LIVRO DE RESUMOS
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III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária
DEFESA AGROPECUÁRIA: RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA
Livro de Resumos
Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012
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COMISSÃO ORGANIZADORA Paulo Emilio Landulfo Medrado Vinhaes Torres Altair Santana de Oliveira Anete Lira da Cruz Evaldo Ferreira Vilela Fabiana Silva Lima Ivana Carla Ramacioti Evangelista Silva Jorge Raimundo Lins Ribas José Magid Waquil José Mario Carvalhal Oliveira Jucimara Rodrigues dos Santos Luciana Niedersberg Avila Ludmilla Santana Soares e Barros Marcos Santos Prinz Maria das Graças Oliveira Gusmão Verena Mª Mendes Souza Regina Lucia Sugayama Suely X. Brito Silva Ricardo Falcão de Sá Robson Bahia Cerqueira Rosângela Barbosa Machado Suely Xavier de Brito Verena Maria Mendes de Souza
ADAB MAPA ADAB SBDA MAPA ADAB ADAB SBDA ADAB SEAGRI ADAB UFRB ADAB ADAB ADAB SBDA ADAB ADAB UNIME SEAGRI ADAB ADAB
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COMISSÃO CIENTÍFICA Antônio Souza do Nascimento Aldo Malavasi Filho Alexandre Moraes Pinheiro André L. Torres Anete Lira da Cruz Catarina Cotrim de Mattos Sobrinho Carlos Alfredo Lopes de Carvalho Cezar Ernesto Detoni Cristiane de Jesus Barbosa Frederico de Medeiros Rodrigues Iram da Silva Ferrão Jorge R. Lins Ribas - ADAB José Mário Carvalhal Kátia Cristina L. Magalhães Abreu Lúcia Novis Edington Luciana Niedersberg Ávila Luciano José da Costa Figueiredo Mª Ângela Ornelas Almeida Mª José M. Batatinha- UFBA Mª Tereza V. L. Mascarenhas - ADAB Manoel Leôncio da Penha Filho - ADAB Mª Aparecida Castellani Mª Helena da Silva - UFBA Maurício Costa Alves da Silva - UFBA Rejane Peixoto Noronha Ricardo Falcão de Sá Robson Bahia Cerqueira Soraya MariaPalma Luz Jaeger Sibelle Ferrão Suely X. Brito Silva Verena Mª Mendes Souza
EMBRAPA MOSCAMED UFRB ADAB ADAB ADAB UFRB UFBA EMBRAPA EBDA ADAB ADAB ADAB EBDA ADAB ADAB UFBA UFBA UFBA ADAB ADAB UESB UFBA UFBA ADAB ADAB UFRB UFRB UESB ADAB ADAB
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SUMÁRIO
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SUMÁRIO IMPACTOS AMBIENTAIS DA CULTURA DO ABACAXI NA REGIÃO DO SEMIÁRIDO BAIANO: ITABERABA – BAHIA ................................................................................ 26 FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE Diaphorina citri EM POMARES DE CITROS NO MUNICÍPIO DE RIO REAL, BAHIA ............................................................................ 28 LEVANTAMENTO DE AGROTÓXICOS COMERCIALIZADOS NO MUNICÍPIO DE SANTO ANTONIO DE JESUS - BA ......................................................................................... 29 DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS PECUARISTAS NA RASTREABILIDADE BOVINA EM ESTABELECIMENTOS RURAIS APROVADOS NO SISBOV EM CAMPINA VERDE, MG ............................................................................................................. 30 LEVANTAMENTO DAS PRINCIPAIS DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS PECUARISTAS NA IMPLANTAÇÃO DO SISBOV NO MUNICÍPIO DE CARLOS CHAGAS, MG .......................................................................................................................... 31 EXPECTATIVAS DOS CONSUMIDORES COM RELAÇÃO A CARNE BOVINA RASTREADA: REVISÃO DE LITERATURA ................................................................. 32 AVALIAÇÃO DA TEMPERATURA DOS ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL EM BARREIRAS SANITÁRIAS NO RIO GRANDE DO SUL ................................................. 33 VIGILÂNCIA EM PROPRIEDADES DE RISCO PARA FEBRE AFTOSA NA SUPERVISÃO REGIONAL DE RIO PARDO ...................................................................................... 34 CONTROLANDO A RAIVA ANIMAL COM AUXÍLIO DA EDUCAÇÃO SANITÁRIA ....... 35 ABRANGÊNCIA DAS NOTIFICAÇÕES TBT E SPS NAS EXPORTAÇÔES AGRÌCOLAS DO BRASIL..................................................................................................................... 36
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EXIGÊNCIA TÉCNICAS, SANITÁRIAS E FITOSSANITÁRIAS ÀS EXPORTAÇÕES DE PRODUTOS DO COMPLEXO SOJA ........................................................................... 37 EDUCAÇÃO SANITÁRIA NO USO CORRETO DE AGROTÓXICOS USANDO O MÉTODO SOMA ..................................................................................................................... 38 GRAU DE EXPOSIÇÃO À BRUCELOSE DE MÉDICOS VETERINÁRIOS VACINADORES DE RIO GRANDE, RS ................................................................................................ 39 GRAU DE CONHECIMENTO EM BRUCELOSE DE MÉDICOS VETERINÁRIOS VACINADORES DE RIO GRANDE, RS ....................................................................... 40 ANÁLISE DO INGRESSO INTERESTADUAL DE ANIMAIS DE PRODUÇÃO E SEUS PRODUTOS NO RIO GRANDE DO SUL EM 2011 ...................................................... 41 PANORAMA DOS PRINCIPAIS REBANHOS GAÚCHOS EM 2011 .............................. 42 INVESTIGAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS NO RIO GRANDE DO SUL EM 2011 ............... 43 SENSIBILIZAÇÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO CACAU QUANTO À MONILÍASE ...... 44 AGROTÓXICOS: CONDUTA DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL I DO MUNICÍPIO DE ITABUNA ........................................................................................ 46 METODOLOGIA PARA PROSPECÇÃO DE DETECÇÃO E MONITORAMENTO DA MONILÍASE NO ESTADO DA BAHIA......................................................................... 47 GEORREFERENCIAMENTO DAS PROPRIEDADES RURAIS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ..................................................................................................... 49 Fiscalização para Encefalopatia Espongiforme Bovina em propriedades rurais no Rio Grande do Sul ................................................................................................... 50
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VIGILÂNCIA ATIVA PARA INFLUENZA AVIÁRIA E DOENÇA DE NEWCASTLE EM AVES MIGRATÓRIAS NA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DO TAIM EM 2011 ................................ 51 ANÁLISE DA MOVIMENTAÇÃO OFICIAL DE ANIMAIS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL NO ANO DE 2011 ....................................................................................... 52 O PAPEL DA SECRETARIA DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E AGRONEGÓCIO NA OPERAÇÃO LITORAL 2011 ...................................................................................... 53 AUDITORIAS DO SISBOV NO RIO GRANDE DO SUL ................................................ 54 DADOS OFICIAIS DAS ETAPAS DE VACINAÇÃO CONTRA A FEBRE AFTOSA DE 2011 NO RS...................................................................................................................... 55 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA CRIA ENSACADA BRASILEIRA, MÉTODOS, DIFUSÃO E PROBLEMAS ......................................................................................... 56 FATORES ASSOCIADOS À OCORRÊNCIA DE DOENÇAS EM COLMEIAS DE ABELHAS AFRICANIZADAS (Apis mellifera L.) NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO .................... 57 ANÁLISE DE CLORANFENICOL EM LEITE CRU DO ESTADO DE MINAS GERAIS POR CL-EM/EM .............................................................................................................. 58 ANÁLISE DE CLORANFENICOL EM PESCADO POR CL-EM/EM ................................ 59 VALIDATION AND DETERMINATION OF ETHEPHON IN GRAPES BY LC·MS/MS ...... 60 IMPLANTAÇÃO E VALIDAÇÃO DE METODOLOGIA POR ANÁLISE DIRETA DE MERCÚRIO EM PEIXE.............................................................................................. 61 CERTIFICAÇÃO DE PROPRIEDADES LIVRES DE TUBERCULOSE NA REGIÃO DE CRUZ ALTA - RS ................................................................................................................ 62
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OCORRÊNCIA DE BRUCELOSE BOVINA EM PROPRIEDADES CERTIFICADAS NA REGIÃO DE CRUZ ALTA-RS ...................................................................................... 63 CONHECIMENTO DOS MANIPULADORES DE ALIMENTOS SOBRE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E HÁBITOS DE HIGIENE. ............................................................... 64 LESÕES DE DOENÇAS NO ABATE DE BOVINOS NO RIO GRANDE DO SUL, EM 2011 ................................................................................................................................ 65 AVALIAÇÃO DA VACINAÇÃO DE BRUCELOSE BOVINA NO RIO GRANDE DO SUL ... 66 A IMPORTÂNCIA DA INSPEÇÃO SANITÁRIA NO DIAGNÓSTICO DA CISTICERCOSE BOVINA ................................................................................................................... 67 CAUSAS DE ALTA MORTALIDADE EM PLANTÉIS AVÍCOLAS NA REGIÃO NORTE DO RIO GRANDE DO SUL .............................................................................................. 68 PERFIL SOROLÓGICO DE BRUCELOSE EM MÉDICOS VETERINÁRIOS VACINADORES DE RIO GRANDE, RIO GRANDE DO SUL .................................................................. 69 AVALIAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO REALIZADAS EM INDÚSTRIAS COM INSPEÇÃO ESTADUAL .................................................................................... 70 PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO DA TUBERCULOSE BOVINA NO ESTADO DO PARANÁ .................................................................................................................. 71 FISCALIZAÇÃO DE BEBIDAS NO BRASIL: DIFICULDADES E DESAFIOS ...................... 72 DIFICULDADES E DESAFIOS DO SETOR PRODUTIVO DE BEBIDAS NO BRASIL NO ATENDIMENTO DE SEGURANÇA E QUALIDADE DOS ALIMENTOS .......................... 74 GERENCIAMENTO DE RISCO EM SEGURANÇA DE ALIMENTOS NO AGRONEGÓCIO DE BEBIDAS BRASILEIRO: A INTERAÇÃO DO GOVERNO COM O SETOR PRODUTIVO E CONSUMIDORES .................................................................................................. 76 III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 11 de 232
INCREMENTO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA PASSIVA PARA PESTE SUÍNA CLÁSSICA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL .................................................................... 78 HISTÓRICO DA HIDATIDOSE ANIMAL NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ......... 79 DETERMINAÇÃO DE RESÍDUO DE PERÓXIDO EM LEITE ADULTERADO UTILIZANDO SPOT TEST - REFLECTÂNCIA DIFUSA ....................................................................... 80 Complexo teníase - cisticercose na zona rural do município de Matias Barbosa MG .......................................................................................................................... 81 CRIAÇÃO DE UM MODELO DIGITAL DE ELEVAÇÃO PARA MEDIÇÃO DA ÁREA DE MORDEDURA DE MORCEGOS HEMATÓFAGOS ...................................................... 82 DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO EM FLUXO UTILIZANDO MULTIBOMBAS PARA ANÁLISE DE RESÍDUO DE SULFONAMIDAS ............................................................. 83 POSSIBILIDADE DE ESTABELECIMENTO DE Ostrinia nubilalis NO BRASIL ............... 84 O PROCESSO DE ACREDITAÇÃO DO LABORATÓRIO DE QUARENTENA VEGETAL DA EMBRAPA NA NORMA ABNT ISO/IEC 17025 .......................................................... 85 ÁCAROS, INSETOS E PLANTAS INFESTANTES INTERCEPTADAS PELA ESTAÇÃO QUARENTENÁRIA DE GERMOPLASMA VEGETAL DA EMBRAPA EM 2010 e 2011 .. 86 FITOPATÓGENOS INTERCEPTADOS PELA ESTAÇÃO QUARENTENÁRIA DE GERMOPLASMA VEGETAL DA EMBRAPA EM 2010 e 2011 .................................... 87 INFOPRAGA - BANCO DE DADOS DE PRAGAS PRESENTES E AUSENTES NO BRASIL ................................................................................................................................ 88 IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR DE OVOS DE ÁCAROS INTERCEPTADOS NA ESTAÇÃO QUARENTENÁRIA DA EMBRAPA ............................................................................ 89
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POTENCIAL DE ESTABELECIMENTO DO ACARO VERMELHO DAS PALMEIRAS, Raoiella indica, NO BRASIL ..................................................................................... 90 DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE MÉTODO PARA DETERMINAÇÃO DE SULFONAMIDAS EM RAÇÃO DE AVES E SUÍNOS .................................................... 91 EXPERIÊNCIA BEM SUCEDIDA NO ENSINO DE DSA: PARCERIA UNESP/JABOTICABAL/SP E CDA/SP ........................................................................ 93 QUALIDADE MICROBIOLÓGICA E FÍSICO-QUÍMICA DE LEITE E DERIVADOS REGISTRADOS NO SERVIÇO DE INSPEÇÃO ESTADUAL (S.I.E/MA) .......................... 94 QUALIDADE DE ATUNS E AFINS DESTINADOS À EXPORTAÇÃO E AO MERCADO INTERNO BRASILEIRO NO ANO DE 2011 ................................................................ 96 ANÁLISE DE CLORANFENICOL EM MEL POR CL-EM/EM ......................................... 97 CONTRIBUIÇÕES DO USO DE FERRAMENTAS SOCIAIS NO SERVIÇO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO ......................................................... 98 QuEChERS FOR ANALYSIS OF ORGANOCHLORINE PESTICIDES RESIDUES IN QUINOA (Chenopodium quinoa Willd) WITH GC-µECD ......................................... 99 MANEJO INTEGRADO DE ALEUROCANTHUS WOGLUMI EM BOM JARDIM, PE ... 100 TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA: UFRA – IPA/RECIFE, PE ................................. 101 ERTIFICAÇÃO DE PROPRIEDADES LIVRE DE BRUCELOSE E TUBERCULOSE NA BAHIA – RELATO DE CASO ............................................................................................... 102 CONHECIMENTO DOS MANIPULADORES DE ALIMENTOS SOBRE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E HÁBITOS DE HIGIENE. ............................................................. 103 projeto sanitarista mirim para o município de presidente epitácio, sp ............... 104 III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 13 de 232
FORMAÇÃO DE MULTIPLICADORES PARA DIVULGAÇÃO DA DEFESA AGROPECUARIA: O CASO DA GUARDA CIVIL MUNICIPAL .................................... 105 ESTUDO DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE REDE EM DEFESA AGROPECUÁRIA .................................................................................................... 106 COOPERAÇÃO EM P&D E DEFESA FITOSSANITÁRIA CONTRA INTRODUÇÃO DO HUANGLONGBING DOS CITROS NO NORDESTE BRASILEIRO ............................... 107 MONITORAMENTO DE EVENTUAL INVASÃO DE Candidatus Liberibacter sp. NA CHAPADA DIAMANTINA E OESTE BAIANO ........................................................... 108 LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DA RAIVA EM ANIMAIS SILVESTRES NO ESTADO DE SERGIPE, DE 2005 A 2011 .................................................................. 109 LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DA RAIVA EM HERBÍVOROS NO ESTADO DE SERGIPE, NO PERÍODO DE 2005 A 2011 ............................................................... 110 AÇÕES DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL EM REMANSO, CASA NOVA, CAMPO ALEGRE DE LOURDES E PILÃO ARCADO – ZONA TAMPÃO DO ESTADO DA BAHIA .............................................................................................................................. 111 CARACTERIZAÇÃO DO TRÂNSITO INTERESTADUAL DE CAPRINOS NO ESTADO DA BAHIA NO ANO DE 2010 ....................................................................................... 113 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA VACCÍNIA BOVINA NO ESTADO BAHIA, EM 2011 .. 114 PREVALÊNCIA DA ARTRITE ENCEFALITE CAPRINA (CAE) EM REBANHO LEITEIRO, NA MICRO-REGIÃO DE JUSSARA ................................................................................ 115 CONSTRUÇÃO de plasmídeos calibrantes para quantificação do feijão Embrapa 5.1 por pcr em tempo real ......................................................................................... 116
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CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-SANITÁRIA DOS ASSENTAMENTOS RURAIS NA BAHIA E PARTICIPAÇÃO DA DEFESA SANITÁRIA ................................................................. 117 CERTIFICAÇÃO DE PROPRIEDADES LIVRES DE BRUCELOSE E TUBERCULOSE NO MUNICÍPIO DE DOIS IRMÃOS – RS ....................................................................... 118 PRESENÇA DE LESÕES COMPATÍVEIS COM TUBERCULOSE EM BOVINOS DE ABATE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL .................................................................. 119 AÇÕES DE EDUCAÇÃO SANITÁRIA NA PROMOÇÃO DA CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AFTOSA E TRANSVERSALIDADES EM ESCOLAS DA ZONA RURAL 120 MODELOS LONGITUDINAIS PARA O RISCO PARA DERMATOBIOSE EM BOVINOS LEITEIROS NA FAZENDINHA AGROECOLÓGICA-KM 47, RJ ................................... 121 DIAGNÓSTICO EDUCATIVO SOBRE TRÂNSITO DE ANIMAIS, VEGETAIS, PRODUTOS E SUBPRODUTOS, NO MUNICÍPIO DE D. ELIZEU – PARÁ. ..................................... 122 ATUAÇÃO DO SERVIÇO OFICIAL DE DEFESA EM FOCOS DE RAIVA DOS HERBIVOROS EM GURUPI-TO ............................................................................... 123 ANÁLISE DA VULNERABILIDADE QUANTO A REINTRODUÇÃO DE FEBRE AFTOSA EM MUNICÍPIOS NA BAHIA, BRASIL............................................................................ 124 IDENTIFICAÇÃO DE ESTABELECIMENTOS QUE REPRESENTAM RISCO A INTRODUÇÃO DA FEBRE AFTOSA EM MUNICÍPIOS NA BAHIA, BRASIL ................ 125 CONDUTA DOS VIVEIRISTAS E FLORICULTORES DE SANTO ANTÔNIO DE JESUS QUANTO À MOSCA-NEGRA-DOS-CITROS ............................................................. 126 IMPACTO NA QUALIDADE DA MANGA, Mangifera indica, DESTINADA AO MERCADO INTERNO, INFESTADA POR MOSCAS-DAS-FRUTAS ............................. 127
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ONZE ANOS DE MONITORAMENTO POPULACIONAL DE MOSCAS-DAS-FRUTAS NO PÓLO FRUTICOLA DO VALE DO RIO BRUMADO, BA ............................................. 128 IMPACTO DAS AVERMECTINAS E O CONTROLE DE RESÍDUOS NA BOVINOCULTURA DE CORTE.............................................................................................................. 129 PRIMEIRO REPORTE NA BAHIA DE UM SURTO DE ECTIMA CONTAGIOSO EM CAPRINOS LEITEIROS ............................................................................................ 130 ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA OCORRÊNCIA DA LEUCOSE ENZOÓTICA BOVINA EM PROPRIEDADES DO ESTADO DA BAHIA ................................................................ 131 INVESTIGAÇÃO DE Babesia caballi E Theileria equi EM EQUÍDEOS NO MUNICÍPIO DE ENTRE RIOS, BAHIA ......................................................................................... 132 FREQUÊNCIA DE ANIMAIS REAGENTES PARA CAEV ANALISADOS PELO LABORATÓRIO DE SANIDADE ANIMAL DA ADAB ................................................. 133 CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA RAIVA DOS HERBÍVOROS NO ESTADO DA BAHIA NO PERÍODO DE 2010 A 2011 ................................................................... 134 RESÍDUOS DE RACTOPAMINA E O SPLIT-SYSTEM PARA PRODUÇÃO DE SUÍNOS LIVRES DE RACTOPAMINA .................................................................................... 135 OCORRÊNCIA DA ANEMIA INFECCIOSA EQUINA NA BAHIA NO PERÍODO DE JANEIRO 2009 A FEVEREIRO 2012. ....................................................................... 136 LEVANTAMENTO SOROEPIDEMIOLOGICO DE BRUCELOSE OVINA NAS MICRORREGIÕES DE BARREIRAS E JUAZEIRO ....................................................... 137 FREQUÊNCIA DE ANTICORPOS ANTI-Neospora caninum EM BOVINOS LEITEIROS DA MICRORREGIÃO DE IRECÊ, BAHIA................................................................... 138
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PRESENÇA DE ANTICORPOS ANTI- BRUCELLA ABORTUS REALIZADO NO LABORATÓRIO DE SANIDADE ANIMAL EM 2011 .................................................. 139 EXAMES LABORATORIAIS NO LADESA/ADAB EM 2011: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A DEFESA AGROPECUÁRIA BAIANA ...................................................................... 140 AVALIAÇÃO in vivo DA RESISTÊNCIA DE NEMATÓIDES A ANTI-HELMÍNTICOS EM OVINOS, MATA DE SÃO JOÃO, BAHIA .................................................................. 141 VALIDAÇÃO DO SOFTWARE PARA GERENCIAMENTO E MONITORAMENTO DA OCORRÊNCIA DE BICUDO DO ALGODOEIRO NO OESTE DA BAHIA ATRAVÉS DE ARMADILHAMENTO OFICIAL DA ADAB ................................................................ 142 VALIDAÇÃO DO SOFTWARE PARA GERENCIAMENTO E MONITORAMENTO DA OCORRÊNCIA DE BICUDO DO ALGODOEIRO NO OESTE DA BAHIA ATRAVÉS DE ARMADILHAMENTO OFICIAL DA ADAB ................................................................ 143 INQUÉRITO FITOSSANITÁRIO DO MOFO BRANCO NO OESTE DA BAHIA ............. 144 DIAGNÓSTICO EDUCATIVO SOBRE USO DE BOAS PRÁTICAS HIGIÊNICO-SANITÁRIAS NA PRODUÇÃO DE ACARAJÉ ................................................................................ 145 PREVALÊNCIA E INCIDÊNCIA DA PODRIDÃO VERMELHA DO SISAL EM CINCO TERRITÓRIOS DE IDENTIDADE DA BAHIA ............................................................. 146 TRATAMENTO PRÉ - PLANTIO DE MUDAS DE SISAL VISANDO O CONTROLE DA PODRIDÃO VERMELHA ......................................................................................... 147 AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE FRANGOS CONGELADOS DE ABATEDOUROS SOB INSPEÇÃO ESTADUAL - BAHIA....................................................................... 148 CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS EM DEFESA SANITÁRIA ANIMAL: UMA EXPERIÊNCIA DA ADAB ......................................................................................... 149
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ATUALIZAÇÃO DE TÉCNICOS COM NÍVEL MÉDIO EM FISCALIZAÇÃO AGROPECUÁRIA NA BAHIA NO PERÍODO DE 2011 ............................................... 150 PERFIL DA IDADE DOS BOVINOS ACOMETIDOS PELA RAIVA NO ESTADO DA BAHIA NO PERÍODO DE 2007 A 2011 .............................................................................. 151 CARACTERIZAÇÃO DO TRÂNSITO INTERESTADUAL DE OVINOS ORIGINADO DO ESTADO DA BAHIA ENTRE 2004 A 2008. .............................................................. 152 CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE CRIAÇÃO DE BOVINOS COM ATIVIDADE REPRODUTIVA NO ESTADO DA BAHIA ................................................................. 153 FOCOS DE VACCÍNIA BOVINA NA GERÊNCIA DE MUNDO NOVO, BAHIA E AÇÕES DE DEFESA ANIMAL DA ADAB – RELATO DE CASO. ................................................... 154 ESTUDO DA COMPOSIÇÃO DAS ESPÉCIES DO GÊNERO ANASTREPHA NOS PÓLOS FRUTÍCOLAS DO VALE DO RIO BRUMADO (LIVRAMENTO DE NOSSA SENHORA E DOM BASÍLIO) E ITABERABA - BA ......................................................................... 155 ESTUDO DA COMPOSIÇÃO DAS ESPÉCIES DO GÊNERO ANASTREPHA NOS PÓLOS FRUTÍCOLAS DO VALE DO RIO BRUMADO (LIVRAMENTO DE NOSSA SENHORA E DOM BASÍLIO) E ITABERABA - BA ......................................................................... 156 PROGRAMA PARA IMPLANTAÇÃO E MANUTENÇÃO DE SISTEMA DE MITIGAÇÃO DE RISCO PARA A MOSCA-DO- MELÃO, Anastrepha grandis, NO ESTADO DA BAHIA .............................................................................................................................. 157 OCORRÊNCIA DE DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA EM CAMARÕES NO MUNICÍPIO DE CANAVIEIRAS - BAHIA .................................................................. 158 CARACTERIZAÇÃO DOS PRODUTORES INADIMPLENTES DAS CAMPANHAS DE VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AFTOSA NO MARANHÃO NOS ANOS DE 2010 A 2011 .............................................................................................................................. 159 III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 18 de 232
EDUCAÇÃO EM DEFESA SANITÁRIA: ESTUDO DE CASO DO PROJETO FAZENDO EDUCAÇÃO ........................................................................................................... 160 O PROCESSO DE ASSOCIAÇÃO DA MASCOTE CAMPEÃO COM A CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA A FEBRE AFTOSA NO MARANHÃO. .................................... 161 DOENÇAS DAS ABELHAS DE IMPORTÂNCIA PARA DEFESA SANITÁRIA ANIMAL .. 162 PROJETO “SANIDADE EM POESIA” ....................................................................... 163 EDUCAÇÃO SANITÁRIA NA ESCOLA E NOS ASSENTAMENTOS DE SÃO FÉLIX DO CORIBE: DIVULGAÇÃO DA CAMPANHA DE RAIVA CONCOMITANTE COM A CAMPANHA DE AFTOSA ....................................................................................... 164 AVALIAÇÃO DE CURSO DE CAPACITAÇAO PELO MÉTODO SOMA ........................ 165 RELATO DE OCORRÊNCIA DA MYCOSPHAERELLA FIJIENSIS NO ESTADO DO TOCANTINS ........................................................................................................... 166 USO DE INVÓCULOS CONTENDO REPELENTES NATURAIS NO CONTROLE DA BROCA DO FRUTO EM PINHA, EM CENTRAL-BA .................................................. 167 CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO E TÉCNICO DE PISCICULTORES EM MUNICÍPIOS DA BAHIA, EM 2009. ................................................................. 168 ALTERAÇÕES NAS FREQUÊNCIAS FENOTÍPICAS EM POPULAÇÕES DE LABORATÓRIO DE Chrysoperla externa (HAGEN, 1861) (NEUROPTERA: CHRYSOPIDAE)...................................................................................................... 169 CONSUMO E GANHO DE PESO EM LARVAS DE Chrysoperla externa (HAGEN, 1861) (NEUROPTERA: CHRYSOPIDAE) DE DIFERENTES POPULAÇÕES E GERAÇÕES DE LABORATÓRIO ...................................................................................................... 170
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INSETOS ASSOCIADOS À GRAVIOLEIRA (Annona muricata L.), NO SUDOESTE DO ESTADO DA BAHIA ................................................................................................ 171 ASPECTOS BIOLÓGICOS E MORFOLÓGICOS DA MOSCA-DO-FIGO Zaprionus indianus GUPTA, 1970 (DIPTERA: DROSOPHILIDAE) EM DIETA ARTIFICIAL À BASE DE MILHO PARA DROSOFILÍDEOS......................................................................... 172 ASPECTOS BIOLÓGICOS E MORFOLÓGICOS DA MOSCA-DO-FIGO Zaprionus indianus GUPTA, 1970 (DIPTERA: DROSOPHILIDAE) EM DIETA ARTIFICIAL À BASE DE MILHO PARA DROSOFILÍDEOS......................................................................... 173 CONTROLE BIOLÓGICO DA FUSARIOSE DO ABACAXI COM A UTILIZAÇÃO DO TRICHODERMA SP. NA REGIÃO DE ITABERABA .................................................... 174 AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DO LEITE DE OVELHA ..... 175 PRESENÇA DE ANTICORPOS ANTI- BRUCELLA OVIS EM REBANHOS OVINOS DA MICRORREGIÃO DE FEIRA DE SANTANA, BAHIA, BRASIL. .................................... 176 CARACTERIZAÇÃO DO TRÂNSITO INTERNO DE BOVINOS EM ALAGOAS COMO FERRAMENTA DE CONTROLE DA FEBRE AFTOSA ................................................. 177 FREQUÊNCIA DE ATENDIMENTO A NOTIFICAÇÕES DE SUSPEITA DE DOENÇAS VESICULARES EM ALAGOAS - 2008 A 2011 .......................................................... 179 VALIDAÇÃO DE PCR EM TEMPO REAL PARA DIAGNÓSTICO DA PESTE SUÍNA CLÁSSICA .............................................................................................................. 181 USO DO MÉTODO FAMACHA® EM CORRELAÇÃO A DOIS RESULTADOS DE OPG EM OVINOS, MATA DE SÃO JOÃO, BAHIA. ................................................................. 182 DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO ESPECTROFOTOMÉTRICO LIMPO PARA DETERMINAÇÃO DE SULFAQUINOXALINA EM LEITE BOVINO.............................. 183
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MONITORAMENTO DE SINTOMAS E DE Xylella fastidiosa EM PLANTAS BÁSICAS DE CITROS DA EMBRAPA SEMIÁRIDO........................................................................ 184 AÇÕES DO LABORATÓRIO DE FITOPATOLOGIA DA EBDA COM FOCO NA DIAGNOSE DE DOENÇAS DE FRUTÍFERAS ............................................................................... 185 REDE QUALIPESCADO* ......................................................................................... 186 MONITORAMENTO POPULACIONAL DE Diaphoprina citri (HEMIPTERA: PSYLIDAE), VETOR DO HUANGLONGBING (HLB), EM REGIÕES PRODUTORAS DA BAHIA ...... 187 VIROSES DA BANANEIRA QUARENTENÁRIAS PARA O BRASIL: Banana bunchy top virus (BBTV) E Banana bract mosaic virus (BBRMV). ............................................ 188 TERMOTERAPIA E PREMUNIZAÇÂO PARA O Citrus tristeza vírus (CTV), COMO FERRAMENTAS À CERTIFICAÇÃO FITOSSANITARIA DE CITROS NA BAHIA. ........... 189 CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA COMO ÁREA LIVRE DO MOFO AZUL ( Peronospora tabacina) DO TABACO (Nicotiana tabaco) ...................................... 190 LEVANTAMENTO DOS DADOS DA VACINAÇÃO DE BEZERRAS COM A CEPA B19 NO PERÍODO DE 2004 A 2009 NA BAHIA.................................................................... 191 OCORRÊNCIA DOS SURTOS ALIMENTARES NO ESTADO DA BAHIA NO PERÍODO DE 2006 A 2009. ........................................................................................................ 192 IMPACTO DAS AÇÕES DE CONTROLE DA RAIVA EM HERBÍVOROS NA BAHIA NO PERÍODO DE 2006 A 2010. ................................................................................... 193 PERFIL DO TRÂNSITO DE ANIMAIS EM FEIRAS DE GADO DO ESTADO DE PERNAMBUCO DURANTE O ANO DE 2011 ........................................................... 194 PERFIL DOS COMERCIANTES DE ANIMAIS DA FEIRA DE GADO DE OURICURI, ESTADO DE PERNAMBUCO................................................................................... 195 III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 21 de 232
PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS EM HORTIFRUTIGRANJEIROS NO ESTADO DE PERNAMBUCO.................................... 196 CARACTERIZAÇÃO DA ABACAXICULTURA NA REGIÃO ECONÔMICA PARAGUAÇU COM ÊNFASE NO CONTROLE DA FUSARIOSE. ...................................................... 197 MAPEAMENTO DE HOSPEDEIROS DE HUANGLONGBING (Candidatus Liberibacter sp ) NO RECÔNCAVO BAIANO ............................................................................. 198 DETECÇÃO DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA ANEMIA INFECCIOSA EQUINA (EIAV): IDGA, “NESTED” PCR E RT-PCR. ............................................................................ 199 ANALISE FILOGENETICA DE LENTIVIRUS DE PEQUENOS RUMINANTES NA BAHIA .............................................................................................................................. 200 AGROTÓXICOS CONTRABANDEADOS APREENDIDOS PELA FISCALIZAÇÃO AGROPECUÁRIA NO RIO GRANDE DO SUL EM 2011 ............................................ 201 INCIDÊNCIA DA FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA (Phakopsora pachyrhizi) NA ENTRESSAFRA DO ESTADO DO TOCANTINS ......................................................... 202 LEVANTAMENTO DO CANCRO BACTERIANO DA VIDEIRA EM VARIEDADES APIRËNICAS NO VALE DO SÃO FRANCISCO – PE .................................................. 203 Análise do trânsito inter e intraestadual de suínos procedentes DO ESTADO DE Santa Catarina NO ANO DE 2011 ......................................................................... 204 AÇÕES DE FISCALIZAÇÃO E COMBATE À CLANDESTINIDADE DO SERVIÇO OFICIAL DE INSPEÇÃO ANIMAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO NO ANO DE 2011 ........... 205 FREQUÊNCIA DE PROPRIEDADES E DE ANIMAIS POSITIVOS PARA A BRUCELOSE BOVINA NO SERTÃO DA PARAÍBA ........................................................................ 206 FREQUÊNCIA DA TUBERCULOSE BOVINA NO SERTÃO DA PARAÍBA .................... 207 III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 22 de 232
ESTRATÉGIAS PARA FORTALECIMENTO DA EMISSÃO DE RECEITUÁRIOS AGRONÔMICOS NO ESTADO DE RONDÔNIA ....................................................... 208 LEVANTAMENTO DA BROCA DOS FRUTOS DO CUPUAÇU E DO CACAU CONOTRACHELUS HUMEROPICTUS (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE) EM CUPUAÇU NO MUNICÍPIO DE BELTERRA - PA. ..................................................... 209 OCORRÊNCIA DA BROCA DOS FRUTOS DO CUPUAÇU CONOTRACHELUS HUMEROPICTUS (COL.: CURCULIONIDAE) NO ESTADO DO PARÁ. ....................... 210 OCORRÊNCIA DE OZOPHERUS MURICATUS PASCOE, 1882 (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE) UMA NOVA PRAGA EM AÇAIZEIRO ......................................... 211 DETECÇÃO E LEVANTAMENTO DO CANCRO BACTERIANO DA VIDEIRA NA REGIÃO DE JUAZEIRO, BAHIA............................................................................................. 212 AS GEOTECNOLOGIAS NA EVOLUCAO ESPACO TEMPORAL DA RAIVA DOS HERBÍVOROS E QUIRÓPTEROS NO MUNICÍPIO DE SANTO AMARO E SEUS LIMÍTROFES, BAHIA USANDO AS TÉCNICAS DE GEOPROCESSAMENTO ............... 213 MODELOS DE NICHO ECOLÓGICO PREDITIVOS E ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO DE ABRIGOS DE MORCEGOS HEMATÓFAGOS NO ESTADO DA BAHIA, BRASIL. ........ 214 VACINAÇÃO OFICIAL EM TERRAS INDÍGENAS NAS FRONTEIRAS INTERNACIONAIS DE RORAIMA. ....................................................................................................... 215 AVALIAÇÃO DA ESPECIALIZAÇÃO “DEFESA SANITARIA ANIMAL” PARA SERVIDORES DO BRASIL - PRODESA/UFLA ................................................................................ 216 EPIDEMIA DE FEBRE AFTOSA EM MATO GROSSO DO SUL EM 2005: RELATO DE CASO ..................................................................................................................... 218
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AACPD DA FERRUGEM ASIÁTICA EM CULTIVARES DE SOJA EM TRÊS ÉPOCAS DE SEMEADURA NO OESTE DA BAHIA ....................................................................... 219 DESFOLHA CAUSADA PELA FERRUGEM ASIÁTICA EM SOJA EM TRÊS ÉPOCAS DE SEMEADURA NO OESTE DA BAHIA ....................................................................... 220 PERFIL DE RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DE AMOSTRAS DE ESCHERICHIA COLI ISOLADAS DE PERUS ............................................................................................. 221 ESCHERICHIA COLI PATOGÊNICA PARA AVES (APEC) PRESENTE EM CAMAS DE AVIÁRIOS .............................................................................................................. 222 Caracterização da microbiota normal do sistema respiratório de frangos comerciais: dados parciais ................................................................................... 223 HUANGLONGBING: IMPACTOS ECONÔMICOS DECORRENTES DA PERSPECTIVA DE SUA INTRODUÇÃO NO ESTADO DA BAHIA ........................................................... 224 PROCEDIMENTOS PARA O MONITORAMENTO POPULACIONAL DE Diaphorina citri , VETOR DO HUANGLONGBING (HLB) DOS CITROS. ............................................. 225 PROGRAMA DE CONTROLE INTEGRADO DE MOSCAS-DAS-FRUTAS NO PROJETO CURAÇÁ – BA ........................................................................................................ 226 FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE Ceratitis capitata NO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO BAHIA E PERNAMBUCO 2009/12 ......................................................................... 227 INFORMAÇÕES E ANÁLISE DE RISCOS PARA PRAGAS DE POÁCEAS DE NOVE GÊNEROS DE IMPORTÂNCIA ECONÔMICA AO BRASIL ......................................... 228 INFORMAÇÕES E ANÁLISE DE RISCOS PARA PRAGAS DE POÁCEAS DE NOVE GÊNEROS DE IMPORTÂNCIA ECONÔMICA AO BRASIL ......................................... 229
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PROJETO EDUCATIVO PARA CONTROLE DO GREENING NO ESTADO DE MINAS GERAIS .................................................................................................................. 230 PROJETO EDUCAÇÃO SANITÁRIA NAS ESCOLAS RURAIS - QUISSAMÃ - RJ........... 231
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IMPACTOS AMBIENTAIS D A C ULTURA DO ABACAXI NA REGIÃO DO SEMIÁRIDO BAIANO: ITABERABA – B AHIA LOPES, A.C.¹; CARVALHO, W.P.A.² ¹ADAB, Itaberaba/BA, antoniocampos.lopes@adab.ba.gov.br ; ²UFLA, Lavras/MG, wellingt@ufla.br O crescimento da cultura do abacaxi na região de Itaberaba, fruto do trabalho do Grupo Gestor da Fruticultura e da criação da Cooperativa dos Produtores de Abacaxi, hoje se prepara em busca de novos mercados de comercialização, inclusive o de exportação para a Europa e assim como novas áreas de cultivo, tendo como consequência o desmatamento, contribuído para a degradação ambiental com a perda importante para a fauna local e o aumento das intoxicações por agrotóxicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar e quantificar os impactos ambientais ocasionados pela cultura do abacaxi na região de Itaberaba, considerando os indicadores sócios demográficos, a estrutura agrária dos estabelecimentos rurais, práticas de trabalho relacionadas ao uso de agrotóxicos e, a intoxicação associada a seu uso e o índice de desmatamento provocado pela ampliação de cultivo e a busca por novas áreas. A metodologia de avaliação utilizada foi a análise de dados obtidos por meio de pesquisa de campo com o auxílio de um questionário distribuído junto a pequenos produtores rurais deste município, de dados obtidos pelo Censo Rural realizado pelo Grupo Gestor e de dados coletados junto ao Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística - IBGE. Também foram avaliadas fotografias georreferenciadas para analisar as questões referentes ao desmatamento da região. As pesquisas realizadas durante o desenvolvimento desse trabalho concluíram que embora o cultivo do abacaxi na região seja um fator de desenvolvimento e diminuição das desigualdades sociais, sendo, portanto uma atividade muito importante do ponto de vista social e econômico para a região, ela possui um grande potencial de impacto ambiental, em razão da falta de informações das práticas culturais adotadas pelos produtores, tendo como principais efeitos: supressão de vegetação nativa em larga escala, favorecendo os processos da erosão e a salinização do solo, além do uso indiscriminado de agrotóxico, podendo ocasionar a médio e longo prazo um processo de desertificação na região, devendo ser adotadas providências imediatas com a finalidade de evitar esse desastre ambiental para a região. Palavras-chave: Abacaxi; Agrotóxicos; Desmatamento; Impactos Ambientais
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FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE DIAPHORINA CITRI EM P OMARES DE CITROS NO MUNICÍPIO DE RIO REAL, BAHIA OLIVEIRA, J.M.C¹; NASCIMENTO, A.S. ²; MIRANDA, S.H.G. ³; BARBOSA, C. J4. ¹Fiscal Estadual Agropecuário da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, SalvadorBahia - jose.carvalhal@adab.ba.gov.br; ²Pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, Cruz das Almas -Bahia – antnasc@embrapa.br; ³Professora do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da ESALQ e Pesquisadora da CEPEA, Piracicaba-SP – smiranda@esalq.usp.br; 4Pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, Cruz das Almas- Bahia - barbosa@embrapa.br. Com ampla distribuição em todas as regiões citrícolas do país, o psilídeo dos citros ou psilídeo asiático (Hemíptera: Psyllidae) foi relatado pela primeira vez no Brasil, na década de 40, nos Estados da Amazônia, Bahia, Ceará, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo, sempre considerado como praga secundaria, só causando danos quando em alta população. O objetivo deste trabalho foi estudar a flutuação populacional de Diaphorina citri Kuwayama e emissão de brotações de citros em três propriedades de citros no Território de Identidade Litoral Norte Agreste de Alagoinhas, estado da Bahia. O estudo foi desenvolvido em três pomares de citros, localizados no município de Rio Real, principal produtor de laranja. Em cada um deles foram monitoradas 20 plantas com frequência quinzenal, registrando-se o número total de brotações novas, a presença de ovos, formas imaturas e adultos do inseto, em 20 ramos de cada planta, cinco por quadrante Utilizou-se também de armadilhas adesivas amarelas para a captura do inseto adulto. e o índice PAM (psilíde/armadilha /mês) para quantificar o esforço de coleta. Os levantamentos foram realizados durante dois anos: de novembro de 2010 a outubro de 2011. Pelos resultados obtidos no estudo, a população de D. citri, tanto na forma de inseto adulto quanto ninfas de diferentes ínstares, foram diretamente influenciadas pela emissão de fluxo vegetativo das plantas de laranja e de murta e que seu pico populacional ocorreu no final da primavera e inicio do verão. Palavras-chave: Psilídeo dos citros, monitoramento populacional, Citrus sinensis.
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LEVANTAMENTO DE AGROTÓXICOS COMERCIALIZADOS N O MUNICÍPIO DE SANTO ANTONIO DE JESUS - BA SANTOS, E.S.P. ¹; PEREIRA, E.C.C. ²; BARRETO, A.C. ³ 1. ADAB, Santo Antônio de Jesus/BA emilepaz@yahoo.com.br; 2. UFRB, Cruz das Almas/BA, llainecerqueira@yahoo.com.br; 3. AGRODEFESA, Goiânia/GO arlete.barreto@agrodefesa.go.gov.br Com o uso incorreto dos agrotóxicos, a produção agrícola tem contribuído de forma efetiva para a contaminação das águas tanto em nível superficial como subterrânea e do solo, se constituindo uma fonte de degradação do meio ambiente. O uso indiscriminado de agrotóxicos vem causando sérios danos à saúde humana e ao meio ambiente. Foram observados casos de mal uso de agrotóxicos onde os agricultores, na maioria das vezes, não respeitam o período de carência dos mesmos e empregam produtos específicos para uma determinada praga e/ou cultura. O Brasil é considerado como um potencial agrícola e esta condição sempre foi apontada como um estimulante para o desenvolvimento de forte indústria local de defensivos químicos para lavouras. Assim o Receituário Agronômico tem como função orientar o uso racional de agrotóxicos e o diagnóstico é pré-requisito essencial para a prescrição da receita. O objetivo desse trabalho foi realizar o levantamento de produtos agrotóxicos comercializados no município de Santo Antonio de Jesus – BA, através da averiguação dos receituários agronômicos emitidos pelas revendas e enviados a Gerência da ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia) de Santo Antonio de Jesus. Foram utilizados os 429 Receituários Agronômicos emitidos pelas revendas de agrotóxicos do município de Santo Antonio de Jesus durante o ano de 2010. Foram listados todos os agrotóxicos comercializados para as propriedades da região, selecionando os 14 produtos com mais frequência de comercialização que são eles: Roundup original, Tordon, Galop, Glifosato 480, Vertimec, Gliz 480, Agritoato 400, Tucson, Decis, Lannat BR, Padron, Gli-Up 480, Shadow, Trop. Quanto a classe de agrotóxico, a mais comercializada foi herbicida com 68,07%, s! eguido de acaricida/inseticida, com 3,73% e por último a de inseticid a, com 2,56%. Dentre os herbicidas, o glifosato foi o princípio ativo mais comercializado. A maior quantidade de Receituários Agronômicos emitidos foi para tratamento de ervas daninhas em Pastagens e Citros. Palavras-chave : Receituário agronômico, comércio de agrotóxicos, Bahia.
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DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS PECUARISTAS NA RASTREABILIDADE BOVINA EM ESTABELECIMEN TOS RURAIS APROVADOS NO SISBOV EM CAMPINA VERDE, MG LOPES, M. A. 1 ; MARCELINO E. L.2 ; MAGALHÃES D. R.3 . 1
Prof. Dr. do Departamento de Medicina Veterinária da UFLA Especialista em Defesa sanitária Animal pela UFLA 3 Mestranda em Ciências Veterinárias pelo DMV/UFLA 2
Esta pesquisa teve como objetivo realizar o levantamento das dificuldades encontradas pelos pecuaristas que aderiram ao Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (SISBOV). Elaborou-se um formulário de questões qualitativo semi-estruturado contendo trinta e sete questões. Esse questionário foi aplicado junto a 34 pecuaristas de Campina Verde-MG, proprietários e gerentes de Estabelecimentos Rurais Aprovados (ERAs) no SISBOV, no período de outubro de 2009 a Janeiro de 2010. Entre as principais dificuldades encontradas pelos pecuaristas, as mudanças frequentes nas leis foram as mais citadas (97,1%), seguida pela perda dos elementos de identificação (85,3%) e pelas dificuldades em aplicação do elemento de identificação (79,4%). Todos os entrevistados mostraram-se insatisfeitos com a remuneração, por parte dos frigoríficos, pelos animais rastreados. Todos os entrevistados apontaram vantagens com a implantação do SISBOV possibilitando a melhor gestão da pecuária e ainda melhor controle do governo sobre a produção assegurando maior credibilidade ao Brasil, melhorando as exportações e abrindo novos mercados consumidores garantindo alimento de qualidade e saúde pública. Palavras-chave: Bovinocultura, bubalinocultura, ERAs, SISBOV
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LEVANTAMENTO DAS P RINCIPAIS DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS PECUARISTAS NA IMPLANTAÇÃO DO SISBOV NO MUNICÍP IO DE CARLOS CHAGAS, MG LOPES, M. A. 1 ; RODRIGUES, P. L.2 ; MAGALHÃES D. R.3 . 1
Prof. Dr. do Departamento de Medicina Veterinária da UFLA Especialista em Defesa sanitária Animal pela UFLA 3 Mestranda em Ciências Veterinárias pelo DMV/UFLA 2
Esta pesquisa teve como objetivo realizar um levantamento das principais dificuldades encontradas pelos produtores rurais do município de Carlos Chagas – MG ao implantarem o Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (SISBOV). Elaborou-se um formulário de questões qualitativo semi-estruturado contendo trinta e sete questões de múltipla escolha visando levantar as principais dificuldades encontradas pelos pecuaristas que aderiram ao novo SISBOV. Foram abordados 09 pecuaristas e 100% haviam implantado o SISBOV e tinham Estabelecimentos Rurais Aprovados (ERAs) para a União Européia. As principais dificuldades encontradas pelos pecuaristas foram: alta perda de elementos de identificação (100%), remuneração inadequada pelos animais rastreados (100%), custo elevado da certificação (77,8%), mudanças constantes das leis (75%), falta de divulgação das leis (75%), burocracia na certificação (75%). Apesar das dificuldades e encontradas, 55,6% dos entrevistados acreditam no futuro promissor da rastreabilidade apontando como vantagens da implantação do SISBOV, um o maior conhecimento do rebanho em quantidade, o que confere maior controle na criação e abate de animais, o conhecimento da origem e histórico da vida do animal, identificação das deficiências de manejo, possibilitando ainda a melhor gestão da pecuária e, ainda, melhor controle do governo sobre a produção assegurando maior credibilidade ao Brasil. Palavras – chave: bovino de corte, rastreabilidade, segurança alimentar, SISBOV
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EXPECTATIVAS DOS CONSUMIDORES COM RELAÇÃO A CARNE BOVINA RASTREADA: REVISÃO DE LITERATURA MAGALHÃES, D. R.1; SILVA, K. L. 2. 1 2
Mestranda em Ciências Veterinárias pelo DMV/UFLA Estudante de Graduação em Zootecnia pela UFMG
O objetivo deste trabalho foi o de revisar a literatura nacional e internacional sobre as expectativas dos consumidores com relação a carne bovina rastreada para que a partir desta revisão se possa fazer numa segunda etapa uma análise crítica do sistema de rastreabilidade brasileiro e considerações sobre a segurança alimentar que a rastreabilidade venha a oferecer. Os estudos científicos nacionais revelaram que os brasileiros não sabem o que é rastreabilidade e apesar de alguns produtores e frigoríficos serem exportadores de carne rastreada o consumidor pátrio não sabe nem sequer quais são as características de rotulagem de uma carne rastreada apesar de estudos demonstrarem que os brasileiros estão interessados em obter serviços que garantam a qualidade e sanidade da carne vendida no Brasil. Já os estudos internacionais demonstram o quanto a rastreabilidade da carne bovina já está evoluída na Europa e em outros países, sendo que essa realidade foi adquirida devido a problemas sanitários ocorridos como a encefalite espongiforme bovina e entre outras questões. Os consumidores necessitam de pistas que demonstrem essa segurança alimentar e é através da rotulagem que esses consumidores podem adquirir a garantia de qualidade, porém problemas como falta de conhecimento sobre o que cada um dos códigos do rótulo quer dizer confunde os consumidores perante tanta informação. E o que é sugerido por alguns autores é a transformação desses códigos de rastreabilidade em um só certificado de garantia. Palavras-Chave: Qualidade da carne, rotulagem, segurança alimentar
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AVALIAÇÃO DA TEMPERATURA DOS ALIMENTOS DE ORIGE M ANIMAL EM BARREIRAS SANITÁRIAS NO RIO GRANDE DO SUL GALVANI, J. W. C. Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (SEAPA), Porto Alegre, julianegalvani@seapa.rs.gov.br A avaliação da temperatura interna dos produtos de origem animal resfriados e congelados faz parte das atividades de vigilância sanitária exercidas, através de barreiras sanitárias oficiais, pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do estado do Rio Grande do Sul. O presente estudo teve como objetivo, avaliar a adequação da temperatura interna dos produtos de origem animal, resfriados e congelados, durante o transporte, à legislação vigente. Além disso, buscouse identificar os produtos de origem animal de maior risco epidemiológico a partir das inadequações encontradas e avaliar o grau de conhecimento dos colaboradores responsáveis pelo transporte acerca da temperatura interna dos produtos de origem animal resfriados e congelados a ser mantida durante o mesmo, visando obedecer os padrões estabelecidos em lei. A aferição da temperatura foi feita com termômetro digital penetrativo e o registro dos dados em uma planilha estruturada. Também foi elaborado um questionário para avaliação do grau de informações técnicas dos colaboradores responsáveis pelo transporte dos alimentos de origem animal. No período de fevereiro a outubro de 2011 foram acompanhadas 09 barreiras sanitárias, nas quais foram vistoriados 33 veículos com produtos de origem animal resfriados e/ou congelados e avaliados 14.949 Kg de carne de aves resfriada, 906.9 Kg de carne de aves congelada, 49.501 Kg de carne bovina resfriada, 11.051,2 Kg de embutidos diversos (mortadela, linguiça, salsicha, patê, etc.), 8.432Kg de pescados congelados e 50.655 Kg de laticínios diversos. No mesmo período, foram entrevistados 20 colaboradores responsáveis pelo transporte de produtos de origem animal resfriados e congelados. Do total de alimentos avaliados, 45.425Kg (33%) não atendiam, quanto à temperatura interna, o preconizado na legislação vigente. O maior índice de não conformidades foi evidenciado nos laticínios (72,4%), seguidos das carnes de aves congeladas (44,9%). A mistura de produtos de diferentes temperaturas no mesmo baú foi um dos problemas encontrados, decorrentes, provavelmente, da falta de orientação e conhecimento do colaborador responsável pelo transporte, que em 88% dos casos desconhecia a temperatura correta na qual deveriam ser mantidos os alimentos de origem animal. PALAVRAS-CHAVE: Defesa Sanitária Animal; Rio Grande do Sul; barreiras sanitárias; transporte alimentos.
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VIGILÂNCIA EM PROPRIEDAD ES DE RISCO PARA FEBRE AFTOSA NA SUPERVISÃO REGIONAL DE RIO PARDO RIGON, G.M. ; GALVANI, J.W.C. Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, regriopardo@seapa.rs.gov.br A vigilância ativa é uma atividade essencial à detecção de enfermidades animais, para sustentar a condição de livre de uma doença, identificar áreas de risco e justificar medidas sanitárias. Devido aos prejuízos socioeconômicos que acarreta, a febre aftosa é reconhecida mundialmente, sendo uma doença de notificação obrigatória. O presente estudo objetiva demonstrar os resultados obtidos em vigilância sanitária ativa nas propriedades de risco para febre aftosa da Supervisão Regional de Rio Pardo (SRRP), pertencente à Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do RS (SEAPA/RS) e avaliar o grau de conhecimento dos produtores rurais responsáveis pelas propriedades vistoriadas. Assim, realizou-se um estudo transversal, onde foram visitadas 171 propriedades de risco, no período de 01 a 30 de setembro de 2011, obtendo-se dados mediante o exame clínico dos animais suscetíveis e coleta de informações a campo com registro em formulário estruturado. Os animais eram vistoriados para a identificação de sinais compatíveis com as enfermidades vesiculares, como presença de lesões na boca e nas patas. Além disso, aplicou-se um questionário para avaliar o nível de informação técnica do produtor rural acerca da febre aftosa. Durante o presente estudo, examinaram-se clinicamente 4537 bovinos, 478 ovinos e 127 suínos. Dos bovídeos vistoriados, 99,2 % não apresentaram quaisquer alterações na cavidade oral ou membros. Das alterações encontradas na cavidade oral dos mesmos observaram-se traumatismos diversos (88,6%) e lesões ulcerativas (5,7%), enquanto que nas patas identificaram-se lesões compatíveis com laminite (2,85%) e traumatismos (2,85%). Quanto aos ovinos, 99,8% estavam isentos de quaisquer lesões, identificando-se apenas 01 caso de traumatismo. Quanto aos suínos, 100% dos animais estavam sem alterações perceptíveis nos sítios analisados. Portanto, quanto à presença de lesões, observou-se que 100% das espécies analisadas não apresentaram sinais compatíveis com febre aftosa ou demais doenças vesiculares. Os resultados do questionário para avaliação do conhecimento técnico dos produtores rurais revelaram que 52% dos produtores não recebem assistência técnica de médicos veterinários particulares, 78% afirmam saber a principal causa de mortalidade dos animais de suas propriedades, bem como 70% dos produtores afirmam conhecer os principais sinais clínicos da febre aftosa. Os resultados observados confirmam o efetivo e sólido trabalho da vigilância ativa realizado pela SEAPA/RS, contribuindo de maneira significativa para a manutenção do status de Estado livre de febre aftosa. Além disso, as informações obtidas junto aos produtores rurais contribuem para a elaboração de trabalhos de educação sanitária que são importantes para a manutenção e melhoria do serviço oficial. PALAVRAS-CHAVE: Defesa Sanitária Animal; Rio Grande do Sul; Febre Aftosa, propriedades de risco.
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CONTROLANDO A RAIVA ANIMAL COM AUXÍLIO DA ED UCAÇÃO SANITÁRIA GUIDO, M.C.1; FELIX, M.L2.; KRUGER, C.D.3; LOUREIRO, J.G.P.4; BARBOSA, R.T.5; ROSSI, P.L.M.6 1- Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo, Mogi das Cruzes, mcguido@cda.sp.gov.br 2 - Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo, Jaú, marciofelix@cda.sp.gov.br 3 - Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo, Bragança Paulista cesarkruger@cda.sp.gov.br 4-Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo, Catanduva, loureiro.joao@cda.sp.gov.br 5 - Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo, Ourinhos, renata.barbosa@cda.sp.gov.br 6 Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo, São João da Boa Vista, rossi@cda.sp.gov.br A raiva é uma zoonose, além do risco à saúde humana, causa prejuízos aos produtores pela morte de animais, além da espoliação pelo morcego hematófago transmissor. Para o Estado, os prejuízos decorrem de gastos com diagnósticos, vacinas e pessoal que atua na prevenção da doença. O Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros implantou como diretrizes desde o ano 2000, a vacinação do rebanho, o atendimento ao foco, a educação sanitária e o controle e a vigilância dos abrigos de morcegos hematófagos.Como resultado houve uma redução de cerca de 800 casos/ano para menos de 50 casos/ano em 2010. Atualmente a ocorrência da doença se concentra nas áreas de divisa com Minas Gerais. O objetivo dessa ação educativa foi orientar as crianças sobre a raiva animal, e promover a difusão da informação para os familiares. Durante o mês de setembro de 2011 foram realizadas palestras para crianças do ensino fundamental em municípios do Estado de São Paulo onde ocorrem casos da doença em herbívoros periodicamente: Águas de Lindóia, Brotas, Caconde, Fartura, Guararema, Jaú, Mogi das Cruzes, Sales, Salesópolis, Socorro, Uchoa. Foram distribuídas cartilhas sobre a raiva e realizada a exposição de morcegos conservados em álcool, de banners sobre raiva e sobre diferentes espécies de morcegos. Foi realizado concurso de redação sobre o tema e premiação para as três melhores redações. Foram abrangidas cerca de 3300 crianças pela ação, as redações demonstraram que as crianças conseguiram absorver as principais informações e transcrevê-las corretamente, além disso, houve um aumento da procura de informações sobre a vacinação dos animais contra raiva. A Educação Sanitária deve ser utilizada como método de auxílio para aumentar a eficácia dos Programas Sanitários Estaduais. Palavras chaves: Educação Sanitária; Raiva; Zoonoses Agradecimentos: Agradecimento ao Dr. Vladimir de Souza Nogueira Filho, gerente do Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros. Agradecimento ao Laboratório Valleé que patrocinou a premiação do concurso de redação.
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ABRANGÊNCIA DAS NOTIFICAÇÕES TBT E SPS NAS EXPORTAÇÔES AGRÌCOLAS DO BRASIL DAL CASTEL, R. R. A.1; SILVA, O. M.2; ALMEIDA, F. M.3 1. Universidade Federal do Ceara. Fortaleza, CE. ramonaureliano@yahoo.com.br 2, 3. Universidade Federal de Viçosa. Viçosa, MG. odasilva@ufv.br fernanda.almeida@ufv.br Para este trabalho fez-se um estudo sobre as notificações emitidas junto aos acordos de Barreiras Técnicas e de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS) da Organização Mundial do Comércio (OMC), analisando sua abrangência sobre os principais produtos agrícolas exportados pelo Brasil, no período 1995/2010. Uma das principais finalidades da emissão das notificações é a facilitação do comércio internacional pela criação de normas e regulamentos que visem a segurança e a saúde animal, vegetal e humana, através de um comércio mais transparente e seguro entre os países. Porém, em alguns casos essas notificações apresentam efeitos contrários, com alguns países tentando se beneficiar de tal artifício, para impor restrições ao comércio. Para mensurar o efeito das notificações emitidas aos produtos exportados pelo Brasil, procedeu-se ao calculo e analise de índices de frequência, que mostram a porcentagem dos países que emitiram notificações em cada ano e de cobertura, que mostram quanto das exportações foram afetadas pela incidência das notificações em cada ano. Fez-se, também, uma análise da evolução das exportações e de como estas se relacionaram com os índices de frequência e de cobertura no período. Ademais, foram estimadas equações de regressão (modelo gravitacional), relacionando as exportações brasileiras dos vários produtos com as notificações emitidas pelos principais parceiros comerciais. A análise mostrou que a emissão de notificações tornou-se maior, a partir de 2002, coincidindo com um aumento significativo do valor exportado pelo Brasil, de todos os produtos analisados. As estimativas das regressões mostraram que, para o fumo, carnes bovinas, suínas e de aves, açúcar, café e soja em grão, as notificações prejudicaram o comércio, enquanto que para suco de laranja e óleo de soja, as mesmas tiveram um efeito facilitador do comércio. Dada a importância do Brasil no cenário agrícola mundial, a melhoria no conhecimento técnico e científico para lidar com restrições questões sanitárias e de segurança alimentar, torna-se essencial, especialmente porque elas são mais difíceis de contestar do que as barreiras tradicionais ao comercio internacional. Palavras-chave: Notificações, acordo SPS, acordo TBT, exportações agrícolas
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EXIGÊNCIA TÉCNICAS, SANITÁRIAS E FITOSSANITÁRIAS ÀS EXPORTAÇÕES DE PRODUTOS DO COMPLEXO S OJA PINTO DE PAULA, M. V.; SILVA, O. M. Universidade Federal de Viçosa. Viçosa, MG. marjorie.ver@gmail.com odasilva@ufv.br Com o crescimento da participação de produtos agrícolas na pauta de exportações do Brasil e a redução contínua das barreiras tarifárias, ganhou importância a imposição das restrições técnicas, sanitárias e fitossanitárias. Portanto, o presente trabalho, buscou avaliar a incidência e possíveis impactos das exigências técnicas e das medidas sanitárias e fitossanitárias sobre alguns produtos do “complexo soja”. O complexo da soja no Brasil é responsável por 1,4 milhões de empregos e representa 10% do valor total das exportações do país. Foi feito um levantamento de todas as notificações emitidas aos acordos de barreiras técnicas (TBT) e de medidas sanitárias e fitossanitárias (SPS) da Organização Mundial do Comércio (OMC), no período de 1995 a 2010, classificando-as por tipo de exigência. Para analisar a incidência das notificações sobre as exportações, foram calculados índices de frequência e de cobertura. Para verificar se as notificações se caracterizavam como barreiras não-tarifárias aos diferentes produtos, foram estimadas equações de regressão, onde os fluxos de exportação foram relacionados às diferentes exigências contidas nas notificações. Os índices mostraram que as notificações incidiram, principalmente, sobre a soja em grão e o farelo, por serem os produtos mais competitivos do complexo. As regressões indicaram que as exigências contidas nas notificações técnicas não foram tão restritivas, sendo algumas, inclusive, facilitadoras do comércio. Contudo, as exigências referentes à sanidade e fitossanidade tiveram efeito de barreiras não-tarifárias às exportações brasileiras para todos os subprodutos do complexo. Das mais de 800 empresas exportadoras de produtos da soja, no país, mais de 200 são de pequeno e médio porte, sendo diretamente afetadas pelos custos de conformidade e adoção das exigências e procedimentos requisitados pelos importadores. Por este motivo, torna-se importante que o governo e os produtores no Brasil, avaliem permanentemente as emissões das notificações e seus possíveis efeitos sobre os fluxos comerciais e a competitividade do complexo no mercado internacional. Palavras-chave: Acordo SPS, complexo soja, medidas-não tarifárias, exportações
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EDUCAÇÃO SANITÁRIA NO USO CORRETO DE AGROTÓXICOS USANDO O MÉTODO SOMA ALBUQUERQUE, C. Superintendência Federal de Agricultura em Goiás- SFA-GO, Goiânia; carlos.albuquerque@agricultura.gov.br. O uso incorreto de agrotóxicos tem trazido muitos prejuízos para o ambiente, a saúde dos consumidores e principalmente dos aplicadores, na maioria meeiros e trabalhadores rurais. O conhecimento do assunto é baixo (34%) e o nível técnico também (41%). É difícil reunir agricultores nos horários de expediente normal. Por isso foram capacitados multiplicadores, que irão trabalhar nas escolas; os alunos capacitados irão transferir os conhecimentos para pessoas de sua convivência ligados à agricultura, em suas casas e nos horários convenientes para ambos.. OBJETIVOS- capacitar produtores no uso de Equipamentos de Proteção Individual- EPI; devolução das embalagens usadas tríplice lavadas; período de carência dos agrotóxicos; prevenção de intoxicações e danos ao meio ambiente. METODOLOGIA- uso do Método SOMA, desenvolvido pelo autor, que prevê aplicação de pré e pós-teste, com as mesmas perguntas para fiscais, alunos e produtores; apresentações teóricas, leitura e discussão, e trabalho prático de campo como multiplicadores. RESULTADOS- .Em 3 dias de curso foram capacitados 25 fiscais (23 estaduais- SEAPA-DF e 2 federais), que capacitaram 11 produtores rurais e 116 estudantes do Núcleo Rural de Brazlândia. Resultados de aprendizagem- fiscais: média de pré-teste de 59% e de 92% no pós-teste, com eficiência de aprendizagem de 81% e aumento de conhecimentos de 56%; todos os 10 objetivos educacionais planejados foram atingidos. Produtores: pré-teste: 34%; pós-teste: 88%; eficiência de aprendizagem: 82%; e aumento de conhecimentos de 157% (em relação à situação inicial); todos os objetivos educacionais foram atingidos de forma eficiente. O nível técnico inicial foi de 41%, considerado baixo. 70% estavam no nível técnico baixo (até 50 pontos) e 30% no nível médio (51 a 75 pontos). Os 10 objetivos educacionais foram atingidos Alunos- pré-teste:15%; pós-teste: 63%; eficiência de aprendizagem: 57%; aumento de conhecimentos de 327%. Dos 10 objetivos educacionais, 3 não foram atingidos de forma eficiente. Discussão e conclusões- o curso na média foi eficiente para os 3 públicos, pois todos foram superiores a 50%, que é o critério mínimo estabelecido para eficiência de aprendizagem; o aumento de conhecimentos foi muito grande, variando de 56% (fiscais) a 327% (alunos). Ficou evidente a relação do conhecimento inicial dos produtores (34% no pré-teste) com o baixo nível técnico no uso correto dos agrotóxicos (41%). Como a aprendizagem dos produtores foi boa (88% no pós-teste), espera-se que em pouco tempo também ocorram mudanças de comportamento positivas nos produtores e que aumente bastante o seu nível técnico. Palavras-chave: educação sanitária, agrotóxicos, método SOMA.
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GRAU DE E XPOSIÇÃO À BRUC ELOSE DE MÉDICOS VETERINÁRIOS VACINADORES DE RIO GRANDE, RS DEVINCENZI, P.T.1; SILVA, C.M.2 1 Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (SEAPA/RS), Alegrete-RS. 2 Universidade Federal de Rio Grande (FURG), Rio Grande - RS. paula-devincenzi@agricultura.rs.gov.br. A brucelose é uma zoonose causada pela bactéria Brucella sp., de importância especial para grupos de indivíduos de maior risco à infecção, como os veterinários. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ampliou a atuação destes profissionais quando determinou o combate e erradicação da doença nos animais para diminuir o risco à saúde das pessoas. O trabalho teve como objetivo avaliar o grau de exposição de médicos veterinários frente à brucelose. Veterinários vacinadores cadastrados no Serviço Veterinário Oficial do município de Rio Grande, RS, responderam a um questionário sobre a atividade profissional e seus hábitos de vida, na tentativa de investigar o grau de exposição ao agente. Foi pesquisado, ainda, o grau de conhecimento sobre a zoonose apresentada. Onze eram os médicos veterinários que efetivamente vacinavam os animais. Todos apresentavam pelo menos dois fatores de risco para brucelose: o contato estreito com animais, por serem veterinários, e o fato de manipularem a cepa vacinal patogênica B19, por serem vacinadores. No entanto, outros fatores de risco puderam ser identificados. Sobre o uso de equipamento de proteção individual (EPI) durante a vacinação, a maioria respondeu que utilizavam às vezes (64%), sendo que nenhum respondeu que utilizava sempre. Dentre os EPIs, a luva era a mais utilizada (73%). 72% realizavam procedimentos ginecológicos e obstétricos, utilizando EPIs às vezes (33%), na maioria das vezes (33%) e sempre (33%). Todos eles confirmaram a utilização de luvas; 55% avental/macacão; nenhum usava máscara ou outro tipo de EPI. Quatro veterinários (44%) já diagnosticaram, examinaram ou presenciaram algum animal com brucelose. 72% eram também proprietários rurais. Quatro relataram o hábito de comer carne crua ou mal passada. O tipo de leite mais consumido foi o pasteurizado (46%) e a maior frequência no consumo foi diariamente (55%). Mas um veterinário relatou o hábito de consumir leite ”in natura” ou derivados lácteos produzidos artesanalmente. Ninguém apresentou diagnóstico clínico ou laboratorial passado de brucelose e apenas dois confirmaram conhecer alguém que tenha recebido o diagnóstico ou o tratamento para a doença. Mesmo aqueles médicos veterinários que executam diretamente diretrizes de um plano de controle e erradicação, não apresentam conhecimento efetivo sobre a epidemiologia da brucelose, evidenciado pelo mau uso de EPIs durante os procedimentos de risco de infecção. Quanto ao consumo de produtos de origem animal, não podem ser considerados susceptíveis, uma vez que a maioria não relatou o hábito de consumir esses produtos ”in natura’’. PALAVRAS CHAVE: Defesa Sanitária Animal; Rio Grande do Sul; Brucelose; zoonose.
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GRAU DE CONHECIMENTO EM BRUCELOSE DE MÉDICOS VETERINÁRIOS VACINADORES DE RIO GRAN DE, RS DEVINCENZI, P.T.1; SILVA, C.M.2 1 Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (SEAPA/RS), Alegrete-RS. 2 Universidade Federal de Rio Grande (FURG), Rio Grande - RS. paula-devincenzi@agricultura.rs.gov.br. A brucelose é uma zoonose causada pela bactéria Brucella sp., de importância especial para grupos de indivíduos de maior risco à infecção, como os médicos veterinários. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) ampliou a atuação destes profissionais quando determinou o combate e erradicação da doença nos animais para diminuir o risco à saúde das pessoas, ao criar o Programa Nacional de Combate e Erradicação a Brucelose e Tuberculose (PNCEBT) animal, quando determinou que médicos veterinários deveriam cadastrar-se no Serviço Veterinário Oficial (SVO) de seus municípios para contribuírem com o Programa, atuando como vacinadores de animais. O objetivo foi avaliar o grau de conhecimento de médicos veterinários frente à brucelose, baseado na legislação do PNCEBT, do MAPA. A população alvo foi de médicos veterinários vacinadores cadastrados no SVO do município de Rio Grande, RS, que responderam a um questionário epidemiológico investigativo baseado na legislação pertinente ao PNCEBT, ao qual estão inseridos, demonstrando, assim, o grau de conhecimento profissional sobre a zoonose apresentada. De um total de onze médicos veterinários cadastrados no SVO, a maioria (82%) afirmou já ter lido o Regulamento do PNCEBT do MAPA. Vale ressaltar que o resultado esperado era que todos os veterinários entrevistados já tivessem lido o Regulamento, uma vez que quando se cadastram para a vacinação junto ao SVO é apresentada a eles a legislação específica vigente. Apenas um (9%) veterinário acertou todas as cinco questões utilizadas para verificar o conhecimento do PNCEBT ou da epidemiologia da brucelose; 55% acertaram quatro questões; 18% acertaram três questões e 9% acertaram duas e apenas uma questão apresentada no questionário. Mesmo aqueles médicos veterinários que estão executando diretamente as diretrizes de um plano de controle e erradicação, não apresentam conhecimento efetivo sobre a epidemiologia da brucelose, evidenciado pelos erros nas respostas às questões do questionário aplicado. PALAVRAS-CHAVE: Defesa Sanitária Animal; Rio Grande do Sul; Brucelose; zoonose.
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ANÁLISE DO INGRESSO INTERESTADUAL DE ANIMAIS DE P RODUÇÃO E SEUS PRODUTOS NO RIO GRANDE DO SUL EM 2011 SANTOS, D.V.; VIDOR, A.C.M. Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. estatistica@agricultura.rs.gov.br. No Rio Grande do Sul (RS), os animais de produção e os seus respectivos produtos ingressos no Estado provenientes de outras unidades da federação devem passar por um dos seis pontos de ingresso localizados na divisa com o Estado de Santa Catarina, nos municípios de Iraí, Goio-En, Marcelino Ramos, Barracão, Vacaria e Torres. Há uma fiscalização permanente por parte dos servidores do Departamento Defesa Agropecuária (DDA), da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (SEAPA-RS) em quatro pontos de ingresso, durante 24h/dia, nos sete dias da semana (Irai, Marcelino Ramos, Vacaria e Torres). As fiscalizações são registradas individualmente em um banco de dados com informações das cargas ingressas no RS. Com base nessas informações verificou-se que em 2011 ingressaram no RS 28.332 cargas, sendo 6.267 (22%) de animais vivos e 22.065 (78%) de produtos de origem animal (POA). O valor total dessas cargas, com base nas notas fiscais, totalizou em cerca de 1,4 bilhão de reais. Das cargas vivas ingressas, 2.653 (42%) foram relativas a aves, 2.545 (41%) a suínos, 822 (13%) a equinos, 128 (2%) a bovinos e 119 (2%) a outras espécies animais. Quando analisadas as cargas de POA, 6.581 cargas (30%) foram referentes à carne de frango, 4.983 (23%) à leite e seus derivados, 2.950 (13%) à carne bovina, 1.979 (9%) à carne suína e 5.572 (25%) cargas relativas a outros POA. Os dados demonstram ainda que o RS recebeu cargas de todos os Estados em 2011, sendo 16.233 (57%) de Santa Catarina (SC), 5.412 (19%) do Paraná (PR), 2.719 (10%) de São Paulo (SP), 1.256 (4%) do Mato Grosso (MT), 1.186 (4%) do Mato Grosso do Su (MS). As demais cargas (1.526, 6%) foram provenientes de outros 20 Estados e Distrito Federal. Um dos principais motivos da fiscalização nos pontos de ingresso das cargas de animais de produção e de POA é minimizar o risco da entrada de patógenos que venham a infectar os rebanhos gaúchos. Em 2011, 62 cargas (0,2%) foram impedidas de ingressar no RS e tiveram que retornar aos seus Estados de origem, sendo 27 cargas para SC, 15 para MS, 7 para MT, 5 para SP e outras 4 para outros Estados, por apresentar problemas documentais ou sanitários. Palavras-chave: Defesa Sanitária Animal; Rio Grande do Sul; Trânsito interestadual.
