MAFALDA BARBOSA
HONRAR A NOSSA HISTÓRIA
“O SPORTING DEMONSTRA QUE É POSSÍVEL VENCER APENAS
COM O NOSSO SONHO, COM A NOSSA VISÃO, COM OS NOSSOS VALORES E COM OS NOSSOS ADEPTOS A CAMINHAREM LADO A
LADO CONNOSCO APENAS POR AMOR AO NOSSO SPORTING”.
29 triunfos.
96 golos. O Sporting CP marcou em todas as jornadas.
Melhor ataque desde a década de 50 e só superado pelos Cinco Violinos.
100% de vitórias em casa, duas décadas depois.
681.727 adeptos nas bancadas do Estádio José Alvalade.
Bilhetes esgotados em todas as deslocações.
Estes e outros números confirmam que o Sporting Clube de Portugal se encontra numa Nova Era. Uma Era em que se honram os quase 118 anos de História do Clube.
Como salientou o presidente Federico Varandas: “O Sporting demonstra que é possível vencer apenas com o nosso sonho, com a nossa visão, com os nossos valores e com os nossos adeptos a caminharem lado a lado connosco apenas por amor ao nosso Sporting”.
Honrar a nossa História é vencer respeitando os princípios e valores do Clube.
É homenagear o Sócio fundador, atleta, capitão e dirigente − Francisco Stromp − no centenário da sua última época ao serviço do Sporting Clube de Portugal.
Hoje, estaria orgulhoso. Dele ficaram famosas as palestras no balneário, antes do início dos jogos. Era com lágrimas nos olhos que incitava os colegas a honrarem o Clube.
Honrar a nossa História é sentir orgulho em ser Sportinguista e sentir emoção ao ver as mais variadas manifestações de apoio, numa verdadeira onda verde e branca que contagia o país e o Mundo.
É andar pela rua e sorrir aos mais novos que, orgulhosamente, vestem de Leão ao peito.
É ter a crença de continuar a fazer mais e melhor.
Porque o verdadeiro Campeão pode não vencer sempre, mas jamais perderá o orgulho, o sentimento de pertença e a paixão pelo Clube.
PROPRIEDADE: SPORTING CLUBE DE PORTUGAL DIRECTORA: MAFALDA BARBOSA || MJBARBOSA@SPORTING.PT
COORDENADOR‑ADJUNTO: LUÍS SANTOS CASTELO || LSCASTELO@SPORTING.PT REDACÇÃO: MARIA GOMES DE ANDRADE || MGANDRADE@SPORTING.PT; NUNO MIGUEL SIMAS || NQSIMAS@ SPORTING.PT; PEDRO FERREIRA || PSFERREIRA@ SPORTING.PT; XAVIER COSTA || XRCOSTA@SPORTING.PT FOTOGRAFIA: ISABEL SILVA; JOÃO PEDRO MORAIS; JOSÉ LORVÃO COLABORADORES PERMANENTES: JUVENAL CARVALHO; PEDRO ALMEIDA CABRAL; TITO ARANTES FONTES AGENDA E RESULTADOS: JOÃO TORRES || JBTORRES@SPORTING.PT EDITOR E SEDE DA REDACÇÃO: ESTÁDIO JOSÉ ALVALADE, RUA PROFESSOR FERNANDO DA FONSECA, APARTADO 4120, 1501‑806 LISBOA, PORTUGAL TELEFONE: +351 217 516 155 E‑MAIL: MEDIA@SPORTING.PT NIF: 500 766 630 REGISTO ERC: 100313 TIRAGEM: 9500 EXEMPLARES DEPÓSITO LEGAL: 48492/91 DISTRIBUIÇÃO: VASP, QUINTA DO GRAJAL – VENDA
LENDAS SPORTING CLUBE DE PORTUGAL
KIT JONES
BASQUETEBOL
1948
Christopher Mark Jones, mais conhecido por Kit Jones, brilhou durante duas épocas ao serviço da equipa de basquetebol do Sporting Clube de Portugal, em 1971/1972 e 1972/1973.
O poste norte-americano, que impressionava pelos 2,01 metros de altura, foi um dos primeiros estrangeiros a actuar no nosso país e tornou-se a grande estrela da formação verde e branca, marcando uma geração através das proezas conseguidas dentro de campo.
Apesar de ter conquistado apenas um Campeonato de Lisboa na sua passagem por Alvalade, Kit Jones tornou-se um ídolo dos Sportinguistas e é, ainda hoje, recordado como tal.
Texto: Pedro Ferreira
Fotografia: Linda Benedict‑Jones
Foi ao serviço dos Buccaneers, da Universidade de Beloit, no estado norte-americano do Wisconsin, que Kit Jones começou a dar provas da sua qualidade no basquetebol. Durante três anos, o poste de 2,01 metros foi um dos principais destaques da equipa, juntamente com o seu irmão Jim, ajudando-a a ganhar duas vezes a Conferência Midwest (estados do Illinois, Iowa e Wisconsin), em 1967 e 1968. Na terceira e última época, em 1969, problemas antigos no joelho levaram-no a ser (mais uma vez) operado e impediram a repetição da proeza dentro das quatro linhas, mas não de terminar a licenciatura em 1970. Pouco depois de ter concluído o curso, ainda nesse mesmo ano, Kit Jones atravessou o Atlântico e chegou a Portugal para viver a primeira experiência fora dos Estados Unidos da América, com as cores do Ginásio Clube Figueirense, na Figueira da Foz. Foi um dos primeiros estrangeiros a jogar basquetebol profissionalmente no nosso país, tendo um enorme impacto na forma como a modalidade passou a ser encarada e na mentalidade de quem a praticava. Tudo isso, juntamente com a destreza demonstrada em campo, fez com que o Sporting CP se interessasse e avançasse para a sua contratação já em 1971/1972. Nos primeiros tempos de Leão ao peito, Kit Jones – que trouxe consigo o irmão Jim, também poste, mas mais alto (2,03 metros) − acumulou a função de jogador com a de treinador, substituindo Hermínio Barreto. Louro e de fita na cabeça, a sua imagem de marca, o norte-americano dominava nas tabelas devido ao seu físico, mas não só. Era também um virtuoso a lançar ao cesto e rapidamente se assumiu como líder da equipa, até passar a ser considerado ídolo e fenómeno nacional. Na altura, muitos Sportinguistas deslocavam-se ao Pavilhão da Ajuda, casa do basquetebol do Clube, para vê-lo jogar e, imagine-se, treinar.
KIT JONES
APESAR DE REPRESENTADO A EQUIPA DE BASQUETEBOL DO SPORTING CP DURANTE APENAS DUAS TEMPORADAS, O POSTE NORTE-AMERICANO ASSUMIU-SE COMO LÍDER DA EQUIPA E TORNOU-SE UM ÍDOLO DA MODALIDADE, CHEGANDO MESMO A ACUMULAR A FUNÇÃO DE JOGADOR COM A DE TREINADOR.
O seu único título de Leão ao peito, no 11.º Campeonato de Lisboa, foi conquistado logo na primeira época, num período de pouca estabilidade da secção e com uma
equipa quase completamente renovada. O Sporting CP acabou a prova em igualdade com o SL Benfica, visto que ambos tinham concedido apenas uma derrota, o que levou a decisão para a finalíssima entre os dois rivais, disputada no antigo Pavilhão dos Desportos (hoje Pavilhão Carlos Lopes). Aí, a turma verde e branca levou a melhor ao vencer por claros 88-73, com Kit Jones a destacar-se como melhor marcador da equipa a par de José Carlos (22 pontos). Ainda nessa temporada – a primeira em que o Sporting CP teve patrocinador na camisola, a Lacoste −, teve também a oportunidade de jogar na Taça dos Campeões Europeus. Já na campanha seguinte, acabaria por ser substituído no comando técnico por Ernesto Ferreira da Silva, mas a sua importância em campo manteve-se. Mais uma vez, ajudou os Leões a atingirem a finalíssima do Campeonato Regional, novamente frente ao SL Benfica, mas desta vez a sorte sorriu à turma adversária, que levou a melhor (81-84) naquela que seria a última dança de Kit Jones (melhor marcador com 23 pontos) com a listada verde e branca.
Durante os dez anos em que viveu na Europa – depois de Lisboa ainda passou por Paris e Londres – Kit Jones aprendeu a falar fluentemente português, espanhol e francês, além de ter estudado mandarim. Completou o mestrado e o doutoramento em estudos franceses, o que resultou numa carreira de 40 anos como professor universitário. Pelo meio, deu início ao seu percurso na música, uma paixão antiga, e lançou cinco álbuns entre 1978 e 2017. No passado dia 12 de Maio, regressou a Portugal para uma visita ao Estádio José Alvalade, ao Museu Sporting e ao Pavilhão João Rocha, onde mais de 50 anos depois reencontrou muitos dos ex-colegas de equipa. Aproveitou ainda para dar um pequeno concerto aos presentes, cantando e tocando duas canções originais, uma delas em português, além de ‘Vejam Bem’, de José Afonso. Um reconhecimento totalmente merecido, por tudo o que fez.
ETERNA SAUDADE DE JOAQUIM AGOSTINHO
MELHOR CICLISTA PORTUGUÊS DE SEMPRE DEIXOU-NOS HÁ 40 ANOS. FOI VÍTIMA DE UMA QUEDA, JUNTO À META, NUMA ETAPA DA VOLTA AO ALGARVE.
Texto: Nuno Miguel Simas
Fotografia: Museu Sporting − Centro de Documentação
A 10 de Maio de 1984, Portugal tomava conhecimento de uma trágica notícia: morrera Joaquim Agostinho. O ciclista que se notabilizou no Sporting Clube de Portugal, ainda hoje apontado como o melhor de sempre a nível velocipédico no nosso país e um dos máximos embaixadores do desporto nacional também além-fronteiras.
Joaquim Agostinho era uma força da natureza, um extraordinário ciclista, que perdeu a vida a fazer o que mais amava: pedalar. Tudo aconteceu a 30 de Abril de 1984, quando bem perto da meta numa etapa da Volta ao Algarve que terminava em Quarteira, sofreu uma queda, por um cão se atravessar à frente do ciclista.
Joaquim Agostinho, Tino como era conhecido em França, caiu desamparado e sofreu um traumatismo craniano. Foi transportado do Algarve para Lisboa de ambulância, esteve dez dias em coma, acabando por não resistir às lesões.
O país era confrontado com a notícia que abalou milhões de pessoas – o campeão para quem não havia esforços impossíveis de ultrapassar, o exemplo de combatividade, superação e de resistência – deixava o mundo de luto.
Para trás havia ficado uma carreira memorável, que a tantos e tantos inspirou e serviu de exemplo, com a conquista entre outros enormes feitos de três Voltas a Portugal (1970, 1971 e 1972), dois terceiros lugares no Tour de França (1978 e 1979 e a vitória na mítica etapa de montanha do Alpe D´Huez, em 1979, onde tem perpetuado o nome num busto, em plena subida ao cume, na 14.ª curva) e um 2.º lugar na Volta a Espanha (1974, com vitórias em duas etapas). Da inesquecível carreira internacional faz parte o ‘recital’ de montanha, em que deixou para trás e a mais de três minutos, em alta montanha, no Tour, os grandes nomes Benard Hinault e Joe Zoetmelk. Na Volta
a França, teve 13 participações e terminou oito vezes entre os dez primeiros.
Joaquim Agostinho ganhou um respeito e carinho enormes nos pelotões a nível nacional e mundial. Era alguém que apesar de um talento e força únicos, colocava sempre os interesses da equipa bem acima dos individuais e que por isso ‘puxava’ para a frente quem estava como líder
de equipa, além de nunca tirar partido de uma queda de um adversário.
No Sporting CP, o clube do coração de Joaquim Agostinho, tornou-se o ‘rei nas estradas portuguesas’. Representou o emblema Leonino entre 1968 e 1973, também em 1975 e em 1984, com um total de 18 etapas ganhas só na Volta a Portugal, além de seis Campeonatos Nacionais de estrada, um Campeonato Nacional de perseguição individual e dois Campeonatos Nacionais de contra-relógio por equipas.
Joaquim Agostinho foi único, irrepetível, épico, com uma extraordinária capacidade para impor mudanças de ritmo e ser ainda hoje apelidado de melhor ciclista português de todos os tempos, estatuto que permanece actual, pois os feitos que conseguiu continuam a ser ímpares. Aos 41 anos, deixou-nos e deixou um rasto de imensa saudade, que o Jornal Sporting noticiou com profunda dor, numa reportagem exaustiva, em que retrata um cortejo fúnebre de Lisboa a Torres Vedras, cidade de nascimento de Joaquim Agostinho, com milhares de pessoas na última homenagem também na Basílica da Estrela, onde o corpo esteve em câmara ardente e que teve ainda uma volta de honra no antigo Estádio José Alvalade. De entre os muitos milhares de mensagens de pesar, o então presidente do Sporting CP, João Rocha, evocava Joaquim Agostinho num texto no semanário Leonino, do qual recuperamos um pequeno excerto. “A fidelidade e dedicação deste homem ao seu Clube jamais conheceu qualquer afrouxamento ou quebra. Agostinho corria em França ou noutro país, mas levava Portugal e o Sporting CP no coração. Era, de facto, no sentido mais literal e desportivo da palavra, um embaixador itinerante da nossa terra e do seu Clube”. Já não está fisicamente entre nós, mas permanece bem vivo nos corações. Eterna saudade de Joaquim Agostinho, que nos deixou há 40 anos.
FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL
FECHAR COM CHAVE DE OURO
SPORTING CP NÃO DEU HIPÓTESES AO GD CHAVES E TERMINOU A EDIÇÃO 2023/2024 COM UMA VITÓRIA POR 3-0,
CONSEGUINDO 100% DE TRIUNFOS NOS JOGOS EM CASA. VIKTOR GYÖKERES BISOU, PAULINHO MARCOU, LUÍS NETO
DESPEDIU-SE DE FORMA EMOCIONANTE E FRANCISCO SILVA ESTREOU-SE PELA EQUIPA PRINCIPAL.
Texto: Luís Santos Castelo
Fotografia: Isabel Silva, José Lorvão
A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu, no último sábado, o GD Chaves por 3-0 na 34.ª e última jornada da Liga Portugal. Os Campeões Nacionais terminaram, assim, o campeonato da melhor forma.
Num esperado clima de festa e com grande ambiente no Estádio José Alvalade, os Leões entraram em campo com três alterações nos titulares: saíram Ousmane
Diomande, Daniel Bragança e Matheus Reis e entraram Luís
Neto − que foi capitão nesta partida −, Morten Hjulmand e Nuno Santos. O GD Chaves fez guarda de honra aos Campeões
Nacionais e o Sporting CP estreou o primeiro equipamento para 2024/2025 que serve como uma homenagem a Francisco Stromp.
Mesmo servindo apenas para cumprir calendário, uma vez que Sporting CP e GD Chaves já conheciam os seus desfechos nesta edição da Liga Portugal, a partida teve a intensidade habitual pro-
18.05.2024
Liga Portugal − 34.ª jornada Estádio José Alvalade
SPORTING CP GD CHAVES
3 0
2-0 ao intervalo
Viktor Gyökeres (pp 23’, 37’) Paulinho (54’)
Sporting CP: Diogo Pinto [GR] (Francisco Silva, 82’), Luís Neto [C] (Jeremiah St. Juste, 57’), Sebastián Coates, Gonçalo Inácio, Ricardo Esgaio (Marcus Edwards, 73’), Morten Hjulmand (Paulinho, 46’), Hidemasa Morita (Daniel Bragança, 73’), Nuno Santos, Francisco Trincão, Pedro Gonçalves e Viktor Gyökeres.
Treinador: Rúben Amorim.
Disciplina: cartão amarelo para Morten Hjulmand (45+2’) e Ricardo Esgaio (48’)
movida pelo conjunto de Rúben Amorim, que podia ter marcado logo aos dois minutos, mas Gonçalo Pinto defendeu o remate de Hidemasa Morita. Logo a seguir, Pedro Gonçalves bateu o livre na direita e Gonçalo Inácio, sozinho na área, cabeceou ao poste. O GD Chaves procurou reagir e também conseguiu ameaçar, primeiro com um remate de Jô Batista ao lado e, de seguida, foi Leandro Sanca a desperdiçar uma oportunidade de ouro. A partir daí, contudo, só deu Sporting CP até ao intervalo.
