MAFALDA BARBOSA
INCOMPARÁVEL
PARA ALÉM DE SER UM CLUBE DESPORTIVO, O SPORTING CP É, TAMBÉM, SINÓNIMO DE RESPEITO, UNIÃO E FAMÍLIA.
Doze temporadas de Leão ao peito.
Mais de 400 jogos disputados.
Mais de 250 golos marcados.
Dois Campeonatos Nacionais. Duas Taças de Portugal. Uma Supertaça.
Goleador exímio brilhou nos relvados nacionais nas décadas de 1970 e 1980, tonando-se no ídolo de uma geração e num símbolo do Sporting CP.
“Ganhei títulos, vivi muitas alegrias e algumas tristezas, mas nunca me esquecerei de que o meu melhor momento foi quando vesti pela primeira vez a camisola do Sporting CP”.
Manuel Fernandes conquistou um legado incomparável e ao alcance de poucos, feito de Esforço, Dedicação e Devoção ao Clube.
Será, sempre, uma das figuras mais importantes da História do Sporting CP.
Na semana em que se celebra o seu 73.º aniversário, o Jornal Sporting presta a devida homenagem ao “Eterno Capitão” e relembra alguns dos seus melhores momentos de Leão ao peito.
Para além de ser um clube desportivo, o Sporting CP é, também, sinónimo de respeito, união e família.
Uma família que jamais esquece quem dela faz parte, porque a História não se apaga.
PROPRIEDADE: SPORTING CLUBE DE PORTUGAL DIRECTORA: MAFALDA BARBOSA || MJBARBOSA@SPORTING.PT
COORDENADOR‑ADJUNTO: LUÍS SANTOS CASTELO || LSCASTELO@SPORTING.PT REDACÇÃO: MARIA GOMES DE ANDRADE || MGANDRADE@SPORTING.PT; NUNO MIGUEL SIMAS || NQSIMAS@ SPORTING.PT; PEDRO FERREIRA || PSFERREIRA@ SPORTING.PT; XAVIER COSTA || XRCOSTA@SPORTING.PT FOTOGRAFIA: ISABEL SILVA; JOÃO PEDRO MORAIS; JOSÉ LORVÃO COLABORADORES PERMANENTES: JUVENAL CARVALHO; PEDRO ALMEIDA CABRAL; TITO ARANTES FONTES AGENDA E RESULTADOS: JOÃO TORRES || JBTORRES@SPORTING.PT EDITOR E SEDE DA REDACÇÃO: ESTÁDIO JOSÉ ALVALADE, RUA PROFESSOR FERNANDO DA FONSECA, APARTADO 4120, 1501‑806 LISBOA, PORTUGAL TELEFONE: +351 217 516 155 E‑MAIL: MEDIA@SPORTING.PT NIF: 500 766 630 REGISTO ERC: 100313 TIRAGEM: 9500 EXEMPLARES DEPÓSITO LEGAL: 48492 / 91 DISTRIBUIÇÃO: VASP, QUINTA DO GRAJAL – VENDA
LENDAS SPORTING CLUBE DE PORTUGAL
MANUEL FERNANDES
FUTEBOL
1951
É a maior Lenda viva do Sporting CP, clube que representou, enquanto jogador, entre 1975 e 1987, somando mais de 400 jogos e de 250 golos de Leão ao peito.
Conquistou duas Ligas, duas Taças de Portugal e uma Supertaça, juntando a esse palmarés uma das mais icónicas exibições de sempre num jogo de futebol em Portugal: os quatro golos no 7-1 ao SL Benfica em 1986.
Foi treinador, chegando a liderar o Sporting CP na conquista de uma Supertaça em 2000/2001. Ao serviço do emblema de Alvalade foi jogador, capitão, treinador-adjunto, treinador, funcionário, dirigente e embaixador.
Texto: Luís Santos Castelo
Fotografia: Museu Sporting – Centro de Documentação
SONHO DE MENINO
Em Sarilhos Pequenos, uma pequena povoação no concelho da Moita, na margem sul do Tejo, de onde é natural, estaria a mentir quem dissesse que acreditava, em 1951, que um recém-nascido viria a ser um dos maiores e mais memoráveis goleadores que o futebol nacional já viu. Herdou o Sportinguismo da mãe, que morreu quando Manuel Fernandes era ainda criança e que acabou por ser uma das pessoas que mais influenciou a sua vida desportiva, e ouvia os jogos da turma verde e branca na rádio. Uma vitória era a maior alegria da semana, sendo que um eventual mau resultado podia mesmo ditar a disposição do pequeno Leão para os dias seguintes. “A minha mãe incutiu-me a vontade de ser jogador de futebol. Arranjava-me bolas, fazia jogos na rua com vários miúdos da nossa aldeia. Tinha de fazer o que a minha
MANUEL FERNANDES
ESCREVER SOBRE MANUEL FERNANDES NUNCA É TAREFA FÁCIL, UMA VEZ QUE O LEGADO SE MANTÉM BEM VIVO QUASE 40 ANOS DEPOIS DE TERMINAR A CARREIRA DE JOGADOR E, POR ISSO, A RESPONSABILIDADE SÓ AUMENTA. MARCOU UMA GERAÇÃO COMO MUITO POUCOS E É A MAIOR LENDA VIVA DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL, O MAIS BEM-SUCEDIDO EMBLEMA DA HISTÓRIA DO DESPORTO NACIONAL. ONTEM, 5 DE JUNHO, COMEMOROU OS 73 ANOS E, MESMO ATRAVESSANDO UM PERÍODO COMPLICADO NO QUE À SAÚDE DIZ RESPEITO, CONTINUA A SER UM LEÃO DA CABEÇA AOS PÉS. NÃO FOI POR ACASO QUE FREDERICO VARANDAS E VIKTOR GYÖKERES O VISITARAM COM O RECENTE TROFÉU DE CAMPEÃO NACIONAL.
mãe queria porque ela adorava o Sporting CP, adorava futebol e gostava muito que eu, um dia, jogasse no Sporting CP”, disse Manuel Fernandes no programa ‘O Museu Conta’, da Sporting TV Foi preciso esperar, ainda assim, até aos 16 anos para ter a primeira experiência oficial no futebol. No clube da sua terra, o 1º de Maio FC Sarilhense, começou por integrar os juvenis, passando para a equipa principal − que disputava o terceiro escalão nacional − apenas um ano depois. Deu nas vistas e, em 1969, deu o salto para a emblemática CUF, onde passou a jogar na Primeira Divisão e teve a oportunidade de se estrear nas competições europeias. Na CUF, onde conseguiu um quarto lugar no campeonato, ganhou o seu espaço, chegou à Selecção Nacional sub-21 e foi-se assumindo como uma das maiores promessas do futebol português.
Não passou despercebido e em 1975, ao terminar contrato com a CUF, recebeu propostas de clubes como o CF “Os Belenenses” ou o FC Porto. Tinha opções bem mais apelativas do ponto de vista financeiro, mas acabou por escolher o
Sporting CP, o clube do coração. Foi o início de uma história sem igual.
12 ANOS DE ESFORÇO, DEDICAÇÃO, DEVOÇÃO E GLÓRIA
A missão no Sporting CP não era fácil: substituir Héctor Yazalde, o Bota de Ouro e um dos melhores avançados que já pisaram os relvados portugueses. Mas Manuel Fernandes mostrou ao que vinha logo no primeiro jogo de preparação que realizou, apontando um hat-trick num triunfo por 5-3 sobre a A. Académica de Coimbra. A primeira época foi de grande sucesso individual, chegando à marca dos 30 golos. O ponta-de-lança goleador estava apresentado, mas continuou a surpreender tudo e todos pela consistência e longevidade. Ano após ano, não se cansou de marcar e de espalhar o terror nas áreas adversárias, ganhando cada vez mais respeito nas banca-
das do antigo Estádio José Alvalade. Em 1977/1978, o Sporting CP contratou Rui Jordão, grande companheiro e amigo de Manuel Fernandes. Juntos, lideraram a equipa até à conquista da Taça de Portugal nesse ano com vitória sobre o FC Porto por 2-1 na final − com um golo de Manuel Fernandes. Foi o primeiro título na carreira e no Sporting CP.
Tornou-se capitão de equipa em 1979/1980, época em que, finalmente, se sagra Campeão Nacional numa acesa disputa com o FC Porto até à última jornada. Dois anos depois, a mítica temporada 1981/1982 com Malcolm Allison como treinador e António Oliveira a juntar-se a Manuel Fernandes e Rui Jordão no temível ataque Leonino. Venceu o Campeonato, a
Taça de Portugal e, no início de 1982/1983, a Supertaça. Surpresa das surpresas, ou não, Manuel Fernandes facturou no decisivo jogo do campeonato contra o Rio Ave (bis na goleada por 7-1), na final da Taça de Portugal (um golo nos 4-0 contra o SC Braga) e na segunda mão da final da Supertaça (hat-trick no triunfo por 6-1 contra o SC Braga). Grandes momentos? O camisola 9 estava lá.
As épocas que se seguiram não foram de grande glória colectiva para o Sporting CP, mas Manuel Fernandes não baixou o ritmo e continuou a ser a principal figura do plantel. Tanto que, a título individual, 1985/1986, com 34 anos, foi a melhor temporada da carreira, conseguindo 39 golos. No ano seguinte fez quatro contra o SL Benfica no mítico 7-1 [páginas 8 e 9], mas foi dispensado pelo treinador Keith Burkinshaw para 1987/1988. Rumou ao Vitória FC, onde somou mais 20 golos à fantástica carreira e reencontrou Malcolm Allison e o amigo Rui Jordão.
Foram mais de 400 jogos e de 250 golos pelo Sporting CP, entrando para as páginas douradas do seu clube. “Para um miúdo de Sarilhos Pequenos, uma aldeia que tinha 800 habitantes, que sonhou vestir a camisola do Sporting CP nem que fosse uma só vez, ser um dos jogadores com mais jogos e o segundo melhor marcador da História do Sporting CP é um sonho tornado realidade”, disse, novamente no programa ‘O Museu Conta’. Curiosamente ou não, os quatro clubes em que jogou (1º de Maio FC Sarilhense, CUF, Sporting CP e Vitória FC) equipam todos de verde e branco, que serão certamente as cores mais importantes da sua vida. Com 486 partidas realizadas na Liga Portugal, é o jogador da história com mais encontros na competição, sendo ainda o sexto melhor marcador (243 golos).
Pela Selecção Nacional, acabou por não ter um registo semelhante ao que conseguiu no Sporting CP e nos outros clubes que representou. Injustamente, ficou de fora das fases finais do Campeonato da Europa de 1984 e do Campeonato do Mundo de 1986, as únicas fases finais em
TREINADOR RESPEITADO
Ainda não tinha pendurado as botas quando, em Setúbal, assumiu o cargo de jogador-treinador. Quando, de facto, deixou de jogar, continuou a treinar no Bonfim, onde ficaria até 1989/1990. Seguiram-se experiências no CF Estrela da Amadora e na AD Ovarense antes de, em 1992/1993, regressar a casa para ser treinador-adjunto de Bobby Robson no Sporting CP. Esteve pouco mais de um ano no banco de Alvalade e rumou, a meio de 1993/1994, ao SC Campomaiorense, clube onde conseguiu o primeiro grande feito da carreira de treinador: em 1994/1995 levou os alentejanos até à subida de divisão para o mais alto escalão. Após nova passagem pelo Vitória SC e outra pelo FC Tirsense, foi até aos Açores para liderar o CD Santa Clara, voltando a subir à Primeira Divisão em 1998/1999. A formação de São Miguel desceu no ano seguinte, mas voltou a subir em 2000/2001, vencendo desta vez o campeonato do segundo escalão. Ainda assim, Manuel Fernandes não ficou até ao final da temporada, uma vez que, a meio, passou a ser treinador (principal, agora), do Sporting CP, completando mais um objectivo ao serviço dos Leões.
Foram apenas quatro meses ao leme do seu clube de sempre, mas não saiu de mãos a abanar: venceu a Supertaça contra o FC Porto por 0-1 com golo de Beto Acosta. Regressou ao CD Santa Clara na época seguinte e, em 2003/2004, registou nova subida de divisão, agora com o FC Penafiel. Em 2007 rumou a Angola, onde treinou o ASA, e, em 2008/2009, foi para a UD Leiria, onde... subiu novamente. Acabou o percurso de técnico no Vitória FC, onde havia começado, em 2010/2011. Mesmo tendo sido um jogador de elite, Manuel Fernandes nunca teve medo de arriscar nos clubes habitualmente denominados de pequenos e procurou elevar o nível
em todas as experiências que teve. Prova disso foram as várias subidas de divisão e as constantes escolhas de regressar aos escalões inferiores. Depois de deixar de ser treinador, integrou a estrutura do futebol do Sporting CP em Alcochete, sendo ainda director da equipa B quando esta regressou em 2012/2013. Saiu e voltou alguns anos depois, agora para liderar o departamento de scouting. Depois de várias temporadas nesse cargo, passou a ser embaixador do Clube, sendo
CARREIRA DE JOGADOR
1967/1968 1968/1969: 1.º de Maio FC Sarilhense
1969/1970 1974/1975: CUF
1975/1976 1986/1987: Sporting CP
1987/1988: Vitória FC
TÍTULOS
2 Ligas Portugal (1979/1980 e 1981/1982)
2 Taças de Portugal (1977/1978 e 1981/1982)
1 Supertaça (1982)
CARREIRA DE TREINADOR
1987/1988 1989/1990: Vitória FC
1990/1991: CF Estrela da Amadora
1991/1992: AD Ovarense
1992/1993 1993/1994: Sporting CP (treinador adjunto)
1993/1994 1995/1996: SC Campomaiorense
1996/1997: Vitória FC
1996/1997: FC Tirsense
1997/1998: Vitória FC
1997/1998 2000/2001: CD Santa Clara
2000/2001: Sporting CP 2001/2002 2002/2003: CD Santa Clara
2003/2004 2004/2005: FC Penafiel
2007‑2008: ASA (Angola)
2008/2009‑2009/2010: UD Leiria
2009/2010 2010/2011: Vitória FC
presença assídua em jogos (em Portugal e no estrangeiro) e outros eventos relevantes, e comentador da Sporting TV Manuel Fernandes é um dos maiores símbolos da rica História do Sporting CP, tendo servido o emblema verde e branco enquanto jogador, capitão, treinador-adjunto, treinador, funcionário, dirigente e embaixador. Poucos poderão dizer o mesmo e não é estranho que, para toda uma geração de Sportinguistas, se trate de um ídolo sem igual.
TÍTULOS
1 Supertaça (2000/2001)
1 Liga Portugal 2 (2000/2001)
1 II Divisão B (1997/1998)
CLUBE MANUEL FERNANDES
OS MELHORES MOMENTOS DO ETERNO CAPITÃO
NA SEMANA EM QUE MANUEL FERNANDES COMPLETA 73 ANOS, O JORNAL SPORTING PUXOU A CASSETE ATRÁS PARA
RECORDAR OS FEITOS MAIS IMPORTANTES DA CARREIRA DO EX-AVANÇADO ENQUANTO JOGADOR E TREINADOR.
Texto: Pedro Ferreira
Fotografia: Museu Sporting – Centro de Documentação
ESTREIA DE LEÃO AO PEITO COM DIREITO A HAT-TRICK
Natural de Sarilhos Pequenos, na Moita, Manuel Fernandes começou a jogar no 1.º de Maio FC Sarilhense. Passou da formação para a equipa principal e seguiu depois para a CUF. Já em 1975, chegou ao Sporting CP naquele que seria o ponto de partida para um incrível percurso com 433 jogos disputados. Na estreia de Leão ao peito, a 27 de Agosto desse ano, mostrou logo ao que vinha com um hat-trick diante do Académico de Coimbra, rival que acabou derrotado por 5-3 num particular. Foram os primeiros três golos de um total de 257 que marcou.
O PRIMEIRO JOGO AO SERVIÇO DA SELECÇÃO NACIONAL
Igualmente memorável foi a estreia do Eterno Capitão ao serviço da Selecção Nacional A. Depois de ter dado nas vistas ainda com a camisola da CUF, em Março de 1974, aos 22 anos, Manuel Fernandes foi convocado pela primeira vez pelo seleccionador José Maria Pedroto. Portugal jogou com a selecção brasileira do estado de Goiás e o jovem avançado entrou já na segunda parte: foi a primeira de mais de 30 internacionalizações. Mais tarde, contribuiu decisivamente para o apuramento para o Mundial de 1978: disputou todos os seis jogos da qualificação e apontou quatro golos.
CAMPEÃO NACIONAL COM A BRAÇADEIRA DE CAPITÃO
Já o sonho da conquista do primeiro troféu de Campeão Nacional realizou-se em 1979/1980, quando Manuel Fernandes era já capitão de equipa. Depois de um jejum de cinco anos, a turma Leonina não era considerada favorita na luta pelo título, mas ultrapassou o FC Porto já na última jornada e levantou o ‘caneco’. No encontro decisivo, frente à UD Leiria (3-0) em Alvalade, o Eterno Capitão assinou um golo e os outros dois pertenceram a Jordão, com quem formou uma temível dupla no ataque. Nessa temporada, foram (mais uma vez) os dois melhores marcadores do Sporting CP.
