Mensagem do Pe. Adroaldo SJ Ainda carregamos resquícios de uma falsa visão da santidade como afastamento do mundo e de seus perigos e buscar refúgio no deserto, nas montanhas ou nos conventos. O(a) santo(a) não se afasta do mundo para encontrar a Deus; ele(ela) faz a “experiência” do Deus agindo no mundo. Aí encontra-O e caminha com Ele; o(a) santo(a) é aquele(a) que faz o que Deus faz neste mundo, aquele que faz com que este mundo, seja justo, santo, salvo. O mundo não é só o habitat da sua missão: é sobretudo a fonte da sua espiritualidade, o lugar certo para encontrar a Deus e escutar o Seu chamado. Pondo-nos na escola do Evangelho, é aqui neste mundo que Jesus nos chama a estender o Reinado do Pai, trabalhando cada dia como amigos seus que passam, observam, curam, se compadecem, ajudam, transformam, multiplicam os esforços humanos. Apaixonados pelo Reino, nos apaixonamos pelo mundo que, em sua diversidade, riqueza, simplicidade, profundidade, fragilidade, sabedoria... nos fala com novos traços do Deus que buscamos com desvelo. E amando e investigando tudo o que é do mundo, adoramos o Deus Santo que habita em tudo. O(a) santo(a) seguidor(a) de Jesus é aquele(a) que, na liberdade, afirma: “Fora do mundo não há salvação”. Ele(ela) descobre na realidade do mundo e da história os “sinais dos tempos” (...). A vocação à santidade ativa em nós a paixão pelo Reino, mobilizando-nos a levar adiante a missão, a ir aos lugares do mundo onde há mais necessidade e ali realizar obras duradouras de maior proveito e fruto. Como seguidores(as) de Jesus, movidos(as) por um olhar novo, entramos em comunhão com a
realidade tal como ela é. Trata-se de olhar o mundo como “sacramento de Deus”. (...). O(a) discípulo(a) missionário(a) não é aquele(a) que, por medo, se distancia do mundo, mas é aquele(a) que, movido(a) por uma radical paixão, desce ao coração da realidade em que se encontra, aí se encarna e aí revela os traços da velada presença do Inefável; o mundo já não é percebido como ameaça ou como objeto de conquista, mas como dom pelo qual Deus mesmo se faz encontrar. O mundo não é lugar da exploração e da depredação, mas é o lugar da receptividade, da oferenda e do encontro inspirador. Para realizar esta nobre missão, não podemos permanecer sentados. Seguir Jesus exige de nós uma dinâmica continuada, um colocar-nos a caminho em direção às margens. Não podemos viver o chamado do “Rei Eterno” a partir de uma cômoda instalação pessoal. A disponibilidade, o despojamento e a mobilidade são exigências básicas. Corremos o risco de viver em mundos-bolha; podemos construir nossa vida encapsulada em espaços feitos de hábito e segurança, convivendo com pessoas semelhantes a nós e dentro de situações estáveis. É difícil romper e sair do terreno conhecido, deixar o convencional. Tudo parece conspirar para que nos mantenhamos dentro dos limites politicamente corretos. Todos podemos terminar estabelecendo fronteiras vitais e sociais impermeáveis ao diferente. Se isso acontece, acabamos tendo perspectivas pequenas, visões atrofiadas e horizontes limitados, ignorando um mundo amplo, complexo e cheio de surpresas. Muitas vezes “vemos” o diferente, mas só como notícia, como o olhar do espectador que sabe das “coisas que acontecem”, mas não sente e nem se compadece por elas.
Padre Lucas Muniz
(...) O encontro com o diferente possibilita o encontro consigo mesmo, ou seja, encontrar a própria verdade. (...). Para que haja verdadeiro encontro com o outro, o deslocamento expõe quem se desloca, deixa-o vulnerável e “contaminado” pela realidade que encontrou. Quando alguém se desloca e se aproxima de realidades diferentes, é para encontrar, encontrar-se e aprender. Como discípulos(as)-missionários(as) de Jesus, nosso desafio não é fugir da realidade, mas aproximarmos dela com todos os nossos sentidos bem abertos para olhar e contemplar, escutar e acolher, percebendo no mais profundo dela a presença ativa do Deus que nos ama com criatividade infinita, para encontrar-nos com Ele e trabalhar juntos por seu Reino. O mundo precisa de místicos(as) santos(as) que descubram onde está Deus criando algo novo, para proclamar esta boa notícia. Nós cristãos honramos a santidade universal sem fronteiras de raça, de credo, de cultura... Santidade é dizer sim à vida;(...) Precisamos fazer o caminho em companhia, para poder estendermos a mão quando caímos, para aprender a sustentar mutuamente... E, também de “dois em dois” para ter alguém ao nosso lado com quem poder brindar, porque é uma ação que não é possível realizá-la sozinhos. Celebrar, agradecer, brindar a vida... para isso, quanto mais companheiros(as) de estrada, melhor.