Aos 13 minutos, foi assinalado pontapé de penálti a favor dos visitados quando Francisco Trincão caiu na área flaviense, mas o árbitro Manuel Oliveira, depois do recurso ao VAR, anulou a decisão.
Gonçalo Pinto voltou a brilhar entre os postes do GD Chaves ao negar o golo a Pedro Gonçalves pouco depois, mas o 1-0 não tardou muito mais.
Após, mais uma vez, recorrer ao VAR, Manuel Oliveira assinalou pontapé de penálti por mão na bola de um jogador do GD Chaves e Viktor Gyökeres foi chamado a converter. Como não podia deixar de ser, o sueco não desperdiçou e
deu ainda mais brilho à já grande festa dos Sportinguistas. Continuou melhor o Sporting CP, com oportunidades para Viktor Gyökeres e Luís Neto, até chegar o 2-0 aos 38 minutos: fantástica jogada colectiva, com Francisco Trincão a brilhar pela direita e a dar para Pedro Gonçalves, que encontrou Ricardo Esgaio e este assistiu Viktor Gyökeres, que rodou e finalizou. Mais um golaço do ponta-de-lança, o 43.º
na temporada e 29.º na Liga Portugal, cimentando a sua posição de melhor marcador da competição.
As chances não acabaram e, já depois de Francisco Trincão atirar ao lado e de Pedro Gonçalves não ter aproveitado da melhor forma o excelente passe de Ricardo Esgaio, o Sporting CP voltou a colocar uma bola no fundo das redes do GD Chaves − e novamente por Viktor Gyökeres. No
entanto, e mais uma vez depois da ajuda do VAR, Manuel Oliveira anulou o 3-0.
Até ao intervalo, destaque para o cartão vermelho directo mostrado a Junior Pius por agressão a Morten Hjulmand.
No descanso, foram homenageados no relvado do Estádio José Alvalade os vencedores da Taça de Portugal de goalball, as vencedoras da Taça de Portugal de rugby e os Campeões Europeus de hóquei em patins. De volta ao futebol, saiu Morten Hjulmand para a entrada de Paulinho para o segundo tempo.
Desta vez, foi o GD Chaves a entrar com mais perigo, tendo João Correia cabeceado ao lado num contra-ataque muito rápido. A seguir foi a vez de Gonçalo Inácio negar o golo de honra aos forasteiros com um grande corte no momento certo.
Contudo, foi o Sporting CP a voltar a marcar, agora aos 55 minutos: excelente passe longo de Luís Neto para Nuno Santos, que, já em esforço, conseguiu servir Paulinho na área e este finalizou com sucesso pela 21.ª vez em 2023/2024.
Seguiu-se um dos momentos
mais emocionantes da noite. Luís Neto, a terminar a sua última temporada a jogar de Leão ao peito, foi substituído por Jeremiah St. Juste e recebeu uma longa e merecida ovação de pé por parte dos colegas, dos adversários e dos quase 50.000 Sportinguistas presentes.
O encontro continuou e o Viktor Gyökeres voltou a dar trabalho a Gonçalo Pinto, enquanto João Correia, do outro lado, voltou a falhar o alvo. Já com Daniel Bragança e Marcus Edwards nos lugares de Hidemasa Morita e Ricardo Esgaio, Gonçalo Pinto brilhou ainda mais, negando um autogolo de um dos seus companheiros.
Aos 82 minutos, surgiu mais um Campeão Nacional no momento em que Francisco
Silva, guarda-redes de 18 anos da formação Leonina, substituiu Diogo Pinto para os últimos minutos deste campeonato. Podia ter chegado o 4-0, como provou o livre directo de Pedro Gonçalves que acertou na trave, mas prevaleceram os três golos de diferença até ao fim.
O Sporting CP terminou a Liga Portugal 2023/2024 com 90 pontos, 29 vitórias, três empates e duas derrotas, 96 golos marcados e 29 sofridos e com 100% de triunfos nos encontros realizados no Estádio José Alvalade. E com o seu 24.º titulo nacional.
Os Leões voltam a entrar em campo no domingo, 26 de Maio, para a final da Taça de Portugal contra o FC Porto.
LIGA PORTUGAL 2023/2024
CLASSIFICAÇÃO J V E D G P
1.º SPORTING CP 34 29 3 2 96‑29 90
2.º SL Benfica 34 25 5 4 77-28 80
3.º FC Porto 34 22 6 6 63-27 72
4.º SC Braga 34 21 5 8 71-50 68
5.º Vitória SC 34 19 6 9 52-38 63
6.º Moreirense FC 34 16 7 11 36-35 55
7.º FC Arouca 34 13 7 14 54-50 46
8.º FC Famalicão 34 10 12 12 37-41 42
9.º Casa Pia AC 34 10 8 16 38-50 38
10.º SC Farense 34 10 7 17 46-51 37
11.º Rio Ave FC 34 6 19 9 38-43 37
12.º Gil Vicente FC 34 9 9 16 42-52 36
13.º GD Estoril Praia 34 9 6 19 49-58 33
14.º CF Estrela da Amadora 34 7 12 15 33-53 33
15.º Boavista FC 34 7 11 16 39-62 32
16.º Portimonense SC 34 8 8 18 39-72 32
17.º FC Vizela 34 5 11 18 36-66 26
18.º GD Chaves 34 5 8 21 31-72 23
RÚBEN AMORIM: “DEDICO A TODOS
OS SPORTINGUISTAS”
No final, Rúben Amorim marcou presença na conferência de imprensa. Acompanhado pelos restantes membros da equipa técnica no Auditório Artur Agostinho, o treinador verde e branco começou por admitir que, no futuro, todos se vão lembrar desta equipa por ter “jogado muito bem, atingido um número de pontos muito grande, feito muitos golos sem sofrer assim tantos”, ainda que a final da Taça de Portugal, no próximo fim-de-semana, venha a ter impacto.
“Há 22 anos que o Sporting CP não faz a ‘dobradinha’ e isso vai ter um impacto muito grande na forma como vamos recordar esta equipa. Agora, esta equipa fica na História do Sporting CP. Tem alguns jogadores da formação e isso sente-se dentro do balneário”, explicou.
Sobre a ligação que tem com os Sportinguistas, o técnico admitiu que “os resultados ajudaram”, mas atribuiu mérito a outra figura do universo Leonino: “É justo dizer que o grande obreiro da mudança no Sporting CP é o presidente. Sinto-me mais uma peça aqui. Obviamente, sinto-me uma peça importante porque me fizeram sentir assim e seguraram-nos nos momentos mais difíceis. Acho que esse é o grande segredo para termos dado a volta, principalmente na época passada”.
Sobre os momentos decisivos do campeonato, Rúben Amorim escolheu vários: “Logo no primeiro jogo, com o FC Vizela, o golo do Paulinho foi um momento marcante. O jogo contra o SL Benfica… Não senti que já tivesse ganho, mas foi um passo em frente. Onde senti que seria muito difícil perdermos o campeonato foi contra o Vitória SC”.
Comparando com 2020, quando chegou ao Sporting CP, Rúben Amorim tem presenciado uma grande mudança, principalmente na forma como a equipa e os adeptos estão ligados.
“Quando chegámos aqui, nunca vi um ambiente como estava naquele estádio nem uns jogadores com tanta dificuldade em ir para o jogo. Os jogadores estavam nervosos de ir jogar a Alvalade. No ano passado, estávamos em quarto lugar, fomos eliminados [da Taça de Portugal] pelo Varzim SC, não tínhamos qualquer título e nunca senti os jogadores assim. Estavam confortáveis a jogar em casa e os adeptos provaram que não são só os resultados que contam. Temos um caminho e isso é uma grande vantagem, já provámos que conseguimos estar unidos nos bons e nos maus momentos”, afirmou, antes de revelar a quem dedica a conquista da Liga Portugal.
“Dedico ao resto dos treinadores, que não dão a cara muitas vezes e sem eles não seria possível, mas principalmente aos adeptos por terem conseguido lidar com uma época tão difícil, por terem acreditado muito logo desde início e por terem conseguido manter esta dinâmica até ao fim. Dedico a todos os Sportinguistas, aos meus colegas, mas principalmente aos adeptos”, reforçou.
Por fim, Rúben Amorim falou sobre Manuel Fernandes: “O trajecto não se faz apenas pelas vitórias, mas pela forma como se está no Clube, os anos em que estamos, o valor que o míster Manuel Fernandes tinha e nunca saiu do Sporting CP. Não são só os títulos que marcam a história de uma pessoa no Clube. Vamos ficar na história do Clube porque fizemos coisas importantes, mas para chegar ao patamar de Manuel Fernandes ou de outros não basta apenas ganhar títulos. É uma forma de estar, são muitos anos, passar por muitas coisas e abdicar de muito para estar aqui. Todos nós estamos muito longe daquilo que o Manuel Fernandes representa no Sporting CP. Ele já esteve várias vezes no treino, foi sempre alguém que nos apoiou e apoiou muito esta Direcção em momentos difíceis. Temos o maior respeito e carinho pelo míster Manuel Fernandes”.
Carlos Fernandes, treinador-adjunto, também foi desafiado a responder a uma pergunta, desta feita sobre os anos de sucesso ao lado de Rúben Amorim e dos restantes membros da equipa técnica.
“Queremos agradecer por tudo o que o Rúben tem feito por todos nós. É fácil perceber como é que o Rúben escolhe as pessoas com quem trabalha. O Tiago [Ferreira] recebeu-nos sempre de braços abertos e com o máximo de humildade mesmo tendo um historial importante no Clube. O Gonçalo [Álvaro] igual. 20 anos aqui e mostrou-nos tudo o que havia para mostrar, sendo um apoio para todos nós. Quando o míster conheceu o míster [Jorge] Vital, percebe-se que não tem nada a ver comigo ou com o Adélio [Cândido]. Tanto se pode ter 1000 jogos de Primeira Liga como nenhum jogo de seniores. O Paulo [Barreira] tem experiência em grandes clubes e conhecimento científico que nos impressiona muitas vezes. É muito estudioso e passa a vida a querer saber mais. A experiência do Emanuel [Ferro], que fez muito para estar aqui, que passou por condições diferentes e consegue agora estar aqui como Campeão Nacional. O Adélio trouxe a bandeira angolana. É muito ligado às suas origens e uma história de inspiração para muita gente. São pessoas que o Rúben foi escolhendo com base naquilo que somos. O Rúben trabalha connosco com alegria e seriedade. Deixa-nos sermos nós próprios, deixa-nos ter uma opinião. Cabe-me a mim agradecer porque é muito, muito raro ver alguém dar tanto ênfase à sua equipa técnica como o Rúben faz connosco”, disse Carlos Fernandes aos jornalistas.
FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL
UMA FESTA À SPORTING CLUBE DE PORTUGAL
ESPECTÁCULO DE LUZES, SOM E PROJECÇÃO, FOGO DE ARTIFÍCIO, MUITA MÚSICA, FELICIDADE E, CLARO, O LEVANTAMENTO DO TROFÉU DE CAMPEÃO NACIONAL: A FESTA LEONINA NÃO DEFRAUDOU AS EXPECTATIVAS.
Texto: Luís Santos Castelo
Fotografia: Isabel Silva, João Pedro Morais, José Lorvão
Terminado o encontro contra o GD Chaves, foi levantado o troféu da Liga Portugal e feita a festa no Estádio José Alvalade.
Depois de terem sido oferecidas bolas de futebol aos Sportinguistas nas bancadas por parte dos jogadores do conjunto de Rúben Amorim, preparou-se a festa no relvado, com os Sócios e adeptos do emblema verde e branco a não arredarem pé.
Foram homenageados Antonio Adán e Luís Neto, jogadores que cumpriram as últimas temporadas no Sporting CP e que foram determinantes nas recentes conquistas do Clube, com longas ovações de pé. Ambos receberam das mãos de Frederico Varandas, presidente do Conselho Directivo, lembranças de agradecimento e falaram aos adeptos − pode ler nas respectivas caixas. O plantel recolheu ao balneário para, depois, acontecer a cerimónia de entrega do troféu de Campeão Nacional da Liga Portugal. Jogadores e equipa técnica foram apresentados um a um com grande festa no campo e nas bancadas, com o capitão Sebastián Coates a ser o último e, finalmente, a levantar mais uma vez o troféu de Campeão Nacional − o momento mais esperado da noite e da temporada.
A noite contou ainda com um tremendo espectáculo de luzes, projecção e som em pleno relvado do Estádio José Alvalade, abordando a história do Clube e homenageando a equipa de Rúben Amorim. Quem também não faltou, como havia acontecido nos festejos no Marquês, foi a bailarina com a bandeira do Sporting CP suportada pelos balões iluminados a verde, enquanto o fogo de artifício iluminava o céu lisboeta.
DISCURSO DE LUÍS NETO AOS SPORTINGUISTAS
“Costumo ser bom de palavras, mas hoje está complicado. Vesti a camisola do Sporting CP, vivi muito este clube, senti por dentro como é especial. Hoje, o Sporting CP está estruturado e talhado para continuar a ganhar. Fazem parte do Sporting CP grandes recursos humanos, jogadores, staff, escritórios, Academia, temos o míster. Há uma cultura de Sporting CP, fui-me apercebendo disso. Costuma-se dizer que o Sporting CP é um clube com zero ídolos, mas agradeço aqui por me terem feito sentir parte do Sporting CP. O Sporting CP não é só o maior de Portugal porque queremos. Hoje, o Sporting CP também ganha e ganha de forma incontestável como fizemos este ano. Obrigado.”
DISCURSO DE ANTONIO ADÁN AOS SPORTINGUISTAS
“Boa tarde, Sportinguistas. Em primeiro lugar, parabéns a todos por um novo título. Também é vosso, obrigado. Em segundo lugar, uma palavra de agradecimento a todos vocês por estes quatro anos. Eu e, sobretudo, a minha família fomos muito felizes aqui. Foram quatro anos de êxito, de muitos títulos, de grandes momentos e espero e desejo que, daqui para a frente, continue assim. Que não deixem cair este clube, a história deste clube. Que continuem com um futuro cheio de títulos. Dia 26 temos mais uma prova importante e espero poder despedir-me deste clube como cheguei: ganhando todos os títulos os possíveis em Portugal.”
DECLARAÇÕES DOS CAMPEÕES À SPORTING TV
RÚBEN AMORIM
“Já estamos todos em modo Taça, mas foi um dia bonito. Tínhamos de o fazer depois da excelente exibição dos nossos adeptos esta época. Para o ano vai ser ainda mais difícil, mas contamos com todos mais uma vez. Para fechar este ano, temos de ganhar a Taça de Portugal para fazer justiça à equipa e a todos os recordes.”
DANIEL BRAGANÇA
“Em 2021 não havia adeptos e hoje temos a oportunidade os ter aqui connosco. Também merecem e nós merecemos estar com a família toda junta. Há que aproveitar esta festa, fomos verdadeiros vencedores. Foi muito em casa que se construiu o título.”
DIOGO PINTO
“O meu sonho era estrear-me pela equipa principal. Consegui, fiz dois jogos e quero continuar assim. É um orgulho muito grande, ainda para mais por ter a minha família aqui comigo. A medalha de Campeão significa muito e vai ser guardada para sempre ao lado da minha camisola de estreia.”
RAFAEL PONTELO
“Estou muito feliz. Agradeço a todos os Sportinguistas e a Deus, assim como aos meus familiares, à minha namorada e a todos os que estiveram comigo. Não consigo descrever... É só felicidade. É um sonho que estou a realizar.”
GONÇALO INÁCIO
“É um orgulho enorme ser Campeão com esta equipa. Fizemos uma época fantástica, trabalhámos arduamente todos os dias para estar aqui com estes adeptos. Fantástico. Já estamos focados na Taça de Portugal desde que fomos ao Marquês. É para ganhar”
MIGUEL MENINO
“É um feito incrível. Acho que ainda não me ‘caiu a ficha’. Acima de tudo, os adeptos fazem o Sporting CP ser o que é.”
MATHEUS REIS
“Agradeço não só aos adeptos e à restante equipa, mas também a todo o staff que trabalha connosco. É um trabalho muito importante. Crescemos nos momentos mais difíceis. Cheguei aqui depois de algum tempo parado, mas o Rúben Amorim deu-me toda a confiança. O Clube dá-nos tudo, é incrível em todos os aspectos, e não há como não crescer. É o segundo título nacional e muitos virão, tenho a certeza.”
