Novas Tecnologias aplicadas na Educação

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MULTIVIX CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM PÓS GRADUAÇÃO EM DOCÊNCIA

PETERSON GONÇALVES DA SILVA; PRISCILA RODRIGUES DA SILVA; STEPHANIE KARLA DARÓS; ULYSSES JOSÉ LUBER;

NOVAS TECNOLOGIAS APLICADAS NA EDUCAÇÃO MAPA CONCEITUAL

Cachoeiro de Itapemirim 2017


A corrupção e a saída para o Brasil Descrever nosso atual cenário político é um verdadeiro desafio devido ao alto número de novos escândalos cotidianamente. Quase impossível acompanhar a quantidade de informações aterrorizantes. Ainda que possua um patriotismo levado pelo notável sentimento da esperança - no sentido de busca não de espera, diante aos fatos sou obrigado a aceitar que estamos passando por um momento febril. Importante, porém, de inevitável sofrimento nacional. Ocasião em que os cidadãos não entendem o grau do problema. Nos últimos dois anos, o Brasil passou vários momentos que ficaram na história. Negativamente desconstituição de (a) Presidente da República através de procedimento (manobras de corredores e gabinetes em prol de interesses particulares) de impeachment, ocasião que dois dias depois da saída, é sancionado pelo Senado Federal a Lei 13.332/2016, que flexibiliza as regras para a abertura de créditos suplementares sem a necessidade de autorização do Congresso Nacional. O que era "crime" deixou de ser, a "pedalada fiscal" foi-se de vez com a (o) ex-Presidente (a). Manobras de deputados para "estancar a sangria" de investigações do porte da Lava Jato, permanecem na labuta. Ainda que poderosos sejam condenados é preciso ser vigilante, tendo em vista que grandes empresas estão fortemente representadas no Congresso Nacional por meio suas bancadas. Listaríamos uma enorme relação de manobras fraudulentas nas obscuridades dos corredores do Congresso Nacional e do Palácio na direção do "vice" Presidente. Cabe relembrar o recente troca troca na Comissão de Constituição e Justiça - CCJ da Câmera dos Deputados para não autorizarem que o Supremo Tribunal Federal receba a Denúncia de Corrupção contra o Presidente da República - questão que nunca aconteceu na história do Brasil um Presidente em exercício ser denunciado por corrupção. Foram em média dezessete substituições entre titulares e suplentes ordenados pelos interesses dos partidos aliados do governo em busca de uma mesa nos ministérios e emendas para seus estados membros. A escolha do atual ministro da Justiça Torquato Lorena Jardim, o chefe da Polícia Federal, parece-me soar estranho. Tanto é que o grupo de delegados e demais especialistas que estavam a frente da Lava Jato de Curitiba - PR foram prontamente fragmentados em demais circunscrições com uma justificativa não contundente. Ainda o judiciário possuí também suas decisões que leva-nos a questionar. A decisão do Superior Tribunal Eleitoral referente a chapa Dilma-Temer, tomou um caminho inicial que levava a crer que seria de fato caçada, quando há uma mudança de percurso tendenciosa ao "perdão". Parece-me um tanto quanto juízo de exceção. Cabe lembrarmos que quando um Presidente da República é eleito, toda sua chapa é eleita.


