Guia da Liberdade

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GUIA DO BAIRRO DA LIBERDADE


GUIA DO BAIRRO DA LIBERDADE

O presente trabalho é parte da avaliação da disciplina de Jornalismo Online. Desenvolvido pelos alunos do 6o e 7o semestre de jornalismo da Fiam


GUIA DA LIBERDADE André Kawassaki Anne Caroline Brenda Vedovi Bruno Maduro Carolina Mella Cláudia da Silva Dellana Póvoa Denise Severo Edson Oliveira Gabriela Calencautcy Geisilaine Santos Karina Mancini Luciana Mello Mariana da Cruz Natália Nohra Nathalia Manginelli Pamela Cordeiro Rafael Aldrighi Rafael Silva Sidney Santos Sumaya Oliveira   Guia da liberdade  ·  3


SUMÁRIO Apresentação ...........................05 Introdução ................................06 História .....................................07 Cultura......................................09 Gastronomia ............................12 Mercados e Variedades............17 Artesanato ...............................23 Arquitetura ...............................25 Educação/ Esportes .................27 Curiosidades.............................28

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Apresentação

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“Guia da Liberdade” é uma obra destinada a traçar um perfil complexo do bairro ao fazer um aprofundamento dos aspectos que o identificam: história, cultura, gastronomia, mercados e variedades, artesanatos, arquitetura, educação, esportes, moradores e curiosidades, considerando-se que, cada um destes itens oferece um pequeno desdobramento de suas definições de modo a permitir que o leitor se sinta mais integrado ao bairro e já se oriente adequadamente antes de ir até a região. Visando a uma aproximação cada vez maior da cultura oriental presente no bairro, fez-se necessária a elaboração e execução de um guia sobre a “Liberdade” a fim de informar os visitantes que desejam ir até o local e, no entanto, não obtém um bom nível de aproveitamento, dada a falta de orientação para que desfrutem das atividades oferecidas no bairro. O “Guia da Liberdade” pretende deixar o leitor mais familiarizado com a cultura oriental, sendo destinado não somente para os que querem elevar o nível de conhecimento do bairro, como para os visitantes frequentes que, apesar da constante presença na região, não a conhecem totalmente e não sabem de todas as atrações que nela se encontram. O livro-reportagem trata da publicação de diversas matérias referentes aos mais variados aspectos da “Liberdade”. A obra é fruto de um trabalho produzido por uma equipe de estudantes de jornalismo das turmas de 6o e 7o semestre do Centro Universitário FIAM que saíram pelas ruas do bairro pesquisando, entrevistando e fotografando, a fim de coletarem o maior número de informações possíveis com fontes que pudessem dar uma excelente orientação para a execução do Guia. Mariana da Cruz Mascarenhas

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Introdução BAIRRO DA LIBERDADE: UM UNIVERSO ORIENTAL EM SÃO PAULO Por Mariana da Cruz

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onsiderado a maior colônia japonesa do mundo fora do Japão, o bairro da Liberdade atrai visitantes e turistas de diversos lugares, curiosos por conhecerem um pouco mais deste universo oriental existente em São Paulo, marcado por traços não apenas japoneses como chineses e coreanos. Através deste guia você poderá se sentir mais integrado com o que de melhor o bairro oferece em sua arte, cultura, festividades, culinária, lazer entre outros aspectos. Este guia servirá de grande auxílio para que você possa desfrutar da melhor forma possível as atividades existentes na “Liberdade”.

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História COMO TUDO COMEÇO: A HISTÓRIA DA IMIGRAÇÃO JAPONESA NO BRASIL Para entender um pouco mais sobre a história do bairro, basta voltar no tempo e entender o surgimento da imigração japonesa no Brasil radições japonesas

Por Dellana Wolney Póvoa

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imigração japonesa completa neste ano 103 anos. No dia 18 de junho de 1908, o primeiro navio chamado de Kasato Maru, com imigrantes japoneses, chega ao porto de Santos. Cerca de 170 famílias estavam vindo para o Brasil, constituídas principalmente por camponeses pobres que chegaram aqui em busca de uma oportunidade de trabalhar nas fazendas que plantavam café no estado de São Paulo. O Japão, por ser um país muito pequeno, no século XX, passava por um período crítico de grande crescimento populacional. A economia sofria com a falta de empregos e já o Brasil precisava da força de tra-

balho estrangeira para as lavouras de café. Por esta razão, o governo brasileiro e japonês selou um acordo imigratório. Com o acordo selado, o número de imigrantes japoneses no Brasil aumentou e a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) colaborou com esse índice, de forma que neste período aproximadamente 160 mil japoneses estavam morando em solo brasileiro. A maior parte dos imigrantes japoneses se concentrou no estado de São Paulo, por este, já, concentrar bairros e colônias do país de origem. Mas, muitos se espalharam pelo Brasil. Muitas características do Brasil se diferenciavam das do Japão como o idioma, os costumes, o

