P. I .T

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O objetivo do presente trabalho È de apresentar a produção e a utilização de algodão no Estado do Paraná, no período de 1970 a 1999, assim como descrever como ocorreu a formação do pôlo têxtil, tendo o município de Maringá, Estado do Paraná, como centro maior desta iniciativa. A pesquisa foi baseada numa revisão de dados de diversas entidades. No início da década de 80, as indústrias têxteis atuavam, exclusivamente, no beneficiamento do algodão e foi favorecida pela hegemonia paranaense, em nível nacional, na produção desta cultura até 1995. O declínio da produção algodoeira começou a ser sentido a partir de 1996, para níveis inferiores às necessidades das fiações e acabou por desmantelar o projeto de constituição de uma cadeia têxtil a partir da abundância de matéria-prima, apoiado no sistema cooperativista. O Estado do Paraná passou da posição de exportador para a de importador de algodão. Na década de 80, o Paraná tornou-se o principal produtor de algodão do país inserido no contexto de modernização agrícola sob o binômio soja e trigo. O algodão fez parte do processo de transição café-soja consolidando-se como uma cultura alternativa em regiões e propriedades onde a mecanização encontrou obstáculos. O desenvolvimento da agricultura moderna exigia, entre outros, extensas porções de terras mecanizáveis. No entanto, na década de 80, constatava-se que a utilização do algodão beneficiado no Estado estava muito aquém de sua capacidade produtiva. O consumo industrial representava menos de 10% da produção da pluma. A partir dessa constatação, desenvolveram-se uma série de estímulos e apoio à implantação de indústrias voltadas para o estabelecimento de fiação de algodão, com especial ênfase às cooperativas agroindustriais localizadas no centro produtivo da matéria-prima, o Norte do Estado. Na década de 90, a produção de algodão declinou para níveis abaixo da necessidade das fiações tornando o Estado importador dessa matéria-prima. Material e m Material e método. A realização deste trabalho foi baseada nas análises das documentações bibliográficas levantadas junto à Secretaria de Agricultura e Abastecimento e Secretaria de Indústria e Comércio do Paraná, Ipardes, Iapar, Banco de Teses e Dissertações das Universidades Paranaenses e Paulistas, Setor Cooperativo (Ocepar, Cocamar), ABIT – Associação Brasileira da Indústria e IBGE. Resultados e discussão Resultados e discussãoA produção de algodão no Paraná A produção de algodão no Paraná Após a II Guerra Mundial, o Paraná tornou-se o maior produtor de café no Brasil. A economia do Estado passou a ser impulsionada pela atividade. Em torno desta gravitavam as atividades do setor industrial e terciário, sobretudo no Norte do Estado onde se concentrava a produção. Diante da crise face à


superprodução na década de 1960 e o programa do governo brasileiro de erradicação dos cafeeiros, a área ocupada pela cafeicultura no Paraná foi sendo gradativamente reduzida. Registrou-se um decréscimo de 71% entre 1960 e 1989. Algumas regiões no Norte Novo do Paraná sofreram uma redução mais drástica. Na região de Maringá foi da ordem de 93% de 1974 e 1992 (Medeiros, 1995:74). Além do desestímulo à produção e dos incentivos com vistas à diversificação agrícola, a geada ocorrida em 1972, a ferrugem que atingiu os cafeeiros em 1973 e novamente a geada em 1975 contribuíram para sua erradicação. O declínio da cafeicultura no Paraná acarretou profundas transformações na sua estrutura produtiva. O incentivo às culturas mecanizadas dado pelo governo brasileiro desde a década de 1960 significou para o Paraná, sobretudo para a região Norte, profundas transformações na composição da produção e de sua base técnica. Isso redundou em mudanças na estrutura fundiária, no acesso à terra,na oferta de alimentos e no emprego rural. Barbosa(1987:127) observa que o Estado “criou as condições adequadas para a penetração intensa do capital monopolista na agricultura paranaense, especialmente nas regiões Norte e Oeste”1De maneira geral, a política agrícola adotada direcionou recursos para produtos de exportação (soja) e substitutos de importações (trigo). Ao mesmo tempo, orientou-os para implantação de uma política energética como a cana-de-açúcar em detrimento dos produtos alimentares básicos como arroz, feijão, mandioca e milho De acordo com Barbosa essas culturas apresentavam maiores possibilidades de consumos e equipamentos da indústria. Laércio Pereira Barbosa. O Estado e as transformações recentes na agricultura Paranaense. Recife. UFPE, 1987, p.127. Em dez anos (1970-1980), a região Norte paranaense reduziu significativamente as áreas plantadas: a do arroz em 70,3%, a do Quanto à estrutura fundiária, os anos 70 marcaram a reversão da tendência histórica que beneficiavam pequenos lotes de até 20 hectares, característico da forma de colonização praticada, principalmente, na região Norte do Estado (IBGE, 1979:2). Historicamente, o algodão desempenhou papel de relevância na agricultura paranaense devido à sustentação econômica que propiciou às pequenas e médias propriedades, em especial no Norte do Estado (Ipardes, 1984:4).


Não obstante, insumos modernos foram sendo paulatinamente inseridos na cultura. “... é comum o produtor do Estado utilizar recursos tecnológicos, tais como defensivos agrícolas, adubos, sementes selecionadas, máquinas e implementos agrícolas” (Liberal, 1991:20). Por outro lado, a performance do algodão no Paraná contou com apoio do Estado, através do Iapar – Instituto Agronômico do Paraná que “... promoveu diversos projetos e atividades abrangendo inúmeros municípios da região algodoeira do Estado,visando maior produção, qualidade e produtividade da cultura. Dentre os projetos promovidos, destacam-se: viabilização da cotonicultura em áreas de restrição edáfica, através da rotação de culturas e da racionalização da adubação química; . obtenção de variedades de algodoeiro com resistência múltipla a doenças e adaptadas às condições

edafoclimáticas regionais;

desenvolvimento e

validação de tecnologias para manejo integrado de pragas e doenças do algodoeiro;

desenvolvimento de alternativas técnicas e econômicas para

racionalização da colheita manual do algodoeiro” (Secretaria da Indústria e Comércio do Paraná, s/d:5). Assim, a produção paranaense de algodão tomou impulso na década de 1970, conforme mostra a