FRANCISCO SILVA
“É um sonho tornado realidade. Agradeço a toda a gente que me ajudou na formação e, em principal, ao míster Rúben [Amorim], ao míster [Jorge] Vital e ao míster Tiago [Ferreira]. Todos temos o objectivo de ser profissionais de futebol e se for pelo Sporting CP ainda melhor. Correu bem, estou aqui e sou Campeão Nacional.”
FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL
FESTA CONTINUOU NA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA
PLANTEL E STAFF FORAM RECEBIDOS POR CARLOS MOEDAS NOS PAÇOS DO CONCELHO, COM O TROFÉU DE CAMPEÃO NACIONAL A SER EXIBIDO À FAMÍLIA SPORTINGUISTA – QUE ENCHEU A PRAÇA DO MUNICÍPIO E PROPORCIONOU MAIS UMA TARDE MEMORÁVEL.
Texto: Luís Santos Castelo
Fotografia: Isabel Silva, João Pedro Morais
A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal foi recebida, na última segunda-feira, na Câmara Municipal de Lisboa CML para ser homenageada pela conquista da Liga Portugal.
Com milhares de Sócios e adeptos Leoninos presentes na Praça do Município várias horas antes da chegada do autocarro do emblema de Alvalade, os jogadores, equipa técnica e staff foram aplaudidos e ovacionados enquanto entravam nos Paços do Concelho.
Tirada a habitual fotografia na escadaria do edifício, os Leões entraram no Salão Nobre da CML, onde esperavam membros do Executivo da CML, convidados e crianças Sportinguistas. Cuca Roseta, fadista, cantou a ‘Marcha do Sporting’ antes dos discursos de Carlos Moedas e de Frederico Varandas.
O presidente da CML começou por dar as boas-vindas a todo o universo Sporting CP. “Jogadores, equipa, senhoras e senhores Sportinguistas: bem-vindos, Campeões! Bem-vindos a esta casa que também é vossa. Hoje, Lisboa é verde e branca. Hoje, a cidade vive a Glória do Sporting Clube de Portugal. A Glória que vem do Esforço, da Dedicação e de muita Devoção”, disse Carlos Moedas aos presentes.
O autarca lembrou, depois, os “milhões que seguem o Sporting CP e que nunca desistem” do Clube, que “nunca deixaram de sentir o que é ser Sporting CP, mesmo nos momentos mais difíceis quando tudo parecia ser impossível”: “Estão sempre lá e, como diz a letra, mostram que pelo seu amor são doentes e passam o seu amor de geração em geração. Mostram que o Sporting CP é um clube único e, por isso, a
minha primeira palavra é para os Sportinguistas. Esta Glória é, acima de tudo, vossa”.
Carlos Moedas elogiou, de seguida, Rúben Amorim e a união da equipa, destacou os capitães Sebastián Coates, Antonio Adán e Luís Neto, falou também do trabalho “fantástico e cirúrgico” de Hugo Viana e ainda de Frederico Varandas, que demonstrou “que
o que conta não é falar, é fazer”. “Frederico, o desporto português deve-te muito”, acrescentou. Por último, mencionou Paulinho, o técnico de equipamentos “que todos amam”, e o restante staff “que trabalha dia e noite, todos os dias”. “A todos os que pintaram Portugal de verde e branco, àqueles que sempre sonharam e nunca desis-
tiram, aos mais velhos, que têm bem presente nos seus corações o legado do Sporting CP, aos mais novos, que sabem que pertencem a uma geração vencedora”, continuou, antes de não se esquecer de Manuel Fernandes.
“Se há alguém que merece viver hoje este sonho é o grande Manuel Fernandes. Com voto de todos os vereadores, vamos
atribuir a Medalha da Cidade ao Manuel Fernandes, uma lenda e um eterno capitão que passa um momento tão difícil. Obrigado por lhe darem essa alegria e por verem o seu mítico número 9 nas mãos deste grande Viktor Gyökeres”, expressou. Por fim, Carlos Moedas referiu que “Lisboa é Sporting CP e com orgulho porque o Sporting CP representa o melhor que há” na cidade: “Representa a audácia de não ter medo, de ir para a frente e de vencer. Viva o Sporting CP, viva os nossos Campeões, viva Lisboa e viva Portugal”.
Depois dos dois discursos - pode ler o de Frederico Varandas na caixa ao lado -, a equipa exibiu o troféu na varanda da Câmara Municipal de Lisboa para grande alegria dos muitos Sportinguistas presentes da Praça do Município da capital portuguesa.
Aí, Cuca Roseta voltou a actuar, cantando, desta vez, ‘O Mundo Sabe Que’ para um momento verdadeiramente emocionante e que não deixou ninguém indiferente. Foi, assim, mais uma etapa nas celebrações do título nacional da equipa principal de futebol do Sporting CP, que vai tentar juntar a conquista da Taça de Portugal no próximo fim-de-semana.
DISCURSO DE FREDERICO VARANDAS NA CML
A minha primeira palavra vai para o Sócio e adepto do Sporting. No passado dia 5 deram uma demonstração exemplar de civismo, de bom comportamento e de amor pelo seu clube. É notável uma festa popular com milhares e milhares de pessoas e não ter havido sequer um desacato. Simplesmente admirável. E deixem-me destacar, entre os milhares e milhares de pessoas, a presença de milhares de crianças e mulheres.
A minha segunda palavra vai para o nosso eterno rival. Para vencermos este campeonato o nosso rival obrigou-nos a ter de bater todos os nossos recordes. Para um digno vencido… o nosso respeito e consideração.
A minha terceira palavra vai para este grupo de jogadores, equipa técnica e staff.
É preciso recuar mais de 70 anos na história do Sporting, à equipa dos Cinco Violinos, para encontrar uma verdadeira “máquina demolidora de futebol” como esta equipa. Estes “Leões demolidores” bateram o recorde de pontos, recorde de vitórias e o recorde de golos marcados numa época. Muito obrigado por esta maravilhosa e inesquecível época. O mérito, a história e a glória é vossa! Mas a conquista deste campeonato começou ainda antes do final da época anterior. Indiferentes ao ruído e às dúvidas que um quarto lugar pudesse levantar, mantivemos o rumo, mantivemos as pessoas e, sobretudo, mantivemos o que realmente interessa na base da nossa decisão: o processo de trabalho. Não procurámos desculpas nem discursos de vitimização ou de desresponsabilização. Procurámos, sim, ser mais competentes onde tínhamos falhado. E aqui tenho de agradecer especialmente aos meus administradores e ao meu director desportivo. O mérito é vosso.
Se a conquista do campeonato de há três anos foi de extrema importância, por ter acabado com o jejum de 19 anos, a conquista deste campeonato é para mim de ainda maior importância. É mais que um campeonato, é uma mudança de paradigma. É o fim de uma era em que o Sporting vencia esporadicamente em intervalos de décadas. É a confirmação de uma nova era onde o Sporting deixa de olhar para cima para ver os seus rivais e volta a ser estruturalmente forte, preparado para vencer e para… continuar a vencer.
No futebol diz-se que não há memória, mas eu tenho. E nem é preciso muito esforço de memória para me lem-
brar o que era este clube há seis anos.
Lembro-me de em 2018 o clube estar numa guerra civil e éramos falados pelos piores motivos e por episódios de violência. Hoje somos falados e louvados por um comportamento exemplar numa festa de campeão com mais de 100000 pessoas na rua unidos exclusivamente pelo amor ao nosso Sporting.
Lembro-me em 2018 de o Sporting não ser campeão há um longo e um penoso jejum. Hoje acabámos de celebrar o segundo campeonato desde essa altura e já vencemos mais outros cinco títulos só no futebol desde 2018.
Lembro-me que em 2018 o clube detinha apenas 66% da SAD e que em 2026 íamos perder a maioria do capital para os bancos. Hoje detemos 88% da SAD e o Sporting é livre e dono do seu futuro.
Lembro-me que em virtude dos acontecimentos de 2018 a SAD chegou a ter capitais próprios negativos de 23 milhões de euros. No último relatório semestral apresentámos capitais próprios positivos de 67 milhões de euros - o melhor de sempre.
Lembro-me que em 2018 tínhamos cerca de 80000 Sócios com quotas em dia, hoje temos 110000 de um universo de 150000 Sócios.
Lembro-me que em 2018 fazíamos oito milhões de euros em cotização. Este ano fazemos 12 milhões de euros. Lembro-me que em 2018 fazíamos cinco milhões de euros em receitas de merchandising. Este ano vamos fazer 14 milhões de euros.
Lembro-me que em 2018 o Sporting tinha um estádio feio com cadeiras esquisitas. Hoje temos um estádio cada vez mais bonito, mais verde, mais funcional e, em 2026, sem fosso.
Mas também me lembro de em 2018 quase nenhum treinador querer vir treinar o Sporting. Hoje temos um dos melhores treinadores do mundo. Temo-lo hoje, temo-lo há quatro anos e temo-lo para o ano. E não é pela vertente financeira nem pela falta de interesse de outros clubes que ele permanece aqui, ano após ano. Permanece aqui porque o Sporting é um clube que lhe dá protecção, estabilidade, condições para ter sucesso e sobretudo ser feliz. Obrigado, míster Amorim. O mérito é teu. Gostaria de realçar os milhares e milhares de jovens e crianças que festejaram esta vitória e que nos dias de hoje saem à rua vestidos, orgulhosamente, de Leão ao peito. Vencer ajuda muito, mas não há nada mais forte, mais aglutinador e inspirador do que vencer sob os nossos valores. O Sporting demonstra que é possível vencer com coragem, com dignidade, com integridade, sem a mancha de processos judiciais e sem qualquer guarda pretoriana paga. Apenas com o nosso sonho, com a nossa visão, com os nossos valores e com os nossos adeptos a caminharem lado a lado connosco apenas por amor ao nosso Sporting. A minha última palavra vai para o meu Conselho Directivo e restantes Órgãos Sociais. A estabilidade ímpar que hoje o Sporting tem deve-se a vocês. Muito obrigado, o mérito é vosso.
O Sporting é hoje um clube estruturado, sustentável, saudável, jovem, pujante e… campeão!
“Leões demolidores”, Sportinguistas… manteremos a nosso rumo, continuaremos a crescer, continuaremos a vencer. Meu caro Presidente, muito obrigado por esta recepção e espero voltar a vê-lo daqui a uma semana pois domingo temos uma final e é para… vencê-los!
Sporting Sempre!
FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL
OS NÚMEROS E OS NOMES DO MELHOR LEÃO DE SEMPRE NO CAMPEONATO
SPORTING CP FOI IRREPREENSÍVEL NESTE CAMPEONATO NACIONAL, BATENDO O RECORDE DE PONTOS E DE VITÓRIAS, MARCOU EM TODAS AS JORNADAS E NÃO PERDEU QUALQUER PONTO EM ALVALADE, MAS NÃO SE FICOU POR AQUI. O JORNAL SPORTING RECORDA OS NÚMEROS E OS NOMES DE UM TÍTULO INTEIRAMENTE MERECIDO.
Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: Isabel Silva
JOGADORES CAMPEÕES
Afonso Moreira
Antonio Adán
Daniel Bragança
Dário Essugo
Diego Calai
Diogo Pinto
Eduardo Quaresma
Francisco Silva
Francisco Trincão
Franco Israel
Geny Catamo
Gonçalo Inácio
Hidemasa Morita
Iván Fresneda
Jeremiah St. Juste
João Muniz
Koba Koindredi Luís Neto
Marcus Edwards
Mateus Fernandes
Matheus Reis
Miguel Menino
Morten Hjulmand
Nuno Santos
Ousmane Diomande
Paulinho
Pedro Gonçalves
Rafael Pontelo
Ricardo Esgaio
Sebastián Coates
Viktor Gyökeres
AS DUAS DERROTAS RESULTARAM NO SEGUNDO MELHOR REGISTO NESTE SÉCULO. EMPATES FORAM TRÊS E NUNCA TINHAM SIDO TÃO POUCOS APÓS O ANO 2000.
REGISTO EM CASA
11 DOS MAIS UTILIZADOS
Antonio Adán 1980 minutos
ALVALADE RECEBEU 681.727 ADEPTOS AO LONGO DE TODA A ÉPOCA, A MÉDIA FOI DE 40.102 POR JOGO. FORA, O SPORTING CP JOGOU SEMPRE EM ‘CASA’ COM OS SPORTINGUISTAS A ESGOTARAM OS BILHETES EM TODAS AS DESLOCAÇÕES. 34 JOGOS 29 VITÓRIAS 3 EMPATES 2 DERROTAS REGISTO TOTAL
REGISTO FORA
12 VITÓRIAS
3 EMPATES
2 DERROTAS
Ousmane Diomande 2117 minutos
Sebastián Coates 2280 minutos
Geny Catamo 1680 minutos Hidemasa Morita 2144 minutos
Morten Hjulmand 2199 minutos
Pedro Gonçalves 2590 minutos Viktor Gyökeres 2915 minutos
13 JOGADORES DA FORMAÇÃO ENTRE OS 31 CAMPEÕES: AFONSO MOREIRA, DANIEL BRAGANÇA, DÁRIO ESSUGO, DIEGO CALAI, DIOGO PINTO, EDUARDO QUARESMA, FRANCISCO SILVA, GENY CATAMO, GONÇALO INÁCIO, JOÃO MUNIZ, MATEUS FERNANDES, MIGUEL MENINO E RICARDO ESGAIO.
Gonçalo Inácio 2483 minutos
Nuno Santos 2073 minutos
Francisco Trincão 1695 minutos
RECORDE DE PONTOS DO SPORTING CP NUM CAMPEONATO, 90. O MELHOR APROVEITAMENTO DE SEMPRE NESTE SÉCULO, O QUARTO NA HISTÓRIA VERDE E BRANCA.
TODOS OS RESULTADOS
Jornada Jogo Resultado
1.ª
2.ª
3.ª
4.ª
5.ª
6.ª
9.ª
10.ª
21.ª
24.ª
25.ª
26.ª
29.ª Gil Vicente FC - Sporting CP 0 - 4
20.ª FC Famalicão - Sporting CP 0 - 1*
30.ª Sporting CP - Vitória SC 3 - 0
31.ª FC Porto - Sporting CP 2 - 2
32.ª Sporting CP - Portimonense SC 3 - 0
33.ª GD Estoril Praia - Sporting CP 0 - 1
34.ª Sporting CP - GD Chaves 3 - 0
*Jogo adiado, que se jogou mais de dois meses depois
MARCADORES
Viktor Gyökeres 29
Paulinho 15
Pedro Gonçalves 11
Francisco Trincão 9
Geny Catamo 5
Marcus Edwards 4
Nuno Santos 4
Sebastián Coates 4
Daniel Bragança 3
Morten Hjulmand 3
Hidemasa Morita 2
Ousmane Diomande 2
Eduardo Quaresma 1
Gonçalo Inácio 1
16 JOGOS SEM SOFRER GOLOS NAS 34 JORNADAS: NOVE EM ALVALADE E SETE FORA.
ASSISTÊNCIAS
Pedro Gonçalves 12
Nuno Santos 10
Viktor Gyökeres 9
Francisco Trincão 6
Paulinho 5
Marcus Edwards 4
Matheus Reis 4
Hidemasa Morita 4
Ricardo Esgaio 4
Geny Catamo 3
Daniel Bragança 2
Morten Hjulmand 2
Ousmane Diomande 1
Sebastián Coates 1
POSIÇÃO AO LONGO DO CAMPEONATO
GOLOS
MARCADOS
Melhor ataque 29
SOFRIDOS
Terceira melhor defesa
O SPORTING CP TERMINOU O CAMPEONATO COM MAIS DEZ PONTOS DO QUE O SEGUNDO CLASSIFICADO, O SL BENFICA. FOI
A SEGUNDA MAIOR DIFERENÇA DO CLUBE ENQUANTO CAMPEÃO.
OS LEÕES SOMARAM 29 TRIUNFOS NESTE CAMPEONATO, SUPERANDO OS 27 QUE ESTAVAM COMO MÁXIMO ATÉ ENTÃO NO CLUBE.
