FAESA ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DE VITÓRIA GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
SUELEN ALEIXO MATOS
RESORT ECOLÓGICO EM GUARAPARI - ES
VITÓRIA 2017
SUELEN ALEIXO MATOS
RESORT ECOLÓGICO EM GUARAPARI - ES
Projeto de Pesquisa do Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo
apresentado
às
Faculdades
Integradas Espírito-santenses, sob orientação da Professora M.a Dielly Christine Guedes Montarroyos.
VITÓRIA 2017
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SUELEN ALEIXO MATOS
Trabalho de conclusão de curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo apresentado às Faculdades Integradas Espírito-santenses (FAESA), como requisito parcial para obtenção de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.
RESORT ECOLÓGICO EM GUARAPARI - ES
BANCA EXAMINADORA Dielly C. Guedes Montarroyos Orientador Ricardo Nacari Maioli Membro da Banca Marina Silva Tomé Membro da Banca
VITÓRIA, 26 DE NOVEMBRO DE 2017
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RESUMO A hotelaria é um condutor essencial de expansão e solidificação do turismo. Os hotéis, além de atenderem a demanda do mercado local proporcionam o surgimento de novas categoriais econômicas. Porém, grandes empreendimentos geram grandes impactos, não apenas no meio ambiente, mas principalmente no meio social em que é inserido. Diante disso, o trabalho tem por objetivo geral elaborar um projeto arquitetônico a nível de estudo preliminar de um resort ecológico com infraestrutura de lazer e entretenimento, localizado na cidade de Guarapari, Espírito Santo, Brasil. Tendo como base os princípios de sustentabilidade, compreendendo o estudo da arquitetura hoteleira alinhada ao turismo local, a análise de referências arquitetônicas e o emprego de estratégias adequadas para tornar as edificações mais sustentáveis, norteadas pelas diretrizes projetais da certificação AQUA. Palavras-Chave: Hotelaria, Projeto de Arquitetura, Resort, Sustentabilidade.
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INDICE DE FIGURAS Figura 1: Mapa do turismo do Espírito Santo ............................................................ 12 Figura 2: Pesquisa de fluxo turístico no verão........................................................... 13 Figura 3: Mapa brasileiro dos resorts associados ..................................................... 16 Figura 4: Txai Resort ................................................................................................. 29 Figura 5: Planta de implantação – Txai resort ........................................................... 30 Figura 6: Makenna Resort ......................................................................................... 31 Figura 7: Proposta de implantação – Makenna Resort ............................................. 32 Figura 8: Bangalôs – Makena Resort ........................................................................ 33 Figura 9: Hotel Casa de la Flora................................................................................ 34 Figura 10: Unidade Habitacional hotel casa de la flora. ............................................ 35 Figura 11: Localização Três Praias, Guarapari-ES ................................................... 37 Figura 12: Zoneamento Urbano de Guarapari - Três Praias ..................................... 38 Figura 13: Avenida Padre José Anchieta .................................................................. 40 Figura 14: Seção Transversal da Via Local Tipo 1 .................................................... 41 Figura 15: Análise solar ............................................................................................. 45 Figura 16: Visuais três Praias, Guarapari .................................................................. 46 Figura 17: Análise ambiental ..................................................................................... 47 Figura 18: Fluxograma das principais áreas do resort .............................................. 48 Figura 19: Zoneamento Resort.................................................................................. 50 Figura 20: Praça Central do Lobby............................................................................ 57 Figura 21: Planta de Implantação.............................................................................. 58 Figura 22: Croqui Conceitual ..................................................................................... 60 Figura 23: Maquete Eletrônica – Entrada principal.................................................... 60 Figura 24: Maquete Eletrônica – Bloco principal ....................................................... 61 Figura 25: Maquete Eletrônica – Vista Interna, Bloco Principal ................................. 62 Figura 26: Maquete Eletrônica – Vista Interna, Circulação BP .................................. 62 Figura 27: Maquete Eletrônica – Vista Interna da Passarela, BP .............................. 63 Figura 28: Maquete Eletrônica – Vista do 2º pavimento – Bloco Principal ............... 63 Figura 29: Maquete Eletrônica – Vista Interna .......................................................... 64 Figura 30: Maquete Eletrônica – Vista Aérea Bloco 2 ............................................... 65 Figura 31: Maquete Eletrônica – Vista Piscina Adulto, Bloco 2 ................................. 65 Figura 32: Maquete Eletrônica – Piscina adulto, Bloco 2 .......................................... 66
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Figura 33: Maquete Eletrônica – Salão de jogos, Bloco 2 ......................................... 66 Figura 34: Maquete Eletrônica – Fachada Norte, Bloco 2 ......................................... 67 Figura 35: Maquete Eletrônica – Fachada Leste Bloco 2 .......................................... 67 Figura 36: Maquete Eletrônica – Clube Infantil.......................................................... 68 Figura 37: Maquete Eletrônica – Clube Infantil.......................................................... 68 Figura 38: Suíte Standard ......................................................................................... 69 Figura 39: Suíte Deluxe ............................................................................................. 69 Figura 40: Suíte Deluxe ............................................................................................. 69 Figura 41: Maquete Eletrônica – Apartamentos ........................................................ 70 Figura 42: Maquete Eletrônica – Bangalôs Master.................................................... 70 Figura 43: Bangalô Deluxe ........................................................................................ 71 Figura 44: Maquete Eletrônica – Bangalô Deluxe ..................................................... 71 Figura 45: Bangalô Master ........................................................................................ 72 Figura 46: Maquete Eletrônica – Bangalô Master ..................................................... 72 Figura 47: SPA .......................................................................................................... 73 Figura 48: Maquete Eletrônica – Restaurante Principal ............................................ 74 Figura 49: Maquete Eletrônica – Restaurante Principal ............................................ 74 Figura 50: Maquete Eletrônica - Restaurante de Comidas Típicas Brasileiras ......... 75 Figura 51: Maquete Eletrônica - 2º Pavimento Restaurante de Comidas Típicas Brasileiras.................................................................................................................. 75 Figura 52: Maquete Eletrônica - Bar Coffeshop ........................................................ 76 Figura 53: Maquete Eletrônica - Bar Coffeshop ........................................................ 76 Figura 54: Maquete Eletrônica - Bar da Piscina ........................................................ 77 Figura 55 Porta tipo camarão de vidro. ..................................................................... 85 Figura 56: Estilo Veneziano....................................................................................... 85 Figura 57: Frizzata 001. ............................................................................................ 86 Figura 58: Guarda corpo modelo inox tubular ........................................................... 86
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INDICE DE QUADROS Quadro 1: Etapas do trabalho ................................................................................... 17 Quadro 2: Sistema Brasileiro de classificação de meio de hospedagem .................. 22 Quadro 3: Matrizes de Classificação de Meios de Hospedagem (Continua) ............ 23 Quadro 4: 14 Categorias de qualidade ambiental - AQUA ........................................ 27 Quadro 5: Estratégias de projetos ............................................................................. 27 Quadro 6: Atrativos turísticos de Guarapari-ES ........................................................ 37 Quadro 7: Tabela de Controle Urbanístico, ZUT 3 .................................................... 39 Quadro 8: Áreas destinadas à carga e descarga de mercadorias............................. 39 Quadro 9: Vagas para guarda e estacionamento de veículos ................................... 40 Quadro 10: Classificação das edificações e áreas de risco quanto a ocupação ....... 43 Quadro 11: Distâncias máximas a percorrer ............................................................. 44 Quadro 12: Legenda da analise solar ....................................................................... 46 Quadro 13: Legenda da análise ambiental do terreno .............................................. 47 Quadro 14: Legenda do fluxograma .......................................................................... 49 Quadro 15: Área de hospedagem. ............................................................................ 51 Quadro 16: Área Sociais (Continua).......................................................................... 51 Quadro 17: Áreas de Serviço .................................................................................... 53 Quadro 18: Áreas de Recreação ............................................................................... 55 Quadro 19: Área de Estacionamento ........................................................................ 56 Quadro 20: Legenda de Planta de Implantação ........................................................ 59 Quadro 21: Acessos de Planta de Implantação ........................................................ 59 Quadro 22: Quadro de Áreas .................................................................................... 59 Quadro 23: índices Urbanísticos ............................................................................... 59 Quadro 24: Estratégias Alcançadas da Certificação AQUA. (continua) .................... 77
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DEFINIÇAO DE TERMOS E SIGLAS ABR - Associação Brasileira De Resorts AQUA - Alta Qualidade Ambiental APA - Associação de Preservação Ambiental BLTA - Brazilian Luxury Travel Association BREEAM – Building Research Establishment Environmental Assessment Method COMTUR - Conselho Municipal de Turismo de Guarapari EMBRATUR - Empresa Brasileira De Turismo EPS - Poliestireno Expandido FUNGETUR - Fundo Geral de Turismo HQE – Haute Qualité Environmentale IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística LBC – Living Building Challenge LEED – Leadership in Energy and Environmental Design OPEC - Organização dos Países Exportadores de Petróleo PMG – Prefeitura Municipal De Guarapari RMGV - Região Metropolitana Da Grande Vitoria SETUR - Secretaria de Estado do Turismo
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SUMÁRIO
RESUMO..................................................................................................................... 4 INDICE DE FIGURAS ................................................................................................. 5 INDICE DE QUADROS ............................................................................................... 7 DEFINIÇAO DE TERMOS E SIGLAS ......................................................................... 8 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 12 1.1
PROBLEMA ................................................................................................. 13
1.2
FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ................................................................. 14
1.3
HIPÓTESE ................................................................................................... 14
1.4
OBJETIVOS ................................................................................................. 14
1.4.1
OBJETIVO GERAL ...................................................................................... 14
1.4.2
OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................ 14
1.5
JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 15
2. METODOLOGIA ................................................................................................. 17 3. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................. 19 3.1.
ARQUITETURA HOTELEIRA - CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA ......... 19
3.2.
CONCEITOS E TIPOS DE HOTEIS............................................................. 21
3.3.
CONCEITOS DE ARQUITETURA ECOLÓGICA ......................................... 25
3.3.1.
SISTEMAS DE CERTIFICAÇÃO ................................................................. 25
3.3.2.
CERTIFICAÇÃO AQUA ............................................................................... 26
3.4.
REFERÊNCIAS ARQUITETÔNICAS ........................................................... 29
3.4.1.
TXAI RESORT – BRASIL............................................................................. 29
3.4.2.
RESORT MAKENNA – BRASIL ................................................................... 31
3.4.3.
HOTEL CASA DE LA FLORA – TAILÂNDIA ................................................ 34
4. PROJETO PRELIMINAR - RESORT ECOLÓGICO .......................................... 36 4.1.
LOCALIZAÇÃO: JUSTIFICATIVA DA CIDADE E DO TERRENO ............... 36
10
4.2.
CONDICIONANTES LEGAIS ....................................................................... 38
4.2.1.
PLANO DIRETOR URBANO DE GUARAPARI-ES ...................................... 38
4.2.2.
CÓDIGO DE OBRAS DE GUARAPARI-ES ................................................. 41
4.2.3.
ACESSIBILIDADE
A
EDIFICAÇÕES,
MOBILIÁRIO,
ESPAÇOS
E
EQUIPAMENTOS URBANOS – NBR 9050/2015 ..................................................... 42 4.2.4.
CÓDIGO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO DO ESPÍRITO
SANTO 43 4.3.
CONDICIONANTES AMBIENTAIS .............................................................. 44
4.3.1.
ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO .................................................................... 45
4.3.2.
VEGETAÇÕES E VISTAS ........................................................................... 46
4.4.
CONDICIONANTES FUNCIONAIS .............................................................. 47
4.4.1.
FLUXOGRAMA ............................................................................................ 48
4.4.2.
ZONEAMENTO ............................................................................................ 49
4.4.3.
PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ DIMENSIONAMENTO ............. 50
5. DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA............................................................. 57 5.1.
CONCEITO E PARTIDO ARQUITETÔNICO ............................................... 57
5.2.
O PROJETO ................................................................................................ 58
5.3.
SETORES .................................................................................................... 60
5.4.
CRITÉRIOS ALCANÇADOS DA CERTIFICAÇÃO AQUA ........................... 77
6. MEMORIAL DESCRITIVO ................................................................................. 80 6.1.
DISPOSIÇÕES GERAIS .............................................................................. 80
6.2.
DADOS GERAIS .......................................................................................... 80
6.3.
SUPRA ESTRUTURA .................................................................................. 80
6.4.
COBERTURA E PROTEÇÕES .................................................................... 81
6.6.
ESPECIFICAÇÃO DE MATERIAIS .............................................................. 83
6.6.1.
BLOCO PRINCIPAL, BLOCO 2 E SPA ........................................................ 83
6.6.1.1. AUDITÓRIO ................................................................................................. 83 6.6.2.
UNIDADES HABITACIONAIS ...................................................................... 84
11
6.6.2.1. APARTAMENTOS:....................................................................................... 84 6.6.2.2. BANGALÔS: ................................................................................................ 86 6.6.3.
SANITARIOS E SERVIÇOS ......................................................................... 87
6.6.4.
SOLEIRAS E PEITORIS .............................................................................. 88
6.7.
SISTEMA HIDRÁULICO .............................................................................. 88
6.8.
SISTEMA ELÉTRICO................................................................................... 90
7. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 92 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 93
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1. INTRODUÇÃO O termo Resort é definido pelo Ministério do Turismo do Brasil (2017, p.1) como “Hotel com infraestrutura de lazer e entretenimento que disponha de serviços de estética, atividades físicas, recreação e convívio com a natureza no próprio empreendimento”. Segundo o modelo de regionalização do turismo do Espírito Santo, aonde está sendo proposto o resort, existem dez regiões turísticas, que demonstram o potencial econômico e turístico do estado (Figura 1). Dentre essas, a região metropolitana se destaca como um dos principais destinos escolhidos pelo turista (GOVERNO DO ESTADO, 2017, p.1). Neste contexto, a cidade de Guarapari foi escolhida entre os municípios que fazem parte da região turística metropolitana para implantar o resort ecológico. Figura 1: Mapa do turismo do Espírito Santo
Fonte: GOVERNO DO ESTADO, 2016
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De acordo com o Plano de Desenvolvimento Sustentável do Turismo do Estado (2006, p. 26), o turismo capixaba está concentrado principalmente no segmento de mercado do turismo de sol e mar (lazer). Evidenciado em: Historicamente, no Espírito Santo, predominou um perfil de turista ligado preponderantemente às praias, com forte concentração no período de verão e pouco diversificado em termos de origem (PLANO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO TURISMO DO ESTADO 2006, p. 26)
Este segmento se destaca no Munício de Guarapari devido a existência de mais de 30 praias, se tornando conhecida em outros estados brasileiros como referencial turístico (PMG, 2017, p.1). Assim, a proposta do projeto busca demonstrar que é possível desenvolver um grande empreendimento e preservar o meio ambiente, se aplicados princípios e conceitos de arquitetura ecológica, que de acordo com Kwork e Groundzik (2011, p.1) é definida como “aquela que atende aos requisitos mínimos das certificações”. 1.1 PROBLEMA Entre as dez cidades mais procuradas na alta temporada de 2017 no Espírito Santo, destaca-se Guarapari. Essa, possui o maior fluxo turístico e está entre os primeiros municípios escolhido pelos turistas para pernoitar no Estado, como evidencia a figura 2 (Observatório do Turismo, 2017, P.27). Figura 2: Pesquisa de fluxo turístico no verão
Fonte: OBSERVATÓRIO DO TURISMO DO ESPÍRITO SANTO, 2017
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Apesar de possuir este grande fluxo turístico, Guarapari não possui um eco resort, logo pretende-se discutir a falta desse e como implantar essa infraestrutura com baixo impacto ambiental, considerando problemas enfrentados na cidade como a superlotação no verão. Além disso, Guarapari possui potencial turístico incentivado pela prefeitura, destinando áreas de interesse turístico no Município. 1.2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA Como propor um resort que gere um menor impacto ambiental considerando os problemas de superlotação na cidade de Guarapari? 1.3 HIPÓTESE Para propor um resort que gere um menor impacto ambiental, faz-se necessário elaborar um projeto arquitetônico mais sustentável em sua concepção, por meio de escolhas corretas de materiais e alternativas ecológicas. 1.4 OBJETIVOS 1.4.1 OBJETIVO GERAL O objetivo geral é elaborar um projeto arquitetônico a nível de estudo preliminar de um resort ecológico, localizado em Guarapari-ES, Brasil, seguindo as diretrizes projetais da certificação AQUA, afinal esse sistema de certificação é adequado à realidade brasileira e engloba todos os elementos envolvidos em uma edificação desde a sua concepção até a fase de ocupação propriamente dita. 1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS •
Estudar conceito de Resort, hotel e pousada;
•
Estudar os princípios direcionados a questão ambiental;
•
Levantar e analisar os estudos de caso de Resort;
•
Analisar local para implantação do projeto (condicionantes legais e ambientais); e
•
Definir estratégias para propor a utilização de um sistema construtivo eco eficiente na elaboração do projeto resort aliado a preservação do meio ambiente.
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1.5 JUSTIFICATIVA A hotelaria é um vetor fundamental de expansão e consolidação do turismo. Os hotéis, além de atenderem a demanda do mercado local, propiciam o surgimento de novas modalidades econômicas (ANDRADE, 2013, p. 9) O Ministério do Turismo (2017, p.1) afirma que o mercado de turismo no Brasil mobiliza anualmente cerca de 60 milhões de viajantes nacionais e emprega 3,14% da população economicamente ativa. Em 2016, mais de 6,5 milhões de estrangeiros visitaram o país, e deixaram aqui mais de US$ 6 bilhões. Neste cenário destaca-se a importância deste estudo que se evidencia nos efeitos positivos que o turismo provoca na economia local, proporcionando desenvolvimento na infraestrutura básica da cidade e influenciando na economia do país. A Associação Brasileira de Resorts (2017, p.7), possui 50 resorts associados e certificados, presentes em 14 estados brasileiros, com um total de 14.389 unidades habitacionais, gerando cerca de 18.665 empregos diretos. No Espírito Santo não há resorts certificados pela associação brasileira de resorts (conforme Figura 3), apesar de Guarapari ser um dos destinos mais procurados pelos turistas que visitam o Estado.
