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“Temos que servir, não conquistar” Cidade Nova • Maio 2014 • nº 5
FOCOLARES Em março e abril Maria Emmaus Voce fez sua primeira viagem ao Brasil na condição de presidente mundial dos Focolares. Depois de conhecer experiências, atividades e inserção dos membros do Movimento na sociedade brasileira, ela falou com exclusividade a Cidade Nova sobre desafios, esperanças e expectativas
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aria Emmaus Voce foi eleita presidente do Movimento dos Focolares em julho de 2008, sucedendo Chiara Lubich, fundadora do Movimento, após o seu falecimento. Emmaus nasceu no sul da Itália e é advogada. Foi a primeira mulher a advogar em sua cidade natal, Cosenza, na Calábria. Durante dez anos viveu no focolare de Istambul (Turquia), trabalhando pelo diálogo entre a Igreja católica e a Igreja ortodoxa e também com o islamismo. Desde o início do seu mandato de presidente dos Focolares reforçou a importância de privilegiar os relacionamentos em todos os níveis. Desde 2009 é consultora do Pontifício Conselho para os leigos, no Vaticano. No exercício da sua função, ela tem viajado para vários países do mundo a fim de conhecer as comunidades dos Focolares na sua realidade local. De 22 de março a 23 de abril esteve no Brasil: em Recife, Fortaleza,
Belém e São Paulo. Durante a sua estada em São Paulo concedeu uma entrevista exclusiva à Cidade Nova.
Cidade Nova – Você sucedeu Chiara Lubich na presidência de um movimento que reúne milhões de pessoas do mundo inteiro. O que isso significou para você e o que faz para que o peso dessa responsabilidade não comprometa suas decisões? Maria Emmaus Voce – O fato de suceder Chiara foi uma surpresa para mim. Porém mesmo se imprevista, soou como um pedido que Deus me fazia para que me colocasse a serviço dele a fim de conduzir uma Obra que Ele havia confiado a Chiara, enquanto ela viveu. Senti, portanto, no meu íntimo, que da mesma forma que havia dado um sim a Deus quando respondi ao seu chamado a segui-lo, a minha resposta não poderia deixar de ser um sim, já contido naquele primeiro sim. É claro que eu me assustei, pois tenho consciência do que significa suceder um fundador. E não só tomar o lugar de uma presidente, mas de alguém que era depositário de um carisma, de um dom extraordinário de Deus que não se repetiria mais. Por isso eu sabia que seria in-
capaz de substituí-la, mas poderia assumir as funções que cabem a uma presidente: levar em frente o que Chiara Lubich fez e tentar não prejudicar a Obra que ela construiu durante a sua vida. Percebi logo que o que Chiara nos deixou, além de muitos escritos, além da espiritualidade, de regras seguras, é principalmente uma família. Muitas pessoas que, com ela, procuraram viver este carisma estavam presentes no momento da sua morte, havia uma enorme fila, ininterrupta, de pessoas que queriam se despedir dela. Era uma saudação que não refletia sofrimento, pranto, lamento, mas que significava: “Nós estamos aqui, iremos em frente, continuaremos”. Por isso eu logo senti que essa família, que a Obra de Maria, como o movimento também é chamado, assumia a herança de Chiara. E a mim era pedido para ser um pivô de unidade nessa família, para que a família permanecesse unida, não se dispersasse, não se assustasse diante das novas responsabilidades. Eu senti logo que a minha responabilidade era compartilhada. Por isso posso dizer que isso me trouxe serenidade e com o passar do tempo fui percebendo cada vez mais que o meu esforço, as minhas preocupações eram compartilhados e isso me ajudou inclusive na hora de tomar decisões difíceis ou de enfrentar situações dolorosas. Eu nunca me senti sozinha.
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Além disso Chiara deixou em estatuto, normas segundo as quais há uma gestão do Movimento que não é conduzida por uma única pessoa, mas por um grupo, por um Conselho. Nesse Conselho a presidente tem uma função específica de ser um ponto de referência na unidade. Mas para exercer essa função conta, justamente, com a ajuda de outras pessoas.
