Revista Plazma - 2a. Edição

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EDIÇÃO N.1 | ABRIL 2013

PLAZMA A revista do jovem empreendedor

Patrícia Olivetto

Entre Arte e Publicidade A ex-publicitária e atual representante da The Pace Gallery nos fala sobre sua vida e põe em foco a relação entre arte e mercado publicitário

Ele achou o seu lugar

Pense grande, pense Júnior

Marketing de Espelho

Vencedor do prêmio Santander Universidades, Leonardo Silva fala sobre como está sendo montar a sua start up Lugar Para Ficar

O Presidente da Brasil Júnior explica como funciona o Movimento das Empresas Juniores através de suas experiências

Júlia Anjos levanta a seguinte questão: “como podemos utilizar os 4P’s de marketing em nosso dia a dia?”


P

lazma. O quarto estágio da matéria, diferente de tudo o que é comum no nosso planeta, mas que rege o brilho das estrelas que nos dão a vida: são as ideias. Mas de que são feitas as ideias e de que elas adiantam se não são, por si, contagiantes e contagiadas? É por isso que lançamos a revista. Está mais do que na hora de nós, jovens, cheios de energias positivas nos unirmos, nos conhecermos, sonharmos juntos e pormos em prática novas realidades através desse portal.

+

Editorial

Expediente abril | 2013

O artigo da Ana Paula Borges mostra a melhor definição do que queremos quando falamos de apreendedorismo, que acreditamos ser a sinergia entre aprender e empreender. Nessa mesma seção, apresentamos três cases de start up’s que estão começando a ativar novas partículas no universo empreendedor em três diferentes estágios.

CONSELHO EDITORIAL

DIAGRAMAÇÃO E ILUSTRAÇÕES

ESPM Jr. e StudioD

Victor Maione | StudioD

DIREÇÃO

REVISÃO

Na seção MEJ Mexe, as palavras de Marcus Barão e Pedro Nascimento sobre o Movimento de Empresas Juniores ajudam a compreender de onde a Plazma saiu. Júlia Anjos, ex-diretora de projetos da ESPM Jr, recentemente empregada nos estúdios da Globosat, utiliza a sua brilhante leveza para nos dar uma dica: marketing também serve pra gente como a gente.

Fernanda Filgueiras

Victor Vasconcellos, Fernanda Filgueiras, Heloísa Barros, Vanda Leite Pinto, Pedro Curi e Marco Breja

Victor Vasconcellos

A nossa matéria de capa é uma conversa super rica (e elegante) com Patrícia Olivetto. Suas experiências tanto na publicidade quanto no mercado de arte expressam, no mais alto nível, aonde queremos chegar. Por fim, temos o nosso contágio, que permite o verdadeiro movimento de ideias entre eu, você e os nossos sonhos. Agora é a hora. Vamos nos contagiar, sem maiores pretensões de não a própria interação. Bem-vindos à Plazma. Qual é a sua história?

COORDENAÇÃO EDITORIAL EDITORES ASSISTENTES

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

Flávia Couto e Pedro Curi

Patrícia Olivetto, Ana Paula Borges, Pedro Curi, Flávia Couto, Gabriela Lopes, Vinicius Gonçalves, Vitor Tol e Marco Beja

APOIO EDITORIAL Bárbara Satlher, Henrique Melo e Rebecca Arruda REDAÇÃO Victor Vasconcellos, Fernanda Filgueiras, Flávia Couto e Rodolfo Duarte

TIRAGEM 1.500 exemplares CONTATO contagio@revistaplazma.com


Sumário Se a experiência falasse Bora, se manifestar! Doutora e mestre em administração, Ana Paula Borges diz que empreender é muito mais do que montar uma empresa: é viver O negócio social Ele achou o seu lugar Vencedor do Prêmio Santander Universitário 2012, Leonardo Silva nos conta sobre seu projeto Lugar Para Ficar

Aconteceu na EJ Ideia + Atitude Um pouco mais sobre o evento Start It Up que reuniu jovens empreendedores no auditório da ESPM

Dito e Feito Sessão de frases e ideias. Compartilhe todos os seus pensamentos

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Baby Steps Bordando o Sete O passo a passo e os desafios de ser mais uma start up no mercado

Plazma Entre a Arte e a Publicidade Patrícia Olivetto fala de sua volta ao mercado, agora, como representante da Pace Gallery

Entre as aulas e o trabalho Marketing de Espelho Júlia Anjos levanta a seguinte questão: “como podemos utilizar os 4P’s de marketing em nosso dia a dia?”

Contágio Participe Esse é o seu espaço na PLAZMA, entre e descubra como participar

06 12 18 21

Agora é pra valer ESPM, Câmeras: Ação! Já no mercado, a Royale conta sua história e fala sobre o mercado de produtoras

Fala, Júnior Pense grande Pense Júnior Os presidentes da Rio Jr. e Brasil Jr. nos contam sobre a essência do desenvolvimento colaborativo das empresas juniores Soluções e Empurrões Fábrica de sonhos Com um empurrãozinho da ESPM Jr, a d’Gaya começa a crescer como empresa

Contágio EUA e a Primavera Árabe A Global , núcleo de RI, da ESPM dá a sua opinião sobre essa onda revolucionária

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Bora, se manifestar! Por Ana Paula Borges

E

mpreender não deveria ser uma escolha. Um caminho seguido em uma determinada fase da vida. Uma característica de alguns. Todos nós nascemos com espírito empreendedor.