EM CAMPEONATOS COM 34
JORNADAS OU MAIS, NUNCA
NENHUMA EQUIPA TINHA
MARCADO EM TODOS OS JOGOS. O SPORTING CP FÊ-LO ASSIM PELA PRIMEIRA VEZ DE SEMPRE. TOTAL DE GOLOS A CADA ADVERSÁRIO
Casa Pia AC 10
FC Vizela 8
8
Gil Vicente FC 7
GD Estoril Praia 6 SC Braga 6 SC Farense 6 GD Chaves 6 Moreirense FC 5
Ave FC 5
Arouca 5 CF Estrela Amadora 5 Vitória SC 5 Portimonense SC 5 FC Porto 4 SL Benfica 3 FC Famalicão 2
OS LEÕES MARCARAM 96 GOLOS, SENDO UM DOS MELHORES ATAQUES LEONINOS DE SEMPRE E SÓ SUPERADO PELOS CINCO VIOLINOS.
24
TÍTULOS
FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL
LIGA 2023/2024: A MEMORÁVEL
CAMINHADA DO REI LEÃO ATÉ AO TÍTULO
O FIM FOI O MAIS DESEJADO, MAS, JORNADA A JORNADA, A CAMINHADA FEZ-SE DE MOMENTOS QUE VALEM A PENA RECORDAR. COM MUITA FOME DE MARCAR E DE VENCER, OS LEÕES DE RÚBEN AMORIM RUBRICARAM UMA TEMPORADA DE RECORDES ATÉ AO DESEJADO TÍTULO DE CAMPEÃO NACIONAL. E SE, EM CASA, O SPORTING CP FEZ DO ‘VULCÃO’ DE ALVALADE UMA FORTALEZA INEXPUGNÁVEL, FORA DELA PÔDE CONTAR COM UMA ONDA VERDE OMNIPRESENTE RUMO ÀS VITÓRIAS. PERCORRA, COM O JORNAL SPORTING , A VIAGEM QUE FEZ DO SPORTING CP CAMPEÃO PELA 24.ª VEZ.
Texto: Xavier Costa
Fotografia: Isabel Silva, José Lorvão
AGOSTO: ‘TERRAMOTO’ PAULINHO ABRIU
CAMINHO PARA UM ARRANQUE PERFEITO
Qualquer grande caminhada começa com um mero primeiro passo. O importante é começar e fazê-lo bem, até para criar um sempre benéfico embalo inicial. Ora, para os Leões de Rúben Amorim, que vinham de um duro quarto lugar no campeonato anterior, entrar com o pé direito era muito importante, e assim foi (3-2), graças ao pé direito de Paulinho já fora de horas (90+9’) na jornada inaugural da Liga 2023/2024. Na recepção ao FC Vizela, o reforço Viktor Gyökeres − em estreia − até começou por deixar um excelente cartão de apresentação com um ‘bis’ em cima do quarto de hora, mas a trama adensou-se (e muito) com a recuperação visitante, até que chegou o golpe final de Paulinho. Correu bem, Alvalade tremeu − literalmente, de acordo com os dados da Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica −, ecoou nas bancadas repletas (37152 espectadores) a irresistível
música dedicada ao camisola 20 e a incerteza rompeu-se num sorriso verde e branco que poucas vezes se iria apagar.
Trepidante, mas feliz, estava escrito o primeiro capítulo Leonino no campeonato e em cuja história o protagonista Paulinho fez por ser herói constante nas páginas seguintes, de ‘pé quente’ e dedo indicador apontado à cabeça. Em Rio Maior, casa emprestada do Casa Pia AC, o avançado ‘mostrou os dentes’ com um ‘bis’ para a vitória num jogo que se tornou um espectáculo de VARiedades e, de volta a Alvalade, resolveu também frente ao FC Famalicão – o avançado escreveu aqui o prefácio da que seria a sua época mais produtiva de Leão ao peito.
De forma triunfal e segura, embora sempre pela margem mínima, estavam dados, um atrás do outro, os primeiros passos do Sporting CP na Liga 2023/2024.
SETEMBRO E OUTUBRO: REVITALIZANTES NÓRDICOS PARA CRESCER SEM CONTRATEMPOS
Logo no início de Setembro, chegou o primeiro deslize: um golo sofrido de livre directo não permitiu aos Leões, apesar da superioridade, passar incólumes na Pedreira, frente ao SC Braga (1-1). No entanto, os sinais de crescimento continuaram a dar os seus frutos, de vitória em vitória, e cada vez com mais competência e qualidade. No ‘xadrez’ de Rúben Amorim, a dupla de reforços nórdicos - o médio Morten Hjulmand e o avançado Gyökeres − teve impacto imediato e ambos rapidamente se tornaram peças inamovíveis para o resto da época.
Depois de superados, em casa e com distinção, Moreirense FC (3-0) e Rio Ave FC (2-0), o Sporting CP viveu uma noite de purgatório, em Faro (2-3), mas que valeu para ir do ‘inferno’ do São Luís ao ‘céu’ da tabela da Liga. Tudo se decidiu aos 90’, quando o matador sueco teve frieza, de penálti (o segundo no jogo), para voltar a
fazer a máscara, anulando o inesperado golpe de teatro de um SC Farense em inferioridade numérica − de 0-2 para 2-2 com dois golos de livre directo − que ameaçou seriamente uma vitória Leonina. Com 19 pontos, o Sporting CP chegou assim à liderança isolada da classificação, onde não se sentava desde 2021.
Já em Outubro, os Leões continuaram sem ceder, com mais uma demonstração de enorme superação (2-1 Arouca FC) e outra de tremenda competência (0-2 Boavista FC). Em Alvalade, jogaram mais de uma parte inteira com dez jogadores e, ‘de faca nos dentes’, resgataram a vitória, garantida com um golo de Hidemasa Morita. No Bessa, Geny Catamo foi o ‘abre-latas’, tal como já tinha sido numa eliminatória da Taça de Portugal − cada vez mais em evidência numa época que seria de afirmação. Em qualquer lugar, equipa e adeptos estavam lado a lado e a euforia crescia.
NOVEMBRO E DEZEMBRO: ENTRE PESADELOS E REVIRAVOLTAS FORJOU-SE UM (LÍDER) LEÃO QUE NÃO SE RENDE
Foi uma recta final de 2023 repleta de grandes ‘provas de fogo’. Houve mais reviravoltas a verde e banco, o primeiro dérbi e também o primeiro clássico, as primeiras desilusões na Liga também, mas o Sporting CP saiu para 2024 na frente da classificação e, por isso, a sorrir.
Obrigados a esforços redobrados em Alvalade, os Leões alimentaram-se da magia de Marcus Edwards − seis golos e quatro assistências na primeira metade da época −, do oportunismo decisivo de Paulinho e da eficácia demolidora de Gyökeres para dar a volta tanto ao CF Estrela da Amadora (3-2) como ao Gil Vicente FC (3-1). Uma crença que, pelo meio, nem um dramático e cruel dérbi na Luz (2-1), nem uma verdadeira batalha em Guimarães (3-2) viriam a abalar.
Foram golpes duros, mas os Leões de Amorim não tardaram em reerguer-se e acabaram por fazer desses dois momentos as primeiras e únicas duas derrotas no campeonato. Além disso, a resposta verde e branca não podia ter sido mais imediata e afirmativa. Seguiu-se o clássico com o FC Porto (2-0) no Estádio José Alvalade, que além de efervescente vulcão foi-se tornando uma fortaleza inexpugnável.
Num jogo que serviu de arranque para uma série de oito triunfos consecutivos, a exibição foi de gala e foi tal a superioridade verde e branca que o marcador até mereceu outros números. Gyökeres − já era a grande figura da Liga − voltou a semear o pânico na defesa contrária (18 golos e seis assistências em 2023 de Leão ao peito), começou a emergir o melhor ‘Pote’, mais criativo, mas sempre clínico a finalizar − de Dezembro a Fevereiro teve influência directa em golos Leoninos em dez jornadas consecutivas − e Eduardo Quaresma, que até então tinha apenas 66 minutos disputados na época, ‘renasceu’ e respondeu à titularidade mostrando-se intransponível e com muita emoção à flor da pele − antes do intervalo as bancadas já entoavam o seu nome.
E para fechar 2023 em beleza faltava a deslocação a Portimão, onde numa segunda parte frenética a eficácia e a arte dos pontas-de-lança do Sporting CP resolveram, com uma última ajuda de Adán, o que um golo sofrido na sequência de bola parada − o ‘calcanhar de Aquiles’ da equipa nesta primeira volta − complicou.
Ano novo ‘à porta’, mas com o mesmo Leão rampante na liderança da tabela.
JANEIRO E FEVEREIRO: VORACIDADE OFENSIVA INADIÁVEL ALIMENTADA DE GOLEADA EM GOLEADA
A entrada em 2024 dificilmente podia ter sido melhor para os Leões, que logo a abrir mostraram a sua versão mais insaciável e dominadora. No expressivo 5-1 ao GD Estoril Praia, o matador sueco vestiu-se de assistente (hat-trick de passes para golo) e Francisco Trincão − reconfigurado em 2024 − marcou e deu o pontapé de saída a um período de cinco jornadas consecutivas a marcar (seis golos e duas assistências) – e foi decisivo de forma constante até ao fim. A ‘fome’ deste Sporting CP estava para ficar e resultou em fartura de golos marcados, jornada sim, jornada também, na segunda volta − e com registos tão impressionantes que só encontram paralelo nos anos dos Cinco Violinos − apesar do calendário cada vez mais sobrecarregado: a tempestade de chuva e frio em Chaves (0-3) foi amenizada em pouco tempo por Paulinho, Trincão e ‘Pote’; o poder de fogo verde e branco − Gyökeres raramente faltou ao seu encontro com os golos − também descongelou uma reviravolta em Vizela (2-5); de volta a Alvalade após um injusto percalço na meia-final da Taça da Liga (desaire 0-1 com SC Braga), marcar muito em pouco tempo − com os ‘suspeitos do costume’ em acção − foi também o melhor remédio caseiro, fazendo dos gansos do Casa Pia AC uma presa fácil (8-0, um resultado que os Leões não repetiam na Liga há 50 anos) – 3-0 aos 25’, e 5-0
ao intervalo! Neste jogo ainda, o capitão
Sebastián Coates entrou ainda mais para a História do Clube: tornou-se o defesa mais goleador de sempre do Sporting CP, pouco depois de se ter afirmado como o estrangeiro que mais vezes vestiu a listada verde e branca – e já o sétimo jogador de sempre com mais jogos (368). Já em Fevereiro, o deu-se o inaudito devido a uma greve das forças policiais: o jogo em Vila Nova de Famalicão não aconteceu e foi adiado sem data definida, por força também do congestionado calendário dos Leões. Um contratempo inesperado na pior altura, podia pensar-se. O incidente obrigou o Sporting CP a correr atrás da liderança, à condição? Sim. Refreou o
ímpeto que parecia insaciável dos Leões?
Não, claramente. “Queríamos que tivesse acontecido? Não, mas aconteceu. Aconteceu e até já definidos um objectivo: chegar à data desse jogo, com menos um jogo e em primeiro”, declarou, poucos dias depois, o presidente Frederico Varandas. Estava traçado e seria cumprido à risca. Seguiu-se um regresso à acção em casa e diante de um SC Braga que já tinha travado o conjunto de Amorim por duas vezes. Em Alvalade, no entanto, tudo foi diferente, ou melhor, mais condizente com a tendência recente: desta vez com muito instinto matador a vingança pelo desperdício na Taça da Liga acabou num rotundo 5-0, tal como nas últimas duas recepções aos
minhotos. Quaresma continuava a brilhar na defesa e finalmente conseguiu festejar um golo numa das suas habituais arrancadas, Nuno Santos e Trincão ‘dinamitaram’ os arsenalistas e Daniel Bragança aproveitava cada vez melhor as suas oportunidades, dando provas de que estava pronto a fazer de 2023/2024 algo maior do que apenas um ano zero após a lesão grave que o tirou dos relvados por um ano.
O rugido dos Leões parecia inadiável e no reduto do Moreirense FC ficou patente mais uma prova de competência, controlo e maturidade (0-2). No entanto, uma chuva de golos e reviravoltas num jogo repartido em Vila do Conde (3-3) afectou a navegação verde e branca − ‘vikings’ Hjulmand e Gyökeres estiveram ao leme da reacção, mas teve de ser o capitão Coates a evitar males maiores ao ‘pescar’ o empate. Uma tempestade perfeita na casa do maior especialista em empates (Rio Ave FC somou 19 no total) relançou o SL Benfica, à condição, na liderança e evitou a nona jornada seguida dos Leões a vencer, mas seguiu-se uma nova resposta à altura: triunfo no primeiro dérbi das ‘meias’ da Taça de Portugal (2-1), liderança recuperada de imediato e nova série de oito jornadas consecutivas a ganhar na Liga. Sem abrandar, o Sporting CP prometia continuar, “enquanto houver estrada para a andar”…
CAMPEÕES NACIONAIS
NACIONAIS
MARÇO: ENQUANTO HOUVER ESTRADA PARA ANDAR, O REI LEÃO ESTÁ PARA FICAR (ATÉ AO FIM)
Com Franco Israel como novo dono da baliza (quase até ao fim da época), fruto da lesão de Adán, os Leões reapareceram no campeonato com um importante 3-2 diante de um SC Farense que podia ter assustado, se ‘Pote’ não tivesse resolvido escassos minutos depois. Três valiosos pontos que, conjugados com a hecatombe encarnada no Dragão (5-0), recolocaram o Sporting CP em primeiro. Em primeiro até ao fim.
Em Arouca (0-3), perante uma das revelações da Liga, foi preciso vestir o fato-macaco de trabalho − com Gyökeres, Hjulmand, Geny e Israel em destaque − e, para curar rapidamente o desgosto de uma dolorosa eliminação europeia à italiana, o Sporting CP ‘atropelou’ o Boavista FC com uma portentosa segunda parte (1-1 ao intervalo acabou em 6-1). Mais dois do ‘pronto-socorro’ Paulinho e três do mortífero e inesgotável Gyökeres - primeiro hat-trick na Liga, segundo de Leão peito -, que culminou aqui uma série em que, nos últimos 18 jogos, só em quatro não teve influência directa em golos (18 golos e sete assistências neste período).
Para fechar um exigente mês de Março da melhor forma, antes da última pausa de selecções, os Leões resolveram de forma sólida a visita à Reboleira, com reviravolta antes do intervalo incluída (1-2).
Sem tremer, o Leão era líder intocável com menos um jogo e foi em vantagem e com tudo para os momentos de todas as decisões.
ABRIL E MAIO: “FOGO NOS OLHOS” NAS DECISÕES E APOTEOSE NA CONSAGRAÇÃO
A caminhada ia longa, mas faltava encaminhá-la, sem sobressaltos, para o destino mais desejado. E em cada ‘prova de fogo’, que não faltaram − umas atrás das outras −, os Leões deram cabais provas da sua qualidade e vontade de vencer. Depois de saírem de casa do SL Benfica com luz verde para o Jamor, cinco anos depois, um novo dérbi, mas para a Liga, assumia-se como ‘jogo do título’, como todos seriam quase até ao fim. E se na primeira volta nos descontos se morreu, nos descontos se matou, agora, no fervilhante ‘vulcão’ de Alvalade. Tudo graças a dois golpes de Geny(o) no rival, um a abrir, pouco depois de se entoar ‘O Mundo Sabe Que’, e outro mesmo a fechar, para levar as bancadas à loucura. Uma vitória… à campeão, uma noite para reviver na memória e liderança reforçada com quatro pontos de vantagem, mesmo com um jogo a menos. E, de final em final, os unidos Leões aproximaram-se do sonho, aumentando a sua esperança ao mesmo tempo que matavam a da concorrência. Numa numerosa romaria verde e branca em Barcelos, o Leão acordou cedo para continuar a ‘cantar de galo’ na Liga (0-2 aos 11’) e, com brilhantismo, resolveu tudo na primeira parte (0-4), chegando, finalmente, ao jogo em atraso em Vila Nova de Famalicão na frente. Dois meses depois, o calendário verde e branco acertou-se com sucesso e algum sofrimento final à mistura, mas um novo golo decisivo de ‘Pote’ prevaleceu (0-1), alargando para sete a vantagem pontual. A cada abraço de equipa no fim dos jogos,
o rugido parecia cada vez mais irreprimível. Sem tempo a perder, era preciso vencer − e vingar − diante do Vitória SC e venceu-se (3-0), porque era mais claro do que nunca que em Alvalade ninguém passa. Com firmeza, dava-se corpo ao sonho do título e nada parecia capaz de travar estes Leões de Amorim. Nem mesmo um fogacho dos dragões no clássico que se seguiu no Porto. Num jogo muito complicado, a inevitável força-G verde e branca teve um impacto fugaz mas total: no intervalo de um minuto, já a bater nos 90’, Gyökeres ‘bisou’ de forma supersónica e levou um ponto para Alvalade (2-2), aumentando à última hora a invencibilidade do Sporting CP. Destino traçado com G de Gyökeres e de golos, dois sinónimos em 2023/2024 − o matador
sueco sagrou-se melhor marcador com 29 tiros certeiros − e fê-lo em noite de homenagem a um dos mais lendários camisolas nove dos Leões: Manuel Fernandes. Com golos se honrou da melhor forma quem tantas alegrias deu à família Sportinguista, mas algo maior se prometia a todos os adeptos e, em especial, ao eterno capitão. Era só uma questão de tempo. E foi logo no rasgar de calendário para Maio, na antepenúltima jornada desta Liga. Embalados pela melhor casa da época (49557 espectadores) num estádio cada vez mais pequeno para tanto entusiasmo, o ‘tridente’ Paulinho, Trincão e Gyökeres escreveu frente ao Portimonense SC (3-0) a crónica de um título anunciado, e confirmado 24 horas depois. Um deslize do SL Benfica em
casa do FC Famalicão precipitou jogadores e adeptos Leoninos para as ruas numa festa sem paralelo e cujo principal epicentro foi a Praça do Marquês de Pombal − o destino mais desejado −, onde se criaram memórias inesquecíveis.