A ÉPOCA PERFEITA COM TRÊS TÍTULOS CONQUISTADOS
Mas a melhor temporada da carreira de Manuel Fernandes, pelo menos em termos colectivos, foi 1981/1982. Os Leões, orientados pelo carismático técnico inglês Malcolm Allison, ‘limparam’ tudo a nível interno, ou seja, Campeonato Nacional, Taça de Portugal e Supertaça, numa campanha espectacular que ficou para a história. O número 9 revelou-se novamente determinante na frente de ataque, com 21 golos, desta feita também já com a ajuda do recém-chegado António Oliveira. Foi o 16.º título nacional do Sporting CP e o primeiro e único triplete até agora.
MELHOR MARCADOR DO CAMPEONATO 1985/1986
Em termos individuais, 1985/1986 foi, por larga distância, a época mais produtiva de Manuel Fernandes enquanto futebolista. Apesar de ter já 35 anos nesta fase, o matador verde e branco apresentou-se em campo numa forma brilhante, terminando como o melhor marcador do Campeonato Nacional com 30 golos (39 em toda a época num total de 41 jogos). Logo na primeira jornada, deixou a sua marca ao assinar uma manita contra o FC Penafiel. Atrás dele na lista de artilheiros ficaram Paulinho Cascavel, do Vitória SC, com 25 golos, e Fernando Gomes, do FC Porto, com 20.
O PÓQUER NO MEMORÁVEL 7-1 FRENTE AO SL BENFICA
Ao longo de duas décadas de carreira, Manuel Fernandes viveu muitas tardes e noites inesquecíveis, mas seguramente nenhuma como a de 14 de Dezembro de 1986. Nessa data, Alvalade presenciou uma exibição que ficaria eternizada e da qual ainda hoje, passados quase 40 anos, muitos se lembram. O Sporting CP humilhou o eterno rival SL Benfica com uma goleada por uns impressionantes 7-1, na qual o jogador natural da margem sul do Tejo se assumiu como grande protagonista ao marcar nada mais nada menos do que quatro desses golos. Magistral!
A ÚLTIMA DANÇA COM A LISTADA VERDE E BRANCA
Ao fim de 12 temporadas de Esforço, Dedicação, Devoção e Glória com as cores do Sporting CP, Manuel Fernandes disse adeus ao clube do coração no término de 1986/1987. A despedida dos Sportinguistas e de Alvalade deu-se no penúltimo encontro da época, diante do Vitória SC, que terminou empatado 1-1. Como não podia deixar de ser, o goleador fez, pela última vez de Leão ao peito, o que melhor sabia fazer: marcou o golo da igualdade já aos 81 minutos, numa grande penalidade. Apesar do desfecho, facturou em 25 ocasiões nessa temporada (17 no campeonato).
AS VÁRIAS SUBIDAS DE DIVISÃO ENQUANTO TREINADOR
Depois de pendurar as chuteiras, Manuel Fernandes passou também pelo Vitória FC, clube onde assumiu pela primeira vez a função de treinador (em quatro jogos acumulou mesmo esse cargo com o de jogador). Conseguiu depois garantir várias subidas à 1.ª Divisão ao leme de emblemas como SC Campomaiorense, FC Penafiel, CD Santa Clara e, mais tarde, UD Leiria. No caso dos insulares, conseguiu mesmo fazê-lo duas vezes consecutivas, primeiro à 2.ª Divisão e depois ao escalão maior do futebol nacional.
DIA DE GLÓRIA AO LEME DO EMBLEMA DO SEU CORAÇÃO
E não haveria melhor forma de concluir esta viagem do que com mais um troféu, desta vez no regresso à casa em que foi mais feliz. Em 2000/2001, Manuel Fernandes voltou ao Sporting CP para liderar os destinos da equipa principal num momento particularmente difícil, mas que acabou por culminar na conquista da Supertaça frente ao FC Porto. Depois dos empates 1-1 e 0-0 nas duas mãos, o título foi decidido na finalíssima com um triunfo verde e branco por 0-1, em Coimbra, com Beto Acosta a marcar. Um marco na carreira de treinador do Eterno Capitão.
CLUBE MANUEL FERNANDES
O JOGO DE UMA VIDA
MANUEL FERNANDES NÃO PRECISAVA DOS 7-1 DE 1986 PARA SER UMA LENDA, MAS OS QUATRO GOLOS NO DÉRBI LISBOETA MAIS FAMOSO DA HISTÓRIA – O MAIS IMPORTANTE JOGO DA SUA CARREIRA – TRANSPORTARAM-NO PARA PATAMARES AINDA MAIS MÍTICOS DENTRO DO SPORTING CP E DO FUTEBOL E DESPORTO NACIONAIS.
Texto: Luís Santos Castelo
Fotografia: Museu Sporting –Centro de Documentação
Ao longo da carreira, Manuel Fernandes teve vários jogos emblemáticos, mas nenhum chega sequer perto do que aconteceu a 14 de Dezembro de 1986, nos famosos 7-1 aplicados pelo Sporting Clube de Portugal ao SL Benfica. O lendário avançado, então com 35 anos, apontou quatro (!) golos nesse dérbi, certamente o mais recordado em toda a longa história de confrontos entre os rivais lisboetas, e assegurou, aí, um lugar no Olimpo do futebol nacional – onde já tinha um pé. O contexto não era, de todo, favorável ao Sporting CP, que ocupava a quarta posição da tabela classificativa à entrada para este dérbi. O SL Benfica, por outro lado, era líder isolado sem qualquer derrota, mas não é segredo que um Estádio José Alvalade cheio − e, na altura, com cerca de 70000 adeptos nas bancadas − pode mudar tudo. Foi precisamente o que aconteceu. Em clima de grande festa, digno de um dérbi desta dimensão, o mítico massagista Manuel Marques foi homenageado e os
14.12.1986
Liga 14.ª jornada
Estádio José Alvalade SPORTING CP SL BENFICA
7 1
1-0 ao intervalo
Mário Jorge (15’, 68’), Manuel Fernandes (50’, 71’, 82’, 86’), Ralph Meade (65’)
Sporting CP: Vítor Damas [GR], Gabriel, Fernando Mendes (Duílio, 79’), Virgílio, Venâncio, Oceano, Litos (Silvinho, 79’), Mário Jorge, Zinho, Manuel Fernandes [C] e Ralph Meade. Treinador: Manuel José.
reforços de Inverno Marlon e João Luís, ambos oriundos do Brasil, foram apresentados e começou o desafio. O Sporting CP entrou bem e, logo nos instantes iniciais, o inglês Ralph Meade atirou ao lado. Na resposta, Chiquinho Carlos cabeceou para uma enorme intervenção de Vítor Damas, mas eram os Leões a dominar e Zinho, de muito longe, rematou para as mãos de Silvino. À passagem do primeiro quarto de hora, o 1-0: primeiro remate forte de Manuel Fernandes e, na recarga, Mário Jorge inaugurou o marcador para a primeira explosão de alegria nas lotadas bancadas do antigo vulcão verde e branco. O Sporting CP continuou a carregar e o faro de golo de Manuel Fernandes estava bem presente, com o pontade-lança a voltar a esbarrar em Silvino. Ao intervalo, 1-0.
O segundo tempo começou bem e, aos 50 minutos, Zinho bateu um pontapé de canto para Manuel Fernandes se antecipar a toda a gente e atirar, de cabeça, para o fundo das redes. Estava feito o primeiro do capitão, que vestia a camisola 9.
O SL Benfica reduziu com um golo de Wando e parecia que o dérbi ia ser, como habitualmente, discutido até ao fim, mas o Sporting CP estava num dia sem igual e, novamente após um pontapé de canto, Ralph Meade apontou o 3-1. Começou, então, uma meia-hora icónica e absolutamente demolidora. Num livre a partir da esquerda, Mário Jorge apareceu no coração da área para bisar − mais uma vez, numa recarga após a primeira investida de Manuel Fernandes.
Do 4-1 ao 7-1 foi um ‘saltinho’, com três golos de Manuel Fernandes.
O Sporting CP estava endiabrado e as águias nada conseguiam fazer para parar o ímpeto Leonino, que parecia capaz de derrubar qualquer muralha naquela tarde de domingo. Aos 71 minutos, a magia de Litos permitiu-lhe ganhar espaço na esquerda e cruzar na perfeição para Manuel Fernandes, de cabeça, apontar o 5-1. O 6-1 acabou por ser uma excelente demonstração do que estava a ser o dérbi. Oceano passou pela defesa rival como faca quente em manteiga e a bola sobrou para Manuel Fernandes, que, ao seu estilo bem matador, não perdoou na cara de Silvino. Por fim, o mítico 7-1, já com pequenas fogueiras na bancada visitante: Oceano dá para Ralph Meade, que remata para defesa de Silvino e Manuel Fernandes, sempre oportunista, completa o póquer com uma finalização bastante competente. Sete golos contra o eterno rival, quatro do
capitão e Alvalade em festa. Terminado o desafio, todos ficaram com a sensação de que se o jogo tivesse mais alguns minutos, o resultado seria ainda mais avolumado, tendo em conta a toada e a diferença comportamental de parte a parte.
Na crónica do Jornal Sporting de 17 de Dezembro de 1986, a primeira edição após a histórica goleada, escrevia-se que “de Manuel Fernandes se dirá que a centelha do seu génio é um caso à parte não só no futebol do Sporting mas no próprio futebol nacional”. “E os quatro golos marcados ao
Benfica tornam irrelevantes todos e quaisquer adjectivos por mais encorniásticos que eles sejam. Salvém, grande «capitão!»”, adicionava a publicação.
Em declarações reproduzidas pelo Jornal Sporting, Manuel Fernandes explicou que “as duas equipas preocuparam-se em proporcionar um bom espectáculo, jogando ao ataque”, e reforçou a justiça no marcador: “Fizemos uma primeira parte excepcional, em parte devido à temperatura que se fazia sentir, propícia ao trabalho dos jogadores. O resultado é mais do que justo, fruto
de termos sabido aproveitar a forma de jogar do SL Benfica e as falhas da sua defesa, explorando bem as faixas laterais e apanhando muitas vezes o SL Benfica em contrapé. Para mim, o resultado não é exagerado, começando a definir-se depois de termos feito o segundo golo”.
O avançado não escondeu a satisfação por sido a grande figura da partida: “Marcar quatro golos é sempre bom, mas tem um sabor especial quando são marcados contra o nosso velho rival, sem dúvida”.
“ORGULHOSO POR TER FICADO LIGADO A ESTE RESULTADO HISTÓRICO”
35 anos e muitas entrevistas sobre o tema depois, Manuel Fernandes esteve no programa ‘O Museu Conta’, da Sporting TV, para falar da sua vida, carreira e, claro, do 7-1. “14 de Dezembro de 1986 é uma data inesquecível. Foi um jogo épico que acontece uma vez na vida. Estou muito orgulhoso por ter ficado ligado a este resultado histórico, tanto pelo jogo como pelos golos que marquei. Não é normal um jogador marcar quatro golos. Há poucos jogadores que o fizeram em dérbis ao longo da história. Sinto um orgulho enorme”, começou por dizer, revelando depois as memórias que tem dos quatro golos que anotou. “Marquei dois de cabeça. O primeiro foi num canto combinado com o Zinho. Ele cruzou e
eu apareço ao primeiro poste para o desvio. O quinto golo [do Sporting CP no jogo] foi de cabeça, também. O Litos viu-me, cruzou, e eu, em prancha, rente ao chão, cabeceei e fiz golo. Fiz um de pé direito numa finalização rente à relva, como eu gostava. No outro, o Silvino defendeu para a frente e eu, na recarga, rematei para o canto contrário. Foi uma coisa única na vida e não quero esquecer nunca”, referiu. Manuel Fernandes contou ainda que Gabriel, lateral do Sporting CP nessa partida, foi o primeiro a agarrar a bola de jogo para ficar com ela, mas o capitão tinha um motivo bem forte − para além do póquer − para a levar para casa: “O Gabriel apanhou a bola e eu disse-lhe que a bola era minha. Ele disse-me que, apesar de eu ter marcado quatro golos, ele é que a tinha apanhado. Eu respondi que não era pelos quatro golos, mas sim porque a minha filha fazia nove anos naquele dia e
eu gostava de lhe oferecer a bola. Ele aceitou logo e deu-me a bola. Os jogadores assinaram todos e ela ainda a guarda com muito carinho. Foi uma alegria para ela, que sabe que, pelo menos naquele dia, o pai esteve inspirado num jogo de grande importância”. Por fim, Manuel Fernandes garantiu não ter dúvidas de que o 7-1 vai perdurar na memória por muito tempo.
“Havia um jogador do SL Benfica da minha terra, Sarilhos Pequenos, e eu perguntei-lhe, a partir de determinada altura, o que se passava com eles. Ele disse-me que, a partir do 5-1, não nos conseguiam acompanhar. São duas grandes equipas e, desde aí, nunca mais houve um resultado tão desnivelado como este. Vou guardar este jogo para sempre na minha memória. Vai sempre ser falado até haver outro resultado semelhante. Mesmo quando deixar de estar cá, o 7-1 vai continuar a ser falado”, concluiu.
OS GOLOS DO 7-1 DESCRITOS
PELO JORNAL SPORTING
DE 17 DE DEZEMBRO DE 1986
1 0: por Mário Jorge, aos 15 minutos, em «recarga», após remate de Manuel Fernandes defendido por Silvino.
2 0: «Canto» do lado esquerdo, apontado por Litos, para o bico da pequena área, elevação de Manuel Fernandes, que cabeceou para as redes.
2‑1: «Livre» (mal) assinalado pelo árbitro a Venâncio (que nem sequer tocou em Chiquinho), na «meia esquerda» do ataque benfiquista. Marcou Carlos Manuel, para Vando desviar com a cabeça, para fora do alcance de Damas.
3 1: «Canto» da direita, marcado por Mário Jorge, para o poste mais próximo, Litos desviou a bola de cabeça, para Raphael Meade a empurrar com o pé direito, à entrada da pequena área.
4 1: «Livre» do lado esquerdo, à maneira de «canto curto», apontado por Zinho, dando muito efeito à bola. Meade fez o primeiro remate, defendido por Silvino para a frente e «recarga» vitoriosa de Mário Jorge, como no primeiro golo.
5 1: Bonita jogada de Litos pelo flanco esquerdo, a deixar dois defesas para trás, cruzamento da linha de fundo para a cabeça de Manuel Fernandes.
6 1: Oceano, numa das suas incursões, «fura» por entre dois defesas e dá para Manuel Fernandes, que, mais adiantado atira, rasteiro, para a esquerda de Silvino.
7‑1: Passe de Oceano para Meade que fica isolado e atira à baliza. Silvino defende para a frente e Manuel Fernandes, na «recarga» faz o último golo do encontro.
FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL
VLADAN KOVAČEVIĆ É LEÃO E O PRIMEIRO REFORÇO PARA 2024/2025
GUARDA-REDES, DE 26 ANOS, CHEGA DO RKS RAKÓW, ASSINOU ATÉ 2029 E FICOU COM UMA CLÁUSULA DE RESCISÃO DE 60 MILHÕES DE EUROS. “DECIDI E ACEITEI MUITO RÁPIDO PORQUE SEI QUE O SPORTING CP É UM GRANDE CLUBE”, REVELOU.
Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: João Pedro Morais
Vladan Kovačević é reforço do Sporting Clube de Portugal. O guarda-redes sérvio, de 26 anos, chega a Alvalade proveniente do RKS Raków, assinou um contrato válido até 2029 e ficou com uma cláusula de rescisão de 60 milhões de euros.
“Estou muito feliz, orgulhoso e honrado por chegar a um dos maiores clubes de Portugal. Mal posso esperar para conhecer os meus novos colegas, a equipa técnica e todo o staff que trabalha com a equipa”, começou por dizer o guardião, aos meios de comunicação do Clube, revelando que a decisão foi muito fácil de tomar: “Decidi e aceitei muito rápido porque sei que o Sporting CP é um grande clube”.
No currículo, além de mais de 200 jogos como sénior, Vladan Kovačević conta com quatro troféus conquistados na Polónia – uma Liga, uma Taça e duas Supertaças – e dois na Bósnia-Herzegovina – uma Liga e uma Taça – e agora terá a missão de defender a baliza do campeão português. “Não é fácil entrar numa equipa campeã, mas estou pronto para dar este passo. Para mim, é um prazer fazer parte desta equipa e estou pronto para dar o meu melhor por este clube em todos os jogos”, referiu, sublinhando saber a responsabilidade que é vestir a listada verde e branca: “Os títulos e as lendas que por aqui passaram dizem muito sobre o clube. Por isso, estar aqui é como um sonho tornado realidade. Espero que o futuro nos traga mais títulos”. O polaco Andrzej Juskowiak, antigo jogador do Sporting CP, conhece bem o novo Leão e recentemente deixou-lhe rasgados elogios. Vladan Kovačević recebeu-os com agrado e deu conta de como se vê enquanto guarda-redes: “Não gosto muito de falar sobre mim, mas sou um guarda-redes com bons reflexos, forte nas saídas e seguro na baliza”.
