Natalie Carmichael pensou que Bryson Daniels fosse o seu mundo. Ela planejava um futuro brilhante com ele, compartilhou quatro anos com ele e não poderia ter sido mais feliz, mas durante a noite de formatura, tudo isso mudou. Natalie pega Bryson a traindo. Um mês depois de pegá-lo em flagrante, ela finalmente decide fazer uma fuga, indo embora para a Flórida. Ela quer começar de novo, se divertir, ser livre e ao mesmo tempo encontrar uma maneira de consertar seu coração partido, mas quando ela conhece Nolan Young, sua nova vida de solteira não dura por muito tempo. Ela tenta ficar longe de Nolan e seus desejos, mas é impossível para ela. Nolan vai fazer tudo o que pode para tê-la como sua, mas será que Natalie aceitará Nolan juntamente com os problemas de seu passado? Será que ela vai deixar alguém que poderia ser ainda pior do que Bryson entrar em seu coração? Para Natalie, Nolan será algo completamente novo. E para os dois, seus desejos serão completamente difíceis de resistir.
Agradecimentos Meu Deus, por onde eu começo com isso. Hard to Resist foi uma experiência. É o meu primeiro romance contemporâneo e tenho que admitir que escrevê-lo foi incrível. Estou sem palavras com este livro. Estou completamente sem palavras. Agradeço a Deus por me abençoar com este incrível talento. Sem ele, eu literalmente não seria nada. Para todos os que me apoiaram ao longo deste processo, muito obrigada! Realmente significa muito para mim saber que vocês estavam esperando impacientemente me surpreendeu, deixou nervosa, mas ao mesmo tempo, me fez continuar. Especialmente, Stina, que é minha fiel leitora-beta. Adoro ver suas reações. Eu poderia dizer tanta coisa sobre este livro, não só porque foi divertido, mas pela maneira como eu me senti. Há eventos neste livro, não vou falar exatamente quais são, mas que estão relacionadas a mim. Natalie e eu temos muito em comum, por isso foi difícil escrever sua história. Eu havia escrito dois livros antes de finalmente combinar as duas histórias em uma só. Foi assim que Hard to Resist surgiu. Eu tenho pensado nesta história há muitos anos e finalmente ela saiu. Beth Suit é uma mulher incrível com ideias brilhantes. Falar com ela fez eu me sentir segura e sua edição é top de linha. Sua ajuda foi incrível e não posso agradecê-la o suficiente por me ajudar com a história de Natalie e Nolan.
Kim Bias por ajudar uma irmã a reescrever e estruturar. Por tornar as coisas mais claras para mim. Isso ajudou muito, mesmo! Sentime honrada por ela revisar comigo - especialmente porque ela não costuma fazer isso com os autores. Seus comentários e críticas ajudaram muito. Ela é uma dama incrível! Tenho que agradecer à minha família por me apoiar, meu namorado por me manter inspirada, e claro, os meus leitores. O apoio e amor que vocês demonstram é simplesmente... uau. O máximo. Eu não posso agradecer o suficiente. Obrigada Stephanie White por criar a minha linda capa. Adoro a magia que você criou!
Dedicado ao meu Juan Carlos. Sem vocĂŞ, eu nĂŁo teria sido capaz de escrever este livro. Eu te amo. Para sempre.
Capítulo Um Noite da Formatura — Você está pronta? Suspirando, alcancei minha bolsa para pegar meu melhor gloss. Comprava um a cada vez que ia na Victoria Secret. Tinha gosto de bala de hortelã e a única razão pela qual continuava comprando, era porque Bryson amava chupá-lo dos meus lábios. Eu tremia só de pensar em Bryson e sua língua aveludada. Sempre que ele vinha me provocar, passava sua língua pelo meu lábio inferior, isso era de matar. Quando ele costumava usar essa mesma língua aveludada para acariciar a minha orelha. Deus... Eu ia ao céu. Passei um pouco de brilho nos meus lábios, em seguida me virei para olhar Gracey enquanto empurrava o quebra sol do carro de volta, ao mesmo tempo em que ela puxava o dela. — Você está me perguntando se eu estou pronta, mas continua verificando seu rosto, — provoquei, os meus lábios insinuando um sorriso. — Eu sei, eu sei. — Ela suspirou, em seguida, estendeu a mão para afofar seu cabelo preto brilhante. — É que um certo cara estará aqui. Eu o conheci em uma festa na semana passada. Ele é muito gostoso, mas esqueci o nome dele. — Ela me observou pelo canto do olho, antes de olhar para o para-brisa. — Será que ele só quer a sua calcinha? —, Perguntei. Ela sorriu. — Eu não sei. Talvez eu só o queira pelo seu pau! — Nós explodimos em um ataque de risos, tentando não destruir a
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maquiagem com as nossas lágrimas. — Assim pelo menos você não terá que se preocupar com isso. Ela estava certa. Eu não tinha que me preocupar com sexo naquela noite, porque Bryson estaria lá. Ele era o meu namorado e, tecnicamente, eu poderia transar com ele sempre que quisesse e não me sentir culpada por isso. Só em pensar nele, me fez sorrir. — Ahhh, você parece uma idiota apaixonada quando sorri assim — Gracey murmurou antes de empurrar o quebra sol para cima e abrir a porta do passageiro do carro. Ela fechou a porta atrás dela, mas eu continuava a sorrir quando me levantei do banco do motorista. Colocando meu brilho labial na bolsa, virei-me para enfrentar Gracey em seu vestido laranja justo. Ela poderia passar por uma stripper (especialmente porque seus seios eram muito ousados e sua maquiagem estava um pouco exagerada), mas continuava linda. A pele de Gracey era impecável com uma bela tonalidade castanho-claro. Sua pele podia ser comparada com a cor de café com leite. Ela tinha sardas marrons, belos olhos castanhos e um corpo que ela adorava exibir. Tranquei o carro, em seguida, dei a volta para encontrá-la. Ela analisou brevemente meu vestido branco cremoso curto antes de se virar para encarar a grande mansão que estava poucos metros à nossa frente, rodeada por carros. — Eu invejo você esta noite — ela assobiou quando começamos a caminhar para a casa em nossos saltos. Rindo, eu perguntei — Por quê? — Porque, você está linda e se você quiser algo mais, pode conseguir alguém sem sequer tentar... ao contrário de mim, que tenho que trabalhar para isso acontecer, você não. Eu ri novamente. — Oh, acredite em mim, Gracey. É a noite de formatura. Tenho certeza de que quem quer que seja esse cara com quem você está tentando dormir, estará bêbado o suficiente para que você o
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arraste lá para cima e o deixe corcunda por um tempo. Ele não vai se importar. — Eiii. — O rosto de Gracey se contorceu. — Não me faça parecer como uma vagabunda. — Eu odeio estourar sua bolha, mas... — Ela fez uma careta e eu dei-lhe um sorriso provocante. — Eu só estou brincando, Gracey. Eu te amo e depois de quatro anos de trabalho duro, nós merecemos um pouco de diversão. O colegial teria sido um inferno sem você. — Digo o mesmo. Eu não teria sobrevivido a biologia ou história sem você como minha colega de estudo. Concordo com a cabeça e começamos a rir, mas o sorriso desapareceu quando nos aproximamos da grande porta de carvalho. Gracey olhou para mim, com os olhos arregalados, e nós duas sabíamos o que realmente estava acontecendo lá dentro. Podíamos ouvir, sentir. A maioria dos alunos do Colégio West Ashley da Carolina do Sul estava lá. Estávamos todos nos formando e festejando sem arrependimentos. — Você está pronta? — Perguntei, olhando para Gracey que estava puxando o vestido para baixo. — Pronta. — Alcanço a maçaneta da porta, finalmente abrindo, e lá dentro parece uma selva de colegiais. Assim que entramos, vimos pessoas dando uns amassos, copos vermelhos espalhados por todo o chão. As luzes eram suaves e o fedor espesso de suor e cerveja encheu meus pulmões. Tentei o meu melhor para não respirá-lo enquanto fechava a porta atrás de nós. Olhando para a escada em espiral que estava à minha direita, vi casais lá também. Eles estavam se agarrando e alguns pareciam estar transando, pela forma como as pernas estavam entrelaçadas e suas línguas empurravam goela abaixo um do outro. — Lá está ele! — Gracey gritou por cima da música. A música mudou e, nesse momento, as luzes se apagaram, a sala ficou mais
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escura, mas as luzes que piscavam começaram a brilhar. — Eu te encontro mais tarde, ok? — Ela falou, já se afastando de mim. Balançando a cabeça, observei-a encontrar um cara alto, de pele clara, com cabelos curtos e um piercing no lábio. Ele estava com uma camiseta preta apertada, jeans skinny, e seus braços eram musculosos, como se ele malhasse todos os dias. Ele realmente era gostoso, e agora eu entendia porque Gracey estava a ponto de atacá-lo. Peguei meu telefone e mandei uma mensagem para Bryson imediatamente. Sabia que ele estava lá, porque ele disse que ia ajudar o DJ a montar a aparelhagem de som. O cara que estava dando a festa era o melhor amigo de Bryson, Mark. Bryson estava sempre lá, escondido no quarto de Mark quando queria fugir de alguma coisa. Esperei dez minutos. Eu até peguei uma bebida. Mas não recebi resposta. Não era comum Bryson demorar para responder, embora ultimamente ele estava se afastando de mim, cada vez mais. Olhando para a escada em espiral, percebi que se ele não estava aqui embaixo, era mais provável encontrá-lo no andar de cima. Empurrei através da multidão, passando por pessoas com seus copos vermelhos de plástico na mão, até que estava perto da escada. Subi rapidamente, pisando entre os casais que pareciam transar, até que ficou claro. A música era mais baixa lá em cima, mas o baixo estava batendo contra as solas dos meus pés. Passei pelos quatro primeiros quartos até chegar ao último. Era o quarto de Mark e se Bryson não estivesse lá, eu não sabia mais onde ele poderia estar. Bati na porta e ouvi alguém tropeçando. Eles estão lá. Bati novamente, mas ninguém respondeu, então, girei a maçaneta, entrei, mas nesse instante meu coração parou de bater. Agarrando a maçaneta da porta, eu olhava horrorizada enquanto engasgava com minha própria respiração e desejava nunca ter ido lá em cima. Minhas mãos começaram a tremer, mas eu não conseguia desviar meu olhar deles.
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Bryson pulou da cama rapidamente, alcançando seu jeans para vestir. — Nat — ele disse enquanto olhava para mim com os olhos arregalados. Fiquei sem palavras, olhando dele para a puta loira deitada na cama com um sorriso. Era Sara Manx. Eu a odiava fervorosamente. Ela estava sempre tentando encontrar uma maneira de ficar entre Bryson e eu e acho que ela tinha encontrado um jeito, porque lá estava ele, apenas deitado em cima dela, suando como se tivesse acabado de correr por uma hora na esteira. Eu não conseguia nem falar. Não queria. Queria fingir que nada disto estava acontecendo. Virei-me e comecei a correr pelo corredor, mas ele me pegou pelo braço. Empurrei-o para longe, sentindo meu peito apertar. Lágrimas nublando meus olhos, mas eu não ia deixar Sara me atingir. Ela queria isso. Ela queria nos ver brigar e nos ver infelizes. E, para ser honesta, ela conseguiu. — Nat, por favor — implorou Bryson, mas eu empurrei seu peito nu e suado. — Vá se foder, Bryson! Como você pôde fazer isso comigo, com ela? — Ele agarrou meus pulsos, obrigando-me a olhá-lo nos olhos, mas eu não conseguia. Ele tinha os mais belos olhos verde esmeralda que já tinha visto, mas comecei a odiá-los. Comecei a desprezar tudo nele. Disse a mim mesma que não valia a pena as lágrimas e que não precisava dele, mas era mentira. Bryson e eu tínhamos prometido envelhecer juntos e felizes. Ter filhos e criá-los corretamente. Ele prometeu-me tanto. Um belo casamento, uma lua de mel romântica. Mas tudo isso tinha ido pelo ralo. Essas promessas não existiam mais. — Solte-me — rosnei através dos meus dentes. — Nat, eu sinto muito! — Ele tirou uma das mãos do meu pulso para agarrar o meu queixo, mas eu me afastei.
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— Não me toque! — Fiz uma careta, sentindo as lágrimas correndo pelas minhas bochechas. — O que diabos está acontecendo? Virei-me para encarar Mark, que estava olhando para nós dois com os olhos arregalados. Afastei-me de Bryson quando ele se distraiu e olhou para Mark. Deduzi que Mark sabia algo sobre todo esse calvário. Ele deveria saber. Eles eram melhores amigos. Bryson contava tudo a Mark. — Natalie — Mark me chamou enquanto eu caminhava para as escadas. Abri minha bolsa para pegar as chaves. Empurrando-me no meio da multidão, procurei por Gracey que estava na pista de dança. Segurei-lhe o pulso e puxei-a para fora da sala. — Ei, Natalie! O que você está fazendo? — Ela lamentou sobre a música, mas eu a ignorei. Continuei a empurrar o mar de corpos, não me importando em quem batia ou em usar os cotovelos para tirá-los do meu caminho. Só queria dar o fora daqui. E rápido. Finalmente alcancei a porta e saí para o ar da noite. Continuei a arrastar Gracey para baixo até que estávamos no último degrau. Mas quando cheguei no final, não consegui aguentar mais. Desabei no ombro de Grace e todo o seu corpo ficou tenso antes dela colocar os braços à minha volta. — Ei, Nat, o que há de errado? — ela perguntou, sua voz baixando a um sussurro. Ela me empurrou para trás pelos ombros, para dar uma olhada no meu rosto. Estudou a dor em meus olhos, a dor tomando conta de cada um dos meus traços. — O que ele fez? — Ela rosnou. — Eu o peguei me traindo... com Sara Manx. Ela suspirou, seus olhos selvagens com perplexidade. — Sara Manx! Qual a porra do problema dele? — Ela afastou as suas mãos de
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mim girando e marchando até os degraus de pedra. Ela agarrou a maçaneta da porta, empurrando, mas assim que a porta abriu, Mark estava saindo, os olhos ainda arregalados e confusos. — Que diabos você está fazendo? Saia — Gracey franziu o cenho, tentando empurrar Mark de lado. — Você não vai voltar lá para causar confusão, Grace. — A voz de Mark era baixa. Ele levantou o olhar e me viu, a menina indefesa, idiota, que apenas tinha sido traída. Fechou a porta atrás de si, mas agarrou o pulso de Grace e a fez descer as escadas. — Mark, me solte — ela resmungou enquanto lutava para puxar o braço. Ele ignorou-a com os olhos ainda em mim. Não havia como Grace lutar. Mark era como uma parede de tijolos. Ele finalmente decidiu liberar Grace quando parou a menos de uma polegada de distância de mim. — Você sabia disso? — Perguntei antes de dar um passo para trás. — Natalie, eu juro que não sabia — disse ele. — Bryson é um idiota. Ele sabia que se tivesse me dito, eu teria contado a você. — Ele chegou até mim e me puxou pelos ombros para um abraço apertado. Mark sempre teve abraços reconfortantes. — Nat, você é minha melhor amiga. Eu nunca iria permitir que alguém te enganasse. Eu juro que eu não sabia. Encostei a cabeça contra seu peito, sentindo as lágrimas se acumulando dentro de mim. Minha garganta arranhava por segurar o choro, então libertei-o. Engasguei com cada soluço, ainda não acreditando que ele realmente tinha feito isso para mim. Quatro anos com ele, e é assim que terminamos? Quatro anos e tudo que eu ganho é um coração partido? Ali mesmo, eu soube que meu coração ficaria despedaçado e que nunca, nunca mais me apaixonaria de novo.
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Capítulo Dois Um mês depois Colocando a última mala no porta-malas, me senti incrivelmente estranha. Suspirando, olho para o porta-malas do meu Camry branco. Após largar Bryson, nunca me senti tão mal. A minha mãe diz que estou fugindo, mas eu não penso assim. Penso que é a chance de um novo começo. Partir tem que ser a melhor coisa, porque pelo menos, quando eu for, vou ter muitas coisas para fazer e ocupar o meu tempo. Minha mente vai se distrair e morar com Harper será incrível. Harper tem sido a minha melhor amiga desde que éramos mais jovens. Ela é dois anos mais velha do que eu e nós somos como irmãs. Ela se mudou para Miami, Flórida, durante meu último ano, para ir para a faculdade e eu não a vi desde então. Seus pais alugaram para ela um apartamento em um condomínio e eu estou ansiosa para vê-la. Contei a ela sobre Bryson e ela imediatamente me disse para ir. Vou ficar com Harper por alguns meses, até que possa encontrar um emprego e arranjar dinheiro suficiente para viver por conta própria. Posso até ir para uma faculdade comunitária lá. Eu simplesmente não posso continuar a morar com os meus pais na Carolina do Sul, onde Bryson tenta ir a minha casa todos os dias apenas para se desculpar. Nada do que ele diz pode compensar o que me fez. Nunca vou confiar nele novamente. Desde a noite da festa de formatura, bloqueei minhas emoções. Coloquei-as em um pote e fechei bem apertado. Não vou abri-lo por um bom tempo. Talvez nunca mais. Ele honestamente é um tolo se pensa que vou falar com ele. Ele me liga constantemente. Até tentou fazer com que Mark intercedesse por
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ele, mas Mark está do meu lado. Mark não tolera trapaças e eu odiei têlo acusado de encobrir Bryson. Mark ficou furioso, especialmente porque Bryson fez sexo na sua cama com Sara, a vagabunda. — Você está pronta, Natty? Me viro rapidamente para enfrentar meu pai. Parece que ele não dorme há dias, o que é bem provável, porque ele e minha mãe têm discutido muito ultimamente e ele está dormindo no sofá. As pessoas me dizem que sou parecida com meu pai, mas eu acredito que dizem isso porque temos os mesmos olhos cor de chocolate. Com minha mãe, por outro lado, temos o mesmo nariz pequeno e de ponta arredondada, a mesma pele, lábios cor de rosa, os mesmos olhos amendoados e o mesmo cabelo castanho avermelhado sedoso. — Sim — suspiro, virando para encará-lo. — Estou pronta. Eu deveria sair daqui enquanto ainda é cedo, né? — Pergunto, forçando um sorriso. Ele balança a cabeça com um suspiro. — Deveria. Oito horas é uma longa viagem. Será cansativo. — Ele me olha com olhos preocupados, e eu aperto minhas chaves na mão. Conheço esse olhar muito bem. É o olhar que sempre me dá quando pensa que eu estou rememorando ou que ainda estou despedaçada. Aconteceu há um mês, mas a cada dia ele se preocupou com isso. — Vá e divirta-se com Harper — disse ele, passando os dedos pelos cabelos escuros. Algumas mechas grisalhas caindo na testa antes de afastá-las. — Eu vou ficar bem, pai. Prometo. — Eu sei que vai. Sua mãe pediu para ligar assim que você chegar na Flórida. — Sim, eu sei. Vou ligar. Ela já deverá ter saído do trabalho até lá. — Ele balança a cabeça quando me olha de novo. Então, estende seus
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braços, um sinal para eu entrar entre eles e dar-lhe um abraço. Apertoo com força e ele suspira esfregando minhas costas. — Eu te amo, Nat... Tenha uma boa viagem. — Eu também te amo. Ele me libera, em seguida, pressiona os lábios. Vou para o lado do motorista e ele me observa entrar. — Se você se perder, use o GPS — ele fala antes de voltar para a casa. — É uma versão 2012 com TTS e com viva-voz, por isso, se você se perder, ligue e peça ajuda. — Eu vou! — Respondo, mesmo não sabendo do que diabos ele está falando. Espio pela janela e o vejo acenar ligeiramente. Espero por um momento, mas ele permanece no meio da calçada. Sei que ele não vai entrar até que eu esteja fora do bairro. Ligo o carro, mando um beijo para ele e em seguida, saio da garagem, fazendo meu caminho para um novo destino. Para um novo lugar que eu espero que não tenha depressão, desgosto e dor.
**** Oito horas depois e eu estou em Miami, Flórida. Solto um enorme suspiro de alívio enquanto cruzo a cidade. Já anoitece e é uma sextafeira. As ruas estão longe de estar claras, mas elas me surpreendem. Em cada esquina há um clube noturno, com filas que se estendem desde a porta até o fim do quarteirão. Pego meu celular e disco o número de Harper. Ela atende após o segundo toque. — Natalie! Você está aqui? — Ela grita. — Sim, eu estou. Estou dirigindo pela cidade agora. Que caminho devo pegar? — No final da rua, você verá um edifício alto branco. Meu apartamento é no Condomínio Infinity em Brickell. Não tem como errar, a menos...
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A voz de Harper continua, mas eu piso no freio e meu corpo é jogado para a frente rapidamente. As rodas do meu carro chegam a derrapar e eu jogo meu telefone no banco do passageiro, respirando pesadamente e segurando o volante com os olhos arregalados. Olhando através do para-brisa, percebo que alguém alto e musculoso, usando uma camiseta preta, está olhando para mim com olhos arregalados. Suas mãos estão firmemente plantadas no capô do meu carro e, felizmente, eu não o atingi pelo que pareceu ser dois centímetros. Meu coração começa a se acalmar, mas as batidas ainda estão pesadas. Saindo do carro, corro para o capô, enquanto ele se levanta e olha para mim, com os olhos de um cinza suave, eu suspiro. Ele é lindo. Seu rosto é...ridiculamente impressionante. Esculpido perfeitamente. Seu cabelo castanho escuro cortado e despenteado, é ainda mais delicioso. — Você está bem? — Ronrona com uma voz profunda, envolvendo-me toda, fazendo cada parte de mim agitar suavemente como as asas delicadas de um beija-flor. Continuo a olhar para ele. Seu peito largo, a calça jeans ajustada a ele confortavelmente. Meu olhar encontra o seu novamente, mas desta vez há uma sugestão de um sorriso em seus lábios. Inclinando a cabeça levemente, ele cruza os braços sobre o peito definido, continuando a olhar. Ele lambe o lábio inferior antes de falar novamente. — Você está bem? — Ele aperta os olhos inocentemente. Concordo com a cabeça estupidamente, sentindo meu cabelo balançando contra os meus ombros. Seu sorriso aumenta e eu me derreto, meus ossos se transformando em gelatina. — Eu sinto muito por isso. Pensei que poderia passar antes de você atravessar. Acho que não sou tão rápido quanto pensava. Essa foi por pouco, porém, não é? — Ele sorri, mas eu continuo a olhar para ele, meu rosto ainda paralisado. Como pode um homem lindo como ele ser tão simples? Tão casual? Eu nunca vi uma pessoa assim. A maioria dos homens lindos como ele são geralmente arrogantes e um golpe como esse teria tirado-os do sério. Pessoas
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arrogantes geralmente culpam o mundo inteiro por suas ações idiotas. Ele dá um passo para mais perto e eu inspiro bruscamente, esquecendome de respirar. — Você está bem? Sinto muito... — Ele estende a mão para me tocar, provavelmente para ver se estou viva, mas eu dou um salto para trás, sacudindo minha cabeça e, finalmente, começando a respirar novamente. — Eu estou bem, estou bem — eu respiro. — Estou feliz por não... ter atropelado você. Ele levanta ambas as sobrancelhas. — Oh. Ótimo. — Suspirando, ele balança em seus calcanhares, enquanto coloca as pontas de seus dedos nos bolsos traseiros. — Acho que posso seguir meu caminho, então. — Ele me dá um sorriso encantador, de causar palpitações, e para minha surpresa, eu ainda não caí para trás em um hipnotizante ataque cardíaco. Seu sorriso é deslumbrante e os dentes, perfeitos. Todo seu rosto é perfeito. Ele é inegavelmente bonito e tem charme. Algo que eu deveria evitar. — Mais uma vez, me desculpe — ele murmura, seus lábios curvando-se nos cantos, enquanto seus olhos me analisam. — Tenha uma boa noite. Eu permaneço colada ao chão e embora as pessoas estejam buzinando e gritando para eu sair do caminho, estou congelada. Presa. Como diabos ele pôde fazer isso comigo? Eu nem o conheço. Sua beleza não pode me deixar nesse estado entorpecido de adoração... pode? Ele desaparece e eu finalmente encontro força para soltar as solas das minhas sandálias do asfalto e marchar para a porta do carro aberta. Tenho que ir até Harper o mais rápido possível.
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Capítulo Três — Oh meu Deus! Meu corpo é espremido firmemente quando Harper envolve seus braços finos em torno de mim. Eu rio me pendurando nela enquanto ela salta para cima e para baixo como uma criança de seis anos de idade, dopada por causa de doces. Depois de um minuto de abraços, ela se afasta para me olhar. — Você está maravilhosa, Nat! Senti sua falta — ela grita, em seguida, me puxa antes de bater à porta atrás de nós. — Você está ainda melhor! — E eu não estou brincando. Harper é linda e sempre foi. Mas ao contrário de quatro anos atrás, seu cabelo loiro reto, estava cortado em camadas na altura dos ombros. Ele emoldurava seu rosto oval lindamente. Maquiada (como sempre) e estava em forma, ainda magra, era do tipo que não ganhava uma grama, não importa o quanto comesse. Suas bochechas tinham um tom rosado e ela ainda estava linda. Tenho que admitir que, devido à minha depressão, eu tinha engordado pelo menos cinco quilos. Mas Gracey me arrastou para a academia todos os dias durante um mês inteiro antes de acabar ficando de castigo. Agora eu uso a malhação como uma válvula de escape. — Você estava indo para algum lugar? — Pergunto, estudando seu vestido ameixa colante com um decote V na frente que ia até o meio do seu estômago. Era um vestido para boate. Ela não podia estar tentando sair hoje à noite... Hoje não. — Harper — gemo enquanto ela sorri amplamente, revelando um conjunto completo de dentes brancos perfeitos.
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— Por favor, Natalie — ela implora, batendo os cílios com muito rímel. — Você realmente precisa se divertir na sua primeira noite. Será uma forma de celebrar a sua chegada. Conheço um monte de gente que gostaria de conhecê-la. Nós podemos desembalar e arrumar suas coisas amanhã, porque esta noite, vamos aproveitá-la. Conheço o gerente do clube e ele deu convites para nós duas bebermos de graça, não importa a idade. Não vou deixar você se afogar em auto piedade, pelo menos não quando eu estiver por perto. Agora, vamos lá. Vamos nos arrumar — ela insiste, olhando para a mala na minha mão. — Desculpe te dizer, Harp, mas não tenho nenhum vestido para um clube ou festa. Livrei-me de todos. Ela estreita os olhos azuis cristalinos para mim. — Eu sei que você está mentindo — ela acusa. — E mesmo que você não esteja, eu tenho o bastante. Vamos — ela exige de novo, segurando o meu pulso e me arrastando entre seus sofás de couro marrom para chegar ao seu quarto. — Vamos te arrumar. — Eu gemo enquanto ela me conduz até seu quarto. Não há nenhuma maneira de ganhar de Harper, mas eu tenho que admitir que ela está certa. No
momento
em
que
todas
as
minhas
coisas
fossem
desembaladas, eu teria me enrolado com um pote de sorvete de nozes Haagen-Dazs e assistiria filmes durante toda a noite. Eu me tornaria uma mulher idiota, gorda e preguiçosa, mas eu teria aceitado isso. Acho que preciso sair. Preciso seguir o meu próprio conselho, porque hoje à noite marca o meu recomeço. Vou viver, me divertir e não vou pensar em Bryson Daniels... o cara que arrancou e partiu meu coração em pedaços. **** Uma hora mais tarde e já estamos dentro de um clube noturno chamado LIV. Devo admitir que isso é viver. As pessoas estão em toda parte, dançando, se esfregando e festejando com as músicas de noite. Sinceramente não quero festejar, pelo simples fato de que estas festas me
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lembram dele. Mas tenho que superar isso. Tenho que perceber que a diversão ainda pode acontecer sem ele. — Isso não é ótimo? — Harper pergunta, entregando-me um copo cheio de algum tipo de vodca, enquanto balança ao som da música. Pego o copo dela enquanto aceno com a cabeça. — É incrível. Estou feliz que você me convenceu a vir! — Eu grito sobre o baixo. — Você precisava sair! — Ela grita de volta. Levanta seu copo e brinda com o meu. — Isso é para se divertir...hoje à noite. Não se preocupe! — Pela diversão! Nossos copos batem novamente e nós duas imediatamente viramos nossas bebidas. Faço uma careta, mas bebo como costumava fazer durante as férias de primavera. Beber nunca foi um problema para mim. Eu gostava de beber sempre que saía. Isso me relaxava muito e me fazia sentir como uma mulher livre. Agora que penso nisso, talvez mais bebidas sejam o que eu preciso. Harper e eu caminhamos até o clube, então não precisaria de uma carona para voltar. Podíamos facilmente caminhar de volta para casa. Não há nada me impedindo de ficar doidona. Já tomei duas doses. Mais duas e eu estarei mais próxima de ser uma mulher livre. — Vou pegar outra dose. Harper sorri quando me entrega o passe platino para bebidas que o gerente do clube nos dera. Eu estava completamente surpresa quando ele nos deixou entrar tão facilmente. Harper deve ter feito algo realmente sujo para ele me aceitar em seu clube para maiores de vinte e um anos. Ele não conseguia tirar os olhos dela. — Enquanto isso, faça o cara gostoso à nossa direita comprar uma. Ele não tira os olhos de cima de você.
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Franzindo a testa ligeiramente, olho de Harper para o alto corpo à minha direita. Meus olhos se arregalaram quando encontram os seus. Ele já estava olhando para mim, seus lábios insinuando um sorriso. Seus braços cruzados sobre o peito e a sola do seu pé direito apoiada contra a parede atrás dele. À sua direita há outro cara muito gostoso, com cabelos loiros, longos e ondulados e um piercing no lábio, mas o cara não pode se comparar com o que está olhando para mim. É o mesmo cara de antes. Aquele que eu quase atropelei. Desvio meu olhar de volta para Harper, que agora está me olhando discretamente. — Você o conhece? — Não — eu disse. — Ele parece interessado. Você deveria dançar com ele, pelo menos uma vez. — Não agora — murmuro. — Vou pegar mais bebida para nós. — Ela concorda com a cabeça, em seguida, caminha em direção à pista de dança. Posso dizer que as bebidas já estão fazendo efeito nela. Ela tomou duas tequilas e três doses de vodca. Eu não vou dar-lhe outra dose. Vou para o bar, empurrando através da multidão até que vejo os bancos brilhantes. Encontro um assento vago e corro para ele, mas alguém entra no meu caminho, me impedindo de tomá-lo. — Oh, me desculpe — a pessoa diz. — Eu ia sentar... Paro completamente de falar quando ele está diante de mim novamente. Ele inclina a cabeça suavemente, olhando para mim com a mão colocada sobre o banco do bar. Seus lábios ainda estão insinuando um sorriso satisfeito e seus olhos cinzentos ainda suaves, bonitos e rodeado por cílios exuberantes. — Esta é a segunda vez que você quase bateu em mim. Devemos ter mais cuidado — diz ele, inclinando-se para que eu possa ouvi-lo sobre a música. Inspiro seu perfume. Ele tem um
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cheiro delicioso e fresco, como o aroma de sabonete masculino com um toque de especiarias. Ele tem o cheiro natural, o que sempre deixa um homem completamente irresistível. Continuando a olhar para ele, dou um passo para trás, para conseguir algum espaço entre nós. Ele também dá um passo para trás, mas é só para me oferecer o banco do bar. — Por favor. Com um suspiro, passo por ele para sentar no banco. Eu ainda posso senti-lo pairando atrás de mim, esperando para dizer sua próxima gracinha. Seu corpo está próximo. Sua respiração é quente quando escorre contra meus ombros nus e faz com que minha pele formigue e contraia. — Você não se importaria se eu me sentasse com você, não é? Balanço minha cabeça. — País livre. Ele ri, roubando o assento à minha direita. Ainda bem que meu cabelo está cobrindo meu rosto, caso contrário, ele iria ver o quão vermelha estou. De repente me sinto quente e não tenho certeza se é por causa do álcool ou porque ele é aquele maldito gostoso que pode mudar a atmosfera do casual para o fumegante. Que diabos está acontecendo com esse cara? Como ele pode afetar uma garota que está com o coração partido? Eu não deveria me importar. — Gostaria de uma bebida? — Ele pergunta. — Eu vou ficar bem com a minha. Dou uma espiada nele, mas ele já está olhando para mim, seus olhos suaves e que nem piscaram com minha resposta. — Isso é estranho, porque a maioria das meninas que vêm aqui, imploram para ter suas bebidas compradas para elas. O que te faz diferente? A raiva toma conta de mim quando viro para encará-lo. — Não me compare com outras mulheres. Eu não sou como elas — Eu chio. — Não é?
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— Não. — Faço uma careta, afastando-me dele e de seu comportamento arrogante. Não é à toa que ele está fazendo me sentir assim. Talvez ele seja arrogante da sua própria maneira. — Eu devo estar te irritando. Sinto muito. Posso apenas dizer que você não é daqui. — Oh sim — eu suspiro. — Como? — Bem, por um lado, eu vi a placa do seu carro. — Ele sorri abertamente. — E dois... Bem, olhe para você. — Seus olhos viajaram desde o meu top rosa de renda até minha mini saia preta. Minhas roupas são justas, mas longe de ser tão apertada quanto a de Harper. — Você está vestida deixando só uma certa quantidade de pele a mostra e se alguém quiser ver o resto, terá que trabalhar para isso. A maioria das mulheres daqui não usam quase nada. O seu senso de estilo, por outro lado, me surpreende. — Eu rolo meus olhos e então inclino para a frente para chamar o bartender. Ele está tentando jogar seu charme em mim. Isso definitivamente não vai funcionar. Ele ri de novo, passando os dedos pelos cabelos. — Você é difícil — admite. Olhando-o brevemente, eu me forço a ficar de boca fechada. — Eu acho que é isso que está mexendo comigo. Seus olhos estão ainda mais suaves enquanto observa cada centímetro de pele nua no meu corpo. Ele olha para as minhas pernas por mais um tempo antes de prender seu olhar no meu. — Alguém já lhe disse como é rude ficar encarando? — Eu estalo. — Eu não acho que admirar seja a mesma coisa que encarar. Calor desliza pela minha barriga antes de seguir seu caminho entre
as
minhas
pernas.
Desvio
meu
olhar
novamente.
Eu
definitivamente preciso de outra bebida. O barman finalmente chega até mim e eu mostro o passe antes de pedir mais uma rodada. Quanto mais cedo eu for para longe deste cara, melhor. O barman despeja duas doses rapidamente e eu levo a mão ao meu sutiã para pegar uma gorjeta, mas
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o cara gostoso ao meu lado coloca uma nota de dez dólares no balcão antes que eu possa sequer chegar a ele. — Considere como um pedido de desculpas. Descendo de seu banco, ele olha para mim mais uma vez antes de se virar e fazer o seu caminho através do mar lotado de pessoas. Observo até que ele desaparece entre todas as cabeças e braços erguidos balançando, antes de virar para pegar minhas bebidas de forma rápida e virá-las, uma após a outra. Bato os copos no balcão, em seguida, corro para a pista de dança para fazer algo que eu sei que provavelmente vou me arrepender amanhã. Mas este é o meu recomeço e eu poderia muito bem fazer isso. Se eu pensar muito, não vai ser divertido. Outra música techno toca mais alto enquanto empurro através da multidão, até vê-lo. Giro em torno dele e ele olha para mim, seus olhos arregalados, com uma centelha de confusão. — Sou Natalie — eu respiro. — Dança comigo? Ele inclina a cabeça suavemente. — Nolan — ele murmura quando se inclina para colocar seus lábios contra meu ouvido. Um calor inesperado toma conta de todo o meu corpo quando ele se afasta, mas pega a minha mão para me virar. A música parece ficar mais alta, minha mente está nublada e aqui estou eu com Nolan, um cara realmente sexy. Começo a dançar como nunca tinha feito antes. As bebidas estão realmente fazendo efeito em mim agora. Eu não sou a Natalie Sober que costumava dizer a caras como Nolan para se foder ou para me deixar em paz. Agora, meu coração partido não importa. Tudo o que importa é se estou me divertindo. E eu estou. Nolan inclina a cabeça para baixo enquanto eu levanto a minha, ainda esfregando e me movendo com a música. Meus quadris estão colados aos seus, com sua ereção pressionando contra mim, me
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excitando ainda mais. Pelo menos eu ainda posso fazer alguém me querer. — O que fez você mudar de ideia? — Ele pergunta, sua voz zumbindo em meu ouvido novamente. Ele coloca as mãos em volta da minha cintura enquanto eu continuo a mexer, rebolar e descer meus quadris com o baixo da música. — A vida é muito curta. Sua risada explode em seu peito. Ele, então, me gira para enfrentá-lo. Nós dois paramos de nos mover, olhando nos olhos um do outro. — O que você acha de irmos conversar e beber alguma coisa? Concordo com a cabeça, em seguida, viro e fico na ponta dos pés para olhar sobre a multidão para Harper. Eu a vejo, dançando com um cara que tenho certeza que ela não conhece. Nolan aperta minha mão e mostra o caminho através da multidão. Disfarço meu sorriso quando chegamos às escadas e ele começa a subir, ainda segurando minha mão. Por que isso é tão estimulante? Não posso acreditar que eu realmente chamei sua atenção. Esse cara quer conversar e beber comigo. Eu tenho que fazer isso. Estou me divertindo muito para tentar pará-lo e, pela primeira vez, não dou a mínima para Bryson. Bryson que se dane. Nolan continua a liderar o caminho através de vários sofás de couro. As luzes ainda estão suaves e eu tenho que admitir que estou sentindo cada dose que bebi. Estou ficando tonta, risonha. Tudo que quero fazer é dançar, mexer-me ao ritmo das batidas. Fecho os olhos por um instante, aproveitando o baixo e deixando-o bombear através do meu sangue até minha cabeça. Até que Nolan aperta minha mão e eu percebo que estamos sentados. — Você está bem? — Ele pergunta, rindo. Eu rio. — Você quer que eu seja sincera?
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— Tão sincera quanto você queira. — Estou mais que bem. Eu me sinto ótima. Sinto-me livre. — Já estou fazendo você se sentir assim? — brinca. Ele se inclina para mais perto, com a mão ainda presa à minha. — Talvez. — Um 'talvez' é bom o suficiente para mim, quando vem de alguém como você. — O que isso quer dizer? — Pergunto, tentando segurar minha risada. — Isso significa que você é difícil. Por um segundo, tive vontade de desistir. Isso nunca me aconteceu com qualquer mulher. — Então, está dizendo que você pega um monte de mulheres fáceis nos clubes? — Olhei-o por um longo tempo, estreitando os olhos, brincando. — Não tantas quanto você está pensando, tenho certeza. — Ele dá um sorriso encantador e meu coração tropeça na próxima batida, com outra onda de calor descendo entre as minhas pernas novamente. — Como você faz isso? — Tento murmurar para mim mesmo. — Fazer o quê? — Ele pergunta rapidamente. Eu pisco repetidamente enquanto puxo minha mão. Se há uma coisa que não gosto quando estou bêbada, é o fato de que não seguro minha língua. Sempre digo o que vem à minha cabeça e faço o que sinto que é certo. Sou descuidada quando estou bêbada. Nolan olha para mim, seus olhos cinzentos claros confusos. — O que eu estou fazendo? Dou de ombros. — Eu não sei. Quando você sorri eu me sinto toda feminina e estranha... — Faço uma pausa enquanto ele dá outro sorriso
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e mais uma vez eu me derreto. — Veja! — Eu grito sobre a música. — Isso! — Eu indico. Ele ri de novo, levantando as mãos inocentemente. — Não estou fazendo nada — defende-se. — Só estou sendo eu mesmo. — Você mesmo? — Eu mesmo — diz ele calmamente, sorrindo. — Você gostaria de outra bebida? — Claro — eu aceno. Ele levanta do sofá prata rapidamente. — Já volto. Literalmente vai levar dois segundos. Por favor, não suma. — Seu rosto fica sério e os olhos dele endurecem um pouco. Ele acha que eu vou abandoná-lo? Talvez ele realmente esteja afim de mim. Mas eu não preciso disso agora. Eu não preciso que ele sinta qualquer coisa por mim. Eu só quero um caso de uma noite. Não quero nenhum sentimento envolvido. Eu preparo os meus lábios para falar, mas ele já está indo em direção ao bar, balançando os quadris de forma viril, sedutora. Suspirando, eu relaxo no sofá de couro. No que eu me meti?
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Capítulo Quatro Assim que Nolan abre a porta de seu apartamento, nossos lábios se unem e entramos, não dando a mínima para quem vê. Ele geme, batendo a porta atrás de nós. Ele tropeça em algumas coisas no chão, para alcançar e puxar minha blusa sobre a minha cabeça. Alcançando para arrancar sua, eu permito que os nossos lábios se soltem por apenas alguns segundos antes de devorá-los novamente, assim que a camisa dele é retirada. Ele para abruptamente quando seu corpo é forçado a cair e afundar no sofá atrás dele. Subo em cima dele, passando os dedos pelo seu cabelo enquanto ele pressiona os dedos contra a minha pele nua. — Ei — ele respira quando começo a beijar seu pescoço. Ignoro-o. Agora, eu nunca estive tão excitada. Fora nos beijar, eu realmente não consigo pensar em outra coisa e assim é exatamente como eu quero que ele fique. Ele se vira para pegar o meu corpo sem esforço e me deitar no sofá. Ele abaixa-se, colocando seus lábios contra os meus, antes de arrastar toques suaves pelo meu rosto, minha orelha, meu pescoço. Eu gemo, passando minhas unhas nos músculos das suas costas. Chego a desabotoar sua calça, mas ele segura minha mão. — Ei — ele diz novamente, desta vez com uma risada suave. — Você tem certeza disso? — Sim — eu sussurro, confirmando com a cabeça e ainda tentando desabotoar sua calça. Sua mão continua agarrando a minha. Afasto-me e coloco minhas mãos sobre sua pele quente, decidindo a respirar seu perfume fresco ao invés disso. Puxo-o para baixo, contra mim e ele geme quando ri novamente. Seus lábios pairam acima dos
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meus e eu me ergo, querendo deixar nossos lábios tocarem-se novamente, mas ele se afasta. — O que você está fazendo? — Digo com impaciência. Seu rosto brilha com o luar que entra através de aberturas nas cortinas de sua janela da varanda. Ele sorri, seus dentes brilhantes, fazendo com que minha pele derreta contra os meus ossos. — Eu não posso, Natalie. Mas que diabos? Apenas alguns segundos atrás estávamos dando uns amassos. Ele estava gostando, de cada momento. Que homem não gostaria de transar com uma garota bêbada? Não é por isso que ele continuou a comprar bebidas para mim? Sento-me rapidamente para afastar-me dele. — Por que não? — Pergunto defensivamente. Sou mesmo tão horrível que ele mudou de ideia? O meu hálito cheira mal? Eu não sou perfeita o suficiente para ele? Pensei que o tinha nas mãos. — Não leve as coisas assim. — Ele se ajeita para sentar ao meu lado. — Sinto algo por você que nunca senti por ninguém antes. Oh, não. — O que você quer dizer? Você, literalmente, acabou de me conhecer. — Afasto-me dele um pouco, meu rosto em uma careta apertada. — Exatamente, eu acabei de conhecer você e, ainda assim, não sei nada sobre você — diz ele, balançando a cabeça. — Olha, se eu dormir com você hoje à noite, sei que você vai considerar isso como um caso de uma noite e nunca responderá aos meus telefonemas no futuro. Você vai se arrepender de me conhecer. Quando eu ligar, você só vai pensar que tudo o que eu quero é sexo e não quero que você pense assim. O quê? Mas isso é exatamente o que eu estava buscando. Nenhum sentimento, apenas sexo. — Então, o que você está dizendo? — Pergunto. — Porque isso é o que eu queria.
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Ele inclina a cabeça, como os olhos apertados. — Você só queria sexo comigo? — Sim — eu digo através de uma risada ofegante e forçada. — Você acha que isso é tudo o que eu queria de você? — Eu estava esperando que fosse. Balançando a cabeça, ele suspira quando ele se inclina contra o sofá. Ele cruza os braços sobre o peito largo e vira para a frente, sem se preocupar em olhar para mim. Sento-me com ele, confusa sobre o que dizer. Por que ele iria esperar mais de mim? Eu não preciso de mais agora. Eu só preciso ser eu mesma, para ser livre. — Presumo que alguém te magoou antes. Essa é a única razão para uma menina querer 'apenas sexo'. Ou ela está ferida ou é uma vagabunda. — Ele se vira para olhar para mim, os olhos refletindo os raios de luar novamente. — Qual delas é você, Natalie? Meu coração bate forte quando olho para longe dele. Eu aperto minhas mãos, sentindo as lágrimas que estão implorando para ser derramadas. Mas eu não vou derramá-las. Não vou deixar as memórias de Bryson tomarem conta de mim e das minhas emoções, e arruinarem minha noite. Encaro Nolan novamente, seus olhos estão suaves e implorando por uma resposta. — Eu não deveria ter vindo aqui — murmuro rapidamente antes de levantar para pegar minha blusa do chão. — Opa, o que? — Nolan sai do sofá rapidamente para chegar até mim. — O que você quer dizer? Você não tem que sair, Natalie. — Eu sei, mas você quer mais e não posso te dar mais... — Digo enquanto visto minha blusa. Olho nos olhos de Nolan e uma grande culpa toma conta de mim. — Nolan, não posso dar-lhe mais agora. Para ser
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honesta, tudo o que eu queria esta noite, era esquecer meus problemas, apenas me divertir com alguém, para variar. — Você ainda pode se divertir comigo — ele implora. — Eu posso te dar isso. Você não tem que sair. — Mas, isso terá um preço. Se eu lhe der mais agora, provavelmente terei que dar meu coração e quando eu fizer isso, não vou mais me sentir livre. Sua boca se abre novamente, como se ele quisesse falar, mas depois de um momento se fecha. Apesar de Nolan e eu termos nos dado bem esta noite, não posso fazer isso comigo mesma. Ele é uma pessoa maravilhosa, por dentro e por fora. Antes de irmos ao seu apartamento, demos um passeio na praia. Harper tinha me trocado pelo gostosão que tinha vindo com Nolan, então, nós fomos embora do clube também. Sei que disse coisas que não deveria, provavelmente, levaram ele a querer mais de mim, mas agora me arrependo de ser tão estúpida e estar bêbada. Agora eu lamento ter corrido atrás dele. Pego meus sapatos e depois sigo para a porta. — Você não é daqui, Natalie. — Suspirando, ele pega as chaves que jogou na mesa de café. — Pelo menos, deixe-me levá-la para casa. Eu me viro para encará-lo, com um leve aceno de cabeça. Ele caminha pela sala, ainda sem camisa, e abre a porta sem me olhar. Ele caminha pelo corredor com a cabeça baixa, passando os dedos pelos cabelos, antes que chegue às escadas. Com um gemido, agarro minhas chaves, antes de fechar a porta atrás de mim.
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Capítulo Cinco Um barulho me assusta e eu não tenho certeza se é a minha cabeça latejando ou algo completamente diferente. Ouço as pancadas novamente e gemo, puxando os lençóis brancos do meu rosto. O sol brilha através da janela, me cegando num primeiro momento. Não posso acreditar que eu tenha chegado bêbada na noite passada. Eu mal posso lembrar de qualquer coisa... bem, exceto a parte onde eu praticamente destruí o coração de Nolan. Ainda não posso acreditar que isso aconteceu. O barulho é mais alto desta vez e junto com ele vem o som da voz de Harper. — Nat! Deixe-me entrar! Eu perdi a minha chave! Recuperando-me, protejo os olhos do sol enquanto jogo minhas pernas para fora da cama e me apoio no chão. Meus pés descalços arrastam-se ao longo do tapete antes de atingir o assoalho de madeira que vai até a porta. Destranco-a, abro e minha ressaca desaparece enquanto meus olhos se arregalam com a visão de Harper. Estou boquiaberta, não acreditando em como seu cabelo está emaranhado. Óculos escuros estão cobrindo seus olhos esbugalhados, mas tenho certeza que sua maquiagem está arruinada. Ela poderia se passar por Lady Gaga. — O que diabos aconteceu com você? — Pergunto quando ela passa por mim. Um gemido baixo e grave é sua resposta. Ela joga a bolsa no sofá, em seguida, se dirige para a janela de sacada e fecha as cortinas. — Está muito sol hoje. A porra da minha cabeça dói — ela rosna.
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— Alguém está mal humorada. — Caminho para o sofá e despenco. — Mais do que isso — ela murmura antes de se sentar comigo. Ela tira os óculos escuros e eu estava certa. A maquiagem dos olhos está completamente arruinada. — Quer um café? — Isso seria maravilhoso — ela suspira. Concordo com a cabeça, pressionando os lábios antes de pular do sofá para ir até a cozinha. Vou esperar até mais tarde para que ela diga o que aconteceu. Harper geralmente me conta quando algo está errado com ela, sem a necessidade de perguntar. Ela só não me conta alguma coisa de imediato, se estiver com vergonha de algo que fez. Eu acho que ela fez algo terrível. Harper vai além de ultrapassar os limites quando está bêbada em uma festa, é pior. — Nat, o que acha de irmos à praia hoje? Preciso de um pouco de sol — diz da sala de estar. Praia? Não estou realmente pronta para isso hoje. — Eu não desfiz as malas, Harper. — Dane-se as malas, Natalie. — Sua voz está mais perto e não demora muito até que ela apareça na cozinha. — Você vai ficar comigo durante meses e nem mesmo tem muito para desembalar. Por que você está arrumando desculpas? — Seus olhos são fendas finas enquanto ela cruza os braços. — Você deveria estar mais do que pronta para sair. Balanço minha cabeça, forçando-me a segurar seu olhar enquanto ligo a máquina de café. Procuro em todos os armários o café moído, mas ela passa por mim, puxando a lata. — Nat — diz com firmeza. Odeio quando ela fica séria. Mas não posso dizer que não estava esperando por isso. Ela me disse antes mesmo de eu chegar, que
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arrumaria um milhão de maneiras de me fazer parar de pensar em Bryson. Acho que me levar para sair é sua estratégia. — Fale comigo — ela implora, seus olhos suavizando, mas é difícil se encantar por eles, porque sua maquiagem borrada faz seu olhar parecer o de um demônio da noite. Dou uma risadinha, enquanto abro a lata de café. — O que diabos é tão engraçado? Estou falando sério. — Não, não é isso — digo, ainda zombando. — É só que... bem... você está péssima, Harp. Seu rosto entristece enquanto ela alisa o cabelo emaranhado. — Eu sei. Não me lembre — ela geme. — O que aconteceu com você? Ela pensa um pouco, seus olhos azuis cristalinos perdidos. — Não vou te contar, a menos que prometa de ir à praia comigo. — Oh, nós estamos negociando, agora? — Levanto uma sobrancelha, colocando a tampa para baixo cruzando meus braços. — Se isso vai trazer um pouco de vida para você. — Ela estuda meus olhos enquanto pressiona os lábios secos. — Nat, eu sei que você ainda está magoada. Sei que você quer esquecê-lo, mas nunca vai conseguir se ficar remoendo isso todos os dias. — Olho para longe dela, forçando-me a segurar as lágrimas que ameaçam transbordar. Minha garganta está seca e as minhas mãos se transformam em punhos sob meus braços antes de afastar-me dela. — Natalie, por favor. Vou implorar, se for preciso. — Dou uma olhada para ela e agora sua sobrancelha está levantada, deixando-me saber que ela vai implorar sem reservas. — Maldição. Tudo bem — eu gemo.