Vivia-se à espera deste dia, o Campeão voltou e, pela noite dentro de um domingo, festejou-se em apoteose e como nunca um feito − o 24.º título nacional − que também se quis fazer ainda mais especial e único, batendo todos os recordes. Então, foi preciso um golo tardio de Paulinho − mais um − no Estoril (0-1) para superar a ressaca da euforia do título, já com o jovem Diogo Pinto como guarda-redes (até ao fim da época), devido a mais uma lesão na baliza, desta feita de Israel.
E foi em pleno que o Sporting CP colocou um ponto final no campeonato: durante a tarde uma nova vitória e o respectivo pleno caseiro (17 em 17) e à noite mais uma festa à altura do momento – com a justa homenagem ao fim de ciclo dos experientes e importantes Luís Neto e Antonio Adán. Perante um despromovido GD Chaves (30), fechou-se um círculo perfeito e os Leões acabaram como começaram: a sorrir e com golos de Gyökeres e Paulinho, completando 21 jornadas consecutivas sem perder.
E pela primeira vez na vida do actual Estádio José Alvalade, equipa e adeptos festejaram juntos um título de Campeão – e outra vez em grande. Assim, de vitória em vitória, construiu-se e acabou-se da melhor forma a história feliz e memorável do Sporting CP na edição 2023/2024 da Liga.
FORMAÇÃO SUB-19
AMARGA DESPEDIDA A JOGAR EM CASA
LEÕES DE PEDRO COELHO EMPATARAM FRENTE AO FC FAMALICÃO (2-2), NA JORNADA 13 DA FASE DE APURAMENTO DE CAMPEÃO DE SUB-19.
Texto: Nuno Miguel Simas
A equipa de sub-19 do Sporting Clube de Portugal empatou a dois golos frente ao FC Famalicão, na jornada 13 da fase de apuramento de campeão nacional do escalão, o último jogo em casa da equipa verde e branca esta temporada, numa despedida amarga na condição de visitado, uma vez que a formação verde e branca foi globalmente superior ao adversário.
Logo aos dois minutos, um canto de muito boas medidas marcado por Nilton Cardoso foi desviado para a própria baliza por Martim Costa, que assinou um golo na própria baliza e deu vantagem aos Leões de Pedro Coelho no marcador.
Aos nove minutos, Lourenço Teixeira tentou um remate em
arco, que saiu o lado, na primeira tentativa de perigo da equipa do FC Famalicão. Aos 10’, um cabeceamento de Pedro Sanca ao poste deixou a equipa Leonina muito perto do 2-0, após novo pontapé de canto de Nilton Cardoso. Pouco depois, Micael Sanhá obrigou o guarda-redes Miguel Rodrigues a boa defesa.
Aos 29’, valeu Miguel Rodrigues, guarda-redes do FC Famalicão, para evitar o 2-0, em cabeceamento muito perigoso, depois de mais um pontapé de canto, em fase de evidente ascendente do conjunto de Pedro Coelho no jogo.
Aos 36 minutos, ficou a sensação de um toque na área em Micael Sanhá (boa primeira parte do ala direito no sistema de três centrais promovido por Pedro Coelho), em lance para grande penalidade
por assinalar a favor dos Leões, após combinação entre Sanhá e Pedro Sanca.
Ao intervalo, o Sporting CP vencia o FC Famalicão por 1-0, resultado curto para a superioridade Leonina em jogo.
Mas na segunda parte foi o FC Famalicão a entrar melhor, com um cruzamento tenso de Lourenço Teixeira na esquerda, a não encontrar ninguém na área para o desvio e quase a seguir, Martim Costa a disparar forte de pé esquerdo, com perigo para a baliza de Tiago Leitão. O golo da equipa minhota viria quase a seguir, com o recém-entrado Denis a desviar na área, para o empate a um golo, estavam decorridos 52 minutos de jogo.
E aos 58’, Tiago Silva teve um remate de muito perigo, bem enquadrado à entrada da área,
mas atirou ao lado, em novo sinal de enorme perigo da equipa visitante.
Aos 61’, os Leões voltaram à dianteira no marcador, com Rayhan Momade a embalar na esquerda e o lateral a servir na perfeição João Infante, que isolado, rematou forte e colocado para nova vantagem da equipa verde e branca.
O FC Famalicão não se entregou e aos 66’, Robim falhou o empate, ao segundo poste, num desvio ao lado, após pontapé de canto, com Guilherme Silva a dar sinal da força Leonina aos 84’. Três minutos depois, um desvio infeliz de Rodrigo Dias para a própria baliza resultou no empate a dois golos, num lance de azar do defesa Leonino, após canto a favor da equipa nortenha.
A última jornada, agendada para
SUB-15 VENCERAM JOGO EM ATRASO COM DISTINÇÃO
GOLEADA EM TONDELA PARA ACERTAR O CALENDÁRIO COM SUCESSO E SALTAR PARA O TERCEIRO LUGAR.
Texto: Xavier Costa
A equipa sub-15 de futebol do Sporting Clube de Portugal visitou e venceu o CD Tondela por 0-4, no passado domingo de manhã, no jogo em atraso da nona jornada da fase final do Campeonato Nacional. Em casa do CD Tondela, tudo começou cedo e com muita eficácia – total na primeira parte – para o lado dos iniciados do Sporting CP.
Graças a um passe longo bem medido do central Gustavo Laginhas, o extremo Vítor Conceição entrou na área e fez o 0-1 com um pontapé fulminante logo aos sete minutos.
Já depois da meia hora, os jovens Leões voltaram a visar a baliza adversária e novamente com sucesso: após um contra-ataque bem desenhado colectivamente, Rodrigo Correia finalizou-o com um remate cruzado para o fundo
das redes que fixou a vantagem verde e branca ao intervalo. E logo a abrir a segunda parte, o Sporting CP deu mais um golpe nas aspirações do conjunto da casa. Martim Diogo, primeiro, desmarcou Duarte Tomás para o belo ‘chapéu’ à saída do guardião adversário que significou o terceiro golo Leonino e, à passagem dos 74 minutos, o médio sentenciou ainda a goleada num genial lance individual área adentro até
à conclusão, também com muita classe.
Confirmou-se, assim, a décima partida consecutiva dos jovens Leões sem perder (6V 4E) e o salto para o terceiro lugar (25 pontos), atrás de FC Porto (31) e SL Benfica (38). O fim do campeonato está a quatro jornadas de distância e na próxima a equipa sub-15 verde e branca volta a jogar fora de casa, desta feita diante do SC Salgueiros.
esta sexta-feira, terá para os jovens Leões a deslocação ao Seixal para o dérbi frente ao SL Benfica.
18.05.2024
Campeonato Nacional
Ap.de Campeão – 13.ª jornada Estádio Aurélio Pereira SPORTING
2 2
1-0 ao intervalo
Martim Costa (ag 2’) João Infante (61’)
Denis (52’)
Rodrigo Dias (ag 87’)
Sporting CP: Tiago Leitão [GR], Micael Sanhá (Konstantin Nikitenko, 78’) Guilherme Silva, Marlon Júnior [C], Rodrigo Dias, Rayhan Momade, Nilton Cardoso (Amadu Baldé, 62’), Ivanildo Mendes, João Infante (Telmo Coimbra, 78’), Manuel Kissanga (Gabriel Melo, 90’), Pedro Sanca. Treinador: Pedro Coelho.
19.05.2024
Campeonato Nacional
Ap. de Campeão – 9.ª jornada Parque de Jogos Bairro Novo de Nandufe
0-2 ao intervalo
Vítor Conceição (7’), Rodrigo Correia (33’), Duarte Tomás (46’), Martim Diogo (74’)
Sporting CP: Valdir Nascimento [GR], Leonardo Varela, Gustavo Laginhas (David Conceição, 63’), Illia Iablonsky [C], Salvador Fortuna (David Sá, 63’), Guilherme Rocha, Martim Diogo, Rafael Fial, Duarte Tomás, Vítor Conceição (Luís Balza, 72’), Rodrigo Correia (Melvin Rosário, 72’). Treinador: Bernardo Bruschy.
DE MENINO
A CAMPEÃO: “CUMPRI DOIS SONHOS”
14 ANOS DEPOIS DE TER VESTIDO PELA PRIMEIRA VEZ A LISTADA VERDE E BRANCA, AINDA NO PÓLO EUL, MIGUEL MENINO ESTREOU-SE NA EQUIPA PRINCIPAL DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL E TORNOU-SE CAMPEÃO NACIONAL. EM ENTREVISTA AO JORNAL SPORTING , O MÉDIO DE 21 ANOS RECORDOU OS ANOS NA FORMAÇÃO E DEU CONTA DA REALIZAÇÃO DE DOIS SONHOS AO MESMO TEMPO NA JORNADA 33 DA LIGA, NO ESTORIL.
Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: José Lorvão
Quem é o Miguel Menino, que veste há tantos anos de verde e branco e se tornou agora Campeão Nacional na equipa principal do Sporting CP?
Sou um médio, agora com 21 anos, que chegou ao Sporting CP aos sete com a ambição de ser jogador de futebol e que hoje já cumpriu dois sonhos: jogar na equipa principal e ser Campeão Nacional. Fora das quatro linhas, sou uma pessoa muito tranquila, muito ligada à família e aos amigos.
Chegou menino e tornou se homem aqui. Como se deu a oportunidade de vir para o Sporting CP em 2010?
Jogava no CD Cova da Piedade e fui visto por um olheiro do Sporting CP num torneio. Ele depois ligou para eu vir cá treinar, vim e fiquei. Mas era muito pequeno, nem me lembro do que senti ao saber que vinha para cá, só de vir cá treinar.
Do Pólo EUL à equipa principal, o Miguel Menino pas sou por todos os escalões de formação. Qual foi o mais difícil?
Acho que foi a minha primeira época na equipa B, em 2022/2023. Lesionei-me logo no primeiro jogo e depois tive mais duas lesões no mesmo sítio. De resto, claro que houve sempre momentos mais altos e mais baixos nos escalões abaixo, mas fui sempre muito resiliente e mesmo quando não estava a jogar tanto, acreditava que poderia jogar mais a seguir e isso aconteceu sempre.
Na formação foi campeão nos iniciados. O que se lem bra dessa equipa e dessa época?
Lembro-me de começar a jogar a extremo e eu não queria jogar a extremo risos. Nunca foi uma posição na qual me senti totalmente confortável, mas por acaso esta temporada joguei e não correu mal. Mas, nessa altura, sentia-me era bem no meio-campo e era aí que queria jogar e depois acabei por fazer a fase final toda a jogar e nessa posição. Foi uma boa época, com uma boa equipa, amigos que ainda hoje guardo.
O que aprendeu em cada escalão?
Não consigo dizer nada em concreto, mas tenho noção de que tudo aquilo que fui vivendo e aprendendo em cada escalão me deu algo que agora torna tudo mais automático. Não em termos de jogo, mas coisas que os treinadores foram dizendo e aconselhando e que com o passar do tempo fazem ainda mais sentido.
“O MÍSTER ÇELIKKAYA SEMPRE NOS FEZ VER QUE A REALIDADE FORA DAQUI É BEM DIFERENTE”
Que treinador mais o marcou?
Até hoje, todos eles deixaram a sua marca, mas aquele que destaco é o míster Filipe Çelikkaya. Foi o primeiro, e único, treinador que tive na equipa B, que é o escalão que nos dá maior noção do que é o futebol profissional. Gostei muito de trabalhar com ele. Chamou-me ainda no
meu primeiro ano de júnior, sempre me transmitiu muita confiança e nos fez ver a todos que a realidade fora daqui é bem diferente.
E que tipo de amizades crescem na Academia? Amigos para a vida?
Sim, sem dúvida. Tenho vários amigos desde que cheguei aqui, alguns que já não estão cá, principalmente os mais velhos, mas que continuam a ser muito próximos – o Rafael Fernandes, João Daniel, Rodrigo Rego, Tiago Tomás ou Nuno Mendes –, mas ainda tenho cá o Tiago Mamede, Chico Lamba e Rodrigo Marquês, por exemplo. São amigos que ficarão para sempre porque isto do futebol e de tantos anos juntos cria ligações especiais.
Nestes anos todos de formação, também há outras pes‑ soas e outros departamentos a trabalhar com vocês. Há alguém a destacar?
Sim, o acompanhamento que nos fazem é de excelência e para mim é fácil destacar dois departamentos. A Psicologia, que sempre me ajudou muito para lá do futebol, em questões mais pessoais, e o Gabinete de Apoio ao Jogador, que, até pode não ter sido dos que mais me ajudou aqui, mas gosto muito de quem lá trabalha.
Falou do departamento de psicologia que, infelizmen‑ te, ainda é visto com alguns tabus porque parece não fi car bem dizer que se precisa de ajuda. O Miguel Menino acha que é um departamento fundamental?
Claro que sim, mas caso as pessoas tenham vergonha de
dizer que andam a ser acompanhadas, não digam. Não precisam de dizer a ninguém, mas eu não tenho qualquer problema com isso. Vejo a psicologia como mais uma ‘arma’ para nos ajudar a ser melhores. E, após lesões ou períodos sem jogar, pode ser uma ajuda crucial.
“NUNCA QUIS QUE ALGUÉM
JOGASSE MAL PARA JOGAR EU”
E quando não se joga, e joga outro, como se deve en carar isso?
Trabalhar e trabalhar. Claro que por vezes ficamos frustrados porque não jogámos e queríamos ter jogado, mas nunca projectei isso contra ninguém. Nunca quis que alguém jogasse mal para a seguir jogar eu porque são todos meus amigos e sei que todos queremos o mesmo.
Ao longo destes anos, não cresceu só desportivamente, pois não? O que aprendeu nestes anos de formação?
Tanta coisa, muito do que sou deve-se ao Sporting CP. Cresci com os valores do Clube e aprendi aqui muitas coisas, o sentido de responsabilidade, a resiliência, a crescer mais rápido do que os outros miúdos da minha idade. Sou de Almada, vinha para aqui todos os dias sozinho de autocarro, tive de aprender a lidar com isso e com as coisas que isso exigia. Isso, naturalmente, deu-me ferramentas enquanto pessoa, para lá das que aprendi aqui como jogador.
E que sacrifícios foi fazendo ao longo do tempo?
Muitos, desde logo porque passamos muito tempo dedicados ao futebol e estamos menos com os nossos familiares e amigos. Já faltei a muitos aniversários e a festas de familiares e amigos. Custa sempre, claro, mas sempre gostei de ser muito profissional e encarei isso como o melhor para mim. Aproveito quando posso e está tudo bem assim.
“DESDE NOVOS QUE NOS FAZEM VER QUE SÓ ALGUNS CHEGAM À EQUIPA
PRINCIPAL”
Os jogadores da formação dizem sempre que o princi pal sonho é chegar à equipa principal. Vocês vão falando disso ao longo da formação ou isso é um sonho, mas não é um tema?