Pe. Adroaldo Palaoro, sj Diretor do Centro de Espiritualidade Inaciana – CEI
O Papa Francisco pediu à Igreja a coragem para fazer crescer o Reino de Deus, usar a esperança, mesmo que pareça pequena, para plantar a semente do Espírito Santo. “A e s p e ra n ç a q u e n o s l e va à plenitude – explicou –, a esperança de sair desta prisão, desta limitação, desta escravidão, desta corrupção e chegar à glória: um caminho de esperança. E a esperança é um dom do Espírito. É propriamente o Espírito Santo que está dentro de nós e leva a isso: a algo grandioso, a uma libertação, a uma grande glória. E para isso, Jesus diz: 'Dentro da semente de mostarda, daquele grão pequenininho, há uma força que desencadeia um crescimento inimaginável'”. Essa força “é o Espírito Santo que habita em nós e nos dá esperança”. Francisco explicou que essa força interior, essa esperança “cresce a partir de dentro, não por proselitismo, mas através do Espírito Santo”. Neste sentido, o Santo Padre encorajou os membros da Igreja a deixar
que essa semente cresça com a força do Espírito, pois “muitas vezes nós vemos que se prefere uma pastoral de manutenção e não deixar que o Reino cresça. Para que o Reino cresça é preciso coragem: de lançar o grão, de misturar o fermento”. O Pontífice encorajou a não ter medo de sujar as mãos ao plantar a semente do Reino de Deus. “Ai daqueles que pregam o Reino de Deus com a ilusão de não sujar as mãos. Estes são guardiões de museus: preferem as coisas belas, e não este gesto de lançar para que a força se desencadeie, de misturar para que a força faça crescer”. Esta é a mensagem de Paulo na carta aos Romanos. “Esta tensão que vai da escravidão do pecado, para ser simples, à plenitude da glória. E a esperança é aquela que vai avante, a esperança não desilude: porque a esperança é muito pequena, a esperança é tão pequena quanto o grão e o fermento a ajuda a crescer”. “A esperança é a virtude mais humilde”, explicou o Papa e concluiu insistindo que é necessária a coragem “que leva em frente o Reino de Deus”. (*)Papa Francisco
Expediente da Secretaria Paroquial: de segunda a sexta-feira das 14h às 18h30
Caros (as) leitores como havia dito na edição anterior do nosso Jornal “UM SÓ CORAÇÃO” Este será um espaço de Formação Catequética Permanente e Interativa com a comunidade e catequistas esperamos que seja uma formação útil e agradável para todos que dela participarem! “Tua Palavra é Lâmpada para meus Pés e Luz para meu Caminho” Sl 119,105 Tema: BÍBLIA Neste mês de julho damos início a uma formação básica sobre a BÍBLIA, Este Livro contém a Palavra de Deus. A Bíblia é o Livro por excelência de todo cristão. Mas precisamos conhecer esta Palavra, saber interpretá-la e colocá-la em prática em nossa vida! DEUS FALA PELA VIDA A Bíblia traz a mensagem para as pessoas. Ela tem falado em todas as épocas e de diversas maneiras: pelos fato da das atitudes humanas e, pessoalmente em Jesus Cristo (Hb 1 1-2). Deus fala ao coração de cada pessoa usando a linguagem da vida. Deus é revelado pelo testemunho de vida de quem vive na justiça e no amor. COMO FOI ESCRITA A BÍBLIA Às vezes, por falta de conhecimento, somos tentados achar que a Bíblia caiu pronta do céu direto para nossas mãos. Isso traz de uma certa maneira muitas formas de compreensão não somente de uma leitura fundamentalista mas também de pensar que a Palavra de Deus se torna mágica de acordo com aquilo que queremos ouvir em determinados momentos em nossas vidas! A grande revelação é que a Bíblia surgiu de um grande caso de Amor de Deus com a humanidade. A Bíblia foi escrita ao longo de mais de mil anos! No começo (mais ou menos 1200 anos antes de Cristo) as histórias do povo eram contadas (por tradição) de pais para filhos, em casa ou nos santuários onde iam, em romaria e nos momentos em que repartiam os bens com os pobres. Mais ou menos mil anos a.C. (antes de Cristo), o povo começou a escrever essas histórias em folhas de papiro (um tipo de papel) e pergaminho (couro seco de ovelha). O objetivo era preservar bem na memória a revelação de Deus na vida do povo. Por fim no século I depois de Cristo, os primeiros cristãos escreveram sua experiência com Jesus de Nazaré. A Bíblia foi terminada por volta do ano 100 d.C. (depois de Cristo). Sendo assim precisamos saber que a Bíblia é um Livro inspirado por Deus e constituído pela vida do povo. A VOZ DO POVO É A VOZ DE DEUS Como dissemos acima, cada livro da Bíblia nasceu da mão do povo em busca da paz. Esses livros estavam no
Plano de Deus. Eram instrumentos queridos por Ele para ajudar o povo em sua busca. Todo projeto humano a favor da vida nasceu do Coração do próprio Deus. Cada palavra de vida é inspirada por Ele. Todo projeto de morte não é inspirado por Deus muito menos tem sua colaboração. CONHECENDO A BÍBLIA A Bíblia é nosso livro sagrado. Nela, Deus revela um rosto de pai e mãe, amigo e companheiro, mas também firme na defesa dos pequenos. A Bíblia é sagrada não só para nós cristãos, mas também para os judeus. Outros grupos religiosos também amam e leem muito a Bíblia. A Bíblia é mais que um livro. É uma coleção de livros reunidos num único volume. Eles contêm a história, a sabedoria e a oração de um povo que aprendeu a reconhecer o Rosto de Deus na vida. Os livros da Bíblia estão organizados em duas partes: O Antigo Testamento (ou a primeira aliança) e o Novo Testamento (ou nova aliança).