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— Isso — ela respira vitoriosamente. — Confie em mim, eu vou tirar esse filho da puta da sua mente de uma forma ou de outra. — Segurando meus pulsos, ela vira-se para sair da cozinha. — Vamos. Temos que nos refrescar. Nós podemos pegar algum Frappuccino no Starbucks à caminho. — Oh, isto me lembra uma coisa, Harp. Ela continua a me arrastar e não pára até que chegamos ao seu quarto. — O quê? — Eu não tenho um biquíni. Seus lábios se esticam para revelar todos os seus dentes brancos e brilhantes. — Fique aqui — diz antes de correr para longe de mim até seu closet. Ela sai em um segundo, segurando um biquíni de duas peças azul petróleo e branco preso em um cabide. As etiquetas ainda estão nele e parece ser de um tamanho muito grande para ela. — É para você. Sua cor favorita! — O que? — Balancei minha cabeça. — Você me comprou um biquíni? — Claro que sim. Sabia que você não ia trazer um ou comprar, assim comprei um para você. Grace me disse que você não estava pensando em usar um. Juro que eu amo aquela garota — ela suspira. — Tenho que dizer-lhe, no entanto, que estou feliz por você ainda usar o mesmo tamanho. — Ela revira os olhos ligeiramente. — Harper, isso é um pouco demais. — Isso pode ser verdade — ela brinca. — Mas pelo menos eu estava pensando em você. Considere isso como um presente de boasvindas. — Ela sorri, em seguida, caminha na minha direção para me entregar o biquíni. — Tenho certeza que ele fica melhor em você. Vá experimentar.
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Gemendo, seguro o cabide e vou para o meu quarto. — Assim que tomar um banho — murmuro enquanto caminho como se fosse uma criança.
**** — Harper, o que diabos é isso? — Eu chio, logo que nossos pés tocam a areia. Música alta flui com o vento, junto com milhões de bolas coloridas de praia que estão sendo lançadas no ar. Ela olha por cima do ombro, dando-me seu famoso olhar suplicante novamente. — Eu sabia que se dissesse que era uma festa na praia, você não viria. — Harp... — Nat — Ela se vira para olhar para mim, seus olhos suplicantes agora me repreendendo. — Você vai se divertir comigo. Dane-se Bryson e dane-se sua auto piedade. A velha Natalie ainda está aí em algum lugar. Tudo o que ela precisa é de algumas bebidas e estará tão boa quanto nova. — Eu pressiono meus lábios, franzindo a testa para ela com olhos ferozes. Ela encolhe os ombros. — Dê-me esse olhar demoníaco o quanto quiser, mas você sabe que é verdade. Ela pega a minha mão, em seguida, abre o caminho pela multidão. Acho que Harper está certa. Preciso me divertir. Preciso esquecer. Ainda me sinto culpada por ontem à noite, sobre Nolan. Sei que ele nunca vai me perdoar, mas a minha única esperança, é que eu nunca mais o veja. Acho que é por isso que estou tão incomodada por estar nesta festa na praia. Porque sei que ele pode estar por perto. Ele parecia ser do tipo que sabe sobre cada festa ou evento que estivesse acontecendo. A música fica mais alta à medida que nos aproximamos da multidão. Harper solta minha mão e eu fico ao seu lado enquanto tentamos chegar até ao centro. Uma vez, fui a uma festa na praia e foi a melhor festa de todas. Foi durante as férias de primavera no meu último
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ano. Então, muitas pessoas estavam lá, as bandas eram excelentes e as bebidas fantásticas. Claro que eram menores de idade e a polícia veio logo que ouviu o barulho, mas foi incrível. Mas isso é uma das memórias que eu tenho que enterrar, porque quando a polícia apareceu, eu estava com Bryson e fugimos juntos. Nós fizemos amor naquela noite, também. A memória ataca meu coração, envolvendo-o e apertando como uma anaconda. Eu me forço a pensar em outra coisa e, felizmente, eu posso, porque nós paramos no centro de toda a multidão. Todos movemse juntos, pulando para cima e para baixo, balançando de um lado para o outro com a banda que está no palco. — Nós devemos buscar algumas bebidas — Harper grita enquanto fica na ponta dos pés para encontrar o bar mais próximo. Ela vê um, aponta para ele, e então pega a minha mão novamente antes de empurrar através do mar de corpos, até que fiquemos livres. O bar é pequeno e possui uma decoração tropical. O barman é um cara bonito, com o peito firme, bronzeado, cabelo loiro-areia e usa um calção de banho azul. Ele abre um sorriso para nós quando chegamos ao balcão do bar. — Oi — Harper suspira enquanto o estuda. Ela bate os cílios e seus lábios sugerem um pequeno sorriso. — Olá, meninas. Em que posso ajudá-las? — Ele pergunta, puxando o pano longe do balcão que ele acabou de limpar. — Nós gostaríamos de algumas bebidas, se possível — diz Harper. Com um tom de flerte, ele pergunta: — Quantas, exatamente? — Harper olha dele para mim. Suspiro, sentada no banco enquanto seguro dois dedos. — Duas para mim. — Duas para mim também — murmura Harper. — Que tipo de vodca?
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— Hum... que tal você escolher para nós — diz Harper, seus olhos iluminando sob a maquiagem recém-aplicada. Ela me olha para confirmar. Concordo com a cabeça enquanto o barman pega quatro copos debaixo do balcão. Ele se vira para pegar uma garrafa de líquido claro, derrama um pouco em cada copo e depois desliza-os para nós. — Pronto, senhoritas. — Ele pisca, enroscando a tampa na garrafa novamente. Mais alguns clientes chegam até o balcão, forçando-nos a dar espaço para eles. — Ele é gostoso, né? — Harper vira para olhar para mim, logo que ele está fora de alcance para nos ouvir. — Muito — Eu aceno. O cara é realmente gostoso. Seu corpo é esculpido perfeitamente, seu sorriso é deslumbrante. Ele tem o charme que qualquer garota gostaria, mas quem sabe qual a sua história lá fundo. Ele poderia ser um jogador, um trapaceiro, ou apenas um destruidor de corações nato. Eu balancei minha cabeça, pegando um copo rapidamente. Desde que Bryson me traiu, tenho o mau hábito de acreditar que todo homem na terra é um canalha. Viro minha bebida e meu rosto se contorce enquanto ela queima minha garganta. Ignoro a queimação enquanto pego meu segundo copo, viro-o, mas desta vez não é tão ruim. — Natalie, devagar — Harper reclama, estreitando os olhos para mim antes de lançar um olhar para os meus copos vazios. — Por quê? Não é isso que você queria? A Natalie festeira? — Sim, mas... — Seus olhos se arregalam quando ela olha por cima do meu ombro. Sua boca abre e seu rosto está pálido, como se tivesse acabado de ver um fantasma. Observando o horror em seus olhos, acabo franzindo a testa antes de me virar para ver quem ela pode estar olhando.
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No começo não vejo ninguém, mas quando reconheço o peito moldado e bronzeado, os olhos cinzentos suaves e seu cabelo, que está liso, muito provavelmente por causa da água do mar, meu coração para. Ele
está
conversando
com
outra
garota
(uma
garota
que
ele
provavelmente não conhece), mas eu sinceramente não estou prestando atenção a isso. Ele está maravilhoso, porra. Com camisa, ele já estava gostoso, mas sem... tudo o que posso pensar é na palavra maldição. Seu abdômen está brilhando, brilhando por conta de óleo para bronzear. Sua sunga branca abraça seus quadris e a protuberância entre suas pernas que, na noite passada, tive a impressão que era extremamente grande. Ele abre um sorriso brilhante para a menina com quem está conversando e ela sorri, provavelmente derretendo seu coração, porque eu estou derretendo só de olhar para ele. — É ele — murmura Harper. Ela pega suas bebidas, vira-as e então se dirige para a multidão novamente. — Vamos lá, Natalie! — Corro para Harper, mas seu rosto é tomado pelo horror novamente quando ela olha para a esquerda. Um cara com calção preto, cabelo loiro comprido e ondulado, e um piercing no mamilo caminha em direção a ela. Eu paro, achando-o familiar. A argola no canto inferior direito de seu lábio faz com que sua boca rosada se destaque. Seus olhos estão nublados, mas suavizam quando ele olha para Harper. Seus lábios se abrem em um sorriso doce. Por que Harper tem tanto medo? Por que parece que ela está assistindo alguém ser brutalmente assassinado? Ela finalmente afasta seu olhar para longe dele e olha para mim, os olhos implorando por ajuda, mas estou muito confusa para saber que tipo de ajuda precisa. — Harper — o estranho finalmente diz, passando o braço em volta da sua cintura para puxá-la. Ela força um sorriso, mas posso dizer que está gostando do seu toque, seu corpo e todo resto dele. Seus olhos fecharam brevemente e antes dela abrir novamente, se afasta. — Eu não esperava vê-la aqui — diz ele. Eu continuo a olhar para o estranho
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familiar, mas quando ele continua a conversar com Harper, percebo quem ele é. É o cara com quem Harper estava dançando... o que estava de pé contra a parede com Nolan na noite passada. Oh, merda. Viro para minha esquerda lentamente para ver se Nolan ainda está por aí e para minha sorte, ele desapareceu. Volto escondida para o bar, girando lentamente para recuperar o meu lugar, mas quando eu viro completamente, alguém me pega e me segura pelo braço antes que eu possa me afastar. Suas mãos são fortes e seus braços parecem-me um pouco familiares. Meus olhos viajam dos seus braços, para o peito largo, até que finalmente vejo os lábios que estavam colados aos meus ontem à noite. — Natalie? — Nolan pergunta, quando eu, finalmente, olho naqueles olhos que não estou muito satisfeita em ver. Ele parece surpreso ao me ver. — Nolan — eu suspiro, fingindo que estou contente de vê-lo. Ele solta meus braços e cruza os seus com um sorriso. — Agora vejo porque você me rejeitou ontem à noite. — O que você quer dizer? — Você é uma menina festeira. Balanço minha cabeça. — Na verdade, eu não sou. Apenas tendem a ficar me arrastado para este tipo de festa. — Ninguém a obriga ir a qualquer lugar, Natalie. Assim como eu não te forcei a vir ao meu apartamento na noite passada. — Ele inclina a cabeça, seus olhos cristalinos brilhando. — Ou fazer sexo comigo.
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— Ok, por favor, pare — murmuro, balançando a cabeça rapidamente. — Se eu te magoei, me desculpa, mas eu lhe contei os meus motivos. — Bem, você poderia me explicar melhor? — Explicar melhor o quê? — questiono, minha testa formando um vinco profundo. — O porquê fui rejeitado, por que você queria apenas sexo comigo. — Ele aperta os lábios firmemente enquanto espera uma resposta. — Eu realmente sou isso para você? Posso entender apenas sexo contínuo com a mesma pessoa, mas um caso de uma noite... isso me pegou de surpresa. — É uma história muito longa e pessoal... — Sabe, eu pensei sobre isso ontem à noite — diz ele, me cortando no meio da frase. — E eu acho que sei o que é, porque eu experimentei o que você está passando. — Do que você está falando? — Você sabe exatamente do que eu estou falando. Você está com o coração partido e não vai baixar a guarda. Ele olha para mim, os olhos firmes com confiança. — E como você sabe disso? — Eu pergunto. — Bem, apenas espero que você não seja uma vadia — ele suspira. — Eu prefiro que você seja uma garota de coração partido, do que uma puta qualquer. Eu não posso me aproximar de uma puta, mas um coração partido pode ser facilmente consertado com o tempo. Certo. Ele me descobriu. Então o que? Isso não significa que eu vou mudar de ideia. Recuso-me a entrar neste jogo de amor novamente. Sei que se eu considerar esta opção, ele vai me deixar sem escolha, a não
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ser me apaixonar por ele. Sinceramente, nem acho que poderíamos ser amigos com benefícios, se ele pedisse. Eu iria afundar como se fosse areia movediça. — Isso ainda não muda nada, Nolan. — Eu sei. — Então, inesperadamente, ele me puxa contra ele, colocando a mão no meu quadril enquanto a outra desliza sob o meu cabelo para segurar a minha nuca. Ele inclina minha cabeça para trás suavemente, movendo os lábios para mais perto dos meus. — Mas eu posso te fazer mudar de ideia. Posso fazer você reconsiderar. — Seus lábios chegam mais perto, mas eu me afasto, recusando deixá-lo me beijar. Mas obviamente ele tem outros planos, porque seus músculos se contraem para manter-me em suas mãos. Seus dentes afundam em seu lábio inferior e apenas por seu domínio e seus olhos sedutores, meu corpo está derretendo, célula por célula. — Eu já provei o sabor dos seus lábios ontem à noite, Natalie. Por que não fazer isso de novo? — Eu estava bêbada — murmuro. — Mas você gostou. Você disse isso. — Ele se afasta para estudar meus olhos. Ele está certo. Eu amei a maciez de seus lábios, o gosto do álcool em sua língua doce. Ele tinha um sabor delicioso. Mas eu nunca vou dizer isso a ele. — Eu tenho que voltar para Harper. — Ele me libera, mas seu peito permanece perto do meu. — Eu não acho que Harper precisa de você agora. — Ele cruza os braços ao olhar atrás de mim. Eu me viro rapidamente apenas para ver Harper saindo com o cara que tinha feito seu rosto parecer com uma folha de papel em branco, apenas alguns momentos atrás. Droga, Harp!
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— O que acontece com vocês dois? — Eu assobio, estreitando meus olhos. — Nós somos apenas nós mesmos e garotas festeiras odeiam isso. — — Ugh, que seja. — Começo a virar e sair, mas ele pega meu braço para me puxar de volta. Sua cabeça se inclina enquanto ele observa meu rosto, deslizando a mão em pelo meu ombro. Inclinando-se, ele coloca seus lábios contra meu ouvido. — Uma chance, Natalie. Isso é tudo que eu peço. Se você não gostar, então vou deixá-la em paz para sempre, porque pelo menos tive a oportunidade de conhecê-la. — Ele se afasta e minha pele pinica. É ainda mais quente agora. — Você não pode simplesmente me rejeitar assim. Vou continuar te encontrando. — Um sorriso de satisfação se arrasta em seus lábios. — Então, o que me diz? Faço uma pausa, hesitando sobre como eu deveria responder. Sei que ele não vai me deixar em paz. Mesmo se eu disser não, ele continuará aparecendo na minha vida. Ele sabe onde Harper e eu moramos. Não posso me esconder na casa dela. Não há nenhum lugar onde eu possa ir e nada que eu possa fazer. Harper vai continuar a me arrastar para sair e eu vou continuar a ver esse homem lindo que irá continuar implorando por um encontro. — Só um encontro? — Eu finalmente pergunto. — Somente um. — Ele sorri quando ele me solta. — Tudo bem. Apenas um. Mas não espere muito de mim. — Oh, eu já sei que não posso esperar muito de você. Sinceramente, não espero nada de você. — Eu tremo. Ai. — Vamos como amigos... se isso ajuda. — — Sim — eu suspiro. — Como amigos soa muito melhor.
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Ele balança a cabeça, os lábios pressionando juntos suavemente. — Tudo bem. O que você acha de eu buscá-la por volta das sete hoje à noite? Quando a festa acabar, podemos dar um passeio na praia, pegar algo para comer.... algo simples. Eu aceno, reprimindo um sorriso. Para ser honesta, isso soa incrível. Ele não está se esforçando para fazer isso. Ele quer ser casual, sem sentimentos envolvidos. Vou aceitar sua oferta, apesar de já saber que ele vai tentar alguma coisa às vezes. Mas é apenas um encontro. Depois desta noite, não vou ter que me preocupar com ele. — Está bem — eu sorrio.
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Capítulo Seis Ainda estou debatendo se eu deveria usar mais de rímel e gloss. Essas são as minhas vítimas. Não uso nada mais que isso. Sem base, sem delineador... apenas rímel e gloss. Gracey sempre me disse que eu nunca precisei de mais do que isso. Ela me lembrava a cada dia que eu era linda. Não vou ser um Debbie-Downer e fingir ser quem não sou. Eu só não gosto de chamar a atenção. Nem todo mundo me acha bonita ou linda. Mas posso dizer que Bryson achava. Odeio estar pensando nele, mas quando sinto que estou no fundo do poço, lembranças dele me dizendo como eu era linda, enchem minha mente. Mas eu não fui linda o suficiente, porque ele me traiu com alguém que nem se compara. Sara Manx era realmente horrível e ela se escondia atrás de tanta maquiagem, que poderia ter se transformado em um saco de maquiagem sozinha. — Ninguém vai escolhê-la — Sara sussurrou para uma de suas amigas enquanto eu passava. Um sorriso de satisfação vibrou em meus lábios quando olhei por cima do meu ombro. — Talvez devêssemos ter aulas sobre sussurrar, hein, Sara? — Eu parei no meio do corredor da escola para ver sua cara feia. — Talvez devêssemos ter aulas sobre ser uma namorada interessante, hein, Natalie? Eu me encolhi com o cenho franzido. Se havia uma coisa que sempre me preocupava, era em não ser uma namorada chata para Bryson. Eu me sentia tão desinteressante para ele, porque ele foi o meu primeiro em tudo. Ele tirou minha virgindade, ele foi o meu primeiro beijo. Ele era o
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meu tudo. Acho que é por isso que eu estava tão apaixonada por ele. — Você é uma vadia, Sara. Você é a única que não vai ganhar. — Eu me senti tão imatura por discutir com ela. Se eu soubesse o quão estúpida estava parecendo. — Eu sou melhor, porém — Sara respondeu. — Quero dizer, olhe para você — ela zombou ao analisar minha calça jeans solta e meu casaco com capuz cinza. — Você parece uma merda completa. Como um saco de lixo. Eu não sei o que Bryson tem na cabeça. Eu poderia deixá-lo muito melhor. — Ela sacudiu seu cabelo loiro por cima do ombro, em seguida, virou-se para olhar para a amiga. — Vamos lá, Danielle. Temos um concurso para ensaiar — Sara olhou por cima do ombro de cara feia para mim mais uma vez antes de ir embora. Eu balancei minha cabeça enquanto me virava. Eu não sei porque eu tinha deixado Sara me atingir assim. Ela era uma cadela e estava apenas com inveja de mim. Ela diria qualquer coisa para me irritar. Mas dessa vez ela realmente tinha conseguido, porque eu sentia como se Bryson fosse melhor do que eu. Bryson era perfeito em tantos aspectos. Ele tinha o sorriso perfeito, o cabelo preto com um corte perfeito, que era perfeitamente indomável. Ele tinha o corpo mais sexy que eu já vi. Se alguém me pedisse para descrevêlo, gostaria de começar com a sua altura. Bryson tem 1,90m. Acho que a altura de um homem é a coisa mais atraente. Ele tem que ser muito mais alto do que eu. É um requisito quando se escolhe um cara. Seu cabelo estava sempre com gel, penteado em grande estilo. Seus olhos são de um verde brilhante, e sempre fui apaixonada por eles, especialmente com seus longos cílios. Ele tinha o melhor tanquinho e malhava todos os dias, e seu sorriso poderia fazer uma menina desmaiar e cair. Cada traço em seu rosto era mais que perfeito. É por isso que eu dirigi para casa dele imediatamente, em busca de conforto.
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Bati na porta e ele a abriu. Estava no meio de um jogo em seu XBOX com Mark, mas quando viu que era eu, disse a Mark para desligar o jogo fora e descer. — Qual é o problema, Nat? O que aconteceu? — Ele perguntou quando me levou para sua cama. — Sara... Eu a odeio — eu rosnei. — O que aconteceu? — Ele perguntou com um pequeno sorriso. Poderia dizer que ele estava tentando não rir da minha resposta infantil. Ele entrelaçou seus dedos nos meus. — O que ela disse? — Você sabe como eu me sinto, como se não fosse o suficiente para você, Bryson? — Suas sobrancelhas subiram um pouco. — Ela me lembra disso a cada dia. Odeio que ela possa me irritar assim. Tudo de negativo que ela diz sobre o nosso relacionamento, apenas me mata. — Por quê? — Porque às vezes eu sinto como se fosse verdade. — Bem, não é — ele murmurou. Ele acariciou minha bochecha com as costas da mão. — Eu amo você, Natalie Fiona Carmichael. Nada vai mudar isso, nem mesmo a cadela louca da Sara. — Eu ri levemente antes dele chegar mais perto e dar um beijo suave nos meus lábios. — Nada vai nos separar. Você é mais do que suficiente para mim. Às vezes eu sinto como se eu não fosse o suficiente para você, mas se nos sentimos da mesma forma um pelo o outro, isso deve significar que estamos realmente apaixonados, certo? — Seu próximo beijo foi apaixonado. Ele me puxou para mais perto, me embalou em seus braços e me distraiu. Não demorou muito tempo e estávamos fazendo amor, pelo menos eu pensei que era amor. Para mim era amor. Para ele... Eu não sabia bem o que era.
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Lágrimas picaram em meus olhos quando a lembrança tomou conta de todo o meu corpo. Eu tentei esquecê-la, mas é muito difícil. Naquela noite, Bryson e eu fizemos amor maravilhosamente. Não posso nem descrever. Cada posição era o céu para mim. Ele sabia exatamente como me agradar. E eu acho que é por isso que eu tenho medo de Nolan. Eu estou tão deprimida, pois sinto que Bryson é o único que realmente me conhece. Eu não quero ser ensinada por outra pessoa. Não quero que ninguém perceba o quão puta eu sou, o quão teimosa consigo ser, quão terrível meus defeitos realmente são, ou como é difícil para eu fazer amigos. Harper tem sido minha amiga desde a pré-escola e eu sinto que a única razão para Grace e eu sermos tão próximas, é porque ela era minha parceira de laboratório em biologia. Se não fosse por isso, eu nem sequer a conheceria. Bryson realmente me entendia, pessoalmente e mentalmente. E é por isso que é tão difícil esquecê-lo. Eu quero, mas não quero deixar o conforto que sentia quando estava com ele. Estou tão confusa que me sinto terrível. Não posso criar sentimentos por outra pessoa, especialmente por alguém como Nolan. Ele é deslumbrante e ter sentimentos por alguém como ele, é praticamente pedir para o meu coração ser arrancado completamente. Ele não pode ser quebrado mais do que já está. Estou machucada e me recuso a ser curada tão cedo. Posso curar-me se fizer como Harper está fazendo. Se eu sair, festejar, ficar bêbada, então vou esquecer. Eu não terei que me preocupar quando não estiver sóbria. Se eu puder, vou me tornar uma velha bruxa bêbada, que não dá a mínima para a sua vida ou sua aparência... Ugh. O que diabos há de errado comigo? Nunca me deixaria cair tanto. Eu não estou tão despedaçada a ponto de perder o controle de mim mesma.
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— Nat! — Harper grita da sala de estar. Pisco rapidamente, voltando à realidade, enquanto coloco meu rímel no balcão do banheiro e corro para a sala de estar. — O quê? — Pergunto rapidamente. Quando viro o corredor, encontro-a em pé, no meio da sala de estar, olhando para a tela do seu telefone. Seus olhos estão arregalados e seu rosto é como antes. Como se ela estivesse acabado de ver um fantasma. — O que está acontecendo? — Pergunto ao chegar ao lado dela. Ela geme antes de finalmente olhar para mim. — É aquele cara da praia! Ele disse que não vai parar de enviar mensagens de texto ou de me ligar se eu não concordar em ir a um encontro com ele. Começo a franzir a testa. — O cara gostoso com piercing no mamilo e no lábio? — Sim — ela respira. Despenca no sofá com outro gemido. — O nome dele é Dawson. Mas eu não posso sair com ele. Simplesmente não posso. — Ela balança a cabeça rapidamente. Sento-me com ela. — Por que não? — Porque, eu só não posso, Natalie. — O telefone vibra e, quando ela verifica a tela, solta um grunhido baixo. — Veja! É por isso! Ele é muito pegajoso, sem nem me conhecer! — Bem, talvez ele queira conhecê-la. O que exatamente ele está pedindo? — Ele só quer ir a um encontro comigo. Mas Natalie... Estou em Miami. Não posso ter um encontro sério aqui. Mudei para cá para me divertir e festejar pra caramba pelos meus anos de faculdade. Ainda sou jovem e eu não estou cansada de sair ainda. — Mas é apenas um encontro, Harper. Não pode ser tão ruim. Basta dizer-lhe o que acabou de me dizer.
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— Eu disse — ela lamenta. — Eu disse a ele que não estou interessada, mas ele sempre faz algo que muda momentaneamente minha mente, exatamente como antes, na praia. Eu disse para ele parar de falar comigo, mas depois ele acabou... me beijando... e eu gostei disso. — Uau — eu respiro. — Sim. Eu não quero me prender. Eu sei que se fizer isso, posso acabar ficando fodida de novo. — Harper abaixa a cabeça enquanto olha para seu telefone. Harper e eu estamos na mesma situação, mas ao contrário de mim, Harper decidiu viver depois de seu desgosto, em vez de ficar ruminando isso. O coração de Harper foi quebrado por um cara no colegial, desde então, ela não namorou ninguém. Não quer acreditar no amor verdadeiro, mas nós duas sabemos que ele está lá fora. Nós duas fomos completamente enganadas pelo amor. Estávamos cegas e nem sequer percebemos o quão presas estávamos, até que tudo terminou. — Mas eu sabia que tinha alguma coisa acontecendo entre você e aquele cara gostoso do clube. Eu não sou estúpida — ela murmura. — Não é assim, Harp — eu suspiro. — Acredite em mim. Após este encontro, não haverá mais. Eu não posso ficar muito presa a um cara como ele. Você o viu. Ele é lindo demais para me querer. — Nunca se sabe — ela assinala. — Ele pode, na verdade, querer alguém para sossegar. —
Bem,
é
justamente
por
isso. Recuso-me
a
sossegar
novamente... especialmente neste momento. — Não aja como se fosse impossível. Você só não quer porque ainda está presa a Bryson, aquele merda.
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— Olha quem fala! — Eu digo, beliscando sua coxa de brincadeira. — Você não quer Dawson, porque você ainda está presa em Bobby, o idiota. — Ela geme. — Eu não estou presa. Eu só não quero me ferrar de novo. Eu não posso. Com Dawson, não terei outra escolha. — É assim que me sinto com Nolan. Mas eu me recuso a cair. Não posso arcar com os sentimentos extras. — Bem, talvez vocês pudessem ser apenas amigos com benefícios? — Harper pergunta. — Eu estive pensando em fazer isso com Dawson. Só por sua aparência, parece que ele é muito bom na cama. — Não — eu balancei minha cabeça. — Porque, quando os benefícios desaparecerem, é quando o amor aparece. Não posso permitir isso. — Saio do sofá e vou para o banheiro. — Tenho que terminar de me arrumar, — Digo por cima do meu ombro. Mas eu sinceramente não vou voltar para apenas ficar pronta. Ainda tenho duas horas. Eu realmente estou indo de volta para lembrar de Bryson, o merda. Ele pode ter sido um saco de merda depois, mas antes disso, ele era algo além incrível.
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Capítulo Sete Cerca de duas horas mais tarde, Nolan está batendo na porta. Assim que abro, minha reação imediata é a de sorrir. — Oi — eu sorrio. — Oi — ele sorri de volta. Meus olhos viajam de seu cabelo escuro e suas belas feições até os músculos sob sua camiseta amarela e a calça jeans escura ajustada em seus quadris. Olho novamente para seu peito. Mesmo com a camiseta, sinto que ainda estou olhando para o tanquinho que vislumbrei no início desta tarde. — Você está pronta? — Ele pergunta enquanto segura suas chaves. — Sim. — Eu aceno quando desvio meu olhar para longe de seu corpo esbelto. — Deixe-me apenas pegar meu celular e minha carteira. — Sua carteira? — Suas sobrancelhas se unem. — Por que você precisa da sua carteira? — Humm, para pagar o que vou comer — murmuro com uma pitada de sarcasmo. — Eu serei amaldiçoado se deixá-la pagar por qualquer coisa enquanto você estiver comigo. Vamos — ele exige, inclinando a cabeça para a direita. — Nolan...
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— Natalie — Ele levanta uma sobrancelha e seu sorriso desaparece. — Estou falando sério. Mexa essa bunda bonita. Engasgo com uma risada quando olho para ele perplexa. — Ainda assim vou levar minha carteira, eu sempre levo. Caso precise. — Pego-a e passo pela porta, trancando o apartamento. — Ok — ele suspira me seguindo até o elevador. — Mas se você tentar pegá-la e pagar por qualquer coisa, vou queimar cada pedacinho dela. Aperto o botão do elevador para descer, antes de virar para encará-lo. As portas abrem imediatamente e entramos, mas continuo olhando para ele. — Qual é o problema? O que há de errado em eu pagar minha conta? — Eu te chamei para um encontro comigo, o que significa que eu estou pagando. Primeiras impressões e tal. — As portas do elevador se fecham, mas o meu olhar não o deixa. Apertando os lábios, ele dá um sorriso deslumbrante. Seu sorriso faz minha cabeça dar um tranco. Aquele sorriso... Eu não posso me apaixonar por esse sorriso. É o suficiente para me deixar sem ar. — Então, acho que vou começar com a conversa fiada — diz ele, inclinando-se contra as paredes do elevador. — Como foi seu dia? — Ótimo — eu suspiro. — Apenas ótimo? — Apenas ótimo. Assim que ele concorda com a cabeça, o elevador chega ao térreo. Ele levanta a mão, gesticulando para eu sair primeiro. Caminho em direção à porta de vidro, mas antes que eu possa alcançá-la, ele me pára segurando meu braço. — Natalie — diz ele me virando para encará-lo. Ele me puxa e nossos corpos se unem. O calor irradia de seu peito,
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atravessando minha blusa branca fina. Seu perfume enche meus pulmões, me fazendo querer me aproximar dele ainda mais. — Não quero que você venha comigo se não estiver realmente pronta para isso. — Seus olhos estão sérios quando ele olha para mim. — Eu não quero que você pense que está me fazendo um favor. — Eu sei que não estou fazendo um favor — respondo. — Mesmo? — Ele pergunta retoricamente. — Porque você está agindo como se eu estivesse te arrastando comigo. Se você quiser, podemos voltar. Posso deixá-la voltar para o seu apartamento e vamos esquecer tudo sobre isso. Você não terá que se preocupar mais comigo. Nego com a minha cabeça, sentindo a culpa tomar conta de mim. — Não é isso, Nolan. Você não entende como isso é difícil para mim. — Eu não posso entender se você não me disser o que realmente está acontecendo com você. Eu gemo. Não posso lhe dizer. Se eu começar a contar a ele, não vou parar. Isso vai ser suficiente para fazê-lo fugir e esquecer de mim. — Que tal isso? — Diz. — Você leva esta noite a sério e eu vou ajudá-la esquecer o que está te incomodando. Honestamente, você não será capaz de se divertir, se ficar presa em algo que é irrelevante. Quero me divertir esta noite, como amigos. Como você pediu. Ele coloca a mão em cima do meu ombro e aperta levemente. Olho em seus olhos cinzentos, que agora estão implorando. Ugh. Por que ele é tão lindo? Eu não tenho escolha, a não ser dizer sim. — Tudo bem. Eu sinto muito — murmuro, quando me afasto dele. Ele pode ser tão agradável quando quer, mas eu me recuso a ir além disso. Forço um sorriso quando me viro para empurrar as portas de vidro. Uma risada profunda vem do fundo de sua garganta quando ele me segue
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para fora. Tenho um palpite sobre por que ele está rindo. Porque sou uma mulher de coração partido que não sabe o que fazer com ela mesma.
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Capítulo Oito Com cada impulso, com cada golpe, eu estava sufocando de desejo. Ele continuou, mais forte, mais rápido, rápido demais para eu acompanhar. Eu estava exausta, mas estava gostando. Corri meus dedos pelas gotas de suor em seu peito com uma mão, enquanto a outra estava agarrava mechas de seu cabelo. Ele continuou grunhindo. Eu adorava quando ele gemia enquanto olhava nos meus olhos. Ele era lindo, de todas as formas possíveis. Seus olhos verdes refletiam a luz que entrava pela grande janela acima de sua cama. — Eu te amo — Bryson murmurou com voz rouca, antes de se inclinar para colocar seus lábios contra meu ouvido. Sua língua começou a brincar com o lóbulo da minha orelha, fazendo cócegas até chegar ao meu pescoço. Neste momento, eu sabia que era sua para sempre. Ele continuou me penetrando, mantendo minhas mãos presas acima da minha cabeça. O calor de seus lábios ainda estava pairando sobre os meus, mas ele não parou...e eu sabia que ele não iria por mais um tempo. A tarde se fora e começava a anoitecer, mas os nossos gemidos, os grunhidos e o ranger da cama preenchiam o silêncio. Eu adorava o barulho que fazíamos. Era harmonioso. Perguntei-lhe se ele queria colocar uma música, mas ele recusou. Disse que a única coisa que queria ouvir eram os meus gemidos de prazer. Essa foi a minha primeira vez, mas esta primeira vez, eu nunca vou esquecer. Havia algo, algo que estava me dizendo que ele realmente me amava. Mas como tudo mudou? Por que ele acabou com tudo assim?
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É louco quando eu pensava que realmente iríamos durar. Nunca pensei que algo pudesse ficar entre nós. Mas, aparentemente, eu estava errada. — Você está muito quieta. — Viro rapidamente para encarar Nolan que tem seus olhos cinzentos em mim. Eu estava tão distraída que eu nem percebi que o carro havia parado. Estávamos no estacionamento de um restaurante familiar que eu não me lembrava de onde. Minha cabeça virou para olhar para Nolan, mas havia algo que me dificultava observá-lo. A umidade quente pinica no canto dos meus olhos e agora percebo o que está obscurecendo a minha visão. Minhas lágrimas. — Ei — ele suspira, desafivelando o cinto de segurança e me alcançando rapidamente. Mantenho meus olhos longe dele, encarando meu colo. Fecho meus olhos algumas vezes, me forçando a impedir que as lágrimas caiam. Não posso chorar na frente dele. Ele definitivamente vai pensar que eu sou louca. Depois de alguns minutos, a sensação de aperto na garganta cessa e minha visão já não está borrada. — Eu estou bem — murmuro, antes de lentamente olhar para cima, encontrando seus olhos. Eles permanecem confusos. Ele me olha por mais alguns segundos antes de deixar escapar um suspiro. — É comigo? — Ele pergunta. — Não! — Nego com minha cabeça, a aspereza na minha voz nos pega um tanto desprevenidos. — Eu estou bem. Só preciso comer... Eu acho. — Você acha? — Uma de suas sobrancelhas sobe. — Natalie, o que está acontecendo com você? Balanço minha cabeça, sentindo o tremor ameaçando atingir meu lábio inferior. Eu realmente não posso segurar mais isso. Mas se eu disser a ele, o que vai pensar de mim depois? Ele pode se arrepender deste encontro e até mesmo de me conhecer. Minhas emoções estão
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completamente fodidas agora. O suspiro de Nolan corta minha linha de pensamento. — Olha, vamos apenas comer. Ok? Concordo com a cabeça, mas acho que ele não percebe, pois já está se virando para sair do carro. Sua porta se fecha e deixo escapar um profundo suspiro de alívio. Basta parar de pensar nele, Natalie, digo a mim mesma. Estou dizendo isso para mim, mas é impossível. Venho me dizendo isso há um mês e em certo momento, funcionou, mas não durou mais do que algumas horas. Tive que começar a escrever poemas um dia. Poemas são minha fuga. Cada emoção que eu sinto, cada gota de dor, mágoa, e o medo angustiante de que eu possa ficar sozinha para sempre, era o que eu escrevia. Isso aconteceu depois que Bryson e eu terminamos. Todos os poemas que eu tinha escrito sobre o meu relacionamento com ele antes (quando éramos felizes) estão agora guardados no fundo da minha mala. Quando eu os lia, queria rasgá-los em pedaços e jogá-los fora, mas então eu pensei sobre isso e não conseguia fazê-lo. Simplesmente não conseguia me desapegar. Precisava de algo para me segurar. Escrever poemas com o coração partido era o pior, mas permitiu extravasar um monte de sentimentos. Eu tinha liberado várias emoções indomáveis. Anotei todas elas no papel. Às vezes, não entendia o que estava escrevendo, mas depois as leria mais de um milhão de vezes e saberia onde queria chegar. Meus poemas apenas provavam o quão confusa eu estava com tudo isso. Esses poemas são profundos e escrevêlos só me faz remoer mais. Gostaria que ele não importasse para mim. Gostaria que não existisse essa coisa de coração partido. Eu nunca quis ter um, e é por isso que trabalhei tão duro para manter nosso relacionamento. Não muito tempo depois, Nolan abre minha porta. — Você vai permanecer aqui sentada ou...?
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Pego minha carteira rapidamente antes de sair. Ele fecha a porta, mas não caminha para o lugar à nossa frente, que agora percebo ser o Steak N' Shake. Eu me viro para encará-lo. — Você não está com fome? — Nós não vamos para lá até que você me diga o que está acontecendo. — Seu rosto endurece enquanto ele levanta a perna esquerda para apoiar o seu pé contra a porta do passageiro de seu Mustang vermelho. — Será que realmente importa? — Eu resmungo. — Claro que importa, Natalie. — Ugh. Por que ele tem que dizer o meu nome assim? Por que tem que posar daquele jeito contra o seu carro? Realmente parece que ele poderia estar na revista Hollister. — Nós deveríamos ir apenas comer. — Viro-me para caminhar em direção ao restaurante, mas ele pára na minha frente, me impedindo de dar o próximo passo. — Natalie — Sua mão coloca uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. Estuda o meu rosto com os olhos arregalados. Ele me observa enquanto suspira suavemente e um pequeno sorriso se espalha por seus lábios. Sua cabeça se inclina de uma forma que fico confusa se está satisfeito ou irritado. Quando olha para mim, posso sentir a sinceridade que irradia de seu corpo. — Quem te magoou? — Ele murmura, os lábios muito perto e para minha surpresa, não é desconfortável. — Ninguém — eu minto. — Não acredito nisso. — Então seu braço envolve minha cintura. — Para ser honesto, estou começando a não acreditar em qualquer coisa que você diga.
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— Bem — eu suspiro enquanto procuro forças para me afastar dele. — Se você acha que eu sou uma mentirosa, por que estamos em um encontro? — Número um — ele ri, levantando o dedo indicador. — Isso não é um encontro. Você deixou bem claro que não queria um encontro. — Fico surpresa quando o encaro. — E número dois, eu nunca te chamei de mentirosa. Agora você está colocando palavras na minha boca. Minha boca se fecha quando seus lábios formam um sorriso de satisfação. Não posso acreditar nisso. Ele me calou completamente. Esta é a primeira vez. Eu geralmente tenho a última palavra em tudo... mas não agora. Não posso ter a última palavra, porque ele está certo. Eu estou considerando isso um encontro, mas ele não. Ele está fazendo exatamente o que tinha dito. — Podemos ir comer? — Pergunto. Nolan olha para mim por alguns instantes antes de finalmente se virar. Ele levanta a mão, gesticulando para que eu ande à frente dele. Eu pressiono meus lábios quando passo por ele e caminho até a calçada. Chegando à porta de vidro, Nolan adianta-se para abri-la. — Primeiras impressões e tal — diz ele, levantando as sobrancelhas. Luto contra a vontade de sorrir antes de entrar. Há alguma coisa nele. Ele é tão simples que me mata. Acho que poderia aproveitar este encontro. Eu tenho que tentar. Só tenho uma vida para viver e eu só estarei em um encontro com ele. Por que não aproveitar? Assim que eu entro, somos recebidos por um cara jovem, magro, com o cabelo castanho desgrenhado. — Dois? — Diz. Minhas sobrancelhas se unem assim que o encaro, confusa com o que ele quer dizer. — Não importa. — Suas bochechas queimam em um tom escarlate brilhante. — Por aqui.
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Ele nos leva em direção a uma mesa de canto localizada contra a parede. O fato de que ninguém está ao redor da área é bom, porque eu não quero que ninguém me veja nervosa se Nolan tentar qualquer coisa boba esta noite. Eu deslizo contra o assento da cabine e Nolan se senta na minha frente. Respiro sua fragrância masculina. Ele cheira tão bem. — Posso...hum...começar com algumas bebidas? — o garçom pergunta. — É o seu primeiro dia? — Nolan pergunta a ele. Com um sorriso desconfiado o jovem garçom esfrega a parte de trás do seu pescoço, nervoso. — Sim. Eu estou um pouco nervoso. Nolan acena. — Percebi. Não se preocupe. Eu não sou do tipo que causa aborrecimento. — Os olhos cinzentos de Nolan se arregalam à medida que encontram os meus. — Mas ela, por outro lado...seu escudo protetor pode deixa-lo um pouco frustrado. Ele dá um sorriso suave, mas desvio o olhar rapidamente para o nosso garçom, cujo crachá mostra o nome Michael. — Michael, eu adoraria um milk-shake de morango, por favor. E não se preocupe — eu digo, olhando de Michael para Nolan. — Eu vou ser tão doce quanto um bombom. Michael acena rapidamente depois olha para Nolan. — E para você? — Eu vou querer o mesmo. — Ele pisca. Por força do hábito, meus olhos rolam ligeiramente. — Volto já — diz Michael e em seguida, corre para longe, entre as cabines e mesas. Quando Michael desaparece, me forço a evitar o contato visual direto com Nolan. Eu realmente só quero que esta noite aconteça sem problemas, mas não posso ficar muito confortável. Estar confortável com
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ele vai nos levar a coisas que eu não preciso no momento. O suspiro de Nolan me faz olhar para cima. Encaro-o, mas percebo que ele já está olhando para mim, como se estivesse esperando que eu olhasse em sua direção. Sua cabeça se inclina levemente. — Você é sempre tão triste? — Ele pergunta. Minhas sobrancelhas se unem. — Eu não estou triste. — Então por que você tem lágrimas nos olhos? Tenho certeza de que não são lágrimas de alegria. — Meu peito aperta enquanto desvio meu olhar. — Sério, Natalie. Quando eu lhe pedi para levar esta noite a sério, eu quis realmente dizer isso. Eu quero tudo ou nada. — Eu não posso dar o meu tudo, Nolan. — Bem, não exatamente o seu tudo, mas algo mais do que o que você está me dando agora. — O que exatamente eu estou dando a você agora? Ele ri baixinho. — Hum, vamos ver... — Colocando a mão no queixo, ele finge pensar. — Ah, sim! É isso mesmo! — Ele afasta sua mão do queixo para estalar os dedos. — Nada! Você não está me dando nada. Nenhum esforço, nenhum interesse. Nada. O que mudou desde a noite no clube? — Nada mudou. Eu estava bêbada naquela noite. Você não pode esperar que eu aja como se ainda fosse uma vadia bêbada e com tesão. Seus olhos se arregalam ligeiramente e um sorriso serpenteia através de seus lábios. — Você ficaria surpresa com o que eu sinto quando ouço você falar assim para mim. Eu poderia levá-la para o meu carro agora e você não seria capaz de me parar. — O local entre as minhas coxas aperta quando olho para seus brilhantes olhos cinzentos. Seus lábios ainda estão se curvando quando seus olhos avaliam o modo como
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meu corpo ficou tenso. — Veja — ele diz. — Aí está. Você quer manter distância de mim, mas não pode. — Eu posso — contra-ataco com um aceno de cabeça. — Posso manter distância do que eu quiser. Seus olhos se estreitam levemente enquanto ele assente. — Tudo bem, se isso é verdade, que tal passar o dia de amanhã comigo, depois que eu sair do trabalho. — O quê? — Meus cachos voam enquanto balanço a cabeça novamente. — Não. Você disse um encontro. É isso. Depois de hoje não haverá mais. Você prometeu. — Um: Eu não prometi — diz ele, com naturalidade. — E dois: não tem que ser um encontro, Natalie. Nós podemos fazer o que estamos fazendo agora. Jantar e milk-shakes... como amigos. — Eu sei que ser amigo não é o que você realmente quer. Não sou estúpida — eu digo em um quase grunhido. — Confie em mim — ele suspira. — Eu sei que você não é estúpida. Se você fosse, essa calcinha já seria minha. Meu queixo cai enquanto ondas de calor vão da minha barriga até o meio das minhas pernas. Há uma vibração no meu estômago, mas eu me obrigo a ignorar essas borboletas. Fecho minhas pernas e no momento estou muito grata por estar sentada porque meus joelhos dobrariam, se eu estivesse em pé. — Pare de fazer isso — Eu assobio. — Parar de fazer o quê? — Pergunta ele, sua sobrancelha subindo suavemente. — Você sabe o que está fazendo. Ele abre a boca para falar novamente, mas antes que possa, Michael chega à mesa com nossos milk-shakes. — Aqui está — diz
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Michael. Posso dizer que ele está um pouco mais relaxado agora, uma vez que sabe que nós não somos clientes arrogantes e rudes. — Vocês já decidiram o que vão querer comer? Balanço minha cabeça. Tinha esquecido completamente os menus na minha frente e até mesmo de comer, por causa das minhas brincadeirinhas com Nolan. — Isto pode parecer inapropriado — Nolan começa, olhando-me com os olhos suaves. Oh, não. Engulo o caroço na minha garganta e me obrigo a desviar o olhar. Eu sei o que ele está prestes a dizer. Posso muito bem ler sua mente. — Mas Natalie parece deliciosa esta noite. Eu poderia comê-la por horas. Merda. Ele fez isso. Em vez de calor, desta vez, o local no meio das minhas pernas umedece. Sinto o calor umedecendo minha calcinha de renda. Visões de Nolan satisfeito, lábios rosados no ponto certo faz minhas pernas tremerem de prazer por baixo da mesa. Visões dele assim por horas só me faz desejá-lo ainda mais. — Hum... — Olho para Michael que está tão chocado quanto eu pela observação de Nolan. Suas bochechas estão vermelhas novamente e tenho certeza que as minhas também. As minhas estão em chamas. — Vou dar aos dois um minuto — diz ele, em seguida, corre de novo, sem olhar para trás. Quando Michael desaparece na cozinha, tento me recompor. Inspiro pelo nariz e embora eu possa sentir os olhos de Nolan em mim, consigo me controlar. Ainda posso senti-lo sorrindo timidamente. Ele fez isso de propósito. — Concorde em ir a um encontro de verdade comigo amanhã e vou levar as coisas devagar, senão, vou aparecer na sua porta todos os dias e arrastá-la para fora comigo. Se for preciso, vou tomar posse de você. Eu farei qualquer coisa para te conhecer, qualquer coisa para saber o que realmente se passa na sua cabeça.
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Um gemido baixo ecoa no centro do meu peito. O que ele quer de mim? Eu já disse a ele que não posso dar mais. Um encontro com ele só vai levar a mais encontros. Passar um tempo com ele, só vai nos levar a tentar fazer com que as coisas funcionem. Embora eu não goste da sensação de estar sozinha, definitivamente não gosto da sensação de tentar me comprometer com alguém tão cedo. Aprendi minha lição e isso não vai acontecer por um bom tempo. E para ser honesta, não sei nada sobre Nolan. Não sei do seu passado, o que ele passou, como ele me vê. Eu não sei o que ele quer. Sinto que ele quer algo que vai além de um mais de mim. Mas o que poderia ser mais do que mais? Olho para Nolan brevemente, em seguida, para baixo, para o chantilly que agora está derretendo no meu milk-shake. Tento alcançar meu copo, mas a mão de Nolan me impede. Ele coloca a sua em cima da minha, aperta-a levemente e eu olho para cima. Seu sorriso é simples e bonito, como se enfeitasse seus lábios. Enquanto suaviza o olhar, ele estuda todos os traços do meu rosto. — Vamos dar um passeio na praia. Tomar um pouco de ar fresco. Tenho certeza de que você vai se abrir um pouco. Concordo com a cabeça, porque, neste momento, a brisa fresca da praia parece fantástica. Eu poderia aproveitar uma caminhada, considerando o fato de que minhas pernas estão cruzadas com força para evitar mais umidade dentro da minha calcinha. — Claro — eu suspiro antes de segurar a minha mão na dele.
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Capítulo Nove Inspiro o ar da noite quando chego à praia. Meus olhos fecham brevemente quando deixo a brisa empurrar o meu cabelo para trás. É uma sensação agradável. O clima da praia me deixa feliz, um dos motivos pelo qual me decidi mudar para cá com Harper. Eu amo a noite, especialmente porque nunca é muito quente ou muito frio. Isso é uma coisa que eu não deixarei Bryson arruinar. Bryson costumava me levar em viagens à praia. Às vezes, ele fazia isso por alguma ocasião especial e às vezes, apenas para divertir-se. Myrtle Beach era a apenas algumas horas de distância, então, era pra onde íamos sempre. Ele tinha alguns amigos mais velhos que alugavam um quarto de hotel para nós, compravam bebidas e então, nós bebíamos até nos sentimos completamente tontos. Ir bêbada para a praia à noite era o melhor. À noite, não tinha ninguém e era completamente escuro, a menos que a lua resolvesse aparecer. Aquelas noites na praia foram incríveis para mim. É uma droga que essa lembrança tenha de ser um lixo também. — No que você está pensando? — Um sopro de voz suave veio por trás de mim. Nolan caminhou até ao meu lado, com os dedos enfiados nos bolsos da frente. Seus sapatos ligeiramente enterrados na areia. — No meu passado — digo baixinho. De alguma forma, essa resposta apenas sai. Acho que poderia dar a Nolan um pouco. Apenas o suficiente para tirar algumas coisas do meu peito. — O que tem? — Ele pergunta.
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Minha cabeça abaixa quando deixo escapar uma risada suave. — Acredite ou não, quando venho à praia a esta hora da noite, eu penso demais. — Não há nada de errado em pensar demais. Eu também faço isso. Olho para ele, mas ele já está me encarando. — Por que isso? Suspirando, seus olhos se movem de mim para a grande massa de água à frente. — Eu também penso muito sobre o meu passado. Penso na minha mãe, meu pai, meu irmão. Minha ex... — Sua é voz baixa, quando diz a última frase. — Sua ex? — Eu franzo a testa e agora quero que ele me olhe nos olhos. — Por que sua ex? — Pela mesma razão que você pensa sobre o seu. — Eu tremo. — As lembranças — acrescenta. Afasto meu olhar para longe, recusando-me a encará-lo agora. Será que é realmente óbvio o fato de que eu penso em Bryson constantemente? Não pode ser tão óbvio. — No que você pensa sobre sua ex? — Pergunto, voltando a olhá-lo lentamente. — Sobre o quanto eu não suporto sua coragem. Sobre o quão ruim ela me machucou. Sobre como fui um idiota de pensar que ela realmente me amava. — As feições de Nolan caem quando ele puxa uma das mãos dos bolsos para passar os dedos pelo cabelo. — Oh — murmuro. — Eu, hum... Sinto muito. — Meus olhos suavizam naturalmente. Eu me sinto terrível por Nolan. Mas se ele está com o coração partido e ainda pensa em sua ex, por que quer tanto me conhecer? — Então, se você se sente assim, por que quer ir a um encontro comigo de novo? O que faz você pensar que eu não faria a mesma coisa?