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Figura 3: Mapa brasileiro dos resorts associados
Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE RESORTS, 2017
Por esse motivo, para o presente trabalho foi selecionado o Município de Guarapari, como local de implantação do Resort ecológico, adotando referência de construção ambientalmente sustentável.
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2. METODOLOGIA A metodologia adotada para a realização deste projeto foi através de pesquisa exploratória, qualitativa. Buscou-se realizar uma pesquisa bibliográfica especifica sobre o tema, com buscas em livros, em especial Andrade (2013) e Mill (2003), artigos, documentos, cartilhas do Sistema Brasileiro de Classificação dos Meios de Hospedagem, além de pesquisas sobre o local para a implantação do projeto com foco nos seguintes objetivos divididos em quatro, listados e ilustrados no Quadro 1, a seguir: Quadro 1: Etapas do trabalho
PROJETO PRELIMINAR RESORT ECOLOGICO GUARAPARI - ES
1. ARQUITETUTURA HOTELEIRA
2. ARQUITETURA ECOLÓGICA
3. REFERÊNCIAS ARQUITETÔNICA
4. PROJETO ARQUITETÔNICO
HISTÓRIA E CONCEITOS
CERTIFICAÇÕES DIRETRIZES E ESTRATÉGIAS
TXAI, MAKENNA E CASA DE LA FLORA RESORTS
CONDICIONANTES ; FLUXOGRAMAS; ZONEAMENTO E PROJETO
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017.
Primeiramente foi pesquisado a contextualização teórica, voltada aos temas: •
Conceituação, história, tipologias;
•
Conceituação e distinção dos meios de hospedagem;
•
Requisitos para um programa de um resort; e
•
Analise dos princípios de uma arquitetura ecológica;
A segunda etapa foi destinada a pesquisa sobre os princípios direcionados a questão ambiental, analisando várias estratégias de projetos, além dos processos de certificação AQUA, que norteou a concepção do projeto do resort ecológico.
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A terceira etapa, foi destinada a análise dos referenciais arquitetônicos de resorts que em comum evidenciaram em sua concepção os conceitos de sustentabilidade como prioridade. E finalmente, na quarta etapa foi diagnosticado e explicado a implantação do resort no município de Guarapari-ES, englobando as condicionantes projetais e a elaboração de fluxogramas, zoneamento e programa de necessidade até o projeto arquitetônico em nível de estudo preliminar.
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3. REFERENCIAL TEÓRICO 3.1. ARQUITETURA HOTELEIRA - CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA O primeiro relato sobre a caracterização de um espaço destinado à hospedagem veio de alguns séculos antes da era cristã, onde na Grécia Antiga eram realizados os jogos olímpicos e para estes foram construídas estruturas que visavam suportar a população que vinha prestigiar tal evento. Isto é evidenciado pelos autores Campos e Gonçalves (1998, p.71): "A primeira notícia sobre a criação de um espaço destinado especificamente à hospedagem vem de alguns séculos antes da era cristã, quando na Grécia Antiga, no santuário de Olímpia, eram realizados os jogos olímpicos. Para esses eventos, foram construídos o estádio e o pódio, onde se homenageavam os vencedores e ficava a chama olímpica. Mais tarde, foram acrescentados os balneários e uma hospedaria, com cerca de dez mil metros quadrados, com o objetivo de abrigar os visitantes. Essa hospedaria teria sido o primeiro hotel de que se tem notícia.
Segundo Mill (2003, p.20), anteriormente ao século dezoito, a população não realizava viagens como algo que se desejasse, mas sim como uma obrigação devido à falta de dinheiro e tempo combinados com precários meios de transportes e carência de alojamentos. O motivador histórico pelas formas mais antigas de oferta de hospedagem é o comércio, para atendê-lo houve a necessidade de criar núcleos urbanos e hotéis na antiguidade. Consequentemente, a hospedagem passou a ser abordada como uma prática exclusivamente econômica a ser explorada comercialmente, principalmente após a revolução industrial e a expansão do capitalismo (ANDRADE; BRITO; JORGE, 2013, p.24). A revolução industrial é caracterizada pela necessidade de novas invenções para atender a indústria naval e o avanço científico. Nesta época histórica, as definições das políticas dos países de primeiro mundo foram determinantes para decretar o ambiente histórico vivido pelo mundo ocidental, ocasionando em melhores condições para o turismo. Oliveira e Secundino (1992, p.106) evidenciam que: "O século XIX trouxe a Revolução Industrial e, com isso, melhores possibilidades para as pessoas viajarem. O aumento das estradas e dos meios de transporte favorecem o turismo coletivo. As viagens deixaram de ser apenas individuais e
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privilégios dos nobres. E os hotéis tiveram de se adaptar-se à essa nova situação. Na época em que a nobreza inglesa apenas, como um hábito anual, acorria à Riviera Francesa para as suas temporadas, os poucos hotéis existentes procuravam estar ao gosto dos seus nobres hóspedes. O que importava então era ostentar o orgulhoso título do cliente. Mas agora o hotel precisava, para ter lucros, adotar novos critérios que atendessem aos grupos numerosos: instalações mais amplas e apropriadas, embora mais simples, restaurantes com cardápios mais populares (não aqueles ao gosto de cada nobre), pessoal mais numerosos e treinado, capaz de saber agir, num só momento, com precisão diante de um número considerável de hóspedes que chegasse."
O turismo se transformou radicalmente após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), com a expansão acelerada da economia, a melhoria da renda de amplas faixas da população e o desenvolvimento dos sistemas de transporte e comunicação, principalmente com a invenção dos aviões a jato (ANDRADE; BRITO; JORGE, 2013, p.24). No Brasil as casas-grandes dos engenhos, os casarões das cidades, os conventos e principalmente, os ranchos que existiam à beira das estradas, hospedavam os viajantes. Com a chegada da corte portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808, a abertura dos portos trouxe um grande fluxo de estrangeiros, consequentemente, um aumento da demanda por alojamentos, que nos anos seguintes passaram a denomina-los “hotel” (ANDRADE; BRITO; JORGE, 2013, p.25). No entanto, Mill (2003) afirma que o conceito de hotéis de luxo (resorts) veio sendo aplicado desde o século dois antes de Cristo, pois os banhos tornaram-se locais que ofereciam descanso, lazer e outras atividades ao seu frequentador. Os primeiros banhos introduzidos no século dois antes de Cristo, eram pequenos e modestamente equipados. Os homens eram separados das mulheres. Mais tarde, os banhos se integraram, aumentaram e ficaram mais ornamentado. A estrutura característica consistia de um átrio rodeado por instalações para recreação, esportes, restaurantes, sala e lojas (MILL, 2003,
p.20). Os hotéis de luxo foram desenvolvidos para acomodar a clientela trazida pelas ferrovias, no final do século XIX. Inicialmente, funcionavam no verão, mas, com a entrada de automóveis e transportes aéreos, os lugares mais remotos se tornaram acessíveis, e os resorts começaram a operar nas quatro estações (MILL, 2003, p. 23).
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Em 1966, foi criada a Empresa Brasileira de Turismo (Embratur, atual Instituto Brasileiro de Turismo), e com ela o Fundo Geral de Turismo (Fungetur), que atua por meio de incentivos fiscais na implantação de hotéis de luxo, os chamados 5 estrelas. Esse novo segmento hoteleiro leva também a mudanças nas leis de zoneamento das grandes capitais, tornando a legislação mais flexível e favorável à construção de hotéis (ANDRADE; BRITO; JORGE, 2013, p.33). 3.2. CONCEITOS E TIPOS DE HOTEIS A atividade turística se encontra em um processo de desenvolvimento contínuo e de destaque no cenário global, repercutindo similar desempenho no Brasil (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2017, p.1). De acordo com o site da Empresa Brasileira de Turismo (2017, p.1), o termo turismo designa: “Uma atividade econômica representada pelo conjunto de transações, compra e venda de serviços turísticos efetuados entre os agentes econômicos do turismo. É gerado pelo deslocamento voluntário e temporário de pessoas para fora dos limites da área ou região em que têm residência fixa, por qualquer motivo, excetuando-se o de exercer alguma atividade remunerada no local que visita”.
Devido à diversidade de turismo, foram surgindo ao longo dos anos diversos tipos de meios
de
hospedagem,
logo,
houve
a
necessidade
de
classifica-los
e,
consequentemente, aumentar a competitividade do setor. Um dos objetivos desta classificação é promover o desenvolvimento da indústria hoteleira, classificando, categorizando e qualificando os meios de hospedagem no país, de acordo com as condições de conforto, comodidade, serviços e atendimento oferecidos. (PETROCCHI, citado por MKENEZES e SILVA, 2013, p.59)
O Ministério do Turismo do Brasil (2017, p.1), classifica os meios de hospedagem em sete categorias, descritas no Quadro 2.
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Quadro 2: Sistema Brasileiro de classificação de meio de hospedagem
CATEGORIA
CONCEITOS
RESORT
Hotel com infraestrutura de lazer e entretenimento que disponha de serviços de estética, atividades físicas, recreação e convívio com a natureza no próprio empreendimento.
HOTEL
Estabelecimento com serviço de recepção, alojamento temporário, com ou sem alimentação, ofertados em unidades individuais e de uso exclusivo do hóspede, mediante cobrança de diária.
HOTEL FAZENDA CAMA E CAFÉ
Localizado em ambiente rural, dotado de exploração agropecuária, que ofereça entretenimento e vivência do campo. Hospedagem em residência com no máximo três unidades habitacionais para uso turístico, com serviços de café da manhã e limpeza, na qual o possuidor do estabelecimento resida.
Instalado em edificação preservada em sua forma original ou HOTEL HISTÓRICO restaurada, ou ainda que tenha sido palco de fatos histórico-culturais de importância reconhecida.
POUSADA
Empreendimento de característica horizontal, composto de no máximo 30 unidades habitacionais e 90 leitos, com serviços de recepção, alimentação e alojamento temporário, podendo ser em um prédio único com até três pavimentos, ou contar com chalés ou bangalôs.
FLAT/APART
Constituído por unidades habitacionais que disponham de dormitório, banheiro, sala e cozinha equipada, em edifício com administração e comercialização integradas, que possua serviço de recepção, limpeza e arrumação. Fonte: MINISTÉRIO DO TURISMO, 2017.
O resort, como visto anteriormente, é uma das tipologias dentre os meios de hospedagem. Esse apresenta vários conceitos dentro da literatura, sendo denominado por alguns autores de hotel de lazer, nome que também será empregado neste trabalho. Mill (2003, p.11) evidencia que: Os resorts são, na realidade, uma combinação de três elementos: atrações recreativas para atrair os hóspedes; hospedagem e serviços de alimentação e bebidas a serem oferecidos para pessoas que estão longe de suas casas; e atividades para ocupar os hóspedes durante sua estadia.
A Associação Brasileira de Resorts (2013), determina-os como um empreendimento de alto padrão com ênfase em lazer, que deve oferecer serviços suficientes de entretenimento dentro do próprio empreendimento. Empreendimentos hoteleiros de alto padrão em instalações e serviços, fortemente voltados para o lazer em área de amplo
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convívio com a natureza, na qual o hóspede não precise se afastar para atender suas necessidades de conforto, alimentação, lazer e entretenimento (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE RESORT, 2013).
Os hotéis de lazer oferecem diversos atrativos, e os locais em que estão implantados possuem um grande apelo visual natural esses empreendimentos são definidos como “ilhas de autossuficientes”, onde o hóspede pode encontrar além de esporte e lazer, opções para a vida social e negócios, atendendo todas as faixas etárias. “Os hotéis de lazer, descendentes diretos dos spas e das casas de banho das antigas Grécia e Roma, tem seu maior atrativo na recreação e nos esportes, principalmente em espaços abertos de grande beleza natural e excelentes condições climáticas” (ANDRADE; BRITO; JORGE, 2013, p.73).
Com base nesses conceitos, é possível destacar duas características encontradas nos resorts, como: convívio com a natureza e diversidade de serviços. Essas são apenas duas características que de imediato se destacam, no entanto, a estrutura de um resort é bem diversificada. Para classificar-se como resort é necessário atender aos requisitos mínimos propostos pelo Ministério do Turismo. Entre esses, destacam-se (Quadro 3): Quadro 3: Matrizes de Classificação de Meios de Hospedagem (Continua)
REQUISITOS RESORT 5 ESTRELAS Nº 1 2 3 4 5
6
ÁREAS COMUNS OBS. CONSIDERADAS PARA ESSE REQUISITOS PROJETO Área de estacionamento ou marina quando ✓ Previsto 200 vagas de houver acesso somente por água. estacionamento; Existência de jardim com tratamento ✓ paisagístico. Área ou local específico para o serviço de ✓ portaria e recepção Elevadores Obrigatório Climatização (refrigeração / ventilação forçada ou natural - / calefação) adequada nas áreas sociais Banheiros sociais, masculino e feminino, separados entre si, com ventilação natural ou forçada
7
Espaço para leitura
8
Sala para escritório virtual / business center, com equipamentos (com no mínimo computador e impressora)
✓ ✓ ✓ ✓ Previsto no Bloco Principal com 46m² ✓ Previsto no segundo pavimento do Bloco principal com 95m²
24
9 10
Sala de reuniões com equipamentos Espaço para eventos e apresentações
11
Salão de jogos equipado
12
Sauna seca ou vapor
13
Oferta de pelo menos 3 tipos de piscinas
14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24
Relação de 1,5 m2 de área de piscina (espelho d'água) por capacidade máxima de hóspedes Sala de Ginástica /Musculação com equipamentos Campo de Golfe com 9 ou 18 buracos Centros de Tratamentos de Estética Centro Equestre disponível para os hóspedes Clube Infantil Instalações e equipamentos para pelo menos 3 atividades de aventura disponíveis para os hóspedes. Instalações e equipamentos para pelo menos 3 opções de atividades náuticas disponíveis para os hóspedes Pelo menos 3 equipamentos esportivos disponíveis para os hóspedes Quadra de Tênis disponível UH com área de 25 m2 ou mais, considerando quarto, antessala, e banheiro, desconsiderando varanda, em no mínimo 80% das UH
25
Disponibilidade de UH com banheira e de UH conjugáveis
26
Varandas em pelo menos 25% das UH
27 28 29
30
✓ Previsto 6 salas de reuniões; ✓ ✓ Previsto um salão de jogos eletrônicos com 48m²; Salão de jogos infantis com 25m² e um salão de jogos de sinuca, totó entre outros... de 70m²; ✓ Previsto em SPA; ✓ Piscinas para adultos, infantil e piscinas privados em todos os bangalôs; ✓ ✓ Previsto do 2º pavimento do Bloco principal com 190m² ✓ ✓ SPA de 700m² ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ Todas as UH são com banheiras; 25 UH são conjugáveis ✓ Todas as UH possuem varandas;
Climatização (refrigeração / calefação) adequada em 100% das UH Oferta de três bares e de três restaurantes ou mais, com cardápios diferentes Medidas permanentes para redução do consumo de energia elétrica e consumo de água. Medidas permanentes para o gerenciamento dos resíduos sólidos, com foco na redução, reuso e reciclagem. Fonte: MINISTÉRIO DO TURISMO, 2017. Nota: Dados adaptados pelo Autor.
✓ ✓ ✓ ✓
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Desta forma propõem-se projetar o resort ecológico em Guarapari atendendo todos os requisitos exigidos pelo ministério do turismo do Brasil. 3.3. CONCEITOS DE ARQUITETURA ECOLÓGICA Uma edificação ecológica deverá ser eficiente em consumo de energia, água e demais recursos, além de abordar os impactos ambientais no local de implantação e fora dele. Isso contribui para a sustentabilidade, mas não engloba a totalidade que a sustentabilidade representa. Considerando os aspectos ambientais, sociais e econômicos o projeto ecológico é um passo em direção ao projeto sustentável (KWORK; GROUNDZIK, 2011, p.8). Entre os métodos para promover edificações ecológicas ou mais sustentáveis destacam-se os sistemas de certificação ambiental. Os sistemas de certificação ambiental vêm sendo desenvolvidos e analisados não somente no meio da hospedagem, mas em diferentes áreas de conhecimento, visto sua participação para a melhoria do desempenho da edificação e na relação com a sociedade. 3.3.1. SISTEMAS DE CERTIFICAÇÃO No início da década de 1990, quando a preocupação com as edificações ambientalmente responsivas entrou no consciente coletivo, eram feitas muitas declarações sem fundamento sobre o desempenho das edificações. Então surgiu a necessidade de um sistema de certificação de edificações sustentáveis (KWORK E GROUNDZIK, 2011, p.3) como meio de avaliar o desempenho ou nível de sustentabilidade da edificação. O sistema mais utilizado mundialmente é o sistema LEED – Leadership in Energy and Environmental Design – (Liderança em Energia e Projeto Ambiental). Outro sistema, sendo o pioneiro entre eles, é o BREEAM – Building Research Establishment Environmental Assessment Method – (Método de Avaliação Ambiental de Edificações), lançado em 1990 pelo Reino Unido (ELIAS, 2016, p.14). No Brasil são utilizados vários sistemas de selos certificatórios. Além dos já mencionados acima, há o AQUA (Alta Qualidade Ambiental), originário da certificação francesa HQE – Haute Qualité Environmentale – (Alta Qualidade Ambiental) (FUNDAÇÃO VANZOLINI, 2017, p.1).