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PANORAMA DOS PRINCIPAIS REBANHOS GAÚCHOS EM 2011 SANTOS, D.V.; VIDOR, A.C.M. Secretaria da Agricultura, Pecuária estatistica@agricultura.rs.gov.br.
e
Agronegócio
do
RS,
Porto
Alegre.
O Estado do Rio Grande do Sul (RS) está localizado no extremo meridional do Brasil, apresentando uma população de cerca de 11 milhões de habitantes, aproximadamente 6% do total da população brasileira, e uma área territorial de 281.748,5 km2, que corresponde a 3,32% do território brasileiro. O Estado gaúcho gera um PIB de R$ 202 bilhões, sendo 1/3 desse total referente às atividades do Agronegócio. A pecuária gaúcha tem importante papel na construção desse PIB, pois é um dos pilares do setor, quer seja pelo consumo de grãos utilizados nas rações dos animais de produção, em especial aves e suínos, quer seja pela demanda de equipamentos e máquinas para a manutenção de pastagens, para criação, transporte e abate de animais, além da movimentação de toda a cadeia de processamento e comercialização dos produtos de origem animal. A fim de avaliar o panorama dos principais rebanhos gaúchos em 2011, esse trabalho analisou as informações de todos os produtores rurais que possuem animais de produção no Estado, com base nos dados do Sistema de Defesa Agropecuária (SDA), o qual é utilizado pelo Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (SEAPA-RS) para registrar todo o saldo e movimentações animais realizadas nas propriedades rurais gaúchas. Usou-se como referência para a extração dos dados o dia 31/12/2011. Um total de 375.106 propriedades rurais gaúchas estavam cadastradas no SDA e possuíam ao menos um animal de produção em 2011. A espécie bovina estava presente em 96% (360.188) das propriedades com um rebanho de 13.737.462 animais. Propriedades rurais com galinhas representavam 47% (176.580) do total, com um plantel de quase 300 milhões de animais. Suínos estavam presentes em 40% (149.188) das propriedades com animais, com um rebanho de 5.531.754 animais. Ainda, equinos e ovinos estavam presentes em 23% (86.830) e 13% (48.337) das propriedades com animais, com rebanhos de 382.488 e 3.267.075 animais, respectivamente. A distribuição dos rebanhos de bovinos, ovinos e equinos concentra-se na região sul do Estado, em especial na região sudoeste, enquanto suínos e aves estão mais concentrados na região norte, em especial nordeste (aves) e noroeste (suínos). O conhecimento do panorama dos rebanhos gaúchos é importante para desenvolver políticas públicas que venham a fortalecer a produção animal em cada região do Estado. Palavras-chave: Defesa Sanitária Animal, Rio Grande do Sul, Panorama pecuário.
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INVESTIGAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS NO RIO GRANDE DO S UL EM 2011 VIDOR, A.C.M; SANTOS, D.V.; SANTO, M.C.B.E. Secretaria da Agricultura, Pecuária estatistica@agricultura.rs.gov.br.
e
Agronegócio
do
RS,
Porto
Alegre.
No Rio Grande do Sul, a vigilância e as ações de prevenção e controle em saúde animal são executadas pelo Departamento de Defesa Agropecuária – DDA por meio dos programas sanitários decorrentes de políticas públicas federais e estaduais. As investigações epidemiológicas de todas as espécies animal são registradas em formulário padrão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, o Formulário de Investigação Inicial de Doenças (Form-In). Esses formulários são remetidos de forma imediata ao Serviço de Epidemiologia e Estatística (SEE) do DDA, onde suas informações são inseridas em um banco de dados. Foi realizada uma extração do banco de dados com todos os registros das investigações realizadas em 2011, com posterior análise das principais ocorrências sanitárias. Foram abertos 619 formulários de investigação em 186 municípios, representando 37,5% dos municípios do RS. As principais espécies com investigação foram a ovina (32,47%), as aves (31,5%), a bovina (19,87%) e a suína (12,92%). Na espécie ovina, a principal doença diagnosticada foi a piolheira (88,56%), enquanto nas aves os erros de manejo (49,48%) foram os principais causadores de mortalidade. Para os bovinos, a síndrome nervosa representou 69,11% dos casos, seguida por intoxicação (10,57%), e para os suínos, a circovirose foi a mais importante (36,25%). Dos municípios com registro de Form-In, 9,67% deles respondem por 43,13%, indicando uma concentração em algumas regiões do Estado. No que pese essa concentração, dados dos últimos cinco anos apontam que as investigações epidemiológicas com registro em Form-In vêm aumentando significativamente, demonstrando uma maior conscientização das coordenações de programas, das supervisões regionais e das unidades locais com relação ao registro das informações sanitárias. É imprescindível o registro das atividades do Serviço Veterinário Oficial para a comprovação da eficiência e da agilidade do sistema de vigilância em saúde animal perante supervisões, auditorias e missões internacionais. Palavras-chave: Defesa Sanitária Animal, Rio Grande do Sul, Vigilância, Investigação Epidemiológica.
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SENSIBILIZAÇÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO CACAU QUANTO À MONILÍASE MATTOS SOBRINHO, C. C.¹; TELES, C. L. S.²; VIRGENS, J. D.3; NIELLA, G.4. 1,2
Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), Itabuna, BA, e-mail: cmattossob@yahoo.com.br; cluizsantana@hotmail.com; 3,4Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), Ilhéus, BA, e-mail: dantasdasvirgens@yahoo.com.br, gniella@ceplac.gov.br .
A introdução e o estabelecimento da Monilíase na Bahia provocarão graves impactos econômicos, sociais e ambientais nas regiões produtoras de cacau. O envolvimento da cadeia produtiva do cacau nas ações de prevenção, através de parcerias, é fundamental para evitar a entrada dessa praga no estado. Neste sentido, a Educação Sanitária é uma ferramenta importante de apoio às ações de defesa sanitária vegetal, pois somente ela é capaz de promover mudança de conduta nos segmentos produtivos. Por se tratar de uma praga quarentenária ausente, desconhecida pela comunidade regional, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) elaborou o Projeto Educativo Sanitário: Sensibilização da Cadeia Produtiva do Cacau Quanto à Monilíase. Por sua vez, este Projeto é executado em parceria com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC). Para cada público alvo selecionado foi estabelecida uma meta de conscientizar 100% quanto aos seguintes critérios: 1) Produtores e Trabalhadores Rurais - agente causal, sintomatologia, danos e perdas, disseminação, prevenção e controle, medidas emergenciais; 2) Engenheiros Agrônomos, Técnicos Agrícolas e Servidores Públicos - agente etiológico, histórico, sintomas e identificação, danos e perdas, epidemiologia, prevenção e controle, medidas de emergência; 3) Comerciantes do Agronegócio - agente causal, danos e perdas, disseminação, prevenção, medidas de emergência; 4) Indústria Chocolateira agente causal, danos e perdas, disseminação, prevenção, medidas de emergência. De forma semelhante, foram delineadas estratégias educacionais de cada público alvo, relacionadas em Objetivos Educacionais Específicos, Conteúdo, Metodologia e Avaliação. Os Objetivos Educacionais Específicos foram descritos em conformidade com os critérios estabelecidos em cada meta. Genericamente, o Conteúdo aborda temas como ciclo de vida, epidemiologia, sintomatologia, prospecção de detecção, monitoramento, procedimentos corretos no caso de suspeita ou ocorrência de foco, Projeto Fitossanitário de Prevenção à Monilíase. No caso dos Produtores, Trabalhadores Rurais, Comerciantes e Industriais, os métodos a serem utilizados serão aqueles identificados no Diagnóstico Educativo. Este consiste na aplicação de entrevistas estruturada e não estruturada na proporção de 10% dos estabelecimentos rurais, comerciais e industriais. Na retroalimentação, essas entrevistas serão reaplicadas anualmente, objetivando identificar pontos críticos e proceder aos ajustes da Metodologia. Quantos aos Engenheiros Agrônomos e Técnicos Agrícolas foram programados cursos de capacitação e formação de multiplicadores, com palestras, dinâmicas de grupo, demonstrações, apresentação de trabalho. A avaliação é realizada através da aplicação de pré e pós-teste, sendo aferida a Eficiência de III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 44 de 232
Aprendizagem utilizando o Método SOMA. Todas as ações educativas são registradas no Caderno de Educação Sanitária. A proatividade dos principais atores da cadeia produtiva do cacau quanto à prevenção da Monilíase no Estado da Bahia, a capacidade de identificação da praga em campo e a notificação imediata aos órgãos de defesa agropecuária são os resultados esperados dos 144 participantes dos cursos de formação de multiplicadores realizados no último ano. Palavras-chave: educação sanitária; projeto educativo; cadeia produtiva.
III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 45 de 232
AGROTÓXICOS: CONDUTA D OS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL I DO MUNICÍPIO DE ITABUNA MATTOS SOBRINHO, C. C.¹; IMPROTA, C. T. R.². ¹Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, Itabuna-BA, cmattossob@yahoo.com.br; ²Colégio Nacional de Educação Sanitária e Comunicação, Florianópolis-SC, clovis_improta@yahoo.com.br . O uso indiscriminado dos agrotóxicos tem como consequências diretas a contaminação do agroecossistema e os danos à saúde. Os Temas Transversais, incorporados às áreas que compõem o Ensino Fundamental e ao trabalho educativo a ser desenvolvido nas escolas, abordam as preocupações atuais com o meio ambiente, a saúde, as questões éticas, a sexualidade, a dignidade humana e a solidariedade. Tais abordagens proporcionam às crianças pleno acesso aos recursos culturais necessários para crescerem como cidadãos, conscientes de seu papel na sociedade. A educação sanitária, atualmente, é considerada uma atividade estratégica e uma ferramenta importante na promoção e execução da sanidade agropecuária. Este trabalho teve por objetivo, identificar a conduta, a percepção e as práticas dos professores do Ensino Fundamental I, da rede pública municipal de Itabuna, sobre o tema “Agrotóxico”. Foram selecionadas 20 escolas, sendo nove localizadas na zona urbana e onze na zona rural. Estas foram numeradas e sorteadas, tomando como base uma tabela de números aleatórios gerados no programa Excell. Apenas um professor escolhido aleatoriamente era entrevistado por escola. A entrevista estruturada consistia num questionário contendo 38 questões, além de entrevistas não estruturadas e observações diretas. A análise dos resultados do Diagnóstico Educativo demonstrou que os professores desconhecem os aspectos legislativos; toxicológicos e quanto ao risco; prevenção; manuseio e destinação final de embalagens vazias, envolvendo o uso de agrotóxicos. Por não saberem o significado da faixa colorida, indicativa da classificação toxicológica na embalagem, não possuem parâmetro visual para percepção do risco. Na sua totalidade, tanto professores rurais como urbanos, desconhecem o que seja intoxicação aguda e crônica. Relativo ao uso irregular, 44% dos professores da zona urbana utilizam o produto “chumbinho” e 22% adquirem e aplicam produtos no controle de pragas domésticas. Quando questionados, responderam que utilizariam uma forma de proteção durante o manuseio destes produtos, porém quando indagados sobre “quais?”, os equipamentos citados não garantiriam a proteção à exposição. Os métodos educativos preferidos pelos professores foram cursos sobre o uso correto de agrotóxicos, com dinâmicas de grupo e distribuição de material educativo impresso. Os resultados obtidos serviram de fundamentação na construção de Projeto Educativo Sanitário, envolvendo profissionais da defesa agropecuária, escola, professores, alunos e transversalidade, na promoção junto à comunidade da melhoria dos padrões de saúde humana, vegetal, animal e ambiental. Palavras-chave: temas transversais; diagnóstico educativo; educação sanitária. III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 46 de 232
METODOLOGIA PARA PROSPECÇÃO DE DETECÇÃO E MONITORAMENTO DA MONILÍASE NO ESTADO DA B AHIA MATTOS SOBRINHO, C.C.¹; TELES, C.L.S.²; VIRGENS, J.D.³; NIELLA, G.4; MASSIMO, F.V.5. 1,2,5
Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), Itabuna, BA, e-mail: cmattossob@yahoo.com.br, cluizsantana@hotmail.com, fvmassimo10@hotmail.com; 3,5 Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), Ilhéus, BA, e-mail: dantasdasvirgens@yahoo.com.br, gniella@ceplac.gov.br . A monilíase, causada pelo fungo Moniliophthora roreri, está presente em Pucallpa e Puerto Maldonado, que distam 80km e 250km, respectivamente, da fronteira Brasil/Peru. Causa perdas de 30% a 100% dos frutos produzidos, elevando os custos de produção com o seu controle. A sua disseminação ocorre pelo vento, trânsito de pessoas e material vegetal infectado de espécies de Theobroma e Herrania. A Bahia é o primeiro produtor nacional de cacau com área cultivada de 460 mil hectares, envolvendo mais de 25 mil produtores. Embora seja classificada como área de baixo risco, fatores como o funcionamento da Estrada do Pacífico originada no Peru, a consolidação da Ferrovia de Integração Oeste Leste, unindo o Tocantins ao Complexo Intermodal em Ilhéus, as estradas, linhas aéreas e rodoviárias interligando essas regiões, aumentam o fluxo de pessoas e material botânico, e consequentemente, o risco. A Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) criou o Projeto Fitossanitário de Prevenção à Monilíase, objetivando prevenir a entrada e o estabelecimento dessa praga. Fundamentado no Plano de Contingenciamento da Monilíase, desenvolve ações integradas de defesa, educação, pesquisa e assistência técnica, coordenadas pelo Comitê Técnico de Prevenção à Monilíase, composto pela ADAB, Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), Superintendência Federal da Agricultura na Bahia, Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola, Secretaria de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária, Federação da Agricultura do Estado da Bahia, Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia e Universidade Estadual de Santa Cruz. A prospecção de detecção e monitoramento de áreas produtoras exigiu a elaboração de metodologia específica, criada pela ADAB e CEPLAC. Procedimentos foram padronizados, permitindo a sistematização e interpretação dos dados obtidos. A seleção das unidades de monitoramento considerou a proporção de 1% do número de propriedades produtoras de cacau. Os critérios estabelecidos foram: a) próximas a áreas de produção de palmiteiros e cupuaçuzeiros; b) próximas as principais rodovias da região; c) que mantém um fluxo de pessoas e material vegetal com a Região Norte do Brasil; d) que se possa manter a proporcionalidade de 25% das propriedades com áreas plantadas com cacau clonado, 50% somente cacau comum e 25% com cacau comum e clonado. Durante o ano serão realizadas duas visitas em cada propriedade, uma na safra temporã e outra na safra principal. Na propriedade será identificado e georeferenciado um hectare de cacaueiro e preenchido o Inquérito Fitossanitário. Durante as visitas serão registradas as ocorrências fitossanitárias de 50 plantas escolhidas aleatoriamente. No caso de frutos cuja sintomatologia suscite dúvida, amostras serão coletadas e enviadas ao III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 47 de 232
Laboratório credenciado. Até o momento, das 318 unidades de monitoramento selecionadas em 63 municípios, foram instaladas 139 unidades, sendo realizadas as primeiras leituras na safra principal. As principais ocorrências fitossanitárias foram: vassoura-de-bruxa, podridão parda, vaquinha e trips. Palavras-chave: risco; prevenção; ocorrência fitossanitária.
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GEORREFERENCIAMENTO DAS PROPRIEDADES RURAIS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SANTOS, D.V.; VIDOR, A.C.M.; BRUM, L.M. Secretaria da Agricultura, Pecuária estatistica@agricultura.rs.gov.br
e
Agronegócio
(SEAPA-RS),
Porto
Alegre,
O georreferenciamento de propriedades rurais tem sido indicado como ponto fundamental para a agilidade e a eficiência nas ações de emergência sanitária frente a ocorrências de enfermidades de animais. A localização de uma propriedade permite não só a precisa delimitação das zonas de investigação e de vigilância, mas também o conhecimento do desenho topográfico da região, das vias de acesso e dos acidentes naturais, informações de extrema utilidade para a contenção de focos e de eventos sanitários no território estadual. Foi realizado pelo Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (SEAPA-RS) um projeto de georreferenciamento, a partir de julho de 2011, em onze municípios do Rio Grande do Sul que fazem divisa com o Estado de Santa Catarina. Foram utilizados quarenta servidores, sendo dois médicos veterinários, responsáveis pela coordenação central e local; quinze auxiliares de campo; e vinte e três técnicos agrícolas. Foram formadas equipes de campo compostas por um auxiliar e por um técnico agrícola. O primeiro foi responsável por guiar a equipe até as propriedades rurais, uma vez que são servidores que trabalham no município e conhecem largamente a região, enquanto ao segundo ficou a incumbência de manusear o aparelho do sistema de posicionamento global (GPS) e de anotar as coordenadas. A rotina de trabalho consistiu na saída das equipes de campo no início da manhã, tomada da coordenada geográfica, com base no datum WGS84, na porteira da sede da propriedade rural e entrega da planilha identificada com o nome da equipe ao responsável pela inserção dos dados no Sistema de Defesa Agropecuária (SDA). Um médico veterinário coordenou as atividades de campo, enquanto outro fez a verificação do lançamento da coordenada no Geo-SDA, ferramenta de geoprocessamento que trabalha em conjunto com o SDA, permitindo a visualização dos pontos em mapas digitais. Em um período de seis meses, foram georreferenciadas 5.561 propriedades rurais, com uma média de 33,7 propriedades/dia/equipe, considerando-se para o cálculo apenas os dias trabalhados. O georreferenciamento de propriedades rurais, apoiado por ferramentas como o Geo-SDA, permite maior presteza na delimitação de zonas de vigilância e na quantificação de propriedades e de animais envolvidos em um evento sanitário. Os recursos que essas ferramentas oferecem são essenciais para a agilidade na tomada de decisões que os serviços veterinários oficiais demandam atualmente, haja vista que os mercados consumidores tornam-se cada vez mais exigentes, competitivos e protecionistas. Palavras – chave: Defesa Sanitária Animal, Rio Grande do Sul Georreferenciamento.
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FISCALIZAÇÃO PARA ENCEFALOPATIA ESPONGIFORME BOVINA EM PROPRIEDADES RURAIS NO RIO GRANDE DO S UL DIEHL, G. N.1; ROSSATO, N. 1; HOFFSMEISTER JUNIOR, W. 1; MILANI, R.E. 1; KOHEK JUNIOR, I. 1 1
Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do RS (SEAPA), Porto Alegre/RS
A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) também chamada de doença da “vaca louca” é produzida por uma proteína infecciosa, chamada príon. Sua principal fonte de transmissão é por meio da ingestão de alimentos contendo proteínas e gordura animal (farinha de carne, farinha de ossos, cama de frango, etc.). O Brasil nunca registrou caso desta doença e para evitar a introdução no país, toda a cadeia produtiva é fiscalizada. O objetivo deste trabalho é demonstrar os resultados da fiscalização de alimentos de ruminantes em propriedades rurais no Estado do Rio Grande do Sul para verificar presença de proteína de origem animal nos alimentos de ruminantes como medida para prevenção da ocorrência da EBB. O procedimento para fiscalização de alimentos de ruminantes em propriedades rurais para verificar a presença de proteína de origem animal segue um cronograma determinado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento - MAPA, após a seleção das propriedades realizada pela unidade local da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (SEAPA) inicia-se o chamado de “Teste Rápido” (TR) com a colheita de uma amostra de aproximadamente 300g do alimento dos ruminantes, retirada preferencialmente do cocho, desta amostra são retiradas duas colheres para serem colocadas juntamente com uma solução tampão, a amostra é misturada com a solução, após este procedimento utiliza-se uma fita-teste que será imersa em um pote contendo a mistura da amostra de ração e da solução. Ao fim de 10 minutos retira-se a fita teste para interpretação dos resultados. Caso a fita apresente duas ou três linhas coloridas à amostra é considerada positiva para o TR, e deve ser encaminhada a um dos laboratórios indicados pelo MAPA para o teste de microscopia ótica, visando detecção de subprodutos de origem animal e a confirmação do resultado do TR. Se a amostra for positiva na microscopia os ruminantes que tiveram acesso a alimentos contendo proteína de origem animal serão abatidos. Em decorrência destas atividades no RS desde 2010, cerca de 80 propriedades foram fiscalizadas em 56 diferentes municípios do estado e somente cinco delas foram encontrados ruminantes que tiveram acesso a alimento contendo proteína de origem animal. Comprovando resultados de fiscalizações realizadas em propriedades rurais descritas neste trabalho e somando a elas outras medidas de mitigação de risco será possível buscarmos a recategorização do Brasil com relação ao risco para EEB. Palavras-chave: Fiscalização, Encefalopatia Espongiforme Bovina.
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VIGILÂNCIA ATIVA PARA INF LUENZA AVIÁRIA E DOENÇA DE NEWCASTLE EM AVES MIGRATÓRIAS NA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DO TAIM EM 2011 DOMINGUES, R.D.; LOUREIRO, F.C.; FORTES, F.B.B.; LOPES, N.B.T.; QUARESMA, L.; FADRIQUE, J.H.C.. Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, ritadomingues@seapa.rs.gov.br, flavio-loureiro@seapa.rs.gov.br, flavia-fortes@seapa.rs.gov.br, neiva-lopes@seapa.rs.gov.br, leandro-quaresma@seapa.rs.gov.br, jacquelinefadrique@seapa.rs.gov.br A influenza aviária (IA) é uma doença infecto-contagiosa causada por um Influenzavirus que pode afetar aves e mamíferos. Este vírus possui três tipos: A, B e C, onde o tipo A é também comum em animais e de maior virulência e o tipo B o qual acomete somente humanos. Os principais reservatórios naturais do vírus influenza A são as aves aquáticas, onde o mesmo encontra-se altamente adaptado. Por ser uma doença exótica no Brasil, a legislação instituída pelo Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) prevê atividades de vigilância ativa para IA e Doença de Newcastle em aves migratórias, que são realizadas anualmente no estado do Rio Grande do Sul (RS). Criada em 21 de julho de 1986 através do decreto nº 92.963, a Estação Ecológica do Taim (ESEC Taim) está situada no estado do RS, compreendendo partes dos municípios de Santa Vitória do Palmar e Rio Grande, entre a Lagoa Mirim e o Oceano Atlântico, possuindo uma área de 32.038 ha. Um dos principais motivos que levaram à criação da ESEC foi o fato de esta área ser um dos locais por onde passam várias espécies de animais migratórios vindos da Patagônia. A ESEC Taim e seu entorno são considerados um sítio de invernada de aves migratórias de relevante importância devido à quantidade de aves anatídeas (palmípedes) que chegam aos milhares e permanecem na região no período de junho a agosto. Em julho de 2011 foi enviada uma expedição à ESEC Taim para realizar atividades de vigilância ativa em aves migratórias, a qual foi composta por 4 médicos veterinários, 3 técnicos agrícolas, 2 auxiliares de campo, todos do quadro da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do RS (SEAPA/RS) além do biólogo autônomo responsável pela biometria e anilhamento das aves. A captura foi feita através do uso de armadilhas (gaiolas) colocadas no banhado e utilização de arroz como atrativo para as aves. Neste ano foram capturadas 32 aves. Foram colhidos suabes de traquéia e cloaca de todas as aves capturadas, preservados em meio BHI (Brain Heart Infusion), e mantidos congelados em criotubos até o envio ao laboratório LANAGRO - SP. Os exames utilizados para análise das amostras foram Real Time PCR para Influenza Aviária e Doença de Newcastle. Todas as amostras testadas foram negativas para as duas enfermidades. Os resultados observados indicam a ausência de aves portadoras de Influenza Aviária ou Doença de Newcastle no ESEC Taim. Palavras-chave: Influenza Aviária, vigilância ativa, aves migratórias, ESEC Taim
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ANÁLISE DA MOVIMENTAÇÃO OFICIAL DE ANIMAIS NO E STADO DO RIO GRANDE DO SUL NO ANO DE 2011
CAVAGNI, G.M; ETGES, R. N. Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, fiscalizacao@agricultura.rs.gov.br O Serviço de Fiscalização e Controle de Trânsito (SFCT) do Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (SEAPA) do Estado do Rio Grande do Sul (RS) é responsável por integrar e coordenar as ações fiscalizatórias de movimentação de animais, seus produtos, subprodutos e resíduos. O SFCT proporciona dados que podem ser utilizados e analisados por outros programas sanitários para a tomada de decisões e planejamento estratégico de ações. Estes dados são gerados em conjunto com as Unidades Locais através do Sistema de Defesa Agropecuária (SDA). O SDA é o programa informatizado utilizado por todos os técnicos do DDA para cadastrar os dados referentes às propriedades rurais, produtores, suas informações sanitárias e de movimentação de animais. Através deste banco de dados analisamos a movimentação de todas as espécies animais; seja intraestadual ou interestadual. Em 2011, foram emitidas 1.121.398 Guias de Transito Animal (GTA), movimentando mais de 2,7 bilhões de animais, incluindo todas as espécies. Destas, 557.692 GTA foram pra espécie bovina, movimentando 8.207.522 animais, 182.688 GTA para suínos, com 20.238.759 animais e 325.949 GTA para aves de interesse comercial, movimentando mais de 2 bilhões de animais. Podemos observar também a movimentação por finalidade da GTA e concluir que foram enviados para abate aproximadamente 790 milhões de animais, mais de 99% destes sendo aves e suínos, 0,26% bovinos e 0,5% representando as demais espécies. A análise do fluxo animal entre o Rio Grande do Sul e as outras unidades da federação também é muito importante, pois tal movimentação pode representar um risco para a introdução de novos patógenos ou enfermidades. Sendo assim, o maior número de egressos é relativo às aves, que representam cerca de 186 milhões de animais, seguido pelos peixes, com o egresso de cerca de quase 3 milhões de animais. Essas duas espécies (aves e peixes) foram responsáveis por 99,6% dos animais egressos do RS em 2011. Já o ingresso de animais no Rio Grande do Sul, provenientes de outros Estados da federação, foi de aproximadamente 32 milhões de animais, grande parte dele composto de aves comerciais (mais de 31 milhões). Estas análises do trânsito de animais vivos realizadas pelo SFCT através dos bancos de dados informatizados do DDA/SEAPA são de grande relevância para a manutenção da condição sanitária dos rebanhos gaúchos e proporcionam estudos de fluxo de movimentação para todos os programas sanitários e todas as espécies envolvidas. Palavras-chave: Defesa Sanitária Animal; Movimentação Animal; Rio Grande do Sul; GTA.
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O PAPEL DA SECRETARIA DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E AGRONEGÓCIO N A OPERAÇÃO LITORAL 2011 CAVAGNI, G.M; ETGES, R. N. Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, fiscalizacao@agricultura.rs.gov.br O Serviço de Fiscalização e Controle de Trânsito (SFCT) do Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) é responsável por coordenar e orientar as ações dos técnicos da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (SEAPA) na Operação Litoral, realizando trabalhos de fiscalização sanitária nos meses de verão ao longo de todo o litoral do Estado há 16 anos. A operação litoral tem por objetivo principal minimizar o risco da população litorânea de consumir produtos de origem animal em condições impróprias e que possam oferecer perigos à saúde. Os riscos relacionados ao consumo de produtos de origem animal impróprios são inúmeros e estão vinculados às chamadas doenças transmitidas por alimentos (DTA), que podem cursar com diarréias, vômitos, dores de cabeça, náuseas, até casos mais graves de intoxicações alimentares. A operação litoral é subdividida em litoral norte e litoral sul, que juntas compreendem aproximadamente 19 municípios e 500 km de extensão. Os técnicos do DDA realizam atividades de fiscalização em estabelecimentos e propriedades que realizam abate e/ou manipulação de produtos de origem animal sem registro em órgão oficial de inspeção, ou seja, clandestinos. Além disso, executam barreiras fixas e volantes nas principais vias de acesso ao litoral, abordando veículos que transportam produtos de origem animal, fiscalizando os produtos em busca de irregularidades tais como: temperatura de transporte inadequada, produtos sem inspeção sanitária, produtos com prazo de validade vencido, deteriorados, sem embalagem e mal acondicionados entre outros. No ano de 2011 foram fiscalizadas 115 propriedades e estabelecimentos industriais e realizadas 222 barreiras sanitárias. Nestas atividades mais de 4.800 veículos foram vistoriados, totalizando 26.299 animais vivos e mais de 3 milhões de kg de produtos de origem animal fiscalizados. Deste total, 558 animais estavam irregulares, isto é, sem a devida documentação sanitária e 55.482 kg de produtos foram apreendidos e inutilizados por estarem em condições impróprias para o consumo. As atividades executadas pelos técnicos da SEAPA na Operação Litoral tem sido de grande importância para a manutenção tanto da sanidade animal do Estado como um todo, como também de todos os produtos de origem animal produzidos, transportados e consumidos pela população do litoral gaúcho durante a temporada de veraneio. Palavras-chave: Defesa Sanitária Animal; Operação litoral, Rio Grande do Sul, Fiscalização.
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AUDITORIAS DO SISBOV NO RIO GRANDE DO SUL GÖCKS, M.1; SANTOS, L.C.2; COELHO, F.J.O.3; SOUZA, G.R.E.4 1,2 Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Porto Alegre, sdv@seapa.rs.gov.br; 3 Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Canguçu, francisco-coelho@seapa.rs.gov.br; 4 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – SFA-RS, Porto Alegre, gilson.souza@agricultura.gov.br As auditorias do Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (SISBOV), realizadas por Médicos Veterinários do Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Estado do Rio Grande do Sul (SEAPA-RS) e pelos Fiscais Federais Agropecuários do Ministério da Agricultura (MAPA) têm como objetivo atender a exigência da União Européia (UE) contida na Commission Decision 61/2008, de 18 de janeiro de 2008, publicada no Official Journal of the Eupean Union, que estabelece ao Brasil a obrigatoriedade da realização de auditorias do serviço veterinário oficial para a inclusão de novos estabelecimentos rurais na lista de propriedades aptas ao fornecimento de bovinos e bubalinos para abate com destino à União Européia. A realização da atividade de auditoria consiste na visita ao Estabelecimento Rural Aprovado no SISBOV (ERAS) previamente vistoriado e aprovado por Certificadora cadastrada pelo MAPA, onde são verificadas as documentações referentes às movimentações de entrada e saída dos animais da propriedade, os controles dos estoques de elementos de identificação do ERAS, assim como a checagem da efetiva aplicação dos elementos de identificação no rebanho bovino e bubalino. Desde junho de 2008, até janeiro de 2012, após a capacitação de 43 Médicos Veterinários da SEAPA-RS e 15 Fiscais Federais Agropecuários do MAPA, foram realizadas 316 auditorias oficiais do SISBOV em ERAS no Rio Grande do Sul, totalizando 130.028 animais vistoriados. Atualmente, 171 propriedades gaúchas encontram-se aptas a Exportação à UE. A participação ativa do serviço veterinário oficial na fiscalização dos ERAS foi fundamental para o reestabelecimento do comércio de carne bovina entre o Brasil e UE, assim como para o incremento no número de ERAS aptos a exportação à UE. Palavras-chave: Rastrealibilidade, SISBOV.
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DADOS OFICIAIS DAS ETAPAS DE VACINAÇÃO CONTRA A F EBRE AFTOSA DE 2011 NO RS SANTOS, L.C.; GÖCKS, M.; GROFF, F.H.S. Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Porto Alegre, sdv@seapa.rs.gov.br O Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Estado do Rio Grande do Sul (SEAPA-RS), através de suas Unidades Locais de Atenção Veterinária, coordena e fiscaliza as etapas de vacinação contra a febre aftosa nos 496 municípios do Estado com o objetivo de cumprir as determinações do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA) à manutenção do status de Estado livre de febre aftosa com vacinação, condição reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em 2002. No ano de 2011, foram realizadas duas etapas de vacinação do rebanho bovino e bubalino, nos meses de maio (rebanho geral) e novembro (bovídeos de 0 a 24 meses de idade). Os registros das atividades de fiscalização nas propriedades rurais e nas empresas que comercializam vacinas contra a febre aftosa, assim como dos dados das vacinações apresentados pelos produtores rurais foram inseridos no Sistema de Defesa Agropecuária (SDA) da SEAPA-RS. Na etapa de maio e novembro de 2011, os índices vacinais obtidos foram de 96,12% e 95,96%, respectivamente, sendo imunizados 13.585.301 bovídeos de todas as faixas etárias na primeira etapa e 4.483.415 terneiros de 0 a 24 meses de idade na segunda etapa. Nas duas etapas de vacinação o serviço veterinário oficial de SEAPA vistoriou 2.809 estabelecimentos que comercializaram vacinas contra a febre aftosa para verificação das condições de conservação do produto, fiscalizou a aplicação da vacina em 12.657 propriedades rurais e realizou a vacinação em 23.853 propriedades rurais consideradas de maior risco de ocorrência da enfermidade. Os índices vacinais alcançados no ano de 2011 são considerados satisfatórios, de acordo com os critérios estabelecidos pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e refletem a integração do serviço veterinário oficial e dos produtores rurais nas ações do PNEFA. Mesmo que os números obtidos sejam expressivos, o incremento das atividades de fiscalização do serviço veterinário oficial do Estado, através da intensificação das fiscalizações em estabelecimentos comerciais de produtos veterinários e em propriedades de maior risco de introdução do vírus da febre aftosa se faz necessário para garantir a imunização efetiva do rebanho bovídeo do RS. Palavras-chave: Defesa Sanitária Animal; Febre aftosa; Rio Grande do Sul; Vacinação
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VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGIC A DA CRIA ENSACADA BRASILEIRA, MÉTOD OS, DIFUSÃO E PROBLEMAS KELLER, K.1; KOSHIYAMA, A.1; SOARES NETO, J.1; TASSINARI, W.1; LORENZON, M.1. 1Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, lorenzon_ufrrj@yahoo.com.br, wassinari@gmail.com A cria ensacada brasileira (CEB) é uma enfermidade de abelhas com ampla difusão na região Sudeste, sendo o maior desafio da Defesa Animal para controle. No estado do Rio de Janeiro, a doença atinge mais de 10 municípios com perdas de colmeias perto de 29% e os prejuízos somam mais de R$1.500.000,00/ano. Este trabalho objetivou avaliar a posição epidemiológica da CEB e do serviço da Defesa e Vigilância Animal. A partir de levantamento apícola fez-se uma análise dos apiários georreferenciados de 400 produtores, com e sem doenças no ERJ e calculouse o índice de desempenho apícola (IDApi) para avaliar a condição tecnológica dos apiários. No período de 30 dias antes da CEB, escolheram-se duas regiões para avaliar o patamar epidemiológico dentro do apiário. Avaliaram-se também marcas de mel em áreas endêmicas da doença. Verificou-se que há poucas áreas específicas com altos relatos de doenças de abelhas, condição que favorece a ação da Defesa Animal. Os relatos dos produtores (2006-2011) mostraram aumento no domínio da doença. O escore do IDApi foi regular (≈60%), o que exige correções na tecnologia apícola. O acompanhamento da enfermidade nas regiões estudadas com e sem CEB sugere que a infecção das colmeias é súbita e ocorre no período de safra de mel. Na região com CEB, o mel alcançou 6,1 x 105 UFC.g-1 de contaminação por bolores, contra 2,0 x 102 UFC.g-1 na região sem CEB. Cladosporium e Aspergillus foram os fungos dominantes, com espécies produtoras de aflatoxinas. As marcas comerciais das regiões envolvidas com esta doença têm maior incidência de mel contaminado. Apesar da divulgação prévia destes importantes resultados, as ações da Defesa em prol da melhoria tecnológica, e da inspeção, na contenção de marcas de baixa qualidade, têm sido restritas em prol da apicultura. As perdas dos apiários têm notificações aquém da sua ocorrência, apesar dos relatos dos produtores sobre a gravidade da questão sanitária apícola. Faltam discussões em torno de barreira sanitária, do uso da guia de trânsito animal, da integração entre a Defesa e a Inspeção Sanitária, de incentivos à indústria para desenvolver suas próprias políticas e procedimentos de controle sanitário e guias educativos para os produtores. Técnicos da defesa criticam a ampliação das responsabilidades técnicas, com o advento da problemática apícola. Fato é que a falta de medidas assertivas para auxiliar os produtores, retrai a classe apícola e propicia a clandestinidade. Há urgência de investimentos para os produtores e para pesquisas. *Apoio CNPq – edital 064/2008
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FATORES ASSOCIADOS À OC ORRÊNCIA DE DOENÇAS EM COLMEIAS DE ABELHAS AFRICANIZADAS (APIS MELLIFERA L.) NO ESTAD O DO RIO DE JANEIRO KELLER, K.1.; ALMEIDA, C.1; LORENZON, M.1; TASSINARI, W.1. 1Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, lorenzon_ufrrj@yahoo.com.br, wassinari@gmail.com As abelhas africanizadas (Apis mellifera L.) são consideradas resistentes às doenças e pragas, no entanto, dados do Censo Apícola Fluminense de 2006 alertaram sobre a alta ocorrência de doenças, que constituem a principal causa para as perdas de colmeias no estado do Rio de Janeiro. Estas perdas resultam em substanciais prejuízos para a classe apícola, por reduzir a produtividade dos apiários, além de provocar desestímulo para a expansão do segmento apícola. Para auxiliar no controle das perdas apícolas, este trabalho teve por objetivos investigar os municípios do estado do Rio de Janeiro com alta prevalência de doenças apícolas e verificar os potenciais fatores ambientais e de manejo associados à ocorrência destas doenças. Os dados deste estudo foram provenientes do levantamento apícola ocorrido no estado do Rio de Janeiro entre os anos de 2009 e 2010, por meio da aplicação de questionários nos apiários. Utilizaramse modelos de regressão logística para mensurar a associação entre possíveis fatores e as doenças apícolas. Verificou-se que há 13 municípios com alta prevalência de doenças (acima de 50%). Os fatores que estão associados com a ocorrência de doenças nos apiários foram: materiais apícolas adquiridos fora do estado (OR 2,91; IC 95%: 1,26 - 6,70), ausência de vizinhos apicultores em um raio de 5 km (OR 2,59; IC 95%: 1,30 - 5,14), presença de cultivo agrícola à 5 km do apiário (OR 2,50; IC 95%: 1,18 - 5,28), realização de divisão artificial de colmeias (OR 2,57; IC 95%: 1,22 - 5,41), higiene insatisfatória dos apicultores (OR 3,72; IC 95%: 1,47 - 9,38), não ocorrência de florada de alecrim na época de colheita de mel (OR 1,94; IC 95%: 1,02 - 3,69) e a inexistência de assistência técnica aos apicultores (OR 3,18; IC 95%: 1,20 - 8,45). Medidas para aplicação das boas práticas de produção são urgentes, especialmente, nos municípios com maior prevalência de doenças apícolas, associadas às de controle sanitário pelo serviço de Defesa Animal. *Apoio CNPq – edital 064/2008
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ANÁLISE DE CLORANFENICOL EM LEITE CRU DO ESTADO D E MINAS GERAIS POR CL-EM/EM GUIDI, L.R.1; OLIVEIRA, M.C.P.P.2; TETTE, P.A.S.1; GLÓRIA, M.B.A.1 1 Laboratório de Bioquímica de Alimentos, Faculdade de Farmácia e 2 Departamento de Tecnologia e Inspeção de Produtos de Origem Animal, Escola de Veterinária, UFMG Universidade Federal de Minas Gerais, Av. Antônio Carlos, 6627, Cep 31270-901, Belo Horizonte, MG. E-mail: mbeatriz@ufmg.br. No Brasil, como em outros países, os antibióticos podem ser utilizados na agropecuária para combater doenças como mastite no período de lactação do gado. O cloranfenicol (CAP) é um antibiótico de amplo espectro, o que o torna eficaz no tratamento de várias doenças infecciosas. Entretanto, seu uso na prática veterinária em animais destinados ao consumo humano, foi proibido devido a fatores toxicológicos, como o desenvolvimento de anemia aplástica. Apesar disso, esta droga ainda é utilizada de forma ilícita devido ao fácil acesso e baixo custo. Desta forma, alimentos de origem animal, como o leite, devem ser verificados por métodos químicos altamente sensíveis e seletivos quanto à presença deste antibiótico, a fim de assegurar a segurança do consumidor. O objetivo deste trabalho foi avaliar a presença de resíduos de cloranfenicol em amostras de leite cru provenientes de produtores do Estado de Minas Gerais. O procedimento de extração seguiu as seguintes etapas: a 2 mL de leite, foi feita a adição de 4 mL de acetato de etila e 0,8 mL de água acidificada com 10 mmol/L de ácido fórmico; homogeneização por 1 min em vortex; centrifugação por 5 min a 2932 x g. Após a centrifugação, a fase superior foi transferida para outro tubo, sendo seca em fluxo de nitrogênio a 40 °C. O resíduo foi ressuspendido em 1 mL de água reagente (18,2 MΩ.cm a 25 °C) e a suspensão foi filtrada em filtro PVDF 0,22 µm de poro e injetada no cromatógrafo líquido de alta eficiência com detecção por espectrometria de massas sequencial (CL-EM/EM). Foram analisadas 49 amostras de leite cru, das quais 41% apresentaram resultado positivo para CAP, sendo que a concentração variou de 0,10 a 13,90 µg/L. Quatro amostras apresentaram concentrações de CAP acima do limite máximo permitido pela legislação (0,30 µg/L). Estes resultados demonstram que possivelmente os produtores de leite ainda estão usando o cloranfenicol para tratar os animais, o que reforça a necessidade de fiscalização do leite com relação a este antibiótico. Palavras Chave: cloranfenicol, leite, espectrometria de massas. Apoio: Finep, LBqA, UFMG.
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ANÁLISE DE CLORANFENICOL EM PESCADO POR CL-EM/EM GUIDI, L.R.; TETTE, P.A.S.; GLÓRIA, M.B.A.. Laboratório de Bioquímica de Alimentos, Faculdade de Farmácia, Universidade Federal de Minas Gerais, Av. Antônio Carlos, 6627, Cep 31270-901, Belo Horizonte, MG. E-mail: mbeatriz@ufmg.br. A exportação de pescado fresco pelo Brasil tem aumentado de forma significativa nos últimos anos, principalmente para países da Europa. Recentemente, a União Européia estabeleceu barreiras à exportação do pescado brasileiro, com a preocupação com diversos resíduos, dentre eles cloranfenicol (CAP) cujo limite é de no máximo 0,3 µg/Kg de peixe. O uso do CAP na prática veterinária em animais destinados ao consumo humano foi proibido em diversos países devido a fatores toxicológicos, como o desenvolvimento de anemia aplástica. Apesar disso, esta droga ainda é utilizada de forma ilícita em função do fácil acesso e do baixo custo. Desta forma, produtos de origem animal devem ser verificados por métodos químicos altamente sensíveis e seletivos quanto à presença deste antibiótico, a fim de assegurar a segurança do consumidor. O objetivo deste trabalho foi avaliar a presença de resíduos de cloranfenicol em amostras de peixe adquiridos no mercado consumidor de Belo Horizonte, MG. O procedimento de extração seguiu as seguintes etapas: adição de 10 mL de acetato de etila a 5 g de músculo de peixe triturado, homogeneização por 2 min em vortex, centrifugação por 10 min a 2577 x g. Após a centrifugação, a fase superior foi transferida para outro tubo, sendo seca em fluxo de nitrogênio a 55 °C. O resíduo foi ressuspendido em 1 mL de água reagente (18,2 MΩ.cm a 25 °C). Adicionou-se 1 mL de heptano, agitou-se 1 minuto no vórtex e foi feita centrifugação por 10 minutos a 2577 x g. A fase aquosa foi coletada, filtrada em filtro PVDF de 0,22 µm de poro e injetada no cromatógrafo líquido de alta eficiência com detecção por espectrometria de massas sequencial (CL-EM/EM). Das treze amostras de peixe analisadas, apenas uma apresentou resultado positivo para CAP, sendo encontrada uma concentração de 0,0633 µg/kg, valor abaixo do limite máximo de resíduo estabelecido pela legislação. Os limites de detecção e quantificação do método foram iguais a 0,0053 e 0,0188 µg/Kg, respectivamente. Nota-se que, pelas amostras analisadas, o uso do CAP em pescado não está sendo feito com frequência. Entretanto, seria necessário analisar um número maior de amostras de diferentes regiões para ser mais representativo. Palavras Chave: cloranfenicol, pescado, espectrometria de massas. Apoio: Finep; LBqA, UFMG
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VALIDATION AND DETERMIN ATION OF ETHEPHON IN GRAPES BY LC·MS/MS CUNHA, A.N.; SILVA, H.C.P.; SILVA, M.C.C.S; SILVA, M.; ALBUQUERQUE JR; E.C.; TELLES, D.L.; ARAÚJO, A.C.P. Institute of Technology of Pernambuco (ITEP) - Pesticide Residue Laboratory (LabTox).Av. Prof. Luis Freire, 700 50740-540 Recife, Pernambuco, Brazil (adelia@itep.br) The active ingredient in ethephon, [(2-chloroethyl) phosphonic acid], produces ethylene upon its degradation; ethylene is an endogenous plant hormone that accelerates the ripening of many fruits, including grapes. Ethephon is commonly applied to red-pigmented table grape cultivars at the initiation of fruit ripening to enhance berry color and it has been used in tropical and subtropical regions of Brazil, where Crimson Seedless table grapes easily adapted to the Sao Francisco Valley in the Northeast of the country. In this work, a method to analyze ethephon in grapes was studied using a single residue method (SRM) coupled with LC-MS/MS, based on Anastassiades et al. (2010). The following validation parameters were obtained: LOQ 0.07 mg/kg; recoveries of 103.4% (RSD 6.8%), 97.3% (RSD 5.0%) and 91.3 mg/kg (RSD 4.6%) for fortification levels of 0.07 mg/kg, 0.6 mg/kg and 1.2 mg/kg, respectively. Linearity was determined by constructing matrix-matched calibration curves using ethephon levels ranging from 0.07 to 1.5 mg/kg, with correlation coefficients ranging from 0.98 to 0.99. The validated method is suitable for analysis of ethephon in grapes according to the MRLs established. Crimson seedless grapes from the Sao Francisco Valley were analyzed for ethephon residues and data showed that 20% of the analyzed samples had levels of ethephon above the present European MRL. In 2010, Brazilian export business was greatly affected by the ethephon wide field application. Keywords: Ethephon; LC-MS/MS; Grapes.
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IMPLANTAÇÃO E VALIDAÇÃO DE METODOLOGIA POR ANÁLISE DIRETA DE MERCÚRIO EM PEIXE SILVA FILHO, S.M.P.; FRANÇA, M.M.S.; ALBUQUERQUE JUNIOR, E.C.; OLIVEIRA, A.M.M.; SILVA, H.K.P. Associação Instituto de Tecnologia de Pernambuco – ITEP/OS. Av. Prof. Luiz Freire Nº 700. CDU. Recife/PE. CEP. 50740-540. helida@itep.br No mundo moderno, grande parte da segurança alimentar repousa no controle de remanescentes residuais nos alimentos, em decorrência do uso de pesticidas e drogas veterinárias, ou por acidentes envolvendo contaminantes ambientais tais como os metais traço. O Brasil, detentor de um setor agropecuário exuberante, e um dos mais importantes parceiros comerciais do mundo, necessita desse controle, particularmente nos dias de hoje, onde essa prática é quase uma imposição no contexto do comércio internacional de produtos agropecuários in natura e processados. A garantia da inocuidade de grande parcela desses produtos ofertados ao consumo é possibilitada pelo controle de resíduos e contaminantes, e que o bem-estar e a saúde dos seres humanos são direitos universalizados, sendo, portanto, dever de todos os Governos preservar e manter a saúde das pessoas, dos rebanhos, das culturas e dos ecossistemas. Nesse contexto, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou o subprograma de monitoramento em carnes (Bovina, Aves, Suína e Equina), Leite, Mel, Ovos e Pescado para o exercício de 2011, referente ao Plano Nacional de Controle de Resíduos Biológicos em Produtos de Origem Animal PNCRB, instituído pela Portaria MAPA nº 51, de 6 de fevereiro de 1986, previu em seu escopo, a avaliação dos níveis de Hg em peixe de captura e de cultivo. O referido programa requer acuradas modais tecnológicas, instrumentos de aferição e reagentes químicos/biológicos dentro dos mais exigentes padrões de qualidade, além de pessoal qualificado para a execução de todas as suas etapas. Nesse sentido, a Unidade de Físico-Química e Biologia da Associação Instituto de Tecnologia de Pernambuco por meio de laboratório acreditado pelo INMETRO (LQA/CRL358), para análise de metais em água, decidiu estender seu escopo de análises para atender a referida IN no que tange a determinação de Hg em peixe de captura e cultivo. A referida metodologia, baseada em análise direta de Hg por decomposição térmica, fusão e absorção atômica, foi realizada em um analisador direto de mercúrio (Milestone®, DMA-80). O método validado apresentou limite de quantificação de 0,05 g/kg, além de precisão e exatidão próximas a 3% e 98%, respectivamente. Os resultados obtidos revelam que a técnica utilizada para a quantificação de mercúrio em peixe, ora apresentada pode ser aplicada como uma importante ferramenta para detecção deste contaminante na matriz estudada. Palavras-chave: Contaminantes inorgânicos, Mercúrio, Peixe, Validação.
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CERTIFICAÇÃO DE PROPRIEDADES LIVRES DE TUBERCULOSE NA REGIÃO DE CRUZ ALTA - RS CERESER, N.D.1; GROFF, A.C.M.1; BARCELOS, A.S.1; BOHRZ, D.A.S.1; BOEIRA, K.V.1; CAMERA, L.2. 1Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, natacha-cereser@agricultura.rs.gov.br. 2Universidade de Cruz Alta, Cruz Alta, leticiacamera@yahoo.com.br. A tuberculose bovina, doença causada pelo Mycobacterium bovis, causa graves problemas de saúde pública e prejuízos econômicos. Dados epidemiológicos oficiais fornecem índices de prevalência da doença no País de 3,3% e 1,2% para os períodos de 1967 a 1976 e de 1988 a 1992, respectivamente, e de 1,3% de animais infectados no período de 1989 a 1998. Com o objetivo de diminuir o impacto negativo dessa zoonose na saúde pública e promover a competitividade da pecuária nacional, foi lançado em 2001, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT). Este programa define uma estratégia de certificação de propriedades livres ou monitoradas, onde o controle da tuberculose bovina baseia-se na realização periódica de testes alérgicos de tuberculinização intradérmica e eliminação dos animais que reagirem positivamente. No intuito de identificar a ocorrência de tuberculose em bovinos nas propriedades certificadas como livres, localizadas nos municípios da Supervisão Regional de Cruz Alta-RS e considerando a importância da brucelose para a economia e saúde pública, o significativo número de propriedades livres na região de Cruz Alta e a escassez de informações sobre a enfermidade em propriedades certificadas como livres da doença, o presente estudo foi realizado. No período de 2006 a 2011 foram realizados 10.605 testes tuberculínicos (cervical simples ou comparativo), sendo os testes realizados pela médica veterinária habilitada pelo MAPA e responsável pelas propriedades, seguindo a metodologia estabelecida pelo PNCEBT. Do total de animais testados, 50 (0,47%) apresentaram resultado inconclusivo, estes ao passarem por teste confirmatório foram considerados não reagentes. O fato de não terem sido encontrados animais positivos nas 19 propriedades certificadas ou em processo de certificação, em sete municípios da região, evidencia a baixa prevalência da enfermidade. Salienta-se porém, a importância da expansão do PNCEBT como forma de contribuir para a agregação de valor ao produto e trazer benefícios diretos aos pecuaristas, às indústrias de lácteos e aos consumidores. Palavras-chave: Mycobacterium bovis, tuberculose bovina.
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OCORRÊNCIA DE BRUCELOSE BOVINA EM PROPRIEDADES CERTIFICADAS NA REGIÃO DE CRUZ ALTA-RS CERESER, N.D.1; BARCELOS, A.S.1; FERRARI, J.L.1; MAZZUTTI, K.C.1; RUI, F.V.1; CAMERA, L.2. 1Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, natacha-cereser@agricultura.rs.gov.br. 2Universidade de Cruz Alta, Cruz Alta, leticiacamera@yahoo.com.br. A brucelose bovina é uma doença infecciosa crônica causada pela Brucella abortus que se manifesta por abortos no terço final da gestação, sendo considerada uma zoonose de grande importância econômica. No Rio Grande do Sul, a enfermidade foi relatada pela primeira vez em 1936 por Desidério Finamor. Desde então, medidas de controle e erradicação e diferentes estudos de prevalência tem sido realizados no Estado. Levantamento realizado em 2009 revelou prevalências de focos e de animais infectados de 2,1% e 1%, respectivamente. Buscando controlar e erradicar a doença o Brasil implementou em 2001 o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCBT), este apresenta como estratégias a certificação de propriedades (livres ou monitoradas), a vacinação e o controle de trânsito de animais destinados à reprodução. No intuito de identificar a ocorrência de brucelose em bovinos nas propriedades certificadas como livres, localizadas nos municípios da Supervisão Regional de Cruz Alta-RS e considerando a importância da brucelose para a economia e saúde pública, o significativo número de propriedades livres na região de Cruz Alta e a escassez de informações sobre a enfermidade em propriedades certificadas como livres da doença, o presente levantamento foi realizado. No período de 2006 a 2011 foram realizados 7.809 exames de brucelose, incluindo os três testes para obtenção do certificado de livre, exames para renovação e exames para saneamento das propriedades com animais positivos. Foi utilizado o teste do antígeno acidificado tamponado (AAT), realizado pela médica veterinária habilitada pelo MAPA e responsável pelas propriedades, e os soros reagentes foram submetidos ao teste do 2mercaptoetanol (2-ME), como teste confirmatório, realizado em laboratório credenciado. Do total de animais testados, 31 foram reagentes para brucelose na prova do AAT. A confirmação do diagnóstico positivo pelo teste do 2-ME, ocorreu para nove bovinos de cinco propriedades distintas, sendo três destas localizadas no município de Ibirubá e duas em Quinze de Novembro. Assim, 26,31% das propriedades que estão em processo de certificação ou já obtiveram o certificado como livres de brucelose, constituíram-se em foco da enfermidade ao longo do processo. Reforça-se, com os dados obtidos, a necessidade de repetir os testes em todos animais da propriedade em períodos frequentes, conforme preconizado pelo PNCEBT. Por meio da certificação de propriedades é possível identificar animais positivos, elimina-los e sanear o rebanho, constituindo-se numa medida fundamental para a erradicação da brucelose na região. Palavras-chave: Brucella abortus, zoonose, bovinos.
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CONHECIMENTO DOS MANIPULADORES DE ALIMENTOS SOBRE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E HÁBITOS DE HIGIENE. BOHRZ, D.A.S.1; BRUNING, K.2; CERESER, N.D.3. 1 Médica Veterinária, Prefeitura Municipal de Quinze de Novembro/RS, 2 Prefeitura Municipal de Quinze de Novembro/RS, 3 Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (SEAPA/RS). daniela-bohrz@agricultura.rs.gov.br A ingestão de alimentos contaminados por micro-organismos patogênicos, substâncias químicas, objetos lesivos ou que contenham em sua constituição substâncias tóxicas, podem acarretar o surgimento das Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) (OMS, 2002). Nesse sentido, a utilização de Boas Práticas de Fabricação (BPF) é requisito fundamental nos serviços de alimentação. A correta implantação assegura as condições higiênico-sanitárias dos alimentos. Segundo a OMS (1989), o manipulador é a principal via de contaminação dos alimentos produzidos em larga escala e desempenha papel importante na segurança dos alimentos, na preservação da higiene dos alimentos durante toda a cadeia produtiva, desde o recebimento, armazenamento, preparação até a distribuição. O objetivo do presente estudo foi avaliar o grau de conhecimento dos profissionais manipuladores de alimentos sobre hábitos de higiene pessoal e BPF. As informações foram obtidas com base em um questionário de 50 perguntas formulado para esta pesquisa (adaptado de SOUZA, L.H.L. (2005); MELLO, A.G. et.al. (2010); BRASIL (2005)). Quatorze manipuladores de alimentos de creches e escolas municipais, lanchonetes e restaurantes em Quinze de Novembro-RS, foram entrevistados. As questões eram relacionadas às condições socioeconômicas, conhecimentos de contaminação dos alimentos, DTA, boas práticas de manipulação e capacitação do manipulador de alimentos. Os resultados obtidos foram divididos em dois grupos: Creches/Escolas Municipais e Restaurantes/Lanchonetes particulares. Para qualificá-los montou-se um índice de avaliação, as questões foram corrigidas como certas ou erradas no que diz respeito às normas de higiene e BPF conforme a resposta de cada entrevistado, considerando Ruim: 0-50%, Regular 51-75 % e Bom 76-100% de respostas corretas. A pesquisa mostrou que nas creches/escolas municipais, o resultado foi regular: 71,2 % sabiam sobre higiene e BPF, a maioria dos manipuladores 80% realizou curso na área e tem conhecimento da gravidade da contaminação alimentar. Nos estabelecimentos particulares o resultado foi regular 73,8%, mesmo sem informações sobre BPF e qualificação na área de alimentos, apenas (33%) já fizeram treinamento, todos os funcionários possuíam noções básicas de higiene pessoal. De acordo com a RDC 216/2004 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (BRASIL, 2004), os responsáveis pelas atividades de manipulação dos alimentos devem ser comprovadamente submetidos a curso de capacitação, que deve abordar, no mínimo, assuntos como: contaminantes alimentares, doenças transmitidas por alimentos, manipulação higiênica dos alimentos e boas práticas de manipulação, minimizando, assim, os riscos de contaminação. Com base nos resultados, demonstra-se a necessidade de formação específica dos manipuladores, melhorando a qualidade do serviço prestado e diminuindo o risco das DTA. Palavras-chave: Manipuladores, Alimentos, Boas Práticas de Fabricação. III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 64 de 232
LESÕES DE DOENÇAS NO ABATE DE BOVINOS NO RIO GRANDE DO SUL, EM 2011 VIDOR, A.C.M; SANTOS, D.V.; DOMINGUES, E.H. Secretaria da Agricultura, Pecuária e estatistica@agricultura.rs.gov.br.
Agronegócio
do
RS,
Porto
Alegre.
No Rio Grande do Sul (RS), o Departamento de Defesa Agropecuária – DDA é responsável pela fiscalização de 361 agroindústrias, incluindo matadouros, frigoríficos, fábricas de laticínios e entrepostos de pescado, ovos e mel, fazendo-se presente em 190 municípios gaúchos. Em 2011 os técnicos do DDA fiscalizaram o abate de 974 mil bovinos no RS, gerando uma arrecadação de 2,6 milhões de reais em taxas de abate, e ficando à frente do abate federal (43%) e do municipal (8,7%). Atualmente o DDA dispõe de um sistema informatizado para o registro das lesões de abate encontradas em todas as espécies, assim como de diversos dados da Guia de Trânsito Animal (GTA). Com base nesse sistema foi elaborado um relatório com quatro doenças de maior relevância para saúde pública e de maior ocorrência em bovinos: hidatidose, cisticercose, fasciolose e tuberculose. Nesse grupo de doenças, a análise dos dados demonstra que a fasciolose foi a causa de condenação de maior ocorrência em bovinos em 2011 (10,55%), seguida pela hidatidose (7,56%), pela cisticercose (1,51%) e pela tuberculose (0,15%). De 448 municípios que enviaram bovinos ao abate estadual, em 421 houve pelo menos um animal com lesão de fasciolose, indicando que essa doença está presente em 93,97% dos municípios que guiaram bovinos ao abate. Ainda que a sua distribuição seja ampla, 28 municípios concentraram mais da metade dos animais com lesões (52,52%), demonstrando que é um problema grave em certas regiões do RS, em especial na região sul do Estado, onde se encontram grandes áreas alagadiças. A hidatidose apresentou uma maior concentração; de 431 municípios que tiveram pelo menos um animal com lesão de hidatidose (96,20%), 20 foram responsáveis por 50,61% dos bovinos abatidos, estando a maioria localizados na região sudoeste, caracterizada por grandes propriedades de gado de corte. A cisticercose e a tuberculose foram as que apresentaram as maiores concentrações por município. As porcentagens de municípios que responderam por 50% de bovinos com pelo menos uma lesão da doença foram 7,37% (33) e 4,69% (21), respectivamente. A ocorrência e a distribuição de lesões em frigoríficos são indicativos fundamentais que orientam as ações de controle e de prevenção em saúde animal, sendo uma ferramenta prioritária para o Serviço Veterinário Oficial. Palavras-chave: Defesa Sanitária Animal, Rio Grande do Sul, inspeção sanitária animal.
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AVALIAÇÃO DA VACINAÇÃO DE BRUCELOSE BOVINA NO RIO GRANDE DO S UL VIDOR, A.C.M.; SANTOS, D.V. Secretaria da Agricultura, Pecuária estatistica@agricultura.rs.gov.br.
e
Agronegócio
do
RS,
Porto
Alegre.
O Estado do Rio Grande do Sul (RS) possui o sexto maior rebanho bovino do país com aproximadamente 14 milhões de animais. Uma das doenças presentes nesse rebanho é a brucelose bovina, que segundo estudo realizado em 2004 pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do RS (SEAPA-RS) em conjunto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), possui uma prevalência animal de 1,01%. O RS combate a brucelose desde a década de 60, quando já havia uma Lei estadual que previa a vacinação obrigatória de fêmeas, assim como outras medidas de prevenção e controle. A baixa prevalência encontrada em 2004 se deve a esse trabalho histórico no Estado. A partir da publicação do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT), o RS passou a seguir as normas do programa, dando continuidade à vacinação de fêmeas bovinas e bubalinas entre 3 e 8 meses de idade com a finalidade de controlar a doença e baixar a sua prevalência. No intuito de avaliar o programa de vacinação no RS, esse trabalho analisou as informações das vacinações lançadas no Sistema de Defesa Agropecuária (SDA) nos últimos três anos. O SDA é utilizado pelo Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) da SEAPA-RS para registrar todas as informações sanitárias oficiais referentes aos animais de produção existentes nas propriedades rurais gaúchas. Para calcular os índices de cobertura vacinal, utilizou-se como propriedades e população existente, aquela representada pelas fêmeas bovinas entre 0-12 meses de idade, já que essa categoria compreende o público alvo da vacinação. No ano de 2009 foram imunizadas para brucelose bovina 1.081.737 fêmeas em 72.130 propriedades rurais, representando 77% e 38% de cobertura vacinal individual e em propriedade, respectivamente. Em 2010 foram imunizadas 1.122.587 animais em 93.731 propriedades, representando uma cobertura animal e de propriedades de 82% e 49%, respectivamente. No último ano, 2011, foram imunizadas 1.070.480 fêmeas em 93.363 propriedades, representando 79% e 49% de cobertura individual e de propriedade. Percebe-se que a cobertura individual se manteve constante e dentro do valor esperado (acima de 70%), entretanto, a vacinação ainda não atingiu 50% das propriedades rurais gaúchas com fêmeas em idade de vacinação, em especial, naquelas propriedades com um pequeno número de animais e com movimentação esporádica. Com base nesses dados, percebe-se que se deve priorizar políticas sanitárias que venham a fortalecer a vacinação de fêmeas localizadas em pequenas propriedades rurais no RS. Palavras-chave: Defesa Sanitária Animal; Rio Grande do Sul; Vacinação; Brucelose.
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A IMPORTÂNCIA DA INSPEÇÃO SANITÁRIA NO DIAGNÓSTICO DA CISTICERCOSE BOVINA MARTINS,LL1; MAROSO, MTD1; ALBERTONI, CL1; TRIERWEILLER, AL1. 1 Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Estado do Rio Grande do Sul, Erechim-RS, lucimar-martins@agricultura.rs.gov.br; michele-maroso@agricultura.rs.gov.br O complexo teníase-cisticercose pode ser definido como um conjunto de alterações patológicas causadas pelas formas adultas da Taenia saginata, Taenia solium e suas respectivas formas larvares. As cisticercoses animais e a teníase e cisticercose humanas são importantes entidades do ponto de vista médico-veterinário e de saúde pública. Dentre as parasitoses de interesse veterinário e de saúde pública, a cisticercose bovina merece grande destaque na atualidade, por ser de elevada prevalência e pelos grandes prejuízos sócio-econômicos que acarreta. A ocorrência desta manifestação clínica está diretamente relacionada com a precariedade das condições sanitárias e o baixo nível sócio-econômico-cultural da população. O objetivo deste trabalho foi destacar a importância da inspeção de carnes no exame “post mortem” dos bovinos, criterioso, diligente e com técnicas adequadas, como metodologia única e atual para diagnóstico da cisticercose em matadouros. O material utilizado para realização do estudo prático constituise de 12.274 bovinos, de grupo etário variando entre dois a cinco anos, procedentes de 36 municípios da Região Norte do Rio Grande do Sul, abatidos em estabelecimentos sob inspeção estadual nos municípios de Erechim e Viadutos/RS durante o ano de 2011. A rastreabilidade foi realizada com a análise da Guias de Trânsito Animal (GTAs). O exame diagnóstico baseou-se na observação de cisticercos nos tecidos, superficialmente ou nos pontos de corte de peças de regiões anatômicas consideradas de eleição e nas características macroscópicas dos cisticercos, de acordo com as normas padronizadas pelo Regulamento da Inspeção Indústria e Sanitária de Produtos de Origem Animal - RIISPOA. O exame rotineiro dessas linhas de inspeção está a cargo dos agentes treinados e sob a supervisão do médico veterinário encarregado da inspeção. Durante o período de estudo a cisticercose bovina foi uma das causas de maior ocorrência registrada no exame “post mortem”, com prevalência de 1,5%, cenário este que se repete em diversas regiões do país. O município que apresentou o maior índice de animais acometidos foi Itatiba do Sul (5,8%), contudo cabe ressaltar que no comércio de bovinos, os animais podem ser nascidos em uma propriedade e terminados em outras, onde o animal pode ter sido infectado em qualquer fase da vida, sendo necessário um estudo mais detalhado para o rastreamento exato. Nesse contexto, a inspeção sanitária desempenha um papel fundamental no controle desta zoonose, ao quebrar o ciclo do parasita e ao afastar do mercado consumidor carnes impróprias ao consumo humano. Palavras-chave: complexo teníase-cisticercose, bovinos, inspeção.
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CAUSAS DE ALTA MORTALID ADE EM PLANTÉIS AVÍCOLAS NA REGIÃO NORTE DO RIO GRANDE DO SUL MAROSO, M.T.D.; MARTINS, L.L.; BECKER, A.O.; COIMBRA, H.S.; SPANHOLLI, J.A. 1Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Estado do Rio Grande do Sul, Erechim-RS, lucimar-martins@agricultura.rs.gov.br; michele-maroso@agricultura.rs.gov.br O setor avícola brasileiro atingiu, graças ao avanço tecnológico e a competência dos profissionais ligados ao setor, o posto de maior exportador e segundo maior produtor de carne de frango mundial, contudo existe uma forte preocupação com a manutenção desta situação, cujo futuro pode ser comprometido caso ocorram problemas relacionados à sanidade animal. O objetivo deste trabalho é avaliar as principais causas de mortalidade em plantéis avícolas comerciais da região norte do Rio Grande do Sul. Foram avaliados dados de notificação de mortalidade de janeiro de 2007 a dezembro de 2011, notificação realizada pela iniciativa privada ao serviço de defesa sanitária estadual. No total houve 99 notificações de mortalidade neste período, totalizando cerca de 1,3 milhões de aves envolvidas em 19 municípios da região, com percentuais variando de 6 a 100% para mortalidade do lote, sendo a média geral 16,87%. Do total, 98 estabelecimentos investigados são de exploração de corte comercial e 01 estabelecimento é de reprodutores de corte. As principais ocorrências de mortalidade foram devido à aspergilose (22%), síndrome ascítica metabólica (21%), seguido de refugagem inicial do lote (17%), erro de manejo (12%) tendo como causas principais stress térmico, restrição hídrica, falha nutricional e problemas na cama. Onfalite, colibacilose, síndrome de morte súbita e enterite estão entre as causas de menor incidência. Diversos autores corroboram com os resultados encontrados, onde a aspergilose, que foi a doença de maior incidência, pode levar a altos índices de mortalidade, chegando a mais de 50% do lote em aves jovens, o que vem ao encontro dos resultados encontrados neste estudo que variaram de 11 a 67%. Entre os transtornos metabólicos, a síndrome ascítica é um sério problema na indústria avícola mundial, com índices de mortalidade entre 5 e 12%, ocorrendo extremos de até 25%, conforme resultados encontrados neste estudo (7 a 22%). As intempéries climáticas não foram as causas de maior ocorrência, porém foram as responsáveis pelos maiores índices de mortalidade, alcançando 100%. A proporção de mortalidade observada por aspergilose e síndrome ascítica é similar ao encontrado no contexto mundial. Ambas causam grandes prejuízos ao setor produtivo, em decorrência dos elevados índices de mortalidade e também devido a condena durante o abate. Cabe ressaltar, que a ocorrência das mesmas está relacionada a diversos fatores e como forma de prevenção devem ser adotadas medidas de controle em todo o setor produtivo. Palavras-chave: Defesa Sanitária Animal; frango de corte; mortalidade; Rio Grande do Sul.
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PERFIL SOROLÓGICO DE BRUCELOSE EM MÉDICOS VETERINÁRIOS VACINADORES DE RIO GRANDE, RIO GRANDE DO SUL DEVINCENZI, P.T.1; SILVA, C.M.2 1 Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (SEAPA/RS), Alegrete-RS. 2 Universidade Federal de Rio Grande (FURG), Rio Grande-RS. paula-devincenzi@agricultura.rs.gov.br. A brucelose é uma zoonose causada pela bactéria Brucella sp., de prevalência ainda divergente, provavelmente subestimada e, de acordo com sua epidemiologia, de importância especial para grupos de indivíduos de maior risco à infecção, como os médicos veterinários. O trabalho objetivou determinar o perfil sorológico para brucelose em médicos veterinários. A população alvo foi de médicos veterinários vacinadores cadastrados no Serviço Veterinário Oficial (SVO) do município de Rio Grande, RS. Os participantes foram submetidos à coleta de sangue para a realização dos testes sorológicos de diagnóstico: Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) e 2Mercaptoetanol (2-Me). Onze eram aqueles médicos veterinários que efetivamente vacinavam os animais, considerando que a vacinação é somente de responsabilidade do veterinário cadastrado, não necessariamente devendo ser executada por este. Desses, três deles (27%) apresentaram resultado positivo no teste de triagem AAT. Os soros positivos foram submetidos ao teste confirmatório do 2-ME, uma prova quantitativa seletiva que detecta somente a presença de IgG no soro. Ela é executada sempre em paralelo com a prova lenta em tubos (SAT). Baseia-se no fato de os anticorpos da classe IgM, com configuração pentamérica, degradarem-se em subunidades pela ação de compostos que contenham radicais tiol. Essas subunidades não dão origem a complexos suficientemente grandes para provocar aglutinação. Desse modo, soros com predomínio de IgM apresentam reações negativas nessa prova e reações positivas na prova lenta. A interpretação dos resultados é dada pela diferença entre os títulos dos soros sem tratamento (prova lenta), frente ao soro tratado com 2-ME. Resultados positivos em ambas as provas indicam a presença de IgG, que são as aglutininas relacionadas com infecção crônica. Nenhuma amostra apresentou esse resultado. A AMOSTRA 2 foi negativa para ambas as provas, sendo imediatamente considerada negativa. Por ser um teste muito sensível, o teste de triagem AAT muitas vezes resulta em amostras falso-positivas. As AMOSTRAS 1 e 3 foram positivas para a prova lenta e negativa para o 2-ME. Estes resultados devem ser interpretados como reações inespecíficas ou como devido a anticorpos residuais de vacinação, o que não se aplica para humanos. Além disso, a titulação apresentada foi de 1:50 na AMOSTRA 1 e de 1:100 na AMOSTRA 3. A maioria dos autores estabelece em seus estudos a titulação igual ou acima de 160 (SAT ≥ 1:160), somado aos achados clínicos para determinar casos positivos para brucelose. Nenhum médico veterinário vacinador apresentou sorologia positiva para brucelose. Palavras-chave: Defesa Sanitária Animal; Rio Grande do Sul; Brucelose, zoonose.