Na temporada passada, o novo guarda-redes Leonino jogou frente ao Sporting CP na fase de grupos da Liga Europa e lembra-se do que viveu em Alvalade, mostrando-se satisfeito por agora poder viver isso de Leão ao peito. “Foi um prazer jogar aqui. O estádio estava cheio e deu logo para sentir a dimensão do Clube. Agora terei a oportunidade de o sentir como jogador do Sporting CP. Estou muito feliz por isso”, afirmou Vladan Kovačević, que já se imagina a jogar no reduto Leonino a Liga dos Campeões pela primeira vez: “Na época passada, o RKS Raków esteve perto de entrar na prova, mas acabámos na Liga Europa. Terei agora a oportunidade de a jogar pelo Sporting CP e estou ansioso por esse momento e por ouvir aqui a música da Liga dos Campeões”.
Para finalizar, Vladan Kovačević disse ainda estar “ansioso por jogar perante os adeptos do Sporting CP” e, depois de dizer “até breve”, após dar toda a entrevista em inglês, arriscou no português: “Força Sporting CP!”.
BILHETE DE IDENTIDADE
NOME VLADAN KOVAČEVIĆ
DATA DE NASCIMENTO 11 DE ABRIL DE 1998 (26 ANOS)
NACIONALIDADE SÉRVIO
ALTURA/PESO 1,92M, 86KG
POSIÇÃO GUARDA-REDES
CLUBES ANTERIORES FK ZELJEZNICAR BANJA LUKA, FK SLOBODA MRKONJIC GRAD, FK SARAJEVO E RKS RAKÓW
CLUBE
ECA DISCUTIU O PRESENTE E O FUTURO EM ALVALADE
GRUPO DE TRABALHO FINANCEIRO DA ASSOCIAÇÃO REUNIU-SE NA CASA VERDE E BRANCA E NÃO
GIOS À ORGANIZAÇÃO DO SPORTING CP.
Texto: Luís Santos Castelo, Nuno
Miguel Simas
Fotografia: Francisco Lino
O Sporting Clube de Portugal recebeu ontem, quarta-feira, o grupo de trabalho financeiro da Associação Europeia de Clubes (ECA) nas instalações do Estádio José Alvalade para uma reunião sobre diversos assuntos, como a relação com stakeholders (partes interessadas), distribuição de receitas e outros.
Membro da ECA, o Sporting CP serviu de anfitrião numa discussão saudável do grupo que trata da relação financeira com organizações como a FIFA ou a UEFA. Participaram no encontro representantes dos clubes membros Sporting CP, FC Shakhtar Donetsk, Club Atlético de Madrid, OGC Nice, PFC CSKA Sofia, PAOK, RB Leipzig, FC Inter Turku, Celtic FC, Paris Saint-Germain, Europa FC, Stade Rennais FC, AFC Ajax, Borussia Dortmund, Real Sociedad de Fútbol, PSV, Arsenal FC, Fenerbahçe SK, FC København, Maccabi Haifa FC, FC Viktoria Plzeň e FC Bayern München.
Francisco Salgado Zenha, vice-presidente do Conselho Directivo do emblema de Alvalade, esteve presente em representação do Sporting CP e destacou a relevância do trabalho realizado em Alvalade, assim como a compe-
tência verde e branca neste tipo de eventos.
“Por vezes, não temos noção da importância desta associação e dos seus grupos. O grupo financeiro contribui para as famosas regras do fair-play financeiro e ajuda a definir os modelos de distribuição dos prémios das competições europeias, entre outros temas financeiros relevantes.
Tivemos a honra de receber o grupo no nosso estádio, na nossa cidade e no nosso país. É um grupo que junta uma parte significativa dos financeiros dos clubes europeus. Discutiram-se aqui tópicos muito importantes para a vida dos clubes europeus e portugueses. É um orgulho enorme ter aqui estas pessoas hoje. O feedback tem sido muito positivo, o que demonstra que a nossa capacidade de organização vai além-fronteiras. Estamos a conseguir ser bem-sucedidos também fora do relvado”, referiu em declarações aos meios de comunicação do Clube, continuando.
“Os clubes portugueses estão aqui representados e é isso que tento fazer neste grupo financeiro. O que pretendemos fazer é defender os interesses dos clubes portugueses e dos clubes em geral. Estas discussões são fundamentais para conseguirmos ganhos directos e indirectos para o futebol, dando melhores condições a toda a gen-
te”, contou.
Por fim, o dirigente Leonino garantiu que os presentes, que assistiram ao jogo entre a Selecção Nacional e a Finlândia na casa verde e branca, na noite de terça-feira, “gostaram muito de estar no Estádio José Alvalade”: “Viram um pouco do ambiente e é um orgulho enorme tê-los aqui a ver algumas das melhorias que estamos a fazer no estádio. Já foram elogiadas por alguns dos meus colegas”. Peter Lawwell, vice-presidente da ECA e presidente dos escoceses do Celtic FC, foi um dos elementos que viajou até Lisboa para o que considera ter sido “uma reunião muito produtiva”.
“A ECA é a única associação de clubes reconhecida pela FIFA e pela UEFA e temos um papel muito importante sendo o coração do futebol europeu. Temos uma rede de contactos muito grande e trabalhamos em prol dos clubes. Estamos a ficar cada vez maiores, já com 657 membros que representam a maioria dos clubes nas primeiras divisões da Europa. Estamos muito orgulhosos disso e tivemos uma reunião muito interessante”, proferiu.
Para dirigentes e adeptos do Celtic FC, a capital portuguesa e o Sporting CP têm um significado especial, o que tornou a viagem ainda mais especial para Peter Lawwell: “A hospitalidade tem
sido excepcional. Lisboa é muito especial para o Celtic FC [devido à conquista da Taça dos Clubes Campeões Europeus em 1967, no Estádio Nacional], assim como é o Sporting CP, uma vez que temos as mesmas cores e uma boa relação com o Conselho Directivo. Os adeptos também têm boa relação, pelo que é um prazer enorme estar aqui”.
Michael Verschueren, membro independente da direcção da ECA e presidente do grupo de trabalho financeiro, concorda que se tratou de “uma boa reunião”.
“O nosso grupo de trabalho é muito importante, uma vez que o dinheiro é cada vez mais relevante no futebol. As receitas estão a aumentar e tudo o que é relacionado com regulamentação, distribuição do dinheiro e impacto financeiro das regulamentações é tratado neste grupo de trabalho”, contou ao Jornal Sporting e à Sporting TV, continuando. “Trabalhamos durante o ano com muitas reuniões e negociações com as partes interessadas, seja a FIFA ou a UEFA. As pessoas deste grupo de trabalho são especialistas e trabalham com finanças todos os dias. Pensamos em tópicos e projectos diferentes e nestas reuniões consolidamos tudo o que está a ser trabalhado e decidido”, disse, agradecendo depois pela forma como todos foram
recebidos: “É importante que os membros estejam comprometidos. Quando somos convidados por algum clube é sempre bom porque o clube demonstra a sua actividade. Trabalhar sobre futebol num estádio de futebol é crucial para nós”.
Por fim, Hugo Hamon, líder de estratégia e operações financeiras da ECA, também abordou o que foi discutido.
“Principalmente depois da pandemia de COVID-19, a parte financeira é cada vez mais um pilar essencial nos clubes. Este é um fórum onde eles podem expressar os seus pontos de vista e opiniões e ainda receber as mais recentes actualizações sobre a distribuição do dinheiro das competições de clubes, assim como outros tópicos da indústria. É importante que a ECA tenha todos os clubes representados, desde as ligas mais pequenas até às maiores. Queremos a visão de todos para que, colectivamente, possamos favorecer os clubes. Essa foi a importância da reunião de hoje”, revelou. Hugo Hamon também falou, de seguida, sobre a hospitalidade do Sporting CP: “O Sporting CP foi um grande anfitrião. Sei que a equipa é fantástica e fiquei muito impressionado com o Estádio José Alvalade. As pessoas receberam-nos muito bem e estamos gratos ao Sporting CP”.
FUTEBOL FORMAÇÃO SUB-17
SEGUNDA PARTE DE DOMÍNIO TOTAL DEU TRIUNFO
SUB-17 APARECERAM DE CARA LAVADA APÓS O INTERVALO E BATERAM O RIO AVE FC COM TODA A JUSTIÇA.
Texto: Pedro Ferreira
De regresso à competição após três semanas de paragem, devido à realização do Campeonato da Europa da categoria, a equipa sub-17 de futebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu o Rio Ave FC por 3-1, no último sábado, em jogo antecipado da 12.ª jornada da fase de apuramento de campeão.
Depois de uma primeira parte com poucos motivos de interesse, em que os guarda-redes foram meros espectadores, o segundo tempo foi de sentido único e revelou um Sporting CP muito superior. Os Leões dominaram e criaram várias ocasiões perante um rival com menos argumentos, construindo o
SUB-15
triunfo com naturalidade. O técnico José João operou cinco alterações no onze, com destaque para a estreia absoluta de Sandro Gambôa, médio de 15 anos que até aqui tinha actuado apenas nos sub-16, e ainda para o regresso de Rafael Camacho, centro-campista que após dois jogos ao serviço da formação sub-19 voltou a baixar de escalão para os juvenis. Numa tarde de bastante calor em Alcochete, a partida arrancou num ritmo morno. O Sporting CP assumiu desde cedo a iniciativa e jogou quase sempre no meio-campo adversário, em busca de espaços, mas encontrou forte resistência por parte da equipa forasteira, que se mostrou sempre muito sólida em termos defensivos.
Aos poucos, o sexto classificado Rio Ave FC foi-se libertando e passou a dividir a posse de bola, enquanto os Leões tentavam acelerar nas alas sempre que podiam. Ainda assim, numa primeira parte sem balizas, a única oportunidade pertenceu ao Leão Winilson Lopes, que, em boa posição, chegou atrasado para o desvio certeiro. Na segunda parte, a turma de Alvalade apresentou-se mais intensa e pressionante, criando diversas situações de golo. Rafael Camacho deixou o primeiro aviso, num remate à entrada da área que passou perto do poste, e depois foi Flávio Gonçalves que, após fintar dois defesas, atirou forte para uma defesa atenta do guarda-redes. Feitas as ameaças, chegaram final-
CLÁSSICO SORRI AOS VISITANTES
LEÕES FIZERAM UMA PRIMEIRA PARTE MUITO BEM CONSEGUIDA, MAS FALTOU-LHES EFICÁCIA. FC PORTO FOI PARA O INTERVALO A VENCER E NA SEGUNDA METADE APROVEITOU PARA AUMENTAR A VANTAGEM.
Texto: Maria Gomes de Andrade
A equipa sub-15 de futebol do Sporting Clube de Portugal perdeu, no passado domingo, frente ao FC Porto por 0-3 em jogo da 16.ª jornada da fase de apuramento de campeão do Campeonato Nacional de Iniciados. Os Leões entraram melhor e dispuseram das primeiras ocasiões de golo – destaque para um remate de Duarte Tomás, que saiu por cima da baliza –, com a formação azul e branca a crescer com o passar dos minutos e a obrigar Valdir Nascimento à primeira in-
tervenção da manhã, negando o primeiro golo ao FC Porto. A essa grande ocasião adversária, o Sporting CP respondeu num lance rápido com José Lino, isolado, a seguir para a baliza, mas Francisco Mendes saiu dos postes e levou a melhor; na recarga também Vítor Conceição viu o guarda-redes azul e branco defender. Jogo muito vivo, com os minutos seguintes a fazerem-se também assim e os Leões com sinal mais, mas sem conseguirem finalizar as várias situações de contra-ataque. Assim quem acabou por inaugurar o marcador foi o FC
mente os golos. Aos 56 minutos, Salvador Blopa cruzou para Flávio Gonçalves e este encostou para o 1-0, sendo que pouco depois, aos 62’, o mesmo Flávio Gonçalves bisou na sequência de novo cruzamento, agora do recém-entrado Denilson Santos. O avançado chegou aos 21 golos esta época. Em vantagem, o Sporting CP ganhou ainda mais confiança e o Rio Ave FC ressentiu-se, revelando dificuldades para contrariar o poderio da formação da casa. Os Leões continuaram lançados no ataque até que, aos 70 minutos, Flávio Gonçalves – que já ficara perto do hat-trick −, assistiu o acabado de entrar Diogo Martins para o 3-0. Até final, o conjunto de Vila do Conde fez o primeiro remate na segunda parte aos 77 minutos e diminuiu para 3-1 aos 88’, com Gonçalo Dantas a aproveitar um mau passe à saída da área. Do outro lado, o Sporting CP também podia ter voltado a marcar, mas Frederico Gomes, Flávio Gonçalves e Diogo Martins foram ineficazes. Com este resultado, os Leões sobem à condição ao segundo lugar com os mesmos 21 pontos do FC
Porto, que é terceiro com menos um jogo disputado. A turma verde e branca volta a entrar em acção apenas no dia 16 de Junho, em casa do CF “Os Belenenses”, para jogar a penúltima ronda do apuramento de campeão.
01.06. 2024 Campeonato Nacional Ap. de Campeão – 12.ª jornada Estádio Aurélio Pereira, Alcochete SPORTING
3 1
0-0 ao intervalo
Flávio Gonçalves (55’, 61’) Diogo Martins (69’)
Gonçalo Dantas (87’)
Sporting CP: Tiago Gaeiras [GR], Rodrigo Cabrito (Daniel Costa, 82’), Atanásio Cunha, Diego Coxi, Salvador Blopa (Tomás Mendes, 67’), Sandro Gambôa, Frederico Gomes (Miguel Almeida, 82’), Rafael Camacho [C], Winilson Lopes (Denilson Santos, 45’), Rafael Melo (Diogo Martins, 67’) e Flávio Gonçalves. Treinador: José João. Disciplina: cartão amarelo para Winilson Lopes (42’) e Rafael Camacho (88’).
Porto, aos 32 minutos, através de Abdu Cassamá. Minutos depois, esteve à vista o 0-2, mas o remate esbarrou no ferro. Apesar disso, o Sporting CP não esmoreceu e continuou à procura do golo, agora do empate, continuando a chegar com perigo à área azul e branca, mas o 0-1 manteve-se – injustamente – até ao intervalo.
Nessa altura, o técnico Leonino aproveitou para mexer, apostando em Sandro Ferreira no lugar de José Lino. O Sporting CP entrou assim na segunda metade com uma alteração e com a
ambição de empatar a partida, tendo a oportunidade de fazê-lo num livre à entrada da área, mas Francisco Mendes defendeu a recarga de Duarte Tomás. Sem chegar ao 1-1, aos 45 minutos, a tarefa ficou mais difícil: Illia Iablonsky tentou aliviar um cruzamento da direita na boca da baliza, mas demorou muito tempo a reagir e Eduardo Martins antecipou-se, encostando para o 0-2. Cinco minutos depois, novo golo azul e branco, com o resultado a tornar-se muito expressivo e penalizador para os Leões, numa altura em que o Sporting CP não conseguia impor o seu jogo e dar seguimento ao que tinha feito na primeira metade.
Bernardo Bruschy começou depois a fazer novas alterações, esgotando as substituições, mas o Sporting CP já não conseguiu criar muito perigo e reduzir a desvantagem, acabando assim por perder e interromper o ciclo de jogos (11) sem conhecer o sabor da derrota.
Os Leões voltam a jogar este domingo, em casa do Boavista FC, e terminam a prova na próxima semana, com a recepção ao CD Tondela.
02.06.2024
Campeonato Nacional
Ap. de Campeão – 16.ª jornada Estádio Aurélio Pereira SPORTING CP FC PORTO
3
0-1 ao intervalo
Abdu Cassamá (31’), Eduardo Martins (46’, 51’)
Sporting CP: Valdir Nascimento [GR], Leonardo Varela, Mário Almeida, Illia Iablonsky, João Rijo (Francisco Cabeçana, 71’), Rodrigo Nogueira, Duarte Tomás (Henrique Tavares, 61’), Francisco Simões [C], José Lino (Sandro Ferreira, 40’), Martim Almeida (Martim Diogo, 61’) e Vítor Conceição. Treinador: Bernardo Bruschy. Disciplina: cartão amarelo para Illia Iablonskyi (40’).
OPINIÃO
FREDERICO VARANDAS
TITO ARANTES FONTES
Há muito que ando para escrever sobre o nosso presidente, para dar testemunho do que sinto e como vejo Frederico Varandas! Para lembrar de onde viemos e onde estamos. Para − agora que estamos a viver momentos em que “rebentamos” de orgulho − recordarmos e não nos esquecermos! É que o nosso presidente − resguardado na sua atitude reservada e sem excessivos protagonismos − merece mesmo o nosso apoio, o nosso elogio, a nossa consideração, a nossa admiração e − sim! − o nosso respeito!
