-santo-do-pinhal-34817/ Cultura, A. P. (1999). 150 anos de Espírito Santo do Pinhal. Revista Comemorativa dos 150 anos de Espírito Santo do Pinhal . Da Wikipédia, a enciclopédia livre. (10 de Novembro de 2017). Acesso em 2019 de Março de 20, disponível em Wikipédia: https://en.wikipedia.org/wiki/Claudio_Vekstein Delaqua, V. (20 de 9 de 2015). Centro de Reabilitação Infantil da Teletón / Gabinete de Arquitectura. Acesso em 25 de 03 de 2019, disponível em Archdaily: https://www.archdaily.com.br/br/773977/centro-dereabilitacao-infantil-da-teleton-gabinete-de-


176

arquitectura?ad_source=search&ad_medium=search_res ult_all

Freitas, S. M. (2013). Vida e Obra do Comendador Montenegro. São Paulo: Polo Printer.

Desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina, e. p.-L. (s.d.). Projeteee. Acesso em 2019, disponível em Projeteee – Projetando

Grunow, E. (27 de 10 de 2009). Lelé: Hospital Rede Sarah, Rio de Janeiro / TRANSIÇÃO GRADUAL ENTRE ÁREAS EXTERNAS E INTERNAS. Acesso em 03 de 04 de 2019, disponível em Arcoweb: https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/ar quiteto-joao-filgueiras-lima-lele-hospital-rede-sarah-2710-2009

Edificações Energeticamente Eficientes: http://projeteee.mma.gov.br/dadosclimaticos/?cidade=SPItapira&id_cidade=bra_sp_itapira.868690_inmet Dias, K. B. (2017). Equoterapia: Ambientes Alternativos para Auxiliar na Reabilitação de Pessoas Portadoras de Deficiência. Santos, São Paulo, Brasil. Elisaide Trevisam, M. D. (s.d.). A JORNADA HISTÓRICA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA: INCLUSÃO COMO EXERCÍCIO DO DIREITO À DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. Excepcionais, A. (. (s.d.). APAE Brasil Federação Nacional das Apaes. Fonte: http://apae.org.br/ Federal, S. (2015). Estatuto da Pessoa Com Deficiência. In: S. Federal, Senado Federal, Coordenações de Edições Técnicas (p. 65). Brasília: Edição do Senado Federal. Ferreira, C. C. (2013). Arquitetura Eclética em Espírito Santo do Pinhal. Revista Usp , 18.

Gugel, M. A. (2015). A pessoa com deficiência e sua relação com a história da. Acesso em 28 de 05 de 2019, disponível em Associação Nacional dos Membros do Ministério Público de Defesa dos Idosos e Pessoas com Deficiências: http://www.ampid.org.br/ampid/Artigos/PD_Historia.php# autor IBGE. (s.d.). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica. Acesso em 22 de Abril de 2019, disponível em Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/espirito-santo-dopinhal/panorama IZABEL CECÍLIA MAGALHÃES, H. M. (2011). Estratégia da Rede APAE. Brasília. Leonidio, O. (15 de 05 de 2014). Eu vivo numa ilha. Entrevista com João Filgueiras Lima, Lelé. Acesso em 16 de 04 de 2019, disponível em Vitruvius: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/15.05 8/%205170?page=1


177

Livre, C. (23 de Junho de 2012). Rede de Hospitais Sarah Kubitschek - João Filgueiras Lima (Lelé). Acesso em 03 de Abril de 2019, disponível em Cadernoteca Livre: http://cadernoteca.polignu.org/wiki/Rede_de_Hospitais_S arah_Kubitschek__Jo%C3%A3o_Filgueiras_Lima_(Lel%C3%A9) Lorena Barolo Fernandes, A. S. (14 de 05 de 2011). BREVE HISTÓRICO DA DEFICIÊNCIA E SEUS PARADIGMAS. Revista do Núcleo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares em Musicoterapia, Curitiba v.2 , p. 132 144. MACIEL, M. R. (2014). PORTADORES DE DEFICIÊNCIA a questão da inclusão social. SÃO PAULO EM PERSPECTIVA , p. 6. Maior, I. (2015). Hístoria, Conceito e tipos de deficiência. 8. Martins, A. L. (s.d.). Conjunto Urbano de Espírito Santo do Pinhal. Acesso em 20 de Abril de 2019, disponível em CONDEPHAAT - CONSELHO DE DEFESA DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO, ARQUEOLÓGICO, ARTÍSTICO E TURÍSTICO DO ESTADO DE SÃO PAULO: http://condephaat.sp.gov.br/benstombados/conjuntourbano-de-espirito-santo-do-pinhal/ MARTINS, M. S., SILVEIRA, K. d., ROMANINI, A., BERNARDES, M., &