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O sistema de certificação é composto por indicadores e critérios compatíveis com as características locais que evidenciam as ações mais sustentáveis em cada localidade. Esses podem nortear o projeto servindo como uma ferramenta que auxilia na tomada de decisão, promovendo um processo de projeto mais integrado e alcançando os objetivos desejados como a redução dos impactos ambientais, promoção da equidade social, diminuição do custo do ciclo de vida, entre outros (KWORK; GROUNDZIK, 2011, p.8). Para o presente trabalho o sistema de certificação AQUA foi selecionado para fornecer diretrizes projetais para a elaboração do projeto do resort ecológico, uma vez que se apresenta compatível com as características locais do Município de Guarapari. 3.3.2. CERTIFICAÇÃO AQUA O responsável pela implantação do processo AQUA no Brasil foi a Fundação Vanzolini, instituição privada sem fins lucrativos. Segundo esta, ele pode ser definido “como sendo um processo de gestão de projeto visando obter a qualidade ambiental de um empreendimento novo ou envolvendo uma reabilitação”. O sistema é baseado em desempenho, e classificado em três níveis: Base, boas práticas e melhores práticas. Para se obter a certificação é exigido um perfil mínimo de desempenho com 3 categorias no nível Melhores práticas, 4 categorias no nível Boas práticas e 7 categorias no nível Base (FUNDAÇÃO VANZOLINI, 2017, p.1). Estas 14 categorias devem atender aos requisitos do controle de impactos sobre o ambiente externo e à criação de um ambiente interno confortável e saudável, sendo reunida em quatro grupos: eco construção, eco gestão, conforto e saúde (LEITE, 2011, p.31), conforme Quadro 4.
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Quadro 4: 14 Categorias de qualidade ambiental - AQUA
Fonte: LEITE, 2011
Tal certificação apresenta estratégias de projeto que serão fundamentais para a tomada de decisão do partido arquitetônico do resort, pois cada estratégia descreve um princípio ou conceito ecológico. Essas também foram evidenciadas no Quadro 5. Quadro 5: Estratégias de projetos (Continua)
ESTRATÉGIAS
DESCRIÇÃO
1. RELAÇÃO DO EDÍFICIO COM SEU ENTORNO
Analisa em que medida o projeto tem impacto no meio circundante: sobre a coletividade: redes disponíveis, limitações referentes à conservação/manutenção/serviços, aos riscos de inundação e de difusão de poluentes, aos ecossistemas e à biodiversidade; sobre a vizinhança: acesso ao sol, à luz, às vistas, à tranquilidade do ambiente e à saúde.
2. ESCOLHA
INTEGRADA DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
De um modo geral, os produtos, sistemas e processos são escolhidos levando-se em conta: Qualidade e desempenho técnico no uso; Qualidade técnica da construção; Facilidade de acesso; Impacto ambiental e sanitário da construção; Qualidade arquitetônica; Critérios econômicos e Caráter social.
De modo a permitir que as medidas adotadas para minimizar 3. CANTEIRO DE os diferentes impactos ambientais do canteiro de obras OBRAS COM (produção de resíduos, incômodos, poluição e consumo de BAIXO IMPACTO recursos) sejam duradouras, o empreendedor pode atuar junto aos que sofrem os impactos: trabalhadores do canteiro, vizinhos AMBIENTAL (permanentes) e transeuntes e visitantes (esporádicos).
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4. GESTÃO DA
ENERGIA
5. GESTÃO DA
ÁGUA 6. GESTÃO DOS RESÍDUOS DE USO E OPERAÇÃO DO EDIFÍCIO
Limitar os consumos de energia durante a fase de uso e operação do edifício e, assim, limitar o esgotamento dos recursos energéticos não renováveis e as emissões de poluentes atmosféricos e de resíduos radioativos. Para fazer isto, o enfoque consiste em: refletir antes de tudo sobre os elementos de arquitetura bioclimática que favoreçam a redução do consumo energético; trabalhar sobre os sistemas e a escolha das modalidades de energia empregadas para otimizar os consumos; reduzir as poluições associadas às modalidades de energia utilizadas. Gerenciar a água de uma forma ambientalmente correta em um edifício significa estar atento a 3 aspectos: adotar uma estratégia para diminuir o consumo de água potável; gerenciar as águas pluviais no terreno de maneira sustentável; escoar as águas servidas minimizando seu impacto no meio ambiente O desafio ambiental associado à gestão dos resíduos de uso e operação é o de limitar a produção de resíduos finais. Para isto, convém adotar medidas que garantam a separação dos resíduos em fase de uso e operação, tendo em vista uma valorização ótima e integrada às cadeias locais de reaproveitamento.
Trata-se de garantir que os desempenhos ambientais previstos nas fases de PRÉ-PROJETO e PROJETO tenham chance de se estender na fase de uso e operação. Para tanto, convém antecipar alguns desafios específicos das atividades do responsável pelo gerenciamento do empreendimento e integrálos nas escolhas de concepção, bem como, anteriormente, nas exigências do pré-projeto. O emprego de um sistema de resfriamento (isto é, a regulação das temperaturas internas por meio de uma máquina termodinâmica) resulta em um grande consumo de energia. Por 8. CONFORTO isto, é importante em primeiro lugar encontrar soluções passivas, HIGROTÉRMICO mais precisamente no que se refere ao conforto de verão, permitindo minimizar o uso de tal sistema, sem deixar de responder às exigências de conforto dos usuários. Na concepção de um edifício, as preocupações de conforto acústico devem ser tratadas em diferentes níveis e estruturamse do seguinte modo: disposições arquitetônicas espaciais, incluindo a organização do plano de massa, atribuindo responsabilidades aos intervenientes nas primeiras fases da 9. CONFORTO concepção; isolamento acústico do edifício com relação aos ACÚSTICO ruídos do espaço externo; isolamento acústico dos ambientes com relação aos ruídos internos; acústica interna dos ambientes em função de sua destinação; criação de um ambiente acústico externo satisfatório: proteção dos vizinhos contra os ruídos gerados pelo edifício. Para se obter condições de conforto visual no ambiente interno dos edifícios é necessário garantir: uma iluminação natural ótima em termos de conforto, de forma a aproveitar ao máximo a luz 10. CONFORTO natural; o empreendedor deve assegurar um nível de iluminância suficiente para as tarefas visuais a serem realizadas e reduzir os VISUAL riscos de ofuscamento produzidos pelo sol; uma iluminação artificial satisfatória, na ausência ou em complemento à luz natural;
7. MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL
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11. CONFORTO OLFATIVO
12. QUALIDADE SANITÁRIA DOS AMBIENTES
13. QUALIDADE SANITÁRIA DO AR
14. QUALIDADE SANITÁRIA DA ÁGUA
Em termos de conforto olfativo, as exigências dos usuários consistem, em geral, em não sentir certos odores considerados fortes e / ou desagradáveis. A concepção de um equipamento esportivo influencia a criação de condições de higiene não apenas por meio das disposições arquitetônicas, mas também pelas escolhas técnicas. Um empreendimento frequentemente abriga diversas atividades, sendo importante, portanto, que todos os ambientes ofereçam condições de higiene aceitáveis, inclusive e sobretudo quando o projeto apresenta espaços "de risco" no plano da higiene. Para o setor de hotelaria existe um desafio suplementar: a qualidade do ar dos espaços internos de banhos. De fato, estes espaços apresentam problemáticas bem específicas em termos de qualidade do ar: a ventilação é, evidentemente, um desafio, mas também a limitação do fenômeno de evaporação e o controle dos compostos organoclorados no ar ambiente, consequência do tratamento de poluições da água pelo cloro. Práticas de redução do consumo da água por meio do aproveitamento de águas não potáveis (águas pluviais e águas subterrâneas, por exemplo) também podem ser fontes de risco sanitário. Sendo assim, nos casos de recuperação e utilização de águas não potáveis no empreendimento, convém adotar dispositivos para a prevenção deste risco.
Fonte: GUIA PRATICO DO REFERENCIAL DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL DO EDIFICIL, AQUA, 2014
3.4. REFERÊNCIAS ARQUITETÔNICAS Nesse capítulo serão apresentados três referenciais arquitetônicos que tiveram relevância no desenvolvimento do projeto, ambos estudos indiretos, realizados por meio de revistas, sites e livros.
3.4.1. TXAI RESORT – BRASIL Figura 4: Txai Resort
Fonte: TXAI RESORTS, 2017
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O Txai resort (Figura 4), fica localizado em uma propriedade de 93 hectares de mata atlântica nativa, de frente para o mar, em Itacaré, Bahia, Brasil. O empreendimento foi implantado em uma Área de Preservação Ambiental (APA) e consegue unir um projeto arquitetônico sofisticado com baixo impacto ambiental utilizando menos de 3% da área disponível para a construção de edificações (TXAI RESORT, 2017, p.1). O projeto do resort totaliza 8.134,94m² de área construída em um terreno com área total de 930.000,00m²; dividido em ala sul e ala norte (conforme Figura 5), onde acomoda até 120 hóspedes suas acomodações foram divididas em bangalôs superiores, bangalôs de luxo e bangalôs premium, com o tamanho variando de 60m² à 70m². Possui também apartamento de luxo, apartamento luxo mezanino e apartamento superior variando de 45m² a 80 m² (TXAI RESORT, 2017, p.1). Figura 5: Planta de implantação – Txai resort
Fonte: TXAI RESORTS, 2017
A área de lazer e serviço do resort conta com os seguintes itens: 03 restaurantes, 04 bares, 01 piscina sul de 50 metros, 01 piscina norte de 25 metros, 01 piscina de lazer, 01 piscina climatizada e 01 piscina infantil. Além da área de lazer o resort possui 02
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salas de estar, sala de televisão e sala de jogos, 02 saunas, serviço de praia, serviço de quarto 24hs, sala vip no aeroporto de Ilhéus, loja de artesanato, bussines Center, enfermaria e heliponto, os dados são da incorporadora e construtora do resort, a RFM Empreendimentos. A proposta de projeto, pretende também classificar as unidades habitacionais de acordo com o grau de luxo oferecido, visto que a proposta é um eco resort de categoria cinco estrelas. O Txai Resort é considerado uma referência para a realização do projeto arquitetônico, afinal está localizado no Brasil e implantado em uma área de preservação ambiental além de trazer em seu partido arquitetônico os princípios de sustentabilidade, utiliza as matérias primas da própria região. No presente projeto foram adotados no partido arquitetônico princípios de sustentabilidade de forma consciente a fim de utilizar materiais renováveis no sistema construtivo como a madeira. 3.4.2. RESORT MAKENNA – BRASIL Figura 6: Makenna Resort
Fonte: ARCHDAILY BRASIL, 2017
O Makenna resort (Figura 6), fica localizado entre as praias de Ilhéus e Itacaré, na Bahia, Brasil. Concluído em 2010, tem como a autoria o escritório Drucker Arquitetos Associados. O terreno possui uma faixa de oito hectares entre a estrada e a faixa de marinha, que pertence a uma gleba de 50 hectares, considerado uma área de mata atlântica que se constitui uma reserva florestal protegida pela Unesco e pelo Ibama (REVISTA AU, 2010, p.1).
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Para possibilitar uma intervenção que abrigasse o programa de um resort, o prédio único foi descartado e as construções foram distribuídas, conforme Figura 7. O resultado foi um programa de necessidades distribuído: um clube com restaurante e salas de lazer, um spa, 16 bangalôs e um setor de serviços. A área total construída é de 6,7 mil m² (REVISTA AU, 2010, p.1). Figura 7: Proposta de implantação – Makenna Resort
Fonte: GALERIA DA ARQUITETURA, 2017
A área dos bangalôs varia de 80 a 150 m² para oferecer mais possibilidades de plantas e assim receber diferentes grupos de pessoas. As paredes foram revestidas com arenito do Norte, que é uma pedra típica da região. Para todas as construções foi definida uma estrutura de concreto aparente, com lajes nervuradas e miolo de EPS de 30 cm de espessura, com apoios pontuais relativamente separados, e em todos os casos, grandes balanços. Por questões técnicas e de conforto, as lajes dos pisos são elevadas 70 cm em relação ao nível do solo, o que garante ventilação inferior e possibilita o abrigo das instalações hidráulicas e elétricas, conforme Figura 8 (REVISTA AU, 2010, p.1).
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Figura 8: Bangalôs – Makena Resort
Fonte: GALERIA DA ARQUITETURA, 2017
Com relação à sustentabilidade, o projeto contou com algumas estratégias para contribuir com a natureza. A cobertura é feita com laje nervurada e EPS (Poliestireno Expandido), que contribui para uma maior proteção contra o sol, diminuindo em até 2 graus a temperatura interna. Para facilitar o fluxo de ar optou-se por aberturas frentefundo que podem ser controladas por venezianas de madeira com palhetas móveis, o que diminui a temperatura interna e dispensa o uso de ar condicionado. Todo o projeto teve que ser aprovado pela Prefeitura de Ilhéus, pela APA (Associação de Preservação Ambiental) e pelo Ibama. Pelas leis da APA nenhuma construção na região pode devolver esgoto não tratado ao mar e o índice de purificação da água devolvida deve ser de 98%. Por isso, os arquitetos especificaram um sistema de tratamento baseado em dois tanques reatores que purificam o esgoto. Além do tratamento da água, a energia elétrica de todo o complexo é abastecida por sistemas de captação solar como células fotovoltaicas e placas de captação (REVISTA AU, 2010, p.1) Esse resort foi escolhido como estudo de referência pois se encontra em uma área de reserva florestal possuindo fortes restrições construtivas, logo, o projeto foi pensado para interferir minimamente no espaço natural. Tratando-se de um exemplo de como a arquitetura pode se desenvolver sem agredir o meio ambiente, um dos principais objetivos do projeto desenvolvido.
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No projeto arquitetônico do Eco Resort em Guarapari, pretende-se distribuir as construções de forma harmônica com o intuito de o resort permanecer em conformidade com a natureza, através de prismas horizontais com áreas divergentes a fim de receber diversos perfis de hóspedes, assim como o Makenna Resort. 3.4.3. HOTEL CASA DE LA FLORA – TAILÂNDIA Figura 9: Hotel Casa de la Flora
Fonte: ARCHDAILY BRASIL, 2017
Localizado Phang Nga, ao sul da Tailândia, o Hotel Casa de lá Flora (Figura 9), foi projetado pelo escritório Arquitetura VaSLab em 2008. O conceito assume o ato de "flora emergente", onde cada villa de concreto versus madeira reflete como uma forma de flora, emerge do solo e floresce para atingir a luz do dia. As paredes desviadas e os telhados inclinados são caracterizados em toda a série de 36 moradias de forma cúbica (ARCHDAILY, 2011, p.1).
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Figura 10: Unidade Habitacional hotel casa de la flora.
Fonte: ARCHDAILY BRASIL, 2017
Dez unidades estão diretamente na praia, com vistas máximas para o mar, e todas possuem piscinas privadas, serviço de mordomo 24 horas e entretenimento no local, conforme Figura 10. A respeito da sustentabilidade o hotel possui um sistema de purificação de ozônio (baixo químico) para piscinas e reciclagem de águas residuais e águas da chuva (ARCHDAILY, 2011, p.1). Tal tipologia inspirou a proposta de projeto, na qual pretende-se prever 36 unidades habitacionais com piscinas privadas e vistas para o mar, distribuídas no terreno em forma cubica com o objetivo de se tornarem uma forma de habitação mais reservada, no entanto irá compor todo o resort como um desenho único.
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4. PROJETO PRELIMINAR - RESORT ECOLÓGICO Segundo Andrade (2013, p.50), o mercado em resposta à diversidade das demandas, assim como à competição com outros estabelecimentos concorrentes na capitação dos hóspedes, fez surgir ao longo do tempo muitos tipos de hotel com características próprias em razão da sua localização e do segmento de mercado ao qual estão voltados. Os autores Andrade; Brito e Jorge (2013, p.50), sugerem algumas classificações de tipologias hoteleiras tais como hotel, resort, hotel fazenda, cama e café, hotel histórico, pousada e flat/apart-hotel. Segundo essa classificação, a proposta que mais se enquadra no que será proposto fazer é um hotel de lazer (Resort): Empreendimentos fora do centro turístico urbano com classificação de 4 a 5 estrelas, com grande apelo turístico e paisagístico, excelentes condições climáticas; terreno de grande dimensão e a clientela preferencial é de turistas em viagens de recreação e lazer. 4.1. LOCALIZAÇÃO: JUSTIFICATIVA DA CIDADE E DO TERRENO Guarapari, cidade escolhida para o desenvolvimento da proposta compõe a Região Metropolitana da Grande Vitória, com mais de 105 mil habitantes, ocupa uma área de 591,815 Km² (IBGE, 2016). Sua história se inicia por volta de 1585, quando o padre José Anchieta construiu uma capela e residências para os catequistas da companhia de Jesus, iniciando assim o povoamento de Guarapari. A antiga Matriz Construída em 1585, pelo Padre José de Anchieta, no alto de uma colina, esta igreja deu início ao povoamento de Guarapari, sendo marco da fundação da Cidade. É tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como patrimônio nacional. (PMG, 2017). Em 1677, o donatário da capitania, Francisco Gil de Araújo, construiu uma igreja dedicada à Nossa Senhora da Conceição (atual padroeira) e em 1679 criou a vila. O primeiro nome foi Vila dos Jesuítas, depois, Aldeia de Nossa Senhora, Aldeia de Santa Maria de Guaraparim, Guaraparim, Goaraparim e finalmente, Guarapari (IBGE, 2013).