Chiara Lubich acreditava que a América Latina teria uma missão social, por conta das desigualdades sociais que marcaram o continente desde sempre. Nestes dias você visitou algumas iniciativas dos Focolares de resgate social e conheceu outras em âmbito latino-americano. O que você tem a dizer sobre a participação dos Focolares nesse campo, especialmente aqui no Brasil? Quantas obras sociais floresceram a partir da vida do carisma de Chiara! E essa parece uma característica específica da América Latina, do Movimento na América Latina para o Movimento no mundo. Cada continente, cada país tem a sua especificidade, mas ela se conecta com a característica dos demais países. Quando eu estive na Ásia, por exemplo, percebi quão grande era a dádiva da espiritualidade asiática, da busca de Deus presente nos asiáticos e como todo o Movimento poderia se beneficiar disso, poderia encontrar nesse dom da Ásia um chamado a algo mais elevado, a uma relação mais profunda com Deus. Estando na América Latina sinto que todo o Movimento encontra aqui um apelo, que a própria Chiara tinha sentido de um modo muito forte: interessar-se por quem passa necessidades, interessar-se pelos pobres. Foi assim que Chiara começou, em Trento: a se interessar pelos po24
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bres que viviam nos porões, nos casebres, pelos que tinham se tornado pobres por conta da guerra – estavam em plena Segunda Guerra Mundial – ou por outros motivos ainda. Essa experiência não pode se restringir a uma prática do início do Movimento, deve se perpetuar. E como todas as coisas inspiradas pelo Carisma da Unidade, parece-me que se perpetua assumindo uma certa relevância – como quando se amplia um detalhe de um quadro. O detalhe ampliado do Carisma desta Obra de Chiara na América Latina, parece-me ser justamente as obras sociais. É um zoom sobre as obras sociais que mostra este detalhe ampliado. Mas mostrá-lo ampliado significa ressaltá-lo diante das outras partes desta Obra, portanto como uma dádiva para as outras partes da Obra, que não irão copiar o estilo da América Latina, mas participar e apoiar esta ação do Movimento na América. Creio ter descoberto a dimensão social da Obra que pode emergir do Carisma da Unidade numa terra como a América Latina. Não só porque aqui são gritantes as desigualdades sociais, mas pela riqueza que existe no continente: de culturas, tradições, línguas, pelo grande número de jovens que emanam um novo frescor e que revelam a possibilidade de relacionamentos que superam as diferenças, que fazem entrever a possibilidade um mundo unido que não é plano. É um mundo diferente, feito de diferentes riquezas e enriquecido por essa diversidade.
A Igreja entrou em um novo período histórico com a eleição do papa Francisco. Como você vê os próximos anos da Igreja e como o Movimento se insere nesse processo? Na verdade o Movimento não se “insere” nesse processo porque
o Movimento é Igreja. Por isso, se a Igreja dá um passo à frente, o Movimento dá esse passo junto com ela. Não se trata de uma inserção, mas de caminhar juntos. O que constatamos é que há uma forte ação do Espírito Santo neste momento, que sopra no sentido de uma renovação, de um novo frescor, de uma nova juventude. A voz do papa Francisco leva a um espírito, a um entusiasmo, a uma alegria que é realmente juvenil. Ele mostra a Igreja jovem. E parece estranho dizer isso 50 anos após o Concílio Vaticano II, que pretendia rejuvenecer a Igreja, como expressou nos seus documentos, mas até agora isso não tinha sido levado em consideração suficientemente. Agora parece que Deus encontrou a pessoa certa para mostrar que esse espírito de renovação sempre existiu na Igreja e que a um dado momento desperta e nos desperta. Despertou a todos, inclusive nós, é claro. Como vemos isso? Como um momento de graça e vivemos como um momento de graça. Há muitas coisas, muitas coincidências, até expressões que usamos, que emergem do papa Francisco e que vêm à tona na Obra. Por exemplo, a missionariedade, a imagem do pastor que deve estar junto às ovelhas, a descentralização, o espírito de serviço... São muitas palavras-chave, conceitos sobre os quais falamos no Movimento e que são confirmados pelo papa ou antecipados por ele, mas que indicam o sopro do Espírito Santo que segue a mesma direção. Também o seu apelo à vivência do Evangelho, a afirmação de que a primeira evangelização que devemos fazer é anunciar que Deus nos ama: este é o primeiro ponto fundamental do Carisma da Unidade: Deus é amor. Anunciar ao mundo, portanto a todas as pessoas que encontramos: “Deus ama você”... foi a primeira coi-
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25 de março. A Universidade Católica de Pernambuco, em parceria com a Faculdade Asces/Caruaru, inaugurou a Cátedra Chiara Lubich, a fim de fomentar estudos relacionados à fraternidade e ao humanismo
sa que Chiara fez. Por isso sentimos que esse Carisma estava em tal consonância com o espírito do Concílio naquele momento, que agora emerge na sua profecia e pode ajudar a Igreja a ser o que ela deve ser. Um outro exemplo: a “cultura do encontro”, ir ao encontro dos outros. Muitas vezes nós falamos da importância de estar com as portas abertas para que as pessoas possam vir. Para encontrar o quê? Não nós, mas Deus. O papa tem repetido: “Saiam, vão ao encontro das pessoas para que as pessoas possam encontrar Deus”.
