DNIT executa ações para minimizar acidentes na fase de obras
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BOLETIM 16 Julho e Agosto 2019
Ruídos são monitorados semanalmente
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Laboratório na escola Na segunda etapa do trabalho sobre recursos hídricos, alunos do Ensino Médio analisaram e identificaram diferentes insetos aquáticos. Página 3
Queimadas Ações de monitoramento visam evitar a propagação do fogo na faixa de domínio e sensibilizar a comunidade. Página 4
Prevenção de riscos durante as obras
O Plano Básico Ambiental recomenda diretrizes para mitigação contínua dos riscos durante a fase de construção do empreendimento. Confira na página 2 as principais situações verificadas pela equipe e as ações que podem contribuir para redução das ocorrências. Em destaque na página 3 está o trabalho semanal de monitoramento de ruídos, atividade que visa evitar impactos negativos às comunidades e colaboradores. E a contracapa chama a atenção para o perigo das queimadas realizadas na faixa de domínio das rodovias.
Expediente Realização: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Execução: STE - Serviços Técnicos de Engenharia S.A. Conselho Editorial: Adriano Panazzolo, Andrea Pedron, Augusto Leipnitz e Carlos Türck Jornalista Responsável: Amanda Montagna (14.958 DRT/RS) Fotografias: Divulgação STE S.A. Projeto Gráfico: Greici Lima
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Dispositivos visam evitar acidentes envolvendo os operários ou residentes próximos da rodovia
No decorrer da fase de construção, a dinâmica dos trabalhos aumenta a possibilidade de acidentes com veículos e máquinas entre os operários ou residentes das proximidades. Por isso, o Plano Básico Ambiental recomenda ações que podem contribuir para redução das ocorrências. O Consórcio Construtor do Lote 2 e a Gestora Ambiental do empreendimento realizam, em Timbé do Sul (SC), vistorias regulares para analisar as condições de sinalização de orientação e segurança. Conforme o especialista ambiental Francisco Feiten, os principais riscos ocorrem na interação das frentes de obra com o deslocamento dos moradores lindeiros à rodovia, uma vez que a população precisa utilizar a via por diversos meios (a pé, bicicleta, veículos) para acessar as suas propriedades. A inspeção é norteada por uma lista de aspectos que devem ser atendidos, com destaque para a presença de dispositivos indicando o limite de velocidade permitido, os desvios de trânsito, a existência de atividades construtivas, locais de entrada e saída de veículos, travessias de pedestres, entre outros. “É importante assegurar que os dispositivos de sinalização estejam devidamente instalados, acompanhando o avanço das frentes de obra. Igualmente im-
portante é a conscientização da população lindeira, redobrando a atenção quando estiver utilizando a via neste período”, explica Feiten. Outro tipo de acidente que deve ser evitado é aquele envolvendo o transporte de cargas perigosas, uma vez que a intensidade de risco está associada à periculosidade do produto carregado. Neste caso, um acidente de trânsito envolvendo o derramamento de cargas tóxicas ou potencialmente poluidoras poderá ter uma magnitude elevada se ocorrer próximo de mananciais, de comunidades lindeiras ou de áreas preservadas. Sendo assim, a equipe monitora a movimentação dos combustíveis utilizados como insumos para a execução das obras. O caminhão-comboio deve conter kit de mitigação ambiental (pá, material absorvente e recipiente) para ação corretiva de eventual derramamento de produto com potencial de contaminação de solo e água. O abastecimento também não deve ocorrer em área sensível ambientalmente. Em função do trânsito restrito na Serra da Rocinha, que também é uma medida de segurança, não está sendo verificado o transporte comercial de produtos perigosos, o qual deverá ocorrer somente na operação da rodovia.
Traçando novos horizontes
Controle da poluição sonora evita efeitos negativos à saúde O DNIT realiza semanalmente campanhas de monitoramento de ruídos nas obras da BR-285/RS/SC. O trabalho é realizado pela Gestora Ambiental no Lote 2, como parte do Programa de Controle de Ruídos, Gases e Material Particulado. O objetivo é verificar os níveis sonoros gerados, evitando impactos negativos às comunidades vizinhas e aos colaboradores. O monitoramento de ruídos é executado com o uso de um medidor de pressão sonora (decibelímetro). Este aparelho transforma as vibrações do som em sinais elétricos, indicando sua intensidade ou volume em unidades chamadas decibéis (dB). Um anemômetro também é utilizado para verificar a velocidade do vento, além da temperatura e umidade relativa do ar. São ainda consideradas outras fontes externas de ruídos, como o próprio tráfego local da rodovia, uma vez que todas estas variações em conjunto podem interferir na intensidade da onda sonora. Pela metodologia aplicada neste empreendimento, as medições são feitas no canteiro de obras e nas frentes de trabalho em pontos críticos, que são definidos a partir da presença ou não de comunidades. O cálculo final dos níveis sonoros apropriados considera os valores obtidos pelos equipamentos, as condições locais e as referências determinadas na norma
Monitoramento de ruídos ocorre nas frentes de trabalho com o auxílio de um medidor de pressão sonora
ABNT NBR 10.151 – Acústica - Medição e avaliação de níveis de pressão sonora em áreas habitadas. É importante destacar que, quanto mais alto o ruído, menor deve ser o tempo de contato com ele. No caso dos trabalhadores expostos a essa condição, é fundamental que o protetor auricular seja utilizado e que as determinações da Norma Regulamentadora do Trabalho nº 15 (NR 15) sejam seguidas. O engenheiro ambiental Rogério Luís Casagrande conta que, desde o início da execução do controle, em outubro
de 2016, já foram monitorados 621 pontos durante os serviços de terraplanagem, pavimentação, construção de obras de arte (drenagem, viadutos e pontes) e no canteiro de obras. Os maiores níveis sonoros identificados até o momento foram obtidos nas atividades de terraplanagem. “Estas informações levantadas podem ser úteis para os estudos ambientais de minimização de impactos até mesmo na implantação de outros empreendimentos rodoviários”, comenta Casagrande.