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AVALIAÇ ÃO DAS BOAS PRÁTIC AS DE FABRICAÇÃO REALIZAD AS EM INDÚSTRIAS COM INSPEÇÃO ESTADUAL SANTOS, C.P.; CHAVES, L.S. Secretaria Da Agricultura, Pecuária philomena@agricultura.rs.gov.br
e
Agronegócio,
Porto
Alegre/RS,
carina-
A produção de alimentos de origem animal está sempre passando por mudanças que são motivadas pelos avanços científicos do mundo globalizado. Desde a década de 50 do século XX, através da corrida espacial, recomenda-se a aplicação de programas de qualidade para garantirem a inocuidade dos alimentos. No Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em 1997 aprovou o Regulamento Técnico sobre as condições higiênico-sanitárias de Boas Práticas de Fabricação (BPF) para as indústrias produtoras de alimentos através de portaria. Esses programas, além de garantir a inocuidade dos alimentos, fazem com que as empresas passem a se responsabilizar sobre o que e como elas produzem, fato esse ratificado através do Código de Defesa do Consumidor. A Coordenadoria de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (CISPOA) da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (SEAPA) através de portaria estabeleceu o prazo de um ano para todos os estabelecimentos registrados implementarem as BPF. A implementação das BPF nos estabelecimentos registrados na CISPOA é avaliada por meio de auditorias. O presente estudo objetiva demonstrar os resultados das 12 auditorias iniciais realizadas pelo serviço oficial nas empresas registradas na CISPOA. Em cada auditoria foram avaliados os Procedimentos Operacionais Padronizados (POP). Das 12 empresas auditadas, três eram matadouros-frigoríficos, cinco fábricas de produtos cárneos e quatro fábrica de lacticínios. A avaliação de cada POP é realizada através de planilhas internas da CISPOA tanto da parte documental quanto da parte prática. As não-conformidades mais detectadas em todos os POPs foram em relação a não ter ações corretivas claras, falta de monitoramento e de registros. Em relação aos POP de higiene operacional, observou-se a falta de critério na utilização dos produtos de limpeza e sanitização. Também não existem instruções descritas sobre a diluição desses produtos. Estudos demonstram que procedimentos eficazes de higienização são significativamente efetivos na redução da carga microbiana das matériasprimas e dos utensílios assegurando a qualidade do produto final. O despreparo dos empresários e dos responsáveis técnicos ficou evidente nas auditorias das BPF. Pode-se concluir que a formação de uma equipe para controle de qualidade é fundamental na produção de alimentos seguros. Palavras-chave: Boas Práticas de Fabricação; CISPOA; Rio Grande do Sul; Inspeção Sanitária de Produtos de Origem Animal.
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PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO DA TUBERCULOSE BOVINA NO ESTADO DO PARANÁ SILVA, M. C. P.¹ ; MULLER, E. E. ²; FERREIRA, F.³; FERREIRA NETO, J. S.³; KOLODA, M.4 ; GONÇALVES, V. S. P.5 ¹. DMV, PhD student of State University of Londrina-UEL, pessoa@seab.pr.gov.br; ² DMV, PhD Titular professor, State University of Londrina-UEL , muller@uel.br, ³ DMV, PhD Associated professor, University of São Paulo,fernando@vps.fmvz.usp.br, jsoares@vps.fmvz.usp.br, 4 Agriculture and Supply of Paraná, mkkoloda@seab.pr.gov.br, 5 PhD Coordinator of the Postgraduate Program in Animal Health of the University of Brasilia, vitorspg@unb.br Trata-se de um estudo transversal com o objetivo de estimar a prevalência da tuberculose em bovinos maiores de vinte e quatro meses criados no estado do Paraná e seus possíveis fatores de risco. Devido à diversidade geográfica e climática o estado foi estratificado em sete regiões. A seleção da amostra foi feita em duas etapas, onde foram selecionadas 1.419 propriedades com criação de bovinos entre as 217.389 existentes e nelas, testados 16.045 animais dentre os 9.672.579 existentes. A prova utilizada foi a Tuberculinização Intradérmica Cervical Comparada. Os resultados de focos e de casos para o Paraná, I. C. 95% foram respectivamente 2.15% [1,31– 3,00] e 0.42% [0,04–0,81]. Para cada estrato, a quantidade de propriedades examinadas e a prevalência de focos seguida da quantidade de animais testados e a prevalência de casos, ambos com I. C. de 95% foram respectivamente: estrato 1, 217 propriedades, 3.69%[1,60–7,13] e 3.361 animais, 1,08%[0,00 – 2,59]; estrato 2, 201 propriedades 3.48%[1,41–7,04] e 3.009 animas 0.43%[0,00 – 0,87]; estrato 3, 204 propriedades 1.96%[0,54–4,94] e 2.274 animais 0.17%[0,00 – 0,40]; estrato 4, 180 propriedades 3.89%[1,58–7,85] e 2.177 animais 0.29%[0,01–0,57]; estrato 5, 200 propriedades 0%[0,00–1,83] e 1.758 animais 0%[0,00 –0,00]; estrato 6, 194 propriedades 1.03%[0,12 –3,67] e 1.224 animais 0.20% [0,00 –0,54]; estrato 7, 223 propriedades 2.24%[0,73– 5,15] e 2.242 animais 0.22%[0,01–0,43]. Os fatores de risco encontrados, associados à presença da tuberculose, foram: Tamanho de rebanho adulto (OR=2,40[1,11-5,19]), e Ordenha Mecanizada (OR=5,18[2,45-10,95]). Palavra - chave: Tuberculose Bovina, Estudo de Prevalência, Fatores de Risco, Saúde Animal.
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FISCALIZAÇÃO DE BEBIDAS N O BRASIL: DIFICULDADES E DESAFIOS VICENZI1, M.S; PERES2, A.P.; LE GUERROUE3, J.L. 1
Mestrando em Agronegócios, UnB, Brasília, marlosvicenzi@yahoo.com.br; 2Fiscal Federal Agropecuário, MAPA, Brasília; 3Professor, UnB, Brasília. A indústria de bebidas brasileira está inserida em um cenário dinâmico onde é imprescindível a utilização de métodos estruturados para a tomada de decisões relativas às políticas públicas para segurança e qualidade de alimentos. A Metodologia da Análise de Risco em Segurança de Alimentos (MARSA), atendendo ao Acordo SPS, foi concebida para auxiliar a tomada de decisão (gerenciamento de risco) concernente à segurança de alimentos, considerando a utilização de critérios científicos (avaliação de risco) e participação social dos envolvidos (comunicação de risco). Na MARSA, a fiscalização é considerada o enforcement das decisões adotadas pelos gerenciadores. As dificuldades na aplicação destas medidas reduzem o nível de proteção desejado, por isso, são consideradas fatores de risco que devem guiar o gerenciamento de risco ex ante (avaliação das opções de gerenciamento); e ex post (monitoramento e revisão). Objetivou-se com este trabalho captar as percepções dos atores envolvidos na cadeia do agronegócio de bebidas para elencar e discutir as dificuldades e desafios relacionados à fiscalização. Foi delineada uma pesquisa exploratória por meio de questionário não-estruturado aplicado a atores atuantes na produção agrícola, produção de bebidas, vigilância sanitária e defesa agropecuária. As respostas foram transcritas e analisadas qualiquantitativamente no software ALCESTE, que apresentou as respostas divididas em três classes. A primeira demonstra que as dificuldades da fiscalização decorrem da fragmentação das atuações de diversos órgãos sobre um objeto (segurança e qualidade) que deveria ser tratado de forma harmônica. Esta fragmentação impediria o fluxo adequado de informações e o estabelecimento de procedimentos para respostas rápidas e efetivas aos problemas. A nova economia institucional e a MARSA indicam a necessidade da utilização de mecanismos de coordenação inovadores, a exemplo do CQUALI, para superação destas dificuldades. A segunda classe destaca os problemas enfrentados no exercício da fiscalização: interferência política, descontinuidade na gestão e alta rotatividade de pessoal. Tais dificuldades podem ser analisadas pela teoria do agente-principal que, baseada na estrutura dos incentivos, indica a diferença entre os resultados de gestores políticos ou técnicos, bem como as variáveis para determinação dos incentivos relacionados à rotatividade. A terceira classe demonstra o potencial de aplicação da abordagem “do campo à mesa” e a necessidade da responsabilidade compartilhada. Nos discursos percebe-se o entendimento de que um problema no início da cadeia pode refletir no produto final. As manifestações desta classe relacionam-se com recuo da interferência do estado nas atividades produtivas no início da década de 1990, quando foram sancionadas as leis do SUS, SUASA e SNDC. Todas elas determinam a descentralização e coordenação público/privado, entretanto existe uma defasagem entre a praxis e a lei. Conclui-se que são necessários modelos inovadores
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para a coordenação das atividades dos diversos órgãos responsáveis pela segurança e qualidade de bebidas no Brasil, conforme já previsto em Lei. Palavras-chave: análise de risco, gerenciamento do risco, bebidas, fiscalização.
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DIFICULDADES E DESAFIOS DO SETOR PRODUTIVO DE BEBIDAS NO BRASIL NO ATENDIMENTO DE SEGURAN ÇA E QUALIDADE DOS ALIME NTOS VICENZI1, M.S.; PERES2, A.P.; LE GERROUE3, J.L. 1
Mestrando em Agronegócios, UnB, Brasília, marlosvicenzi@yahoo.com.br; 2Fiscal Federal Agropecuário, MAPA, Brasília; 3Professor, UnB, Brasília. O agronegócio de bebidas brasileiro é composto por empresas de diversos portes, o que implica em diferentes capacidades de atendimento às decisões adotadas pelos gerenciadores no âmbito da Metodologia da Análise de Risco em Segurança de Alimentos (MARSA). Decisões que possuem dificuldades de implementação por parte do setor produtivo devem ser evitadas, pois não alcançarão o grau proteção pretendido. Por isso, as dificuldades são fatores de risco a serem considerados pelo gerenciamento. Objetivou-se com este trabalho captar as percepções dos atores envolvidos na cadeia do agronegócio de bebidas para avaliar as dificuldades enfrentadas pelo setor produtivo na implementação das decisões do gerenciamento de risco. Foi delineada uma pesquisa exploratória por meio de questionário aplicado a atores atuantes na produção agrícola, produção de bebidas, vigilância sanitária e defesa agropecuária. As respostas foram transcritas e analisadas qualiquantitativamente no software ALCESTE, que apresentou as respostas divididas em quatro classes. A primeira classe indica a dificuldade no entendimento das regras estabelecidas que advêm da falta de clareza das redações, mas também da quantidade de órgãos que regulamentam o assunto, que acabam por gerar um grande número de regras. Obviamente, a dificuldade no entendimento diminui a adesão do setor produtivo às normas e pode ser considerado um fator de risco. A segunda classe complementa o entendimento da primeira, pois indica a deficiência de capacitação técnica do pessoal que atua na indústria de produção de alimentos e bebidas. Como solução é sugerida a atuação do fiscal educador, que em sua atividade deveria primeiro orientar, depois punir. Entretanto, a literatura aponta alguns óbices a esta forma de atuação. A terceira classe indica uma forte relação entre o porte da empresa e sua capacidade de atendimento das regras que objetivam a segurança e qualidade dos alimentos, sendo que as dificuldades se concentram principalmente em pequenas empresas. Como alternativa são apontados a necessidade da participação de órgãos de fomento, utilização de regulamentação por objetivos e regulamentação específica. A quarta classe reforça o entendimento de que os atores entrevistados atribuem grande importância às dificuldades relacionadas à informação. Novamente é proposto o envolvimento dos órgãos de extensão e fomento nas políticas públicas que objetivam a segurança e qualidade dos alimentos e bebidas, citando-se o exemplo do Programa Alimento Seguro (PAS/SENAI). Conclui-se que o acesso e interpretação das informações são de fundamental importância para se atingir os objetivos de segurança e qualidade dos alimentos, mas que as pequenas empresas possuem grandes dificuldades relacionadas à informação tanto devido à clareza das redações e grande número de normas publicadas, quanto à falta de capacitação técnica de pessoal. Como
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alternativa foi apontada a necessidade de participação de órgãos de fomento e extensão para o aprimoramento do sistema de controle da segurança e qualidade de bebidas. Palavras-chave: análise de Risco, gerenciamento do risco, bebidas, implementação.
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GERENCIAMENTO DE RISCO E M SEGURANÇA DE ALIMENTOS NO AGRONEGÓCIO DE BEBIDAS BRASILEIRO: A INTERAÇÃO DO GOVERNO COM O SETOR PRODUTIVO E CONSUMIDORES VICENZI1, M.S.; PERES2, A.P.; LE GUERROUE3, J.L. 1
Mestrando em Agronegócios, UnB, Brasília, marlosvicenzi@yahoo.com.br; 2Fiscal Federal Agropecuário, MAPA, Brasília; 3Professor, UnB, Brasília. A intensificação das atividades econômicas e a evolução tecnológica vivenciada pela sociedade moderna alteraram a forma como os riscos são tratados, imprimindo novos desafios a todos os envolvidos nas cadeias produtivas de alimentos e bebidas. Tendo em vista as diversas racionalidades envolvidas no estabelecimento da magnitude e consequência das causas e danos dos riscos, o sucesso das medidas adotadas pelos gerenciadores no âmbito da Metodologia da Análise de Risco em Segurança de Alimentos (MARSA) depende fundamentalmente de sua capacidade de interagir entre si, com os atores envolvidos nas cadeias produtivas e com os consumidores. Objetivou-se com este trabalho, captar as percepções dos atores envolvidos na cadeia do agronegócio de bebidas para avaliar a interação entre o governo, setor produtivo e consumidores. Foi delineada uma pesquisa exploratória por meio de questionário aplicado a atores atuantes na produção agrícola, produção de bebidas, vigilância sanitária e defesa agropecuária. As respostas foram transcritas e analisadas qualiquantitativamente no software ALCESTE, que apresentou as respostas divididas em cinco classes. A primeira e quinta classes indicam a dificuldade de interação entre o próprio governo, considerando os diversos órgãos responsáveis pela regulamentação e fiscalização do setor produtivo de bebidas, a despeito de existirem comandos legais indicando a necessidade de coordenação entre estes órgãos no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde), SUASA (Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária) e SNDC (Sistema Nacional de Defesa do Consumidor). Na segunda classe, as respostas indicaram que a atuação do governo com o setor produtivo deve ocorrer no sentido de criar um ambiente institucional favorável ao fornecimento de produtos seguros, para exercício do princípio “duty of care”. Complementarmente, percebe-se que a interação do governo com os consumidores pode ser melhorada, no sentido de favorecer um ambiente de confiança. A terceira classe indicou que as câmaras setoriais garantem a interface do governo com o setor produtivo na ótica da evolução neocorporativista, onde as soluções de conflitos são buscadas por meio das regulamentações. Entretanto, os consumidores não estariam adequadamente representados. A quarta classe indica que a defesa agropecuária depende de uma atuação conjunta entre os órgãos governamentais. Esta atuação conjunta deve ser coordenada tanto horizontalmente (defesa agropecuária, vigilância sanitária e defesa do consumidor), como verticalmente (governos federal, estaduais e municipais). Conclui-se que a interação: (1) do governo com o setor produtivo é boa e deve evoluir no sentido de proporcionar um ambiente institucional favorável ao fornecimento de produtos seguros; (2) do governo com os consumidores pode ser aprimorada para o estabelecimento de um ambiente de III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 76 de 232
confiança; e (3) entre os diversos órgãos de governo deve evoluir tanto em suas dimensões horizontal e vertical. Palavras-chave: análise de risco, gerenciamento do risco, bebidas, comunicação de risco.
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INCREMENTO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA P ASSIVA PARA P ESTE SUÍNA CLÁSSICA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL MEDEIROS A. A. R.1; VARGAS I. N.1; SANTOS D. V.1; VIDOR A. C.M.1; FAUTH E. E.2. 1 Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Porto Alegre-rs. 2 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Porto Alegre-rs. pnss@seapa.rs.gov.br, edison.fauth@agrigultura.gov.br. A Peste Suína Clássica (PSC), também conhecida como cólera dos suínos, é uma doença infecciosa suína, produzida por um vírus RNA da família Flaviviridae e gênero Pestivirus. Caracteriza-se por ser altamente transmissível, apresentando alta morbidade e mortalidade em rebanhos sensíveis. Afeta suínos de todas as idades, suídeos selvagens, tais como javalis e catetos. Em sua forma aguda, causa quadro de hemorragia generalizada. Por ser uma doença endêmica em muitos países e sua natureza trans-fronteira com alta infecciosidade, a sua reintrodução na zona livre de Peste Suína Clássica causaria severos impactos econômicos e sociais. Muitas regiões geográficas têm tido significativos avanços no controle e na erradicação da PSC, como é o caso da Europa, América Central e América do Norte. Entretanto, ainda há vastas áreas onde a doença apresenta-se de forma endêmica, constituindo um risco permanente a países e regiões livres dessa enfermidade. O Brasil conta atualmente com uma vasta região do País declarada como Livre de PSC composta pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do sul, Bahia, Sergipe, Tocantins, Rondônia e Acre (MAPA, 2011), baseada em estudos e inquéritos epidemiológicos que atestam a não circulação viral entre a população alvo destas regiões. No que diz respeito ao seu impacto econômico a enfermidade causa perdas diretas e indiretas. As perdas diretas estão associadas com morbidade, mortalidade, tratamento veterinário e custos para eliminação do foco; enquanto as indiretas relacionadas principalmente à restrição dos mercados importadores. Alguns trabalhos relatam como uma das principais dificuldades para controle da doença a subnotificação das suspeitas de ocorrência dessa enfermidade.Assim, o presente trabalho visa demonstrar o incremento das ações de vigilância passiva realizadas pelo serviço veterinário oficial do Rio Grande do Sul quanto o atendimento de suspeitas de PSC e a participação de todos os atores sociais do segmento, tendo como marco para analise a publicação da Norma Interna (NI) do MAPA N°5, publicada em 2009.Como resultado, no ano de 2009 foram recebidas 92 notificações, sendo 6 de proprietários, 74 de RTe 12 de serviço de inspeção federal(SIF). No entanto, no ano de 2010 houve um incremento significativo de 75% das notificações num total de 161, sendo 11 de proprietário, 143 de responsável técnico e 7 de SIF .Em 2011, foram recebidas 151, sendo 10 de proprietário, 110 de RT e 31de SIF. Palavras-chave: Defesa Sanitária Animal; Peste Suína Clássica; Programa Nacional de Sanidade Suína; Rio Grande do Sul. III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 78 de 232
HISTÓRICO DA HIDATIDOSE ANIMAL NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL KOHEK JÚNIOR, I; SANTOS, D.V. Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, ivokohek@agricultura.rs.gov.br; estatistica@agricultura.rs.gov.br Hidatidose é uma zoonose parasitária que acomete ovinos, bovinos, suínos e ocasionalmente o homem. É causada pela forma larval da tênia Echinococcus granulosus e nos hospedeiros se apresenta em forma de cistos. O cão é o hospedeiro definitivo, albergando o verme adulto que libera as proglotes grávidas contendo os ovos que chegam ao ambiente junto com suas fezes. Esses ovos contaminam a água, o solo, e chegam às pastagens, onde são ingeridos pelos hospedeiros intermediários (ovinos, bovinos e suínos), nos quais se formam os cistos. Os ovinos desenvolvem a maior porcentagem de cistos viáveis. O homem é um hospedeiro acidental, e se infecta ao ingerir os ovos em vegetais ou na água contaminada. Ele pode se infectar também pelo contato estreito com o cão portador. No Rio Grande do Sul essa doença ocorre de forma endêmica nos animais. A fim de verificar a evolução no controle dessa zoonose, esse trabalho visou confrontar dados das décadas de 1940-50 e das décadas de 2000-2010. Comparando os dados atuais da ocorrência da Hidatidose animal no Estado do Rio Grande do Sul com dados das décadas de 1940 até 1955, pode-se observar que não houve evolução no combate dessa enfermidade nos últimos 60 anos. De 1998 a 2008, segundo dados da Secretaria da Agricultura do RS, observou-se que as taxas desta parasitose, em achados de inspeção em estabelecimentos abatedouros sob fiscalização estadual são de 27,09% para Hidatidose ovina e de 10,80% para Hidatidose bovina. Comparando-se com os dados publicados pela Secretaria da Agricultura do RS, na década de 1950, onde foram encontrados 28,88% de ocorrência de Hidatidose ovina e 31,36% de hidatidose bovina, percebe-se que há uma manutenção dessa enfermidade animal no RS. As taxas da ocorrência de hidatidose ovina permaneceram estagnadas, enquanto reduziramse as taxas de Hidatidose Bovina, de 31,36% (dados de 1954) para 10,80% (2008), porém, considera-se que ainda são taxas altíssimas para os tempos atuais, uma vez que se possui pleno conhecimento do ciclo e da biologia desse parasita e tem-se em mãos os mais modernos fármacos para o controle desta parasitose, tanto nos cães como em humanos. Ações de combate a esta parasitose são cabíveis de se conduzir, bastando que as mesmas façam parte de um programa de Estado, contendo um bom plano de ação de Educação Sanitária, integrações entre Secretaria Estaduais da Agricultura e da Saúde e, principalmente, um trabalho estadual continuo. Palavras-chave: Defesa Sanitária Animal; Hidatidose, Echinococcus granulosus, Rio Grande do Sul.
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DETERMINAÇÃO DE RESÍDUO DE PERÓXIDO EM LEITE ADULTERADO UTILIZANDO SPOT TEST - REFLECTÂNCIA DIFUSA GUEVARA, L. C. I.; PEREIRA, L. F.; PEZZA, L.; PEZZA H. R.. Instituto de Química, Universidade Estadual Paulista - UNESP, Araraquara, SP lilian.guevara@gmail.com, lalybaby2@hotmail.com, pezza@iq.unesp.br, hrpezza@iq.unesp.br O peróxido de hidrogênio (H2O2) é largamente empregado em diversas áreas podendo-se citar controle da poluição, processos de branqueamento, na indústria de alimentos, medicamentos, dentre outras. No caso do uso na indústria de alimentos, o H2O2 tem função de agente antimicrobiano e/ou de branqueador, sendo utilizado na esterilização de equipamentos. Em 2007 a população brasileira foi surpreendida por casos de adulteração no leite bovino, ao qual era adicionado H2O2 e soda cáustica com o objetivo de aumentar a vida útil do produto. Entretanto, no Brasil a adição de H2O2 em leite é proibida. Quando adicionado em excesso o peróxido pode causar destruição das vitaminas A e E contidas no produto e da enzima lactoperoxidase, além de causar irritação gastrointestinal no ser humano. Existem métodos descritos na literatura para determinar peróxido de hidrogênio, podendo-se citar volumetria, espectrotofometria, fluorimetria, quimiluminescência, cromatografia e métodos eletroquímicos. No entanto, esses métodos apresentam algumas desvantagens como necessidade de longo tempo de preparo das amostras, falta de seletividade, utilização de reagentes caros e/ou de grande quantidade de reagentes/solventes gerando quantidades consideráveis de resíduos. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho é o desenvolvimento de um método rápido, simples, seletivo e limpo, de acordo com os princípios da Química Verde. O método desenvolvido é baseado na combinação de spot test/espectroscopia de reflectância difusa utilizando papel de filtro como suporte sólido. As medidas da reflectância difusa do produto colorido (λmáx=489 nm) formado entre o peróxido de hidrogênio e o guaiacol catalisado pela enzima peroxidase, obtida através do tecido vegetal da abobrinha, são realizadas utilizando apenas 20 µL de cada reagente. A curva analítica de AR em função da [H2O2] (mol L-1) apresentou linearidade na faixa de 9,99x104 a 4,99x10-3 mol L-1 representada por uma reta cuja equação é: AR = 0,089 + 81,3[H2O2], com R=0,998. O limite de detecção (LD) e o limite de quantificação (LQ), foram 2,69x10-4 mol L-1 e 8,96x10-4 mol L-1, respectivamente. O método proposto foi aplicado em amostras de leite adulteradas, obtendo-se resultados muito satisfatórios. Estudos de adição de padrão e recuperação para os leites tipo A, B, e C apresentaram recuperações na faixa de 90,7% a 109%, 94,4% a 107%, 90,7 a 102%, respectivamente. O método proposto é simples, rápido, seletivo, exato e preciso, não gera resíduos, além de não necessitar de pré-tratamento da amostra. CNPq e CNPQ/MAPA/SDA Edital 64/2008. Palavras-chave: Peróxido de hidrogênio, reflectância difusa, peroxidase.
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COMPLEXO TENÍASE - CISTIC ERCOSE NA ZONA RURAL DO MUNICÍPIO DE MATIAS BARBOSA - MG FERREIRA, P.S.1; PINTO, P.S.A.2; FELLIPE, A.G.3; CALDI, J. F. B.4; ACEVEDO NIETO, E.C.2; PUGA, L. C. H. P.1 Instituto Mineiro de Agropecuária 1,Juiz de Fora – MG. Universidade Federal de Viçosa 2, Viçosa – MG, Prefeitura Municipal de Visconde do Rio Branco3, Ubá – MG, Instituto Federal de Educação Tecnológica 4, Juiz de Fora – MG. Universidade Federal de Viçosa 2, Viçosa – MG. Instituto Mineiro de Agropecuária 1,Juiz de Fora – MG. psfferreira@yahoo.com.br. pintopsa@ufv.br. agroppofelippe@yahoo.com.br. jonatas.caldi@gmail.com. ecanieto@yahoo.com.br. lucianopuga@yahoo.com.br. O complexo teníase/cisticercose é uma doença de grande importância para a saúde pública e animal no qual o ser humano desempenha importante papel, albergando as formas adultas e larvares da Taenia saginata ou da Taenia solium. Os bovinos e suínos por sua vez, também podem ser hospedeiros intermediários desses parasitas. O objetivo desse estudo foi determinar o perfil epidemiológico do complexo teníase-cisticercose na zona rural de Matias Barbosa - MG. Foram realizadas coletas de sangue de bovinos e suínos em 74 e 22 propriedades rurais, respectivamente. Também foram coletadas 124 amostras de fezes da população residente nessas propriedades, para diagnosticar a teníase, não havendo nenhum indivíduo diagnosticado com a doença. Além disso, foi aplicado um questionário sobre as condições sanitárias das criações e das pessoas que co-habitavam com os animais desse estudo, dos hábitos alimentares e moradia. O diagnóstico sorológico da cisticercose animal foi realizado pelo teste de ELISA indireto e os casos suspeitos foram confirmados pelo Immunoblot. Essa pesquisa revelou a prevalência de 0,9% de bovinos com cisticercose na zona rural de Matias Barbosa. Não houve suínos positivos para cisticercose. Não foi possível estabelecer associações estatísticas entre estas variáveis e a presença de cisticercose bovina pelo baixo número de animais positivos encontrados. Dados da neurocisticercose humana diagnosticada nos hospitais também foram levantados junto ao Serviço de Saúde, não tendo sido relatado casos no período estudado. Apesar da baixa prevalência da cisticercose bovina encontrada em Matias Barbosa, é necessária a manutenção das medidas de controle do complexo teníase-cisticercose para impedir o aumento de casos da doença no município, tendo em vista que alguns fatores favoráveis ao seu aparecimento foram encontrados nesta pesquisa. Palavras – chave: Immunoblot, diagnose, Taenia saginata, Taenia solium.
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CRIAÇÃO DE UM MODELO DIGITAL DE ELEVAÇÃO PARA MEDIÇÃO DA ÁREA DE MORDEDURA DE MORCEGOS HEMATÓFAGOS PUGA, L. C. H. P.1; CAIXETA, P. R. C.2; CARNEIRO, S. R. C.2; COSTA, F. F.2; SILVA, L. C.1. 1 Departamento de Veterinária, Universidade Federal de Viçosa; 2Departamento de Engenharia Civil, Universidade Federal de Viçosa. lucianopuga@yahoo.com.br; paulo.caixeta@ufv.br, samuel.carneiro@ufv.br, felipe.fernandes@ufv.br e leanes2006@yahoo.com.br. Juiz de Fora é um município com extensa zona rural, situado na Zona da Mata Mineira, com área total de 1435Km², relevo bastante acidentado e endêmica para ocorrência da raiva nos herbívoros. Havia 20 abrigos diurnos de morcegos hematófagos cadastrados pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) até o final do ano de 2011, e sabe-se que a transmissão da raiva aos animais de produção ocorre pela mordedura desses morcegos. Os morcegos hematófagos são bastante sensíveis ao jejum prolongado e possuem dificuldade em transpor grandes distâncias e altitudes quando saem para forrageamento, devido à baixa reserva energética corporal. A Instrução Normativa 5/2002 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento prevê uma área de vigilância epidemiológica com relação à raiva em torno de 12Km a partir dos abrigos ou focos da doença. O objetivo do presente trabalho era demonstrar a criação de um modelo digital de elevação com base no raio de voo noturno dos morcegos a partir desses abrigos, correlacionando ao relevo acidentado da região. Inicialmente os abrigos foram lançados em um modelo digital de elevação no formato Aster, com células de 900m2, no software ArcGIS® versão 10.0, com raio de abrangência de vôo estimado em 5Km, e a área medida (buffer) foi de 943,3Km², representando assim 65% da área total do município incluindo o perímetro urbano. Criamos uma rotina de procedimentos para obtenção dos dados, utilizando o comando cut fill do software para retirar áreas cuja altitude a partir dos abrigos era superior a 40 metros, e tivemos como resultado a redução da área presumida de ocorrência de mordeduras em 338Km² (36% a menos). Com o uso dessa rotina, pode-se alterar tanto o raio de atuação quanto a diferença de altitude, e assim pode-se usar em outros municípios ou regiões. As propriedades rurais com herbívoros podem ser incluídas nesse modelo digital e assim melhora a visualização das áreas focais e perifocais. Por meio de um sistema de informações geográficas confiável, é possível mapear todas essas áreas e inferir dados que auxiliam no combate à raiva por meio da vacinação e do controle da população de morcegos. Concluindo, diversos trabalhos de pesquisa e atividades de campo relacionados à defesa sanitária animal podem ser aperfeiçoados com a utilização desse modelo, quando as alterações de relevo representam barreiras físicas relevantes, para aumentar a eficiência no combate à disseminação de doenças transmitidas por vetores ou mesmo pelo vento. Palavras-chave: raiva, modelo digital de elevação, mordeduras.
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DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO EM FLUXO UTILIZANDO MULTIBOMBAS PARA ANÁLISE DE RESÍDUO DE SULFONAMIDAS CATELANI, T. A.1; PEZZA, L. 1; PEZZA, H.R. 1; TÓTH, I. V.2; SANTOS, J. L. M. 2; LIMA, J. L. F. C. 2. 1 Instituto de Química, Universidade Estadual Paulista - UNESP, Araraquara, S.P. catelani@iq.unesp.br, pezza@iq.unesp.br, hrpezza@iq.unesp.br. 2 REQUINTE, Faculdade de Farmácia, Universidade do Porto, Porto, Portugal - ivtoth@ff.up.pt, joaolms@ff.up.pt, limajlfc@ff.up.pt As sulfonamidas pertencem à classe dos antimicrobianos e são extensivamente utilizadas no tratamento de infecções causadas por bactérias. Devido ao seu baixo custo e largo espectro de atividade são largamente utilizadas para fins terapêuticos e profiláticos em animais de produção e na apicultura brasileira. Quando utilizados de maneira inadequada os resíduos desses compostos podem causar problemas de saúde pública devido à sua potencial toxicidade, podendo-se citar reações alérgias em indivíduos sensíveis, distúrbios no sistema hematopoiético, efeitos carcinogênicos e aumento da resistência bacteriana. O limite máximo de resíduo (LMR) permitido para a classe das sulfonamidas pela legislação brasileira é de 100 ppb, estabelecido no Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCR) de 2008. Na literatura são encontrados diversos métodos para a determinação de sulfonamidas, sendo a maioria deles baseado em técnicas de separação cromatográficas, as quais são morosas, caras e utilizam grandes quantidades de solventes, gerando por consequência elevada quantidade de resíduos. O objetivo deste trabalho é o desenvolvimento de um método de detecção de sulfonamidas em mel que atenda aos quesitos de rapidez, simplicidade, seletividade e que seja limpo, ou seja, atenda a filosofia da Química Verde. Nesse contexto, no presente trabalho foi desenvolvido um procedimento de análise por injeção em fluxo (FIA) com detecção espectrofotométrica para a análise de sulfoquinoxalina sódica empregando uma cela de longo caminho óptico (100 cm). O método baseia-se na reação entre a sulfaquinoxalina e pdimetilaminocinamaldeído (p-DAC) produzindo um produto colorido (λmáx = 560 nm), na presença de dodecilsulfato de sódio (SDS) e ácido clorídrico diluído. Neste sistema, três microbombas solenóides foram montadas para a inserção e propulsão individual das soluções de reagente, carregador e amostra ou padrões de sulfaquinoxalina, respectivamente. O modo de amostragem binária foi empregado por apresentar melhor eficiência de mistura entre as soluções de amostra e reagente. Após a identificação dos parâmetros significativos, as variáveis envolvidas na reação foram otimizadas empregando planejamento de experimentos. A curva analítica apresentou linearidade na faixa de 10,0 a 100 ppb, com a seguinte equação: A = 0,03262 + 13,85[sulfaquinoxalina], R=0,9997. Os limites de detecção e quantificação determinados segundo a recomendação da IUPAC foram 3,15 µg L-1 e 10,5 µg L-1, respectivamente. O método proposto é rápido, não utiliza solvente, é seletivo e altamente sensível, demonstrando potencialidade para ser utilizado em procedimentos de screening e quantificação de sulfonamidas em amostras de mel. CNPq e CNPQ/MAPA/SDA Edital 64/2008. Palavras-chave: Sulfoquinoxalina, análise em fluxo, resíduos. III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 83 de 232
POSSIBILIDADE DE ESTABELECIMENTO DE OSTRINIA N UBILALIS NO BRASIL BENITO, N.P.1; NÓBREGA-SILVA, C.E.2; SILVA, M.L.1; NAVIA, D.1 1 Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília. 2 Universidade Católica de Brasília, Brasília. Ostrinia nubilalis (Lepidoptera: Pyralidae) é uma das pragas citadas na lista de pragas quarentenárias A1 editada pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Ela é uma praga de milho que está presente na Europa e Estados Unidos e causa perdas anuais da ordem de 1 bilhão de dólares apenas no Canadá e Estados Unidos. O estudo sobre a biogeografia desta espécie pode ajudar a prever a possibilidade dela ser introduzida e se estabelecer no território brasileiro. A realização de estudos de biogeografia de uma espécie tem utilizado ferramentas que trabalham com informações geoprocessadas que possibilitam cruzar informações diferentes de um mesmo ponto geográfico e confeccionar mapas da distribuição da espécie. O objetivo deste trabalho foi calcular a probabilidade de estabelecimento da O. Nubilalis no Brasil baseado no seu ciclo de vida e prever em quais regiões os prejuízos econômicos seriam maiores. Para elaboração de mapas de estabelecimento de O. nubilalis foram coletados dados de longitude e latitude dos locais de ocorrência da espécie no mundo na base de dados Global Biodiversity Information Facility (GBIF). Com estes dados o programa openModeller Desktop 1.1.0 simulou, utilizando o logaritmo GARP with best subsets – DesktopGARP implementation, prováveis nichos favoráveis para a sobrevivência desta praga no Brasil. Dados da produção agrícola de milho foram coletados da base de dados da Produção Agrícola do Município (PAM-IBGE) e utilizados para elaboração de mapas sobre a produção de milho nos municípios brasileiros, utilizando-se do programa ArcGIs Desktop. Esses dois mapas foram sobrepostos permitindo que fosse realizado cálculos estimados do provável dano máximo que a O. nubilalis poderia causar nas lavouras de milho. Devido aos caracteres biológicos da O. nubilalis e a disponibilidade da cultura de milho o ano todo em algumas regiões do Brasil, sendo produzido em média 3.391,33 kg ha-1 na safra normal de milho e 3.057 kg ha-1 na safrinha, a entrada e o estabelecimento da O. nubilalis acarretaria perdas econômicas na cadeia produtiva do milho. As análises dos mapas mostraram que a região Sul e Sudeste do Brasil são as regiões mais favoráveis para o estabelecimento de O. nubilalis e nessas regiões o milho é uma das principais fontes econômicas. Palavras-chave: praga, quarentenária, invasora, milho, biogeografia
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O PROCESSO DE ACREDITAÇÃO DO LABORATÓRIO DE QUARENTENA VEGETAL DA EMBRAPA NA NORMA AB NT ISO/IEC 17025 MAGARELLI, G.; FERNANDES, A.P.S.; POLEZ, V. L. P.; NAVIA, D.; GONZAGA, V.; BENITO, N.P. Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia – CP 02372, CEP 70770-900 Brasília, DF, Brasil. Email: norton@cenargen.embrapa.br Para o sucesso de um sistema fitossanitário e quarentenário, que integra conhecimentos multidisciplinares e inovação tecnológica, a implantação de um sistema de gestão da qualidade é importante, pois resultará na melhoria de seus processos técnicos, gerenciais e administrativos. Atualmente, o Laboratório de Quarentena Vegetal da Embrapa (LQV), com o apoio financeiro do Ministério da Agricultura, do Conselho Nacional de Pesquisa e da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (CENARGEN), passa pela implantação de um sistema de qualidade baseado na norma ABNT ISO/IEC 17025 com o objetivo de ter a acreditação do INMETRO. A metodologia adotada para o cumprimento dos requisitos gerenciais e técnicos da norma foi coordenada pelo Núcleo de Gestão da Qualidade do CENARGEN, e baseou-se na realização de diagnósticos para a determinação da situação atual, realização de eventos de sensibilização para a qualidade e estruturação e organização do sistema de qualidade. Para o cumprimento dos requisitos preconizados pela norma, as seguintes ações foram concretizadas no LQV: 1) Treinamento de todo pessoal em normas de segurança de laboratório e em qualidade; 2) Mapeamento dos processos operacionais do LQV, elaboração do plano da qualidade e realização de diagnósticos da qualidade; 3) Elaboração e revisão dos procedimentos operacionais padrão, totalizando 78 procedimentos, entre 3 gerenciais, 53 técnicos e 22 de equipamentos; 4) Realização de manutenção do 26 equipamentos críticos das unidades laboratórios; 5) Calibração de 20 pipetas, 9 balanças e 15 termômetros digitais por empresas credenciadas pela RBC/INMETRO; 6) Adequação das condições ambientais do LQV, com reforma de 2 casas de vegetação, instalação de porta de segurança e implantação do programa 5S; 7) Implantação de um programa de gestão ambiental com ações de gestão de resíduos químicos e biológicos e aquisição equipamentos de proteção individual; 8) Realização de 2 auditorias internas; 9) Validação do método de PCR na área de diagnóstico molecular de pragas. Portanto, as ações tomadas no LQV possibilitaram diminuir consideravelmente os índices de nãoconformidades registrados nas auditorias e estabelecer um sistema de gestão da qualidade, passo importante para a acreditação pelo INMETRO na norma ISO/IEC 17025. Palavras-chave: Quarentena Vegetal, Qualidade, ISO 17025
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ÁCAROS, INSETOS E PLAN TAS INFESTANTES INTERCEPTADAS PELA ESTAÇÃO QUARENTENÁRIA DE GERMOPLASMA VEGETAL DA EMBRAPA EM 2010 E 2011 BENITO, N.P.1; SILVA, M.L.1; NAVIA, D.1; SIMON, M.F.1, ROCHA, H.M.C.1 1
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília. norton@cenargen.embrapa.br
A Estação Quarentenária de Germoplasma Vegetal (EQGV) da Embrapa é a responsável pelos procedimentos legais exigidos para o intercâmbio de germoplasma vegetal no país. Nos anos de 2010 e 2011 foram analisados na EQGV 15.400 acessos de germoplasma vegetal importado. Neste período foram interceptados: 1) ácaros pertencentes às quatro principais famílias de fitófagos - Tetranychidae, Tenuipalpidae, Eriophyidae e Tarsonemidae - e às principais famílias de pragas de produtos armazenados - Acaridae e Glycyphagidae. O ácaro tarsonemídeo Steneotarsonemus furcatus De Leon, foi frequentemente detectado em milho proveniente dos EUA. Este ácaro é relatado no Brasil nas culturas de arroz e coco, sendo considerado exótico para a cultura do milho; 2) 21 espécies de insetos pertencentes às ordens Coleoptera, Hemipetra e Psocoptera. Esses insetos foram interceptados em 26 processos, sendo uma em material vegetativo, as outras em sementes, principalmente, milho e soja. As espécies que mais ocorreram foram Sitophilus zeamais, S. oryzae e Carpophilus dimidiatus todos da ordem Coleoptera; 3) cinco espécies de plantas infestantes: Digitaria sp. e Amaranthus spinosus em pimenta da China; Brassica juncea e Sonchus oleraceus em trigo da Argentina; e Portulaca oleraceae em algodão dos EUA. Nos casos possíveis, foi feito o tratamento químico do material para a erradicação das pragas, seguido de reanálise, para garantir o trânsito seguro do material introduzido. As atividades desenvolvidas na EQGV foram fundamentais para o aumento da eficiência organizacional dos programas de melhoramento da Embrapa e do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA) contribuindo para uma maior segurança biológica da agricultura brasileira. Palavras-chave: ácaros, insetos, plantas infestantes
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FITOPATÓGENOS IN TERCEPTADOS PELA ESTAÇÃO QUARENTENÁRIA DE GERMOPLASMA VE GETAL D A EMBRAPA EM 2010 E 2011 GONZAGA, V.1; MENDES, M.A.S. 1; URBEN, A.F. 1; SANCHES, M.M. 1; COSTA, D. 1; MARQUES, A.S.A. 2 1
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília. 2Embrapa Quarentena Vegetal, Brasilia.
A Estação Quarentenária de Germoplasma Vegetal Nível 1 (EQGV) da Embrapa é a responsável pelos procedimentos legais exigidos para o intercâmbio de germoplasma vegetal no país. Nos anos de 2010 e 2011 foram realizadas análises fitossanitárias em 15.400 acessos de germoplasma vegetal importado. Neste período foram detectadas: 1) duas espécies de fungos fitopatogênicos exóticos ao país: Trichoconis crotalariae em eucalipto da Austrália e Ascochyta oryzae em arroz dos EUA, e Glomerella cingulata em uva dos EUA, não relatado em folhas de videira no Brasil; 2) seis bactérias fitopatogênicas de importância econômica: Pseudomonas viridiflava em milho, Burkholderia andropogonis em milho e arroz, Acidovorax oryzae (sin.: Acidovorax avenae) em arroz, Xanthomonas translucens em trigo, e Xanthomonas axonopodis pv. glycines e Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens em soja; 3) três espécies de nematóides fitoparasitas: Aphelenchoides fragariae, Aphelenchoides subtenuis e Pratylenchus penetrans em bulbos de plantas ornamentais da Holanda; 4) uma espécie de vírus fitopatogênico: Soybean mosaic virus (SMV) em soja de diferentes procedências. Nos casos das espécies exóticas foi realizado o tratamento químico do material para a erradicação dos patógenos, seguido de re-análise, para garantir o trânsito seguro do material introduzido. As atividades desenvolvidas na EQGV foram fundamentais para o aumento da variabilidade genética nos programas de melhoramento da Embrapa e do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA) contribuindo para uma maior segurança biológica da agricultura brasileira. Palavras-chave: vírus, fungos, bactérias, nematóides
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INFOPRAGA - BANCO DE D ADOS DE PRAGAS PRESENTES E AUSENTES NO BRASIL SANCHES, M.M.; NAVIA, D. ; LOPES-DA-SILVA, M. ; PALHARES DE MELO, L.A.M. ; MENDES, M.A.S.; BENITO, N.P. Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, CP 2372, Brasilia,DF. E-mail: msanches@cenargen.embrapa.br A Estação Quarentenária Vegetal (EQV) Nível 1 da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia realiza análises fitossanitárias de material vegetal introduzido para pesquisas de melhoramento e enriquecimento de bancos de germoplasma, com o intuito de interceptar pragas que possam apresentar riscos para a produção agrícola nacional. Para a execução deste serviço é fundamental para a defesa agropecuária brasileira a documentação acerca das pragas que ocorrem no Brasil e quarentenárias para o país. No entanto, não encontramos estas informações reunidas em um único site na internet ou em uma publicação, muitos destes relatos publicados não são conhecidos devido à ausência em sistemas de busca específicos ou devido a alterações taxonômicas feitas para o organismo ao longo do tempo. A criação e manutenção de um banco de dados sobre estas pragas de interesse é uma das maneiras de facilitar e ajudar a tomada de decisão pelos órgãos ligados a defesa agropecuária. O Infopraga é um banco de dados interrelacionados que provê um ambiente de pesquisa seguro e eficaz que armazena e recupera dados de pragas ausentes e presentes no Brasil que foram compiladas da busca bibliográfica em periódicos, sites de cunho científico, resumos de congressos, anais, simpósios, teses e dissertações. O presente trabalho teve como objetivo levantar dados sobre vírus e viróides, fitoplasmas, insetos, ácaros, fungos, nematóides relatados em espécies vegetais e de plantas infestantes. No Infopraga a taxonomia das espécies foi armazenada nos níveis de Reino, Ordem, Classe, Família, Gênero, Espécie e Subespécie. Também é possível armazenar informações sobre sinonímias, nomes comuns, fotos, entre outras informações relacionadas as espécies. A estrutura do Infopraga permite guardar informações sobre a praga, seu local de ocorrência e/ou hospedeiro, danos, biologia e controle, citando a referência. O banco está sendo constantemente atualizado e contará com um sistema de busca a partir do nome científico da praga, hospedeiro e região de ocorrência. Atualmente estão disponíveis no banco de dados informações sobre 369 espécies de vírus, viróides e fitoplasmas presentes no país e 52 espécies de insetos presentes ou ausentes no país, associados a 496 espécies vegetais, pertencentes a 273 gêneros e 86 famílias de plantas. Os dados dos demais grupos de pragas, bem como a descrição detalhada e imagens de espécies de pragas estão em processo de catalogação no banco. O banco de dados estará disponível ao público na “homepage” da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. Apoio: MAPA/CNPq, Macroprogramas 2 e 3 Embrapa. Palavras-chave: Banco de dados, vírus, viróides, insetos
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IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR DE OVOS DE ÁCAROS INTERC EPTADOS NA ESTAÇÃO QUARENTENÁRIA D A EMBRAPA MENDONÇA, R.S.1; ROCHA, H.M.C. 2; NAVIA, D.1. Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília. 2Embrapa Quarentena Vegetal
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Os ácaros fitófagos representam um grupo de organismos de importância quarentenária. Há diversos exemplos de espécies inadvertidamente introduzidas em novas áreas que se desenvolveram causando impacto sócio-econômico aos agroecossistemas e ambientes naturais. Para evitar a introdução de novos ácaros-pragas no Brasil é necessário adotar medidas fitossanitárias como a interceptação e identificação específica de ácaros em material vegetal importado. Na Estação Quarentenária de Germoplasma Vegetal (EQGV) da Embrapa são realizadas análises fitossanitárias de germoplasma vegetal importado para o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária e setor privado. Há diversas dificuldades e limitações na utilização exclusiva da morfologia convencional quando se necessita uma rápida e acurada identificação de organismos interceptados. Marcadores moleculares representam uma alternativa vantajosa em defesa fitossanitária, pois possibilitam a identificação específica a partir de um único indivíduo, de qualquer sexo ou estágio de desenvolvimento. Neste trabalho, apresenta-se a metodologia e o resultado da identificação específica de ácaros fitófagos a partir de ovos interceptados em estacas de citros importadas dos EUA em julho de 2011. Durante a inspeção acarológica foram detectados ovos de ácaros com forma e coloração característicos de Tetranychidae, família de ácaros fitófagos de importância econômica e quarentenária. A identificação morfológica dos tetraniquídeos baseia-se exclusivamente em caracteres taxonômicos dos machos. Frente à impossibilidade de realizar a identificação específica do estágio detectado, recorreu-se à identificação molecular dos ovos pelo sequenciamento da região Internal Transcribed Spacers (ITS) do rDNA. Essa região tem sido utilizada porque permite a discriminação entre espécies de tetraniquídeos. A extração do DNA genômico foi realizada utilizando-se o kit DNeasy da QIAGEN para células e tecidos, seguindo protocolo estabelecido para fêmeas de tetraniquídeos. A região ITS foi amplificada com os primers 18S, InternlS, InternlSRev e 28SC e as condições de PCR adaptadas de Mendonça et al. (2011). O resultado da eletroforese para as amostras foi positivo e duas bandas bem definidas foram amplificadas no gel de agarose, com aproximadamente 600 e 1300 pares de base (pb) cada uma. Foram obtidas três sequencias (1090 pb, 522pb e 523pb) que foram comparadas com as sequencias depositadas no GenBank. O resultado da comparação indicou que os ovos interceptados são do ácaro purpúreo do citros, Panonychus citri (McGregor, 1916). A utilização de métodos moleculares para a identificação de ácaros interceptados na EQGV e em outros pontos de entrada de material vegetal no país é extremamente útil e pode prover a identificação específica mesmo quando a identificação morfológica não é possível. Financiador: Edital 064/2008 SDA/MAPA/CNPq, Embrapa Macroprograma 1. Palavras-chave: marcador molecular, diagnose, ácaro fitófago, quarentena vegetal. III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 89 de 232
POTENCIAL DE ESTABELECIMENTO DO ACARO VERMELHO DAS PALMEIRAS, RAOIELLA INDICA, NO BRASIL NAVIA, D1; NÓBREGA-SILVA, C.E.1; GONDIM JR., M.G.C.2; BENITO, N.P.1. Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília. 2Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife. 1
O ácaro vermelho das palmeiras, Raoiella indica Hirst (Tenuipalpidae), é uma praga invasora nas Américas, onde foi detectado pela primeira vez em Martinica, ilha do Caribe. Este ácaro se disseminou rapidamente por todo o Caribe e América Central e, em seguida, para a América do Norte e do Sul. Os principais hospedeiros de R. indica são coqueiro e bananeira, entretanto diversas outras palmeiras, heliconiáceas, zinbiberáceas e strelitziáceas também podem ser infestadas. As perdas ocasionadas pelo ácaro vermelho das palmeiras ultrapassam 75% em algumas regiões produtoras de coco nas Américas. Este ácaro era regulamentado como Praga Quarentenária Ausente para o Brasil até sua detecção em áreas urbanas de Boa Vista, Roraima, em julho de 2009. Além de ter sido detectada em nove municípios em Roraima, R. indica foi recentemente encontrado em Manaus, Amazonas. Considerando a importância econômica deste ácaro-praga e das suas principais culturas hospedeiras, é extremamente importante a adoção de medidas regulatórias para evitar e/ou retardar sua disseminação para áreas de produção. O estudo da biogeografia das pragas, incluindo modelagens, tem sido utilizado para predição de novos habitats que uma espécie pode colonizar. Este trabalho tem como objetivo predizer as áreas do território nacional onde R. indica apresenta maior potencial de estabelecimento e de atingir altos níveis populacionais, visando dar subsídio à adoção de medidas de mitigação. Inicialmente foi compilada a informação sobre as localidades de ocorrência de R. indica no mundo. Com a utilização do programa OpenModeller Desktop 1.1.0, modelo GARP with best subsets – DesktopGARP implementation foi construído um mapa com a probabilidade de estabelecimento de R. indica para o Brasil. O mapa foi construído comparando as condições climáticas dos locais onde R. indica ocorre com as condições climáticas do território brasileiro e, a partir disto, foi calculada sua probabilidade de estabelecimento. Essa comparação é realizada considerando fatores climáticos (temperatura média, mínima, máxima e precipitação) e altitude retirados da base WorldClim – Global Climate Date (http://www.worldclim.org). Os mapas gerados pelas análises indicam que R. indica apresenta alta probabilidade de estabelecimento em diversas regiões brasileiras até a latitude de 23° S, o que corresponde ao sul do Estado do Rio de Janeiro e Centro Norte do Estado de São Paulo. O potencial de estabelecimento do ácaro na região amazônica varia de médio a baixo, provavelmente devido à alta pluviosidade. Portanto, provavelmente nesta região as populações do ácaro não atingirão altos níveis. Entretanto, nas principais áreas de produção de coco da Região Nordeste o potencial de estabelecimento de R. indica é alto, indicando que, caso a praga se dissemine para estas áreas poderá causar sério impacto sócio-econômico. Financiador: Edital 064/2008 SDA/MAPA/CNPq. Palavras-chave: coco, áreas de risco, modelagem, impacto pragas quarentenárias. III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 90 de 232
DESENVOLVIMENTO E VALID AÇÃO DE MÉTODO PARA DETERMINAÇÃO DE SULFONAMIDAS EM RAÇÃO DE AVES E SUÍNOS LOPES, R.P1 (PG); PASSOS, E2 (PQ); FILHO, J. F. A2 (PQ); VARGAS, E.A2 (PQ); AUGUSTI, D.V2 (PQ); AUGUSTI, R1 (PQ). 1. Departamento de Química – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais. 2. Laboratório Nacional Agropecuário (LANAGRO-MG)/Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Pedro Leopoldo, Minas Gerais. O uso profilático de antimicrobianos como promotores de crescimento nas rações é praticado desde 1950, pois viabiliza a produção intensiva de alimentos. Recentemente, o uso destes compostos passou a ser visto como fator de risco à saúde humana, pois a presença de resíduos provoca efeitos adversos em humanos como choque anafilático, aumento da resistência antimicrobiana, etc. Diante disso, novas regulamentações vem sendo estabelecidas, como o banimento de qualquer antimicrobiano promotor de crescimento na produção animal pela União Europeia. Desta forma, este trabalho objetiva desenvolver e validar um método de análise quantitativa de 13 sulfonamidas (sulfacloropiridazina, sulfadiazina, sulfadimetoxina, sulfadoxina, sulfaguanidina, sulfamerazina, sulfametazina, sulfametoxazol, sulfametoxipiridazina, sulfanilamida, sulfaquinoxalina, sulfatiazol e sulfisoxazol) em rações de aves e suínos baseada no método QuEChERS (Quick, Easy, Cheap, Effective, Ruged and Safe) modificado e análise por CLAE-EM/EM. Inicialmente as condições instrumentais foram otimizadas. Posteriormente, um planejamento fatorial 23 foi conduzido para verificar o efeito de três variáveis na resposta analítica: (1) composição da solução extratora: (-) acetonitrila e (+) acetonitrila:metanol (75:25, v/v); (2) tempo de agitação na etapa de extração: (-) 20 e (+) 40 min e (3) massa de PSA (amina primária e secundária): (-) 100 e (+) 200 mg. Resultados indicaram que a recuperação, para a maioria das sulfonamidas, era favorecida quando se usava acetonitrila:metanol (75:25, v/v), agitação de 20 min e 200 mg de PSA. A extração otimizada consistiu na adição de 10,0 mL de água Milli Q em 5,0 g de ração. Depois de o sistema permanecer em repouso por 10 min, a solução extratora foi adicionada e o sistema agitado por 20 min. Sais anidros de MgSO4 e NaAc foram adicionados e o sistema agitado por mais 20 min e centrifugado. Uma alíquota do sobrenadante foi submetida a uma etapa de limpeza com PSA e o extrato injetado no CLAE-EM/EM. O método foi validado de acordo com a Decisão 2002/657/CE. A veracidade, repetitividade e precisão intermediária do método foram avaliadas através de ensaios de recuperação em três níveis: 25,0; 50,0 e 75,0 μg.kg-1, sendo que as recuperações permaneceram entre 70-120% e coeficientes de variação foram inferiores a 20 e 32%, respectivamente. Os limites de detecção e quantificação foram inferiores a 4,2 e 7,1 μg.kg1, respectivamente. Os limites de decisão (CCα) e capacidade de detecção (CCβ) do método apresentaram variação máxima de 5,8 e 11,8%, respectivamente. A incerteza expandida do método foi inferior a 30%, exceto para sulfisoxazol (32,6% em 75,0 μg.kg-1). O método validado III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 91 de 232
foi aplicado para a determinação de sulfonamidas em dez amostras reais obtidas em Minas Gerais. Uma amostra apresentou resultado positivo para sulfametazina (concentração inferior ao LQ). Diante destes resultados, pode-se concluir que o método pode ser satisfatoriamente utilizado para determinação de sulfonamidas em rações de aves e suínos.
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EXPERIÊNCIA BEM SUCEDIDA NO ENSINO DE DSA: PARCERIA UNESP/JABOTICABAL/SP E CDA/SP BÜRGER, K. P.1; CARVALHO, A. A. B.1; BUCHALA, F. G.2; OLIVEIRA, L. G.2 1
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, UNESP, Jaboticabal/SP; Coordenadoria de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo email para correspondência: karinaburger@fcav.unesp.br 2
Defesa Sanitária Animal (DSA) é a ação organizada visando à proteção de animais e rebanhos contra a introdução de doenças, o controle das doenças já existentes e a sua erradicação. O Médico Veterinário é um profissional que exerce papel de grande relevância nesse cenário, sendo que seus conhecimentos permitem que ele atue não só na produção de proteína animal para o abastecimento do mercado interno e externo, mas também no planejamento e execução das atividades relacionadas à defesa sanitária animal. A ampliação do papel desenvolvido por esse profissional na referida área está condicionada ao aumento e qualidade de informações concernentes a esses assuntos nas matrizes curriculares dos cursos de graduação em Medicina Veterinária, incluindo a legislação em vigor. O presente trabalho teve como objetivo relatar a experiência bem sucedida da parceria entre a Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, UNESP, Câmpus de Jaboticabal/SP e a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo. Considerando a enorme importância da integração Universidade/Campo e, particularmente, Curso de Medicina Veterinária/Serviço de Defesa Sanitária Animal, há onze anos a Disciplina Defesa Sanitária Animal é oferecida aos alunos do 9º período do curso de graduação em Medicina Veterinária da FCAV, UNESP, Jaboticabal/SP com total apoio e participação dos médicos veterinários da CDA. A disciplina aborda todos os programas oficiais de controle de sanidade animal e as aulas são ministradas pelos respectivos gerentes dos programas no Estado. A colaboração de profissionais técnicos competentes e especialistas na área é fundamental para a formação dos alunos, pois fornecem, com sua experiência, uma base sólida que permite que aos egressos atuarem com segurança no campo e participarem com sucesso dos concursos públicos na área de DSA. O resultado dessa integração pode ser conferido pelo número de alunos desta Instituição de Ensino que passaram em concursos promovidos pelas Secretarias de Agricultura dos Estados e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, nos últimos anos, e que vêm desempenhando suas funções com muita competência. Palavras-chave: sanidade animal, programas sanitários, ensino superior, disciplina.
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QUALIDADE MICROBIOLÓGIC A E FÍSICO-QUÍMICA DE LEITE E DERIVADOS REGISTRADOS NO SERVIÇO D E INSPEÇÃO ESTADUAL (S.I.E/MA) BRITO-SILVA, A.; CARVALHO, A.L.; TRINTA, J.L.; MORAIS, D.L.; BORGES, M.L.G.; LIMA, A.O.P. 1 Instituto Oswaldo Cruz/Laboratório Central de Saúde Publica (IOC/LACEN), 2 Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGED/MA), São Luis-MA. lacenmara@yahoo.com.br, aged@aged.ma.gov.br O leite representa a base alimentar de todas as gerações e camadas sociais pela sua riqueza nutricional e requer uma condição higiênico-sanitária satisfatória. O Serviço de Inspeção Estadual (S.I.E/MA) objetiva assegurar a saúde da população garantindo a inocuidade dos alimentos e assume um papel importante na qualidade dos produtos de origem animal através de fiscalizações higiênico-sanitárias e tecnológicas nos estabelecimentos registrados onde estabelece normas para o funcionamento destes. Este trabalho teve por objetivo monitorar e verificar através de ação fiscal a qualidade higiênico-sanitária por meio de coleta de amostras nos estabelecimentos registrados no S.I.E./MA. Com auxílio dos inspetores regionais da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGED/MA), foram coletadas de 13 laticínios registrados 16 amostras de leite pasteurizado, 25 iogurtes, 13 queijos (mussarela, coalho, minas frescal e ricota), 3 doces de leite (em pedaços e pastoso), 3 bebidas lácteas, além de 13 amostras de água para consumo humano realizadas no ano de 2011. As amostras foram transportadas para o Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN/MA) sob refrigeração para análises microbiológicas e físico-químicas. Entre as 60 amostras de produtos lácteos analisadas, 17 (28,33%) estavam fora do padrão exigido na legislação vigente. Os resultados das análises microbiológicas evidenciaram que das 16 amostras de leite analisadas, 3 amostras (18,75%) apresentaram contagem de coliformes a 35°C/mL acima do limite máximo, assim como 3 (18,75%) para contagem de coliformes a 45°C/mL e 2 (12,5%) para contagem padrão em placas. Dos 25 iogurtes analisados, 2 amostras (8%) apresentaram contagem de coliformes a 45°C/mL acima do limite permitido pela legislação vigente. Nas amostras de queijos, 2 (15,38%) foram insatisfatórias para contagem de coliforme a 45°C/mL. Os doces de leite e bebidas lácteas foram todas satisfatórias nos ensaios microbiológicos. Os resultados das análises físico-química evidenciaram que das 16 amostras de leite analisadas, 3 (18,75%) apresentaram resultado insatisfatório na determinação de gordura. Nos iogurtes, 5 (20%) amostras apresentaram resultados insatisfatório na determinação de matéria gorda. Nos queijos, 1(7,69%) amostra apresentou umidade insatisfatória e 1(7,69%) amostra insatisfatória para determinação de matéria gorda em extrato seco. No doce de leite, 2(66,6%) amostras apresentaram umidade insatisfatória. Todas as amostras de água estavam dentro do padrão para ensaios microbiológicos (coliformes totais e coliformes termotolerantes) e físico-químicos (odor, dureza, turbidez, cloreto e cor aparente). Os resultados das análises microbiológicas foram classificados como satisfatório ou insatisfatório de acordo com a Portaria n° 518/2001/MS. Os resultados sugerem que as condições higiênicas existentes na maioria dos estabelecimentos registrados são III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 94 de 232
adequadas, o que reflete em uma proporção relativamente alta de produtos com qualidade microbiológica e físico-química satisfatória e apta para o consumo. Palavras-chave: qualidade, produtos lácteos, inspeção.
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QUALIDADE DE ATUNS E AFINS DESTINADOS À EXPORTAÇ ÃO E AO MERCADO INTERNO BRASILEIRO N O AN O DE 2011 EVANGELISTA, W.P.; SILVA, M.R.C.; GLORIA, M.B.A. Laboratório de Bioquímica de Alimentos, Faculdade de Farmácia, Universidade Federal de Minas Gerais – CEP. 31.270-901, Belo Horizonte, MG. E-mail: mbeatriz@ufmg.br A histamina é uma amina biogênica que pode ser considerada um bom indicador da deterioração de atuns e afins. Concentrações elevadas destas substâncias nos músculos podem indicar que os peixes foram manuseados em condições higiênico sanitárias ou em temperaturas inadequadas. Além disto, podem causar efeitos adversos a saúde humana após sua ingestão. Para a importação de pescado, a União Européia exige certificado de análise com os teores de histamina em atuns e afins. A aprovação do lote ocorrerá apenas quando nenhuma amostra ultrapassar o limite máximo de 200 mg/kg ou quando até duas amostras atingirem teores entre 100 e 200 mg/kg de histamina. Estudos recentes indicaram que o pescado tipo exportação é de excelente qualidade. Entretanto, surtos de intoxicação histamínica têm sido relatados no Brasil e no mundo. São raros os estudos sobre a qualidade de atuns e afins destinados à exportação e também aqueles destinados ao mercado interno. O objetivo deste trabalho foi investigar a qualidade de atuns e afins destinados à exportação e aqueles destinados ao mercado interno, capturados por embarcações de pequeno e médio porte, com base nos teores de histamina. Para a realização deste experimento foram utilizadas 30 amostras de peixes da família Scombridae (atuns e afins) destinadas ao mercado interno brasileiro e 126 amostras de atuns destinadas à exportação. Todas as amostras foram coletadas e analisadas no ano de 2011. A histamina foi extraída do pescado com ácido tricloroacético (5%) e analisada por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE)-par iônico, com derivação pós-coluna com o-ftalaldeido e detecção fluorimétrica. A confirmação da presença da histamina foi realizada por co-eluição com padrão e quantificada por interpolação em curva analítica. Não foi detectada a presença de histamina em nenhuma das amostras destinadas ao mercado interno. Das 126 amostras destinadas à exportação a histamina foi detectada em apenas 22 (17,46%). Os teores de histamina encontrados nestas amostras variaram de 0,74 a 6,85 mg/kg, valores estes dentro dos limites estabelecidos pela legislação européia. Estes resultados qualificam o atum brasileiro destinado ao mercado interno e ao mercado externo como de boa qualidade. Palavras chave: Pescado, histamina, qualidade, Scombridae. Apoio: Fapemig, LBqA, UFMG, Finep.
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ANÁLISE DE CLORANFENICOL EM MEL POR CL-EM/EM ETTE, P. A. S.; GUIDI, L. R.; EVANGELISTA, W. P.; GLÓRIA, M. B. A. Laboratório de Bioquímica de Alimentos, Faculdade de Farmácia, Universidade Federal de Minas Gerais, Av. Antônio Carlos, 6627, Cep 31270-901, Belo Horizonte, MG. E-mail: mbeatriz@ufmg.br. As abelhas estão sujeitas a uma série de doenças que podem afetar a colméia. Até meados da década de 1940, a forma mais utilizada para controlar a dispersão de doenças na apicultura era queimar as colméias e utensílios de madeira e ferver outros materiais utilizados nos apiários e entrepostos. Após 1940, os antibióticos passaram a ser utilizados na apicultura e, desde então, diversos antibióticos são utilizados pelos apicultores para prevenir e combater as doenças em abelhas. O cloranfenicol (CAP) é um antibiótico de amplo espectro, o que o torna eficaz no tratamento de várias doenças infecciosas. No entanto, no Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) proibiu a utilização do CAP na prática veterinária, em detrimento ao risco à saúde pública que a presença de resíduos nos alimentos oriundos de animais tratados pode constituir. Apesar disso, esta droga ainda é utilizada de forma ilícita na agricultura animal por causa de seu fácil acesso e baixo custo. Desta forma, a qualidade do mel deve ser monitorada por métodos altamente sensíveis. O objetivo deste trabalho foi avaliar a presença de resíduos de cloranfenicol em amostras de mel do mercado consumidor de Belo Horizonte/MG. As amostras de mel foram preparadas por dissolução de 1,0 g de amostra em 1,0 mL de água, seguida de extração com 4,0 mL de acetato de etila sob agitação em vortex por 1 min. Uma alíquota de 1,0 mL do extrato orgânico foi seca sob fluxo de N2 e os resíduos foram dissolvidos com 1,0 mL de CH3OH/H2O (50%, v/v) para injeção no cromatógrafo líquido de alta eficiência com detecção por espectrometria de massas sequencial (CL-EM/EM). O antibiótico cloranfenicol não foi encontrado nas 12 amostras de méis analisadas. Os limites de detecção e quantificação teóricos foram iguais a 0,0053 e 0,0188 µg/Kg, respectivamente. Embora não tenham sido encontradas amostras de méis contaminadas com este composto, existe a necessidade de avaliar um maior número de amostras para garantir a qualidade do mel e, consequentemente, a saúde dos consumidores. Palavras chave: cloranfenicol, mel, espectrometria de massas. Apoio: Finep; LBqA, UFMG.
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CONTRIBUIÇÕES DO USO DE FERRAMENTAS SOCIAIS NO SERVIÇO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO LIMA, Z.M.B.1; TCATCHENCO, J. 2. 1 zelia@cda.sp.gov.br, 2 jairo@cda.sp.gov.br, Coordenadoria de Defesa Agropecuária, Campinas. Trata-se de relato sobre o uso de ferramentas colaborativas no serviço de defesa agropecuária do Estado de São Paulo, precisamente na Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento. A oportunidade de usar ferramentas sociais surge da institucionalização da política de Gestão do Conhecimento e Inovação do Estado de São Paulo em janeiro de 2009. Em contrapartida, neste mesmo ano, em pesquisa realizada pela CDA denominada Pesquisa de Percepção da Imagem da CDA, o público interno levantou, entre outras, questões sobre gestão do conhecimento, inovação e comunicação interna. Optouse pela ferramenta de rede social, pois espera-se que participação ativa dos servidores da CDA neste ambiente possibilite que as informações e inovações, antes circunscritas a uma unidade ou pessoa, possam ser compartilhadas por toda a organização, aumentando assim a inteligência da instituição como um todo. Partiu-se da ideia de fazer com que a rede funcione como uma intranet e, em razão disto, é de uso restrito e moderada. Para a sua implementação foi proposto o Projeto "rede CDA" pelo engenheiro agrônomo Jairo Tcatchenco, representante da CDA junto ao Grupo de Apoio Técnico à Inovação (da Secretaria de Gestão Pública do Estado de São Paulo). A proposta de utilizar a plataforma “ning” surgiu após observar a adesão de funcionários da CDA na rede RIT DA, criada para o Projeto “Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária”, coordenado pelo prof. Evaldo F. Vilela e fomentado pelo Fundo Setorial para o Agronegócio e pelo CNPq. A metodologia adotada incluiu a criação de uma rede para aprendizado do grupo de fomento do processo de construção e administração. Realizou-se a divulgação massiva sobre a implantação da ferramenta, a criação da rede definitiva e o envio de convites para todos os servidores. A rede foi aberta em 26 de abril de 2010 e atualmente conta com 359 membros (mais de 30% do total de funcionários) e 47 grupos de discussão. Os grupos criados não se fixam exclusivamente nas áreas de atuação consolidada, mas se expandem para o conceito de defesa agropecuária e, nem tampouco somente no campo técnico. Estes resultados são animadores, donde concluímos, ao menos empiricamente, que a pretensão inicial está em processo de consolidação. Palavras-chave: inovação, gestão do conhecimento, comunicação organizacional.
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QUECHERS FOR ANALYSIS OF ORGANOCHLORINE PESTICIDES RESIDUES IN QUINOA (CHENOPODIUM QUINOA WILLD) WITH GC-µECD VILCA.F.Z & TORNISIELO V.L. Center of Nuclear Energy in Agriculture CENA. University of Sao Paulo. Av. Centenario 303 CEP 13400-970, PO Box 96. Piracicaba Sao Paulo Brazil. franz-cena-usp@hotmail.com Organochlorine pesticides (OCPs) were used intensively in recent decades against vegetal pests and vector-borne diseases. Due their lipophilic properties of these compounds have contaminated the environment and food chain. The consume of this products at low concentration dose potential hazards to human health in long term. The QuEChERS method was approach and used for the determination of twelve organochlorine pesticides (α- BHC, β - BHC, heptachlor, dicofol, endosulfan lacton, OP´ DDD, α - endosulfan, OP´DDE, PP´DDE, β endosulfan, PP´DDD, endosulfan sulfate) residues in Quinoa samples of the harvest 2010-2011 from Puno-Peru. A total of 37 samples, coming from: organic, transitional and conventional production systems were analyzed. The method involved extraction with ethyl acetate, solid– liquid partition with MgSO4 and CH3COONa followed by dSPE clean up with PSA sorbent. Analyses were carried out with GC–µECD equipment. A 30m HP-5 x 0.32mm x 0.25 µm column was used. The method was validated using a quinoa sample without pesticides residues used as blank, spiked at 0.01 and 0.1 mg kg-1; the average recovery by the method varied from 61.4 to 121.3% with RSD% < 19%. The method showed linearity r2 ≥ 0,99 and the LOQ ranged from 0,001 to 0,01 mg kg-1. In this work, a useful and fast method for identification and quantification of organochlorine pesticides was optimized using a GC-µECD system, validated by means of a targeted GC approach, and used for the direct analysis of quinoa samples after selection of the best conditions for that. It could be concluded that GC-µECD is an attractive alternative to determine organochlorine pesticides in quinoa. The results obtained indicate that this method is very sensitive (LOQ of 0.001 mg kg-1 was the lowest value) and has no matrix effect. There is contamination by the pesticides: β BHC, dicofol, OP´DDE, PP´DDE, PP´ DDD and Endosulfansulfate in the quinoa samples, being that β BHC and Endosulfansulfate were the most founded. Two samples exceed the European MRLs for the compounds dicofol and PP´DDD. However, periodic monitoring pesticides residues should be instituted for obtain information of the quantity of residues of these pesticides in the quinoa grains. Keywords: Andean grains; Multi-residue; Validation, Pesticides.