Frederico Varandas candidatou-se à presidência do Sporting CP na sequência dos eventos de Alcochete e da destituição de Bruno de Carvalho na Assembleia Geral do clube de 23 de Junho de 2018. Nessa altura eu − mesmo na minha qualidade, na época, de presidente do Grupo Stromp − não conhecia Frederico Varandas, nunca tinha estado com ele, nunca o tinha visto presencialmente. Melhor dito sabia que era médico do Sporting CP. Sabia que, anos antes, tinha sido médico no Vitória de Setúbal. Sabia que em missão militar no deserto afegão − numa história épica, que marcava o seu genuíno e autêntico coração de Leão − sintonizara, em “ondas curtas”, a rádio para ouvir relato do jogo de futebol do seu clube e vibrar com as vicissitudes e os golos do Sporting CP… lá, no meio da guerra! Em 2018 era isto que eu sabia, só isto. Assim, foi com surpresa que recebi a notícia da candidatura de Frederico Varandas à presidência do nosso Clube. Lembro-me que estava em Madrid (na “minha” Uria) e que li o seu “manifesto inicial” no meio de duas reuniões. Gostei do que li, comoveu-me. A hora de vida do Sporting CP era dificílima e poucos, muito poucos mesmo, se atreveriam a “pegar” no Clube naquela altura. Liguei, então, para Lisboa para falar com o seu irmão João Pedro, advogado como eu, que, esse sim, conhecia há vários anos. Gostei do que me disse sobre o seu “caçula” e, desde logo, me disponibilizei para o que fosse preciso. Mais tarde, tive oportunidade de conhecer o Frederico em acções da sua campanha para a presidência, muito especialmente num jantar que muito me marcou em que estava também presente o Acosta! E no evento de encerramento de campanha, no qual conheci o João Palma, ilustre magistrado do Ministério Público, nosso actual presidente da Mesa da Assembleia Geral.
Frederico Varandas ganhou as eleições (disputadíssimas, sobretudo com outro Leão de “juba alta”, João Benedito), a 8 de Setembro de 2018, já com a época a decorrer, com um treinador (José Peseiro) e uma equipa gizada e recuperada, no possível, por Sousa Cintra. Como todos sabemos, o seu primeiro mandato não foi fácil, nada fácil mesmo. Decidiu dispensar Peseiro, no início de Novembro, contratar Keizer (depois de breve interregno com Tiago Fernandes) e os resultados começaram a aparecer. Ganhámos a Taça da Liga e no final de Maio de 2019 a Taça de Portugal, resgatando
a traumática derrota nessa mesma final do ano anterior com a nossa equipa e o nosso Sporting feitos, na altura, em farrapos! No ano seguinte sucederam-se os treinadores, escolhidos ou de circunstância, Keizer (até Setembro), Leonel Pontes, Silas… até que, em Março de 2020, Frederico Varandas decide, ele próprio, ir buscar Rúben Amorim a Braga! Chamaram-lhe tudo e de tudo. Era o quarto treinador em pouco mais de meia época. Mas a decisão estava tomada. Hoje é inquestionável o acerto dessa decisão! Decisão de presidente! Decisão definidora da sagacidade em definir caminhos e em apontar o rumo... o rumo do almejado título! No ano seguinte, depois de uma época marcada pela pandemia e pela falta de público nos estádios, o Sporting CP sagra-se, em Maio de 2021, Campeão Nacional. Esse foi o ano do “onde vai um, vão todos!”, frase talismã carregada de revolta e gritada por Rúben e pela equipa em uníssono em Famalicão, depois do jogo em que o Sporting CP foi claramente prejudicado pela arbitragem (Luís Godinho). Inventaram-se mil desculpas por parte dos nossos detractores para denegrir o mérito desse título... afinal − diziam eles − só possível, porque o Sporting não tinha a “pressão” do público, da sua imensa massa Associativa e adepta, no campo... e até se chegou a dizer e a escrever que o Sporting CP se aproveitou da distracção dos nossos adversários como se o tal jogo de Famalicão, em que fomos prejudicadíssimos, não tivesse ocorrido logo à 9.ª jornada desse campeonato!
O Clube, sobre a liderança de Frederico Varandas, dava, nesse momento, um valente abanão no futebol nacional e mostrava ao que vinha. Depois de, no ano anterior, conquistar a Taça da Liga e a Taça de Portugal, somava o título de Campeão Nacional, o 23.º da sua gloriosa história! Era definitivamente o início de uma Nova Era, ainda não formalmente anunciada, mas já efectivamente em curso!
Desde o início do seu mandato que Frederico Varandas sempre me impressionou pelo seu “sentido de missão”, provavelmente corolário da sua formação militar. Senti inúmeras vezes esse espírito na sua atitude, desde logo no modo estóico como suportou, foi suportando, várias vezes, vezes demais, insultos e impropérios nas bancadas de Alvalade que nos primeiros anos do seu mandato lhe eram, em alto e bom som, dirigidos por determinados sectores do nosso Estádio. Frederico Varandas suportou tudo isso, com a certeza e segurança que a sua “missão” de recuperar o seu Clube era para cumprir e levar até ao fim! Ou seja, nada o demovia do seu caminho, muito pelo contrário! Demonstrou nesses momentos a resiliência que é necessária a todo o verdadeiro líder! E eu, como tantos outros, fui registando esse querer, essa vontade, esse amor ao Clube e esse pundonor! Essa garra!
Neste caminho Frederico Varandas soube rodear-se de gente de grande qualidade e de inegável Sportinguismo. Vou nomear alguns, a título de exemplo e sem querer ferir quaisquer susceptibilidades, em vários cargos, que o acompanham desde o início. Francisco Salgado Zenha, André Bernardo, Miguel Afonso na Direcção. João Palma na Mesa, agora como presidente da mesma. Bernardo Ayala na Mesa da SAD. Hugo Viana, claro, no futebol. Tudo gente de antes quebrar que torcer. Tudo gente de pura alma Sportinguista! Saber reunir-se de gente boa é uma enorme qualidade… e ajuda muito,
nas horas difíceis isso pode mesmo ser decisivo! Mérito de quem escolhe, de quem decide e decidiu! Mérito do presidente!
Última nota para tratar do relevante tema da preparação da nova época. Leio notícias ainda com os naturais “hosanas” à excelente época que o Sporting CP protagonizou e na qual se sagrou Campeão. Mas leio também notícias sobre as habituais movimentações de mercado, com as saídas de uns e as entradas de novos jogadores. E é comum ouvir de vários quadrantes sportinguistas palavras de elogio ao modo tranquilo, planificado, sereno com que muito especialmente neste defeso tudo está a ser tratado, com tempo, a horas. Sabemos que no passado houve épocas em que tal não foi possível. E estamos certos que uma das qualidades do ser humano − e do nosso presidente em particular − é também aprender com as vivências antes sofridas. Também isso define um líder e uma liderança! Acresce, neste momento de transição de uma época para outra, um factor muito importante e até decisivo, que o presidente Frederico Varandas já bem sinalizou, qual seja o do Sporting CP ter sede e fome de mais vitórias desportivas, desde logo no futebol! Não está satisfeito e quer mais títulos! E isto é também uma mudança de paradigma no modo como há muitos anos também nós, Sportinguistas, olhamos para o Clube! E sim, é esse o Sporting CP que todos queremos e ambicionamos! Um Clube poderoso, lutador e ganhador que na próxima época quer novamente ganhar o Campeonato! E quer ganhar também a Taça de Portugal! E a Taça da Liga! E antes, logo no início de Agosto, quer a Supertaça! Quer ser Bicampeão! Quer ganhar a “dobradinha”! Quer ganhar todas as provas nacionais! E quer fazer uma grande campanha europeia, na Champions! E isso, sempre e sempre, com os nossos princípios! Com os nossos valores! Portugal agradece!
Esta perspectiva de futuro que o Clube hoje tem é verdadeiramente notável e é mérito indiscutível de Frederico Varandas e das gentes que escolheu e que o acompanham há vários anos.
Obrigado, pois, Frederico! Obrigado por tanto em tão pouco tempo!
VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!
P.S 1 − O nosso andebol é de ouro! E escrita a ouro vai ficar época na História do Clube e no Museu Sporting! Obrigado, Ricardo Costa! Obrigado, equipa! Fabulosa equipa! Muitos e muitos parabéns!
P.S 2 − A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou em sessão plenária e por unanimidade de todos os seus membros, ou seja, da esquerda à direita, voto de saudação ao Sporting CP, enaltecendo-o pelo seu 24.º título de Campeão Nacional. É bom que assim seja e que, em definitivo, se comecem a ver as entidades oficiais portuguesas a respeitar a verdade da História! E, com isso, até pode ser que a FPF venha finalmente a acordar da sua incompreensível letargia sobre este tema... sobre o qual até alguns dos seus altos responsáveis chegaram a ter o desplante de dizer que não queriam voltar a falar. Vamos ver como no futuro próximo se comporta a FPF quando conquistarmos o 25.º título de Campeão! E quanto tempo mais permanecerá a FPF em estado de negação” da História do Futebol português!
MODALIDADES ANDEBOL
FINAL DE ÉPOCA PERFEITO COM CONQUISTA DA TAÇA DE PORTUGAL
TRIUNFO POR 34-30 FRENTE AO FC PORTO, NA FINAL, DEPOIS DA VITÓRIA NA VÉSPERA FRENTE AO CF ‘OS BELENENSES’ POR 28-20, EM VISEU.
Texto: Nuno Miguel Simas
Fotografias: João Pedro Morais
A equipa principal de andebol do Sporting Clube de Portugal venceu o FC Porto por 34-30 e conquistou no último domingo a Taça de Portugal (18.ª do historial), que juntou à Supertaça e ao Campeonato Nacional. Uma temporada perfeita dos comandados de Ricardo Costa, num jogo em que os adeptos Leoninos também deram espectáculo na bancada, num contagiante apoio ao magnífico conjunto verde e branco.
Para chegar à final, o Sporting CP venceu nas meias o CF ‘Os Belenenses’ por 28-20, num jogo em que a superioridade Leonina nunca esteve em causa, fruto do maior poderio individual e colectivo dos Campeões Nacionais. Os Leões tiveram direito a guarda de honra, gesto de enorme desportivismo da formação do Restelo, a homenagear a formação verde e branca pelo título nacional conseguido uma semana antes. No clássico da final frente ao FC Porto, registou-se novo triunfo da equipa de Ricardo Costa, assente na maior solidez, coesão, sentido colectivo e em que as individualidades Leoninas emergiram em diferentes momentos, com Leo Maciel a despedir-se em beleza da baliza Leonina com um desem-
02.06.2025
Taça de Portugal – Final Pavilhão Multiusos de Viseu
34 30
18-14 ao intervalo
Sporting CP: Edy Silva (4), Pedro Portela (2), Edmilson Araújo, Francisco Costa (4), Natán Suárez (1), Jan Gurri (5), Salvador Salvador [C] (1), Espen Våg (1), Orri Þorkelsson (8), Mamadou Gassama (2), André Kristensen [GR], João Gomes (1), Étienne Mocquais, Leo Maciel [GR], Christian Moga, Martim Costa (5). Treinador: Ricardo Costa.
Disciplina: exclusão de 2’ para Martim Costa (2), Salvador Salvador, Christian Moga e Edy Silva.
penho notável e o ponta islandês Þorkelsson a só falhar um remate em 60 minutos de jogo.
Mas foi um Sporting CP de nível colectivo excepcional, com todos os andebolistas a interpretarem
na perfeição o plano de jogo, tanto ofensiva, como defensivamente, mesmo nos momentos de maior aperto – o Sporting CP teve fases no segundo tempo em que se viu forçado a jogar com menos dois jogadores, devido a sucessivas exclusões.
O Sporting CP inaugurou o marcador por Þorkelsson, mas o FC Porto marcou três golos consecutivos e sem reposta dos Campeões Nacionais, para um primeiro parcial de 3-1, até Natán Suárez reduzir para 3-2. A defesa 6x0 do FC Porto obrigava o Sporting CP a ter de encontrar soluções criativas, face à maior estatura do bloco central dos dragões, com Edy Silva a empatar a quatro golos, com cerca de 6’30 jogados. Com nove minutos, o Sporting CP estava na frente por 6-5, em face da boa ligação da meia distância com o pivô Edy Silva e aos dez minutos, registava-se igualdade a seis golos.
Na baliza Leo Maciel (notável exibição) começava a evidenciar-se, para uma vantagem Leonina de 8-7 com metade da primeira parte jogada. Vantagem que foi alargada com novo golo de contra-ataque de Þorkelsson e o Sporting CP, com dois golos consecutivos de Pedro Portela a ganhar uma vantagem de quatro golos (11-7), alicerçado numa exibição cada vez melhor de Leo Maciel (esteve em grande estilo nos remates aos seis metros) que redundou em contra-ataques bem concluídos, com 17 minutos jogados.
Praticamente nos últimos cinco minutos da primeira parte, um golo de combinação aérea entre Natán Suárez e Jan Gurri colocou o marcador em 15-11, com Gurri a marcar logo a seguir para o 16-11, para o 17-12 e depois para o 18-13. Uma excelente entrada em jogo do central espanhol dos Leões, com quatro golos e uma vantagem de 18-13 com menos de dois minutos para o intervalo.
O resultado foi encurtado por um livre no último segundo e os 18-14 a favor do Sporting CP.
Na segunda parte, o FC Porto marcou primeiro, mas os Leões responderam por Martim Costa, com as defesas bastante agressivas das duas equipas a quererem dizer presente.
Apesar de dois contra-ataques falhados, com Mitrevski em duas boas paradas, o facto é que o Sporting CP dominava e tinha vantagem de 22-17 à entrada para os primeiros sete minutos.
O FC Porto aproximou-se quando o Sporting CP esteve com menos dois jogadores (Martim Costa foi
excluído por protestos, depois de sofrer uma falta sem devido sancionamento).
A vantagem Leonina ficou em 23-20, perto dos dez minutos de jogo e encurtou ainda mais nos 23-22, com o Sporting CP a jogar mais de dois minutos com menos dois atletas – duas exclusões quase de seguida.
Mas a resposta do Sporting CP foi de grande equipa, novamente com Leo Maciel a travar remates aos seis metros do FC Porto, na circunstância perante Iturriza e depois de um lateral portista na meia distância.
30-26 era o resultado a favor do Sporting CP já dentro dos últimos dez minutos de jogo. Quando Jan Gurri fez o 31-26 sentiu-se já no ar o triunfo dos Leões e mesmo com o FC Porto ainda a reagir, dois golos de ‘canhota’, um de Gassama e outro de João Gomes, deixaram o marcador nos 33-29, com menos de um minuto e meio para jogar e o marcador a fixar nos 34-30 para o Sporting CP.
A Taça de Portugal de andebol voltava a ser do Sporting CP, pelo terceiro ano consecutivo, num ano em que três foi a conta que o Leão fez, uma vez que a formação de Alvalade ganhou os três troféus em discussão a nível interno esta temporada – Supertaça, Campeonato Nacional e Taça de Portugal – no fecho de uma temporada perfeita do conjunto orientado por Ricardo Costa.
MODALIDADES ANDEBOL
A PALAVRA AOS CAMPEÕES DA TAÇA DE PORTUGAL DE ANDEBOL
MUITA
ALEGRIA
APÓS FEITO HISTÓRICO DA EQUIPA LEONINA ORIENTADA POR RICARDO COSTA.
Texto: Nuno Miguel Simas
Fotografias: João Pedro Morais
No final da partida e em declarações aos meios de comunicação do Clube, orgulho e felicidade eram alguns dos principais sentimentos expressos pelo grupo de trabalho do andebol do Sporting CP, após a conquista da 18.ª Taça de Portugal.
RICARDO COSTA
“A simbiose que tivemos com os adeptos, a ambição de querer ganhar, de melhorar cada vez mais o nosso jogo e a parte humana deste grupo é muito a chave do sucesso. Existem muitos elementos do staff a trabalhar a um nível excepcional, são pessoas muito importantes para nós e só se atinge a plenitude de ganharmos, a quase perfeição, com grupos especiais a trabalhar de forma especial. Este é um grupo muito jovem e fez uma época extraordinária, é importante assimilar bem isto, pois queremos continuar a vencer.
Os jogadores que saem [Edmilson Araújo, Leo Maciel, Espen Våg e Étienne Mocquais], sabem que fazem parte desta equipa. Tenho a certeza de que os quatro estão agradecidos ao Sporting CP e nós agradecidos a eles, pela maneira como lutaram abnegadamente pela equipa. Terei muitas saudades deles e desejo-lhes a melhor sorte do Mundo. Foi uma época muito exigente para nós, agora é o momento de recarregarmos baterias”.
SALVADOR SALVADOR
“Foi a cereja no topo do bolo para nós. Havia sempre algo a melhorar, investimos nisso e focámo-nos em trazer títulos para o Sporting CP, com a Supertaça, Campeonato e Taça de Portugal. Foi uma época quase perfeita, faltou só um cheirinho na Europa, parabéns a todos os envolvidos por esta época fantástica. Uma palavra de apreço ao Edmilson Araújo, que tem 19 anos de casa e é um exemplo de lealdade. Inspiro-me nele, uma palavra também ao Espen Våg, Étienne e Leo Maciel. O nosso público fez como se estivéssemos a jogar no Pavilhão João Rocha e este título é de todos os que se deslocaram a Viseu para nos apoiar. Para o ano, tentar fazer igual, ou melhor”.