Claro que faz parte da nossa ambição e falamos sobre isso, mas não exaustivamente risos. Chegamos cheios de sonhos ao Pólo EUL e claro que dizemos que o que queremos é chegar à equipa principal, e com o passar dos anos isso fica mais perto, mas também temos de saber que não é fácil. Por exemplo, no meu caso este ano, eu sou médio e actualmente a equipa principal do Sporting CP está recheada de bons médios.
E como se lida com isso do poder chegar ou não chegar à equipa principal?
DA ACADEMIA À EQUIPA PRINCIPAL
São já 74 os jovens jogadores formados na Academia que chegaram à equipa principal. O primeiro foi Cristiano Ronaldo, a 14 de Agosto de 2002, e, para já, o último foi Francisco Silva, que jogou nos últimos minutos do encontro frente ao GD Chaves no passado sábado. 23 deles ainda passaram pelo Pólo EUL.
Eu sempre tive muita consciência relativamente a isso e desde novos que nos fazem ver que o caminho vai afunilando. Somos muitos no Pólo EUL, começamos a ser menos de escalão para escalão e à equipa principal só chegam alguns. Por isso, desde sempre que penso ‘se não for no Sporting CP, isto também não vai acabar aqui’. Obviamente que se fica triste, mas a vida segue.
O Miguel Menino realizou recentemente esse sonho e o de ser Campeão Nacional, que ainda é possível a menos, mas a experiência na equipa principal é mais longa... Sim, participei em vários treinos.
E o que se lembra do primeiro?
Já foi há mais de dois anos, mas não me lembro do dia nem do treino em si risos. Só me recordo de que o míster Emanuel Ferro, que foi meu treinador em sub-14, me veio perguntar se era o meu primeiro treino na equipa principal e de que fomos chamados vários jogadores da formação.
Era algo que ansiava muito que acontecesse?
Claro, mas lembro-me que ansiava mais porque já tinham ido vários amigos meus e eu não e porque, claro, tudo o que se passa na ala profissional é diferente. Nós não sabemos o que acontece ali, é tudo novo.
“JOGAR EM QUE ESCALÃO FOR SÓ É BENÉFICO PARA NÓS”
E há, como disse sempre a tendência de pensar que aos outros já aconteceu e a nós não e aqui ainda há o voltar depois a um escalão abaixo. Como foi encarando esse processo?
Aqui isso faz parte do nosso dia-a-dia, ir treinar à principal e depois no fim-de-semana jogar na equipa B ou treinar a semana toda na B e depois ir aos sub-23. Acima de tudo, temos de perceber que, joguemos onde joguemos, temos de dar o nosso melhor e que fazermos mais esse jogo, seja em que escalão for, só é benéfico para nós.
Foi sendo assim, até ao passado dia 11 de Maio, em que se estreou pela equipa principal. Estava à espera que acontecesse agora?
As pessoas à minha volta diziam que era bom o míster chamar-me, mas eu sempre mantive os pés bem assentes na terra e dizia ‘vamos ver’ e nessa semana até fiquei doente. Por isso, se calhar era a semana em que menos esperava, mas aconteceu.
Como recebeu a notícia da convocatória?
Estava em casa a jogar PlayStation quando soube. Mandaram-me mensagem, vi, mas nem liguei muito e continuei a jogar risos. Encaro as coisas sempre com normalidade, mas, neste caso, podia ter sido mais efusivo. Não fui, talvez, porque sou um bocado frio e sou sempre muito racional ou então porque nem tive a real noção do
29 DESDE OUTUBRO DE 2018
Desde Outubro de 2018 – após esta Direcção tomar pose – já se estrearam 29 jogadores da formação na equipa principal, o que corresponde a mais de um terço do número total 39,19%. O primeiro foi Miguel Luís e esta temporada foram seis os que tiveram essa oportunidade: Afonso Moreira, Tiago Ferreira, Rafael Nel, Diogo Pinto, Miguel Menino e Francisco Silva.
que me estava a acontecer risos.
Só percebeu a sério quando foi chamado para aquecer durante o jogo...
Sim, mas, ainda assim, acho que ainda não caí em mim quanto a tudo o que aconteceu nas últimas semanas. Ainda não me caiu a ficha, mas foi óptimo e o concretizar do meu sonho de pequenino, mais ainda com o sonho de ser Campeão Nacional também.
“SATISFEITO E ORGULHOSO PELO MEU NOME FICAR ETERNIZADO NA ACADEMIA”
Sente que, pelo seu percurso no Sporting CP, merecia esta recompensa?
Sinto, claro, e foi o que o míster Rúben disse na conferência, eu ajudei nos treinos, tal como outros, e ele quis dar-me esse prémio porque sente que eu fui importante para eles.
E aconteceu na sua melhor época...
Sim, foi a temporada mais consistente que tive até agora. Foi-me dada a oportunidade, a equipa técnica apostou em mim, fiz 24 jogos e cheguei aos 50 jogos na Liga 3. Sendo tão novo, acho que isso também é sinal de que correspondi e estou satisfeito pela época que fiz.
Acaba a temporada com o seu nome inscrito no mural que está na Academia com o nome de todos os jogado res formados aqui e que chegaram à equipa principal. Já pensou nisso?
O que sempre li ali é ‘o próximo és tu’ e serei eu, de facto risos. Já lá estão vários amigos e agora o meu nome vai para lá também. Se já ficava contente ao ver o deles, naturalmente que me deixa satisfeito e orgulhoso saber que agora é o meu que vai para lá e que ficará eternizado.
Pode dizer se então que o Miguel Menino já é um exemplo. Por isso, pergunto lhe que conselhos gostava de dar aos jogadores mais novos...
Que trabalhem, acreditem e façam por eles. No final valerá a pena.
Para finalizar, e porque são muitos anos de Sporting CP, o que significa para si o Clube?
É como a minha segunda casa. Cheguei aqui com sete anos e nunca me faltaram com nada. Cresci, fiz-me homem e jogador aqui e, na realidade, não sei o que é viver sem o Sporting CP na minha vida.
20 CAMPEÕES NACIONAIS DA FORMAÇÃO NOS ÚLTIMOS DOIS TÍTULOS
Nos últimos dois títulos do Sporting CP foram 20 os jogadores da formação que se sagraram Campeões Nacionais: Afonso Moreira, Daniel Bragança, Dário Essugo, Diego Calai, Diogo Pinto, Eduardo Quaresma, Francisco Silva, Geny Catamo, Gonçalo Inácio, João Mário, João Muniz, João Palhinha, Jovane Cabral, Luís Maximiano, Mateus Fernandes, Miguel Menino, Nuno Mendes, Ricardo Esgaio, Tiago Tomás e Tomás Silva.
ALBERTO ANDRADE
“TENTAMOS QUE SEJA FEITO SEMPRE UM TRABALHO MULTIDISCIPLINAR”
DESCOBRIR TALENTO E DESENVOLVÊ-LO, SEMPRE COM UMA ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR, TAL COMO É A MODALIDADE, EIS A MISSÃO DA ACADEMIA DE ATLETISMO DO SPORTING CP. NESTE MOMENTO, ACOLHE CERCA DE 300 JOVENS ATLETAS EM DIVERSOS ESCALÕES, MAS A IDEIA PASSA POR “CHAMAR MAIS JOVENS À MODALIDADE”. EM ENTREVISTA AO JORNAL SPORTING , ALBERTO ANDRADE, RESPONSÁVEL DA ACADEMIA, REALÇOU AINDA “O BOM TRABALHO” EM CURSO E REFLECTIU SOBRE A FORMA COMO OS RESULTADOS NA FORMAÇÃO SERVEM, SOBRETUDO, “DE APRENDIZAGEM” PARA OS ATLETAS E AJUDAM OS TREINADORES “A PERCEBER SE O TRABALHO ESTÁ A TER O EFEITO ESPERADO”.
E que papel desempenha a Academia no projecto de atletismo do Sporting CP?
A formação é um pilar do Sporting CP transversal a todas as modalidades. O atletismo, uma das mais ven cedoras e com mais tradição no Clube, não é excepção. Pode dizer se que a Academia é precisamente a mate rialização, em particular na modalidade, dessa preocu pação intrínseca?
Sim, exactamente. Temos essa preocupação e, sendo o atletismo uma modalidade com muitas disciplinas, tentamos que nos grupos de treino seja feito sempre um trabalho multidisciplinar, em que aprendem as diferentes disciplinas. Isto para que possam também descobrir aquilo de que gostam mais e para o que têm mais talento, perseguindo, depois, mais à frente essas áreas.
Um dos principais papéis acaba por ser a detecção de talento e, posteriormente, o desenvolvimento desses talentos. Depois, paralelamente a isso, dar também a oportunidade a outros jovens que gostam da prática de diferentes formas, porque também é do nosso entender que podemos ensiná-los a gostar de atletismo, mesmo que não sigam a via desportiva, podendo até enveredar por outras vias importantes para nós, como a de dirigentes de clubes e associações.
O que é que um jovem que esteja interessado em atle tismo pode esperar quando se junta a esta Academia?
A Academia está presente em três locais diferentes de Lisboa: no Estádio Nacional do Jamor, aqui no Lumiar,
na Pista Municipal Professor Moniz Pereira, e iniciámos esta época outro núcleo no INATEL de Alvalade. Estamos a pensar continuar a expandir o projecto e queremos chamar mais jovens à modalidade. Neste momento, no atletismo contamos com mais de 500 praticantes e, desses, mais de 300 são da Academia. Vamos muito a escolas, participamos em muitos eventos promovidos pelo Sporting CP e por nós, Academia, falamos com os pais, convidamos os jovens e têm duas semanas em que podem fazer um treino experimental connosco. A ideia inicial é acolhê-los, fazer com que se sintam bem-vindos e parte do grupo, para que queiram continuar, e encontrar as melhores soluções para que possam treinar com regularidade. A partir daí, introduzimo-los, aos poucos, no nosso trabalho multidisciplinar.
“[MISSÃO DA ACADEMIA] A DETECÇÃO DE TALENTO E O DESENVOLVIMENTO DESSES TALENTOS”
Falou nesse carácter multidisciplinar do trabalho que procuram incutir. Quais considera que são os benefícios dessa abordagem nos escalões jovens?
Um jovem pode ser bastante rápido, mas também pode ter jeito para os lançamentos e, mais tarde, descobrir que até prefere os lançamentos. Podemos ter um atleta que até é muito bom no lançamento do dardo, mas se ele fizer um trabalho de salto em comprimento com a perna contrária, por exemplo, está a treinar a impulsão do lançamento do dardo, e se fizer barreiras está a treinar a coordenação. Ou seja, este trabalho multidisciplinar acaba por confluir na disciplina em que, depois, os atletas acabam por se destacar mais, porque precisamos da técnica da corrida e da capacidade de impulsão praticamente em todas [as disciplinas]. Isto faz também com que os jovens se tornem capazes ao nível da literacia motora.
E essa forma de trabalhar teve os seus frutos, por exemplo, nas provas combinadas da competição Atleta Completo. Como avalia as prestações conseguidas pelos jovens atletas?
Para nós, é muito importante conseguir ficar bem colocados nessa competição, porque significa que o nosso trabalho multidisciplinar está a ser bem feito. Nessas competições, [os atletas] fazem lançamentos, corridas, saltos e recebem uma pontuação por cada um dos eventos, através da qual é feita a classificação. Este ano ficámos em primeiro lugar por equipas a nível nacional e isso demonstra que quando os nossos atletas chegam a esses momentos de provas combinadas conseguem ter resultados de excelência. Tivemos ainda três atletas que foram ao Nacional do Atleta Completo e representaram muito bem a selecção de Lisboa. Acho que estamos a fazer um bom trabalho no desenvolvimento das diferentes disciplinas, ao invés de uma especialização precoce.
“QUEREMOS
CHAMAR MAIS JOVENS À MODALIDADE”
Depois, pensando numa eventual aproximação às equi pas seniores do Sporting CP, qual pode ser o próximo passo para os jovens que se destaquem nos escalões jovens?
Além da Academia, temos as Escolas de Aperfeiçoamento, que normalmente são formadas pelos treinadores de competição e há uma ligação entre esses treinadores e os da Academia para que esses atletas, em momentos específicos da semana, também possam treinar com eles. Além disso, tentamos também, normalmente ao fim-de-semana, fazer concentrações ou estágios com esses atletas e convidamos os treinadores de competição para que possam apoiar-nos no treino e estar com os jovens. Há esse contacto para que num período posterior alguns atletas possam integrar determinados grupos de competição. Quando isto não acontece, por exemplo, no caso de um atleta que chegou muito tarde à modalidade e ainda precisa de mais algum tempo, continua mais algum tempo na Academia para fazer o trabalho que necessita.
E para lá das questões mais técnicas e de treino, trans mitir o legado do Clube na modalidade é também uma preocupação na Academia?
Quando fazemos as concentrações que referi há pouco, além dos treinadores, muitas vezes também temos os atletas de referência do Sporting CP, como a Lorène Bazolo com o treinador Rui Norte ou, com o prof. José Uva, ter a Patrícia Mamona. Dão umas palavras aos jovens, falam da sua perspectiva, do caminho que fizeram para conseguir chegar onde chegaram. É algo que procuramos fazer constantemente. Muitos jovens admiram muitos dos nossos atletas e nota-se como isso, depois, tem influência no treino, na forma como se comportam e interessam em fazer bem as coisas. Faz com que acreditem ainda mais naquilo que estamos a fazer, no processo, mais até do que no resultado, até que um dia chegam a um grupo de competição e, aí sim, alcancem resultados que os orgulhem.
“A COMPETIÇÃO PARA OS JOVENS
ACABA POR SER UM FACTOR MAIS DE APRENDIZAGEM”
Com a experiência de mais de uma década de funciona mento, sentem que os atletas que fazem este percurso na Academia chegam mais preparados para as exigên‑ cias do alto rendimento?
Sim, nós acreditamos que sim. Fazendo o trabalho desta forma e havendo esta ligação entre todos os treinadores permite também que a forma como explicamos os exercícios seja semelhante e parte até daquilo que continuarão a fazer se se mantiverem neste percurso desportivo. Já não é uma novidade quando chegam aos grupos de competição, estão preparados e, portanto, vão à-vontade para passar à fase seguinte do treino, com outras exigências, mas que já conhecem.
“A COMPETIÇÃO PARA OS JOVENS
ACABA POR SER UM FACTOR MAIS DE APRENDIZAGEM”
Quando isto é enquadrado num processo de formação, num desporto como o atletismo, tão subordinado às marcas a perseguir, deve‑se formar para o rendimento ou procurar o rendimento na formação? Diria até de outra forma. A competição para os jovens, na verdade, acaba por ser um factor mais de aprendizagem, de forma que saibam as regras, tenham gosto pela modalidade e conheçam os atletas de referência. Depois, pode ter outro factor, o motivador, porque alguns jovens no treino, numa ou outra disciplina, não têm tanto interesse, mas ao competirem nelas até percebem que têm jeito e faz com
que queiram continuar e desenvolver-se. Por fim, para nós, treinadores, [a competição] ajuda a perceber se o trabalho que temos feito está a ter o efeito que nós esperamos.
“[RESULTADOS
NA FORMAÇÃO]
AJUDAM A PERCEBER SE O TRABALHO ESTÁ A TER O EFEITO QUE ESPERAMOS”
Ora, que balanço e ilações tem retirado dos resultados que têm sido alcançados pelos jovens atletas e equipas do Sporting CP esta época?
No Atleta Completo foi uma evidência para nós que estamos num bom caminho. Levámos muitos jovens e contribuíram para ficar em primeiro lugar a nível nacional. Passando pelas provas individuais, neste momento, desde o Inverno até agora temos ganho todas as competições distritais, precisamente porque conseguimos ter jovens a fazer todas as disciplinas e isso também se converte em mais pontuação. Recentemente obtivemos o primeiro lugar tanto no escalão masculino como no feminino no Campeonato Regional de benjamins até aos sub-14 e orgulha-me também que estivemos presentes em vários dos eventos, e não apenas em alguns. Mais tarde, tivemos o Regional de sub-18, já com alguns atletas de competição e outros de sub-16 que também fizeram excelentes prestações com pódios. A equipa também conseguiu ficar no primeiro lugar tanto em masculino como em feminino. É um bom sinal o facto de conseguirem competir com atletas mais velhos e com outra experiência. No Torneio Olímpico Jovem, que também é uma competição de selecções distritais, de 33 atletas da selecção [de Lisboa], 16 eram do Sporting CP e também ficámos no primeiro lugar. Este fim-de-semana temos o Regional de sub-16, onde também esperamos um excelente resultado.