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Quadro 6: Atrativos turísticos de Guarapari-ES
ATRATIVO
DESCRIÇÃO
Praias dos Divididas por pedras enormes, intercaladas por arrecifes, formando, Namorados e das durante a maré baixa, piscinas naturais. Castanheiras Praia da Areia Preta
Com ondas fracas e faixas douradas e escuras, é a principal praia de areia monazítica de Guarapari.
Enseada Azul
Formada pelas praias de Guaibura, Bacutia, Mucumã e Peracanga, interligadas por areias brancas e finas. Tem água extremamente cristalina que permite boa visibilidade e 8m de profundidade.
Praia de Meaípe
Margeia uma antiga aldeia de pescadores. De ondas fracas e areia grossa, é contornada por castanheiras. Despontando hoje entre uma das mais procuradas do Estado, já foi considerada uma das dez praias mais bonitas do Brasil, pela revista Quatro Rodas.
Parque Estadual Antigo Parque Estadual de Setiba tem esse nome em homenagem Paulo Cézar ao biólogo assassinado devido à sua luta pela preservação do local. Vinha Praia do Morro
Com 4 km de extensão, com areia clara, fina e solta, é uma das maiores praias de Guarapari. Em uma das extremidades as ondas são fortes; na outra, as águas são calmas.
Fonte: GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, 2017 Note: Dados adaptados pelo autor
Além destes citados, é possível destacar também as Três Praias situada na parte sul do município de Guarapari, ilustrado na Figura 11, sendo a escolhida como objeto de estudo para a implantação do eco resort. Figura 11: Localização Três Praias, Guarapari-ES
Fonte: GOOGLE MAPS, 2017
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A escolha se deve às características que o local reúne, como a relação direta com paisagens naturais de matas e mar, além da proximidade com importantes Municípios do Estado, como Vila Velha e a cerca de 51 km de Vitória, capital do Estado; o que favorece o acesso de hóspedes e de toda a população que frequenta o local. 4.2. CONDICIONANTES LEGAIS 4.2.1. PLANO DIRETOR URBANO DE GUARAPARI-ES O Plano Diretor Municipal (PDM) de Guarapari define a área onde está localizado o terreno escolhido como uma Zona Especial de Intervenção Turístico (ZEIT 01/03), conforme Figura 12, definida pela lei complementar Nº.090/2016: As Zonas Especiais de Intervenção Turístico – ZEIT são definidas pelas áreas livres ou apenas parcialmente ocupadas, cuja localização apresenta relevante interesse para a implantação de empreendimentos voltados para exploração turística de natureza variada (LEI COMPLEMENTAR Nº.090/2016, 2016, p. 44). Figura 12: Zoneamento Urbano de Guarapari - Três Praias
Fonte: PDM DE GUARAPARI, 2017
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O terreno está situado em uma zona do PDM que não possui uma tabela de controle urbanístico. A área segundo a secretaria de Projetos de Guarapari e conforme o PDM da cidade deve-se enquadrar a ZEIT como Zona de Uso Turístico, Zona Residencial ou de Usos Diversos, considerando o mais adequado de acordo com o projeto proposto. Nesse estudo preliminar, será utilizada a tabela de controle urbanístico da Zona de Uso Turístico 3 (ZUT 3), visto que o uso será de um hotel com área superior a 2.000 m² (conforme Quadro 7). Quadro 7: Tabela de Controle Urbanístico, ZUT 3
Fonte: PDM DE GUARAPARI, ANEXO 14, p 11
O plano diretor em questão estabelece que os projetos para as áreas situadas nas zonas ZEITs deverão ser aprovados pelo conselho Municipal do Plano Diretor de Guarapari (CMPDG) e submetido à Audiência Pública (LEI COMPLEMENTAR Nº.090/2016, 2016, p. 44). Em sequência, o anexo 15 informa sobre o número de vagas para embarque e desembarque, este deve ser de três vagas com circulação independente e as vagas para carga e descarga, onde em edificações com até 3.500m² de área computada no coeficiente de aproveitamento deverá haver uma vaga, conforme Quadro 8. Quadro 8: Áreas destinadas à carga e descarga de mercadorias
Fonte: PDM DE GUARAPARI, ANEXO 15, p 12
A respeito de vagas para guarda e estacionamento de veículos o PDM de Guarapari estabelece que deverá prever 02 vagas para ônibus e as vagas de veículos são
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calculadas de acordo com a metragem quadrada da área computada no coeficiente de aproveitamento ou por unidade, de acordo com Quadro 9. Quadro 9: Vagas para guarda e estacionamento de veículos
PDM DE GUARAPARI, ANEXO 16, p 13
No entorno, há apenas uma via de acesso principal ao terreno, a avenida Padre José Anchieta, ilustrado na Figura 13, classificada pelo PDM de Guarapari como via local, com duas faixas (A e B) de aproximadamente 10 metros de largura no total, conforme ilustrado na Figura 14. Figura 13: Avenida Padre José Anchieta
Fonte: GOOGLE MAPS, 2017
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Figura 14: Seção Transversal da Via Local Tipo 1
Fonte: PDM DE GUARAPARI, ANEXO 10, p. 1
4.2.2. CÓDIGO DE OBRAS DE GUARAPARI-ES O código de Obras do município de Guarapari está regulamentado sob a lei complementar nº 009/07, de dezembro de 2007 é um documento que estabelece normas que disciplinam a elaboração de projetos e execução de obras na zona urbana do município. Nesse tópico serão abordados apenas o capítulo V do documento, que trata das condições gerais relativas a edificações, ou seja, os aspectos relacionados diretamente a fase de projeto. As paredes externas de uma edificação devem ser impermeáveis; as paredes divisórias entre unidades independentes, assim como as adjacentes às divisas do lote, devem garantir o isolamento térmico e acústico das unidades. Com relação a circulação de utilização coletiva, cujo o comprimento será calculado a partir das circulações verticais, as dimensões mínimas de largura nos hotéis e motéis equivale a dois metros. A respeito das circulações verticais, as escadas para uso coletivo devem ter largura mínima livre de 1,20 m para edificações até 04 pavimentos e serem construídas com material incombustível; sempre que o número de degraus consecutivos excederem de 16, será obrigatório intercalar um patamar com a extensão mínima de 1 metro e com a mesma largura da escada.
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Nas edificações destinadas a locais de reunião, o dimensionamento das escadas deverá atender ao fluxo de circulação de cada nível, somado ao do nível contíguo (superior e inferior), de maneira que ao nível da saída do logradouro haja sempre um somatório de fluxos correspondente à lotação total; já as rampas de pedestres para uso coletivo não poderão ter largura inferior a 1,20 m e sua inclinação máxima será de 12,5%; os edifícios destinados a hotéis e motéis com 3 ou mais pavimentos, terão pelo menos 2 elevadores. Com relação a iluminação, ventilação e dimensão dos compartimentos, o código de obras define que todo compartimento deverá dispor de abertura comunicando o ambiente interno com o externo através de vãos ou dutos para fins de ventilação e iluminação. O dimensionamento das aberturas deve seguir a seguinte regra: “I – 1/6 da área dos compartimentos de longa e curta permanência; II – 1/10 da área dos compartimentos não habitáveis”. No que diz respeito ao pé direito das edificações o código de obras define o mínimo de 2,50 para garagens e 2,80 para os demais compartimentos. 4.2.3. ACESSIBILIDADE A EDIFICAÇÕES, MOBILIÁRIO, ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS URBANOS – NBR 9050/2015 O item 10.9 da NBR 9050 trata de particularidades pertinentes aos locais de hospedagem. Segundo a norma, os dormitórios acessíveis não podem estar isolados dos demais e sim distribuídos ao longo da edificação e posicionados em rotas acessíveis. O percentual de dormitórios adaptados deve ser determinado pela legislação específica. Os dormitórios devem possuir uma faixa mínima livre de obstáculos destinada a circulação dentro do quarto de no mínimo 0,90 m, devendo ter áreas de manobra para acesso a cama, armários e sanitário. O quarto precisa conter pelo menos uma área com diâmetro livre de 1,50 m para possibilitar o giro de 360º. Quanto às piscinas, o piso do entorno não pode ser em material escorregadio, as bordas e degraus de acesso a água precisam ter acabamento arredondado. O acesso a agua deve ser garantido através de degraus submersos com piso variando de 0,35 m a 0,43 m e espelho máximo de 0,20 m. Deve haver corrimão em cada degrau ou contínuo.
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Considera-se que o módulo de referência da projeção ocupada por uma pessoa em cadeira de rodas é de 0,80 m por 1,20 m, que é esse também o espaço necessário para áreas de transferência. A largura mínima necessária para deslocamento em linha reta de um cadeirante é de 0,90 m, mas é indicado que possuam entre 1,50 m e 1,80 m para conferir maior capacidade de fluxo e disponibilidade para mudança de direção. Para manobra de 360º sem deslocamento é necessário um diâmetro mínimo de 1,50m. Desníveis de qualquer natureza devem ser evitados em rotas acessíveis. Eventuais desníveis no piso de até 5 mm podem ser desconsiderados, já os desníveis superiores a 20mm deverão ser considerados degraus.
4.2.4. CÓDIGO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO DO ESPÍRITO SANTO O código visa estabelecer os critérios básicos e indispensáveis à segurança contra incêndio, buscando evitar ou minimizar a propagação do fogo, facilitar as ações do socorro e assegurar a evacuação segura dos ocupantes. No capítulo 5.1 do código, que trata da classificação das edificações, é definido que estas serão classificadas quanto a ocupação e quanto à altura da edificação, que no projeto em do resort se caracteriza quanto sua ocupação no grupo B-1, serviço de hospedagem, conforme Quadro 10. Quadro 10: Classificação das edificações e áreas de risco quanto a ocupação
Fonte: CBMES - DECRETO Nº 2423-R, p,36
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A respeito da distância máxima a percorrer o Corpo de Bombeiro define que é o caminhamento real a ser percorrido por uma pessoa do ponto mais distante da área do piso até alcançar uma rota de saída vertical, uma área de refúgio, uma descarga ou uma saída para o espaço livre exterior, considerando a real interferência física de paredes, divisórias e outros obstáculos. Os valores aceitáveis de DMP a respeito do grupo B, estão evidenciadas no Quadro 11. Quadro 11: Distâncias máximas a percorrer
Fonte: CBMES, p. 25
Com relação ao dimensionamento de escadas, o corpo de bombeiros estadual evidencia que: Os degraus devem ter altura compreendida entre 16,0 cm e 18,0 cm, com tolerância de 0,5 cm e largura dimensionada pela fórmula de Blondel: 63 cm ≤ (2h+ b) ≤ 64cm; O comprimento dos patamares devem atender a formula: p = (2h + b) n + b; O lanço mínimo deve ser de três degraus e o lanço máximo, entre dois patamares consecutivos, não deve ultrapassar 3,70 m de altura (CBMES, p. 9). 4.3. CONDICIONANTES AMBIENTAIS Guarapari está na latitude 20º 40' 00" S, e na longitude 40º 29' 51" W. O município possui uma altitude média de 2 metros acima do nível do mar, o clima é predominantemente tropical com uma média de temperatura anual de 24,4 ºC. O mês mais quente do ano é janeiro com uma temperatura média de 27,3 °C; junho é o mês com a mais baixa temperatura ao longo do ano com média de 22,0 °C (CLIMATE.ORG, 2017, p. 1).
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4.3.1. ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO Outro aspecto relevante é a orientação solar, que é determinante para o conforto térmico no projeto, conforme Figura 15 a seguir, o terreno recebe insolação o dia todo; sendo que sua testada principal possui orientação voltada para nordeste recebendo o sol da manhã e a ventilação predominante, por esse motivo foi posicionado amplas aberturas em todos os blocos para o aproveitamento da ventilação predominante e do sol da manhã, além é claro da visual privilegiada das três praias; já os fundos possui orientação para o sudoeste, por esse motivo as fachadas com abertura posicionadas nesta direção contam com equipamentos de proteção solar, como os brises no bloco principal e a esquadrias no estilo de venezianas nos blocos dos apartamentos, além da utilização de vegetação em alguns casos. Figura 15: Análise solar
/
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
46
Quadro 12: Legenda da analise solar LEGENDA DELIMITAÇÃO DO TERRENO VENTOS PREDOMINANTES CAMINHO DO SOL Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
4.3.2. VEGETAÇÕES E VISTAS Escolheu-se a parte plana do terreno para a implantação da proposta, a fim de evitar a movimentação de terra. O terreno é caracterizado também por forte presença de vegetação em seu entorno (Figura 17) de diversas espécies além de visuais voltadas para o mar a leste, conforme ilustra a Figura 16. Figura 16: Visuais três Praias, Guarapari
Fonte: CAPIXABA DA GEMA, 2015
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Figura 17: Análise ambiental
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017 Quadro 13: Legenda da análise ambiental do terreno LEGENDA
ACESSO PRINCIPAL: AVENIDA PADRE JOSÉ DE ANCHIETA PRESENÇA DE VEGETAÇÃO VISUAIS Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
4.4. CONDICIONANTES FUNCIONAIS Os condicionantes funcionais reúnem aspectos que definem o projeto arquitetônico quanto à caracterização do público alvo, fluxograma, zoneamento, programa de necessidades e pré-dimensionamento. Para dar início à elaboração do programa de necessidades, é necessário estabelecer o perfil do usuário e o nível de adensamento do terreno. O público alvo foi estabelecido como sendo principalmente constituído de casais e grupos familiares.
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Com relação ao adensamento e quantidade de UH’s (Unidades Habitacionais), os estudos de referência fizeram perceber que para que haja proteção ao espaço natural não podem haver muitos quartos; no entanto, deve haver uma quantidade de hóspedes e consequentemente de quartos para que viabilize toda a infraestrutura exigida pelo ministério do turismo classifica-lo como resort. Desta forma, haverá 276 unidades habitacionais classificadas de acordo com o grau de luxo oferecido com áreas divergentes para atender uma maior gleba de perfis de hóspedes. 4.4.1. FLUXOGRAMA Figura 18: Fluxograma das principais áreas do resort
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
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Quadro 14: Legenda do fluxograma LEGENDA ÁREAS SOCIAIS
ÁREAS DE ESPORTES
ÁREAS DE HOSPEDAGENS
ACESSO PRINCIPAL
ÁREAS DE SERVIÇO
ACESSO SOCIAL
ÁREAS DE RECREAÇÃO
ACESSO RESTRITO
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
4.4.2. ZONEAMENTO O zoneamento evidenciado a seguir na Figura 19, levou em consideração principalmente os aspectos ambientais. Sabendo que o sol nasce em leste e se põe em oeste, e que os ventos dominantes vêm do Nordeste, buscou-se dispor as áreas dos hóspedes em espaços mais privilegiados do ponto de vista cênico paisagístico com vistas para o mar ou para as áreas de esportes. Como a via de acesso principal é a Avenida Padre José de Anchieta, que fica ao lado da porção oeste do terreno, optou-se por implantar nessa área o estacionamento, seguido da recepção, lobby e lojas, assim como a área técnica e também a zona de serviços, lavanderia e áreas de recebimentos. O bloco do restaurante foi posicionado logo em seguida da recepção em decorrência da necessidade de maior controle e também devido a possibilidade de receber clientes não hospedados no resort. Na fachada leste do terreno, que é mais privilegiada pois está voltada totalmente para o mar, forem dispostas as suítes, os bangalôs, área de lazer comum e o SPA. Ao centro também está a área social de lazer como forma de integrar os espaços e atender a todos igualmente.
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Figura 19: Zoneamento Resort
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
4.4.3. PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ DIMENSIONAMENTO O programa foi dividido de acordo com as atividades realizadas em cada setor, dessa forma foi parcelado em áreas: áreas de hospedagem, área sociais, de serviço, de recreação e estacionamento.
ÁREAS DE HOSPEDAGEM O número total de unidades habitacionais foi dividido entre duas tipologias da seguinte forma: 240 apartamentos e 36 bangalôs. Considerando que dos 240 apartamentos, 48 seriam para atender 3 a 4 pessoas e 192 duplos e dos bangalôs, 20 seriam para casais e 16 para até 4 pessoas. Calcula-se que a lotação máxima do local seria composta por 652 hóspedes, conforme Quadro 15:
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Quadro 15: Área de hospedagem. ZONEAMENTO
HOSPEDAGEM
AMBIENTES
DESCRIÇÃO
DIMENSIONAMENTO
232 Apartamentos Tipos
Suíte Standard
32m²
20 Apartamentos Tipos Conjugados
Suíte Standard
32m²
24 apartamentos tipos adaptados para pessoas com deficiência.