clima e a alimentação, o que acabou por criar muitas barreiras. Com isso, diversas famílias queriam retornar ao país de origem, mas foram impedidas por causa do contrato assinado, anteriormente, e, dessa forma, muitos optaram por construir uma vida aqui no Brasil. Durante a Segunda Guerra Mundial, quando o Brasil aliou-se aos Estados Unidos e ficou contra os países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), o governo vetou a imigração de japoneses no Brasil, além de proibir qualquer forma de manifestação da cultura. Tais ações eram consideradas criminosas, como até mesmo o uso do idioma nipônico. Com o término da Segunda Guerra, os   Guia da liberdade  ·  7


acordos foram cancelados e o fluxo deimigrantes voltou a crescer. Os japoneses contribuíram muito para o crescimento da economia brasileira. Depois da Segunda Guerra eles não vinham só trabalhar nas lavouras de café, mas também nas indústrias, nos agronegócios e comércio. Atualmente, o Brasil é o país que mais agrega japoneses fora do Japão. Eles contribuíram muito com a própria cultura brasileira que é uma mistura de várias outras culturas, como a européia, indígena e asiática. Em São Paulo, a partir do ano de 1912, a maioria dos japoneses passaram a viver na rua Conde de Sarzedas. Os principais motivos foram a existência de quartos com baixo custo e se encontravam em um bairro localizado no centro, facilitando o deslocamento para o local de trabalho. 8  ·  Guia da liberdade

Na mesma época a comercialização de produtos nipônicos começou na região e uma série de outras atividades, como uma hospedaria, agências de empregos e casas que fabricavam alimentos como Tofu (queijo de soja) e Manju (doce japonês). Em 1915 foi fundada uma escola para japoneses chamada de Taisho Shogakko (Escola Primária Taisho). Os japoneses espalharam-se naquela região e trabalhavam em mais de 60 atividades, sendo a maioria voltada para o público nipo-brasileiro. Muitas mudanças aconteceram no bairro no ano de 1968, como a construção do metrô Liberdade na década de 70. A Liberdade nesta época deixou de ser um lugar habitado exclusivamente por japoneses; muitos saíram da região deixando apenas o seu comércio e o bairro passou a ser procurado

também por coreanos e chineses, tornando-se uma região oriental em que agrega até hoje um pouco da cultura japonesa, chinesa e coreana. O Bairro da Liberdade passou a ser palco de comemorações, festivais orientais, comércio, museu e a famosa feira que acontece aos domingos. Através de uma iniciativa da Associação da Liberdade, o bairro possui toda uma decoração oriental com Suzuranto (lanternas típicas japonesas). Hoje a região faz parte de um dos muitos pontos turísticos de São Paulo.


Cultura A CULTURA ORIENTAL MAIS PERTO DO QUE NUNCA

Marcada por uma cultura extremamente oriental, o bairro da Liberdade permite que seus visitantes se familiarizem com as tradições japonesas

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Por Brenda Vedovi e Pamela Cordeiro

Liberdade é um bairro de cultura oriental conhecido por suas luminárias de rua, pelas placas de estabelecimentos escritas em japonês e pelas tradicionais feiras que acontecem na região. Para quem curte um Karaokê, há diversas casas onde tocam uma grande variedade de músicas japonesas que animam as noites do bairro.

com a cultura oriental e até mesmo se divertirem nas casas de karaokê.

A Praça da Liberdade, um dos maiores destaques do local, é famosa por receber festividades ligadas à tradição oriental como a Feira da Liberdade que conta com bancas de culinária oriental e souvenires, além de uma variedade de lojas de presentes e restaurantes que se espalham pela Praça e pelas ruas Galvão Bueno, dos Estudantes, da Glória, Thomaz Gonzaga, entre outras.

O bairro ainda revela a tradição japonesa através das festas típicas que se realizam ao longo do ano segundo o calendário abaixo:

A forte influência oriental se faz presente em todo o lugar. Nas lojas, por exemplo, é possível encontrar uma grande diversidade de produtos não só japoneses como também chineses e coreanos. Pessoas vindas de todas as partes costumam frequentar o bairro para fazer compras, se familiarizarem

Muitos também costumam ir até o bairro, em função da Feira da Liberdade, que já existe há 33 anos e continua atraindo visitantes de várias localidades que desejam conhecê-la e aproveitar o que ela tem de melhor.

Abril: Hanamatsuri - Festival das Flores, realizado em conjunto com a Federação das Seitas Budistas. O festival é marcado pelo desfile do grande elefante branco carregando o pequeno   Guia da liberdade  ·  9


Buda, o qual acontece no sábado.

são enfeitadas com bambu e grandes enfeites de papel simbolizando as estrelas. Os visitantes colocam um pedaço de papel com pedidos. Dezembro: Toyo Matsuri - Festival Oriental, onde são apresentadas várias manifestações culturais do oriente. O bairro recebe o Nobori - coloridas bandeiras verticais.