ANDRE KRISTENSEN
“É incrível. Acabámos de uma maneira fantástica. Lutámos muito. É uma honra fazer parte desta equipa. O apoio que tivemos foi inacreditável, torna tudo mais fácil para nós, queremos sempre retribuir-lhes. Gostamos tanto deles [adeptos]. Muito obrigado”.
MIGUEL AFONSO
“Mais do que os títulos é importante destacar a forma como este grupo conquistou os adeptos pela maneira de trabalhar, intensidade sempre total, respeito fantástico por este símbolo. Primeiro triplete do andebol do Sporting CP, é mais um marco neste cube e fica tão bem a este grupo, serem eles a conquistar mais este feito. É uma época incrível, perante um adversário muito digno [FC Porto]. Saímos todos daqui de coração cheio, vimos o Sporting CP ganhar, mas acima de tudo, é uma equipa com muita saúde, presente e futuro. A linha pensada para as modalidades é transversal, o andebol atinge o patamar onde estava o futsal e outras se seguirão. O que o andebol está a viver, esta forma de estar e espírito de grupo, é algo que tentamos alimentar no Sporting CP. Vive-se no Clube um espírito de família total. O andebol conquista o 47.º título. Parabéns a todos nós”.
CARLOS CARNEIRO
“Sabíamos que estávamos a construir uma boa equipa. Tão jovem, mas tem-nos dado provas de uma crença e de uma vontade que não tenho palavras para descrever, com grande qualidade técnica e humana”.
PEDRO PORTELA
“É a emoção de fazer um triplete, fazer história, voltei a um clube especial, de onde tinha saído campeão. Fizemos uma época genial, faltou ir à final-four da EHF, mostrámos o nosso valor e aqui está o prémio para esta equipa. Vamos de férias com muito orgulho em nós. Jogámos em casa, jogamos sempre em casa”.
MARTIM COSTA
“Foi a melhor época de uma equipa portuguesa num ano. Trabalhámos para isso, estamos todos de parabéns. Temos de querer sempre mais. A trabalhar assim e com este público, de certeza que vamos conseguir. Foi um ambiente incrível”.
ORRI ÞORKELSSON
“O sentimento é tão bom. Adoro o Sporting CP, as pessoas que vieram aqui a Viseu. Estou tão feliz. Foi o melhor ano da minha carreira e não poderia estar num lugar melhor [Sporting CP]”.
JOÃO GOMES
“É uma época fantástica, quero agradecer aos Sportinguistas que nos apoiaram. É um orgulho pertencer a este grupo. Saímos mais fortes já para as próximas épocas, é sempre a querer mais, mais vitórias”.
EDMILSON ARAÚJO
“O cansaço numa final nunca pode interferir, pois queremos lutar até ao fim. Isto só podia acabar assim. Não tenho palavras. Foi uma época incrível e acabar assim…parecia que estávamos a jogar no Pavilhão João Rocha, foi incrível. Aqui somos uma família, somos unidos e isso faz esta equipa ser vencedora”.
FRANCISCO COSTA
“O segredo desta equipa é trabalhar, treinarmos todos juntos. É isso que fazemos há três anos. Temos uma ligação muito forte, é algo único. Três títulos nacionais, é um feito histórico e não queremos ficar por aqui. Vamos encontrar os melhores do mundo para o ano [Liga dos Campeões] e temos de trabalhar o dobro. Os adeptos voltaram hoje a ganhar o jogo, sem eles isto não era possível, temos de lhes agradecer e pedir para continuarem a apoiar-nos nestes momentos. Foi uma época nota dez para nós”.
CHRISTIAN MOGA
“Estou muito feliz. Ganhámos com muito esforço e dedicação. A parte mental foi mais forte no fim, porque o corpo já não reagia. O Ricardo [Costa, treinador da equipa] disse-nos que íamos ganhar este jogo com a mentalidade forte. A Taça de Portugal é nossa”.
EDY SILVA
Ainda não acredito, sabíamos que ia ser uma luta difícil. Sempre dissemos que até ao final daria certo. Parecia que estávamos a jogar no Pavilhão João Rocha. Três Taças de Portugal é mais lindo ainda. Este grupo é incrível, entregamo-nos uns pelos outros e merecemos completamente esta vitória”.
MODALIDADES ANDEBOL
LEÕES ENTREGAM TRIPLETE AO MUSEU SPORTING
TROFÉUS DO CAMPEONATO NACIONAL, TAÇA DE PORTUGAL E SUPERTAÇA ENTREGUES PELOS HERÓIS LEONINOS. ÉPOCA INESQUECÍVEL E HISTÓRICA PARA O ANDEBOL VERDE E BRANCO E NO ANDEBOL PORTUGUÊS.
Texto: Maria Gomes de Andrade
Fotografia: Isabel Silva
A equipa principal de andebol do Sporting Clube de Portugal fez história esta temporada ao conquistar os três títulos nacionais e, na segunda-feira, deu por terminada a missão de 2023/2024 entregando-os ao Museu Sporting. Os troféus do Campeonato Nacional, Taça de Portugal e Supertaça foram entregues por toda a equipa verde e branca, ao lado de toda a equipa técnica liderada por Ricardo Costa e do coordenador da modalidade Carlos Carneiro.
Frederico Varandas, presidente do Clube, Miguel Afonso, vogal com o pelouro das modalidades, e José Carlos Reis, director-técnico e operacional das modalidades Leoninas, estiveram presentes na entrega dos troféus e o primeiro dirigiu umas palavras aos vencedores do triplete.
Visivelmente orgulhoso, Ricardo Costa também falou, mas aos meios de comunicação do Clube, dando conta do sentimento de dever cumprido no final desta época: “O nosso maior objectivo é sempre chegar a este dia
e entregar os troféus ao Museu Sporting por isso estamos muito satisfeitos. É isto que nos move e queremos mais”.
Por isso, o treinador verde e branco já olha para o que se segue, após as merecidas férias, dando conta da ambição para a próxima temporada, mas antes dei-
xou elogios à equipa e à estrutura Leonina.
“Todos nós funcionamos muito bem e acabamos por ser muito felizes. Este grupo, à parte de ser altamente qualificado, tem uma parte humana que sobressai e julgo que é isso que nos distingue e que nos faz vencer”, disse Ricardo
Costa, acrescentando depois: “Foi uma boa época, mas há muito espaço para melhorar e muita coisa para conquistar ainda. Na próxima temporada temos uma prova muito importante, a Liga dos Campeões, que era um dos nossos grandes objectivos e que nos fará estar noutro patamar, e lutaremos por conquistar os títulos internos e por melhorar as nossas prestações. É isso que queremos e, claro, contamos com os Sportinguistas para isso”.
Salvador Salvador também teve a palavra, dando igualmente conta da satisfação pela conquista dos três títulos nacionais: “O Sporting CP vive de títulos e, felizmente, este ano conseguimos os três a nível nacional. É sempre bom vir aqui ao Museu Sporting, é o terceiro ano consecutivo em que vimos e este ano viemos ainda mais recheados”.
“Já tentei deixar ali algum espaço para trazermos mais uns troféus para o ano. Vamos tentar igualar esta época histórica do andebol do Sporting CP e do andebol português, manter o ritmo e o trabalho que temos vindo a fazer e,
claro, sermos ainda melhores”, referiu ainda o capitão Leonino, revelando o segredo para esta época inesquecível: “O segredo foi o trabalho desde o primeiro dia, o nosso compromisso em melhorar e em sermos competitivos. Além disso, a união deste grupo é muito grande e a alma é gigante. Felizmente, todo o empenho e toda a ambição converteu-se em glória”.
Martim Costa concordou, elogiando igualmente o grupo de trabalho verde e branco. “Este grupo é espectacular e as pessoas à nossa volta são incríveis. Estamos muito felizes com o que alcançámos e por termos feito história. Trouxemos três títulos, merecemos, porque fomos a melhor equipa portuguesa, e fizemos por isso. Agora é trabalhar para conseguirmos ainda mais no futuro”, disse o jogador Leonino, falando numa época “quase perfeita”, onde só “faltou chegar à final four da Liga Europeia”. “Para o ano queremos vir outra vez ao Museu e, se pudermos trazer mais títulos, melhor ainda”, sentenciou.
EDMILSON ARAÚJO
“CUSTA-ME DIZER ADEUS AO CLUBE DO MEU CORAÇÃO”
EDMILSON ARAÚJO DESPEDE-SE DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL DEPOIS
DE 17 ANOS A VESTIR DE VERDE E BRANCO. O ANDEBOLISTA, QUE CHEGOU AINDA NA FORMAÇÃO, SAI APÓS A CONQUISTA DO INÉDITO TRIPLETE, DEIXANDO PARA TRÁS MOMENTOS INESQUECÍVEIS E A CERTEZA DE QUE O CLUBE FEZ TODA A DIFERENÇA NA SUA VIDA E NA SUA CARREIRA.
Texto: Inês Coelho, Maria Gomes de Andrade Fotografia: Isabel Silva, João Pedro Morais
17 anos depois, despede‑se do Sporting CP. Foi uma história muito bonita?
Sim, sem dúvida que sim. Vim para aqui em 2007, desde um clube do bairro, no qual também agradeço muito ter jogado, por isso custa-me dizer adeus ao Sporting CP. São muitas épocas de Leão ao peito, uma vida inteira num clube que amo muito e custa-me despedir do clube do meu coração.
Já foi há muitos anos, mas ainda se lembra da adapta‑ ção ao Clube?
Claro, recordo-me que foi fácil porque me acolheram como um filho. Era como um filho para os treinadores e para o director da modalidade. Senti-me sempre em casa aqui.
E neste percurso houve algum treinador que o tenha marcado mais?
Em geral, obviamente, todos me marcaram muito, mas destaco aquele que me foi buscar à ASS Assomada. Agradeço-lhe muito por tê-lo feito.
“ESTOU MUITO ORGULHOSO DO MEU PERCURSO AQUI”
Em 2012/2013, estreou se na equipa principal e foi fi cando. Acreditava que pudesse ser possível chegar e fi‑ car tanto tempo?
Lembro-me que ia treinando e vivendo um dia de cada vez, sem pensar na equipa principal, mas cheguei e mantive-me até hoje. Por isso, estou muito orgulhoso do meu percurso aqui.
Ao longo deste tempo todo, foi conquistando vários tí tulos. O que se lembra do primeiro?
O meu primeiro título, como jogador apenas da equipa principal, foi a Taça Challenge. Essa época foi incrível, conseguimos essa prova europeia e terminámos com o campeonato.
“TRIPLETE
NO ADEUS? MELHOR NÃO PODERIA SER”
Nessa temporada conquistou dois títulos, despede‑ ‑se agora com a conquista de três, que é algo inédito. Também foi uma época especial?
Sim, claro, esta temporada foi muito especial e sendo a de despedida mais ainda, mas deixar o Clube desta maneira é incrível. Melhor não poderia ser.
Qual foi o segredo para uma época assim?
Acho que passou muito por sermos muito unidos, como uma família, e termos batalhado juntos todos os dias para alcançar todos estes títulos.
A final da Taça de Portugal foi o seu último jogo e já sa bia que assim seria. Foi doloroso jogá la?
Claro que sim, foi muito doloroso porque, como já disse, estou cá desde os meus 13 anos e este clube ajudou-me muito como homem e como jogador.
Nesse jogo, como em toda a temporada, os adeptos fizeram a diferença. Foi, como se diz, mesmo sempre ‘lado a lado’ esta época?
Sim, sem dúvida. Sem eles isto tudo não seria possível. Eles acompanharam-nos muito desde o início, mesmo nos maus momentos estiveram sempre lá e nas idas ao estrangeiro também. Os Sportinguistas são incríveis e estes títulos são muito deles.
Vai ter saudades deles?
Vou porque, além de todo o apoio, a nossa relação sempre foi muito próxima.
E como é ouvir ‘O Mundo Sabe Que’ no Pavilhão João Rocha cantado por eles?
É arrepiante e no último jogo do campeonato deste ano,
que era decisivo para a conquista do título, e o pavilhão estava cheio, foi ainda mais arrepiante.
Neste adeus, se tivesse de escolher o momento mais es‑ pecial que viveu no Sporting CP, qual seria?
A conquista deste campeonato no Pavilhão João Rocha. Foi, sem dúvida, muito especial.
“O SPORTING CP É A MINHA SEGUNDA CASA E CONTINUARÁ
A SER”
Leva muitas amizades daqui?
Muitas, muitas. Umas mais antigas, outras mais recentes. É injusto destacar nomes, mas destaco o Francisco Tavares e o Manuel Gaspar, que já cá não estão, e de agora o Salvador Salvador e o Pedro Portela.
O que significa para si o Sporting CP?
É muito difícil responder a isso, é inexplicável, mas o Sporting CP foi desde sempre a minha segunda casa e continuará a ser apesar da distância.
Ginástica Geral & TeamGym
Edição de Verão
Ginástica Geral & TeamGym
1 a 5 de Julho
8 a 12 de Julho 9H00 às 13H00
Mais informações: eventos.ginastica@sporting.pt N.º limitado para cada Training Camp (é considerada a ordem de receção e pagamento)
Valores: 55€ para praticantes SCP/Sócios SCP; 65€ para praticantes SCP/Não Sócios; 70€ para não praticantes SCP/não Sócios.
LEO MACIEL
“ESTOU MUITO FELIZ POR TER PASSADO POR AQUI”
APÓS DUAS TEMPORADAS RECHEADAS DE SUCESSO E DE QUATRO TÍTULOS (UM CAMPEONATO NACIONAL, DUAS TAÇAS DE PORTUGAL E UMA SUPERTAÇA), LEO MACIEL ESTÁ DE SAÍDA DA EQUIPA DE ANDEBOL DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL. EM ENTREVISTA À SPORTING TV NO MUSEU SPORTING, O GUARDA-REDES ARGENTINO DE 35 ANOS NÃO ESCONDEU A FELICIDADE POR TER UTILIZADO O LEÃO AO PEITO ENTRE 2022 E 2024 E POR TER FEITO PARTE DE GRUPO QUE ATINGIU UM TRIPLETE “HISTÓRICO”. AGORA, LEO MACIEL É MAIS UM ADEPTO. “VOU ESTAR A APOIAR”, ASSEGUROU O ATLETA, QUE VAI REPRESENTAR OS BASCOS DO CD BIDASOA.
Texto: Inês Coelho, Luís Santos Castelo Fotografia: Isabel Silva
Foi uma bonita história no Sporting CP?
Sim. Acabar desta forma é um sonho. Foram duas épocas difíceis, com muito trabalho, mas terminar com estes dois títulos e partilhá-los com os meus companheiros, com o corpo técnico e com toda a gente do Sporting CP deixa-me muito feliz e satisfeito por ter estado aqui.
Fechou a sua passagem pelo Clube com uma grande exi bição na final da Taça de Portugal e com um triplete, um feito histórico. Fica feliz, também, por isso?
Sim. [A final da Taça de Portugal] foi um jogo difícil. Tínhamos de gerir bem as emoções uma semana depois do final do Campeonato Nacional. A nível pessoal, fico feliz por ter contribuído. Foi um fecho perfeito para esta temporada, que foi muito boa para esta instituição.
Chegou ao Sporting CP como Campeão Europeu pelo FC Barcelona. O emblema de Alvalade correspondeu às suas expectativas?
Cheguei com alguma responsabilidade e pressão, ainda que o meu papel no FC Barcelona fosse mais secundário. Fico contente por ter ajudado, talvez, no balneário, sabendo que a equipa [do Sporting CP] é muito jovem e tem muito para crescer no futuro. A adaptação também foi nesse sentido, de ajudar dentro e fora de campo para criar um bom grupo. Pouco a pouco, todos contribuímos para isso e o comprometimento vê-se na quadra.
“ACABAR DESTA FORMA É UM SONHO”
Nesse início, também se mostrou muito entusiasmado por poder jogar no Pavilhão João Rocha. Como foi essa experiência?
A ligação entre os adeptos e a equipa foi crescendo. Estão sempre lá, mas à medida que os jogos foram passando, como se viu em jogos europeus, o Pavilhão João Rocha estava a rebentar. No final do Campeonato Nacional também. Durante o jogo, até nos esquecemos porque estamos muito concentrados no encontro, mas quando voltamos a ver na televisão impressiona.
Como foi a sua relação com os colegas de posi ção? Especialmente com André Kristensen, também guarda redes.
O André Kristensen é espectacular. É um rapaz muito bom, jovem e fizemos uma boa dupla na baliza. Quanto ao resto da equipa… Calhou ser eu o mais velho. É muito boa gente, muito trabalhadora e isso é importante. Passámos muito tempo juntos em treinos, viagens, voos. Agradeço a todos por me terem recebido bem nesta família.
E a relação com Ricardo Costa, treinador dos Leões? É um treinador muito carismático. Sempre lhe disse que gosto desse tipo de treinadores, mesmo sendo, por vezes, difícil quando as emoções estão em alta. O mais importante para ele é o bem-estar da equipa e alcançar os objectivos. Conseguiu, com o trabalho de todos, e fico feliz por ter ajudado. Ele também me ajudou a viver esta experiência no Sporting CP, que foi muito importante.