Suíte Standard
35m²
48 Apartamentos Tipos
24 Suíte Deluxe 1 e 24 Suíte Deluxe 2
52m²
36 Bangalôs
20 Bangalô Deluxe e 16 Bangalô Master
70m², 100m²
Hall de elevadores de hóspedes
63,37m²
Hall de elevadores de serviço
8,39m²
Rouparia/Governança
20,15m²
Lavabo de serviço
6,51m²
Circulação
192,72m²
Total de UH: 276
652 hóspedes
16.738,64m²
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
ÁREAS SOCIAIS Abrange as áreas frequentadas por hóspedes e visitantes do resort, estas se subdividem em: lobby, front office, áreas de espera, área comercial, área de eventos e restaurantes e bares, descritas no Quadro 16. Quadro 16: Área Sociais (Continua) ZONEAMENTO
LOBBY
AMBIENTES
PRÉDIMENSIONAMENTO
Hall
549,25m²
Recepção e Atendimento
47,05m²
Guarda Volumes
23,89m²
Correio
24,53m²
Sanitários
22,44m² TOTAL:
667,15m²
52
Balcão de recepção Caixas
48,26m²
Cofres de segurança FRONT OFFICE
Depósito de bagagens
47,68m²
Salas de gerência
95,37m²
Sala/quartos de espera e secretarias
145,55m² TOTAL:288,60m²
ÁREAS DE ESPERA
Salas de estar/TV e Sala de leitura
47,07m²
Sala Vip
47,94
Sanitários
46,94 TOTAL:141,95m²
ÁREA COMERCIAL
Floricultura
40,16
Jornais e Revistas
46,55
Aluguel de carro
47,28
Agência de Turismo
47,77
Loja de artigo masculino
46,94
Loja de artigo feminino
46,32
Artigos infantis
48,41
Artigos esportivos
47,05
Artigos regionais
46,68 TOTAL: 417,06m²
Áreas de apoio a eventos
23,65m²
Áreas de venda de eventos
23,65m²
Salão nobre
796,10m²
Auditório
243,45m²
8 Salas de reunião
379,44m²
Área de exposição
198,33m²
ÁREA DE EVENTOS
53
Deposito de móveis
189,64m²
Cozinha
94,07m²
Sanitários
189,8m² TOTAL: 2138,14m²
RESTAURANTES E BARES
Restaurante Principal
346,03m²
Restaurante Típico e Infantil
100,00m²
Bar - Coffeshop
243,04m²
Bar Nightclub
100m²
Bar Piscina
80m²
*Exigências do Ministério do turismo: 3 ofertas de restaurantes e 3 ofertas de bares
TOTAL: 869,07m²
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
ÁREAS DE SERVIÇO Correspondem ao conjunto de áreas necessárias ao funcionamento do hotel, estas se subdividem em: Entrada e portaria, administração, área
de
recebimento,
armazenamentos, lavanderia, descritas no Quadro 17. Quadro 17: Áreas de Serviço (Continua) PRÉZONEAMENTO
AMBIENTES
DIMENSIONAMENTO
Portaria de Serviço e Controle de funcionários
24,45m²
Vestiários
94,82m²
Rouparia/Governança dos funcionários
83,38m²
Refeitório dos funcionários
96,76m²
Sala de descanso
46,96m²
ENTRADA E PORTARIA
TOTAL: 346,37m²
54
ÁREA DE ADMINISTRAÇÃO
Departamento pessoal, Recrutamento e Seleção e Departamento de Marketing
145,37
Contabilidade Geral e Seção de compras
96,42m²
Setor de reservas e vendas e gerencia
97,53m² TOTAL:339,32
ÁREA DE RECEBIMENTO
Doca de carga e descarga
49,00m²
Controle de recebimento
24,63m²
Área de triagem
24,63m²
Depósitos de vasilhames
22,75m²
Deposito de lixo seco
26,40m²
Câmara frigorifica de lixo úmido
23,52m² TOTAL:170,93m²
Almoxarifado de alimentos
22,75m²
Almoxarifado de bebidas
12,54m²
Adega climatizada
20,25m²
AMAZENAMENTOS
TOTAL:55,54m² Duto de roupa suja Depósito de roupa suja Área de recebimento e triagem
LAVANDERIA
Lavadoras/extratoras
95,25m²
secadoras Maquinas de lavar Deposito de roupa limpa
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
ÁREAS DE RECREAÇÃO Consiste nas áreas de lazer para os hóspedes, estas se subdividem em: SPA, esportes e jogos, conforme Quadro 18.
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Quadro 18: Áreas de Recreação ZONEAMENTO
AMBIENTES
PRÉDIMENSIONAMENTO
Sauna seca e vapor
85,83m²
Sala de estar
70,34m²
6 salas de Massagens
181,07m²
Salão de beleza
86,59m²
Sanitários
32,70m²
SPA
TOTAL: 456,53m² Piscina para adulto
1 unidade
Piscina infantil
1 unidade
Atividades Náutica: Jet Ski, Lanchas e Mergulho
-
Equipamentos esportivos: Campo de futebol, Quadra poliesportiva e quadra de Vôlei.
1 unidade de cada
Atividades de Aventura: Tirolesa, Arvorismo
-
Quadra de Tênis
1 unidade
Campo de Golfe 9 buracos
1 unidade
Centro Equestre
1 unidade
ESPORTES
TOTAL: A DEFINIR
JOGOS
Salão de jogos
24,98
Salão de jogos infantis
24,98
Salão de bilhar
48,42-
Jogos eletrônicos
48,42 TOTAL:148,698m²
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
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ÁREA DE ESTACIONAMENTO O Plano Diretor Municipal de Guarapari, estabelece que empreendimentos hoteleiros precisam oferecer, no mínimo, uma vaga de estacionamento para cada 3 unidades de hospedagem de até 35m², sendo assim o mínimo necessário são 100 vagas de estacionamento. Logo, se cada carro ocupa uma área de 2,50 m por 5,00 m, o espaço ocupado por cada vaga é de 12,50 m². É necessário que uma das vagas seja acessível, e por essa razão é necessária uma faixa de transferência lateral de 1,20 m de largura, ou seja, mais 6,00 m² de área. Chegamos assim ao total de 1260,88m², ao qual será adicionado mais 50% relativo a área de circulação e manobra (Quadro 19). Quadro 19: Área de Estacionamento AMBIENTE
ÁREA UNIDADE
QUANTIDADE
TOTAL
ESTACIONAMENTO
1260,88m²
1
1256m²
MANOBRA E CIRCULÇÃO
50%
1
628m²
ESTACIONAMENTO
TOTAL:1884m² Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
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5. DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA 5.1. CONCEITO E PARTIDO ARQUITETÔNICO A proposta concebe quatro blocos principais – dois para áreas de hospedagem e o restante para as áreas de eventos, serviços e recreação - elevados do terreno, para reduzir a movimentação de terra e favorecer a ventilação e a dissipação do calor. A disposição dos prismas horizontais resulta na criação de áreas ajardinada de contemplação e de convívio com a natureza. O conceito é que a arquitetura exerça suporte físico para a contemplação ambiental. Uma praça-central, disposta ao longo do eixo de chegada do visitante, articulará o acesso às diversas áreas do resort, conduzindo à descoberta do conjunto arquitetônico integrado à paisagem. Figura 20: Praça Central do Lobby
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
A premissa foi a de criar uma linguagem moderna, inovadora, e ao mesmo tempo funcional e confortável. Foram observadas as condições climáticas da região de Guarapari, ES, para o melhor aproveitamento da energia solar, ventos e das águas pluviais. A otimização dos espaços, a forma e o conforto dos ambientes, pretendem contribuir com o desenvolvimento intelectual e produtivo dos visitantes.
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5.2. O PROJETO Para melhor entendimento, o mapa adiante (Figura 21) ilustra a implantação geral da proposta. Primeiramente, foi definido o acesso realizado pela Avenida Padre José de Anchieta que direciona o visitante a área do lobby ou a área de eventos. Optou-se por distribuir cada setor em blocos separados, com o propósito de criar uma organização equilibrada das edificações no terreno evitando a concentração de blocos em um único local e ao mesmo tempo promovendo fluidez e naturalidade do espaço. Figura 21: Planta de Implantação
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
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Quadro 20: Legenda de Planta de Implantação LEGENDA 1.
BLOCO PRINCIPAL
2.
ÁREA DE HOSPEDAGEM
3.
BLOCO 2
4.
SPA
5.
PISCINA ADULTOS
6.
PISCINA INFANTIL
7.
ÁREA DE ESPORTES
8.
ESTACIONAMENTO
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017 Quadro 21: Acessos de Planta de Implantação ACESSOS 1
PEDESTRES
2
VEICULOS
3
CARGA E DESCARGA
4
ACESSO Á PRAIA
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017 Quadro 22: Quadro de Áreas QUARO DE ÁREAS ÁREA DO TERRENO
137.829,40m²
ÁREA DO BLOCO PRINCIPAL
18.554,35m²
ÁREA DAS UNIDADES HABITACIONAIS
16.738,64m²
ÁREA DO BLOCO 2
3.695,75m²
ÁREA DO SPA
713,75m²
ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA
29.702,49m²
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017 Quadro 23: índices Urbanísticos ÍNDICES URBANISTICOS COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO
0,22
TAXA DE OCUPAÇÃO
12% 103.388m²
ÁREA PERMEAVEL TAXA DE PERMEABILIZAÇÃO Nº DE VAGAS DE ESTACIONAMENTO
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
75% 200 Vagas
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5.3. SETORES O resultado formal das edificações une elementos rústicos representados pela madeira em forma de brises e fechamentos em vidro aos traços da arquitetura contemporânea. Figura 22: Croqui Conceitual
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
O primeiro edifício a tomar forma foi o bloco principal (Figura 22), e a partir do seu desenho e resultado estético almejado, foi possível trabalhar melhor os aspectos plásticos dos demais edifícios e consequentemente criar um estilo próprio, característico do local, fazendo o uso basicamente da madeira em forma de brises e do vidro proporcionando assim visuais de contemplação da natureza ao visitante. Figura 23: Maquete Eletrônica – Entrada principal
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
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BLOCO PRINCIPAL O bloco principal (Figura 24) é composto por um prisma retangular elevado a um metro do terreno para reduzir a movimentação de terra e favorecer a ventilação e a dissipação do calor, nele se encontra as principais atividades administrativas, de serviços e de recepção. A relação do espaço lobby com o meio externo se dá através da grande praça central (Figura 25) e a cobertura de vidro que permeia além da praça as áreas de circulação (Figura 26,27,28 e 29). Figura 24: Maquete Eletrônica – Bloco principal
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
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Figura 25: Maquete Eletrônica – Vista Interna, Bloco Principal
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017 Figura 26: Maquete Eletrônica – Vista Interna, Circulação BP
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
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Figura 27: Maquete Eletrônica – Vista Interna da Passarela, BP
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017 Figura 28: Maquete Eletrônica – Vista do 2º pavimento – Bloco Principal
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
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Figura 29: Maquete Eletrônica – Vista Interna
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
BLOCO 2: ÁREA DE LAZER E VIVÊNCIA Situado logo à frente do bloco principal, este setor foi projetado com a finalidade de diversificar os usos, por meio da criação de vários ambientes. O principal abrange a área da piscina, composta por uma piscina para adultos com um deck em madeira que recebe espreguiçadeiras, mesas e sofás de descanso, além dessa área de lazer o bloco conta com o restaurante típico com pé direito duplo, o salão de jogos, night club e o bar da piscina. Para melhor compreensão, as Figuras 30, 31, 32, 33 mostram a proposta para a área de lazer da piscina.
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Figura 30: Maquete Eletrônica – Vista Aérea Bloco 2
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017 Figura 31: Maquete Eletrônica – Vista Piscina Adulto, Bloco 2
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
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Figura 32: Maquete Eletrônica – Piscina adulto, Bloco 2
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
Figura 33: Maquete Eletrônica – Salão de jogos, Bloco 2
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
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Figura 34: Maquete Eletrônica – Fachada Norte, Bloco 2
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017 Figura 35: Maquete Eletrônica – Fachada Leste Bloco 2
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
Mais à frente está situado o clube infantil, (Figura 30), com um deck em madeira que recebe mesas e guarda sol, o clube traz em destaque o toboágua e um playground ao lado.
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Figura 36: Maquete Eletrônica – Clube Infantil
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017 Figura 37: Maquete Eletrônica – Clube Infantil
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
HOSPEDAGEM Na sequência, encontra-se dois blocos de hospedagem (Figura 41), um a norte e outro a sul do terreno compostos por três pavimentos e também elevados a um metro do terreno. Um dos objetivos desse projeto visa atender todos os públicos e faixais etárias, como casais, jovens, idosos, famílias com crianças e pessoas com deficiências, sendo assim, optou-se por criar apartamentos de layout diferentes.
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Figura 38: Suíte Standard
SUÍTE STANDARD
Área Total: 32m² Capacidade: 2 adultos Quantidade:168 unidades, destes 20 com opção de conjugar. Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017 Figura 39: Suíte Deluxe
SUÍTE DELUXE
Área Total: 52m² Capacidade: 2 adultos ou 2 adultos e 1 criança Quantidade: 24 unidades Exclusiva banheira hidromassagem, sofá cama e bidê.
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017 Figura 40: Suíte Deluxe
SUÍTE DELUXE 2
Área Total: 52m² Capacidade: 4 adultos ou 2 adultos e 2 crianças Quantidade: 24 unidades Exclusiva banheira hidromassagem, beliche e bidê. Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
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Figura 41: Maquete Eletrônica – Apartamentos
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017 BANGALÔS Por fim, próximo a praia está locado 36 bangalôs em duas tipologias: 20 Bangalôs Deluxe e 16 Bangalôs Master; todos possuem vista privilegiada para as Três Praias e contam com piscinas privadas, estão locados de forma alternada de maneira que um não incomode a privacidade do outro. Figura 42: Maquete Eletrônica – Bangalôs Master
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
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BANGALÔ DELUXE Figura 43: Bangalô Deluxe
DESCRIÇÃO
1º PAVIMENTO
Área Total: 70m² Capacidade: 2 adultos Quantidade: 20 unidades Exclusiva banheira hidromassagem. 2º PAVIMENTO
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017 Figura 44: Maquete Eletrônica – Bangalô Deluxe
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
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BANGALÔ MASTER DESCRIÇÃO
Figura 45: Bangalô Master
Área Total: 100m² Capacidade: 2 adultos e duas crianças ou 4 adultos. Quantidade: 16 unidades
1º PAVIMENTO
Exclusiva banheira hidromassagem.
2º PAVIMENTO
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017 Figura 46: Maquete Eletrônica – Bangalô Master
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
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SPA Este espaço foi concebido para ser totalmente aberto ao paisagismo externo através de amplas aberturas, além do sanitário, é composto por 3 ambientes, como o hall de entrada, um espaço reservado para massagens e tratamentos estéticos e outro destinado a hidromassagem e tratamentos de beleza diversos. Figura 47: SPA
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
SERVIÇOS E RESTAURANTE O setor de serviços foi posicionado no Bloco principal do terreno, com acessos independentes e direto pelos funcionários e caminhões de carga e descarga com acesso pela lateral. É composto pela área de carga e descarga, triagem, depósitos, vestiário, refeitório, área de estar e descanso dos funcionários, governança, lavanderia e sala de engenharia e segurança. Com relação aos restaurantes, segundo os requisitos mínimos do Ministério do Turismo do Brasil, um resort deve conter no mínimo três ofertas de restaurante e três ofertas de bares com cardápios diversificados, logo, o bloco principal conta com um restaurante principal (Figura 48 e 49) que atende especificamente a área de eventos podendo ser visitado pelos hóspedes também; O bloco 2 conta com um restaurante de comidas típicas brasileiras (Figura 50 e 51) e se subdivide em um restaurante menor infantil.
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Figura 48: Maquete Eletrônica – Restaurante Principal
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017 Figura 49: Maquete Eletrônica – Restaurante Principal
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
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Figura 50: Maquete Eletrônica - Restaurante de Comidas Típicas Brasileiras
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017 Figura 51: Maquete Eletrônica - 2º Pavimento Restaurante de Comidas Típicas Brasileiras
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
Com relação aos bares, o bloco principal conta com o bar coffeshop (Figura 52 e 53) que dá as boas-vindas tanto ao hóspede quanto aos visitantes da área de eventos. O
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bloco 2 recebe o bar da piscina (Figura 54) e o bar night club, este último com funcionamento noturno. Figura 52: Maquete Eletrônica - Bar Coffeshop
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
Figura 53: Maquete Eletrônica - Bar Coffeshop
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
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Figura 54: Maquete Eletrônica - Bar da Piscina
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
5.4. CRITÉRIOS ALCANÇADOS DA CERTIFICAÇÃO AQUA Os critérios de desempenho do AQUA abordados no projeto em questão engloba a eco construção, a eco gestão e a criação de condições de conforto e saúde para os hóspedes e visitantes do resort. Vale ressaltar que esse sistema de certificação além de ser adequado à realidade brasileira, engloba todos os elementos envolvidos em uma edificação desde a sua concepção até a fase de ocupação propriamente dita, incluindo as questões ligadas à gestão. Enfim, após analisar as categorias relativas ao conforto e à gestão do referencial técnico do AQUA, foi elaborado uma matriz (Quadro 24) de alcance dessas estratégias no projeto arquitetônico do resort ecológico. Quadro 24: Estratégias Alcançadas da Certificação AQUA. (continua)
ESTRATÉGIAS 1. RELAÇÃO DO EDÍFICIO COM SEU ENTORNO
ESTRATÉGIAS ALCANÇADAS ✓ ✓ ✓
Respeito à regulamentação local, estadual e federal. gabarito aproximado ao da vegetação local. preservação da vegetação nativa.
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2. ESCOLHA INTEGRADA DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
✓ ✓
Conhecimento das características ambientais da fabricação e utilização dos diversos tipos de cimentos; uso de madeira e de produtos de madeira certificados e/ou de reflorestamento;
3. CANTEIRO DE
OBRAS COM BAIXO IMPACTO AMBIENTAL
Não se aplica a este projeto.