Produção e consumo de

algodão e as indústrias de fiações 63 Acta Sci. Human Soc. Sci. Maringá, v. 27, n. 1, p. 61-68, 2005 em 1985. Após este último ano, essa área foi sendo gradativamente reduzida. Em 1999, a área plantada de algodão foi de 48.351 hectares. A maior produção paranaense ocorreu em 1985. Foram colhidas 1.035.661 toneladas de algodão, o que significou cerca de 36% do total brasileiro. De 1980 a 1996, o Estado do Paraná ocupou o posto de maior produtor de algodão no país. Em 1990 e 1995 apesar da redução da produção paranaense, a participação do Estado continuou sendo expressiva devido à acentuada queda também apresentada no país em geral. Em 1999, a produção paranaense de algodão reduziu-se para 100.475 toneladas. Em relação a 1985, ano da maior safra paranaense e brasileira, a área e produção colhida representavam 9% e 10%, em 1999, respectivamente (Ipardes, 1999:20). Como visto, o Paraná tornou-se o maior produtor de algodão no Brasil, na década de 80, sob o âmbito da denominada modernização agrícola.

Destacou-se

nesse

contexto,

a

região

Norte

do

Estado,

especificamente, as microrregiões homogêneas de Campo Mourão, Norte Novo de Maringá, Norte Novo de Londrina e Norte Velho de Jacarezinho. Um fator que deve ser levado em consideração ao se deparar com o desempenho dessas microrregiões e também no extremo oeste paranaense é a forte


influência das cooperativas em praticamente todo o processo, ou seja, desde a produção até o beneficiamento e a fiação. A estrutura de beneficiamento do algodão A estrutura de beneficiamento do algodão to do algodão No início da década de 60, a maioria das empresas voltadas ao beneficiamento do algodão no Paraná era privada e de pequeno porte. Esse cenário modificou-se com a implantação da SANBRA – Sociedade Algodoeira do Nordeste Brasileiro. Essa sociedade tinha como objetivo a produção de algodão em pluma, a extração de óleo e o aproveitamento da torta de algodão, subproduto da industrialização do caroço, utilizada, principalmente, na alimentação animal (Michelon, 1999:5). Nessa mesma década, as cooperativas agrícolas do Norte do Paraná iniciaram-se nessa atividade. Até meados da década de 70, somente duas cooperativas atuavam no sub-ramo do beneficiamento de algodão no Estado do Paraná: a Cocamar – Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas de Maringá e a Copagra – Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de Nova Londrina. Preço do algodão em pluma segue em alta, aponta Cepea Valorização é resultado das elevações no mercado externo e do crescimento da taxa de câmbio, que aumentaram os custos com as importações Custo da importação também permanece em crescimento Os preços do algodão em pluma continuam em crescimento no mercado interno. A valorização é resultado das altas do mercado externo e da maior taxa de câmbio, que elevaram os custos com as importações. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a paridade de exportação voltou a superar a casa de R$ 1,80/lp FAS (Free Alongside Ship) porto de Paranaguá, sendo o maior patamar desde setembro de 2011 e um atrativo para vendedores. O custo da importação também segue em alta. Neste ambiente, vendedores nacionais seguem ainda mais firmes nos preços pedidos e acreditam em altas nas próximas semanas, fundamentados no atraso da colheita e do beneficiamento da atual safra frente aos trabalhos da temporada anterior. Entre 2 e 9 de julho, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em oito dias subiu 1,54%, fechando a R$ 2,1049/lp na terça, dia 9. A média mensal do Indicador é de R$ 2,0874/lp. Em 1994, porém, as cooperativas tiveram sua participação relativa reduzida para 62%. Grande parte dessa perda pode ser atribuída à quase desativação da Cooperativa Agrícola de Cotia (CAC), cujo mercado foi absorvido por duas grandes empresas privadas (Tatuapé e Alpargatas), localizadas na área de abrangência dessa cooperativa (Ipardes, 1995:70-71). Nota-se que, em 1994, o volume total de algodão recebido e beneficiado no estado diminuiu para menos da metade, em relação à 1992. Por outro lado, ocorreu importante movimento de fusão e incorporação entre empresas privadas já estabelecidas no mercado. Um exemplo importante foi o


desaparecimento da SANBRA - Sociedade Algodoeira do Nordeste do Brasil, que já se encontrava praticamente desativada no Paraná. Foi incorporada pela Alpargatas Santista e pela Algoeste, produtora de sementes.Em 1994, das 60 empresas na atividade de recebimento e beneficiamento de algodão no Paraná, 26 estavam vinculadas à cooperativas, 4 à multinacionais, 1 a um grupo nacional e as 29 restantes ligadas a empresas privadas regionais (Ipardes, 1995:14). Em 1999, observa-se que quase 80% do algodão produzido no estado foi recebido e processado pelas 12 cooperativas existentes. O restante foi processado por 9 algodoeiras, todas ligadas a empresas privadas locais. O Paraná destacava-se tanto na produção como no beneficiamento de algodão. Manteve, na década de 80 e parte de década de 90, a primeira posição no Brasil. Contou com importante participação de cooperativas agroindustriais que estenderam suas atividades até o beneficiamento da matéria-prima. A implantação de fiações de algodão A implantação de fiações de algodão Em meados da década de 80, apesar da posição privilegiada como produtor de algodão em caroço e em pluma do estado, constava-se que “Principal produtor de algodão do país, o Paraná não abriga uma indústria têxtil compatível com sua oferta de matéria-prima. A indústria de fiação de algodão, representando apenas 2,6% da brasileira, tem feito o estado supridor passivo de algodão e outros centros manufatureiros, onde se dão a agregação de valor, maior arrecadação de tributos e a geração de empregos da indústria” (Ipardes,1985:10). Observa-se o consumo industrial de algodão no estado do Paraná nos anos selecionados. Verifica-se também a parcela da produção de algodão em pluma fiada no estado (consumo/produção). Em 1973, consumia-se 7.600 toneladas de algodão em pluma ou 5,6% de sua produção no estado. O salto no consumo verificado entre 1982 e 1983 resultou da implantação da fiação da Cocamar – Cooperativa de Cafeicultores de Maringá, em 1982. Embora o consumo industrial tenha sido crescente, observa-se que se fiava menos de 10% da produção paranaense de algodão até 1985. Na realidade, após os incentivos realizados na década de 60, apoiados pelo BADEP, o ramo têxtil paranaense recebeu poucos investimentos. Na década de 80, preconizava-se que “... o Paraná surge com grande potencialidade em nível de entrada no setor têxtil, uma vez que dispõe de farta quantidade matéria prima e um parque cooperativista com grande número de produtores rurais de fibras têxteis ...” (Ipardes, 1984:5) Assim, estudos realizados em 1984, promovidos pela Secretaria de Estado da Indústria e Comércio e pelo