“AGRADEÇO
A TODOS POR ME TEREM RECEBIDO BEM NESTA FAMÍLIA”
É argentino e jogou muitos anos em Espanha. O que achou de Lisboa e de Portugal?
Gostei. É uma cidade um pouco caótica em algumas coisas, mas fui encontrando pequenos lugares de refúgio por Marvila, pelo Bairro Alto. Tem muita história e adoro a arquitectura. Adoro Sintra, também. Passei muito tempo a treinar e a jogar com exigência máxima, não tendo sobrado muito tempo para conhecer melhor a cidade, mas fiquei fã de Lisboa.
Em relação ao Campeonato Nacional, qual a sua opi‑ nião em relação à competitividade existente?
Está a crescer. Portugal tem vindo a brilhar no andebol de selecções e a mudança tem acontecido, também, no Campeonato Nacional. Para além dos grandes, as outras equipas também estão a crescer e vão continuar assim.
O Sporting CP tem feito grandes campanhas na EHF European League. Como olha para essas prestações? Há que ir pouco a pouco. Na época antes de eu chegar, a equipa tinha bons resultados em casa, mas fora era mais
difícil dominar os jogos. Depois, na temporada passada, melhorámos nisso e chegámos aos quartos-de-final. Nesta época, superámos o Füchse Berlin, uma grande equipa europeia. Agora, a experiência na EHF Champions League vai ser totalmente diferente. Vou estar a apoiar.
Onde acha que esteve a chave para a equipa alcançar os êxitos desta temporada?
Muito trabalho. Ser uma equipa jovem permite à equipa técnica ‘apertar’ muito, porque treinámos domingos e tivemos muitas semanas sem dias livres. Depois, o balneário também esteve muito bem e foi muito importante na união de grupo para conseguirmos os objectivos.
Dos quatro títulos que venceu, qual foi o mais especial? O Campeonato Nacional. Era muito difícil e, emocionalmente, era muito intenso também. Era o que queríamos e juntá-lo à Supertaça e à Taça de Portugal só o tornou maior.
“FOI
UMA GRANDE AVENTURA NUM CLUBE COM MUITA HISTÓRIA”
Quando chegou ao Sporting CP, disse que se tratava de “um passo em frente na carreira”. Sente que foi isso mesmo?
Sim, claro. Tive a possibilidade de integrar uma equipa com muito nível que vai dar passos ainda melhores no futuro. Estive em competições europeias e numa liga nova para mim. Estou contente pelo meu rendimento e por ter feito parte deste grupo.
Vai voltar a Espanha, agora para representar o CD Bidasoa. Quais são as suas ambições para o futuro?
É uma situação parecida. Quero integrar-me bem, tenho boas expectativas em relação à cidade [Irun]. É um clube histórico e muito grande em Espanha que tem trabalhado bem e vai jogar competições europeias. Quero contribuir com a minha experiência e com o meu rendimento, quero conhecer os meus companheiros. Espanha é como uma casa para mim, uma vez que joguei lá muitos anos.
Vai aos Jogos Olímpicos de Paris, no Verão, ao ser viço da selecção da Argentina. O que espera dessa competição?
O nível é muito alto, é o sonho máximo de um desportista. Em Tóquio, a experiência ficou marcada pela pandemia de COVID-19. Agora quero aproveitar, dar tudo e chegar o mais longe possível pela Argentina.
Do que vai ter mais saudades no Sporting CP?
De tudo, acredito. Dos meus companheiros, do dia-a-dia, de ir de metro até Alvalade.
O que significa o Clube para si?
Com tempo, poderei fechar melhor este ciclo. Para mim, foi uma grande aventura num clube com muita história. As emoções são muito rápidas, mas estou muito feliz por ter passado por aqui.
Numa palavra, como descreve o percurso no Sporting CP?
Histórico. Aconteça o que acontecer, o triplete vai ficar escrito na história. Espero que todos lembrem esta equipa por ter conseguido algo muito importante.
“ACONTEÇA O QUE ACONTECER, O TRIPLETE VAI FICAR ESCRITO NA HISTÓRIA”
MODALIDADES FUTSAL
FINAL VIBRANTE GARANTE A TÃO AMBICIONADA (E RECORRENTE) FINAL
SPORTING CP ELIMINOU O CR LEÕES DE PORTO SALVO EM DOIS JOGOS, COMO ERA AMBIÇÃO, E VAI AGORA DEFRONTAR O SC BRAGA, QUE LEVOU A MELHOR SOBRE O SL BENFICA.
Texto: Maria Gomes de Andrade
Fotografia: José Lorvão
A equipa principal de futsal do Sporting Clube de Portugal garantiu, na passada quinta-feira, a final do Campeonato Nacional, depois de vencer o CR Leões de Porto Salvo no segundo jogo das meias-finais por 5-3.
Os comandados de Nuno Dias já tinham vencido no primeiro encontro (3-4) e com este segundo triunfo deram por fechada a eliminatória em dois jogos, enfrentando agora o SC Braga, que
eliminou o SL Benfica em três encontros (2-1).
No Pavilhão João Rocha, a partida foi intensa do início ao fim e muito nivelada, decidindo-se apenas nos segundos finais. O CR Leões de Porto Salvo já tinha mostrado no primeiro jogo a vontade de fazer frente ao Sporting CP e voltou a fazê-lo.
A mostrar ao que vinha desde o primeiro minuto, a equipa visitante foi a primeira a criar perigo, obrigando Henrique a uma defesa apertada, mas a resposta verde e branca não tardou muito,
através de Taynan, com o jogo a fazer-se assim.
Oportunidades à vez com o Sporting CP, à terceira e já depois da primeira bola ao ferro, a chegar ao golo: Zicky Té recuperou, tirou um adversário do caminho e abriu o marcador, aos quatro minutos de jogo.
Sporting CP na frente, com o CR Leões de Porto Salvo a responder assim que pôde, mas Mamadú Ture atirou à barra. Pouco depois, também Alex Merlim atirou ao ferro, mantendo-se assim o 1-0. Só aos 15 minutos é que voltou a
NUNO DIAS: “FOI UM GRANDE JOGO E UMA VITÓRIA JUSTA DO SPORTING CP”
Nuno Dias falou num jogo muito emocionante, referindo que foi uma vitória justa da turma Leonina. “Isto é o futsal, emoção e incerteza no resultado até ao fim, com duas equipas a lutarem de todas as formas para alcançar a vitória e jogadores a entregarem-se ao jogo de forma limpa e leal. Foi um grande jogo e uma vitória justa do Sporting CP. Tão justa quanto difícil, diante de uma equipa que tem demonstrado que tem muita qualidade, que joga bem, que nos criou muitas dificuldades e que aproveitou alguns momentos de desatenção nossa para marcar e para passar para a frente. Aproveitaram e bem, correram para isso e conseguiram aproveitar as oportunidades, enquanto nós podíamos ter finalizado melhor e podíamos ter feito mais para não termos sofrido tanto”, disse.
haver golo e foi para a formação visitante, com um grande golo de Rodrigo Hiroshi, que deixou o encontro empatado.
Os Leões foram, por isso, à procura de nova vantagem, mas iam esbarrando em André Correia, que fez uma série de boas intervenções. Ainda assim, ao cair do pano da primeira metade, Zicky Té, assistido por Tomás Paçó, voltou a marcar.
2-1 a segundos do intervalo, com o Sporting CP a ir em vantagem, mas com a certeza de que ainda havia muito trabalho pela frente.
E houve!
Os Leões entraram bem, e uma tabelinha entre Diogo Santos e Zicky Té deu a ilusão do 3-1, mas o CR Leões de Porto Salvo continuou muito organizado defensivamente e a sair para o ataque sempre que possível e deu a volta ao marcador em três minutos.
Assim, o Sporting CP viu-se em desvantagem pela primeira vez e, com pouco mais de 10 minutos para jogar, teve de correr atrás do prejuízo. Fruto disso, sucederam-se oportunidades de golo – até de Henrique –, mas a defesa visitante foi sabendo aliviar e quando não o conseguiu André Correia foi fechando a baliza.
Com o tempo a correr, e só com três minutos para jogar, Nuno Dias apostou – acertadamente –no 5x4. Tomás Paçó assumiu-se como o guarda-redes avançado e o empate surgiu pouco depois, pelos pés do próprio, num remate de longe que ainda sofreu um desvio.
Menos de dois minutos para jogar e o 4-3 logo a seguir por Henrique. O guardião Leonino já tinha tentado anteriormente e, ao aproveitar uma defesa incompleta de André Correia, não falhou. O lance ainda mereceu a avaliação do VAR e foi validado. Fazia-se assim a festa, ainda que houvesse mais um (longo) minuto para jogar, mas Henrique não meteu travão nela. O guarda-redes verde e branco fez duas defesas decisivas e, na sequência da segunda, fez o 5-3 de baliza a baliza, que sentenciou o marcador. Feito o que lhes competia, e em dois jogos, como era ambição, os Leões começam já neste sábado a disputar a tão desejada final. A eliminatória será decidida à melhor de cinco jogos, com o Pavilhão João Rocha a receber o primeiro, terceiro e quinto encontros.
30.05.2024
Campeonato Nacional Meias-finais – Jogo 2 Pavilhão João Rocha
SPORTING
2-1 ao intervalo
Zicky Té (4’, 19’), Tomás Paçó (37’), Henrique (38’, 39’)
Rodrigo Hiroshi (15’), Bruno Pinto (26’), Mamadú Ture (29’)
Sporting CP: Henrique [GR], João Matos [C], Alex Merlim, Taynan e Zicky Té; Tomás Paçó, Diogo Santos, Wesley, Tatinho, Pany Varela, Tiago Machado e Hugo Neves. Treinador: Nuno Dias. Disciplina: cartão amarelo para Tomás Paçó (23’), Zicky Té (35’) e Diogo Santos (37’).
SUB-19 SAGRAM-SE BICAMPEÕES NACIONAIS
JOVENS LEÕES BATERAM O CCRD BURINHOSA E CONFIRMARAM O TÍTULO COM PLENO DE VITÓRIAS NA FINAL.
Texto: Pedro Ferreira Fotografia: Sérgio Martins
A equipa sub-19 de futsal do Sporting Clube de Portugal sagrou-se Bicampeã Nacional, no último domingo, ao bater o CCRD Burinhosa por 8-1 no terceiro jogo da final dos play-offs do Campeonato Nacional. Após terem vencido as duas primeiras partidas da série à melhor de cinco (1-6 e 7-1), os Leões confirmaram o pleno de triunfos na decisão com nova goleada, repetindo o título alcançada na temporada passada com o apoio de um Pavilhão João Rocha muito bem
OPINIÃO
TRIPLETE
composto.
Sob o olhar atento do técnico Nuno Dias e de vários jogadores da equipa principal que estiveram na bancada, como Zicky Té, Alex Merlim ou Pany Varela, a turma de Alvalade dominou toda a primeira parte, que foi praticamente de sentido único. Apesar das inúmeras oportunidades criadas, incluindo três bolas no ferro, o guardião adversário Micas foi defendendo tudo e adiou o inaugurar do marcador. No entanto, já nos últimos quatro minutos da primeira parte os golos surgiram finalmente, de forma totalmente merecida, e logo em dose dupla.
“Eu não sou o responsável. Sou apenas mais um, de um grupo fabuloso, em que tenho o privilégio de estar presente”.
Esta poderia ser uma daquelas frases míticas e imemoriais ditas pelo sempiterno Francisco Stromp. Mas não, foi de Ricardo Costa, o treinador obreiro do primeiro triplete da história do nosso andebol.
E são o comprovativo de que ninguém ganha por acaso. São mesmo o exemplo inacabado, de uma humildade de quem tem classe e de quem é um líder de excelência. Falar desta época apoteótica do Sporting Clube de Portugal é falar de algo que foi pensado e planeado ao pormenor. Rigor, conhecimento e espírito de grupo foram as máximas deste grupo de trabalho.
Que desde o início nos fez começar a sentir algo no ar, que tinha tudo para ser mágico... e foi. Primeiro, a Supertaça, depois, o Campeonato Nacional e agora, no passado domingo, a 18.ª Taça de Portugal do nosso historial. Também
Primeiro por Leonildo Injai, que viu David Paulino oferecer-lhe o 1-0, e depois através de Renato Almeida, num forte disparo à entrada da área que dilatou a vantagem ao intervalo. No reatamento, o CCRD Burinhosa – que tinha eliminado o SL Benfica nas meias-finais – esboçou uma reacção, mas rapidamente o Sporting CP colocou um travão. Os Leões voltaram a facturar no sexto minuto da segunda parte, com Renato Almeida a aproveitar a recarga a um primeiro remate para bisar, e aos 8’, agora por David Paulino, que fez o 4-0 após uma assistência de calcanhar de Andriy Dzyalo. Pouco depois, aos
11’, Rodrigo Nogueira reduziu para o CCRD Burinhosa e, a seis minutos do fim, os visitantes apostaram no 5x4, mas foi o Sporting CP a retirar frutos dessa situação com o guarda-redes Guilherme Cintra a fazer o 5-1 de baliza a baliza. A estratégia adversária caiu então por terra e, até à última buzina, o capitão Pedro Santos apontou o 6-1, Liedson Varela o 7-1 e Luís Fernandes confirmou o 8-1. No final, o troféu foi entregue na quadra por Éder, herói da conquista do Europeu de 2016, que esteve presente em representação da Federação Portuguesa de Futebol. Recorde-se que os jovens Leões –que contam no plantel com vários
nas competições europeias a prestação foi brilhante. A história do andebol do nosso Clube, feita ao longo dos anos por grandes nomes da modalidade, é de excelência. Envergaram o símbolo do Leão ao peito tantas referências da modalidade. Enumerar todos é impossível, por tantos serem. Mas seguramente que todos eles, ao assistirem no domingo a este feito histórico da modalidade ficaram arrebatados com tanta qualidade desta equipa. Que ao contrário de quem dizia ser totalmente dependente dos estratosféricos − é inequívoco, Martim Costa e Kiko Costa, a grande verdade é que a equipa foi mesmo um todo. Que mesmo quando as coisas estavam complicadas, souberam dar a volta a tudo. Uma época para recordar e que jamais a esqueceremos. Nela, por justiça, fica uma palavra de grande gratidão para toda a estrutura, onde além dos jogadores, da equipa técnica, médica e restante staff, têm que ser lembrados igualmente os nomes de Carlos Carneiro, o coordenador do andebol, de Miguel Afonso, vogal do Conselho Directivo com a pasta das modalidades, e de José Carlos Reis, que é o director técnico das modalidades. Também eles determinantes. Também eles ficam incontornavelmente no belo retrato desta época. 2023/2024 jamais se poderá apagar da nossa História. Uma derrota apenas nas competições nacionais. Um verdadeiro passear de classe. No domingo, quando o capitão
03.06.2024
Campeonato Nacional – Final 3.º Jogo | Pavilhão João Rocha SPORTING CP CCRD BURINHOSA
8 1
2-0 ao intervalo
Leonildo Injai (17’), Renato Almeida (18’, 25’), David Paulino (27’), Guilherme Cintra (36’), Pedro Santos (37’), Liedson Varela (38’), Luís Fernandes (38’) Rodrigo Monteiro (30’)
Sporting CP: Guilherme Cintra [GR], Tiago Rosa, Renato Almeida, David Paulino e Andriy Dzyalo; Kiko [GR], Leonildo Injai, Tomás Silva, Pedro Santos [C], Luís Fernandes, Liedson Varela e Tiago Rodrigues. Treinador: Tiago Varanda. Disciplina: cartão amarelo para Tiago Rodrigues (6’) e Pedro Santos (25’).
jogadores que já se estrearam na equipa principal – terminaram a fase regular na primeira posição, afastando o CRC Quinta dos Lombos nos quartos-de-final e a ADCR Caxinas nas meias-finais do campeonato, sempre por 2-0. Para a história fica uma época com 25 vitórias, um empate e três derrotas, além de 182 golos marcados e 53 sofridos.
Salvador Salvador ergueu o troféu e ficou consumado o triplete, olhei para o ecrã televisivo e pensei: está em embrião algo mágico. Sonhar com a hegemonia nos próximos anos é perfeitamente possível.
O tempo é de preparar a próxima época. O futuro é de esperança na continuidade das conquistas. Pessoalmente, sem qualquer arrogância, mas sustentado em factos, acredito que a palavra ganhar se irá tornar um hábito recorrente do nosso vocabulário.
Parabéns ao andebol. Parabéns ao Sporting Clube de Portugal.
Mas além do andebol, o passado fim-de-semana foi todo ele pincelado sob o signo do Leão. O hóquei em patins igualou a eliminatória ante o FC Porto, na meia-final do play-off do título, continuando a acreditar na conquista de mais, para somar à Liga dos Campeões; o futsal sénior garantiu a presença na final do play-off, enquanto os sub-19 se sagraram Bicampeões Nacionais; o ténis de mesa carimbou o passaporte para a final do campeonato e também almeja o triplete e o basquetebol feminino sagrou-se Campeão Nacional da CN2 – 2.ª divisão feminina, em ano de regresso.