Em que Língua foi escrita a Bíblia. Os primeiros textos foram escritos em hebraico, língua falada pelos Hebreus. Por volta de 300 a.C., o grego estava sendo falado em todo canto. Na terra da Bíblia nem se falava mais Hebraico, mas o Aramaico. Foi preciso traduzir o AT para o grego. Na tradução foram incluídos sete livros escritos originalmente em grego ou aramaico, chamados deuterocanônicos (o que quer dizer segunda lista). São: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiastico, 1 e 2 Macabeus e Baruc. Muitos Judeus da época não aceitaram a tradução. Hoje, eles só consideram sagrados os livros escritos originalmente em hebraico. Eles não aceitam os deuterocanônicos como livros sagrados. Os primeiros cristãos entendiam melhor o grego e aceitaram a tradução. Acolheram também os livros deuterocanônicos como Palavra de Deus. E assim sabemos “que a Palavra de Deus é muito especial, mas que com a leitura surgem muito problemas como: métodos interpretações etc. Mas o objetivo maior é valorizar a própria Bíblia, ajudando a ver múltiplas riquezas que ela contém. Todo o estudo da Palavra de Deus deve nos levar a um amor maior e a uma leitura ligada com a vida. A Bíblia não é um Livro que estudamos para exibir conhecimentos. É Palavra para se ouvir e guardar no coração, deixando-se transformar por ela” (Estudos CNBB nº 86). Sendo assim, queridos(as) leitores, convidamos você, para caminhar conosco nestas próximas edições e abrir o coração para compreender a beleza da Palavra de Deus! Que o Sagrado Coração de Jesus nos acolha na sua imensa Bondade e Amor! CURIOSIDADE SOBRE A BÍBLIA: Os 1.189 capítulos da Bíblia Sagrada, divididos por dois, dão-nos o resultado de 594 capítulos antecedentes ao Salmo 118, e 594 capítulos seguintes; ou seja, o Salmo 118 é mesmo o capítulo central da Bíblia Sagrada.
NOSSO JORNAL PRECISA DE MAIS APOIO PARA CONTINUAR ESSE TRABALHO DE EVANGELIZAÇÃO. SÃO DUAS DÉCADAS DE PUBLICAÇÕES! AGRADECEMOS OS PATROCINADORES QUE ESTÃO CONOSCO.