Banco de

Desenvolvimento do Paraná S/A – BADEP, resultou no Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Setor Têxtil Paranaense. Desenvolveram-se uma série de estímulos e apoio à implantação de indústrias voltadas ao sub-ramo fiação de algodão. “A relação de mecanismos e medidas que possibilitem efetivar-se não só a expansão, mas também a consolidação nos próximos treze anos o Parque


Têxtil Paranaense, deverá considerar a enorme capacidade indutora de investimentos que hoje têm os Estados do Nordeste, em função da variada gama de subsídios e incentivos sobretudo federais .... A filosofia da ação para apoio aos investimentos fundamentou-se na necessidade do estado ter unidades

industriais

modernas

que,

utilizando

tecnologias

apropriadas

permitissem, de forma gradativa, futura verticalização setorial, com a obtenção nas diversas fases de processamento de níveis de produtividade e qualidade que viessem a contribuir para que os produtos têxteis e confeccionados paranaenses fossem mais competitivos nos mercado nacional e internacional” (Secretaria de Estado da Indústria e Comércio, s/d:9-10). Diagnosticava-se que um dos motivos para a situação de baixo consumo industrial da pluma de algodão no Paraná, provinha dos instrumentos legais que regulamentavam o ramo em nível nacional. Do ponto de vista institucional, refere-se aos subsídios concedidos para implantações de unidades têxteis no Nordeste do Brasil. Isso, em princípio, inviabilizava a implantação de novas unidades fora daquela região, além do controle exercido pelo Conselho de Desenvolvimento IndustrialCDI (Ipardes, 1984:5). “... Considerando os vários tipos de fibras, de origem natural, artificial ou sintética, a pluma do algodão destaca-se como a mais importante matéria-prima utilizada em toda a cadeia têxtil do Brasil, que é um dos principais segmentos da indústria de transformação e, consequentemente, da economia do país. Neste sentido, dados do Instituto de Marketing Industrial LTDA – IEMI publicados no Relatório Brasil Têxtil 2011indicam que no ano de 2010, o número de empresas em atividade nos segmentos têxteis e confeccionados no país somava 30.901 unidades e empregava (de forma direta) um contingente de 1.669.388 pessoas. Trata-se do segundo maior empregador da indústria de transformação do país, cujo faturamento no ano em referência foi da ordem de US$ 60 bilhões. Quando se analisa os números divulgados pelo IEMI percebe-se, com mais nitidez, a importância que o uso do algodão exerce no contexto da cadeia têxtil nacional, senão vejamos: No ano de 2010 a indústria de fiação consumiu aproximadamente 1.494 mil toneladas de matéria-prima (naturais, artificiais e sintéticas) para a fabricação de fios. Nesse contexto, o uso de fibras naturais (algodão, juta, linho, rami, sisal, seda e lã) totalizou 1.258 mil toneladas. Na fabricação de fios, a partir das fibras artificiais e sintéticas (viscose, poliamida, acrílico poliéster e polipropileno) foram utilizadas 236 mil toneladas. Vale ainda ressaltar que a participação do consumo da fibra de algodão no contexto geral da produção de fios foi da ordem de 80%. No segmento de tecelagem, 58% do fio utilizado na fabricação de tecidos são de algodão, 39%


de fios artificiais e sintéticos e 3% de fios oriundos de outras fibras naturais. Por outro lado, no segmento de fabricação de malharia, 51,2% do fio utilizado é de algodão 48,7% de fibras artificiais e sintéticas e 0,01% de outras fibras naturais. Torna-se oportuno lembrar que a produção brasileira de algodão em pluma dos últimos anos tem sido suficiente para abastecer as necessidades de consumo da indústria têxtil nacional e ainda gerar excedentes que são comercializados no mercado de exportação. Trabalho elaborado pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento – Mapa indicou que o Valor Bruto da Produção Brasileira - VBP dos principais produtos agrícolas do Brasil, em junho/2012, totalizou R$ 213.480.099.935,14. Em relação às demais culturas, a participação do algodão em valores absolutos foi de R$ 12.115.597.123,25, o que, em termos percentuais, equivale a 5,67% do VBP


4.1 – Produção e Mercado

De acordo com a Conab, nos últimos dois anos, o Brasil produziu as duas maiores safras de sua história, 1.959,8 mil t em 2010/11 e 1.868,1 na atual temporada que está em fase final de colheita. Consoante publicado pelo ICAC em 01/08/2012, neste período o país se posicionou, respectivamente, como o 4ª e 5ª maior produtor de algodão do mundo e em 5º lugar no ranking das exportações mundiais em 2011/12. Nesta condição o Brasil já é visto como um importante player no mercado mundial de algodão. Considerando que no balanço de oferta e demanda, Quadro II, o estoque inicial de pluma para o ano de 2012 foi avaliado em 521,6 mil toneladas e que a produção estimada pela Conab totaliza 1.868,1 toneladas, observa-se aí, para o Brasil, uma situação de oferta total de pluma, equivalente a 2.404,7 toneladas. Esse montante é bastante suficiente para atender as necessidades da demanda interna com (exportação e consumo da indústria têxtil). Neste sentido foi constatada uma expansão nos contratos de exportação, fato que deverá levar o país a exportar no corrente ano, em torno de 1.000,0 milhão de toneladas. PROSPECÇÃO PARA SAFRA 2012/13 Conab – Companhia Nacional de Abastecimento SGAS Quadra 901, Bloco A, Lote 69 70390-010 Brasília-DF Tel 61 3312 6000 www.conab.gov.br

cerca de 991,4 mil hectares. Consequentemente haverá recuo expressivo na produção, esta última estimada em 21,5%, vez que foram descartados os índices de produtividade da atual safra que está apresentado perdas e utilizado números de produtividade normais, chegando-se então, ao prognóstico de 1.467,3 mil toneladas. Na safra 2011/12 a Conab estima um volume de produção de 1.868,1 mil toneladas.