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MANEJO INTEGRADO DE ALE UROCANTHUS WOGLUMI EM BOM JARDIM, PE MAIA, W.J.M.S.1; DUARTE, M.A.2; SILVA, D.M.P.3; BARBOSA, D.S.3; CHALEGRE, A.C.A.2; SANTOS, L.C.2. 1Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém-PA, wilson.maia@ufra.edu.br. 2Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco, Limoeiro-PE, marcosduarte1959@hotmail.com. 3Instituto Agronômico de Pernambuco, Recife-PE, deisemps@hotmail.com, democrito.barbosa@ipa.br. A mosca-negra dos citros, Aleurocanthus woglumi Ashby (1915) (Hemiptera: Aleyrodidae), é uma praga quarentenária A2 ausente em apenas oito Estados da Federação. Com rápida disseminação e adaptação nas regiões brasileiras, este aleirodídeo se tornou uma importante praga, reduzindo a produção em até 90%. A entomofauna de seus inimigos naturais, já descrita, exerce papel importante no seu controle biológico natural. Predadores Neuroptera e Coleoptera, além de dois parasitóides, são, comprovadamente, excelentes ferramentas para o controle biológico aplicado. Quando em alta densidade populacional, se utiliza o controle químico como tática inicial. Objetivou-se controlar A. woglumi por meios integrados, químico e biológico aplicado inundativo, e calcular a produção antes e após estas medidas. Em área de 2,0 ha, coordenadas S 07°44’54.2” e W 35°29’16.7”, localizada em Bom Jardim, PE, pulverizou-se, com o inseticida PROVADO© 200 (SC), plantas com idade superior a 10 anos e com alta densidade populacional, acima de 75 ninfas/folha, em 22/10/2010. Após a ação química, liberou-se 87.000 ovos de Ceraeochrysa everes (Banks) (Neuroptera: Chrysopidae), próximos à eclosão, em três etapas: 13, 19 e 33 dias após a pulverização. Realizaram-se seis avaliações populacionais de C. everes e A. woglumi, visando dimensionar o controle biológico. Doze dias após a primeira liberação de predadores observou-se uma redução significativa, abaixo de 30 ninfas/folha. Observou-se a presença de C. everes (adultos, larvas e posturas) em quantidade considerável, 20 dias após a primeira liberação, comprovando o efeito dos controles químico e biológico aplicado, e a manutenção do predador na área. Tomando como base a densidade de 75 ninfas/folha, e a redução para cerca de 30, observou-se 60% de redução na densidade populacional do aleirodídeo. Antes destas medidas de controle, a produção de limão sofreu redução de cerca de 60%, pois, necessitava-se 500 frutos para encher uma caixa-padrão para a citricultura e, pós-medidas, 300 frutos foram suficientes. Após a 6a avaliação, o predador manteve-se na área, dando continuidade ao processo de controle. As ações integradas demonstraram alto poder de redução populacional, rebaixando-a do status de praga. O controle biológico de Aleurocanthus woglumi por meio do bixo-lixeiro, Ceraeochrysa everes, aliado ao químico, demonstrou ser eficiente nas condições estudadas. Palavras-chave: Mosca-negra dos citros, controle químico e biológico, Ceraeochrysa spp., bicho lixeiro.
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TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA: UFRA – IPA/RECIFE, PE MAIA, W.J.M.S.1; SILVA, D.M.P.2; ISHIDA, E.T.1; MAIA, T.J.A.F.1. 1Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém-PA, wilson.maia@ufra.edu.br. ishidatakashi@hotmail.com terezinha.maia@ufra.edu.br 2Instituto Agronômico de Pernambuco, Recife-PE, deisemps@hotmail.com A mosca-negra dos citros, Aleurocanthus woglumi Ashby (1915) (Hemiptera: Aleyrodidae), é uma praga quarentenária A2, cuja entomofauna de inimigos naturais se encontra identificada e estudada na Amazônia Paraense. Parasitóides afelinídeos, Encarsia sp. e Cales noacki (Howard), o coccinelídeo Delphastus pusillus, predadores Neuroptera, Ceraeochrysa everes e Ceraeochrysa caligata, foram identificados e criados em larga escala no Laboratório de Bioecologia de Insetos (LABIN), do Instituto de Ciências Agrárias, da UFRA, Belém, PA. Objetivou-se identificar parasitoides e predadores mais eficientes, frequentes e abundantes no Pará, transferir tecnologia de criação massal para o IPA, Recife, visando o controle biológico aplicado de Aleurocanthus woglumi. Entre predadores destacaram-se Ceraeochrysa everes, C. caligata, Leucochrysa amazônica e D. pusillus, com C. noacki o parasitoide mais eficiente sob alta infestação da mosca-negra dos citros. Foram seis etapas, onde selecionou-se a citricultura, C. everes e C. caligata, etapa (1); criou-se estes predadores, em pequena escala para pesquisas básicas, etapa (2); construiu-se um laboratório adequado, etapa (3); implantou-se um sistemapiloto de produção massal, etapa (4); procedeu-se análises de custo-benefício (comercialização, legislação forte e controle de qualidade), etapa (5); e se transferiu tecnologia ao usuário, etapa (6). Para se produzir predadores Neuroptera em larga escala, foram 5 etapas até a obtenção de adultos, concomitantemente a produção de alimento alternativo, ovos do piralídeo Anagasta kuehniella. A produção diária de 25g de ovos de A. kuehniella já está consolidada, com perspectiva de 100g diárias para meados de 2012. Tanto C. everes quanto C. caligata estão sendo criadas em larga escala no Laboratório de Entomologia – CRISOBIOL, no IPA, em Recife. Os custos de produção, para lotes de 1.000 ovos de C. everes está em torno de US$ 10,00, ou R$ 18,00 (1 US$ = R$ 1,870). Considerando-se a produção diária de 20 ovos/fêmea/gaiola vs. 25♀/gaiola, obtêm-se, diariamente, 500 ovos, ou 50.000 ovos em 100 gaiolas. A produção atual, já disponível, é de 40.000 ovos/dia, porém com a perspectiva de se alcançar 100.000/dia em agosto de 2012. A joaninha D. pusillus e o parasitoide Cales noacki são de interesse da Biofábrica CRISOBIOL, pela especificidade e eficiência demonstrada por ambos. Resultados de liberação em campo citrícola em Limoeiro, PE, demonstraram a eficiência dos bichos-lixeiros Ceraeochrysa everes e C. caligata, na predação de A. woglumi, e, a facilidade de produzi-los em larga escala, os tornam importante ferramenta para o manejo integrado da mosca-negra dos citros, pois são de ocorrência natural na citricultura brasileira, portanto, não foram introduzidos. Palavras-chave: Biofábrica, Ceraeochrysa spp., inimigos naturais, Aleurocanthus woglumi.
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CERTIFICAÇÃO DE PROPRIEDADES LIVRE DE BRUCELOSE E TUBERCULOSE NA BAHIA – RELATO DE CASO BATISTA, M.1; AVILA, L.2; PEDRA, R.³; SAMPAIO, C.4 1, 2,3,4
Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, Salvador. marcio.batista@adab.ba.gov.br, 2luciana.avila@adab.ba.gov.br, ³riva.pedra@adab.ba.gov.br, 4 camilasampaiocss@gmail.com 1
A certificação de propriedade livre representa uma das principais estratégias de atuação do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT), se caracteriza por ser de caráter voluntário e ter o envolvimento do Médico Veterinário Habilitado em todo o seu processo. O objetivo deste trabalho é descrever o processo de certificação no estado da Bahia. O relato foi descrito a partir das atividades realizadas pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) e dos requerimentos de adesão do produtor rural para o processo de certificação, de acordo com as práticas do PNCEBT. Primeiramente foram desenvolvidas ações de educação sanitária: reuniões, palestras e seminários em conjunto com entidades parceiras, tais como: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e prefeituras municipais, gerando interesse por parte dos produtores rurais da região de Irecê em aderirem ao processo de certificação. Em 2009, após a realização dos testes de diagnósticos obrigatórios para saneamento da propriedade conforme o descrito na Instrução Normativa SDA nº 06, de 08 de janeiro de 2004, ocorreram às primeiras oito certificações de propriedades no município de Uibaí, em sua maioria com aptidão leiteira. Em 2011, mais nove propriedades foram certificadas, sendo duas em Uibaí e outras sete distribuídas em outros municípios na região de Irecê, totalizando atualmente 16 propriedades certificadas na Bahia com um rebanho de 294 bovinos e ocupando o terceiro lugar no ranking nacional em número de propriedades certificadas. Durante o processo foi observado que essa experiência positiva desenvolvida na região estimulou a adesão de outros criadores ao processo, bem como a diferenciação e a agregação de valor ao produto final e o trânsito para saída dos animais da propriedade sem obrigatoriedade de exames. Pode-se concluir que o envolvimento da cadeia produtiva do leite proporcionando a criação de incentivos e compensação ao produtor rural contribuirá diretamente em uma maior adesão ao processo de certificação de propriedades e que a baixa prevalência de Brucelose e Tuberculose encontradas no estado, principalmente na regional de Irecê, aponta para adoção de medidas estratégicas de controle e erradicação das enfermidades no estado, como a certificação em massa de propriedades livres para tuberculose e brucelose. Palavra-Chave: Certificação de Propriedades. Brucelose. Tuberculose. Bahia.
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CONHECIMENTO DOS MANIPULADORES DE ALIMENTOS SOBRE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E HÁBITOS DE HIGIENE. SANTOS, E. S. da P¹; PEREIRA, E. C. C.²; BARRETO, A. C.³ ¹Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, Santo Antonio de Jesus-BA, emilepaz@yahoo.com.br; ²Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas-BA, ellainecerqueira@yahoo.com.br; ³Agência Goiana de Defesa Agropecuária, Goiânia-GO, arlete.barreto@agrodefesa.go.gov.br. Com o uso incorreto dos agrotóxicos, a produção agrícola tem contribuído de forma efetiva para a contaminação das águas tanto em nível superficial como subterrânea e do solo, se constituindo uma fonte de degradação do meio ambiente. O uso indiscriminado de agrotóxicos vem causando sérios danos à saúde humana e ao meio ambiente. Foram observados casos de mau uso de agrotóxicos onde os agricultores, na maioria das vezes, não respeitam o período de carência dos mesmos e empregam produtos não específicos para uma determinada praga e/ou cultura. O Brasil é considerado como um potencial agrícola, e este fator sempre foi apontado como um estimulante para o desenvolvimento de forte indústria local de defensivos químicos para lavouras. Assim o Receituário Agronômico tem como função orientar o uso racional de agrotóxicos e o diagnóstico é pré-requisito essencial para a prescrição da receita. O objetivo desse trabalho foi realizar o levantamento de produtos agrotóxicos comercializados no município de Santo Antonio de Jesus – BA, através da averiguação dos receituários agronômicos emitidos pelas revendas e enviados a Gerência da ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia) de Santo Antonio de Jesus. Foram utilizados os 429 Receituários Agronômicos emitidos pelas revendas de agrotóxicos do município de Santo Antonio de Jesus durante o ano de 2010. Foram listados todos os agrotóxicos comercializados para as propriedades da região, selecionando os 14 produtos com mais frequência de comercialização que são eles: Roundup original, Tordon, Galop, Glifosato 480, Vertimec, Gliz 480, Agritoato 400, Tucson, Decis, Lannat BR, Padron, Gli-Up 480, Shadow, Trop. Quanto a classe de agrotóxico, a mais comercializada foi herbicida com 68,07%, seguido de acaricida/inseticida, com 3,73% e por último a de inseticida, com 2,56%. Dentre os herbicidas, o glifosato foi o princípio ativo mais comercializado. A maior quantidade de Receituários Agronômicos emitidos foi para tratamento de ervas daninhas em Pastagens e Citros. Palavras-chave: Defensivo agrícola; Receituário Agronômico; Comercialização.
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PROJETO SANITARISTA MIRIM PARA O MUNICÍPIO DE PRESIDENTE EPITÁCIO, SP SGUAREZI, C.N.1; GUIDO, M.C.1; LEZIER, D.H.1; MACHADO, J.P.M. 1; PIRES, A.J. 1; TOZZE Jr., H.J.1. 1 Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo, Campinas, cleonice@cda.sp.gov.br; mcguido@cda.sp.gov.br; dorca@cda.sp.gov.br; marquezini@cda.sp.gov.br; andreia.pires@cda.sp.gov.br; hugo@cda.sp.gov.br; A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, responsável pelos programas de Defesa Sanitária Vegetal e Animal, está iniciando projetos de Educação Sanitária. Segundo o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA), a Educação Sanitária é atividade estratégica e instrumento de Defesa Agropecuária, se caracteriza por ser um processo ativo e contínuo de utilização de meios, métodos e técnicas capazes de educar e desenvolver consciência crítica no público alvo, visando promover, por via educativa, a sanidade, inocuidade e qualidade dos produtos agropecuários brasileiros e seus derivados. Bem orientados, os estudantes de hoje poderão se tornar importantes aliados para o desenvolvimento rural sustentável de amanhã e para aumentar a segurança alimentar da população. O projeto tem como objetivo, disponibilizar informações sanitárias agropecuárias para promover mudanças cognitivas nos alunos do ensino fundamental, proporcionando novos comportamentos principalmente no que se refere à sanidade animal e vegetal, preservação ambiental e segurança alimentar. O projeto Sanitarista Mirim é um projeto piloto, portanto foi escolhido inicialmente somente o município de Presidente Epitácio-SP que pertence ao Escritório de Defesa Agropecuária (EDA) de Presidente Venceslau-SP. As atividades serão executadas durante o ano de 2012 pela CDA em conjunto com a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria Municipal de Educação. Serão contemplados cerca de 90 alunos do 4º ano, e formuladas apostilas técnicas aos professores e de acompanhamento aos alunos, com auxílio da coordenadora pedagógica municipal. O conteúdo da apostila será composto pelos itens: sanidade vegetal, sanidade animal, segurança alimentar e meio ambiente. Os profissionais da CDA orientarão tecnicamente os professores, que serão os multiplicadores dos temas de defesa agropecuária em sala de aula. Haverá acompanhamento, avaliação e retroalimentação do processo educativo com monitoramento constante de profissionais da CDA. Espera-se, com o desenvolvimento do Projeto Sanitarista Mirim possibilitar maior conhecimento da Defesa Agropecuária aos alunos do ensino fundamental, contribuir para a transmissão “efeito cascata” para os familiares e outros; melhorar a qualidade de vida das famílias, principalmente rurais, favorecendo a saúde pública e a segurança alimentar, com controle da sanidade animal e vegetal e a conservação ambiental bem como despertar o interesse dos jovens pela permanência no campo. Palavras-chave: educação sanitária, defesa agropecuária.
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FORMAÇÃO DE MULTIPLICAD ORES PARA DIVULGAÇÃO DA DEFESA AGROPECUARIA: O CASO DA GUARDA CIVIL MUNICIPAL PIRES, A.J. 1 SGUAREZI, C.N.1; GUIDO, M.C.1; LEZIER, D.H.1; MACHADO, J.P.M. 1; TOZZE Jr., H.J.1. 1 Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo, Campinas, andreia.pires@cda.sp.gov.br; cleonice@cda.sp.gov.br; mcguido@cda.sp.gov.br; dorca@cda.sp.gov.br; marquezini@cda.sp.gov.br; hugo@cda.sp.gov.br; A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) é o órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA/SP) responsável pela sanidade e a qualidade nas cadeias produtivas do setor agropecuário paulista e que possui dentre suas linhas de ação, o desenvolvimento de projetos voltados à Educação Sanitária, que dentre outros objetivos, contribuam com a formação de cidadãos comprometidos com as questões que envolvam defesa sanitária. Neste contexto, através do Escritório de Defesa Agropecuária de Jaboticabal, foi realizado em setembro de 2011, no município de Vista Alegre do Alto, um treinamento destinado à capacitação da Guarda Civil Municipal, para a orientação e divulgação dos trabalhos de defesa agropecuária realizados no Estado. Os encontros, conduzidos por assistentes agropecuários da CDA, fizeram parte do curso de formação da guarda civil municipal. Foram treinados catorze guardas municipais, em dois encontros, perfazendo um total de 12 horas, preparando o público-alvo para conhecer, aceitar e praticar ações de defesa sanitária, inspeção e fiscalização nas áreas animal e vegetal. Diversos recursos didáticos foram utilizados durante as reuniões, tais como exposição dialogada, estudo de caso e dinâmicas em grupo, criação de painéis de debate, além uso de recursos áudio-visuais. Os indicadores utilizados para avaliar os resultados obtidos foram a aplicação de um questionário sobre os assuntos abordados e atividades onde os participantes eram estimulados a exibir os conhecimentos obtidos. Como resultados obtidos, pode-se citar que os partícipes apresentaram efetiva participação e interesse pelo tema, durante todo o processo, e compreenderam significativamente os novos conceitos inseridos e a sua importância na disseminação dos serviços oficiais da CDA. Contudo, deve-se inferir que foram encontradas dificuldades, já que o grupo de servidores trazia baixo conhecimento sobre o assunto. Conclui-se que capacitar multiplicadores nos diversos grupos sociais é um instrumento importante e válido, já que pluraliza esforços, em que pesem as dificuldades encontradas. Como o município possui cerca de 6889 habitantes, este é o público que pode ser beneficiado com o treinamento realizado. Também faz parte do projeto inicial verificar semestralmente os resultados, a partir de entrevistas com os munícipes e com os servidores treinados. Palavras-chave: Multiplicadores, Treinamento, Capacitação, Formação, Defesa Agropecuaria.
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ESTUDO DE FORMAÇÃO E DE SENVOLVIMENTO DE REDE E M DEFESA AGROPECUÁRIA TAKATA, R.M. 1; GAMA, S.K.I. 1; SUGAYAMA, R.L.1; VILELA, E.F. 1. 1 Projeto Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária, UFV, Viçosa, MG. rmtakata@gmail.com; sofiakiyomiiba@gmail.com; regina.sugayama@gmail.com; evaldovilela@gmail.com A Rede de Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária – RIT DA – é resultado de do projeto Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária, fomentado pelo CNPq/MCT-CTAgro e coordenado pela Universidade Federal de Viçosa. O objetivo é criar um ambiente de cooperação e integração para uma efetiva comunidade da Defesa Agropecuária no Brasil empregando tecnologias web 2.0 com fóruns de discussão, blogs, calendário de eventos, publicação de vídeos e fotografias, conexão com mídias sociais externas e outras ferramentas. A fim de verificar a formação e a evolução da rede interpessoal de trocas de informações, foram analisados parâmetros descritivos das relações entre seus membros (status de relacionamento dentro da rede, comentários a postagens, envio de mensagens...) a partir dos dados registrados com as ferramentas do Google Analytics e do Observatório da Web (http://inwebdev.speed.dcc.ufmg.br/inova/inicioinova), este último, um site de monitoramento desenvolvido pelo ICEX/UFMG. Houve um incremento nos parâmetros de índice de proximidade (distância média entre dois indivíduos quaisquer), densificação (aumento da média de interações por indivíduo) e do coeficiente de clusterização (indicador de formação de grupamento de indivíduos mutuamente relacionados). Ao mesmo tempo, mantiveram-se constantes ou sofreram pequena redução os índices de atividade, participação e comentários em discussões, associações em grupos e a entrada de novos usuários. Com esse estudo pretende-se traçar estratégias específicas visando à maior eficiência da rede, traduzida no maior intercâmbio de informações relevantes e maior grau de envolvimento e organização da comunidade brasileira interessada na área. Palavras-chave: defesa agropecuária; inovação; rede de informações; web 2.0
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COOPERAÇÃO EM P&D E DEF ESA FITOSSANITÁRIA CONTRA INTROD UÇÃO DO HUANGLON GBING DOS CITROS NO NORDESTE BRASILEIRO SILVA, S.X.B.¹; ALMEIDA, M.A.C.C.¹; NASCIMENTO, A.S.²; ANDRADE, E.C.²; LARANJEIRA, F.F.²; NASCIMENTO, M.A.A.³. ¹ Laboratório de Epidemiologia e Tecnologia da Informação em Sanidade - LAETIS/ ADAB, Salvador/BA; 2 EMBRAPA /CNPMF, Cruz das Almas/BA; ³ EMDAGRO, Aracaju/SE. suely.xavier@adab.ba.gov.br; maria.almeida5@adab.ba.gov.br; antnasc@cnpmf.embrapa.br; eandrade@cnpmf.embrapa.br, chico@cnpmf.embrapa.br; cida.agri@bol.com.br A citricultura brasileira, maior exportadora mundial de suco concentrado, possui relevância sócio-econômica para diversas regiões. São Paulo, primeiro estado no ranking nacional da produção, registra a ocorrência da mais grave e destrutiva praga da citricultura internacional, o huanglongbing dos citros (HLB, ex-greening). Os Estados da Bahia e Sergipe, juntos possuem área de 110 mil hectares de citros, livres da ocorrência do HLB, consolidando a citricultura nordestina não só pelo volume de produção, mas também pela vantagem competitiva advinda do seu status fitossanitário. As bactérias Candidatus Liberibacter sp., agentes causais do HLB, colonizam o floema das plantas hospedeiras: Citrus e Murraya paniculata. O psilídeo Diaphorina citri é o principal responsável pela transmissão e disseminação da praga por ser eficiente vetor da bactéria, assim como o trânsito de material propagativo infectado. Dentre os sintomas típicos, destacam-se: em folhas, alternância assimétrica de áreas verde-pálidas (mosqueado), resultando em desenvolvimento de ramos amarelos; em frutos, deformação, tamanho reduzido, maturação desuniforme e sementes abortadas. Com a evolução da enfermidade, a planta pode tornar-se improdutiva com dois a cinco anos após os primeiros sintomas. Esse trabalho teve com objetivo relatar as ações de Pesquisa & Desenvolvimento e de Defesa Agropecuária adotadas pela Embrapa Mandioca e Fruticultura e a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), via projeto HLB Biomath. Nesse projeto, as seguintes ações estão em curso: estudo das populações do vetor, mediante o monitoramento populacional do inseto vetor através de armadilhas amarelas adesiva, em quatro ecossistemas: Recôncavo Baiano, Litoral Norte, Chapada Diamantina e Oeste Baiano; estudos fenológicos dos hospedeiros (Citrus e M. paniculata); monitoramento de eventual invasão pela detecção precoce da bactéria no vetor; desenvolvimento de modelagem e cenários; impacto econômico do HLB; implantação de uma rede colaboradora e capacitação de agentes de defesa agropecuária. Dentre os resultados, destaca-se a expansão desta rede para o Estado de Sergipe, cujo marco de integração aconteceu com a celebração de um convênio de cooperação técnica firmado entre as Secretarias de Agricultura dos dois estados e seus organismos executores de defesa agropecuária: ADAB e Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (EMDAGRO), em abril/2011; e com um treinamento técnico ministrado pela Embrapa Mandioca e Fruticultura e ADAB, a 12 técnicos da EMDAGRO, versando sobre as rotinas de campo e de laboratório do monitoramento de D. citri. O conhecimento gerado contribuirá para fortalecer as ações de defesa sanitária visando à manutenção das áreas livres do HLB no nordeste brasileiro. Palavras chave: aliança estratégica, rede colaboradora, citricultura nordestina. III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 107 de 232
MONITORAMENTO DE EVENTUAL INVASÃO DE CANDIDATUS LIBERIBACTER SP. NA CHAPADA DIAMANTINA E OESTE BAIANO SILVA, S.X.B.¹; LOPES, A.C.² ; SANTOS, J.F.² ; SANT’ANNA, Y.P.³ VELAME, K.V.C.4; ANDRADE, E.C.5 ¹Laboratório de Epidemiologia e Tecnologia da Informação em Sanidade – LAETIS / ADAB, Salvador / BA; 2Fiscal Estadual Agropecuário / ADAB; ³Auxiliar de Fiscalização/ADAB; 4Eng. Agrônoma / Bolsista da FAPESB; 5Pesquisador / Embrapa Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas/BA; suely.xavier@adab.ba.gov.br; agr_alopes@yahoo.com.br; jumara.santos@uol.com.br; ygor.santana@adab.ba.gov.br; kvchiacchio@ig.com.br; eandrade@cnpmf.embrapa.br O huanglongbing (HLB) é a praga mais destrutiva da citricultura mundial. No Brasil, o primeiro relato foi em 2004 no Estado de São Paulo, tendo se expandido para os Estados de Minas Gerais e Paraná. Os Estados da Bahia e Sergipe, juntos possuem área plantada de 110 mil hectares de citros, livres da ocorrência do HLB, consolidando a citricultura como atividade relevante ao Nordeste. A bactéria Candidatus Liberibacter spp. é o agente causal do HLB e coloniza o floema das plantas hospedeiras: Citrus e Murraya paniculata. Esse patossitema tem um elevado grau de complexidade por várias condições: (i) por possuir um eficiente vetor responsável pela transmissão e disseminação da praga, o psilídeo Diaphorina citri; (ii) por possuir longo período de incubação, o que leva a infecções crípticas, ou seja, plantas assintomáticas capazes de atuar como fonte de inoculo; (iii) possuir hospedeiro alternativo (Murraya paniculata), tanto para a bactéria, quanto para o vetor. Sintomas típicos em folhas, alternância assimétrica de áreas verde-pálidas (mosqueado), resultando em desenvolvimento de ramos amarelos; em frutos, deformação, tamanho reduzido, maturação desuniforme e sementes abortadas. Plantas infectas, em cinco anos, deixam de produzir. Esse trabalho tem como objetivo monitorar a invasão da bactéria a partir de amostras do inseto vetor capturados em pomares de citros, viveiros, hortos e jardinas da Chapada Diamantina e Oeste Baiano. Iniciado em novembro de 2011, os 18 locais de coleta foram georreferenciados. Com frequência trimestral, adultos e ninfas do vetor têm sido coletados com aspirador bucal. Cada amostra é composta de 5 insetos, os quais são acondicionados em ependoffs contendo etanol a 95%, são devidamente identificadas, encaminhadas ao laboratório de virologia da EMBRAPA/CNPMF e armazenadas a 20°C até seu processamento. Uma possível invasão da bactéria é monitorada pela técnica de obtenção do DNA total a partir de amostras compostas por cinco psilídeos e amplificação por PCR, com os pares de oligonucleotídeos Lpas e Rpas (específico para Ca. L. asiaticus) e Lsg2Re LSg2F (específico para Ca. L. americanus). A metodologia está em fase de ajuste e tão breve forneça resultados, estes subsidiarão as ações de defesa agropecuária. Pois, num cenário de detecção de focos, a medida emergencial é erradicação para retardar a disseminação da praga, antes mesmo da manifestação de seus sintomas, os quais podem levar até 12 meses para tornarem-se visíveis. Palavras chave: Análise molecular, invasão biológica, HLB. III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 108 de 232
LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DA RAIVA EM ANIMAIS SILVESTRES NO ESTADO DE SERGIPE, DE 2005 A 2011 REIS, C.H.L.1; SILVA, J.S.A.2; BARROS, S.L.B.3. 1 Médico Veterinário, Responsável Técnico pelo Diagnostico da Raiva do Laboratório Central de Sergipe – LACEN/SE, Aracaju – Sergipe (e-mail: carlos.reisffsph.se.gov.br) 2 Médico Veterinário, Pós-graduando em Defesa Sanitária e Higiene e Inspeção de Produtos de Origem Animal - UFERSA, Aracaju – Sergipe (e-mail: jonhnatas@yahoo.com.br) 3 Médica Veterinária, Docente do Curso de Medicina Veterinária - Faculdade “Pio Décimo”, Aracaju – Sergipe (e-mail: silvialbb@gmail.com)
A raiva é uma doença aguda do Sistema Nervoso Central (SNC) que pode acometer todos os mamíferos. É caracterizada por uma encefalomielite fatal causada por vírus do gênero Lyssavirus. No Brasil, os animais silvestres desempenham papel fundamental na transmissão e manutenção do vírus da raiva no ambiente. Diversas espécies silvestres são descritas na literatura como sensíveis ao vírus da raiva. O objetivo desse trabalho foi verificar a incidência da doença em animais silvestres infectados pelo vírus da raiva no Estado de Sergipe durante o período de 2005 a 2011, através do levantamento realizado com dados fornecidos pelo Laboratório Central de Sergipe – LACEN/SE, ajudando dessa forma a traçar o perfil epidemiológico da raiva em espécies silvestres no estado. Os dados analisados foram obtidos a partir de 686 amostras do SNC de animais silvestres, sendo 675 morcegos (Desmodus rotundus) capturados vivos por técnicos e 10 raposas (Dusicyon vetulus) e um gambá (Didelphis albiventris), encontrados mortos nas estradas, suspeitos de raiva, de sexo e idades variadas. As amostras foram provenientes de municípios do estado de Sergipe durante o período de Janeiro de 2005 a Dezembro de 2011. As amostras foram encaminhadas pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe ao LACEN/SE para diagnóstico da raiva. Para o diagnóstico laboratorial da raiva, empregou-se o teste de imunofluorescência e a prova biológica. Para organização dos dados, levou-se em consideração o ano de ocorrência da raiva. Das 675 amostras de animais silvestres, apenas 01 (0,15%) foi diagnosticada como positiva para a raiva e 674 (99,85%) foram negativas. A amostra positiva foi de uma raposa encontrada atropelada as margens de uma estrada no ano de 2010. Neste estudo não foi encontrado nenhum morcego hematófago positivo, no entanto sabe-se que este é o principal transmissor da raiva dos herbívoros e que no Estado de Sergipe é alto o número de animais infectados pelo vírus da raiva. O estudo mostra que o vírus rábico circula entre os animais silvestres no estado de Sergipe, podendo desta forma prolongar a permanência do vírus neste ambiente e aumentar o risco da transmissão da raiva. Palavras-chave: levantamento, raiva, silvestres.
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LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DA RAIVA EM HERBÍVOROS NO ESTADO DE SERGIPE, NO PERÍODO DE 2005 A 2011 REIS, C.H.L.1; SILVA, J.S.A.2; BARROS, S.L.B.3. Médico Veterinário, Responsável Técnico pelo Diagnostico da Raiva do Laboratório Central de Sergipe – LACEN/SE, Aracaju – Sergipe (e-mail: carlos.reisffsph.se.gov.br) 2 Médico Veterinário, Pós-graduando em Defesa Sanitária e Higiene e Inspeção de Produtos de Origem Animal - UFERSA, Aracaju – Sergipe (e-mail: jonhnatas@yahoo.com.br) 3 Médica Veterinária, Docente do Curso de Medicina Veterinária - Faculdade “Pio Décimo”, Aracaju – Sergipe (e-mail: silvialbb@gmail.com) 1
A Raiva é uma zoonose de origem viral que afeta o Sistema Nervoso Central (SNC) de mamíferos. O vírus da Raiva pertence ao gênero Lyssavirus da família Rhabdoviridade, sua transmição ocorre predominantemente pela mordida de uma espécie transmissora infectada. O uso de dados laboratoriais da ocorrência ou suspeita de raiva bovina é fundamental para um sistema eficiente de análise de risco da doença no território sergipano. Os prejuízos econômicos causados pela Raiva são diversos, podemos destacar além das mortes dos animais de interesse econômico, os prejuízos indiretos, como a quebra da produção leiteira e da carne, a depreciação do couro dos animais. O objetivo desse trabalho foi verificar a incidência da doença em herbívoros infectados pelo vírus da raiva no Estado de Sergipe durante o período de 2005 a 2011, através do levantamento realizado com dados fornecidos pelo Laboratório Central de Sergipe – LACEN/SE. Os dados analisados foram obtidos a partir de 263 amostras do SNC de herbívoros, sendo 207 de bovinos, 34 equinos, 20 ovinos, um caprino e um bubalino, suspeitos de raiva, de sexo, idades e raças variadas. As amostras foram provenientes de municípios do estado de Sergipe durante o período de Janeiro de 2005 a Dezembro de 2011. As amostras foram encaminhadas pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe ao LACEN/SE para diagnóstico da raiva. Para o diagnóstico laboratorial da raiva, empregou-se o teste de imunofluorescência direta e a prova biológica. Para organização dos dados, levou-se em consideração o ano de ocorrência da raiva. Das 263 amostras de herbívoros, 81 (30,80%) foram diagnosticadas como positivas para a raiva e 182 (69,20%) foram negativas. Das amostras positivas, 70 (86,42%) foram de bovinos, seis (7,41%) de ovinos e cinco (6,17%) de equinos. De acordo com o levantamento, o ano de 2007 foi o que mais apresentou amostras positivas para a raiva, 25 (53,20%) das 47 enviadas e os anos de 2006 e 2009 apresentaram apenas cinco (16,12%) amostras positivas, tendo em ambos os anos o envio de 31 amostras. A situação epidemiológica caracterizada demonstra que há necessidade de maior vigilância dos órgãos oficiais para controle da doença. Os resultados obtidos por meio do levantamento no Estado de Sergipe demonstram que a enfermidade está presente nos animais de produção e que a perda desses, contabilizam enormes prejuízos não apenas aos proprietários rurais como também aos cofres públicos. Por isso torna-se imprescindível os trabalhos realizados pela defesa sanitária de cada estado. Palavras-chave: levantamento, raiva, herbívoros. III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 110 de 232
AÇÕES DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL EM REMANSO, CASA NOVA, CAMP O ALEGRE DE LOURDES E PILÃO ARCADO – ZONA TAMPÃO D O ESTADO DA BAHIA SILVA, L.T.¹; FERRÃO, I.S.¹; OLIVEIRA, F.C.¹; CERQUEIRA, R.B². ¹AGÊNCIA ESTADUAL DE DEFESA AGROPECUÁRIA DA BAHIA. Avenida Adhemar de Barros, 967, Ondina, Salvador-Bahia, CEP 40.170-110, Tel: (71) 3116-8447, lucianaadab@yahoo.com.br; ²UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO BAIANO (Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas). Rua Rui Barbosa, 710 - Centro - Cruz das Almas- Bahia - 44.380-000, Tel: (75) 36213120, robsonba@gmail.com O Brasil, sob a coordenação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e com participação dos serviços veterinários estaduais e do setor agroprodutivo, segue na luta contra a Febre Aftosa, dentro da meta de eliminação desta enfermidade no Continente SulAmericano. A Instrução Normativa nº 6, de 13 de Julho de 2000, cria no Estado da Bahia uma Zona Tampão, que separa a Zona Livre de Febre Aftosa com vacinação das demais Unidades da Federação consideradas infectadas. Na Bahia, os municípios determinados como Zona Tampão são: Formosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia, Buritirama, Mansidão, Campo Alegre de Lourdes, Remanso, Casa Nova e Pilão Arcado (MAPA, 2000). O objetivo deste trabalho foi oferecer subsídios para aprimorar as ações de Defesa Sanitária Animal nos municípios que compõem a Zona Tampão para a Febre Aftosa no estado da Bahia. Foram realizadas ações estratégicas de incremento da Defesa Sanitária Animal nos municípios de Remanso, Pilão Arcado, Campo Alegre de Lourdes e Casa Nova. No período compreendido entre os meses de Maio a Julho de 2009 (fase inicial), foram estabelecidas metas e ações para equipes da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB). As ações de Educação Sanitária, vigilância ativa e intensificação de fiscalizações ao trânsito de animais foram as ações implementadas (reestruturação administrativa das unidades locais, Educação Sanitária envolvendo autoridades e líderes locais, criadores, estudantes e comunidade em geral, georeferenciamento das propriedades -em tempo real, via satélite – ADABSAT, e intensa atividade de investigação e vigilância epidemiológica para estabelecimento do perfil sanitário-epidemiológico dos municípios envolvidos). Seguindo as orientações preconizadas pelo PNEFA, foi traçado o diagnóstico da aplicação das ações de defesa sanitária animal nestes municípios, estabelecendo uma programação estratégica para incremento destas ações, com o objetivo de obter dados e resultados que determinem a qualidade dos serviços da ADAB nesta região. Houve um aumento do número de produtores e animais cadastrados e dos índices das campanhas de vacinação contra a Febre Aftosa, concluindo-se que: a discussão das estratégias para intensificação das ações de fiscalização com o poder público municipal e lideranças locais incluiu estes setores nas ações desenvolvidas; a reação dos criadores à demonstração do compromisso da ADAB com a melhoria da sanidade dos rebanhos refletiu na compreensão e aceitação dos mesmos às ações implantadas; as estratégias de intensificação da defesa sanitária animal obtiveram um
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incremento valioso na qualidade das atividades da ADAB na região, refletindo em resultados concretos para o PNEFA. Palavras-chave: Febre Aftosa, Defesa Sanitária Animal, Zona Tampão
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CARACTERIZAÇÃO DO TRÂNSI TO INTERESTADUAL DE CAPRINOS NO ESTADO DA BAHIA NO ANO DE 2010 PEDRA, R. B.1, AVILA, L. N.2; MAIA NETO, A. L.3 1,2,3
Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, Salvador riva.pedra@adab.ba.gov.br, 2luciana.avila@adab.ba.gov.br, ³lemos.maia@adab.ba.gov.br
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A caprinocultura é uma atividade de grande importância sócio-econômica para o Brasil, sobretudo a região Nordeste que detém aproximadamente 90% do rebanho nacional, que é de 7.107.608 cabeças de acordo com o censo agropecuário de 2006. A Bahia se destaca como principal fornecedora dessa espécie para os outros Estados da Federação graças à Certificação Internacional de Livre de Febre Aftosa com vacinação e ao quantitativo e qualidade do seu rebanho. O objetivo desse trabalho é evidenciar as principais regiões da Bahia fornecedoras de caprinos, os principais estados de destino e a sazonalidade do trânsito interestadual no ano de 2010. As informações foram obtidas nos registros mensais de movimentação de caprinos (TB-2) fornecidas mensalmente pelas coordenadorias regionais da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB). Nesse período a regional que mais se destacou no egresso de caprinos foi Juazeiro com uma participação de 85% (72.115 de 84.259), seguida de Vitória da Conquista com 7% (5.812 de 84.259) e Paulo Afonso com 5% (4.334 de 84.259), prevalecendo a movimentação com a finalidade de cria e recria, que corresponderam respectivamente a 54% (1.165 de 2.168) e 46% (1.003 de 2.168) animais. Durante o ano de 2010 os meses que apresentaram picos de egresso desses animais foram fevereiro, com 22% de caprinos (470 de 2.168) e março com 18% de caprinos (394 de 2.168). Em abril e setembro não houve movimentação desses pequenos ruminantes. No referido ano saíram da Bahia um total de 84.259 caprinos, sendo 72% (60.821 animais) destinados para cria e recria e 28% (23.438 animais) para abate. Os principais estados de destinos dos caprinos para cria e recria na região Sudeste foram os Estados do Rio de Janeiro que recebeu 42% dos caprinos (25.861 de 60.821) e São Paulo com 18% (10.877 de 60.821). Na região Nordeste se destacou Pernambuco com 32% (19.501 de 60.821). Para o abate prevaleceu os estados de Pernambuco com 83% (19.470 de 23.438) e o Piauí com 9% (2.221 de 23.438). Através desse estudo o Órgão de Defesa Estadual tem subsídios que poderão contribuir para o aprimoramento da vigilância epidemiológica e sanitária do estado. Palavra chave: Defesa agropecuária, Sanidade, Caprinocultura, Bahia.
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA VACCÍNIA BOVINA NO ESTADO BAHIA, EM 2011 PAIM, L.R.M. 1; ÁVILA, L.N. 2; MAIA-NETO, A.L. 3; RIBAS, J.R.L. 4. 1, 2, 3,4 Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, Salvador. 1 mattospaim@bol.com.br, 2 luciana.avila@adab.ba.gov.br, 3 lemosmaia@yahoo.com.br, 4 jrlribas@ig.com.br. A Vaccínia bovina é uma zoonose ocupacional emergente, não fatal, causada pelo víirus vaccinia, que acomete várias espécies e provoca lesões exantemáticas do tipo vesiculo/pustular em bovinos e no homem. Vários surtos são relatados no Brasil, desde o final da década de 90. Nos últimos anos, surtos de vaccínia bovina vêm acometendo vacas leiteiras e ordenhadores em vários municípios da Bahia, causando prejuízos econômicos e problemas de saúde pública. Neste estudo procurou-se demonstrar como os surtos se distribuíram e caracterizar o perfil epidemiológico da doença na Bahia, e com as informações obtidas, propor medidas de controle. No ano de 2011, 57 propriedades notificaram à Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) a ocorrência de doença vesicular no rebanho e ordenhadores. Técnicos da ADAB visitaram as propriedades para colheita de material, georreferenciamento e aplicação do Formulário Inicial de investigação epidemiológica (FORM-IN). As amostras de soro e espécimes clínicos, colhidas de animais e ordenhadores foram encaminhadas, inicialmente, ao Laboratório de Viroses de bovídeos do Instituto Biológico de São Paulo (IB) e, posteriormente, ao Laboratório de vírus do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (ICB-UFMG). Das propriedades investigadas, 41 foram positivas para orthopoxvirus, precisamente pelo vaccínia vírus, sendo as amostras diagnosticadas pelas técnicas de virusneutralização, PCR e/ou ELISA; nove foram consideradas positivas por vínculo epidemiológico, perfazendo um total de 87,7% das propriedades positivas. Cinco foram negativas (8,8%) e em duas propriedades não foi coletado ou enviado amostras. As características da forma de produção e manejo, como o tipo de exploração leiteira (75,4%), a falta de tecnificação (96,5%) e de boas práticas de higiene e biossegurança nas propriedades, o acometimento de bovinos e humanos (80,7%), A maior ocorrência no período seco, de julho a setembro de 2011, correspondente a 57,9%, a origem das notificações por terceiros (52,6%) e outras variáveis, foram observadas durante este trabalho. O conhecimento dos fatores associados à epidemiologia e clínica da doença é fundamental para a adoção de medidas de controle, para tanto, é necessário a realização de novos estudos. Palavras-chave: vaccínia bovina. zoonose. vaccínia vírus. Defesa sanitária. Bahia.
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PREVALÊNCIA DA ARTRITE E NCEFALITE CAPRINA (CAE) E M REBANHO LEITEIRO, NA MICRO-REGIÃO DE JUSSARA CAMPOS, W. G. P. 1; MAIA NETO, A. L. 1; PAIM, L. R. M. 1; RIBAS, J. R. L. 1. 1 Fiscal Estadual Agropecuário goslancampos@hotmail.com, lemosmaia@yahoo.com.br, mattospaim@bol.com.br, jrlribas@ig.com.br A Artrite Encefalite Caprina (CAE) é uma enfermidade infecto contagiosa de caráter crônico e evolução lenta que apresenta um longo período de incubação e é responsável pela redução da vida produtiva e produção de leite, predispondo a glândula mamária a infecções bacterianas. Com o intuito de caracterizar a situação epidemiológica da CAE, no rebanho de cabras de leite da microrregião de Jussara – Bahia foi realizada uma pesquisa sorológica com base no teste de imunodifusão em gel de ágar (IDGA), técnica preconizada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), para estimar anticorpos anti-vírus para a artrite encefalite caprina em animais puros, seus mestiços e SRD de origem leiteira. Foram colhidas 620 amostras de sangue e aplicado um questionário inquirindo sobre o grau de escolaridade, poder aquisitivo, manejo sanitário e reprodutivo, sistema de criação utilizado e raças presentes. A análise dos dados revelou que a CAE está presente no município de Jussara, em 28% dos estabelecimentos de criação de cabras leiteiras, que fornecem leite à Unidade de Beneficiamento de Leite da Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos de Jussara (ACCOJUS). A soroprevalência encontrada foi de 2,25% distribuídos entre os animais mestiços, sendo que os animais SRD e os puros de origem não apresentaram infecção e a prevalência foi maior entre machos (4,4%) do que nas fêmeas (2,7%). Quanto ao sistema de manejo, o intensivo apresentou maior percentual de animais positivos. Conforme os resultados encontrados, conclui-se a necessidade da implementação do Programa Estadual de Sanidade Caprina e Ovina (PESCO) além da adoção de medidas de controle, como: a realização de exames periódicos do rebanho, separação das fêmeas reagentes, aleitamento artificial das crias de fêmeas reagentes com leite pasteurizado e o controle do comércio entre as propriedades da região, evitando-se dessa forma a disseminação da doença e consequentemente o aumento da prevalência da CAE no rebanho. Palavras-chave: CAEV, Caprinos leiteiros, Jussara-BA.
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CONSTRUÇÃO DE PLASMÍDEOS CALIBRANTES PARA Q UANTIFICAÇÃO DO FEIJÃO EMBRAPA 5.1 POR PCR EM TEMPO REAL BROD, FCA. 1; DINON, AZ. 2; KOLLING, D. 3; FARIA, JC. 4; ARISI, ACM. 5. 1, 2, 3, 5 Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. 4 Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás. O feijão Embrapa 5.1 é o primeiro organismo geneticamente modificado (OGM) comercial genuinamente brasileiro. Este OGM, desenvolvido pela EMBRAPA e aprovado para comercialização pela CTNBio em 2011, é resistente ao vírus do mosaico dourado, uma das principais causas de perdas na cultura do feijão. Com a introdução deste novo OGM no mercado, métodos adequados para sua detecção e quantificação tornam-se necessários. Há uma orientação mundial quanto à quantificação de organismos geneticamente modificados (OGMs) com base na porcentagem de sequências de DNA GM alvo em relação às sequências de DNA endógeno específico. A fim de atender essa necessidade, preparações sintéticas de DNA, tais como plasmídeos, certificados com base no número de cópias de DNA, podem ser usados como calibrantes para expressar o percentual GM como uma proporção do número de cópias de moléculas GM em relação às moléculas endógenas. O objetivo deste trabalho foi a construção de um plasmídeo calibrante para quantificação do feijão Embrapa 5.1. Primeiramente foram desenhados iniciadores para amplificação por PCR de fragmentos de DNA específicos do feijão Embrapa 5.1 e do feijoeiro (Phaseolus vulgaris). Os iniciadores para este último fragmento foram desenhados contendo sítio de restrição para a enzima NdeI. Após amplificação estes fragmentos foram clonados, separadamente no vetor de clonagem pGEM-T easy. Após reação de ligação, os plasmídeos foram utilizados para transformação de cepas competentes de E. coli DH5 e os transformantes positivos confirmados por PCR. Os transformantes positivos foram então confirmados através de sequenciamento. Os dois plasmídeos desenvolvidos, pGEM_p35S e pGEM_PvSR2, foram utilizados para a construção de um terceiro plasmídeo contendo ambos os fragmentos. Para tanto, ambos os plasmídeos foram incubados na presença da enzima de restrição NdeI. A digestão com esta enzima resultou na linearização do plasmídeo pGEM_p35S e na clivagem de um fragmento de 495 pb do plasmídeo pGEM_PvSR2, correspondente ao fragmento específico de Phaseolus vulgaris . A seguir, o fragmento de 495 pb foi ligado ao pGEM_p35S e o plasmídeo produto desta ligação foi utilizado na transformação de cepas competentes de bactérias E. coli DH5. Os transformantes positivos foram confirmados por PCR e análise de restrição e aqueles apresentando o fragmento desejado foram propagados e submetidos a análise por sequenciamento, que confirmou a presença do fragmento de 495 pb. O plasmídeo calibrante desenvolvido no presente trabalho pode se rutilizado para calibração na quantificação do feijão Embrapa 5.1 por PCR em tempo real. Palavras-chave: OGM, feijão Embrapa 5.1, plasmídeo calibrante, PCR.
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CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-SANITÁRIA DOS ASSENTAMENTOS RURAIS NA BAHIA E PARTICIPAÇÃO DA DEFESA S ANITÁRIA PITA, F ¹; AVILA, L ²; 1,2
Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, 1Itaberaba, 2Salvador. fernanda.pita@adab.ba.gov.br 2luciana.avila@adab.ba.gov.br
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Assentamentos rurais são unidades de produção agrícola disponibilizadas por políticas governamentais visando o reordenamento do uso da terra em benefício de trabalhadores rurais sem terra ou com pouca terra. Hoje existem no Brasil 8823 assentamentos rurais com 1.030.610 famílias assentadas, ocupando uma área de 78.821.493km2. O objetivo desse trabalho é demonstrar que as ações de defesa sanitária nos assentamentos rurais deverão ser intensificadas e direcionadas de forma particular para este modelo de produção. O estudo foi realizado no município de Boa Vista do Tupim – BA, que tem como principal atividade econômica a agricultura e pecuária. Atualmente existem 1794 criadores cadastrados na Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), 1188 propriedades e um rebanho bovídeo de 67.206 cabeças. Dentre eles existem 12 assentamentos rurais com 1145 famílias assentadas ocupando uma área de 46.705,91ha. Foram aplicados 302 questionários, nos 12 assentamentos existentes, abordando questões sócio-econômicas dos assentados e após avaliação dos mesmos observou-se que 81,1% dos assentados eram do sexo masculino, 62,9% com idade superior a 46 anos e baixo nível de escolaridade, 79,1% vivendo em residências com mais de três pessoas, onde em 72,8%, a renda familiar não atinge o salário mínimo. Todos são agricultores e 84,4% deles criam alguma espécie animal. A existência da assistência técnica foi confirmada por 82,1% dos entrevistados, entretanto 68,3% a considera ausente ou péssima. Em relação aos lotes de terra, 23,8% dos assentados ainda não têm seu lote demarcado e 45% criam seus animais juntos de outros assentados, 48% deles não possuem curral individual, porém 10 assentamentos possuem curral comum utilizado por todos assentados. Em relação à avaliação das atividades da ADAB, 62,3% são cadastrados na ADAB, 87,7% conhecem a agência, porem 57% afirmam que ela não se faz presente. As 130 pessoas que afirmaram a presença do órgão citaram a realização de palestras, vacinações assistidas, dias de campo, cadastramento de animais e vigilância. Pode-se concluir que este modelo de produção necessita da presença constante do órgão de defesa sanitária intensificando ações de vigilância, controle de cadastros e movimentação de animais, já que são consideradas propriedades de risco e vivem em situações de risco, por criarem seus animais juntos e pela falta de informação desses produtores. Palavras-chave: Assentamentos Rurais, Defesa Sanitária Animal, Bahia.
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CERTIFICAÇÃO DE PROPRIEDADES LIVRES DE BRUCELOSE E TUBERCULOSE NO MUNICÍPIO DE DOIS IRMÃOS – RS CORTESE, A.R.1; BREUNIG, J.G. 2. 1 Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do RS, Dois Irmãos – RS, andrea-cortese@seapa.rs.gov.br 2 Prefeitura Municipal de Dois Irmãos - RS. O Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT) foi instituído em 2001 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento com o objetivo de diminuir o impacto negativo dessas zoonoses na saúde humana e animal, além de promover a competitividade da pecuária nacional. O PNCEBT definiu uma estratégia de certificação de propriedades livres ou monitoradas, sendo este um programa voluntário de certificação. O município de Dois Irmãos - RS, o qual integra a Região Metropolitana de Porto Alegre, é constituído por pequenas propriedades de bovinos de leite e corte, caracterizadas pelo consumo de produtos de origem animal de produção própria e distribuídos entre os familiares. Com o objetivo de implementar a certificação nas propriedades que possuem bovinos, a Prefeitura Municipal iniciou a execução dos testes de diagnóstico em janeiro de 2011. A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do RS (SEAPA) participou no planejamento das atividades e na fiscalização da execução dos testes. Das 203 propriedades existentes com bovinos neste município, 163 propriedades foram testadas até o presente momento. Dessas propriedades, 19% foram testadas três (03) vezes, 67,5%, testadas duas (02) vezes e 13,5 %, testadas uma (01) vez. Na primeira etapa de testes, foram submetidos à análise, 1179 bovinos para tuberculose, sendo que um (01) animal reagiu positivamente, e 724 bovinos para brucelose, resultando em um (01) animal reagente positivo. Na segunda e terceira etapa, foram testados 932 animais para tuberculose e 579 animais para brucelose, e 616 animais para tuberculose e 381 animais para brucelose, respectivamente, não sendo encontrando nenhum animal reagente positivo nessas etapas. Nos animais analisados foram aplicados elementos de identificação do Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (SISBOV). Verificou-se uma baixa prevalência dessas doenças no município de Dois Irmãos, sendo 0,08% para tuberculose e 0,1% para brucelose. Aliando isso à vacinação das terneiras contra a brucelose e ao controle do trânsito dos animais provenientes de outros municípios, resultará um risco mínimo de ocorrência dessas zoonoses neste município. Palavras-chave: Defesa Sanitária Animal; Rio Grande do Sul; PNCEBT
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PRESENÇA DE LESÕES COMPATÍVEIS COM TUBERCULOSE EM BOVINOS DE ABATE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL GRAVINA, R.1; IESBICH, M.2; DRIEMEIER, D.3. 1- Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio. 2- Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul. 3- Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS. renato-farias@agricultura.rs.gov.br A tuberculose bovina é uma enfermidade de evolução crônica, caracterizada pela formação de lesão do tipo granulomatoso, de aspecto nodular, denominada tubérculo. A lesão tuberculóide do parênquima pulmonar propaga-se ao linfonodo satélite, tendendo a generalizar-se. A lesão caseosa pode sofrer um processo de amolecimento, disseminando-se por contiguidade ou pelas vias linfáticas e sanguínea, formando lesões micro ou macroscópicas em diversos órgãos. O objetivo do presente estudo foi o de identificar a presença de tuberculose em bovinos abatidos em frigorífico com inspeção estadual. Foram coletados órgãos e gânglios com lesões suspeitas ou compatíveis com a enfermidade e enviadas para análise anatomo-patológica ao Departamento de Patologia Clínica Veterinária, Setor de Patologia Veterinária, Faculdade de Veterinária-UFRGS, Porto Alegre-RS. As coletas foram realizadas no período de janeiro a julho de 2009, totalizando 4850 bovinos abatidos, sendo enviados para análise 14 gânglios e 3 amostras de tecido pulmonar oriundos de 17 animais, 7 fêmeas e 10 machos. Foi realizada a coloração de Ziehl Neelsen para a identificação de Micobactérias. Como resultado obtivemos: três amostras positvas para tuberculose bovina,(17,65%) . Também foram encontrados 10 gânglios com lesões compatíveis com actinobacilose(58.82%). (gânglios mediastínico-1, sublingual-2, traqueobrônquico-1, parotídeo-2, pré-escapular-2 e submandibular-2) e dois pulmões (11,76%). Por último identificaram-se um gânglio sublingual(5.88%) e um pré-escapular(5,88%) com linfadenite piogranulomatosa. Há séculos as relações entre a tuberculose dos animais e a do homem são motivo de preocupação para as autoridades sanitárias. O risco para a Saúde Pública de se contrair o agente pela ingestão de produtos cárneos contaminados torna-se menor, devido a baixa incidência do agente em tecidos musculares e do hábito de não se ingerir carne crua no Brasil. Todavia, este risco deve ser avaliado pois ainda existe um grande número de animais abatidos clandestinamente. PALAVRAS-CHAVES: Tuberculose, lesões, bovinos, defesa sanitária animal.
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AÇÕES DE EDUCAÇÃO SANITÁRIA NA PROMOÇÃO DA CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AFTOSA E TRANSVERSALIDAD ES EM ESCOLAS DA ZONA RURAL AVILA, L¹; SANTOS,D 2 ; VIRGENS,E 3; SILVA,P4; SANTOS,R5 1, 2, 3,4,5
Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, Salvador. ¹luciana.avila@adab.ba.gov.br,2Dairlan.santos@adab.ba.gov.br, 3 edvaldo.virgens@adab.ba.gov.br, 4paulo.tarsosilva@adab.ba.gov.br, 5 ricardomotta22@hotmail.com A educação sanitária constitui uma ferramenta de relevada importância para as ações de defesa sanitária animal, na medida em que possibilita a transformação dos indivíduos, contribuindo para minimizar a ocorrência de eventos zoosanitários. O grande desafio é a introdução desses temas no primeiro ciclo escolar. O objetivo deste trabalho é relatar a metodologia e os recursos utilizados por Técnicos da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) durante as campanhas de vacinação contra febre aftosa, em escolas da zona rural dos municípios de: Alagoinhas, Araças e Aramari - Bahia, nos meses de maio e novembro de 2011. Foi realizado um trabalho de educação sanitária, voltado a crianças de 4 a 10 anos de idade, com uma metodologia lúdica, e elementos do cotidiano infantil, além de recursos como: nootbook, data show, caixa amplificada, folhetos e pirulitos. Iniciamos com o vídeo da “GALINHA PINTADINHA” (projetando imagens sobre os temas), onde abordamos a importância da vacinação em humanos e em animais, levando ao tema “Febre Aftosa”. Em seguida foi apresentado o filme “ABECEDÁRIO DA XUXA” envolvendo à formação das palavra “A F T O S A” e “A D A B” com placas distribuídas. Em seguida exibimos o vídeo de uma “VACINAÇÃO ASSISTIDA” e os alunos manusearam uma pistola de vacinação. No final assistiram “O SAPO NÃO LAVA O PÉ” e receberam material impresso sobre febre aftosa. O trabalho com vídeos infantis tornam receptiva, a abordagem de temas relevantes nas séries iniciais como “HÁBITOS DE HIGIENE PESSOAL” e “SAÚDE”, relacionando-os com a saúde animal, destacando a “FEBRE AFTOSA” e a “QUALIDADE DOS ALIMENTOS” (carne e leite). A interação com o currículo escolar ocorre, principalmente, na relevância da higiene pessoal e formação de palavras. As apresentações em escolas rurais difundem informações diretamente às famílias, refletindo nos sistemas de defesa animal. Os recursos utilizados permitiram aulas extras, sobre novas tecnologias, e maior receptividade perante aos professores. As ações de educação sanitária nas escolas da zona rural contribuem sensivelmente, para a disseminação de informações relevantes para defesa agropecuária, e formação de opinião, entre as comunidades rurais, com as crianças despertando a atenção dos adultos. Palavra - chave: educação sanitária, defesa sanitária, Bahia.
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MODELOS LONGITUDINAIS P ARA O RISCO PARA DERMATOBIOSE EM BOVINOS LEITEIROS NA FAZENDINHA AGROECOLÓGICA-KM 47, RJ FLORIÃO, MÔNICA 1; TASSINARI, WAGNER 2; FAJARDO, ROSANE 3; MOYA-BORJA, GONZALO 4. 1 UFRRJ, PESAGRO-RIO monicafloriao@hotmail.com; 2 UFRRJ tassinari@ufrrj.br; 3 PESAGRO-RIO rosanefajardo@ig.com.br; 4 UFRRJ gemoya@ufrrj.br Estudos apontam que a Dermatobia hominis (Linnaeus Jr., 1781) (Díptera: Cuterebridae), apresenta alta incidência em várias regiões do país, porém não existem dados sobre a dermatobiose em bovinos leiteiros sob sistema orgânico. Este trabalho teve como objetivo monitorar a infestação por larvas de D. hominis em bovinocultura leiteira e verificar potenciais fatores de risco climáticos em um criatório orgânico. O rebanho foi constituído por 40 animais mestiços leiteiros Zebu x Europeu, dividido em lotes de jovens e adultos. Foi realizada inspeção quinzenal (915 inspeções) quanto a presença de larvas, no período de setembro de 2009 a agosto de 2010 na “FAZENDINHA AGROECOLÓGICA KM 47”. Por se tratar de estudo longitudinal, um modelo de regressão poisson com efeitos aleatórios foi ajustado para estudar a relação dos possíveis fatores de risco relacionados com a ocorrência da dermatobiose. Os resultados indicaram predominância do parasitismo nas fêmeas (média 21,98 contra 8,37 em machos). Entre os fatores climáticos o modelo mostrou que a ectoparasitose está associada significantemente a precipitação (Risco Relativo (RR), 1,03; 95% intervalo de confiança (IC), 1,02 1,04), temperatura média (RR, 1,14; 95% IC, 1,13 - 1,15) e umidade relativa (RR, 1,03; 95% IC, 1,02 - 1,04). Já os fatores relacionados à infestação nos animais, que apresentaram associação foram: sexo (RR, 2,63; 95% IC, 2,47 – 2,79), das fêmeas em relação aos machos, idade (RR, 3,94; 95% IC, 3,72 – 4,17) dos adultos em relação aos bovinos em aleitamento, utilizados como referência no modelo e pelagem, com destaque para a pelagem preta pintada de branco (RR, 2,98; 95% IC, 2,84 - 3,12) e preta (RR, 2,42; 95% IC, 2,29 - 2,56), em relação a pelagem castanho em tonalidades típicas, utilizada como referência no modelo. O estudo mostrou que as variáveis no nível da infestação nos animais não foram suficientes para explicar a ocorrência da dermatobiose, enquanto as variáveis do contexto ambiental foram de extrema importância. A integração de profissionais da área de sanidade animal epidemiologia e/ou estatística representa um avanço importante, viabilizando o desenvolvimento e a utilização de técnicas de modelagem em prol da sanidade animal.
Palavras-chave: Dermatobia hominis, Pecuária, Modelos Mistos, Modelos de Efeitos Aleatórios.
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DIAGNÓSTICO EDUCATIVO S OBRE TRÂNSITO DE ANIMAIS , VEGETAIS, PRODUTOS E SUBPRODUTOS, NO MUNICÍPIO DE D. ELIZE U – PARÁ. BRITO, R. R..¹; IMPROTA, C. T. R.². ¹Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Pará, D. Elizeu - PA, raimundope10@yahoo.com.br ; ²Colégio Nacional de Educação Sanitária e Comunicação, Florianópolis-SC, clovis_improta@yahoo.com.br . A questão da conscientização dos transportadores de animais, vegetais, seus produtos e subprodutos tem se mostrado importante para a valorização do serviço e dos documentos exigidos para tal. Com tal intuito foi realizado no período de meados de 2010 a 2011, o presente diagnóstico educativo, junto aos transportadores das citadas carga, visando a elaboração de um projeto educativo com esse segmento social, no sentido de valorização da documentação sanitária, de forma que essa passe a ser uma necessidade e não uma obrigação. A metodologia utilizada foi por meio da aplicação de questionário sócio educativo para avaliar o grau de conhecimento dos condutores de veículos sobre o trabalho da ADEPARÁ e a documentação exigida para o transporte de carga. Estabeleceu-se um critério de aleatoriedade entrevistandose os condutores num período de dois meses, sendo maio e junho de 2010, onde ocorreram, respectivamente, registros de 1100 e 1700 passagens de cargas pelo referido posto fiscal. Deste universo, foram entrevistados 43 condutores dos quais 22 transportavam vegetais e 21 transportavam animais e subprodutos. O trabalho era realizado sempre na segunda quinzena de cada mês, alternando-se a cada dois dias a realização das entrevistas. Estabeleceu-se um intervalo amostra, de 1 entrevistado a cada 3 a 5 condutores que passavam pelo Posto Fiscal. O Diagnóstico Educativo Sanitário foi constituído por componentes metodológicos quantitativos (entrevista estruturada) e, qualitativos (observação direta e entrevista não-estruturada). Como resultado, os motoristas mostraram-se receptivos, porém ficou patente a impaciências pelo “tempo perdido” no posto fiscal. Os entrevistados demonstraram receio em responder as questões e relataram não ter o hábito de procurar obter conhecimento sobre normas sanitárias no transporte. Mesmo sabendo relatar a documentação exigida, não sabem explicar o porquê da exigência da documentação. A maioria dos entrevistados desconhece a importância do trabalho da ADEPARA; demonstraram também receptivos para um trabalho educativo por parte da ADEPARÁ. Acerca da documentação exigida para o transporte de animais para o abate, 52% dos entrevistados têm conhecimento completo sobre ela. A documentação para transporte de animais de reprodução é desconhecida por 67% dos transportadores. Quanto ao transporte de vegetais, verificou-se que a maioria deles tinha algum conhecimento sobre a documentação de trânsito vegetal, em níveis pouco superiores aos dos transportadores de animais. Conclui-se que o presente diagnóstico mostra uma realidade que necessita ser modificada por meio de um processo educativo que leve esse público a valorizar a documentação sanitária, por meio de um Projeto Educativo Específico para atender a essa carência. Palavras-chave: Educação sanitária; trânsito agropecuário; fiscalização de trânsito; diagnóstico educativo. III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 122 de 232
ATUAÇÃO DO SERVIÇO OFICIAL DE DEFESA EM FOCOS DE RAIVA DOS HERBIVOROS EM GURUPI- TO MIRANDA, H. C. M. 1; FONSECA, D. S. 2; TEODORO, T. M. S. 3. Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins, Gurupi-TO, e-mail ul-gurupi@adapec.to.gov.br. A raiva é considerada uma das zoonoses de maior importância em Saúde Pública por sua evolução drástica e letal, bem como por seu elevado custo social e econômico. O principal transmissor da raiva dos herbívoros é o morcego da espécie Desmodus rotundos. Como essa espécie é abundante em regiões de exploração pecuária, vários países latino-americanos desenvolveram programas para seu controle, uma vez que a vacinação de animais domésticos não impede a ocorrência de espoliações, nem a propagação da virose entre as populações silvestres. Atualmente a legislação federal que aprova as Normas Técnicas para o Controle da Raiva dos Herbívoros no Brasil é a Instrução Normativa Ministerial n° 5, de 1º de março de 2002. A atuação da Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (ADAPEC-TO) nos focos de propriedades rurais de Gurupi, objetivou realizar o controle dos morcegos hematófagos em refúgios localizados em explorações pecuárias, cadastrar e monitorar esses refúgios, orientar a vacinação sistemática contra raiva dos herbívoros por meio de visitas técnicas em propriedades rurais e promover a educação sanitária inerente ao Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros (PECRH). Em dezembro de 2011 foram notificadas na Unidade Veterinária Local (UVL) da ADAPEC de Gurupi, duas suspeitas de síndrome nervosa em bovinos. Os atendimentos às notificações foram realizados procedendo à colheita de material biológico (encéfalos bovinos) e encaminhamento para laboratório com diagnóstico presuntivo de raiva dos herbívoros. Com o resultado laboratorial positivo para raiva, iniciaram-se outros trabalhos de vigilância e investigação epidemiológica num raio de 25 km a partir das duas propriedades rurais que tiveram a confirmação da ocorrência da doença. Durante duas semanas, três equipes da ADAPEC compostas cada uma por, uma médica veterinária e um técnico em agropecuária, percorreram 101 propriedades rurais. As equipes relataram os casos confirmados de raiva na região orientando a vacinação dos herbívoros contra a raiva, entrevistaram produtores rurais acerca da existência de animais com sinais clínicos da doença ou sinais de espoliações provocadas por morcego, investigaram e avaliaram a existência de abrigos de morcegos hematófagos, realizaram a captura e o tratamento de 53 morcegos hematófagos da espécie Desmodus rotundos em duas cisternas abandonadas e, por último, promoveram uma palestra sobre raiva dos herbívoros numa escola rural da região do foco da doença. Existem muitos casos suspeitos de raiva não notificados, apesar de muitas propriedades rurais já realizarem vacinação contra a doença. Esses casos ocorrem em razão de poucas ações em educação sanitária. Palavras – chave: Educação sanitária, manejo da raiva, Desmodus rotundos.
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ANÁLISE DA VULNERABILIDADE QUANTO A REINTROD UÇÃO DE FEBRE AFTOSA EM MUNICÍPIOS NA B AHIA, B RASIL MATTOS, A.; COUTO, C. Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia - ADAB, Feira de Santana, adriana.mattos@adab.ba.gov.br. Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Serrinha, cleber.couto@yahoo.com.br. Países e áreas livres de Febre Aftosa (FA) correm o risco constante da reintrodução da doença, devido ao caráter altamente infeccioso do agente e a possibilidade de rápida disseminação a partir de áreas onde a enfermidade esteja ocorrendo. Frente ao risco de reintrodução da FA, a OIE (Organização Mundial de Sanidade Animal) considera como fator relevante a utilização de indicadores e estudos socioeconômicos e culturais que tenham alguma relação com o sistema de produção pecuária relacionado às espécies suscetíveis à FA. Este trabalho teve como objetivo caracterizar o sistema de produção e o perfil dos criadores, analisar o risco de reintrodução do agente nos municípios estudados e subsidiar o Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa com estratégias específicas para a região. O estudo foi realizado em oito municípios da região de Feira de Santana, Bahia e utilizados os números da distribuição de bovinos, contidos no banco de dados oficiais da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), que foram analisados e interpretados utilizando-se de indicadores que refletem e descrevem a dinâmica populacional dos rebanhos na região estudada determinada por suas formas de produção, sugerindo a vulnerabilidade e o risco de reintrodução para FA. Os resultados das variáveis produtivas, média de bovinos por propriedade (25 cab./propriedade), densidade bovina (média de 49,28 bovinos/km²), relação novilho/vaca (média de 0,54), relação bezerro/vaca (média de 0,18), relação vaca/total do rebanho (média de 0,33) e relação macho/fêmea (média de 1,15) demonstra homogeneidade no efetivo bovino por propriedade e caracteriza a região com predominância de pequenos criatórios, e pequenos criadores de cria e recria de bovinos, ou seja, apesar de possuírem fatores predeterminantes de risco, não possuem um fluxo intenso de ingresso de animais suscetíveis que poderiam carrear o vírus, sugerindo baixa vulnerabilidade e baixo risco para reintrodução da febre aftosa. Palavras-chave: aftosa, risco.
defesa
sanitária
animal,
indicadores
de
produção
pecuária,
febre
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IDENTIFICAÇÃO DE ESTABELECIMENTOS QUE REPRESENTAM RISCO A INTRODUÇÃO DA FEBRE AFTOSA EM MUNICÍPIOS NA BAH IA, BRASIL MATTOS, A.; COUTO, C. Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia - ADAB, Feira de Santana, adriana.mattos@adab.ba.gov.br. Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Serrinha, cleber.couto@yahoo.com.br. Para manutenção da condição sanitária de zona livre de febre aftosa (FA) com vacinação é exigida a implementação de atividades contínuas de vigilância epidemiológica entre estas a identificação e monitoramento de propriedades e pontos que representem risco a introdução do vírus, priorizando a intensificação da vigilância epidemiológica nestes estabelecimentos. Este trabalho teve como objetivos identificar em oito municípios da região de Feira de Santana, Bahia as propriedades rurais com bovinos que representam maior risco de reintrodução do vírus da FA e subsidiar o Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA) no estabelecimento de estratégias específicas para a região. Utilizando critérios, que ponderam a probabilidade da propriedade receber e/ou difundir o vírus da FA buscou-se estabelecer uma escala, identificando aquelas com maior risco, empregando as condições definidas e procurando responder a questão proposta: caso o vírus da FA ingresse nesse município em quais propriedades haverá maior probabilidade de ser identificado? Foram identificadas 56 propriedades que representa maior risco a reintrodução da FA, apresentando população de animais susceptíveis de 12.780 cabeças, o que representou apenas 2,68% da população de suscetíveis da região. Essas informações são imprescindíveis para o controle e prevenção da FA, pois a densidade populacional de suscetíveis pode contribuir para a permanência do vírus no meio ambiente e auxiliar na difusão da enfermidade para outras propriedades. Foram identificadas 16 propriedades com fluxo intenso de animais susceptíveis, parâmetro principal na definição dos níveis de risco, 5 pontos de abate, 2 laticínios, 5 locais de depósito de lixo e 2 feiras de animais.Os percentuais encontrados são considerados baixos tendo em vista a inexistência de assentamentos rurais na região, a posição geográfica, distante dos Estados com classificação de risco inferior, a grande quantidade de propriedades rurais na sua maioria de pequenos produtores que não comercializam seus animais. Pode-se considerar ainda a pequena quantidade de abatedouros e laticínios, locais de aglomeração e o fato de alguns municípios não possuírem lixão ou aterro sanitário. cleber.couto@yahoo.com.br. Palavras-chave: defesa sanitária animal, febre aftosa, risco.