Francisco tem dito que prefere uma Igreja acidentada, mas que saia de si, do que uma Igreja perfeita, mas que viva isolada. O Movimento dos Focolares, ao longo de sua história, foi ao encontro das problemáticas
da humanidade. Qual a principal lição que podemos tirar da caminhada feita até aqui para que o Movimento possa seguir com mais decisão em direção às periferias da existência? Todas as vezes que fomos ao encontro das pessoas numa atitude correta, ou seja, não para conquistar alguém para as nossas ideias, mas para servir, nós não erramos e sempre colhemos os frutos positivos dessa atitude. Os erros aconteceram quando essa “abordagem” foi imbuída do desejo de crescer, de ser reconhecidos ou de exercer influência, de ter um retorno. Nesses casos, as coisas correram mal, e ainda bem que acabaram mal, pois assim percebemos que estávamos errados. Mas lamentar-se pelo que fizemos de errado não leva a nada. O que importa é viver o presente e tentar extrair alguma lição dos erros que cometemos e que Deus mesmo cobriu. E a lição que aprendemos é essa: às pessoas nós devemos dirigir o nosso serviço, não um espírito de conquista, não o desejo de afirmar alguma
coisa. Ir ao encontro do ser humano para servi-lo significa fazer a mesma coisa que fez o Filho de Deus quando se fez homem: colocou-se à disposição de todos, ensinou, mas principalmente amou, curou os doentes, ressuscitou os mortos, deu de comer aos famintos. Deu aos outros o que eles precisavam e desse modo construiu a Igreja. Nós construímos o Movimento colocando-nos a serviço dos outros. Não podemos ficar fechados, com medo de ir ao encontro das pessoas. É claro que ao sair corremos riscos, as nossas ações podem ser mal-interpretadas, o nosso desejo de fazer o bem pode ser considerado fraqueza. Mas é preciso assumir riscos, sem correr riscos não fazemos nada. Então, vamos arriscar, mas sabendo que agindo assim estaremos percorrendo o mesmo caminho de Jesus, que também arriscou, arriscou tanto que acabou na cruz. Sabendo, portanto, que pode nos acontecer a mesma coisa, pode nos custar a vida. Mas dar a vida até esse ponto reconstruiu a unidade dos homens com Deus e dos homens entre si, ou
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O mundo vive uma espécie de ressaca das ideologias. Após grandes frustrações de gerações inteiras, as pessoas têm receio de aderir a um movimento ou a uma organização que se apresente como portadora de uma novidade cultural. Você acha que isso afeta, de alguma forma, também a difusão dos Focolares?
em nós até o instante em que nos chamará para o Paraíso. Então, se Deus nos ama para sempre, Ele pode nos dar a graça de responder com um amor para sempre, com um compromisso para sempre. Quando descobrimos isso, quando escutamos essa voz de Deus, ainda hoje ela suscita pessoas capazes de assumir um compromisso até o fim, sem medo. Temos muitos exemplos disso.
Amar sem reservas 24 horas por dia talvez supere o alcance humano. Como você vive os seus momentos de imperfeição e como concilia esses limites com suas responsabilidades à frente de um Movimento? Eu os concilio muito bem porque tenho certeza de que é Deus quem leva adiante o Movimento. Eu sei que não sou perfeita, que ninguém é perfeito, mas isso não me assusta, porque Deus, sim, é perfeito. Se o Movimento é de Deus, Ele intervém apesar dos nossos erros e os corrige, nos colocando no caminho certo. Eu experimentei
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Claro! Nós vivemos no mundo e estamos sujeitos a tudo o que se passa no mundo, por isso nós também ressentimos desse problema. Acho que existe um descompromisso geral, que não está ligado apenas à queda do comunismo ou às fragilidades do capitalismo. Esse comportamento está ligado também à invasão da tecnologia, à insegurança econômica, à dificuldade enfrentada pelos jovens em conseguir um emprego... Está ligado a uma mentalidade permissiva, relativista, que
apresenta tudo como efêmero. Isso com certeza dificulta a decisão de assumir compromissos não só em longo prazo, mas inclusive definitivos. Um compromisso que seja para sempre é considerado impossível. E então, “por que casar-se se pode não dar certo?”. Ou então, quando as pessoas se casam, pensam: “Se depois não der certo, nos separamos”. Até as leis facilitam esse permissivismo. No Movimento acontece a mesma coisa. Cada vez mais nos encontramos diante de jovens fascinados pela vivência do Evangelho, que respondem com muito entusiasmo e alegria. Mas, depois de algum tempo, não conseguem ser coerentes com essa escolha. Por quê? Porque parece ser uma vida muito exigente, manter esse compromisso “para sempre” torna-se difícil. Parece-me que o único antídoto ao relativismo é perceber que o amor de Deus é para sempre. Aquele anúncio que ouvimos de que Deus é Amor não diz: “Deus é Amor por uma semana!”. Não! Deus é Amor desde o momento em que pensou
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isso muitas vezes. Portanto, ter consciência da minha imperfeição é ter consciência de uma verdade, é ter consciência de um fato que não posso negar. Abater-me por causa dessa imperfeição, isso não, porque não mudará nada. A única coisa que mudará é aceitar a imperfeição, agradecer a humilhação trazida pelo fato de não conseguir fazer as coisas bem e recomeçar como se fosse a primeira vez. Recomeçar, recomeçar sempre, confiando em Deus, não em mim, e nem sequer parando nos meus erros. Eu tenho dito que precisamos viver a cultura da confiança, mas isso não significa acreditar que somos capazes de fazer quem sabe o quê. Significa ter consciência de que ninguém consegue fazer tudo com perfeição e que todos podemos estar a serviço de Deus para realizar grandes coisas. É a experiência de nos unirmos a serviço de Deus e permitir que Ele opere coisas grandes apesar das nossas misérias e fraquezas.