Ganhar, ou ganhar...eis o Sporting CP!
MODALIDADES HÓQUEI EM PATINS
TUDO EMPATADO NAS "MEIAS" DO CAMPEONATO
PRIMEIRA PARTE DE EXCELÊNCIA ABRIU CAMINHO À VITÓRIA SOBRE O FC PORTO NO PAVILHÃO JOÃO ROCHA.
Texto: Pedro Ferreira Fotografia: Isabel Silva
Três dias após a derrota averbada no Dragão Arena (4-2), a equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal deu uma resposta categórica ao vencer no último domingo o FC Porto por 6-3, no Pavilhão João Rocha, empatando as meias-finais dos play-offs do Campeonato Nacional (1-1) − decididas à melhor de cinco duelos.
Os Leões realizaram uma primeira parte de excelência, aliando elevada eficácia ofensiva e solidez a defender, o que lhes permitiu chegar ao intervalo na frente por 3-0. No segundo tempo, apesar dos três golos marcados pela turma portista, o conjunto de Alejandro Domínguez não se deixou surpreender e justificou o triunfo. Sem Toni Pérez por opção, o Sporting CP sabia que tinha de entrar forte e foi isso que fez. A formação de Alvalade arrancou a todo o gás e ensaiou os primeiros lances de perigo por Gonzalo Romero e Alessandro Verona, mas a melhor situação até foi do FC Porto, através de Hélder Nunes, que, de livre directo, viu Girão impedir o 0-1.
02.06.2024
Campeonato Nacional
Meia-final – 2.º Jogo
Pavilhão João Rocha
SPORTING CP FC PORTO
6 3
3-0 ao intervalo Alessandro Verona (8’), João Souto (10’, 44’), Facundo Bridge (17’, 42’), Ferran Font (28’)
Ezequiel Mena (31’), Carlo Di Benedetto (34’), Hélder Nunes (49’)
Sporting CP: Ângelo Girão [GR] [C], Rafael Bessa, Gonzalo Romero, Facundo Bridge e Alessadro Verona; Zé Diogo [GR], Ferran Font, Matías Platero, João Souto e Henrique Magalhães. Treinador: Alejandro Domínguez. Disciplina: cartão azul para Rafael Bessa (5’).
Nos dois minutos seguintes, os Leões jogaram em under play, devido ao azul visto por Rafael Bessa, mas resistiram sem problemas de maior e, já em igualdade numérica, abriram as contas. Aos oito minutos, João Souto assistiu Verona que, à boca da baliza, encostou para o primeiro de três golos na sequência de transições.
O 1-0 veio dar corpo à superioridade até aí demonstrada pelo Sporting CP, que foi sempre mais perigoso e forte nos duelos individuais, chegando sem surpresa ao 2-0 à passagem dos dez minutos de jogo. Desta feita, coube a Ferran Font oferecer o golo a João Souto, que concluiu com sucesso um novo contra-ataque muito rápido.
Aos 16 minutos, Ferran Font ficou perto de fazer o 3-0 num livre directo, mas Xavi Malián disse presente na baliza. Ainda assim, segundos depois o guardião portista nada conseguiu fazer para travar Facundo Bridge, que percorreu a pista quase toda em velocidade e atirou cruzado para um belo golo que selou o placard ao intervalo.
No reatamento, apesar da entrada forte do FC Porto, que
ameaçou com um remate ao poste, o Sporting CP revelou-se novamente mais assertivo. Com três minutos decorridos, Verona – um dos melhores em campo – disparou forte e Ferran Font, na recarga, assinou o 4-0. Ainda assim, pouco depois, aos 6’, Mena encurtou para 4-1. Nesta fase, as oportunidades de golo sucediam-se para os dois lados, com os guarda-redes Girão e Malián em plano de evidência a evitarem novas mexidas no marcador. No entanto, aos nove minutos, os azuis e brancos voltaram a marcar, por intermédio de Carlo Di Benedetto, que fez o 4-2 e reacendeu a esperança visitante.
Apesar disso, o Sporting CP não se ressentiu e continuou à procura de aumentar a vantagem, esbarrando apenas na resistência de Malián entre os postes. Só que à passagem do minuto 17, o espanhol nada podia fazer para impedir o bis de Facundo Bridge, que finalizou com mestria um brilhante passe de Gonzalo Romero: 5-2.
Mesmo confortáveis no marcador, os Leões mantiveram sempre o pé a fundo no acelerador. Aos 19 minutos, Rafael
Bessa serviu João Souto para o 6-2, com o avançado a encostar para o fundo das redes e a bisar, sendo que o FC Porto ainda reduziu para 6-3 a pouco mais de um minuto da buzina, através de Hélder Nunes.
O jogo três da eliminatória está
marcado para quinta-feira, dia 6, na Cidade Invicta. Quem vencer, poderá carimbar a passagem à decisão no quarto encontro (Pavilhão João Rocha, dia 9) ou, na pior das hipóteses, no quinto e último (Dragão Arena, dia 12).
ALEJANDRO DOMÍNGUEZ:
“FOMOS
MUITO EFICAZES NA TRANSIÇÃO”
No rescaldo da vitória, o treinador Alejandro Domínguez elogiou aos jogadores, que foram “muito eficazes na transição e estiveram comprometidos com o modelo defensivo”. “Na primeira parte a equipa esteve muito alta defensivamente e permitiu pouco ao rival. Além disso, cada vez que saímos em transição marcámos, tivemos um nível de eficácia altíssimo. É o cenário perfeito pois é assim que gosto de jogar”, começou por dizer o técnico aos jornalistas na conferência de imprensa. “No ataque 4x4 sofremos um pouco com a pressão alta do FC Porto e custou-nos sair. Ainda assim, estivemos melhor nisso na segunda parte. Conseguimos lançar melhor o jogo ofensivo e os ataques, mas para gerir e não para sermos directos”, considerou, sublinhando a “importância vital” de a equipa ter empatado a série. “Igualámos a eliminatória e está tudo novamente na estaca zero. Ainda assim, temos de ser quase perfeitos para jogar a final. Isto com um problema adicional, que são os dois jogos no Dragão, uma pista muito difícil. Mas estamos preparados e isso é o mais importante, temos vontade de lutar e vamos fazê-lo até final”, frisou.
MODALIDADES ATLETISMO
LILIANA CÁ SONHA COM A MEDALHA NOS EUROPEUS
LANÇADORA
DO
DISCO ESTÁ ENTRE OS 22 ATLETAS DO SPORTING CP QUE VÃO COMPETIR EM ROMA A PARTIR DESTA SEXTA-FEIRA.
Texto: Pedro Ferreira
Fotografia: Isabel Silva
O Sporting Clube de Portugal vai contar com 22 atletas nos Campeonatos da Europa de atletismo, competição agendada para os dias 7 a 12 de Junho em Roma, Itália. O contingente verde e branco é composto por 14 Leoas e oito Leões (ver caixa), sendo que 20 deles estão integrados na comitiva recorde de 50 convocados para representar a Selecção Nacional. Os outros dois nomes são os estrangeiros Roman Kokoshko, que vai representar a Ucrânia no lançamento do peso, e Raquel González, que estará ao serviço de Espanha nos 20 km marcha. O número de participantes com ligação ao emblema de Alvalade podia ser ainda maior, mas a lançadora do peso Auriol Dongmo, prata em 2022, e a triplista Patrícia Mamona, que foi segunda nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, não estarão em acção devido a lesão.
Quem vai marcar presença é Liliana Cá, atleta do lançamento do peso que, aos 37 anos, chega a esta prova com boas sensações depois de ter conseguido, em Maio, a melhor marca pessoal do ano (63,67 metros) no Meeting
FEMININOS
100 metros
Lorène Bazolo
Rosalina Santos
200 metros
Lorène Bazolo
400 metros
Cátia Azevedo
400 metros barreiras
Vera Barbosa
800 metros
Patrícia Silva
“Acredito que este pode ser o meu ano”, disse Liliana Cá em relação às medalhas
de Montreuil, em França. “Deu para perceber que estou em forma e a qualquer momento algo de bom pode acontecer, é só ter paciência e ser persistente. A preparação para esta prova foi diferente porque comecei a época atrasada devido a uma lesão no tornozelo. Tive de me adaptar, mas estou a treinar no limite”, começou por dizer a atleta ao Jornal Sporting, na pista Prof. Moniz Pereira, no Alto do Lumiar, onde treina habitualmente.
Depois de ter sido quinta classificada nos Europeus de 2022, em
4x100 metros
Lorène Bazolo
Lurdes Oliveira
Rosalina Santos
4x400 metros
Carina Vanessa Cátia Azevedo
Sofia Lavreshina
Vera Barbosa
Meia maratona
Carla Salomé Rocha
Lançamento do disco
Liliana Cá
Lançamento do peso
Jessica Inchude
A atleta natural do Barreiro representa o Sporting CP desde 2022, mas já tinha vestido de Leão ao peito entre 2005 e 2011. A segunda passagem pelo emblema de Alvalade tem sido coroada com os melhores resultados da carreira, como a sexta posição nos Mundiais de 2022, no Oregon, e o oitavo lugar nos de 2023, em Budapeste. É por isso seguro dizer que o regresso foi a decisão mais acertada. “Tem sido bom, agora estou mais madura e sei lidar melhor com a pressão. Estou sempre consciente de que posso falhar, mas também que fiz tudo para que não aconteça”, Apesar de ter já vaga garantida
nos Jogos Olímpicos de Paris, devido à nona posição que ocupa no ranking Mundial – após ter sido quinta classificada em Tóquio com o melhor resultado nacional de sempre no lançamento do disco –, Liliana Cá não está satisfeita e pretende confirmar a sua presença através da marca de qualificação. “Houve uma competição em que consegui atingir a distância mínima [64,50m], mas devido a algumas confusões acabaram por anular o lançamento. Desde aí, fiquei com vontade de mostrar que sou capaz e atingi-la mesmo sabendo que já estou lá dentro. Vou com calma porque o que interessa é quando chegar a Paris”.
Munique, e sétima nos de Berlim, em 2018, Liliana Cá mostrou cautela ao definir objectivos, mas também ambição. “As presenças anteriores deram-me experiência e vontade de querer mais. Neste Europeu vou entrar com mais calma porque no último cheguei à final e quis tanto, que acabei por não conseguir. O objectivo é ficar entre as 12 primeiras, depois entre as oito e só aí tentar o pódio”, afirmou, acrescentando que “há sempre esperança de chegar às medalhas”: “Acredito que pode ser o meu ano”.
Salto em comprimento
Evelise Veiga
20 km marcha
Carolina Costa Raquel González (Espanha)
MASCULINOS
100 metros
Carlos Nascimento
400 metros
João Coelho
Omar Elkhatib
4x100 metros
Carlos Nascimento
Delvis Santos
4x400 metros
João Coelho
Omar Elkhatib
Lançamento do peso
Roman Kokoshko (Ucrânia)
Meia‑maratona
Hélio Gomes
Rui Pinto
Triplo salto
Tiago Pereira
LUÍS
HERÉDIO: “A LILIANA ESTÁ NO SEU MELHOR NÍVEL DE SEMPRE”
Durante cinco anos, Liliana Cá deixou a carreira de lado, período no qual foi mãe de dois filhos. Mas tudo mudou em 2018, quando Luís Herédio, treinador que já a conhecia desde a primeira aventura no Sporting CP, a desafiou a regressar ao desporto. “Foi uma situação inesperada. Encontrámo-nos e lancei-lhe o desafio de voltar ao atletismo porque ela é grande e já tinha historial”, contou técnico, ligado ao Sporting CP desde 2000. “Um dia veio visitar-nos, fez um lançamento de mais de 40 metros e disse-lhe que podia fazer coisas engraçadas. Ela ficou retraída, mas aos poucos foi aparecendo porque sentiu que esta é a sua praia. Os resultados estão à vista”. Desde aí, Luís Herédio tem orientado a lançadora e foi já sob o seu comando que Liliana Cá bateu o recorde nacional [66,40m] detido por Teresa Machado desde… 1998. Este ano, essa marca voltou a ser superada, por Irina Rodrigues [66,60m], mas o técnico acredita que a sua atleta vai melhorá-la novamente. “Está mais do que dentro das suas possibilidades, tem capacidade e talento para isso”, assegurou, não escondendo as elevadas aspirações antes do arranque dos Europeus. “Ambiciono uma medalha, ela já demonstrou que está no melhor nível de sempre. Teve algumas limitações na época de Inverno devido ao problema no tornozelo, mas agora parece estar tudo bem encaminhado”, garantiu, augurando-lhe um futuro risonho: “Acredito que ela pode estar ao nível das três ou quatro melhores do Mundo em competição directa. Não é fácil, mas é a Liliana”.
MODALIDADES VOLEIBOL EQUIPA PRINCIPAL FEMININA
RUI PEDRO SILVA É O NOVO TREINADOR DA EQUIPA PRINCIPAL FEMININA DE VOLEIBOL
TÉCNICO PROMETE “GRANDE COMPROMISSO E CAPACIDADE DE TRABALHO”.
Texto: Nuno Miguel Simas
Fotografia: João Pedro Morais
Rui Pedro Silva, técnico de 54 anos que na anterior temporada orientou o CD Fiães, é o novo treinador da equipa principal feminina de voleibol do Sporting Clube de Portugal.
Para o técnico, a mudança para o Sporting CP é muito motivante. “Acima de tudo é um grande desafio, mas penso que é o momento certo para perceber o trabalho que tenho desenvolvido enquanto treinador em todos os clubes por onde passei, onde nunca tive uma estrutura tão profissional como a que vou encontrar aqui. Esse desafio e o contributo que vou dar ao Sporting CP podem ser uma boa comunhão de esforços no sentido de dar continuidade ao trabalho que foi desenvolvido no voleibol feminino do Clube nos últimos anos”.
Dar o seu cunho pessoal e manter bons hábitos fazem parte da receita do treinador para 2024/2025, que deixou as linhas gerais do que quer implementar na equipa Leonina. “Quero dar continuidade ao que senti nos jogos. Há uma grande química entre o plantel e a massa Associativa e isso tem a ver também com o perfil das atletas que escolhemos, conseguem contagiar todos os que estão a assistir a um jogo. Isso é importante para enchermos o Pavilhão João Rocha, mas também para darmos um bom espectáculo: competentes e com uma boa qualidade de jogo. Quero aproveitar os pontos positivos e naqueles pontos em que não estiveram tão bem, tentar reforçar para que possamos ter uma equipa mais equilibrada, e podermo-nos bater com os grandes adversários que vamos encontrar na próxima edição da Liga”. Fazer, cada vez mais, a ligação entre a formação e a equipa sénior faz parte das motivações do técnico. “Vamos trabalhar para ter uma equipa sénior que seja uma referência para toda a base e toda a formação. Conseguir desenvolver um trabalho que possa produzir resultados a médio/longo prazo, no que diz respeito à possibilidade de um dia termos várias atletas da formação na equipa sénior, e ter muita qualidade na base. Em todos os clubes por onde passei es-
tive sempre ligado ao topo e à base e o Sporting CP permite-me fazer isso. Esse é o meu grande desafio e espero que no final da época possamos estar aqui a dizer que valeu a pena, que o esforço não foi em vão e que foram produzidos bons resultados”.
Rui Pedro Silva notou também a excelente ligação entre os adeptos Leoninos e a equipa, cujos laços quer manter e se possível reforçar. “No Sporting CP, os Sócios têm um grande carinho pelo voleibol feminino, é algo que também já acontece noutros clubes, mesmo a nível internacional, o que se reflecte numa aposta forte na modalidade. O voleibol feminino é das modalidades mais praticadas no mundo, está em franca expansão e proporciona uma grande espectacularidade. Esperamos contar com o apoio dos Sportinguistas para encher o Pavilhão João Rocha”.
AGENDA
ANDEBOL
SEXTA, 7 DE JUNHO
17H30 Sub-16 M
SPORTING CP vs. CALE
1.ª jorn. Zona 1 Enc. Nac.
Pav. Gimn. Porto Alto SÁBADO, 8 DE JUNHO
9H00 Sub-16 M
Póvoa AC vs. SPORTING CP
2.ª jorn. Zona 1 Enc. Nac. Pav. Gimn. Samora Correia 15H00 Sub-14 M “Os Belenenses” vs. SPORTING CP
5.ª jorn. F. Final / G.2 F. Primavera Camp. Reg. Pav. Acácio Rosa (Lisboa) 16H00 Sub-16 M SPORTING CP vs. CD S. Bernardo
3.ª jorn. Zona 1 Enc. Nac. Pav. Gimn. Samora Correia
DOMINGO, 9 DE JUNHO
11H00 Sub-14 M
SPORTING CP vs. GC Odivelas
4.ª jorn. F. Final / G.2 F. Primavera Camp. Reg.
Multidesportivo Sporting 15H00 Sub-16 M
SPORTING CP B vs. Esfera Andebol
3.ª jorn. F. Final / G.1 Fase Comp. Z6 Camp. Nac. Multidesportivo Sporting 15H00 Sub-14 F Ginásio C. Sul vs. SPORTING CP
4.ª jorn. F. Final / G.1 F. Primavera Camp. Reg. Pav. Ginásio C. Sul (Almada) 16H00 Sub-20 M Águas Santas vs. SPORTING CP
5.ª jorn. Fase Final Camp. Nac. Pav. Águas Santas (Maia)
SEGUNDA, 10 DE JUNHO
9H30 Sub-16 M
SPORTING CP Finais Enc. Nac.
