Tributo ao
ILÊ AIYÊ 40 anos de história
APRESENTAÇÃO O ILÊ AIYÊ Nasceu da coragem de quatro jovens negros do Curuzu-Liberdade-Salvador que inconformados com o racismo no carnaval de Salvador e influenciados pelo movimento Black Power americano resolvem expandir a sua cultura de origem africana, e, a lutar pelos direitos dos negros. Fundado em 1º. de Novembro de 1974, no Terreiro de Candomblé Jitolú, de nação Jêje-nagô, comandando por Mãe Hilda dos Santos sob as bênçãos do Orixás. Nesse espaço sagrado herdou os fundamentos e princípios da Candomblé, como a compreensão da convivência social, o respeito aos mais velhos, o zêlo pelas crianças e jovens e o aproveitamento da simbologia para suas canções, toques, adereços, figurinos, sem macular os princípios religiosos. Como agremiação da comunidade negra, o Ilê, consolidou-se como um dos principais agentes no resgate da autoestima e elevação da consciência da população negra da Bahia, fortalecendo a cultura brasileira por meio da manutenção e da difusão das raízes afro-baianas. O ILÊ, desenvolve intensa ação social e mantém duas escolas para crianças carentes em sua sede no Curuzu-Liberdade: Escola Mãe Hilda ( ensino fundamental, computação básica, parceria com faculdades em cursos livres) e Escola Banda Erê ( percussão, dança, estética afro, tradição africana).
PRESENTATION The Ile Aiye Born courage four young black Curuzu-Liberdade-Salvador who was tired of racism in Salvador’s carnival and influenced by Black American Power movement decides to expand their culture of African origin, and the fight for the rights of blacks. Founded in 1. November 1974, at the Terreiro Candomblé Jitolú of Jêje-Nago Nation, ruled by Mãe Hilda dos Santos under the Orishas blessings. In this holy space inherited the foundations and principles of Candomblé, an understanding of social coexistence, respect for elders, the zeal for children and youth and the use of symbols to their songs, rhythms, props, costumes, without compromising the religious principles . As the black community organization, Ilê, established itself as one of the key players in the rescue of self-esteem and increased awareness of the black population of Bahia, reinforcing the Brazilian culture through the maintenance and dissemination of african-Bahia roots. The ILÊ, develops intense social action and maintains two schools for underprivileged children at its headquarters in Curuzu-Freedom: Escola Mãe Hilda (primary education, basic computing, in partnership with some colleges from Salvador with free courses) and Escola Banda Ere (percussion, dance, African esthetics and African tradition).
Movimento Black Power A história é contada partir da década de 70, quando o movimento Black Power despertou em quatro corajosos jovens do Curuzu-Liberdade-Salvador, o desejo de expandir a sua cultura de origem africana e a lutar contra os racismos e conquistar os direitos dos negros. Estes jovens organizavam passeios, festas, rodas de samba e quando isto acontecia diziam a Zorra vem aí. Inicialmente pensaram em batizar o bloco com o nome “Poder Negro”. Entretando, não foi permitido o registro. Foi então que saíram às ruas com o bloco ILÊ AIYÊ, que mais tarde tornara-se Associação Cultural Bloco Carnavalesco ILÊ AIYÊ.
Black Power Movement The story is told from the 70s, when the Black Power movement rises in four brave young men from the Curuzu-Liberdade-Salvador, the desire to expand their culture of African origin and the fight against racism and conquer the rights of Blacks. This young men organized tours, parties, “Rodas de Samba” and when this happened the people always said: The “Zorra” is coming. Initially they thought to baptize the block named “Poder Negro” (Black Power), but the register was not allowed. Then they took to the streets with the “Ilê Aiye” Block, who later became the Cultural Association Carnival Ile Aiye Block.leges from Salvador with free courses) and Escola Banda Ere (percussion, dance, African esthetics and African tradition).
Mãe Hilda, O Bloco na Rua, A Proteção dos Orixás Uma exaltação à Mãe Hilda de Jitolu, marca a passagem daquela que foi a célula mater da entidade. E principal responsável pela saída do bloco às ruas. Mãe Hilda IYalorixá da nação Jêje, saiu a frente do bloco para garantir a segurança, tornando-se tradição no carnaval de Salvador. A proteção espiritual, as referências de sua matriz africana.
O Amor no ILÊ O Ilê Aiyê é uma agremiação que agrega não somente ativistas que lutam por um país mais igualitário, múltiplo e diverso. Há amores que se encontram no Ilê, casais que unem as suas vidas embalados por canções que eternizam os seus laços... Que propagam o nosso. Os casais são tomados por um clima de amor, paixão e felicidade.
Mãe Hilda, The Block on the streets, The protection from “Orixás” Exaltation for Mãe Hilda Jitolu, marks the passage of what was the mother cell of the entity and main responsible to put the block on the streets. Mother Hilda iyalorisha from Nation Jêje, came out ahead of the pack to ensure safety, becoming tradition of carnival in Salvador. The spiritual protection, references to her African roots.