A própria vida exige de nós um espírito empreendedor latente e vibrante. Expandido, claro e cheio de energia. O simples ato de aprender a andar, a falar ou de apenas estar no mundo, já pode ser considerado uma jornada de empreendedorismo. Se buscarmos este conceito no dicionário, vamos ver que o mesmo está associado à realização, gestão de projetos, capacidade de liderança, visão de futuro, persistência, coragem para assumir riscos, responsabilidade e criatividade. Todas as competências e habilidades que precisamos para estar aqui. No mundo. Para viver. Mas, não é assim que as pessoas entendem. Não é assim, que as maiorias das pessoas veem. Empreender para muitos está confinado à esfera profissional, ao campo de realização material. Entretanto, o ato de realizar deveria permear todas as dimensões de nossa vida. Quantos desejos e sonhos ficaram ou estão adormecidos em nossa mente e coração? Às vezes passamos a vida inteira querendo expressar carinho ou dizer eu te amo para alguém e isso simplesmente não acontece. Não conseguimos dizer. Outras vezes temos a vontade de fazer uma SE A EXPERIÊNCIA FALASSE

viagem, para aquele lugar, aquele. e isso não acontece. A gente nem sabe por que não acontece. Até aquela vontade de fazer uma festa surpresa para o amigo, que já foi imaginada dezenas de vezes em nossa cabeça, não acontece. Se formos buscar um motivo para não ter se concretizado, nossa cabeça vai tentar dar uma explicação, vai buscar razões para a não realização mas, no fundo, ela não consegue convencer a ninguém, nem a nós mesmos. E assim, aprisionados em nossa mente e coração, nossa capacidade de empreender vai ficando enferrujada e muitas vezes, desaparece. E aí, desanimados com nossa incapacidade de criar a nossa própria realidade e manifestar nossa essência, o que temos de melhor e único, começamos a repetir que inovação, criatividade, capacidade de realização e empreendedorismo são habilidades específicas de alguns. Alguns escolhidos, felizardos e que, magicamente, inspiram os outros. Realizando aquilo que é tão próprio e particular daquela pessoa. Aquilo que é tão forte na gente, que não há nenhuma célula de nosso corpo que não esteja na mesma direção. Diariamente, a cada ato ou escolha, precisamos da energia do empreendedorismo. Ou seja, precisamos fazer convergir o que pensamos, sentimos e fazemos. E ao convergir, criamos.

E ao criar, descobrimos ou relembramos que podemos criar nossa própria realidade. E aí, vem aquela sensação que todo mundo já sentiu e nos sentimos gratos, expandidos, inspirados, fortes, corajosos, apaixonados, enfim, vivos. Empreendedores de nossa vida. A gente pode se sentir assim com mais frequência. Todo dia. A cada instante. Basta não estar dividido. Basta estar inteiro. O que penso, o que sinto e o que faço de mãos dadas. Não espere de sua trajetória nada menos do que a presença do contentamento e da felicidade. O ano está começando, trazendo uma energia de iniciação. Pegue um lápis, abra o laptop, feche os olhos e deixe vir o que você quer empreender hoje, neste mês, este ano. Vai. Comece.Empreenda. Bora, se manifestar!

Não há nada mais estimulante, inspirador e bonito quando vemos alguém alinhando mente, coração e ação. Ou seja, se manifestando.



Bordando o Sete Por Flávia Couto

Q

uem nunca teve vontade de largar tudo e abrir o próprio negócio, ser o próprio chefe, poder criar, modificar e dar personalidade ao seu trabalho, que atire a primeira pedra.

A INSPIRAÇÃO

Foi exatamente isso que o aluno de Publicidade da ESPM, Antônio Vitor, resolveu fazer. Notou que a oportunidade estava mais perto do que imaginava, teve iniciativa e mudou a sua vida e montou o próprio negócio.

A Bordando o Sete atua com o público de escolas, universidades e feiras, onde os produtos são expostos e vendidos, aos mais variados públicos, dos idosos às crianças.

Tenha coragem para seguir o que seu coração e intuição dizem. - Steve Jobs -

BABY STEPS

LINHA DO TEMPO

Tudo começou com uma máquina de bordar que o pai tinha em casa. Hoje, essa pequena máquina faz parte do ativo de uma empresa, a Bordando o Sete. A empresa começou a pouco tempo, mas não para de crescer, se fazendo cada vez mais presente no mercado.

O APOIO A INSATISFAÇÃO

Nessa época o jovem empreendedor era funcionário de uma indústria, onde trabalhava com inovações, logo tinha liberdade para criar desde que estivesse em horário comercial, ou seja, das 7hs às 17hs. Contudo essa carga horária o desmotivava

“Tenha coragem para seguir o que seu coração e intuição dizem.” Steve Jobs. Antônio viu na máquina de costura de seu pai a oportunidade de mudar a sua história. Ele seria seu próprio chefe a partir de agora

O apoio dos amigos e da família foi essencial para que sua ideia se tornasse realidade


NA PRÁTICA

Sendo ele um ex-funcionário de uma indústria, Antônio trouxe para sua empresa aspectos de sua ex-empregadora. Controle de qualidade e métodos de organização por exemplo. E como ter um negócio próprio é um aprendizado contínuo, ele está sempre estudando novas práticas para aplicar a sua empresa

BOTANDO A MÃO NA MASSA

No inicio, Antônio não largou o emprego, pois precisava da renda para se estruturar. Juntou dinheiro, comprou maquinário, arrumou a casa e finalmente em Outubro do ano passado a empresa iniciou suas atividades

VOU CHAMAR DE QUÊ?

Um dia enquanto pensava em nomes junto ao seu pai, brincou, disse: “Vai ser Bordando o Sete” e ele gostou tanto que decidiu manter o nome

CONHECENDO O MERCADO

Assim que decidiu abrir sua empresa, Antônio fez uma pesquisa de mercado e descobriu que atualmente não existe neste ramo uma empresa que atrele valor para o consumidor, e já planeja suprir essa falha de mercado

CUIDANDO DAS FINANÇAS

O planejamento financeiro foi uma das primeiras iniciativas de Antônio, já que sua maior preocupação era com o fato de seu capital não ser separado do capital familiar. A “Bordando o Sete” atua com o público de escolas, universidades e feiras, onde os produtos são expostos e vendidos, aos mais variados públicos, dos idosos às crianças