O Programa Algodão atua na geração, desenvolvimento e adaptação de tecnologias para a cotonicultura paranaense. As ações do Programa estão direcionadas ao aumento da produtividade, diminuição de riscos e custos, aumento do lucro e preservação do ambiente e da saúde humana. Dá ênfase a tecnologias poupadoras de insumos, a novos arranjos produtivos, opções mais econômicas e ambientalmente sustentáveis, visando dar maior estabilidade aos produtores e estimular o uso racional de capital, insumos e energia. Principais Linhas de Pesquisa Busca da independência genética pela obtenção de cultivares de alta produtividade, porcentagem e qualidade de fibra, com resistência múltipla a doenças e nematóides, e adaptação aos diferentes sistemas produtivos dos cotonicultores paranaenses •

• •

Aperfeiçoamento do manejo integrado de pragas e doenças na cotonicultura convencional e orgânica Manejo e uso adequado do solo e de insumos, e definição de arranjos espaciais de maior eficiência produtiva e ambiental Mostras e validação de tecnologias para comprovação de eficácia e acelerarão de sua difusão e transferência para o meio rural Resultados Recentes Desenvolveu-se, pela primeira vez, um meio de cultura semi-seletivo para detectar a presença deXanthomonas axonopodis pv. malvacearum sementes do algodoeiro em laboratório. O uso do referido meio permite identificar lotes de sementes livres dessa bactéria. Na área entomológica tem-se dado ênfase no controle cultural de broca-doalgodoeiro através do plantio-isca e no controle biológico de lagartas através de Bacillus thuringiensis var. Kurstaki e Bacillus thuringiensis subsp. azawai. Cultivares IPR 96 e IPR 120, as mais plantadas no Paraná. Cultivares IPR 140 e IPR JATAÍ, que se destacam pela estabilidade fenotípica, potencial produtivo, percentagem e qualidade de fibra, apresentando boa adaptação às colheitas manual e mecanizada. Na safra 2007/08 as cultivares IPR 140 e IPR JATAÍ serão plantadas quase exclusivamente para produção de sementes, mas estarão sendo apresentadas em eventos tecnológicos, como o Show Rural da Coopavel, Show do Arenito Caiuá, dias-decampo e unidades demonstrativas de cooperativas, entre outras. Estarão sendo validadas ainda três linhagens em via de lançamento, com duplo objetivo: a PR 02-307, mais versátil para uso em espaçamentos estreitos, estará sendo testada em arranjos espaciais bem mais adensados que os usuais, participando de unidades de validação do plantio adensado – modelo que se mostra de grande potencial para pequenos e médios produtores – com avaliação da colheita mecanizada sistema ‘stripper’; as linhagens PR 03-801, de fibra longa, e PR 04-484, ambas mais precoces e adequadas à colheita manual terão o desempenho avaliado no sistema orgânico de produção algodão. • • • • • •

em


Projetos em Andamento • • • • • • •

Geração e Síntese de Tecnologias para o Controle de Pragas do Algodoeiro Obtenção de Cultivares de Algodoeiro de Alta Produtividade, Resistência Múltipla a Doenças e Adaptadas aos Sistemas Produtivos Paranaenses Desenvolvimento de Cultivares de Algodoeiro com Alta Produtividade, Qualidade e Percentagem de Fibra e Resistência a Doenças Identificação de Marcadores Moleculares (SSR) Fortemente Ligados a Gene(s) de Resistência a Ramularia areola em Algodoeiro Brasileiro Estudo de Manejo Adequado de Solo para o Algodoeiro no Paraná Adaptação Tecnológica no Cultivo do Algodoeiro para o Estado do Paraná – Cultivo Adensado do Algodoeiro Estudos de Sobrevivência de Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum nos Restos Culturais do Algodoeiro e seu Controle Diesel no Brasil. As primeiras peças chegaram em Curitiba através do distribuidor

na

Argentina -Buenos Aires , com apoio do diretor da América Latina Alessandro Santis. A marca conceito underground , na época marca número do cluber´s e fashionista no Brasil . Era sempre presente em feiras de moda como M.M.M e Cosmic Bazar, Feira de moda do anos noventa que realizou mais de 17 feiras, difundindo a moda no Paraná. Com ações sociais como Curitiba Capital moda

“Onde existe moda não existe miséria”.

com

arrecadação para IPPC – , mais de quatro toneladas de alimentos, mais de 7.000 mil Brinquedos , R$ 10,000 reais dinheiro. Revertido para

O IPPC.

Como Também a valorização dos estilistas do Paraná. Como observamos, que para torna a moda sustentável , e evitar

a pirataria e

de produtos .O Paraná necessita ter um plano de governo voltado segmento têxtil , desde da produção do algodão

a

(a matéria prima,) até o

produto final .Conclusão: trazendo um rentabilidade para produto interno bruto e gerando mais empregos. Com um parceria com Diesel – (presidente e Fundador Rensso Rossi) O Paraná poderia exportar para toda América latina, 2.000 a marca deixa de ser undergrond e torna-se mainstream, com artistas globais e personalidade usando a marca. Deixando de ser referência as revista com ID , THE FACE. Se torna pop, e alvo das falsificação generalizada de meias as calças jeans , o conceito replica foi um dos fatores de investimento de indústria de moda no Brasil


ASCENSÃO E QUEDA A trajetória da Diesel no mercado paulistano 2001 Inaugura a primeira loja da marca na Rua Oscar Freire, que vendeu 80.000 dólares em roupas no dia da inauguraçãom2002 Abre um ponto de 74 metros quadrados no Shopping Iguatemi. Dois anos depois, a unidade se tornaria o metro quadrado mais lucrativo da grife em todo o mundo 2008 A marca italiana se instala em um imóvel de 1.000 metros quadrados na Rua Haddock Lobo e se torna a segunda maior loja da rede em todo o mundo. A butique da Oscar Freire é desativada2009Implanta loja de ponta de estoque no Outlet Premium, em Itupeva2011As duas unidades da Diesel na capital fecham as portas após um período de forte retração nas vendas.

Setor têxtil do Paraná pode capitalizar Copa de 2014 Capital paranaense é uma das 12 cidades-sede, e as empresas locais têm grandes oportunidades de negócios.