✓
4. GESTÃO DA
✓ ✓ ✓
ENERGIA ✓ ✓ ✓ ✓ 5. GESTÃO DA
ÁGUA
✓ ✓ ✓
6. GESTÃO DOS RESÍDUOS DE USO E OPERAÇÃO DO EDIFÍCIO
7. MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL
8. CONFORTO HIGROTÉRMICO
✓ ✓ ✓ ✓ ✓
✓ ✓
✓ ✓ ✓
Acesso à iluminação natural nas unidades habitacionais e nas áreas sociais e de serviços, garantido por uma ou mais aberturas para o exterior. Uso de energia solar para aquecimento de água. Uso de lâmpadas de LED; Presença de iluminação natural nas escadas e nas circulações horizontais. Acabamentos internos e externos de cor clara Uso de sistema de interrupção automática da alimentação de energia nos dormitórios (unidade de hospedagem). Temporização da iluminação externa Reaproveitamento da água da chuva para irrigação e limpeza; Uso de torneiras temporizadas; Uso de bacias sanitárias com baixo volume de descarga ou sistema a vácuo; Uso de redutores de pressão ou registro regulador de vazão; Utilização de coletores específicos para cada resíduo Reaproveitamento de resíduos orgânicos para compostagem Manter local adequado para armazenamento de produtos nocivos e poluentes Manter local adequado para armazenamento de resíduos a serem coletados Uso de carrinhos para arrumadeiras adaptados à triagem dos resíduos Facilidade de acesso para a execução da manutenção e simplicidade das operações. Os shafts e casas de máquinas acessíveis a partir das áreas comuns.
Correta orientação solar dos dormitórios Uso de proteção solar fixa ou móvel adaptada a cada orientação Dimensionamento adequado das aberturas
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✓ ✓
9. CONFORTO ACÚSTICO
✓ ✓ ✓
10. CONFORTO VISUAL
✓
✓ ✓
11. CONFORTO OLFATIVO
✓ ✓ ✓
Posicionamento dos ambientes com relação ao tipo de uso Uso de recursos de proteção ou isolamento acústico nos dormitórios e nas áreas de uso específico, como auditórios e salas de leitura; Uso de carpetes (no auditório) ou pisos que limitem o ruído ao caminhar. Uso de equipamentos com baixo nível de ruído; Atendimento a índices mínimos de abertura das esquadrias que permitam a entrada da iluminação natural. Dispor de acesso à luz do dia e vistas externas em ambientes de permanência prolongada Posicionamento de amplas aberturas para o nordeste. Presença de entrada de ar em todas as dependências principais Presença de saída de ar nas dependências de serviço, cozinha e banheiros Localizar as entradas de renovação de ar fora do alcance de fontes de poluição Possibilitar o controle da ventilação através de acionamento mecânico pelos usuários
12. QUALIDADE SANITÁRIA DOS AMBIENTES
✓ Boas condições de higiene nos ambientes;
13. QUALIDADE SANITÁRIA DO AR
✓
monitoramento da qualidade do ar;
✓
Assegurar a manutenção da qualidade da água destinada ao consumo humano nas redes internas do edifício;
14. QUALIDADE SANITÁRIA DA ÁGUA
Fonte: ELABORADO PELA AUTORA, 2017
Foi utilizado as diretrizes da certificação AQUA para promover o uso de práticas sustentáveis no resort tomando partido das diversas estratégias citadas acima.
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6. MEMORIAL DESCRITIVO 6.1. DISPOSIÇÕES GERAIS O presente memorial descritivo tem por objetivo especificar o tipo, qualidade e finalidade dos materiais a serem utilizados na construção de um Eco Resort de edificações setorizadas e distribuídas em áreas de acordo com as atividades realizadas em cada setor. O resort é compartimentado em áreas de hospedagem (16.738,64m²), bloco principal (18.554,35m²), bloco 2 (3.695,75m²), SPA (713,75m²) e estacionamento de 200 vagas. O terreno está localizado na Avenida Padre José de Anchieta, S/N – Três Praias – Guarapari – ES. A rua é pavimentada com asfalto e há rede de água, rede de esgoto, rede de águas pluviais e rede elétrica na vizinhança. 6.2. DADOS GERAIS Objeto: Eco Resort Autor: Suelen Aleixo Matos Endereço: Três Praias, Guarapari, ES. Área Total Construída: 29.702,49m² Características: Alvenaria de tijolos cerâmicos, com estrutura de concreto armado. 6.3. SUPRA ESTRUTURA Com relação ao sistema estrutural, é importante ressaltar que não foi realizado um projeto de estruturas dos edifícios em questão, mas sim um pré-dimensionamento cujo objetivo maior era prever a localização dos pilares e vigas para que houvesse compatibilidade no momento da execução. O tipo de fundação não está definido pois é necessário realizar uma sondagem no terreno para posteriormente escolher a técnica mais indicada. O sistema será composto por pilares, vigas e lajes; o vão médio a ser vencido entre os pilares na maioria dos blocos estudados é de 5 metros. O concreto armado é o sistema construtivo principal da estrutura de cada bloco e foi escolhido por suportar
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as cargas e vencer com facilidade os vãos existentes, não exigindo mão de obra especializada e, também por já ser amplamente utilizado na região, ou seja, de fácil acesso. A elevação das paredes deve ser concebida em alvenaria simples de tijolo de 8 furos 20 x 20 x 10 cm, sem função estrutural, apenas de vedação. Com o objetivo de evitar um desempenho inadequado e garantir uma maior segurança, a NBR 6118, estabelece que a seção transversal dos pilares, qualquer que seja a sua forma, não deve apresentar dimensão menor que 19 cm. Porém, admitese a utilização de dimensões entre 19 cm e 12 cm, desde que no dimensionamento dos pilares se multipliquem as ações por um coeficiente relacionado ao tamanho do menor lado do pilar. Em qualquer caso, não se permite pilar com seção transversal de área inferior a 360 cm². Desta forma, como não se deseja que a estrutura fique sacando das paredes e interferindo na arquitetura interna dos ambientes, e sabendo que o sistema estrutural adotado vence com facilidade os vãos necessários e suporta sem maiores esforços as cargas resultantes, optou-se por trabalhar com pilares executados em concreto com armadura de ferro de 13 x 30 cm, cuja área da seção transversal possui 390 cm². Sugere-se o uso de laje unidirecional treliçada com lajotas de EPS (Poliestireno Expandido – Isopor) aplicadas no sentido do menor vão a ser vencido. A escolha é em razão dessa ser uma estrutura leve, que contribui para a eficiência no conforto térmico da edificação devido ao uso do isopor que é um material de baixa condutividade térmica. Para efeito de desenho as lajes estão representadas com 15 cm de altura, mas sabe-se esse valor provavelmente está majorado. 6.4. COBERTURA E PROTEÇÕES 6.4.1. TELHADO Nos blocos de unidades habitacionais tanto os apartamentos quanto os bangalôs terão cobertura de telhado verde assim como o bloco principal com exceção do Lobby, neste, será de cobertura de vidro laminado refletivo (especificado em projeto); já o bloco 2, o SPA e o centro equestre terão cobertura com Estrutura de madeira de lei
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tipo Paraju ou equivalente para cobertura de telha de cerâmica, com pontaletes, caibros e ripas. 6.4.2. IMPERMEABILIZAÇÕES Infraestrutura: serão impermeabilizados o lastro de concreto e todas as faces (laterais e superior) das sapatas isoladas e viga baldrame com pintura impermeabilizante com igolflex ou equivalente. Piso dos banheiros, varandas e garagem/carga e descarga: impermeabilização com a execução de manta asfáltica cobrindo todo o contra-piso até a altura de 20cm da parede, nas bordas. 6.5. REVESTIMENTOS, ACABAMENTOS E PINTURA 6.5.1. EXTERIORES, FACHADAS E MUROS. PAREDES: Todas as paredes de alvenaria externas da edificação, depois de previamente molhadas, deverão receber chapisco de argamassa de cimento e areia média, emboço de cimento e cal e areia média e sobre o emboço externo será executado reboco, de cimento e argamassa básica fina. Acabamento final em pintura acrílica semibrilho linha Premium – Cor branco gelo. PISOS: Para os pisos das circulações externas indica-se o uso do piso Madeyra Vcchia Canela da marca Castelatto. A escolha se deve a alta durabilidade do produto que simula madeira, porém exige menor manutenção e apresenta maior durabilidade. As escadas, rampas do acesso e circulações externas receberão fita adesiva com largura de 5 cm antiderrapante. Para área do estacionamento é indicado usar piso Inter travado ecológico e cobogramas, que são materiais permeáveis, resistentes ao tráfego de veículos e de baixo custo. Demais dependências estão detalhadas individualmente.
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6.6. ESPECIFICAÇÃO DE MATERIAIS 6.6.1. BLOCO PRINCIPAL, BLOCO 2 E SPA PISO: Porcelanato esmaltado de classe PEI 5 – NOCE ORO – Coleção Maxiwood – Porto design; assentados sobre contra piso regularizado, deverá ser utilizado argamassa colante ACIII, e rejunte epóxi. PAREDES: As paredes serão de alvenaria de tijolos cerâmicos assente com argamassa de cimento, cal e areia média respectivamente, receberão chapisco de argamassa de cimento e areia média, com espessura mínima de 3 mm, emboço de cimento e cal e areia média, com espessura média de 2 cm, e sobre o emboço será executado massa corrida e acabamento em pintura acrílica semibrilho linha Premium – Cor Branco Gelo. Serão bem alinhadas e aprumadas obedecendo às dimensões indicadas no projeto arquitetônico. Nas janelas e portas serão executadas as vergas e contra-vergas com 4 barras de aço Ø5mm, em todos os vãos, com transpasse de 30cm para cada lado. TETO: Forro rebaixado de gesso em placas, fixado à laje pré-moldada através de parafusos e tirantes de arame, o mesmo receberá lixamento fundo e acabamento em pintura acrílica acabamento fosco linha Premium – Cor Branco Gelo. Esquadrias: As Janelas Serão em madeira, tipo de correr (na circulação) e maxi-ar para o exterior, nas dimensões do projeto arquitetônico. Receberão vidros lisos 4,00 mm nas esquadrias internas, e temperados 10,00 mm no exterior, fixados com Baguete de alumínio. Portas internas serão do mesmo material e cor. 6.6.1.1.
AUDITÓRIO
PISO: Carpete, tipo forração, assentado sobre contra piso regularizado, adesivo próprio. O uso do carpete se justifica por proporcionar melhor conforto acústico. O palco será elevado em madeira, com resistência adequada, até altura de 40 cm, igualmente será revestido de carpete. PAREDE: As paredes serão de alvenaria de tijolos cerâmicos 6 furos nas dimensões de 9x19x24cm, assente com argamassa de cimento, cal e areia média, respectivamente, também receberão chapisco de argamassa de cimento e areia média, emboço de cimento e cal e areia média e sobre o emboço será executado
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massa corrida e acabamento em pintura acrílica semibrilho linha Premium – Cor Branco Gelo. Devem ser bem alinhadas e aprumadas obedecendo às dimensões indicadas no projeto arquitetônico. Nas janelas e portas serão executadas as vergas e contra-vergas, vergas com 4 barras de aço Ø5mm, em todos os vãos, com transpasse de 30cm para cada lado. TETO: Forro rebaixado de gesso em placas, fixado à laje pré-moldada através de parafusos e tirantes de arame, o mesmo receberá lixamento fundo e acabamento em pintura acrílica acabamento fosco linha Premium – Cor Branco Gelo. ESQUADRIAS: Serão em madeira, tipo maxi-ar para o exterior, nas dimensões do projeto arquitetônico. Receberão vidro liso comum 4,00 mm. Porta interna será em vidro temperado espessura 10 mm, em duas folhas de abrir, espelhada com utilização de película protetora (adesivo) para evitar contato visual, nas dimensões do projeto arquitetônico, com fechadura da marca Papaiz, ou similar, ou fechadura de 1ª qualidade especifica do fornecedor da porta de vidro, em formato ergonômico. 6.6.2. UNIDADES HABITACIONAIS 6.6.2.1.
APARTAMENTOS:
PISO: Porcelanato esmaltado de classe PEI 5 – NOCE ORO – Coleção Maxiwood – Porto desing; assentados sobre contra piso regularizado, deverá ser utilizado argamassa colante ACIII, e rejunte epóxi. PAREDES: As paredes serão de alvenaria de tijolos cerâmicos assente com argamassa de cimento, cal e areia média respectivamente, receberão chapisco de argamassa de cimento e areia média, emboço de cimento e cal e areia média e sobre o emboço será executado massa corrida e acabamento em pintura acrílica semibrilho linha Premium – Cor Branco Gelo. Serão bem alinhadas e aprumadas obedecendo às dimensões indicadas no projeto arquitetônico. Nas janelas e portas serão executadas as vergas e contra-vergas com 4 barras de aço Ø5mm, em todos os vãos, com transpasse de 30cm para cada lado. TETO: Forro rebaixado de gesso em placas, fixado à laje pré-moldada através de parafusos e tirantes de arame, o mesmo receberá lixamento fundo e acabamento em pintura acrílica acabamento fosco linha Premium – Cor Branco Gelo.
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ESQUADRIAS: As portas serão dobrável tipo camarão de vidro (Figura 51) para fachada ao leste e de madeira no estilo veneziano (Figura 56) para a fachada oeste. Portas internas dos banheiros serão de abrir no estilo frizzata 001 (Figura 57). Figura 55 Porta tipo camarão de vidro.
Fonte: CASA E CONSTRUÇÃO, 2017.
Figura 56: Estilo Veneziano.
Fonte: CASA E CONSTRUÇÃO, 2017.
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Figura 57: Frizzata 001.
Fonte: CASA E CONSTRUÇÃO, 2017.
A varanda possuirá guarda corpo modelo inox tubular quadrado c/ vidro incolor e madeira no corrimão (Figura 58). Figura 58: Guarda corpo modelo inox tubular
Fonte: SERRALHERIA IRMÃOS CRUZ E OLIVEIRA, 2017.
6.6.2.2.
BANGALÔS:
PISO: Porcelanato esmaltado de classe PEI 5 – NOCE ORO – Coleção Maxiwood – Porto design; assentados sobre contra piso regularizado, deverá ser utilizado argamassa colante ACIII, e rejunte epoxi. PAREDES: As paredes serão de alvenaria de tijolos cerâmicos assente com argamassa de cimento, cal e areia média respectivamente, receberão chapisco de argamassa de cimento e areia média, emboço de cimento e cal e areia média e sobre o emboço será executado massa corrida e acabamento em pintura acrílica semibrilho linha Premium – Cor Branco Gelo.
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Serão bem alinhadas e aprumadas obedecendo às dimensões indicadas no projeto arquitetônico. Nas janelas e portas serão executadas as vergas e contra-vergas com 4 barras de aço Ø5mm, em todos os vãos, com transpasse de 30cm para cada lado. TETO: Forro rebaixado de gesso em placas, fixado à laje pré-moldada através de parafusos e tirantes de arame, o mesmo receberá lixamento fundo e acabamento em pintura acrílica acabamento fosco linha Premium – Cor Branco Gelo. ESQUADRIAS: As portas serão dobrável tipo camarão de vidro (Figura 55). Portas internas serão de abrir no estilo frizzata 001 (Figura 57). PERGOLADO: Haverá pergolado na entrada de cada bangalô com dimensões previstas em projeto arquitetônico de madeira ipê, certificadas como sendo de áreas de reflorestamento com cobertura de vidro laminado. 6.6.3. SANITARIOS E SERVIÇOS PISO: Porcelanato, na cor branca, assentados sobre contra-piso regularizado, com argamassa colante ACIII, e rejunte epóxi. PAREDES: As paredes serão de alvenaria de tijolos cerâmicos assente com argamassa de cimento, cal e areia média respectivamente, receberão chapisco de argamassa de cimento e areia média, emboço de cimento e cal e areia média e sobre o emboço será executado acabamento final com revestimento em azulejo PEI 4, na cor branca, até o teto, assentados com argamassa colante ACII, e rejunte epóxi. Serão bem alinhadas e aprumadas obedecendo às dimensões indicadas no projeto arquitetônico. Nas janelas e portas serão executadas as vergas e contra-vergas com 4 barras de aço Ø5mm, em todos os vãos, com transpasse de 30cm para cada lado. TETO: Forro rebaixado de gesso em placas, fixado à laje pré-moldada através de parafusos e tirantes de arame, o mesmo receberá lixamento fundo e acabamento em pintura acrílica acabamento fosco linha Premium – Cor Branco Gelo. ESQUADRIAS: Serão de janelas basculantes e ventilação por exaustor. As Portas internas serão em MDF 25 mm ou semi-ocas com revestimento de laminado melaninico, nas dimensões do projeto arquitetônico.
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6.6.4. SOLEIRAS E PEITORIS As soleiras serão executadas com o acabamento do piso especificado para as áreas internas, com exceção da porta de entrada da edificação que serão em granito polido. Os peitoris serão executados com granito polido espessura 20mm e com caimentos necessários para o exterior. 6.7. SISTEMA HIDRÁULICO O sistema hidráulico do projeto em questão abraça três estágios distintos: a instalação predial de água fria, a reserva para incêndio e o reservatório da água de reuso. A partir disso foram feitos os cálculos para dimensionamento dos reservatórios necessários para o funcionamento do resort. Para realizar esse cálculo, foi realizada uma estimativa do número de usuários considerando a capacidade máxima do resort, que é de 652 hóspedes, mais os funcionários que para efeito de cálculo usou-se 76 pessoas, sendo: 7 recepcionistas, 20 administradores, 15 cozinheiros, 25 camareiras, 3 porteiros e 6 auxiliares gerais. RESERVATÓRIO DE ÁGUA POTAVEL Para o cálculo desse reservatório, considera-se o consumo de água potável para hotéis igual a 120 litros por hóspede por um dia, e usou-se a quantia de 100 litros por dia para os funcionários. Com base nesses dados temos: consumo diário de água potável = (652 x 120) + (76 x 100) = 85.840 litros por dia. O dimensionamento da capacidade dos reservatórios precisa levar em consideração também uma eventual interrupção no abastecimento, e por isso precisa oferecer reserva para cobrir essa interrupção. Por essa razão o valor obtido na operação acima será dobrado, considerando que o resort fique um dia sem abastecimento de água. Portanto, o valor obtido é 171.680 litros. Nesse cálculo não está incluída a água necessária ao funcionamento dos restaurantes. Para realizar essa estimativa recomenda-se usar 25 litros de água por refeição oferecida. Se todos os hóspedes realizarem três refeições ao dia nos restaurantes o consumo total é de 48.900 litros ao dia.