BABY STEPS


ESPM, Câmeras: Ação Por Royale Filmes

C

âmeras, editores, diretores e, agora, empreendedores. Alunos da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Ralph Richter, 22, e Tiago Cortezi, 24, não precisaram colocar os atributos em bancos de estágio. Decidiram trilhar outro caminho: sair da faculdade para o mercado de trabalho com uma empresa em mãos. Tem dado certo. Com pouco mais de um ano de idade, a Royale Filmes começa a produzir como gente grande – cerca de seis projetos fechados por mês. São vídeos institucionais, registros de eventos e até clipes de artistas. – Eu não pensava que um hobbie pudesse fazer render algum dinheiro e visibilidade – diz Ralph, antes de contar como tudo começou. – Há dois anos, uns amigos me chamaram para fazer um videoclipe com imagens de shows pelo país. A gravadora deles gostou do resultado e me convidou para ser sócio de produção. Chamei o Tiago para entrar na sociedade. Dirigimos alguns vídeos, entre eles um com 25 milhões de acessos no You Tube. Depois de algum tempo, nós dois decidimos abrir nosso próprio negócio. Desafio número um: correr contra o tempo. Como a equipe é pequena, não há outra saída. E haja transpiração. Um vídeo de 4 minutos encomendado pela rede de fast food Habbib’s, AGORA É PRA VALER

por exemplo, foi produzido em apenas dois dias. Além disso, diariamente eles se confrontam com a realidade de quem precisa dar o toque de Midas ao trabalho realizado – ou seja: transformar o material bruto em ouro. Desafios são muitos. Um dos maiores surgiu no início deste ano. Mochilas às costas, pegaram o avião rumo ao Amazonas e, depois, Belém. Missão? Produzir um vídeo institucional de um dos maiores grupos empresariais da região Norte. Isso sem falar que a própria ESPM é um dos mais novos clientes da Royale. – Propomos uma estética diferenciada, mais jovem, e dinâmica – diz Rafael. – Os clientes elogiam nossa presteza no atendimento e produção – acrescenta. – A ESPM abriu meus olhos para entender que ter ideia é muito fácil. A diferença está entre os que fazem e aqueles que não fazem – afirma Rafael. – Tem que ter talento, força de vontade, espírito criativo e senso de humor. Somos todos novos e com muita vontade de crescer. Nossa intenção é fazer história no mercado nacional de vídeo – finaliza Ralph.


o Opçã ve. e l s i ma

NHO PARA VOCE. M CARI DELICIAS PREPARADAS CO

NO

VO

MOLHO PESTO

SABOR

EIE UM COMBO

& GANHE

Fotos meramente ilustrativas. Para ganhar um dos copos da coleção é necessário o consumo de um dos combos. Promoção não cumulativa, válida de 18 de março de 2013 ou até quando durarem os estoques. Os preços dos combos equivalem à soma dos produtos que os compõem e variam de acordo com a loja. Os combos não incluem 8 ingredientes. *Preço válido para massa e molho tradicionais com o tempero do chef: salsinha, cebola e alho. Os combos não podem ter seus componentes alterados, com exceção da bebida que será cobrada com o seu valor de tabela. O prato de massa tradicional com molho Pesto, sem ingredientes, pode ser adquirido separadamente por R$14,90. O copo pode ser adquirido separadamente pelo preço de R$15,00.


Ele achou o seu lugar Por Flávia Couto e Fernanda Filgueiras

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eonardo Silva foi o ganhador do prêmio Santander Universitário de 2012 na categoria Jovem empreendedor comunitário e ganhou 50 mil reais para investir na sua start up. Ele, que sempre acreditou que o empreendedorismo pode ser um agente de mudança, teve a ideia de criar o Lugar para Ficar e decidiu que esse projeto deveria ser implementado também em comunidades. Dessa forma, além de gerar lucro estaria também ajudando o crescimento dessas comunidades. A ideia surgiu quando Leonardo procurava um imóvel para alugar onde passaria o carnaval na região dos lagos, no Rio de Janeiro. Por meio de um site de classificados ele encontrou o imóvel ideal, porém era necessário um depósito prévio, sem segurança alguma de que tudo correria de forma honesta. Então Leonardo chegou à conclusão que uma empresa de aluguel por temporada que prestasse um serviço similar ao do Mercado Livre, seria um modelo ideal.

qualquer pessoa possa oferecer seu imóvel e o site intermediará toda a negociação, inclusive o pagamento, que somente será liberado no momento em que a outra parte adentrasse no imóvel alugado. - Você poderia falar um pouco sobre a sua relação com a comunidade do Cantagalo e por que teve a ideia de investir nela? - Minha relação com a comunidade é de berço. Eu sou nascido e criado aqui. Quando surgiu a ideia do Lugar pra Ficar, a primeira coisa que eu pensei foi “Por que não ter isso na comunidade?” Então, essa ideia desde o começo do projeto foi bem sedimentada e explorada nesse sentido. - Qual é a importância desse turismo comunitário pra você?

O projeto se mostrou muito promissor e com grande aceitação do mercado, pois ainda que o conceito desse tipo de site para aluguel por temporada já exista em outros países, nunca foi implementado no Brasil. A proposta do Lugar para Ficar ainda se diferencia por disponibilizar e incentivar também o serviço em comunidades.

- O Rio de Janeiro vive um momento único. Desde o começo das UPPS, eu acho que o estado aprendeu o seguinte: É legal investir no social porque é melhor para o Rio de Janeiro. Você desenvolver um turismo local, é uma forma de tirar certas ilegalidades. É você conseguir causar o impacto social positivo, está gerando mais emprego.”

O serviço oferecido pelo Lugar para Ficar consiste em disponibilizar uma plataforma onde

- E como ele vai funcionar?

O NEGÓCIO SOCIAL


- As pessoas sempre acham que o Lugar para Ficar é hospedagem comunitária. E não é. Na verdade, a ideia é um turista de BH que vem aqui para o Rio de Janeiro e quer alugar uma casa no cantagalo com diária de R$50,00, ou um hippão, alguém que queira ver a queima de fogos, que queira alguma coisa mais exótica. Tanto para um turista de Maceió, filho de fazendeiro, que acabou de se casar e quer alugar uma cobertura em Ipanema. - Então, a nossa missão é pegar desde uma laje dentro da comunidade, até um imóvel de luxo em Ipanema. Essa é a ideia do Lugar para Ficar. A empresa vai oferecer todo o aparato tecnológico e administrativo para a pessoa cadastrar a sua acomodação e é totalmente de graça. Em relação à comunidade, estamos vendo como vamos incentivar isso. - Como foi a reação das pessoas da comunidade quando souberam que você ganhou prêmio? - A reação das pessoas foi de dúvida em relação ao preço. A Nossa maior dificuldade vai ser criar uma metodologia que possa fazer com que as pessoas aluguem as suas casas e também cause um impacto social positivo, ou seja, gerar renda para as pessoas. Essa é a ideia da empresa. - Como você se sente sabendo que é dono de uma Sstart up?