Atividades práticas revelam a importância da vida nos rios No dia 28 de agosto foi realizada a segunda etapa do módulo “Recursos Hídricos” com a comunidade escolar de Timbé do Sul. A primeira fase aconteceu em junho e deu a oportunidade a estudantes e professores das instituições públicas de ensino do município de visitar o rio Rocinha, experimentar o contato com os macroinvertebrados bentônicos e reconhecer sua relevância em serviços que a natureza
Boletim 16 - Julho e Agosto | 2019
presta ao homem. Nesta primeira etapa, o grupo coletou os animais, aprendeu a identificar as espécies e a classificá-las de acordo com uma pontuação que permite analisar a qualidade do corpo hídrico. Desta vez, os organismos foram levados para o laboratório da escola e os alunos puderam manusear pinças e equipamentos laboratoriais, bem como conhecer e utilizar a prancha de identificação para chegar ao nome dos insetos aquáticos. A ecó-
loga da Gestão Ambiental e responsável pela atividade, Caroline Voser, comentou que o grupo demonstrou interesse e entusiasmo com o tema. “A experiência prática agrega conhecimento e importância a conteúdos já trabalhados em sala de aula, que podem passar sem a devida atenção”. Ela acrescentou que “quando as pessoas têm contato e sabem o valor ambiental, elas preservam”.
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Queimadas representam risco à segurança e ao ambiente Além do prejuízo ao meio ambiente, as queimadas realizadas às margens das rodovias também podem comprometer a segurança dos usuários, uma vez que a emissão de fumaça reduz a visibilidade dos motoristas. Durante as obras da BR-285/RS/SC, o DNIT realiza ações de monitoramento visando evitar a propagação do fogo na faixa de domínio e sensibilizar a comunidade por meio de atividades de educação ambiental e comunicação social. São numerosas as causas que podem desencadear um incêndio na vegetação, como a limpeza de pastagens com fogo não controlado, o descarte de bitucas de cigarro perto de matas, a soltura de balões, a queima de lixo, entre outras práticas que agravam o problema nos períodos de tempo mais seco. A Gestora Ambiental fiscaliza o surgimento de focos de incêndio e busca prevenir ou mitigar o impacto próximo à área das obras. A equipe orienta a adoção de técnicas previstas no Manual para Ordenamento do Uso do Solo nas Faixas de Domínio e Lindeiras das Rodovias Federais do DNIT, documento que lista uma série de ações como a construção e manu-
Fale Conosco 0800 60 21 285 Gestão Ambiental BR-285/RS/SC comunicabr285@stesa.com.br www.br285rs-sc.com.br Rua Ângelo Rováris, 105 Timbé do Sul/SC
Decreto proibe o emprego do fogo não controlado às margens das rodovias federais e estaduais
tenção de aceiros, a execução de cortinas de segurança e a indicação de espécies vegetais menos inflamáveis. Vale salientar que, conforme o Decreto nº 2661/1998, fica estabelecida a proibição do emprego de fogo numa faixa de 15 metros de cada lado das rodovias estaduais e federais, medidos a partir da faixa de domínio (limite das cercas). De acordo com a
normativa, é permitido o emprego do fogo em práticas agropastoris e florestais mediante queima controlada, que consiste no emprego do fogo como fator de produção e manejo e para fins de pesquisa científica e tecnológica, em áreas com limites físicos previamente definidos. Tal prática depende de prévia autorização, a ser obtida junto ao órgão do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA).
Palestra fala sobre cuidados com a audição O ruído no ambiente de trabalho foi tema de palestra para cerca de 30 colaboradores do Lote 2, em Timbé do Sul, no mês de agosto. A atividade faz parte do Programa de Prevenção de Endemias, que tem como objetivo principal evitar possíveis danos à saúde dos trabalhadores do empreendimento. O técnico de segurança do trabalho do Consórcio Construtor, Marcelo Beck, explicou aos colaboradores sobre a anatomia e o funcionamento do ouvido humano, os danos que o tempo de exposição a ruídos intensos pode cau-
O material é uma medida de mitigação exigida pelo licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
sar à audição, como prevenir a perda auditiva, os tipos de protetores utilizados em maquinários para a redução de impactos sonoros e a necessidade do uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e de que maneira fazer sua devida higiene. “O grupo foi esclarecido de que fone de ouvido não é um EPI e que é fundamental o uso do protetor auricular ou do abafador de acordo com o serviço em execução”, comentou a terapeuta ocupacional da Gestora Ambiental, Marcela Sternick, que acompanhava a reunião.