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CONDUTA DOS VIVEIRISTAS E FLORICULTORES DE SANTO ANTÔNIO DE JESUS QUANTO À MOSCA-NEGRA-D OS-CITROS BARRETO, A. C.¹; MATTOS SOBRINHO, C. C. de²; SANTOS, E. S. da P.³ ¹Agência Goiana de Defesa Agropecuária, Goiânia-GO, arlete.barreto@agrodefesa.go.gov.br; ²Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, Itabuna-BA, cmattossob@yahoo.com.br; ³Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, Santo Antonio de Jesus-BA, emilepaz@yahoo.com.br. O transporte e comércio de vegetais e parte destes em desacordo com as normas fitossanitárias constitui uma ameaça à citricultura baiana. A mosca-negra-dos-citros é um inseto picadorsugador conhecido cientificamente como Aleurocanthus woglumi Ashby. Suas formas imaturas e adultas sugam a seiva das plantas, alimentando-se do floema, deixando-as debilitadas, levando ao murchamento e na maioria das vezes à morte, prejudicando principalmente as folhas novas em crescimento. É uma praga quarentenária presente no Extremo Sul e Litoral Sul do estado da Bahia e atualmente ameaça a região do Recôncavo Sul. O trabalho educativo com adultos não se constitui uma tarefa fácil, pois os mesmos possuem costumes e conceitos formados. A educação sanitária é uma ferramenta que promove mudanças de comportamentos e atitudes frente aos problemas sanitários, proporcionando a conscientização da população de forma crítica e participativa, sendo fundamental para obtenção de resultados positivos das ações de prevenção. O objetivo deste trabalho foi identificar a conduta dos proprietários de viveiros, hortos e floriculturas do perímetro urbano do município de Santo Antônio de Jesus, BA com relação à praga mosca-negra-dos-citros. Este conhecimento serve de subsídio na escolha da metodologia educativa mais adequada para inserção entre os mesmos do tema “Pragas quarentenárias que ameaçam a citricultura baiana” e como preveni-las. Foram selecionados os estabelecimentos localizados no perímetro urbano que comercializam mudas de plantas ornamentais e ou frutíferas. Em seguida foram aplicadas as proprietárias entrevistas estruturadas e não estruturadas, com observações diretas, por meio de questionário contendo 26 questões e os dados obtidos avaliados qualiquantitativamente. Os resultados demonstraram que os estabelecimentos comercializam mudas adquiridas de outros estados sem a devida documentação sanitária e que suas proprietárias estão desprovidas de informações com relação às exigências fitossanitárias, o que facilita a entrada das pragas quarentenárias presentes. É um público adulto entre 31 a 60 anos, necessitando inserir durante o planejamento métodos educativos variados, com a valorização dos conhecimentos e habilidades adquiridos. O fato de possuírem o Ensino Fundamental II completo como grau de escolaridade mínimo, facilita a introdução de novos conceitos e procedimentos. É necessária a implementação de projeto educativo sanitário, com base no diagnóstico educativo realizado, visando a mudança de conduta das proprietárias de viveiros, hortos e floriculturas, como uma das estratégias de prevenir o avanço da praga no Estado da Bahia. Palavras-chave: educação sanitária, praga quarentenária, comportamento, sanidade vegetal. III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 126 de 232
IMPACTO NA Q UALIDADE DA MANGA, MAN GIFERA INDIC A, DESTINADA AO MERCADO INTERNO, INFESTADA POR MOSCAS-DAS-FRUTAS AGUIAR, W.M.M.1; NASCIMENTO, A.S.2; MIRANDA, S.H.3. GUTIERREZ, A.S.D.4; ALMEIDA,G.B.4. 1. Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), Livramento de Nossa Senhora – BA, weber.aguiar@adab.ba.gov.br. 2. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA Mandioca e Fruticultura), Cruz das Almas – BA, antnasc@embrapa.gov.br. 3. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/Universidade de São Paulo (ESALQ/USP), Piracicaba – SP, sghmiranda@usp.br. 4. Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), adias@ceagesp.gov.br, gabriel.bitencourt@gmail.com As moscas-das-frutas são as principais pragas da fruticultura mundial. São insetos que causam dano direto ao produto final - o fruto, sendo classificadas como pragas-chaves das fruteiras e, como tal, atinge o nível de dano econômico em densidades populacionais baixas, merecendo cuidados especiais durante o período de frutificação, sobretudo em pomares orientados para o mercado externo. O problema é ampliado na medida em que o foco de infestação se localiza em áreas próximas aos pomares comerciais, ocorrendo à migração e infestação de frutos naqueles locais, dificultando o controle da praga e inviabilizando a comercialização de frutas frescas. Os países importadores da manga in natura, estabelecem fortes barreiras quarentenárias, com destaque para as moscas-das-frutas, resultando em uma série de exigência para o sistema de produção como monitoramento populacional da praga, cadastramento dos pomares e tratamento pós-colheita da fruta. Em julho de 2011, efetuou-se uma enquete junto aos consumidores da cidade de São Paulo, um dos maiores centros de destino dessas frutas produzidas no Brasil. Aplicou-se 400 (quatrocentos) questionários em diversos locais de comercialização de frutas frescas: supermercados, feiras livres, varejões de frutas e englobando todas as classes sociais. Cerca de 50 % dos(as) entrevistados(as) compõem a faixa salarial entre 2,0 e 10,0 salários mínimos; A frequência de aquisição de frutas variou é de 2 a 5 vezes/semana; O principal critério adotado pelo consumidor de manga está relacionado com a aparência/qualidade externa do fruto; A grande maioria dos(as) consumidores desconhecem os sintomas de ataque de moscas-das-frutas; Dentre os entrevistados 35 % alegaram já ter adquirido frutas com larvas de moscas-das-frutas e quando observou esse dano, aproveitou partes do fruto; Cerca de 80 % dos(as) entrevistados(as) mostrou-se disposto(a) a pagar até 10 % mais caro por uma manga isenta da infestação de mosca-das-frutas. Conclui-se que o controle sistemático das moscas-das-frutas é uma prática indispensável não apenas quando a fruta é destinada ao mercado externo e que campanhas de esclarecimento devem ser adotadas. Palavras chave: qualidade de frutas, fitossanidade, impacto econômico *Parte da Dissertação de Mestrado Profissional em Defesa Agropecuária na Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) do primeiro autor III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 127 de 232
ONZE ANOS DE MONITORAMENTO POPULACION AL DE MOSCAS-DAS-FRUTAS NO PÓLO FRUTICOLA DO VALE D O RIO BRUMADO, BA AGUIAR, W.M.M.1; SÁ, R.F.1; OLIVEIRA, R.C.1; BRANDÃO, M.H.T.1; NASCIMENTO, A.S.2. 1. Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), Livramento de Nossa Senhora – BA, weber.aguiar@adab.ba.gov.br, ricarfal@gmail.com, rco04@yahoo.com.br, heloisabrandao@uol.com.br 2. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA Mandioca e Fruticultura), Cruz das Almas – BA, antnasc@embrapa.gov.br. Moscas-das-Frutas é o termo usado para designar um grupo de pragas da família Tephritidae cujos efeitos econômicos têm sido mundialmente reconhecidos. São insetos que causam dano direto ao produto final, o fruto, sendo classificados como pragas-chaves das fruteiras e, como tal, atinge o nível de dano econômico em densidades populacionais baixas, merecendo cuidados especiais. O monitoramento populacional permite o acompanhamento da flutuação da praga em certa área, ou a detecção de espécies exóticas ou quarentenárias. São utilizadas armadilhas dos tipos Mcphail e Jackson com os atrativos proteína hidrolisada e trimedilure respectivamente. Assim, o monitoramento permite caracterizar a população dos tefritideos do ponto de vista quantitativo e qualitativo. O Pólo Frutícola do Vale do Rio Brumado localizado na região sudoeste do Estado da Bahia, compreendido pelos municípios de Livramento de Nossa Senhora e D. Basílio, distante cerca de 700 km de Salvador, possui aproximadamente 11.500 hectares de manga plantados, dos quais, cerca de 8.500 hectares estão em plena produção. O clima é ameno, onde a temperatura média anual é de 22,6º C e uma altitude de 480 metros. O Programa de Monitoramento e Controle é executado pelos produtores através da Associação dos Produtores de Manga de Livramento e Região para o Controle das Moscas-das-Frutas (APROMOL), sob a coordenação da ADAB, e auditado pelo (MAPA) Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América (USDA/APHIS). Foram analisados dados de flutuação populacional da praga neste Pólo Frutícola no período compreendido entre os anos de 2000 a 2011 onde o maior índice ocorreu no ano de 2001 atingindo um Mosca/Armadilha (MAD) regional de 0,500 e o menor pico populacional foi observado no ano de 2007, atingindo um MAD de 0,056. A avaliação desses índices permite definir estratégias de controle, tornando-as mais eficazes. Palavras-chave: flutuação populacional, praga, tefritideos, manga
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IMPACTO DAS AVERMECTIN AS E O CONTROLE DE RESÍDUOS NA BOVINOCULTURA DE CORTE ROCHA, R. S. 1; SOUSA, A. S. 1; FEIJÓ, L. D.1; DANTAS, R. M. 1; 1 Coordenação de Controle de Resíduos e Contaminantes da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Brasília, Distrito Federal. rafael.rocha@agricultura.gov.br; anderson.sousa@agricultura.gov.br; leandro.feijo@agricultura.gov.br; rodrigo.dantas@agricultura.gov.br. A extensão territorial do Brasil permite explorar os benefícios da bovinocultura a extensiva com menor custo produtivo, sendo esse um grande diferencial para a pecuária nacional. Porém nesse sistema produtivo os animais acabam sendo expostos a diversos fatores ambientais, como variações de temperatura, excessivas precipitações e intensas estiagens. Essas condições geram um cenário de predisposição dos animais a doenças causadas por endo e ectoparasitas (nematódeos gastrintestinais, carrapatos, moscas e larvas), responsáveis por efeitos deletérios sobre o ganho de peso, conversão alimentar, desempenho reprodutivo, qualidade de carcaça, sistema imunológico e, em alguns casos, levando a morte do animal. Como ferramenta para o controle das parasitoses supracitadas, são utilizados produtos veterinários a base de avermectinas (abamectina, doramectina, moxidectina e ivermectina), por possuírem uma série de características benéficas, dentre elas o amplo espectro de ação e elevada eficiência e eficácia no tratamento da maioria das parasitoses gastrointestinais e infestações pela mosca-do-chifre, carrapatos e bernes. A ocorrência de resíduos das avermectinas na carne bovina acima dos limites de referência estabelecidos para o consumo (os limites de referência, denominados LMR’s - Limite Maximo de Resíduo - são recomendados pela Comissão do Codex Alimentarius, organização da qual o Brasil é membro signatário) advém, principalmente, do desrespeito às recomendações de uso dos produtos, relacionadas à indicação de uso, dosagem, via de administração e período de carência. No Brasil, a responsabilidade pelo monitoramento oficial de resíduos de produtos veterinários e contaminantes em produtos de origem animal é da Coordenação de Resíduos e Contaminantes (CRC), órgão da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do MAPA. A presente avaliação foi pautada no diagnóstico do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – PNCRC/MAPA. Os dados pesquisados referem-se à prevalência das violações de ivermectina em fígado de bovinos abatidos no Brasil, em estabelecimentos sob o Serviço de Inspeção Federal – SIF, no período de 2002 a 2011, em que foram encontrados os seguintes resultados: 0,67%, 0%, 0,41%, 0,86%, 1,85%, 1,67%, 0,47%, 4,1%, 1,02% e 1,54%, respectivamente. As avermectinas representam 30,46% das violações do PNCRC/MAPA, fato que sinaliza a importância da adoção de medidas para a pecuária brasileira no âmbito do controle da venda de produtos veterinários antiparasitários, da realização de ações de educação sanitária direcionadas aos produtores rurais, quanto ao correto e adequado uso das tecnologias disponíveis, uma vez que as inconformidades detectadas decorrem, principalmente, de deficiências nas boas práticas agropecuárias. Palavras-chave: Ivermectina, segurança alimentar, resíduos químicos. III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 129 de 232
PRIMEIRO REPORTE N A BAHIA DE UM S URTO DE ECTIMA CONTAGIOSO EM CAPRINOS LEITEIROS OLIVEIRA, A.S.1; MAIA NETO, A. L.2; SARDI, S.3. 1
Agência de Defesa Agropecuária da Bahia, Serrinha, adajane.oliveira@adab.ba.gov.br; 2 Agência de Defesa Agropecuária da Bahia, Salvador, lemos.maia@adab.ba.gov; 3 Laboratório de Virologia da UFBA, Salvador, sisardi@yahoo.com.br. Ectima contagioso (EC) é uma virose cosmopolita, causado pelo vírus ORF pertencente à família Poxviridade. O vírus causa lesões pustulares agudas na pele de ovinos e caprinos, e pode induzir infecções cruzadas com outras espécies inclusive o homem (zoonose). A doença acomete comumente animais com 3 a 6 meses, embora animais com 10 a 12 dias de idade e adultos possam ser gravemente acometidos. O EC tem importância econômica considerável, pois apresenta alta morbidade, podendo chegar a 100% e a mortalidade raramente excede 1%. Entretanto quando a infecção bacteriana secundária (estafilocócica) ocorre, a taxa de mortalidade pode subir para níveis de 20 a 50%. No Brasil, o EC foi descrito pela primeira vez em São Paulo e posteriormente em Pernambuco, Rio Grande do Sul, Ceará, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O objetivo deste trabalho é reportar a primeira notificação, na Bahia, de um surto de EC em dois rebanhos de caprinos leiteiros, no município de Araci. Os atendimentos foram feitos em 10 de novembro de 2010 e, se constatou os sinais clínicos da doença através da verificação de crostas nas comissuras labiais de um rebanho e nas tetas do outro rebanho. Estas crostas foram coletadas, acondicionadas individualmente, em glicerina buferada e encaminhadas ao Laboratório de virologia do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Bahia. O material foi submetido à extração do DNA (ácido desoxirribonucleico) e depois à técnica de reação em cadeia de polimerase (PCR) com resultados positivos para a amplificação do gen da glicoproteína do envelope viral (iniciadores BL2 e F1). Todos os animais se curaram de 35 a 40 dias. Os resultados reafirmam o conceito de que se trata de uma doença raramente fatal, com alto potencial contagioso. Esses dados reforçam a importância de se conhecer e controlar essa doença corretamente nos rebanhos de pequenos ruminantes reduzindo assim o impacto econômico sobre estes, principalmente porque se constata que todos os produtores conhecem a doença, mas negligenciam a prevenção e controle, realizando apenas o tratamento sintomático sem consultar Veterinários ou remeter material para confirmar o diagnóstico. A natureza de uma doença, especialmente sua epidemiologia e o potencial de disseminação sobre populações animais e humanas, é de importância relevante e de preocupação das autoridades veterinárias nacionais, para mensurar as ameaças de países importadores, regiões ou rebanhos. E no caso do EC, sua importância é realçada por ser uma enfermidade de diagnóstico diferencial para Febre Aftosa. Palavras-Chave: Ectima Contagioso, pequenos ruminantes, Defesa Sanitária Animal. III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 130 de 232
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA OCORRÊNCIA DA LE UCOSE ENZOÓTICA BOVINA EM PROPRIEDADES DO ESTADO DA BAHIA SANTOS, M. P. J. B.1; ROSA, M. R. G.2; RIBAS, J. R. L.3; SILVA, A. A. R. 4; MOREIRA, T. B. M. B.5; MASCARENHAS, M. T. V. L.3 1 Estagiária ADAB Salvador, maira_hun@yahoo.com 3 Fiscal Estadual Agropecuário ADAB Salvador, jrlribas@ig.com.br, mtmascarenhas@terra.com.br 2 Médica Veterinária ADAB Salvador, marialicerocha@yahoo.com. 4 Bolsista FAPESB/EBDA Salvador, andresa.ribeiro@hotmail.com. 5 Bolsista CNPq Salvador, tecaberna1@hotmail.com. O retrovírus da Leucose enzoótica bovina (LEB) acomete rebanhos em todo o mundo, com diagnóstico em diversas regiões do Brasil, inclusive na Bahia. Os sinais clínicos, quando presentes, variam de acordo com os órgãos afetados, geralmente levando os animais ao óbito. Cursa com queda na produtividade leiteira, sendo responsável por diversas perdas econômicas neste setor, além da imposição de barreiras sanitárias em diversos países. Este estudo teve o objetivo de realizar análise epidemiológica, tendo como base o diagnóstico sorológico, utilizando o teste de imunodifusão em gel de ágar. Foram analisados soros de 708 bovinos distribuídos em 43 propriedades de seis municípios de duas regiões do Estado da Bahia, considerando as variáveis: propriedade; município; sexo; e tipo de atividade produtiva. A positividade encontrada foi 3,9%, com municípios variando de 0,8 a 12,7%. Considerando as propriedades examinadas a positividade variou de zero a 33,3% %. Apesar da positividade relacionada ao sexo ter sido superior 85,2% para as fêmeas, não houve significância nesta diferença. Esse experimento confirma a presença da Leucose enzoótica bovina no Estado da Bahia em municípios até o momento não diagnosticados. As diversas positividades demonstram também, um risco dez vezes maior para atividades de produção de leite, o que pode estar relacionado à importante influência na disseminação e permanência da doença, principalmente em rebanhos leiteiros, assim como já demonstrado em outras localidades do mundo. São necessárias atividades de educação ambiental alertando os produtores sobre a existência da enfermidade e de como ela é transmitida. Profissionais como tratadores, médicos veterinários e zootecnistas também devem ser alertados e educados, já que representam um importante papel na disseminação da Leucose enzoótica bovina. A instituição de um programa profilático pode representar importante medida de controle da enfermidade, uma vez que este seja desenvolvido de acordo com as diferentes necessidades regionais do estado. Palavras-chave: Retrovírus. Rebanho leiteiro. Fatores de risco.
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INVESTIGAÇÃO DE BABESIA C ABALLI E THEILERIA EQUI EM EQUÍDEOS NO MUNICÍPIO DE ENTRE RIOS, BAHIA MOREIRA,T. B. M. B.1; MACEDO, A. C. C. 2; SILVA, A. A. R.3; SANTOS, M. P. J. B. 4; ROSA, M. R. G.5; RIBAS, J. R. L. 6. 1 Bolsista CNPq Salvador, tecaberna1@hotmail.com. 2 Bolsista FAPESB/EBDA Salvador, alan_caine@yahoo.com.br. 3 Bolsista FAPESB/EBDA Salvador, andresa.ribeiro@hotmail.com; 4 estagiária ADAB Salvador, maira_hun@yahoo.com 5 Médica Veterinária ADAB Salvador, marialicerocha@yahoo.com.br 6 Fiscal Estadual Agropecuário ADAB Salvador, jrlribas@ig.com.br A Babesiose equina é uma das principais enfermidades parasitárias dos equinos, ocupando lugar de destaque devido aos danos causados a saúde animal, gastos com medicamentos, além de ser o principal impedimento para o trânsito internacional dos animais sorologicamente infectados. Causada pelos hemoparasitos Theileria equi (anteriormente chamada de Babesia equi) e Babesia caballi essa infecção atinge além dos equinos, asininos, muares, pôneis e zebras podendo evoluir de forma aguda, subaguda ou crônica. Também representa importante diagnóstico diferencial para diversas enfermidades neurológicas, tornando-se uma ferramenta essencial para a defesa sanitária animal. A transmissão da enfermidade é feita por carrapatos do gênero Dermacentor, Hyalomma e Rhipicephalus que são influenciados por condições climáticas, principalmente em países tropicais como o Brasil. Com o objetivo de investigar a ocorrência de Babesia caballi e Theileria equi em equinos alojados na fazenda experimental da Universidade Federal da Bahia no município de Entre Rios, foram coletadas 38 amostras de sangue que foram avaliadas pela pesquisa direta em esfregaço sanguineo e por meio do teste imunoenzimático por competição (c-ELISA), metodologia atualmente recomendada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Na pesquisa direta dos esfregaços, parasitos foram detectados em oito amostras. Os resultados sorológicos obtidos revelaram que 100% dos animais são positivos para babesiose equina. A frequência de animais com sorologia positiva para Theileria equi foi quatro (10,5%), para Babesia caballi de quatro (10,5%) e para infecção concomitante 30 (79%). Animais que vivem em sistema de criação extensiva, aumentando a probabilidade de contato com o carrapato, falta de manejo diário, acarretando na permanência do parasita no hospedeiro e fatores climáticos como temperatura e umidade relativa, são condições que podem justificar o maior número de animais com sorologia positiva para a doença. Considerando esses resultados conclui-se que a babesiose equina está generalizada na propriedade, sugerindo que os animais que ingressem na fazenda sejam avaliados preferencialmente pelo método de c-ELISA, devido à alta sensibilidade e especificidade. Palavras-chave: Theileria equi. Babesia caballi. Esfregaço sanguíneo. c-ELISA
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FREQUÊNCIA DE ANIMAIS RE AGENTES PARA CAEV AN ALIS ADOS PELO LABORATÓRIO DE SANIDADE ANIMAL DA ADAB SILVA, A.A.R.1 ; ROSA, M.R.G. 2; MOREIRA, T.B.M.B. 3; SANTOS, M.P.J.B.4; GRANA, J.C.S.4; RIBAS, J.R.L.5 1 Bolsista FAPESB/EBDA Salvador, andresa.ribeiro@hotmail.com; 2 Médica Veterinária ADAB Salvador, marialice.rocha@adab.ba.gov.br; 3 Bolsista CNPq Salvador, tecaberna1@hotmail.com ; 4 Estagiário ADAB Salvador, maira_hun@yahoo.com, joaocsgrana@hotmail.com; 5 Fiscal agropecuário ADAB Salvador, jrlribas@ig.com.br A Artrite Encefalite Caprina (CAE) é uma doença lentiviral de caprinos, que apresenta natureza crônica, degenerativa e acomete animais de diferentes faixas etárias. Possui distribuição mundial e alta prevalência em regiões onde a caprinocultura leiteira é intensiva. O diagnóstico laboratorial preconizado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) é a Imunodifusão em gel de Agarose (IDGA) e o controle da doença deve ser feito com a identificação precoce e remoção de animais soropositivos. O trabalho teve como objetivo, pesquisar a frequência de animais reagentes para CAE, assim como a distribuição e mapeamento dos focos, nos municípios que fazem parte das gerências da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Estado da Bahia (ADAB), relacionando a quantidade de animais reagentes por propriedade. O presente estudo foi realizado no Laboratório de Sanidade Animal (Ladesa), no setor de Virologia, no período compreendido entre janeiro de 2010 a abril de 2011, a partir da coleta de dados dos arquivos dessa Agência e identificação de animais reagentes e não reagentes, em 58 propriedades pertencentes a 13 municípios. No total de 701 animais analisados, seis animais de diferentes raças (01 SRD, 02 Anglonubiano, 03 Saanen) foram reagentes, sendo um macho e cinco fêmeas e todos acima de um ano. Os animais reagentes pertencem aos municípios de Itaberaba, Juazeiro e Feira de Santana. Conclui-se a presença da enfermidade no Estado da Bahia e, apesar da frequência da CAE ter sido maior em fêmeas, animais acima de um ano de idade e pertencentes a raças puras, são necessários maiores estudos para se confirmar o resultado do trabalho realizado, através de um estudo epidemiológico da enfermidade e dessa forma melhorando o monitoramento da doença. Palavras-chave: CAEV, Sororeagente, Caprino
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CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA RAIVA D OS HERBÍVOROS NO ESTADO DA BAHIA NO PERÍODO DE 2010 A 2011 ALMEIDA, A.V.A.F1.; ALVES, J.N.M2.; GUIMARÃES, S.A.F1; NORONHA, R.P2.; PAIM, L.R.M. 2; RIBAS, J.R.L2. 1Bolsista FAPESB/EBDA Salvador, anavaleria.silva@ebda.ba.gov.br, sara.guimaraes@ebda.ba.gov.br, 2Fiscal Estadual Agropecuário/ADAB Salvador, neder.jose@ig.com.br, rejane.peixoto@adab.ba.gov.br, roberto.paim@adab.ba.gov.br, jorge.ribas@adab.ba.gov.br A raiva, uma das zoonoses de maior importância em Saúde Pública, causa encefalomielite fatal em diversas espécies animais, inclusive em humanos, além de enormes prejuizos socioeconômicos. Esta enfermidade apresenta distribuição mundial e tem o morcego hematófago Desmodus rotundus como reservatório mais importante. O Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH), executado pelo Departamento de Saúde Animal (DSA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), tem como objetivo o efetivo controle da ocorrência da doença no país, através de vacinação estratégica de espécies suscetíveis, controle do D. Rotundus e de outras medidas profiláticas e de vigilância. O Estado da Bahia, através da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (ADAB), vem desenvolvendo ações locais em apoio a este programa nas 16 coordenadorias regionais que compreendem os 417 municípios do Estado como atendimento às propriedades com casos suspeitos de raiva e colheita de material para diagnóstico laboratorial, dentre outras. As amostras obtidas pelos fiscais estaduais da ADAB são encaminhadas ao Laboratório de Sanidade Animal (LADESA), onde são triadas e enviadas ao Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Moniz (LACEN) para diagnóstico de raiva através da técnica de Imunofluorescência Direta (IFD) e prova biológica de inoculação intracerebral em camundongos (IIC). Durante o período de janeiro de 2010 a dezembro de 2011 foram coletadas 179 amostras, sendo de bovinos (150), equinos (20), ovinos (05) e caprinos (04), as quais foram utilizadas no presente estudo, que teve com objetivo traçar um perfil epidemiológico da enfermidade no Estado da Bahia. Os resultados demonstraram 34,1% (61/179) de animais positivos, sendo que no ano de 2011 houve um decréscimo de 5,3 pontos percentuais no índice de positividade em relação ao ano anterior. Equinos e bovinos foram os mais afetados com, respectivamente, 35% (7/20) e 34,6% (52/150) casos de raiva confirmados laboratorialmente, seguidas de caprinos 25% (1/4) e ovinos 20% (1/5). Conclui-se que as espécies equina e bovina foram as mais acometidas e que houve uma intensificação da vigilância, o que pode ser verificado com o aumento de amostras coletadas e com a redução do número de focos de 2011 em relação a 2010. As ações de vigilância adotadas devem ser ampliadas a fim de que haja um efetivo controle da doença, minimizando prejuízos à produção pecuária e preservando a saúde pública no Estado. É importante que estudos futuros analisem informações de um período mais amplo a fim de se obter melhor compreensão da efetividade das medidas adotadas. Palavras-chave: raiva, herbívoros, epidemiologia, Bahia. III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 134 de 232
RESÍDUOS DE RACTOPAMINA E O SPLIT-SYSTEM PARA PRODUÇÃO DE SUÍNOS LIVRES DE RACTOPAMINA ROCHA, R. S. 1; SOUSA, A. S. 1; FEIJÓ, L. D.1; DANTAS, R. M. 1; 1 Coordenação de Controle de Resíduos e Contaminantes da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Brasília, Distrito Federal. rafael.rocha@agricultura.gov.br; anderson.sousa@agricultura.gov.br; leandro.feijo@agricultura.gov.br; rodrigo.dantas@agricultura.gov.br. O cloridrato de ractopamina é um agonista de beta-adrenoceptores utilizado na alimentação animal, principalmente em suínos em fase de terminação, para promover o aumento de carne magra e a redução do total de gordura na carcaça. Considerando que o volume de carne suína brasileira exportada entre janeiro/2011 e janeiro/2012 (34.809 e 37.756 tons, respectivamente), apresentou um crescimento de 8,47%, conforme a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína – ABIPECS, e a proibição de uso dos agonistas de betaadrenoceptores na União Européia, ficam evidentes o volume e importância da carne suína no agronegócio mundial, se fazendo necessário o monitoramento dos resíduos de ractopamina na carne suína - atualmente a recomendação de um Limite Máximo de Resíduo (LMR) para ractopamina está em discussão no Codex Alimentarius, organização internacional da qual o Brasil é signatário, porém vários impasses têm sido impostos à recomendação de um LMR. No Brasil, o Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – PNCRC/MAPA é responsável pela monitoria dos resíduos de produtos de uso veterinário, pesticidas e contaminantes ambientais em produtos de origem animal, realiza desde 2007 o monitoramento de ractopamina em suínos. Dentre as 332 amostras de músculo e, desde 2010, as 240 de urina, foram encontrados resultados mensuráveis apenas nas amostras de urina, em função da farmacocinética da substância, resultando em 176 detecções de resíduos de ractopamina. Nesse contexto o MAPA, junto ao setor produtivo nacional, elaborou uma proposta de “Split-System” para produção de carne suína livre de ractopamina com o intuito de abrir novos mercados para o agronegócio da carne suína. Assim, em 2010, foi implementado em Santa Catarina o piloto do “Split-System”, no qual o MAPA realizou a fiscalização das fábricas de ração dedicadas (para que os animais não tivessem contato com a substância em nenhuma fase do ciclo produtivo), bem como monitorou a presença de resíduos de ractopamina nos animais do Split-System abatidos em estabelecimentos sob o Serviço de Inspeção Federal – SIF, enquanto a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – CIDASC realizou a certificação e verificação de conformidade das propriedades participantes. Considerando a situação da ractopamina no contexto do agronegócio mundial e sua importância como tecnologia de produção, o MAPA continuará com o monitoramento de ractopamina em suínos no PNCRC/MAPA e, junto às indústrias interessadas, dará continuidade à consolidação do “Split-System” a fim de prover garantias inequívocas quanto à eficácia do programa. Palavras-chave: Ractopamina, Resíduos e Contaminantes, Suínos, Split-System III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 135 de 232
OCORRÊNCIA DA ANEMIA IN FECCIOSA EQUINA NA BAHIA NO PERÍODO DE JANEIRO 2009 A FEVEREIRO 2012. ROSA, M. R. G.1; MOREIRA, T. B. M. B.2; RIBEIRO, A. A. S.3; GRAÑA, J. C. S.4; SANTOS, M. P. J. B.5; RIBAS, J. R. L.6. 1 Laboratório de Sanidade Animal (LADESA)/Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), Salvador; marialicerocha@yahoo.com.br; 2 LADESA/ADAB, Salvador; tecaberna1@hotmail.com 3 LADESA/ADAB, Salvador; andresa.ribeiro@hotmail.com; 4 LADESA/ADAB, Salvador; joaocsgrana@hotmail.com 5 LADESA/ADAB; Salvador; maira_hun@yahoo.com, 6 LADESA/ADAB, Salvador; jlrribas@ig.com.br A Anemia Infecciosa Equina, causada por um lentivírus, é considerada uma das principais doenças infecto-contagiosas da equideocultura para qual não há tratamento ou vacinação e a legislação vigente preconiza a eutanásia dos animais soropositivos. A transmissão ocorre principalmente por insetos hematófagos da Família Tabanidae, entretanto, na transmissão iatrogênica o homem se torna o principal responsável, através da utilização inadequada de agulhas, seringas e instrumentos cirúrgicos contaminados. Sendo o equídeo doente o principal elo da cadeia epidemiológica, o contato direto com esses animais e suas secreções se torna um importante fator de risco para animais sadios. A Imunodifusão em Gel de Agar (IDGA) foi desenvolvida com o intuito de detectar anticorpos precipitantes, sendo o método reconhecido oficialmente pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) como diagnóstico padrão, devendo ser realizada apenas em laboratórios credenciados pelo MAPA. Em decorrência dos altos índices da enfermidade em alguns estados do país e do silêncio epidemiológico em outros, são necessários estudos epidemiológicos da epizootia. Com este objetivo, dados obtidos junto ao Laboratório de Sanidade Animal da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia foram analisados, avaliando-se a situação da enfermidade nos municípios baianos no período de Janeiro de 2009 à Fevereiro de 2012. Em 2009 foram realizados 3.962 exames, sendo 181 amostras (4,56%) positivas, em 2010 das 5.287 amostras processadas, 235 (4,44%) foram positivas, em 2011 foram encontradas 470 (8,87%) amostras positivas, dentre as 5.293 testadas. Até Fevereiro de 2012, já foram processadas 411 amostras, tendo sido encontradas 17 (4,13%) amostras positivas ao IDGA. O número de municípios onde houve coleta e remessa de amostras ao laboratório cresceu de 71 no ano 2009 para 96 em 2010. Em 2011 foram 93 municípios. Diante dos dados e da importância da enfermidade para o desenvolvimento da equideocultura, bem como de outras culturas, conclui-se que há ocorrência no estado, havendo necessidade de implementação de ações de defesa sanitária animal, tais como fiscalização do trânsito e eventos equestres, quarentena de animais adquiridos e de potros filhos de mães positivas, além de práticas adequadas de manejo na propriedade como controle de vetores, manutenção de boas condições sanitárias e individualização de acessórios utilizados nos animais. É necessária ainda uma maior interação entre os componentes da cadeia, produtores, órgão fiscalizadores, laboratórios e profissionais autônomos como medidas para ajudar na prevenção e controle da enfermidade. Palavras-chave: Equídeo, Levantamento, IDGA, Anemia Infecciosa Equina. III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 136 de 232
LEVANTAMENTO SOROEPIDEMIOLOGICO DE BRUCELOSE OVINA NAS MICRORREGIÕES DE BARREIRAS E JUAZEIRO SANTANA, P.C.1.; DUARTE, L. F C. 2; SANTOS, S.L. 3.; SANTOS, M.S.S. 4; CARVALHO, L.F. 5; RIBAS, J.R.L. 6. 1. Bolsista FAPESB/EBDA Salvador, patriciachaves2002@yahoo.com.br; 2. Bolsista FAPESB/EBDA Salvador, laridefatima@hotmail.com; 3. Bolsista FAPESB/EBDA Salvador, ls_sara@yahoo.com.br; 4. Bolsista FAPESB/EBDA Salvador, sampaiomanu@hotmail.com; 5. Estagiária ADAB Salvador, loreflorence@hotmail.com; 6. Fiscal Estadual Agropecuário/ADAB Salvador, jrlribas@ig.com.br. A brucelose ovina, também conhecida como epididimite dos ovinos, cujo agente causal é a bactéria Brucella ovis, é uma doença contagiosa de caráter crônico, que causa alterações no sistema reprodutor dos animais afetados, sendo caracterizada por um quadro clinico de epididimite nos machos e placentite nas fêmeas com raros casos de abortamento. Essa leva a perdas econômicas significativas para o sistema de produção, devido às falhas reprodutivas e o descarte precoce dos animais. Com o crescimento da ovinocultura no Estado da Bahia e a deficiência de estudos epidemiológicos em algumas regiões do estado, o presente trabalho objetivou realizar uma avaliação sorológica da frequência de anticorpos anti-Brucella ovis em sete municípios das microrregiões de Barreiras e Juazeiro. A pesquisa abrangeu os municípios de Buritirama, Campo Alegre de Lourdes, Casa Nova, Formosa do Rio Preto, Mansidão, Pilão Arcado e Remanso. Para a pesquisa de anticorpos anti-Brucella ovis foi utilizada a técnica de imunodifusão em gel de ágar (IDGA), com antígeno composto por lipopolissacarídeos e proteínas de B. ovis, amostra Reo 198 produzidos pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (TECPAR). Das 796 amostras submetidas ao teste de IDGA, 1,69% (13/769) foram reagentes. Dessas 53,85% (7/13) eram de Casa Nova, 46% (5/13) de Mansidão, e 1,69% (1/13) de Pilão Arcado. Estes resultados demonstram a presença da B. ovis nos rebanhos comerciais de ovinos do das microrregiões de Barreiras e Juazeiro na Bahia, e indicam a necessidade de estudos mais amplos com amostragens significativas da população ovina, e adoção de medidas sanitárias de controle e prevenção para evitar a propagação da doença. Palavras-chave: Brucella ovis, brucelose ovina, epididimite, ovinocultura.
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FREQUÊNCIA DE ANTICORPOS ANTI-NEOSPORA CANINUM EM BOVINOS LEITEIROS DA MICRORREGIÃO DE IRECÊ, BAHIA MACHADO, C. G. 1; MACEDO, A. C. C. 2; GRAÑA, J. C. S. 3; SANTOS, M. P. J. B. 4; MOREIRA, T. B. M. B. 5; RIBAS, J. R. L. 6. 1. Estagiária EBDA Salvador, camila-mac@hotmail.com; 2. Bolsista FAPESB/EBDA Salvador, alan_caine@yahoo.com.br; 3. Estagiário ADAB Salvador, joaocsgrana@hotmail.com; 4. Estagiária ADAB Salvador, maira_hun@yahoo.com; 5. Bolsista CNPq Salvador, tecaberna1@hotmail.com; 6. Fiscal Estadual Agropecuário ADAB Salvador, jrlribas@ig.com.br. A neosporose bovina é uma infecção parasitária causada pelo protozoário Neospora caninum, sendo considerada uma das principais causas de abortamentos em bovinos de diversas regiões do mundo. O agente é transmitido de forma horizontal e vertical, sendo a última o principal meio de transmissão em bovinos. Nesse sentido, a neosporose possui uma grande importância econômica, principalmente devido às perdas reprodutivas que produz, incluindo retornos ao cio com intervalos regulares ou irregulares, abortos, nascimento de bezerros fracos e inviáveis com sinais neurológicos ou persistentemente infectados. O presente estudo teve como objetivo investigar a frequência da infecção pelo N. caninum na microrregião de Irecê, Bahia, através da detecção de anticorpos contra o agente em bovinos leiteiros. Para isso, foram utilizadas 267 amostras de sangue coletadas de animais pertencentes a sete propriedades em cinco municípios da área estudada. As amostras de soro foram testadas para a presença de anticorpos anti-N. caninum através do teste ELISA indireto. Considerando-se o número de bovinos soropositivos com relação ao total coletado, a prevalência de animais com anticorpos anti-N. caninum foi de 16,1% (43/267), indicando que os mesmos em algum momento tiveram contato com o parasito. Foi detectada a presença de animais soropositivos em todos os municípios e propriedades, além de cães em todas as propriedades, podendo ser este um importante fator de risco na transmissão do agente etiológico. A prevalência encontrada é considerada moderada, no entanto este resultado sugere que a infecção pelo N. caninum representa um problema sanitário e econômico importante para a reprodução bovina, por isso, sistemas de diagnóstico e monitoramento de rebanhos, assim como alternativas para o controle da infecção, devem ser considerados na tentativa de melhorar os índices reprodutivos do gado de leite na região estudada. Palavras-chave: Neospora caninum, bovinos leiteiros, ELISA, Bahia.
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PRESENÇA DE ANTICORPOS ANTI- BRUCELLA ABORTUS RE ALIZADO NO LABORATÓRIO DE SANIDADE ANIMAL EM 2011 SANTOS, M.S.S1.; NORONHA R.P.2; GUIMARÃES S.A.F3; ALMEIDA A.V.A.F.4 CARVALHO, L.F.5; RIBAS, J.R.L.6. 1 Bolsista FAPESB/EBDA Salvador, manuela.santos1@ebda.ba.gov.br; 2.Fiscal Estadual Agropecuário ADAB Salvador, rejanenoronha@hotmail.com; 3 Bolsista FAPESB/ EBDA Salvador, sara.guimaraes@ebda.ba.gov.br; 4 Bolsista FAPESB/ EBDA Salvador, anavaleria.silva@ebda.ba.gov.br; 5. Estagiária ADAB Salvador, loreflorence@hotmail.com; 6. Fiscal Estadual Agropecuário – ADAB Salvador, jrlribas@ig.com.br A brucelose bovina é uma doença infecto-contagiosa determinada pela bactéria Brucella abortus, sendo uma zoonose de grande importância para a saúde pública, responsável por significativos prejuízos econômicos e da produtividade na atividade agropecuária. A fim de minimizar os impactos causados por esta enfermidade foi instituído em 2001 o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT), pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O Programa é baseado principalmente na vacinação de bezerras de três a oito meses de idade com a vacina B19, diagnóstico e sacrifício de animais positivos e a certificação de propriedades livres da doença, bem como no controle do trânsito de animais de reprodução. O presente trabalho relatou a execução da técnica de soroaglutinação com antígeno acidificado tamponado (AAT) para diagnóstico de brucelose bovina, dando suporte as ações de defesa sanitária animal da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB). Foram examinadas 378 amostras provenientes do município de Uibaí para certificação de propriedades e 14 dos municípios de Lençóis e Nova Redenção, para confirmação diagnóstica, totalizando 392 análises. Os exames foram realizados no Laboratório de Sanidade Animal (LADESA) no decorrer do ano de 2011. Das amostras analisadas, quatro foram reagentes ao teste, totalizando 1,0% de animais reagentes oriundos da cidade de Uibaí. As amostras reagentes ao AAT foram encaminhadas para confirmação pela técnica de fixação de complemento de acordo com as recomendações da Instrução Normativa n° 06, de 08 de Janeiro de 2004. A execução do AAT pelo LADESA demonstrou ser uma importante ferramenta de suporte para as ações de defesa sanitária animal no Estado da Bahia. Palavras-chave: brucelose bovina, AAT, diagnóstico laboratorial, defesa sanitária animal
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EXAMES LABORATORIAIS NO LADESA/ADAB EM 2011: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A DEFESA AGROPECUÁRIA BAIANA MACEDO, A.C.C.1; NORONHA, R.P.2; GUIMARÃES, S.A.F3; ROSA, M.R.G.4; ALMEIDA, A.V.A.F.5; RIBAS, J.R.L.6. 1Bolsista FAPESB/EBDA alan_caine@yahoo.com.br, Salvador; 2. Fiscal Estadual Agropecuário/ADAB Salvador, rejane.noronha@adab.ba.gov.br; 3. Bolsista FAPESB/EBDA Salvador, sara.guimaraes@ebda.ba.gov.br; 4.Bolsista FAPESB/EBDA Salvador, anavaleria.silva@ebda.ba.gov.br; 5. Médica Veterinária/ADAB Salvador, marialicerocha@yahoo.com.br; 6. Fiscal Estadual Agropecuário/ADAB Salvador, jorge.ribas@adab.ba.gov.br. A agropecuária brasileira sempre teve seu lugar de destaque mundialmente, e a cada ano tem crescido de maneira surpreendente, onde a produção de alimentos de origem animal destaca-se nesse cenário, tendo o Estado da Bahia uma grande participação. Com todo esse avanço, se torna de suma importância um centro laboratorial para a realização de exames diagnósticos das principais doenças que possam afetar a agropecuária baiana. Nesse sentido, o Laboratório de Sanidade Animal (LADESA), implantado a partir de um convênio assinado entre a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) e a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), veio para dar suporte à Defesa Agropecuária do Estado da Bahia, realizando variadas análises laboratoriais para as principais doenças de animais de produção como também o isolamento e identificação de microrganismos em alimentos. As amostras encaminhadas são analisadas no LADESA ou triadas e enviadas aos Laboratórios Oficiais e de Referência (LANAGROS, IMA/MG, ICB/UFMG, IB/SP e LACEN/BA.). No ano de 2011 foram realizadas análises para as seguintes enfermidades: Anemia Infecciosa Equina (5.917); Artrite Encefalite Caprina (90); Babesiose Equina (39); Brucelose Ovina (825); Brucelose Bovina (342); Enteroparasitoses de Animais de Produção (167); Hemoparasitos de Bovinos (04); Leucose Enzoótica Bovina (578); Maedi-Visna (12); Neosporose Bovina (282); Pesquisa de Microrganismos em Alimentos – Frango e Leite (32); Carbúnculo (01); Encefalomielite Equina (01); Ectima Contagioso (06); Enfermidade Neurológica – BSE e Raiva (20 e 75, respectivamente); Enfermidade Respiratória de Aves (540); Enfermidade Vesicular (240); Mormo (02) e Pesquisa de Proteína Animal em Ração (01). Dessa forma, o LADESA tem contribuído de forma singular para o fortalecimento da agropecuária da Bahia e, consequentemente, para o seu desenvolvimento socioeconômico. Com o intuito de atender o aumento da demanda, novas técnicas estão sendo implantadas e brevemente serão disponibilizadas, para que a Bahia torne-se referência em diagnósticos em doenças de interesse para a Defesa Sanitária Animal. Palavras-chave: Laboratório; Diagnóstico; Defesa Agropecuária; Bahia.
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AVALIAÇÃO IN VIVO D A RESISTÊNCIA DE NEMATÓIDES A ANTI-HELMÍNTICOS EM OVINOS, MATA DE SÃO JOÃO, BAHIA GUIMARÃES, SAF. 1; CARDOSO, RC.2; MACEDO, ACC.1; SILVA, AAR.1; GRAÑA, JCS.2; RIBAS, JRL.3 1 Bolsista FAPESB/EBDA Salvador, sara.guimaraes@ebda.ba.gov.br, alan_caine@yahoo.com.br, andresa.ribeiro@hotmail.com. 2 Estagiário ADAB Salvador, joaocsgrana@hotmail.com, reubercarv@gmail.com. 3 Fiscal Estadual Agropecuário ADAB Salvador, jrlribas@ig.com.br. A ovinocultura na Bahia é composta principalmente por pequenos produtores, situados em regiões semi-áridas, com estrutura física precária das propriedades e baixa qualidade zootécnica do rebanho. Dentre as enfermidades as infecções por endoparasitos gastrointestinais são de maior importância, responsáveis por grandes perdas para a produção, estando as helmintoses de forma prevalente. O objetivo deste estudo foi avaliar o grau de infecção dos ovinos através da contagem de ovos por grama de fezes (OPG) e de eficácia dos produtos Ivermectina 0,08%, Sulfóxido de Albendazole e Moxidectina 0,2%. O experimento foi realizado em uma propriedade no município, Mata de São João. As análises foram realizadas no período de 06 a 21 de setembro de 2011, no Laboratório de Sanidade Animal da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia em Salvador. Na primeira visita, selecionou-se 20 ovinos formando grupos aleatórios a serem tratados: Grupo 1 - Controle; grupo 2 - Ivermectina 0,08%; grupo 3 - Sulfóxido de Albendazole; e grupo 4 - Moxidectina 0,2%. Os exames foram realizados através da técnica modificada de Gordon e Whitlok (1939). O cálculo de eficácia foi utilizado para medir a porcentagem do teste de redução do OPG, considerando-se o resultado inferior a 95% como resistente, através da seguinte fórmula: RCOF (%) = [1 – (T2/C2) x (C1/T1)] x 100. As médias de OPG antes, pós-tratamento e porcentagem da eficácia dos grupos tratados para Strongyloidea, foram respectivamente: Grupo 2 (860/820- 5%); Grupo 3 (200/280-0%) e Grupo 4 (680/28000%), demonstrando resistência à todos os produtos. O grupo controle apresentou redução do OPG, o que sugere a possibilidade de interferência do resultado com o fornecimento de uma dieta hiperprotéica, pois esse grupo era de fêmeas gestantes. Estudos justificam a proporcionalidade entre a dieta e a condição de resistência do animal aos endoparasitas. O grupo 4 apresentou a maior média no segundo OPG, o qual era de se esperar, pois a base química já era utilizada na propriedade. Estudos anteriores confirmam os resultados obtidos demonstrando baixa eficácia ou insensibilidade a Ivermectina pelos nematóides. Tentativas de se controlar somente com o uso de anti-helmínticos aceleram a seleção de resistência pelos helmintos, por isso recomenda-se: a alternância dos grupos químicos e sua administração somente em animais que após exame de fezes justifiquem o tratamento, quando estes não apresentarem sinais clínicos; manejo de pastagens; o rodízio de lavoura com o pastejo de bovinos e ovinos e atualmente através da seleção genética à resistência parasitária. Palavras-chave: ovinos, resitência antihelmíntica, helmintos. III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 141 de 232
VALIDAÇÃO DO SOFTWARE P ARA GERENCIAMENTO E MONITORAMENTO D A OCORRÊNCIA DE BICUDO DO ALGODOEIRO N O OESTE DA B AHIA ATRAVÉS DE ARMADILHAMENTO OFICIAL DA ADAB ALMEIDA, N.S; TAMAI, M.A. 1Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia – ADAB, Barreiras-BA – nailton.almeida@adab.ba.gov.br. 2Universidade Estadual da Bahia – UNEB, Barreiras-Ba – mtamai@uneb.br. Este trabalho teve como objetivo o redimensionamento do armadilhamento oficial para determinação da dinâmica de dispersão do A. grandis através da criação do Software de gerenciamento do monitoramento dos núcleos, estabelecendo estratégia de áreas prioridades na Defesa Sanitária Vegetal. O armadilhamento oficial do bicudo na Região Oeste da Bahia utilizou como fonte de dados as planilhas do programa de monitoramento oficial do bicudo do algodoeiro, conduzido pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia – ADAB, Coordenadoria Regional de Barreiras. A captura dos bicudos foi feita com armadilhas ISCA BW tipo Legget. O software para gerenciamento e monitoramento do bicudo do algodoeiro, através de armadilhamento oficial, foi desenvolvido utilizando os ambientes Delphi e PostgreSQL. A construção dessa plataforma de gerenciamento integrada a Internet será um instrumento que permitirá aos técnicos realizar a tomada de decisão quanto à prioridade de fiscalização das lavouras nas etapas de destruição de soqueiras e verificação da eficiência da mesma através da observação da captura de bicudos nas áreas monitoradas. O software possui seis telas de apresentação. A primeira tela, chamada de tela inicial ou de abertura permite o gerenciamento de todo o programa. Nela é possível acessar a tela de cadastramento do nome do técnico, numerar e codificar a armadilha, inserir as coordenadas geográficas, indicar a localização, inserir a leitura realizada, indicando se a armadilha estava danificada, se o feromônio foi trocado ou a armadilha foi trocada no dia da leitura, além de possibilitar a consulta ao cadastro e aos dados coletados, através de tabela do Excel e gráficos gerados pelo próprio programa. O armadilhamento é uma ferramenta importante para a determinação dos índices de bicudo na região e auxilia a Defesa Agropecuária na tomada de decisão quanto a priorização nas fiscalizações do vazio sanitário. A indicação de elevados índices de captura está associado ao não cumprimento de eliminação de soqueira e/ou manejo inadequado da lavoura de algodão, observados nas Linhas CEOLIN-SEMENTEC e CERRADÃO-CARGIL, permitindo a validação da técnica de Armadilhamento e monitoramento do bicudo. Palavras-chave: Armadilhamento Oficial; bicudo do agodoeiro; monitoramento.
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VALIDAÇÃO DO SOFTWARE P ARA GERENCIAMENTO E MONITORAMENTO D A OCORRÊNCIA DE BICUDO DO ALGODOEIRO N O OESTE DA B AHIA ATRAVÉS DE ARMADILHAMENTO OFICIAL DA ADAB ALMEIDA, N.S; TAMAI, M.A. 1Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia – ADAB, Barreiras-BA – nailton.almeida@adab.ba.gov.br. 2Universidade Estadual da Bahia – UNEB, Barreiras-Ba – mtamai@uneb.br. Este trabalho teve como objetivo o redimensionamento do armadilhamento oficial para determinação da dinâmica de dispersão do A. grandis através da criação do Software de gerenciamento do monitoramento dos núcleos, estabelecendo estratégia de áreas prioridades na Defesa Sanitária Vegetal. O armadilhamento oficial do bicudo na Região Oeste da Bahia utilizou como fonte de dados as planilhas do programa de monitoramento oficial do bicudo do algodoeiro, conduzido pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia – ADAB, Coordenadoria Regional de Barreiras. A captura dos bicudos foi feita com armadilhas ISCA BW tipo Legget. O software para gerenciamento e monitoramento do bicudo do algodoeiro, através de armadilhamento oficial, foi desenvolvido utilizando os ambientes Delphi e PostgreSQL. A construção dessa plataforma de gerenciamento integrada a Internet será um instrumento que permitirá aos técnicos realizar a tomada de decisão quanto à prioridade de fiscalização das lavouras nas etapas de destruição de soqueiras e verificação da eficiência da mesma através da observação da captura de bicudos nas áreas monitoradas. O software possui seis telas de apresentação. A primeira tela, chamada de tela inicial ou de abertura permite o gerenciamento de todo o programa. Nela é possível acessar a tela de cadastramento do nome do técnico, numerar e codificar a armadilha, inserir as coordenadas geográficas, indicar a localização, inserir a leitura realizada, indicando se a armadilha estava danificada, se o feromônio foi trocado ou a armadilha foi trocada no dia da leitura, além de possibilitar a consulta ao cadastro e aos dados coletados, através de tabela do Excel e gráficos gerados pelo próprio programa. O armadilhamento é uma ferramenta importante para a determinação dos índices de bicudo na região e auxilia a Defesa Agropecuária na tomada de decisão quanto a priorização nas fiscalizações do vazio sanitário. A indicação de elevados índices de captura está associado ao não cumprimento de eliminação de soqueira e/ou manejo inadequado da lavoura de algodão, observados nas Linhas CEOLIN-SEMENTEC e CERRADÃO-CARGIL, permitindo a validação da técnica de Armadilhamento e monitoramento do bicudo. Palavras-chave: Armadilhamento Oficial; bicudo do agodoeiro; monitoramento.
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INQUÉRITO FITOSSANITÁRIO DO MOFO BRANCO NO OESTE DA BAHIA ALMEIDA, N S; ANDRANDE, N S. Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia – ADAB, Barreiras-BA, nailton.almeida@adab.ba.gov.br; newton.andrade@adab.ba.gov.br. O objetivo da investigação epidemiológica foi avaliar a situação fitossanitária da soja, no que se refere à incidência do Mofo Branco (Sclerotinia sclerotiorum (Lib. de Bary), nas principais microrregiões produtoras de soja no Oeste da Bahia. Para realização da investigação epidemiológica do mofo branco da soja no Oeste da Bahia, foi utilizado o formulário Padrão de Inquérito Fitossanitário da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia - ADAB. O inquérito epidemiológico foi realizado em 210 propriedades rurais do Oeste da Bahia abrangendo as regiões de Bela Vista, Placas, Novo Horizonte, Linha Taguatinga, Coaceral, Estrada do Café, Roda Velha, Ouro Verde, Anel da Soja, Santa Cruz, Rosário e Jaborandi. Essas regiões fazem parte dos municípios de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Riachão das Neves, São Desidério, Correntina, Formosa do Rio Preto e Jaborandi. Com base nos resultados obtidos, foi elaborada uma escala de incidência para facilitar a análise dos resultados dos inquéritos fitossanitários aplicados (sem ocorrência, representada pela cor azul claro; 1-10%, baixa incidência, representada pela cor verde; 11-20%, média incidência, representada pela cor azul escuro; >20%, alta incidência, representada pela cor vermelha). A área inquirida foi de 325.056 ha, 34 % do total da área semeada com soja na safra 2008/2009. Verificou-se que em aproximadamente 74% da área inquirida, foi descrita a ocorrência de mofo branco. Em 26% da área não foi relatada a ocorrência do mofo branco. Em função da incidência, em apenas 7% da área inquida, verificou-se relato de perdas de produtividades, sendo considerada neste inquérito como Alta Incidência. As áreas com baixa e média incidência não foram dimensionadas perdas de produtividade e totalizaram 69%. Palavras-chave: Mofo branco; Inquérito fitossanitário; Investigação epidemiológica.
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DIAGNÓSTICO EDUCATIVO S OBRE USO DE BOAS PRÁTICAS HIGIÊNICOSANITÁRIAS NA PROD UÇÃO DE ACARAJÉ CARAPIÁ, D.M. ; IMPROTA, C.T.R UNIME – União Metropolitana para o Desenvolvimento da Educação e Cultura, Lauro de Freitas, danicarapia@gmail.com. CONESCO – Colégio Nacional de Educação Sanitária e Comunicação para a Saúde, clovis_improta@yahoo.com.br . O acarajé, uma das comidas de rua mais apreciadas na Bahia, é, como todo alimento, potencial veiculador das chamadas Doenças de Origem Alimentar. Este trabalho teve como objetivo levantar dados sobre as práticas de fabricação dos produtores de Tijuaçu. A metodologia adotada foi quali-quantitativa, usando-se como ferramentas, a entrevista estruturada abordando o tema e questões sócio-econômico-político-cultural; entrevista semi-estruturada com relatos espontâneos do entrevistado e as observações diretas, que consiste no registro de tudo o quê se vê que tenha relação com a pesquisa. Nas observações diretas foram diagnosticadas algumas condições impróprias: animais na área de processamento do alimento e comunicação direta do sanitário com esta, janelas sem telas contra insetos, paredes e pisos sem conservação, portas e mesas de madeira, reservatórios de água destampados, tetos sem forro, moinhos enferrujados, lixo em balde sem tampa, panelas como depósito de lixo e trajes indevidos na preparação do alimento. E comportamentos apropriados: utilização de vasilhames tampados, equipamentos bem higienizados e uso de vestimenta apropriada na comercialização do acarajé. Das entrevistas conclui-se que a maioria é responsável pelo sustento da família com a venda do acarajé que aprenderam a fazer com parentes; possuem uma renda mensal de menos do que um salário mínimo e são analfabetos funcionais. Confirmando que esta ocupação tem um aspecto de tradição e é ofício de uma população de baixa renda e fraca formação escolar. A compra dos ingredientes acontece em feiras ou supermercados, sem preocupação com a procedência, mas com a qualidade do produto. Com produção diária, não armazenam ingredientes, nem a massa pronta, que é levada imediatamente para ser vendida, garantindo um acarajé de maior qualidade e segurança. Contudo, não ocorre preocupação com o transporte e o acondicionamento da massa durante o período de venda. Existe uma consciência da importância do descarte correto dos resíduos, do hábito de lavar as mãos, alimentos e materiais de produção, assim como a utilização de luvas, toucas, unhas cortadas e sem esmalte. Porém nem todos o fazem adequadamente. A quase totalidade dos entrevistados procurou assistência médica em menos de seis meses, realizaram exames laboratoriais e não trabalham quando doentes. Todavia, não possuem conhecimento das Boas Práticas de Fabricação, das exigências de higiene pessoal e dos alimentos, nem das consequências de sua falta. Provavelmente devido à baixa participação em cursos preparatórios. Necessitando-se de um trabalho de educação e certificação para melhorar a qualificação dos manipuladores e a segurança dos alimentos comercializados. Palavras-chave: Alimentos de rua, Doenças transmitidas por alimento e Segurança alimentar. III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 145 de 232
PREVALÊNCIA E INCIDÊNCIA DA PODRIDÃO VERMELHA D O SISAL EM CINCO TERRITÓRIOS DE IDENTIDAD E DA BAHIA ABREU, K.C.L.M.; TORRES, C.N.; CARDOSO,L.E.; OLIVEIRA,E.L. Empresa Baiana de Desenvolvimento Agropecuário (EBDA), Cruz das Almas-BA, katia.magalhaes@ebda.ba.gov.br; Agência Baiana de Defesa Fitossanitária (ADAB), Cruz das Almas-BA, cleomenestorres@yahoo.com.br; ADAB, Cruz das Almas-BA, erivaldoleitecardoso@yahoo.com.br; Empresa Baiana de Desenvolvimento Agropecuário (EBDA), Salvador-BA,evandro.oliveira@ebda.ba.gov.br. A podridão vermelha do sisal (Agave sisalana), causada pelo fungo Aspergillus niger, é a principal praga que afeta esta cultura. A Bahia com 96,1% da produção de fibras, é o maior produtor brasileiro, que lidera a produção mundial de sisal contribuindo com 47% da exportação de fibras. A muda infectada é uma das principais formas de disseminação da praga e as regiões de alta incidência da praga, são impróprias para retirada de mudas provenientes de rebentão. Uma vez que este tipo de muda é o mais utilizado pelos produtores, este trabalho teve como objetivo determinar a prevalência e a incidência da podridão vermelha em diversas regiões produtoras da Bahia, para se identificar áreas com menores incidências, ou livre da praga, para aquisição de mudas. Este estudo foi conduzido em 85 áreas produtoras de sisal localizadas em municípios de 05 Territórios de Identidade da Bahia sendo: 14 municípios no Território do Sisal, 03 municipios na Bacia do Jacuípe, 05 no território de Irecê, 05 no Piemonte Diamantina e 01 no Piemonte Norte de Itapicuru. Em cada área e ano, a incidência foi determinada como a proporção de plantas sintomáticas, avaliando-se 100 plantas aleatoriamente pelo método de caminhamento em “W”, quanto à presença ou ausência de sintomas. A prevalência foi determinada pelo número de áreas em cada município com pelo menos uma planta infectada. A análise dos dados revelou que a prevalência é de 40% nos municípios estudados no Território de Irecê, sendo de 100% nos demais Territórios envolvidos na pesquisa. A incidência média nas regiões do estudo variou de 05% no Território de Irecê, a 24,95% no Piemonte Diamantina. Estes resultados indicam que para implantação de novas áreas com a cultura do sisal (Agave sisalana L.) é recomendado que as mudas sejam adquiridas no Território de Irecê, por esta região apresentar menor risco de infecção à podridão vermelha do sisal. Palavras chaves: Agave sisalana, Aspergillus niger, mudas de sisal
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TRATAMENTO PRÉ - PLAN TIO DE MUDAS DE SISAL VISAND O O CONTROLE DA PODRIDÃO VERMELHA ABREU, K.C.L.M.; TORRES, C.N.; CARDOSO,L.E.; SÁ, J.O. ; VIDAL, C.A. Empresa Baiana de Desenvolvimento Agropecuário (EBDA), Cruz das Almas-BA, katia.magalhaes@ebda.ba.gov.br; Agência Baiana de Defesa Fitossanitária (ADAB), Cruz das Almas-BA, cleomenestorres@yahoo.com.br; ADAB, Cruz das Almas-BA, erivaldoleitecardoso@yahoo.com.br; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Bom Jesus da Lapa-BA, jefferson_de_sa@yahoo.com.br; ADAB, Cruz das AlmasBA,carlos_l76@hotmail.com. O sisal (Agave sisalana L.) é a cultura de maior expressão econômica no semiárido baiano, onde são cultivados 252.224 hectares.Apesar da resistência desta agavaceae ao ataque de pragas, a podridão vermelha do sisal, causada pelo fungoAspergillus niger é responsável por perdas médias de até 33% da produção.A muda é uma das principais formas de disseminação da doença sendo o presente trabalho um estudo pioneiro sobre o uso de fungicidas no controle da podridão vermelha do sisal, objetivando oferecer alternativas de tratamento de mudas de sisal por meio do tratamento pré-plantio. O experimento foi implantado no delineamento inteiramente casualizado com 3 tratamentos e 25 repetições.Os tratamentos consistiram de aplicação dos fungicidas, Tebuconazole, Metalaxil-M +Mancozebe e do resíduo líquido fermentado de sisal, oriundo do processo de desfibramento das folhas de sisal. A aplicação dos fungicidas e resíduo liquido de sisal consistiu de imersão do caule das mudas de sisal nas caldas nas dosagens recomendadas por 24 horas. Para os controles positivo e negativo, imergiu-se o caule das mudas em água pelo mesmo período de tempo. Após este período, foi utilizado um instrumento perfurante, a suvela, para realizar duas perfurações na base do caule das mudas, em seguida procedeu-se a inoculação, por meio de aspersão de suspensão de inóculo de A. niger na concentração de 106 esporos mL-1exceto no controle positivo onde aplicou-se água, Após inoculação as mudas foram mantidas expostas ao ar por 2 horas e plantadas em vasos com capacidade para 10 litros de solo. A avaliação quanto à presença ou ausência de sintomas foi realizada aos 60 dias após a inoculação mediante o corte longitudinal do caule. O resíduo líquido fermentado de sisal promoveu aumento na infecção das mudas por A.niger e o fungicida tebuconazole mostrou-se eficiente na proteção das mudas contra a podridão vermelha do sisal, constituindo, portanto uma opção para o controle da doença. Palavras chaves: Aspergillus niger, Agave sisalana,fungicida, suco fermentado de sisal
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AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGIC A DE FRANGOS CONGELADOS DE ABATEDOUROS SOB INSPEÇÃO ESTADUAL - B AHIA SANTOS, S. L. 1; DUARTE, L. F. C. 2; SANTOS, O. J. P. 3; SANTANA, P. C. 4; SANTOS, M. S. S. 5; RIBAS, J. R. L. 6. 1. Bolsista FAPESB/EBDA Salvador, ls_sara@yahoo.com.br; 2. Bolsista FAPESB/EBDA Salvador, laridefatima@hotmail.com; 3. Estagiário EBDA Salvador, otimar1980@yahoo.com.br; 4. Bolsista FAPESB/EBDA Salvador, patriciachaves2002@yahoo.com.br; 5. Bolsista FAPESB/EBDA Salvador, sampaiomanu@hotmail.com; 6. Fiscal Estadual Agropecuário/ADAB Salvador, jrlribas@ig.com.br. A presença de microrganismos indicadores de contaminação em frangos congelados inteiros tem sido determinada visando identificar as possíveis falhas na linha de abate dessas aves e oferecer uma opção para o monitoramento ou a verificação da qualidade de acordo com os parâmetros microbiológicos preconizados pela legislação. A contaminação superficial das carcaças é determinada pela pesquisa de Salmonella spp. e enumeração de microrganismos coliformes termotolerantes, incluindo pesquisa de Escherichia coli. Foram analisadas um total de 16 amostras provenientes de cinco abatedouros frigoríficos dos seis abatedouros de aves e coelhos sob Inspeção Estadual da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB). As amostras foram colhidas pelo Serviço de Inspeção Estadual no período de setembro de 2011 a janeiro de 2012. Após descongelamento foram colhidos um total de 25 g de fragmentos de pescoço, coacla e ponta das asas de cada ave obedecendo à metodologia descrita para a pesquisa de Salmonella spp. em carcaças de frangos segundo a Instrução Normativa n. 70 de 2003 do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA. Das 16 amostras colhidas, 75% (12/16) apresentaram resultado insatisfatório quanto ao padrão de qualidade. Estas amostras demonstraram possível contaminação fecal durante o processo de abate uma vez que foram isoladas Salmonella spp. em 12,5% (2/16) amostras e Escherichia coli em outras 56,25% (9/16). Somente em uma amostra a quantidade de coliformes termotolerantes ultrapassou o limite de 104 estabelecido pela Resolução RDC n. 12 de 2001 da ANVISA, que regulamenta os padrões microbiológicos para alimento, porém apesar da E. coli pertencer ao grupo dos coliformes termotolerantes, nesta não houve o isolamento de tal microrganismo. Os resultados obtidos indicaram que embora o processo de congelamento do frango inviabilize grande parte da flora bacteriana presente no alimento, é necessário o constante monitoramento da qualidade desse produto, uma vez que 11 de 16 amostras apresentaram bactérias potencialmente patogênicas ao homem. Palavras-chave: Frangos congelados, alimentos, microbiologia.
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CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS EM DEFESA SANITÁRIA ANIMAL: UMA EXPERIÊNCIA DA ADAB RIBAS, J.R.L.1; LEAL, R.F.1; NORONHA, R.P.1; MESQUITA, A.J.P.1; MACEDO, A.C.C.2; PAIM, L.R.M.1. 1 Fiscal Estadual Agropecuário/ADAB Salvador, jrlribas@ig.com.br, lealrui@bol.com.br, rejane.noronha@adab.ba.gov.br, augustomev@yahoo.com.br, panteraonca07@gmail.com; 2 Bolsista FAPESB/EBDA alan_caine@yahoo.com.br, Salvador. A agropecuária brasileira tem crescido, substancialmente ao passar dos anos e, reflexos desse crescimento podem ser observados através do aumento nas exportações, as quais só são possíveis com um criterioso controle das principais doenças que afetam animais de produção com importância econômica. Esse controle se dá basicamente pela realização de exames diagnósticos pelos principais orgãos oficiais Federais e Estaduais, com o intuito de avaliar populações de diferentes espécies animais a respeito das doenças de Notificação Obrigatória preconizadas pela Orgnização Mundial de Saúde Animal (OIE). O sucesso na realização destes exames diagnósticos depende, em grande parte, da qualidade das amostras coletadas e da maneira com que as mesmas são armazenadas e transportadas até os respectivos laboratórios. Nesse sentido, baseando-se no Curso de Colheita realizado pelo Centro Panamericano de Febre Aftosa (PANAFTOSA) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) que aconteceu em 2009 na Estação Quarentenária de Cananeia, São Paulo, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), em parceria com outras instituições, realizou com pioneirismo no estado e Brasil no período de 2010 e 2011, o “Curso de Colheita de Amostras para Diagnóstico de Doenças em Animais de Produção”, o qual contemplou um total de 98 Médicos Veterinários de diversas coordenadorias e gerências do estado. O curso foi ministrado em módulos práticos e teóricos perfazendo um total de 40 horas de educação continuada. O módulo teórico abordou os seguintes temas: Sistema Nacional de Informação Zoossanitária; Formulários utilizados na Investigação Epidemiológica; Vigilância em Alimentos para a Encefalopatia Espongiforme Bovina, além de Transporte de Material Biológico. Já a parte prática abrangeu a colheita de materiais biológicos para diagnóstico de doenças das principais espécies de interesse econômico como Abelhas; Aves; Animais Aquáticos; Bovinos; Caprinos; Ovinos e Suínos, tendo como divisão didática os módulos: 1) Pele/Mucosas/Sistema Genito-urinário, 2) Sistema Circulatório e Linfático, 3) Sistema Nervoso Central/Scrapie e 4) Sistema Respiratório, Osteoarticular e Gastrintestinal. Dessa maneira, a Defesa Sanitária na Bahia se fortalece cada vez mais, capacitando seus Médicos Veterinários para a padronização dos procedimentos de atendimento a focos de doenças de notificação obrigatória e compulsória, aperfeiçoando e padronizando assim, os métodos de colheita, envio e documentação de amostras biológicas. Palavras-chave: Colheita de Amostras Biológicas; Defesa Agropecuária; Médicos Veterinários; Bahia. III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 149 de 232
ATUALIZAÇÃO DE TÉCNICOS COM NÍVEL MÉDIO EM FISCALIZAÇÃO AGROPECUÁRIA NA BAHIA N O PERÍODO DE 2011 RIBAS, J.R.L.1; LEAL, R.F.1; NORONHA, R.P.1; PAIM, L.R.M.1; MACEDO, A.C.C.2; MESQUITA, A.J.P.1 1 Fiscal Estadual Agropecuário/ADAB Salvador, lealrui@bol.com.br, rejane.noronha@adab.ba.gov.br, mattospaim@bol.com.br, jrlribas@ig.com.br, augusto.mesquita@adab.ba.gov.br 2 Bolsista FAPESB/EBDA Salvador, alan_caine@yahoo.com.br. No sentido de buscar uma melhor qualificação dos Técnicos em Fiscalização Agropecuária da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, foi realizado no ano de 2011, o 1º Curso de Atualização em Defesa Sanitária Animal, o qual contemplou um total de 30 técnicos oriundos de diversas localidades do Estado. O curso foi realizado em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia situado no município de Catu e teve como objetivo principal atualizar os Técnicos Agropecuários sobre defesa sanitária animal e padronizar procedimentos no que diz respeito à fiscalização de animais em trânsito e aglomerações, biossegurança e auxílio à colheita de amostras biológicas para diagnóstico de doenças em animais de produção. O curso foi ministrado em módulos teóricos e práticos perfazendo um total de 24 horas e abrangendo tópicos teóricos como Documentação Sanitária; Auto de Infração; Principais Aspectos das Doenças Vesiculares; Defesa Sanitária Animal; Biossegurança: Vacinação Pré-exposição e Sorologia Anti-rábica, Utilização de Equipamentos de Proteção Individual, e Procedimentos de Entrada em Granja Avícola; além de uma Palestra Motivacional. Os módulos práticos consistiram dos tópicos sobre Aves; Doenças Vesiculares; Sistema Circulatório; Doenças do Sistema Nervoso Central e Fiscalização de Documentação Sanitária. Desejou-se, com esse programa de curso, um direcionamento mais objetivo para as principais atividades exercidas diariamente pelos Técnicos participantes, como também, um momento de reflexão e discussão sobre as maiores dificuldades encontradas nas atividades realizadas. Dessa forma, este curso torna-se uma ferramenta de grande importância para a melhoria da qualidade das ações realizadas por técnicos, através de uma padronização nos protocolos de atendimento a suspeita de doenças de notificação obrigatória e na fiscalização de animais em trânsito; além de integrar técnicos de diferentes regiões para que os mesmos possam trocar experiências de âmbito profissional, aperfeiçoando assim suas inter-relações pessoais. Com isso, a Defesa Sanitária Animal baiana se fortalece e mantém seu lugar de destaque no cenário nacional. Palavras-chave: Atualização; Defesa Agropecuária; Técnicos Agropecuários; Bahia.