- Nossa, isso é muito bom! O mais engraçado foi quando eu vi o meu nome sendo anunciado como vencedor do prêmio Santander. Assim, dinheiro é bom, recurso é bom, mas eu acho que você ser reconhecido por aquilo que você fez, você criou, Não tem nada que pague. É muito gostoso. Se eu fosse criança eu ia falar: Papai, quero ser empreendedor! - Você também ganhou um prêmio chamado Meu Futuro Negócio. O que espera do seu futuro? - Eu espero que o negócio dê certo. Eu espero que a empresa aja de acordo com o que eu sempre pensei, com o que eu sempre planejei, seja uma empresa nacional, da américa latina, global. E tenha o seu impacto social. Também, por uma vontade pessoal, por ser nascido e criado aqui, eu quero muito que isso de certo. Aqui e nas outras comunidades. Eu espero viver disso. Se você gostou da ideia do Leonardo, já pode comemorar. O site entra no ar dentro de aproximadamente dois meses, na versão beta. Para conhecer melhor o Léo entre no site da Plazma e assista a entrevista.


Entre Arte e Publicidade Por Victor Vasconcellos

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ercado, moda, música, filmes, beleza, arte, design. Apaixonada por arte, aos 54 anos, dois filhos, trabalhou por anos no meio publicitário e é hoje representante de uma das maiores galerias de arte de Nova York, a The Pace Gallery. Seu nome é Patrícia Olivetto. Ela esbanja glamour e conta pra gente, além das suas experiências, um pouco dessa relação entre, por um lado, utilizar uma forma de arte para o mercado e, por outro, utilizar o mercado para a arte. Patrícia nos diz que sempre teve paixão por colecionar quadros: foi ainda adolescente, em sua primeira viagem, com os pais, que começou a visitar os principais museus europeus. Ao iniciar a careira como publicitária, passou a conviver com gente da área cultural: artistas, músicos, jornalistas e escritores. No começo dos anos 90, foi morar em Barcelona – cidade artisticamente riquíssima - para abrir um braço da produtora de comerciais Jodaf, da qual era uma das sócias. Voltando a viver no Brasil, alguns anos depois, fez um curso de História da Arte, paralelamente ao trabalho na publicidade. Seu interesse pelo assunto foi crescendo dia-a- dia: casada, viajava muito com o marido, de férias e à trabalho, pelo Brasil e pelo mundo afora. O marido de Patrícia, Washington Olivetto é uma pessoa bastante conhecida no mundo da publicidade. PLAZMA

Ao programar uma viagem, “a primeira coisa que eu fazia era um roteiro das melhores exposições do momento e das galerias de arte mais importantes a visitar”- relembra Patrícia. Segundo ela, o amor pelas artes – aí se incluindo literatura, teatro, cinema – se intensificou mais ainda no período em que foi uma das sócias da Conspiração Filmes, e conviveu com pessoas influentes em todas essas atividades culturais. Patrícia enfatiza o cinema como arte: “ Desde o momento em que você está preparando um roteiro, está fazendo a produção das locações, do figurino, cuidando da fotografia - pode-se dizer que cada cena pensada é um quadro. Buscamos sempre referências da arte.” Com um currículo de mais de vinte anos de atividades em publicidade, inclusive como sócia de duas produtoras do mercado e de uma finalizadora, ela resolveu fazer uma pausa, ao ficar grávida de gêmeos, a fim de ser uma mãe bem presente para os filhos, Antônia e Theo, agora com 8 anos. Terminada a infância das crianças, Patrícia, embora se sentisse realizada profissionalmente, sentiu também que chegara o momento de retomar o trabalho, até como exemplo para seus filhos. A Pace Gallery já era uma velha


conhecida, e seu presidente, Douglas Baxter, um bom amigo.

em uma de suas coleções. Aliás, um vestido dessa coleção lhe foi presenteado pelo marido:

Este é um momento de particular importância, assinala Patrícia, pois o mercado publicitário se expandiu, novas mídias surgiram e estão ocorrendo grandes mudanças. Mas, se o diálogo está sendo privilegiado em relação ao monólogo e a produção de conteúdo está especialmente valorizada, uma coisa não mudou e não vai mudar: a busca por uma grande idéia.

“Para mim, não existe até hoje um vestido mais lindo que este de YSL - e que privilégio eu tê-lo!”

Patrícia não vê oposição alguma entre propaganda e arte. Pelo contrário, ela ressalta que a propaganda é a arte de se comunicar: “Muitos anúncios se inspiram diretamente na arte: quantos anúncios não vimos com a linguagem do Chuck Close, lembra-se?” Sublinhando que a propaganda se utiliza de elementos de arte como o texto, o desenho, a fotografia e a música, ela nos aponta o fato de que muitos artistas se utilizaram da publicidade para fazer seu trabalho, “por exemplo, Andy Warhol com suas coca-colas e sopas Campbell, e Roy Lichtenstein e suas cozinhas inspiradas em anúncios de jornais”. Na visão de Patrícia, a relação entre propaganda e arte existirá sempre. Isso, aliás, não é exclusividade da propaganda: há momentos em que o status de obra de arte pode ser detectado em produções de outras áreas. Ela cita como exemplo a moda, e relembra Yves Saint-Laurent se inspirando em Mondrian

Patrícia diz que é preciso ter presente que as diversas artes se mesclam, interagem e cita numerosos exemplos: Oscar Schlemmer, professor da Escola Bauhaus na Alemanha, desenhou figurinos maravilhosos para o Ballet Triadique em 1922; nos anos 60, os japoneses Issey Myiake, Rey Kawakubo e sua Comme des Garçons, e Yohji Yamamoto começam a fazer um trabalho que é pura arte, desde o desenvolvimento dos tecidos até o design; agora a Louis Vuitton acaba de pedir aos artistas brasileiros Os Gêmeos para desenvolver uma estampa para sua nova coleção. Como publicitária, Patrícia era produtora executiva, coordenando todo o processo de trabalho, divulgando o trabalho dos seus diretores e sendo responsável pelo relacionamento com os clientes. “Recomeço com uma belíssima experiência que pode ser muito bem adaptada para o mercado de arte”. Apesar de ser muito exigente quanto a estética e beleza, Patrícia não pinta o cabelo: : “Para mim a estética mais pura e simples é sempre a mais elegante”.