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Desta vez, ele se vira para olhar para mim. Ele se mexe, diminuindo a distância que há entre nós. Levantando uma mão, ele acaricia suavemente meu rosto. Seu toque é suave, carinhoso. Isso faz com que os pelos da minha nuca fiquem arrepiados. Meus olhos fecham brevemente, na verdade, aproveitando seu toque. Não demora muito para sua outra mão envolver minha cintura para me puxar e acabar com o espaço entre nós. Minhas pálpebras se abrem e olho em seus olhos. Seus olhos cinzentos ainda estão suaves quando ele coloca meu cabelo atrás da minha orelha. Meu peito molda-se ao dele, meu batimento cardíaco contra minhas costelas cada vez mais rápido quando seus lábios aproximam-se dos meus. — Tenho vontade de te beijar desde a primeira noite, quando te conheci— ele murmura, o calor de seus lábios cada vez mais perto. — Por quê? — Pergunto baixinho. — Aquele primeiro beijo foi incrível — ele suspira. Sorrio e meu rosto faísca. — Tudo sobre você me impressiona. O que mais me atraiu, foi sua personalidade reservada. Eu podia ver a dor dentro de você, podia senti-la, mas tentei ignorá-la. — Desculpa por ter me jogado em cima de você — digo, balançando minha cabeça. É a primeira coisa que me vem à mente. Eu estive pensando sobre o quão imatura fui a noite passada. Sua risada é silenciosa, mas faz com que seus ombros balancem. — Não se desculpe. Eu realmente fico muito feliz que tenha feito. Mas tenho uma pergunta — diz ele. — O quê? Sua cabeça abaixa e os seus lábios estão a milímetros de distância agora. Embora eles não estejam tocando os meus, eu posso senti-los. Quero tanto beijá-lo. Quero afogar-me em seus lábios e fazê-lo me abraçar enquanto nos beijamos na areia. Eu mereço ser cuidada por
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alguém que realmente pareça interessado em mim. — Posso te beijar de novo? Ele sorri e minha cabeça balança para cima e para baixo rapidamente, antes de envolver meus braços em seu pescoço e puxá-lo, gemendo quando seus lábios carnudos pressionam os meus. Eu juro que eles se sentem incríveis. Neste momento, ele poderia ganhar um prêmio de Melhor Beijo. Os únicos lábios que tenho para comparar, são os lábios de Bryson, mas não tem nem comparação com o modo como Nolan está me beijando agora. Nolan tem uma necessidade, um desejo que eu quero aproveitar neste exato momento. Nolan afasta seus lábios para me pegar em seus braços. Ele corre em direção ao estacionamento, que está a poucos metros de distância, mas eu estou tão atordoada, que me recuso a lutar contra isso. Colocando-me sobre o capô de seu carro, ele abre minhas pernas e, em seguida, fica entre elas. Deitando-me, ele começa a plantar beijos no meu pescoço. Gemo enquanto seguro seus antebraços firmes. O calor é uma espiral, minhas calcinhas estão além de úmidas agora. É incrível como eu não preciso nem estar bêbada ou em um estado de letargia para querer passar por isso. Eu quero que ele me penetre enquanto prende meus braços acima da minha cabeça. Quero que ele fique assim por horas e me sufoque com a dureza de seu corpo. Quero que ele aproveite cada parte de mim. Isso é pura luxúria, mas este desejo é realmente difícil de controlar. Os lábios de Nolan seguem até a curva da minha blusa branca, mas assim que está prestes a atingir os meus seios, ele se afasta e, assim como na noite em que eu o conheci, eu franzo a testa. Por que ele sempre faz isso? Por que ele sempre para quando sabe que eu vou ficar louca se não continuarmos? — Venha a um encontro de verdade comigo, por favor, Natalie. — Sua voz rouca faz minhas pernas apertarem ao redor dele. Suas mãos estão firmemente plantadas sobre o capô de seu carro, em cima de mim.
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Seus olhos cinzentos estão suaves e brilhantes quando olha para mim. Observo seus lábios cheios, o peito largo e seu cabelo escuro que mal toca a testa. Ele está lindo agora. Nós poderíamos ficar assim por horas se ele apenas calasse a boca sobre ir a um encontro e só continuar com isso. — Tudo bem — eu estalo. Eu puxo-o de volta, mas ele faz uma pausa. Ele bica meus lábios duas vezes, olha nos meus olhos, e então se afasta. — Eu sempre pensei que os homens que eram os tarados — diz ele enquanto puxa sua camisa para baixo e ajusta seu jeans. — Você está brincando comigo? — Meus olhos estreitam-se. — Estou praticamente dando-me a você, mas de alguma forma, você sempre encontra uma maneira para parar. O que há de errado com você? Ele ri quando balança a cabeça. — Você é gay? — Pergunto rapidamente. Isso chama sua atenção. Seus olhos encontram os meus novamente quando eles endurecem. Ele olha pra mim e eu vejo sua mandíbula enrijecer. Então, me agarrando pelo tornozelo, ele me desliza para baixo do capô do seu carro. Ainda bem que estou de jeans, caso contrário teria sido um pouco áspero. Nolan me pega em seus braços novamente, então me coloca no chão na frente da porta do passageiro. A distância entre nós desaparece em seguida e ele esmaga os seus lábios contra os meus. Um gemido escapa dos meus lábios quando a paixão dentro de seu corpo queima através de mim. Ele me pega pela minha cintura, mas seus lábios não se afastam dos meus. Sua língua invade minha boca rapidamente quando coloco minhas pernas ao redor de sua cintura e ele me empurra contra a janela do passageiro. Droga, ele é realmente bom com os lábios. Algo duro pressiona o meio das minhas pernas, mas quando percebo o que é, não posso fazer nada, além de ficar ainda mais
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excitada. Minha calcinha está completamente encharcada. Talvez eu tenha que me livrar dela. Nolan finalmente se afasta, mas antes que ele faça isso completamente, seus dentes afundam em meu lábio inferior e ele puxao. Gemo mais uma vez antes dele se afastar para me colocar em pé de volta no chão. Estou surpresa que eu possa realmente fazer isso. Aquele beijo foi incrivelmente foda. — Ainda acha que eu sou gay? — Ele pergunta, seus lábios insinuando um sorriso de escárnio. Aperto meus lábios e saboreando secretamente seu gosto. Rindo, ele pega no bolso da frente as chaves. — Vamos. Eu sei que você está com fome. O que acha de voltar para o seu apartamento e fazer alguns sanduíches? — Claro — consigo respirar. Como posso respirar? Ele sugou todo o ar de dentro de mim. Dou um passo para trás para que Nolan possa abrir a porta, em seguida, entro e ele fecha. Agora, tudo o que posso pensar é maldição. Isso foi...alucinante. Bryson nunca me beijou assim. Nolan deve ser um profissional neste departamento. Ele está testando meus limites, ver até onde eu vou. Ele sabe que irei até o fim então, o que diabos está esperando? Por que está tentando adiar? Estou praticamente implorando para ele me pegar. Quando entra no carro, seus lábios ainda possuem um sorriso gentil. Ele liga o carro, acende os faróis e depois sai do estacionamento. — Eu não entendo você — digo acenando com a cabeça. — O que você quer dizer? — Ele se vira para olhar para mim brevemente, voltando a encarar a estrada novamente.
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— Você teve duas chances de transar comigo, mas não aproveitou. Você começa a dar uns amassos comigo, mas isso é o mais longe que vai. Por quê? Uma pequena risada é a sua resposta. Enrugo a testa. — Você é virgem? — Longe disso, Natalie. — Então o que é? — grito. Ele realmente está me deixando frustrada, tanto sexualmente quanto mentalmente. — Eu não quero estar na lista de seus arrependimentos. Quero ser o mocinho. O que posso dizer? — Ele dá de ombros, sorrindo. — Eu não poderia me arrepender com você, apesar de tudo. — Você tem certeza disso? — Ele pergunta quando se aproxima de um sinal vermelho. Ele se vira para olhar para mim, puxa-me e depois me beija. Minhas pernas tremem quando ele suga meu lábio inferior, em seguida, mergulha a língua na minha boca novamente. — Essa parte de você não perde por esperar. Quero ir a um encontro real e saber mais sobre você. Você pode conhecer mais sobre mim também. Se você concordar e as coisas forem bem, então podemos falar de sexo, mas até lá, eu só vou continuar a provocá-la. É assim que as pessoas se machucam. Quando elas correm para o sexo. — Por quê? Eu não entendo. — Porque eu quero mais com você. — Seus olhos escurecem um pouco, me fazendo tremer levemente. — Natalie — ele respira, diminuindo seu tom cortante até um murmúrio quando atinge minha bochecha. — Nós dois fomos magoados antes. Você realmente acha que eu sou tão imprudente de querer que alguém passe pela dor que eu senti? Há algo em você. Eu te disse isso. Como você se sente ao meu lado, enquanto eu
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falo com você, como você respira, eu sei que isso pode ir longe. Por favor. Apenas um encontro. Eu gemo enquanto seus olhos imploram por ele. — Tudo bem. Ele sorri. — Espero que você esteja realmente fazendo isso para me conhecer e não apenas pelo meu pau — ele brinca. Minhas bochechas ficam vermelhas, mas dois podem jogar este jogo. — Talvez eu queira os dois. Nolan solta uma risada irritante e de alguma forma isso me faz rir também. Ele tem uma risada contagiante. Nunca o vi assim antes. É realmente adorável. — Uma vez que eu conhecer você, então poderei conhecê-la —, diz ele, enquanto seus olhos descem pelo meu corpo. A luz verde acende e ele acelera, mas eu me contorço enquanto outra onda de calor destrói minha calcinha.
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Capítulo Dez Assim que chegamos ao apartamento, está muito escuro lá dentro. Eu aperto o interruptor da sala de estar e as lâmpadas acima do sofá de couro marrom de Harper acendem e iluminam um pouco. — Apartamento legal — diz Nolan atrás de mim. Suspirando, coloco minha carteira na mesa de centro de vidro. Eu, então, viro para encará-lo, mas ele está agora a menos de uma polegada de distância de mim. Será que ele não percebe o quão perto está? — Estamos sozinhos? — Ele pergunta, levantando um pouco uma sobrancelha. Minha respiração fica presa enquanto ele olha para baixo em meus olhos. Meus olhos fecham rapidamente e tento me desviar do seu olhar, mas não consigo. Os seus são lindos, emoldurados com cílios longos que parecem tocar as maçãs do seu rosto masculino, cada vez que ele olha para baixo. Meu olhar percorre seu nariz perfeito, seus lábios carnudos, e, em seguida, seu peito largo. A altura dele é o mais excitante. Ele paira sobre mim e eu amo a sensação. Sempre parece como se eu estivesse sendo protegida. — Estamos — digo, quando finalmente desvio o olhar. — Mas nada vai acontecer, sendo assim pode tirar seu cavalinho da chuva. — Ei — Ele levanta as mãos como se estivesse se rendendo. — Estou apenas perguntando. É você que está me comendo com os olhos. Eu mordo de volta um sorriso. — Você estava olhando, também.
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— Admito que estava. Quem não gostaria de olhar para você? — Ele se aproxima novamente, mas dou um passo para trás, enquanto nego com minha cabeça. — Então, peru ou presunto? — Eu prefiro Natalie no meu sanduíche — ele murmura. Minha pele formiga suavemente. Ele me olha, me examina com olhos grandes e cinzentos. —Presunto — ele finalmente diz através de uma risada. — Vamos lá, Natalie. Relaxe. Só estou brincando com você. Você não tem que ficar tão tensa. — Eu não estou tensa — me defendo. Eu realmente tenho um mau hábito de fazer-me parecer muito imatura, especialmente quando estou lidando com Nolan. Ele traz à tona a criança em mim, o que é bom, às vezes, mas agora não, principalmente porque ele se diverte com minhas reações. Ainda sorrindo, ele diz: — Tudo bem. Girando, caminho para o meu quarto. — Deixe-me mudar de roupa — digo por cima do meu ombro. — Com certeza. Entro no meu quarto, sentindo o desejo de apenas bater a minha porta atrás de mim. Mas não o faço. Odeio o fato dele estar fazendo com que me sinta assim. Odeio o fato de que meu tesão me fez concordar em ir a um encontro com ele. Sei muito bem que um encontro não é o que preciso. Faz apenas um mês e se eu cair na sua teia pegajosa, serei pega e magoada mais uma vez. Não gosto da sensação de ser ferida. Não quero que o restante do meu coração se evapore. Bryson já causou danos suficientes. Eu definitivamente não preciso de mais. Nolan diz que ele foi magoado, mas tenho certeza de que ele machucou muitas meninas também. Ele disse, na noite que nos
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conhecemos, que pegava um monte de mulheres nos clubes. Como ele se sente depois que as fode? O que ele faz, se elas quiserem mais dele? Será que ele apenas as abandona e nunca mais fala com elas novamente? Tenho certeza que ele se recusa a dar-lhes algo mais do que seu pênis. Então, isso só me deixa com uma incompreensível pergunta: O que ele quer comigo? Para ser honesta, não posso nem me comparar com as outras garotas de Miami. Elas são lindas e muito bronzeadas. Eu amo a praia, mas não parece que eu pertença a uma. Não tenho esse corpo de praia ou o cabelo ondulado perfeito. Não fico deitada no meu jardim para me bronzear. Não sou como Harper que pode usar roupas apertadas e sair assim. Sou praticamente normal. Quando puxo minha camisa pela cabeça, ouço passos em direção ao meu quarto. Eu me viro rapidamente para o som da porta rangendo para encontrar Nolan encostado no batente, com os braços cruzados. Cruzo os braços sobre o peito imediatamente, enquanto faço uma careta para ele. — Que diabos você está fazendo? Saia! Ele sorri e agora quero tirar aquele sorriso lindo de seu rosto. — Eu vim dizer que não há pão para fazer os sanduíches — diz ele. Meus olhos estreitam. — Você não poderia ter esperado até que eu estivesse vestida? — Na verdade não. Eu meio que senti sua falta. — O sorriso dele faz com que meu coração acelere. — Um pouco pegajoso, não acha? — Serei tão pegajoso quanto puder, se isso significar que vou conseguir ver você assim o tempo todo. — Seus olhos varrem meu corpo deliciosamente.
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— Nolan, por favor, saia. Não é muito confortável mudar de roupa com você aí. O sorriso de Nolan desaparece mas seus olhos não largam os meus. Enquanto descruza seus braços, ele caminha na minha direção rapidamente. Seu corpo pressiona contra o meu e nós caímos na minha cama com um sonoro flop. Ele olha nos meus olhos por um breve momento e antes que eu possa perguntar o que diabos está fazendo, ele pressiona seus lábios contra os meus. Sua língua desliza em minha boca e por força do hábito eu enfio os dedos em seu cabelo. Acho que eu nunca vou entender por que ele insiste em fazer isso comigo, se não passamos disso. Quero que ele me foda agora. Pelo menos se fizermos isso, eu não precisaria mais me preocupar com ele. É como se ele estivesse tentando me deixar sexualmente frustrada de propósito. Suas mãos me tocam suavemente, do meu rosto para os meus ombros e, em seguida, para baixo, no meu seio. Uma de suas mãos envolve o bojo do meu sutiã preto e eu gemo enquanto coloco minhas pernas em volta dele para puxá-lo para mais perto. Ele chupa meu lábio inferior antes de soltar e me beijar novamente. Juro que adoro quando ele faz isso. Sinto o calor e a umidade tomando conta de mim. Nós, literalmente, poderíamos ficar assim por horas se ele apenas deixasse isso acontecer. Ele finalmente se afasta e nós ofegamos incontrolavelmente. — Quero que você se sinta confortável comigo — diz ele contra os meus lábios. — Eu não posso — murmuro. — Eu quero que fique — ele exige quando seus olhos endurecem. — Por quê?
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— Eu não sei. — Sua cabeça sacode rapidamente. — Eu só quero você pra mim. Quero começar algo com você e ver até onde podemos ir. Enrugo a testa. — Você quer dizer um relacionamento? Você quer que eu me comprometa com você já? Seus lábios apertam e há uma breve pausa antes dele acenar com a cabeça. — Não tem que ser imediatamente. Podemos apenas namorar como fizemos esta noite se isso vai ajudá-la a se sentir confortável comigo. Nós não temos que apressar as coisas. Eu me afasto dele para sentar. — Eu não entendo. — O que você não entendeu, Natalie? — Sua voz fica mais alta enquanto seus olhos me fuzilam. — É óbvio que eu quero você, e acho que é além de óbvio que você me quer. Você só pode resistir à minha oferta por um tempo. Quero que você se apaixone por mim, assim como eu quero me apaixonar por você. Eu já posso sentir isso acontecendo. Eu quero mudar. Viro minha cabeça para olhar para ele. — O que quer dizer com mudar? Ele esfrega a parte de trás do seu pescoço, nervoso. Há um silêncio no quarto e ele contrai sua boca, como se não quisesse mais falar sobre isso. — Todos os relacionamentos que tive, eu... fodi com tudo. — O que você quer dizer? — Pergunto rapidamente. — Eu quero dizer... — Ele faz uma pausa e posso dizer que o que ele está prestes a dizer vai destruir toda a nossa noite. — Eu quero dizer que eu errei algumas vezes por...trair. — O quê? — minha cara torce quando me afasto dele. — E você espera que eu queira algo mais com você?
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— Apenas me ouça — diz ele enquanto pega minha mão. — Quando eu era um calouro na escola, foi quando tudo começou. Mas quando conheci minha ex namorada, foi quando percebi que a única razão de eu fazer aquilo, era por causa delas. Eu me apaixonava por elas e pensava que nunca iria me machucar, mas todas elas fizeram isso. Eu traí porque fui traído. Eu sempre senti que era justo. Eu queria magoálas de volta. Balancei minha cabeça. — Mas o que isso tem a ver comigo, Nolan? — Tudo, Natalie. — Ele aperta minha mão, mas eu me afasto. Ele hesita, mas isso não o impede de se aproximar. — Você foi ferida, eu estava machucado. Não há nenhuma razão para enganar, mas eu quero começar de novo com alguém que entende a minha dor. — Eu posso entender a sua dor, mas não entendo por que você enganou. Traição é inaceitável em qualquer relação, Nolan. — Eu sei. — Sua cabeça cai quando ele puxa sua mão. Eu gemo enquanto levanto. Não posso passar por isso com ele. Na verdade, eu queria dar-lhe uma chance de alguma coisa, mas agora que ele me disse isso, é um não definitivo para mim. Posso entender sua mágoa, mas trair é uma enorme violação. Não há necessidade disso. Eu não posso tolerar um trapaceiro e imaginar mais com ele agora, me assusta. Eu não posso fazer isso. — Eu sinto como se você pudesse me ajudar — ele resmunga. — Eu não posso ajudá-lo, Nolan. Sinto muito. Eu realmente não sei o que eu faria se eu resolvesse dar-lhe mais e você acabasse estragando tudo. — Mas eu não vou! — Ele fica em pé comigo. — Eu não iria machucá-la porque sei que você pode me mudar.
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Minhas sobrancelhas contraem. — Como eu posso mudá-lo? — Por que... quando estou com você, não quero mais ninguém. Confie em mim, eu tentei tirar você da minha cabeça muitas vezes, mas nenhuma das meninas que me aproximei, poderia me satisfazer. — Tenho certeza que você já disse isso para as outras garotas que traiu. Tenho certeza de que há uma no banco de reservas que realmente queira algo com você, mas você a deixou lá como garantia. — Minhas sobrancelhas se erguem. Ele aperta sua boca enquanto seus olhos arregalam. Ele olha nos meus olhos mas eu balanço minha cabeça, porque o seu silêncio responde tudo. Mesmo que uma menina seja fiel a ele, ele ainda a trairia. Assim como Bryson fez comigo. E ele realmente espera que eu acredite nele? — Talvez você deva ir — murmuro enquanto cruzo os braços sobre o peito. — Natalie... Ele estende a mão para mim, mas eu recuo. — Nolan, por favor. Ele olha para mim com olhos tão grande quanto bolas de golfe. Eles estão brilhando, mas recuso-me a olhar para eles mais do que preciso. Não posso fazer isso com ele. Não posso ir a um encontro com alguém que eu sei que é um traidor e pode destruir o meu coração ainda mais. — Eu queria dizer-lhe a verdade sobre mim antes de chegarmos longe demais — diz ele. — Eu queria começar de novo com um passado limpo e que você soubesse tudo sobre minhas falhas antes de acabar descobrindo-as. Mas se você quer que eu saia, eu vou. Entendo porque você não quer se envolver comigo.
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Quando ele se aproxima para beijar minha bochecha com ternura, calor toma conta do meu corpo e meu coração bate mais rápido, mas eu não caio nessa. Não posso me apaixonar por ele. Quero atirá-lo de volta na minha cama e beijá-lo por mais tempo, mas consigo me controlar. Passando por mim, ele caminha para fora do meu quarto. Escuto os rangidos da porta da frente sendo aberta, em seguida, fechar e tenho certeza que ele se foi. Meu peito aperta e minha garganta parece fechar, mas eu seguro as lágrimas. Corro para o meu banheiro, ligo o chuveiro e deixo a água correr sobre mim por cerca de quinze minutos antes de finalmente sair. Mas não houve um segundo que não repassasse aquela conversa toda na minha cabeça. Deveria saber que ele era bom demais para ser verdade. Talvez ele tenha problemas que são difíceis de corrigir. Talvez ele realmente não possa controlá-los. De qualquer maneira, não posso aceitá-lo na minha vida...no meu coração. Se eu fizer isso, só estou pedindo para me magoar novamente. É melhor apenas manter Nolan à distância. Será muito difícil esquecer alguém tão bonito quanto ele, mas não tenho escolha. Eu me recuso a quebrar novamente.
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Capítulo Onze As duas últimas semanas se arrastaram e em nenhum desses dias vi ou ouvi de Nolan. Embora eu não estivesse esperando por ele, eu apenas esperava que ele talvez aparecesse na minha porta ou pelo menos ligasse. Mas ele não fez nada disso, o que só me deixou mais irritada. Eu não sei por que isso me deixa com raiva, mas a raiva só prova que eu sinto algo por ele que eu não deveria sentir. Estou magoada por ele ser do jeito que ele é. Eu estava realmente começando a me divertir e esquecer Bryson por um ligeiro momento. Mas esse momento durou apenas um segundo. Agora, eu não consigo passar um dia sem comparar os dois. O meu telefone vibra na cabeceira da cama e eu gemo quando o alcanço. Verificando o nome na tela, meus olhos se arregalam ligeiramente enquanto me animo. Mãe. Merda. Eu não liguei para ela desde a noite que cheguei aqui... mas eu tenho meus motivos. Eu liguei pra meu pai e mantive-o atualizado. Eu só espero que ele realmente tenha dito a ela. Meu pai é muito mais fácil de conversar do que minha mãe. Minha mãe me confunde às vezes. Eu nunca tenho certeza do que ela quer. Quando eu disse a ela que eu não planejava ir a uma faculdade por quatro anos, ela ficou louca. Gritou comigo por horas e não falou comigo por uma semana inteira. Eu disse a ela que não queria nada além de escrever e, com a experiência, eu só ficaria melhor. Tenho o objetivo de escrever poemas
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que espero que as pessoas adorem ler um dia. Mas, obviamente, ela não entende isso. Ela acredita que eu estou perdendo meu tempo e que poderia fazer melhor se eu fosse para a faculdade e enfrentasse a realidade. Mas eu acredito que os meus sonhos vão se tornar realidade. Eu só preciso de tempo. Meu pai entende meus sonhos completamente. Ele apoia a minha decisão, porque tinha seus sonhos também. Meu pai queria ser um mecânico. Ele não tinha muito dinheiro, quando começou, mas agora ganhava mais do que suficiente. Ele começou a consertar carros quando era mais jovem (cerca de dezesseis anos de idade) e quando arrumou o carro de um homem quando tinha dezoito anos, o homem mandou-o para uma loja de carros e contratou-o no local. Meu pai sabe muito sobre tecnologia, carros, mas, principalmente, perseguir sonhos. Seu único sonho era ter graxa em suas mãos, camisa e até mesmo em seu rosto. Minha mãe não entende que os sonhos são o que nos mantêm vivos. Se o meu pai tivesse desistido, ele não estaria onde está agora. Acho que é dele onde eu recebo o meu impulso e minha vontade de correr atrás. Mas eu acho que entendo minha mãe de alguma forma. Minha avó foi uma cadela completa para ela. Minha avó praticamente planejou a vida da minha mãe antes de ela ter nascido. Minha avó queria que ela fosse a um determinado colégio, uma certa faculdade, e queria que ela obtivesse uma licenciatura em Enfermagem. Minha mãe fez isso, também. Ela seguiu seus comandos, mas agora se arrepende. Eu sei que, no fundo, minha mãe queria ser uma designer de moda. Minha mãe costumava me vestir todas as manhãs antes da escola e na maioria das vezes eu ficava chocada, porque as roupas que ela comprava ou escolhia para mim acabavam ficando ótimas. Cada roupa que ela escolheu foi elogiada por todos. Minha mãe tem um bom olho para a moda, mas, é claro, ninguém nunca vai saber, porque ela mantém seus sonhos escondidos.
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Sento-me e pressiono o botão atender no meu telefone. — Alô — eu digo. — Natalie, querida — ela grita ao telefone. Afasto o aparelho do meu ouvido para evitar que exploda. — Seu pai disse que as coisas estão indo bem... embora eu gostaria que você tivesse me dito diretamente. — Eu queria, mas o pai disse que ainda estava trabalhando até tarde e eu não queria incomodar. — Oh — Ela faz uma pausa e seu silêncio me fez lembrar que eu sempre odiei quando ela trabalhava até tarde ou fazia horas extras. Quando eu realmente precisava da minha mãe, ela nunca estava perto. Na noite da formatura, quando cheguei com a maquiagem arruinada e os olhos inchados, caí nos braços do meu pai, em vez dela. Preferia os braços da minha mãe, porque ela teria entendido mais sobre a minha situação, considerando que ela também foi magoada antes. Minha mãe sabia tudo o que se passava entre Bryson e eu. Ela até sabia que estávamos transando. Ela aceitou. Meu pai ficou furioso na noite em que ele me traiu. Ele queria ir encontrar Bryson e arrastá-lo para fora da festa, mas eu o segurei. As grandes mãos do meu pai teriam estrangulado Bryson até à morte. — Bem, está tudo bem por aí agora? Você conheceu rapazes novos? — ela perguntou, tentando ser amigável e legal. Gemo ligeiramente. — Não, mãe. — E a faculdade? Você já se inscreveu para as aulas? — Mãe, não. Eu vou em breve. Eu sabia que isso ia acontecer. Ela vai me atormentar sobre a faculdade. — Querida, cair ao nível de uma Faculdade Comunitária já é muito baixo para você. Pelo menos vá até lá e se inscreva. Eu acho que você merece muito mais. Se você quiser, eu posso olhar algumas
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faculdades de dois anos que ainda podem estar aceitando pedidos. Nunca é tarde demais, Natty. — Mãe, não há nada de errado com uma Faculdade Comunitária. Pare de tentar fazê-la parecer tão ruim. Você e o papai já estão apertados em dinheiro por causa do divórcio. Não quero ser um problema financeiro. A ligação fica silenciosa e ouço minha mãe dar um gole antes de falar novamente. — Ele disse a você, né? — Sim, ele me contou. No entanto nem precisava. Eu não sou cega. Podia ver o divórcio chegando a quilômetros de distância. — Como você se sente sobre isso? — Eu não entendo — murmuro quando puxo uma linha solta nos meus lençóis. — O que você não entende, querida? Seu pai e eu brigamos o tempo todo. Nós discutimos muitas vezes durante o dia, mais do que eu posso contar. Estou cansada de brigar e discutir. Seu pai é muito tranquilo e muito humilde para querer terminar uma discussão comigo. Quando ele deixa as coisas no ar, a tensão apenas acumula entre nós. — O pai deixa de argumentar porque ele ama você, mãe. Ele não gosta de te magoar. Você não entende isso porque acha que está sempre certa — rolo meus olhos ligeiramente. — Eu não! — Ela estala de volta. — Você não percebe isso, mas faz, mãe. — Suspiro enquanto empurro meu cabelo para trás. — Olha, eu realmente quero que você e papai resolvam isso. Papai me manda mensagens o tempo todo pedindo conselhos, mas não sei o que dizer a ele. Ele quer resolver isso. Por favor, pense mais sobre isso antes de realmente ir até o fim. Você sabe que ele morreria se isso significasse que você seria feliz.
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A minha mãe permanece em silêncio por alguns segundos insuportáveis. — Mãe? — Eu chamo após esses segundos tornarem-se estranhos. Ouço uma fungada e meu peito aperta. — Mamãe. Não chore. Por favor. — Odeio ouvir minha mãe chorar. Toda noite, quando eu morava com eles, ouvi-a no banheiro à noite deixando escapar lágrimas. Ela provavelmente pensou que eu não percebesse, mas eu ouvi. Ela estava chorando porque o seu relacionamento estava indo ladeira abaixo. O banheiro era no corredor do meu quarto. Quando ela chorava, eu sentia à vontade de chorar também. — Natalie, eu amo Frank. Ele é o meu mundo. Eu só estou com medo de que eu possa magoá-lo. — A única coisa que pode machucá-lo é o seu orgulho. Seu orgulho está sempre no caminho. Basta deixá-lo ir e perder uma batalha pelo menos uma vez. Eu juro que vai fazer você se sentir melhor. — Sim — ela respira, em seguida, funga novamente. — Talvez seja verdade. — Um sinal sonoro toca ao fundo e abafa o som no meu ouvido. — Bem, tenho que voltar ao trabalho. Eu só queria ligar e ver como você está. — Ok — eu suspiro. Não quero que isso acabe. Embora minha mãe possa ser confusa e um pouco agressiva, eu ainda amo conversar com ela e nada me fez sentir melhor no momento do que ouvir a voz dela. Estou surpresa que ela não falou sobre Bryson, mas sei que é um assunto que ela não vai tocar por um tempo. Ela sabe o quanto eu o amava e quanto esforço eu fiz pela minha relação com ele. — Eu te amo, Natty. Vou ligar assim que eu sair esta noite. Prometo. — Tudo bem, mãe. Eu também te amo. Tenha um bom dia de trabalho.
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— Eu vou tentar — ela geme. Pressiono meus lábios antes de terminar a chamada. Puxo minhas pernas contra o meu peito e descanso minha cabeça contra os joelhos. Minha vida está realmente caindo aos pedaços. Primeiro foi Bryson e agora é essa porcaria de divórcio dos meus pais. Eu realmente não sei o que vou fazer se eles acabarem deixando um ao outro. O meu pai só tinha olhos para a minha mãe há muito tempo. Ele concorda que ela pode ser um pouco complicada, mas ele a ama inteiramente. Ele a ama mais do que ama consertar carros. Minha mãe deveria saber disso, mas eu não sei o que está fazendo com que ela pense que ele desistiu. O meu pai nunca desistiria. Ele fará tudo o que puder para provar seu amor por ela. Vai lutar por ela, como se não tivesse nada a perder. Eu queria um cara como o meu pai. Queria alguém com sonhos, metas e um coração enorme. Mas parece que todos os caras que eu conheço são o completo oposto do que ele é. O meu pai está longe de ser egoísta, mas a maioria dos caras que conheço são. Talvez signifique que não é para eu estar com ninguém ainda. Empurrando meus lençóis e cobertores para longe, piso no tapete macio e decido começar o meu dia. Caminho em direção à minha mala e retiro um jeans skinny, uma blusa branca e um par de Chuck Taylor pretos. Vou para o banheiro para lavar o rosto, escovar os dentes e em seguida, prendo o cabelo para cima em um coque frouxo. Eu me recuso a colocar qualquer maquiagem. Não quero apelar para qualquer um no momento, apenas ser eu mesma. Acho que poderia fazer algo por mim mesma e ir até a faculdade comunitária mais próxima e me inscrever para as aulas. Preciso fazer algo que vai manter minha mente longe de Nolan e especialmente Bryson. Visto-me rapidamente, pego minhas chaves e depois saio. Harper está no trabalho, o que me deixa feliz porque eu tenho certeza que ela estaria me implorando para sair com ela, como sempre.
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Fechando a porta, desรงo as escadas para chegar ao meu carro.
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Capítulo Doze Eu tive que usar o GPS que o meu pai tinha me dado para encontrar a Faculdade Comunitária Miami-Dade. Para minha surpresa, não era muito longe do condomínio de Harper. Assim que eu saí do meu carro, minha camisa grudou em mim. Estava muito quente hoje e tive que colocar o ar condicionado no máximo. O ar está desconfortavelmente úmido e pegajoso, mas espero que melhore quando eu entrar no edifício. Quando entro, vejo que estou completamente enganada. Está mais quente lá dentro do que fora. Pressiono a palma da minha mão na minha testa e limpo as gotas de suor rapidamente. Algumas pessoas passam usando apenas shorts e blusinhas e estou feliz por estar usando uma regata, mas me sentiria muito melhor em shorts jeans. Abano-me com a minha mão enquanto caminho pelo corredor, sigo as placas que me levam para o escritório de admissões. Identifiquei a fila que conduzia a ele e gemi. Tinha mais de vinte e cinco pessoas na minha frente. Todos eles corados e alguns suando muito, abanando-se com seus papéis. — Próximo — uma mulher chama da recepção com a voz mais suave que já ouvi. O rapaz da frente arrasta-se para sua mesa e estou aliviada que a fila está realmente se movendo. Estou atrás de uma menina com o cabelo castanho curto que está grudando em sua testa e nuca por conta do suor. Ela é levemente bronzeada e pequena em seu short azul e uma camiseta rosa. — Suponho que você não estava aqui durante os períodos de matrícula — diz ela, observando o meu jeans com um sorriso suave.
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Nego com minha cabeça enquanto olho para baixo com ela. — Sim. Primeira vez aqui — eu suspiro. — Não se preocupe. As filas tendem a andar rapidamente. Quando está quente lá fora, os administradores fazem de tudo para nos tirar daqui o mais rápido que puderem. Durante o verão, eles não ligam o ar. — Bem, estou contente que as filas andem rapidamente. Não quero que pareça que estive nadando quando voltar para casa. A menina ri baixinho da minha piada sem graça. — Sou Brittany Lucas. Mudei para cá há um ano, sei como você se sente. — Ela estende a mão gentilmente e eu aceito. — Natalie Carmichael — digo, enquanto pego sua mão. — Então, está se inscrevendo para o que? — Hum... Eu acho que qualquer coisa relacionada com a escrita ou leitura — dou de ombros. — Ohhh — diz Brittany, estendendo a palavra. — Você é uma escritora. Você meio que parece uma agora que mencionou. A maioria das pessoas que querem ser escritores são normalmente reservados. Eu sou uma grande leitora. — Ela faz uma pausa enquanto morde o lábio e estudando suas mãos. — Isto pode parecer impulsivo, mas se tiver alguma coisa que gostaria de compartilhar com alguém um dia, eu adoraria ler o que tem! — Sério? — Meu coração palpita em êxtase, surpresa com a observação de Brittany. Ela não parece muito uma leitora, mas sim um pouco intelectual. — Sim — ela concorda. — Eu ficaria honrada. Já li muitos livros neste verão. Eu e um amigo estamos em uma competição para ver quantos livros podemos ler antes do fim do verão e início das aulas.
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Começamos neste verão e até agora já vou em sessenta e sete. Não é tão ruim, certo? — Nem um pouco — digo, em seguida, pressiono meus lábios com um aceno de cabeça. — Mas para ser honesta, eu não escrevo livros. Só escrevo poemas. O ofegar estridente de Brittany faz com que toda a fila vire e olhe em nossa direção. Até mesmo as mulheres nas mesas. — Sério? — Ela grita. — Isso é ainda melhor! Eu amo escritores de poema. Acredite ou não, o meu namorado e eu vamos às sessões do Open Mic toda quinta-feira e sábado. A maioria das pessoas que aparecem são escritores de poemas, cantores ou bandas independentes. Você deveria ir um dia. Eles aceitam pessoas novas o tempo todo. Além disso, é uma ótima maneira de começar. — Oh, uau — eu respiro. — Seria bem legal ler meus poemas em voz alta, mas eu não sei. Nunca fiz isso antes. Qual é o nome do lugar? — Hum... — Ela pensa antes de estalar os dedos. — Haven... sim, é esse o nome. Lembro-me, porque parece com heaven. Eu vou lá tanto que esqueci o nome. — Ela sorri e eu faço o mesmo. — Você deve mesmo ir amanhã à noite para experimentar como é. Se você quiser, podemos sair e ler alguns dos seus poemas. Seria divertido. — Uau, sim. Isso parece incrível. Eu adoraria. — Ótimo! — Diz ela, em seguida, pega seu telefone no bolso traseiro. — Basta colocar o seu número aqui e posso lhe dar as instruções mais tarde. — Ela sorri enquanto me dá o telefone. Eu pego imediatamente e digito meu número em sua lista de contatos. — Próximo — a voz suave chama de novo. Olho para cima rapidamente, assim que entrego à Brittany seu telefone. Eu nem tinha percebido que fila tinha diminuído tanto que éramos as próximas.
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— Bem, eu tenho que correr, mas foi bom conhecer você, Natalie. Espero que consiga as aulas que quer! — Ela acena, em seguida, corre para a mulher corpulenta atrás do balcão. Sorrio, quando fico na frente da fila com o coração batendo alegremente. Veja, isso é tudo o que eu precisava. Uma fuga. Só precisava de algo para ocupar o meu tempo e eu achei. Foi uma coisa boa seguir o conselho da minha mãe, pelo menos uma vez, porque agora tenho algo para fazer amanhã à noite, além de sentar em casa e encher a cara de sorvete de creme de nozes e assistir a filmes. Só Deus sabe que não preciso engordar novamente.
**** Após cerca de 30 minutos de processamento de informações e me inscrever para as aulas que melhor se adequavam às minhas necessidades, eu estava finalmente livre desse inferno. Estourando através das portas com os meus documentos de registro na mão, corro para o estacionamento, mas antes que eu possa colocar os pés no asfalto, uma suave melodia chega aos meus ouvidos. É o dedilhar das cordas de um violão e junto com o belo som há uma voz profunda e encantadora. Caminho ao redor do prédio para ver de onde está vindo. Nunca ouvi uma música tão atraente. É hipnoticamente sedutora. Completando a curva da parede de tijolo, a primeira coisa que vejo são os braços musculosos e seu peito esculpido. Ele usa uma camiseta cinza e a pele nua que é revelada tem um brilho suave de suor. Alguns fios de seu cabelo estão grudados na testa e eu quase tenho uma parada quando vejo uma gota de suor escorrer e pousar em seu violão preto brilhante. Faço uma pausa, quando solto todo ar dos meus pulmões. Mesmo quando ele está suando, é incrivelmente lindo. Seus cílios longos tocam suavemente suas maçãs do rosto masculino quando ele para de tocar para limpar o suor de seu violão e, em seguida, de sua testa com a bainha de sua camisa.
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Percebendo que alguém está observando, ele olha rapidamente e seus olhos cinzentos alcançam os meus, sou apanhada completamente desprevenida. — Natalie? — Nolan chama com as sobrancelhas unidas. Aperto meus lábios, sentindo o desejo de apenas virar e correr para o meu carro. Mas sei que se eu fizer isso, ele pode correr atrás de mim só para falar comigo. Fui fisgada pela sua música. Um sorriso varre seus lábios enquanto ele puxa a alça do violão de seu pescoço e desce da mesa de piquenique onde estava sentado. Ele coloca o violão de lado, fazendo com que a correia pressione o centro de seu peito. — O que você está fazendo aqui? — Ele pergunta. — Eu, hum... — Minha frase é esquecida enquanto observo o modo como seus quadris balançam em um short confortável. Ele está todo suado. Seu peito, debaixo de seus braços e até mesmo seu abdômen definido onde a camiseta está grudada. Ele poderia muito bem tirá-la porque tenho certeza que até o final do dia, ela estará completamente encharcada. — Ouvi você tocar. Eu queria ver quem era. — Oh — Sua cabeça se inclina enquanto se aproxima de mim. — Espero que você tenha gostado do que ouviu, em vez de pensar que parecia um desastre. Seu rosto estava meio torcido quando olhei para cima. Parecia que você estava odiando. — Não — balanço minha cabeça rapidamente. — Eu... eu adorei, Nolan. Onde você aprendeu a tocar assim? — Meu pai me ensinou a tocar quando eu tinha apenas seis anos de idade — ele suspira. — Ele participou de uma banda durante muito tempo. — Oh.
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Ele cruza os braços em seu peito. Estuda cada centímetro de mim, mas eu tenho certeza que pareço uma merda completa. — Você escreve suas próprias letras? — Pergunto para distraí-lo. Quando ele olha para o lado, ele coloca seu polegar sob a correia e desliza ao longo do couro. — Sim. — Uau. Eu não sabia que, hum... — Não sabia o quê? — Ele pergunta, seus olhos cinzentos místicos encontrando os meus novamente. — Eu não sabia que você gostava de tocar — eu digo, completando minha frase que tinha cortado propositadamente para evitar qualquer conversa prolongada com ele. — Você aprenderá muito sobre mim que pode achar interessante, Natalie. Na verdade, eu escrevi uma canção sobre você. Quer saber como chama? Eu inspiro pesadamente enquanto uma gota de suor escorre pela minha testa. — O que? — Ladra de alma. — O que? — Enrugo a testa. — Por que deu esse título a uma canção sobre mim? — Porque eu estive sem alma estas últimas duas semanas sem você. — Por minha causa? — Cruzo meus braços e dou um passo para longe dele. — Se é assim, você deveria escrever uma canção negativa sobre si mesmo, Nolan. Eu não fiz nada de errado. — Você me dispensou, sem razão — ele contrapõe. — Isso foi errado, de muitas formas.
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Os meus olhos se estreitam defensivamente. — Você realmente acredita que proteger o meu coração já despedaçado é fazer algo de errado? — Natalie, você nem sequer me deu uma chance de me explicar. Eu lhe pedi muito por uma chance e você me negou, de cara. Não acha que foi meio egoísta? — Suas sobrancelhas sobem. — Egoísta é o fato de que você engana meninas inocentes. Apesar de ser errado trair, posso entender que você fez isso para se vingar daquelas que te magoaram. O que eu não entendo, é por que você faria isso com aquelas que realmente queriam fazer dar certo. — Porque nenhuma delas me manteve interessado. Mas com você — diz ele, dando um passo mais perto para alcançar meu rosto. — Com você, há algo diferente. Há algo em você que eu sei que não vou me cansar. Você é um desafio que eu sei que vou demorar muito tempo para conquistar e estar com alguém por um longo tempo é o que eu preciso agora. Preciso de alguém que vai trabalhar comigo, e não contra mim. Aquelas garotas que você acha que são inocentes, não eram. Elas me incomodavam o tempo todo e me acusavam de coisas que eu não fiz. Fiquei tão frustrado que comecei a me distanciar e seguir meu próprio caminho. Você não pode me culpar por isso. Minha pele vibra com prazer e eu quero me afastar dele, mas não posso, porque a forma como ele está acariciando minha bochecha vermelha realmente me agrada. Senti falta de seu toque ao longo destes dias. Senti falta de vê-lo sorrir, fazer piadas e até mesmo me dizendo que sou bonita. Saber que posso perder uma pessoa como ele, me deixa desconcertada. Alguém que é provavelmente tão baixo e egoísta como Bryson. Mas ele me faz feliz. Não percebi isso, mas a felicidade estava lá durante aquele — encontro — com Nolan. Eu me senti completa. Eu me forço a me afastar dele, no entanto. Ele olha para mim e eu agarro os meus papéis na mão antes de dar um passo para longe.
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Embora este sentimento me deixe louca, eu não posso deixar que seu jeito me contagie. Mas, novamente, eu poderia usar isso. Passar aquele tempo com ele ajudou-me a esquecer tudo o que passei com Bryson. Ele é como uma distração e para ser honesta, ajudou a pensar em outra pessoa para variar. Esta semana que passou foi terrível para mim. Eu ficava relembrando tanto que me sentia mal, com lágrimas nos olhos todas as noites. Chega. Não posso continuar mais com essa depressão. — Você toca muitas vezes? — Pergunto olhando para seu violão. — Todas as noites. Concordo com a cabeça quando olho por cima do ombro para um casal que está passando, de mãos dadas. Tremo um pouco enquanto os vejo desaparecer. — Bem, eu estou indo para uma sessão de Open Mic amanhã — afirmo, recusando-me a deixar que as lembranças de Bryson cheguem até mim. — Nós deveríamos ir juntos para ver como é. Talvez você possa tocar? — Oh, não. — Ele balança a cabeça, acenando com as mãos em desaprovação. — Eu não canto para ninguém além de mim. — Você não vai cantar para mim? — Pergunto, dando um passo para preencher a lacuna entre nós só um pouquinho. A cabeça de Nolan inclina e seus lábios se abrem para sorrir. — Espere, você está tentando planejar um encontro de verdade comigo? — Seus olhos estreitam de brincadeira. — Você está realmente disposta a me ajudar? — Ajudar você? — Eu cuspo enquanto meu nariz enruga. — Não se trata de ser um projeto para mim, Nolan. Assim como você me disse há algumas semanas atrás. Tudo ou nada. Nós vamos fazer com que seja natural... mas é isso. Vamos ver o que acontece à medida que o tempo passa.
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Seus dentes brancos aparecem e meu coração tropeça antes da próxima batida. Seu sorriso só me faz querer sair da minha personagem de dama e derrubá-lo naquela mesa de piquenique. Ele se aproxima e o espaço entre nós não está mais lá. Alcançando a maça do meu rosto, ele estuda os meus olhos castanhos novamente. Seu suor derrama através da minha blusa e o calor entre nós faísca com intensidade. Estamos em chamas agora e tenho certeza que a maioria das pessoas odiaria ser tocada assim, enquanto está tão quente, mas eu adoro. Amo o jeito que meu corpo está borbulhando com mais calor do que ele precisa. — Tudo o que eu faço com você é por instinto natural — diz ele contra os meus lábios. — Eu quero que isso funcione, Natalie. Não há nada que eu queira mais do que vê-la todos os dias e saber que posso fazer melhor. Eu sei que tenho isso em mim. Pode parecer que eu estou indo rápido demais, mas estive pensando demais em você para deixar isso pra lá. Eu posso fazer isso. Concordo com a cabeça enquanto ele afasta as mãos antes que fiquem muito suadas. — Por favor, só não estrague tudo, Nolan. Um erro e eu estou fora. — É claro — diz ele. — Eu não vou estragar. Confie em mim. — Tudo bem. — Sorrio enquanto dou mais um passo para trás. — Eu peguei um pouco de pão light ontem. O que me diz de uns sanduíches? A risada de Nolan ressoa enquanto agarra a alça de seu violão. Um passo à frente, ele passa um braço ao redor do meu ombro antes de liderar o caminho em direção ao estacionamento. — Eu ainda prefiro Natalie no meu, mas acho que o presunto vai cair muito bem por agora. Fico vermelha enquanto tento manter meu rosto escondido. Ele tem o hábito de me fazer corar. Mas, pelo menos, eu estou sorrindo. Afinal, isto é o que eu realmente queria... certo?
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Capítulo Treze — Então, falando sério — diz Nolan enquanto pega um pedaço de alface do seu sanduíche. — Como você conheceu Harper? Ela é completamente o oposto de você. Pego meu copo de suco da mesa de café, antes de voltar a olhar para ele. Ele coloca o último pedaço de seu sanduíche na boca, antes de me dar a sua total atenção. — Harper era minha vizinha. Moramos no mesmo bairro por muito tempo. Nós ficamos amigas logo de início. — Enfiando minha perna debaixo da minha bunda, viro para encará-lo enquanto tomo um gole do meu suco. — Por que você pergunta? — Harper é uma louca — diz ele através de uma risada. — Não do tipo insana, mas uma louca feliz. Eu sempre a vejo saltitante no clube LIV. Ela deu um boquete para o gerente desse clube. Você sabe disso, não é? Engasgo com minha bebida e me esforço para manter os meus lábios fechados para evitar que o suco escorra. — O que? — Eu grito. — Por que você diz isso? Harper nunca se rebaixaria a tanto. — Não? — Suas sobrancelhas sobem suavemente. — A única maneira de uma menina colocar uma amiga menor de idade no clube ou mesmo obter para essa amiga um passe para beber, é se ela lhe dá algo que valha a pena. Que homem não gostaria de algo em troca, apenas no caso de ele ser demitido por permitir que menores de idade estejam bebendo?
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— Você está apenas fazendo suposições — murmuro enquanto coloco meu copo na mesa. Não há nenhuma maneira no inferno de Harper ter chupado um homem que ela mal conhece. A Harper que eu conheço vomitaria se alguém lhe dissesse para fazer isso. Ela não fez isso para Bobby, então eu não esperaria que ela fizesse isso a alguém como o dono do clube LIV. Mas agora que penso nisso, Max (o dono do LIV) era muito gostoso. Ele era jovem, com o cabelo castanho ondulado e um cavanhaque bem aparado. Ele tinha os olhos azuis mais claros que eu já vi, e cuidava-se muito bem. Ele estava longe de ser considerado feio, mas tenho a certeza de que Harper tem respeito suficiente por si mesma para não cair tão baixo... pelo menos eu espero que ela ainda tenha. Já se passaram dois anos desde a última vez que a vi. As pessoas mudam conforme o tempo passa, sei disso com certeza. — Não estou supondo. Eu sei, Natalie — Nolan me tranquiliza. — Como você sabe disso? — Porque Dawson encontrou ela fazendo isso com ele no banheiro dos homens. Desta vez, meus olhos se arregalam até praticamente pularem para fora da minha cabeça. — Fazendo... com Max? — Levanto e pego os pratos com as cascas do nosso pão. — Então, por que Dawson ainda quer ir a um encontro com ela? Ele não a acha uma vagabunda ou algo assim? Nolan suspira quando cruza os braços. — Dawson acha que pode fazer todas as garotas que ele encontra sossegarem completamente. Quando ele quer uma menina, ele a quer. Estou assumindo que ele não encontrou a pessoa certa ainda, mas ele nunca foi infiel. Ele e o meu irmão me chamavam de imaturo, por tentar me vingar das meninas que me traíam. Dawson é como um irmão que está constantemente gritando no meu ouvido. Eles querem que eu relaxe e leve a sério, pelo menos uma vez na vida.
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— Oh, uau — murmuro. — Bem, boa sorte para ele com isso. Harper é um pouco selvagem e tentar domá-la agora parece meio impossível. E olha quem fala. Você e Dawson são completamente opostos. Eu posso ser um pouco diferente de Harper, mas vocês... — Nolan vira a cabeça rapidamente para olhar para mim. Seus olhos cinzentos entristecem e eu mordo mentalmente minha língua, recusando-me a cuspir sobre seus defeitos. — Deixe-me levar isso para cozinha — murmuro antes de virar. Coloco os pratos na pia, mas quando me viro, Nolan está se aproximando com a cabeça ligeiramente inclinada, parece que ele está prestes a me comer viva, mas há algo mais em seus olhos. Algo extremamente sedutor. — Já passou duas semanas desde que eu senti seus lábios contra os meus — diz ele, dando um pequeno passo em frente. — Duas semanas desde que eu vi você ou provei sua língua. O que estamos esperando para fazer isso de novo? — Hum... — Seguro a borda do balcão, ele dá seu último passo e pressiona sua virilha contra mim. Meu corpo fica tenso quando olho em seus olhos. — Isso parece natural? — Ele pergunta. — O que parece natural? — O jeito que eu te toco. A forma como seu corpo arrepia com o prazer. A forma como os seus lábios franzem quando realmente quer me beijar. Eu puxo meus lábios rapidamente, percebendo que eles estão um pouco franzidos. Quero beijá-lo, e eu nem sequer percebi isso. Para ser honesta, quero fazer muito mais com ele. Mas nós estamos levando isto lentamente. Estamos tentando deixar mais fácil. — Você não tem que resistir mais, Natalie. Basta fazer. — Seus lábios abrem suavemente. Ele está me tentando de todas as maneiras
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possíveis. Sua voz é baixa, profunda, e está causando um tremor nas minhas pernas e endurecendo-as ao mesmo tempo. Ah, esqueça. Tudo isso me atrai. Encosto nele, mas antes que nossos lábios se toquem, o vejo sorrir. Mas esse sorriso é deixado de lado imediatamente quando esmago meus lábios contra os dele. Envolvendo as mãos em volta da minha cintura, ele me pega para me colocar no balcão. Pressionando mais, seu peito firme empurra meus seios enquanto ele me puxa pelo quadril. Seus lábios vão da minha boca para o meu pescoço. Ofego pesadamente enquanto torço os dedos pelo seu cabelo. Ele solta um gemido suave, mas não para de me beijar. Calor desliza do meu peito para minha calcinha. Deus, o que ele está esperando? A porta da sala range ao ser aberta e ele se afasta de mim rapidamente. Chaves balançam e nós dois tentamos acalmar nossa respiração pesada, mas é impossível. É quase como se tivéssemos acabado de correr uma maratona. Leva apenas alguns segundos para Harper virar o corredor. Ela nos vê e seus olhos se arregalam enquanto ela rapidamente aperta suas chaves na mão. Mesmo ela não dizendo nada, eu estremeço. Sei o que está por vir. É de Harper que estamos falando. Tenho evitado conversas com ela sobre Nolan propositadamente ao longo das últimas duas semanas, mas agora que ela viu isso, vai acreditar que eu menti sobre estar chateada com ele. — No meu balcão? Sério, Nat! — Ela grita. Nolan e eu finalmente respiramos de novo. Ele ri quando se afasta de mim e arruma a parte de cima da sua camiseta amassada. A parte que eu tinha agarrado. — Eu vou te dar dois minutos — diz, enquanto olha de mim para Harper, que ainda está de cara feia para nós. Ele passa ao lado dela com um sorriso ainda colado aos lábios. Ele está realmente merecendo um chute por isso.