“TEMOS GANHO TODAS AS COMPETIÇÕES DISTRITAIS”
Juntando esses resultados ao trabalho em curso na Academia de atletismo, perspectiva‑se um futuro verde e branco risonho na modalidade?
Acredito que sim, haverá alguns jovens que vão prosseguir numa modalidade, integrarão grupos de competição e serão conhecidos no futuro pelos excelentes resultados. Ao mesmo tempo, também poderão transmitir a mensagem de como a Academia foi importante neste processo de crescimento desportivo.
MODALIDADES ANDEBOL
LEÃO RUGE ALTO NA LUZ E CHEGA EM VANTAGEM AO JOGO DO TÍTULO
TRIUNFO CABAL FRENTE AO SL BENFICA DEIXOU O SPORTING CP A APENAS UM EMPATE DE CONQUISTAR O CAMPEONATO. TUDO SE VAI DECIDIR NA DERRADEIRA JORNADA, ESTE SÁBADO (18H00), NUM CLÁSSICO COM O FC PORTO, ONDE RICARDO COSTA QUER “DEIXAR O PAVILHÃO JOÃO ROCHA FALAR”.
Texto: Xavier Costa
Fotografia: João Pedro Morais
Depois da pausa para compromissos internacionais, a equipa principal de andebol do Sporting Clube de Portugal regressou à acção em grande ao visitar e bater o SL Benfica por um claro 3241, no passado sábado, no jogo de cartaz da quinta jornada − e penúltima − do grupo A da fase final do Campeonato Nacional. No Pavilhão n.º 2 da Luz, o quinto dérbi da época frente aos encarnados − todos com vitória verde e branca (quatro no campeonato e uma na final da Supertaça) − começou com um contratempo devido a uma falha no cronómetro logo nos primeiros segundos, mas assim que a acção foi retomada o Sporting CP impôs-se e em força perante um SL Benfica com apenas um triunfo nesta fase final (34-27 na recepção ao ABC) e já arredado da corrida pelo título.
18.05.2024
Campeonato Nacional – Fase final Grupo A – 5.ª jornada Pavilhão n.º 2 da Luz
SL BENFICA SPORTING CP
32 41
15-22 ao intervalo
Sporting CP: Edy Silva (3), Pedro Portela (1), Edmilson Araújo, Kiko Costa (4), Natán Suárez (5), Jan Gurri (2), Salvador Salvador [C] (4), Espen Våg, Orri Þorkelsson (4), Mamadou Gassama (3), André Kristensen [GR], João Gomes (3), Etienne Mocquais (1), Leo Maciel [GR], Christian Moga (1), Martim Costa (10). Treinador: Ricardo Costa. Disciplina: exclusão de dois minutos a Salvador e Edy.
DA DEMONSTRAÇÃO DE FORÇA…
À passagem dos seis minutos, Martim Costa, com um tiro colocado, lançou os Leões na liderança, Kiko Costa e Gassama dilataram a vantagem de imediato e, após uma defesa de Maciel, Natán Suárez deu espectáculo com um passe mágico para Kiko Costa estabelecer rapidamente o 3-7 – e os Sportinguistas presentes no sector visitante das bancadas faziam-se ouvir.
O SL Benfica, sem conseguir dar uma resposta, solicitou de imediato um desconto de tempo, mas o forte e madrugador ascendente verde e branco continuou e Edy Silva no cara-a-cara com Gustavo Capdeville alargou para 3-9. E nem uma exclusão de Salvador desvaneceu o ímpeto dos Leões, que continuaram a traduzir a sua superioridade com muita segu-
para os quatro golos (24-28), aumentando o dinamismo do dérbi, mas apenas por momentos.
…AO DOMÍNIO TOTAL
Apesar dos remates falhados nesta fase, a equipa Leonina recompôs-se e voltou a disparar até aos 24-31 graças ao contributo de André Kristensen, já na baliza verde e branca, e dos intratáveis Martim Costa − acabou destacado com dez golos − e Natán Suárez no ataque. Estava retomado definitivamente o controlo das operações na Luz e só os adeptos Sportinguistas se ouviram até final.
Nesta recta final, a potência de Salvador Salvador e, a seguir, a agilidade de João Gomes deixaram as águias para trás como nunca na partida até então, chegando mesmo a uma diferença de dois dígitos no resultado (30-40) antes do 32-41 final.
Missão cumprida com firmeza na Luz, onde sob o comando de Ricardo Costa o Sporting CP continua sem conhecer o sabor da derrota, cinco jogos (4V 1E) depois. No total, os Leões vencem o SL Benfica há sete dérbis consecutivos e este teve contornos ainda mais especiais para quatro protagonistas do lado verde e branco: Pedro Portela fez o seu jogo n.º 450 de Leão ao peito, Edmilson Araújo chegou aos 400 e o capitão Salvador aos 200, enquanto o técnico Ricardo Costa orientou a equipa Leonina pela 150.ª vez. Após o único desaire − no Dragão Arena − em competições nacionais em 2023/2024, o Sporting CP (46 pontos) soma uma série de três triunfos seguidos e, agora, vai voltar a enfrentar o FC Porto (44) e com o título em jogo na derradeira jornada. Um empate basta aos Leões para voltarem a sagrar-se Campeões Nacionais, um título que foge desde o Bicampeonato de 2016/2017 e 2017/2018.
RICARDO COSTA: “AGORA É DEIXAR O PAVILHÃO JOÃO ROCHA FALAR”
rança atrás e eficácia máxima ofensiva, mantendo a vantagem firme nos oito golos de diferença (7-15) a partir dos 18 minutos. Até ao intervalo, o Sporting CP continuou a mandar na Luz e foi encontrando sempre soluções para praticamente todos os seus ataques. Com um Martim Costa imparável (seis golos), acompanhado pela eficácia do irmão Kiko e a criatividade de Natán Suárez (ambos com quatro golos), o conjunto verde e branco fechou um grande primeiro tempo a vencer por 15-22.
Já a abrir a segunda parte, Ricardo Costa rodou as peças Leoninas e as águias procuraram apostar no 7v6, mas a velocidade e eficácia verde e branca mesmo longe da baliza deserta foram anulando, numa primeira instância, as tentativas encarnadas. Contudo, a seguir, Capdeville emergiu na baliza do SL Benfica e a margem chegou a reduzir-se
Após o triunfo, o treinador dos Leões do andebol fez o rescaldo do dérbi em conferência de imprensa e começou por destacar o apoio Sportinguista presente na Luz, agradecendo por “mais uma vez marcarem presença”, destacando ainda que “têm sido determinantes nesta caminhada no campeonato”.
Já sobre o jogo, Ricardo Costa sublinhou a superioridade exercida. “Fomos competentes, atacámos bem o 6v6, sabíamos que o bloco central do SL Benfica, mesmo com as ausências, tem um bom nível defensivo, mas impusemos o nosso jogo na primeira parte”, analisou, continuando.
“Depois, o 7v6 abre mais oportunidades para o SL Benfica, mas mesmo assim conseguimos andar em margens de oito golos. A segunda parte teve menos intensidade, mais ataques alongados do adversário, nós falhámos várias oportunidades e o [Gustavo] Capdeville ajudou a que o resultado passasse de nove [golos de diferença] para quatro, mas continuámos a criar e esse é um dado importante. Julgo que conseguimos rectificar após o nosso desconto de tempo e voltámos à linha que tínhamos tido na primeira parte”, realçou Ricardo Costa sobre uma vitória que qualificou como “importante”.
De seguida, apontando já ao jogo do título que se segue frente ao FC Porto, o treinador verde e branco quer “deixar o Pavilhão João Rocha falar” no clássico de todas as decisões.
“As duas equipas são conscientes daquilo que têm pela frente. O formato do campeonato ditou que o FC Porto tivesse uma palavra a dizer, mas era difícil que nós tivéssemos feito melhor até aqui [26 vitórias em 27 jogos do campeonato]. São duas equipas com grandes jogadores, uma defende a posição desde a primeira jornada e a outra é uma crónica campeã. De um lado está a nossa ambição e do outro a resistência do FC Porto”, sentenciou.
MODALIDADES FUTSAL
SPORTING CP NAS ‘MEIAS’ DO CAMPEONATO NACIONAL
LEÕES MOSTRARAM ‘FOME’ DE VENCER E FECHARAM OS QUARTOS-DE-FINAL EM DOIS JOGOS. SEGUE-SE AGORA O CR LEÕES DE PORTO SALVO.
Texto: Maria Gomes de Andrade
A equipa principal de futsal do Sporting Clube de Portugal garantiu, na última sexta-feira, a passagem às meias-finais do Campeonato Nacional, depois de receber e vencer o SCU Torreense por 7-0 no segundo jogo dos quartos-de-final.
Os Leões já tinham vencido o primeiro encontro por 1-4, resolvendo assim a eliminatória em dois jogos. Nas meias-finais o Sporting CP vai agora encontrar o CR Leões Porto Salvo.
Jogo bem disputado no Pavilhão João Rocha, com o SCU Torreense a olhar o Sporting CP olhos nos
olhos, sobretudo na primeira metade, e a mostrar-se muito bem defensivamente. Fruto disso, houve poucas situações de finalização na primeira parte e só após os primeiros 10 minutos é que Gutta teve de mostrar serviço, negando o golo a Alex Merlim. Pany Varela também esteve perto do golo duas vezes seguidas e à terceira foi de vez: Anton Sokolov desde a direita virou o jogo e o camisola 18 Leonino recebeu, progrediu para a zona central e encheu o pé para o 1-0.
A seguir foi o russo a marcar, na sequência de um canto: Wesley viu Anton Sokolov sem marcação do outro lado da área e entregou-
-lhe a bola, com o remate de primeira a surpreender Gutta, com a bola a entrar-lhe entre as pernas. Com 2-0 no marcador em menos de dois minutos, o 3-0 aconteceu logo a seguir: Alex Merlim recuperou à entrada da área e fez um chapéu sobre Gutta, com Júnior a tentar emendar, mas a bola já tinha passado a linha de golo. O lance, tal como o anterior, teve a intervenção do VAR e foi validado. Com estes três golos de ‘rajada’, o Sporting CP foi para o intervalo a vencer confortavelmente, ficando mais perto das meias-finais do Campeonato Nacional, e na segunda metade voltou a golear. Henrique começou por impedir o
3-1, com os pés, e depois só deu praticamente Sporting CP, com Zicky Té a tentar o golo de calcanhar, na cara de Gutta, mas o guardião visitante desta vez não foi surpreendido e conseguiu fechar a baliza.
Ainda assim, o 4-0 surgiu pouco depois, de novo por Alex Merlim, num livre frontal, ficando a ideia de que o SCU Torreense podia ter feito mais. O ‘mago’ teve tempo e espaço para assumir o lance e atirar certeiro, sem nenhuma reacção da equipa visitante.
Já com o SCU Torreense a apostar no 4x5, o Sporting CP soube ser eficaz num contra-ataque e aumentar a vantagem: recuperação a meio-campo, com Zicky Té a correr para a baliza e a rematar na cara de Rúben Santos, fazendo a mão cheia de golos.
A seguir foi Tatinho a fazer o gosto ao pé, após assistência de Gonçalo Portugal, com o camisola 2 a fazer o corredor esquerdo e a rematar cruzado para o 6-0.
O 7-0 esteve depois a cargo de Pauleta, em mais uma recupera-
ção Leonina a meio-campo, que só terminou no fundo da baliza. Triunfo expressivo do Sporting CP, a mostrar um Leão com ‘fome’ e a dar por terminada esta eliminatória. As meias-finais, decididas também à melhor de três jogos, arrancam já neste sábado, às 20h30, no reduto do adversário.
17.05.2024
Campeonato Nacional – Quartosde-final - Jogo 2 | Pav. João Rocha SPORTING
7 0
3-0 ao intervalo
Pany Varela (16’), Anton Sokolov (17’), Alex Merlim (18’, 25’), Zicky Té (33’), Tatinho (35’), Pauleta (37’)
Sporting CP: Henrique [GR], João Matos [C], Alex Merlim, Taynan e Wesley Reinaldo; Gonçalo Portugal [GR], Diogo Santos, Tatinho, Pauleta, Pany Varela, Tiago Macedo, Zicky Té e Anton Sokolov. Treinador: Nuno Dias.
MODALIDADES HÓQUEI
EM PATINS
ACREDITAR ATÉ AO FIM FOI SEGREDO DA VITÓRIA
SPORTING CP VENCEU SC TOMAR POR 3-2, COM GOLO DO TRIUNFO A ACONTECER A DOIS SEGUNDOS E MEIO PARA O JOGO TERMINAR.
Texto: Nuno Miguel Simas
Fotografia: João Pedro Morais
A equipa de hóquei em patins do Sporting CP venceu no último domingo o SC Tomar por 3-2, no primeiro jogo dos quartos-de-final do play-off de atribuição do título de Campeão Nacional da modalidade. Um jogo decidido na transformação de uma grande penalidade sobre Ferran Font e convertida por Gonzalo Romero, a dois segundos e meio para o final dos 50 minutos regulamentares, quando o marcador registava empate a dois golos O Sporting CP, recente Campeão Europeu pela quarta vez no historial na final-four realizada na semana anterior no Porto, teve no SC Tomar um muito difícil oponente, que em muito valorizou a vitória da formação de Alejandro Domínguez.
OPINIÃO
Num jogo bem virado para as balizas e para as acções ofensivas de boa qualidade de ambas as equipas, as boas defesas de Ângelo Girão e de António Marante evitaram que o primeiro golo ‘só’ tivesse aparecido com 17’23 para jogar. Um golo feliz atribuído a Filipe Almeida, numa bola que desviou num jogador Leonino e iludiu Ângelo Girão.
A situação ameaçou piorar, quando o SC Tomar dispôs de um livre directo, com cartão azul para Facundo Bridge. O remate de Gonçalo Neto saiu ao lado.
A equipa Leonina aguentou bem os dois minutos com menos um jogador, apoiada por uma grande defesa de Girão após um time-out, Gonzalo Romero teve um livre directo, mas não concretizou.
O Sporting CP carregava, mas ia encontrando boa oposição na or-
ATÉ DOMINGO, NO JAMOR
Gosto muito de te ver, leãozinho Caminhando sob o sol
Numa noite de festa que classifico de sublime!
Sensacional! Arrebatadora!...” à Sporting”, recordei-me naquele momento de Caetano Veloso e do seu “O Leãozinho”. Porque todos nós gostamos muito de ver aquele Leãozinho que tanto cresceu ao longo da época. Caminhando sob o sol, mas também à chuva, ao frio...feito de alma, génio e de uma capacidade estonteante.
Num Estádio José Alvalade cheio de Leões a extravasar a sua felicidade, foi de coração cheio que lá estive, numa festa sem paralelo, como foi a recepção ao GD Chaves e com ela a entrega do mais do que justo título nacional de futebol, a um Leão que passeou classe. A classe que nos traria, de forma natural, o 24⁰ título da nossa História. Se Viktor Gyökeres abriu as hostilidades com dois golos e foi com Paulinho a “mostrar os dentes”, com um golo de execução fabulosa, a encerrar as contas do título, acabo por classificar, não sendo fácil a escolha, o momento da
ganização defensiva do SC Tomar, até que a 3’30 para o intervalo, Gonzalo Romero igualou, após uma grande combinação com João Souto.
E nem um minuto depois, o Sporting CP conseguiu a reviravolta no marcador, numa sensacional ‘stickada’ a meia distância de Facundo Bridge, sem hipóteses de defesa para António Marante. Ao intervalo, o Sporting CP estava na frente por 2-1.
No segundo tempo, as oportunidades junto de ambas as balizas e as excelentes exibições de ambos os guarda-redes retardaram mais golos, que o número de oportunidades criadas justificaria. Cada uma das equipas não concretizou um livre directo e o jogo ficou em aberto até ao minuto final.
Guilherme Silva empatou a dois golos, numa grande penalidade e
o jogo parecia encaminhar-se para o prolongamento, mas a garra e o acreditar do Sporting CP vão mesmo até ao fim e a 2,5 segundos para a buzina, Gonzalo Romero dispôs de uma grande penalidade por falta sobre Ferran Font. Chamado à marcação, o inevitável Gonzalo Romero atirou forte e colocado e garantiu o triunfo ao Sporting CP por 3-2 frente ao SC Tomar.