The love in Ilê. The Ile Aiye is not just a group which join activists fighting for a more equitable country, multiple and diverse. There are loves that born in Ilê, couples who unite their lives by songs that perpetuate their ties. The lovers are taken by a feeling of love, passion and happiness.
Panafricanismo Na década de 80 cresce o movimento Panafricanista no Brasil e com ele o ILÊ AIYÊ intensifica a sua relação com a Mãe África. Reflete em seu visual ( cabelos crescem com dreadlooks), roupas de amarrações, turbantes, canções, poesias, temas para o carnaval...a escolha da Deusa do Ébano. Abdias Nascimento, Du Bois, Paul Coffe, Marcos Garvei, Bughard, Kamba Simango, Kuame Nkruman são as forças do movimento pan-africanista. ///Letra autor: Ângelo Flávio ///Arranjos: Gerônimo Santana
Letra Africa African Pan Africanismo Nasce Pan Nasce african Nasce África Nasce africanismo Du Bois Paul Coffe Bughard Pan africanismos Cru mel Kamba Simango Kuame Nkruman
Panafricanism In the 80’s grows the Pan Africanist movement in Brazil and with it the Ile Aiye intensifies its relationship with Mother Africa. Reflected in the participant’s visual (hairs grow with dreadlooks), moorings clothes, turbans, songs, poetry, themes for carnival and the Ebony Goddess election. Abdias Nascimento, Du Bois, Paul Coffe, Marcus Garvey, Bughard, Kamba Simango, Kuame Nkruman are the forces of pan-Africanist movement. ///Lyrics author: Angelo Flavio ///Musical Arrangements: Geronimo Santana
Lyrics: Africa African Pan Africanismo Nasce Pan Nasce african Nasce África Nasce africanismo Du Bois Paul Coffe Bughard Pan africanismos Cru mel Kamba Simango Kuame Nkruman Pan africanismos
Deusa do Ébano O sonho de ser uma rainha do ILÊ AIYÊ- Deusa do Ébano. A autoestima da mulher negra. Aquela que ama suas origens, preserva sua tradição, desenvolve consciência política, sabe da importância do seu papel na sociedade. Promove a beleza da raça negra dentro de um contexto sociopolítico. Atitude, comportamento, beleza e alegria. Dança com graça, beleza e magia.
Que Bloco é Esse Este quadro traduz a força do Ilê, desde o seu surgimento até os dias atuais. A força da resistência negra traduzidos em uma cultura resistente na ambivalência da resistência cultural de um povo que grita a visibilidade do seu corpo e das suas tradições em um país multicultural como o Brasil. O Ilê Aiyê, surgiu não como segregação, mas como resposta à toda estrutura racista que permanece no Brasil e no mundo.
Ebony Goddess The dream to become queen of ILÊ AIYÊ- Ebony Goddess. The self-esteem of black women. The one who loves her origins, preserves her tradition, develops political consciousness, knows the importance of her role in society. Promotes the beauty of black race in a socio-political context. Attitude, behavior, beauty and joy. Dance with grace, beauty and magic.
“Que Bloco é Esse” (What block is this) This scene reflects the strength of Ile, from its birth to the present day. The strength of black resistance translated into a tough culture in the ambivalence of cultural resistance of a people claiming the visibility of their body and its traditions in a multicultural country like Brazil. The Ile Aiye, came not as segregation block, but in response to all racist structure that remains in Brazil and worldwide.
Ficha técnica: Concepção, Direção geral e Produção executiva: Ceicça Boaventura | Direção artística: Ângelo Flávio | Coreografia: Jorge D´Santos | Direção musical: Gerônimo Santana | Iluminação: Fernanda Paquelet | Figurinos: J. Cunha | Vídeo: Henrique Filho | Programação Visual: Sidney Rocharte | Bailarinos: Osvaldo Silva, Denyz Silva, Emerson Ataíde, Elivan Nascimento, Joely Silva, Jusa Ventura, Lais Rocha, Lucimar Cerqueira, Roseli Paraguassú | Participação: Maria Boaventura | Músicos: Mestre Mario Pam, Ed Gata, Patrício Paixão, Rudenilson Santos.
Credits: Conception, General Direction, Executive Production: Ceicça Boaventura | Artistic Director: Angelo Flávio Zuhale | Choreography: Jorge D’Santos | Musical Director: Gerônimo Santana | Illuminator: Fernanda Paquelet | Costume Designer: J. Cunha | Video: Henrique Filho | Visual Programming: Sidney Rocharte | Dancers: Osvaldo Silva, Denyz Silva, Emerson Ataíde, Elivan Nascimento, Joely Silva, Jusa Ventura, Lais Rocha, Lucimar Cerqueira, Roseli Paraguassú | Musicians: Mestre Mario Pam, Ed Gata, Patrício Paixão, Rudenilson Santos | Special Participation: Maria Boaventura.
conceicao.boaventura@layepas.art.br 00 55 71 30131665 | 91619574 00 55 21 969156314 Ceicça Boaventura Facebook: Tributo ao ILê Aiyê