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Assim que Nolan está fora da cozinha, Harper caminha em minha direção e me agarra pelo pulso. — Uma conversa séria em meu quarto. Agora — ela me puxa do balcão e me arrasta para fora. Quando passamos pela sala de estar, Nolan está sentado no sofá e sacudindo a cabeça com um pequeno sorriso. Ele pisca e eu fico vermelha antes dela virar o corredor, abrir a porta do quarto e então fechá-la atrás de nós. — O que diabos está acontecendo? — Ela pergunta, cruzando os braços com força. — Você me disse que ele era um canalha traidor! — Tenho certeza que eu não disse isso assim, Harper. Ela sacode rapidamente a mão, empurrando a minha declaração de lado. — Tudo bem. Você estava tão deprimida nas últimas semanas, mas eu chego em casa e vejo vocês se agarrando no meu balcão. Isso é apenas estranho, Nat. — Não é estranho! — Defendo-me enquanto aliso meu cabelo. — Concordei em deixar as coisas acontecerem naturalmente entre Nolan e eu. Você deveria estar feliz com isso. Pelo menos eu não estava chupando o pau dele! Harper engasga enquanto seus olhos azuis arregalam. — Onde está querendo chegar? — Por que você não me contou sobre Max? — Pergunto. — Desde quando você esconde coisas de mim? — Seu rosto entristece um pouco enquanto ela olha para longe de mim. Mas na mesma quantidade de tempo que seu rosto ficou triste, ela volta, com o rosto cheio de vida novamente. — Tenho medo que você vá me criticar pelas coisas que eu faço agora, Nat. A maioria das merdas que eu faço, é por estupidez. Na maioria das vezes estou bêbada, fora da minha mente e às vezes nem me lembro
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o que diabos aconteceu durante a noite anterior. Por isso que eu parei de te chamar para sair. Porque não quero que você siga os meus passos. — Ela pega a minha mão e me leva para a cama. Nós duas sentamos juntas, mas meus olhos não se afastam dela. — Desde que Bobby e eu nos separamos, sinto a necessidade de assumir o controle. Sinto a necessidade de chupar e foder todo cara que eu encontrar. Quero que cada um deles lembrem o quão boa eu sou e, em seguida, lamentem a forma como eles são. Assim como Max. Max tem milhões de prostitutas no escritório de seus clubes. Ele tentou me tratar como uma delas, mas eu recusei. Ele gostou da minha atitude e me pediu para ir a um encontro com ele. Concordei em ir. É assim que eu tenho o passe para você. Foi há algumas semanas, na verdade. — Max é um cara legal, mas ele tem as mulheres como garantidas. Ele acha que, se ele chama, elas irão correndo... mas eu não. Eu trepei com Max e, em seguida, saí de sua casa no meio da noite. Vou ao seu clube só para lembrá-lo de que ele é um idiota e que nunca mais vai me ter. Quero ser difícil de resistir e difícil de se esquecer. Até agora, sinto que estou fazendo um trabalho muito bom com ele, porque constantemente ele me liga. Os caras adoram quando você lhes dá um bom boquete e depois pula em cima deles. É como uma fantasia ou algo assim. Eu li em uma revista uma vez. Minha cabeça treme quando olho para Harp com os olhos arregalados. — Mas por quê? — Eu nunca teria pensado que ela iria se transformar em uma espécie de garota de uma noite. Não posso imaginar com quantos homens ela realmente transou ao longo destes dois anos. — Bobby realmente me fodeu, Nat. Odeio a ideia de me prender novamente. Até mesmo pensar sobre como eu estava magoada me assusta. Não quero que ninguém tenha controle sobre o meu coração. — Isso é completamente insano, Harp. Você se entrega inteira por uma noite e, em seguida, esquece-os? — Meu rosto franze. Recuso-me a
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julgar minha melhor amiga, mas este comportamento é ridículo. — Você não acha isso meio... estranho? — Não estranho. Pense nisso por um segundo — diz ela, levantando-se da cama para justificar-se. — Os homens fazem isso o tempo todo. Faço isso para me divertir, mas não todo fim de semana. Dormi com sete homens desde que cheguei aqui. Todos eles imploraram por um encontro de verdade comigo... incluindo Dawson. — Ugh — eu gemo. — Preciso seriamente conhecer esse Dawson. Será que ele sabe que você faz isso? — Sim — ela suspira. — Isto é o que eu queria esconder de você. Quando o vi novamente naquela festa na praia, queria muito ignorá-lo. Queria que ele se lembrasse do que havíamos compartilhado e o quão bom foi o nosso sexo, mas Nat — diz ela, pegando minhas mãos. — Há algo nele que me faz querer parar o que estou fazendo. Não entendo como ele pode fazer isso comigo, mas agora me arrependo de ter dormido com esses caras. Ele praticamente me deu uma palestra sobre o meu comportamento. Eu ainda estava bêbada quando ele fez isso, mas eu me lembro de todas as coisas que ele disse. Ele quer me mudar. Mas eu não posso mudar. Estou muito acostumada a me divertir nas festas e de ser solteira. Também costumava feri-los por magoarem garotas como nós. Quando Harper diz isso, minha mente volta a Nolan. Ela e Nolan são exatamente iguais. Eles não podem mudar o jeito que são. Estão tão acostumados com suas falhas que seus erros se transformaram em maus hábitos. Não posso acreditar nisso. Durante duas semanas, tenho vivido com alguém que machuca os outros sem motivo também. Não há nenhuma razão para magoar as pessoas que realmente querem mais. Mas acho que posso entender por que Harper é da forma que é agora. Ela está quebrada, assim como Nolan. Assim como eu. Ela está rasgada e se recusa a ser curada por qualquer outra pessoa. Mas, ao contrário dela, Nolan quer mudar. Ele quer ajuda.
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— Acho que você deveria dar uma chance ao Dawson — eu finalmente digo. Sua testa franze e seu nariz torce. — Por quê? Ele é muito... maduro — ela geme. — Talvez maturidade seja o que você precisa, Harp. Você deve fazer o que Nolan e eu estamos fazendo. Leve as coisas naturalmente, no dia a dia. — Hum, sinto muito, mas transar e beijar no meu balcão brilhante não é natural. Isso é simplesmente nojento. Vou me certificar de não fazer a minha comida naquele lado da cozinha na próxima vez. Solto uma risada enquanto levanto. — Estou falando sério, Harp. Nolan está passando por algo que ainda vou descobrir mais... assim como você. Estou disposta a ajudá-lo, assim como Dawson está disposto a ajudá-la. Gemendo, ela cai para trás e seu cabelo loiro se estende ao longo de seus lençóis brancos. — Preciso? — Ela lamenta. — Você não precisa... mas eu tenho certeza que vai adorar. — Porque eu já adoro a forma como as coisas estão indo. Ela se apoia sobre os cotovelos para me olhar. — Tudo bem. Mas se ele perder o controle, estou fora. Não quero que ele pense que nós estamos ficando sério tão cedo. Isso vai levar algum tempo para me acostumar. Sei que o que faço é ruim, mas não pode ser pior do que ter alguém reclamando o tempo todo para mim sobre o jeito que eu sou. Aceno, caminhando até a porta. Sei que se ela se sente assim, eu também. Ainda estou me acostumando com essa ideia. Estou praticamente me preparando para algo dar errado. Mas vou continuar com isso. Vou fazer o que puder para manter Nolan ao meu alcance. Recuso-me a deixá-lo escorregar, porque se ele deslizar, eu escorrego
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junto. E se eu cair de novo, não poderei jamais me levantar. Se o meu coração for arrancado do meu peito por Nolan, alguém com quem quero ficar e conhecer... não tenho certeza do que vou fazer.
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Capítulo Catorze Bryson começou a afastar-me cerca de três semanas antes de ter oficialmente me traído. Foram três longas semanas e me fizeram duvidar do quão forte era o nosso amor a cada dia. Bryson iria me pegar em casa para me levar para a escola. Fomos em seu Jeep Wrangler verde. Eu sabia que algo estava errado. Podia sentir isso. Especialmente na noite em que nós deveríamos sair para jantar juntos.
— Eu tenho algo para fazer para a minha mãe esta noite. Teremos que remarcar o jantar — disse ele, enquanto estacionava na frente da minha garagem. Estávamos vindo da casa de Mark, mentiríamos para nossos pais dizendo que nós estávamos tendo uma sessão de estudo, mas na verdade, estaríamos dando uns amassos. Mas naquela noite no Mark, Bryson mal me tocou. Ele mal olhou para mim. Jogou XBOX com Mark a noite inteira, até que me levou pra casa. Assenti com a cabeça e engoli o nó em minha garganta quando soltei o cinto de segurança. O fato de que ele não estava nem olhando para mim me incomodou profundamente. — O que ela quer que você faça? — Perguntei. A mãe de Bryson é advogada. Ela quase nunca está em casa, então eu deveria ter percebido que ele estava mentindo para mim. Estava cega demais para enxergar. Eu o amava. O pai de Bryson era um completo idiota, por isso sua mãe mandou-o embora. Bryson vive apenas com sua mãe, uma mãe solteira que mal passa um tempo com ele. No dia da formatura, ela lhe disse que chegaria mais tarde. Após a cerimônia acabar, chegamos à conclusão de que ela não viria.
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— Ela quer que eu cuide dos filhos de um amigo dela, enquanto eles saem. Eu não sei. É meio estúpido — ele murmurou com um encolher de ombros descuidado, mas ele ainda não estava olhando para mim. — Bryson. — Peguei a mão dele e apertei-a. — Você está bem? Ele finalmente se virou para olhar para mim. Seus olhos verdeesmeralda me perfurando enquanto examinava cada traço do meu rosto. Era como se estivesse decidindo se deveria ir adiante com o plano diabólico que tinha começado. Eu acho que ele decidiu ir até o fim, porque ele puxou sua mão para colocá-la no volante. Tenho certeza que ele pensou que foi um gesto imperceptível, mas eu percebi tudo o que havia de errado nisso. Normalmente, quando eu sentia que algo estava errado, ele segurava meu rosto, me beijava e, em seguida, dizia-me que ele estava mais do que bem quando estávamos juntos. Mas não naquela noite. Virou para a frente, ele olhou pelo pára brisa de novo. — Estou bem, Nat. Desça e passe um tempo com seu pai. Ligo para você hoje à noite, quando as crianças tiverem ido. Acenei com a cabeça enquanto puxava minha mão. Ele estava arrumando pequenas desculpas para fugir de mim. Mas agora que penso nisso, ele estava apenas tentando se livrar de mim para provavelmente passar a noite com Sara. Fico em dúvida agora ao pensar que ele pode ter me traído mais de uma vez com ela. Ele tinha feito. Saí do carro, mas hesitei ao fechar a porta. Ele ainda estava virado para a frente, ainda olhando para o pára brisa. — Boa noite, Bryson. — Assim que falei, o meu peito apertou e eu lutei para segurar minhas lágrimas. Fechei a porta ele arrancou rapidamente. Não era do feitio dele sair tão rápido. Quando me deixava em casa, ele geralmente esperava na frente da entrada da garagem até que eu estivesse segura dentro de casa. Mas não nesse momento. Naquela vez, ele saiu dentro de um segundo. Vi o rastro do seu Jeep até que seus faróis traseiros ficassem distantes e, em seguida, desaparecessem. Virei-
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me para caminhar até a calçada. Sabia que meu pai estava esperando por mim lá dentro então, respirei fundo, afastei o que tinha acontecido, e entrei.
Eu estava esperando que talvez ele não estivesse se sentindo bem ou que realmente tinha que apressar-se para tomar conta das crianças, mas não era o caso. Bryson ia ver Sara pelas minhas costas. Naquela época, eu nem sequer percebi isso. Arrumei desculpas pelo seu comportamento arisco. Tenho a certeza que todas as desculpas eram boas e às vezes acreditava nelas. Mas estava ficando fora de controle. Era só uma questão de tempo até que eu descobrisse a verdade.
**** Tocando minha caneta contra o meu queixo, olho para a folha de papel em branco diante de mim. Estive debatendo durante toda a manhã sobre a possibilidade de escrever ou não. Decidi que já que eu estava sozinha em casa e não tinha para onde ir por horas, era melhor escrever algo. Tive todas estas memórias, todos esses pensamentos confusos passando pela minha cabeça. É tudo tão desordenado que sinto que escrevê-las seja a melhor opção. Cruzo as pernas e pressione a caneta contra o papel. Sentada à mesa de café da sala de estar, em cima de uma das almofadas de Harper, Pink, Ed Sheeran, e Gavin Degraw cantam gentilmente nos alto-falantes. Eu costumava escrever assim em casa quando meus pais não estavam lá. Pego uma pilha de papéis, coloco na mesa de café, sento em um pufe, e estico minhas pernas debaixo da mesa enquanto relaxo na sala. Então, coloco-me em ação.
Comparo-te a ele Porque vocês são quase o mesmo Suas chances são muito poucas
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E você deve levar toda a culpa Estou aprendendo que não é sobre você Em todos os momentos acordada Torturo-me com lembranças de você Mas você não podia apegar-se Ele é igual, em alguns aspectos Mas ele está me ajudando a lidar Eu culpo você pelos dias Que eu me pego sentada lastimando Eu não posso culpá-lo por não estar interessado Mas você poderia ter me poupado da dor Minha vulnerabilidade se manifestou E eu estou contente que ele me proporciona algum tipo de alívio Sinceramente, só quero dizer dane-se você Sinceramente, só quero te apunhalar pelas costas Eu realmente só quero gritar — foda-se! Até que minhas emoções possam superar a falta de energia O que eu sinto é mágoa O que eu passei foi insuportável Você enfiou minha cara na lama Mas de alguma forma essa lama tornou-se valiosa Agora, estimo os momentos que estou longe de você Você perdeu o que tinha; você deseja o que perdeu Eu realmente devo levar a melhor Porque encarei essa dor como uma mulher.... como uma vitoriosa. Com maestria.
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Sorrindo, leio as linhas do meu papel mais de um milhão de vezes. As duas últimas são as que me capturam. Eu as amo. O fato de que eu realmente continuei a respirar e segui em frente com a minha vida é prova suficiente de que estou superando. É como dar passos de bebê. São graduais, mas vão se tornando avanços com o passar dos dias. Eu estava sufocando com um saco plástico que Bryson colocou na minha cabeça. Mas agora eu sinto que eu posso arrancá-lo e jogá-lo no lixo. Sinto que posso inspirar e dar um grande suspiro de alívio. Este poema mostra o quanto superei-o. Não vou fingir que ele não significa nada para mim, no entanto. Os sentimentos que tenho por ele vão demorar um pouco para desaparecer e isso é só porque ele foi o meu primeiro amor. Mas está acontecendo. Eu posso sentir isso acontecendo. Um peso foi tirado dos meus ombros. Ainda há um pouco de peso, mas com o tempo, eu sei que tudo vai embora. Meu celular vibra em cima da mesa e eu o pego rapidamente, olhando para o número desconhecido. — Alô — atendo, com minhas sobrancelhas ligeiramente juntas. — Oi! É a Natalie Carmichael? — Sim, é. Quem está falando? — Ah, é Brittany de Miami-Dade! — Oh, sim! Oi, tudo bem? — Eu puxo as minhas pernas por debaixo da mesa para ficar de pé. — Eu estou maravilhosa — diz ela, enquanto coloco minha caneta em cima do papel. — Eu estava apenas ligando, como ficou prometido. Quero dar-lhe as instruções mais cedo. Minha mãe conhece o gerente e ela disse que um monte de gente vai estar lá hoje à noite. Você ainda está pensando em ir?
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— É claro. — Eu sorrio. — Na verdade, acabei de escrever algo que posso ler esta noite. — Jura? — Brittany grita. — Isso é fantástico. Espero poder lêlos em breve. — Você pode lê-los hoje, se quiser. Nós podemos nos encontrar para um smoothie ou alguma outra coisa e eu posso levar alguns dos meus melhores comigo. — Oh, não. Eu realmente não quero tomar todo o seu tempo — diz ela enquanto sua voz baixa. Rindo, caminho para o meu quarto. — Brittany, está tudo bem. Estou livre hoje... e praticamente todos os dias até as aulas começarem. Eu não me importo. — Tem certeza? — Ela pergunta, nervosa. — Sinto como se eu estivesse interrompendo sua escrita. Eu sei como é ter alguém interrompendo algo importante... Brittany continua a tagarelar, mas eu só rio. Ela é adorável, realmente. Ela está uma pilha de nervos por falar com uma nova amiga que ela não conhece direito. Posso dizer que ela está tentando não estragar nada. Mas eu não sou assim. Eu aceito as pessoas como elas são. Acho que esse é o meu problema. — Está tudo bem. Eu juro. O que você acha de nos encontrarmos no Smoothie King? — Claro — ela respira, quase aliviada. — A que horas? Afasto meu celular do ouvido para verificar a hora. — Às três? O Open Mic não começa antes das oito hoje à noite, certo? — Certo — ela diz. — Bem, pegue seus poemas e eu te encontro lá... naquele da praia, certo?
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— Sim — eu digo, enquanto brinco com um prendedor de cabelo no meu criado-mudo. — Certo. Te vejo lá! — Até mais! — Digo, antes de desligar. Solto a presilha e então suspiro. Passo os dedos pelo meu cabelo enquanto olho para o tapete. Se eu for honesta comigo mesma, estou nervosa com o fato de que Brittany possa pensar que sou uma louca por ter escrito tais poemas deprimentes e dolorosos. Meus melhores poemas são os que escrevi em meio à dor ou com olhos embaçados. Quero compartilhar meus sonhos com alguém. Não posso continuar a esconder o que sinto. Minha única esperança é que ela realmente goste deles e não fuja de mim correndo.
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Capítulo Quinze — Então, o que você acha? — Pergunto nervosa enquanto aperto meu copo que está cheio de um cremoso smoothie de morango com banana. Pelos vincos na testa de Brittany, eu não sei o que ela está pensando. Seus olhos estão grudados no papel e está escaneando cada palavra uma e outra vez. Não muito tempo depois ela para de ler para olhar para mim. Seus olhos verdes estão arregalados e brilhantes quando ela olha para mim. Ela parece ter acabado de ver Freddie ou Jason. — É tão ruim assim? — Pergunto com um leve arrepio. — Ruim? — ela pergunta embasbacada. — Natalie, por favor, desculpe-me por minha língua, mas esse poema é incrivelmente do caralho! Sobre quem está falando? — Meu ex. — Uau — ela respira enquanto ela pega seu iogurte. — Eu podia sentir a sua dor. Sério, não há palavras que possam descrever o que eu senti ao ler isso. — Ela pega a colher e desliza em sua boca. — Você compartilhou isso com alguém além de mim? — Sim. Eu tenho uma amiga na Carolina do Sul que gostava de ler meus poemas. O nome dela é Grace. Ela é a razão pela qual eu comecei a escrever, na verdade. — Sério? — Brittany levanta uma sobrancelha intrigada quando engole o iogurte. — Como assim? — Bem, ela sabia que eu gostava de escrever. Ela me disse para apenas colocar tudo no papel. Estou feliz por ter feito. — Eu sento e apoio
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minhas mãos nas coxas. — Você tem certeza que gostou? Quero dizer, não havia nada nele que fez você querer fugir de mim gritando? — Claro que não — diz ela rapidamente enquanto se senta na minha frente. — Sério, você deve pensar em obter os direitos autorais e publicar. Eu acho que muitas meninas iriam entender este tipo de dor. Eu sou uma delas. — O rosto de Brittany entristece enquanto ela pega seu iogurte grego novamente. — Oh — eu murmuro. Duvido que ela queira falar sobre isso agora. — Bem, talvez um dia. Eu não acho que estou pronto para isso ainda — digo para evitar essa conversa com ela. — Oh sim! Sem pressa. Faça quando se sentir bem. — Pegando a colher de novo, ela olha para o iogurte rosa. — Então, você vai sozinha esta noite? Não quero que você se sinta uma vela. Jordan, meu namorado, irá e eu acabo ficando um pouco... agarrada a ele. Dou um grande sorriso quando a vejo quase afundar pela gola de sua regata verde. — Ah, não se preocupe comigo. Eu tenho alguém que irá junto e tenho certeza que vai adorar o Open Mic tanto quanto nós. — Um sorriso toca em meus lábios enquanto eu abaixo minha cabeça e penso em Nolan. Ele ficou até as três da manhã. Foi maravilhoso passar um tempo com ele. Não acho que houve um momento em que nós não estávamos nos agarrando. Todo o tempo, nossos lábios estavam grudados. — Ficou vermelha — Brittany comenta com um sorriso enquanto aponta a colher para mim. — Acho que ele é seu namorado. — Não. — Nego com minha cabeça. — Apenas um amigo. — Por enquanto — ela rebate brincando. — Eu conheço esse olhar. Já senti isso antes. Você está toda vermelha. Você gosta muito dele.
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— É realmente tão óbvio? — Pergunto. Eu meio que percebi que ia ficar óbvio um dia. — Muito — diz ela, em seguida, coloca a colher em sua boca para engolir sua última colherada de iogurte. — Ele é bonito? — Muito — eu digo com um leve risadinha. Ela ri comigo, então coloca a colher em sua taça vazia antes de alcançar minha pilha de poemas. Ela empilha-os sobre a mesa antes de colocá-los na pasta amarela em que eu os tinha trazido. — Leve-os para casa e realmente considere lê-los no Open Mic em algum momento. Eu acho que o que eu acabei de ler é o melhor, todos eles eram ótimos, mas esse último foi … uau. — Eu pego a pasta com um aceno de cabeça e ambas levantamos da mesa. — Talvez — eu suspiro.
**** Assim que entro no apartamento, meu telefone vibra no meu bolso de trás. Fecho e tranco a porta antes de pegá-lo para ver quem é. Gracey. Meu coração girou cinquenta vezes no meu peito enquanto um sorriso grudou na minha boca como cola. Eu sentia saudade de Grace. Não falei com ela nas últimas semanas. Ela esteve de castigo desde que foi pega tentando fugir e ir para casa de seu namorado, Trey. Ele era o cara que ela havia conhecido na festa de formatura infame. Eu pressiono o botão atender e solto um grito estridente através do telefone. — Meu Deus, Nat! Eu odeio quando você faz isso! — Ela reclama antes de rir. — O que foi garota? Senti sua falta pra cacete!
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— Eu sei — gemo enquanto caio no sofá. — Seus pais finalmente decidiram deixá-la sair do castigo? — Sim — ela suspira. Eu posso dizer que ela está brincando com alguma coisa. Sempre teve esse hábito quando está ao telefone ou quando falando com alguém pessoalmente. — Eu acho que eles estão percebendo que não sou mais uma criança. Falei com a minha mãe esta manhã e ela me deu um discurso sobre como a gravidez vai cortar toda a diversão da minha vida e essas merdas. Era o mesmo velho lixo apenas em um dia diferente. — Levou um pouco mais de um mês para finalmente deixarem você sair. Isso foi muito demorado. — Eu sei. É uma merda. Mas que se dane o meu castigo. Ou seja, isso não importo mais agora. Tenho meu telefone de volta, com minutos ilimitados para gastar. Como está Miami? Fazendo uma pausa, mordo meu lábio inferior. Sei que Gracey vai ficar louca quando contar a ela sobre Nolan. Ela provavelmente vai pensar que eu estava fingindo minha depressão quando Bryson e eu terminamos. Parece muito rápido para se estar de volta no jogo de amores, mas é com Grace que eu estou falando. Conto-lhe tudo. Mas se falar sobre Nolan, ela vai me xingar. Ela odeia traidores. — Eu conheci um cara — murmuro enquanto me arrasto para a beira do sofá. — Ah, é? — Ela pergunta. Um plop alto estala no meu ouvido e eu afasto o telefone rapidamente. — Desculpe — ela diz. — Este chiclete é muito bom para parar de mastigar. Muito saboroso! Vá em frente, desembucha. — Bem, ele é bonito... — Descreva-o — ela exige rapidamente.
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Minhas sobrancelhas se unem enquanto pego a caneta que eu havia usado para escrever meu poema, mais cedo. — Cacete, apressar todas as respostas de mim, por que não? — Desculpe — ela pede desculpas novamente. — Senti falta de ouvir sua voz. Quero saber tudo o que está acontecendo com você, qualquer coisa que prove que você ainda tem uma vida além do idiota do seu ex-namorado. — Eu sei que ela está revirando os olhos enquanto mexe nas cutículas de suas unhas. É mais um hábito dela, especialmente quando está tentando dar uma de espertinha. — Falando nisso — murmuro enquanto levanto do sofá. Eu não posso acreditar no que estou prestes a perguntar, mas... — Você tem visto Bryson ultimamente? Em qualquer lugar? — Na verdade, sim. Eu o vi com Mark no Target. Eles estavam comprando detergente para a mãe de Mark e você não vai acreditar quem mais estava com eles! — Quem? — Sara, a vagabunda. — Meu coração para e minha boca seca enquanto olho para baixo, na mesa de centro de vidro. — Você pensa que ele aprendeu a lição sobre estar com ela depois de perder você, mas ele ainda é um idiota. Ele tentou agir como se fosse legal o bastante para dizer olá para mim, enquanto estava com ela. Eu queria socá-lo no meio da sua cara de merda. Mas Mark disse oi e até mesmo me falou que estava aborrecido. Acredito seriamente que Mark tem uma queda por mim, eu só estou com medo de perguntar a ele o que sente. Ele sempre foi como uma espécie de irmão para nós, não é? A linha fica em silêncio e eu quero contar sobre Mark para ela, mas não posso. O fato de que Bryson ainda está com Sara, realmente me faz ficar muda. Eu me odeio por me sentir assim sobre ele, mas não posso acreditar. Eu pensei que ele iria deixá-la sozinha, especialmente pelo fato de que ele tentou me ver todas as noites para pedir desculpas. Ele estava
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fingindo sua sinceridade? Ele estava transando com ela e, em seguida, corria para mim para ver se eu iria perdoá-lo? Grace está certa. Ele realmente é um idiota. — Hum, Olá? — chama Gracey. — Você ainda está aí, Nat? — Sim. — Inspiro forçando-me a respirar novamente. Um nó de dor alojou-se na minha garganta, me impedindo de falar. — Eu simplesmente não entendo como ele ainda pode estar com ela. Ela é uma imprestável. — Ah, não — Gracey estala. — Você não vai ficar sentimental agora. Eu liguei para falar com a minha garota, Natalie Carmichael. Serei amaldiçoada se eu deixar que você dê sequer uma fungada. — A linha fica em silêncio novamente e acabo sentando no braço do sofá. — Então me diga sobre esse cara que você conheceu. O que ele quer? Como ele é? Meu coração começa a bater em um ritmo constante de novo enquanto forço minha mente de volta para Nolan. Vou vê-lo esta noite. Eu realmente mal posso esperar para sentir seus lábios e olhar em seus olhos. Mal posso esperar para que ele passe os dedos pela minha pele. Quero tocá-lo agora. Quero que ele me segure. Pensar em Bryson me faz sentir assim. É como se eu fosse encontrá-lo e mostrar que estou bem sem ele... mesmo que Bryson não possa ver nada que estou fazendo agora. — Nolan é lindo, Gracey. Ele tem um corpo de matar, lábios melhores ainda, e ele realmente se importa comigo. Ele tem suas falhas — menciono — mas fora esses pequenos detalhes, acredito que as coisas entre nós podem esquentar muito em breve. — Ahhh — ela murmura. — Isso é tão bonitinho. Tire uma foto dele na próxima vez que o vir e envie para mim. Preciso ver o cara que te fez esquecer de Bryson. — Sim — suspiro concordando.
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— Ah-Nat, eu tenho que ir! Trey está chamando. Não falei com ele o dia todo. Prometo ligar a noite. Te amo, te amo! Beijo! A chamada termina antes que eu possa até mesmo abrir a boca para falar. Sorrindo, fico de pé novamente. Amo falar com Grace e eu estou tão feliz por ela ainda ser a mesma. Nada mudou nela. Mesmo que ela seja louquinha, eu a amo. Mas eu realmente não posso acreditar que Bryson ainda está fodendo com Sara. Sara é horrível e mesmo que eu não o suporte, ele pode conseguir coisa muito melhor do que ela. Receber boquetes vai ficar cansativo para ele em breve. Um dia, ele vai querer o verdadeiro amor novamente. Sara não pode fornecer isso, mas eu poderia. Dane-se. Ele não me merece e eu não vou sentar e lamentar. Ele não merece qualquer tipo de felicidade em sua vida. Mas eu tenho que tirar esses sentimentos do meu peito. Agarrando uma almofada, sento nela e deslizo minhas pernas sob a mesa do café. Pego minha caneta, uma folha de papel em branco e começo imediatamente a escrever. E eu não paro. Nem mesmo que eu tenha cãibras na mão.
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Capítulo Dezesseis Cerca de três horas mais tarde, Nolan está à minha porta. E ele parece incrivelmente bonito. Gostoso demais para descrever, na verdade. Examino seus músculos por baixo da camiseta branca, o jeans azul escuro confortável, e seu cabelo estava como quando o conheci no clube. Era cortado ao redor de suas orelhas e usava gel para evitar que os fios caíssem na testa. Tenho que admitir que é como vê-lo pela primeira vez novamente. Ele parece incrível. Inclinando-se, ele planta um beijo em meus lábios e uma onda de energia varre através de mim enquanto meus olhos se arregalam. Começo a empurrá-lo, mas uma vez que percebo que este sentimento não é nada além de natural, apoio-me contra ele, enquanto pressiono a mão contra seu peito. — Oi — ele respira enquanto se afasta. — Oi — eu digo, mas sai mais como um gemido. Dou um passo para trás para me afastar de Nolan... mas ele não se preocupa em tirar os olhos de mim. Ele estuda o comprimento do meu cabelo castanho avermelhado que eu tinha acabado de escovar, minha blusa verde menta, e depois o meu shorts jeans escuro. — Você parece... — Pausa, ele chega mais perto. De alguma forma, o ar parece mais espesso agora... mas de um jeito bom. — Você está maravilhosa, Natalie. Podemos pular Open Mic, ficar aqui e transar por todo esse apartamento?
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Calor espalha-se pelo meu rosto corado. Mordo meu lábio inferior, mas uso a mão para me parar. — Você tem que parar de falar assim — eu digo. — Por quê? — Porque você tem que me conhecer antes de conhecê-la — eu digo, tentando imitar a maneira como ele falou durante nosso encontro. — Oh, confie em mim — ele ri enquanto me puxa para a frente pelo meu cinto. Uma onda de calor toma conta do meu corpo inteiro e até mesmo se infiltra através de meus ossos. Seus lábios pairam acima dos meus e por instinto, eu inclino minha cabeça, querendo outro beijo. — Assim que eu conhecê-la, não haverá nada que possa me manter afastado. — Ele pisca e então libera o dedo do cós do meu shorts. Ele dá um passo para trás e eu solto a respiração que eu estava segurando enquanto cruzo meus braços. — Você queria um beijo, não é? — Ele pergunta. Olhando para cima, vejo como uma de suas sobrancelhas subiu. — Nós ainda temos 30 minutos. — Ele aproxima-se novamente, mas em vez de pegar o cinto do meu shorts jeans, estica seu braço para me puxar pelo meu bumbum. Fico tensa quando meu estômago aperta contra a protuberância em suas calças. — Não... Nolan, não podemos. — Empurro seu peito, mas ele mantém sua posição firme. Estou tão excitada, que poderia montá-lo por horas, mas não posso agora. Acabei de arrumar meu cabelo e me vesti. Não posso sair como se tivesse sido atingida por um furacão sexual. Eu sei que provavelmente é como será com Nolan. Eu posso dizer pelo olhar brincalhão em seus olhos cinzentos e pela maneira que ele está segurando minha bunda que não há mais nada que ele prefira. — Nós não podemos? — Ele murmura enquanto inclina para colocar seus lábios contra o meu ouvido. Minha pele arrepia e eu derreto, com a mão que empurrava seu peito caindo para a lateral do meu corpo
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por conta própria. — Somos adultos, Natalie. Nós podemos fazer o que diabos nós quisermos. — Afastando-se, Nolan dá uma olhada em meus olhos. Ele estuda o desejo em mim. Posso sentir meus lábios franzindo agora, mas não me importo. Neste exato momento, eu faria praticamente qualquer coisa com este homem lindo. — Mas não estamos apressando isso, lembra-se? — Ele pergunta com uma voz que supostamente imita a forma como eu falo. Suas sobrancelhas se erguem quando ele passa os dedos na minha bochecha. Seu toque está fazendo minha pele pegar fogo. — Eu posso esperar. — Mas eu não posso — suspiro. — Você está tensa? — ele brinca. — Mal posso esperar pelo dia que eu possa liberar essa tensão. — Por que você não pode fazer isso agora? Seu rosto fica sério enquanto puxa a mão da minha bochecha. — Se eu fizer isso agora, o que vai fazer você querer ficar perto de mim? Gosto do fato de que eu tenho controle sobre o seu corpo. Meu pau, meu jeito. — Ah, mas tenho certeza de que se eu te atacasse agora, você não iria me impedir. — Não? — Ele desafia enquanto um pequeno sorriso brinca em seus lábios. — Não... Não, a menos que você seja bissexual. Seu rosto fica profundamente sério e eu tapo minha boca rapidamente. Oh, não. Eu puxei o cartão de gay com ele novamente. — Eu realmente odeio quando você me testa, Natalie — ele resmunga e antes que eu perceba, ele está me pegando em seus braços e dando a volta no sofá. Achei que ele estava me levando para a cama do meu quarto, mas ele passa por ela para chegar ao banheiro.
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A porta se fecha atrás de nós e ele empurra os meus produtos de maquiagem longe para dar espaço para o meu quadril em cima do balcão. Nem mesmo tenho tempo suficiente para tomar um fôlego antes de seus lábios pressionarem os meus. Puxando-me pelo cós do meu shorts, ele pressiona sua virilha entre as minhas pernas. Meu peito cai contra o dele e ele mexe para frente e para trás, de encontro a mim, cada vez mais forte. Um filete de calor desliza para baixo e toca minha calcinha e eu mordo meu lábio inferior, enquanto ele puxa minha camisa sobre a minha cabeça. Quando puxo a sua, nossos lábios separam-se, mas estão novamente colados assim que jogamos as camisetas no chão. Os lábios de Nolan vão dos meus lábios para minha bochecha e depois descem para o meu pescoço. Com facilidade, ele lambe a curva do meu peito. Seus olhos ainda estão fechados, mas uma vez que ele percebe onde sua boca pousou, ele puxa meu sutiã para baixo e imediatamente começa a chupar o meu mamilo. Um suspiro estridente me escapa quando ele me puxa pelos meus quadris para manter sua ereção pressionada contra o centro das minhas coxas. Mais ondas de calor atravessam todo o meu corpo e viajam até a minha calcinha. Gemo enquanto ele move os lábios para o meu outro mamilo e suga-o. Quando ele roça os dentes contra eles, uma espiral de prazer queima pela minha carne doce. Não posso ser a única recebendo algum tipo de prazer, no entanto. Quero que Nolan saiba que sou muito boa de cama também. Sei que se eu for ótima, ele não vai parar de pensar nisso por um bom tempo. Eu não gosto de me gabar, mas Bryson tinha deixado bem claro que eu sabia o que estava fazendo com ele. Quando seus olhos rolavam enquanto eu montava em cima dele, tarde da noite, eu sabia que estava fazendo algo certo. Alcanço para desabotoar as calças de Nolan rapidamente. Seus olhos se abrem enquanto se afasta e observa as minhas mãos
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trabalhando. Pulo do balcão e empurro-o contra a porta rapidamente. Quando bate contra ela, eu me abaixo e puxo sua calça jeans. — Merda, Natalie — ele suspira. Sua voz me faz querer continuar mais do que tudo. Meus olhos se arregalam quando eu puxo sua cueca e observo o tamanho dele. Agarrando seu comprimento, começo a massageá-lo. Sua carne é macia, até mesmo suave. Ouço-o puxar uma respiração e quando olho para cima, a parte de trás de sua cabeça apoia contra a porta. Depois de acariciar Nolan, eu finalmente decido que algo está faltando. E então eu percebo. Os movimentos não são suaves o suficiente. Ele precisa de algo mais. Envolvo meus lábios em torno da ponta dele e ele treme, mas minha mão não para de acariciá-lo. É uma prazerosa multitarefa. Ele suga outro fôlego enquanto aperta a mão em torno da maçaneta da porta. — Porra, Natalie! Depois de alguns momentos de lambidas, chupadas e ele gemendo alguns palavrões encorajadores, ele finalmente afasta minha boca, mas é só para me levantar pelo braço. Ele me puxa contra ele e sua ereção crava meu estômago. — Eu quero terminar com um pedaço de você — ele murmura contra os meus lábios e com olhos firmes. Pegandome, ele me coloca em cima do balcão novamente. Desabotoa meu shorts, abaixando-o, e então começa a me beijar da cabeça aos pés. Seus lábios vão da curva do meu pescoço, para meu peito, meu umbigo, em seguida, até a minha pélvis. Ele arranca minha calcinha branca rendada e assim que ela sai, sua boca me atinge. Inspiro fortemente, enquanto sua língua acaricia minha doce carne, em seguida, mergulha entre as dobras. Circulando a língua de maneira repetitiva, enfio meus dedos pelos seus cabelos para encorajá-lo a continuar. Um dedo desliza para dentro de mim, e ele rosna prazerosamente enquanto afasta a boca.
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— Você é apertada, babe. — Sua voz rouca vai me fazer explodir. — Eu posso consertar isso, no entanto. Você não é virgem, é? — Ele pergunta. Nego com a cabeça fortemente. — E você está tomando pílula, certo? — Sim — eu respiro, impaciente. — Só me foda, Nolan, agora! Nolan morde o lábio inferior enquanto sorri. Ele coloca a cabeça de seu pau dentro de mim e eu suspiro porque já faz um certo tempo desde que eu senti algo como isto. É uma sensação extremamente diferente. Nolan é maior do que Bryson. Há um sentimento mais completo dentro de mim e eu realmente adoro isso. — Você quer que eu te foda? — Pergunta enquanto empurra e sai lentamente. Ele olha para mim, mantendo as mãos ao redor da minha cintura. Uma de suas mãos alcança meu seio, mas eu ofego quando olho em seus olhos. Seus golpes são lentos. Ele quer que eu peça. — Diga isso de novo, babe. Eu sei que você quer. — Ele abaixa-se para colocar seus lábios contra meu ouvido. Eu afundo os dentes em meu lábio inferior enquanto inspiro. Seu sabonete masculino e colônia permanecem no meu nariz, antes que ele se afaste para olhar nos meus olhos novamente. Ele continua seus golpes lentos e eu gemo, porque eu não quero implorar, mas odeio o fato de que ele está indo tão lento. Eu quero forte. É o que tinha imaginado na minha primeira vez com Nolan. Sexo violento. Não um suave fazer amor. — Posso fazer isso por horas, Natalie — ele murmura, seus quadris ainda empurrando para a frente e para trás lentamente. Ele não penetra completamente, só metade. Quero sentir tudo isso. — Diga — ele rosna. — Você queria este momento. Diga. E então, quando não posso mais aguentar sua provocação ou a maneira que seu polegar está esfregando círculos em torno de mim, eu decido deixar ir. — Nolan, por favor, me fode. Eu preciso disso — imploro.
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Os lábios de Nolan esticam para sorrir, mas o sorriso desaparece rapidamente quando ele me pega no balcão sem se preocupar em sair de mim. Quando ele se vira rapidamente, pressiona minhas costas contra a porta e começa a bater contra mim, através de mim, em cima de mim. Seus quadris apertam e ele resmunga quando eu grito, incentivando-o a continuar. Ele segura minha bunda, firma suas pernas, e a mudança de posição me deixa sem escolha, a não ser me agarrar à ele. — Porra — ele rosna contra o meu pescoço. Quanto mais eu salto em cima dele, mais ele continua e mais perto estou de alcançar meu clímax. Tento controlar o orgasmo que está prestes a explodir em torno dele, mas não consigo. Ele está indo muito forte, muito rápido, e é bom demais para não liberar. Meus sucos fluem e eu percebo um sorriso em seus lábios enquanto eu hesito, me contorço e mexo enquanto ainda subo e desço. — Nolan! — Eu grito. Cavando minhas unhas nas costas dele, chamo o seu nome mais algumas vezes. Aperto-o enquanto continuo a saltar com ele. — Hummm. Fico feliz em saber que te deixo tão molhada, babe — diz ele em meu ouvido. Mesmo enquanto fala, eu ainda estou explodindo. Meus braços tremem, sinto-me fraca, mas não quero que esse momento chegue ao fim. Nolan pega velocidade e continua a bater em mim quando se vira e coloca minhas costas no balcão. Seu polegar esfrega círculos em volta de mim e as minhas pernas tremem ao redor dele, mas ele não para. — Porra, Natalie! — Ele resmunga novamente enquanto continua a afundar-se dentro de mim. Eu gemo, ele geme. O polegar não para de fazer sua magia contra mim e isso só faz com que eu continue com os gritos cheios de paixão. — Isso. É. Meu. — ele resmunga entre os dentes com cada estocada. Aperto em torno dele ainda mais acenando. — Toda. Minha. A partir. De. Agora. — Ele empurra mais e continuamos a ofegar
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fortemente, grunhindo pesadamente, gemendo e gemendo no ouvido um do outro até que Nolan finalmente se afasta para penetrar mais forte e olhar nos meus olhos. Eu posso sentir isso chegando. A tensão novamente. Posso sentir o clímax se preparando para explodir e posso ver a sua vinda a um quilômetro de distância. Puxando a respiração por entre os dentes, ele tenta o seu melhor para segurar-se, mas depois de apenas alguns segundos, sua cabeça cai para trás, ele levanta meus quadris, segurando minha bunda, e um rosnado alto irrompe do fundo de sua garganta. Eu grito de excitação e pelo orgasmo prazeroso que acaba por encharcar todo o comprimento dele. — Oh merda, isso é bom pra caralho, Natalie! Porra! — Ele grita, penetrando em mim mais duas vezes antes de finalmente soltar meu quadril e cair no meu peito. Eu sinto o calor de sua realização correndo em todo o meu corpo, mas é realmente gratificante. Nós respiramos pesadamente enquanto nossos peitos afundam e sobem. Foi incrível, porra. Eu sabia que ia valer a pena toda a frustração sexual que ele me fez passar. Nolan se afasta até sair de mim, então olha nos meus olhos. Encaro-o de volta enquanto passa a mão quente contra minha testa e, em seguida, minha bochecha. — Você foi como uma profissional — diz ele, em seguida, dá uma risadinha. Eu rio, em seguida, levanto e planto um selinho em seus lábios. — Eu poderia dizer a mesma coisa sobre você. Ele ri antes de limpar o suor da testa. — Por mais que eu quisesse esperar para fazer sexo, desejei transar com você desde o dia em que te conheci. Eu apenas me segurei por tanto tempo. — Ele, então, pressiona seus lábios contra os meus e se ele não tivesse sido tão suave, eu diria a ele para me foder de novo. Mas não.
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Em vez disso, eu me apoio em meus cotovelos. — Agora que eu sei que você não é gay, talvez devêssemos nos vestir e ir ao salão antes que fique muito lotado. — Ótima ideia — ele concorda recuando para me deixar descer do balcão. — Mas da próxima vez que você me chamar de gay ou qualquer coisa relacionada a isso — ele rosna, me puxando pela cintura. Minhas costas pressionando contra seu peito enquanto ele puxa meu cabelo para trás para colocar os seus lábios contra meu ouvido. Minhas orelhas queimam quando ele segura com uma mão minha vagina, eu derreto em seus braços. Ele desliza um dedo lá dentro e eu gemo forte enquanto meu corpo aperta mais uma vez. Como diabos ele pode fazer isso comigo? — Eu vou provocar você até que não possa suportar, até que não queira mais nada, apenas eu dentro de você. Foi divertido ver você se contorcer só para me fazer ir mais fundo. Posso ouvir o sorriso tentador em sua voz, mas também posso sentir o calor que está jorrando da minha vagina novamente. Ele afasta sua mão, em seguida, faz um barulho de sucção alto. Eu me viro rapidamente, apenas para ver o dedo que ele tinha deslizado dentro de mim agora em sua boca, sendo sugado. Ele me olha com um sorriso de derreter o coração, antes de pegar seu jeans. Meu Deus, ele realmente é incrível.
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Capítulo Dezessete Trinta minutos depois de pentear meu cabelo, aplicar rímel e gloss, e recompor-me, Nolan e eu estávamos finalmente no salão Haven. E Brittany não estava mentindo quando disse que haveria um monte de gente esta noite. O estacionamento está cheio de carros. Nolan leva quase dez minutos para finalmente decidir estacionar no outro lado da rua, no McDonalds. De repente, sinto-me nervosa. Não sei por quê. Talvez seja porque vou ter que estar no palco um dia e ler meu poema para toda essa multidão, não preciso, mas quero. Quero superar meus medos e deixar que os outros ouçam o que tenho a dizer. Passo tanto tempo escrevendo, que nem sequer percebo o quanto amo fazer isso. Mas não posso imaginar como é ter todos esses olhos voltados para mim, especialmente pela quantidade de carros que estão estacionados aqui. Assim que Nolan abre a porta do salão, o som das palmas invade meus ouvidos. Olho para o palco e vejo um jovem de olhos castanhoescuros e cabelos escuros rebeldes. Pela maneira como ele está vestido, com calça jeans largas e uma camiseta azul justa, com o desenho de dois dedos fazendo sinal de paz, eu diria que ele é um hippie. Pela maneira como seus olhos estão encobertos e seu sorriso é preguiçoso, eu definitivamente iria colocá-lo nessa categoria. O cara está completamente chapado. — Eu, hum, só queria dedicar esta canção para a garota dos meus sonhos. Ela me ajudou a percorrer um longo caminho. — Ele mexe no seu piercing da sobrancelha antes de encarar a multidão. — O nome dela é Brittany. Eu a amo e... hum... sim. Isto é para ela. — Enquanto
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inclina-se para trás do microfone para pegar seu violão, eu viro minha cabeça para encontrar Brittany. Encontro-a no meio do salão, umas quatro mesas depois. Ela está sorrindo abertamente enquanto olha à frente para o cara no palco. Esse deve ser a Jordan, o namorado dela. — Por aqui — eu digo, enquanto pego a mão de Nolan e arrastoo por entre as mesas lotadas. Jordan começa a dedilhar seu violão, limpa a garganta, e sua melodia começa a tocar suavemente. Nolan e eu chegamos à mesa e Brittany se vira para olhar para mim rapidamente, os olhos arregalados e agora brilhando. — Oh, Natalie! Juro que pensei que você não ia aparecer! — Diz ela, em seguida, volta-se para olhar para a frente novamente. Cara, ela não consegue tirar os olhos de cima dele. — Tivemos um contratempo — eu digo, sentando ao lado dela. Nolan se senta na cadeira à minha direita e imediatamente olha para frente, para Jordan. Acompanho os dois, percebendo que a conversa não é necessária, porque Jordan tem uma bela voz e uma linda melodia que está tocando agora.
— Se o vento fosse me levar embora — ele canta. Isso só deixaria seu coração perdido. Eu voaria para estar ao seu lado E se eu morresse, pelo menos ela saberia que eu tentei Gostaria de usar tudo de mim Só para ver o quão feliz ela seria Eu iria lutar até o amanhecer Gostaria de tentar continuar Se uma tempestade chegar Eu estarei de pé na chuva Se uma tempestade chegar Eu vou ser apenas uma distração
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Eu não desistiria Eu não iria deixá-la cair Porque eu tenho o seu coração E eu tenho mantido-o desde o início Se uma tempestade chegar Eu estarei de pé na chuva Se uma tempestade chegar Eu vou ser apenas uma distração Eu não desistiria Eu não iria deixá-la cair Porque eu tenho o seu coração E eu tenho mantido-o desde o início Se uma tempestade chegar Eu estarei de pé na chuva Se uma tempestade chegar Eu vou ser apenas uma distração, babe
Jordan faz seu último dedilhar no violão vermelho cereja lentamente e minha reação imediata é levantar e bater palmas. Nolan faz o mesmo e Brittany, com o rosto agora molhado de lágrimas, aplaude e assobia. Os outros convidados vibram e assobiam e um grupo de rapazes no canto, grita o nome de Jordan. — Obrigado! — Jordan diz, com um sorriso enorme enquanto se inclina para o microfone. — Obrigado, pessoal. Isso tudo é para Brittany. Eu te amo, Brittany! — Eu também te amo! — Brittany geme enquanto limpa seu rosto. Jordan desce do palco, enquanto uma jovem mulher está subindo. Observo ele passar no meio da multidão e, a princípio, não dava para ver
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muito de Jordan, mas quando ele se aproxima, posso ver porque Brittany é tão apaixonada por ele. Jordan é adorável. Ele tem mais ou menos a mesma altura que Nolan, belos olhos castanhos e longos cílios. Ele tem uma argola de prata em sua sobrancelha e pelo que posso ver em baixo de sua camiseta azul, deve ter um corpo que Brittany provavelmente baba. Sua calça jeans são confortáveis e largas, ao mesmo tempo, se isso é mesmo possível, e enquanto ele lança um sorriso deslumbrante para Brittany, eu sorrio, porque é contagiante. Seu cabelo é crespo e propositadamente rebelde, mas isso só contribui para a sua beleza simplista. — Jordan — Brittany grita enquanto o abraça. — Eu adorei. Estou feliz por ter esperado pela sua surpresa. — Sim, eu estou feliz também. Estava muito nervoso lá em cima, mas vê-la sorrir me fez ir até o fim. — Ele se inclina para pressionar seus lábios contra os dela. — Ahhh — diz ela, enquanto olha em seus olhos. Por um breve momento, ela não está mais aqui. É como se ela quisesse arrastá-lo para fora do salão e para um quarto. Mas depois de um tempo, ela se vira para olhar para nós. — Oh, esta é Natalie. A garota de quem eu estava falando mais cedo. Jordan coloca seu violão no chão para esticar a uma mão por cima da mesa. — Eu ouvi coisas ótimas. Espero que você suba ao palco esta noite — diz ele, enquanto trocamos apertos de mão. — Oh, não. — Minha cabeça sacode rapidamente. — Hoje não. Talvez em outro momento, no entanto — Digo, com um sorriso forçado. — Ahhh, droga. Isso é péssimo. Brittany estava se vangloriando sobre como você é uma grande escritora. — Sério? — Pergunto, com um pouco de autoestima.