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PERFIL DA IDADE DOS BOVIN OS ACOMETIDOS PELA RAIVA NO ESTADO DA BAHIA NO PERÍODO DE 2007 A 2011 CARNEIRO, F.R.S3; ALMEIDA, A.V.A.F2; RIBAS, J.R.L1; ALVES, J.N.M1. 1Fiscal Estadual Agropecuário/ADAB, Salvador, jrlribas@ig.com.br, joseneder.moreira@adab.ba.gov.br; 2Bolsista FAPESB/EBDA, Salvador, anavaleria.silva@ebda.ba.gov.br; 3Estagiário ADAB Salvador, felipe.rs.carneiro@hotmail.com. Das doenças que atingem o sistema nervoso central de herbívoros, a raiva é de grande relevância para a saúde pública por se tratar de uma zoonose, quase sempre fatal, e acarretar grandes impactos à economia do país. Dentre as ações preconizadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), através do Programa Nacional de Controle da Raiva em Herbívoros (PNCRH), que visam o efetivo controle da ocorrência de Raiva dos Herbívoros no Brasil, ressalta-se a vacinação antirrábica. De acordo com legislação, a vacinação é utilizada como uma ferramenta no controle da doença e determina-se que seja realizada de forma compulsória quando da ocorrência de focos, devendo ser adotada, preferencialmente, em bovídeos com idade igual ou superior a três meses. Porém, em animais com idade inferior a três meses, a vacinação ficará a critério do Serviço Veterinário Oficial. A Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) atua nos 417 municípios do estado, distribuídos em 16 regionais e 71 gerências, realizando ações de controle e combate ao vírus rábico bem como a fiscalização da comercialização da vacina. Na Bahia, a população herbívora flutua em torno de 18 milhões de animais e foi registrada no ano de 2011 uma taxa de positividade de 21,4% dentre as amostras suspeitas de síndrome neurológica, a menor que se tem com registros oficiais. O presente trabalho teve como objetivo demonstrar a incidência de casos de raiva em bovinos estratificados em três faixas etárias e que foram submetidos ao esquema vacinal sugerido pelo MAPA. Foi realizado um estudo retrospectivo no período de 2007 a 2011 e analisados os dados de 151 amostras de bovinos, confirmadas laboratorialmente pelo Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Moniz (LACEN), oriundas de propriedades do Estado da Bahia, as quais foram divididas em três grupos: de 0 a 4 meses de idade, 4 a 12 meses e acima de 12 meses. Os resultados demonstraram incidência da enfermidade de 3,1% (13/425) para bovinos na faixa de 0 a 4 meses de idade, 2% (45/2266) de 4 a 12 meses e 1% (93/9412) para animais acima de 12 meses. Pode-se concluir que existem animais com maior ou menor vulnerabilidade em adquirir o vírus, o que sugere uma antecipação do esquema vacinal proposto pelo MAPA para os animais de 0 a 4 meses de idade. Outros estudos são necessários para avaliar a eficácia da vacina nas diferentes faixas etárias. Palavras-chave: Raiva em Herbívoros, Vacinação, ADAB
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CARACTERIZAÇÃO DO TRÂNS ITO INTERESTAD UAL DE OVINOS ORIGINADO DO ESTADO DA BAHIA ENTRE 2004 A 2008. ¹SAMPAIO, E. S.; ²BATISTA, M. S.; ³MAIA NETO, A. L. ¹,²,³Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, Salvador. ¹eliane.sampaio@adab.ba.gov.br, ²marcio.batista@adab.ba.gov.br, ³lemos.maia@adab.ba.gov.br O trânsito é um dos principais disseminadores de doenças infecto contagiosas entre os animais. O seu controle, juntamente com a vigilância epidemiológica ativa, favorece a prevenção e diminuição de doenças que requerem um vasto conhecimento de sua ocorrência, assim como sua distribuição no tempo e espaço. O conhecimento de destino, origem, sazonalidade e fluxo desses animais são necessários no desenvolvimento de estratégias para o seu controle. Nesse contexto decidiu-se estudar, sob o ponto de vista epidemiológico e por meio de pesquisa realizada em levantamento de banco de dados, fornecido pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), o trânsito interestadual do Estado da Bahia para os demais estados do País entre os anos de 2004 e 2008. Dos cinco anos pesquisados, verificou-se que os Estados que mais receberam ovinos foram Pernambuco, São Paulo e Sergipe, sendo originados das regiões de Juazeiro, Ribeira do Pombal e Paulo Afonso. Os meses que tiveram maior saída de animais foram abril, maio, junho, julho, outubro e dezembro. Ao evidenciar as rotas o sistema de informação de trânsito dessa espécie será aperfeiçoado; possibilitando detectar, com maior rigor, enfermidades e realizar uma Vigilância Epidemiológica mais eficaz. Com a realização do presente Estudo o Serviço Oficial de Defesa Agropecuária do País passa a dispor de uma ampla base de dados sobre o trânsito interestadual de ovinos. Esse conhecimento, por sua vez, representa importante instrumento de subsídios para o fortalecimento dos sistemas de vigilância epidemiológica dos Estados da Federação. Evidenciando os principais destinos do trânsito de ovinos no país tendo como origem o Estado da Bahia, assim como sua variação ao longo do ano e as principais regiões fornecedoras no Estado, entre os anos de 2004 a 2008. Palavras-chave: Vigilância Epidemiológica. Enfermidades. Trânsito.
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CARACTERIZAÇÃO DOS SISTE MAS DE CRIAÇÃO DE BOVINOS COM ATIVIDADE REPRODUTIVA NO ESTADO D A BAHIA ÁVILA, L¹; BAHIENSE, L².; GONÇALVES, V3; BAVIA, M4. FERREIRA NETO, J.S5; FERREIRA, F6; ¹Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, Salvador; ²Secretaria de Saúde do estado da Bahia, Salvador; ³FAV – Universidade de Brasília, Brasília, DF; 4Universidade Federal da Bahia, Salvador; 5,6FMVZ – USP, São Paulo, SP. E-mail: ,¹luciana.avila@adab.ba.gov.br, ²lubahiense@hotmail.com, ³vitorspg@unb.br, 4 newmeb2004@yahoo.com.br, 5jsoares@vps.fmvz.usp.br, 6fernando@vps.fmvz.usp.br.
A sanidade, associada à nutrição, ao melhoramento genético e ao manejo zootécnico, constitui a base de qualquer sistema de exploração de animais, sendo o equilíbrio destes fatores indispensável para assegurar a produtividade e qualidade, garantindo a competitividade entre os mercados. O controle da brucelose e da tuberculose torna-se importante tanto no aspecto do impacto econômico que acarreta quanto em saúde pública. Foi realizado o inquérito epidemiológico da Tuberculose Bovina no Estado da Bahia, entre 2008 e 2010, com o objetivo de estimar a prevalência e identificar fatores de risco, gerando uma serie de informações que permitiram caracterizar os sistemas de criação de bovinos em idade reprodutiva no Estado. Os resultados permitem demonstrar elevada homogeneidade das frequências dentro do Estado, no que se refere à tipologia do rebanho pode-se observar a predominância do tipo de exploração corte (37,7% das propriedades) exceto no circuito 1 onde a maior frequência é de propriedades leiteiras, do tipo de criação extensiva (84,7% das criações) e a maior parte dos rebanhos com bovinos mestiços (63,4%). Quanto ao grau de tecnificação das propriedades pode-se demonstrar a reduzida adoção de tecnologia pela elevada frequência de utilização da ordenha manual (64,5% das propriedades), pela não utilização da inseminação artificial (94,4% das propriedades) e ausência de assistência veterinária (86,7% das propriedades). Nos aspectos relacionados às características sanitárias dos rebanhos destacam-se a aquisição de bovinos predominantemente de outras propriedades (79,3%) e a não tuberculinização de bovinos quando da aquisição dos mesmos (88,8%). Por fim, no aspecto de importância como zoonose e impacto em saúde publica se destacam a elevada frequência no circuito 2 do abate de animais em estabelecimento sem inspeção veterinária (53,1%). Conhecer a forma de organização da atividade pecuária e suas particularidades regionais é essencial na elaboração de estratégias de controle e prevenção de enfermidades, por parte dos órgãos de defesa sanitária. Palavras-Chave: Tuberculose Bovina, Sistema de Criação, Bahia.
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FOCOS DE VACCÍNIA BOVINA NA GERÊNCIA DE MUNDO N OVO, BAHIA E AÇÕES DE DEFESA ANIMAL DA ADAB – RELATO DE CASO. AVILA, L¹; BATISTA, M²; PAIM, L³; TANNUS, A4. 1, 2, 3,4
Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, Salvador. ¹luciana.avila@adab.ba.gov.br, ²marcio.batista@adab.ba.gov.br, ³mattospaim@bol.com.br, 4 analuciatannus@hotmail.com. A vaccínia bovina é uma doença infecto-contagiosa viral, endêmica no Brasil e caracterizada por causar lesões cutâneas em vacas lactentes e no homem. Produz impacto considerável na saúde pública, causa prejuízo econômico na pecuária e é uma enfermidade diferencial com a febre aftosa. O objetivo desse trabalho foi relatar as ações de defesa sanitária animal desenvolvidas por técnicos da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) durante o atendimento a um surto de vaccínia bovina ocorrido na gerência de Mundo Novo, Bahia em setembro 2011. Os levantamentos foram feitos com as informações reportadas a Unidade Local da ADAB no município de Mundo Novo e dados da propriedade armazenados no banco de dados oficial – SIAPEC. Diante de uma suspeita de enfermidade vesicular notificada ao serviço oficial, técnicos da ADAB visitaram as propriedades para investigação clínica e epidemiológica dos focos, georreferenciamento, ações de educação sanitária e colheita de material biológico. As amostras foram acondicionadas e enviadas para o Laboratório de Sanidade Animal (LADESA) - ADAB-EBDA, onde foram novamente acondicionadas e enviadas por via aérea, seguindo os protocolos da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), para o Laboratório de vírus do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Foi diagnosticada vaccínia bovina em bovinos e em ordenhadores que apresentaram lesões variólicas nas mãos e foram medicados pelo serviço de saúde de Mairi e Mundo Novo. O diagnóstico foi realizado no Laboratório do ICB-UFMG, através das técnicas de PCR e ELISA. Foram realizadas também, atividades de educação sanitária; palestras sobre a doença direcionada aos pecuaristas de leite e profissionais de saúde, distribuição de folders e entrevista em rádios, além de ações de vigilância ativa nas propriedades perifocos. Por fazer parte do grupo das enfermidades confundíveis com a febre aftosa, a vaccínia bovina, conforme a IN nº 44/07, é de notificação obrigatória, as propriedades foram interditadas e depois de descartada a suspeita para febre aftosa e/ou saneamento do foco, desinterditadas. Ao final, tomada as ações descritas, os focos foram eliminados, conforme o que preconiza a legislação, protegendo a saúde pública e os animais, evitando maiores prejuízos econômicos, cumprindo assim, os princípios básicos da Defesa Sanitária Animal. Palavra - chave: Defesa Sanitária Animal, Vaccínia bovina, Bahia.
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ESTUDO DA COMPOSIÇÃO D AS ESPÉCIES DO GÊNERO ANASTREPHA NOS PÓLOS FRUTÍCOLAS DO VALE DO RIO BRUMADO (LIVRAMENTO DE NOSSA SENHORA E DOM BASÍLIO) E ITABERABA - BA NUNES.M.C.A 1,SÀ.R.F 2 ; OLIVEIRA,R.C3, CAMBESES.D.S4, FIGUEIREDO, M.A.5 1
Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, Salvador, Bahia mariaconsuelo.nunes@adab.ba.gov.br. 2Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, Salvador, Bahia ricardo.sa@adab.ba.gov.br. 3Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, Salvador, Bahia ritadecassisa@adab.ba.gov.br 4Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A, Salvador, Bahia danielcambeses@hotmail.com, 5Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A mile_hta18@hotmail.com. O Brasil é um dos principais produtores de frutas tropicais no mundo, ocupando o terceiro lugar atrás apenas da China e Índia com uma área de 2,2 milhões de hectares. As mangueiras são atacadas por grande variedade de insetos pragas, destacando-se as Moscas-das-Frutas causando danos fitossanitários. É importante ainda por sua grande distribuição no país. No Brasil, as espécies de Moscas-das-Frutas de importância econômica, pertencem a quatro gêneros: Anastrepha, Ceratitis, Bactrocera e Rhagoletis. Para o estado da Bahia já foram feitos os registros de 31 espécies de Anastrepha, destacando-se Anastrepha fraterculus, Anastrepha obliqua, Anastrepha zenildae, Anastrepha bahiensis e Anastrepha distincta, como as mais frequentes. Assim, o presente trabalho tem por objetivo conhecer as características das comunidades do Gênero Anastrepha nos pomares de manga dos municípios de Livramento de Nossa Senhora, Dom Basílio e Itaberaba no período de 2007 a 2010, visando à definição de estratégia e o momento adequado para adoção de medidas de controle buscando eficácia e economia do setor. Este trabalho foi realizado através de levantamento de dados a partir de fichas de controle de incidência de insetos dos pomares comerciais de manga (Mangifera indica) dos três municípios citados. O número total de fêmeas adultas de Anastrepha capturadas foi de 10.537 espécimes sendo que 1.351 espécimes nos pomares de Livramento de Nossa Senhora, 306 em Dom Basílio e 8.874 em Itaberaba. Houve uma maior incidência de A.obliqua seguida de A. fraterculus e A. serpentina. Observou-se no somatório das regiões a primeira detecção de A. tenella no Estado da Bahia, na região de Itaberaba de A. bondari cujo último registro foi em 1934, voltando a ser registrada em 2010, nessa mesma região. O maior índice de Anastrepha encontrado foi na região de Itaberaba enquanto que a menor incidência do gênero foi nos pomares de Dom Basílio. No conjunto das regiões as espécies mais frequentes foram A. obliqua, A. fraterculus e A. serpentina. A. obliqua foi á espécie predominante, com números superiores as demais, mostrando que está disseminada em todas as áreas estudadas. A.bondari, A. barbiellinii, A. grandis. A.montei A. tenella foram espécies raras, ocorrendo em áreas esporádicas. Palavras-chave: Biodiversidade, Insecta, Anastrepha, Agroecossistema
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ESTUDO DA COMPOSIÇÃO D AS ESPÉCIES DO GÊNERO ANASTREPHA NOS PÓLOS FRUTÍCOLAS DO VALE DO RIO BRUMADO (LIVRAMENTO DE NOSSA SENHORA E DOM BASÍLIO) E ITABERABA - BA NUNES.M.C.A 1,SÀ.R.F 2 ; OLIVEIRA,R.C3, CAMBESES.D.S4, FIGUEIREDO, M.A.5 1
Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, Salvador, Bahia mariaconsuelo.nunes@adab.ba.gov.br. 2Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, Salvador, Bahia ricardo.sa@adab.ba.gov.br. 3Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, Salvador, Bahia ritadecassisa@adab.ba.gov.br 4Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A, Salvador, Bahia danielcambeses@hotmail.com, 5Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A mile_hta18@hotmail.com. O Brasil é um dos principais produtores de frutas tropicais no mundo, ocupando o terceiro lugar atrás apenas da China e Índia com uma área de 2,2 milhões de hectares. As mangueiras são atacadas por grande variedade de insetos pragas, destacando-se as Moscas-das-Frutas causando danos fitossanitários. É importante ainda por sua grande distribuição no país. No Brasil, as espécies de Moscas-das-Frutas de importância econômica, pertencem a quatro gêneros: Anastrepha, Ceratitis, Bactrocera e Rhagoletis. Para o estado da Bahia já foram feitos os registros de 31 espécies de Anastrepha, destacando-se Anastrepha fraterculus, Anastrepha obliqua, Anastrepha zenildae, Anastrepha bahiensis e Anastrepha distincta, como as mais frequentes. Assim, o presente trabalho tem por objetivo conhecer as características das comunidades do Gênero Anastrepha nos pomares de manga dos municípios de Livramento de Nossa Senhora, Dom Basílio e Itaberaba no período de 2007 a 2010, visando à definição de estratégia e o momento adequado para adoção de medidas de controle buscando eficácia e economia do setor. Este trabalho foi realizado através de levantamento de dados a partir de fichas de controle de incidência de insetos dos pomares comerciais de manga (Mangifera indica) dos três municípios citados. O número total de fêmeas adultas de Anastrepha capturadas foi de 10.537 espécimes sendo que 1.351 espécimes nos pomares de Livramento de Nossa Senhora, 306 em Dom Basílio e 8.874 em Itaberaba. Houve uma maior incidência de A.obliqua seguida de A. fraterculus e A. serpentina. Observou-se no somatório das regiões a primeira detecção de A. tenella no Estado da Bahia, na região de Itaberaba de A. bondari cujo último registro foi em 1934, voltando a ser registrada em 2010, nessa mesma região. O maior índice de Anastrepha encontrado foi na região de Itaberaba enquanto que a menor incidência do gênero foi nos pomares de Dom Basílio. No conjunto das regiões as espécies mais frequentes foram A. obliqua, A. fraterculus e A. serpentina. A. obliqua foi á espécie predominante, com números superiores as demais, mostrando que está disseminada em todas as áreas estudadas. A.bondari, A. barbiellinii, A. grandis. A.montei A. tenella foram espécies raras, ocorrendo em áreas esporádicas. Palavras-chave: Biodiversidade, Insecta, Anastrepha, Agroecossistema
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PROGRAMA PARA IMPLANTAÇÃO E MANUTENÇÃO DE SISTEMA DE MITIGAÇÃO DE RISCO PARA A MOSCA-DO- MELÃO, ANASTREPHA GRANDIS, NO ESTADO DA BAHIA OLIVEIRA, R.C.1; SANTANA, G.2; SANTOS, E.2; SANTOS, D.C.2; NASCIMENTO, A.S.3, CASTELLANI, M.A.4 1
Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, Salvador, BA, ritadecassisa@adab.ba.gov.br. Biofábrica Moscamed Brasil, Juazeiro, BA, gabriel@moscamed.org.br, erivaldo@moscamed.org.br, deise@moscamed.org.br.3 EMBRAPA Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas, BA, antnasc@cnpmf.embrapa.br, 4 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, BA, castellani.uesb@gmail.com. 2
Com base na Instrução Normativa (IN) No 16 de março de 2006*, na qual é reconhecida a opção de manejo de risco para a espécie quarentenária Anastrepha grandis Macquart, esse programa visa desenvolver e manter um sistema de mitigação de risco para a mosca-do-melão, A. grandis, visando credenciar a área em estudo (Território de Identidade Nordeste II) para exportação do melão ao mercado norte-americano. Esse programa teve início em janeiro de 2009, na área de produção da empresa Itaueira Agropecuária S/A, localizada no município de Ribeira do Amparo (BA), quando as seguintes ações foram implantadas: i) - localização e georefenciamento da área de produção de melão; ii) - implantação do monitoramento populacional de moscas-das-frutas e iii) - visitas técnicas (auditorias) da Superintendência Federal de Agricultura na Bahia. O monitoramento foi realizado pela Organização Social Moscamed Brasil sob supervisão da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia e consultoria técnica da EMBRAPA Mandioca e Fruticultura. Os dados de captura de moscas-das-frutas no período de 2009 a 2011 revelaram ausência da espécie-alvo A. grandis. Foi capturado um total de 531 espécimes de Anastrepha, representados pelas espécies: A. amita; A. distincta; A. dissimilis; A. fraterculus; A. obliqua; A. pickeli; A. pseudoparallela; A. sororcula; e A. zenildae. Destas, A. sororcula, A. obliqua; e A. distincta foram as mais frequentes com 55,0 %; 20,0 %; e 14,5 %, respectivamente. A ausência da espécie alvo, A. grandis, por um período de monitoramento populacional de três anos ininterruptos, possibilita exportar o melão produzido na área em estudo. Os relatórios com os dados apresentados foram encaminhados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com vistas ao credenciamento da área para exportação de melão. Palavras – chave: defesa agropecuária, praga quarentenária, moscas-das-frutas * A IN No.16 de 05 de março de 2006, estabelece para fins de Certificação Fitossanitária com Declaração Adicional, a condição para Sistema de Manejo de Risco para a praga Anastrepha grandis Macquat, em áreas de cultivo de Cucumis melo L. (melão), Citrulus lanatus Thunb. (melancia), Cucurbita spp. (abóbora) e Cucumis sativus L. (pepino).
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OCORRÊNCIA DE DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA EM CAMARÕES NO MUNICÍPIO DE CANAVIEIRAS - BAHIA TRINDADE, I.M.S.1; LEAL, R.F. 1, RIBAS, J.R.L. 1. 1
Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) - Avenida Adhemar de Barros, 967, Ondina, Salvador-Bahia, CEP: 40.170-110,Salvador-BA. E-mails: isa.trindade@adab.ba.gov.br; jrlribas@ig.com.br; rui.leal@adab.ba.gov.br. O desenvolvimento da carcinicultura brasileira nas últimas décadas e consequente aumento do trânsito destes animais têm favorecido o aparecimento de doenças infecciosas, apresentando maior importância aquelas de origem viral, por causarem grandes prejuízos econômicos à atividade. Este trabalho teve como objetivo relatar a ocorrência de doenças de notificação obrigatória de camarões no município de Canavieiras, um dos pólos de produção de camarão do estado da Bahia, nos anos de 2008 e 2009, quando após a notificação de grande mortalidade em fazendas da região, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) tomou medidas de emergência sanitária como interdição das propriedades e restrição do trânsito de animais aquáticos oriundos daquele município, e iniciou investigação epidemiológica para identificar a causa da mortalidade e as propriedades afetadas, além de outras ações de Defesa sanitária Animal (DSA) para diagnosticar e controlar o problema. Foram coletadas amostras para análise laboratorial, feita em laboratório credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para realizar exames oficiais nesta espécie animal, as quais foram analisadas quanto à presença dos vírus da Mancha Branca (WSSV), através da Reação em Cadeia de Polimerase de dois passos, Necrose Hipodérmica Hematopoiética Infecciosa (IHHNV), através da Reação em Cadeia de Polimerase, e Mionecrose Infecciosa (INMV), pela Reação em Cadeia de Polimerase pela Transcriptase Reversa, conforme padronizado em suspeitas de doenças em camarões. O resultado dos exames demonstrou a presença de WSSV e/ou IHHNV em 66,66% das propriedades analisadas, porém todas as 14 fazendas da área foram submetidas às mesmas restrições e orientações, como em casos de doenças de notificação obrigatória de qualquer espécie animal, para evitar a disseminação do problema. Foram adotadas pela ADAB as seguintes medidas sanitárias, segundo as normas internacionais da Organização Mundial de Saúde Animal - OIE: despesca monitorada, processamento do camarão para aproveitamento condicional, desinfecção das instalações, equipamentos, vazio sanitário, apreensão e destruição de produtos movimentados sem autorização oficial. O impacto sócio-econômico causado pelos WSSV e IHHNV em Canavieiras foi grande, com perda temporária de postos de trabalho diretos e indiretos ligados a carcinicultura, porém, as medidas de DSA foram eficientes em evitar a persistência e disseminação do problema e atualmente a carcinicultura local está recuperada e com boa produtividade. Palavras-chave: camarão, doenças, Mancha Branca dos camarões, Necrose Hipodérmica Hematopoiética Infecciosa. III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 158 de 232
CARACTERIZAÇÃO DOS PROD UTORES INADIMP LENTES DAS CAMPANHAS DE VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AFTOSA NO MARANHÃO NOS ANOS DE 2010 A 2011 CARVALHO, R.1; MOURA, A.2; BARROS, R.3; VARGENS, M.4; SARAIVA, L.5. 1, 2, 3, 4 e 5. Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão, São Luís. robsonpk@hotmail.com; adriaged@hotmail.com; rosiane.barros@aged.ma.gov.br; mixa27@bol.com.br; queirozsaraiva@yahoo.com.br. A febre aftosa é a principal barreira sanitária para o comércio mundial de produtos de origem animal. O Estado do Maranhão, com 7.272.822 bovídeos, atualmente busca a mudança do status sanitário de médio para baixo risco (zona livre). Uma condição imprescindível para esse avanço é a obtenção de índices de cobertura vacinal superiores a 90% do rebanho bovídeo. Portanto, é fundamental conhecer o perfil dos criadores inadimplentes das campanhas de vacinação, a fim de planejar estratégias para elevação do índice de cobertura vacinal e assegurar a imunização da população bovídea contra o agente viral. Para determinação deste perfil, foram utilizados os dados das quatro ultimas campanhas de vacinação contra febre aftosa no Maranhão, onde se dividiu o número de bovídeos inadimplentes pelo número de produtores inadimplentes de cada campanha por município, onde se encontrou a média de rebanho por produtor, o que possibilitou a indicação das possíveis causas que podem influenciar nos resultados das coberturas vacinais. A pesquisa mostra que os produtores que possuem até vinte bovinos compõem a maior parcela do rebanho inadimplente nas campanhas oficiais. Outros fatores estão associados à localização geográfica dos municípios caracterizados como de difícil acesso apresentando areais ou regiões que ficam alagadiças durante as etapas de vacinação, além do fato dos animais serem criados de forma extensiva, sem a rotina do manejo contínuo, adicionado a poucas casas de revenda de vacina contra aftosa a disposição dos criadores locais, o que sugere que a produção deva ser considerada de subsistência. Para se alcançar os índices esperados deverão ser estudadas medidas visando um maior alcance do Serviço Oficial às áreas indicadas como recorrentes ao longo de campanhas consecutivas, como parcerias com agentes comunitário municipal de saúde para difusão da importância da vacinação do rebanho, melhoria no controle sanitário por parte dos produtores com a realização de vacinações sistemáticas e controle reprodutivo dos animais, maior conscientização da comunidade acerca da importância da erradicação da febre aftosa no Estado, além da busca ao incentivo de investimentos da iniciativa privada para a abertura de novas casas de revenda nos locais estudados. Palavras-chaves: Febre Aftosa; Inadimplentes; Maranhão.
III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 159 de 232
EDUCAÇÃO EM DEFESA SANITÁRIA: ESTUDO DE CASO DO PROJETO FAZENDO EDUCAÇÃO MOURA, A.1; BARROS, R.2; CARVALHO, R3; ALBUQUERQUE, F4. 1, 2, 3 e 4 Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão, São Luis. adriaged@hotmail.com; rosiane.barros@aged.ma.gov.br; robsonpk@hotmail.com; fama_97@hotmail.com. A educação sanitária é um dos principais meios utilizados pelos serviços oficiais de defesa agropecuária para a divulgação das atividades inerentes aos programas nacionais de controle ou erradicação de doenças de notificação obrigatória e maior alcance na conscientização do papel da comunidade na obtenção dos resultados desejados no controle sanitário. O Maranhão possui um rebanho bovino de aproximadamente sete milhões de cabeças, representando o segundo maior rebanho do Nordeste e o oitavo a nível nacional, apresenta um status de médio risco na classificação para a febre aftosa. Tais valores demonstram uma evidente necessidade de reclassificação de risco (área livre) para que o Estado possa usufruir dos benefícios de sua localização geográfica privilegiada e produção pecuária, com a realização de abertura de mercados, aumento de investimentos da iniciativa privada e a contemplação do âmbito das exportações. Para isso, o papel da educação sanitária é fundamental e indispensável para a erradicação da febre aftosa. Os programas nacionais contemplam ações para que se alcance o status desejado através de exigências como alcance de índices de vacinação dos bovídeos acima de 90% e uma ampla participação comunitária conscientizada e ativamente atuante na erradicação da enfermidade. A educação reconhecidamente é um instrumento de grande importância na promoção de mudanças de conhecimento, atitudes e comportamento. Para alcançar os benefícios promovidos pela educação sanitária, a agência de defesa realizou o Projeto Fazendo Educação em escolas da zona rural do município de Santa Luzia – MA. Este projeto visa elevar a conscientização da comunidade sobre a importância da erradicação da febre aftosa através da vacinação dos bovídeos do município. O estudo foi realizado nos dois povoados com menor índice de vacinação contra a febre aftosa, onde se utilizaram palestras, questionários e oficinas culturais com educadores e crianças das 3ª e 4ª séries do ensino fundamental. Constatou-se uma necessidade urgente de reavaliação de medidas de educação sanitária que possibilite a transformação da comunidade em atores ativos, uma vez que a informação não atingia todas as esferas da população. Concluiu-se que através do Projeto Fazendo Educação podem-se conscientizar cada membro da população em estudo sobre a importância do seu papel no processo de vacinação dos bovinos contra a febre aftosa e da erradicação da doença, além de inserir a responsabilidade, poder de participação e de decisão na melhoria da qualidade sanitária do rebanho bovino do Estado do Maranhão. Palavras-chave: Educação Sanitária, Febre Aftosa, Vacinação, Bovinos.
III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 160 de 232
O PROCESSO DE ASSOCIAÇÃO DA MASCOTE CAMPEÃO COM A CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA A FEBRE AFTOSA NO MARANHÃO. ALBUQUERQUE, F1; BARROS, R2; MOURA, A3; CARVALHO, R4. ; VARGENS, M5. 1, 2, 3, 4 e 5. Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão, São Luís. fama_97@hotmail.com; rosiane.barros@aged.ma.gov.br; adriaged@hotmail.com; robsonpk@hotmail.com; mixa27@bol.com.br. Durante as campanhas de vacinação sistemática, muitas abordagens são realizadas com o objetivo de conscientizar o produtor rural da importância da vacinação e o alcance dos índices almejados pelo Sistema de Defesa Sanitária Animal. Entre os vários meios utilizados a mascote, por uma personificação capaz de estimular a associação da Campanha de Vacinação Contra Febre Aftosa com um rosto, aparece como sendo o melhor elo de comunicação e relacionamento, obtendo resultados bastante satisfatórios e duráveis com o público alvo, atraindo sua atenção em todas as faixas etárias. Deste modo, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGED/MA) criou sua mascote “O Campeão” com o objetivo de promover uma campanha que atingisse e sensibilizasse os criadores de gado do Estado, desde as grandes propriedades até as criações de subsistência, ou sem fins comerciais. Durante a idealização, criação, aprovação da mascote e sua relação com a Campanha de Vacinação foram realizadas diversas reuniões com empresas especializadas (PHOCUS propaganda e marketing), órgãos estaduais (Secretária Estadual de Comunicação - SECOM) e com o corpo técnico da Agência para avaliação do tema escolhido e sua divulgação junto à campanha. Após a escolha e definição da mascote “O Campeão” foi elaborado material a ser trabalhado durante a etapa de vacinação de maio de 2011. Foi avaliado o lançamento da Campanha de Vacinação e as formas de divulgação da mascote como meio de promoção de envolvimento dos criadores. Foram adotados como elemento de divulgação, veiculação em Outdoors estrategicamente fixados em todo Estado, fixação de Banner e cartazes, além da distribuição de Folders educativos para população com o material contendo imagens da mascote para melhor associação deste com a campanha de vacinação contra Febre Aftosa. A mascote mostrou-se um excelente instrumento de desenvolvimento em um processo ativo e contínuo através da promoção de mudanças de atitudes e comportamento do criador sendo positivamente refletido na Campanha de sua criação e implantação. Palavras-chave: Febre Aftosa; Mascote; Maranhão.
III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 161 de 232
DOENÇAS DAS ABELHAS DE IMPORTÂNCIA PARA DEFESA SANITÁRIA ANIMAL NORONHA, R.P.1; RIBAS, J.R.L.1.; LEAL, R.F.1 1Fiscal Estadual Agropecuário/ADAB Salvador, rejane.noronha@adab.ba.gov.br; 1Fiscal Estadual Agropecuário/ADAB Salvador, jrlribas@ig.com.br. 1Fiscal Estadual Agropecuário/ADAB Salvador, rui.leal@adab.ba.gov.br As abelhas melíferas são importantes não só pelo mel, pólen e própolis que produzem, mas principalmente pelo seu papel como agentes polinizadores. Assim, a saúde das abelhas tem um grande impacto econômico no mundo todo. Atualmente existe uma grande preocupação em relação ao declínio da população de abelhas cujas causas são ainda desconhecidas, apesar das várias hipóteses, inclusive microorganismos patogênicos. Existem vários patógenos que acometem as abelhas: bactérias, fungos e vírus atacam preferencialmente as larvas enquanto as adultas são afetadas por ácaros, protozoários e insetos. É fundamental que os apicultores e profissionais envolvidos na cadeia apícola estejam atentos a situação sanitária das colmeias para evitar a introdução e disseminação das enfermidades. O conhecimento dos principais sintomas permite a adoção de medidas imediatas como o isolamento das colmeias afetadas, coleta e envio de amostras para laboratórios para um diagnóstico correto, destruição de colmeias quando necessário. O Programa Nacional de Sanidade Apícola foi instituído pela Instrução Normativa Nº 16, de 08 de maio de 2008 do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento e traz em linhas gerais as ações de vigilância e defesa sanitária animal. Porém não define quais doenças tem real importância para o plantel apícola nacional e quais ações específicas devem ser adotadas em casos de introdução de novos patógenos ou em casos de focos de doenças. O presente trabalho traz uma revisão bibliográfica atualizada sobre as doenças apícolas de notificação obrigatória de acordo com os parâmetros da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). São abordados aspectos das seguintes doenças: varroatose, acariose, infestação pelo Tropilaelaps sp, cria pútrida americana, cria pútrida europeia, nosemose e infestação por Aethina túmida. Essa revisão servirá de instrumento de estudos e consulta para profissionais e técnicos envolvidos diretamente na cadeia apícola, além de fornecer a base teórica para um estudo epidemiológico sobre a ocorrência dessas doenças no Estado da Bahia. Palavras-chave: Sanidade apícola, Doenças de abelha, Defesa sanitária animal.
III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 162 de 232
PROJETO “SANIDADE EM POE SIA” PEDREIRA, L¹; SANTOS, H²; SILVA, P³. ¹ ² ³ Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, Salvador. ¹ luiz.pedreira@adab.ba.gov.br, ² helder.santos@adab.ba.gov.br, ³ paulo.tarsosilva@adab.ba.gov.br. A literatura, mais especificamente a poesia, como instrumento de informação, proporciona ao público uma maior apreensão e assimilação dos mais diversos temas abordados, pelo caráter envolvente que a cadência das palavras suscita no indivíduo enquanto leitor ou mesmo ouvinte de uma expressão oral do texto, ainda mais quando feita de maneira lúdica e interativa. Isso a torna um eficiente e ainda pouco explorado, meio de TRANSFORMAÇÃO, atendendo perfeitamente ao princípio básico da Educação Sanitária, sobretudo no âmbito da Defesa Agropecuária e da Segurança Alimentar. O presente projeto tem como objetivo despertar em crianças de 5 a 10 anos de idade, principalmente das escolas das zonas rurais, uma atenção especial sobre a importância econômica e social dos temas abordados, Através da criação de histórias obedecendo ao formato da literatura de cordel, cujos personagens são animais, vegetais e seres humanos fictícios serão contemplados os programas específicos das diretorias técnicas da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB). A apresentação dar-se-á a partir de uma contextualização das crianças sobre o papel da ADAB de maneira geral e num plano específico será evidenciado o tema que se destaca na região a ser realizada, no que diz respeito à cultura agropecuária e/ou agroindustrial, enfatizando as ocorrências zoofitossanitárias existentes ou que ofereçam riscos iminentes de introdução, bem como as questões de segurança dos alimentos, principalmente dos produtos de origem animal. Posteriormente, haverá uma leitura dos versos de forma divertida, podendo ser utilizada a linguagem dramática no sentido de integrar as crianças, convidando-as a serem voluntárias na representação dos personagens.De posse das informações necessárias, as crianças tendem a questionar inadequações e disseminar atitudes e procedimentos mais próximos do ideal, especialmente entre seus familiares, o que reflete diretamente nos sistemas de produção.AEducaçãoSanitária possibilita a diversidade de ações e metodologias a serem empregadas nas mudanças comportamentais,viabilizando melhores condições zoofitossanitárias e de saúde pública. Palavras-chave: Educação Sanitária, Poesia, ADAB, Bahia.
III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 163 de 232
EDUCAÇÃO SANITÁRIA NA ES COLA E NOS ASSENTAMENTOS DE SÃO FÉLIX DO CORIBE: DIVULGAÇÃO DA CAMPANHA DE RAIVA CONCOMITANTE COM A CAMPANHA DE AFTOSA ¹PEREIRA,J ²Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, Santa Maria da Vitória ³josymar.pereira@adab.ba.gov.br Frente às mudanças ocorridas com o processo de globalização a Defesa Agropecuária da Agencia de Defesa Sanitária Animal da Bahia (ADAB) tem se aprimorado e acompanhado essa transformação como intuito de tornar mais e eficiente bem como garantir a sanidade e a defesa sanitária do Estado e com isso tem usado a Educação Sanitária como uma ferramenta estratégica e meio de conscientizar e mudar a realidade dos indivíduos envolvidos nesse contexto, além de aproximar o criador do serviço realizado pela ADAB, bem como conhecer a realidade do mesmo. Nesse contexto tem se trabalhado concomitante a divulgação da campanha da febre aftosa a vacinação contra a raiva. Na Bahia há uma divisão em grupos de municípios por prevalência para a raiva e São Félix do Coribe está classificado como endêmico com índices médio para a raiva e que a mesma é uma zoonose que acomete todos os mamíferos inclusive o homem e logo trata-se de saúde pública. Para alcançar tal objetivo foi utilizado como procedimento metodológico palestra com o auxilio de recursos materiais como data show, notebook, cartilhas e folhetos. Para tanto a realização dessa atividade ocorreram na Escola Adalgisa Borges e nos Assentamentos Boa Esperança, Bom Sucesso, Lontra e Boa Sorte no mês de novembro, sendo abordados alunos de 5 a 12 anos como também professores, diretores e criadores. A realização da atividade deu-se de duas formas para as crianças, foi usada uma linguagem mais interativa com uma apresentação em powerpoint animado sobre o tema Raiva. A apresentação iniciou com o questionamento do que é raiva fazendo que as crianças dessem depoimento, depois solicitamos voluntários para fazer a leitura dos textos para os criadores a conversa foi de chamar a responsabilidade para cada um, mostrado as perdas econômicas, saúde da família e manejo adequado bem como a importância da vacinação. Foi um contato bastante proveitoso tantos com os alunos quanto com os criadores, pois eles vivem essa rotina e essas situações que acontecem na criação dos animais. Todos participaram com questionamentos sobre os temas abordados. Percebemos que na Educação Sanitária e na parceria entre ADAB e Escola ser o grande diferencial para sensibilizar os criadores, e que os alunos são o grande potencial para a Defesa Agropecuária, pois, os mesmos recebem a informação e passam a reproduzir para os pais em casa, promovendo uma reflexão sobre o manejo referente a criação transformando de maneira positiva para a Defesa Sanitária. Palavras-chave: Educação Sanitária, Defesa Agropecuária, Raiva, Vacinação.
III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 164 de 232
AVALIAÇÃO DE C URSO DE CAPACITAÇAO PELO MÉ TODO S OMA ALBUQUERQUE, C.*; OLIVEIRA, A.S** *Superintendência Federal de Agricultura em Goiás- SFA-GO, Goiânia; carlos.albuquerque@agricultura.gov.br. **Fiscal Estadual Agropecuário em Vitória da Conquista – ADAB – Ba alessandro.oliveira1@adab.ba.gov.br A Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia - ADAB realiza capacitações visando torna os aplicadores de agrotóxico aptos a lidar com estes produtos. OBJETIVOS- avaliar a curso “Prevenção de Acidente no Uso dos Agrotóxicos” METODOLOGIA- utilizando o Método SOMA, que prevê aplicação de pré e pós-teste, com as mesmas perguntas aos participantes do curso; apresentações teóricas e prática. RESULTADOS- no pré-teste a média foi de 47%, sendo a capacitação indicada, no pós-teste foi observada média das notas 75%, sendo alcançada eficiência de 56% e 519% em média de aumento de conhecimento. Comparativos No comparativo por idade o curso era necessário ao público até 30 anos, pois o grupo obteve nota no pré-teste inferior a 50%. E se mostrou eficiente obtendo eficiência 54% e aumento de conhecimento de 526%, para os participantes acima de 30 anos não era necessário, o pré-teste foi superior a 50%, contudo o curso obteve sucesso, pois a eficiência foi de 60% e aumento de conhecimento de 508%, Com relação à escolaridade, o curso se fazia necessário apenas para os participantes com até 8 anos de estudo. O curso não foi eficiente para este grupo, eficiência de 49%, mas o grupo obteve aumento de conhecimento de 420%, demonstrando que houve absorção de conhecimento novo, para os participantes acima de 8 anos de escolaridade o curso não era necessário, pois obtiveram nota de 58% no pré-teste, acima dos 50% estabelecido com mínimo necessário, mas o curso foi eficiente em transmitir informação (69% de eficiência). Contudo, obtiveram aumento de conhecimento de 675%, bem acima do grupo com escolaridade até 8 anos, para os participantes com até 5 anos de experiência, que representa 83% de público, o curso se fez necessário pois o pré-teste foi de 42% e também foi eficiente 54%, e obteve aumento de conhecimento de 606%, para os participantes com mais de 5 anos de experiência o curso não era necessário pois o pré-teste foi de 71%, mostrando que já possuíam um bom conhecimento do assunto a ser abordado, contudo o curso foi eficiente alcançando 67%, sendo alcançado ganho de conhecimento de 112%. Conclusões- A utilização do método SOMA troce informações antes não levantadas, como: caracterização do público, experiência com a atividade, idade dos participantes, escolaridade e principalmente saber se estamos sendo eficiente no planejamento, na execução dos trabalhos de educação sanitária, como também no ganho de conhecimento obtido pelos participantes. Palavras-chave: prevenção de acidentes, agrotóxicos, método SOMA.
III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 165 de 232
RELATO DE OCORRÊNCIA DA MYCOSPHAERELLA FIJIENSIS NO ESTADO DO TOCANTINS ABREU, I. M. O de;¹; MICHELLIN, L. H. F¹; SILVA, M.C. da²; MENESES, S. A.²; RIOS, R. F.². ¹Agencia de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins – ADAPEC, Palmas-TO, email: ljmichelin@brturbo.com.br.²Faculdade Católica do Tocantins, Palmas-TO, email: marciocarla@hotmail.com. A banana é originária do continente asiático, está distribuída em várias regiões tropicais, considerada a frutas mais antiga consumida no mundo. A cultura assume importante papel social e econômica em mais de 80 países, no Brasil, a produção dá-se em quase todos os estados da federação, com área colhida de aproximadamente 510 mil hectares e produção de 7 milhões de toneladas. No Tocantins, foi produzida mais de 25 mil toneladas de bananas em 2009, comercializadas dentro e fora do estado. Uma das principais ameaças à bananicultura nacional são os problemas fitossanitários, devido a utilização generalizada de poucas cultivares como Prata, Nanicão e Maçã, todas suscetíveis a doenças, a mais temida delas é a sigatoka-negra, seu agente causal é a Mycosphaerella fijiensis. A sigatoka-negra, é o principal problema fitossanitário da cultura no mundo, e fator limitante para expansão da cultura nas regiões onde ocorre. A Mycosphaerella fijiensis, está presente em várias regiões brasileiras, a propagação da doença ocorre por meio de plantas e mudas, os sintomas iniciais são vistos nas folhas, as lesões reduz a área fotossintetizante, levando à planta a morte. O objetivo desse é relatar à ocorrência doença (Mycosphaerella fijiensis) na cultura da bananeira, no estado do Tocantins. Para execução do mesmo, foram realizadas pesquisas bibliográficas em sites oficiais, revistas, artigos e periódicos sobre a ocorrência da (Mycospharella fiiensis), na bananicultura nacional. Em 2010, Agencia de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins (ADAPEC), em monitoramento de rotina em bananais estaduais, detectou-se um foco de sigatoka-negra, na chácara São Luiz, município de Araguaina, região norte do estado. A propriedade foi interditada, após confirmação, com orientação da Superintendência Federal da Agricultura (SFA), o pomar foi destruído evitando a proliferação e prevenindo que a doença se espalhe. Seis mil pés da planta aproximadamente foram destruídos. Posteriormente, o monitoramento foi intensificado num raio de 70 km em torno da propriedade, também foi orientado ao produtor que adquirisse mudas de procedência comprovada e resistentes a doença. Com isso, o Tocantins perder temporariamente o status de zona livre de sigatoka-negra, e os produtores ficam impedidos de exportarem seus produtos. Como alternativa para os bananicultores tocantinenses, foi implantado o SMR - Sistema de Mitigação de Risco, esse sistema visa, além do comprometimento do produtor, buscar conhecer aspectos epidemiológicos da doença, a adoção e adequação de tecnologias de manejo integrado de pragas e praticas agrícola que possam efetivamente manter a enfermidade sob controle em níveis comerciais. Palavras-chave: Musa spp, Sistema de mitigação de riso e sigatoka-negra. III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 166 de 232
USO DE INVÓCULOS CONTENDO REPELENTES NATURAIS N O CONTROLE DA BROCA DO FRUTO EM PINHA, EM CENTRAL-BA ARAGÃO, C. 1; , L. D. G.1; GALVÃO, T. D. L. 2; TÔRRES, A. N. L. 3 1 Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), Irecê, cleoomenes.aragao@adab.ba.gov.br; 2 Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), Salvador, tarcilodavid@uol.com.br; 3 ADAB, Irecê, andre.torres@adab.ba.gov.br. A pinha também chamada de fruta do Conde ou ata, (Anona squamosa, L), pertence a família das Anonaceas. Na Bahia o município de Presidente Dutra é o principal produtor do Estado. Várias espécies de pragas atacam as Anonáceas, com destaque para Cerconota anonnela e Befhratelloides pomorum, pragas de grande importância econômica. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes invólucros contendo repelentes naturais no controle de C. anonella, na produção e na qualidade físicados frutos de pinha. Para tanto foi conduzido um experimento de campo no município de Central - BA, utilizando-se os seguintes tratamentos: T1Testemunha; T2- Saco de papel; T3- Saco de papel + Açafrão; T4- Saco de papel + Mamona macerada; T5- Saco de papel + Pimenta do reino; T6- Saco plástico; T7- Saco plástico + Açafrão; T8- Saco plástico + Mamona macerada; T9- Saco plástico + Pimenta do reino. O ensacamento foi feito em botões florais em pinheira irrigada após polinização artificial. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com 9 tratamentos, 72 plantas e 4 repetições. Os frutos foram colhidos para as avaliações devidas, incidência de Cerconota (%), produção comercial (kg), peso, comprimento e diâmetro médio do fruto. A incidência de Cerconota anonella, nos tratamentos, saco de papel, saco de papel+açafrão, saco de papel+pimenta do reino, saco de papel+mamona macerada, saco de plástico, saco de plástico+açafrão, saco de plástico+pimenta do reino, saco de plástico+mamona macerada e saco de plástico perfurado, não diferiram estatisticamente da testemunha. Verificou-se que a testemunha apresentou maior produção comercial e produção total em relação aos demais tratamentos, tendo na elevação da umidade e temperatura dentro do invólucro, a possível explicação para tal constatação. Verificou-se que, com exceção do tratamento 9, não houve influencia dos tratamentos sobre as características físicas do fruto (comprimento, diâmetro e peso médio do fruto). Portanto concluise que nas condições em que o experimento foi conduzido não houve redução significativa da broca do fruto em nenhum dos tratamentos testados, e ainda, que os métodos de controle utilizados não influenciaram nas características físicas dos frutos, porém prejudicaram a produção comercial da planta. Palavras-chave: Fruta do Conde. Repelentes Naturais. Cerconota anonnela.
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CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO E TÉCNICO DE PISCICULTORES EM MUNICÍPIOS DA BAHIA, E M 2009. TÔRRES, L. D. G.1; ALBINATI, R. C. B.2; TÔRRES, A. N. L.3 1 Agência Estadual de Defesa Agropecuária da liliana.torres@adab.ba.gov.br; 2 Universidade Federal da albinati@ufba.br; 3 ADAB, Irecê, andre.torres@adab.ba.gov.br.
Bahia (ADAB), Irecê, Bahia (UFBA), Salvador,
A piscicultura destaca-se como importante fonte de renda para agricultores em várias partes do mundo. Dados referentes à piscicultura no estado da Bahia são escassos, especialmente no que diz respeito à formação tecnológica, educação sanitária, assistência técnica e tecnologias adotadas. O objetivo deste trabalho é caracterizar os perfis sócio-econômico e técnico dos piscicultores de cinco municípios dos territórios do Piemonte do Paraguaçu e Chapada Diamantina, a fim de subsidiar a adoção de políticas públicas para realização de atividades de formação, acompanhamento técnico e defesa sanitária, visando melhorar a qualidade da produção e do produto. Os estudos foram conduzidos em quatro municípios do Território de Identidade Piemonte do Paraguaçu (Boa Vista do Tupim, Itaberaba, Macajuba e Ruy Barbosa) e um do Território de Cidadania da Chapada Diamantina (Utinga) no Estado da Bahia. Como instrumento de coleta de dados realizou-se uma entrevista estruturada no período de 15 de setembro a 15 de outubro de 2009, através da aplicação de 72 Questionários, com 29 perguntas. As primeiras questões (01 a15) referem-se a informações sobre o perfil sócio-econômico dos piscicultores, levantando informações como faixa etária, escolaridade, origem, participação em entidades ligadas ao meio rural; as últimas questões (16 a 29) referem-se à caracterização da criação, com perguntas referentes aos ciclos de produção realizados, assistência técnica recebida, problemas sanitários encontrados. Mais de 93,06% dos piscicultores ocupam uma área média menor que dez hectares, o que implica em pouco impacto ambiental e mais de 40% deles estão unidos de forma associativa tendo como fonte de renda principal a piscicultura. As principais fontes de informação preteridas pelos agricultores entrevistados são através de reuniões e visitas técnicas; Os meios de comunicação de massa, como a televisão e o radio ainda são os mecanismos mais eficientes para o acesso ao conhecimento daqueles que vivem no campo. A criação de tilápias é a forma mais explorada na região e apesar de não ter sido constatado nenhum evento sanitário, a falta de exigência de exames e atestados na aquisição de animais pode acarretar na introdução de doenças ou dificuldade de rastreabilidade quando da ocorrência de doenças. A aquicultura nos municípios estudados é uma atividade recente, havendo pouca ocupação territorial, uma vez que a atividade aquícola não apresenta perfil latifundiário, desenvolvendo-se em pequenas áreas. Palavras-chave: tilápia, peixe, piscicultura, defesa sanitária
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ALTERAÇÕES NAS FREQUÊNCIAS FENOTÍPICAS EM POPULAÇÕES DE LABORATÓRIO DE CHRYSOPERLA EXTERNA (HAGEN , 1861) (NEUROP TERA: CHRYSOPIDAE) FERREIRA, R.J.1,2; DE BORTOLI, S.A.3 1
Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia – ADAB, Jequié-BA. raijequie@terra.com.br 3 Universidade Estadual Paulista – UNESP, Jaboticabal-SP. 2
Nos últimos anos o controle biológico de insetos-praga, como ferramenta do Manejo Integrado de Pragas (MIP), tem recebido atenção especial da comunidade científica, pois, o controle convencional, quando feito de forma empírica e irracional, causa sérios problemas para o homem e o meio-ambiente. Insetos criados em laboratório para esta finalidade podem sofrer alterações negativas em suas características biológicas e morfológicas, comprometendo a sua eficácia, sendo necessária a adoção de práticas para detecção prematura destes problemas. Este trabalho objetivou verificar a existência de variantes morfológicas entre indivíduos selvagens e de laboratório de Chrysoperla externa (Hagen, 1861) (Neuroptera: Chrysopidae) e alterações nas frequências destas variantes ao longo das gerações com subsídio para detecção da perda de variabilidade genética. Também foi realizado estudo morfométrico do comprimento e largura de asas protorácicas entre indivíduos do campo e laboratório. As populações foram estabelecidas com 1, 5, 10, 15 e 20 casais fundadores, a partir de exemplares selvagens coletados em Piracicaba-SP (PP) e Jaboticabal-SP (PJ), e mantidas sob regime de cruzamentos consanguíneos aleatórios por 19 gerações (PP) e 24 gerações (PJ), não sendo permitida a sobreposição de gerações. Foram constatadas seis variantes para cor dos olhos (dourado, verde, verde-fosco, vermelho, azul e preto). Observou-se que a frequência de variantes raras para a cor dos olhos, como, por exemplo, a cor preta (curiosamente não encontrada em populações do campo, provavelmente devido ao tamanho das amostras coletadas), aumentou gradativamente ao longo das gerações de laboratório e, principalmente, em populações fundadas com menor número de indivíduos, representando um instrumento efetivo para a detecção do aumento da homozigose em criações massais deste inseto. Em relação às medidas das asas, não houve alterações significativas entre populações ao longo das gerações, não sendo indicado o seu uso para detecção da perda de variabilidade genética nesta espécie. Com base nos resultados, aconselha-se o estabelecimento de populações de laboratório com no mínimo 15 casais fundadores. Palavras-chave: Chrysopidae, Chrysoperla externa, controle biológico, pragas.
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CONSUMO E GANHO DE PESO EM LARVAS DE CHRYSOPERLA EXTERNA (HAGEN, 1861) (NEUROPTERA: CHRYS OPIDAE) DE DIFERENTES POPULAÇÕES E GERAÇÕES DE LABORATÓRIO FERREIRA, R.J.1,2; DE BORTOLI, S.A.3 1
Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia – ADAB, Jequié-BA. raijequie@terra.com.br 3 Universidade Estadual Paulista – UNESP, Jaboticabal-SP. 2
Vários estudos têm sido realizados sobre a biologia, capacidade de predação e consumo de várias espécies de crisopídeos, na tentativa de sua utilização mais racional no Manejo Integrado de Pragas (MIP). Um dos problemas que pode ocorrer em criações de insetos em laboratório é a consanguinidade, com a consequente perda da variabilidade genética, podendo, inclusive, inviabilizar a produção massal. Assim, o objetivo deste trabalho foi verificar possíveis variações na capacidade de consumo e ganho de peso entre larvas de diferentes gerações de laboratório de Chrysoperla externa (Hagen, 1861) (Neuroptera: Chrysopidae), oriundas de duas populações distintas coletadas nos municípios de Jaboticabal-SP (PJ) e Piracicaba-SP (PP). As populações foram estabelecidas com 1, 5, 10, 15 e 20 casais fundadores e mantidas sob regime de cruzamentos consanguíneos aleatórios por 19 gerações (PP) e 24 gerações (PJ), não sendo permitida a sobreposição de gerações. Pelos resultados obtidos, pode-se dizer que, de maneira geral, o ganho de peso e o consumo das larvas foram superiores em populações estabelecidas com maior número de casais, não apresentando grandes variações dentro das populações e gerações estudadas. Palavras-chave: Chrysopidae, Chrysoperla externa, variabilidade genética, controle biológico.
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INSETOS ASSOCIADOS À GRAVIOLEIRA (ANNONA MURICATA L.), NO SUDOESTE DO ESTADO DA BAHIA FERREIRA, R.J.1,2; SILVA, K.S.3; BARRAL, R.1; SILVA, J.A.S.1; SILVA JUNIOR, J.C.4; REBOUÇAS JÚNIOR, I.P.1 1 Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia – ADAB, Jequié-BA. 2 raijequie@terra.com.br 3 Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia – ADAB, Salvador-BA. 4 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, Jequié-BA. A introdução do fungo Moniliophthora perniciosa, causador da vassoura-de-bruxa, praticamente inviabilizou a lavoura cacaueira na Bahia. Este contexto obrigou os produtores a diversificarem suas atividades, despontando a fruticultura, com destaque para o cultivo da gravioleira, como ótima opção. Com mais de 1.000 ha, a Bahia, maior produtor nacional de graviola, está contribuindo para elevar o Brasil ao 1o lugar em produção, atualmente atrás apenas da Venezuela, com cerca de 1.500 hectares. Com o objetivo de conhecer melhor a situação desta cultura no Estado, estão sendo realizados, pela Agencia Estadual de Defesa agropecuária da Bahia – ADAB, e levantamentos de informações fitossanitárias através de inspeção de pomares e aplicação de Inquéritos Fitossanitários junto aos produtores. Com base nas informações de 39 inquéritos (áreas em produção), de um total de 69, realizados em pomares de cinco Municípios (Apuarema, Ibirataia, ipiaú, Itagibá, Jaguaquara e Jequié), foram relacionadas, preliminarmente, 16 espécies de insetos e as suas respectivas frequências. Broca-do-fruto (Cerconota anonella Sepp - Lepidoptera: Oeocophoridae - presente em 87,18% dos pomares), broca-das-sementes (Bephratelloides pomorum (F.) - Hymenoptera: Eurytomidae - 56,41%), percevejo-de-renda (espécie não determinada - Hemiptera: Tingidae - 51,28%), soldadinhos (Membracis foliata Richter e M. arcuata De Geer - Hemiptera: Membracidae - 46,15%), cochonilhas diversas (43,59%), broca-do-tronco (Cratosomus bombina Fabricius - Coleoptera: Curculionidae 35,90%), broca-do-coleto (Helipus catagraphus Germar - Coleoptera: Curculionidae - 25,64%), outros membracídeos não determinados (três espécies - 5,13%), e irapuá (Trigona spinipes (Fabricius) - Hymenoptera: Apidae), cochonilha-de-cera (Ceroplastes floridensis - Hemiptera: Coccidae), formiga do gênero Atta, lagarta-pintada (Gonodonota sp. - Lepidoptera: Noctuidae) e o percevejo Maria-fedida (Pentatomidae), todos com 2,56%. Algumas espécies de pulgões também foram registradas, porém, devido a informações conflitantes nas amostragens, não pudemos apresentar neste trabalho. Provavelmente primeiro registro oficial e a cochonilhaparda (Saissetia coffea - Hemiptera: Coccidae) foram encontradas em áreas que ainda não estavam em produção. Palavras-chave: graviola, insetos-praga.
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ASPECTOS BIOLÓGICOS E MORFOLÓGICOS DA MOSCA-DO-FIGO ZAPRION US INDIANUS GUPTA, 1970 (DIP TERA: DROSOPHILIDAE) EM DIETA ARTIFICIAL À BASE DE MILHO PARA D ROSOFILÍDEOS FERREIRA, R.J.1,2; SILVA JUNIOR, J.C.3; REBOUÇAS JUNIOR, I.P.1. 1
Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia – ADAB, Jequié-BA. raijequie@terra.com.br 3 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, Jequié-BA 2
A mosca-do-figo Zaprionus indianus Gupta, 1970 (Diptera: Drosophilidae) foi registrada pela primeira vez no continente americano em 1999, colonizando caquis (Diospyros kaki, Ebenaceae) na localidade de Santa Isabel, região metropolitana de São Paulo, Brasil. No mesmo ano, a praga causou danos à cultura do figo (Ficus carica, Moraceae) em Valinhos, também no Estado de São Paulo, onde foi considerada praga. Este drosofilídeo foi detectado também na região Sudeste da Bahia em 2007, colonizando frutos de acerola (Malpighia glabra, Malpighiaceae) na zona urbana do Município de Jequié. Este registro foi feito durante o VI Encontro Estadual do Programa de Controle de Moscas-das-frutas do Estado da Bahia, realizado pela Agencia Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia – ADAB, em outubro de 2007 em Porto Seguro-Ba. Este inseto se dispersou rapidamente pelo continente americano, estando presente hoje desde o Uruguai até a Florida, nos EUA. Tendo em vista a escassez de dados sobre a biologia deste inseto no Brasil e o risco iminente de tornar-se importante praga de diversas culturas, realizamos o presente estudo objetivando a obtenção de uma dieta padrão para a criação em laboratório. Os insetos foram mantidos em uma dieta à base de milho na temperatura de 25 ± 1 0 C e fotofase de 14 horas. O período embrionário variou de 1,00 a 1,50 dias; o período pupal de 4,00 a 9,50 dias e ciclo de ovo a adulto de 14,50 a 24,50 dias. As porcentagens de pupas e adultos anormais foram, respectivamente, iguais a 7,50 e 3,78%, obtendo-se razão sexual de 0,52. Os valores encontrados, semelhantes aos da literatura consultada, permite afirmar que a dieta avaliada pode ser utilizada com êxito na criação desta praga em programas de manejo integrado. Palavras-chave: Mosca-africana-do-figo, praga, dieta artificial, fruticultura.
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ASPECTOS BIOLÓGICOS E MORFOLÓGICOS DA MOSCA-DO-FIGO ZAPRION US INDIANUS GUPTA, 1970 (DIP TERA: DROSOPHILIDAE) EM DIETA ARTIFICIAL À BASE DE MILHO PARA D ROSOFILÍDEOS FERREIRA, R.J.1,2; SILVA JUNIOR, J.C.3; REBOUÇAS JUNIOR, I.P.1. 1
Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia – ADAB, Jequié-BA. 2raijequie@terra.com.br Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, Jequié-BA
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A mosca-do-figo Zaprionus indianus Gupta, 1970 (Diptera: Drosophilidae) foi registrada pela primeira vez no continente americano em 1999, colonizando caquis (Diospyros kaki, Ebenaceae) na localidade de Santa Isabel, região metropolitana de São Paulo, Brasil. No mesmo ano, a praga causou danos à cultura do figo (Ficus carica, Moraceae) em Valinhos, também no Estado de São Paulo, onde foi considerada praga. Este drosofilídeo foi detectado também na região Sudeste da Bahia em 2007, colonizando frutos de acerola (Malpighia glabra, Malpighiaceae) na zona urbana do Município de Jequié. Este registro foi feito durante o VI Encontro Estadual do Programa de Controle de Moscas-das-frutas do Estado da Bahia, realizado pela Agencia Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia – ADAB, em outubro de 2007 em Porto Seguro-Ba. Este inseto se dispersou rapidamente pelo continente americano, estando presente hoje desde o Uruguai até a Florida, nos EUA. Tendo em vista a escassez de dados sobre a biologia deste inseto no Brasil e o risco iminente de tornar-se importante praga de diversas culturas, realizamos o presente estudo objetivando a obtenção de uma dieta padrão para a criação em laboratório. Os insetos foram mantidos em uma dieta à base de milho na temperatura de 25 ± 1 0 C e fotofase de 14 horas. O período embrionário variou de 1,00 a 1,50 dias; o período pupal de 4,00 a 9,50 dias e ciclo de ovo a adulto de 14,50 a 24,50 dias. As porcentagens de pupas e adultos anormais foram, respectivamente, iguais a 7,50 e 3,78%, obtendo-se razão sexual de 0,52. Os valores encontrados, semelhantes aos da literatura consultada, permite afirmar que a dieta avaliada pode ser utilizada com êxito na criação desta praga em programas de manejo integrado. Palavras-chave: Mosca-africana-do-figo, praga, dieta artificial, fruticultura.
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CONTROLE BIOLÓGICO DA F USARIOSE DO ABACAXI COM A UTILIZAÇÃO DO TRICHODERMA SP. NA RE GIÃO DE ITABERABA MONTEIRO, T.M.B.. União Metropolitana de Educação e Cultura – UNIME – contato@unime.com.br - Lauro de Freitas-BA A cultura do abacaxi reveste-se de grande importância para a economia brasileira, pela sua adaptabilidade a várias regiões, grande demanda e rentabilidade. A Bahia, quarto estado maior produtor de abacaxi no Brasil, tem na região de Itaberaba o principal polo de produção desta cultura, responsável pela geração de emprego e renda. O abacaxizeiro é uma planta atacada por diversas pragas dentre as quais destaca-se a fusariose, causada pelo fungo Fusarium subglutinans f.sp. ananas, como a mais destrutiva no Brasil, em especial, para a região de Itaberaba. De maneira geral o controle da fusariose se fundamenta na integração de diversas práticas culturais, entre elas a aplicação de defensivos agrícolas durante o desenvolvimento das inflorescências. A despeito das intervenções de controle, a fusariose continua causando perdas variáveis na produção de frutos, não apenas na Bahia, mas em todas as regiões produtoras onde a doença já está presente. Considerando o potencial do uso de antagonistas no controle de pragas vegetais, conduziu-se este trabalho como o objetivo de avaliar os efeitos de Trichoderma stromatichum e de Trichoderma longibraciatum, em condições de laboratório e de campo, sobre o agente causal da fusariose. Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Fitopatologia da CEPLAC e na Fazenda Santa Isabel, Itaberaba. Para os experimentos in vitro utilizou-se a técnica de culturas pareadas (patógeno x agente biocontrolador), enquanto nos ensaios de campo o biocontrolador foi aplicado, por meio de um pulverizador costal, direcionando-se o jato para a roseta foliar/inflorescência em desenvolvimento, a 1, 4, 7, 10 e 13 semanas após o tratamento de indução floral. Os trabalhos de laboratório mostraram efeito inibidor de T. longibraciatum sobre F. subglutinans f.sp. ananas. Este agente biocontrolador também mostrou eficiência em condições de campo, propiciando cerca de 50% de controle em relação ao tratamento testemunha.
Palavras-chave: Ananas comosus, controle biológico, Trichoderma longibraciatum.
Fusarium subglutinans f. sp. Ananas,
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AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍS TICAS FÍSICO-QUÍMICAS DO LEITE DE OVELHA LEITE, M. D. X.1 ; SANTOS, M. S.2 ; SILVA, M. H3 . 1. Pós-Graduação (PG) em Ciência Animal dos Trópicos, Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal da Bahia EMEVZ/UFBA, Salvador, Bahia, Brasil. kennermilk@oi.com.br. 2. Médica Veterinária 3. Docente do Departamento de Medicina Preventiva, EMEVZ-UFBA, Salvador, Bahia, Brasil. INTROUÇÃO: A produção ovina no mundo tem se destacado pela produção de lã de carne, de leite e por sua capacidade de gerar emprego a população no meio rural. O leite de ovelha tem características específicas que estão relacionadas à suas particularidades físicas e químicas. É conhecido como o mais nobre entre os leites, dada a riqueza de seus componentes como a vitamina A os ácidos graxos de cadeia média e curta, que proporcionam uma maior digestibilidade. OBJETIVO: Avaliar as características físico-químicas do leite de ovelha produzido no município de Irará/Ba. MATERIAL e MÉTODOS: Foram utilizadas 21 amostras de leite de ovelha de quatro diferentes tipos de rebanho com animais de idades diferentes, estando alguns animais no início do período de lactação, com 20 dias e outras de dois a três meses de lactação. Essas amostras foram coletadas em frascos de vidro limpos e posteriormente acondicionadas a 5ºC, para determinação do pH, acidez Dornic, gordura, proteína, lactose e Alizarol. RESULTADO e DISCUSSÃO: o pH do leite de ovelha variou de 6,6 a 7,5. Na proteína houve variação de 4,43% a 7,24%; na lactose de 4,28% a 6,13% e na gordura 2,14% a 5,33%. O rebanho um e dois não atendem ao padrão em relação ao percentual de lactose mínimo exigido peça legislação, que é 4,9%. Na prova de acidez Dornic, o rebanho dois apresentou parâmetros acima do permitido que é de 20°D, sendo considerado inadequado ao consumo tendo em vista a presença do ácido lático, enquanto o rebanho quatro demonstrou valores abaixo do permitido, indicando leite alcalino. No que diz respeito ao teor de gordura, os rebanhos um e quatro não atendem ao regulamento que preconiza valor mínimo de 3%. CONCLUSÃO: Há necessidade de mais estudos para melhores conhecimentos da composição de leite de ovelha, devido a importância como alimento para o homem, bem como, criar padrões regulamentares, tendo em vista a falta de uma legislação especifica para o leite de ovelha. Palavras-chave: Leite de ovelha; Qualidade e Parâmetros.
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PRESENÇA DE ANTICORPOS ANTI- BRUCELLA OVIS EM REB ANHOS OVINOS DA MICRORREGIÃO DE FEIRA DE SANTANA, BAHIA, BRASIL. LEITE, M. D. X.1; ARAÚJO, B. R.1; SOUZA, T. S.2; LIMA, C.C. V.2; COSTA, J. N.3 1.Pós-Graduação (PG) em Ciência Animal dos Trópicos, Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal da Bahia EMEVZ/UFBA, Salvador, Bahia, Brasil. kennermilk@oi.com.br. 2. PG em Ciência Animal nos Trópicos, EMEVZ-UFBA. Bolsista de doutorado /FAPESB. 3. Docente do Departamento de Patologia e Clínicas, EMEVZ-UFBA, Salvador, Bahia, Brasil. INTRODUÇÃO: O estado da Bahia possui o segundo maior rebanho ovino do país, um efetivo de 3.028,507 cabeças, distribuídas em 417 municipios, sendo concentrado a maior parte dos rebanhos na microrregião de Feira de Santana. A brucelose ovina tem sido reconhecida como uma importante doença infecciosa dos pequenos ruminantes, determinado falhas reprodutivas, comprometendo os sistemas de criação. Causada pela Brucella ovis, uma enfermidade de caráter não zoonótico e de notificação obrigatória pela OIE. OBJETIVO: Realizar um levantamento sorológico para brucelose ovina em alguns municípios da microrregião de Feira de Santana, Bahia, Brasil. MATERIAL e MÉTODOS: Participaram da pesquisa 13 propriedades dos municípios de Antônio Cardoso, Feira de Santana, Itatim, Santa Terezinha e Santo Estevão, onde foram colhidas 210 amostras, com a finalidade de identificar a presença de anticorpos anti Brucella ovis em rebanhos ovinos pela técnica de Imunodifusão em gel de ágar (IDGA) além de caracterizar os sistemas de criação. RESULTADO E DISCURSÃO: Identificou-se a presença de 3,3% (7/210) de animais positivos nos rebanhos dos municípios pesquisados, sendo que todos os animais soropositivos foram femêas (7/176) com idade > 3,5 anos. CONCLUSÃO: A ausência de soropositividade em machos pode estar associada ao fato dos animais serem adquiridos na mesma região, a idade e/ou ao número de animais pesquisados sendo necessário levantamentos voltados exclusivamente para esta categoria animal. Palavras-Chave: IDGA, Brucella ovis e Bahia.
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CARACTERIZAÇÃO DO TRÂNS ITO INTERNO DE BOVINOS E M ALAGOAS COMO FERRAMENTA DE CONTROLE DA FEBRE AFTOSA OLIVEIRA, S.G1; TELES, I.C.S.O2; CALHEIROS, S.Q.C.3; LIMA, L.A.R4; ABREU, S.R.O5. 1 Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas – UNCISAL, Médica Veterinária Autônoma, Biomédica, Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - FMUSP, Professora Pesquisadora da UNCISAL; 2 Superintendência Federal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em Alagoas, Fiscal Federal Agropecuário, Mestre em Epidemiologia pela Universidade de Minas Gerais – UFMG; 3 Universidade Federal de Alagoas – UFAL, Doutora em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Professora da, Instituto de Geografia e Meio Ambiente – IGDEMA/UFAL; 4 Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas – ADEAL, Fiscal Estadual Agropecuário, Doutorando em Biociência Animal, Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE; 5 Professor da Fundação Educacional Jayme de Altavila, Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde - CESMAC, Curso de Medicina Veterinária, Doutor em Ciência Veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE, A caracterização espacial do trânsito de bovinos com a identificação das principais áreas de “origens e destinos” representa uma ferramenta essencial à Defesa Sanitária e fornece informações para análise de risco. No caso específico da febre aftosa, subsidia ações de controle ou erradicação. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar a movimentação do trânsito intermunicipal de bovinos do Estado de Alagoas através da análise descritiva e espacial utilizando geoprocessamento. Informações referentes ao ano de 2010 sobre a movimentação de bovinos foram obtidas a partir dos relatórios de controle e emissão de Guias de Trânsito Animal (GTA’s). Os dados constantes nas GTAs sobre a finalidade (abate, engorda, reprodução, exposição, leilão, esporte e outros) foram obtidos a partir de banco de dados disponibilizados pela Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (ADEAL). A representação espacial do trânsito de bovinos foi elaborada através do método quantil, contido no software Terraview®, versão 3.1.4, ano 2007. Quanto à emissão de GTA’s, Alagoas registrou intensa movimentação do gado bovino (548.631 animais), o que corresponde a quase metade do plantel do Estado. Ressalta-se que, quando comparado ao número de GTAs emitidas para todas as espécies susceptíveis à febre aftosa, a bovina correspondeu a 93,34% desse total. No tocante ao trânsito de bovinos por finalidades, demonstrou-se que o número de animais destinados à engorda, ao abate e a outros (trabalho, recria, sacrifício, quarentena, pesagem, exportação, saída de frigorífico e retorno de aglomeração) correspondeu a 34,9%, 24,8% e 31,4%, respectivamente. A finalidade “reprodução” correspondeu a 7,8% da movimentação, e as demais (esporte, leilão e exposição) apresentaram percentual inferior a 0,5%. No tocante à análise espacial da dinâmica do trânsito, houve emissão de GTA’s em todo território alagoano. Entretanto, foi observado certa regionalização no centro-oeste do Estado para as finalidades “abate”, “engorda” e “reprodução”. Quanto à finalidade “esporte” e “leilão”, verificou-se pouca movimentação intermunicipal. A análise comparativa da finalidade “exposição” revelou que III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 177 de 232
cinco municípios tiveram incremento no número de GTAs recebidas, o que sugere concentração de eventos regionalizados. Por fim, os resultados mostraram que os procedimentos para definir espacialmente a dinâmica do trânsito bovino em Alagoas contribuíram para a identificação e caracterização geográfica das principais áreas de movimentação animal. Assim, a aplicação desta ferramenta tecnológica aliada à epidemiologia e ao estudo do fluxo da população animal pode ser utilizada para tomada de decisões, por parte dos serviços veterinários oficiais, direcionadas às ações de prevenção e controle da febre aftosa. Palavras-chave: Trânsito, Geoprocessamento, Febre Aftosa, Alagoas.
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FREQUÊNCIA DE ATENDIMENTO A NOTIFICAÇÕES DE SUSPEITA DE DOENÇAS VESICULARES EM ALAGOAS - 2008 A 2011 LIMA, L.A.R1; CAMPELO, L.C.B2; TELES, I.C.S.O3. 1 Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE, Doutorando do Programa de PósGraduação em Biociência Animal, Departamento de Morfologia e Fisiologia AnimalDAMFA/UFRPE, Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, Recife, Pernambuco, Fiscal Estadual Agropecuário, Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas – ADEAL, Alagoas, E-mail: luizandrerlima@gmail.com; 2. Fiscal Estadual Agropecuário - ADEAL, Pósgraduanda latu sensu em Defesa Sanitária e Higiene e Inspeção de Produtos de Origem AnimalUFERSA, Setor de Epidemiologia da ADEAL, Av. Comendador Leão, 720, Poço, Maceió – Alagoas, E-mail: epidemiologia@adeal.al.gov.br; 3 Fiscal Federal Agropecuário, Mestre em Epidemiologia/ UFMG e Pós-graduanda latu sensu em Defesa Sanitária Animal - UFLA, Superintendência Federal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em Alagoas. A vigilância em saúde animal representa a soma de todos os recursos, estruturas e procedimentos organizados, com o objetivo de demonstrar ausência da doença/infecção ou sua emergência/reemergência, bem como sua distribuição na população animal. Assim, representa um componente essencial à Defesa Sanitária e fornece informações para análise de risco subsidiando ações de controle ou erradicação. No caso específico da febre aftosa, esta vigilância deve prezar pela capacidade de notificação rápida ao serviço veterinário oficial (SVO) e reação imediata de todas as instâncias do sistema nacional de atenção à sanidade agropecuária quando da suspeita/ocorrência de doença vesicular. O presente trabalho teve como objetivo quantificar e caracterizar o perfil das notificações das suspeitas de doenças vesiculares à Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado de Alagoas (ADEAL). O levantamento foi feito com base nas informações inseridas pelo Setor de Epidemiologia da ADEAL no banco de dados do Sistema Continental de Vigilância Epidemiológica (SIVCONT) do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (PANAFTOSA) entre 2008 e 2011. Nesse período, a Agência registrou o atendimento a 31 notificações de suspeita de doença vesicular (sensibilidade do sistema), distribuídas em 22 (21,7%) dos 102 municípios alagoanos, tendo como origem 19 (64,5%) notificações feitas por proprietários, 03 (9,7%) por vigilância ativa e 08 (25,8%) por terceiros. Dessas, 30 foram consideradas “suspeitas descartadas de doença vesicular”, sendo inseridas no SIVCONT com outros diagnósticos, e uma como “em processo”. Quanto ao diagnóstico final (especificidade do sistema), cadastraram-se no Sistema 09 ocorrências de pododermatite, sete de intoxicação, três por lesão traumática, três por corpo estranho, uma por ectima contagioso, uma por irritante químico, uma por fotossensibilização, cinco como “sem diagnóstico” e uma como “em processo”. A espécie bovina correspondeu a 83,9% do total de atendimento a notificações, seguida das espécies ovina e suína, com 9,5 e 6,6% respectivamente. Pela análise univariada do banco de dados epidemiológicos, observou-se que, embora haja notificações de suspeitas de doenças vesiculares, a ocorrência foi baixa, inferindo áreas com subnotificação ou mesmo sem III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 179 de 232
notificação. Assim, acredita-se que a educação sanitária, a notificação imediata das suspeitas de doença vesicular, o atendimento oportuno pelo SVO e o aprimoramento da capacidade diagnóstica constituem ferramentas imprescindíveis para incrementar a sensibilidade e a especificidade do Sistema de Vigilância Epidemiológica, assim garantindo a proteção das populações animal e humana, e ampliando o mercado para o setor pecuário. Palavras-chave: Doença Vesicular, Vigilância Epidemiológica, Febre Aftosa, Alagoas.