Pense grande Por Pedro Nascimento

F

oi com esse título que Rodrigo Brito, fundador da Aliança Empreendedora e um dos maiores empreendedores sociais do mundo, começou seu recente artigo sobre o Movimento Empresa Júnior. Não por acaso, ele foi aluno dessa escola, onde se desenvolveu, errou, aprendeu e, nesse virtuoso processo, encontrou sua vocação. E esse é o papel das escolas, certo? Mas essa escola é diferente. Ela não tem uma sede única, há mais de 200 espalhadas pelo Brasil. No lugar de um conteúdo programático fixo, dá oportunidades práticas de desenvolvimento, por meio de projetos para clientes reais. Ao invés de apenas preparar as pessoas para o mercado, ela convida 6000 jovens por ano a se tornarem pessoas melhores. E onde essa escola começou? A primeira Empresa Júnior (EJ) nasceu em 1967, em Paris, na França. Nessa época, pela falta de empregos no país, a palavra-chave para a criação de uma EJ era clara: empregabilidade. A Empresa Júnior existia para proporcionar ao universitário a aplicação prática dos conhecimentos teóricos, dotando-o da experiência necessária para se ingressar no mercado de trabalho. O movimento cresceu, se espalhou, e, em 1988, chegou ao país tropical. Com o passar dos anos, o Movimento cresceu e os empresários juniores brasileiros se deram conta que não se tratava apenas de se destacar no mercado de trabalho, mas de um propósito FALA JÚNIOR!

de existir: de transformação do país por meio do empreendedorismo. E como se dá essa transformação? Através de diversos pontos de vista: Do empresário júnior que, durante seu curso superior, tem a oportunidade de desenvolver diversas competências fundamentais para sua vida profissional, como trabalho em equipe, comunicação, liderança e gestão, e se torna um profissional diferenciado no mercado. Das micro e pequenas empresas do país as quais possuem índices de mortalidade de quase 60%. A partir dos projetos e consultorias de empresas juniores, as mesmas garantem, a preço de custo, acesso a conhecimento de altíssimo nível, validado por professores, e capazes de causar profundas transformações em suas realidades. As empresas, com esse suporte, crescem e, em escala, fazem a economia d o país crescer. Das médias e grandes empresas que tem acesso a profissionais altamente capacitados, com pensamento inovador, capazes de trazer novas soluções para antigos problemas. Já é normal ver grandes multinacionais com processos seletivos específicos para empresários juniores. Do Movimento, que se desenvolve colaborativamente. Como a finalidade das EJs é formar pessoas, não conquistar mercados, não há concor-

rência entre as empresas. No lugar disso, cresce a colaboração, e o desenvolvimento nacional por meio de trocas de práticas e projetos em conjunto. Assim, as empresas provam que o todo é sempre maior que a soma das partes. E, finalmente, sobre o ponto de vista da sociedade. O aluno que, hoje, se engaja numa Empresa Júnior, se capacita, faz projetos, dá suporte a empreendimentos e resolve problemas. Contudo, essas não são suas únicas atribuições.

Ele cultiva valores diferenciados, como uma visão para oportunidades, responsabilidade social e um incrível senso de realização. E é isso que faz dele um agente de mudança. Um cidadão que hoje, dentro de sua universidade, faz alguns projetos interessantes, que impactam algumas pessoas. Mas que, amanhã, pode se tornar um grande líder, seja no setor público, no setor privado ou com seu próprio negócio. Como o Rodrigo Brito, já supracitado, que prova que nossa escola não forma apenas grandes profissionais, mas empreendedores, jovens líderes comprometidos e capazes de mudar o Brasil.


Pense Júnior Por Marcus Barão

E

m 2013, comemoramos 25 anos de MEJ - Movimento Empresa Júnior no Brasil e 10 anos da fundação da Brasil Júnior - Confederação Brasileira de Empresas Juniores. Somos 212 empresas juniores, contamos com mais de 7.000 jovens envolvidos e o Movimento não para de crescer. Além de trabalhar pela expansão nacional, a Brasil Júnior através da parceria com a JADE Confederação Europeia de Empresas Juniores, também é responsável pela expansão global do MEJ, atuando, diretamente, no continente americano e enviando, semestralmente, um time de embaixadores para atuarem na Europa.

É através da experiência empresarial proporcionada pelas empresas juniores, que buscamos formar cidadãos comprometidos e capazes de transformar o país e é, justamente, através da participação nas instâncias do Movimento, que o empresário tem a oportunidade de aprimorar e desenvolver novas competências. Enquanto empresário júnior tive a oportunidade de ser Presidente da minha empresa, Presidente da RioJúnior - Federação das Empresas Juniores do Estado do Rio de Janeiro, além de diversas outras atividades, projetos e iniciativas das quais fiz parte. Como uma das vivências mais desafiadoras e ricas de aprendizado eu destaco a experiência de ter coordenado a Junior Enterprise World Conference - JEWC 2012. Sem acontecer no Brasil desde

2004, tínhamos o desafio de realizar a maior edição da história e num modelo de evento completamente diferente do que já havia sido feito. Foram 2100 participantes, de 11 países, mais de 100 parceiros e palestrantes e tudo isso em uma das cidades mais lindas do mundo - Paraty. Certamente, foi um divisor de águas na história do MEJ brasileiro e, certamente, um divisor de águas na minha vida.

Aprendi sobre liderança, trabalho em equipe, humildade, mas, principalmente, sobre propósito. No JEWC 2012, tínhamos, como sonho, provocar o maior número de pessoas para que pudessem enxergar o seu potencial individual, para que conseguissem perceber o tamanho das reaizações que podemos alcançar quando estamos juntos.