Se antes houve cometimento de crime, tal permaneceu vinculado a chapa. Em outros casos, houve inúmeras prisões cautelares que são medidas de exceção usadas como regra forçosamente em busca do clamor apaixonado da mídia, sobretudo, o clamor cego da população manobrada por aquela. Existe uma verdadeira organização criminosa no Brasil compostas por partidos políticos financiados por grandes empresas. Na Itália, há notícias históricas de grandes organizações que dominam o governo daquele país a anos assim como nosso momento atual no Brasil, a Itália iniciou uma grande operação denominada de "Mãos Limpas", inclusive inspirou a Lava Jato, no decorrer do tempo enfraqueceu-se através de manobras do governo desconstituindo os seus fiscais da lei, que no Brasil seria o Ministério Público. Foi um verdadeiro fracasso criando até corruptos mais sofisticados justamente por haver muitos vazamentos antes das conclusões de investigações ou até mesmo antes de oferecimento de denúncias e início de processos. Enxerga-se uma situação parecida no Brasil, a tentativa de grandes partidos políticos e grupos empresárias lutando para enfraquecer as atuais investigações que são um marco em nosso país, no que diz respeito a prisão de grandes e influentes políticos feito Eduardo Cunha e Sérgio Cabral, e grandes empresários feito Marcelo Odebrecht, e demais banqueiros. Nunca no período histórico de nosso país a deflagração de investigações prenderam ricos e poderosos. Trata-se de um Estado Constitucional constituído, apesar dos escândalos. Afinal nossa atual Constituição Federal é muito jovem, de 1988. Espera-se que estes fatos permaneçam na memória de todos. Nos últimos trinta anos, nossos representantes, diante de inúmeras circunstancias, agiam (e ainda agem) em detrimento do poder, sobretudo, na manutenção dele no decorrer do tempo. Isto nos leva a questionar a Democracia, afinal, será mesmo um bom sistema? Acredito que sim, o problema não está no sistema, pois a Democracia, mesmo com seus defeitos, é um dos melhores meio para governabilidade. Não inventou-se nada melhor disponível ao povo como o ideal democrático e republicano, no que diz respeito a soberania popular. Preocupa-me a quantidade de pessoas que pouco valorizam a oportunidade de voto, este perfeito direito de escolha de seu representante. Variavelmente, em cafés, restaurantes, praças, palestras, bibliotecas, no trabalho etc. ouço pessoas desvalorizando este ato cívico capaz de perpetuar o poder democrático em um Estado. "Quero ver se deixarmos de votar, o que esse povo vai fazer", sustentou uma atendente referenciando "esse povo" aos políticos cleptocrátas. Assustadora declaração, pois logo percebe-se a limitação intelectual no tema, além da sua notável falta de interesse sobre o assunto. Uma coisa é não saber - condição totalmente humana - outra coisa é não querer saber e opinar. Isto na verdade é um risco. Adquirir conhecimento, demanda um enorme esforço, senão eterno. Minha


geração parece não importar, pelo simples fato de qualquer "informação" estar na palma da mão. Entretanto, não imaginam que a informação não está no mesma campo do conhecimento, você sabe e eu também sei que o conhecimento está em um local mais profundo onde virtuosamente buscamos sem auxílio do exterior após muito trabalho. Tal atividade evolutiva, demanda "solidão" no sentindo de estar só materialmente, e em grupo espiritualmente através dos interpretes, autores, literários e etc. E o pior é que tal fala é de uma jovem. Contradizendo importantes pesquisas que concluiu-se com o pensamento do interesse do jovem na temática. Tomara que esta falta de interesse seja apenas em meu circulo de convivência. O desinteresse é o maior vilão na luta contra a corrução e demais escândalos. O maior receio diante de tantas notícias negativas, é o desanimo do jovem em não acreditar na política. Desistir do voto é matar a história daqueles que lutaram por este nosso direito. A maior luta da sociedade na década de 1970 era a derrubada da ditadura militar, aquele momento sombrio de poucas oportunidades para classe marginalizada brasileira. Que país era aquele que somente a elite tinha oportunidade de educação de qualidade, segurança, acesso a moradia. Aqueles que lutavam por liberdade de expressão eram taxados de subversivos. Assim eram chamados os que voltavam contro o governo. O Estado tinha que "perdoar a si mesmo" pelas barbaridades cometidas e pelos abusos. Com o advento da Lei da Anistia, permitiu-se o retorno daqueles que foram expulsos de sua pátria graças aos movimentos populares. Neste exato momento, sou grato, pelo fato de poder exercer meus direitos fundamentais. Pessoas morreram, outras torturadas por expressarem e lutarem por um país melhor no futuro ora presente. Parece não ter mudado muita coisa, empreiteiras dominam o mercado e o Congresso Nacional. Precisamos ser de fato vigilantes. Observa-se na década de 1980 que os movimentos sociais tomaram outro rumo importante para nosso país. Multidões foram as ruas para lutar e buscar o direito de voto direto, o desejo era poder escolher aquele que melhor representava. Portanto, não faz sentido arquivar tudo isto na desesperança do voto. Necessita-se fazer valer toda esta luta, é o mínimo que podemos fazer na condição de cidadãos brasileiros. Este nosso perfil denominado por muitos por "jeitinho brasileiro", particularmente sinto-me estarrecido com a expressão pejorativa. Do futebol a fila do supermercado encontramos o tal "jeitinho". Não observamos, porém exigimos ética de nossos representantes. A corrupção não possuí grau de menor ou maior. Corrupção é uma só, "é o efeito ou ato de corromper alguém ou algo, com a finalidade de obter vantagens em relação aos outros por meios considerados ilegais ou ilícitos". Originou-se do termo em latim "corruptus" que significa "ato de quebrar em pedaços". Pegar pequenos produtos de valores irrelevantes em supermercado é corromper, assim como comprar ingressos de cambistas, ou ainda conseguir pegar ônibus sem