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— Sim, cara. Brittany não mente. Quando ela se gaba, ela se gaba. — Os olhos castanhos de Jordan arregalam enquanto ele aperta os lábios e revira os olhos, brincando. Nolan fica ao meu lado e Brittany se vira rapidamente para olhar para ele. Ela estava tão atordoada por Jordan que nem percebeu que ele estava comigo. Ela olha para ele e seus olhos arregalam-se e brilham. — Este é o Nolan — digo, enquanto seguro seu braço. — Ele é o meu encontro para esta noite. — Mais como um encontro para todas as noites — diz ele com um sorriso casual. Abaixo o meu olhar para os meus pés. — Nolan Young — diz ele, estendendo a mão na direção de Jordan. Jordan aperta sua mão com firmeza e acena. — Legal. Prazer em te conhecer, cara. Jordan Humphrey. Ainda bem que você pôde se juntar a nós esta noite. Nolan, em seguida, pega a mão de Brittany. — Brittany Lucas. — Prazer em conhecê-la. Todos nós tomamos nossos lugares enquanto a mulher na frente apresenta a próxima pessoa a se apresentar. — Então, como vocês se conheceram? — Brittany pergunta enquanto pega o copo de água com um canudo rosa dentro. — Em um clube. — Ela quase me atropelou — diz Nolan ao mesmo tempo. Minhas sobrancelhas se unem quando me viro para olhar para ele. Rindo, Jordan pega sua cerveja. — Você deve gostar de garotas hardcore — diz ele depois de tomar um gole. — Na verdade, acho que sim — Nolan confidencia. — Admito que foi muito difícil conquistá-la.
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Brittany e Jordan riem novamente. — Ele era muito fácil. — Olho pelo canto do meu olho para ele. Nolan solta uma risada desagradável e algumas pessoas viram para nos olhar. Eu fico olhando para eles para pedir desculpas com um olhar, mas Nolan não parece se importar. — Se ao menos eu fosse. — Então, quantos anos você tem, Nolan? — Brittany pergunta. — Acabei de fazer vinte e um, em maio. — E você, Natalie? — Dezenove — murmuro, odiando admitir. — Isso parece impossível. Você se comporta como se fosse mais velha do que realmente é — diz ela com os olhos arregalados. — Mas isso é sempre uma coisa boa — Jordan tranquiliza. — Garotas imaturas tendem a me irritar às vezes. Você já se deu mal porque alguma bêbada descuidada de dezesseis anos vomitou em seus sapatos? — Ele pergunta enquanto se senta em frente. — É a pior sensação que se pode ter. Especialmente quando você acabou de comprar os sapatos. — Oh, eu me lembro disso — Brittany diz enquanto se vira para olhar para seu namorado. Enquanto eles brincam, a mão de Nolan foge debaixo da mesa para rastejar entre as minhas coxas. Fico tensa e minhas pernas fecham com força. Uma onda de calor úmido desliza para baixo e lembranças de como foi ótima a nossa transa inundam minha mente. Oh, as coisas que eu faria se ainda estivéssemos no apartamento. Não demora muito, e outro jovem sobe ao palco com uma gaita. Jordan e Brittany param de falar rapidamente para vê-lo, mas Nolan desliza sua cadeira para mais perto, a mão ainda em mim. Sinto o calor de seu corpo se aproximando e quando ele diz: — No meu carro seria bom — eu me arrepio. Mais calor desliza para baixo e eu tento focar no menino no palco com os lábios
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pressionados sobre sua gaita, mas enquanto seus lábios se movem, eles imediatamente me lembram a forma como a boca de Nolan estava em mim antes. Meu ventre se aperta enquanto seus dedos espalham-se em minhas coxas nuas. — Deveríamos ir para mais uma rodada — ele murmura em meu ouvido. Deus, sua voz é tão hipnotizante. Sua voz faz com que as minhas pernas apertem em torno de sua mão. Enquanto a gaita toca, seu dedo desliza para dentro de mim e felizmente, meu gemido passa desapercebido. Olho em volta para as outras pessoas, mas eles não parecem estar dando-nos nenhuma atenção. Além disso, está muito escuro. A única luz vem dos holofotes no palco. Eu finalmente encontro forças para empurrar a mão de Nolan para longe, mas é só para agarrá-la e levantar da mesa. A cabeça de Brittany vira para olhar para nós e em seguida Jordan faz o mesmo. — Aonde vocês vão? — Ela pergunta. — Acabei de me lembrar. Tenho que, hum, chegar em casa antes da minha companheira de quarto. Ela perdeu a chave. — Claro, só estou dizendo uma mentira branca. Harper ainda não tem uma chave, mas isso não significa que ela estará em casa logo. Harper vai passar a noite com Dawson. — Oh — Os lábios de Brittany fazem beicinho. — Está bem. Dirijam com cuidado. Vou ligar para você em breve. — Até mais — diz Jordan antes de voltar a olhar para o tocador de gaita de novo. — Ok — eu suspiro e depois viro para caminhar até a porta. Estou incrivelmente excitada agora. Realmente não posso acreditar. A risada de Nolan burburinha em sua garganta enquanto alcança a porta e empurra para fora.
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— Estamos muito ansiosos, babe? — Ele pergunta enquanto puxa a mão para pegar as chaves. Ele me apanha em seus braços, em seguida, corre para o carro. Ele estava sorrindo, mas o sorriso desapareceu e se transformou em uma máscara cheia de luxúria. Seus olhos estão duros em mim quando chegamos ao carro, aperto o botão em sua chave para destravá-lo e, em seguida, sobe no banco do passageiro. Ele fecha a porta, em seguida, puxa minha camisa sobre a cabeça rapidamente. Também puxo a sua, arrancando-a. Nolan, então, começa a desabotoar as calças liberando um gemido baixo. — Estar sem calcinha significa que você queria mais? — Ele levanta uma sobrancelha, juntamente com um sorriso. Eu sorrio e em seguida, mergulho para beijá-lo. Ele se agarra no meu corpo, apertando suas mãos em todos os lugares como se quisesse decorar cada detalhe meu. Envolvo uma mão ao redor de seu rosto, enquanto a outra trabalha para abrir sua calça. Assim que o zíper está aberto, ele levanta os quadris para mim e desliza suas calças para baixo. Ele observa cada movimento que eu faço. A maneira como coloco a mão na sua cueca. Como pressiono meus lábios contra a grande ereção sob o tecido. Sei que é minha boca que ele quer sentir mas, por enquanto, vou apenas provocar e beijá-lo sobre o tecido de algodão de suas boxers. Afinal, não quero que ele enjoe de mim. Ele leva uma mão para empurrar o meu cabelo para o lado. Puxando sua cueca para baixo, começo a lambê-lo lentamente. Ele fica tenso quando alcanço a cabeça de seu pau e, em seguida, engulo-o inteiro. — Santa porra — diz ele por entre os dentes, enquanto faço novamente. Dou uma olhada para cima e seus olhos estão agora fechados. Sua mão está em torno da minha nuca, me incentivando a ir novamente. E eu vou. — Porra, Natalie. Por favor, me foda agora — ele implora. Um sorriso se arrasta em meus lábios enquanto afasto minha boca. Embora seja apertado no carro, consigo puxar meus shorts para baixo e subir em cima dele novamente. Mas eu ainda vou provocá-lo.
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Quero que ele implore por mim, por cada parte de mim. Deslizo suavemente sobre ele, que tenta fazer com que eu me sente em toda sua extensão, mas eu me seguro. — Você quer que eu te foda? — Pergunto contra a curva de seu pescoço, tentando imitar as palavras que ele disse para mim no meu banheiro, há uma hora. — Deus, sim — ele respira. — Quero que você diga como quer isso. — Eu levanto meus quadris e fico em cima da ponta dele. Ele solta um gemido profundo de prazer. — Você realmente vai me fazer gozar se continuar fazendo isso. — Diga. — Pressiono meus lábios contra seu ouvido enquanto ele segura minha bunda. — Você quer que te torne uma pessoa melhor, então, diga. Diga que você me quer, só eu. Prometa que não vai estragar tudo. Meus quadris continuam a mover-se em cima dele. Eu sei que ele quer que eu seja selvagem agora. — Natalie, maldição. Eu prometo que não vou estragar. Agora foda-me — resmunga, em seguida, puxa meus quadris para baixo. Ele desliza para dentro de mim e eu deixo escapar um gemido alto enquanto minhas mãos apertam seus ombros. Eu começo a montá-lo com mais força, para frente, para trás, para os lados. Qualquer maneira que o faça gemer de prazer. — Merda — ele sibila por entre os dentes. — Você sabe de verdade o que você está fazendo. Sorrio quando ele puxa a mão para agarrar a alavanca do lado do assento. O banco cai para trás e isso me dá ainda mais força para me mover. — Oh, porra, isso é tão bom — diz ele, quando agarra um dos meus seios. Enquanto eu continuo a ir, milhões de gemidos guincham para fora de mim. Ele leva uma das mãos para esfregar a carne sensível
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entre as minhas pernas e quando faz isso, eu sei que ele está quase gozando. Minha cabeça cai para trás enquanto ofego pesadamente. Meu peito aperta e os músculos do meu abdômen se contraem enquanto continuo a mover meus quadris contra ele. — Nolan! — Eu grito. — Oh, porra, Nolan! — Eu adoro quando você grita meu nome — ele murmura. Seus quadris, em seguida, levantam do banco para bater em mim e isso só faz com que eu o monte com mais força. Ele está completamente dentro de mim agora. Posso sentir toda a extensão chegar até o meu estômago. — Oh, porra — ele rosna por entre os dentes. Sua voz rouca mexe com minha cabeça. Com o meu corpo. Seu polegar continua a brincar comigo e quando nós dois ofegamos pesadamente, gemendo muito, e chamando nossos nomes, é quando eu empurro para a frente, meu peito aperta, as minhas pernas apertam ao redor dele, e eu grito o seu nome de novo. — Oh, Nolan! — Porra, babe. Sim, eu sinto isso. Tremo em torno dele, mas eu não paro, e nem ele. Ele continua a bombear dentro de mim, batendo como um martelo em um prego. Um barulho alto de pele contra pele invade o interior do carro enquanto Nolan aperta uma mão ao redor da minha bunda e outra no meu peito, e então grita — Porra, babe, isso é bom pra caralho! Nolan bate em mim uma última vez antes de seus quadris caírem e um jorro de calor toma conta de mim. Caindo contra seu peito, respiro profundamente sem a intenção de controlá-la tão cedo. — Droga, babe — ele respira enquanto ele empurra uma mecha solta do meu cabelo atrás da minha orelha. — Eu realmente poderia me acostumar com isso.
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Capítulo Dezoito Música suave vinha através dos alto-falantes enquanto Nolan e eu estávamos deitados de costas na minha cama. É realmente muito bom fazer isso. Não tocar, não beijar, não ter desejos sexuais... apenas paz. Agora, a música I Never Told You por Colbie Caillat está tocando. Ouvir a letra realmente me faz lembrar de Bryson. Odeio o fato de que eu estou pensando
nele,
especialmente
quando
estou
com
Nolan.
Estou
extremamente feliz que ele não possa ler minha mente. Provavelmente ficaria puto. — Então, você escreve? — Nolan pergunta quando estica uma mão para agarrar a minha. Seus dedos acariciam a pele em cima da minha mão. Seu toque é maravilhoso. Deixa-me saber que não estou sozinha. — Sim, às vezes. — Quando vou poder ler? — Sua cabeça vira para olhar para mim. Viro para encarar seus olhos cinzentos suaves. Sua cara despretensiosa realmente me faz adorá-lo ainda mais. Posso dizer que ele realmente quer estar aqui e que não está forçado. — Eu não sei. Você provavelmente piraria se lesse o que eu escrevi. Ele ri enquanto seu polegar acaricia meus dedos. — Você iria enlouquecer com as letras das minhas músicas, então acho que empatamos. — Mexendo-se na cama, ele apoia sobre o cotovelo, mas não solta minha mão. — Que tal se a gente fizer um acordo.
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Suspirando, deito-me como ele, apoiando o rosto na palma da minha mão, com o cotovelo também na cama. — Tudo bem. Qual é o acordo? — Você me mostra os seus poemas e eu vou cantar uma canção para você. Levanto o rosto, mas quando penso no significado das palavras de meus poemas, meu rosto desmorona. Eu gostaria de ouvir Nolan cantar para mim. Ele tem uma voz bonita, mas não estou realmente pronta para mostrar-lhe como me sinto. — Nolan... — Ah, eu não terminei — diz ele, colocando o dedo sobre meus lábios. — A música que eu cantar, será uma canção que escrevi sobre você na noite passada. E eu prometo que esta não é sobre a almas roubadas ou corações partidos. — Você escreveu uma música sobre mim? — Pergunto e meu coração se aquece deliciosamente e meus lábios se esticam para sorrir. Ele concorda com a cabeça. — Sim. Eu acho que você adoraria... mas só cantarei se você concordar em me deixar lê-los. Eu acho que a leitura deles vai me dar um pouco de noção de como você está se sentindo. — Como assim? — Porque eu escrevo também, Natalie. Cada canção que eu já escrevi é sobre o que sinto. Seja dor, sofrimento, felicidade, ou apenas um pouco de tudo, eu escrevo. Eu sei que tem algo neles que vai me ajudar a obter uma melhor compreensão do que você está realmente passando. Eu posso dizer que você não gosta de falar muito sobre o seu passado. — Sim, porque o passado é apenas o que é. Passado. — suspiro. — Não gosto de pensar nisso.
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— Mas pensar sobre isso ajudará a esquecer. Tentar ignorar é pior. — As sobrancelhas de Nolan sobem quando ele puxa a mão da minha para acariciar meu rosto. Empurrando uma mecha de cabelo atrás da minha orelha, ele se inclina para colocar um beijo suave nos meus lábios. — Como eu disse, passei pelo que você está passando. E embora eu fosse terrível a lidar com isso, aprendi a superar isso. Isso é algo em que posso ajudá-la, mas só se você me deixar entrar. Agora, eu estou preso na parte de fora. O seu interior é onde quero estar. Tenho certeza que vai levar um tempo, mas você tem que trabalhar comigo, Natalie. Não adiar mais. Ok? Concordo com a cabeça enquanto meu peito aperta. Mordo meus lábios para evitar que as lágrimas que eu sinto se formando, derramem. — Eu quero muito isso. Nunca quis tanto alguém. Eu quero ficar com você. — ele murmura contra os meus lábios. Misguided Ghosts de Paramore começa a tocar e, assim que a introdução da música acaba, Nolan desliza para me colocar de costas. Ele sobe em cima de mim, olha nos meus olhos, e então puxa minhas mãos acima da minha cabeça. Seus dedos se entrelaçam com os meus e em apenas um instante, ele se inclina para me beijar. Quando Hayley Williams começa a cantar, a minha única esperança é que eu possa manter Nolan comigo. Minha única esperança é que se eu deixá-lo entrar, que ele não estrague tudo. Que ele não me machuque. Isso me assusta muito e agora posso ver o que Harper quis dizer. É assustador pensar em ter o seu coração entregue a outra pessoa. Não quero passar por isso de novo, porque ainda estou sofrendo e se eu der meu coração já despedaçado a Nolan, ele pode facilmente destruí-lo. Uma lágrima desliza para baixo até meu ouvido, mas Nolan não se preocupa em afastar seus lábios dos meus. Ele solta meus dedos para segurar meu rosto. Sua respiração ofegante é ainda forte, dura e poderosa. Coloco minhas pernas ao redor dele, enquanto meus braços prendem em torno de seu pescoço para puxá-lo para mais perto de mim.
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Não quero nada mais do que senti-lo, abraçá-lo, e nunca deixá-lo partir. Estou tão envolvida que sinto que se eu deixá-lo escorregar uma vez, acabou. Eu não diria que é amor, mas desde que Nolan entrou em minha vida, estou me sentindo dez vezes melhor comigo mesma. Posso dizer que ele quer fazer funcionar e que quer continuar com isso. Eu também, mas quanto tempo haverá antes que ele me ache tão chata como as meninas anteriores que ele namorou? Eu não posso ser tão diferente delas. Quanto tempo isso realmente vai durar? Nolan finalmente se afasta e eu olho para ele quando a luz da lâmpada ilumina um lado de seu rosto. — Vamos tomar o nosso tempo, ok? Juro não machucá-la. — Ele levanta a mão para enxugar as lágrimas que se acumularam no canto dos meus olhos. — Você promete? — Sussurro. — Eu prometo. — Inclinando-se, ele me beija mais uma vez. — Então, temos um acordo? Eu canto para você, se me deixar ler os seus poemas? — Claro — concordo quando ele desce de cima de mim. — Mas não hoje à noite. — Quando você estiver pronta está bom para mim. Eu sorrio em seguida, puxei-o para outro beijo. Posso fazer isso, digo a mim mesma. Mas se alguma coisa acontecer, tenho que ter certeza de que essa coisa toda que eu estou tendo com ele vale a pena.
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Capítulo Dezenove Quando as gaivotas grasnam por cima da costa da praia, viro de bruços para permitir que os raios do sol queimem minhas costas. Deixo escapar um suspiro de satisfação com a sensação. Isso é ótimo. Puxando os braços para descansar minha cabeça sobre eles, viro e olho para Harper, que ainda está deitada de costas com seus óculos quadrados de sol Ray Ban marrons que combinam bem com seu biquíni dourado e marrom. — Eu realmente precisava disso — diz ela. Seus lábios mal se moviam. Posso dizer que ela está relaxada. — Você e eu — murmuro. — Sério, depois de ontem à noite, precisava limpar a minha cabeça. Ajusto minha cabeça no meu braço quando uma brisa fresca sopra. — O que aconteceu ontem à noite? — Bom, em primeiro lugar — diz ela, virando a cabeça em minha direção para me encarar, ou pelo menos acho que ela está olhando para mim. Seus óculos de sol são muito escuros para ver através deles. Alcanço meus óculos de sol e apoio-o na ponte do meu nariz. — Você e Nolan faziam tanto barulho quando cheguei em casa. Foi meio perturbador. — Meus óculos de sol caem quando me ergo nos meus cotovelos. — O quê? — Grito enquanto minhas bochechas ficam vermelhas. — Você nos escutou?
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— Foi meio difícil não fazer isso. — Ela encolhe os ombros quando vira a cabeça e depois me encara novamente. — Mas, do jeito que você estava gritando, ele parece muito bom na cama. Eu podia ouvi-la do lado de fora do apartamento. — Eu pensei que você só chegaria de manhã, Harp. A que horas você chegou na noite passada? — Enquanto vocês dois estavam trepando no seu quarto. Uau. Isso é constrangedor. — Mas não se preocupe — ela suspira quando coloca uma mecha de seu cabelo loiro comprido atrás da orelha. — Estou contente que você está tendo alguma diversão. Você precisava extravasar. — Não precisava — digo enquanto tiro algumas partículas de areia que estão na minha toalha. — Sim, você precisava, Nat! — Ela apoia-se nos cotovelos. — Eu juro que eu pensei que ia ter que te embebedar todas as noites nessas últimas duas semanas. Você estava me assustando. — Tanto faz — eu gemo. Embora não esteja olhando na direção de Harper mais, posso sentir o brilho e a cara feia que ela está me dando com os olhos sob os óculos escuros. — Então, você vai falar sobre o quão bom ele foi na cama ou o quê? Cerro meus lábios e tento segurar um sorriso enquanto deito de bruços novamente. Viro a cabeça na direção oposta, para manter meu sorriso escondido de Harper. Transar com Nolan é inacreditável. Eu realmente não posso acreditar o quão bom ele é. Estava procurando por um defeito ou algo que pudesse provar que ele não é perfeito, e além de suas pequenas falhas do passado, não há nada. Ele tem o corpo perfeito, o rosto perfeito, o sorriso perfeito. Não há absolutamente nada de errado
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com ele fisicamente. Agora, mentalmente... é isso que ainda estou em dúvida. Ainda tenho muito a aprender. Em meio a minha linha de pensamento, uma mão me puxa pelo ombro e me vira rapidamente como uma panqueca. — Porra, Harp! Você quer quebrar minhas costas? — Eu vou se a minha melhor amiga não der algum detalhe! Agora me diga. Eu realmente quero saber. Talvez ele e Dawson tenham algo em comum. — Ela tira os óculos escuros e pisca enquanto senta. Sento-me com ela enquanto coloco meus óculos de sol de volta. — Bem, você ouviu — digo sem olhar para ela. Nunca entendi por que era tão difícil para mim fofocar com minhas amigas sobre como era o sexo com meus namorados. Grace adora se gabar e Harper fala tudo sobre isso. Eu só acho tão estranho. Acho que sou uma daquelas pessoas que sentem que o sexo deve ficar no quarto e em nenhum outro lugar. Mas, em vez disso, me sinto à vontade de desistir e me gabar um pouco. — Harp, ele é realmente incrível! Não havia nenhuma necessidade de fingir com ele. — Oh meu Deus! — grita enquanto agarra minhas mãos. Ela as puxa, apertando-as. — Vá em frente! O que mais? Ele era grande? Será que ele te satisfez, também? — Sim — suspiro. — Para ser honesta, ele me deixou realizada muito antes de se saciar. Eu não sei como ele faz isso. — Minha mente voa e foco-me no corpo de água ao nosso lado. — E sim. Ele é muito, muito grande — acrescento rapidamente. — Ugh, estou com tanta inveja. Eu tentei avançar com Dawson na noite passada, mas ele me cortou. Disse que não quer apressar as coisas. — A voz de Harper sai anasalada para imitar a forma como Dawson provavelmente falou com ela. — Mas eu sinto que o conheço o suficiente. Já se passaram três semanas desde que nós transamos. Três semanas, Nat! Não aguento mais. Ele é realmente frustrante.
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— Mas? — Eu pergunto inclinando minha cabeça e ela solta minhas mãos. Seu rosto cai. — Mas o quê? — Mas você ainda está com ele. Se estivesse realmente frustrada, você não estaria mais vendo-o, Harp. Ela pensa sobre isso por um momento, enquanto morde o lábio inferior. Ela, então, olha para trás, para cima e seus olhos azuis encontraram os meus. — Bem, sim, só porque quero fazê-lo novamente. Ele tem muita habilidade. Quando transamos, eu posso muito bem sentir tudo. E quando ele está excitado, seu pau duro em suas calças, é tão difícil não querer tirar proveito — Sabe, era isso que Nolan estava fazendo comigo. Mas quando eu fiquei chamando-o de gay, ele me provou que estava longe de ser. — O que? — Ela pergunta com as sobrancelhas erguidas. Passo os dedos na minha toalha laranja e mantenho meu olhar para baixo. — Bom... me fodendo, eu acho. Harper
estoura
numa
gargalhada
e
eu
olho
para
cima
rapidamente, vendo-a segurando a si mesma. — Sério, Nat — diz ela, ainda rindo enquanto enxuga as lágrimas nos cantos dos olhos. — Você tem que relaxar. Estou muito contente que você esteja feliz com ele. Por um momento, tive medo que você ia ficar pior aqui do que estava em casa. Eu sei que você acabou de conhecê-lo, mas Nolan está fazendo algo por você, que estou realmente contente de ver. Você deve ficar feliz com isso também. Na verdade, estou com uma espécie de inveja. — Você ficaria surpresa com o quão feliz e assustada estou desde que ele entrou na minha vida. — Assustada? Por que você está assustada? — Ela descruza as pernas em linha reta. Sua testa franze quando ela me encara brevemente.
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— Pela mesma razão que você. Tenho medo de deixá-lo aproximar-se demais. Nolan pode ser ótimo em alguns aspectos, mas há coisas sobre ele que eu não tenho certeza se quero lidar. — O que você quer dizer? Eu suspiro quando ela deita de costas para tomar sol novamente. Seu piercing no umbigo brilha e reflete nos meus óculos de sol. — Eu não sei, não importa. — Eu disfarço enquanto deito de costas também. — Só passaram algumas semanas, Nat. Não se preocupe com as pequenas coisas. Apenas pense nas coisas que você realmente gosta nele. A primeira coisa deve ser o fato de que ele está te ajudando a esquecer Bryson, o imprestável. Rio quando ela segura minha mão para dar-lhe um aperto. Seus lábios formam um pequeno sorriso e eu sorrio com ela antes de olhar para o céu azul claro novamente. — Acho que você está certa. — Fecho os olhos devagar, mas eles abrem novamente enquanto me sento, percebendo que preciso de algo para me refrescar. — Vou pegar algo para beber. Você quer alguma coisa? — Claro. Traga-me uma Sprite — diz ela. Balançando a cabeça, tiro o excesso de areia do corpo. Calço meus chinelos brancos que combinam bem com o meu biquíni listrado branco e cinza, pego minha carteira e meu celular e caminho até o quiosque mais próximo. Minha mãe mandou dinheiro para o meu cartão hoje e mal posso esperar para ir às compras com Harper amanhã. Sinto que tenho que renovar meu guarda-roupa, especialmente enquanto estiver aqui. Em Miami, serei uma nova Natalie. Vou tentar esquecer e viver. Quando entro no quiosque, uma brisa fresca de ar condicionado sopra em mim. É uma sensação incrível, considerando o calor que está lá fora.
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Caminho em direção ao balcão, onde uma menina com aparelho e um coque alto vem me atender. Ela sorri enquanto me observa chegando. — Oi, o que posso fazer por você? — Ela pergunta. — Hum, vou querer uma Coca-Cola e uma Sprite, por favor. — Tudo bem — diz ela enquanto ela toca alguns botões na tela de seu computador. — São três dólares e vinte e nove centavos. Concordo com a cabeça, enquanto tiro a carteira debaixo do meu braço. — Natalie Carmichael? Dou um pulo e fico tensa ao mesmo tempo que viro lentamente ao som da voz familiar. Meus cachos batem em minhas costas enquanto encaro um sorriso branco brilhante, olhos castanhos claros e cabelos loiros levemente encaracolados. Usa uma camiseta branca e sunga azulceleste e eu juro que ele ainda parece o mesmo. — Mark? — Eu digo, sentindo como se estivesse em uma pegadinha. Meus olhos se estreitam enquanto encaro-o. Mark ainda é alto, com ombros largos e um tórax muito definido por baixo da camiseta. Dando um passo em minha direção, ele me puxa para seus braços. Rio enquanto envolvo meus braços em seu pescoço e ele me gira em um pequeno círculo. — Bom Deus, não te vejo desde a noite da formatura! É aqui que você foi se esconder? — Pergunta depois de me colocar no chão. Ele se afasta com um grande sorriso nos lábios. — Sim. Eu me mudei para cá, há três semanas, na verdade. — Uau — diz através de uma risada rouca. — Não posso acreditar. Você parece ótima. Todo mundo pensa que você fugiu apenas para ficar longe do... — Mark interrompe sua frase enquanto me preparo para encolher-me com o som de seu nome. — Hum, então, como você está? — Ele pergunta, mudando de assunto rapidamente.
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— Nunca estive melhor — murmuro enquanto pego quatro dólares da minha carteira. Dirijo-me ao caixa que parece um pouco irritado com minha falta de boas maneiras. — Desculpe — murmuro com um sorriso forçado. — Tudo bem — diz ela rapidamente. Sei que ela está brava. Ela me dá o troco, coloca as garrafas de refrigerante no balcão e, em seguida, força um sorriso. — Divirtam-se. — Ela vira e volta para a cozinha. — Nat, não posso acreditar. Você está maravilhosa — Mark diz enquanto gira ao meu redor me observando. Sorrio levemente. Mark nunca foi do tipo de esconder seu carinho por alguém. Mark teve uma queda por mim desde o ensino fundamental. Nunca o considerei nada além de um amigo próximo. Depois que comecei a namorar Bryson, ele começou a maneirar com sua paquera, mas quando estávamos sozinhos, ele ainda tentava se aproximar. — Venha aqui. Vamos conversar — diz ele, enquanto passa o braço em volta do meu ombro. O lado direito do meu corpo se choca contra seu quando ele me puxa para perto e me leva até uma mesa de dois lugares. — Então, o que o traz aqui? — Pergunto quando sento em frente a ele. — Alguns dos caras do time queriam passar uma semana na praia. Bryson pensou na ideia e eu acho que sei por que ele queria tanto vir para Miami. Minhas sobrancelhas levantam. — O que você quer dizer? — Você está aqui, Nat. Isso significa que ele está tentando propositadamente encontrá-la. Um aperto vai da minha garganta até meu estômago. Abro meu refrigerante rapidamente tomando alguns goles imediatamente. — É melhor que seja uma piada, Mark — rosno.
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— Longe disso — diz ele enquanto me olha. — Ele está aqui embaixo, na praia, na verdade. Meu coração afunda. — Ele trouxe Sara? — Sussurro. — Sim — disse Mark suspirando. Tremo, só de pensar neles dois de mãos dadas, caminhando pela praia. Meus dedos tremem ao redor da minha garrafa de Coca-Cola, enquanto penso em como Bryson e eu costumávamos andar pelas margens ao pôr do sol. — Ok, bem, acho melhor eu ir agora — murmuro e pego os refrigerantes. — Foi muito bom vê-lo, Mark, mas por favor, não diga a Bryson que você me viu. Não quero ter nada a ver com ele. Quando dou a volta na mesa para chegar até a porta, Mark me pega pelo braço. Olho por cima do ombro para ele com uma careta, mas ele sorri casualmente, enquanto sai para o calor comigo. Ele me arrasta para uma entrada que fica virando a esquina do quiosque e quando entramos, quase cercados pela escuridão, ele me empurra contra a parede enquanto inclina a cabeça para baixo. — Mark, o que diabos você está fazendo? — Assobio. — Natalie, todo esse tempo eu estive pensando. — Ele aperta seu corpo no meu, certificando-se de que sua virilha está contra mim cada vez mais. — E eu estive pensando por que você escolheu Bryson ao invés de mim. Você sabe que eu poderia ter feito você mais feliz. — Somos amigos, Mark. — Solto um grunhido enquanto tento empurrá-lo, mas é impossível. Ele é enorme. — Nada vai mudar isso. — Bem, que tal mudar o status da nossa amizade agora? — Meus olhos se arregalam com horror e em apenas um segundo, seus lábios estão esmagando os meus. Solto os refrigerantes para tentar afastá-lo, mas o aperto é muito forte. Suas mãos vão do meu rosto, pescoço, para a curva dos meus seios.
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— Mark, me solta! — Seus lábios continuam a arrastar para baixo e mesmo que Mark seja atraente, odeio que esteja fazendo isso. Ele deveria ser o meu melhor amigo. A única explicação, é que ele está bêbado. Não há outra maneira de contornar isso. Como meu amigo, Mark nunca faria isso. — Eu acho que tenho sonhado com esse momento todo esse tempo. Beijar você é bom pra caralho para parar. — É claro que eu estava certa. Agora posso sentir o cheiro de álcool em seu hálito. — Mark — Minha voz sai rouca enquanto me esforço para colocar meus braços entre nós. — Você está bêbado? — São minhas férias, Nat. O que você acha? — Eu acho que você precisa soltá-la — diz uma voz profunda a partir da entrada do beco. Mark se afasta rapidamente e eu suspiro de alívio quando vejo a silhueta familiar. — Quem diabos... Nolan caminha para empurrar Mark longe. Mark cai de costas no chão, enquanto Nolan pega a minha mão para me puxar para fora. Enquanto ele continua a me arrastar para fora, Mark vem até nós com o rosto tomado pela raiva. — Você acha que pode me empurrar e fugir com ela? — As sobrancelhas de Mark unem-se furiosamente, mas antes que ele possa puxar Nolan pelo ombro, Nolan solta minha mão para girar e socá-lo no queixo. — Nolan! — Gemo enquanto me solto dele. Corro para ajudar Mark levantar, mas Mark está fora de si. Além de estar bêbado, está muito irritado. — Pare. Ele está bêbado. Foi um acidente — eu digo, mas assim que viro para olhar para Nolan, cujos olhos cinza estão olhando para baixo, para nós, Mark fica de pé. Mark balança os braços tentando
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acertar seu punho em Nolan, mas o álcool em seu sistema não está permitindo que suas ações aconteçam com rapidez suficiente. Nolan desvia, em seguida, dá um soco na boca Mark novamente. Sangue escorre enquanto Mark tropeça para trás. Nolan se lança para a frente, mas antes que possa subir em cima de Mark para socá-lo, um homem grande sai do quiosque para segurá-lo. — Chega. Pare com isso! — O homem diz segurando Nolan por seus braços. Nolan o empurra para longe, enquanto respira pelo nariz como um touro bravo. Ele está tomado pela raiva. Provavelmente não há como pará-lo agora. Ele olha para mim e por um momento seus olhos são acusadores, mas rapidamente transformam-se, em um olhar de nojo puro quando ele vira e chuta a areia quente. Seus ombros curvados são tudo o que posso ver quando ele continua à caminhar e agora, estou presa, sem saber o que fazer. Mark é meu amigo. Não posso deixá-lo deitado no chão, bêbado e desmaiado. Mas, novamente, ele merecia ser interrompido. Fico olhando Nolan se afastar por alguns momentos, antes de olhar para o grande homem que está observando Mark. — Seu rosto estará dolorido na parte da manhã, não é? — Diz. Ignoro o comentário dele enquanto chego até Mark, pegando-o pelos pulsos. — Ajude-me a levá-lo para dentro? O homem agarra Mark pelos tornozelos. — Com certeza. No três. Um. Dois. Três — ele conta, em seguida, levanta. Levanto também e mesmo que Mark tenha o peso de vinte bolas de boliche, conseguimos levar seu corpo para dentro e deitá-lo em uma cabine. — Não se preocupe — diz o homem, seu sotaque italiano um pouco alegre. — Ele mereceu. Agarrar uma moça bonita como você tem suas consequências. Vou ficar por aqui e esperar que ele acorde e quando o fizer, vou deixá-lo saber o que fez com você. Concordo com a cabeça rapidamente, cruzando meus braços. — Obrigada.
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— Qual é o nome, querida? — Natalie. — Bem, Natalie, este jovem aqui vai se sentir uma merda mais tarde. Volte para fora e encontre o outro cara antes que ele arrume mais confusão. — Ótima ideia — suspiro enquanto solto meus braços e vou para a porta. — Oh, espere! — Rolo meus olhos antes de virar. Droga. Será que ele vai calar a boca? — refrigerantes grátis. Vejo que você não tem mais os seus. Vá atrás do balcão e abra a mini geladeira e leve alguns. Minha atitude desaparece rapidamente enquanto vou até o balcão para pegá-los para ele. — Uau, muito obrigada. — Sem problema, querida. Vá em frente. Pegue o seu homem. Concordo com a cabeça e luto contra o impulso de dizer a esse cara que Nolan não é meu homem. — Muito obrigada! — Digo, virando para sair. Começo a correr pela praia, mas meu coração desacelera, enquanto vejo Nolan chutando a areia ao olhar diretamente para mim. Seus ombros ainda estão curvados e seus olhos ainda estão ardendo de raiva. Seus punhos apertam quando ele encontra comigo, passa os braços em volta da minha cintura, e me leva em direção ao cais. Em vez de subir no cais, ele caminha para baixo dele. Passamos por grandes colunas de madeira até que estejamos tão longe que ninguém possa nos ver. — Nolan, eu posso explicar — digo, sentindo a necessidade de me defender. Pelo seu olhar, sei que ele tem algo terrível em mente.
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— Não há necessidade — ele resmunga quando tira os refrigerantes e minha carteira das minhas mãos para colocá-los na areia. Ele dá um passo para mais perto e eu dou alguns para trás até que minhas costas atinge a curva das coleções de pedras lisas atrás de mim. — Realmente não posso acreditar no que acabou de acontecer, Natalie! Quem era ele? — Ele rosna. — Ele é um amigo meu! Ele não quis fazer aquilo. Estava bêbado! Uma de suas sobrancelhas levanta. — Ele é o seu ex? — Não! Mark é um dos meus melhores amigos. — Amigos não agarram suas amigas, Natalie. Lamento dizer, mas é quase impossível ter um melhor amigo do sexo oposto. Há sempre sentimentos. Eu sei disso. — É claro que você sabe — murmuro enquanto cruzo os braços. De repente, não estou tão contente por querer correr atrás dele. — Olha, eu posso sentar aqui e reclamar todo o dia e noite, mas não vou. Não posso te dizer o que fazer, porque você não é minha ainda. E isso é só porque você não quer ser. Suspirando, ele passa a mão pelo cabelo. Olho para baixo para sua sunga verde e branca e a protuberância que fica entre as pernas. Meus olhos, em seguida, caminham até seu peito magro antes de eu encarar as piscinas cinza clara. — Eu sinto muito — murmuro. Nolan ri sem humor e minhas sobrancelhas se unem enquanto assisto seus ombros tremerem. — Eu não sei o que mais dizer a você, Nolan. Se você não vai me levar a sério, então me deixe em paz já. — Abaixo para pegar a minha carteira e os refrigerantes, em seguida, passo por ele, mas ele me pega pela alça do meu biquíni. Suspiro quando a parte de cima cai e eu me apoio em seus braços rapidamente.
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— Acredito que um desses seja meu — diz ele antes de olhar para os refrigerantes que acabei de derrubar para tentar cobrir o meu peito nu. Ele olha para mim novamente, enquanto seus lábios aproximam-se mais. — E mesmo que você não pense assim, acredito que você ainda é minha também. Envolvendo os lábios em volta do meu mamilo, ele suga-o avidamente. Minhas pernas tremem enquanto ele me puxa para cima e envolve minhas pernas ao redor de sua cintura. Minhas costas pressionam contra a parede de pedra lisa atrás de mim e ele geme quando inspiro forte. Seus lábios finalmente alcançam os meus e ele ataca-os enquanto agarra na minha bunda. — Nolan, o que você está fazendo? — Pergunto com dificuldade. Embora isso seja ótimo, eu nunca faria em público assim. Estamos embaixo da doca, alguém pode passar a qualquer momento. — Estou tomando de volta o que é meu — ele rosna contra a curva do meu pescoço antes de abaixar suas mãos para arrancar meu biquíni. Suspiro lâminas de calor úmido enquanto sua mão desce. Ele empurra um dedo suavemente dentro de mim e eu gemo antes dele puxar para fora. — Acho que você precisa ser punida por me fazer louco dessa maneira. — Ele me gira de modo a que as minhas costas fiquem contra seu peito. As minhas mãos pressionam contra a parede de pedra enquanto a ereção de Nolan esfrega contra mim. Mordo o meu lábio inferior, finalmente cedendo. Quero tanto isso. Tento virar e tomar a iniciativa, puxando sua sunga para baixo, mas ele me interrompe antes que eu a possa abaixar completamente. — Não. — Sua voz é severa enquanto ele empurra contra mim e meu estômago pressiona contra as pedras. — Este é para mim. — Sua respiração acaricia meu ouvido e eu engulo enquanto ouço o abafamento e, em seguida, um barulho sibilante suave. Empurro meus quadris para trás, querendo senti-lo dentro de mim, já que ele só aperta contra mim. Ele está me provocando, como sempre. Empurrando o meu cabelo de
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lado, ele trilha beijos do lóbulo da minha orelha, para a curva do meu pescoço, e em seguida, até o vinco entre os meus ombros. Sinto o arrepio, sentindo-me cada vez mais molhada e úmida. Essa tensão entre nós é realmente insuportável. Quero agarrar em alguma coisa, porque a tensão é difícil de suportar. Não consigo me controlar quando ele me deixa assim. Tudo o que quero fazer é estar em cima dele por horas, talvez para sempre. Depois de alguns momentos de debate sobre se eu deveria olhar por cima do ombro para ver o motivo da demora, finalmente viro a cabeça para olhar, mas Nolan enfia-se dentro de mim por trás. Um grunhido desliza por entre meus dentes enquanto minhas mãos tentam agarrar as pedras. De alguma forma meus dedos conseguem encontrar algumas fendas. Nolan bombeia em mim com grunhidos pesados enquanto gemo e choramingo, chamando seu nome. Suas mãos envolvem minha cintura, mas seus quadris não param de enterrar em mim. Eu me prendo ao redor dele enquanto ele me puxa para longe da parede, para me colocar de joelhos. Ele está fora de mim por apenas um ligeiro segundo, mas, agarrando minha bunda, ele empurra-se em mim de novo e começa seus golpes rápidos. — Isso. É. Meu. Natalie —, ele resmunga entre dentes. Posso ouvir o rosnado em sua voz. Isso é sexo com raiva. E esse sexo com raiva é o melhor sexo com raiva que eu já tive. — Que isso fique bem claro. — Ele continua a bombear dentro de mim, segurando as mãos em volta da minha cintura fina enquanto um ruído alto de pele contra a pele preenche o silêncio. Uma de suas mãos alcança minha vagina e, em seguida, um de seus dedos começa a circular meu clitóris. A areia arranha meus joelhos e uma espiral de dor e prazer queima entre as minhas pernas. Seus quadris se movem na mesma velocidade do dedo que ainda está circulando em torno de mim. — Oh,
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merda, Natalie — ele geme, em seguida, dá um tapa em minha bunda com a mão livre. Tirando a mão da minha doce carne, ele começa a bater em mim sem me segurar. — Oh, Nolan! — Gemo com os dentes cerrados. — Sim, babe. Diga meu nome —, diz ele enquanto se inclina para frente para colocar seus lábios contra meu ouvido. — Quero que meu nome seja o único nome que você diz assim a partir de agora. — Uma de suas mãos agarra meu seio enquanto a outra segura meu quadril, apenas fazendo com que seus impulsos sejam mais profundos. — Porra! — Nolan! — grito ao mesmo tempo. O barulho de pele contra pele batendo continua por mais alguns segundos, enquanto meus sucos escorrem. Fico tensa ao redor dele, enquanto ele inspira baixo, em seguida, solta um leve chiado. — Merda — ele resmunga prazerosamente. Ele bate contra mim mais uma vez antes de finalmente puxar e me virar. Ele fica em cima de mim, certificando-se de que não vai me esmagar, enquanto seus olhos permanecem duros. O seu rosto está pingando de suor enquanto respira pesadamente. Inclinando-se, ele coloca um beijo em meus lábios. — Eu acredito em você, babe — ele respira. — Sobre o quê? — Sobre ele ser seu amigo. — Bom — murmuro com o que sobrou da minha energia. — Mas por que você estava tão bravo? — Eu não gosto do fato de que ele tinha as mãos em você. Aceno com os lábios torcidos.
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— Juro que estava prestes a matá-lo, porém — ele acrescenta. — Eu o vi te arrastar para aquele canto e eu... Eu não consegui me controlar. — Como você sabia onde eu estava? — Eu vi Harper deitada na praia e ela me disse que você tinha ido ao quiosque para pegar algumas bebidas. Eu pensei em surpreendêla, mas quando vi aquele cara girar com você em seus braços, me virei e fui embora imediatamente. — Por quê? — Pergunto afastando o cabelo de sua testa. — Eu não faria isso com você. — Eu sei, mas... Achei que ele era o seu ex ou algo assim. Sou ciumento e deixei o ciúme tomar conta de mim, e foi por isso que voltei, quando o vi levá-la para o beco. — Não, confie em mim — digo, apoiando-me em meus cotovelos. — Mark vai se arrepender do que fez comigo quando ele estiver sóbrio. Vai tentar se desculpar, mas as coisas não serão as mesmas entre nós. Ele vai saber. Nolan acena antes de finalmente se afastar e me ajudar a ficar de pé. Pego meu biquíni e ele me ajuda a colocá-lo. — Ele é da sua escola? — Pergunta. — Nós fomos para a escola juntos, sim. — O que ele está fazendo aqui? Faço uma pausa enquanto olho em frente para as colunas de madeira grossa e escura que está à frente. Ainda bem que estou de costas para ele, porque assim que penso sobre o porquê de Mark estar aqui, Bryson aparece no meu pensamento e meu rosto torce com nojo. — Ele disse que está de férias com alguns amigos. — Não vou dizer a Nolan que
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Bryson está aqui. Eu só tenho que ficar longe desta praia por uma semana. — O que você acha de ir para a piscina? Eu gostaria de me refrescar depois do sexo quente. — Seus lábios se abrem em um sorriso quando ele pega a minha mão. — Sim, isso seria ótimo — eu suspiro enquanto balanço meu cabelo para tirar a areia. Nolan pega os refrigerantes e a minha carteira e nós caminhamos através das colunas de madeira até que estamos perto o suficiente da beira do cais para sair. Não posso acreditar que Bryson está aqui. O que diabos ele está tentando
fazer
comigo?
Sinto
que
ele
está
tentando
arruinar
propositadamente minha vida. Nunca vou voltar com ele. Que parte disso ele não entendeu? Espero seriamente que eu não me encontre com ele. Não preciso de drama e definitivamente não preciso de ver Sara. Sei que se eu a vir, isso vai automaticamente me arruinar. Ela vai fazer de tudo para esfregar isso na minha cara. Mas a minha única esperança, é que se acontecer de encontrar com eles, Nolan estará comigo. Pelo menos eles saberão que estou com alguém mais quente e dez vezes melhor na cama do que Bryson. Sorrio quando penso qual será a reação deles quando me virem com Nolan. Nolan poderia ser um modelo. Ainda me surpreende que ele queira ficar comigo.
Quando você dá o seu tudo E, no fim, não recebe nada Quando acontece que você cair E seus joelhos rasparem enquanto queimam Por que você permitir que ele derrame o álcool? Por que deixar que ele lhe cause dor? Como você pode pedir mais
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Quando tudo que essa pessoa fez Foi queimar em vão? Você quer levar a culpa Mesmo quando você sabe que não é sua culpa Você quer chamar o seu nome Mas chamar o nome dele é como Prender-se em um culto Mas à medida que o tempo passa Você começa a esquecer Como o tempo continua Você começa a deixar ir Conforme os dias caminham para a frente É quando ele percebe Que ele deu um passo para trás Quando você finalmente encontrar a vontade para libertá-lo Será quando você poderá sorrir alegremente sem Uma única palavra
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Capítulo Vinte — Que diabos é isso? — Harper grita quando puxa uma túnica de paetês dourados com flores azuis e bolinhas verdes. Engasgo com uma risada, quando a vejo virar o cabide com um rosto cheio de horror. É como se ela estivesse assistindo alguém vomitar em sua camisa. — Isso mesmo, sério. Quem usaria essa monstruosidade? — Ela empurra o cabide de volta na prateleira antes de escolher outra roupa novamente. — Você fez compras? — Ela pergunta quando eu coloco uma colher de sorvete Dippin 'Dots de chocolate na boca. — Sim — digo com a boca meio cheia. Coloco o pote de sorvete no banco e pego minhas sacolas de compras encostadas na parede. — Seis sacolas de compras cheias de roupas é muito. Não estava esperando comprar tanto. — Coloco minhas sacolas no banco, pegando meu sorvete. — Você tem que estar brincando comigo. Papai me deu setecentos dólares hoje e eu vou usar até o último centavo. Se vou — diz ela, pegando o celular do bolso de trás de sua bermuda cor de rosa. Há um breve intervalo quando ela toca sua tela um zilhão de vezes, enquanto eu encho a cara de mais sorvete. — Pois é. Ainda tem trezentos dólares na conta — Ela abre um sorriso largo quando enfia seu telefone de volta no bolso. Dou de ombros, relaxando no banco, enquanto ela continua a escolher através da arara de roupas. — Então, o que aconteceu com Nolan ontem? — Ela pega uma blusa vermelha para avaliar todos os seus aspectos. — Ele voltou tipo chateado depois que eu disse-lhe onde você estava. — Seus olhos finalmente encontram os meus enquanto eu engulo minha última colherada de sorvete.
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— Deixe-me lhe fazer uma pergunta — eu digo. — O que está acontecendo? — Por que diabos estaria o meu ex-namorado e um grupo de seus melhores amigos em Miami? Os olhos azuis de Harper arregalam enquanto ela coloca a blusa vermelha no cabideiro prateado antes de dar a volta na arara para chegar até mim. — Que diabos? Ele está aqui? — Sim. Encontrei Mark no quiosque e ele tentou... me beijar. — Que porra é essa! — Ela tropeça e quando olho para cima, alguns dos funcionários da Forever 21 viram para nos observar. — Ele beijou você? Mark, de todos os caras? O melhor amigo de Bryson. Ele estava bêbado? — ela pergunta. — Sim — digo através de uma risada sem humor. Bem, na verdade, agora que penso nisso, acho um pouco engraçado. Não é como se eu não esperasse. Mark estava olhando como se não quisesse mais nada naquele quiosque, além de mim. Seus olhos estavam diretamente em mim, observando meu corpo intensamente. Eu podia sentir o desejo, mas estava tentando o meu melhor para ignorá-lo. Estar perto dele e ignorar sua paquera durante anos tornou-se um hábito terrível para mim. Eu sabia que ia acontecer algum dia. — Ele devia estar chapado, porque mesmo quando Mark toma uns drinques, não teria feito isso. Ele me levou para o beco, Harp. Onde ninguém podia ver. Felizmente para mim, Nolan apareceu e derrubou-o. — Uau — ela suspira. — Isso é loucura. E pensar que eu realmente pensei que Mark era um jovem gracinha que eu poderia ficar quando fosse para uma visita a Charleston. Ele tinha potencial. — Ela bufa enquanto caminha para suas sacolas de compras que estão no
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canto. — Vamos. Depois de ouvir isso, eu definitivamente preciso de uma gelada. Agarrando para minhas sacolas, aceno enquanto seguro as alças e sigo Harp para fora da loja. — Será que ele pediu desculpas, pelo menos — ela pergunta, roubando um olhar por cima do ombro para olhar para mim antes que eu possa chegar ao seu lado. — Não. — Que idiota. Concordo com a cabeça enquanto atravessamos o mar de corpos. Uns estão olhando as vitrines e algumas mulheres têm o mesmo número de sacolas que nós, se não, mais. Tenho que dizer que meus ombros estão prestes a despencar, mas comprei uma tonelada de roupa bonita que poderei usar para sair com mais frequência. Eu até comprei uma roupa que vou usar no microfone aberto, na noite em que eu realmente decidir ler um dos meus poemas. Realmente não tenho certeza de quando isso vai acontecer. Fazendo o corte para a praça de alimentação, Harper saca o celular e disca um número. — Eu tenho que ligar para minha mãe. Ela está reclamando sobre eu não manter contato com ela, mas você sabe como ela é. Ela me deixa louca. — Ela dá um ligeiro rolar de olhos quando coloca o telefone contra sua orelha. Nós caminhamos para uma mesa no meio da praça de alimentação e é um grande alívio quando me sento e coloco as sacolas de compras no chão. — Oi mãe! — Harper cantarola enquanto pega a carteira Michael Kors de sua bolsa que também é Michael Kors. Estendo meus ombros e mexo meu pescoço antes de sentar. — Sim, vitória total hoje. Peguei uma tonelada de coisas bonitas para vestir. Até comprei uma nova roupa de ginástica. Você tem que vir para experimentar em um dia. — Ela me dá
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um olhar de soslaio enquanto revira os olhos novamente. Harper tem uma boa maneira de soar animada. Ela finalmente afasta o telefone longe de sua orelha para olhar para mim. — Ela está tagarelando. Vou pegar uma Coca e um hambúrguer. Quer alguma coisa? — Não, estou bem. Balançando a cabeça, ela coloca o telefone em seu ouvido antes se afastar. Cruzando os dedos no meu colo, suspiro enquanto encosto na cadeira. Eu me viro para olhar ao redor, em todos que estão esperando na fila para diferentes escolhas de comida. Há um Chic-Fil-A, um Burger King, um lugar que posso dizer que vende comida chinesa, só pelo seu título, e então há um Subway. Fico olhando para o Subway por mais tempo e memórias de Bryson e eu me inundam. Bryson adorava ir ao Subway. Ele pedia um sub para nós e quando eles tinham a promoção de cinco dólares o metro, esses eram os melhores. Na maioria das vezes gostávamos de compartilhar quando não tinha promoção. Fico olhando para as letras verdes e amarelas, mas quando abaixo meu olhar, meu coração aperta e um sinal repentino de pânico atinge meu coração e aperta com força. No início, eu estou olhando para suas costas. Mas vejo o cabelo preto familiar com gel e propositalmente despenteado, sua camiseta preta apertada que define todos os gomos musculares entre os ombros, costas e braços, eu pego os cantos da minha cadeira e agarro por instinto. Inspiro quando ele se vira, enquanto espera na fila. Seus dedos estão escondidos nos bolsos de seus shorts cargo camuflado e seu cílios batem enquanto se vira para fazer a varredura da área. Quero me abaixar no meu lugar ou, melhor ainda, fugir, porque isso não pode ser real. Ele não pode estar aqui. Passando apenas ligeiramente o olhar pelo meio da praça de alimentação, os olhos verdes de Bryson encontram os meus e brilham automaticamente. Foda-se.