Quinta-feira às 21h00, segundo jogo destes quartos-de-final, desta feita em Tomar e com o Sporting CP à distância de um triunfo de atingir as meias-finais do Campeonato Nacional de hóquei em patins.
noite quando Luiz Neto saiu do relvado, com o estádio em pé a gritar o seu nome em forma de agradecimento a um profissional de mão cheia. Aproveito estas linhas para dizer: Obrigado, Luís Neto. Serás para sempre um dos nossos. Também Antonio Adán se despediu de Alvalade e foi igualmente em forma de profundo reconhecimento que os Sportinguistas ouviriam o discurso emocionado do guarda-redes espanhol. Outro dos nossos, que parte com conquistas e que nos ficou no coração. O Sporting Clube de Portugal é tanto isto. Tem memória e tem História. Uma História imensa e que não se apaga. Os Sportinguistas são únicos. Que clube resistiria a tanto tempo sem ganhar no futebol como nós estivemos? Que clube conseguiria ter tantos e tantos milhares de adeptos, sobretudo jovens, que viram poucas conquistas mas mantiveram-se sempre ao lado do emblema do coração, num amor sem paralelo? Respondo: As evidências demonstram que só nós. E tenho mesmo uma inabalável esperança de que estes momentos estarão para ficar. Sinto o Sporting CP sustentado para isso. É um clube que está bem gerido. É um clube em que o todo prevalece sobre o eu. É um clube que tem às suas cavalitas uma massa Associativa única. Em suma, estamos a viver um momento mágico, e não só no futebol, de que nos deveremos orgulhar.
E na sequência do momento mágico, como foi bom estar na Praça do Município e presenciar a festa da entrega do troféu ao Campeão. Foi mesmo, como na marcha
19.05.2024
Campeonato Nacional Quartos-de-final do play-off Jogo 1 | Pavilhão João Rocha SPORTING CP SC TOMAR
3 2
2-1 ao intervalo
Gonzalo Romero (22’, gp 50’) Facundo Bridge (23’)
Filipe Almeida (8’)
Guilherme Silva (49’)
Sporting CP: Ângelo Girão [GR] [C], Henrique Magalhães, Facundo Bridge, Matías Platero, Gonzalo Romero, João Souto, Rafael Bessa, Alessandro Verona, Ferran Font, Zé Diogo [GR].
Treinador: Alejandro Domínguez. Disciplina: cartão azul para Facundo Bridge (10’).
de Maria José Valério, desde os netos até aos avós. Um momento inesquecível, de que destaco o bom discurso do presidente Frederico Varandas e também do presidente da CML, Carlos Moedas. O resto foi paixão, emoção... toneladas de Sportinguismo.
Agora, terminado que está o Campeonato Nacional, cabe-nos tentar a “dobradinha” no próximo domingo. Com respeito pelo rival, mas com uma confiança inabalável em vencer os “dragões”. No nosso grupo de trabalho, a palavra vitória está enraizada. Será com base no pressuposto do ganhar, ou ganhar, que esta semana será preparado o clássico.
Façamos do Jamor uma Onda Verde. Estamos a 90 minutos de um momento que poderá ficar assinalado na nossa História.
#ondevaiumvaotodos... e nós vamos com eles. Lado a lado, até ao fim, para a conquista estar mais próxima. Força, rapazes. Nós acreditamos em vocês para que no domingo à noite − embora sem futurologia − possamos estar todos em festa. Com aquela confiança inabalável. Até domingo, no Jamor.
P.S − O gesto do presidente Frederico Varandas, acompanhado por Viktor Gyökeres, de levar a Manuel Fernandes o troféu de Campeão Nacional à unidade hospitalar onde se encontra internado, foi simplesmente arrebatador. O Eterno Capitão mereceu tanto esta nobre atitude. É isto que diferencia o Sporting CP!
MODALIDADES GINÁSTICA RÍTMICA
UM SONHO E MUITA AMBIÇÃO EMBALAM O
FORTE CONTINGENTE
LEONINO PARA O CAMPEONATO DA EUROPA
DAS DEZ GINASTAS QUE COMPÕE A SELECÇÃO NACIONAL EM PROVA ATÉ ESTE DOMINGO, EM BUDAPESTE (HUNGRIA), NOVE SÃO DO SPORTING CP. DAS SENIORES RITA ARAÚJO E JOANA PINHEIRO ÀS JUNIORES CAROLINA FREITAS E LEONOR BAPTISTA, TODAS QUEREM REPETIR O SUCESSO EUROPEU QUE TÊM TIDO A NÍVEL INDIVIDUAL, ENQUANTO UM SONHO UNE O CONJUNTO DO QUAL FAZEM PARTE CLARA MELO, FELICIA OPREA, BEATRIZ FREITAS, CLARA PAIVA E CATARINA DIAS.
Texto: Xavier Costa Fotografia: Isabel Silva
“O Campeonato da Europa carrega a última vaga de apuramento para os Jogos Olímpicos. É extremamente difícil, um sonho, mas a vida é feita de sonhos, não é? Muitas vezes, se acreditarmos muito, podemos realizá-los”. Estas palavras são de Sandra Nunes, treinadora do Sporting CP e da selecção nacional, que orienta o conjunto de seis ginastas cinco do Sporting CP em busca desse feito gigantesco. Muito difícil, não o escondeu antes da partida para Budapeste, mas não impossível. Foi no Complexo Municipal dos Desportos da Cidade de Almada, à margem de um dos inúmeros treinos que a ginástica rítmica exige, que as protagonistas Leoninas projectaram a participação em mais um Campeonato da Europa, este com a particularidade de ser o primeiro em que as nove atletas participam enquanto ginastas do Sporting CP, que fez regressar durante esta época a vertente de competição da modalidade ao Clube.
Em declarações aos meios Leoninos, a treinadora Sandra Nunes considerou “muito gratificante” esta forte representação do Sporting CP. “Trabalhamos sempre muito e isto acaba por valorizar o nosso trabalho”, o qual “vem sendo feito há alguns anos”, atentou, entre a treinadora e as suas ginastas de conjunto. Além do sonho olímpico, onde “entre 19 conjuntos é muito difícil atingir o meio da tabela”, frisou, o objectivo traçado para a prova de conjunto passa por “realizar
dois exercícios limpos”, traçou a técnica. “Já ficaríamos muito felizes e realizadas se isso acontecer”, acrescentou, antes de se mostrar confiante para as prestações individuais das outras quatro Leoas: “Acho que vamos atingir os nossos objectivos, ou seja, renovarem todas o alto rendimento”.
Transversal à preparação de todas elas estão dois ingredientes, de acordo com a treinadora verde e branca: “Saber lidar com a pressão e querer competir”. “Elas trabalham muitas horas diariamente, realizam muitos exercícios sem falhas, mas depois quando chegamos à competição os
nervos podem ultrapassar tudo. Este ano abdicaram dos estudos e dedicaram o ano inteiro a treinos bidiários, estão preparadas e vamos acreditar que o psicológico também vai estar forte”, referiu, enaltecendo “a ajuda e apoio por parte do Sporting CP” na vertente mental das atletas.
OBJECTIVOS TRAÇADOS
Com 18 anos, Clara Melo integra o conjunto nacional que vai estar no praticável de Budapeste. “É mais uma conquista e sinto que este ano estamos mais preparadas para fazer melhor”, disse a jovem ginasta, realçando a dificuldade da prova de conjunto: “Somos várias e temos de estar muito sincronizadas. Já temos alguns anos de experiência, conhecemo-nos melhor, mas mesmo assim exige muito trabalho”.
Um trabalho de meses para “passar a ideia de que é tudo muito fácil” numa modalidade olímpica − exclusivamente feminina − que é “muito bonita e elegante”, explicou Clara Melo. “Recriar tudo o que foi treinado e levar a adrenalina boa” é a receita do sucesso, considerou, por fim.
Já nas provas individuais, no escalão sénior, a representação portuguesa está entregue a duas Leoas: Joana Pinheiro 17 anos e Rita Araújo 20 anos, ambas já com experiência em Europeus e este é um factor importante na visão da primeira. “É sempre bom, porque pode ser assustador. Vamos estar em pavilhões de grandes dimensões e com muitos ginastas que participam nos Jogos Olímpicos”. “O Sporting CP acolheu-nos este ano e temos condições que antes não tínhamos. É muito bom que quase todas as ginastas [da selecção] sejam do Sporting CP”, enalteceu também Joana, passando a projectar as suas expectativas para Budapeste: “O meu objectivo passa por alcançar o estatuto do alto rendimento e ficar nas 20 primeiras em diferentes aparelhos”.
Rita, por sua vez, apontou como meta “fazer uma prova limpa nos meus quatro aparelhos” e deixou uma mensagem aos Sportinguistas: “Dêem-nos o apoio que precisamos, nós vamos dar o nosso melhor”. No escalão de juniores, as muito jovens Leonor Baptista 15 anos e Carolina Freitas 14 anos serão as Leoas nas provas individuais. “Está tudo treinado, agora temos preparado apenas os últimos detalhes”, contou Leonor, que não escondeu a sensação “incrível” de voltar a um Campeonato da Europa, ainda para mais lado a lado com ginastas com as quais passou “o ano todo”.
Já para Carolina será “muito bom poder partilhar o praticável com ginastas de topo”, reconheceu, referindo também que, desta vez, está “mais tranquila” porque já sabe “o que esperar”. “Espero fazer o meu melhor e acredito muito no que tenho feito nos treinos”, sublinhou a atleta mais jovem da comitiva portuguesa antes da partida para a Hungria.
A preparação está feita, agora é hora de replicar tudo no praticável do Campeonato da Europa.
BREVES
KARTING: HENRIQUE CRUZ COM BONS RESULTADOS NO BOMBARRAL
Henrique Cruz, piloto do Sporting CP, bateu toda a concorrência no primeiro dia de competição no Bombarral, na terceira ronda do Campeonato de Portugal de karting, e no segundo garantiu o segundo lugar do pódio.
A competir na categoria X30 Super Shifter, o jovem Leão somou assim pontos importantes na luta pelo título.
BOXE: OCTÁVIO PUDIVITR FALHA TÍTULO MUNDIAL
Octávio Pudivitr, pugilista do Sporting CP, perdeu, no passado sábado, no combate pelo título mundial na categoria de meios-pesados da WBA, a principal Liga de boxe a nível mundial, no evento Ring of Fire – Fight Night − que decorreu em Riade, Arábia Saudita.
O atleta Leonino cedeu no primeiro assalto perante o adversário que estava invencível há nove combates, os três últimos com triunfos por KO. Octávio Pudivitr saiu derrotado por KO pelo novo Campeão do Mundo de meios-pesados.
ATLETISMO: OMAR ELKHATIB E VERA BARBOSA VENCEM NO MEETING DE BARCELONA
Omar Elkhatib e Vera Barbosa, atletas do Sporting CP, estiveram em destaque no Meeting de Barcelona, no domingo passado, ao venceram nos 400 metros e 400 metros barreiras, respectivamente. O velocista Leonino foi o mais rápido na volta à pista catalã, em 46,18 segundos, e a barreirista verde e branca impôs-se com o tempo de 56,90 segundos.
OPINIÃO
BEM-VINDO, KEVIN MIGUEL!
Kevin Miguel é um dos mais recentes Sócios do Sporting Clube de Portugal. O Leãozinho nasceu no dia 15 de Maio, pelas 18h02, com 2,7kg e 47 centímetros, e é agora o número 159.553-0 Associado Leonino.
A irmã do Kevin, Joanna, também é Sócia do Clube desde que nasceu (96.648-0) e ambos foram trazidos para a família Sporting CP pelo pai, Mário Miguel (30.501-0).
Ao Kevin Miguel, e aos Sportinguistas da família, o Sporting CP e o Jornal Sporting desejam uma vida recheada de vitórias pessoais e de Leão ao peito.
CAMPEONATO (AINDA), TAÇA DE PORTUGAL E ANDEBOL!
TITO ARANTES FONTES
CAMPEONATO / ES TÁDIO JOSÉ ALVALA DE − Terminou no passado fim-de-semana o Campeonato Nacional. No sábado, uma extraordinária festa no José Alvalade, cheio que nem um ovo, para celebrar o 24.º título de Campeão do Sporting CP! Os Sportinguistas − naturalmente indiferentes a outros que tanto tentam denegrir a verdade da “Memória da História” − festejaram no seu Estádio mais este inolvidável momento de Glória do seu Clube! Indiscutível que fomos uns justos vencedores nesta época de 2023/2024! Indiscutível também que esta é a 24.ª vez que somos apelidados e reconhecidos como Campeões! Campeões de Portugal! Campeões Nacionais! Em suma, numa palavra, Campeões!
CAMPEONATO / CML − Na passada segunda-feira teve lugar a recepção oficial nos Paços do Concelho! A Praça do Município linda, cheia de Sportinguistas a saudar e vibrar uma vez mais com os seus Campeões! E, dentro do edifício, na cerimónia oficial, dois belos discursos dos dois presidentes − o da CML e o do Sporting CP − a enaltecerem o feito do nosso Clube! Na ocasião, Frederico Varandas − depois de confirmar Rúben Amorim como nosso treinador na próxima época − anunciou, no final, que breve-
mente voltaríamos à Câmara… com a Taça, como todos nós entendemos e queremos!
TAÇA DE PORTUGAL − É já no próximo domingo que temos mais uma final da Taça! No Jamor, claro, como é tradição! Vamos ter dezenas de milhares de Sportinguistas que, nesse dia, desde manhã cedo se vão concentrar na mata do Jamor para os habituais churrascos, leitões, piqueniques e demais formas de convívio! A última vez que lá estivemos foi nessa extraordinária final de 2019, também com o FC Porto, na qual − após fantástica e emotiva jogatana − ganhámos o jogo depois do empate a dois golos, já no decurso do prolongamento, graças ao desempate por penáltis! Foi um momento épico! E neste domingo queremos outros momentos como esses! Nos 90 minutos, no prolongamento ou nos penáltis… queremos a Taça! Queremos a “dobradinha”! A nossa fé é imensa! A nossa esperança total! Todos ao Jamor!
MANUEL FERNANDES − O nosso Eterno Capitão, o nosso Eterno número 9 não pôde mesmo estar no José Alvalade para receber a taça referente ao título de Campeão Nacional. Nenhum problema… Frederico Varandas e o nosso novel número 9, um tal de sueco, de nome Viktor Gyökeres, foram ao hospital e levaram consigo o troféu para o nosso Manel o ver e tocar! Lindo momento! E extraordinária a fotografia (que correu o Universo Sporting) no corredor do hospital para ilustrar esse momento tão querido e tão simbólico!
LUÍS NETO E ANTONIO ADÁN − Dois jogadores fundamentais nestes últimos quatro anos. Dois pilares! Dois esteios! Dois grandes homens! Bonitas e justas homena-
gens e “momentos de despedida” no José Alvalade, cheio, de pé, a aplaudir estes seus ídolos! Obrigado, Bicampeão Neto! Obrigado, Bicampeão Adán! Vocês são nossos, eternamente nossos!
ANDEBOL − É já no próximo sábado que se decide o título de Campeão Nacional de andebol. A nossa equipa dizimou no último fim-de-semana o SL Benfica, no Pavilhão da Luz, e está isolada na frente do campeonato! E é exactamente assim quer concluir o mesmo… falta uma jornada e o jogo − no João Rocha − é com o FC Porto, a única equipa que, neste ano, nos conseguiu derrotar, por uma única vez. Também aqui queremos vencer… porque queremos mesmo ser Campeões Nacionais de andebol!
VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!
P.S − A convocatória da Selecção Nacional para o próximo Europeu é decepcionante! Martínez uma vez mais ficou aquém do que se exigia, esquecendo-se na prática de aplicar a meritocracia que tanto apregoa. É que esquecer os melhores jogadores portugueses da actualidade a actuar em Portugal, como por exemplo Trincão e Pote, para ir buscar “espalha brasas” não tem nada de mérito! Martínez, é certo, pode escolher quem quiser…, mas é de supino mau gosto vir dizer que não convoca jogadores do Sporting CP (com a honrosa excepção do nosso GI!) porque não estiveram nas suas últimas seis convocatórias… óbvia e naturalmente apenas feitas e decididas por ele próprio! Mais valia estar calado ou assumir que prefere jogadores que não são Campeões e cujas equipas ficaram a dez (dois jogadores) ou quase vinte pontos (três jogadores!) do Sporting!