Não é somente o setor da construção civil que vai se beneficiar com as obras para a Copa do Mundo que acontece no Brasil em 2014. O Produto Interno Bruto (PIB) do setor têxtil brasileiro deverá crescer 3,12% até a realização do evento, segundo estudo realizado em parceria da Ernst & Young e Fundação Getúlio Vargas (FGV). A análise indica que as micro e pequenas empresas serão as mais beneficiadas, mas ainda não está bem claro o que será permitido. O crescimento estimado no PIB do segmento é de R$ 580,47 milhões. O estudo aponta que as empresas de menor porte terão mais entrada neste mercado. No Paraná, aproximadamente 98% das empresas dos segmentos têxtil, confecção e couro são de micro ou pequeno porte. O fato de Curitiba ser uma das cidades-sede pode gerar negócios para indústrias de todo o Estado. ALGODÃO ATUALIDADE. 1 - INTRODUÇÃO Considerando os vários tipos de fibras, de origem natural, artificial ou sintética, a pluma do algodão destaca-se como a mais importante matéria-prima utilizada em toda a cadeia têxtil do Brasil, que é um dos principais segmentos da indústria de transformação e, consequentemente, da economia do país. Neste sentido, dados do Instituto de Marketing Industrial LTDA – IEMI publicados no Relatório Brasil Têxtil 2011


indicam que no ano de 2010, o número de empresas em atividade nos segmentos têxteis e confeccionados no país somava 30.901 unidades e empregava (de forma direta) um contingente de 1.669.388 pessoas. Trata-se do segundo maior empregador da indústria de transformação do país, cujo faturamento no ano em referência foi da ordem de US$ 60 bilhões. Quando se analisa os números divulgados pelo IEMI percebe-se, com mais nitidez, a importância que o uso do algodão exerce no contexto da cadeia têxtil nacional, senão vejamos: No ano de 2010 a indústria de fiação consumiu aproximadamente 1.494 mil toneladas de matéria-prima (naturais, artificiais e sintéticas) para a fabricação de fios. Nesse contexto, o uso de fibras naturais (algodão, juta, linho, rami, sisal, seda e lã) totalizou 1.258 mil toneladas. Na fabricação de fios, a partir das fibras artificiais e sintéticas (viscose, poliamida, acrílico poliéster e polipropileno) foram utilizadas 236 mil toneladas. Vale ainda ressaltar que a participação do consumo da fibra de algodão no contexto geral da produção de fios foi da ordem de 80%. No segmento de tecelagem, 58% do fio utilizado na fabricação de tecidos são de algodão, 39% de fios artificiais e sintéticos e 3% de fios oriundos de outras fibras naturais. Por outro lado, no segmento de fabricação de malharia, 51,2% do fio utilizado é de algodão 48,7% de fibras artificiais e sintéticas e 0,01% de outras fibras naturais. Torna-se oportuno lembrar que a produção brasileira de algodão em pluma dos últimos anos tem sido suficiente para abastecer as necessidades de consumo da indústria têxtil nacional e ainda gerar excedentes que são comercializados no mercado de exportação. Trabalho elaborado pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento – Mapa indicou que o Valor Bruto da Produção Brasileira - VBP dos principais produtos agrícolas do Brasil, em junho/2012, totalizou R $ 213.480.099.935,14. Em relação às demais culturas, a participação do algodão em valores absolutos foi de R$ 12.115.597.123,25, o que, em termos percentuais, equivale a 5,67% do VBP. 2 – CENÁRIO O momento atual não é bom para o mercado de algodão. As perspectivas futuras, a depender dos atuais indicadores, não mostram, em nível global, sinais de PROSPECÇÃO PARA SAFRA 2012/13 Conab – Companhia Nacional de Abastecimento SGAS Quadra 901, Bloco A, Lote 69 70390-010 Brasília-DF Tel 61 3312 6000 www.conab.gov.br recuperação para os próximos doze meses. Há sobreoferta de matéria-prima vez que, nos últimos três anos a quantidade produzida tem superado as necessidades de consumo das indústrias de fiação em todo o mundo e como consequência o que se assiste neste período é uma verdadeira expansão dos estoques mundiais que no ano safra 2012/13 deverá atingir quantitativo nunca visto nos últimos cinquenta anos, cravando a marca de 15.190 mil toneladas, conforme projeção do International Cotton Advisory Committee – ICAC divulgada em 01/08/2012. Os efeitos da acumulação dos estoques de algodão já vêm se fazendo sentir nos atuais preços de mercado que recuaram a níveis históricos. Para o ano safra 2012/13, a tendência é de maior pressão sobre as cotações. Considerando os atuais fundamentos de mercado, não se antevê mudanças no curto prazo, somente as intempéries da natureza, como por exemplo, o excesso ou ausência de precipitações pluviométricas, temperaturas excessivamente