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Meu coração acelera quando começo a levantar da mesa. Eu me forço a manter meus olhos para baixo, para fingir que eu não o vi, mas sei que ele me viu, com certeza. É como se ele estivesse na esperança de topar comigo aqui por coincidência. Puta merda. Isso não pode estar acontecendo. Pego minhas sacolas de compras, mas quando olho para a minha direita vejo as de Harper e gemo. Não posso levar as dela e as minhas. Meus braços finos vão quebrar com certeza. — Precisa de ajuda? — Uma voz profunda pergunta acima de mim. Meu coração bate nos meus ouvidos com a voz quente familiar. De alguma forma, não quero vomitar ao ouvir sua voz. De alguma forma, de uma maneira vergonhosa, eu perdi. Liberando as alças das minhas sacolas, começo a levantar lentamente. Vejo primeiro seus tênis Nike de corrida pretos, as pernas peludas atraentes que são esculpidas atleticamente, em seguida, seus quadris. Meus olhos viajam da bainha de sua camiseta preta, até o peito firme, e depois para seus olhos verdeesmeralda. Quando olho para eles, já estão sorrindo para mim. — Eu estou bem — murmuro, como se ele fosse apenas um estranho. Talvez seja isso que ele é. Isso é exatamente o que eu quero que ele seja. Um estranho. — Muitas sacolas aí, Nat. Tem certeza que não precisa de ajuda para levá-las para o seu carro? — Não preciso de sua ajuda, Bryson, porra — Rosno. Meus punhos apertam e, apesar de minhas palavras soarem duras, eu poderia mandá-lo à merda. Ele não merece qualquer ato de bondade de mim. Ele rasgou o meu coração para fora do meu peito, sugou toda a vida de mim pelo que pareceu anos. Até hoje, a vida mal existia, mas estou perto de estar viva novamente.
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Os olhos de Bryson se arregalam mas seus lábios ainda estão insinuando um sorriso. Deus, ele parece tão bem agora. Por que eu tive que encontrar ele aqui? Pensei que estaria preparada para isso. Pensei que se encontrasse com ele, teria pelo menos Nolan ao meu lado, mas Nolan não está aqui. Ele tem que trabalhar o dia todo. — Ainda mal-humorada — Bryson observa. — Ainda sexy. Meus olhos rolam por hábito natural. Sei que é tarde demais agora. Não posso ir a qualquer lugar. Quero me transformar em uma supermulher e levar todas estas sacolas para o meu carro, mas Harper ainda está aqui, esperando na fila para da comida. Relaxando no meu lugar, me recuso a fazer qualquer contato visual com Bryson. Espero que ele perceba que eu não quero ser incomodada por ele, mas eu o conheço. Sei que ele tem seus motivos. Ele não planejaria uma viagem para Miami sem motivo. Queria alguma coisa e eu acho que alguma coisa comigo. Ele desliza na cadeira em frente a mim, cruzando os dedos em cima da mesa. Por curiosidade, meus olhos sobem para olhar para ele. Ele já está olhando para mim, com a cabeça inclinada, os lábios pressionados para formar um ligeiro sorriso, e seus olhos suaves enquanto me observa. — Como estão as coisas por aqui? — Ele pergunta. — Como estão as coisas com a sua vadia? — Eu me oponho, com o objetivo de ser mal-intencionado. Ele ri quando passa os dedos pelo cabelo. — Ela não é tão boa quanto você. Eu vou deixar você saber isso agora. Minhas bochechas ruborizam como desvio meu olhar para longe do seu. — Seus olhos eram sempre tão bonitos. Tão castanhos. Tão profundo. Eles escondiam um monte de coisas que eu tinha que descobrir. Neste momento, você está com raiva de mim. Posso sentir isso.
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Bem, duh, idiota. — Bryson, o que você quer? — Eu me forço a ser corajosa pelo menos uma vez e olhá-lo diretamente nos olhos. — Você — ele responde, sorrindo. — Bem, é um pouco tarde demais — suspiro, cruzando meus braços. — Nós terminamos. Você perdeu seu tempo vindo aqui. — Será? — Arqueando uma sobrancelha, ele lambe o lábio inferior suavemente. Meus lábios apertam com força lembrando daqueles lábios rosados belos pressionando contra os meus, faz com que meu escudo desmorone um pouco. — Não há como negar — diz ele. — Você estava com raiva de mim. — Bem, agora eu estou com raiva de você. — Sua mão serpenteia o seu caminho através da mesa para chegar até a minha, mas eu a empurro rapidamente. O que ele está tentando fazer? O que diabos há de errado com ele? Não posso acreditar que eu realmente tenha me apaixonado por ele, por alguém que acredita que eu desceria tão baixo quanto Sara, a vagabunda, e apenas cairia em seus braços e o beijaria. — Você sabe o que eu ouvi — diz Bryson, levantando seus pés até descansá-los na cadeira ao lado dele. Seus olhos nunca deixando os meus. — Ouvi dizer que você estava se escondendo. Ouvi dizer que você realmente me queria de volta, mas estava adiando. Nat, você tem que acreditar em mim quando eu digo que sinto muito. Não era para ter acontecido. Sara, ela surgiu do nada. Eu estava cego. — Por que você está me dizendo isso? — Porque eu ainda te amo. — Ele puxa as pernas de volta para dobrá-los debaixo da mesa novamente. De pé, ele faz o seu caminho ao redor da mesa, mas para logo atrás de mim. Posso sentir o calor de seu corpo pairando e para minha surpresa, ele não está perto demais para meu alívio. — Porque sinto falta de fazer amor com você — ele murmura
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em meu ouvido. — Sinto falta de tocar em você. Beijar você. Eu ainda desejo cada parte de você. Minha pele vibra e arrepia como costumava fazer quando estávamos juntos. Como diabos isso é possível. Eu odeio tudo em Bryson... ou não? Percebo agora que não odeio. Não odeio a maneira como ele me faz sentir, a forma como ele olha, ou o jeito que ele me tratou... mas odeio o fato de que ele me traiu. Isso é imperdoável. Ele puxa alguns fios de cabelo para longe do meu ouvido, mas eu empurro para longe, ficando em pé rapidamente. — Apenas fique bem longe de mim, Bryson. Nós terminamos. E eu quero dizer isso — digo através dos meus dentes. Sem me preocupar em pegar minhas sacolas, caminho pela praça de alimentação. Meus olhos ardem, mas eu mordo meu lábio inferior para lutar contra o sentimento. Corro através dos corpos e das multidões, procurando o banheiro mais próximo, até que finalmente decido desistir e fazer a volta pelo corredor liso onde o zelador guarda seus produtos de limpeza. Desabo ao virar a esquina e em um instante, lágrimas estão me cegando. Tento segurá-las, mas é impossível parar. Estou soluçando, respirando tão forte, que tenho certeza que as pessoas podem ouvir, mesmo sobre o zumbido da multidão. Como ele pode fazer isso comigo? Juro que eu me tinha sob controle. Acontece que não o esqueci completamente. E pensar que eu realmente achei que estava ganhando. Estou perdendo agora. Bryson sabe que cordas puxar, que palavras dizer, e exatamente como e onde dizer-lhes para me fazer lembrar, para fazer as memórias voltarem. Gemendo, bato meus punhos contra a parede branca e fria. Gostaria que meus punhos pudessem quebrar os blocos, mas em vez disso, quase desmaio. Nem mesmo um baque. Eu sou completamente inútil.
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Capítulo Vinte e Um Tive sorte que Harper estava em uma conversa a três com sua mãe e irmã durante a viagem de volta para seu apartamento. Não quero falar com ninguém no momento. Ela saberia que havia algo errado comigo e eu não queria falar sobre isso. Se Harper soubesse, tornaria as coisas piores. Ela teria me delatado e diria a Nolan, que Nolan me acusaria de ser uma mentirosa e provavelmente nunca mais falaria comigo novamente. Pego minhas sacolas do porta-malas, assim que Harper caminha em direção à porta, seu telefone preso entre a orelha e o ombro, enquanto carrega suas sacolas. Pressionando uma mão contra a minha testa, um suspiro escapa dos meus lábios e eu fecho o porta-malas. Pego minhas sacolas, mas ouço passos vindo na minha direção. A princípio, não sei que é ele, mas uma vez que vejo sua calça cáqui justa, camisa polo verde Ralph Lauren, e o cabelo escuro com gel para ficar propositadamente bagunçado e sexy, meu coração acelera. É Nolan. — Oi, coelhinha — diz ele, antes de parar na minha frente. Começo a falar, mas ele se adianta para mergulhar seu corpo contra o meu. Seus lábios sufocam os meus e, por algum motivo, este sentimento é exatamente o que eu precisava. Preciso de uma distração. Algo para manter minha mente longe de Bryson, e devo admitir que está funcionando. Levanto os braços para envolvê-los em torno de seu pescoço, puxo-o para mais perto, até que eu mal possa respirar. Minhas costas ficam pressionadas contra o porta-malas do meu Camry e eu gemo, sentindo-me mais do que satisfeita por Nolan e este beijo inesperado.
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— Coelhinha? — Respiro quando ele se afasta e inclina a cabeça para baixo e beija a curva do meu pescoço. Sinto um arrepio e agarro sua camisa, querendo apenas me segurar. — Sim. Novo apelido, pensei enquanto estava no trabalho. — Ele dá um beijo na minha bochecha, em seguida, um passo atrás. — Suave. Fofinho. Doce... bem quando você quer ser, de qualquer maneira. — Ele sorri, dando-me um beijo entre cada palavra. — E talvez devêssemos nos cumprimentar com beijos sexy todos os dias? Reprimo um sorriso enquanto começo apegar as sacolas. — Não — ele resmunga enquanto empurra minha mão suavemente. — Eu levo. Concordo com a cabeça e começo a ir para o condomínio. — Como foi o trabalho? — Pergunto. — Fantástico — ele suspira com sarcasmo. — Eu odeio ter pego este trabalho com o meu irmão. Viajar está começando a me irritar. — Novamente, que é que você faz? — Meu irmão é guia turístico e eu sou seu assistente, apesar de saber mais. — Ele bufa uma risada. — Na verdade, estou trabalhando para ser promovido. No Miami-Dade. — Oh, uau. Isso é incrível — digo enquanto atravessamos o lobby para chegar ao elevador. Aperto a seta apontando para cima antes de virar para encará-lo. — Então, o que acontece com a música? Você não quer algum tipo de graduação nela? — Claro que sim. — Ele sorri. — Quero me formar em Engenharia de Produção e Música, mas quero Turismo como opção. Apesar de viajar muito ser uma porcaria, sempre aprendo com como as pessoas reagem. Especialmente os estrangeiros. Eles impressionam-se com quase tudo. — Ele pisca e nesse momento as portas do elevador abrem e algumas
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pessoas saem. Quando eles passam, entramos no elevador vazio e as portas fecham. — Isso é realmente muito interessante. Eu só quero me formar em Escrita Criativa. É a única coisa que sou realmente boa. — Não é verdade — Nolan argumenta, então, imediatamente solta minhas sacolas de compras. Ele dá um passo em minha direção e seus olhos cinzentos fixam nos meus. Abaixando a cabeça, ele me embala em seus braços, e depois me beija. Um gemido está preso em minha garganta, mas eu não me afasto. Não posso. É uma sensação muito boa. Seus dentes afundam no meu lábio inferior suavemente, permitindo o acesso para minha língua trabalhar em torno da dele e deixando as texturas aveludadas colidirem. Ele finalmente se afasta, mas seus braços permanecem apertados ao meu redor. Inspiro e percebo que ele tem cheiro um diferente. Ele cheira como tivesse ficado ao ar livre, com um toque suave de perfume. Mas ainda é delicioso e me faz ansiar por cada parte dele. — Você é boa nisso — ele murmura, assim que a campainha do elevador toca e as portas abrem. Temos sorte que ninguém está por perto para nos ver. Ele dá um passo para trás, pega nas minhas sacolas de compras, e eu saio, atordoada e um pouco excitada. Caminho em direção ao apartamento e assim que entro, encontro alguém fora do comum. Seu cabelo louro ondulado na altura dos ombros. Seu peito é firme e esculpido por baixo de sua camiseta azul. Seu jeans escuro é perfeito para sua estatura alta e magra, e quando ele sorri, seus lábios se esticam e os piercings em sua sobrancelha brilham. — Nolan! — Dawson diz que através de uma risada inesperada. — Cara, liguei para o seu telefone umas dez vezes hoje. Nenhuma resposta? — Não carreguei o telefone ontem à noite e estava correndo quando cheguei em casa esta manhã. — Nolan coloca as sacolas de
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compras no sofá e seus olhos encontram os meus. — As coisas ficaram um pouco... fora de mão. Ruborizo desviando meu olhar e estudo Dawson. Ele é realmente gostoso, e agora posso ver o que Harper quer dizer quando fala que ele parece ser bom na cama. Ele é alto e magro, parece musculoso de uma maneira natural. Ele é de pele clara, um pouco mais escura do que Nolan, mas é provavelmente um bronzeado. — Bem, você está aqui agora. Isso é o que importa — diz Dawson. Ele, então, vira-se para olhar para mim e um sorriso lento se arrasta em seus lábios. — Linda e gostosa — ele ronrona. Em um piscar de olhos rápido, minhas bochechas se enchem de sangue. Mas, para ser corajosa e fingir que estou bem com seu elogio, estendo minha mão. — Natalie Carmichael — digo quando ele a segura. Ele aperta minha mão. — Não há necessidade de se apresentar. O meu amigo aqui não para de falar sobre você. Nolan ri enquanto sua cabeça abaixa. — Cara, liguei hoje para lhe dizer que Harp e eu vamos para o calçadão. Vocês querem ir com a gente? — O calçadão? — Os lábios de Nolan comprimem enquanto balança a cabeça. Ele, então, vira-se para olhar para mim. — Eu não sei. Tudo bem pra você, babe? O meu coração palpita. Ele está me chamando de babe... na frente de seu amigo? Ele deve estar mesmo levando isso a sério. Ao pensar nisso, meu coração para. Ainda estou nervosa com o que Bryson me disse mais cedo. Olha o que aconteceu comigo quando o levei a sério. Com Nolan, a mesma coisa pode acontecer. — Claro. Vamos. — suspiro. É honestamente tarde demais para voltar atrás agora. Estou envolvida com Nolan. Muito envolvida.
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Nolan olha para mim, e por um momento o seu sorriso se desvanece. Dawson afunda-se no sofá, enquanto passa o dedo na tela de seu telefone. — Legal. Namorem o dobro depois — diz ele, sem perceber a mudança na atmosfera. Eu posso sentir isso. É tão pesada quanto um bloco de chumbo. — Natalie, você quer que eu leve isso para o seu quarto? — Nolan pergunta, apontando para as minhas sacolas de compras. — Sim. — Eu aceno, pegando uma e caminhando para o meu quarto. Mas assim que entro, mesmo antes que eu possa apertar o interruptor para acender a luz, Nolan coloca as sacolas de compras e me puxa pelo meu cinto. Minhas costas atingem a parede suavemente, enquanto sua respiração acaricia meus lábios e bochechas. — Qual é o problema com você? — Ele pergunta. — Nada — murmuro enquanto seus dedos envolvem meus pulsos para mantê-los presos acima da minha cabeça. Seu nariz acaricia minha bochecha antes de arrastar para baixo, até a curva do meu pescoço. Ele planta um beijo suave e eu me derreto contra sua virilha que me pressiona. — Há algo de errado. — Eu estou bem — respiro. Ele afasta seu rosto para olhar nos meus olhos. Não está completamente escuro atrás das minhas cortinas, há um pouco de luz para que eu possa ver seu rosto claramente. Seus olhos estão severos, duros. Ele, então, deixa cair os braços de cima de mim, mas é só para me pegar pela minha cintura. Como de costume com Nolan, minhas pernas o envolvem. Caio contra a parede enquanto ele afunda no meu peito. — Você vai me dizer ou eu tenho que provocá-la para tirar de você? Você sabe que eu vou fazer isso.
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Inspiro. Não. Agora não. Não posso aguentar a provocação. Mas também não quero dizer a ele. Provocação vai levar ao sexo e, agora, não preciso de sexo. Agora, só quero ficar sozinha. Os lábios de Nolan pressionam contra o meu peito antes de sua cabeça levantar para olhar nos meus olhos. Seus lábios mordiscam os meus suavemente, delicadamente. Gemo quando sua língua desliza em minha boca. Uma de suas mãos segura minha bunda enquanto a outra permanece em volta da minha cintura. Ele se esfrega entre as minhas pernas, causando um atrito que logo me deixa louca. Mais cedo ou mais tarde, vou querer o que está esfregando entre minhas pernas, dentro de mim. O prazer percorre meu corpo, correndo em minhas veias. — Natalie — ele respira. — Você entendeu o que eu disse. Tudo ou nada. Certo? — Sim, mas... — Nada de mas — ele diz, me soltando de seus braços em um instante. Ele passa a mão pelo cabelo antes de virar para ligar o interruptor. O quarto fica com uma iluminação suave, mas seus olhos permanecem grudados nos meus. — Será que é realmente tão difícil para você se abrir comigo? Meu rosto desaba. Não é que seja difícil para mim, eu só não quero. Não quero que isso fique muito sério. Sim, eu queria dizer tudo ou nada, mas não quero dizer cada coisa sobre mim. Juro que eu tinha disfarçado. Como ele pode dizer que há algo de errado? — Você é transparente — ele resmunga. — Eu vejo através de você agora. Mesmo que eu não saiba o que está pensando, posso sentir isso. É sobre ontem, na praia? Sobre o seu amigo que eu bati? Se for isso, eu sinto muito, Natalie. Juro que não vai acontecer novamente. Eu estava...
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— Não — digo, cortando sua frase. Ando em direção a ele, até que esteja perto o suficiente para sentir o calor irradiando de seu corpo. — Não é isso. — Eu, então, coloco a mão em torno de seu queixo. A dureza em seus olhos suaviza e transforma-se em vergonha. — Eu realmente não sei o que fazer comigo mesmo quando estou com você Natalie. Sinceramente estou tentando o meu melhor para não estragar. — Você não está estragando! Não é você. — Então o que é? — Ele pergunta com a respiração irregular. — Juro que sinto que sou eu, às vezes. Você não vai se abrir para mim. De que outra forma eu deveria saber? — Tudo bem. — Afasto minhas mãos dele e endireito meus ombros. Ele está certo. Tenho que dar alguma coisa. Não posso continuar a esconder as coisas dele. Só vai afastá-lo longe de mim... e agora, eu preciso dele. Preciso de tudo sobre ele. — No shopping, encontrei alguém que eu não esperava ver... A testa de Nolan franze, mas seus olhos não desviam dos meus. Espero que ele diga alguma coisa, mas seu rosto diz o suficiente. Está me dizendo para continuar. Para ir em frente. — Foi o meu ex, Nolan. Rapidamente, ele se afasta de mim. — Você fez alguma coisa com ele? — Ele pergunta. — Não! — Grito enquanto ele dá um passo para trás. — Eu o odeio. Eu o vi e eu... Eu desabei. — Minha cabeça sacode rapidamente quando as memórias retornam. Meus olhos queimam e me forço a desviar meu olhar do dele. — Opa, Natalie. O que ele fez com você? — Ele pergunta, dando um passo em minha direção.
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— Ele não fez nada. Esse é o ponto. Vê-lo foi o suficiente para me machucar novamente. Nolan para e um incômodo silêncio toma conta dos meus ouvidos. Dou uma olhada nele, mas seus olhos são duros comigo, recusando-se a olhar para qualquer outro lugar. — Por que você não me contou? Por que ele está aqui? — Ele veio aqui... com Mark. O cara que você brigou na praia. Sua íris fica escura como a meia-noite. — Você sabia que o seu ex estava aqui? — Sim, mas eu não queria te dizer. Eu esperava evitá-lo. — imploro. — Natalie... — Nolan para quando vira sua cabeça para olhar para fora da janela. — Como você se sentiria se eu escondesse coisas de você? Como você se sentiria se minha ex estivesse aqui e eu me encontrasse com ela? — Eu não sei... — Você ficaria chateada, certo? Você me odiaria e diria que sou um mentiroso e um jogador, porque não lhe disse. Você iria me culpar. — Ele vira e segura o meu queixo. Ele acaricia a parte de trás das minhas orelhas, mantendo minha cabeça inclinada para cima, assim meus olhos não podem ver qualquer outro lugar, que não seja ele. — Eu quero isso — diz ele contra os meus lábios. — Eu quero que dê certo. Mas não vai acontecer se você não se abrir para mim. Deixe-me entrar, Natalie. Eu juro que não vou machucar você. Balanço minha cabeça, meu peito aperta. Eu me forço a morder o lábio para evitar que qualquer uma das minhas lágrimas derrame. Mas não adianta. Elas estão lutando para sair. Sinto o calor escorrendo contra
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meu rosto, mas seus lábios se movem para a frente para detê-las. Ele beija minhas lágrimas, então se inclina para beijar meus lábios. Suas mãos ficam firme em volta do meu rosto enquanto seus lábios esmagam os meus. Sinto o gosto salgado das minhas lágrimas, mas sinto mais a paixão. Ele está falando sério. Ele realmente quer isso. E pensar que Nolan só estava brincando no início. Com este beijo, fico completamente louca. Ele está colocando uma tonelada de esforço nesse beijo. Este beijo por si só, parece um milhão. Talvez, mais. Ele afasta-se e fico com os olhos fechados por alguns instantes. — Olhe para mim, Natalie — ele suspira. Nego com a cabeça. Não posso olhar para ele. Quero sumir completamente. Seus lábios suaves pressionam contra os meus novamente e fazem com que minhas pálpebras abram lentamente. Olho para o cinza místico dele. Eles são suaves, com uma ponta de aço. Seu polegar acaricia o canto da minha boca enquanto ele sorri para mim. Ele finalmente afasta as mãos para me puxar contra ele, permitindo que não haja nenhum espaço entre nós. — Não estou bravo com você. Eu entendo. Eu te disse, estou nisso com você, não contra você. Assim como você está comigo. Sei que você vai se abrir um dia e prometo que não vou apressála. Sorrio, apertando minha orelha contra seu peito para ouvir seu batimento cardíaco estável. Ele beija meu cabelo docemente, o calor de sua respiração me faz cócegas. De alguma forma, eu sei que ele diz a verdade.
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Capítulo Vinte e Dois — Tudo bem, Nolan. Você tem que me contar alguma coisa. — digo antes de dar uma mordida no meu pretzel macio de canela. — Eu não sei nenhum detalhe sobre você além do que você gosta de fazer e o no que quer se formar. Conte-me sobre sua família. O seu irmão. Nolan suspira com um meio sorriso ao tomar um gole de limonada pelo canudo. Nós começamos a caminhar em direção ao pôr do sol onde a água forma ondulações e com as gaivotas grasnando. Barcos e iates estão parados nas docas e alguns homens estão terminando seu dia. Olho para as ondulações sentindo a paz. O sol está baixando no horizonte dando ao céu um toque dourado e rosa. Há um brilho laranja atrás do Sol, mas juntos, criam uma coleção de beleza. Com as ondas quebrando, parece quase como se água fosse feita de cristais escuros, exóticos. — Quanto a isso... — diz Nolan. — Digo um fato da minha vida, você diz um da sua. Vamos fazer um jogo. — Tudo bem — concordo, minha boca meio cheia com o pretzel doce. — É justo. Eu topo. — Tudo bem. Faça-me uma pergunta e vou responder com sinceridade. Penso nisso enquanto nos aproximamos do parapeito de madeira espessa. Nós olhamos para frente enquanto uma brisa suave nos atinge. — Onde você nasceu? — São Francisco, Califórnia. — Oh, uau — suspiro. — O que fez você mudar para tão longe?
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Ele faz uma pausa enquanto um sorriso surge em seus lábios. — Acho que é a minha vez de perguntar. Um de cada vez, babe. Minhas bochechas queimam enquanto desvio meu olhar. — Mas se realmente quer uma resposta, me mudei para cá para ficar longe de tudo... de todos. Minha mãe tomou a decisão errada. Ela escolheu um homem em prol de seus próprios filhos. Foi completamente fodido da parte dela, mas meu irmão e eu juramos que, se ela o escolheu ao invés de nós, nos mudaríamos para o outro lado da América. Nós levamos isto ao extremo, considerando que estamos agora em Miami. Fomos muito literal. Concordo com a cabeça. — Então, você vive com seu irmão aqui? — Sim — Os olhos de Nolan não se desviam do mar. Eu realmente quero que ele vá mais a fundo, mas sei que estou forçando-o. Ele provavelmente não gosta de falar sobre isso. — É a minha vez — diz ele, finalmente olhando para mim. Seus olhos me analisam enquanto um pequeno sorriso aparece em seus lábios. — O que fez você querer se mudar para Miami? — Eu queria fugir. — De? — Meu ex. — Faço uma pausa. Embora eu queria ficar longe de Bryson, não foi a única razão pela qual decidi mudar para cá. — E dos meus pais. Seu olhar interrogativo cresce. — Dos seus pais? Suspiro e só de pensar no que eles estão passando, faz meu batimento cardíaco diminuir. — Sinto que a única razão deles ainda estarem juntos é porque não queriam me decepcionar. Saí porque queria ver se as coisas mudariam sem mim.
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— Será que as coisas mudaram? — Ele pergunta. — Sim. Para o pior. — Minhas sobrancelhas se juntam. — Não converso com meu pai há alguns dias. Acho que isso é um sinal de que ele finalmente desistiu. Liguei para minha mãe para tentar saber alguma coisa sobre o que está acontecendo entre eles, mas ela sempre desliga o telefone. Nunca me dá tempo suficiente para perguntar. Eu sei que ela está ocupada, mas ela não pode estar tão ocupada. — Oh — Os lábios de Nolan se fecham. Tenho certeza que ele não quer tocar nesse assunto. E nem eu posso pensar nisso agora. Minha única esperança é que esta situação entre eles seja apenas temporária. — Então, minha vez de novo. — Dou uma mordida no meu pretzel e engulo para bloquear a secura na garganta. — Quais são seus maiores sonhos? — Sorrio, na esperança de que ele vai melhorar seu humor comigo. Felizmente, ele faz. Passando a mão pelo cabelo, ele se vira para mim, apoiando o cotovelo na grade para apoiar-se. — Meus maiores sonhos? — Ele pergunta. — Bem, um deles é a esperança de ser notado por uma multidão. Não quero ser famoso. Só quero ser conhecido. Quero deixar uma marca no mundo. Já viajo muito com meu irmão Mills para que não seja grande coisa. — Seus olhos desviam dos meus para sua calça cáqui. Estudo o modo como suas feições suavizam, e ao olhar para ele, percebo por que seus traços suaves parecem tão familiar. Ele é um caçador de sonhos, assim como eu. Assim como meu pai. Ele quer que seus sonhos se tornem realidade. — Posso entender onde você quer chegar — digo. — Eu quero a mesma coisa. Que meus textos sejam vistos. Descobertos e publicados, mesmo. — Isso não pode acontecer se você não mostrá-los, coelhinha. Open Mic é a oportunidade perfeita.
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— Olha quem fala. — rio, inclinando-me para socar seu braço de brincadeira. — Você não canta para as pessoas, mas quer que seus sonhos se tornem realidade. Isso é quase impossível. De que outra forma as pessoas vão conhecê-lo se não podem ouvir você? Seus olhos desviam enquanto ele pensa sobre isso. — É verdade — ele finalmente diz pressionando seus lábios. — Estive pensando em cantar a música que escrevi para você em uma das noites do Open Mic. Mas nós temos que fazer um acordo — ele instiga. Inclino contra a grade de madeira cruzando meus braços. — Você está cheio de acordos. Vamos ouvi-lo. — Na próxima sessão do Open Mic, vou cantar a música, mas só se você ler um dos seus melhores poemas. — Seu olhar fica sério, mas não pode ser tão sério quanto o meu neste momento. — Não estava pensando em ler um dos meus poemas tão cedo. É apenas daqui a três dias. — Três dias para praticar. Suspirando, afasto-me da grade e começo a andar na frente dele. Como meu último pedaço de pretzel antes de jogar o papel no lixo. — Eu não sei, Nolan. É desesperador pensar em ler na frente de todas aquelas pessoas. E se eles pensarem que sou louca? E se eles não entenderem? — Quem assiste a um Open Mic deve ter uma mente aberta. A maioria das pessoas que vão lá, pretende explorar. Querem ir mais fundo e colocar-se no lugar do outro. Acredito que cada pessoa que participa das sessões, tem um sonho. Por que mais eles iriam? Tem que haver uma razão por trás disso. — É por isso que você estava tão disposto a ir? — Sim — diz ele, em seguida, sorri. Ele se afasta da grade de madeira para caminhar na minha direção. Seus quadris balançam de
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uma maneira viril, antes que ele chegue a um impasse, parando apenas a centímetros de distância de mim. No meio do caminho do calçadão, ele olha nos meus olhos. Retorno seu olhar e de alguma forma, fico perdida. — Que tal compartilharmos nossos sonhos — ele murmura contra os meus lábios. Ele pressiona os dedos contra a minha nuca. Minha pele queima com seu toque solitário. Meu cabelo está preso para cima, mas alguns fios balançam com a brisa suave. Com o meu cabelo para cima, isso só me permite sentir tudo. — Como podemos fazer isso? — Vamos trabalhar juntos nisso. Eu toco violão, você lê seus poemas. Eu poderia tocar uma melodia em cada um deles, mas só se você quiser. Seria uma maneira mais fácil de eu ouvir o que você escreveu. — Inclinando minha cabeça para trás suavemente, seus lábios aproximamse mais. — Mas eu ainda quero que você cante — eu respiro. Ele ri. — Eu vou. — Enquanto ele olha nos meus olhos por apenas alguns momentos, seus lábios finalmente encontram o seu caminho para os meus e eles se chocam. Ele nem sequer hesita em deslizar a língua na minha boca. Saboreio seu gosto. A mistura doce e picante de limonada em sua língua. Seus dedos continuam a pressionar minha nuca para me puxar para mais perto. Meus dedos afundam entre as mechas de cabelo na sua nuca. Puxo-o para mais perto enquanto o calor nos atinge. Só quero senti-lo. Quero sentir a forma que ele me toca. É tão delicado, doce e memorável. Eu nunca teria suspeitado que ele havia machucado alguém. Nolan simplesmente não parece ser do tipo que poderia causar danos ao coração de outra pessoa. Sua mão livre desliza de meus ombros para a minhas costas. Seus dedos caminham até chegar ao botão da minha bermuda. Sua mão desliza pelas minhas pernas e um gemido irrompe do meio do meu peito. Avançando os dedos ao longo do meu quadril, seus pés começam a se
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mover. Meus pés se movem para trás, até que minhas costas batem contra o tronco de uma árvore grossa. Então, enquanto ele desliza um dedo dentro de mim, minhas pálpebras se abrem, mas as dele estão fechadas. Sua cabeça cai para a frente enquanto seus lábios pressionam contra a curva do meu pescoço. Ele realmente está me fazendo gostar de transar em público. Mas agora, não acho que o sexo seja a cura. Agora, só quero estar com ele. Só quero ele perto. — Nolan? Ele afasta-se, tirando as mãos do meu shorts ao olhar nos meus olhos. — Sim? — Não acho que hoje é realmente uma boa noite para sexo. Ele morde de volta um sorriso antes de assentir com a cabeça. — Tudo bem para mim, babe. — Você não vai ficar bravo com isso ou qualquer coisa, não é? — Pergunto, na esperança que não fique. Não quero que pareça como se eu estivesse dispensando-o. — Coelhinha — ele suspira, pressionando sua dureza contra mim. Engasgo com minha respiração, enquanto a rocha em suas calças encontra
o
ponto
ideal
entre
as
minhas
pernas,
apertando
prazerosamente. — Vou ter bolas azuis, sim, mas isso não quer dizer que vou ficar bravo. Respeito o que você quer. Se você não quer sexo hoje à noite, não vamos fazer. Embora, eu estivesse esperando por uma boa transa contra esta árvore. Meus boca escancara, enquanto minhas sobrancelhas erguem-se. — Aqui? — Eu guincho. — As pessoas podiam andar por aqui e ver! — Eu não me importo.
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— Você sabe que o sexo em público é ilegal, certo? Ele ri e revela todos os seus dentes. — Teria valido a pena quebrar a lei. Rio enquanto ele pressiona seus lábios contra a curva do meu pescoço novamente. Deus, adoro quando ele faz isso. Isso me transforma em um monte de mingau toda vez. É delicioso. — Que tal vocês dois arrumarem um quarto? Nolan se afasta rapidamente e eu suspiro quando vejo Harper e Dawson caminhando em direção a nós, ao longo do caminho de tijolos. — Vocês são malucos! — Dawson acrescenta com um sorriso largo. Nolan ri e eu mordo de volta um sorriso. — A senhora aqui quer comer alguma coisa. O que você diz de Buffalo Wild Wings? — Dawson olha para baixo e aperta as mãos de Harper. Ela sorri para ele, revelando todos os seus dentes. Uau, ela realmente gosta dele. Nunca vi o seu sorriso tão grande por um cara. Não, desde que ela namorava Bobby. — Tudo bem por mim — diz Nolan, pegando minha mão. — E você? — Confirmo com minha cabeça rapidamente. — Sim. Posso comer umas boas asas. — Legal — diz Dawson com uma vibe preguiçosa de surfista. Ele se vira com a mão de Harper ainda na sua e eles começam a caminhar em direção ao estacionamento que fica a poucos metros de distância. Pisando em frente, começo a segui-los, mas Nolan me para, segurando a minha mão enquanto me prende pela cintura.
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— Pense nisso hoje à noite — ele murmura em meu ouvido, posicionando sua virilha contra mim. As minhas pernas apertam com a sua voz que faz minhas orelhas arderem. Para ser honesta, esta noite de sexo com Nolan não parece uma má ideia.
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Capítulo Vinte e Três Buffalo Wild Wings estava muito lotado, então em vez disso, Harp e eu corremos para um mercado para pegar alguns mantimentos e prepararmos tacos para o jantar, enquanto Nolan e Dawson relaxavam e assistiam ao jogo no apartamento de Nolan. Nós decidimos que o jantar na casa dele era melhor, porque tinha um grande pátio com uma mesa onde poderíamos comer. Percorrendo os corredores do supermercado, olho cada produto até que vejo os sacos de queijo. Pego dois deles e coloco no carrinho. O meu telefone vibra no meu bolso e eu o pego rapidamente. Gracey. Abro um grande sorriso, mas então os pensamentos de Mark vêm à mente. Como é que vou contar a ela sobre o Mark? Grace pode nunca ter admitido isso, mas eu poderia dizer que ela tinha algum tipo de sentimento por Mark durante muito tempo. Hesitando, pressiono o botão atender e levo o telefone ao meu ouvido. — Alô? — Ei, boneca — ela cantarola. Pelo menos ela parece feliz. Isso tira um peso dos meus ombros. — Oi, docinho. — Ouça — diz ela e logo após há um barulho de estalo. — Desculpe. Bom chiclete — ela murmura. — Eu liguei para Mark ontem à noite. Adivinha o que ele disse!
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Oh, não. Inspiro e continuo a empurrar o carrinho. — O quê? — Quando ele voltar, quer ir a um encontro comigo! — Ela grita. Franzo a testa. — E Trey? Ela geme alto. — Foda-se Trey. Eu o odeio. Ele só me quer pela minha bunda. Mas Mark... ele é muito bom com palavras. Decidi ser ousada e enviar uma mensagem para Mark dizendo-lhe para ser direto comigo. Ele me disse a verdade, então imediatamente me chamou para um encontro. Meus olhos rolam ligeiramente. — Ouça, Gracey, há algo que eu tenho que te dizer... — Ele me disse que encontrou você aí. Desta vez, a culpa queima o meio do meu peito. — Sério? — Inspiro novamente, engolindo o tijolo na minha garganta. — O que ele disse? — Que você parece melhor do que nunca, sem Bryson. Sabe, acho que é muito estranho que eles tenham ido para aí, de todos os lugares. Eu podia jurar que disseram que estavam indo para praia de Isle Ocean para as férias de verão. — Sim. Foi o que pensei. Olha, Grace... — Nat! — Harper grita atrás de mim. Viro para encará-la enquanto ela sorri amplamente com uma caixa de Ferrero Rocher em suas mãos. — Eles têm! Estou morrendo de vontade disso! Concordo com a cabeça antes que ela vire o corredor para continuar bisbilhotando os petiscos. — Quem era? — Grace pergunta. — Harper?
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— Sim. Olha, vou te ligar hoje à noite, certo? Vou passar algum tempo com Nolan. — Além disso, continuo sendo interrompida e levo isso como sinal de que eu não deveria estar dizendo à Grace sobre a briga com Mark. — Hum. Tire uma foto para mim desta vez! — Diz ela. — Vou ligar para Mark. — Grace, não ligue. — Por que não? — Posso dizer que suas sobrancelhas estão levantadas e seus olhos castanhos arregalados com uma centelha de confusão. — Por causa... — Hesito. De alguma forma, isso se tornou muito difícil para eu dizer. — Mark me beijou. — Beijou você — ela cospe. Um rosnado baixo irrompe de sua garganta antes que ela bufe. — Que porra é essa? Eu costumava ver a maneira como ele olhava para você, mas você sempre o ignorou. — Ela geme e silêncio toma conta da linha. — Acho que tenho que achar outra pessoa. — Sinto muito, Gracey — murmuro enquanto viro meu carrinho para caminhar até a frente e procurar minha outra melhor amiga. — Será que você retribuiu o beijo? — Pergunta ela. Faço uma careta. — Não, Grace! Você me conhece melhor do que isso. Ele me atacou. Nolan bateu nele. — Nolan — ela grita, um som mais estridente e alegre do que qualquer outra coisa. Ela ri com vontade. — Eu aposto que ele chutou a bunda do Mark. Eu tenho que conhecer esse cara, Nolan. Envie-me uma foto esta noite. Estou falando sério. Mas, Nat, eu tenho que ir! Mamãe está chamando para o jantar. Vou ficar esperando uma foto.
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A ligação termina e eu suspiro enquanto coloco o telefone no bolso de trás. Dirijo-me com meu caminho até o corredor principal, mas quando vejo o cabelo liso loiro pálido, olhos azuis brilhantes e a maneira como a mão está colocada no seu quadril enquanto ela fala com a morena à sua frente, paro abruptamente. Sara Manx! Que diabos ela está fazendo aqui? Começo a virar, cambaleando meu carrinho na direção oposta, mas Harper grita: — Nat! — Novamente, eu congelo. Dirijo-me ao som da voz de Harper e encontroa em pé no meio do corredor principal, com uma garrafa de Coca-Cola e duas embalagens de refresco Kool-Aid sabor cereja. — Kool-Aid ou Coca-Cola? — Ela pergunta indecisa, seus lábios fazendo beicinho. — Calórico — diz ela levantando a garrafa de CocaCola. — Tentando muito ser saudável? — Ela levanta as embalagens de Kool-Aid com um sorriso tímido. Empurro o carrinho na sua direção, mantendo meus olhos somente nela. Agarrando-a pelo pulso, arrasto-a em direção ao corredor mais próximo. — Então, é realmente Natalie Carmichael? — A voz familiar que eu absolutamente odeio pergunta antes que eu possa até mesmo estar fora da vista de todos. — Quem diabos é essa? — Harper pergunta, puxando seu pulso quando dá um passo atrás. — Quem diabos é você? — Seus olhos estreitos em Sara. Encontrando a vontade de ser ousada, solto minhas mãos suadas do carrinho e dou um passo para trás com Harper. Fico olhando diretamente nos olhos azuis-claros, pesadamente maquiados de Sara. É uma vergonha. Ela ainda parece a mesma. Ainda repugnantemente escondida atrás de uma tonelada de maquiagem.
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Sara solta uma risada quando enfia um saco de cenouras debaixo do braço. — Devo dizer, Natalie, você parece um pouco... incompleta. — Você ainda parece completamente uma merda — murmuro entre dentes apertados. Harper fica tensa ao meu lado enquanto agarra a garrafa de CocaCola na mão. — Esta é a puta com quem Bryson te traiu? — ela pergunta. Em seguida, ri enquanto seus olhos avaliam completamente a minissaia de Sara, sua blusa rosa apertada e seu cabelo liso. — Você tem que estar brincando comigo, Nat. Será que ele realmente caiu tão baixo com esta grande inútil? Concordo com a cabeça. — Aham. Triste isso, não é?! Sara para a apenas um metro de distância de nós, enquanto a morena vem para o seu lado. Quando olho para a morena, percebo quem ela é. Madison Brewer, a ex namorada de Mark. Sorrio para ela diabolicamente, lembrando por que Mark tinha terminado com ela. Mark percebeu que, se ele não poderia me ter, ele não queria mais ninguém. Ele disse isso para mim numa noite, enquanto estava bêbado, mas eu nunca disse nada disso. — Não, o que é triste é o fato de que eu tenho o seu namorado — diz Sara. Eu tremo mas Harper balança a cabeça enquanto coloca a Coca no carrinho. — Escuta aqui, sua puta — diz Harp com mais prazer do que raiva. — Você tem cinco segundos para dar o fora da nossa frente ou eu prometo à você que o seu sangue ficará todo neste chão. Você não quer isso, não é? — Os lábios de Harper se apertam para dar um sorriso completamente sarcástico. Sara estoura em uma risada. — Uma pena, Natalie, como sempre, você tem que ter um de seus amigos para te defender. Grace, a prostituta, já era o suficiente, você não acha?
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— Sara, eu realmente não estou com disposição para você ou sua merda. — O que você vai fazer? — Ela coloca a mão em seu quadril novamente. — Chamar Bryson? De que lado você acha que ele vai ficar? E então, assim como a raiva me cega, pouco antes de eu me mover para a frente e dar o bote em cima de Sara, vejo Nolan passeando pela loja verificando os corredores. Que diabos? O que ele está fazendo aqui? — Por que eles estão aqui? — Harper sussurra em um silvo. — Eu realmente queria dar uma surra nesta cadela com você. A cabeça de Nolan vira para olhar em nossa direção enquanto Dawson segue atrás dele. Primeiro, ele está sorrindo, mas quando se aproxima e percebe como minhas bochechas estão coradas e como minhas sobrancelhas estão contraídas, seu sorriso some. Ele alterna olhares entre mim, Harper (que ainda não sabe porque Dawson e Nolan estão aqui) e depois para Sara e Madison. — Natalie, o que está acontecendo? — Ele pergunta logo que chega perto. — Uh... — Minha cabeça sacode rapidamente enquanto Sara e Madison viram na direção da voz de Nolan. Assim que o veem, seus olhos arregalam com um misto de perplexidade e adoração. Observar a forma como a baba derrama é impagável. Eu passo por Sara e Madison propositalmente, batendo fortemente os ombros nas duas antes de chegar à Nolan. — Não é nada. Por que você está aqui? — Quem são essas garotas? — Ele murmura para que só eu posso ouvir. — Apenas... umas cadelas tapadas — Resmungo. — Elas estão criando problemas? Se nós estamos interrompendo, por favor, nos ignore. Dawson e eu adoramos uma boa luta de gatas. —
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Seus lábios se espalham para sorrir e falando em Dawson, ele fica ao lado de Nolan com seus olhos firmes em Harper. — Harper, babe — ele murmura. Harper praticamente derrete enquanto corre para ele. Viro-me e olho para Sara e Madison que ainda estão nos encarando com olhos arregalados. Um sorriso de escárnio aparece em meus lábios, viro rapidamente para beijar Nolan. A princípio, ele endurece, mas quando percebe o quanto ama quando os meus lábios estão contra os dele, relaxa e me beija de volta. — Tão patético — Sara assobia sob sua respiração, mas posso ouvir a nota de ciúme nela. Eu me afasto de Nolan para virar e olhar para ela. — Faça-me um favor, — suspiro. As sobrancelhas de Sara e Madison arqueiam para cima, ao mesmo tempo, com os olhos ainda arregalados. — Diga a Bryson, que ao contrário dele, tenho feito melhor. Segurando a mão de Nolan, giro para pegar o carrinho e nós saímos andando ao longo do corredor. Nolan solta uma gargalhada assim como Dawson e Harper ri enquanto aproxima-se de mim. — Oh meu Deus, Nat! — Ela grita. — Isso foi tão brilhante. Você fez Bryson parecer uma merda completa! Tenho certeza que ela vai voltar e dizer-lhe exatamente o que você disse. Rio enquanto Dawson fica ao lado dela. — É assim que era para você na escola? — Ele pergunta. — Pior — Harper e eu dizemos ao mesmo tempo. — Bem, não se preocupe, coelhinha. Você meio que mostrou a ela. Estou feliz por ter vindo. Nós viemos para lhe dizer que você esqueceu
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sua carteira. — Nolan coloca a mão no bolso de trás para pegar uma carteira de couro sintético azul esverdeado. — Não é possível pagar sem dinheiro, babe. Minhas bochechas queimam com o calor enquanto pego-a. Continuamos a passear por corredores para pegar mais alguns itens, mas não posso acreditar o quão bem me sinto. Sinto que realmente ganhei de Sara, a vagabunda. Com ela, eu sempre senti como se estivesse dandome um gelo e pisando no meu calo propositadamente. Ela só tinha um hábito natural de ser puta... algo que eu não era no colegial. Mas agora, me sinto melhor. Agora sinto que posso dizer — fodase Bryson e foda-se Sara. — Mas, assim como meu ataque de felicidade vem à tona, uma onda de nervosismo vem também. Minha única esperança é que nós não encontremos Bryson. Sabendo que Nolan vai brigar se vê-lo me tocando, me aterroriza. Se ele brigar por mim, pode acabar deixando-me. Nolan é muito maduro para mim, a menina que acabou de sair do ensino médio. Mais cedo ou mais tarde, ele vai cair em si e dizer que não pode lidar comigo ou meu passado que está me assombrando. Lá com Sara, foi isso que senti. Que estava de volta à escola e sendo imatura, jogando em sua cara ou exibindo meu novo namorado. Na verdade, desta vez seria pior. Eu só tenho que ficar de fora de vista. Não posso encontrar Bryson novamente.
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Capítulo Vinte e Quatro Quando tiro o último prato na mesa do pequeno pátio, um longo par de braços me envolvem por trás. Calor toma conta da curva do meu pescoço, o vinco entre meus ombros, e até mesmo meus quadris. — Precisa de alguma ajuda, Coelhinha? — A voz de Nolan escorre contra minha orelha, fazendo com que o calor queime dentro de cada centímetro do meu corpo. — Não acho que você possa me ajudar daí. — Não sei — diz ele antes de dar um passo para trás. Giro e vejo como seus olhos me analisam. — Eu meio que gosto da vista de onde estou. — Mordo um sorriso enquanto me viro novamente. Ele aperta contra mim, envolvendo um braço em minha cintura. — Dawson e Harper saíram para dar um passeio na praia. — Antes que eu possa reagir, ele pega a minha mão livre e me gira para encará-lo. Fico olhando para o abismo de cinza diante de mim, enquanto meu peito afunda contra a dele. Seus olhos estão mais suaves do que nunca, mas há algo a mais dentro deles. Talvez desejo, luxúria. — Você pensou sobre hoje à noite? — Pergunta, inclinando-se para colocar seus lábios contra meu ouvido. — Hoje à noite? — Repito. — Eu pensei sobre isso, sem dúvida. — E então? — E eu não acho que esta noite seja uma boa hora. Nolan leva a cabeça para trás para olhar para mim. Primeiro, há um olhar duro, mas depois de apenas alguns segundos, ele pressiona contra meu corpo, até que minha bunda bata na borda da mesa e um sorriso apareça em seus lábios. Ele beija o meu pescoço com ternura e
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minha pele arrepia. Seus lábios, em seguida, arrastam-se para o V da parte superior da minha blusa, antes de fazer o seu caminho até a minha boca. Eu praticamente derreto em seus braços. — Não fuja, babe. Você não pode me dizer que isso não parece natural. — Só porque parece natural, não significa que deva acontecer — digo. — Sério? — Uma das sobrancelhas de Nolan levanta. Ele, então, me pega em seus braços. Limpa um lado da mesa, em seguida, me deita completamente. Seus lábios esmagam os meus imediatamente enquanto um gemido estrangula minha garganta. Quando ele me pega completamente de surpresa, é realmente difícil resistir. E eu odeio o fato de que ele sabe disso. Ele afasta seus lábios rapidamente, arrastando-os para o meu peito enquanto tenta alcançar e abrir minha calça. Como minha calça aberta, ele paira sobre mim. Chego para a frente rapidamente para abrir sua calça sem tirar os olhos dele. Seus olhos de repente se tornam tão duros como aço. Posso ver a tensão crescendo dentro dele. Há um fogo em seus olhos que está irradiando fortemente por seu corpo. Abaixando a mão, ele segura minha bochecha. — Quer ir para o meu quarto? — Ele pergunta. Concordo com a cabeça rapidamente. Um sorriso caloroso aparece em seus lábios antes que ele segure minha mão e mostre o caminho em direção ao seu quarto. Não posso acreditar que estou realmente caminhando pela sua casa com apenas uma cueca azul e branca. Entrando na sala, Nolan continua em frente, mas alguém diz: — Precisa que eu saia? — Nós dois viramos rapidamente.