Pav. Gimn. Samora Correia / Pav. ES Benavente
15H00 Sub-14 F AC Cacém vs. SPORTING CP
5.ª jorn. F. Final / G.1 F. Primavera Camp. Reg. Pav. Desp. ES Matias Aires (Agualva, Cacém)
ATLETISMO
SEXTA, 7 DE JUNHO
9H03 Seniores
JÉSSICA INCHUDE E LILIANA CÁ
Camp. Europa Ar livre
Estádio Olímpico de Roma (Roma, Itália)
17H35 Seniores
CAROLINA COSTA, RAQUEL GONZALEZ, ROMAN KOKOSHKO, CARLOS NASCIMENTO E JÉSSICA INCHUDE
Camp. Europa Ar livre
Estádio Olímpico de Roma (Roma, Itália)
SÁBADO, 8 DE JUNHO
9H50 Seniores
LORÈNE BAZOLO, ROSALINA SANTOS, JOÃO COELHO, OMAR ELKHATIB E CÁTIA AZEVEDO
Camp. Europa Ar livre
Estádio Olímpico de Roma (Roma, Itália)
20H02 Seniores
ROMAN KOKOSHKO, CARLOS NASCIMENTO E LILIANA CÁ
Camp. Europa Ar livre
Estádio Olímpico de Roma (Roma, Itália)
DOMINGO, 9 DE JUNHO
8H00 Seniores
HÉLIO GOMES, RUI PINTO, CARLA SALOMÉ ROCHA, TIAGO PEREIRA E VERA BARBOSA Camp. Europa Ar livre
Estádio Olímpico de Roma (Roma, Itália)
19H05 Seniores
CÁTIA AZEVEDO, JOÃO COELHO, OMAR ELKHATIB, LORÈNE BAZOLO E ROSALINA SANTOS Camp. Europa Ar livre
Estádio Olímpico de Roma (Roma, Itália)
SEGUNDA, 10 DE JUNHO
9H35 Seniores
LERÈNE BAZOLO, PATRÍCIA SILVA E VERA BARBOSA Camp. Europa Ar livre
Estádio Olímpico de Roma (Roma, Itália)
20H15 Seniores
LORÈNE BAZOLO, JOÃO COELHO, OMAR ELKHATIB E CÁTIA AZEVEDO Camp. Europa Ar livre
07/06 – SEXTA FEIRA
FUTSAL
Competição: Campeonato Nacional
Sub-15 – Final – Jogo 2
Jogo: Sporting CP vs. SL Benfica
Horário e local: 21h00
Pavilhão João Rocha
Transmissão: directo e exclusivo
Estádio Olímpico de Roma (Roma, Itália)
TERÇA, 11 DE JUNHO
9H10 Seniores
PATRÍCIA SILVA, EVELISE VEIGA, JOÃO
COELHO, OMAR ELKHATIB, CARINA VANESSA, CÁTIA AZEVEDO, SOFIA LAVRESHINA, VERA BARBOSA, CARLOS NASCIMENTO, DELVIS SANTOS, LORÈNE
BAZOLO, LURDES OLIVEIRA E ROSALINA
SANTOS
Camp. Europa Ar livre
Estádio Olímpico de Roma (Roma, Itália)
19H55 Seniores TIAGO PEREIRA, VERA BARBOSA E LORÈNE
BAZOLO
Camp. Europa Ar livre
Estádio Olímpico de Roma (Roma, Itália)
QUARTA, 12 DE JUNHO
19H54 Seniores EVELISE VEIGA, CARINA VANESSA, CÁTIA AZEVEDO, SOFIA LAVRESHINA, VERA BARBOSA, JOÃO COELHO, OMAR ELKHATIB, PATRÍCIA SILVA, LORÈNE BAZOLO, LURDES OLIVEIRA, ROSALINA SANTOS, CARLOS NASCIMENTO E DELVIS SANTOS
Camp. Europa Ar livre
Estádio Olímpico de Roma (Roma, Itália)
BASQUETEBOL
QUINTA, 6 DE JUNHO
18H00 Sub-12 F/M SPORTING CP (F) vs. SPORTING CP (M)
5.ª jorn. 3.ª fase / F3G1 Circ. Dist.
Pav. Esc. Alemã (Lisboa)
20H30 Sub-14 M Algés Dafundo vs. SPORTING CP B
2.ª jorn. 3.ª fase / F7G1 Taça Dist. Pav. Arq. Gomes Pereira (Algés)
SEXTA, 7 DE JUNHO
19H00 Sub-14 F Sp. Figueirense vs. SPORTING CP
1.ª jorn. Fase final Camp. Nac.
Pav. GC Olhanense (Olhão)
21H15 Sub-14 M SPORTING CP vs. Guifões SC
1.ª jorn. Fase final Camp. Nac.
Pav. ES 3 Felgueiras
SÁBADO, 8 DE JUNHO
9H00 Sub-12 M Linces Mafra vs. SPORTING CP B
5.ª jorn. 3.ª fase / F3G4 Circ. Dist. Pav. ES D. Dinis (Lisboa)
11H30 Sub-16 F Algés Dafundo vs. SPORTING CP B
2.ª jorn. 3.ª fase / F7G1 Taça Dist.
Pav. Arq. Gomes Pereira (Algés)
15H00 / 17H15 Sub-14 M SPORTING CP vs. UAA Aroso / Portimonense
SC
2.ª jorn. Fase final Camp. Nac. Pav. ES 3 Felgueiras 16H00 / 18H00 Sub-14 F SPORTING CP vs. Qta. Lombos / CAB Madeira
2.ª jorn. Fase final Camp. Nac. Pav. GC Olhanense (Olhão)
DOMINGO, 9 DE JUNHO
9H00 / 11H00 Sub-14 F
SPORTING CP vs. Qta. Lombos / CAB Madeira
3.ª jorn. Fase final Camp. Nac. Pav. GC Olhanense (Olhão)
9H30 / 11H45 Sub-14 M SPORTING CP vs. UAA Aroso / Portimonense
SC 3.ª jorn. Fase final Camp. Nac. Pav. ES 3 Felgueiras
FUTEBOL
SÁBADO, 8 DE JUNHO
12H00 Sub-12 M
SPORTING CP vs. SU 1.º Dezembro
5.ª jorn. 2.ª fase Camp. Dist. Fut9 Sub-13 Campo n.º 5 Pólo EUL
16H00 Sub-19 F SPORTING CP vs. Leça do Balio
2.ª mão Final Camp. Nac. 2.ª Div. Campo n.º 5 Pólo EUL
DOMINGO, 9 DE JUNHO
11H00 Sub-15 M
Boavista FC vs. SPORTING CP
17.ª jorn. Ap. Campeão Camp. Nac. 1.ª Div. Pq. Desp. Ramalde (Porto)
SEGUNDA, 10 DE JUNHO
08/06 – SÁBADO
FUTSAL
9H00 Sub-11 M
SPORTING CP vs. UDR Sta. Maria
6.ª jorn. 2.ª fase Camp. Dist. Sub-12 Campo n.º 6 Pólo EUL
FUTSAL
SEXTA, 7 DE JUNHO
21H00 Sub-15 M
SPORTING CP vs. SL Benfica
Jogo 2 Final Camp. Nac. Pavilhão João Rocha
SÁBADO, 8 DE JUNHO
16H00 Equipa B F
SPORTING CP B vs. GD Valverde
6.ª jorn. S3 Taça Nac. Pavilhão João Rocha
16H00 Sub-13 M
SPORTING CP vs. Qta. Lombos
17.ª jorn. 5.º Ap. Camp. Dist.
Multidesportivo Sporting
21H00 Seniores M
SPORTING CP vs. SC Braga
Jogo 1 Final Liga
Pavilhão João Rocha
DOMINGO, 9 DE JUNHO
19H30 Sub-17 M
SPORTING CP vs. SL Benfica
Jogo 2 Final Camp. Nac. Pavilhão João Rocha
TERÇA, 11 DE JUNHO
21H30 Seniores M
SC Braga vs. SPORTING CP
Jogo 2 Final Liga
Pav. Desp. SC Braga (Braga)
GINÁSTICA
SÁBADO, 8 DE JUNHO
10H00 Acrobática
SPORTING CP
Camp. Nac. Infantis e Base
Pav. Paz e Amizade (Loures)
13H30 Rítmica
SPORTING CP
Camp. Nac. Infantis
Pav. Desp. Mun. Dr. João Rocha (Vagos)
DOMINGO, 9 DE JUNHO
9H00 Acrobática
SPORTING CP
Camp. Nac. Infantis e Base
Pav. Paz e Amizade (Loures)
GOALBALL
SÁBADO, 8 DE JUNHO
12H00 Equipa A
SPORTING CP vs. ACAPO Lisboa
Jogo 2 3.ª fase Liga de Lisboa
Esc. Bás. Maria Keila (Loures)
14H00 Equipa A
AJ Pina vs. SPORTING CP
Jogo 4 3.ª fase Liga de Lisboa
Esc. Bás. Maria Keila (Loures)
16H00 Equipa A
CA Cultural vs. SPORTING CP
Jogo 6 3.ª fase Liga de Lisboa
Esc. Bás. Maria Keila (Loures)
HÓQUEI EM PATINS
QUINTA, 6 DE JUNHO
20H00 Seniores M
FC Porto vs. SPORTING CP
Jogo 3 Meias-finais Camp. Nac. Dragão Arena (Porto)
SÁBADO, 8 DE JUNHO
14H45 Sub-13 M
AJ Salesiana vs. SPORTING CP
10.ª jorn. SC Taça APL
Pav. Juv. Salesiana (Estoril)
15H30 Sub-13 M
Marítimo SC vs. SPORTING CP
1.ª jorn. 3.ª fase / Ap. Reg. Autónomas Camp. Nac. Pav. Mun. Paços de Ferreira
16H00 Sub-19 M Infante Sagres vs. SPORTING CP
1.ª jorn. 4.ª fase / 1.ª elim. / Gr. 2 Ap. Campeão Camp. Nac.
Pav. Dr. Salvador Machado (Ol. Azeméis)
18H00 Sub-15 M
SL Benfica vs. SPORTING CP
1.ª jorn. 4.ª fase / 1.ª elim. / Gr. 1 Ap. Campeão Camp. Nac. Pav. HC Maia (Maia)
Competição: Campeonato Nacional
Final – Jogo 1
Jogo: Sporting CP vs. SC Braga
Horário e local: 21h00
Pavilhão João Rocha
Transmissão: directo
DOMINGO, 9 DE JUNHO
13H00 Sub-19 M SPORTING CP vs. HC Turquel
2.ª jorn. 4.ª fase / 1.ª elim. / Gr. 2 Ap. Campeão Camp. Nac.
Pav. Dr. Salvador Machado (Ol. Azeméis)
14H00 Sub-13 M SPORTING CP vs. AP Madeira
2.ª jorn. 3.ª fase / Ap. Reg. Autónomas Camp. Nac. Pav. Mun. Paços de Ferreira 16H00 Seniores M SPORTING CP vs. FC Porto Jogo 4 Meias-finais Camp. Nac. Pavilhão João Rocha
18H00 Equipa B M SPORTING CP vs. SC Torres
3.ª jorn. Ap. Promoção Camp. Nac. 3.ª Div. Pav. SG Sacavenense (Sacavém) 18H00 Sub-15 M SPORTING CP vs. UD Oliveirense
2.ª jorn. 4.ª fase / 1.ª elim. / Gr. 1 Ap. Campeão Camp. Nac. Pav. HC Maia (Maia)
SEGUNDA, 10 DE JUNHO
10H00 Sub-19 M FC Porto vs. SPORTING CP
3.ª jorn. 4.ª fase / 1.ª elim. / Gr. 2 Ap. Campeão Camp. Nac.
Pav. Dr. Salvador Machado (Ol. Azeméis)
11H30 Sub-13 M AD Sanjoanense vs. SPORTING CP
3.ª jorn. 3.ª fase / Ap. Reg. Autónomas Camp. Nac. Pav. Mun. Paços de Ferreira 12H00 Sub-15 M FC Porto vs. SPORTING CP
3.ª jorn. 4.ª fase / 1.ª elim. / Gr. 1 Ap. Campeão Camp. Nac. Pav. HC Maia (Maia)
QUARTA, 12 DE JUNHO
20H30 Seniores M FC Porto vs. SPORTING CP Jogo 5 Meias-finais Camp. Nac. (se necessário) Dragão Arena (Porto)
NATAÇÃO
SÁBADO, 8 DE JUNHO
9H00 Absolutos SPORTING CP Meeting Int. Porto Piscina Campanhã (Porto) 16H30 Absolutos SPORTING CP Meeting Int. Porto Piscina Campanhã (Porto) DOMINGO, 9 DE JUNHO
9H00 Absolutos
SPORTING CP Meeting Int. Porto Piscina Campanhã (Porto) 16H30 Absolutos SPORTING CP Meeting Int. Porto Piscina Campanhã (Porto)
PESCA DESPORTIVA
QUINTA, 6 DE JUNHO
13H00 Senhoras SPORTING CP Camp. Nac. Surf casting Praia de Tróia
SEXTA, 7 DE JUNHO
13H00 Senhoras SPORTING CP Camp. Nac. Surf casting Praia de Tróia
SÁBADO, 8 DE JUNHO
10H30 Individual SPORTING CP
Camp. Nac. 1.ª Div. Bóia Rio Ave (Riba d’Ave) 10H30 Individual SPORTING CP Camp. Nac. 2.ª Div. Norte Bóia
Rio Tâmega (Chaves) 10H30 Individual SPORTING CP Camp. Nac. 2.ª Div. Sul Bóia Barragem Montargil 10H30 Individual SPORTING CP Camp. Nac. 3.ª Div. Norte Bóia
09/06 – DOMINGO
HÓQUEI EM PATINS
Competição: Campeonato Nacional
Meias-finais – Jogo 4
Jogo: Sporting CP vs. FC Porto
Horário e local: 16h00
Pavilhão João Rocha
Transmissão: directo
Rio Rabaçal (Valpaços)
10H30 Individual
SPORTING CP
Camp. Nac. 3.ª Div. Sul Bóia
Barragem Odivelas
13H00 Senhoras
SPORTING CP
Camp. Nac. Surf casting Praia de Tróia
DOMINGO, 9 DE JUNHO
10H30 Individual
SPORTING CP
Camp. Nac. 1.ª Div. Bóia
Rio Ave (Riba d’Ave)
10H30 Individual
SPORTING CP
Camp. Nac. 2.ª Div. Norte Bóia
Rio Tâmega (Chaves)
10H30 Individual
SPORTING CP
Camp. Nac. 2.ª Div. Sul Bóia
Barragem Montargil
10H30 Individual
SPORTING CP
Camp. Nac. 3.ª Div. Norte Bóia
Rio Rabaçal (Valpaços)
10H30 Individual
SPORTING CP
Camp. Nac. 3.ª Div. Sul Bóia
Barragem Odivelas
13H00 Senhoras
SPORTING CP
Camp. Nac. Surf casting Praia de Tróia
SEGUNDA, 10 DE JUNHO
13H00 Senhoras
SPORTING CP
Camp. Nac. Surf casting Praia de Tróia
POLO AQUÁTICO
SÁBADO, 8 DE JUNHO
18H00 Seniores M Vitória SC vs. SPORTING CP
Meias-finais Taça Portugal Piscinas Mun. Guarda
DOMINGO, 9 DE JUNHO
17H00 Seniores M Paredes PA / CF Portuense vs. SPORTING CP
Final Taça Portugal (em caso de apuramento)
Piscinas Mun. Guarda
SEGUNDA, 10 DE JUNHO
15H00 Equipa B M
CN Povoense B vs. SPORTING CP B
Camp. Nac. 2.ª Div. Piscina Sra. Hora (Matosinhos)
TÉNIS DE MESA
SÁBADO, 8 DE JUNHO
9H00 Formação
SPORTING CP
Camp. Nac. Singulares e Pares
Pav. Multiusos de Lamego
DOMINGO, 9 DE JUNHO
9H00 Formação
SPORTING CP
Camp. Nac. Singulares e Pares
Pav. Multiusos de Lamego
TIRO
SÁBADO, 8 DE JUNHO
9H00 C10 / P10
SPORTING CP Torn. Cidade Portalegre Portalegre
TRIATLO
SÁBADO, 8 DE JUNHO 10H00 Formação
SPORTING CP
Camp. Nac. Jovem Coruche
17H00 Formação
SPORTING CP
Camp. Nac. Clubes Estafetas mistas Coruche
*Informação sujeita a alterações após o fecho de edição. Consulte a agenda actualizada em sporting.pt
FUTSAL
Competição: Campeonato Nacional
Sub-17 – Final – Jogo 2
Jogo: Sporting CP vs. SL Benfica
Horário e local: 19h30
Pavilhão João Rocha
Transmissão: directo e exclusivo