baixas ou elevadas que poderiam reverter a atual tendência dos preços de mercado. Até o mês de agosto de 2011, os produtores de algodão em todo mundo desfrutaram um período de bonança por ocasião da comercialização da pluma produzida nos dois últimos anos safra. Pressionados pelos fatores acima mencionados, de lá para cá, os preços foram paulatinamente declinando como mostra o comportamento das linhas de preços constantes no Gráfico I. Só para exemplificar, o preço no mercado futuro de Nova Iorque saiu do patamar de U $ 104,43 Cents/Lbs para U$ 71,05 Cents/Lbs em agosto/2012. Na atual fase, onde a safra brasileira 2011/12 e a safra do hemisfério norte 2012/13 estão em curso, constata-se que a situação dos preços já não remunera eficazmente os produtores, vez que em muitos casos estes preços se aproximam ou são equivalentes ao custo de produção, situação que deixa os cotonicultores praticamente sem margem de lucro e, portanto, desestimulados para continuar plantando algodão. Outras culturas mostram-se mais atrativas sobre o ponto de vista financeiro, e é para elas que deverá ocorrer tal migração. Conforme se vê mais adiante, a redução de área e consequentemente da produção de algodão, já é um fato consumado para o ano safra 2012/2013. 3 – MERCADO INTERNACIONAL 3.1– Oferta e Demanda Mundial Dados divulgados pelo ICAC, em 01/08/2012 (Quadro I) mostram que depois de recuar para 22.170 mil toneladas no ano safra 2009/10, nos dois anos subsequentes a produção mundial de pluma, impulsionada pelos altos preços de mercado, voltou a crescer e atingiu no ano safra 2011/12 o maior recorde nos últimos trinta anos, perfazendo o montante de 27.089 mil toneladas. PROSPECÇÃO PARA SAFRA 2012/13 Conab – Companhia Nacional de Abastecimento Mercado de luxo no Brasil fatura mais de R$ 45 bilhões em três anos Os fotógrafos Alexandre e Cristina Lima começaram há pouco tempo a fazer fotos de clientes fora do país. Eles já acompanharam casais em lua de mel a diversos lugares, como Paris, Aruba, Veneza e Florença. A viagem internacional é paga fora do pacote de serviços de fotografia, que pode custar de R$ 10 mil a R$ 17,5 mil. O serviço de luxo faz parte de um mercado que faturou nos últimos três anos mais de R$ 45 bilhões no Brasil, segundo levantamento da consultoria Bain & Company. O estudo estima que o crescimento desse mercado será de 12% na América Latina em 2013. Grande parte do avanço deve ser impulsionado pelo Brasil, que tem ainda previsão de incremento nos negócios de 25% até 2017. “O brasileiro tem um perfil consumista, diferente do europeu, que reflete um pouco mais na hora de fazer o investimento”, afirma Cristina Marinho, consultora de marketing da moda. Aqui no Brasil, diz, o consumidor com dinheiro tem a disponibilidade de pagar com prazo maior. “Ele pode comprar uma bolsa Chanel de R$ 5 mil e pagar em 10 vezes de R$ 500. O brasileiro


gosta de comprar e exibir a aquisição. As pessoas só vão saber que o produto é caro se estiver com a marca aparente”, observa Cristina. O filão do luxo no Brasil acontece não só com as marcas estrangeiras. Grifes nacionais e mineiras começam a apostar no consumidor de alta renda em segmentos diversos como moda balneário, pâtisserie, aluguel de roupa de luxo e até mesmo sapato-joia, que chega a custar R$ 50 mil. Manoel Bernardes, responsável pela área de desenvolvimento de produtos da joalheria Manoel Bernardes, destaca também a concorrência maior. “Grandes marcas instalaram no Brasil e disputam o mesmo cliente. O consumidor que vai comprar uma Ferrari ou um iate é o mesmo que vai adquirir um relógio de R$ 300 mil. Com oferta maior, o crescimento da marca é menor”, observa. O mercado de luxo deve vender não só marcas, mas também serviços. O alerta é de Cristina Marinho, consultora de marketing da moda. “É fundamental que seja explicado para o consumidor por que aquela marca é tão cara. É preciso entregar conteúdo, além do produto. E o atendimento ao consumidor deve ser diferenciado. Ele necessita de tratamento especial, quer reconhecimento de que venceu na vida”, observa Cristina. Mas quer usar uma bolsa Chanel, Prada, Miu Miu, vestido Versace ou Louis Vuitton e gastar menos? A Madre Luxury for Rent acaba de desembarcar em Belo Horizonte com a proposta de alugar vestidos e bolsas de festa de luxo. “É um mercado em falta em Belo Horizonte”, afirma Marina Perktold Dumond, proprietária da loja. Ela explica que os vestidos novos de festa de grandes marcas custam entre R$ 5 mil e R$ 6 mil. “E muitas vezes ficam encostados no armário. A ideia é não deixar as roupas paradas. E as pessoas de alto luxo não gostam de repetir os modelos”, diz. O aluguel de um Versace, por exemplo, sai em média a R$ 600. Já um fim de semana com uma bolsa Chanel vale R$ 1 mil.

A Invista, dona da marca Lycra®, contratou o Ibope Inteligência para realizar um estudo inédito sobre o comportamento dos brasileiros em relação ao consumo de jeans, tanto na momento da compra, quanto no uso das peças. O resultado da pesquisa, que foi realizada em 10 capitais do país (Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro), foi apresentado, no dia 23/01, durante a palestra “Os hábitos de consumo dos brasileiros para o segmento Jeanswear”, que aconteceu na famosa feira têxtil, a Première Brasil, em São Paulo. Números importantes foram alcançados através de entrevistas realizadas com um público integrado por mulheres e homens, na faixa de 18 a 50 anos.Você sabia, por exemplo, que quase 50% do total dos entrevistados usam pelo menos uma peça jeans no dia a dia? Além desse percentual, outras informações foram apuradas, como as marcas preferidas por capitais, as


principais situações para o uso do jeans, os motivos que elegem a peça um item fundamental no guarda-roupa e os modelos mais cobiçados. A seguir, mais informações obtidas pela pesquisa: - Mais da metade das mulheres entrevistadas tem a calça como sua peça jeans preferida e a principal razão dessa proporção é a valorização do derrière; - Os modelos preferidos pelas mulheres, em ordem, são: skinny, cigarrete, capri, saruel, baggy. Enquanto a preferência deles são os modelos tradicionais, justos ou largos; - No Brasil, o investimento médio em uma calça jeans é de 95,00 reais por calça e elas são compradas, em sua maioria, em lojas de departamentos ou multimarcas; - O fatores que estimulam o consumidor na hora da compra são: modelo, preço, marca, lavagem, desgastes e apliques (nessa ordem); - Por aqui, em Recife, o investimento anual em jeans são de oito calças por pessoa. A mulherada da terra do frevo, não gosta muito do modelo strech; - Ainda em relação aos recifenses, o modelo preferido por elas é o cigarrete, e pelos homens, a modelagem mais usada é a larga; - Goiânia é a capital que lidera o ranking nacional em relação ao uso diário do jeans; - A diferença entre Brasília (em segundo lugar, com 59% ) e Curitiba ( em terceiro lugar, com 58%), em relação ao uso diário do jeans – independente de ser calça – é de apenas 1%. Brasília também é a mais criteriosa quando o assunto é moda, segundo dados, o brasiliense é um consumidor que procura se atualizar antes de ir às compras; - Na hora de se arrumar para o trabalho a calça jeans é a peça favorita. Uma das principais razões para isso é o conforto e praticidade.; - As paulistanas e as cariocas gostam de explorar as pernas, por isso a preferência delas é por peças mais curtas como as bermudas; - Em Florianópolis e Porto Alegre, conforto é palavra de ordem na hora de comprar calças jeans. Não é à toa que as mulheres de lá apontaram o modelo mais larguinho como o “boyfriend”. Mas tenham cuidado com esse modelo, principalmente, na hora de se arrumar para o trabalho. Nada de investir muito na proposta “destroyed”, assuma essa proposta em uma saída mais informal; - Já as baianas parecem não querer gastar muito com jeans. Em Salvador, nada de comprar muito em loja de marca. As grandes lojas de departamento são os locais preferidos para esse tipo de consumo.