pagar a passagem. Entrar no cinema sem pagar, fazer carteirinha de estudante falsa para pagar mais barato no ingresso do teatro ou do cinema, tudo isto é "ato de quebrar em pedaços" do nosso sistema político, moral e ético. Os efeitos de nossas ações resultam diretamente na convivência em sociedade. Se agimos de maneira reprovável não temos direito de cobrar do outro atitude diferente. Estou dizendo que a corrupção parte do nosso intimo como cidadão até chegar em nossos representantes. Lembremos que aqueles que lá estão, fomos nós quem os escolheu. Há duas crises em nosso país. A primeira delas são nossas atitudes passivas em não sermos vigilantes, no que diz respeito não cobrar o que realmente precisa ser cobrado, participar de atos políticos de cunho social, e o mais grave ter tristeza quando falar-se em política. Todavia, a segunda, e nítida é a crise da representatividade. Que trata-se de um efeito cascata do primeiro. Caso não houver uma vigilância a boiada andará solta aproveitando-se da curta memoria social. Na França, por exemplo, um país historicamente politizado devido sua referencia histórica oriundas das revoluções do século XVIII, nas últimas eleições mais de cinquenta por cento da população não compareceram as urnas. Indaga-se: Por qual motivo? Muito simples, os cidadãos franceses não acreditam em seus representantes. Conclui-se, portanto, que a crise política não está no sistema democrático. Estamos com uma crise de representatividade no mundo, não só no Brasil. Vejo duas saídas, sendo a primeira lutar pela proteção do sistema constitucional. É preciso respeitar a Constituição Federal. O constitucionalismo contemporâneo neo neoconstitucionalismo - possuí a característica de renovação e renascimento do Estado que não é somente de Direito nesta fase, mas também Democrático. Quando ouvir a expressão: Estado Democrático de Direito; Estão falando do Estado formado por um poder que emana do povo, aqui ninguém está acima da lei, nem os governantes, tampouco os seus ex-súditos que agora é o cidadão constituído de direitos fundamentais como a liberdade e dignidade. Todos estão no mesmo nível. Em momentos conturbados como este que estamos vivendo, deve-se respeitar a lei maior, nossa Declaração de Direitos Fundamentais, nossa Constituição Federal. Todos os poderes de nossa República estão sobre a luz da Constituição, portanto, o Poder Executivo, Poder Legislativo e o Poder Judiciário são harmônicos entre si, porém estão abaixo da Carta Constitucional. E a segunda, implantar o interesse e a esperança no jovem através da política. Tudo depende da política. Vale a reflexão.

Link Extraído: https://dionecastro.jusbrasil.com.br/artigos/480238442/a-corrupcao-e-a-saida-para-obrasil



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