Ideia + Atitude Por Marcelle Rodrigues e Isabela Carelli

E

mpreender não é um sonho distante. Essa foi a mensagem da segunda edição do Start it Up, evento criado pela ESPM Jr. e realizado nos dias 5, 6, 7 e 8 de março, no auditório da ESPM. O Start it Up teve como objetivo despertar o espírito empreendedor nos jovens e mostrar que as ideias não andam sozinhas, elas precisam de atitudes para que o sucesso seja alcançado. Durante todo o evento, foram contadas histórias de oito grupos de pessoas que procuraram seus sonhos e, hoje, fazem parte da geração empreendedora. Apresentaram, também, ao público, todo o processo criativo, o caminho que percorreram até conquistarem seus espaços e as dificuldades que enfrentam, todos os dias, para ganharem visibilidade no mercado. No primeiro dia do evento, a plateia pôde participar, um pouco, de duas histórias superinspiradoras para os jovens que sonham em abrir seu próprio negócio: Chefs Club e República. O primeiro é um clube de vantagens gastronômicas, no qual os consumidores fazem a assinatura no site da empresa, validam seu cartão ou CPF e, a partir daí, usufruem de descontos em diversos restaurantes do Brasil. A República se apresentou em seguida. Primeira agência de marketing universitário no Rio de Janeiro; ela tem como objetivo engajar, envolver e conectar marcas ao público jovem. Escolheram esse público por ser o que mais consome produtos no Brasil, representados por diferentes tribos. O Hareburger foi a estrela do segundo dia. O “primeiro fast-food vegetariano das galáxias” nasACONTECEU NA EJ

ceu em 2006, na praia de Ipanema, e virou uma rede de conceito totalmente saudável. O “Hare” possui um conceito novo de fast-food vegetariano, marketing inovador, espontaneidade e saúde. Ainda no segundo dia, a empresa Bolei marcou presença no evento. Criada a partir da ideia de unir o que amam - o design - com algo que todo mundo precisa, tem como objetivo dar utilidade a objetos esquecidos ou descartados. Esses projetos são feitos a partir dos refugos de produção de indústrias e empresas que querem diminuir desperdício.

As camisetas tomaram conta do auditório, no quarto e o último dia de evento. As marcas “Casa20” e “Platz“ contaram como deram início aos projetos, como foi a caminhada para concretizá-los e como estão atualmente. Ambas permanecem em crescimento e a tendência é direcionar a venda para o público jovem. Ao final da palestra, a ESPM Jr. realizou uma espécie de “roda de debates”, na qual dúvidas, esclarecimentos e conselhos foram discutidos de forma informal e acessível.

No terceiro dia de palestra, foi a vez do Hotel Urbano e do Brownie do Luiz. Roberta Antunes, umas das sócias e fundadoras da maior agência de viagens on-line do Brasil, foi a responsável por representar a empresa e dividir suas experiências com a platéia. Ela contou que por lidar com promoções e descontos em viagem, a empresa tem um público alvo bem amplo e se preocupa com os clientes e com os hotéis que constam na lista de atendimento do site da marca.

Quem esteve no evento pôde ter a certeza que os objetivos daqueles empreendedores foram atingidos ou estão caminhando na direção certa. Um ponto comum entre os participantes foi a importância de amigos e da família para o empreendimento. Os palestrantes entraram em sintonia com o propósito do Start it Up e cumpriram a tarefa de incentivar a “geração Y” a superar os medos de dar início ao próprio negócio. O planejamento é importante, mas vontade e persistência são essenciais antes de qualquer projeto.

A história de Luiz Quinderé foi um exemplo de como projetos, inicialmente pequenos, podem sair do plano do pensamento e tornarem-se reais, com muita vontade e paciência. O Brownie do Luiz nasceu de uma ideia ainda nos tempos de colégio. Os amigos foram parte fundamental na divulgação do projeto. Luiz começou vendendo brownies no recreio e, atualmente, marca presença em uma fábrica no bairro de Laranjeiras com uma equipe menor, porém ainda com essência familiar.

O Start it Up teve como objetivo despertar o espírito empreendedor nos jovens e mostrar que as idéias não andam sozinhas, elas precisam de atitudes para que o sucesso seja alcançado



ENTRE AS AULAS E O TRABALHO

O P de Preço poderia ser traduzido para o quanto nos valorizamos. Uma boa autoestima é essencial para qualquer tipo de relação entre pessoas – até mesmo para tornar a convivência de nós com nós mesmos mais agradável. Não devemos nos subestimar, basta pensarmos que já existem muitas pessoas para fazer isso por nós. O extremo oposto da baixa auto estima, contudo, é igualmente condenável. Dr. House talvez tenha sido um dos únicos a conseguir manter uma arrogância com certa maestria, mas com certeza ele mesmo diria “não tente fazer isso em casa”.

O P de Produto diria respeito ao que somos e temos a acrescentar. Madre Teresa de Calcutá provavelmente não entendia de marketing, mas ela dizia “Não devemos permitir que alguém saia de nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz”. Levando a mensagem para o lado prático: devemos buscar meios para que nossa presença sempre agregue algo à conversa, ao grupo, ao trabalho.

É claro que eu não estou dizendo que espelhos são um fator crítico de sucesso em rebeliões. A questão é que, ainda hoje, talvez não tenhamos aprendido a nos olhar no espelho. Um sábio professor de marketing uma vez disse à minha turma que devemos tentar aplicar a nós mesmos os 4P’s de marketing que tanto aprendemos na sala de aula. Afinal, cada vez mais se tem exigido um profissional completo, também em relação ao modo como se porta com seus colegas de trabalho. Como uma marca perante a concorrência.

sala dos espelhos do Palácio de Versalhes, um dos cômodos mais emblemáticos da arquitetura palaciana, guarda um curioso segredo. Apesar de sua fragilidade, ela sobreviveu praticamente intacta aos saques dos rebeldes durante a Revolução Francesa. Isso porque os revoltosos não sabiam o que era um espelho: eles se assustaram ao verem cópias suas surgirem ao seu lado e imitarem seus movimentos, então simplesmente fugiram correndo para a próxima sala (deve ter sido, inclusive, uma cena bem engraçada).