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De pé na cozinha há um homem alto, com características semelhantes às de Nolan. Ele tem o mesmo cabelo escuro, mas ao invés dos olhos cinzentos de Nolan, os dele tem um toque de verde. Ele é tão em forma quanto Nolan... tão gostoso, com uma camiseta vermelha e bermuda cargo. Quando ele olha para nós com um sorriso, é quando percebo quem ele deve ser. O irmão de Nolan. — Mills? — Nolan levanta uma sobrancelha quando ele pisa na minha frente para me proteger da visão de seu irmão. — Que diabos você está fazendo aqui? Eu pensei que você estivesse com Lorie esta noite. Mills dá de ombros. — Eh, brigamos de novo. Saí antes que ela pudesse ficar muito zangada. Quem é sua amiga? — Ele pega um taco, dá uma mordida, e então seus olhos encontram Nolan novamente. — Natalie. Eu já disse a você sobre ela — Nolan diz entre dentes. — Bem, quero dizer, você já teve tantas. É meio difícil lembrar de todas elas — Mills brinca com a boca cheia de comida. Um ligeiro tremor me atinge enquanto Nolan aperta minha mão. — Mills, não comece. — O quê? — Mills dá de ombros quando dá um passo adiante com um grande sorriso em seus lábios. Acontece que eu sei tudo o que se passou com Nolan. — Natalie, não é? — Ele pergunta. Concordo com a cabeça. — Sim. — Nolan está te tratando bem? Ele não fodeu tudo ainda, né? Ele tende a estragar tudo com garotas. Minha única esperança é que ele aprenda a controlar-se logo. — Mills, cale a boca — diz Nolan através de um suspiro. — Não, sério. Será que ele forneceu-lhe uma ficha limpa? Que ele quer começar de novo? — Mills pega um copo do armário ao lado dele. —
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Eu disse a ele, se ele quer realmente se acertar com alguém, comece do zero. Não foda, não minta e não engane só porque parece que vai ser uma ótima maneira de dar o troco. — Segurando o copo, ele abre a geladeira, em seguida, abaixa para olhar dentro — Outta chá, não é? — Talvez eu devesse ir — murmuro atrás de Nolan. Nolan vira rapidamente e segura minhas mãos nas suas. — Não deixe que ele te atinja. Ele chama essas coisas de — testes. — Ele quer ver se você vai fugir — ele resmunga. — Ele acha que se você fugir, não é especial. Vai pensar que você não é forte. Mas se ficar, talvez você tem coração. Ele pode ser um saco desse jeito. — Não aja como se fosse eu quem começou — Mills intromete-se. — Você fodeu com Lorie pelo que pareceu anos antes que ela realmente começasse a gostar de estar perto de você. — Forço um sorriso antes de olhar por cima do ombro de Nolan para Mills, que agora está engolindo um copo de água. — Mas eu só estava brincando — Mills suspira. — Eu estava esperando que você cortasse a cabeça do meu irmãozinho. Que bom que você ficou firme. Mas isso foi só um dos meus muitos testes. — Ele sai da cozinha e seus olhos cintilam para nós. — Os próximos não vão ser tão fáceis. Tenho que ter certeza que você não é como o resto. — Ele pisca antes de sair da sala de estar. — Ah, e bela cueca. Desculpe ter interrompido. A mesa do pátio está suja o suficiente? — Mills ri quando ele finalmente desaparece ao virar o corredor. Meu rosto fica pálido enquanto Nolan solta um suspiro. — Sério, Coelhinha, não ligue para ele. Ele é um cara frio. Está apenas brincando. Aceno com uma risada ofegante. — Eu sei. Está tudo bem. Sorrindo, Nolan então aperta minha mão antes de dar um selinho nos meus lábios com sua delicadeza. — Vamos pegar suas calças. Acho que o sexo realmente não é para acontecer hoje à noite.
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Rimos e nós caminhamos em direção ao pátio.
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Capítulo Vinte e Cinco É noite de quinta-feira e minhas pernas estão cruzadas debaixo da mesa de café outra vez. Ajeito-me sobre a almofada e suspiro quando não consigo ficar confortável o suficiente. Mas há uma verdadeira razão pela qual não me sinto confortável. É porque estou esperando um telefonema do meu pai hoje. Quando ele me mandou uma mensagem, meu coração tinha praticamente parado de bater. Conversa séria, esta noite, Natty. Certifique-se de atender o telefone. Foi o que ele disse. Então, sim, eu estou muito chateada agora. Tudo o que posso pensar é negativo. Meu pai não me mandaria uma mensagem e diria isso. Se ele estivesse feliz, teria acrescentado um de seus rostos sorridentes bobos. Mas não desta vez. Não, ele está chateado com alguma coisa. Enquanto bato minha caneta contra meu queixo, finalmente encontrar as palavras certas para dizer:
Para ser feliz, Você tem que deixar algo ir Você libera algo arrogante Você tem que deixar-se conhecer Quando é hora de ceder Você não pode continuar à espera Quando é hora de desistir Perceba o que está errado
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Você não vai ser feliz com seu orgulho Você não vai ser feliz sem amor Você não estará sorrindo sem coração Você não vai se sentir tão livre como uma pomba O amor ainda está lá, Mesmo quando você se sente cego por ele O amor é para sempre forte Mesmo quando você quer tentar escondê-lo
O meu telefone vibra sobre a mesa, interrompendo minhas próximas linhas. Inspiro profundamente, vendo o nome — Pai — juntamente com a sua foto na tela. Largando minha caneta rapidamente e correndo para ficar em pé, pego meu telefone e caminho para a porta da varanda. Abro-a e assim que inspiro o ar da noite, Atendo. — Pai? — Respiro. — Ei, ursinha Natty. — Posso dizer que ele está sorrindo. — Você está bem? — Nunca estive melhor, querida. — Ele faz uma pausa e eu mordo meu lábio inferior, até doer o suficiente para parar. — Olha, não vou manter a tensão no ar. Sua mãe e eu conversamos ontem à noite... e eu quero dizer realmente conversamos — ele suspira por uma risada ofegante. — Nós conversamos sobre nós, sobre o que realmente estava acontecendo entre nós, e por que estávamos com raiva um do outro em primeiro lugar. E você quer saber o que nós percebemos? Inspiro mais uma vez, forçando-me a manter os olhos sobre o muro do pátio para evitar sentir qualquer tontura. — O quê? — Pergunto.
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— A conclusão foi que não sabia por que diabos estávamos discutindo, para começar. No início, pensei que era eu. E então ela pensou que era ela. Ela me culpava por querer o divórcio, mas quando eu realmente olhei para ela, quando eu realmente vi como ela se sentia, eu sabia que estava errado. Minhas sobrancelhas erguem. — O que você quer dizer? Ele suspira. — Eu quero dizer que a sua mãe não quer isso. Ela não quer o divórcio e não quer se separar. Ela só queria revidar. Ela sentia como se eu fosse descuidado quando se tratava do nosso relacionamento, mas na realidade, eu amo a sua mãe. Ela pode vencer qualquer briga entre nós e eu ainda a amo, mesmo. Ela pode dar-me um gelo e um olho roxo, mas ela ainda vai ser minha esposa. Quando eu disse as palavras — Até que a morte nos separe — quis dizer cada pedacinho dela. Não vou deixar a Darlene, Natalie. Quando o meu pai termina o seu discurso, meu coração dá dez saltos cheio de alegria no meu peito. Não posso acreditar. — Então vocês não vão se divorciar? É isso que está dizendo? — Pergunto, apertando o meu telefone em meu ouvido. — Claro que não — ele resmunga. — Eu cresci para amar uma mulher, e estou fazendo exatamente isso. Amo minha esposa e ontem à noite, tomei-a em meus braços e deixei isso claro. Acho que é o que ela estava esperando. Que eu fosse claro. — Ele suspira e tenho certeza que ele passou os dedos pelo cabelo. — Eu só não entendo por que ela achou que eu parei de amá-la. Isso é quase impossível para mim. — Sim. — Sento relaxada em uma das cadeiras do pátio com almofadadas. — Eu também não. Para ser honesta, acho que a vovó Minnie está colocando ideias em sua cabeça. Vovó te odeia e, claro, a mamãe escuta tudo o que essa mulher diz. — Não suporto essa mulher — ele rosna. — Se ela não fosse sua avó, estaria em uma casa de repouso agora.
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Rio enquanto puxo a linha solta que está presa na minha camisola bege. Papai ri comigo por um breve momento antes da linha ficar em silêncio. — Então, isso significa que não preciso me preocupar mais? — Pergunto. — Não por isso, Natty. Fiz um juramento à sua mãe, a você, e serei amaldiçoado se depois de todos estes anos, meu casamento for pelo ralo. — Bem, bem. Estou feliz, papai. — Neste momento, um sorriso está preso firmemente aos meus lábios. Estou sorrindo como em uma grande brincadeira, mas não posso me sentir melhor de ouvir isso. É um grande alívio pra mim. Temia esse momento ao telefone, mas agora estou feliz que isso aconteceu. Fico feliz que meu pai lutou por aquilo que ele realmente ama. E essa é a minha mãe, Darlene Missy Carmichael. — Sim — disse ele através de um suspiro. — Então, como estão as coisas em Miami? Quando é que você vai nos visitar novamente? Sua mãe sente sua falta. — As coisas estão realmente boas agora, pai. E eu não tenho certeza. Talvez perto de Ação de Graças. — Não... há... namorado ou problemas com garotos, há? Rio e quase posso imaginá-lo tentando manter uma cara séria. — Nenhum pai. Tudo está bem. Apesar de eu não conhecer bem esse cara. — Nome? — Nolan. — Nolan é um gostoso, como você e Grace costumavam chamar esses caras na TV?
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Rio só de pensar em como Gracey e eu costumávamos gritar por Jason Mraz. Ele tinha uma voz de matar. — Nolan é realmente bonito, pai. — Bem, só não se machuque por este cara, Nolan. Lembre-se, eu fui um cara uma vez. Nós nos esforçávamos para apenas uma coisa em uma idade tão jovem. Eu gemo. — Ok... chega, pai. Acho que entendi. — Balanço minha cabeça enquanto levanto da minha cadeira. — Estou dizendo, Natty. Naquela época, olhar para sua mãe me fazia apenas querer... — Oh meu Deus! Pai, pare! — Grito, tentando o meu melhor para engolir um sorriso. Ele ri muito enquanto volto para o apartamento. — Eu te amo, Natty. Sua mãe deve ligar mais tarde. — Eu também te amo, papai. Beije-a para mim esta noite. — Estou pensando em fazer muito isso... Rindo, desligo antes que ele possa terminar a frase. Meu pai nunca se esforçou para esconder o fato de que ele e minha mãe tinham toneladas de sexo. Às vezes era bom eles entenderem que o sexo é natural, mas quando eles começavam a falar sobre isso, tinha que sair da sala porque as coisas ficavam muito estranhas. Voltando à mesa, sento com as pernas embaixo dela e começo a escrever novamente, desta vez com um propósito mais feliz. **** Rodadas de aplausos enchem a sala, e apesar de eu não ganhar, tenho orgulho da vencedora. Kelly Sparks. Pernas longas, cabelo
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castanho encaracolado lindo, lábios cor de rosa brilhantes, e um corpo pelo qual eu morreria. Além disso, era muito doce. Ela merecia isso. Saindo do palco com meus saltos altos de lantejoulas vermelhas que combinavam bem com o meu vestido vermelho rubi, fui para o vestiário feminino. Peguei minhas coisas sem sequer me preocupar em trocar de roupa. Estava pronta para ir para casa. Depois de um dia inteiro de trabalho ensaiando e terminando em quarto lugar no concurso, eu estava exausta. Não acho que o quarto lugar seja muito ruim. Estava apenas feliz por ficar na frente de Sara. Antes de sair do vestiário, vi Sara chorando muito, com suas melhores amigas Madison Brewer e Danielle Lucas esfregando suas costas. — Saiam de cima de mim — Sara rosnou quando se afastou delas. — Eu deveria ter ganho essa merda. Deveria ter começado o meu caminho para o topo, como a minha mãe me disse para fazer. Essa fita e tiara deveriam ser minhas! Silenciosamente, abri a porta. Sorri para mim mesma por todo o caminho
através
dos
corredores.
Algumas
pessoas
deram
suas
condolências e disseram — parabéns — e — grande trabalho — mas eu estava mais do que aliviada que toda a atenção não estava em mim. Kelly merecia. Ela não era popular, mas era linda. Não era uma líder de torcida ou uma garota sexy. Era apenas uma garota normal que estava envolvida no comitê do anuário e até mesmo na equipe de debate. Ela tinha metas, sonhos e isso é o que eu amava nela. Seu discurso foi emocionante e seu foco era em si mesma. Luzes e flashes de câmeras brilhavam e, no momento, eu só queria ver minha mãe. Meu pai estava lá. Eu o vi no meio da multidão parecendo tão perdido como sempre. Eu deveria ter ficado chateada com o fato de que minha mãe não estava lá, porque foi ela quem ensaiou comigo e escolheu meu vestido e sapatos, e tinha se prontificado a arrumar meu cabelo. Eu
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poderia ter ficado brava com ela, mas não estava. Ver meu pai era suficiente. E de certa forma, não queria que ela se decepcionasse. Minha mãe sempre se esforçou para ser uma vencedora. Nada menos. Mesmo quando eu disse a ela que fiquei em quarto lugar, ela não estava satisfeita com isso e sei que se eu tivesse mais um ano na escola, ela teria me feito ir apenas para tentar de novo. Mas eu não me importo. Estava feliz por estar entre as cinco primeiras, pelo menos. Quando saí, o ar do outono me atingiu, mas não era necessário para mim ter um casaco. Caminhei no canto, segurando minhas chaves e indo para o meu Camry branco, mas quando estava chegando, alguém já estava lá. Ele usava calça jeans escura, uma camiseta preta dos Rolling Stones, e um boné de beisebol cinza na cabeça que encobria seus olhos. Eu não conseguia ver nada, mas o seu sorriso fascinante fez meu coração tropeçar nas batidas. Quando ele se afastou do carro, seus sapatos bateram contra o asfalto e sua mão prendeu em volta da minha cintura. Ele pegou as coisas das minhas mãos para colocá-las no porta-malas do meu carro, em seguida, esmagou seus lábios contra os meus. Sua língua tinha gosto de cerveja e amendoins. Imediatamente me afastei dele e puxei seu boné de beisebol para ter uma visão clara de seus olhos. — Bryson, você andou bebendo? — Só um pouco — ele murmurou, seus lábios ainda formando um sorriso. Mordi meu lábio inferior quando ele me puxou para mais perto. — Você dirigiu bêbado até aqui? — Eu não estou bêbado, Natalie. — Assim que ele disse isso, cambaleou um pouco. — Apenas... tonto, eu acho.
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— Você não está tonto. Está bêbado — atirei. Virei-me para fazer a varredura do estacionamento e vi sua moto prata cromada que sua mãe tinha dado a ele como um presente de aniversário antecipado. Minha cabeça virou para olhá-lo novamente. Se ele estava de moto, só significava que estava indo novamente ao Moe com alguns amigos mais velhos que estavam na faculdade. No bar do Moe, eles não verificavam a identidade. Eles ignoram a lei. — Bryson, acho que eu deveria levá-lo para casa. Podemos pegar sua moto de manhã. — Afastei-me dele para tirar minhas coisas do portamalas, mas antes que eu pudesse abrir a porta de trás do meu carro, Bryson pressionou contra mim e meu peito empurrou contra o vidro. — Bryson — Eu me esforcei para dizer. Mal podia respirar. — O que você está fazendo? — Quero fazer. Aqui, Natalie. Esperei a noite toda por isso. — Não. — Balancei a cabeça, em seguida, virei para encará-lo. Não sei como consegui virar, considerando o fato de que não havia o mínimo de espaço entre nós. As mãos de Bryson seguravam as laterais do meu corpo e me prendiam. Seus olhos esmeralda estavam encobertos, mas duros. Seu olhar deixou o meu para focar no meu peito, em seguida, na curva dos meus seios em meu vestido. Normalmente, quando o via olhando para os meus seios, me sentia bonita, mas agora, estava com medo. Ele estava olhando para mim como se quisesse me pegar contra minha vontade. — Bryson, sério. Vamos. — Tentei empurrá-lo passando por ele ao mesmo tempo, com o objetivo de manter minha voz firme, mas ele permaneceu na minha frente. — Você não vai me levar para casa, Nat. Bem aqui. Agora. — ele exigiu. Engoli em seco, enquanto as lágrimas se formavam nos meus olhos, mas assim que ele as viu, me soltou e segurou meu rosto. Mantive o meu olhar baixo para segurar as lágrimas. — Não chore, Natalie. Você não me ama? — Questionou.
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Como uma idiota apaixonada, eu assenti. — Então, por que não podemos fazer amor aqui. Agora. No banco de trás. Há muito espaço. Preciso liberar. Preciso sentir cada parte de você. Senti sua falta. Eu balancei a cabeça novamente. Embora não tenha percebido isso na época, ele estava apenas usando o amor como desculpa. Ele sabia que eu faria qualquer coisa por ele. Que faria tudo o que ele quisesse. Fui uma tola no amor. Só queria ser desejada por ele. — Tudo bem — respirei através de um outro aceno de cabeça. — Essa é a minha garota — disse, em seguida, puxou-me contra ele para abrir a porta do meu carro.
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Capítulo Vinte e Seis Não foi nenhuma surpresa quando acordei com lágrimas nos olhos. Durante a noite toda, estive pensando sobre isso. Durante a noite, percebi a verdade. O que Bryson e eu tínhamos, não era amor. Nós não estávamos apaixonados e ele não poderia ter me amado, porque quem ama não força alguém com quem compartilha o coração. Sou uma idiota. Odeio ter feito isso comigo mesma. Pegando uma toalha do meu cesto de roupas, corro para o chuveiro. Após cerca de quinze minutos, enrolo a toalha em torno de mim e seco meu cabelo. Ao olhar no espelho, é quando percebo que estou chorando. Tenho feito isso desde que pisei no banheiro. Honestamente, não posso acreditar em mim mesma. É uma pena que tudo tenha acabado para que eu encarasse os fatos. Estive mentindo para mim mesma há quatro anos, apenas para encobrir Bryson. Queria que ele fosse o namorado perfeito, o amigo perfeito. Não queria que nenhum de seus defeitos ficassem no nosso caminho, então ignorei. Ignorei tudo nele que me deixava desconfortável. Se soubesse o quão estúpida eu estava sendo, teria terminado com ele muito antes de dois meses atrás. Corro para o meu quarto e pego meu telefone rapidamente. Disco o número de Grace e ela atende após o segundo toque. — O que aconteceu com a minha foto — ela lamenta. — Sinto muito, Grace. Esqueci. Ela geme. — Perdoada. Acho que ele é realmente muito feio e você não quer que eu o veja. Tudo bem se for. Caras feios costumam ter corações amáveis.
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Costumo rir de algo assim, mas não faço. — Grace, tenho uma pergunta e quero que você seja completamente honesta comigo agora. Ela faz uma pausa. — Tudo bem. — Quando eu namorava Bryson... você não notou nada... errado? — O que você quer dizer? — Ele parecia controlador, nervoso, manipulador? Será que eu parecia ser seu fantoche? Grace fica em silêncio. Espero ela responder por quase dez segundos antes de dizer seu nome. — Grace, por favor, seja honesta comigo. — Nat, eu nunca quis dizer nada. Bryson tinha um jeito abusivo. Todos nós sabíamos disso. Ele nunca bateu em você ou qualquer coisa, pelo menos espero que não, mas quando ele dizia venha, você ia. Quando dizia correr, você fugia. Quando ele dizia salte, você pulava. Ele era seu dono à sua própria maneira. Você fez tudo o que ele disse. Às vezes, isso me assustava. Você assim me assustava. Ao ponto de eu não gostar de falar sobre ele mais. Você estava apaixonada, Natalie. É o que acontece. Ficamos cegos por meses, anos, e que nem sequer percebemos isso. Quero falar. Quero dizer algo sobre isso, mas não posso. Algo está mantendo as palavras presas. Talvez seja a minha garganta seca, que de repente se tornou áspera. Ou talvez sejam minhas lágrimas que estão me cegando mais uma vez. Sento no canto da minha cama, enquanto as lágrimas derramam incontrolavelmente. Realmente não posso acreditar em mim mesma. Não posso acreditar em Bryson. — Está tudo bem, Natalie — murmura a Grace. — É uma lição. Estou feliz que você tenha percebido isso. Eu estava com medo de que um dia ele realmente acabasse batendo em você. Então eu teria que acabar com ele.
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Engasguei com um soluço e uma risadinha. — Eu me sinto a porra de uma imprestável, Grace. Eu o amava... — Você pensou que o amava — ela corrige. — Não era amor, Natalie. Ele só queria que você acreditasse que era. Lamento dizer, mas Bryson tem esse tipo de efeito sobre as meninas. Ele tinha você na palma da mão. — Mas tudo o que posso lembrar é o lado bom dele. — Isso acontece — observa ela. — Nós só armazenamos o bem. Nunca o ruim. É do ser humano. Nós não queremos enfrentar a realidade, apenas bloqueá-la e ficar com o melhor que temos. Balanço minha cabeça. Todo esse tempo, fui uma espécie de boneca sexual inflável para Bryson. Agora que penso nisso, Bryson e eu transamos quase todos os dias. Já no primeiro mês que o conheci, ele pediu para fazer amor comigo até que eu finalmente cedi. Éramos apenas calouros, mas eu ainda acho estranho que ele possa ser assim depois de tantos anos. E é uma pena, porque ele não mudou em nada. De calouro até o último ano, Bryson era o mesmo. Agora, não posso acreditar que eu mesma comparei-o a Nolan. Nolan não é assim. Todas as vezes que Nolan e eu estávamos juntos, nem uma vez ele me forçou. Ele podia ser manipulador e tentar, mas não fez. Ele pode me deixar tão excitada quanto queira, pode me provocar até que eu não aguente mais, mas nunca foi contra a minha vontade. Uau. Quando isso me ocorre, pulo da cama e corro para o meu armário. — Grace. Vou ter que te ligar mais tarde. — Desligo, nem mesmo dandolhe tempo suficiente para dizer alguma coisa. Embora o que estou prestes a fazer pode causar ainda mais danos a mim mesma, tenho que fazer. Tenho que ir.
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Capítulo Vinte e Sete Com os meus pneus girando perto do meio-fio, um ligeiro pânico toma conta das minhas emoções imediatamente. A casa de praia é de dois andares com uma varanda na parte superior. Vários carros estão estacionados em torno da casa, junto com algumas motos. Saindo do carro, coloco a minha mão sobre os olhos para bloquear o sol. Tenho um tijolo na minha garganta quando vejo o Jeep Wrangler verde estacionado na garagem. É uma vergonha como esse carro é o que mais se destaca para mim. — Ok — eu respiro. — Eu posso fazer isso. Agarrando as minhas chaves na mão, caminho através dos carros e motos para chegar à varanda da casa. É por volta das nove e meia da manhã e tenho certeza que ninguém vai me notar, já que nestas festas de formatura, eles agiam como se não houvesse amanhã, mas não tenho outra escolha. Recuso-me a esperar, porque se isso acontecer, vou pensar muito sobre isso e não vou fazer nada. Eu vou me arrepender da minha decisão. Quando encontro a porta branca alta, hesito em meu próximo passo. Tiro minha franja dos meus olhos, respiro fundo, e então avanço para bater. Primeiro, tudo está silencioso. Não consigo ouvir nada lá dentro. Mas depois de apenas alguns momentos, ouço passos e com cada um deles, meu coração bate contra meu peito. Ouço a fechadura da porta tilintar, o deslizar da chave e depois ela se abre rapidamente. Reconheço o peito esculpido e o shorts de basquete branco pendurado em seus quadris, ergo meu olhar rapidamente para encontrar os olhos azuis claros, de Mark.
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— Oi — suspiro. Com um lábio inferior preso, Mark sorri enquanto se inclina contra o batente da porta. Seus braços cruzados enquanto olha meu shorts branco, minha blusa amarelo-creme e meu coque propositalmente bagunçado. — Demorou bastante. — Tanto faz — gemo. — Não pense que você está perdoado, porque não está. Ele suspira enquanto seu sorriso presunçoso desaparece. — Eu sei. Natalie, estou muito arrependido. Eu lembro, mas não posso acreditar que realmente fiz isso com você. Eu mantenho minha boca fechada, recusando-me a falar sobre isso. — Bryson está aqui? Ele levanta uma sobrancelha. — Foi pra isso que você me ligou esta manhã? Bryson? — Ele resmunga. — Eu tenho que falar com ele. É importante. Mark afasta-se da porta enquanto descruza seus braços. — Bem, boa sorte com isso. Ele está lá em cima com sua — melhor amiga. Franzo a testa, sabendo que ele está sendo sarcástico ao se referir a Sara. — Você pode ir chamá-lo e dizer-lhe para sair ou algo assim? — O que, para que Sara me ataque pelas minhas costas enquanto durmo — ele brinca. — Acho que não. Entre, Nat. Nós não vamos morder... mas Sara poderia. Gemo, mas ao mesmo tempo estou debatendo. Se isso não fosse tão sério, eu diria foda-se e sairia. Mas é sério para mim e nós precisamos conversar. É quase obrigatório. — Tudo bem. — Mark se afasta e eu passo por ele.
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Assim que entro, vejo alguns corpos deitados no tapete. Copos vermelhos e garrafas de vidro, que tenho certeza que já foram preenchidos com álcool, estão espalhados pelo assoalho de madeira de lei. Cigarros enrolados de maconha estão em cinzeiros em cada mesa, junto com bitucas de cigarros. Deve ter sido um inferno de uma festa na noite passada. — Ignore a bagunça — diz Mark enquanto passa por mim. — Siga-me. — Ele se vira para indicar o caminho até as escadas e eu o sigo, mas de repente, não estou tão certa sobre este plano. De repente, sinto que estou sendo levada para um calabouço cheio de dragões. Sei que Sara está deitada na mesma cama que Bryson e com o pensamento sinto um arrepio, porque se ele não tivesse fodido tudo, seria eu deitada em seus braços. Arrasto-me atrás de Mark, que continua até outro lance de escada e depois pelo corredor até que para em frente ao último quarto do lado esquerdo. — Oh porra, sim, Bryson! Meus olhos se arregalaram imediatamente quando dou uma parada brusca no meio do corredor. Foi Sara? Ele realmente está transando com ela agora? Só de pensar neles dois juntos, me rasga ao meio. — Merda — Mark sibila debaixo de sua respiração. Começo a virar, pensando em descer as escadas correndo, bater à porta do carro atrás de mim, e acelerar para casa com lágrimas me cegando, mas Mark me para antes que eu possa alcançar as escadas. — Que porra você está fazendo? — Rosno. — Deixe-me ir. — Bryson! Oh, Deus! Mais rápido! — Sara grita.
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Ouvi-la, realmente me faz querer vomitar enquanto choro ao mesmo tempo. Tento empurrar Mark para fora do meu caminho, mas ele mal tropeça. Sua mão continua apertando meu braço enquanto eu puxo para ele me deixar ir. — Mark, me solta! — Lágrimas picam meus olhos, mas me forço a manter meus olhos focados na mão grande de Mark, que ainda me agarra. — Nat, calma! Não vou deixar você sair assim. Você tem que superar isso. Você tem que superá-lo! Já se passaram dois meses! Faço uma careta para a mão de Mark. Apesar de ele estar certo, é mais fácil dizer do que fazer. Quero muito esquecer Bryson. Quero deixar todos os sentimentos de lado e apenas superá-lo como uma mulher de verdade deveria. Quero enfrentar meus medos de falar com ele em particular, mas não posso. Odeio o fato de que uma outra menina está lhe tocando, porque não muito tempo atrás, ele era meu. Não muito tempo atrás, estávamos juntos e éramos felizes... ou assim eu pensava. Mark me puxa e segura com força. Ainda estou com raiva do que ele fez para mim há dois dias na praia, mas decido cair contra ele, porque ele é a minha única opção de permanecer sã no momento. As lágrimas derramam enquanto Mark cantarola e me pede calma. — Nat, está tudo bem. Você quer que eu o traga para fora? — Não! — Eu grito quase que imediatamente, enquanto me afasto. — Não, Mark. Você realmente acha que eu quero falar com ele depois que acabou de foder com ela? Claro que não! — De qualquer forma, você não teria falado com ele, Nat. Ele está transando com Sara desde que chegamos aqui. Você sabia disso antes de vir. Não seja dramática. Minhas sobrancelhas erguem enquanto fuzilo Mark. Ele dá de ombros, e é quando percebo que Sara parou com seus gritos e gemidos.
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A porta abre e meu coração pula na minha garganta rapidamente. Quero recuar e descer as escadas, mas quando vejo Bryson sem camisa, revelando seu abdômen saudável com um brilho de suor, de alguma forma não consigo. Seus olhos verdes arregalam quando encontra os meus e vê Mark, ele passa a mão pelo cabelo escuro espetado. Fecha a porta atrás dele rapidamente antes de juntar-se a nós. — Nat, o que você está fazendo aqui? — Bryson pergunta em um sussurro. — Você está chorando? — Seus olhos se estreitam. — Não precisa sussurrar — Mark suspira enquanto eu limpo as lágrimas dos meus olhos. — Você e Sara praticamente acordaram toda a casa. Bryson dá a Mark um olhar irritado, mas Mark simplesmente dá de ombros quando se vira em direção as escadas. Agora, quem me dera fazer o mesmo que ele. Ir embora. Agora, é difícil conversar, falar, respirar. Enquanto estou em pé na frente de Bryson, ainda não posso acreditar que passei por isso. Sinceramente, sinto que estou sonhando e preciso ser beliscada muito forte para saber o quão estúpida foi esta decisão. Enquanto Mark desce as escadas, viro-me para encontrar o olhar confuso de Bryson novamente. — Eu acho melhor voltar outra hora — murmuro antes de virar. Quando me viro, Bryson pega minha mão. — Natalie — Meus olhos encontram os dele novamente e agora eles estão implorando. — Não vá. Por favor. Eu não sabia que você estava vindo. — Não importa. Ele engole antes de puxar a mão. — Por que você veio aqui, então? Balanço a minha cabeça, porque pelo seu tom de voz, sei que ele está tentando me atingir. Está tentando me fazer sentir culpada por
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aparecer. — Eu queria conversar com você sobre nós e como nosso relacionamento era antes. — Você quer namorar de novo? Nat, eu queria falar com você sobre... — Não, Bryson. — Nego com minha cabeça, cortando sua frase curta. — Não é o que vim falar. Não quero você de volta. E nunca vou. — Momentos depois que as palavras saíram, é quando percebo o quão duro elas realmente soaram. Os olhos verdes de Bryson se tornar brilhantes enquanto ele olha para mim. Passando os dedos pelo cabelo, ele pressiona seus lábios fortemente. — O que você quer falar, então? Faço uma pausa enquanto olho dele para a porta do quarto que ele saiu há apenas alguns segundos atrás. — Não quero falar aqui. Vou te dar três minutos para se arrumar e me encontrar no meu carro. — Viro e pego as chaves antes de dar um passo para baixo. Olho por cima do ombro e vejo Bryson ainda olhando na minha direção, com a boca entreaberta. — Depressa — exijo, antes de desaparecer completamente da sua vista.
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Capítulo Vinte e Oito O som do tilintar de pratos chocalha em meus ouvidos, junto com o chiado do meu sangue. Segurando meu Frappuccino de creme com morango, meus olhos encontram os de Bryson lentamente. Claro que ele já está olhando para mim, mas seu rosto é ilegível. Não posso dizer o que ele está pensando, porque todos os traços em seu rosto estão sem emoção. — Então, eu deveria começar a falar ou o que? — Ele pergunta. — Não — nego com minha cabeça. — Só estou tentando encontrar as palavras certas para dizer. — Tenho certeza que você já tem o que quer dizer na ponta da língua, Nat. Você nunca foi do tipo de enrolar. Meus lábios pressionam em torno do canudo, enquanto engulo devagar. Pedaços de gelo escorrem pela minha garganta antes de se transformar em um calor suave. — Certo — digo ao colocar meu copo em cima da mesa. — Por que você fez isso? Ele levanta uma sobrancelha. — Melhor ainda — digo para me corrigir. — O que havia de errado comigo? — Nada estava errado com você — diz ele rapidamente. — Eu juro, Nat, eu não sabia o que fazer. Você sabe como é para mim. As pessoas me observavam. Eu era o quarterback, a estrela de West Ashley. Todas as faculdades estavam montando meu pau só para me fazer assinar com elas.
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— Isso não tem nada a ver com o porquê você me enganou, Bryson, — murmuro entre dentes parcialmente cerrados. — Nat... — Ele afasta seus olhos verdes dos meus. Ele olha ao redor da cafeteria antes de voltar a olhar para fora da janela, enquanto alguns pedestres passam. — Tudo bem. Quer saber a verdade? Cruzo os braços. — Por favor. — Não havia nada de errado com você, Natalie. Era comigo. Sei que parece clichê, mas era eu. E essa é a verdade. Eu amo você, mas as coisas estavam virando de cabeça para baixo. Minha mãe mal estava lá para conversar e havia todas aquelas festas. Eu te traí com Sara na noite dessa primeira festa em casa que nós demos. Estava indo para cima para encontrá-la, mas eu não podia. Quando chequei ao quarto da minha mãe, Sara estava deitada em sua cama, seminua. Ela estava completamente fodida. Tentei levá-la para fora do quarto, pois estava fora dos limites, mas ela se jogou em mim, caramba, eu sou um cara, Natalie. Se uma menina puxar suas calças para baixo e chupar seu pau, nós não vamos parar. Seus olhos verdes piscam enquanto me encolho. Afasto meu olhar para longe do seu quase imediatamente, encarando meu Frappuccino. Naquela noite, notei que ele estava estranho. Perguntei-lhe o que estava errado e se ele queria acabar com a festa mais cedo, mas ele disse que não. Ele me disse para relaxar com a Grace, enquanto agia como anfitrião. Mas eu deveria ter desconfiado. Agora, sinto que é minha culpa, porque ele não conseguiu me encontrar. Em vez disso, ele encontrou Sara e comeu-a. Foi no nosso primeiro ano. — Eu só não entendo, Bryson. Você jurou que me amava, mas transou com ela constantemente pelas minhas costas. — Natalie, eu sinto muito. Juro que tentei parar. — Ele alcança minha mão através da mesa e, surpreendentemente, não me afasto. — Nat, o que fiz foi errado. E sei que você está pensando que desde que
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estou com ela, eu não gosto mais de você, mas eu te amei pra caralho. Amei do fundo do meu coração. Como atleta, é difícil se concentrar em uma garota. É difícil ser fiel quando as mulheres se atiram em você. Você acha que é fácil andar pela cidade e todas as mulheres saberem o meu nome? Você era mais do que suficiente para mim, mas eu fui um idiota. Todos os dias, eu penso em você. E todos os dias eu sei que estraguei tudo. Sinto sua falta, Nat. Eu quero tanto você de volta. Meus olhos se arregalam e se enchem de lágrimas, mas me forço a morder o lábio e olho para o meu colo para evitar que caiam. Puxando a minha mão lentamente, viro minha cabeça e olho para fora. Algumas pessoas passam mas, honestamente, é apenas um borrão. Agora, não estou pensando. Agora, não sei o que sentir. Amei Bryson, mas sei que nós nunca vamos acontecer de novo. Sei com certeza que ele vai continuar o que está fazendo. Não vai mudar. Suspiro quando olho para ele de novo. — Eu te perdoo — digo. Seu rosto se ilumina, ele estende uma mão para mim de novo, mas me afasto, mantendo-o na minha frente, sinalizando para ele parar exatamente onde está. — Eu te perdoo, mas não vamos voltar, Bryson. Sempre te amarei, mas você me rasgou em pedaços. Você praticamente me matou por dentro. Você me fez sentir pior que uma merda. — Nat, me desculpe — ele implora. — Não se desculpe. Sua boca fecha enquanto sua mão recua. — Sabe, sempre vi o seu lado bom. Sempre quis que você fosse o destaque dos meus dias, e você era, mas agora que estamos separados, percebo o quão estúpida eu era. Sei que você não me amou, como agora. A única razão de você me amar tanto agora, é porque não pode mais me ter de volta. Realmente não sabia o que fazer comigo mesma. Às vezes, gostaria apenas de pedir para dormir para sempre. Mas agora que estou
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sem você, sei com certeza que o que tínhamos não era amor, Bryson. Você me manipulou milhões de vezes e eu nem sequer percebi isso. — O quê? — Seu rosto se contorce. — Manipulei você? Eu não fiz nada de errado. — Sim, você fez! — Minha voz levanta um tom e algumas pessoas viram a cabeça em nossa direção. Minha boca fecha antes de encontrar os olhos de Bryson novamente. — Sim, você fez — sussurro em um silvo. — Eu era praticamente sua cadela. Você dizia que me amava e depois me fodia. Você olhava nos meus olhos e dizia isso. Foi por isso que eu pensei que era real. Bryson suspira quando cruza os braços e olha para longe. — Isso é uma mentira da porra — ele rosna. — É mesmo? — Estalo. — Por que você está ficando chateado com isso, então? Se estou mentindo, por que você está ficando tão na defensiva? — Porque você está mentindo! — Ele ruge. Desta vez, todo o café olha para nós, até mesmo os funcionários. — Eu nunca fiz nada para você, Natalie! Porra, eu te amei! Estraguei tudo uma vez e você vai ficar jogando isso na minha cara? A cadeira de Bryson se afasta da mesa, raspando contra o chão. — Realmente não sei nem por que diabos vim aqui com você. Eu sabia que você me culparia por tudo. Você sabe que eu te amava, porra, então não me venha com essa besteira. — Passa como uma tempestade por mim e antes que eu perceba, o sino acima da porta toca, deixando-me saber que ele saiu do café. Minha boca se fecha em um semicírculo enquanto olho para a minha bebida. Não posso acreditar que ele está tentando virar isso contra mim. Mas agora percebo, ele sempre fez isso. Sempre que eu ia enfrentálo, ele sempre fugia da briga ou me fazia sentir como se a culpa fosse
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minha. Todo esse tempo, fui cega. Mas pelo quê? Seu pau? Eu estava realmente tão perdida no desejo, que não podia ver o que estava acontecendo com clareza? Estava bem na minha cara o tempo todo, mas eu nem sequer percebi isso. Observando Bryson virar a esquina de um edifício, meu coração aperta e as palmas das mãos ficam úmidas. Honestamente, me mata saber que o que tínhamos não era real. Agora eu me sinto idiota. A única razão dele estar tão chateado, é porque ele sabe que é a verdade. Ele sabe que o que me fez nesses quatro anos era errado. Mas, em vez de ficar sentada, saio da mesa e corro para fora do café. Corro para virar a esquina do edifício que Bryson virou, até avistálo andando para o beco em direção à praia. — Bryson! Nós não terminamos de falar! Ele vira rapidamente, com os punhos cerrados. — O que diabos você quer de mim, Natalie? — Por que você não me diz a verdade! — Corro em sua direção até que estou apenas alguns centímetros de distância. Seus olhos cor de esmeralda estão brilhando com intensidade. Sua mandíbula enrijece rapidamente enquanto olha furioso para mim. — Quero saber se você estava realmente apaixonado por mim. Pelo menos se você me disser, não vou ficar presa a isso. Passando a mão pelo cabelo escuro, ele bufa ao dar um passo para trás. Permito que meus olhos falem por mim, porque realmente quero uma resposta. Preciso saber se o que tínhamos era apenas uma mentira com benefícios. — Houve um momento em nosso relacionamento, que eu estava apaixonado por você, Natalie. Mas à medida que ficava mais velho e comecei a ser notado, isso desapareceu. — Meu estômago aperta porque ouvir é pior do que realmente pensar sobre isso.
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— Calouro, estudante de segundo ano, e no início do terceiro ano, eu sabia que estava apaixonado. Mas durante o meio do terceiro até o último ano, a merda começou a ficar difícil para mim, a minha família, futebol, e até mesmo a fidelidade. Simplesmente não conseguia ser fiel a você. Não que fosse uma menina terrível, você foi incrível e ainda é, eu só sabia que não te merecia. Sabia que eu não era a pessoa certa para você. Nunca consegui descobrir as coisas certas para dizer a você, então tentei ficar distante. Tentei deixar rolar. Eu queria que assim acontecesse, assim você poderia me deixar. Não podia segurá-la mais. Não queria um relacionamento com ninguém. Mas agora me arrependo. Nat, eu perdi minha bolsa de estudos. Pisco rapidamente antes de minhas sobrancelhas subirem. — O quê? Como? — Sara e eu dirigimos bêbados. Fomos presos, mas a minha mãe socorreu-nos. Ainda bem que ela é uma advogada, não é? — Ele suspira enquanto seus olhos viajam até olhar por cima do meu ombro. — Eu estraguei tudo, Natalie. E sinto muito. Sinto sua falta como o inferno, mas agora sei que você não precisa de mim. Sinto muito por desperdiçar seu tempo. Desculpe por ser um completo idiota para você. Eu te amei, mas não da maneira que você me amava. Eu estava apaixonado, mas acabou. Depois disso, eu só tinha amor por você. Enquanto ele permite que as palavras saiam, meu coração pula uma batida. Engasgo com um suspiro e minha próxima respiração enquanto ele alcança minha mão. — Eu sinto muito, Natalie. Nunca quis machucar você. Continuando a olhar para ele, é quando percebo que minha visão ficou embaçada. Tudo é confuso e, por um momento, sinto-me completamente e totalmente inútil. Lágrimas pingam e correm ao longo das minhas bochechas quando eu finalmente encontro força de vontade para dar um passo atrás e dar uma respiração profunda.
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— Eu entendo, Bryson — murmuro. Ele acena com a cabeça enquanto desvia o olhar. — Nada disso foi intencional. A vida e a realidade atravessaram meu caminho. Sei que você nunca vai me ver como o mesmo, mas eu sinto muito. Estraguei tudo. Perder você será a coisa que mais me arrependo na vida. — Bryson, em seguida, faz o inesperado. Me puxando pela cintura, ele envolve seus braços em mim. Ele me aperta contra o peito e, assim, estou chorando de novo. Senti falta de seus abraços. Senti falta de seu toque. Perdi tudo dele. Mas não posso continuar à espera. Pelo menos tenho as respostas que estava querendo. Pelo menos agora não vou ter que mentir para mim mesma sobre qual foi o problema. Sempre pensei que eu era o problema, mas estava completamente errada. Ele era o seu próprio problema. Todos os dias eu quis chutar suas bolas, dar uma joelhada em seu intestino e bater em seu rosto. Todos os dias desejei mal a ele, porque sempre senti que era inútil para ele. Senti como se eu fosse nada, já que ele me traiu com uma cadela que não era nada parecida comigo. — Eu juro, sempre vou te amar, Nat. Terminar será difícil para nós dois, mas eu quero que você se esqueça de mim e comece de novo com alguém que vale a pena para você e seu tempo. Eu não valho a dor de cabeça. Concordo com a cabeça contra o peito dele e lembranças de Nolan imediatamente me vêm à mente. Minhas pálpebras se abrem enquanto me afasto dele, limpo as lágrimas dos meus olhos, e agarro as minhas chaves. — Eu tenho que ir — murmuro. — Há algo que eu tenho que fazer. — Claro. Vou ligar para Mark e dizer-lhe para me pegar — diz ele, enquanto começo a dar passos graduais para trás. Concordo com a cabeça, em seguida, saio correndo para voltar ao estacionamento. ****
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Fechando a porta do carro atrás de mim, corro para as escadas de madeira. Subo até estar em frente ao apartamento C. Bato com força, permitindo que meus punhos liberem minha adrenalina. Agora, não estou pensando. Agora, só estou fazendo o que é... natural. Assim que a porta abre, eu entro, Nolan arregala os olhos quando fecho a porta e jogo meus braços em volta de seu pescoço. Esmago meus lábios contra os dele e despejo tudo o que sinto. No momento, eu só o quero. Agora que penso nisso, Nolan nunca fez merda. Nunca me fez sentir como se eu não pudesse ser eu mesma. Ele quer ser amado, assim como eu. Eu estava com tanto medo, tão apavorada e tão preocupada que ele seria pior do que Bryson. Mas com amor, vem um preço. Ou vale a pena, ou não. Só espero que Nolan valha muito mais do que tudo o que passei. Nolan finalmente afasta seus lábios, mas suas mãos seguram meu queixo com força enquanto acaricia minhas bochechas com os polegares. — Natalie, o que aconteceu? Por que você está chorando? Balanço minha cabeça, me odiando por estar mostrando-lhe minhas lágrimas. Fiquei assim durante todo o dia. Sou um desastre emocional completo. Ouvir Bryson dizer aquelas coisas, realmente me deixou sem palavras. — Nolan, eu sinto muito por ficar na defensiva — soluço. — Sinto muito por ser mesquinha com o meu coração. Quero dálo a você agora. — Seus olhos cinzentos ainda estão confusos, mas ele não solta meu rosto. Ele se inclina para colocar seus lábios contra os meus e sinto um doce arrepio. Nossos peitos se moldam quando respiramos e ofegamos com urgência. Com paixão. Com amor. Não demora muito para Nolan me pegar em seus braços e me levar em direção ao seu quarto, mas nossos lábios nunca se afastam. Envolvo minhas pernas em volta dele enquanto ele solta uma mão para abrir a porta de seu quarto. Ele me coloca para baixo no edredom delicadamente,
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fazendo com que nossos lábios se afastem apenas uma vez antes de unirem-se novamente. Minhas lágrimas continuam a fluir, mas eu quero isso. Preciso disso. Seguro seu rosto e beijo-o com o que parece ser toda a vida que está dentro de mim. Quando minhas pernas prendem ao redor de sua cintura, sua virilha pressiona contra a minha. Nossas roupas desaparecem, peça por peça e quando deito em sua cama com nada, apenas meu sutiã e calcinha, ele olha para mim, seus olhos cinzentos mais suaves do que nunca. Ele estica uma mão para enxugar as lágrimas acumuladas nos cantos dos meus olhos. — Eu venho tentando encontrar as palavras certas para que saiba o que sinto por você, Natalie. — Acaricia meu rosto, em seguida, coloca um beijo em meus lábios. — Eu te amo, Coelhinha. Afasto meus lábios, mordendo os seus, mas eles logo são liberados quando ele começa a trilhar beijos no meu pescoço, a minha clavícula, em seguida, até o meio do meu peito. Seus dedos se entrelaçam com os meus enquanto ele planta beijos em cada centímetro da minha pele nua. Poucos segundos depois, meu sutiã desaparece. Momentos depois, sua cueca e minha calcinha são descartadas. Os lábios de Nolan colidem com os meus enquanto coloco minhas pernas ao redor dele novamente. Ele segura meu rosto, em seguida, arrasta seus lábios ao longo da minha bochecha até a curva do meu pescoço. Um gemido escapa pelos meus lábios enquanto sua ereção pressiona contra o ponto sensível entre as minhas pernas. — Diga-me que você sente algo mais por mim, Natalie. Isso tem que ser mais do que parece. Colocando o rosto de Nolan entre minhas mãos, olho em seus olhos cinzentos. — Eu te amo, Nolan. Eu sei que é mais, muito mais do que parece.
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Ele sorri e eu derreto prazerosamente. Ele finalmente empurra-se dentro de mim e eu gemo enquanto minhas unhas afundam em suas costas. Sua feição é simples, doce, terna. Ele resmunga contra a minha orelha e minhas unhas afundam em sua pele o mais profundo que podem. Agora, eu sinto isso. Sinto tudo o que ele sente. Nós não estamos apenas fazendo sexo. Nós estamos fazendo amor. E é incrível, porque é exatamente isso que eu queria. Ele planta beijos suaves nos meus lábios, na minha bochecha e no meu queixo enquanto sua mão agarram minha bunda. A mudança na posição só faz com que ele vá mais fundo. Seus dentes arranham meu lábio inferior enquanto minha cabeça cai para trás e meu corpo arqueia contra o seu. Estou me permitindo dar tudo. Eu quero, preciso. Tenho que esquecer. Tenho que me libertar. — Oh, Nolan, — suspiro. — Eu não vou a lugar nenhum, Coelhinha — suspira de volta. Sua respiração me faz cócegas e minhas unhas afundam nos lençóis azuis. — Eu te disse que você era minha. Avisei que queria isso. — Eu sei. — Ele penetra em mim mais profundo, mais lento, apaixonadamente. Seu corpo fica tenso enquanto sua respiração ofegante se torna rígida. — Quero isso para sempre — ele geme em meu ouvido. Prendo meus braços ao redor de seu pescoço quando ele começa a bombear mais rápido, mais forte. Seus movimentos são doces, mas rápidos. Sua mão continua a segurar minha bunda enquanto a outra mão levanta minha perna. Posso senti-lo no meu estômago agora. Estou fora de mim da melhor maneira possível. Posso sentir meu clímax vindo, caminhando para explodir. Grito seu nome e quando o faço, tremo ao redor dele. Ele estremece também e nós dois gememos, ofegando profundamente um contra o outro. Nolan cai sobre o meu peito enquanto pressiona os lábios
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contra a minha clavícula. —Espero que isso seja prova suficiente de que estou aqui para ficar — diz ele. Rio enquanto ele me puxa procurando meus lábios. Ele paira apenas alguns centímetros acima de mim, com todos os seus dentes aparecendo. Seu sorriso é tão adorável. Fico olhando para seus lábios, enquanto afasto o cabelo de sua testa. — Conhecer você era a única prova de que eu precisava. Inclinando-se, ele me beija novamente antes de deslizar a língua na minha boca. Recuso-me a deixá-lo escorregar e continuo segurandoo. Uma coisinha de nada e acabou. Uma asneira e essa coisa toda pode acabar. Odeio pensar negativamente, mas tudo pode acontecer. Nolan é bonito, tanto mentalmente quanto fisicamente, mas ele ainda é um cara. Ele ainda tem sonhos e se vai começar a lutar para alcançá-los, haverá sacrifícios. Ele ainda é jovem e tem muitas opções. Bryson sacrificou nosso amor apenas para manter sua reputação, mas no final perdeu tudo sem mim. Minha única pergunta é o que Nolan vai sacrificar quando encontrar o que quer? O que ele vai amar mais? Eu ou seus sonhos?
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Capítulo Vinte e Nove Nolan dedilha as cordas de seu violão lentamente. O movimento de seu dedo é gracioso. Tento o meu melhor para não olhar para ele, mas é impossível. Quando ele toca, é realmente bonito. A forma como seus cílios tocam as maçãs de seu rosto masculino e a as sobrancelhas unindo-se um pouco enquanto ele se concentra, provam que ele vem fazendo isso há anos. Posso dizer que é algo que ele realmente admira. É algo que ele ama. — Vá em frente — diz ele quando finalmente encontra a melodia certa. Demorou quase uma hora para encontrar a sintonia com o poema. Saio da minha cama e inspiro profundamente. — Lembre-se, você não tem que olhar para mim — ele murmura, continuando sua melodia. Forço um sorriso, mas por dentro, meu coração está batendo de forma irregular. Isso é tão desesperador, mas apenas porque é o Nolan. Ele não leu minhas palavras, mas ouvi-las pode ter um impacto mais forte do que qualquer outra coisa. — Ok — suspiro. Virando as costas para ele, decido olhar para o espelho da minha cômoda. Ainda posso vê-lo, mas apenas seus ombros firmes e braço direito. Posso lidar com isso. Enquanto não vir seu rosto, posso fazer isso. — Devo começar agora? — Pergunto. — Quando quiser. Acenando com a cabeça, repito as palavras na minha mente. Li este poema tantas vezes, muitas vezes para contar, na verdade. Ele corre através de mim, bombeia em minhas veias e no meu sangue. Lembrando que é como respirar, porque é a única coisa importante com que eu possa relacionar.
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Fechando meus olhos, inspiro. Meu corpo balança por instinto e mexo meu pescoço, permitindo que a tensão diminua. Assim que Nolan atinge o acorde certo, começo a deixar as palavras fluírem.