LANTELME, E. (2016). ARQUITETURA INCLUSIVA: CENTRO DE HABILITAÇÃO E REABILITAÇÃO PARA DEFICIENTES VISUAIS . ENEAC - Encontro Nacional de Ergonomia do Ambiente Construido , 9. Martins, R. V. (1986). Divino Espíito Santo e Nossa Senhora das Dores de Pinhal. Espírito Santo do Pinhal. Martins, R. V. (1999). O Elemento Estrátegico na Formação da Cidade. Revista Comemorativa aos 150 anos de Espírito Santo do Pinhal , 52-72. Ministério do Planejamento, O. e. (2010). Censo Demográfico . Rio de Janeiro: Censo Demográfico. Negreiros, D. d. (2014). Acessibilidade Cultural: por que, onde, como e para quem? Rio de Janeiro. Oliveira, F. L. (2017). Centro de Reabilitação Infantil Florescer. Passo Fundo, Minas Gerais, Brasil. Oliveira, L. M. (2012). Cartilha Do Censo 2010 Pessoas com Deficiência. Brasilia : Brasília : SDH-PR/SNPD. Paulo, C. d. (2010). Censo Brasileiro de 2010. Acesso em 05 de Abril de 2019, disponível em https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/pesso a_com_deficiencia/cadastro_inclusao/dados_censoibge/i ndex.php?p=43402 PINHAL, A.-A. D. (2019). PLANO DE TRABALHO. SERVIÇO EDUCACIONAL PARA PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS E QUE NECESSITAM DE


178

APOIO PERVASIVO PERMANENTE DE ESPÍRITO SANTO DO PINHAL , p. 14.

Scannapieco, J. B. (1999). Aspéctos Geográficos, Formação e

Rebelo, P., Bortman, D., & Locatelli, G. (2014). A INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA - O papel de médicos do trabalho e outros profissionais de saúde e segurança. Associação Nacional de Medicina do Trabalho .

Administração. Revista Comemorativa aos 150 anos de Espírito Santo Pinhal: 1849 - 1999 , 15-30.

Ribeiro, J. F. (2013). Cata Ventos da Memória: Reabilitação do Patrimônio Urbano e Arquitetônico de Espírito Santo do Pinhal. Poços de Caldas, Minas Gerais, Brasil. Rizzoni, E. (1949). Poliantéia do Centenário de Pinhal 1849 - 1949. Espírito Santo do Pinhal: Org. Rodrigues, O. M. (2008). Prática em Educação Especial e Inclusiva. Acesso em 28 de 05 de 2019, disponível em MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL: http://www2.fc.unesp.br/educacaoespecial/material/Livro2 .pdf Saúde, M. d. (2013). Ministério da Saúde. Acesso em 2019, disponível em Saúde da Pessoa com Deficiência: diretrizes, políticas e ações: http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/saude-da-pessoacom-deficiencia Saúde, O. M. (2012). Relatório mundial sobre a de€ciência / World Health Organization. São Paulo: SEDPcD.

Segre, R. (19 de 10 de 2005). Claudio Vekstein e Marta Tello: Centro de reabilitação motora, Vicente López, Argentina. Acesso em 03 de 19 de 2019, disponível em ArcoWeb: https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/cla udio-vekstein-e-marta-tello-centro-de-19-10-2005 Silva, F. d. (2014). Reabilitar e Incluir: Anteprojeto de um Centro de Reabilitação Motora no Agreste de Pernanbuco. Caruaru. TALITACAZASSUSDALL'AGNOL. (8 de Setembro de 2016). DIÁRIO DA INCLUSÃO SOCIAL A INCLUSÃO COMO FERRAMENTA DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL. Acesso em 06 de Junho de 2019, disponível em QUEM SÃO AS PESSOAS CONSIDERADAS “PESSOAS COM DEFICIÊNCIA”?: https://diariodainclusaosocial.com/2016/09/08/quem-saoas-pessoas-consideradas-pessoas-com-deficiencia/ Valéria Aparecida Rocha Torres, L. G. (2006). Espírito Santo do Pinhal: A Rainha da Serra. Editora Noovha América , 160.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.