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Além desses valores encontrados é necessário inserir no volume do reservatório a quantidade de litros requerida pela reserva de incêndio (25% do valor total) que totaliza em 55.145 litros. Dessa forma, a capacidade total do reservatório de água fria potável do estabelecimento é 275.725 litros. RESERVATÓRIO DE ÁGUA REUTILIZADA Além desse reservatório de água principal o projeto prevê a instalação de um sistema de reaproveitamento de água das pias e chuveiros para utilizar na descarga de privadas e rega de jardim. Entretanto esse reservatório precisa ser separado do anterior pois sua água não é tão pura quanto o outro. O dimensionamento desse segundo reservatório levou em consideração que cada chuveiro possui uma vazão de 3,5 litros por minuto, e cada banho leva aproximadamente 15 minutos. Dessa forma o volume de água produzido por cada banho é de 52,5 litros. Para efeitos de cálculo considerou-se a capacidade máxima de ocupação (652 hóspedes) e 2 banhos por dia para cada pessoa. Ou seja, o consumo diário de água para banho de hóspedes é de 68.460 litros. A esse valor foi acrescido mais 76 banhos para os funcionários, totalizando uma necessidade de 72.450 litros. Para os lavatórios, considera-se uma vazão de 0,6 litros por minuto para lavar as mãos e o rosto e uma frequência de 4 vezes ao dia por pessoa. Desta forma o consumo diário de água nos lavatórios para lavar o rosto e mãos de 652 hóspedes é de 1.564,80 litros. Para escovar os dentes, foi considerado uma vazão de 1,4 litros por minuto e uma frequência de uso de 3 vezes por dia, durante 5 minutos cada. Desta forma o consumo diário de água nos lavatórios para escovar os dentes 13.692 litros. A conclusão obtida é que o reservatório de água cinza efluente dos chuveiros e lavatórios é de 87.706,80 litros. Depois de obtido o volume de água que o resort tem capacidade de armazenar em um dia, partiu-se para verificação do volume de água que esse estabelecimento consome de para descarga de privadas e rega de jardim. Com relação às bacias sanitárias considera-se um volume de 4 litros de água por descarga (uso de privadas de caixa acoplada com duplo acionamento) e uma média
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de uso de 10 vezes por dia de cada equipamento. Sabendo que há um total de 350 aparelhos no projeto o volume de água necessário é de 14.000 litros. Para rega de jardim, deve-se considerar o uso diário de 1,5 litros de água por metro quadrado de área verde, logo: 45.000m² x 1,5 = 67.500 litros Desta forma, o volume de água proveniente de reuso necessária para rega de jardim e descarga de sanitários em um dia é de 81.500 litros. Diante dos dados obtidos, é possível concluir que o sistema de reuso de água proposto é adequado e atende às necessidades do projeto. O SISTEMA DE REUSO
O sistema de tratamento das águas cinzas propostos é simples, sendo constituído de um filtro com múltiplas camadas por onde passa o efluente a ser tratado. Esse filtro pose ser confeccionado através de um barril plástico com agregados específicos distribuídos em camadas que proporcionam a taxa de filtração requerida pela norma técnica para que a água possa ser reaproveitada nas atividades destinadas. Após a água passar por esse filtro, ela é direcionada a um reservatório de água tratada ao lado da caixa de tratamento; a partir desse reservatório, a água é redirecionada através de bombas para um reservatório elevado, exclusivo para água de reuso, onde será distribuída para os vasos sanitários e pontos de irrigação no jardim. É indicado que esse reservatório de água tratada possua uma ligação com o reservatório de água potável para que ele seja abastecido caso a produção de água cinza seja insuficiente para atender à demanda de água residual. Por essa razão, é necessário um sistema com válvula de segurança que jamais permita que a água tratada chegue ao reservatório de água potável, somente o contrário é admitido.
6.8. SISTEMA ELÉTRICO Com o objetivo de uma maior economia de energia elétrica, o projeto arquitetônico prevê o uso de painéis fotovoltaicos e lâmpadas econômicas tipo LED. As lâmpadas LED (Light Emitting Diode, ou Diodo Emissor de Luz) proporcionam até 80% de economia de energia em comparação com as soluções de iluminação tradicionais, além de requerer menor manutenção devido à vida útil extremamente
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longa. Esse tipo de luz não utiliza mercúrio ou qualquer outro elemento químico pesado que cause danos à natureza, e por essa razão, pode ser descartado sem exigir descarte especial como lâmpadas fluorescentes. O projeto prevê também a utilização de painéis solares onde os fabricantes indicam que as placas fiquem voltadas para o norte e numa área onde não haja sombra provocada por outras edificações, logo, o espaço ideal para instalar esse sistema no resort é a cobertura do bloco principal e dos blocos dos apartamentos.
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7. CONCLUSÃO A elaboração desse trabalho buscou a criação de um empreendimento que se tornasse um incentivador do turismo nas Três Praias de Guarapari e uma referência de conduta numa das formas de projetar que visam a proteção ao meio ambiente. Após a elaboração deste trabalho deve-se considerar que o objetivo proposto inicialmente foi alcançado, visto que se compreendeu os conceitos relacionados à arquitetura hoteleira, verificou-se a classificação dos meios de hospedagem, conceituou-se resort, bem como seus serviços e apresentou-se as referências projetais e diretrizes fornecidas pela certificação AQUA, nas quais se baseou a criação deste projeto arquitetônico. A necessidade de realizar um projeto que atendesse a todos os parâmetros definidos por leis, normas, códigos e também às recomendações ambientais, proporcionou uma experiência de grande importância para a vivência como arquiteto e urbanista. Foi mais um instrumento acadêmico para aprendizado e interpretação desses requisitos que são de fundamental importância para concepção de um projeto seguro e que atenda a todos os públicos. Pode-se afirmar que foi um trabalho construtivo, na medida que trouxe maiores conhecimentos acerca da importância de um projeto e de todos os elementos que devem ser considerados, tais como: ventilação, iluminação, materiais, entorno, design, fatores como flexibilidade, circulação, redução de energia e outros, os quais possibilitam que uma obra se torne referência.
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Disponível
em:
<http://www.guarapari.es.gov.br/> Acesso em março de 2017 TXAI RESORTS. Disponível em: <http://www.txairesorts.com/resorts> Acesso em: 24 de maio de 2017.
96
ANEXOS
03
04
05
06
07
09
08
10
11
ACESSO ÁREA DE EVENTOS
B
02
01
ACESSO PRINCIPAL
12
13
14
16
15
17
18
19
20
N
N
ACESSO FUNCIONÁRIOS
21
23
22
24
115,00 5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
S
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
AREA DE VENDAS E DE APOIO DE EVENTO 48,49 m²
DEPÓSITO 48,34 m²
S
A S 5,00
LAVANDERIA 95,25 m²
SALA DE TREINAMENTO 24,64 m²
+1,00
CONTROLE E REVISTA 24,17 m²
LOJA 1 39,99 m²
DEP. DE BAGAGENS 41,09 m²
+1,00
+0,00
5,00
+1,00
C
+0,00
S
5,00
+1,00
+1,00
+1,00
CONTROLE DE RECEB. 10,84 m²
JARDIM INTERNO 250,34 m²
JARDIM INTERNO 380,90 m²
+1,00
+0,00
DOCA DE CARGA E DESC. 49,75 m²
+1,00
S
+1,00
S
S
S
S
10,15
30,00
D
+1,00
LOBBY 616,84 m²
1,20
SANIT. E VEST. DE FUNC.FEM. 76,25 m²
+0,00
ACESSO CARGA E DESCARGA
CIRCULAÇÃO 13,76 m²
+0,00
RECEPÇÃO ÁREA DE EVENTOS 230,94 m²
WCFEM 23,29 m²
+0,00
SALA DE DESCANSO E LAZER 46,96 m²
SALA DE TV/ESTAR E LEITURA 47,03 m²
SALA VIP 48,40 m²
+0,00
WCMASC. 23,65 m²
10,00
B
GUARDA VOLUMES 23,89 m²
RECEPÇÃO/ ATEND. 48,26 m²
8,33%
+1,00
+1,00
CORREIO 24,90 m²
S
REFEITÓRIO E COZINHA P/ FUNCIONÁRIOS 97,43 m²
S
S
E
ALMOX. DE ALIMENTOS 23,11 m²
TRIAGEM 38,42 m² +1,00
A
5,00
A
ALMOX. DE BEBIDAS 12,74 m²
SANIT. E VEST. DE FUNC. MASC. 65,72 m²
COZINHA 56,51 m²
+1,00
+1,00
+1,00
LOJA 6 47,05 m²
LOJA 5 47,05 m²
LOJA 4 47,05 m²
+1,00
+1,00
+1,00
+1,00
DEP. DE LIXO SECO 51,02 m²
BAR 20,25 m²
DEP. DE LIXO ÚMIDO 48,75 m²
+1,00
+1,00
9,85
F
LOJA 7 47,05 m²
WCFEM 22,63 m²
LOJA 8 47,05 m²
+1,00
WCMASC. 23,17 m²
5,00
LOJA 9 46,80 m²
LOJA 2 45,84 m²
6 5 4 3 2 1
S
5,00
LOJA 3 47,36 m² +1,00
G 1,22
S
S
1,22
8,33%
8,33%
B
1
PLANTA BAIXA PRIMEIRO PAVIMENTO ESCALA: 1:200
B
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
115,00 5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
QUARTO DE ESPERA 25,61 m²
QUARTO DE ESPERA 23,74 m²
QUARTO DE ESPERA 24,97 m²
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
A 5,00
+5,00
10,00
B 5,00
SALA DE REUNIÃO 46,79 m²
SALA DE REUNIÃO 48,02 m²
+5,00
SALA DE REUNIÃO 47,77 m²
+5,00
+5,00
+5,00
CONTABILIDADE GERAL E COMPRAS 96,70 m²
+5,00
CIRC 8,58 m² SECRET. 16,01 m² +5,00
GERENCIA GERAL E SETOR DE RESERVAS E VENDAS 98,19 m²
QUARTO DE ESPERA 21,00 m²
+5,00
+5,00
+5,00
5,00 7,00
30,00
+5,00
S
S
S
S
+5,00
1,50
WCFEM 47,18 m²
5,00
WC FEM. 45,40 m²
WC MASC. 45,75 m²
SALA DE REUNIÃO 46,80 m² +5,00
SALA DE REUNIÃO 47,29 m² +5,00
ACADEMIA 192,63 m² +5,00
WC FEM. 14,69 m²
WC MASC. 14,94 m²
CENTRAL DE SEGURANÇA ENGENHARIA E MANUTENÇÃO 97,50 m²
10,00
F
+5,00
WC MASC. 47,66 m²
A
5,00
A
E
5,00
2
AUDITÓRIO 291,85 m²
CIRCULAÇÃO 361,43 m²
CIRCULAÇÃO 401,76 m² +5,00
D
QUARTO DE ESPERA 21,00 m²
+5,00
1,50
C
+5,00
SALA DE REUNIÃO 48,25 m²
+5,00
SALA P/ ESCRITORIO VIRTUAL/ BUSINESS CENTER P/ HOSPEDES 96,55 m²
ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL E MARKETING 96,32 m² +5,00
ALMOXARIFADO 47,70 m² +5,00
PLANTA BAIXA 2º PAVIMENTO ESCALA: 1:200
B
FAESA ARQUITETURA E URBANISMO DATA: 28/11/17
RESORT ECOLOGICO - GUARAPARI, ES BLOCO PRINCIPAL-PB 1º E 2º PAVIMENTO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ORIENTADOR DIELLY MONTARROYOS ALUNO:SUELEN ALEIXO MATOS
NºDA PRANCHA:
02/09 MATRICULA:1340407
B
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
N
1
N
115,00 5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
A 5,00
WCMASC. 48,15 m²
+8,13
SALÃO DE EVENTOS 981,33 m²
SALÃO DE EXPOSIÇÃO 232,03 m²
+8,13
B
+8,13
HALL 260,03 m²
WCFEM. 47,51 m²
5,00
+8,13
WC MASC. 48,92 m²
+8,13
WC FEM. 47,86 m²
GUARDA CORPO H: 1,30m
C GUARDA CORPO H: 1,30m
DÉPOSITO DE MÓVEIS 48,07 m²
5,00
+8,13
30,00
D
GUARDA CORPO H: 1,30m
DÉPOSITO DE MÓVEIS 48,14 m²
+8,13
S
S
S
ALMOX. DE BEB. 12,47 m²
ALMOX. DE ALIMENTOS 22,36 m²
ALMOX. DE BEB 12,48 m²
GUARDA CORPO H: 1,30m
+8,13
A
A
5,00
ALMOX. DE ALIMENTOS 22,15 m²
S
GUARDA CORPO H: 1,30m
E COZINHA 58,63 m²
5,00
RESTAURANTE PRINCIPAL 447,68 m²
GUARDA CORPO H: 1,30m
COZINHA 58,27 m²
+8,13
+8,13
F 5,00
DEPOSITO DE MOVEIS 47,36 m² +8,13
G B
1
PLANTA BAIXA TERCEIRO PAVIMENTO ESCALA: 1:200
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24 +13,00 +11,30
ALMOX. DE ALIMENTOS 22,15 m²
ALMOX. DE BEB. 12,47 m²
HALL 260,03 m² SALÃO DE EVENTOS 981,33 m²
CIRCULAÇÃO 401,76 m²
SANIT. E VEST. DE FUNC.FEM. 76,25 m²
2 A
CIRCULAÇÃO 361,43 m²
CIRCULAÇÃO 361,43 m²
SANIT. E VEST. SANIT. E VEST. DE FUNC. MASC. DE FUNC. MASC. 65,72 m² 65,72 m²
LOBBY 616,84 m²
JARDIM INTERNO 380,90 m²
JARDIM INTERNO 250,34 m²
ALMOX. RECEPÇÃO ÁREA DE DE EVENTOS COZINHA BEBIDAS 56,51 m² 230,94 m² 12,74 m²
ALMOX. DE BEB 12,48 m²
WC MASC. 47,66 m²
AUDITÓRIO 291,85 m²
ALMOX. DE ALIMENTOS 23,11 m²
TRIAGEM 38,42 m²
ALMOX. DE ALIMENTOS 22,36 m²
+8,15
+5,00
DOCA DE CARGA E DESC. 49,75 m²
CAIXA D'AGUA
3º PAVIMENTO
2º PAVIMENTO
+1,00
1º PAVIMENTO +0,00 NIVEL 0
CORTE A ESCALA
1 : 200
B
C
D
E
F
G +12,90 +11,30
121,00
COBERTURA CAIXA D'AGUA PLATIBANDA H:0,70m
+8,13
RECEPÇÃO/ ATEND. 48,26 m²
JARDIM INTERNO 250,34 m²
+1,00 +0,00
3º PAVIMENTO
2º PAVIMENTO
PLATIBANDA H:0,70m ACESSO AO TELHADO
5%
ACESSO AO TELHADO
1º PAVIMENTO NIVEL 0
ESCALA
1 : 200
ACESSO AO TELHADO
TELHADO VERDE
47,93
CORTE B
ACESSO AO TELHADO
TELHADO DE VIDRO REFLEXIVO
30,00
+5,00
3
WCFEM 47,18 m²
HALL 260,03 m²
COBERTURA
4
PLANTA BAIXA DE COBERTURA ESCALA: 1:200
TELHADO VERDE
24,88
48,20
FAESA ARQUITETURA E URBANISMO DATA: 28/11/2017
RESORT ECOLOGICO - GUARAPARI, ES PB 3º PAV, PB COBERTURA E CORTES A E B TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ORIENTADOR DIELLY MONTARROYOS ALUNO:SUELEN ALEIXO MATOS
NºDA PRANCHA:
03/09 MATRICULA:1340407
ACESSO PRINCIPAL
N
N
B
S
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11 5,0
5,0
5,0
5,0
5,0
5,0
5,0
5,0
5,0
5,0
5,0
15,2
TELHA CERAMICA 25%
A
A
4,9
SALÃO DE JOGOS ELETRÔN. 48,42 m
ALMOX. DE ALIMENTOS 24,45 m²
5,0
0,2
SALÃO DE JOGOS INFANTIS 24,98 m
+1,00
4,9
COZINHA PRINCIPAL E TERMINAL 71,76 m +1,00
COZINHA TERMINAL 70,59 m
5,0
0,2
WC 24,00 m
S
+1,00
5,0
4,8
A
A
HALL 147,97 m +1,00 NIGHT CLUB 420,41 m
12
70,2
2,1 0,2
RESTAURANTE TÍPICO 242,85 m +1,00
13
14
5,0
15
2,9
S
S
8,33% 8,33%
TRIAGEM E CARGA E DESCARGA 47,86 m
+1,00
0,2 ? ?