Você é citada como uma das mulheres mais influentes da Igreja católica na atualidade. Como você vê o papel da mulher na estrutura da Igreja? É possível avançar de alguma forma? O papel da mulher não está avançando somente na Igreja, mas também na sociedade. Houve um desenvolvimento, sobretudo nestes últimos anos. Hoje a mulher é mais reconhecida, mais valorizada. Por outro lado, houve um esforço também da mulher para desenvolver as suas capacidades, para alcançar determinadas posições. Mas ainda há espaço para avançar mais. Claro que uma maior incidência da presença feminina traz efeitos positivos não somente à Igreja. Em uma empresa, no Estado, em um governo, essa presença produz efeitos positivos justamente
porque constrói um relacionamento na complementaridade entre o dom do homem e da mulher. Se Deus criou o ser humano como homem e mulher, e os criou como dom um para o outro, essa complementaridade traz sempre um efeito positivo. A presença da mulher na Igreja ou em qualquer outro lugar da sociedade, tem essta função: mostrar que existem talentos que não estão ligados à capacidade de governar ou ao poder, mas à psicologia humana. A capacidade de suportar, de acolher, de gerar uma vida e depois deixá-la seguir o seu caminho – de estar ligada e desapegada ao mesmo tempo –, constrói algo que interfere na administração, na governança. Alguém me perguntou: “O que você faz para conciliar o amor e a liderança?”. Eu respodi: não se pode liderar sem amor. Pode-se ter poder sem amor, mas isso não é liderança. O poder é opressão. Governar significa fomentar o crescimento, ajudar os outros. Isso, sem amor, é impossível. Esta característica de predomínio do amor também num cargo de chefia é melhor testemunhado por uma mulher do que por um homem – por natureza, não por mérito, não porque ama mais. O homem também é capaz de amar. Eis o valor da família, da mãe e do pai juntos, e o porquê da família hoje ser tão atacada. Ela parece metralhada de todos os lados justamente porque é uma potência. Acredito que a salvação da família seria a única maneira de fazer frente ao permissivismo, ao relativismo. Uma família sadia é uma potência, é mais forte do que as redes econômicas, que a internet etc. E é por isso que essas redes atacam a família, porque a família tem o poder nas mãos. Se não há unidade na família, cada membro depende de outra coisa: das drogas, da internet, do dinheiro.
Você está prestes a encerrar um período de seis anos como presidente do Movimento dos Focolares. Que balanço você faz desses anos, levando em conta também que sãos os primeiros sem Chiara-fundadora? Faço um balanço totalmente positivo, que parte daquele momento no qual Chiara Lubich, no seu leito de morte, recomendou “os relacionamentos”. E assumimos isso como linha de conduta desses seis anos: exatamente melhorar os relacionamentos entre todos os membros do Movimento dos Focolares, com outros movimentos, na Igreja Católica, entre as Igrejas, entre as religiões. Esse esforço existiu em meio a muitas dificuldades e sofrimentos que vivemos nesses seis anos – isso não podemos esconder. Vivemos até situações trágicas no próprio Movimento que nos fizeram sentir que fazemos parte da humanidade e estamos sujeitos às mesmas consequências. Mas no conjunto o balanço com certeza é positivo. O presente final – a cereja do bolo – foi o fato de termos apresentado o pedido de reconhecimento da santidade de Chiara Lubich. E o sexto ano [de mandato] me deu também a alegria de poder apresentar esse pedido, que era esperado e desejado por muitos. É uma alegria e um compromisso, porque a santidade que Chiara desejava era uma santidade de povo, coletiva, que não é caracterizada por êxtases, milagres, fenômenos extraordinários, mas pela vontade de Deus construída momento por momento. Isso faz com que todos nós nos sintamos comprometidos em viver essa espiritualidade para que a Igreja a reconheça de forma real, concreta. Se eu tivesse um segundo mandato, talvez pudesse ver isso acontecer, e seria uma conquista, uma grande alegria. Cidade Nova • Maio 2014 • nº 5
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