Diesel no Brasil. 2.010 Empresa fechou acordo com o Grupo Aste para viabilizar a reabertura de suas lojas no país Até poucos meses atrás, quem frequentava as lojas da grife italiana Diesel era recebido por vendedores com pinta de modelo, que ofereciam espumante para ser degustado ao som de música eletrônica em alto volume. Tratava-se de uma estratégia para entrar na atmosfera jovem e festiva da marca conhecida como a Ferrari do jeans e usada por celebridades como Nicole Kidman, Gwyneth Paltrow e Brad Pitt. Mas os tempos mudaram. Os clientes que foram na semana passada à unidade de 74 metros quadrados do Shopping Iguatemi não viam vestígio desse glamour. A vitrine exibia pouquíssimas peças e um anúncio de liquidação: qualquer item estava 50% mais barato. Nas araras, roupas da coleção anterior e sem variações de tamanho. O bota-fora forçado ocorreu porque a grife resolveu encerrar as atividades no país. Outro ponto da empresa na cidade, o da Rua Haddock Lobo, já está fechado desde o fim do mês passado. O do Iguatemi deve encerrar as atividades no sábado (4), assim como os dois estabelecimentos fora da capital (um em Itupeva, no interior do estado, e outro no Rio de Janeiro). Hajli e Saade, responsáveis pela distribuição dos produtos no Brasil: planos de reabrir as lojas

Em um comunicado curto, a Diesel informou que está trabalhando para reabrir tudo em breve, após um processo de reestruturação. Ninguém da empresa dá detalhes sobre o que deverá mudar. Especula-se no mercado de moda que a marca pretende administrar suas lojas no país sem intermediários. “Há meses é sabido que eles têm interesse em operar dessa forma por aqui, a exemplo do que já fazem em outros países, como a China”, afirma Carlos Ferreirinha, presidente da consultoria de luxo MFC. A grife chegou ao território nacional em 2001 pelas mãos dos empresários Esber Hajli e Maurício Saade, que detinham os direitos de distribuição das peças e locavam os imóveis do Iguatemi e da Haddock. Ignorando os boatos, a dupla afirma trabalhar com a possibilidade de retomar o negócio entre dois e três meses. “Se possível, voltaremos aos mesmos pontos, após um grande projeto de expansão”, afirma Hajli. Os empresários investiram


um bom dinheiro na Diesel. Periodicamente, organizavam festas com a presença de celebridades para chamar atenção para os lançamentos de novas coleções. Somente o aluguel do ponto dos Jardins custava 125.000 reais por mês. O contrato de dez anos previa diminuição para 60.200 reais a partir de 2013.Depois do sucesso inicial dos primeiros anos no Brasil, a Diesel começou a enfrentar uma série de problemas por aqui. Um deles estava relacionado à estratégia de posicionamento da marca. Apostando no público de alto poder aquisitivo, os representantes não traziam para cá as peças mais básicas, ou seja, as calças de 100 dólares vendidas nos Estados Unidos. Em vez disso, colocavam nas prateleiras os itens premium, que custavam em média 800 reais e, não raro, batiam na casa dos 1.500 reais, devido aos impostos de importação. Isso até que funcionou bem nos primeiros anos. Mas, com a valorização do real diante da moeda americana, a empresa teve seu crescimento

comprometido.

Com

o

barateamento

das

passagens

internacionais, muitos clientes em potencial preferiram comprar no exterior. “O maior concorrente deles se tornou o avião”, analisa Ferreirinha. por causa de problemas parecidos, outras marcas passaram recentemente por reestruturações no Brasil, tirando do caminho os intermediários para baratear custos e aumentar os lucros. A Burberry foi uma delas. Sob direção do empresário Alan Haddad, instalou-se aqui em 2004 e fechou as portas de suas duas unidades em 2008. Em março de 2010, a matriz inglesa começou a comercializar os itens da grife no país, sem a presença de Haddad na operação. A Chanel também acabou com o esquema terceirizado, eliminando as franquias para cuidar diretamente do negócio. Muitos apostam agora que a Diesel seguirá o exemplo. DIESEL ATUALIDADE. Empresa fechou acordo com o Grupo Aste para viabilizar a reabertura de suas lojas no país Após mais de quatro meses de negociações, a marca italiana Diesel escolheu o sócio que viabilizará sua volta ao mercado brasileiro. Trata-se do grupo Aste, que representa marcas como The North Face e Kipling no país. A empresa fechou suas três lojas (duas em São Paulo e uma no Rio de Janeiro) no mês de junho, avisando que iria se reestruturar para voltar ao mercado. Nesse intervalo, negociou com a InBrands - dona de marcas como Ellus, Salinas, Richards -, mas acabou optando pela concorrente. Entre 1998 e 2011, quem comandava a operação da Diesel no Brasil era o empresário Esber Hajli, que já não possui qualquer relação com a marca. A ideia incial da Diesel - que vendia calças jeans no Brasil a um preço próximo de 1.000 reais - era reinaugurar ao menos uma loja ainda em 2011.


No entanto, com a demora para escolher o novo sócio, a empresa deverá postergar seus planos para o ano que vem. O ponto da loja do Shopping Iguatemi, em São Paulo, que chegou a ser a mais rentável entre todas as lojas Diesel espalhadas pelo mundo, não conseguiu ser mantido e já pertence a outra empresa. As vendas da marca no Brasil foram atrapalhadas - entre outras coisas - pelo aumento significativo das viagens dos consumidores brasileiros ao exterior, que acabavam comprando calças jeans da marca por menos da metade do preço praticado no Brasil. As conversas para reestruturar a operação da Diesel no país foram iniciadas ainda em maio com o grupo Aste – que, em um primeiro momento, não aceitou participar do negócio. Desde então, a InBrands demonstrou interesse e passou a elaborar uma estratégia de um novo modelo de negócio para a marca, em conjunto com o empresário Patrick Siaretta, da Teleimage. Contudo, em agosto, as negociações com o Aste foram retomadas em sigilo - e, na última semana, a empresa italiana declinou a proposta da InBrands. Segundo apurou o site de VEJA, o investimento do grupo brasileiro na operação será da ordem de 20 milhões de reais. Procurado pelo site de VEJA, o grupo Aste não comentou a negociação e a Diesel não retornou o pedido de entrevista.