46,9
5,0
BAR PISCINA 243,52 m
5,0
+1,00
WC FEM. 23,87 m
WC MASC 24,97 m
SALÃO DE JOGOS 72,53 m
+1,00
4,1
3
PLANTA BAIXA DE COBERTURA ESCALA: 1:200
3,2
LAVA PÉS 21,7
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
7,9
4,8
6,6
PISCINA
COZINHA PRINCIPAL E TERMINAL 71,76 m
WC 24,00 m
+5,00
+1,00
HALL 147,97 m
+1,04
NIGHT CLUB 420,41 m +1,00
HALL 147,97 m
1,0
4,0
RESTAURANTE E DECK 755,32 m
B
1
PLANTA BAIXA PRIMEIRO PAVIMENTO ESCALA: 1:200
B 70,2
0,2
24,9
0,2
14,9
0,2
29,8
4
0,2
CORTE A ESCALA
4,9
A
B
C
D
E
F
A
0,2 4,9
WC FEM. 23,79 m
S
WC MASC 23,23 m
A
GUARDA CORPO h: 1,30m
1 : 200
0% 25,0 0,2
RESTAURANTE E DECK 755,32 m
+5,00 25,1
RESTAURANTE E DECK 755,32 m +5,00
HALL 147,97 m
10,1
+1,00
SALÃO DE JOGOS 72,53 m
+1,00
+1,00 1,0
0,3
+1,00
SALÃO DE JOGOS INFANTIS 24,98 m
-2,00
4,9
B
2
5
CORTE B ESCALA
1 : 200
PLANTA BAIXA 2º PAVIMENTO ESCALA: 1:200
FAESA ARQUITETURA E URBANISMO DATA: 28/11/2017
RESORT ECOLOGICO - GUARAPARI, ES PLANTAS BAIXAS TÉRREO E CORTES TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ORIENTADOR DIELLY MONTARROYOS ALUNO:SUELEN ALEIXO MATOS
NºDA PRANCHA:
04/09 MATRICULA:1340407
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
N
B
1
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
100,00 4,61
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,61
A
9,81
+1,00
+1,00
UH
UH
UH
UH
UH
24,70 m²
24,55 m²
24,62 m²
24,60 m²
27,50 m²
+1,00
+1,00
+1,00
+1,00
+1,00
UH
ROUP./ GOVERN.
UH
UH
UH
UH
UH
UH
UH
UH
27,50 m²
24,48 m²
24,48 m²
24,48 m²
24,48 m²
24,48 m²
24,48 m²
24,48 m²
37,88 m²
+1,00
+1,00
+1,00
+1,00
+1,00
+1,00
+1,00
+1,00
+1,00
UH
38,82 m²
4,00
S
2,25
27,83 m²
SUÍTE DELUXE 38,82 m²
9,28 m²
2,40
S
WC
C
0,151,20
s 3,59
2,25
4,00
20,00
D
WC
A
38,37 m²
UH
37,58 m²
+1,00
UH
24,64 m²
24,64 m²
+1,00
+1,00
UH
UH
24,64 m²
+1,00
UH
24,70 m²
+1,00
UH
24,55 m²
+1,00
+1,00
UH
UH
24,62 m²
24,62 m²
27,50 m²
+1,00
+1,00
+1,00
UH
CIRCULAÇÃO
27,50 m²
296,43 m²
UH
UH
UH
UH
UH
UH
24,48 m²
24,48 m²
24,48 m²
24,48 m²
24,48 m²
24,48 m²
+1,00
+1,00
+1,00
+1,00
+1,00
+1,00
+1,00
SUÍTE STANDARD 24,48 m²
UH
37,81 m²
SUÍTE DELUXE 38,82 m²
+1,00
+1,00
+1,00
9,56
E
UH
7,45 m² 1,22
4,00
A
UH
6,21
+1,00
UH
24,64 m²
8,31
1,40
+1,00
UH
24,64 m²
5,16
+1,00
UH
24,64 m²
E.S.
B
UH
37,58 m²
10,88 m²
4,00
UH
38,62 m²
0,15
4,00
F S
S
8,33% 8,33%
4
SUÍTE DELUXE AMBIENTADA ESCALA
1 : 100
B
1
ACESSO PRINCIPAL
PLANTA BAIXA APARTAMENTOS TIPO - PRIMEIRO PAVIMENTO ESCALA: 1:200
B
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
22
21
23
24
25
26
100,00 4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00 9,81
A UH
24,64 m²
+4,00
+4,00
+4,00
UH
UH
24,64 m² +4,00
UH
UH
UH
UH
UH
24,64 m²
24,70 m²
24,55 m²
24,62 m²
24,60 m²
27,50 m²
+4,00
+4,00
+4,00
+4,00
+4,00
+4,00
E.S.
B
UH
37,31 m²
8,84 m²
4,00
UH
38,30 m²
UH
ROUP./ GOVERN.
UH
UH
UH
UH
UH
UH
UH
27,50 m²
24,48 m²
24,48 m²
24,48 m²
24,48 m²
24,48 m²
24,48 m²
24,48 m²
+4,00
+4,00
+4,00
+4,00
+4,00
+4,00
+4,00
+4,00
29,84 m²
0,15
0,10
1,10
1,57 0,10
5,44
0,15
1,20
UH
UH
46,66 m²
37,82 m² +4,00
+4,00
4,15
S
4,00
WC
9,28 m²
C
S
4,00
20,00
A
4,00
A
D CIRCULAÇÃO UH
E
UH
UH
4,00
38,30 m²
37,31 m²
24,64 m²
+4,00
+4,00
+4,00
UH
UH
24,64 m² +4,00
UH
UH
UH
UH
296,44 m²
UH
24,64 m²
24,70 m²
24,55 m²
24,62 m²
24,62 m²
27,50 m²
+4,00
+4,00
+4,00
+4,00
+4,00
+4,00
UH
UH
UH
UH
UH
UH
UH
24,48 m²
24,48 m²
24,48 m²
24,48 m²
24,48 m²
24,48 m²
24,48 m²
+4,00
+4,00
+4,00
+4,00
+4,00
+4,00
+4,00
+4,00
UH
UH
38,71 m²
37,78 m² +4,00
+4,00
5
F
SUÍTE STANDARD AMBIENTADA ESCALA
1 : 100
B
PLANTA BAIXA APARTAMENTOS TIPO - SEGUNDO PAVIMENTO
2
ESCALA: 1:200
B
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
4,00
4,51
A
1,74
1,82
1
9,81
2,39
PLATIBANDA H:1,00m
B
2,07
1,40
1,35
4,00
C 4,00
20,00
ACESSO TELHADO
TELHADO VERDE
D A
4,00
A
6
SUÍTE STANDARD AMBIENTADA PARA PNE ESCALA
1 : 100
E 4,00
F 4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
100,00
PLANTA BAIXA APARTAMENTOS TIPO - COBERTURA
B
1
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
FAESA ARQUITETURA E URBANISMO
ESCALA: 1:200
DATA: 28/11/17
RESORT ECOLOGICO - GUARAPARI, ES PLANTAS BAIXAS APARTAMENTO TIPO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ORIENTADOR:DIELLY MONTARROYOS ALUNO:SUELEN ALEIXO MATOS
NºDA PRANCHA:
05/09
2
APARTAMENTO TIPO - FACHADA LESTE 1 : 200
ESCALA
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
1,00
02
2,80 0,20 2,80
1
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
3º PAV. 7,00
CIRCULAÇÃO 296,43 m²
CIRCULAÇÃO 296,43 m²
2º PAV. 4,00 1º PAV. 1,00
CORTE A 1 : 200
ESCALA
E
D
C
B
2,85 2,80 0,80
2,80
0,20 0,20 0,20
A
+10,00
1,00
0,15
F
3
15
COBERTURA. 10,00
2,85
0,20 0,80
0,20
0,15
01
COBERTURA
+7,00
3º PAVIMENTO
CIRCULAÇÃO
+4,00
296,43 m²
CIRCULAÇÃO 296,43 m²
CIRC. VERTICAL
+1,00
32,52 m²
+0,00
2º PAVIMENTO
1º PAVIMENTO NIVEL 0
CORTE B ESCALA
1 : 200
FAESA ARQUITETURA E URBANISMO DATA: 01/12/2017
BLOCO APARTAMENTO TIPO CORTE A E B E FACHADA LESTE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ORIENTADOR:DIELLY MONTARROYOS ALUNO:SUELEN ALEIXO MATOS
NºDA PRANCHA:
06/09 MATRICULA:1340407
N
7,30 m
0,15 m 2,84 m 0,15 m
3,58 m
ESCALA
2º PAVIMENTO QUARTO
CIRC.
13,56 m²
2,58 m²
ÁREA DE LAZER SALA DE ESTAR
33,04 m²
+1,00
28,78 m²
1º PAVIMENTO
CORTE B ESCALA
BANGALÔ MASTER
1 : 125
+7,40 +6,70
1 : 125
PLANTA BAIXA 2º PAVIMENTO
2
BANGALÔ MASTER
1 : 125
ESCALA
3
BANGALÔ MASTER
22,58 m²
SALA DE ESTAR
1 : 125
+1,00
1º PAVIMENTO
PLANTA BAIXA DE COBERTURA ESCALA
CAIXA D'AGUA
2º PAVIMENTO
GARAGEM
s 0,15 m 3,35 m 0,15 m
3,43 m
COBERTURA
+3,70
28,78 m²
PLANTA BAIXA 1º PAVIMENTO
1
+3,70
0,85 m
6 5 4 3 2 1
0,15 m
17,85 m²
SUÍTE 24,77 m²
3,00 m
33,04 m² +1,00
6,55 m
3,02 m
ÁREA DE LAZER
3,80 m
22,58 m² +1,00
BANHEIRO
4
TELHADO VERDE
COBERTURA CAIXA D'AGUA
0,55 m0,15 m 0,10 m
GUARDA CORPO h:1,30m
4,39 m
0,15 m
GARAGEM
3,02 m
24,77 m² +3,70
3,60 m
3,60 m
P3
SUÍTE
0,15 m
PLATIBANDA H: 0,85m
0,15 m
28,78 m² +1,00
P1 J2
6,60 m
SALA DE ESTAR
+3,70
11,48 m
3,78 m²
17,85 m²
2,03 m
B1
0,15 m
0,15 m
WC
P1
6,60 m
5,99 m² CIRC. P1 +1,00 P1 2,58 m²
0,15 m 1,42 m
P1
B1 1,20 m
13,56 m² +1,00
3,43 m
4,42 m² +1,00
BANHEIRO
4,43 m
+6,70
3,55 m
0,15 m
5,75 m
0,15 m 4,85 m
0,15 m2,42 m0,15 m
1,60 m
QUARTO 0,15 m
DÉPOSITO
ÁREA P1 TÉCNICA
3,00 m 0,15 m2,55 m
0,15 m 2,00 m
N
J1
25%
0,15 m
1 2 3 4 5 6
+7,40
0,11 m 0,55 m
7,30 m
N
0,15 m 2,55 m0,15 m 2,89 m
3,50 m
N
0,15 m
N
4,50 m
N
0,15 m 2,35 m 0,15 m
BANGALÔ MASTER
CORTE A ESCALA
BANGALÔ MASTER
1 : 125
N
5
7,30 m
7,30 m
PLANTA BAIXA 2º PAVIMENTO. ESCALA
9
23,07 m²
ESCALA
BANGALÔ DELUXE
10
1 : 125
N
1 : 125
BANGALÔ DELUXE
N
0,15 m
2,55 m 0,00 m
0,15 m
2,55 m
11
GARAGEM 23,03 m²
ALTURA
P1 P2
17 1
0,80 m 0,90 m
2,10 m 2,10 m
Porta de abrir de madeira - Modelo Frizzata Porta de abrir de madeira - Modelo Frizzata
P3
3
2,00 m
2,10 m
Porta de Correr de aluminio e vidro
+3,70
2,30 m
GUARDA CORPO h:1,30m
ÁREA DE LAZER
3,90 m
32,91 m² +1,00
8,33%
PLANTA BAIXA 1º PAVIMENTO - PNE ESCALA
1 : 125
12
PLANTA BAIXA 2º PAVIMENTO - PNE ESCALA
1 : 125
BANGALÔ MASTER
BANGALÔ MASTER
29,13 m²
CORTE B. ESCALA
BANGALÔ DELUXE
1 : 125
QUANTITATIVO DE JANELAS DESCRIÇÂO
SUÍTE 24,00 m²
SALA DE ESTAR
QUANTITATIVO DE PORTAS QT COMPRIMENTO
BANHEIRO 17,85 m² +3,70
FAESA CÓD
P2
0,10 m 0,15 m
29,13 m²
0,85 m
CORTE A.
ESCALA
B1
3,50 m
0,15 m
0,55 m 0,15 m 2,90 m
ÁREA DE LAZER
2,55 m
0,15 m
6,97 m²
SALA DE ESTAR
0,15 m
8,32 m²
PLANT BAIXA DE COBERTURA
BANGALÔ DELUXE
SUÍTE
Á. TEC.
8
1 : 125
24,34 m²
DÉPOSITO
3,78 m²
B1
SALA DE ESTAR
3,02 m
7
7,40 m
2,90 m 0,70 m 0,10 m 2,55 m 0,85 m
7,40 m
18,20 m²
P1
WC
P1
5,00 m
P1
S
BANGALÔ DELUXE
BANHEIRO
25%
1,40 m 1,88 m
0,15 m
1,40 m
S 0,91 m 2,50 m0,17 m
PLANTA BAIXA 1º PAVIMENTO. 1 : 125
P1
3,60 m
2,40 m
3,90 m
1,42 m
6 5 4 3 2 1
ESCALA
5,99 m² +1,00
31,36 m² +1,00
A.
6
TÉCNICA
A.
+1,00
3,58 m
2,30 m
P3
23,07 m²
0,15 m
B1
P3
ÁREA DE LAZER
6,78 m
B.
13,56 m² +1,00
P1ÁREA
GUARDA CORPO h:1,30m
B.
QUARTO
4,42 m² +1,00
3,82 m 0,15 m
B.
DÉPOSITO
2,51 m
29,13 m² +1,00
10,80 m
11,48 m
SALA DE ESTAR
24,34 m² +3,70
TELHADO VERDE 2,80 m
11,47 m
P1
SUÍTE
B1
0,15 m
J2 B1
J2
3,00 m
6,97 m² +1,00
PLATIBANDA H:0,85m
P1
Á. TEC.
P1
14,50 m
18,20 m² +3,70
11,48 m
P1
+1,00
BANHEIRO
N
0,15 m
3,80 m
15,41 m²
3,00 m 0,15 m
14,66 m
+1,00
P1
0,15 m
4,43 m 0,15 m
3,80 m
4,73 m
GARAGEM
B1
B1
2,42 m
7,68 m
8,32 m²
0,15 m
0,15 m 2,84 m 0,15 m
DÉPOSITO
P1
4,85 m 0,15 m
4,39 m
0,15 m
2,00 m 0,15 m
0,15 m
3,45 m
1 2 3 4 5 6
20,79 m
N
7,30 m
N
3,40 m 0,15 m
B.
N
A.
0,15 m 0,15 m 1,20 m1,25 m 0,15 m
0,15 m
N
A.
3,37 m
4,71 m
25%
N
N
CÓD QT COMPRIMENTO B1 J1 J2
9 1 3
0,50 m 1,00 m 1,50 m
ALTURA 0,80 m 2,00 m 1,00 m
DESCRIÇÃO Bascula simples de alumínio e vidro Janela simples de alumínio e vidro Janela simples de alumínio e vidro
ARQUITETURA E URBANISMO DATA: 01/12/2017
BLOCO BANGALÔS PROJETO: RESORT ECOLÓGICO - GUARAPARI, ES DISCIPLINA: TCC PROFESSOR: DIELLY MONTARROYOS ALUNO:SUELEN ALEIXO MATOS
NºDA PRANCHA:
08/09 TURMA: 10º B
N
ACESSO PRINCIPAL
N
71,4
4,2
4,2
4,2
4,2
4,2
4,2
4,2
4,2
4,2
4,2
4,2
4,2
4,2
4,2
4,2
4,2
4,2
A 4,0
CIRCULAÇÃO 282,94 m²
B
MASC. 7,92 m²
WC FEM. 16,35 m²
C
SALA DE MASSAGEM 28,28 m² +0,01
SALA DE MASSAGEM 28,28 m² +0,01
SALA DE MASSAGEM 28,28 m² +0,01
SALA DE MASSAGEM 28,28 m² +0,01
SALA DE HIDROMASSAGEM 85,83 m²
SALÃO DE BELEZA 101,93 m²
SALA DE ESPERA 76,17 m²
SALA DE MASSAGEM 40,66 m² +0,01
+0,01
+0,01
A
A
4,0
12,0
SALA DE MASSAGEM 28,28 m² +0,01
+0,01
4,0
6
D 1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
15
15
VISTA ESCALA
1 : 1
15
PLANTA BAIXA TÉRREO
1
ESCALA: 1:200
71,4
4,2
4,2
4,2
4,2
4,2
4,2
4,2
4,2
4,2
4,2
4,2
4,2
4,2
4,2
4,2
4,2
4,2
A PLATIBANDA H:0,70m
B A
A
12,0
LAJE IMPERMEABILIZADA
C 5
FACHADA LESTE ESCALA
1 : 1
D 1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
15
15
15
PLANTA BAIXA DE COBERTURA
2
ESCALA: 1:200
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
+5,00
COBERTURA
+0,00
TÉRREO
5,0
0,7
2
SALA DE MASSAGEM 28,28 m²
3
SALA DE MASSAGEM 28,28 m²
SALA DE MASSAGEM 28,28 m²
SALA DE MASSAGEM 28,28 m²
SALA DE MASSAGEM 28,28 m²
SALA DE MASSAGEM 40,66 m²
WC FEM. 16,35 m²
MASC. 7,92 m² SALA DE ESPERA 76,17 m²
SALÃO DE BELEZA 101,93 m²
SALA DE HIDROMASSAGEM 85,83 m²
4
FACHADA OESTE ESCALA
1 : 1
CORTE A ESCALA
1 : 200
FAESA ARQUITETURA E URBANISMO DATA: 01/11/2017
RESORT ECOLOGICO - GUARAPARI, ES PLANTAS BAIXAS, CORTE A E VISTAS TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ORIENTADOR DIELLY MONTARROYOS ALUNO:SUELEN ALEIXO MATOS
NºDA PRANCHA:
08/08 MATRICULA:1340407