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VALIDAÇÃO DE PCR EM TEMPO REAL PARA DIAGNÓSTICO DA PESTE SUÍNA CLÁSSICA DIAS N. L.¹; FONSECA JR. A. A.¹; OLIVEIRA A. M.¹; SALES E. B.¹; CAMARGOS M. F.¹ natanael.dias@agricultura.gov.br; antonio.fonseca@agricultura.gov.br; anapolino.oliveira@agricultura.gov.br; ericabravo@yahoo.com.br; marcelo.camargos@agricultura.gov.br 1 - Laboratório Nacional Agropecuário, MAPA, Pedro Leopoldo-MG, Brazil A Peste Suína Clássica (PSC) é uma doença viral que acomete suídeos causada por um pestivírus da família Flaviviridae e gênero Pestivirus. Esta enfermidade é considerada uma das maiores causas de prejuízos econômicos para a suinocultura, devido à alta mortalidade, redução da produtividade e por trazer restrições comerciais ao país exportador de carnes. O genoma dos Pestivírus possuem uma região altamente conservada denominada NTR, que tem sido foco de vários estudos envolvendo o dignóstico pela reação em cadeia da polimerase (PCR). Esta técnica é uma importante ferramenta no diagnóstico da PSC, pois nos diagnósticos sorológicos, anticorpos para outros Pestivirus podem ter reação cruzada com o vírus da PSC e causar problemas de diagnóstico. O objetivo desse trabalho foi realizar a validação de uma transcrição reversa seguida de PCR em tempo real (RT-qPCR) utilizando o sistema TaqMan® para o diagnóstico da Peste Suína Clássica (PSC) em tecidos de suínos. Os parâmetros para a validação utilizados na metodologia foram realizados segundo o Manual de Testes de Diagnóstico e Vacinas para Animais Terrestres da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) (2009) e a guia ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005. Foi realizada a pesquisa do gene 5’NTR do vírus da PSC em 116 amostras, oriundas de 29 suínos infectados com o vírus da PSC, e em 160 amostras de 40 suínos criados na Zona Livre de PSC no Brasil. Foram testadas amostras dos seguintes tecidos: baço, rim, sangue, tonsilas e pool de linfonodos de suínos. Para avaliar a especificidade da RT-qPCR utilizou-se o sequenciamento do gene 5’NTR das amostras positivas. O limite de detecção (LD) foi determinado a partir da diluição de uma amostra titulada de sangue de suíno infectado com o vírus da PSC. Os testes realizados durante a validação da RT-qPCR demonstraram que esta técnica foi capaz de detectar o RNA do vírus da PSC em todos os materiais provenientes de diferentes tecidos dos animais infectados e não detectou o RNA a partir de amostras de suínos da Zona Livre de PSC do Brasil. Não foi detectado também o material genético de outros vírus que fazem parte do diagnóstico diferencial da doença. Tendo em vista a possibilidade da ocorrência de reações cruzadas com outros Pestivírus nas provas sorológicas e pelo isolamento viral ser uma técnica que precisa do vírus ativo e material isento de outros contaminantes, concluímos que a RT-qPCR pode ser utilizada como um diagnóstico complementar para a PSC. Palavras-chave: PSC, validação, RT-qPCR
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USO DO MÉTODO FAMACHA® EM CORRELAÇÃO A DOIS RE SULTADOS DE OPG EM OVINOS, MATA DE SÃO JOÃO, BAHIA. CARDOSO, R. C. 1; GRAÑA, J. C. S. 1; GUIMARÃES, S. A. F. 2; MACEDO, A. C. C. 2; SILVA, A. A. R. 2; RIBAS, J. R. L. 3. 1 Estagiário ADAB Salvador, reubercarv@gmail.com, joaocsgrana@hotmail.com. 2 Bolsista FAPESB/EBDA Salvador, sara.guimaraes@ebda.ba.gov.br, alan_caine@yahoo.com.br, andresa.ribeiro@hotmail.com. 3 Fiscal Estadual Agropecuário ADAB Salvador, jrlribas@ig.com.br. Os principais agentes parasitários para o rebanho de ovinos da Bahia são os nematóides gastrointestinais, com destaque para o Haemonchus contortus. O Método Famacha® é uma ferramenta auxiliar para o controle desse parasita, consistindo em avaliar o grau de anemia comparando a coloração da mucosa conjuntival dos animais com as do cartão indicando ou não o tratamento anti-helmíntico. O objetivo deste estudo foi correlacionar o resultado da contagem de ovos por grama de fezes (OPG) antes e pós-tratamento anti-helmíntico com a avaliação do Método Famacha®. O estudo foi realizado em uma propriedade em Mata de São João, Bahia. As análises foram realizadas no período de seis de setembro a 30 de setembro de 2011, no Setor de Parasitologia do Laboratório de Sanidade Animal da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, em Salvador. Na primeira visita, foram selecionados 20 ovinos, subdivididos em quatro grupos, sendo um controle e três testes, avaliados pelo cartão Famacha®, feita a colheita de fezes e tratados com anti-helmínticos diferentes. Na segunda visita os ovinos foram reavaliados pelo Famacha® e coletadas as fezes, sendo examinadas pela técnica de Gordon e Whitlok (1939). Foram identificados no OPG ovos do tipo Strongyloidea e Strongyloides sp., além de oocistos de Eimeria sp., o qual cinco animais apresentaram grau de infecção alto para estrongilídeos e no geral não corresponderam com o Famacha®. As leituras indicativas ao tratamento antihelmíntico ocorreram em animais com OPG negativo ou com carga parasitária leve. Possivelmente, estas variações tenham relação com o estado fisiológico e nutrição, sendo os grupos controle e 4 constituídos por fêmeas gestantes e borregos, respectivamente, apresentando resultados inversamente proporcionais entre OPG e Famacha®, igualmente com os grupos 2 e 3, fêmeas vazias, não suplementados. Através deste estudo identificaram-se as populações de parasitas gastrintestinais no OPG em Mata de São João, Bahia, e também como o resultado do Método Famacha® pode variar entre raças diferentes, pelo estado fisiológico dos animais e a nutrição. Palavras-chave: Famacha®, OPG, parasitas gastrintestinais.
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DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO ESPECTROFOTOMÉTRIC O LIMPO PARA DETERMINAÇÃO DE SULFAQUINOXALINA EM LEITE BOVINO PEGLER, G. F.; GUEVARA, L. C. I.; SILVA, A. S.; CATELANI, T. A.; PEZZA, L.; PEZZA, H. R. 1
Instituto de Química, Universidade Estadual Paulista, Campus Araraquara, São Paulo, Brasil. guipegler@iq.unesp.br; lilian.guevara@gmail.com, aline_santana@iq.unesp.br; catelani@iq.unesp.br; pezza@iq.unesp.br; hrpezza@iq.unesp.br Sulfaquinoxalina (SQX) pertence à classe das sulfonamidas, compostos bactericidas utilizados em larga escala no tratamento contra infecções causadas por microorganismos gram-positivos e gram-negativos. Resíduos de sulfonamidas podem ser encontrados em alimentos de origem animal, tais como leite, ovos, carne, peixes e mel, ocasionando reações alérgicas ou tóxicas em seres humanos, assim como apresentam, em algumas classes, potencial carcinogênico. De acordo com a literatura, os métodos empregados para a determinação de sulfas envolvem a utilização de técnicas de separação cromatográfica, as quais utilizam longo tempo de preparo das amostras, equipamentos caros e grandes quantidades de solventes. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo desenvolver um método espectrofotométrico simples e limpo para determinar sulfaquinoxalina que pudesse ser aplicado em laboratórios de rotina. A otimização das condições de trabalho foi feita empregando planejamento fatorial completo (23). Medidas foram realizadas empregando a reação entre SQX em meio do surfactante dodecil sulfato de sódio (SDS) 8,00 x 10-3 mol L-1 e p-dimetilaminocinamaldeído (p-DAC) 5,42 x 10-4 mol L-1 em HCl 1,00 x 10-2 mol L-1. A curva analítica empregada na determinação da SQX apresentou linearidade na faixa de 0,10 a 2,00 mg L-1 (Abs560 = - 0,0037 + 0,3335 x C), com R igual a 0,9999. Os valores de limite de detecção (LD) e quantificação (LQ) foram 4,05 x 10-2 mg L-1 e 12,2 x 10-2 mg L-1, respectivamente. Em uma análise preliminar, o método proposto foi aplicado a uma amostra de leite bovino tipo C, fortificada com 0,35; 0,50 e 1,0 mg L-1 de solução padrão de sulfaquinoxalina. No preparo da amostra, 5 mL da mesma foi adicionada a mesma quantidade de solução de HCl seguida de centrifugação para a separação das proteínas e gorduras. Em seguida, o sobrenadante foi filtrado e analisado pela adição do reagente cromogênico (p-DAC) em meio de SDS. Os resultados de recuperação obtidos foram na faixa de 73,7 % a 101,4 % com valores de desvio padrão relativo menor que 10 %. Esses resultados indicam que o leite apresenta interferências inerentes à complexidade da matriz, entretanto os resultados estão dentro dos limites de recuperação aceitáveis. Experimentos futuros serão conduzidos com amostras de leite contaminadas com quantidades menores de SQX. Assim, o método proposto pode ser aplicado como método alternativo para determinação de sulfaquinoxalina por ser simples, limpo e de baixo custo. Agradecimentos: CNPq e CNPq/MAPA/DAS Edital 64/2008. Palavras-chave: sulfaquinoxalina, espectrofotometria, p-dimetilaminocinamaldeído. III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 183 de 232
MONITORAMENTO DE SINTOMAS E DE XYLELLA FASTIDIOSA EM PLANTAS BÁSICAS DE CITROS DA EMB RAPA SEMIÁRIDO SOUZA, M. F.1; JUNIOR, A.M. 2; SANTOS T. P. 1; OLIVEIRA, M.Z.A.1; BASTOS, D. C. 3; BARBOSA, C. J.4. 1. Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola, Bolsista ATER-EBDA/FAPESB, Salvador (BA). Email: marcelauesb@yahoo.com.br; 2. Universidade Federal da Bahia, Instituto de Biologia, Salvador (BA). E-mails: antonio_mgmartins@hotmail.com; 3. Embrapa Semiárido, Petrolina (PE), E-mail: debora@cpatsa.embrapa.br; 4. Embrapa Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas (BA) barbosa@cnpmf.embrapa.br O Brasil é o maior produtor mundial de citros sendo os estados de São Paulo e Bahia os maiores produtores nacionais. Para a produção e distribuição de mudas é necessária a certificação fitossanitária do material propagativo. Para tanto, é recomendado à avaliação periódica para a presença de sintomas de doenças e de patógenos nas plantas consideradas básicas para o fornecimento de borbulhas. Neste trabalho são apresentados os resultados do monitoramento semestral de sintomas severos de tristeza dos citros, descamamento eruptivo, morte súbita, leprose, pinta preta, cancro cítrico, clorose variegada dos citros (CVC) e declínio nas plantas básicas de citros da Embrapa Semiárido, além dos resultados da indexação destas plantas para a bactéria Xylella fastidiosa, agente causal da CVC. A avaliação da presença de doenças foi feita por observação de sintomas em cada planta básica. A determinação da severidade de sintomas de caneluras de tristeza, causado pelo vírus da tristeza dos citros (Citrus tristeza vírus, CTV) foi realizada por leitura de caneluras no lenho de dez ramos, coletados em cada planta avaliada. A presença e severidade de sintomas de descamamento eruptivo foram avaliadas por meio de escala de notas. Também foram coletadas amostras de folhas para indexação de X. fastidiosa via PCR. A purificação do DNA total foi realizada da nervura central das amostras foliares e a reação foi conduzida com os primers RST31 e RST33, nos Laboratórios de Virologia da Embrapa Mandioca e Fruticultura e Laboratório de Genética e Evolução Vegetal (LAGEV) do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Nenhuma das plantas mostrou sintomas de morte súbita, leprose, CVC, pinta preta, cancro cítrico ou declínio. Foram observados sintomas de tristeza severa e descamamento eruptivo em algumas das plantas avaliadas, mas a bactéria X. fastidiosa não foi detectada. Palavras-chave: BBS, Psorosis Bahia, doenças quarentenárias.
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AÇÕES DO LABORATÓRIO DE FITOPATOLOGIA DA EBDA COM FOCO NA DIAGNOSE DE DOENÇAS DE FRUTÍFERAS PRATES JÚNIOR, P.¹; OLIVEIRA, M. Z. A.¹; SANTOS, T. P.¹; SOUZA, M. F.¹ BARBOSA, C. J.². 1. Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola, Bolsista ATER-EBDA/FAPESB, Salvador (BA). Email: junior_prates2005@yahoo.com.br; 2. Embrapa Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas (BA) barbosa@cnpmf.embrapa.br A fruticultura atualmente representa um dos mais importantes segmentos da agricultura brasileira, constituindo-se em uma atividade socioeconômica por seu potencial de geração de emprego e renda, principalmente, no âmbito das propriedades familiares. A Bahia se destaca em produtividade e qualidade, visto que ocupa o segundo lugar na produção e exportação de frutas frescas do País. Entretanto, as doenças constituem um fator de risco importante para a fruticultura baiana, visto que ocasionam grandes prejuízos, comprometendo a produção e a produtividade. Estima-se que são responsáveis, em geral, por perdas anuais de produção de 15 a 20%, podendo algumas atingir cerca de 100%. Todavia, um problema enfrentado na área agrícola, diz respeito à diagnose dessas doenças para evitar a adoção de medidas de controle inadequadas. Neste contexto, no período de janeiro a novembro de 2011, a Clínica Fitopatológica da Central de Laboratórios da Agropecuária da EBDA analisou 189 amostras de frutíferas, pelo plaqueamento em meio de batata-dextrose-ágar e em câmara úmida. As identificações foram realizadas em microscópio óptico (estereoscópio) com auxílio de literatura especializada. A maior frequência registrada foi de coqueiro (54%), seguido de mangueira (22%) e citros (10%) em atendimento aos produtores rurais, extensionistas e técnicos da defesa agropecuária. Foram detectados os seguintes agentes patogênicos Thielaviopisis paradoxa em coqueiro (43%), Cladosporium herbarum em maracujá (19%), Colletotrichum gloeosporioides (17%) com grande ocorrência em mangueira, Lasiodiplodia theobromae (13%) em mangueira, coqueiro e cajueiro, Pseudocercospora musae (3%) e Fusarium spp., Phyllachora torrendiela, Ceratocystis fimbriata, Pestalotiopsis sp., Cordana musae, Capnodium sp., Phytophthora sp., Sclerotium rolfsii e Oidium sp., os quais apresentaram percentual de aproximadamente 1%. Quanto ao fungo Thielaviopsis paradoxa foi detectado em campo, com elevada incidência em coqueiros (Cocos nucifera L.), sendo observado “in loco” os sintomas típicos da doença, a resinose ou “stem bleeding”. Ressalta-se que o patógeno Colletotrichum gloeosporioides ocasionador da antracnose em várias espécies vegetais pode ser disseminado a longas distâncias pelas sementes. O fungo Lasiodiplodia theobromae (= Botryodiplodia theobromae) vem provocando na Região Metropolitana de Salvador, Irecê e Barreiras a morte de mangueiras (Mangifera indica L.), sendo responsável por doenças em um grande número de vegetais, provocando perdas significativas de produção. Em alguns materiais foi constatada uma associação de Thielaviopsis paradoxa, Lasiodiplodia theobromae e Colletotrichum gloeosporioides. Cabe destacar que estudos básicos sobre tais fungos são imprescindíveis para uma melhor compreensão da interação hospedeiro-patógeno-ambiente, no intuito de evitar surtos epidêmicos e estabelecer medidas de controle eficientes. Palavras-chave: Fruticultura, Fitopatologia, patógenos. III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 185 de 232
REDE QUALIPESCADO* NEIVA, C.R.P. ¹ ; TOMITA, R.Y. ¹; MACHADO, T.M. ¹; LEMOS NETO, M.J. ¹; FURLAN, E.F. ¹; CASARINI, L.M.2. ¹ Unidade Laboratorial de Referencia em Tecnologia do Pescado - Instituto de Pesca/APTA - SAA - Av. Bartolomeu de Gusmão, 192 – CEP 11030-906 - Santos /SP. e-mail: crpneiva@pesca.sp.gov.br 2 Núcleo Pesquisa e Desenvolvimento – NDP - Instituto de Pesca/APTA - SAA - Santos /SP *Apoio financeiro: CNPq- Edital 64 - MAPA A manutenção da segurança relativa à inocuidade e qualidade do pescado ainda é um dos grandes desafios para o Brasil. Não só a liberalização do comércio, aumentando a competição dos produtos nacionais com os importados, mas também a crescente exigência dos consumidores por produtos seguros, obriga os governos a implementarem um sistema rígido e eficiente de controle sanitário, implicando na necessidade de estabelecimento de padrões de qualidade para o pescado e seus produtos. A Rede de Controle de Qualidade do Pescado - REDE QUALIPESCADO é um instrumento efetivo para discussões e compartilhamento de conhecimento sobre o segmento pesqueiro, em particular aos assuntos relacionados à garantia e padronização da qualidade do pescado. Os trabalhos desenvolvidos atualmente com 7 instituições parceiras, visam estudar a validação de análises físicas e químicas que indiquem o frescor do pescado, bem como a adição abusiva de água no produto congelado. Algumas estratégias estão sendo utilizadas ao longo do desenvolvimento do projeto e poderão ser utilizadas para dar continuidade a Rede, tais como: a realização de workshops; desenvolvimento e compartilhamento de Procedimentos operacionais padrão - POP´s, que visam detalhar as metodologias estudadas; montagem de um site no formato de rede social; realização de treinamentos laboratoriais e estudos colaborativos. Para garantir a qualidade analítica dos resultados, foram elaborados materiais de referência a partir de carne mecanicamente separada – CMS, de três principais espécies de reconhecido valor econômico: pescada, tilápia e camarão. Tais amostras imprimem ao projeto da Rede um diferencial, pois apresentam controle de origem, homogeneidade e estabilidade. Os resultados obtidos estão em fase de publicação e serão compartilhados com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, e deverão colaborar para direcionar a legislação sobre parâmetros a serem utilizados nas regulamentações dos diferentes produtos, assim como na definição das metodologias mais adequadas às especificidades deste alimento. Palavras-chaves: pescado, controle, inocuidade, qualidade.
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MONITORAMENTO POPULACIONAL DE DIAPHOPRINA CITRI (HEMIPTERA: PSYLIDAE), VETOR DO H UAN GLONGBING (HLB), EM REGIÕES PRODUTORAS DA BAHIA RORIZ, A.K.P.1, SILVA, S.X.B.2, OLIVEIRA, J. C. de2, NASCIMENTO, A. S. do3; LARANJEIRA, F.F.3, BARBOSA, C.J.3 1- Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola, Bolsista ATER-EBDA/FAPESB, Salvador (BA), kellyroriz@yahoo.com.br 2- Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, Salvador (BA), sukabrito@hotmail.com, jcarvalhal@ig.com.br 3-Embrapa Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas (BA), antnasc@cnpmf.embrapa.br, chico@cnpmf.embrapa.br, barbosa@cnpmf.embrapa.br O psilídeo Diaphorina citri, Kuwayama, é o inseto-vetor do Huanglongbing (HLB), a mais importante doença dos citros, pelos danos que ocasiona à cultura. O HLB no Brasil é causado pelas bactérias Candidatus L. asiaticus e Candidatus L. americanus. A Bahia é considerada área livre desta doença e a estratégia para a prevenção e manejo do HLB é a realização do monitoramento do inseto vetor. Neste sentido, a Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) e a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) se aliaram no objetivo de monitorar a presença do psilídeo em três municípios do Estado da Bahia, representantes de regiões tradicionalmente citrícolas e de novas fronteiras do . O monitoramento foi realizado através de armadilhas adesivas amarelas para insetos (2,7cm X 9,5cm), instaladas, em pontos fixos do pomar, e coletadas quinzenalmente, nas regiões do Litoral Norte (Rio Real - 17 armadilhas), Chapada (Itaberaba - 29 armadilhas) e Barreiras (30 - armadilhas), a cargo da ADAB. As armadilhas adesivas foram recebidas e analisadas no Laboratório de Fitopatologia da EBDA/SLC. A contagem e conferência do número de insetos capturados foi efetuada por dois avaliadores treinados, utilizando uma lupa manual. Os dados foram registrados em uma “ficha de análise” e posteriormente numa planilha eletrônica. Utilizou-se o índice PAM (pisilídio/armadilha/mês) para medir a densidade populacional do inseto. Constatou-se a ocorrência do psilídeo em todas as regiões monitoradas e em todos meses avaliados. Os pomares de Barreiras foram os que apresentaram maior abundância do inseto. A presença do psilídio nas regiões produtoras, ao longo dos meses avaliados, indica o risco potencial para a disseminação do HLB, caso ele seja introduzido no Estado. O monitoramento do vetor da doença prosseguirá para se obter maiores informações sobre a amplitude da sua ocorrência e de seu pico populacional nas três diferentes regiões do Estado, visando o manejo da doença, caso ela venha a ocorrer na Bahia. Palavras-chave: greening; Citrus spp., bactéria sestêmica.
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VIROSES DA BANANEIRA QUARENTENÁRIAS PARA O BRASIL: BANANA BUNCHY TOP VIRUS (BBTV) E BANANA BRACT MOSAIC VIRUS (BBRMV). BRANDÃO, S.N1; BARBOSA, C.J2.; OLIVEIRA, M.Z.A. de.3 1- Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, Salvador (BA), so-noya@hotmail.com 2-Embrapa Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas (BA), barbosa@cnpmf.embrapa.br 3-Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola, Bolsista ATER-EBDA/FAPESB, Salvador (BA), zeliaao@gmail.com A banana (Musa spp.) é o quarto alimento vegetal em consumo no mundo. O Brasil produz cerca de sete milhões de toneladas anuais, a maior parte, em sistema de agricultura familiar, demonstrando sua importância socioeconômica. As viroses na bananeira provocam grandes perdas e comprometem a produção de forma significativa em todo mundo, destacando-se sete espécies de importância econômica. No país apenas o vírus do mosaico do pepino (Cucumber mosaic virus, CMV) e o vírus das estrias-da-bananeira (Banana streak virus, BSV) afetam a produção de banana em algumas regiões. Para o Brasil, são considerados como pragas quarentenárias pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio da Instrução Normativa SDA N° 38 de 14/10/1999, ratificada pelas IN No 52 de 20/11/2007 e IN No 41 de 01/07/2008, os vírus do topo-em-leque da bananeira (Banana bunchy top virus, BBTV) e o vírus do mosaico-das-brácteas (Banana bract mosaic virus, BBrMV). O BBTV é o agente da doença mais severa da bananeira, é espécie do gênero Babuvirus, da família Nanoviridae, transmitido pelo pulgão-da-bananeira (Pentalonia nigronervosa) e que infecta, além de Musa spp.,a Ensete ventricosum, Colocasia esculenta, Hedychium coronarium e Canna indica, causando sintomas de estrias verde-escuras no inferior das folhas e clorose marginal nas folhas do ápice. O vírus está restrito aos Continentes Africano, Asiático, Oceania e Havaí. O BBrMV é uma espécie do gênero Potyvirus, da família Potyviridae, transmitido de forma não persistente por P. nigronervosa e Aphis gossypii e por material de propagação vegetativa. Ele infecta somente Musa spp., e seu sintoma mais característico são riscas descontínuas nas brácteas das inflorescências e no pecíolo. O vírus já foi notificado nas Filipinas, Índia, Sri Lanka, Vietnã, Tailândia e Samoa. No Brasil, está registrado a ocorrência dos vetores do BBTV e do BBrMV, o que aumenta o risco de disseminação a partir de sua introdução. O MAPA por Instruções Normativas, proíbe a introdução de material propagativo de todas as regiões com ocorrência do BBTV e BBrMV. Também condiciona à importação, mesmo para fins de pesquisa, a Análise de Riscos de Pragas - ARP. Em caso de ocorrência ou suspeita de ocorrência dessas viroses no Brasil é obrigatória à notificação ao MAPA, para a elaboração de possíveis medidas de contingência. Palavras-chave: Pragas, viroses, Fitossanidade, Pragas A1
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TERMOTERAPIA E PREMUNIZAÇÂO PARA O CITRUS TRISTE ZA VÍRUS (CTV), COMO FERRAMENTAS À CERTIFICAÇÃO FITOSSANITARIA DE CITROS NA BAHIA. SANTOS, T. P1., RODRIGUES, A.S2. OLIVEIRA, H.B1., BARBOSA, C.J.3 1. Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola, Bolsista ATER-EBDA/FAPESB, Salvador (BA). Email: tamirespascoal@yahoo.com.br 2. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Mestrando em Microbiologia Agrícola, Cruz das Almas (BA). E-mails: almirsomalia@yahoo.com.br 3. Embrapa Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas (BA) barbosa@cnpmf.embrapa.br A tristeza dos citros causada pelo CTV é considerada uma das doenças mais importantes para citricultura brasileira porque é endêmica em nossas condições. O manejo da doença nos pais é realizado pela utilização de porta-enxertos tolerante e premunização de espécies e variedades intolerantes com estirpes menos severas do vírus. Algumas espécies e variedades intolerantes à tristeza encontram-se naturalmente infectadas por isolados severos do CTV, apresentando muitas caneluras, frutos miúdos e desenvolvimento insatisfatório. Nestes casos, faz-se necessário a eliminação destas estirpes severas do CTV para que se possa realizar a premunização com isolados menos severos do vírus ou estudos na seleção dos mesmos. Neste sentido, a termoterapia para eliminação do CTV desponta como uma alternativa eficiente e mais rápida, comparada a outras técnicas utilizadas, como a microenxertia. O Objetivo deste trabalho foi avaliar a termoterapia para eliminação do CTV em clones de lima ácida Tahiti (Citrus latifólia), com fins à premunização. O trabalho foi conduzido no Laboratório de Fitopatologia da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA). Para tanto, foram utilizadas quatro plantas de limeira ácida ‘Tahiti’, infectadas por isolados severos do CTV, que foram desfolhados para induzir brotações e, em seguida, submetidos ao tratamento de termoterapia em câmara incubadora tipo B.O.D. sob temperatura de 38 °C (±1°C) e fotoperíodo de 12 horas de luz por até 60 dias. Aos trinta e sessenta dias após o tratamento, foram retiradas cascas de brotações para realização do teste sorológico de ELISA indireto (Indirect Enzyme-linked immunosorbent assay) com antisoro policlonal contra o CTV. O teste de ELISA mostrou que o vírus foi eficientemente eliminado de duas das quatro plantas testadas a partir dos trinta dais do tratamento, sendo estas, então, preimunizadas com a estirpe atenuada CTV-D6, previamente selecionada. A premunização foi realizada por meio de pulgões coletados nas plantas fonte da estirpe protetiva em campo. A eficiência da proteção cruzada está sendo avaliada em ensaios de indexação biológica em plantas indicadoras para o CTV. Palavras-chave: Limpeza clonal, PREMUNIZATION.
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CARACTERIZAÇÃO DO ESTAD O DA BAHIA COMO ÁREA LIVRE DO MOFO AZUL ( Peronospora tabacina) DO TABACO (Nic otiana tabaco) TORRES, C. N.1; VIDAL, C. A.2, SOARES JUNIOR, A. M 3. 1. ADAB –CRUZ DAS ALMAS, cleomenestorres@yahoo.com.br; 2. ADAB –CRUZ DAS ALMAS, carlos_76@hotmail.com; 3. ADAB – Feira de Santana aurinosmj@gmail.com ; O Brasil é o segundo maior produtor mundial de tabaco e em média 85% do que é produzido no Brasil destina-se à exportação. A Bahia é o 1º produtor de tabaco para charuto e o 2º parque fumícola do nordeste. A cultura na Bahia está implantada em uma área de aproximadamente 2.010 ha, empregando 12.385 trabalhadores entre funcionários diretos e produtores e estima-se que para cada produtor existem mais 3 pessoas da família beneficiadas.. Em 2008, foram processadas no Estado, 2.505 toneladas de tabaco, gerando uma receita de aproximadamente R$ 2.243.000,00 no mercado interno e U$$ 66.727.000,00 no mercado externo. Dentre as pragas que atacam a cultura, destaca-se o Mofo Azul do Tabaco (Peronospora tabacina), que além dos danos diretos ocasionados, com perdas de até 100% na produção, constituindo-se em uma praga de exportação, limitando em alguns casos a comercialização do tabaco para alguns países a exemplo da China. Com o objetivo de caracterizar o Estado da Bahia como área livre da praga MOFO AZUL DO TABACO – Peronospora tabacina, foram realizados no período de 2009 a 2011, 610 Inspeções fitossanitárias em áreas de plantio de tabaco e coletadas 73 amostras foliares para análise de presença ou ausência de P. tabacina. Nas inspeções realizadas não foram verificados sintomas de P. tabacina em campo e todas as amostras coletadas e analisadas deram resultados negativos para P. tabacina. Estes resultados credenciaram o Estado da Bahia a receber em 2010 o certificado de área livre de Mofo Azul do Tabaco, do Ministério da Agricultura, através da Instrução normativa IN 031 de 18/11/2010. A caracterização do Estado da Bahia como Área Livre da Praga (ALP) P. tabacina, consolida a qualidade do tabaco produzido no estado, agrega importante valor fitossanitário, contribui para o processo de reestruturação da Cadeia Produtiva e consiste em pré-requisito fundamental para exportação do tabaco, principalmente para a China e também para outros mercados. Palavras – chave: Área livre, relações comerciais, exportação de tabaco, China.
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LEVANTAMENTO DOS DADOS DA VACIN AÇÃO DE BEZERRAS COM A CEPA B19 N O PERÍODO DE 2004 A 2009 NA BAHIA BRANDÃO, Alexandre Uzêda da Silva. ADAB,Salvador,alexandre.uzeda@adab.ba.gov.br A brucelose é uma doença infectocontagiosa que acomete diversas espécies animais, inclusive o homem, caracterizando-se assim como zoonose. As medidas de controle se baseiam em duas ações principais, o diagnóstico e a vacinação, que promovem a redução do contágio de animais sadios com a bactéria causadora da doença. Em 2001 o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), instituiu o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT), introduzindo a vacinação obrigatória contra a brucelose bovina, tendo como objetivo reduzir o impacto da doença nos rebanhos brasileiros e na saúde pública. O presente trabalho teve como objetivo descrever a evolução da vacinação de bezerras contra a brucelose, com a vacina atenuada cepa B19 no Estado da Bahia e em cada uma das Coordenadorias Regionais da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), no período de 2004 até o primeiro semestre de 2009. Os dados foram obtidos através dos informes mensais de vacinação contra a brucelose, recebidos pela Coordenação Estadual do PNCEBT e condensados em um só documento para cada ano avaliado. Constatou-se que houve progressão da cobertura vacinal no Estado entre os anos de 2004 à 2006, quando então, passou a ocorrer redução nos anos seguintes. Na avaliação das Coordenadorias Regionais, verificou-se que na maioria delas esse crescimento visto em todo o Estado até 2006, se repetiu, mas não houve queda nos anos seguintes, e sim manutenção dos valores percentuais. Apenas em duas Coordenadorias houve incremento da cobertura vacinal ao longo dos seis anos avaliados. Em cinco Coordenadorias Regionais ocorreu o decréscimo dos percentuais de vacinação após 2006, de forma semelhante ao ocorrido em todo o Estado. Concluiu-se que atenção especial deve ser dada as coordenadorias que contribuíram de forma negativa no percentual de vacinação do Estado, e que o cuidado na obtenção e processamento dos dados oficiais de vacinação contra a brucelose são fundamentais, pois estes são a base da avaliação da evolução do programa de vacinação do Estado. Palavras-chave: Brucelose. Bezerras. Vacinação. Cepa B19.
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OCORRÊNCIA DOS SURTOS ALIMENTARES NO ESTADO DA BAHIA NO PERÍODO DE 2006 A 2009. BECK,V.M.1; TORRES, P.E.L.M.V.2; RIBAS, J.R.L.3; CRUZ, A.L.4 1.Médica Veterinária, Salvador, ve_vet@hotmail.com; 2.ADAB, Salvador, paulo.torres@adab.ba.gov.br; 3. ADAB, Salvador, jrlribas@ig.com.br; 4.ADAB, Salvador, anete.cruz@adab.ba.gov.br Os surtos alimentares estão geralmente associados ao consumo de alimentos contaminados com bactérias patogênicas, como a Salmonella, Staphylococcus aureus,Bacillus cereus, Clostridium perfringens, Clostridium botulinum, Listeria monocitogenes e Escherichia coli. Os sintomas causados por estas bactérias são relacionados, na maioria das vezes, a dor de cabeça, febre, diarreia, desidratação e até morte. As Doenças Transmitidas por Alimento (DTA) são um grande problema para a Saúde Pública, provocando impacto na economia e na saúde do consumidor, por isso é de fundamental importância a presença do Médico Veterinário durante toda a produção do alimento atuando de forma preventiva. O objetivo deste trabalho foi identificar o número de surtos alimentares no Estado da Bahia, Brasil, os alimentos envolvidos e os agentes etiológicos responsáveis. O levantamento de dados sobre a ocorrência de surtos alimentares no Estado da Bahia durante o período de 2006 a 2009, foi realizado a partir de dados disponibilizados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Bahia (DIVEP-BA). Foram notificados 74 surtos, sendo os principais alimentos envolvidos os produtos cárneos, farináceos e salada crua respectivamente nesta ordem. Os coliformes foram os agentes etiológicos responsáveis pela maioria dos surtos seguido pela Salmonella e Staphyloccocus. Resultado parecido com o Estado de Brasília-DF no período de 1999 a 2008, contudo o alimento envolvido na maioria dos surtos foi o Frango. Observa-se que as notificações de surtos alimentares no Estado da Bahia ainda são recentes quando comparadas com outros Estados como São Paulo, Brasília-DF e Paraná. Palavras-chave: Segurança alimentar. Bactérias. Medico veterinário
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IMPACTO DAS AÇÕES DE CON TROLE DA RAIVA EM HERBÍVOROS NA BAHIA N O PERÍODO DE 2006 A 2010. CARVALHO FILHO, N. B.1; RIBAS, J. R. L.1, CARVALHO, L. F.2 1 Fiscal Estadual Agropecuário da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, Salvador nilton.carvalhofilho@adab.ba.gov.br, jrlribas@ig.com.br 2. Estagiária ADAB Salvador, loreflorence@hotmail.com A raiva dos herbívoros é uma doença que gera grande impacto econômico a criação pecuária, levando enormes prejuízos aos criadores de bovinos e risco a saúde pública da população. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2004) cerca de 55.000 óbitos humanos, principalmente nos continentes: Asiático (56%) e Africano (44%). No Brasil, estimativas recentes, indicam prejuízos com a raiva em herbívoros de 25 milhões de dólares anuais e mais 37.5 milhões com perdas indiretas. (Instituto Pauster, 2010). O presente estudo buscou identificar as atividades de controle da raiva em herbívoros realizada pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia no período de 2006 a 2010. Foram utilizados levantamentos de dados obtidos através de registros em formulários e fichas com informações cadastrais das propriedades focos da doença. No período de 2006 a 2010 foram analisados os registros de focos de raiva, com redução no ultimo ano de 180%. Em relação ao controle de quirópteros, realizou-se 6.986 capturas de morcegos hematófagos no período. Considerando o envio de amostras para diagnóstico laboratorial da raiva, comparando com a taxa de positividade, observou-se que foram analisadas no ano de 2006, 159 amostras com taxa de positividade de 35,20%, em 2007 foram 230 amostras com taxa de positividade de 21,70%, em 2008, 237 com taxa de positividade de 36,70%, em 2009, 253 amostras com taxa de positividade de 33,50%, em 2010 foram analisadas 198 amostras com taxa de positividade de 24,79%, demostrando eficiência no serviço de vigilância e a garantia de baixa circulação viral. De 2006 a 2009 observou-se um aumento do número de focos de raiva, devido a um incremento nas ações de vigilância, gerando maior captação de informação de campo sobre animais com sintomatologia nervosa. Em 2010 observou-se uma grande redução do número de focos de raiva em relação a 2009, demonstrando a diminuição da incidência da doença em consequência das medidas de controle aplicadas de forma crescente nos últimos cinco anos. Quanto as ações educativas, observou-se que apenas 68,75 % das coordenadorias realizaram de 1 a 20 atividades em 5 anos. Palavras-chave: Controle da raiva em herbívoros. Vigilância da raiva. Raiva rural
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PERFIL DO TRÂNSITO DE ANIMAIS EM FEIRAS DE GADO DO ESTADO DE PERNAMBUCO DURANTE O ANO DE 2011 SILVA JUNIOR, J. L.1; CORRÊA, F. N.1; NASCIMENTO, D. L.1; BURGOS, M. S. O.1; MACHADO, M. B.1; ALMEIDA, E. C.1 1
Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (ADAGRO), Recife. joselopes@adagro.pe.gov.br; fabiolacorrea@adagro.pe.gov.br; dulcilenenascimento@adagro.pe.gov.br; dvear@adagro.pe.gov.br; ueda@adagro.pe.gov.br; gerenciageral@adagro.pe.gov.br. As feiras de gado são eventos agropecuários tradicionalmente realizados no estado de Pernambuco para comercialização de animais. Estes eventos promovem uma preocupante aglomeração e movimentação de animais de diferentes procedências, que podem favorecer a disseminação e a introdução de doenças em áreas indenes. No estado de Pernambuco realizamse semanalmente 48 feiras de gado, sendo 22 na região do agreste, 25 no sertão e uma na zona da mata. A Guia de Trânsito Animal (GTA) é o documento oficial obrigatório para trânsito intra e interestadual que permite o acompanhamento da movimentação dos animais, fornecendo informações sanitárias importantes. Com o objetivo de traçar o perfil da movimentação de animais em feiras do agreste e do sertão de Pernambuco, foi realizado um levantamento das GTAs emitidas para ingresso e egresso de quatro importantes feiras de gado do estado durante o ano de 2011. Foram analisadas as feiras dos municípios de Águas Belas e Cachoeirinha, no Agreste, e de Ouricuri e Tabira, no Sertão. Para ingresso nas feiras, foram emitidas: 8.882 GTAs para a feira de Águas Belas, sendo 94,3% para animais provenientes de municípios do agreste e 5,7% do sertão; 13.177 GTAs para a feira de Cachoeirinha, com 99,4% dos animais oriundos do agreste, 0,3% do sertão e 0,2% da zona da mata; 11.807 GTAs para feira de Ouricuri, sendo 99,5% do sertão e 0,5% do agreste; e 20.588 para ingresso na feira de Tabira, 96,4% dos animais vindos do sertão, 3,5% do agreste e 0,1% da zona da mata. Para o egresso das feiras, foram emitidas: 8.896 GTAs da feira de Águas Belas para o agreste (77,2%), zona da mata (15,0%), sertão (5,7%) e para o estado de Alagoas (2,0%); 18.785 da feira de Cachoeirinha para o agreste (93,5%), zona da mata (4,2%), sertão (1,9%) e Alagoas (1,9%); 16.826 GTAs da feira de Ouricuri para o sertão (77,9%), agreste (20,5%), zona da mata (0,5%), Alagoas (0,4%), Ceará (0,1%) e Piauí (0,4%); e 24.887 GTAs da feira de Tabira para sertão (83,0%), agreste (8,2%), zona da mata (1,1%), Paraíba (7,7%) e Alagoas (0,1%). O Trânsito de animais para feiras concentra-se basicamente na região de origem dos mesmos, que pode estar relacionado ao público das feiras de gado no estado, formado essencialmente por pequenos produtores locais. Sendo assim, esta característica é favorável ao controle sanitário das feiras e dos riscos que o trânsito dos animais participantes representa. Palavras-chave: feira de gado; GTA; trânsito; Adagro.
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PERFIL DOS COMERCIANTES DE ANIMAIS DA FEIRA DE GAD O DE OURICURI, ESTADO DE PERNAMBUCO BURGOS, M. S. O.1; SILVA, R. F.1; SILVA JUNIOR, J. L.1; CORRÊA, F. N.1; SILVA NETO, S. M.1 1
Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (ADAGRO), Recife. dvear@adagro.pe.gov.br; ronaldofaus@gmail.com; joselopes@adagro.pe.gov.br; fabiolacorrea@adagro.pe.gov.br; netomarinho.nt@gmail.com A participação de animais em feiras de gado é o segundo maior motivo para emissão de guias de trânsito animal (GTAs) no estado de Pernambuco. A Feira de gado de Ouricuri é uma feira de grande porte, por onde circulam semanalmente cerca de 350 animais. Este fluxo de animais exige atenção do sistema de defesa sanitária devido ao possível favorecimento da entrada e disseminação de doenças nos rebanhos. O objetivo deste estudo foi traçar o perfil dos comerciantes que participam da feira de Ouricuri e verificar seus conhecimentos sobre os riscos de doenças relacionadas com o trânsito de animais. O trabalho baseou-se na realização de entrevista para preenchimento de um questionário direcionado a 65 produtores e comerciantes de gado da feira de Ouricuri, entre os meses de novembro e dezembro de 2011. A seleção dos participantes foi ao acaso, por amostragem não probabilística. A análise do questionário revelou que a maioria dos pecuaristas (67,7%) e comerciantes de gado (32,3%) são do sexo masculino (96,9%), com idade de 41-50 anos (38,5%), provenientes do município de Ouricuri (49,2%), possuem o ensino fundamental incompleto (56,9%) e não participam de associações de criadores (76,9%). Os participantes demonstraram conhecimento quanto à necessidade de se ter cadastro atualizado, porte da GTA e da imunização dos animais (87,7%), mas 43,1% não têm conhecimento da exigência dos exames sanitários exigidos para emissão da GTA para eventos pecuários. O meio de transporte mais comum dos animais é o rodoviário e apenas 3,0% são transportados a pé. O aluguel de caminhões para transporte e a não desinfecção dos veículos utilizados, como relataram 58,5% e 84,6% dos entrevistados, respectivamente, podem representar um potencial fator de risco sanitário. Dos 65 participantes, 36 (55,4%) disseram não depender da feira de gado para vender seus animais, podendo vendê-los aos vizinhos, porém a maioria dos indivíduos que frequenta esta feira semanalmente não exerce outra atividade (52,3%). Com este fato, entende-se que comerciantes e pecuaristas da região estejam subestimando a importância da feira de gado de Ouricuri para a economia do município. Este estudo evidencia a necessidade de se investir em processos de qualidade e gestão da informação, assim como em educação sanitária, ampliando o conhecimento e a consciência de que a comercialização de animais saudáveis, de acordo com o que determina a legislação, é um bem de interesse coletivo que promoverá mudanças no perfil sanitário das feiras de gado. Palavras-chave: Trânsito Animal; Sanidade Animal; Feira de gado, ADAGRO.
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PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS EM HORTIFRUTIGRANJEIROS NO ESTADO DE PERNAMBUCO BRAGA, M.1; LOPES, J.1; SANTANA, M. 1; VAREJÃO, S. 1 1Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (ADAGRO), Recife. marcelosaiki@adagro.pe.gov.br; jorge1barbosa@hotmail.com; marcelosantana@adagro.pe.gov.br; ueiv@adagro.pe.gov.br A utilização de agrotóxicos no cultivo agrícola, ainda que amplamente difundida, requer a adoção de medidas responsáveis a fim de preservar a segurança e a saúde dohomem, dos animais e do meio-ambiente. Para o homem, há os riscos oriundos de intoxicação decorrente da exposição prolongada aos agrotóxicos, além da contaminação dos alimentos pelos resíduos tóxicos de suas formulações. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a exposição aos agrotóxicos, bem como sua ingestão cotidiana,pode resultar em doenças crônicas não transmissíveis. Almejando o combate ao uso indevido de agrotóxicos, o poder público do estado de Pernambuco formulou, em março de 2008, o termo de ajustamento de conduta conjunto (TACC) Nº 001/2008 entre o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), a Central de Abastecimento Alimentar de Pernambuco (CEASA-PE), a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (APEVISA) e a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (ADAGRO), visando à implementação e execução de um programa de monitoramento de qualidade de produtos hortifrutigranjeiros, em relação à presença de resíduos de agrotóxicos de uso não autorizado (NA) e/ou acima dos limites máximospermitidos (LMR), nos produtos comercializados na CEASA-PE. A ADAGRO responsabilizou-se pela coleta e envio das amostras para exame laboratorial no Instituto Tecnológico de Pernambuco (ITEP), identificação do produtor, bem como pela fiscalização (rastreamento) e aplicação de penalidades, em caso de laudo insatisfatório. Foram coletadas mensalmente amostras nas culturas de abacaxi, alface, banana, cebola, couve, mamão, morango, pimentão, repolho, tomate e uva. De abril de 2008 a dezembro de 2011, 413 amostras foram analisadas, resultando em 119 (28,81%) insatisfatórias, sendo 25 com LMR acima do permitido e 99 com resíduos de agrotóxicos NA. Do início do programa até dezembro de 2011, houve redução global de amostras insatisfatórias (de 38,1% para 25,00%), sendo que as culturas da alface e do pimentão obtiveram os maiores índices insatisfatórios (42,00% e 77,36%, respectivamente). Diversos fatores são responsáveis por esses resultados, entre os quais:falta de assistência técnica,baixo grau escolaridade dos produtores e comércio irregular de agrotóxicos.Nesse período (2008 a 2011), a ADAGRO realizou 75 rastreamentos de produtos insatisfatórios, os quais resultaram em interdições parciais ou totais de propriedade, suspensão da comercialização na CEASA-PE, além das sanções de advertência e multa.Tais ações demonstram a relativa eficácia da fiscalização em programas de monitoramento de resíduos de agrotóxicos, ainda que seja apenas uma das bases para a resolução de um problema complexo e multifacetado. Palavras-chave: agrotóxicos; monitoramento; resíduos; Adagro. III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 196 de 232
CARACTERIZAÇÃO DA ABACAXICULTURA NA REGIÃO ECONÔMICA PARAGUAÇU COM ÊNFASE NO CONTROLE DA FUSARIOSE. LOPES, A.C.¹; MATOS, A.P.². 1 ADAB, Itaberaba, agr_alopes@yahoo.com.br; 2 EMBRAPA, Cruz das Almas, apmatos@ cnpmf.embrapa.br O crescimento da cultura do abacaxi na região de Itaberaba vem sendo ameaçado pelo aumento da incidência da fusariose, necessitando reduzir o inóculo inicial. O objetivo deste trabalho é avaliar o nível de incidência da fusariose (Fusarium gutiforme) no campo em áreas de produção comercial de abacaxi, visando à criação de um banco de informação de áreas com baixa incidência da doença e, portanto habilitados a fornecer mudas de boa qualidade fitossanitária para instalação dos novos plantios; e sensibilizar sobre a importância do controle dessa doença, além de diagnosticar o perfil dos produtores e os principais fatores que contribuem para a degradação ambiental ocasionadas pela cultura. A metodologia de avaliação utilizada foi à entrevista investigativa com a aplicação de 708 questionários semi estruturados, onde se abordou os seguintes aspectos: características e perfil tecnológico do sistema de produção área cultivada média, propriedade da área plantada, destinação dos restos culturais e principais problemas fitossanitários, e posteriormente uma inspeção no campo, objetivando verificar o índice de incidência de fusariose, empregando o método de amostragem: em plantios de até 5 ha, foram analisados 10 pontos por ha, caminhando em ziguezague, avaliando 50 plantas seguidas na linha em cada ponto, num total de 500 plantas por ha. Em plantios com área superior a 5 ha, a amostragem foi de 20 pontos avaliando 50 plantas seguidas na linha em cada ponto, num total de 1.000 plantas por plantio. Nessa avaliação foi observada a quantidade de plantas que apresentavam sintomas visuais de infecção de fusariose, encontrando assim um percentual de incidência da doença por área de plantio analisada. As pesquisas concluíram que embora seja uma atividade muito importante do ponto de vista social e econômico para a região, ela possui um grande potencial de impacto ambiental, necessitando conscientizar de que o progresso deve ser acompanhado de responsabilidade ambiental, para que as gerações futuras não sofram as penalidades das atitudes cometidas no presente. Deve ser intensificada a fiscalização ambiental, os trabalhos de educação sanitária e a recuperação das áreas de preservação permanentes. Os resultados deste trabalho mostraram uma redução de 53,35% na incidência da fusariose. Palavras-chave: Ananas comosus var. comosus, Fusarium gutiform, Impacto Ambiental.
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MAPEAMENTO DE HOSPEDEIROS DE HUANGLONGBING (C ANDIDATUS LIBERIBACTER SP ) NO RECÔNCAVO BAIANO ALMEIDA, D.O.¹; LARANJEIRA, F.F.²; LOBO, C.G.B.³; SILVA, S.X.B.4; MAGALHÃES, E.S.5 ; NUNES, C.C.S. 6 1
Graduando de Agronomia/UFRB/EBDA, Cruz das Almas/BA; 2 Pesquisador da EMBRAPA/CNPMF, Cruz das Almas/BA; 3 Graduando de Agronomia/UFRB, Técncio em Fiscalização Agropecuário/ADAB, Cruz das Almas/BA; 4 Fiscal Estadual Agropecuário/ADAB, Salvador/BA; 5 Graduando em Licenciatura Biológica/UFRB/ EMBRAPA/CNPMF, Cruz das Almas/BA; 6 Fiscal Estadual Agropecuário/ADAB, Feira de Santana/BA. Resumo - A citricultura brasileira representa importante segmento do agronegócio, sendo São Paulo o Estado que detém o primeiro lugar no ranking nacional da produção. Proporcionalmente à pujança da sua citricultura, ele também lidera nas ocorrências fitossanitárias, as quais têm comprometido a rentabilidade do setor. Dentre as pragas, destaque ao Huanglongbing (HLB), a doença do ramo amarelo, a mais grave e destrutiva praga da citricultura mundial. O agente causal, a bactéria Candidatus Liberibacter sp., pode infectar o hospedeiro via material propagativo (borbulha) utilizado em enxertia, ou pela transmissão pelo inseto vetor, Diaphorina citri, (HEMIPTERA: PSYLLIDAE). Além reduzir o tamanho dos frutos, a praga leva o hospedeiro à morte, pois coloniza o floema. Dentre os hospedeiros, tanto da bactéria quanto do inseto vetor, estão os citros (Citrus spp.) e a murta (Murraya paniculata). Em contraste ao status fitossanitário de São Paulo, a Bahia que figura como 2ª posição no ranking nacional da produção, é considerada como área de não ocorrência do HLB e por isso, tem atraído muitos investidores que atuam no agronegócio. Entretanto, a ameaça de ingresso da praga é iminente, considerando que em seu território há presença do vetor, de considerável área comercial de citros e do hospedeiro alternativo, a murta. Este trabalho realizou levantamento de hospedeiros do HLB em área urbana e rural de quatro municípios do Recôncavo Baiano (RB). No levantamento realizado de abril a junho de 2011, em zona urbana, a proporção de murta para citros foi 3,38:1 (Cruz das Almas), de 1,65:1 (Governador Mangabeira), de 0,61:1 (Sapeaçu) e de 2,08:1 (Muritiba), ratificando a importância da murta como espécie ornamental, bastante difundida no paisagismo urbano. No levantamento em zona rural realizado de abril a setembro de 2011, foram georreferenciados 6889 pontos. Dos hospedeiros registrados, 6222 foram citros e 667 de exemplares de murta. Em zona rural do RB, a população do hospedeiro citros foi de 9,3 vezes maior do que a de murta. A localização geográfica dos hospedeiros permitirá estudos de modelagem, os quais nortearão a tomada de decisão numa situação de emergência fitossanitária em que se precisem erradicar focos da doença. Em áreas urbanas, conhecer o arranjo espacial dos hospedeiros e seu envolvimento na epidemiologia de diversos patossistemas poderá colaborar com futuros projetos paisagísticos em áreas citrícolas com vistas a minimizar o risco de disseminação e de pragas potenciais. Palavras-chave: arranjo espacial, HLB, modelagem.
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DETECÇÃO DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA ANEMIA INFECCIOSA EQUINA (EIAV): IDGA, “NESTED” PCR E RT-PC R. BRANDÃO, C. F. L. 1,2; CAMPOS, G. S.1; TORRES, J. A.1,3; TIGRE, D. M.1,4; SARDI, S.I.1 1 Laboratório de Virologia, Departamento de Biointeração, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Bahia 2 Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Baiano, Santa Ines, Bahia 3 Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Sergipe, Glória, Sergipe 4 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié, Bahia. E-mail: camila.brandao@si.ifbaiano.edu.br A Anemia Infecciosa Equina (AIE) é uma doença viral de notificação obrigatória, considerada a principal doença infecto-contagiosa da equideocultura brasileira. O Virus da Anemia Infecciosa Equina (EIAV), pertence a família Retrovirídae e gênero Lentivirus, conhecidos por causar infecções persistentes e/ou assintomática com longos períodos de latência que pode se estender por toda a vida do animal. A Imunodifusão em Gel de Agarose (IDGA), teste sorológico mais empregado e oficialmente reconhecido e o mais utilizado para o EIAV em vários países, exige altos títulos de anticorpos para a formação de linhas de precipitação antígeno-anticorpo visíveis a olho nu. Isto pode resultar em testes falso-negativos, uma vez que a soroconversão do animal pode ser tardia, e esses títulos podem variar ao longo da vida do animal. O objetivo deste trabalho foi analisar amostras de soro e células sanguíneas de equídeos para a detecção de anticorpos e do EIAV. Foi coletado sangue para a obtenção de soro (N=26) e de células mononucleares de sangue periférico (PBMC) (N= 57) de animais sorologicamente positivos e negativos pela técnica de IDGA. O PBMC foi colocado em placas de cultura de células para seu cultivo e obtenção de macrófagos. O soro foi submetido a extração do RNA para a detecção do vírus livre pelo RT-PCR e dos macrófagos foi extraído DNA para o “Nested” PCR (n-PCR). As técnicas de PCR foram realizadas utilizando “primers” específicos para o gene gag. Dos resultados obtidos, ao comparar o IDGA com o n-PCR, observa-se que dos 57 equídeos, 20 soronegativos na IDGA foram detectados no n-PCR, 33 foram positivos e 2 foram negativos nas duas técnicas, e apenas 2 equídeos foram soropositivos na IDGA e negativos no n-PCR. Ao comparar o IDGA com o RT-PCR, observa-se que dos 26 equídeos, 10 soronegativos por IDGA foram detectados por RT-PCR, 11 foram positivos e 2 negativos nas duas técnicas e 3 deles foram soropositivos na IDGA e negativos no RT-PCR. Diferentes aspectos poderiam estar envolvidos na discordância dos resultados, dentre eles a baixa sensibilidade da IDGA. Apoio financeiro: FAPESB. Palavras-chave: AIEV, soroconversão,
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ANALISE FILOGENETICA DE LENTIVIRUS DE PEQUENOS RUMINANTES NA BAHIA BRANDÃO, C. F. L. 1,2; CAMPOS, G. S.1; FILHO, S.G.R.1; TORRES, J. A.1,3; TIGRE, D. M.1,4; SARDI, S.I.1 1
Laboratório de Virologia, Departamento de Biointeração, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Bahia 2 Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Baiano, Santa Ines, Bahia 3 Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Sergipe, Glória, Sergipe 4 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié, Bahia. E-mail: camila.brandao@si.ifbaiano.edu.br A Artrite encefalite caprina é uma doença viral multissistêmica, de caráter crônico e debilitante presente na Bahia e nos rebanhos brasileiros. O genoma do vírus da Artrite encefalite caprina (CAEV) apresenta três genes estruturais denominados de gag, pol e env. Os genes gag e pol são os mais conservados, enquanto o gene env é pouco conservado entre as cepas devido às mutações que nele ocorrem durante a replicação viral. Este trabalho tem como objetivo estabelecer a filogenia dos vírus isolados na Bahia, contribuindo ao estudo da epidemiologia molecular dos Lentivirus de Pequenos Ruminantes (LVPR) no Nordeste e ao Programa Estadual de Sanidade de Caprinos e Ovinos (PESCO) na Bahia. Foi utilizada a técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR) para amplificação do DNA viral extraído de amostras pareadas de sangue (PBMC) e leite provenientes de animais pertencentes ao mesmo rebanho. O seqüenciamento das amostras foi realizado no Laboratório ACTGene (Centro de Biotecnologia, UFRGS). As sequências parciais obtidas dos genes pol (175pb) e env (350pb) foram alinhadas para determinação de similaridade em relação a nucleotídeos com sequências do GenBank, utilizando o programa Blastn e Blast(bl2seq) (http://www.ncbi.nlm.nih.gov). A sequência do gene pol do vírus eliminado no leite e no sangue, intra-hospedeiro, apresentou identidade media de 94.5% dos nucleotídeos; resultado semelhante foi observado em relação ao gene env com 93.5%. Comparando as sequencias do gene pol de amostras de animais diferentes (entre-hospedeiros) obteve-se 98% de identidade nas amostras de sangue e 94% nas amostras de leite. Entretanto, as sequências do gene env nas amostras de leite não apresentaram similaridade significativa, e entre as amostras de sangue há identidade de 80%, o que confirma a elevada taxa de mutação e heterogeneidade do gene env dentro do genoma dos LVPR. Isto determina sua virulência, replicação tanto quanto sua persistência e/ou escape do sistema imune. Observou-se que as seqüências dos isolados baianos estão mais relacionados com a cepa padrão americana CAEVCork (identidade média de 96.3%) do que com os isolados nacionais (média de 89%) o que demonstra a importância do controle sanitário de animais na entrada ao país. Novos estudos filogenéticos estão sendo realizados para estabelecer as características genéticas, a variabilidade e a distribuição das cepas circulantes no Nordeste. Apoio financeiro: FAPESB Palavras – chave: Artrite encefalite, caprinos, Bahia.
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AGROTÓXICOS CONTRABAND EADOS APREENDIDOS PELA FISCALIZAÇÃO AGROPECUÁRIA NO RIO GRANDE DO SUL EM 2011 GRASSELLI, R. C. A.; PEREIRA, F. M. A. Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, insumos@agricultura.rs.gov.br A utilização de agrotóxicos contrabandeados pode causar sérios problemas na produção agrícola brasileira, bem como à saúde pública e ao meio ambiente, devido a geração de resíduos químicos. Este trabalho teve por objetivo fazer um breve relato da situação encontrada no Estado do Rio Grande do Sul pela fiscalização da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (SEAPA/RS). A metodologia consiste na análise dos Autos de Infração e de Autos de Apreensão e Depósito lavrados no ano de 2011, onde foi constatada a manipulação, importação, comercialização e utilização de agrotóxicos contrabandeados. Das 345 ações de fiscalização do comércio e do uso de agrotóxicos, 14,20% resultaram em processos administrativos relacionados a contrabando. Destes, 18,38% foram para empresas que comercializam agrotóxicos e 81,62% foram para agricultores. Foram apreendidos 265,75 kg e 962 litros de agrotóxicos contrabandeados, quantidade suficiente para tratar quase 10.000 ha de lavouras. Estes agrotóxicos pertencem a 54 marcas diferentes, provenientes principalmente do Uruguai (79,63%). Neste país, somente 39 marcas de agrotóxicos necessitam de receita agronômica para comercialização e todos os produtos apreendidos do Uruguai não se enquadram nas categorias Ia e Ib e, portanto, a compra sem receita é legal, facilitando a aquisição por compradores brasileiros. As principais classes de agrotóxicos apreendidos foram: herbicidas (59,26%), inseticidas (24,07%) e fungicidas (11,11%). Com relação aos ingredientes ativos, os principais foram: metsulfurom metílico (20,37%), imidacloprid (9,26%), clomazone (9,26%), fipronil (9,26%) e imazetapir (7,40%). No Brasil, existem 89 produtos comerciais registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento contendo estes ingredientes ativos; portanto, não se tratam de substâncias proibidas no país. No Brasil, os agrotóxicos são submetidos a rigorosos testes agronômicos e biológicos, que conferem sua eficácia e segurança, porém o mesmo não ocorre em outros países. Tal fato pode ter sérias conseqüências para os agricultores, devido à ineficácia dos produtos, e danos à saúde humana e ao meio ambiente, devido ao perigo do uso de substâncias não-controladas pelas autoridades sanitárias brasileiras, além da destinação incorreta dos resíduos e embalagens. Palavras-chave: comércio ilegal, defensivos agrícolas, Uruguai.
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INCIDÊNCIA DA FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA (P hakopsora pachyrhizi) NA ENTRESSAFRA DO ESTADO D O TOCANTINS MICHELIN, L. H. F.; DIAS, T. S.; MARIANO, R. A.; ABREU, I. M. O.. Agencia de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins (ADAPEC), Palmas-To A ferrugem causada por Phakopsora pachyrhizi e altamente agressiva e pode ocorrer em qualquer estádio fonológico da cultura da soja. Nas diversas regiões geográficas onde a ferrugem asiática foi relatada em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção. O Tocantins está se transformando na mais nova fronteira agrícola do Brasil, apresentando crescimento neste setor bem maior que o nacional. Este trabalho tem como objetivo, Avaliar a incidência da ferrugem da soja (Phakopsora pachyrhizi) na produção de sementes de soja nas Várzeas Tropicais do estado do Tocantins, durante o Vazio Sanitário. Este trabalho foi desenvolvido nas Várzeas do estado do Tocantins, municípios de Lagoa da Confusão e Formoso do Araguaia durante o Vazio Sanitário, de dia 1º de julho a 31 de setembro de 2011. Monitoramento foi realizado em 32 fazendas com área total de 35.888,56 ha, a quantidade de amostra foi definida de acordo com a área plantada em cada fazenda. As folhas foram coletadas na parte do terço inferior da planta, as amostras foram armazenadas em sacos plásticos e foram acondicionadas sob refrigeração por 24 hs, realizando a visualização com lupa eletrônica e feito uma avaliação de porcentagem de contaminação da folha, utilizando uma tabela com escala de severidade que varia de 0 a 5. Na área monitorada do município da Lagoa da Confusão foi realizada a coleta de 485 amostras, já no município de Formoso do Araguaia foi realizada a coleta de 312 amostras. Nas amostras coletadas foi possível observar que no universo de 797 amostras coletadas nos dois municípios, apenas 25 amostra tiveram presença de ferrugem asiática da soja, isso significa que apenas 3% das amostras apresentaram urédias vivas, o estádio da planta que mais apresentou a presença da ferrugem da soja foi R6. As avaliações de severidade foram realizadas com auxílio de escalas diagramáticas, onde é atribuído as notas de acordo com o nível de severidade em uma escala de 0 a 5, sendo possível observar que a maior incidência de ferrugem nas folhas estão no nível 1,com 22 amostras, onde as folhas possuem até 10% da sua área folhear contaminada e apenas 3 amostras em nível 2. Concluímos que, a conscientização dos produtores em relação a doença e o monitoramento efetivo foram fatores determinantes para a baixa incidência da ferrugem asiática nas várzeas tropicais do Tocantins na safra 2011, facilitando o controle imediato quando diagnosticado o foco da ferrugem Asiática. Palavras chaves: Vazio Sanitário, Avaliação, Monitoramento.
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LEVANTAMENTO DO CANCRO BACTERIANO DA VIDEIRA E M VARIEDADES APIRËNICAS NO VALE DO SÃO FRANCISCO – PE LINS, G.M.L.1; DANTAS, S.A.F.1; MOREIRA, I.N.A.2; MARQUES, L.A.2; FRANÇA, P.R.P.1; BARBOSA, M.A.G3. 1
Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco-ADAGRO/Unidade Estadual de Defesa Vegetal-UEDV, Recife-PE; 2Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco-ADAGRO/Unidade Regional Petrolina, Petrolina-PE; 3Embrapa Semi-Árido, Petrolina-PE. e-mail: gmlins@hotmail.com. O Vale do São Francisco constitui o principal centro produtor e exportador de uvas de mesa do Brasil, onde as variedades apirênicas apresentam grande potencial de comercialização. A ocorrência do cancro bacteriano da videira (Xanthomonas campestris pv. viticola) foi registrada na região em 1998 na variedade Red Globe, sendo no Brasil, atualmente, classificada como praga quarentenária presente (A2). Com o objetivo de detectar e delimitar a praga no Vale do São Francisco - Pernambuco (Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista)levantamentos fitossanitários sistemáticos foram realizados em 370 parcelas de variedades apirênicas (Sugra 13, Sugra 15, Sugra 18, Sumer Royal, Festival, Crimson e Thompson) no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2011. A amostragem consistiu na inspeção visual de dez plantas por parcela (0,5 a 1,0 hectare), considerando quatro plantas na bordadura e seis no interior da parcela, em caminhamento zigue-zague. Amostras de plantas com sintomas de cancro bacteriano foram coletadas e enviadas para análise fitopatológica. Os produtores de uva foram orientados sobre o manejo da praga, de acordo com a Instrução Normativa nº 09 de 2006. O cancro bacteriano foi detectado em todas as variedades amostradas, exceto Sugra 13 e Sugra 15. A maior incidência da praga foi registrada em 2009, atingindo percentual de 63,92%, que coincidiu com o período de maior precipitação pluviométrica. Nos anos seguintes decresceu para 11,57% em 2010 e 13,15% em 2011. Esses resultados denotam que as condições ambientais favorecem a ocorrência da praga e que medidas de manejo associadas a ações permanentes de inspeções são necessárias para melhoria da qualidade fitossanitária da uva produzida no vale do São Francisco visando manter os atuais mercados de exportação, assim como conquistar novos mercados internacionais. Palavras-chave: Xanthomonas campestris pv. viticola, Vitis spp., incidência.
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ANÁLISE DO TRÂNSITO INTER E INTRAESTADUAL DE SUÍN OS PROCEDENTES DO ESTADO DE SANTA CATARIN A NO ANO DE 2011 TAVARES, S.G1; BROGIN, W.J2 ; MACEDO, C.A.B.1; FACCHI, O1; DAMO, C.1; NONES, J1. 1
Médico Veterinário - Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina, Rodovia Admar Gonzaga, 1588 - Itacorubi - Florianópolis/SC - CEP 88034-001 - Fone: (48) 32396500 - E-mail: sanidadesuidea@cidasc.sc.gov.br 2 Estudante de Zootecnia – Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Centro de Ciências dos Alimentos - Rodovia Admar Gonzaga - Itacorubi - Florianópolis/SC - CEP 88034-001 O trânsito animal pode ser considerado o principal fator facilitador da disseminação de epidemias. Com o intuito de minimizar e controlar os riscos epidemiológicos causados por esta movimentação, no Brasil, diretrizes para este controle são determinadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e executadas, em Santa Catarina, pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (CIDASC). Este trabalho teve por objetivo traçar e divulgar um panorama da movimentação animal intra e interestadual de suínos produzidos em Santa Catarina, levando em consideração as diferentes categorias (finalidades) dos animais transportados. Para tal, os dados da movimentação de suínos, do ano de 2011, foram analisados através da base de dados da CIDASC, pelo software SIGEN (Software de Gerenciamento do Sistema de Defesa Sanitária Animal). Os resultados obtidos demonstraram que foram movimentados dentro do Estado catarinense, por mês, cerca de 770.690 suínos para abate, 1.307.669 para recria/engorda e 20.623 com a finalidade reprodução. A região de Concórdia, localizada no Oeste de Santa Catarina, possuiu a maior movimentação de suínos do Estado, representando 23,33% do total do trânsito de suínos realizado. Com relação ao trânsito interestadual, foram enviados para fora do Estado, em média, 130.599 para abate, 52.756 para engorda/recria e 6.878 suínos para reprodução. Os principais destinos interestaduais foram os estados do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. Embora sejam necessários maiores estudos, os dados aqui obtidos poderão subsidiar a tomada de decisões mais assertivas para atuação de programas de controle sanitário desta espécie animal e para realização de mais aprofundados diagnósticos epidemiológicos ao longo de todo território catarinense. Palavras-chave: Suínos, Santa Catarina, trânsito intraestadual, trânsito interestadual
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AÇÕES DE FISCALIZAÇÃO E COMBATE À CLANDESTINIDAD E DO SERVIÇO OFICIAL DE INSPEÇÃO ANIMAL DO ES TADO DE PERNAMBUCO NO ANO DE 2011 SILVA, E.G.; HOLANDA, G.M.L.; LIMA, P.R.A.; LIMA, E.S.; NETO, A.T.; ALMEIDA, E.C.1; 1- Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (ADAGRO), Recife. elaynegoncalves@adagro.pe.gov.br; glendaholanda@adagro.pe.gov.br paulolima@adagro.pe.gov.br; ueia@adagro.pe.gov.br; uerc@adagro.pe.gov.br; gerenciageral@adagro.pe.gov.br Com a finalidade de promover e executar a defesa sanitária animal e vegetal, o controle, a inspeção e a fiscalização de produtos de origem agropecuária, o Governo do Estado de Pernambuco criou, através da Lei nº 12.506 de 16/12/2003, a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (ADAGRO), vinculada à Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária, regimentada pelo Decreto nº 26.492 de 12/03/2004. Possuindo estrutura física e administrativa, sistema de informação e infraestrutura para a execução dos trabalhos, a Agência atende a 155 estabelecimentos registrados no Serviço de Inspeção Estadual (S.I.E.), além de possuir corpo técnico com profissionais concursados, sendo 21 Fiscais Estaduais Agropecuários que atuam exclusivamente na Inspeção de Produtos de Origem Animal. Assim, objetivou-se com este trabalho, publicar dados das ações fiscalizatórias da ADAGRO por meio do serviço oficial de inspeção animal. O trabalho foi realizado através do levantamento de informações que são enviadas mensalmente à Unidade Estadual de Inspeção Animal e baseado nos dados do ano de 2011. Dessa forma, através das atuações fiscalizatórias, foram apreendidas 12 toneladas de produtos derivados do leite, sendo, 10,7 toneladas correspondentes a queijos transportados de maneira irregular. Ainda neste ano, foram apreendidas cerca de 4,0 toneladas de carne e derivados. Ações como interdição de estabelecimentos clandestinos, fiscalizações e apreensões de produtos, resultaram na interdição de 27 matadouros públicos, 32 denúncias recebidas, 44 rastreamentos de produtos clandestinos, 94 blitz e fiscalização de 3299 veículos transportadores de produtos de origem animal. Foram realizadas 449 palestras informando sobre os perigos do consumo de alimentos clandestinos. O serviço de inspeção também concedeu 34 entrevistas a jornais, rádio e televisão; emitiu 897 documentos fiscais, tais como Auto de infração, Intimação, Laudo de vistoria, Termo aditivo, Termo de apreensão e Inutilização, Termo de coleta de amostras e Termo de proibição; e Recebeu 331 amostras para análises. Realizou-se ainda 1408 atendimentos nos escritórios, 2336 fiscalizações e inspeções em estabelecimentos, 68 inspeções permanentes, 71 monitoramentos de estabelecimentos, 759 supervisões e 171 viagens técnicas. Portanto, assegurado o papel de promoção da saúde pública no Estado, demonstrou-se o firme propósito técnico e decisão política do governo nas ações de defesa e inspeção de produtos de origem animal. Palavras-chave: produtos de origem animal; fiscalização; Adagro.