A

Por Júlia Anjos

Marketing de Espelho

Tudo que é feito no marketing visa o melhor para o cliente. No caso de aplicarmos o composto de marketing a nós mesmos, nossos clientes seriam as empresas nas quais desejamos trabalhar. Logo, para a própria saúde econômica da sociedade, só me resta desejar que nunca percamos a capacidade de nos olhar no espelho – e, sempre que fizermos isso, que tenhamos orgulho do reflexo.

O P de Promoção está relacionado à maneira através da qual nos comunicamos com o mundo, à imagem que passamos de nós mesmos. Muitas vezes as pessoas nos enxergam de maneiras diferentes das que nós desejamos ser enxergados que, por sua vez, podem ser diferentes daquilo que realmente somos. É, também, muito comum que as pessoas só enxerguem partes de nós – e é essencial que façamos com que elas enxerguem justamente as melhores partes.

O P de Praça talvez seja o que pode ser adotado de maneira mais literal. Os lugares onde podemos ser encontrados e o modo como nos apresentamos neles falam por nós – tanto quanto fala a imagem de um produto que se diz de luxo mas se encontra desorganizadamente espalhado nas prateleiras de um grande supermercado.


Fábrica de sonhos Por Fernanda Filgueiras abe aquele desejo que todo mundo tem de comer uma coisa bem gostosa, mas sem engordar? A padaria artesanal d’Gaya tornou este sonho, que parecia impossível, em realidade.

S Hoje em dia, sabemos que, em alguns casos, é muito difícil manter uma dieta saudável, rica em fibras, vitaminas e minerais. Isso ocorre, porque temos muitas atividades e, na maioria das vezes, optamos pelos famosos fast-foods, considerados muito gostosos, mas que, nem sempre, são bons para a saúde. Mesmo sabendo disso, Cristina conta que montar a sua padaria artesanal era um sonho e viu que era possível realizá-lo a partir do momento em que percebeu que, mesmo com o dia a dia corrido ainda havia pessoas preocupadas em se manter em forma e saudável. Mas ela não parou por aí. Ao produzir pães artesanais com sabor, a padaria visa atingir também àquelas pessoas que, por ventura, não são adeptas a uma dieta rigorosamente saudável, mas não abrem mão do sabor. Com eles, é possível fazer deliciosos sanduíches naturais. Além disso, os biscoitinhos e os brownies d’Gaya também quebram o galho quando a fome bate, naquela hora, entre uma atividade e outra. A entrevistada conta que a sua maior motivação, hoje em dia, é o desafio de manter uma padaria artesanal com, em média, dez funcionários, em um país, onde reinam os excessos, a abundância e a produção em larga escala. Além disso, diz que tem prazer em ver pessoas comendo bem. “Estar contribuindo com produtos saudáveis é uma realização muito grande para nós, como pessoas e como profissionais, que conseguimos colocar produtos de qualidade para o consumidor”. Mesmo com boas ideias e intenções a empresa passava por dificuldades na hora de comunicar o seu produto. A padaria d’Gaya tem pouco mais de um ano e não vende direto para o consumidor final. “Como se destacar perante os outros produtos na prateleira? Quem é, realmente, o meu público-alvo? E SOLUÇÕES E EMPURRÕES

os meus concorrentes? Como agir de forma acertada para o meu público de influência? Como estreitar a relação com os parceiros?” Dúvidas como essas fizeram os sócios da padaria procurarem a ESPM Jr., em agosto do ano passado. Ao perceberem a importância da comunicação e a falta de recursos para fazê-la, com eficiência, eles contaram com os consultores da Empresa Júnior no desenvolvimento de um plano de marketing e um plano de comunição eficazes para as suas necessidades. “Quando nós buscamos esta parceria, não sabíamos o que iríamos encontrar e, realmente, encontramos todo o apoio, todo suporte. Foi feito um trabalho de primeira linha, que não deixou nada a desejar. Estamos, hoje, nos sentindo com o pé no chão, onde nós estamos e para aonde queremos ir. Esse trabalho ampliou a nossa visão”. Este ano, d’Gaya está juntando esforços para colocar os planos de ação em prática e com uma perspectiva ainda maior de crescimento.


“Triste não é mudar de ideia, triste é não ter nenhuma ideia para mudar”

“Voce nunca sabe que resultados

“É claro que sou louco, mas isso não significa que eu sou errado”

FRANCIS BACON

“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.” CORA CAROLINA

virão da sua ação. Mas, se você não fizer nada, não existirão resultados”

ROBERT WILSON

“Um dia, aprendi que sonhos existem para tornar-se realidade. E, desde aquele dia, já não durmo para descansar. Simplesmente durmo pra sonhar.” WALT DISNEY

GHANDI

“Você pode fazer a diferença basta começar a fazer.”

KLAUS RIBEIRO

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Foi aberto o portal para novas dimensões, novas realidades. Agora, cabe a nos, pequenos átomos desse grande universo empreendedor atravessarmolo e intensificarmos nossas relações, colaborando e desenvolvendo novos sonhos. Esse espaço é destinado a você que está aí inquieto cheio de ideias e reflexões sobre o mundo.


EUA e a Primavera Árabe Por Bernardo Alves e Jéssica Abrahão

T

alvez nem os povos do Oriente Médio e do Norte da África estivessem preparados para a grande bomba que estouraria em seus territórios. O despreparo, certamente, não se dá pela falta de um histórico de confrontos, ataques militares e ações civis nessas regiões. Pelo contrário, elas apresentam uma história desenvolvida a partir de conflitos nacionalistas, religiosos e, principalmente econômicos, graças a grande quantidade de petróleo existente em suas terras. De fato, as revoltas de 2010 e 2011 em nada tiveram a ver com os problemas antes questionados pela população. Homens, mulheres e jovens foram às ruas reivindicar um governo mais justo, em um movimento que ia contra os regimes autoritários que não promoviam o bem-estar do povo e que eram maioria. É desse descontentamento que nasce um dos processos mais importantes da atualidade: A Primavera Árabe. O movimento teve início na Tunísia, país que, desde 1956, já começou a caminhar para o autoritarismo, a partir da eleição de diversos partidos que mantiveram o poder centralizado e, ao longo do tempo, geraram o empobrecimento da população. No final de 2010, começou a revolta contra o governo e as flores da primavera começam a florescer, proporcionando o campo apropriado para que o primeiro dos ditadores a sair do poder fosse tunisiano. Contágio

Os reflexos das ações na Tunísia foram sentidos também no Iraque, Iêmen, Jordânia, Líbano, Síria, mas, principalmente, no Egito e na Líbia. Nestes dois últimos países, as revoltas tomaram proporções históricas, derrubando governos antiquíssimos e extremamente ditatoriais, dando início a um novo horizonte político. Na Líbia, o alvo das revoltas foi o governo, absolutamente autoritário, do coronel Muammar Kadafi. Desde que chegou ao poder, instaurou um governo com fortes inclinações para o socialismo e que fornecia armas para grupos terroristas, motivo pelo qual não era muito bem visto pelas potências ocidentais.