“E tomando os cinco pães e os dois peixes, ele elevou os olhos para o céu, os abençoou, partiu-os e deu aos discípulos para que os distribuíssem à multidão.” (Lc. 9)
Comer e beber com outras pessoas é a coisa mais simples e importante que podemos fazer para reforçar nossa humanidade. Comer é uma experiência humana e espiritual; sentar-se com outras pessoas à mesa é sagrado. Se pudermos ter alguns desconhecidos à mesa, melhor ainda. O alimento possibilita a conversa – é sinal visível do Amor. É preciso tempo: “Fast food não nos faz bem!” Cada vez que comemos e bebemos, comungamos com o outro, com a terra, com todo o Universo. Cada vez que comemos, o fazemos pelos que não podem comer. Cada bocado que mastigamos é um gesto sagrado: comungamos com o Todo, o Ser, a Vida. O que importa é que seja fruto da terra e do trabalho, sacramento da vida e do mundo novo. É preciso ir a fundo no profundo significado e sentido desse gesto: partir o pão é o símbolo ancestral que nos revela as entranhas da humanidade, ou seja, compartilhar a necessidade. Isso acontece em cada refeição, e a Eucaristia não é nada mais do que isso, porque não pode haver nada maior que uma simples refeição. O simples é o pleno. O cotidiano e natural é o mais sagrado. Jesus de Nazaré sonhava e anunciava outro mundo possível e o chamava “Reino de Deus”. E, para explicar como seria esse outro mundo, já neste mundo, não lhe ocorreu coisa melhor que organizar uma alegre refeição no campo: cada um levou e compartilhou o pouco que tinha; todos se saciaram e ainda sobrou muito
Jesus anunciava o “Reino de Deus” como uma grande mesa com abundante pão e sem nenhum excluído. Sua religião é a religião da refeição; na verdade Jesus rompeu com a religião e com tudo aquilo que impedia que todos comessem juntos, declarava impuros alguns alimentos e proibia compartilhar a mesa com os chamados pecadores. A Eucaristia faz de todos nós Corpo de Cristo. Ninguém ceia sozinho. Há um partir e um distribuir. É assim a comunidade dos cristãos, a I g re j a : j u n t o s , m ã o s d a d a s , c o m e m o pão, bebem o vinho e sentem uma saudade/esperança sem fim... Discípulos de Jesus somos quando aprendemos a partir o pão. Reconhecemos os cristãos hoje quando partem o pão e não o armazenam. O pão armazenado, como o maná no deserto, se corrompe, apodrece. Compartilhar significa não “monopolizar”, não permitir que haja necessitados entre nós. O pão partido é a vida compartilhada. O cristão, além disso, compartilha seus ideais, seu entusiasmo sua fé, sua esperança. Também hoje Jesus precisa de nossas mãos para multiplicar os grãos; precisa de nossas mãos para triturar esses grãos, amassar a farinha e fazer o pão. O pão sem coração é pão “monopolizado”. Pão indigesto, que engorda o egoísmo. O pão sem coração gera divisões e conflitos. Quantas guerras fraticidas provoca o pão sem coração! Deus precisa de nosso coração para que o pão leve o sinal da fraternidade, seja vitamina de solidariedade, alimento de comunhão, energia de vida. Pe. Adroaldo Palaoro SJ
– Doutor, vou lhe contar um segredo: eu sou um galo! O psiquiatra resolve aprofundar a análise: – E desde quando o senhor acha que é um galo? – Ah, desde que eu era um pintinho. Em uma fábrica de doces no interior, o proprietário chega e vê um dos seus funcionários deitado na rede, durante o expediente. O patrão, enfurecido, logo diz: – Por acaso o senhor não sabe que a preguiça é um dos sete pecados capitais? O funcionário prontamente respondeu: Claro que sei, assim como a inveja, não é mesmo?
Se vê sem esperanças, sente que as pessoas já não te entendem mais. No meio dessa situação que você nunca tinha se visto, você não sabe o que fazer. Sua autoestima está baixa, a sua autoconfiança também. É tudo novo e bem desanimador, você tenta de um lado e de outro e seu sentimento não muda. São inúmeros os motivos que podem trazer uma pessoa a fazer a psicoterapia, mas, em geral, busca-se o alívio para algum sofrimento. Certamente, a aflição que é sentida é produto do ambiente no qual se vive, produzindo, dessa forma, sentimentos negativos. Ansiedade, tristeza, angústia, medo, pânico, escolhas confusas são presentes no consultório. Os sentimentos são expressos verbalmente na terapia e cabe ao profissional de Psicologia o acolhimento e a compreensão do que se passa com você nesse momento. Ele irá te escutar e fazer perguntas que te faça refletir sobre o seu dia a dia. A maioria das pessoas, de forma intuitiva, prestam atenção no comportamento umas das outras. Em situações de trabalho isso é bastante comum, se aquele colega chega no horário, cumpre tarefas, segue
as regras e procedimentos impostos, avaliamos o comportamento do outro, com a nossa perspectiva, olhar e valores os quais julgamos ser certo ou errado, ou seja, de acordo com o senso comum, método. O trabalho de um psicólogo é avaliar, entender e interferir nesse comportamento, porém não utilizando o que é do sendo comum, mas fazê-lo através da ciência, a isso se dá o nome de psicoterapia.
Imagem: http://ibc-psicologia.blogspot.com
No zoológico, um canguru vivia fugindo do cercado. Os tratadores sabiam que ele pulava alto e construíram uma cerca de 3 metros. Não adiantou, porque o canguru sempre fugia. Então, ergueram uma cerca de 6 metros. E ele saiu de novo. Quando a cerca já estava com 12 metros, o camelo do cercado vizinho perguntou ao canguru: – Até que altura você acha que eles vão? O canguru respondeu: – Mais de 300, a menos que alguém tranque o portão à noite.