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FREQUÊNCIA DE PROPRIEDADES E DE ANIMAIS POSITIVOS PARA A BRUCELOSE BOVINA NO SERTÃO DA PARAÍBA
FIGUEIREDO, S. C.1; LEÃO, D. A. S.2; FURTADO, N. F1; ROCHA, V. C. F3. 1. Faculdade de Medicina Veterinária. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB). Sousa, PB, Brasil. salomão.figueiredo@ifpb.edu.br 2. Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Campina Grande, PB, Brasil. 3. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo, SP, Brasil. A brucelose bovina é uma doença bacteriana de evolução crônica e caráter difuso, causada por uma bactéria intracelular a Brucella abortus, apresentando-se em todo o mundo como problema sanitário e econômico. Na maioria dos países, a brucelose bovina ainda é um sério problema de saúde animal. No Brasil, a brucelose bovina ainda é endêmica com prevalências mais elevadas em regiões com maior densidade de bovinos. Com a instituição do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em 2001, foram planejados inquéritos sorológicos com o objetivo de determinar a situação epidemiológica da brucelose bovina nas Unidades Federativas e direcionar a escolha das estratégias de controle adequadas, que podem diferir de acordo com a frequência e distribuição da doença. Nos anos de 2008 e 2009, houve um maior empenho dos órgãos de combate a Brucelose bovina no estado da Paraíba visando uma baixa nos agravos a saúde animal e humana. Com o intuito de investigar a frequência da brucelose bovina na região de maior produção leiteira do estado da Paraíba, a presente pesquisa utilizou dados da Agência de Defesa Agropecuária do estado, coletados das microrregiões do Sertão Paraibano, o qual é composto por sete cidades polos. Os dados utilizados referem-se aos períodos de janeiro de 2008 a julho de 2009, com o intuito de determinar a ocorrência de propriedades positivas (focos) e de animais soropositivos para a brucelose bovina. Para tal, foram examinadas 4.779 propriedades (2.717, no ano de 2008 e 2.062, em 2009) e colhidas 19.400 amostras de sangue de fêmeas (11.374, no mesmo período) e 2.681 amostras de machos (1.449, no ano de 2008 e 1.232, em 2009). Os testes de diagnóstico utilizados foram a soroaglutinação rápida com o antígeno acidificado tamponado, como teste de triagem, e os soros com resultados positivos foram testados pelo teste de 2-mercaptoetanol (ME). A frequência encontrada de focos de brucelose bovina foi de 1,43% em 2008 de 0,87% em 2009, e a de animais infectados no rebanho foi de 0,36% e 0,2%, respectivamente em 2008 e 2009. Conclui-se que mesmo o sertão da Paraíba sendo a região de maior rebanho do estado, este apresenta-se com média de soropositividade inferior a média nacional, fator que pode estar atrelado às campanhas maciças realizadas pelos Órgãos de Defesa Sanitária daquela região. Palavras – chave: Brucella abortus, sertão da Paraíba III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 206 de 232
FREQUÊNCIA DA TUBERCULOSE BOVINA NO SERTÃO D A P ARAÍBA FIGUEIREDO, S. C.1; LEÃO, D. A. S.2; FURTADO, N. F1; ROCHA, V. C. F3. 1. Faculdade de Medicina Veterinária. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB). Sousa, PB, Brasil. salomão.figueiredo@ifpb.edu.br 2. Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Campina Grande, PB, Brasil. 3. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo, SP, Brasil. A tuberculose é uma importante doença, tanto nos humanos quanto nos animais, com índices de morbidade e mortalidade significativos e perdas econômicas em todo o mundo. A tuberculose bovina é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium bovis, que gera perdas na cadeia de produção de carne e leite nos rebanhos infectados, cuja prevalência é alta nos países em desenvolvimento, e que, além disto, constitui um problema de grande importância para a saúde pública, devido ao seu caráter zoonótico. Este patógeno é membro do complexo Mycobacterium tuberculosis, com a capacidade de infectar várias espécies de animais domésticos e silvestres. O combate à tuberculose bovina se dá inicialmente pela implementação de uma rotina de testes tuberculínicos para a certificação de propriedades livres. Esta estratégia representa um passo importante para a erradicação e vigilância epidemiológica da doença, sendo uma ferramenta eficaz para o controle da tuberculose nos rebanhos bovinos. Neste trabalho, objetivou-se avaliar a ocorrência e a distribuição da tuberculose bovina no Sertão do estado da Paraíba, tendo em vista ser esta a bacia leiteira deste estado. Para tal, 4889 propriedades (entre janeiro de 2008 e julho de 2009) foram examinadas pelo teste de tuberculinização. Compreendendo uma população de 19541 fêmeas e 2654. A frequência de focos de tuberculose bovina foi de 0,41% (0,00 – 0,41%), ou seja, 20 propriedades 20 propriedades positivas, e a frequência de animais infectados no rebanho foi de 0,11% (0,00 – 0,11%), cerca de 25 animais positivos, o que é notadamente inferior a média nacional. Dos 25 animais reagentes, 24 eram fêmeas, mostrando uma diferença significativa quanto a suscetibilidade entre em função sexo. Palavras – chave: Mycobacterium bovis, prevalência, Sertão da Paraíba.
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ESTRATÉGIAS PARA FORTALE CIMENTO DA EMISSÃO DE RE CEITUÁRIOS AGRONÔMICOS NO ESTAD O DE RONDÔNIA SILVA, R.B1; ALVES, E.C.2; ALVES, M.F.3; NETO, A.F. 4. 1,2,4 Agência de Defesa Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia, Porto Velho-RO, idaron.vegetal@hotmail.com. 3 Agência de Defesa Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia, Jaru, marcosfalves@hotmail.com . O Receituário Agronômico é o principal instrumento para que os usuários de agrotóxicos façam o seu uso corretamente. O Ministério Público do Estado de Rondônia (MPRO) observou através de investigações que isoladamente as fiscalizações realizadas pela Agência de Defesa Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (IDARON) não eram suficiente para garantir o uso seguro de agrotóxicos. Sendo assim, a IDARON, juntamente com o MPRO elaboraram o “Plano de Ação para o Fortalecimento da Emissão de Receituário Agronômico no Estado de Rondônia”. O objetivo foi promover o bom uso dos agrotóxicos através da educação sanitária, conscientizando os profissionais sobre a importância da emissão correta do receituário, e também da implantação de um sistema de fiscalização mais eficiente. No dia 30/03/2011 realizou-se um seminário com técnicos do setor público e privado de todo Estado para uma discussão técnica sobre o receituário, bem como as responsabilidades do emitente. A partir deste evento as unidades locais da IDARON em parceria com as Promotorias de Justiça realizaram reuniões com os representantes das revendas, estando presentes os profissionais habilitados para emissão de receituário. Nos dias 12 a 14 de julho de 2011 a IDARON promoveu um treinamento sobre receituário para os profissionais da Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (EMATER) e profissionais autônomos. No mês de agosto de 2011 implantou-se nas revendas de agrotóxicos o “Sistema de Fiscalização do Comércio de Agrotóxicos do Estado de Rondônia” (SIAFRO). O SIAFRO é um software gratuito que permite o controle de estoque de produtos agrotóxicos com entrada e saída. Desta forma o programa alimenta a base de dados da IDARON com informações sobre receituários emitidos, tornando a fiscalização mais ágil e eficiente. Concomitante a isso se intensificou as fiscalizações nas propriedades rurais visando garantir que as recomendações dos receituários sejam seguidas. Como resultado destas iniciativas a EMATER passou a emitir receituários para os seus assistidos, sempre que necessário algum controle químico. Além disso, o MPRO e o Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia (CREA) passaram a receber cópias dos processos de infrações cometidas para que tomem providências em suas respectivas áreas de atuação. Após implantado o plano, novas investigações foram feitas pelo MPRO nas revendas e constatou-se que nenhuma delas comercializou agrotóxicos sem a apresentação do receituário. Observou-se que envolver entidades do ramo agrícola em prol do fortalecimento do receituário com ações de educação sanitária e conscientização da responsabilidade de cada um na cadeia produtora é uma alternativa viável para uma produção vegetal mais técnica e sustentável. Palavras-chave: Receituário, agrotóxicos, IDARON. III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 208 de 232
LEVANTAMENTO DA BROCA DOS FRUTOS DO C UPUAÇU E DO CACAU CONOTRACHELUS HUMEROP ICTUS (COLEOPTERA: C URCULIONIDAE) EM CUPUAÇU NO MUNICÍPIO DE BELTERRA - PA. MATOS,S. de S. K.¹; TREVISAN,O.²; RODRIGUES, M. A. C. M.³; SOUZA,J. A.¹; LEMOS,W.P4. 1. Fiscal Estadual Agropecuário, ADEPARÁ - Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará, Belém, jasouz@zipmail.com.br 2. Fiscal Federal Agropecuário, CEPLAC/RO - Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira, Ouro Preto do Oeste, Rondônia. olzenotrevisan@yahoo.com.br 3. Pesquisador visitante bolsista DTI CEPLAC SUEPA, Belém, Pará. mac-macedo@uol.com.br 4. Pesquisador da EMBRAPA CEPATUR. Belém, Pará. wplemos@cpatu.embrapa.br O estado do Pará destaca-se como principal responsável pelo abastecimento nacional de cupuaçu, com oferta de 60% dos frutos consumidos no mercado brasileiro, sendo o líder nacional em produção deste produto, e também figura no cenário agrícola do País como o segundo produtor de cacau, ficando atrás apenas do estado da Bahia. Porém, um risco fitossanitário existe às culturas do cupuaçuzeiro e do cacaueiro na região Norte, onde em alguns estados a broca-dos-frutos Conotrachelus humeropictus causa danos diretos à polpa e às amêndoas dos frutos dessas culturas. Também ocorrem danos indiretos pela penetração de insetos e microrganismos nos orifícios de saída de larvas e o ataque oportunista desses agentes biológicos, promove a fermentação da polpa no fruto. Este trabalho teve como objetivo estabelecer os limites da área de ocorrência da broca-dos-frutos na região Oeste do estado do Pará. O levantamento de delimitação foi realizado em junho de 2011 às margens da Rodovia BR163, num percurso de 157 km onde as lavouras de cupuaçu estavam localizadas no entorno da FLONA Tapajós (Floresta Nacional do Tapajós) e ao longo da rodovia e em suas vicinais. Na diagnose da praga foram realizadas inspeções em frutos frescos coletados durante as visitadas, nos municípios de Santarém, Belterra, Placas e Rurópolis. Durante o levantamento foram amostradas 89 propriedades, das quais cinco foram consideradas foco da praga, e três suspeitas de foco, todas estas localizadas em área contigua ou dentro da FLONA Tapajós. Menciona-se também que às margens dos Rios Tapajós e Cupari existem comunidades com lavouras de cupuaçu não amostradas, sendo estes rios importantes vias de tráfego na região levantada e o transporte de frutos in natura, é um fator cultural amazônico. Observou-se que existem indícios da presença da praga no município de Placas e que várias vicinais fazem ligação com a Rodovia Transamazônica (BR 230), principal região produtora de cacau no Estado do Pará; deve-se intensificar as atividades de fiscalização do trânsito de cupuaçu e cacau in natura com destino aos demais municípios do estado do Pará e realizar levantamento complementar, via rios Tapajós e Cupari, para obtenção de dados referentes à sua margem contínua a FLONA Tapajós. Palavras-chave: cupuaçu, praga, defesa fitossanitária, Amazônia.
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OCORRÊNCIA DA BROCA DOS FRUTOS DO C UPUAÇ U CONOTRACHELUS HUMEROPICTUS (COL.: CURC ULIONIDAE) NO ESTADO DO PARÁ. TREVISAN, O.¹; MATOS, S de S. K.²; RODRIGUES, M. A. C. M.³; SOUZA, J. A.². 1. Fiscal Federal Agropecuário - CEPLAC/RO - Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira. Ouro Preto do Oeste, Rondônia. olzenotrevisan@yahoo.com.br 2. Fiscal Estadual Agropecuário da ADEPARÁ- Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará, Belém, Pará. jasouz@zipmail.com. 3. Pesquisador visitante bolsista DTI CEPLAC SUEPA, Belém, mac-macedo@uol.com.br O inseto Conotrachelus humeropictus é a principal praga dos frutos de cupuaçu nos estados de Rondônia e Amazonas. Os frutos atacados ficam imprestáveis para a comercialização e o ataque pode chegar até 100% dos frutos. Nos estados de Rondônia e Mato Grosso, a praga ocorre também em cacau, entretanto nessa cultura as larvas não causam a queda dos frutos atacados como acontece com os frutos do cupuaçuzeiro. Embora existam algumas citações obscuras da praga no estado do Pará, até então, não tinha sido possível localizar lavouras com o estabelecimento da praga. Porém, a partir de amostras de frutos de cupuaçu broqueados enviados à EMBRAPA-PA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária do Pará) e em consulta à CEPLAC-RO (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira de Rondônia) e com apoio da ADEPARÁ (Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará), foi mobilizada uma equipe técnica para avaliação da área suspeita de ocorrência da praga. Com a constatação da presença de C. humeropictus na lavoura suspeita, decidiu-se pela amostragem no entorno do foco inicial e num levantamento complementar, uma embarcação com tripulação e acomodação para 12 técnicos, levando motos e voadeiras foi deslocada do município de Santarém pelo Rio Tapajós até o município de Aveiro. Com essa amostragem delimitou-se a área geográfica de ocorrência da praga. A equipe contou também com a participação da comunidade local e com o apoio de um líder indígena nativo, foi possível alcançar duas populações de cupuaçu de ocorrência espontânea no interior da FLONA Tapajós (Floresta Nacional do Tapajós). O levantamento foi concluído em novembro de 2011. A área foco foi delimitada entre os municípios de Rurópolis e Santarém, com ocorrência de focos nos municípios de Aveiro, Belterra, Mojuí dos Campos e Placas. Conclui-se que se trata de uma praga endêmica para o estado do Pará porque as populações nativas de cupuaçu na FLONA Tapajós estavam atacadas por C. humeropictus e também outras lavouras de cupuaçu amostradas estavam atacadas pela broca dos frutos. Com isso infere-se que o inseto pode também ocorrer em outros locais onde existam populações nativas e cultivadas de cupuaçu no Estado. Atenção especial deve ser dada para evitar que a praga passe para cultivos comerciais de cacau que são a principal fonte de renda de muitos produtores estabelecidos ao longo da Rodovia Cuiaba-Santarém (BR-163) e Transamazônica (BR230), onde se localiza o pólo com maior produtividade de cacau do Brasil. Palavras-chave: cupuaçu, praga endêmica, Amazônia, broca dos frutos. III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 210 de 232
OCORRÊNCIA DE OZOPHERUS MURICATUS PASCOE, 1882 (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE) UMA NOVA PRAGA EM AÇAIZEIRO TREVISAN, O¹; OLIVEIRA, L. E². 1. Fiscal Federal Agropecuário, CEPLAC/RO - Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira, Ouro Preto do Oeste, Rondônia. olzenotrevisan@yahoo.com.br 2. Discente da CEUJI/ULBRA - Universidade Luterana de Ji/Paraná RO. leandro_ezequiell@hotmail.com O aumento do consumo da polpa e vinho de açaí,serviu de estímulo para a implantação de grandes áreas de açaízeiro com cultivares melhoradas em vários estados da região Norte. Porém, um risco fitossanitário existe à cultura na Amazônia. Recentemente, um inseto endêmico para a região se estabeleceu em um cultivo comercial de açaizeiro irrigado e passou a ser considerada a pior praga da cultura para o estado de Rondônia. A mesma espécie foi constatada também em açaizeiros dentro da reserva FLONA Tapajós (Floresta Nacional do Tapajós), no estado do Pará. Objetiva-se comunicar a identificação da espécie e mencionar os danos da praga para o cultivo do açaizeiro. O inseto foi identificado por Sérgio A. Vanin (Museu de Zoologia de São Paulo) como sendo da espécie Ozopherus muricatus Pascoe, 1882 e tem como hospedeiros palmeiras da Amazônia. Para a constatação dos danos, em agosto de 2011 foi avaliada uma lavoura implantada em 2006, no município de Buritis Rondônia, com 25 ha de açaízeiros irrigados. Foram amostrados ao acaso 120 cachos de açaí de touceiras produtivas e quantificou-se o número de cachos mortos e danificados em consequência do ataque da praga. Pela amostragem constatou-se que O. muricatus causou a perda com morte de 42,42% dos cachos e haviam sinais de danos devido a cortes para realização de posturas em 77,00% dos cachos amostrados. Até o presente relato poucas informações aportam sobre a biologia e possíveis danos causados pelo inseto durante o ciclo biológico, contudo em observações de campo, adultos foram encontrados efetuando posturas na base do pedúnculo dos cachos de açaizeiros durante o dia e preferencialmente à noite. Também foram amostrados insetos adultos sobre inflorescência e boiando na água com frutos imersos a serem lavados antes de despolpados. Larvas e insetos adultos estão em avaliação no laboratório da CPLAC/ESTEX-RO (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira Estação Experimental de Ouro Preto do Oeste - Rondônia). O inseto adulto mede aproximadamente 2,5 cm e é um gorgulho vistoso com rostro preto de 1 cm de comprimento com élitros de coloração amarelo alaranjado e com projeções proeminentes e escuros; pelas suas peculiaridades incomuns está depositado e em vários museus. Em condições não controladas de laboratório, adultos estão em observação e são alimentados com toletes cana-de-açúcar e banana plátano. Registra-se assim danos e a ocorrência de uma nova praga para a cultura do açaizeiro na Amazônia. Palavras-chave: açaí, praga, Rondônia.
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DETECÇÃO E LEVANTAMENTO DO CANCRO BACTERIANO DA VIDEIRA NA REGIÃO DE JUAZEIRO, B AHIA ¹NOGUEIRA, R. ²Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, Juazeiro-Bahia ³raimundo.nogueira@adab.ba.gov.br A fruticultura no polo agrícola Petrolina-PE/Juazeiro-BA, situado na região do sub-médio do Vale do São Francisco, tem se caracterizando por apresentar uma rápida expansão da área cultivada, um elevado crescimento da produção e um significativo desenvolvimento do setor exportador de frutas, permitindo a concretização de melhoria sócio-econômica da região. No entanto o patógeno Xanthomonas campestris pv. viticola (Xcv), causador do cancro bacteriano da videira, sobrevive epifiticamente em órgãos da parte aérea de plantas infectadas, e pode ser veiculada por mudas e/ou bacelos. Detectada pela primeira vez no Brasil em 1998, em parreirais do Vale do Sub-médio São Francisco, a doença vem ocasionando prejuízos nas cultivares suscetível e outras variedades com e sem sementes, cultivadas nessa região. O presente trabalho objetivou fazer um levantamento fitossanitário para determinação da incidência da praga, mediante inspeções no primeiro e segundo semestres, em parreirais do Vale, no período de abril a dezembro de 2010. A ocorrência do cancro bacteriano na região do Vale do São Francisco tem exigido muita mais atenção dos produtores quanto ao manejo e inspeção de parreirais. Foram inspecionadas e georreferênciadas 62 áreas de um hectare cada, com inspeção visual de dez plantas por parcela, sendo quatro nas bordaduras e seis no interior da parcela, nas quais foram coletadas e encaminhadas para análise laboratorial (EMBRAPA Semiárido), 30 amostras de plantas sintomáticas. A incidência de cancro bacteriano da videira foi de 29% das áreas inspecionadas, cujas variedades sintomáticas foram Red Globe, Itália, Festival e Thompson. O manejo integrado da praga, produção de mudas certificadas e controle do trânsito de material vegetal procedente de áreas infectadas são estratégias indispensáveis para a convivência com a praga. Palavras-chave: Vale do São Francisco. Cancro da videira. Incidência.
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AS GEOTECNOLOGIAS NA EVOLUCAO ESPACO TEMPORAL DA RAIVA DOS HERBÍVOROS E QUIRÓP TEROS NO MUNICÍPIO DE SAN TO AMARO E SEUS LIMÍTROFES, BAH IA USANDO AS TÉCNICAS DE GEOPROCESSAMENTO SILVA, M.M.N.1; ALVES, J.N.M.2; SILVA, E.M.2; SANTANA, P.F.A.2; BRITO, V.S.1 E BAVIA, E.M.1 1
Laboratório de Monitoramento de Doenças pelo Sistema de Informações Geográficas Agência Estadual de Defesa agropecuária da Bahia, mevnana@yahoo.com.br;
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A raiva é uma zoonose viral, aguda, fatal e a sua epidemiologia está ligada a fatores ambientais acometendo todos os mamíferos causando sérios prejuízos econômicos ao rebanho nacional. O estado da Bahia é considerado endêmico para raiva e, no período de 2008 a 2009 foi registrado um surto epidêmico no município de Santo Amaro onde o número de casos da doença praticamente triplicou (74 casos) em relação aos demais municípios, sendo os bovinos os mais acometidos, com índice de positividade de 40,46% . Entre os quirópteros capturados 63 08 estavam infectados. Este trabalho teve como objetivo mapear a evolução epidemiológica espacial e temporal da raiva entre os herbívoros e quirópteros no município de Santo Amaro e seus limítrofes durante o período de disponibilidade de dados (2004 a 2009), bem como analisar a influência de fatores abióticos relacionados ao meio ambiente em relação à distribuição espacial dos abrigos de quirópteros na área de estudo. Para distribuição temporal foram construídos mapas temáticos e utilizado o modelo linear generalizado para verificação da associação entre a sazonalidade e o número de casos indicando a existência de maior associação na estação de outono. Em relação aos fatores abióticos foi evidenciada, através do modelo numérico de terreno, uma tendência para localização dos abrigos em áreas de declividade acentuada (>40%) e altitude com variação de 44 a 178m. Já a relação entre a hidrografia e a localização dos abrigos, mostrou uma distância com variabilidade entre 8 a 3.518m. Estes resultados ratificaram a potencialidade do uso das ferramentas de geoprocessamento para estudos epidemiológicos da raiva, admitindo um estudo dinâmico da doença e suas variáveis ambientais, através da produção de mapas temáticos, oferecendo informações para o poder decisório dos órgãos de defesa animal em suas intervenções. Palavras-chave: geotecnologias, raiva, herbívoros, ecologia quirópteros
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MODELOS DE NICHO ECOLÓGICO PREDITIVOS E ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO DE ABRIGOS DE MORCEGOS HE MATÓFAGOS NO ESTADO DA BAHIA, BRASIL.
SILVA, M.M.N.1, MARTINS, M.S.2, ALVES, J.N.M3, BAVIA,, M.B1. 1 Universidade Federal da Bahia. 2 Louisiana State University. 3 Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Estado da Bahia O morcego hematófago Desmodus rotundus é considerado um potencial transmissor do vírus rábico e sua distribuição segue influenciada por impactos ambientais decorrentes de ações antrópicas, principalmente no desempenho do homem nas suas atividades econômicas de uso e ocupação do solo. Com base nestes aspectos, a modelagem preditiva da distribuição de espécies passa a ser uma ferramenta básica na gestão do programa de controle da doença. Assim, o objetivo desse trabalho foi analisar o comportamento epidemiológico da distribuição dos morcegos hematófagos em decorrência da biodiversidade ambiental. Foram desenvolvidos modelos de nicho ecológico da distribuição geográfica dos abrigos de quirópteros no Estado da Bahia, Brasil e dos fatores ambientais relacionados à sua receptividade. A localização dos abrigos dos morcegos no período de 2005 a 2010 foram cedidas pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia. Foi utilizado o MaxEnt, ferramenta para previsão de distribuição com base no princípio de máxima entropia, para criar modelos da probabilidade da distribuição dos morcegos hematófagos com bases nos dados obtidos do Worldclim (modelo1), Bioclim (modelo 2) e MODIS (modelo 3). Os mapas dos modelos gerados foram construídos no ArcGIS 10. No modelo 1, precipitação de Janeiro e Maio e Isotermalidade apresentaram maior porcentagem de contribuição com 27.8, 26.6 e 7.7% respectivamente. A variável com maior peso foi a precipitação de maio, aparentarentando ter maior contribuição no modelo quando utilizada isoladamente (AUC entre 0.956 e 0.914). No modelo 2, sazonalidade de precipitação, range médio diurno, range da temperatura anual e precipitação do trimestre quente apresentaram maior porcentagem de contribuição com 31.8, 13.9, 12.2 e 10.7% respectivamente. Nesse modelo a variável com maior contribuição foi a sazonalidade de precipitação e a variável ambiental que mais influencia o modelo quando omitida foi a temperatura média do trimestre seco (AUC entre 0.946 e 0.897). No modelo 3, (AUC entre 0.906 e 0.78), a variável com maior contribuição no modelo foi a temperatura superficial terrestre (LST) diurna em 2007 e a variável ambiental que mais influência o modelo quando omitida foi a LST diurna em 2009. Na região noroeste do estado, é possível observar que a probabilidade de distribuição de morcegos é praticamente inexistente, podendo ser decorrente da utilização de uma extensão geográfica que vai além da presença da espécie na área. Os modelos de predição gerados coincidem com os dados de presença da espécie estudada e podem ser utilizados na identificação de áreas propícias para abrigos de morcegos. Uma análise utilizando morcegos positivos para raiva pode propiciar um modelo mais robusto e ainda predições de distribuição em resposta a condições climáticas futuras. Palavras – chave: Desmodus rotundus, localização, abrigos. III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 214 de 232
VACINAÇÃO OFICIAL EM TERRAS INDÍGENAS NAS FRONTE IRAS INTERNACIONAIS DE RORAIMA.
DUARTE, M.E.S. 1; FARIAS, J.K.O. 2. 1; 2, Médicos Veterinários da ADERR – Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima, Boa Vista, mesd@ufrgs.br; monitoramentoecontrole@hotmail.com INTRODUÇÃO: A febre aftosa (FA) é uma doença de importância mundial no aspecto sanitário e econômico. O Programa Hemisférico para Erradicação da à Febre Aftosa (PHEFA), que o Brasil é signatário, pretende a erradicação da febre aftosa da América latina. O Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) através do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) têm como estratégia principal a implantação progressiva e manutenção de zonas livres da FA. A Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima - ADERR reconhece a importância destes objetivos para o Estado de Roraima e para o Brasil. OBJETIVO: Obter índice de 100% de vacinação de bovinos e Bubalinos das Terras Indígenas (TI) nas fronteiras Internacionais de Roraima protegendo assim o estado e o país da reintrodução da FA. METODOLOGIA: Ação foi executada em conjunto por órgãos Municipais, Estaduais e Federais. O Município de Pacaraima colaborou com apoio aos auxiliares técnicos indígenas. O MAPA forneceu combustível, diárias, veículos, Técnicos Agropecuários (TA’s) e motoristas. A FUNAI participou com, veículos e Técnicos e a ADERR com, veículos, TA’s e Veterinários. A coordenação geral foi da ADERR e do MAPA e a coordenação das 7 equipes de campo foi da ADERR. RESULTADOS: A população cadastrada nos 3 municípios envolvidos na ação é de 51.210. Os Municípios envolvidos na ação são Pacaraima, Normandia e Uiramutã onde foram vacinados 17.654, 11.197 e 15.055, respectivamente, somando 43.906 bovinos. DISCUSSÃO: Roraima faz fronteira com o Estado do Amazonas e do Pará e tem mais de 2000 Km de fronteiras internacionais com a República da Guyana e Venezuela. Com Amazonas e Pará as barreiras naturais e o posto de fiscalização fazendário e agropecuário denominado Jundiá impedem o trânsito ilegal. A Republica da Guyana não vacina contra FA e a Venezuela possui um sistema de defesa Agropecuário bastante controverso. Na fronteira Brasileira estão as TI Raposa Serra do Sol e TI São Marcos, que detém 1.747.464ha e 654.110ha, respectivamente. Há necessidade de incremento nas políticas agropecuárias para estas aldeias por parte dos órgãos responsáveis, FUNAI por se tratar de Indígenas, MAPA por se tratar de fronteira internacional e ADERR, pois é estado de Roraima. CONCLUSÃO: Considerando que a não vacinação trará um grande prejuízo para a ADERR e ao Estado de Roraima, tal ação se justifica e deve ser continuada. Palavras - chaves: Aftosa, Terras Indígenas, Fronteiras Internacionais.
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AVALIAÇÃO DA ESPECIALIZAÇÃO “DEFESA SANITARIA ANIMAL” PARA SERVIDORES DO BRASIL - PRODESA/UFLA
ROCHA, C.M.B.M.; JANOELE, F. C.; BRUHN, F. R. P.; SILVA, O.R.I.; DAHER, D.O.; LOPES, E Universidade Federal de Lavras (UFLA) – Lavras/MG rochac@dmv.ufla.br., Bolsista de Extensão (UFLA) – Lavras/MG prodesa_ufla@yahoo.com.br; Msc Bolsista DTI/CNPq-UFLA prodesa_ufla@yahoo.com.br; Mestranda em Ciências Veterinárias-DMV/UFLA prodesa_ufla@yahoo.com.br; Bolsista Iniciação Científica CNPq-DMV/UFLA prodesa_ufla@yahoo.com.br; Mestrando em Ciências Veterinárias-DMV/UFLA prodesa_ufla@yahoo.com.br Apoio: CNPq/MAPA Estão sendo desenvolvidas ações, propostas e coordenadas pela UFLA, que visam contribuir com a qualificação teórica de médicos veterinários do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) ou outros profissionais atuantes em Defesa Sanitária Animal (DSA) nos estados. Estão em andamento duas turmas, cursando a Especialização à distância em “Defesa Sanitária Animal” (DEF) pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) em duas turmas in company financiadas pelo Edital 64/2008 CNPq/MAPA. O curso é ministrado a distância por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e três encontros presenciais. Os dois primeiros são para aulas e avaliações presenciais e o terceiro para defesa dos trabalhos de conclusão de curso (TCC). Todos já cumpriram as disciplinas e cursaram o 1º encontro e a 1ªturma já participou do 2°encontro. O objetivo deste trabalho é apresentar a percepção dos cursistas com relação à qualidade geral dos cursos que estão sendo oferecidos. Foram aplicados questionários de avaliação dos aspectos gerais, pedagógicos e da gestão. As análises descritivas e análise multidimensional de componentes principais (ACP), foram feitas no PASW18, considerando os testes de Barllett e KMO e 70 % mínimo de inércia no último componente retido. Componentes avaliados: a i. secretaria, ii. estrutura física/tecnológica e iii. avaliação geral do encontro, além da disciplinas. Foram respondidos 123 sobre o 1ºencontro e 32 sobre o 2ºencontro (17% taxa de não resposta). A escala de avaliação foi: 1.não atendido, 2.parcialmente atendido, precisando melhorar muito, 3.atendido, podendo ser melhorado, 4.bem atendido e 5.plenamente atendido, superando as expectativas. Quase todos os itens foram avaliados com uma mediana de 4 (bem atendido), representando uma percepção satisfatória. O material didático e a disponibilidade de rede wireless durante o encontro presencial apresentaram mediana 3, demonstrando que é necessário melhorar, enquanto a cordialidade da secretaria apresentou mediana 5. Após ACP foram retidos dois componentes principais, que juntos representaram 62,1% da variabilidade. Foi observado que todas as variáveis estão relacionadas positivamente, exceto a integração dos participantes, que ficou isolada. Os cursistas estão desenvolvendo TCC que trarão avanços para a parceria serviço/ academia. O convívio e discussões vêm desenvolvem o senso crítico e exemplos para os professores. Em contrapartida aprimoramento teórico com a atualização e revisão dos conteúdos para os servidores. Os TCC trarão resultados importantes para divulgar a III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 216 de 232
realidade do serviço em forma de boletins, artigos científicos e portfólios de materiais didáticos. Além disso, grande fruto deste projeto é o relacionamento entre os professores e os rofissionais. Palavras – chave: Sanidade Animal, Especialização à Distância, Formação Continuada
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EPIDEMIA DE FEBRE AFTOSA EM MATO GROSSO DO S UL E M 2005: RELATO DE CASO
BUSS, D. M. M.; LOPES, E.; DAHER, D.O.; BRUHN, F. R. P.; JANOELE, F. C.; ROCHA, C.M.B.M. ¹ ² ³ 4 Universidade F. de Lavras (UFLA) – Lavras/MG prodesa_ufla@yahoo.com.br, 5Universidade Federal de Lavras (UFLA) – Lavras/MG prodesa_ufla@yahoo.com.br, 6 Universidade Federal de Lavras (UFLA) – Lavras/MG rochac@dmv.ufla.br A febre aftosa é uma doença de elevada importância econômica na pecuária mundial, pois sua presença de embargo econômico, causando grandes prejuízos para o país. Consequência do programa de erradicação, grande parte do Brasil tem status “livre com vacinação”. Porém, em outubro de 2005, a febre aftosa atingiu o Mato Grosso do Sul, um dos estados com maior rebanho bovino no Brasil e responsável por grande parte das exportações de carne. Este trabalho relata desde o foco inicial ocorrido em uma fazenda, em Eldorado, que se alastrou para outros dois municípios, Japorã e Mundo Novo, nos quais ocorreriam mais 33 focos, incluindo Eldorado. Para isso, foram levantadas informações em arquivos de notificação da Agência Estadual de Defesa Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (IAGRO), manuais de procedimento em casos de febre aftosa, do Centro Pan-Americano para a Febre Aftosa (PANAFTOSA), relatórios de caso emitidos pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE), relatórios do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), além de trabalhos referentes ao foco ocorrido no estado de Mato Grosso do Sul em 2005. Genericamente, são três fases de ações na emergência sanitária: 1- Confirmação dos focos, vigilância e ações de inspeção; 2- Eliminação dos focos, por meio eliminação dos animais susceptíveis e rebanhos, proibição do comércio e do trânsito de animais e produtos de risco para febre aftosa e Fase 3- Vigilância Epidemiológica e avaliação da circulação do vírus. Em outubro de 2005 iniciou-se o sacrifício sanitário dos animais da propriedade considerada como foco índice e dos outros dois municípios acometidos. Ao final de mais de dois anos e 77.895 animais abatidos, foi instituída a Zona de Alta Vigilância, com status semelhante a uma zona tampão, compreendida numa faixa de 15 km ao longo da fronteira com o Paraguai. Em 2011 essa região juntamente com todo o restante do estado recebeu o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) de livres de febre aftosa com vacinação. Esta epidemia de febre aftosa ocorrida em 2005 trouxe grandes abalos à economia de Mato Grosso do Sul, que é fortemente dependente do setor pecuário. Palavras - chave: Pecuária, Doença, Focos, Vigilância Epidemiológica.
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AACPD DA FERRUGEM ASIÁTICA EM CULTIVARES DE SOJA EM TRÊS ÉPOCAS DE SEMEADURA NO OESTE DA B AHIA CRUZ, T. V.1; PEIXOTO, C. P. 2;. MARTINS, M. C. 3; LARANJEIRA; F. F. 4; LOPES, P.V.L.5; ANDRADE, N.6 1 Pós- doutoranda do Curso de Pós-graduação em Ciências Agrárias da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia-UFRB, CEP 44380-000,Cruz das Almas-BA, thyvc@yahoo.com.br; 2Prof. Dr. Associado III UFRB, cppeixot@gmail.com; 3Prof. Drª Faculdade Arnaldo Horácio Ferreira, Barreiras-BA, monicacagninmartins@gmail.com; 4Eng. Agrônomo Galvani, Luiz Eduardo 5 Magalhães-BA, plopes@galvani.ind.br, Pesquisador Dr. Embrapa Fruticultura, 6 chico@cnpmf.embrapa.br; Eng. Agrônomo da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia - ADAB, newandrade@uol.com.br. A quantificação de danos é um ponto chave na definição de qualquer estratégia de controle de doenças. A obtenção de estimativas confiáveis dos prejuízos causados pelos patógenos é considerada pré-requisito essencial para o desenvolvimento de programas bem sucedidos de controle. A AACPD, área abaixo da curva de progresso da doença, é uma variável recomendada por representar a epidemia como um todo, pois leva em consideração o estresse que a cultura sofreu durante vários estádios de desenvolvimento. Este trabalho teve como objetivo quantificar os danos causados pela ferrugem asiática (FAS) em três cultivares de soja, semeadas em diferentes épocas, na região Oeste da Bahia, por meio da AACPD. Os experimentos foram instalados no município de São Desidério,BA, nas safras 2007/2008 e 2008/2009. O delineamento experimental foi blocos casualizados com quatro repetições, no esquema de parcelas subdivididas no espaço. A parcela foi representada pelos tratamentos de controle da ferrugem (com ou sem aplicação de fungicida) e as subparcelas foram representadas pelas cultivares (MONSOY 8411, BRS Corisco e BRS Barreiras). Avaliou-se a severidade da ferrugem para o cálculo da área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os resultados obtidos mostraram a mesma tendência nas duas safras, onde constatou-se os maiores valores da AACPD quando não houve o controle da FAS, sendo isso observado em todas as épocas de semeadura. Ao considerar as épocas de semeadura pode-se observar que os maiores valores da AACPD ocorreram à medida que se atrasou a semeadura em ambas as safras, ou seja, quando a doença não foi controlada, na EP3 todos os cultivares apresentaram os maiores valores da AACPD, na EP2 os valores intermediários e na EP1 os menores valores, mostrando haver diferenças entre as épocas de semeadura quando se considera a FAS. A utilização de cultivares de ciclo precoce semeadas no início do período considerado preferencial (final de novembro e início de dezembro), na região oeste da Bahia, é uma prática de manejo viável no controle da FAS. Com o atraso da época de semeadura constatam-se as maiores severidades da ferrugem e consequentemente, maiores reduções na produtividade de grãos dos cultivares, independente do ciclo de maturação. Palavras – chave: epidemiologia, danos econômicos, Phakopsora pachyrhizi III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 219 de 232
DESFOLHA CAUSADA PELA FE RRUGEM ASIÁTICA EM SOJA EM TRÊS ÉPOCAS DE SEMEADURA NO OESTE DA B AHIA CRUZ, T. V.1; PEIXOTO, C. P. 2;. MARTINS, M. C. 3; LARANJEIRA; F. F. 4; LOPES, P.V.L.5; ANDRADE, N.6 1 Pós- doutoranda do Curso de Pós-graduação em Ciências Agrárias da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia-UFRB, CEP 44380-000,Cruz das Almas-BA, thyvc@yahoo.com.br; 2Prof. Dr. Associado III UFRB, cppeixot@gmail.com; 3Prof. Drª Faculdade Arnaldo Horácio Ferreira, Barreiras-BA, monicacagninmartins@gmail.com; 4Eng. Agrônomo Galvani, Luiz Eduardo 5 Magalhães-BA, plopes@galvani.ind.br, Pesquisador Dr. Embrapa Fruticultura, 6 chico@cnpmf.embrapa.br; Eng. Agrônomo da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia - ADAB, newandrade@uol.com.br. A sojicultura baiana caracteriza-se por produtores que chegam a cultivar até 40 mil hectares. As épocas de semeadura indicadas para a região Oeste da Bahia variam de meados de novembro ao final dezembro, havendo curto intervalo de semeadura, frente à extensão territorial das propriedades. Assim, muitos produtores são levados a escalonar a semeadura para otimização do maquinário e a semeadura total das áreas, praticando semeaduras em épocas mais tardias. Este trabalho teve como objetivo quantificar a desfolha causada pela ferrugem asiática e os efeitos na produtividade de cultivares de soja, semeadas em diferentes épocas, na região Oeste da Bahia. Os experimentos foram instalados no município de São Desidério-BA, nas safras 2007/2008 e 2008/2009. O delineamento experimental foi blocos casualizados com quatro repetições, no esquema de parcelas subdivididas no espaço. A parcela foi representada pelos tratamentos de controle da ferrugem (com ou sem aplicação de fungicida) e as subparcelas foram representadas pelas cultivares (MONSOY 8411, BRS Corisco e BRS Barreiras). Avaliou-se o número de folhas ao longo do ciclo e variação temporal foi ajustada pela função polinomial exponencial Ln (y) = a + bx1,5 + cx0,5. As desfolhas promovidas pela FAS começam a ser observadas a partir dos 75 DAE, ficando mais acentuadas após os 90 DAE, em todas as épocas e em ambas as safras. Na safra 2008/2009 com a ocorrência de maiores severidades da FAS, as desfolhas ficaram mais acentuadas para todos as cultivares em todas as épocas. Na EP1 aos 120 DAE, foram verificados valores médios de 18 e 12 folhas planta-1 nas cultivares BRS Corisco e na BRS Barreiras, respectivamente, quando foi aplicado fungicida para o controle da doença, em contrapartida, ao não se realizar o controle da doença, verificou-se 100% de desfolha em ambas as cultivares. Na EP2, com o controle da doença, a última avaliação ocorreu aos 105 DAE com valores médios do número de folhas por planta de 14 na MONSOY 8411, 21 na BRS Corisco e 18 na BRS Barreiras, com total desfolha nas parcelas sem controle. Essa mesma tendência foi observada na época tardia (EP3) em que as cultivares BRS Corisco e BRS Barreiras apresentaram, respectivamente, 7 e 6 folhas planta-1, aos 105 DAE nas parcelas que receberam aplicação de fungicida e total desfolha nas parcelas sem o controle da doença. Com o atraso da época de semeadura constatam-se as maiores severidades da ferrugem e consequentemente, maiores desfolhas nos cultivares de soja.Palavras – chave: Phakopsora pachyrhizi, produtividade, Bahia III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 220 de 232
PERFIL DE RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DE AMOSTRAS DE ESCHERICHIA COLI ISOLADAS DE PERUS BONE FILHO, S.L.1; FINKLER, F.1; GRASSOTI, T.T.1; MORAES, L.B.2; BRITO, K.C.T.2; BRITO, B. G.2. 1.Bolsista CNPq. Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor – FEPAGRO. Eldorado do Sul, R.S., Brasil. 2.Pequisador do Instituto de Pesquisas Veterinária Desidério Finamor-FEPAGRO, Eldorado do sul, R.S., Brasil. E-mail: benitobrito@fepagro.rs.gov.br A produção intensiva de perus tem aumentado nos últimos anos no Brasil. Entretanto existem poucos dados sobre a sanidade destas criações. A bactéria Escherichia coli é responsável por causar danos na avicultura e sua ocorrência já foi descrita em diversas patologias dos perus. O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência de cepas de E. coli frente a diversos antimicrobianos comumente utilizados nas criações de perus. Foram avaliadas cinquenta e cinco amostras de E. coli isoladas de diferentes formas da colibacilose (artrite, aerossaculite e celulite) de perus coletadas em abatedouro, logo após a morte dos animais. As amostras de E. coli foram avaliadas quanto a resistência antimicrobiana através do teste antibiograma com discos impregnados com os seguintes princípios ativos: ciprofloxacina, enrofloxacina, florfenicol, gentamicina, ácido nalidixico, neomicina, nitrofurantoína, sulfonamidas, sulfazotrim, tetraciclina, ampicilina, cloranfenicol, norfloxacina e doxiciclina. A partir do comportamento da resistência bacteriana foi estabelecido o índice de resistência múltipla a antimicrobianos (IRMA) para cada amostra obtido da seguinte forma: número total de antimicrobianos resistentes dividido pelo número de antimicrobianos testados. Os resultados obtidos de resistência aos antimicrobianos foram de 14% a ciprofloxacina, 39% a enrofloxacina, 4% a florfenicol, 9% a gentamicina, 57% a ácido nalidixíco, 7% a neomicina, 4% a nitrofurantoína, 27% a sulfonamidas, 25% a sulfazotrim, 41% a tetraciclina, 38% a ampicilina, 23% a cloranfenicol, 25% a norfloxacina e 20% a doxiciclina. No presente estudo o valor do IRMA de cada amostra variou de 0 a 0,71. O valor médio do IRMA das amostras testadas foi de 0,24. As cepas de E. coli mostraram alta sensibilidade a gentamicina, florfenicol, nitrofurantoína e neomicina. Foi observado alto percentual de resistência microbiana ao ácido nalidíxico. A variabilidade de resistência encontrada entre as amostras nesse estudo pode dificultar a terapêutica microbiana, bem como o monitoramento da resistência. Apoio: CNPq-MAPA edital 64/2008. Programa CNPq Rhae Inovação. FAPERGS – PROBITI. Palavras - chaves: Antibiograma, bactéria, aves.
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ESCHERICHIA COLI PATOGÊNICA PARA AVES (APEC) PRESENTE EM CAMAS DE AVIÁRIOS FINKLER, F.1; BONE FILHO, S.L.1; GRASSOTTI, T.T.2; BRITO, K.C.T.3; RODRIGUES, R.O.3; BRITO, B.G.3. 1Bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, Eldorado do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. 2Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul – FAPERGS, Eldorado do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. 3Pesquisador do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor - FEPAGRO, Eldorado do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: benito-brito@fepagro.rs.gov.br A Escherichia coli é responsável por causar a celulite aviária, patologia que acarreta prejuízos econômicos no setor avícola. Estimar as APEC em granjas é considerado uma ferramenta útil para o controle e prevenção da enfermidade nas aves. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi analisar a ocorrência de amostras APEC em camas de frango de corte, sua resistência a diversos antimicrobianos e estimar o grau de virulência dessas amostras em pintos. Esta pesquisa envolveu a análise de oitenta e cinco criações de frangos de corte. Foram isoladas sessenta e sete amostras de E. coli que foram submetidas a teste de letalidade em pintos e de sensibilidade frente aos antimicrobianos: ciprofloxacina, enrofloxacina, florfenicol, gentamicina, ácido nalidíxico, neomicina, nitrofuranotoína, sulfonamidas, sulfazotrim, tetraciclina, ampicilina, cloranfenicol, norfloxacina e doxiciclina. A partir do comportamento de resistência bacteriana foi estabelecido o Índice de Resistência Múltipla a Antimicrobianos (IRMA) para cada amostra, obtida pela seguinte fórmula: número total de antimicrobianos resistentes divididos pelo número de antimicrobianos avaliados. O índice de patogenicidade foi realizado em pintos com 1 dia de idade. As amostras foram classificadas através da taxa de mortalidade (M), como sendo de alta patogenicidade/PA (M ≥ 80%), patogenicidade intermediária/PI (50% ≤ M < 80%), de baixa patogenicidade/PB (M < 50%) e apatogênica/AP (M = 0%). A análise estatística, utilizandose um teste para distribuição binomial através da comparação entre as proporções de duas amostras independentes, demonstrou que as proporções das cepas apatogênicas apresentaram diferenças estatisticamente significativas em relação às proporções de cepas que produziram algum tipo de patogenicidade. Este trabalho revelou valor médio do IRMA de 0,51; e os antimicrobianos tetraciclina, ácido nalidíxico e sulfonamidas apresentaram maior percentual de resistência (83%, 83% e 76%, respectivamente), e essa tríade se fez presente em pelo menos 43% das amostras analisadas. O estudo revelou alta resistência a alguns antimicrobianos para E. coli isoladas de camas de aviários. A existência de APEC torna-se fator de preocupação uma vez que o valor de IRMA médio foi alto. Apoio: CNPq-MAPA edital 64/2008. Programa RHAEInovação e FAPERGS/FEPAGRO-PROBITI. Palavras - chave: frangos, virulência bacteriana, patogenicidade, resistência antimicrobiana.
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CARACTERIZAÇÃO DA MICROBIOTA NORMAL DO SISTEMA RESPIRATÓRIO DE FRANGOS COMERCIAIS: DAD OS PARCIAIS OLIVEIRA, J.P.W1; FINKLER, F.1; GRASOTTI, T.T.2; MORAES, L.B.3; BRITO,B.G.3; BRITO, K.C.T.3. 1Bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, Eldorado do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. 2Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul – FAPERGS, Eldorado do Sul, Brasil. 3Pesquisador do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor – FEPAGRO, Eldorado do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: benito-brito@fepagro.rs.gov.br O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de carne de frango e líder em exportações deste produto. Sendo o Rio Grande do Sul o terceiro estado com maior número de abates de frangos no país. A intensificação da produção contribui no risco de disseminação das doenças infecciosas, destacando as que afetam o sistema respiratório destas aves. O uso de probióticos tem sido utilizada no controle das enfermidades do trato digestório das aves. Este estudo tem como objetivo caracterizar a microbiota normal do sistema respiratório de frangos para posterior desenvolvimento e produção de um probiótico que promova proteção contra infecções respiratórias nas aves. Foram coletadas, amostras de muco nasal, traquéia e pulmão de frangos comerciais com idade de 40 dias de idade. As amostras foram cultivadas em caldo BHI, caldo MRS, ágar sangue, ágar MacConkey e ágar MRS, por 24h a 37°C em condições de aerobiose. As amostras foram cultivadas também em ágar sangue submetidos a condição de microaerofilia. As colônias foram identificadas presuntivamente pelas características morfológicas e realizado o teste de Gram. Após foram realizadas provas de catalase e oxidase, e avaliadas as características bioquímicas de fermentação e oxidação da glicose, nos meios LIA, TSI, SIM, fenilalanina, vermelho metila, Voges Proskauer e ágar citrato. As colônias tiveram o crescimento avaliado frente aos seguintes carbohidratos: ramnose, rafinose, sorbitol, dulcitol, maltose, lactose, manitol, trealose e arabinose. Foram identificados no muco nasal bactérias dos gêneros Staphylococcus, Streptococcus, Enterobacter, Klebsiella e Pseudomonas. Na traquéia foram identificadas Staphylococcus, Klebsiella e Pseudomonas e no pulmão foram encontradas as bactérias Staphylococcus, Streptococcus e Klebsiella. Estudos complementares serão realizados com o objetivo de caracterização das espécies bacterianas presentes no aparelho respiratório dos frangos. Apoio: CNPq - MAPA e programa Rhae Inovação- CNPq. Palavras - chave: aves, ecologia microbiana, sanidade.
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HUANGLON GBING: IMPAC TOS ECONÔMICOS DECORRENTES DA PERSPECTIVA DE SUA INTROD UÇÃO NO ESTAD O DA BAHIA OLIVEIRA, J.M.C¹; NASCIMENTO, A.S.²; MIRANDA, S.H.G.³; BARBOSA, C. J4. ¹Fiscal Estadual Agropecuário da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, SalvadorBahia - jose.carvalhal@adab.ba.gov.br; ²Pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, Cruz das Almas-Bahia – antnasc@embrapa.br; ³Professora do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da ESALQ e Pesquisadora da CEPEA, Piracicaba-SP – smiranda@esalq.usp.br; 4 Pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, Cruz das Almas- Bahia barbosa@embrapa.br. A Bahia ocupa uma posição de destaque entre os principais estados brasileiros produtores de laranja, situando-se em segundo lugar no ranking nacional, respondendo por 5,5% da produção brasileira. Para o estado, esta atividade reveste-se de grande importância tendo em vista que mais de 80% da produção é oriunda de produtores enquadrados na chamada agricultura familiar, os quais dependem desta cultura para sustentação econômica, o que têm estimulado a realização de diversas pesquisas, especialmente na área de fitossanidade. Atualmente, o huanglongbing (HLB), comumente chamado de greening se constitui na principal ameaça para a citricultura baiana, uma vez que essa doença já está presente em três estados produtores de citros do país, sendo que um deles faz fronteira com o estado da Bahia. Desta forma, este estudo objetivou estimar os potenciais impactos econômicos decorrentes da introdução do HLB no estado da Bahia, por meio da utilização do valor presente líquido (VPL) para comparação entre diferentes cenários. Os resultados sugeriram que, caso o HLB seja introduzido nos pomares de citros no estado da Bahia, os prejuízos podem superar a R$ 1,837 bilhão nos próximos 20 anos, especialmente se não forem adotas as medidas recomendadas de controle e erradicação. Palavras - chave: Citricultura baiana, valor presente líquido, impacto econômico.
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PROCEDIMENTOS PARA O MONITORAMENTO POPULACIONAL DE DIAPHORINA CITRI , VETOR DO HUANGLON GBING (HLB) DOS CITROS. NASCIMENTO, A. S. do 1; SILVA, S. X. de B. 2; SANCHES, N. F. 1; SANCHES, I. B. N. 3; ANDRADE, E. C. de 1.LARANJEIRA, F.F.1. 1 EMBRAPA Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas. 2 Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia – ADAB, Salvador. 3 Universidade Federal do Recôncavo – UFRB, Cruz das Almas. Após o registro do agente etiológico do HLB, a bactéria Candidatus liberibacter spp. no Brasil em 2004, o inseto vetor Diaphorina citri (Hemiptera: Psyllidae) antes considerado uma praga secundária dos citros, ganhou o status de inseto-praga de grande importância. O monitoramento populacional de um inseto-praga é uma das ferramentas indispensáveis para o estabelecimento de estratégias de controle de uma praga. Este processo visou padronizar o procedimento para o transporte e leitura das armadilhas em laboratório e a tabulação dos dados. Utilizou-se armadilhas adesivas (dupla face) de cor amarela nas dimensões de 27,5 cm x 34,0 cm x 42,0 cm As armadilhas foram identificadas com uma série de três algarismos: 1.1.2 ; 1.1.3 a 1.1.n, onde o 1º algarismo representa uma localidade o 2º um pomar e o 3º uma determinada armadilha. Quinzenalmente, as armadilhas foram coletadas no campo e transportadas para laboratório acondicionadas em um conjunto “caixa de isopor e caixilho” com as dimensões de 29,0 cm x 35,0 cm x 45,0. O caixilho, confeccionado em madeira, com duas divisões paralelas contendo “guias” na parte interna, destinadas à fixação das armadilhas em posição vertical. Em laboratório, a leitura dos insetos foi efetuada com o auxílio de uma lupa e uma planilha (lado ´A´ e lado ´B´), quadriculada e impressa, e com o mesmo número de quadrículas da armadilha, onde anota-se o número de psilídio encontrado em cada quadricula. A contagem dos insetos foi feita por duas pessoas e conferida por uma terceira. Os dados foram digitalizados em planilha eletrônica e procedido o cálculo da densidade populacional do inseto pelo índice PAM – psilídeo/armadilha/mês. O seguinte material foi empregado: i)- armadilhas adesivas; ii)- caixa de isopor; iii)-caixilhos; iv)-lupa de mesa; v)- planilhas impressas; vi)-estilete; v)-papel-toalha; vi)-solvente (querosene ou óleo diesel) e vii)- álcool. Sequência do procedimento: i)- coleta quinzenal das armadilhas (sempre o mesmo dia da semana); ii)- leitura das armadilhas, em até dois dias após a coleta; iii)- registro dos dados na planilha impressa; iv)conferência da leitura das armadilhas; v)- digitalização dos dados em planilha eletrônica; vi)cálculo do índice PAM (psilídeo/armadilha/mês); vii) - descarte das armadilhas. Esse procedimento foi validado pela Embrapa Mandioca e Fruticultura e pela ADAB – Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, e encontra-se em uso. Palavras - chaves: ex-greening, processo agropecuário, metodologia.
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PROGRAMA DE CONTROLE IN TEGRADO DE MOSCAS-DAS-FRUTAS NO P ROJETO CURAÇÁ – BA ¹VIANA, R.E; ¹VIRGÍNIO, J.F.; ¹SANTOS, E.; ¹SOUZA, F.; ¹SANTANA, G.; ¹MALAVASI, A. Moscamed Brasil, Juazeiro/BA. ¹rodrigo@moscamed.org.br, jair@moscamed.org.br, erivaldo@moscamed.org.br, fabricio@moscamed.org.br, gabriel@moscamed.org.br, malavasi@moscamed.org.br Em 2011, a Moscamed Brasil, Organização Social com sede em Juazeiro, Bahia desenvolveu ações no projeto de emenda parlamentar, denominada Controle de pragas na fruticultura irrigada através da Técnica do Inseto Estéril – TIE e seu impacto econômico, social e ambiental no controle de moscas-das-frutas. O projeto foi executado no Perímetro Irrigado Curaçá (CUR), localizado no município de Juazeiro-BA, na região do Submédio São Francisco. No projeto, foram desenvolvidas atividades de capacitações de produtores em técnicas de controle populacional de moscas-das-frutas e aplicação da TIE. Atualmente, 66 produtores participam do programa de monitoramento de moscas-das-frutas que é realizado pela Moscamed Brasil. Através dos resultados de flutuação populacional, determinavam-se os níveis populacionais de moscas-dasfrutas, o qual é expresso em mosca/armadilha/dia ou MAD. Quando o MAD ultrapassava o índice 0,5 eram desencadeadas ações de supressão populacional. Para pulverização foi utilizado o inseticida orgânico com princípio ativo denominado SPINOSAD. O modelo de pulverização adotado é denominado de “isca tóxica”, onde se aplicava de 25 a 30 ml de produto por planta. O período de supressão ocorreu em duas etapas, sendo a primeira realizada no período de maio a julho. Esse período antecedeu o registro de pomares dos produtores de manga que é realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. Para obter seu pomar registrado índice MAD deve ser menor que 1,0. A segunda etapa ocorreu no período de outubro a dezembro, que representa o período pós-safra onde os índices populacionais encontravam-se mais altos. Mesmo nesse período, a atuação do controle populacional surtiu efeito, reduzindo o índice MAD de 4,0 para 1,0. Os dados comparativos entre 2010 e 2011 mostram que as ações de controle utilizadas contribuíram para uma redução populacional. Das 26 semanas em que foram realizadas ações de controle populacional, em 18 semanas o índice populacional de 2011 foi mais baixo que 2010. As ações adotadas comprovam que a eficiência de um programa de monitoramento responsável, associado às técnicas de controle populacional, resulta na redução de moscas-das-frutas. Um programa integrado, com ações de monitoramento de todos os hospedeiros de moscas-das-frutas, adoção de medidas freqüentes de controle populacional e a manutenção dos baixos índices, através da TIE, devem ser utilizadas em todos os pólos de produção de frutas diversificadas. Palavras - chave – Moscas-das-frutas, Controle Integrado, TIE.
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FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE CERATITIS CAPITATA NO S UBMÉDIO SÃO FRANCISCO BAHIA E PERNAMBUCO 2009/12 ¹VIANA, R.E; ¹VIRGÍNIO, J.F.; ¹SANTOS, E.; ¹SOUZA, F.; ¹SANTANA, G.; ¹MALAVASI, A. Moscamed Brasil, Juazeiro/BA. ¹rodrigo@moscamed.org.br, jair@moscamed.org.br, erivaldo@moscamed.org.br, fabricio@moscamed.org.br, gabriel@moscamed.org.br, malavasi@moscamed.org.br Desde 2007, a Moscamed Brasil, Organização Social executa o programa de monitoramento de moscas-das-frutas no submédio São Francisco nas culturas da manga e uva localizadas nos perímetros irrigados e áreas de captação direta do rio São Francisco e barragem de Sobradinho, nos estados da Bahia e Pernambuco. Os dados de monitoramento vêm demonstrando um crescimento populacional de moscas-das-frutas, principalmente da espécie Ceratitis capitata, presente em 99% das capturas realizadas. O presente trabalho objetiva comparar a flutuação populacional de moscas-das-frutas nos últimos três anos, em pomares de manga e uva pertencentes ao programa de monitoramento executado pela Moscamed Brasil nos estados da Bahia e de Pernambuco. Para monitoramento foram utilizadas armadilhas Jackson avaliadas semanalmente. A área monitorada foi de 5.135 ha de manga e 621 ha de uva onde estão instaladas 629 armadilhas analisadas. Os dados de captura analisados referem-se ao período de 2009 a 2012. Os dados foram expressos em mosca/armadilha/dia – MAD e as médias das capturas semanais foram registradas e comparadas entre os anos. De acordo com o período avaliado, os índices populacionais apresentam-se elevados Para o estado de Pernambuco, observa-se um crescimento dos índices populacionais nos três anos, em função do crescimento das áreas de produção de goiaba e acerola, que são culturas altamente rentáveis, agregadoras de mão-de-obra e, praticada na maioria das vezes em pequenas propriedades. No estado da Bahia, o crescimento menos intenso, devido à baixa pressão de hospedeiros alternativos nestas regiões. Outro fator a considerar é o número reduzido de pomares de manga monitorados, o que acaba prejudicando os produtores que fazem parte do programa de monitoramento, pois, pomares circunvizinhos não monitorados contribuem para o incremento populacional. No período de março de 2008 a março de 2011, a Moscamed trabalhou com monitoramento e pequenas ações de controle em pomares de goiaba e acerola nos perímetros irrigados e os levantamentos realizados demonstram o quanto esses hospedeiros significam como repositório natural de moscas-das-frutas. Com o término do projeto, estas culturas ficaram sem ações de levantamento e controle, contribuindo para o incremento populacional. Providências emergências dos poderes públicos e privados para adoção do controle integrado devem ser implementadas, o que envolve levantamento em todos os hospedeiros e adoção de tecnologias de supressão populacional e manutenção dos baixos índices populacionais com a Técnica do Inseto Estéril (TIE). Garantindo assim as exportações de mangas e reduzindo os danos provocados por moscas-das-frutas em outras culturas de importância econômica, localizadas no Submédio São Francisco. Palavras-chave – Moscas-das-frutas, Controle Integrado, Ceratitis capitata III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 227 de 232
INFORMAÇÕES E ANÁLISE DE RISCOS PARA PRAGAS DE POÁCEAS DE NOVE GÊNEROS DE IMPORTÂNCIA ECONÔMICA AO BRASIL ¹LOPES-DA-SILVA, M.; ¹NÁVIA, D.; ¹GONZAGA, V.; ²PEREIRA, P.R.; ¹SANCHES, M.M; ³LÂNGARO, N.C.¹ Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília/DF; msilva@cenargen.embrapa.br, navia@cenargen.embrapa.br, vilmar@cenargen.embrapa.br, msanches@cenargen.embrapa.br; ² Embrapa Trigo, Passo Fundo/RS, paulo@cnpt.embrapa.br; ³ Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo/RS, nclangaro@upf.br O agronegócio corresponde aproximadamente 30 % do PIB do Brasil e mais de 40 % do valor das exportações. Para evitar prováveis ameaças ao setor agrícola, o Brasil realiza Análise de Risco de Pragas (ARP) conforme normas e obrigações internacionalmente reconhecidas. A família Poaceae (gramíneas) é um dos grupos de cultivos agrícolas do Brasil que são vulneráveis à introdução de pragas. Este grupo é r base da alimentação humana e animal e fornece biocombustível. Desta maneira, há uma intensa troca de material genético de gramíneas cultivadas para enriquecimento de bancos de germoplasma no Brasil. A entrada de grãos importados e as grandes áreas cultivadas em países da fronteira do MERCOSUL são elementos de riscos de introdução de novas pragas no Brasil. Assim, o presente projeto teve como objetivo levantar informações sobre pragas de Poaceae cultivadas ausentes no Brasil para realizar ARP para novas pragas quarentenárias. O projeto foi desenvolvido sob a coordenação do Laboratório de Quarentena Vegetal da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, com a colaboração de especialistas da área de fitossanidade da Embrapa Trigo, Embrapa Milho e Sorgo, Embrapa Arroz e Feijão e Universidade de Passo Fundo. Foram levantadas e analisadas as pragas de poáceas dos gêneros Zea, Avena, Sorghum Triticum, Oryza, Secale, Tritisecale, Saccharum e Phalaris. O levantamento inicial resultou em 2.279 espécies. Deste número inicial, foram excluídas as espécies que ocorrem no Brasil, sinonímias e espécies com relato de ocorrência apenas em poáceas silvestres. Assim, 1.576 espécies foram arroladas como pragas potenciais de interesse. Após o cruzamento das listas elaboradas pelas equipes das unidades colaboradoras, foram obtidas 792 espécies de pragas ausentes do Brasil. Para a elaboração das fichas foram selecionadas pragas que: fossem regulamentadas por algum país como quarentenária e descritas como danosas aos cultivos, sendo os relatos de dano preferencialmente quantitativos; tivessem probabilidade alta de associação com a via de ingresso. O projeto levantou informações, majoritariamente, para pragas não ocorrentes no Brasil e ainda sem uma regulamentação. Estas pragas denominadas de potencialmente quarentenárias, tiveram fichas informativas elaboradas. Para as pragas quarentenárias presentes foi elaborado um arranjo básico de informações para o Banco de Dados. Isto permitirá que a informação de associação desta praga com via de ingresso, ou seja, país em que a praga existe e a parte de espécie vegetal importada. Os dados foram depositados em duas bases de dados: o BD-PRAGAS e o WikiPragas (www.bdpragas.cnptia.embrapa.br e www.wikipragas.cnptia.embrapa.br ). Ao final o projeto gerou informações sobre 150 pragas quarentenárias e potencialmente quarentenárias. Palavras - chave: Base de dados; BD-PRAGAS; WikiPragas; III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 228 de 232
INFORMAÇÕES E ANÁLISE DE RISCOS PARA PRAGAS DE POÁCEAS DE NOVE GÊNEROS DE IMPORTÂNCIA ECONÔMICA AO BRASIL ¹LOPES-DA-SILVA, M.; ¹NÁVIA, D.; ¹GONZAGA, V.; ²PEREIRA, P.R.; ¹SANCHES, M.M; ³LÂNGARO, N.C.¹ Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília/DF; msilva@cenargen.embrapa.br, navia@cenargen.embrapa.br, vilmar@cenargen.embrapa.br, msanches@cenargen.embrapa.br; ² Embrapa Trigo, Passo Fundo/RS, paulo@cnpt.embrapa.br; ³ Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo/RS, nclangaro@upf.br O agronegócio corresponde aproximadamente 30 % do PIB do Brasil e mais de 40 % do valor das exportações. Para evitar prováveis ameaças ao setor agrícola, o Brasil realiza Análise de Risco de Pragas (ARP) conforme normas e obrigações internacionalmente reconhecidas. A família Poaceae (gramíneas) é um dos grupos de cultivos agrícolas do Brasil que são vulneráveis à introdução de pragas. Este grupo é r base da alimentação humana e animal e fornece biocombustível. Desta maneira, há uma intensa troca de material genético de gramíneas cultivadas para enriquecimento de bancos de germoplasma no Brasil. A entrada de grãos importados e as grandes áreas cultivadas em países da fronteira do MERCOSUL são elementos de riscos de introdução de novas pragas no Brasil. Assim, o presente projeto teve como objetivo levantar informações sobre pragas de Poaceae cultivadas ausentes no Brasil para realizar ARP para novas pragas quarentenárias. O projeto foi desenvolvido sob a coordenação do Laboratório de Quarentena Vegetal da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, com a colaboração de especialistas da área de fitossanidade da Embrapa Trigo, Embrapa Milho e Sorgo, Embrapa Arroz e Feijão e Universidade de Passo Fundo. Foram levantadas e analisadas as pragas de poáceas dos gêneros Zea, Avena, Sorghum Triticum, Oryza, Secale, Tritisecale, Saccharum e Phalaris. O levantamento inicial resultou em 2.279 espécies. Deste número inicial, foram excluídas as espécies que ocorrem no Brasil, sinonímias e espécies com relato de ocorrência apenas em poáceas silvestres. Assim, 1.576 espécies foram arroladas como pragas potenciais de interesse. Após o cruzamento das listas elaboradas pelas equipes das unidades colaboradoras, foram obtidas 792 espécies de pragas ausentes do Brasil. Para a elaboração das fichas foram selecionadas pragas que: fossem regulamentadas por algum país como quarentenária e descritas como danosas aos cultivos, sendo os relatos de dano preferencialmente quantitativos; tivessem probabilidade alta de associação com a via de ingresso. O projeto levantou informações, majoritariamente, para pragas não ocorrentes no Brasil e ainda sem uma regulamentação. Estas pragas denominadas de potencialmente quarentenárias, tiveram fichas informativas elaboradas. Para as pragas quarentenárias presentes foi elaborado um arranjo básico de informações para o Banco de Dados. Isto permitirá que a informação de associação desta praga com via de ingresso, ou seja, país em que a praga existe e a parte de espécie vegetal importada. Os dados foram depositados em duas bases de dados: o BD-PRAGAS e o WikiPragas (www.bdpragas.cnptia.embrapa.br e www.wikipragas.cnptia.embrapa.br ). Ao final o projeto gerou informações sobre 150 pragas quarentenárias e potencialmente quarentenárias. Palavras - chave: Base de dados; BD-PRAGAS; WikiPragas; III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada. Centro de Convenções da Bahia. Salvador, BA, 23 a 27 de abril de 2012. Página 229 de 232
PROJETO EDUCATIVO PARA C ONTROLE DO GREENING NO ESTADO DE MINAS GERAIS
¹ MARTINS, P.M.; ¹ RESENDE, M.E.R.; ¹ SALES, G.S. 1- Instituto Mineiro de Agropecuária, Belo Horizonte. patricia.martins@ima.mg.gov.br; beth.rios@ima.mg.gov.br; gilson.sales@ima.mg.gov.br O Brasil tornou-se o maior produtor mundial e exportador de suco de laranja no cenário internacional. A citricultura enfrenta momentos difíceis ao longo da história. A doença Huanglongbing (HLB), conhecida como Greening é considerada uma das mais destrutivas em todo mundo e está progredindo de forma alarmante nos pomares do Brasil, principalmente em São Paulo, Paraná e Minas Gerais - com cerca de 40 mil hectares cultivados. Seu agente causal é a bactéria, Canditactus Liberibacter spp, que se multiplica em todas as variedades de citros e sua transmissão é feita pelo inseto vetor Diaphorina citri, conhecido como psilídeo. A disseminação do HLB ocorre por meio de muda, porta enxertos, borbulhas e do inseto vetor contaminados. A Murta de Cheiro tem importância epidemiológica no desenvolvimento da doença por ser hospedeira do HLB e do psilídeo. O principal desafio para evitar que a praga se espalhe é realizar ações de educação sanitária, intensificar as inspeções em pomares, viabilizar parcerias. Iniciado em 2009, com execução até o ano de 2015, o projeto busca preservar o setor citrícola dos municípios focos, através da mudança de conduta dos citricultores e trabalhadores rurais, em relação às atitudes sanitárias vegetais necessárias à prevenção, identificação da doença, medidas de controle, prejuízos econômicos e legislação vigente. Além de buscar conscientizar responsáveis técnicos sobre inspeções nos pomares com relatórios semestrais, autoridades e lideranças locais quanto à importância da doença e proibição do plantio de Murta. Foi realizado um diagnóstico geral e educativo; ações educativas: uso dos meios de comunicação diretos e indiretos; avaliação; retroalimentação. Inicialmente são 55 municípios contemplados, focais e perifocais (regiões de Uberlândia, Uberaba, Oliveira, Varginha e Passos). O município de Carmo do Rio Claro deu inicio à erradicação da planta da espécie, com a publicação da medida de Lei nº 011/2010 que dispõe sobre a proibição do plantio, cultivo, transporte e a produção de árvores da espécie Murta em todo território municipal. Por ser a Educação Sanitária um instrumento da Defesa Agropecuária deve ser utilizada de forma ativa e contínua, buscando mudança de conhecimento, atitudes e comportamentos dos públicos envolvidos, como método eficaz dos Programas Sanitários Estaduais. Palavras - chave : Educação Sanitária; Greening; Citros
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PROJETO EDUCAÇÃO SANITÁRIA NAS ESCOLAS RURAIS - Q UISSAMÃ - RJ
¹ Rosa Maria Antunes; ² Virginia Léo de Almeida Pereira; ² Dayse Lima da Costa Abreu; ³ Felipe Faccini dos Santos; ³ Raquel Gouvêa; 4 Maitê de Santana Neves ¹- SEAPEC-RJ, Niterói / RJ rosamaria@agricultura.rj.gov.br; ² Docentes da UFF, virginialeo@globo.com; ³ Discentes de Pós-Graduação (Doutorado) da UFF ; 4 Discente de graduação da UFF Em parceria com a Universidade Federal Fluminense – UFF e a Prefeitura de Quissamã, a Secretaria de Estado de Agricultura através da Superintendência de Defesa Agropecuária – DAS e a Coordenação Setorial de Educação Sanitária realizou no ano de 2011, ações educativas sobre o tema “Gripe aviária” em 07 escolas rurais, com a participação de 154 alunos. O projeto educativo foi aplicado para os alunos do 5º ano do ensino fundamental, para formarmos agentes multiplicadores, os quais atuariam junto aos familiares e às comunidades. Isso possibilitaria a discussão do tema gripe aviária de forma interdisciplinar e com a construção de consciências voltadas à prevenção da doença. Iniciamos as ações educativas com os diretores e professores conscientizando-os da importância para prevenção da gripe aviária em prol da saúde pública através de uma palestra e debates. Nas escolas cadastradas foram ministradas palestras para os alunos sobre a importância de ações de prevenção para doença, com esclarecimentos sobre os aspectos sócio-econômicos, sinais clínicos, transmissão, riscos, prejuízos e prevenção. Foram aplicadas atividades de fixação do conteúdo e realizado um concurso de desenhos e frases sobre o tema, além da sugestão do nome de um mascote, criado especialmente para o projeto. Finalizamos as ações com avaliação do aproveitamento dos alunos, entrega de certificados de participação e premiações. Pela avaliação dos resultados, com essas ações possibilitamos maior conhecimento sobre a prevenção da gripe aviária aos alunos do ensino fundamental das escolas rurais trabalhadas que serão multiplicadores de informações para os familiares e sua comunidade, promovendo a qualidade de vida das famílias, principalmente rurais, favorecendo a saúde pública e a segurança dos alimentos de origem animal. Agradecimento à Prefeitura Municipal de Quissamã e à FAPERJ pelo apoio financeiro. Palavras - chave: Gripe aviária, conscientização, prevenção.
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