Com o início das revoltas em 2010/2011, e com a interferência de vários Estados estrangeiros no território líbio, o governo do ditador foi derrubado A partir daí, iniciou-se uma grande perseguição a Kadafi que teria, como final, a morte do coronel. O Egito viveu sob domínio britânico até o golpe militar de 1952, que gerou, posterior-

mente, um grande movimento nacionalista. O país sofreu grandes mudanças de governo, até ser liderado por Hosni Mubarak, em 1981. Seu regime autoritário foi derrubado em 2011, quando o próprio cedeu à pressão dos revoltosos e renunciou ao poder depois de três décadas. As revoltas no Egito foram feitas por três grupos principalmente: O grupo We are all Khaled Said; o grupo April 6 Youth Movement e a Ikhwan, em árabe, ou Fraternidade Mulçumana. Algo que também mudará na região será a influência estadunidense. Com a queda dos governos totalitaristas, começaram a cair, também, os ditadores que eram aliados dos EUA, diminuindo a sua influência no mundo árabe. Tais governos garantiam a estabilidade regional e, agora, poderiam ser substituídos, de maneira democrática, por outros grupos, muitos dos quais ainda mais radicais. Isso ficou muito mais visível no Egito, onde a Irmandade Muçulmana, que deu origem a muitos movimentos terroristas, poderia fazer parte do processo eleitoral e chegar ao poder democraticamente. Neste momento, os EUA, que sustentam o discurso a favor dos direitos humanos e da democracia, se viam em um dilema: apoiar a revolução no mundo árabe era dar apoio a grupos que eram contra os Estados Unidos, e que, quando no poder, fariam o máximo para diminuir as influências deste, tanto no próprio


país, quanto no Oriente Médio. Já não apoiá-la, deixaria clara a sua posição a favor dos antigos regimes totalitaristas, pois seus antigos chefes de Estado garantiam a influência americana na área. Com o crescimento do movimento de revolução no mundo árabe e a noção de que a destituição dos ditadores seria inevitável, os EUA decidiram apoiar a revolução, visando à realização de contratos e acordos políticos que os agradassem com os novos governos que nasceriam após as revoltas. Entretanto, a Primavera Árabe começa a criar uma série de disparidades entre países aliados dos EUA, que começaram a se posicionar em lados opostos. Um bom exemplo a ser citado é o caso da China e da Rússia. No decorrer dos últimos anos, estes dois últimos países, ao lado dos Estados Unidos, têm entrado em uma disputa de influência, tanto no Oriente Médio, quanto no resto da Ásia e da África, devido ao crescente número de empresas na região. Logo no início das revoltas, China e Rússia declararam reconhecer a legitimidade das aspirações dos povos árabes na luta pela melhoria dos direitos sociais e políticos, ressaltando a soberania dos países envolvidos. Tal postura tomada por estes influenciou os EUA a aderirem à mesma, visando acordos comerciais com os novos governos, como já dito. Todavia, Rússia e China (principalmente a Rússia) são países que têm um histórico de boa relação com os países do Oriente Médio. Já os Estados Unidos, por sua vez, possuem uma longa história

de intervenções e apoios a regimes totalitaristas na região, o que culminou no nascimento de opiniões diversas contra o Estado americano, tanto de civis, quanto de partidos políticos e até de grupos terroristas. Inclusive, o pós 11 de setembro pode ser citado, em que a imprensa americana recriou a imagem do Islã associando-a ao terrorismo, e esta se disseminou no mundo. Assim, este estereótipo ficou ligado à cultura islâmica e criou, aos poucos, um movimento xenofóbico e etnocêntrico pelo mundo.

Para os EUA, a instabilidade na região do Oriente médio sempre foi muito estratégica pois, através desta, o país conseguiria manter, de alguma forma, o seu controle na região Se os Estados Árabes se estabilizassem, os Estados Unidos perderiam o controle que possuem nas áreas produtoras de petróleo e também teriam certa dificuldade em defender interesses de países aliados, como Israel, por exemplo. Para o Estado judeu, a estabilidade na área também seria um infortúnio. Se antes, com Mubarak no poder do Egito, a segurança de suas fronteiras com este país e

o tráfego pelo canal de Suez eram garantidos, com este deposto, bombardeios voltam a ocorrer em suas fronteiras e a incerteza quanto à passagem de Suez volta à tona. Além disso, o fortalecimento de Estados fundamentalistas islâmicos pelo processo democrático vindo da revolução traria à tona a velha discussão pró-palestina: esta que Israel faz questão que se prolongue por muito tempo. Logo, não se sabe ao certo o que ocorrerá no pós-primavera árabe, devido a várias forças que influenciam os acontecimentos na região. Algumas vindas da força dada pelo uso da internet e outras pela censura da mesma, além das forças externas a cada país que é palco de sua revolução. O certo é que, de um meio ou de outro, de maneira rápida ou não, o povo colocará no poder uma entidade que atenda as suas necessidades e faça com que os traumas que restaram do totalitarismo desapareçam. Deste modo, poderá surgir um governo democrático que se encaixe perfeitamente no modelo que os cidadãos – sejam egípcios, líbios, tunisianos ou sírios – desejam para o seu país, implicando ou não com a diminuição da influência estadunidense na área. A reação da maior potência do mundo a estes acontecimentos ainda é imprevisível, mas será logo vista pelo mundo, assim que os novos governos árabes se assentarem. Contágio


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