Durante o outono, as folhas caem, Eles pousam contra a calçada Sopradas pelo vento Até as estações mudarem Com o vento vem a brisa Com a brisa vem o início Com o início vem o começo E com o começo vem um fim Se o vento fosse palpável Seria mais fácil de segurar Mas o vento segue seu fluxo Ele faz uma pausa para ninguém Se não houvesse tal coisa como um fim Talvez, então, as coisas não parecessem tão ruins Mas haveria uma partida de qualquer maneira quando ele chegasse Durante a vida, durante a morte, durante a tragédia A brisa estava satisfazendo Mas essa brisa começou a queimar como chamas de um incêndio Essa brisa me picou Chicoteando em um furacão e matou todos os meus desejos Ela matou milhares de emoções Ela torceu o meu coração Quebrou as janelas da minha alma O amor foi o que me rasgou em pedaços
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Tentei agarrar Eu não quero deixar partir Tentei seguir em frente Mas meu coração não parava de dizer — não — Eu não estava pronta para soltar Eu não estava pronto para consertar Eu não conseguia encontrar minha paz Porque eu já não podia ser carregada com o vento
Minhas pálpebras se abrem, mas quando olho para o espelho, estou completamente cega pelas lágrimas. Limpo-as rapidamente, mas Nolan solta seu violão para ficar ao meu lado. — Natalie — Segurando meu rosto, seus lábios esmagam os meus. — Não tenha vergonha — diz ele contra meus lábios. — Esse poema me contou tudo. — Seus lábios se esticam para sorrir antes de esmagar os meus novamente. Jogo meus braços em torno dele e colidimos. Nossos corpos mergulham um no outro e juro que essa é a melhor sensação de todos os tempos. Estou tão feliz que ele não ache que sou louca. Fico feliz que ele está me aceitando do jeito que sou. Ler isso em voz alta prova muito. Prova que já percorri um longo caminho desde o que aconteceu há dois meses. Dois meses atrás, eu não teria sido capaz de olhar para o poema. Eu teria desistido nas primeiras linhas. — O que realmente achou? — Pergunto assim que nossos lábios se afastam. Ele faz uma pausa enquanto acaricia minhas bochechas com os polegares para enxugar minhas lágrimas. — Eu acho que você ainda precisa de tempo para crescer, mas posso ajudá-la a chegar lá. Espero
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que eu possa curar sua dor com o tempo. — Sorrio quando ele pressiona seus lábios contra minha testa. — É a minha vez? — Ele pergunta. — Não. — Nego com a cabeça, soltando-o. — Quero que você cante amanhã, no Open Mic. Já liguei pra Brittany e Jordan e eles anotaram nossos nomes. Hoje à noite, eu preciso sair daqui. Harp quer ir para um clube e sinceramente, eu poderia tomar algumas bebidas. — Pisco enquanto Nolan me observa. — Ela não está pensando em ir ao clube LIV, não é? — Seu rosto cai imediatamente. Eu posso dizer que ele está pensando em seu melhor amigo no momento. — Max não vai estar lá. Ela tornou seu objetivo não esbarrar com ele novamente. Os ombros de Nolan relaxam enquanto seus olhos suavizam. — Bem, legal. Quer voltar para a minha casa e me ajudar a trocar de roupa? — Ele aproxima-se, diminuindo a distância entre nós, antes de fechá-la completamente, me puxando pelo meu cinto. — Claro — Rio. — Mas talvez a gente pudesse fazer mais do que trocar de roupa. — Humm — ele cantarola enquanto inclina a cabeça para baixo e empurra o meu cabelo atrás da minha orelha. Ele beija a curva do meu pescoço e uma onda de tensão se apodera de mim. — Você sabe que estou sempre pronto para mais. — Tem sido assim desde o primeiro dia — murmuro. Ele afasta-se para olhar nos meus olhos. — O que significa isso? As minhas sobrancelhas se unem enquanto ele olha pra mim. — Nada. Foi apenas uma declaração. — Eu não deveria estar interessado em você desde o primeiro dia?
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— O que você está falando? — Digo. — Eu nunca disse isso. Nolan se afasta completamente dando um passo para trás. — Então o que você está dizendo exatamente? Sei que há sempre uma mensagem escondida atrás de suas — declarações — Ele usa seus dedos para fazer aspas. — Eu realmente não quis dizer isso ofensivamente Nolan. Você está sendo meio dramático. — Eu me forço a olhar em seus olhos, mas no fundo estou meio preocupada. Há algo com Nolan hoje, mas não posso acusá-lo. Ele tem estado mal-humorado. Em certos momentos, sinto todo o amor que ele tem por mim, mas, em seguida, em alguns momentos, parece que ele não quer ficar perto de mim. Espero que ele não esteja se cansando de mim. Não preciso disso agora. Passando os dedos pelo cabelo, ele suspira, enquanto dá mais um passo para trás. — Acho que vou dispensar a saída para o clube. Que porra é essa?! Minhas sobrancelhas franzem fortemente enquanto olho-o. O que diabos aconteceu? Apenas alguns momentos atrás, ele estava me beijando e me dizendo que ia me curar. Qual diabos é o problema dele? — Nolan. O que há de errado com você? Eu realmente não quis dizer isso dessa maneira. — Mills me disse que eu estava indo rápido demais. Eu só não queria acreditar nele. Todos esses dias eu estive pensando sobre nós, Natalie, e é difícil. Todos os dias eu estive me perguntando se você é a pessoa certa para mim. Às vezes, eu nem sei se sou certo para alguém. — Onde você quer chegar, Nolan? Ele suspira quando seus olhos finalmente encontraram os meus. — Estamos voltando para a Califórnia. — Meu coração aperta enquanto meus olhos arregalam. — Minha mãe está doente e seu namorado a deixou. Acabamos de descobrir que ela tem câncer de pulmão e que
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precisa de nós. Por mais que eu não suporte ela nos deixar por causa de um cara, eu ainda a amo. Puxo meus lábios e mordo. Não posso acreditar nisso. Eu realmente pensei que nós estávamos indo para algum lugar. Realmente pensei que poderíamos fazer isso. — Então você está dizendo que você não vai ficar? É isso? — Olho para ele. Ele balança a cabeça enquanto seus olhos demonstram vergonha. — Mas eu ainda posso fazer isso mesmo à distância, Natalie. Posso visitála muitas vezes e você pode visitar-me. Nada tem que mudar. Já tenho um trabalho lá com Mills. Já me inscrevi para alguns shows para correr atrás de meus sonhos. Talvez você possa se mudar para Cali comigo. — Claro que não! — Cuspo. — Afastei-me, porque sabia que estar aqui iria me manter sã. Sabia que te conhecer ia me ajudar a ficar bem, mas agora me sinto como uma idiota, Nolan. Há quanto tempo você sabia que ia partir? — Descobri algumas semanas depois que nos conhecemos, Natalie. Estávamos muito envolvidos e eu não sabia como te dizer, sem deixar você chateada. — Envolvidos ou não, você poderia ter me dito, Nolan! — Rosno. — Em vez disso, continuou a diante. Onde você acha que isso ia dar? — Eu não sei! — O que quer dizer com você não sabe? — grito, sentindo toda a raiva fervendo para fora de mim. — Quando você me conheceu, o que realmente queria? Tenho certeza de que não era o meu coração! Queria algo completamente diferente, mas em vez disso, isto aconteceu. Isto é o que você tem. — Eu só... Eu não esperava me apaixonar — ele resmunga.
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— Mas você me disse que quando me viu, sabia que eu estava machucada. Você disse que queria me ajudar, Nolan. Eu realmente não entendo o que está acontecendo agora! — Ok, você quer saber a verdade? — Ele ruge, dando um grande passo em frente. Seu peito bate contra o meu enquanto ele segura meu rosto. Posso sentir a raiva fervendo em sua pele. — Eu só queria transar com você, Natalie. Só queria você na minha cama. Não ligava para os seus sentimentos ou como você se sentia. Eu estava jogando. Não ligava para um relacionamento ou se você estava ferida. Mas, naquela noite, quando fomos à praia, tudo mudou. Senti que poderia ser eu mesmo com você. Eu me senti como se eu pudesse realmente conversar e me relacionar com você. Nenhuma garota já passou tanto tempo comigo como você fez. Nenhuma garota jamais me fez sentir culpado por querer apenas sexo. Isso nunca aconteceu comigo antes. — Você era diferente, sim. Você é linda, é por isso que eu queria você no meu quarto na primeira noite em que nos conhecemos, mas, Coelhinha, eu não pude ir até o fim. Você estava tão magoada, tão perdida. Estava se afogando tanto, que me senti mal por pensar dessa maneira de você. Saiu pela culatra para mim. Conversar com você na primeira noite, me fez perceber que não era justo. Era a hora de mudar. Não poderia te foder como planejava fazer. Eu disse a Mills sobre a mistura de sentimentos que eu tinha por você e ele me disse que era um sinal para me estabelecer com alguém certo. Era um sinal para deixar ir a merda toda da imaturidade, para me tornar alguém melhor. Maduro. Uma lágrima escorre pelo seu rosto, mas ele enxuga rapidamente. Seus olhos permanecem duros para mim e nem uma vez ele se deu ao trabalho de afastá-los. — Eu nunca, em toda a minha vida, senti nada parecido com o que sinto por você, Natalie. Encontrar você mudou a minha vida drasticamente e por mais que eu não queira estragar tudo, não posso ficar aqui. Quero que isso funcione, mas tenho que ir, Nat. Minha mãe precisa de nós e se eu me recusar a ir e ela acabar morrendo,
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vou lamentar o fato de que eu poderia tê-la ajudado, mas não fiz. Agora, eu preciso que tenha fé em mim. Porra, eu te amo e me recuso a deixála. A umidade quente corre pelo meu rosto, mas ele dá um passo para frente e me puxa contra si. Seus braços me envolvem enquanto ele coloca o nariz no meu cabelo. Engasgo com alguns soluços enquanto minhas lágrimas são absorvidas pela sua camisa. — Eu só não quero que você me deixe, Nolan — Engasgo. Eu sinto sua cabeça tremer enquanto ele funga. — Eu sei, eu sei. Sinto muito. Mas eu sempre estarei aqui para você. Acredite em mim. — Ele me afasta para dar uma olhada em mim, mas eu me recuso a olhar para ele. Eu me sinto uma bagunça. Não choro tanto desde a noite da formatura, mas se quero ser honesta comigo mesma, é pior desta vez, porque o que Nolan e eu temos é real. Não posso negar. Quis ignorá-lo por tanto tempo e afastá-lo, mas ia chegar um momento em que eu tinha que ceder. — Babe, olhe para mim — ele murmura, inclinando meu queixo para cima. Eu me forço a encontrar seus olhos. — Eu vou voltar. Não vou deixá-la sozinha e machucada como seu ex fez. Acredite. É hora de crescer. Quero fazer dar certo, não só para ficar melhor, mas porque eu te amo e não posso permitir que isso termine. — Ele se inclina para colocar seus lábios contra os meus. Desta vez, eu o saboreio. Quero sentir isso direito agora. Não quero deixá-lo ir. Tem sido tão difícil para mim e sinceramente sinto que não serei capaz de respirar corretamente sem ele ao meu lado. Eu amo Nolan Young e não quero nada mais do que estar com ele todos os dias. Não quero nada mais do que me agarrar a ele, rir de alguma piada com ele, mas acima de tudo, ser feliz com ele. Ele não estava mentindo quando disse que queria fazer isso funcionar. Não importa o seu passado, é exatamente isso. Passado. Era só uma questão de tempo para ele se livrar dele e eu estou mais do que feliz por ter sido eu quem começou isso.
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Capítulo Trinta Torcendo os dedos no meu colo, repito as minhas falas de forma consistente. Minha cabeça gira para a direita para dar uma olhada no relógio. Agora são 16:58... faltam quase duas horas para o Open Mic esta noite. Como uma competidora, tenho que chegar mais cedo. Tenho que estar atrás do palco e pronta. Mas será que realmente estou? Sentia-me mais do que pronta algumas horas atrás. Esta manhã, estava um pouco rejuvenescida e aliviada por Nolan não fugir enquanto eu gritava. Em vez de ir ao clube, Nolan, Harper, Dawson e eu só relaxamos no nosso apartamento e assistimos filmes do Neli. Depois do que Nolan tinha me dito ontem à noite, as bebidas não eram necessárias. Drinks teriam provavelmente tornado a situação pior. Mas pelo menos ele ficou. Espero que ele não tente colocar qualquer distância entre nós tão cedo. Tanto quanto não quero que ele parta, quero que realmente dê certo. Não quero nada mais do que tê-lo perto do meu coração do que qualquer outra coisa. Nós merecemos um ao outro, nos vendo ou não. Pulo do sofá para ir até a cozinha. Pego um copo, encho com gelo, e em seguida, coloco água. Tomo alguns goles antes de colocar o meu copo no balcão e inspirar profundamente. Quando eu estava nervosa de volta em casa, gostava de chamar a minha mãe. Essa era a única coisa que ela tinha tempo para mim. Se eu tivesse um ataque nervoso acontecendo. Saio rapidamente da cozinha e sigo até que estou no meu quarto. Pego meu celular que está em cima da minha mesa de cabeceira e imediatamente ligo para ela. Ela atende após o quinto toque.
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— Natty — ela respira. — Oi, mãe. — Qual é o problema? — Ela pergunta rapidamente. — Você parece... agitada. Faço uma pausa para arrumar meus pensamentos. — Eu estou indo para uma sessão Open Mic hoje à noite em um salão. Pelo que eu ouvi, terá muita gente lá. O número de pessoas cresce a cada fim de semana. — Certo — ela insiste. — Vou ler um dos meus poemas esta noite, mas estou nervosa, mãe. É sobre Bryson. — Bryson? — Eu posso ouvir a raiva por trás da voz estridente dela. — Sem querer ofender você, querida, mas precisa colocar esse idiota na porra do lixo. Tirá-lo de vez da cabeça. Não vale a pena falar sobre ele. — Mas não é exatamente um bom poema. Ele apenas expressa como realmente me senti depois do que ele fez para mim. — Humm. — Posso dizer que ela está concordando com os lábios pressionados. — Frank me disse que conheceu um cara aí. Por que você não me contou? Minhas palavras ficam presas na garganta. Por que não disse a ela? Quando Bryson me convidou para sair no primeiro ano, ela foi a terceira pessoa que contei. Gracey e Harper foram as duas primeiras. — Porque não quero que você pense que estou indo rápido demais. — Eu não acho isso — ela argumenta. — Você parece mais feliz, Natty. Fico feliz que ele tenha entrado em seu caminho. Seu pai me mostrou as fotos de você e Harp aí e você está maravilhosa. Sorrio quando minha cabeça pende para baixo. — Obrigada.
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— Quanto ao poema. Vá com tudo. Sempre tive fé no meu bebê. E você nunca sabe. Alguém pode estar lá, perceber o seu talento e levála longe. Nunca deixe passar uma bela oportunidade. Nunca pare de perseguir seus sonhos. Você vê o que aconteceu comigo quando desisti de meu — ela suspira. — Eu não quero que você passe pela mesma coisa. Quero que você seja completamente feliz. — Tudo bem, mãe. Sinto como se eles fossem olhar para mim como uma idiota. As minhas palavras não são completamente limpas. Elas são uma espécie de loucura. — Algumas das pessoas mais loucas do mundo são as mais criativas, querida. Isso não é uma desculpa. Apertando os lábios, saio do meu quarto. — Acho que você está certa. Vou te dizer como foi amanhã. Espero que consiga conversar com você e o papai juntos. — Parece bom, Natty. Boa sorte e eu te amo! — Eu também te amo, mãe. Afasto meu telefone do ouvido enquanto caio no sofá de couro. Fecho os olhos por alguns instantes e tento imaginar um ambiente tranquilo. Quero estar em algum lugar onde não tenha que me preocupar. Onde não sinta que tenho de viver à altura das expectativas de todos. Surpreendentemente,
por
trás
de
minhas
pálpebras,
estou
me
imaginando com Nolan. Estamos em uma ilha distante com areia quase branca e água azul cristalina. Estamos caminhando ao longo da costa, de mãos dadas, enquanto o sol está no horizonte. É realmente bonito e agora não quero nada, só que essa visão seja real. Tudo que eu quero é Nolan.
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O meu telefone vibra na minha mão, interrompendo meu devaneio pacífico. Verificando a tela, meus olhos arregalam enquanto olho para o nome de Nolan. Nolan: Vc vai arrasar hoje à noite, Coelhinha. Estarei com vc. Sorrio enquanto respondo. Eu: Vc por mim, eu por vc. T amo. Nolan: Bastante nervoso também. Ouvi que vai ter muita gente hj. Nolan: E vc sei que eu te amo mais, Coelhinha. Rio enquanto leio suas palavras novamente. Eu: Mal posso esperar para ver você hj. Se formos bem tenho uma agradável surpresa para vc. ;) Espero que ele responda por quase dez minutos. Em certo momento, estou nervosa e pensando que talvez ele não tenha gostado dessa mensagem. Começo a mastigar meu lábio inferior, até que meu telefone vibra. Nolan: Eu adoro surpresas. Vou detonar no Open Mic noite, babe. Podemos falar dos arranjos? Um sorriso gruda em meus lábios. Eu: Eu por baixo.:) Nolan: Mal posso esperar Coelhinha. Faça direito e ficará satisfeita com sua recompensa. Abro um enorme sorriso enquanto levanto do sofá e guardo o telefone no bolso do meu casaco com capuz cinza. Essa pequena conversa acaba de me dar um impulso de confiança. Posso fazer isso, não só porque estarei no palco com Nolan, mas também porque esse é meu sonho. As pessoas vão, finalmente, ouvir o que tenho dentro de mim
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guardado. Pode não ser o mundo todo, mas uma multidão é bom o suficiente para mim. Nós todos temos que começar em algum lugar.
**** É isso. É tão angustiante, tão intenso. Caminhando por entre as mesas, finalmente vejo Brittany e Jordan em uma área do salão que dá o suficiente para mais de dez pessoas. Harper e Dawson vieram juntos e isso me deixa ainda mais nervosa, porque eles estão tão perto. São as pessoas que são meus amigos que estou realmente com medo de enfrentar depois do show. — Natalie! Você está finalmente aqui! — Brittany canta enquanto ela pula do sofá de veludo para chegar até mim. Aceno ao engolir enquanto ela engancha seus braços ao redor do meu pescoço e me fazendo cambalear — Você está fantástica. Amei o vestido! Todo preto com diamantes e brilho labial. Linda — Brittany avalia minha roupa, mas não posso fazer nada, além de avaliar a dela. Ela parece incrível em seu vestido coral e seu cabelo curto que agora está ondulado, provavelmente por ter lavado-o. Ela está com mais maquiagem e usa sandálias douradas combinando com os botões dourados. — Obrigado — suspiro. Jordan dá a volta em Brittany para obter um vislumbre de mim. — Tudo preparado para o show. Eles vão te amar — diz ele. — Você acha? — Pergunto nervosamente enquanto faço uma varredura no mar de pessoas que estão conversando entre si. — Há tantas pessoas aqui. Isso não te deixa nervoso? — Nada. — Jordan dá de ombros. — No começo deixava, mas venho fazendo Open Mic por tanto tempo, que realmente não me importo se eles me odeiam ou amam. Sinto-me bem fazendo por mim mesmo.
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Aceno com a mente confusa. Viro para olhar por cima do meu ombro e vejo Harper e Dawson caminhando através da multidão. — Nat! Onde vamos sentar? — Harper grita do outro lado do salão. Puxa, ela pode ser muito desagradável. — Por aqui, Harp — digo, enquanto aponto para a sala de estar reservada. Há uma visão perfeita dos sofás para o palco. Nada está parado no caminho. Temos lugares na primeira fila com bebidas ilimitadas e sofás confortáveis. Nada pode superar isso. Estou muito feliz que a mãe de Brittany conheça o gerente do salão. Harper força sua passagem com um vestido branco e lantejoulas douradas, saltos dourados e maquiagem recém-aplicada. Seu cabelo é liso e reto (como sempre), mas ela está linda. Ao contrário dela, decidi enrolar o meu e me fazer parecer ter um pouco mais classe. Não demora muito e Dawson casualmente caminha para ficar ao lado da Harp, em sua calça jeans escura, camisa azul com colarinho e seu cabelo, que parece muito mais encaracolado do que o seu ondulado habitual. Seus olhos escuros encontram os meus antes de conhecer Brittany e Jordan. — Harper e Dawson, estes são Brittany e Jordan. Brittany e Jordan, estes são Harper e Dawson — os apresento. — É realmente um prazer conhecer vocês. Nat não para de falar sobre vocês dois. Ela diz que você a fez sair de sua concha. Brittany e Jordan se olham com sorrisos insinuando em seus lábios. — Acho que sim — diz Brittany. — É sempre bom se mostrar. Pelo que tenho lido, Natalie tem um verdadeiro talento. Amo o jeito que ela escreve. As minhas bochechas queimam com o calor, tanto pelo elogio, como pelo fato de que todos os olhos estão agora em mim. — Que tal sentarmos? — Insisto
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— Adorei a ideia — diz Dawson passando por mim caindo no sofá curvo. Harper toma o lugar do lado esquerdo dele, enquanto eu sento na ponta. Brittany e Jordan sentam no sofá em frente a nós com sorrisos brilhantes colados aos seus rostos. — Então, onde está Nolan? — Brittany pergunta. — Deve chegar logo — murmuro. O fato de que ele não está aqui ainda, está realmente me deixando nervosa. Pensei que o encontraria aqui desde que ele disse que estava se vestindo antes de mim. Caras levam pouco tempo para ficar prontos. — Eu não posso esperar para ver o poema que você escolheu — murmura Brittany ao pegar uma bebida. — Espero que seja o meu favorito. — Sem spoilers — diz Jordan com um sorriso maroto. Ele se inclina para a frente para beijar a ponta do nariz de Brittany e ela sorri muito enquanto o beija de volta. — Eu não vou estragar isso para você. Vê-los faz com que meu coração acelere. Viro minha cabeça para olhar para a entrada do salão e para minha sorte, eu o vejo. Quando ele entra em cena, a minha barriga aquece. Sua camiseta cinza e branca se encaixa a cada curva do seu tronco. Seus jeans escuros são confortáveis e caem muito bem contra seus quadris balançando. Seu violão está preso ao redor dele, pendurado na parte de trás, enquanto ele percorre as mesas. Seus olhos cinzentos passam a multidão, mas uma vez que ele vira a cabeça e encontra o meu olhar, sorri. Saio do meu assento rapidamente como uma forma de recebê-lo e agradecer-lhe silenciosamente por realmente vir. — Você está aqui. Uma de suas sobrancelhas sobe, confuso. — Por que não estaria? — Ele pergunta.
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— Eu não sei — dou de ombros. — Estava um pouco... nervosa que talvez você não fosse aparecer. — Coelhinha, eu não perderia isso por nada. Sei que este é o seu começo. É o meu também. Nunca faria isso com você. — Eu sei, desculpe. Minha mente está à mil agora. — Nolan, meu amigo! — Dawson chama enquanto desliza até o final do sofá. Ele se levanta e seus olhos quase se fecham enquanto ele sorri para seu melhor amigo. — Muito bem, meu caro. Você está parecendo que vai desmoronar naquele palco. Nolan ri enquanto coloca o dedo por baixo da cinta de couro do seu violão. — Neste momento, estou quase pronto para qualquer coisa. Diga à eles que venham! Dawson ri com um aceno de cabeça. — Boa sorte, cara — diz ele, enquanto seus olhos encontram os meus. — Eu sei que vocês vão arrasar. — Obrigada, Dawson. — Obrigado, cara — diz Nolan logo depois de mim. — Atenção — uma mulher chama pelo do microfone no palco. — Precisamos que todos os oradores, cantores, bandas, leitores e contadores de histórias que se inscreveram para esta noite Open Mic Jam, reúnam-se atrás do palco. O show vai começar em menos de dois minutos. Um turbilhão de pânico me percorre enquanto aperto minhas mãos. Ok, respire, Natalie. Você pode fazer isso, digo a mim mesma. Uma mão suave pressiona contra a minhas costas. Ergo minha cabeça e olho para as íris suaves de Nolan. — Vamos nessa, babe. Lembre-se, você tem a mim, eu tenho você? Você vai ficar bem.
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— E se eles odiarem? — sussurro. — E se eu parecer pior do que já sou? — Não há nada de ruim em você, Natalie. — Ele se inclina para a frente para dar um beijo em meus lábios. Ele, então, entrelaça seus dedos nos meus antes de pisar para a frente. — Jordan, amigo. Mal posso esperar para ver o que tem para nós hoje à noite — diz ele. Jordan ri enquanto pega seu violão vermelho cereja. — Acho que estou mais animado por vocês do que qualquer outra coisa. Nolan ri e Jordan passa a alça de seu violão pelo pescoço e lidera o caminho para os bastidores. Engulo o caroço na minha garganta enquanto aperto a mão de Nolan. Tenho que fazer isso. É uma obrigação. É tarde demais para voltar atrás agora. E eu me sinto muito melhor com Nolan ao meu lado. Pelo menos se eu me ferrar, ele vai estar lá para me confortar e dizer-me para começar de novo.
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Capítulo Trinta e Um — Se você sentir as palavras se embaralhando, olhe nos meus olhos e eu vou sorrir. Este sorriso será a minha maneira de te tranquilizar, Coelhinha. Você consegue. Queixo para cima. Essas são as exatas palavras que Nolan me disse antes de pisar no palco. E agora, meu coração nunca bateu tão forte. Todos os olhos estão em mim, por trás e na frente. Cada pedaço do meu corpo está sendo colocado sob a investigação de se eles vão gostar do que eu tenho a dizer ou não. Virando a cabeça apenas um pouco, olho por cima do ombro para dar uma espiada em Nolan. Seus dedos já estão preparados para tocar em seu violão. Ele está pronto para que eu comece. — Eu te amo — ele sussurra. Meu lábios apertam enquanto desvio o olhar e encaro o público novamente. — Oi, todo mundo — digo pelo microfone ao tentar o meu melhor para manter minha voz firme. — Meu nome é Natalie Carmichael e este é Nolan Young, que estará realizando um solo mais tarde. — Viro para olhar para Nolan que acena com a cabeça e agora está sorrindo para a multidão. — Sou uma escritora de poemas. Posso parecer jovem, mas sinto que estou longe de ser uma amadora no que faço, porque amo muito fazer isso. Escrever está no meu sangue. É o que me manteve sã durante os últimos meses, bem isso e algumas outras coisas — digo, enquanto imediatamente penso em Nolan e sorrio. — Hoje à noite, vou recitar um dos meus melhores poemas. Nolan, vai estar tocando uma melodia que temos trabalhado. Espero que todos gostem.
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Assim que paro de falar, limpo minha garganta e Nolan começa a sua melodia. O dedilhar começa rápido, mas desacelera rapidamente, num fluxo suave. Mas assim que sua melodia pega novamente, começo a derramar as palavras fora de mim. As palavras que tenho memorizados desde o primeiro dia em que escrevi-as e elas explicam toda a minha relação com Bryson e até mesmo como me sinto com Nolan.
Eu pedi para ser amada Você deu para mim Eu pedi seu coração Você entregou-me Todos os dias, não havia felicidade Todas as noites, não era amor Todos os dias, me senti abençoada Mas logo, todas as noites ficaram difíceis Eu senti que isso acontecia Eu senti que você mudou Senti-nos desbotando Eu senti que você escorregava Tudo que eu queria era devoção Tudo que eu queria era o seu toque Mas agora estou caminhando Estou tentando não pensar muito Mas sem você, é difícil Sem você, é uma porcaria Sem você, eu não era inteligente Sem você, eu me senti sem sorte Mas com o tempo, floresci
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Com o tempo, cresci Com o tempo, perdi Mas sem você, eu soube Eu aprendi a viver Sem você Aprendi a amar de novo Sem você Para seguir em frente Você tinha que ser deixado de lado Para eu mesma renascer Você teve que perder o meu amor Sem você, eu encontrei-o Sem você, eu encontrei a vida Sem você, eu não estava sem minhas pernas Sem você, eu aprendi a lutar Terminamos agora Estamos completamente acabados Estou esquecendo de você agora Porque nunca precisei de você
Finalmente abro os olhos com a visão borrada. Nolan dedilha mais uma vez, antes de abaixar seu violão, levantar-se e ficar ao meu lado. Todo o salão aplaude, mas ouço Brittany e Harper gritando mais. Arrepios rastejam ao longo de minha coluna... mas eles estão satisfeitos. Não posso acreditar. Eles realmente gostaram e eu realmente fiz isso. Enxugo minhas lágrimas, assim que Nolan me vira para encará-lo. Ele me beija com ternura, paixão e a multidão aplaude ainda mais pelo nosso beijo.
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— Eu te amo, Coelhinha. — Eu também te amo — sussurro antes de colidir com ele novamente.
**** Jordan apresenta uma versão renovada da música que ele cantou no primeiro Open Mic que eu participei. Tinha um baterista e um pianista tocando junto com ele. Foi incrível, mas eu estava esperando por Nolan tocar. Ele era o último da lista. Acho que é verdade quando dizem guardar o melhor para o final. Assim que ele pisa no palco, me animo e preparar-me para ouvir. Ele nem sequer hesita em se inclinar para a frente e colocar os lábios perto do microfone. — E aí, pessoal! — Diz ele com um sorriso largo. As pessoas se animam, como se Nolan fosse uma estrela do rock e todo mundo o conhecesse. Sorrio enquanto ele vê todo mundo bater palmas. — Admito que tenho escondido a mim e meu talento. Toco violão há quinze anos. Meu pai me ensinou quando eu era apenas uma criança e quando ele morreu, prometi que nunca desistiria disso. Toco todos os dias e noites, e quanto mais velho fico, mais eu melhoro. A canção que eu estou prestes a cantar não só vai para o meu pai, mas para a menina que tem causado um enorme impacto sobre a minha vida. Ela me fez uma pessoa melhor e estou sinceramente feliz por tê-la conhecido, porque amá-la é incrível. A canção se chama 'Cresci por Ela' e, Natalie, esta é para você. Meu coração vibra quando seus olhos cinzentos pousam diretamente sobre mim por um breve momento antes que ele apoie sua perna no banco. Ele coloca o violão em cima de sua coxa, engancha seu braço ao redor dele, e começa a sua doce melodia. — Oh meu Deus! — Harper grita em um sussurro para mim enquanto agarra o meu braço.
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Sorrio para ela, mas, em seguida, a música de Nolan começa e minha cabeça vira para dar-lhe toda a minha atenção.
Verso 1:
Desde que eu era apenas um menino Meu pai me ensinou a amar Amar não só os meus brinquedos Mas todas as coisas Mas eu ignorei Eu não pensei em nada Eu rejeitei-o Mas agora odeio ter feito Então lá estava ela Desejando uma mudança Lá estava ela Fazendo-me a mudar...
Refrão:
E eu mudei Eu segui em frente Sim, eu segui Eu cresci com ela Isso é amor Eu aceitei
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Sim, eu aceitei Eu cresci com ela Ohh...
Verso 2:
Eu não sei o que eu faria Sem você Isso me rasga quando Não posso vê-la Parte meu coração Saber o que ele fez com você Estrofe:
Eu prometi que iria ficar Eu prometi que não a deixaria Eu sempre vou tirar seu fôlego Eu sempre estarei aqui para te dar prazer Ohh...
Refrão:
Porque eu fiz Eu segui em frente Sim, eu segui Eu cresci com ela
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Isso é amor Eu aceitei Oh, eu aceitei Eu cresci com ela Eu cresci com ela
Final:
E eu não vou deixá-la partir Não, eu não vou deixá-la sozinha Eu sempre estarei aqui Por favor, não derrame mais lágrimas!
Sim, eu fiz Mudei por ela Sim, eu fiz Eu cresci com ela Eu amadureci Sim, eu segui em frente Eu a amo Sim, eu sei que ela é a única.
Os olhos de Nolan abrem lentamente enquanto ele se afasta do microfone. Levanto rapidamente e fico tão animada quanto posso enquanto bato palmas, assobiando e gritando seu nome, junto com Dawson e Jordan. Nolan agradece, examina a multidão, mas quando
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seus olhos encontram os meus, ele sorri. Meu coração bate forte contra o meu peito enquanto olho para ele. — Eu te amo — digo. Ele dá outro sorriso brilhante antes de se inclinar para o microfone novamente. — Obrigado a todos. O amor é muito apreciado. — O público continua a vibrar loucamente, mesmo quando ele está saindo do palco e caminhando em direção a nós. Algumas mulheres o cobiçam, mas seus olhos estão em mim e não se atrevem a olhar para qualquer outro lugar. Eu amo o fato de que ele só tem olhos para mim no momento. Essa música foi linda e falou muito. Podemos estar juntos há apenas algumas semanas, mas esse sentimento vai além disso. A faísca que estou sentindo agora não é apenas um amor simples. Estamos apaixonados. E eu amo o fato de estarmos. Surpreende-me que não estou em pânico mais. Sua letra provou que ele não fará nada mais do que levar-me em seus braços. Vai apenas me fazer feliz. Até agora, ele tem sido fiel à sua palavra. — Cara! Eu nunca ouvi você cantar assim antes! Você destruiu esse palco! — Dawson diz assim que Nolan se reúne com a gente. Nolan sorri muito quando puxa a mão que está segurando Dawson e dá-lhe um abraço fraternal. — Obrigado, cara. Eles se afastam um do outro, mas quando isso acontece, vejo lágrimas se formando nos cantos dos olhos de Nolan. Ele vai perder isso. Ele vai perder estar perto de seu melhor amigo. Essa música foi algo fantástico para ele. Declamar meu poema fez-me sentir completamente diferente, mas para ele, sei que deve ser irreal. Abaixando seu violão, Nolan começa a caminhar na minha direção, mas quando ele olha por cima do meu ombro, seus olhos se arregalam. — Mills — ele chama.
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Giro rapidamente, apenas para ver o fenomenal Mills caminhar entre as mesas e cadeiras. — Pensou seriamente eu não vinha, mano? — Ele pergunta quando se encontra com a gente. — Não perderia por nada no mundo. Eu estive esperando por você para sair da caixa. — Eles se abraçam, mas desta vez as lágrimas de Nolan caem sem hesitação. Ele aperta os olhos fechados sobre o ombro de seu irmão enquanto Mills esfrega suas costas com nada além de amor. — Estou orgulhoso de você, cara. Nunca deixe que esses sonhos escapem. Papai ficaria orgulhoso de você, também. — Eu sei. Fiz isso por ele. — E por ela — diz Mills enquanto se afasta para olhar para mim. — Ela realmente deve ser especial. Juro que todos os meus testes estão acabados — brinca. Rio enquanto Mills abre os braços para mim. Abraço-o brevemente antes de me afastar para abraçar Nolan. — Você foi ótimo. Eu amei. — Você jura? Eu estava tão nervoso. Empurrando-o de volta por seus ombros, olho para seus olhos cinzentos molhados. — Amei, Nolan. Ele sorri. — Obrigado, Coelhinha. Mills limpa a garganta enquanto nos olha. — Que tal comemorar com algumas asas, cerveja e um jogo de futebol intenso. Ainda é cedo o suficiente para pegar alguns lugares em Buffalo Wild Wings. — Mills olha sobre o ombro de Nolan para todos os outros. — Todos nós poderíamos relaxar juntos — ele oferece. — Cara, algumas asas crocantes com cerveja soa muito bem agora! — Dawson diz e seus olhos encontram os de Harper. — Certo, babe?
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— Sim — diz Harp com um sorriso largo enquanto Dawson puxaa contra seu peito. — Eu poderia encarar um pouco de cerveja e asas — diz Jordan com um encolher de ombros. — Britt e eu estamos livres pelo o resto da noite. — Legal — diz Mills com um pequeno sorriso antes de se virar. — Vamos lá.
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Capítulo Trinta e Dois Jantar com todos foi divertido. Eu realmente não queria que acabasse, mas é claro que tinha que acontecer. Nós não poderíamos ficar lá a noite toda. Durante o jantar, eu ainda estava pensando em Nolan e sua canção. Ainda não posso acreditar que era sobre mim. Não posso acreditar que ele realmente perdeu seu tempo para escrever uma canção sobre nós. Ele encaixou tudo tão bem, não houve nenhuma falha para mim. Assim que entramos no apartamento, Nolan me puxa contra ele pela minha cintura. — Você se divertiu essa noite? — Ele pergunta. — Sim — murmuro enquanto ele coloca seus lábios contra meu ouvido. Minha pele está gritando por mais de seu toque agora. — Obrigada. Sua cabeça se inclina para trás para me olhar. — Pelo quê? — Por sair de sua caixa comigo e cantar. Por me dar força para ver os meus sonhos realizados. — Não me agradeça por isso, Natalie. Estava prestes a acontecer um dia, eu estando por perto ou não. Mas você foi ótima. Eu podia sentir a emoção, a dor, o sofrimento. — Ele estica uma mão para empurrar o meu cabelo atrás da minha orelha. Ele então pega a minha mão para me levar para o quarto. A porta fecha atrás de nós e não demora muito e suas mãos estão cobrindo meu queixo. Ele acaricia minhas bochechas e a parte de trás dos meus ouvidos. Inspiro-o, querendo nada mais do que tê-lo. Quando ele se afasta, seus olhos cinzentos me encaram. — Eu tenho que te dizer algo.
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— O quê? — Pergunto. — Eu tenho que ir embora amanhã. Meu coração quase para quando olho para ele. Quero ir para longe dele e esbofeteá-lo, mas não posso. Estou presa. Ele pega a minha mão, para que ambos possamos nos sentar na beira da cama. — Amanhã? — Repito. — Mas por quê? — A minha mãe está pior do que pensávamos. Ela não consegue se mexer e não tem ninguém para cuidar dela. Ela não tem dinheiro suficiente para pagar por uma enfermeira, por isso Mills e eu temos que ir. Ele já comprou as passagens. — É por isso que Mills queria comemorar hoje à noite? — Sim — disse ele através de uma risada seca. — Ele queria comemorar o Open Mic, mas também queria que eu aproveitasse minha última noite com você. Ele me disse antes de sairmos do Buffalo Wild Wings. — Uau. — Balanço minha cabeça, meus olhos ainda arregalados e meu rosto ainda aterrorizado. — Amanhã... Nolan é muito cedo. Não posso aceitar a ideia de você partir ainda. Pensei que iria pelo menos ter um tempo para acostumar com a ideia. — Eu sei, Natalie. Sinto muito. Eu realmente só quero que você venha e fique comigo lá, mas você tem que começar de novo aqui. Quero que você vá para a escola, estude e continue a escrever. Quando você sentir falta de mim, escreva. Quando você estiver pensando em mim, escreva. Quando estiver sozinha, escreva e, em seguida, ligue-me. — Ele sorri suavemente antes de se inclinar para beijar minha testa. Meus olhos ardem, mas eu fecho-os para que possam acalmar. — Quanto tempo você tem que ficar?
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— Eu não sei, mas eu prometo vir te visitar. Não haverá um dia que eu não estarei pensando em você. Quando engasgo, percebo que estou chorando. As lágrimas derramam fortemente enquanto enterro meu rosto em seu peito. Ele me aperta em seus braços enquanto acaricia minhas costas. — Eu amo você, Natalie. Você é o meu mundo e eu nem sabia disso até agora. Nunca vou deixar isso pra lá. — Ele me empurra pelos meus ombros para olhar nos meus olhos. — Você está me ouvindo? — Ele pergunta. — Eu nunca vou deixar isso acabar. Seus olhos severos procuram meu rosto, e embora eu não saiba o que ele está procurando, sei que ele encontrou sua resposta, porque seus lábios esmagam os meus com paixão. Ele me deita de costas, coloca-se entre as minhas pernas, e começa a trilhar beijos dos meus lábios para minha bochecha, e então para baixo, na minha clavícula. Uma de suas mãos se esgueira para apertar delicadamente minha coxa, enquanto a outra acaricia meu rosto continuamente. — É apenas temporário, Coelhinha — diz ele contra os meus lábios. Aceno repuxando meus lábios. Tento o meu melhor para controlar minhas lágrimas, mas, neste momento, é impossível. Vou sentir falta dele mais do que qualquer coisa. É quase como se estivéssemos deixando um ao outro. É quase como se estivéssemos terminando, mas ao contrário da ruptura com Bryson, isto é pior. Mas é estranho, porque nós não estamos. Ele sempre vai estar aqui por mim. Bryson não poderia dizer isso. Depois de alguns segundos, o meu vestido desapareceu. Seus olhos analisam cada centímetro do meu corpo nu. Enquanto eu estou deitada diante dele, apenas de sutiã e calcinha de renda azul, posso dizer que ele não quer nada mais do que fazer-me dele. Ele se abaixa, me beija, e eu desabotoo sua calça. Ele se
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afasta para puxar a camisa sobre a cabeça e assim que suas calças e boxers caem, ele desliza para dentro de mim. Um suspiro escapa dos meus lábios, tanto de prazer, quanto de dor. Mas essa dor transforma-se em nada, perto do prazer dele deslizando para dentro e para fora com movimentos rápidos. Eles são certeiros, e cada um deles está me dando uma dose do seu amor. Seus lábios pressionam contra os meus, que abrem permitindo-lhe entrar. Ele mergulha mais profundo, mais duro ao beijar a curva do meu pescoço e rosnar contra ela. — Eu amo você, Natalie — diz ele em meu ouvido. Ele me levanta e puxa minhas pernas em volta dele para permanecemos peito contra peito, sentados, mas agora é a minha vez de retribuir o amor. Sigo para frente, para trás, lentamente com as pernas presas em volta dele e sua mão agarrando minha bunda. Quero aproveitar isso. Quero aproveitar tudo dele. Estamos coração com coração, peito com peito, nariz com nariz. Minha cabeça cai para trás enquanto ele arrasta os lábios pelo meu queixo até minha clavícula. Eu, então, esmago seus lábios com os meus, mordendo-os levemente e delicadamente enquanto meus quadris continuam a se mover. Enquanto ele geme, sussurra meu nome com alguns palavrões leves. — Eu te amo, Nolan — suspiro. Ele grunhe e eu gemo forte antes de atingirmos nosso clímax. Repleta de êxtase, tremo antes de envolver meus braços ao redor de seus ombros e abraçando-o. Inspiro, sentindo seu suor de prazer e seu perfume masculino. — Você é o meu bebê. Minha Coelhinha. A distância nunca vai mudar isso — ele murmura em meu ouvido. Lágrimas caem, mas eu sorrio porque sei que ele quer dizer isso.
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Capítulo Trinta e Três Minhas pálpebras abrem rapidamente. Pego meu celular para verificar a hora e já são 09:26. Tirando meus cobertores de cima de mim, pulo da cama. — Oh, não — murmuro para mim mesma enquanto procuro algo para vestir. Estou atrasada. Fuço nas minhas gavetas até que encontro um shorts jeans azul, uma camiseta marrom e um sutiã. Corro para o banheiro, enquanto luto para puxar meu shorts sobre meus quadris. Depois de arrancar minha camisola sobre os meus ombros, alcanço minha escova de dentes e escovo rápido. Tirando minha escova de dentes da minha boca, prendo meu sutiã, em seguida, pego a minha camiseta para vesti-la. Lavo a boca e então corro para o quarto para calçar meus Toms marrons. Agarrando as minhas chaves, saio correndo do meu quarto e sigo para a porta. — Nat! — Giro apenas para ver Harper saindo de seu quarto com um robe de seda rosa e chinelos. Ela tem os olhos sonolentos que estão deixando-me saber que ela teve uma longa noite. — Onde você está indo? — Eu tenho que encontrar Nolan. — Nolan? — Seu rosto franze. — Você estava com ele. O que há de errado? — Ele está indo embora hoje, Harper. Tenho que ir. Seus olhos se arregalaram, mas eu não dou à ela tempo suficiente para fazer todas as perguntas, porque estou fora da porta e descendo as escadas num piscar de olhos.
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**** Vinte minutos mais tarde, estou no aeroporto. Apressando-me pelas ruas movimentadas, eu não paro até que esteja diante das portas de vidro. Estou correndo tanto que quase fui atropelada... duas vezes. Assim que abro as portas, há uma fila de pessoas esperando para atravessar o monitor de segurança. Gemo enquanto fico na ponta do pé para ver se a fila está se movendo rapidamente, mas para minha sorte, não está. Vejo uma abertura à minha esquerda, onde alguns seguranças estão passando para chegar ao outro lado. É quando o meu corpo tomou vida própria. Sem pensar, corro para a abertura e me apresso. — Hey! — Um dos guardas de segurança chama. Ignoro-o. — Hey! — Ele chama de novo. Posso ouvir seus passos, mas decido andar mais rápido. Vejo uma multidão de pessoas à frente e corro para elas. Deslizando entre elas, solto meu cabelo e ele cai em cachos contra meus ombros. Espero que ele não me note com o meu cabelo solto. Serei mais difícil de encontrar sem um coque. Bato em algumas pessoas apenas para passar por elas, mas eu não paro. Vou lutar, se for preciso, se isso significa que vou fazer isso a tempo de vê-lo. Prometi-lhe ontem à noite que iria encontrá-lo aqui antes de seu voo. Chegar aqui alguns minutos antes de sua partida não é suficiente. Eu deveria ter colocado o maldito celular para despertar como ele disse. A multidão, finalmente, começa a diminuir, mas então me deparo com três corredores. Gemo enquanto aperto minhas chaves na mão. Vejo uma jovem atrás do balcão e corro para ela. — Posso ajudar? — Pergunta ela. — Sim. Estou procurando o portão de embarque para São Francisco, Califórnia, às dez.
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— Você está tentando pegar um voo? — Ela pergunta, seus olhos arregalando e praticamente dizendo que eu sou uma idiota. — Querida, desculpe dizer-lhe, mas não há nenhuma maneira no inferno de você pode pegar um voo dentro de dez minutos. Isto é um aeroporto. Esses lugares estão constantemente lotados. — Não, não estou tentando pegar o voo que sai às dez! — Oh! — Ela balança a cabeça enquanto clica no mouse pertencente ao seu computador. — Vamos ver aqui — diz ela ao dedilhar em seu teclado. Um gemido burburinha no meio da minha garganta. Não tenho tempo para isso. Afasto-me do balcão e cruzo os dedos, além de correr para o corredor central. Minha única esperança é que ele esteja aqui, porque se não estiver, eu estou ferrada e não vou vê-lo novamente por alguns meses. Não posso lidar com isso. De jeito nenhum. Assim que chego ao final do corredor, faço a varredura da área. Vejo algumas pessoas sentadas em bancos e algumas pessoas esperando na fila do Starbucks. Meu coração bate contra o meu peito, mas uma vez que vejo o cabelo curto escuro, os olhos cinzentos preocupados varrendo toda área tanto quanto eu, e a mochila na mão enquanto espera na fila, meu coração bate rapidamente. — Nolan! — Lamento quando ele dá um passo para a frente. Ele é o próximo na fila. Mais um passo e ele estaria no avião. Sua cabeça vira na minha direção e seus olhos encontram os meus enquanto ele sorri. Ele corre para fora da fila, passando pela multidão de pessoas sentadas. Então, no meio do caminho, nossos corpos se encontram, colidem e nossos lábios não se atrevem a estar em outro lugar, a não ser um contra um outro. Meus dedos prendem em seu cabelo enquanto ele me pega em seus braços e me aperta. Ele finalmente me solta, mas não se preocupa em retirar seus lábios dos meus. Suas mãos seguram
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suavemente meu rosto e uma lágrima escorre. Ele se afasta para estudar meu rosto pela última vez durante um tempo muito longo. — Eu fiquei preocupado — diz ele. — Eu não teria perdido este momento, Nolan. Eu te amo. Seus lábios se espalham e revelam uma fileira de dentes bonitos, brancos. Ele me beija novamente enquanto embala meu rosto em suas mãos. E enquanto o beijo de volta, posso sentir isso. Posso sentir tudo. O amor, a força, a paixão. Está tudo lá. Nolan e eu passamos por campos de batalha durante este jogo de amor. Mas não é mais um jogo para nós. É real. Está aqui. E isso está nos falando mais claramente do que nunca. Sempre me disseram que o amor vem no tempo certo. Às vezes, eu não acreditei no amor e, às vezes, jurei que nunca me apaixonaria novamente. Mas ele mudou essa ideia. Ele mudou a minha opinião sobre o amor. Em um momento, eu odiava muito isso. Odiava tudo sobre ele. Mas agora, posso dizer isso. Agora eu posso admitir que o amor é apenas o que é. Amor. E sem ele, não há sentido em viver, em respirar. Todos nós estamos destinados a estar com alguém. Todos deveríamos encontrar aquela pessoa que vai mudar tudo. Se você está magoado, com dor, ou até mesmo sofrendo, ela virá. Eu caí, mas fui pega em seus braços. Fui abençoada com seu amor, com seu coração. E juro que nunca vou abandoná-lo. Juro que nunca vou perdê-lo em toda essa loucura. Nosso amor vai florescer e crescer. Com o tempo, vamos ser mais que um. Apenas quando pensei que seria completamente difícil segurá-lo, apenas quando pensei que ele iria quebrar-me ainda mais do que o meu passado tinha feito... ele realmente me fez melhor. Este amor é difícil de controlar. Este amor é difícil de manter escondido.
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Este amor ĂŠ difĂcil de analisar. Mas esse amor aconteceria de um jeito ou de outro, porque era completamente e totalmente difĂcil de resistir.
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Epílogo Um mês depois ... Todos os dias, ele diz que me ama. E, muito sinceramente, eu acredito nele. Não tenho nenhum problema em dizer isso de volta. Tenho progredido muito e estou orgulhosa de mim mesma por quão longe cheguei. Coração partido... é apenas uma expressão agora. Uma expressão que não me importa. Nolan diz que sua mãe está indo bem e estamos pensando em nos encontrar em breve, mas odeio esperar. Eu sinto falta dele como o diabo. Estou pensando sobre estas palavras há semanas e finalmente sei como colocá-las no papel. Finalmente sei como fazer isso parecer certo. Colocando minhas pernas sob a mesa do café, pressiono a ponta da minha caneta contra a minha folha de papel. Desta vez, Adele e Lucy Rose estão cantando através das minhas caixas de som. Elas são uma grande fonte de inspiração para um momento como este.
Quem teria sabido que o desejo de resistir é algo muito mais desafiador do que parece? É como um vício, uma droga que você simplesmente não consegue largar. Você quer se livrar dele, fazer isso ir embora. Você quer que ele saia da sua vida, mas a resistência só vai fazer durar muito mais tempo. A menos que você se tranque em um quarto branco, que você sabe que não pode fugir, então não há nenhuma maneira de sair dele, especialmente quando você está em águas profundas demais. Quando você está tão profundo que não pode respirar, não pode falar, não pode se mover sem sentir como se pudesse estragar tudo, você
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sabe que não há como escapar. Uma vez perdida, o vício vai te encontrar. Você pensou que a palavra — felicidade — era inútil e que seu coração ficaria despedaçado, mas o vício veio e colocou as peças de volta, no dia a dia. Quando o vício te olha nos olhos e lhe dá sua palavra, como você pode resistir? Como você pode simplesmente deixá-lo ir? Talvez a resistência tenha se transformado muito e você precisava disso todos os dias. Talvez o vazio começou a morrer, começou a soltar e a se transformar em necessidade, em desejo e em uma gratificante paixão enigmática. Você não pode lutar contra o sentimento. Você não pode substituílo para tentar adiar e chutá-lo para o meio, só fará com que você se arrependa. E você sabe que vai, porque essa resistência é o que juntou e levou você, independentemente de quem você era, em primeiro lugar.
Lendo minhas palavras mais uma vez, sorrio. Não só porque eu já percorri um longo caminho, mas porque me sinto incrível por colocar tudo para fora. Pode não ser um poema, mas ele realmente expressa o que sinto e o que Nolan e eu passamos. É uma sensação incrível poder respirar, agora que meu peito já não dói pela pressão de um coração partido. Posso finalmente inspirar e expirar sem engasgar. Ele fez isso por mim. Mas eu estou fazendo exatamente o que ele me disse para fazer. Escrever. E vou continuar a expressar-me até que estejamos coração com coração novamente.
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Um poema dedicado ao Hard to Resist Por: Stina Rubio Eu sonho com o seu toque Deslizando pelas minhas coxas, duro, Roubando o meu fôlego, Fazendo todo o meu corpo tremer, Cantando em êxtase, Durante todo o tempo, os seus beijos persistem, Deslizando para dentro e para fora, suave, Seu nome escapa dos meus lábios gementes, Segurando meus quadris tão apertado, Você me levanta e me desliza, Perfeito encaixe como uma luva, Você e eu fazendo amor sem fim, Dificilmente capaz de nos segurar, Este sentimento não é de pecado, Beijando meu peito e lambendo seus lábios, Acariciando a minha bunda com as pontas dos dedos suaves, Não querendo parar, nem desistir, O sentimento crescendo, para explodir por dentro, Enquanto eu quebro, enquanto eu grito, Quero gritar, mas estou muito fraca, Caindo para frente em seu peito, Saciada e satisfeita e também abençoada, Seus beijos brincando no meu pescoço, Todas as esperanças e promessas que você manteve, Difícil de resistir, mas eu estou tentando, Você e eu fomos feitos para começar de novo.
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