Diesel comemorou a volta ao Brasil com uma festa das boas na Ballroom, em São Paulo. A festa da Diesel era uma das mais esperadas da semana, e aconteceu nesta quinta-feira na Ballroom, com direito a 900 convidados que lotaram – literalmente – o espaço, e o agito seguiu noite adentro, com direito a twist de drinks e muito calor na pista de dança. Os grupos De Polainas e Killer On The Dancefloor fizeram os setlists mais animados, e todos dançaram sem parar, intercalando os passos com o estúdio fotográfico montado, onde era possível tirar fotos e se sentir dentro de uma das campanhas da marca. Coco Rocha esteve na festa no melhor esquema fast fashion, já que ficou por lá menos de 20 minutos, acompanhada pelo noivo James Conran, e da mãe, Juanita Rocha. Ficou no camarote Vip ao lado de Renzo Rosso, que era visto sempre aos pulos, aproveitando ao máximo a festa. Glamurama passou por lá e registrou todos os momentos. Dá só uma olhada: Diesel lança coleção de Verão 2013 :: Convidados especiais deram ainda mais elegância ao evento da marca. Confira nossa cobertura! A loja da Diesel em São Paulo/SP, recebeu neste sábado, 20/10/12, um seleto público que foi prestigiar o desfile de lançamento de sua coleção verão 2013. A marca DIESEL tornou-se um ícone da moda fashion, principalmente por causa de seus famosos jeans confortáveis, com aparência de usados e com um caimento impecável. A DIESEL também foi a primeira marca a colocar no lado direito do bolso frontal a marca em uma etiqueta transversal. Foi criada pelos italianos Renzo Rosso e Adriano Goldschmeid no ano de 1978 e oficialmente lançada no mercado em 1979 através de sua coleção masculina.


Na década de 80 a marca explodiu dentro do mercado italiano e passou a exportar seus produtos a partir de 1981. Em 1985 Renzo Rosso tornou-se o único proprietário da marca ao comprar a parte de seus sócios. Cinco anos depois, os jeans já eram vendidos em mais de 36 países. Atualmente a marca tem cerca de 30 Flagship Stores (lojas âncoras) em cidades como Nova York, Londres, San Francisco, Berlim, Barcelona, Paris, Tóquio, Hong Kong e Roma, além de lojas menores em cidades como Santa Monica, Antuérpia e São Paulo. Desejada e cobiçada em todo o mundo, a Diesel é sinônimo de status, bom gosto e modernidade. Abaixo alguns clicks deste glamouroso evento: Desde 1991 essa ironia e humor permeiam a comunicação da Diesel com um público jovem e bem informado. Foi quando surgiu o slogan da marca: “For successful living” (para viver com sucesso). A atual campanha prega a juventude eterna, mostrando modelos de 119 anos (sic) com pele de boneca: “Se nascer não é um crime, por que já vem com sentença de morte?”, diz o manual chamado Stay Young. Entre os sábios conselhos, estão: não pensar, não dar risada, não trabalhar, não fazer sexo, não respirar. E mais: garantir um clone seu (“o mundo não seria melhor se houvesse mais gente igual a você?”) e beber urina (“um copo fresco toda manhã limpa e nutre”). Com faturamento de US$ 500 milhões, que equivalem à venda de cerca de 25 milhões de peças no ano, é com esse espírito jovem que a Diesel abre sua primeira loja no Brasil (desde o último inverno a marca também está à venda na butique Daslu, o conglomerado de luxo paulistano). E, claro, com muitos produtos. O carro-chefe sem dúvida é a calça jeans five pockets que a marca oferece em 20 modelos e 30 lavagens diferentes entre o feminino e o masculino. “Há quase 25 anos a Diesel consegue ser grande e cool: tem volume de mainstream e apelo de underground”, define Esber Hajli, de 38 anos, sócio no Brasil. Hajli tentava trazer a marca desde 1989. “Mas o nome Diesel estava registrado por outra empresa e só em agosto ganhamos a batalha judicial”, conta. Ele garante que os preços serão os mesmos praticados no exterior. Ou seja, uma calça jeans vai custar entre US$ 100 e US$ 150 (R$ 260 a R$ 400). A tendência forte das lavagens hoje é a do aspecto sujo, encardido, empoeirado, chamado Luxury of Dirty. Das 30 lavagens trabalhadas pela Diesel, duas são top no momento: a 796 permite à calça ganhar uma segunda cor (branca ou amarela) nas “dobrinhas” da perna, como se tivesse desbotado ou envelhecido com o uso. Já a 807 sobrepõe a cor marrom ao próprio índigo, deixando a peça com dois tons que eles definem como “super luxurious”. Além do aspecto sujo obtido por uma pigmentação pós-lavagem à pedra, a 807 ainda ganha tratamento de vinil e silicone. A indústria do vestuário no Brasil Depois de vários ciclos de expansão e contração, o Brasil finalmente tem um período consistente de crescimento econômico continuado e estabilidade econômica, que vem refletindo em seu desenvolvimento. A pergunta é: como vai a indústria do vestuário no Brasil? O país é o quinto maior país do mundo em termos de população, e o maior da América Latina, com uma população de mais de 180 milhões de


habitantes. Segundo o IBGE, o PIB brasileiro no ano de 2008 alcançou a marca de R$ 2,9 trilhões, ficando entre os 10 primeiros países do mundo no ranking do PIB. Além disso, o país conta com um nível aceitável de inflação (cerca de 7% ao ano). Essas características econômicas e demográficas tornam o Brasil atrativo tanto para investidores nacionais quanto estrangeiros.

País

Custo da mão-de-obra por hora

Brasil

U$$ 3,27

China

U$$ 0,55

Paquistão

U$$ 0,42

Bangladesh

U$$ 0,28




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