Junho: Campeonato de sumô da Liberdade - grande campeonato com atletas de todo o país, onde serão selecionados os atletas juvenis que representarão o Brasil no campeonato mundial de sumô. A arena e as arquibancadas são montadas em plena Praça da Liberdade. Julho: Tanabata Matsuri - Festival das Estrelas, realizado em conjunto com a Associação Miyagui Kenjinkai. As principais ruas do bairro 10  ·  Guia da liberdade

Durante este mês, também é realizado o Moti Tsuki, o Festival de Final do Ano marcado pela distribuição moti (bolinho de arroz socado em pilão) que é distribuído aos presentes para dar sorte no dia 31 de dezembro.


COSPLAYERS NA LIBERDADE

Cada vez mais presentes no bairro, os famosos cosplayers são jovens que se vestem como personagens de animações japonesas atraindo a atenção de quem passa na região

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a praça da Liberdade são feitas muitas comemorações, abertas ao público. E o que se tornou comum é encontrar grupos de jovens que se reúnem no local para conversarem, comerem e fazerem compras, sendo que muitos deles estão caracterizados como cosplay (representação de personagem a caráter). A palavra cosplay, como já foi dita, é uma espécie de abreviação para “costume play” (costume = roupa / traje / fantasia e play = atuar). Ou seja, o cosplayer se caracteriza como um personagem de algum livro, Cosplayers na Liberdade mangá, jogo ou filme que queira homenagear; representa a personalidade deste; e em alguns eventos pode até mesmo competir com outros cosplayers em concursos, embora a grande diversão seja a exposição e o contato social gerado dentro do ambiente. Um dos principais objetivos desse passatempo

Por Edson Oliveira

é fazer amigos. “Venho todos os domingos para conversar com meus amigos, gosto de vir caracterizado com meu personagem, Hiraga Saito, que em japonês se escreve 平賀才人. Segundo a história, ele veio da Terra (mais especificamente Tokyo). Na hora da invocação, ele tinha acabado de pegar seu laptop do conserto, e uma espécie de portal se abriu diante dele, curioso ele o tocou e foi sugado para o outro lado. Assim surgiu o anime”, conta Ygor, fã número um do personagem. Pelas ruas do bairro são encontrados vários jovens como a Kitsune trajando personagens como a Zero Louise, com cabelos cor-de-rosa e um charme diferente, caracterizada como uma estudante de magia de uma academia em Tristein. “Tenho um pouco da personagem no meu cotidiano. Gosto do que faço, mas sei que muitos criticam e acham que queremos chamar a atenção com essas roupas. Mas a verdade é que somos felizes desse jeito”, finaliza Kitsune.

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Gastronomia CULINÁRIA DIVERSIFICADA E BARATA É DESTAQUE NA FEIRA DA LIBERDADE

A Feira da Liberdade, que aconte aos sábados e domingos, atrai vários visitantes que têm a chance de degustar a boa culinária oriental e ocidental

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ara os apreciadores da culinária oriental e ocidental, a feirinha da Liberdade é um prato cheio. Com preços populares, as barraquinhas oferecem comida japonesa, coreana, chinesa, indiana e brasileira. O visitante tem à disposição três tipos de refeições: lanche, almoço e sobremesa. Para abrir o apetite ou enganar a fome, até decidir qual dos inúmeros pratos será escolhido, a barraca tradicional de Guioza é a opção indicada. A massa do pastel japonês, feita apenas com farinha de trigo e água, é recheada com verduras, carne bovina e suína.

Guioza

Primeiramente, o pastel é cozido em banho-maria, depois grelhado na chapa. Como complemento, há diversos tipos de molhos: Shoyu (molho de soja) com pimenta, agridoce, vinagrete, pasta de gergelim e pepino japonês. Cada 12  ·  Guia da liberdade

Por Luciana Mello

Guioza custa R$ 3,00. Na compra de dez unidades, os clientes ganham mais duas de brinde. Por ser a barraca de Guioza uma das mais procuradas pelos visitantes da feira, o atendimento chega a ser feito por senha diante da imensa fila que geralmente se forma ao redor. Graças a esse sucesso, aos domingos, a barraca chega a vender até 10.000 Guiozas. Há ainda outras opções de lanches nas demais barracas que incluem espetinhos de camarão por R$ 2,00; Tempurá de camarão (massa de arroz, leve e crocante) e Harumaki (rolinho recheado com carne bovina e verduras), ambos por R$ 4,00; Okonomiyaki (pizza japonesa) e Samosa (pastelzinho indiano) ambos por R$ 3,00; e Tako – Yaki (bolinho assado com recheio de polvo ou camarão), cujo preço varia de R$ 6,00 a R$ 8,00.


Para o almoço, servido em marmitex, o Yakissoba é o prato mais procurado. De origem chinesa, mas muito popular no Japão, o macarrão é acompanhado por legumes, carne ou frango. As mulheres e crianças costumam optar pelo prato pequeno no valor de R$ 12,00, já os homens geralmente preferem saborear a refeição do prato maior pelo valor de R$ 14,00. Em um único domingo são vendidos de 250 a 400 pratos de Yakissoba. Pelo mesmo valor do Yakissoba, pode-se optar pelo Bi-Fum (macarrão oriental feito de arroz); Chop-Suey (um prato de carne com legumes); uma porção de frango xadrez (origem chinesa); Yakimeshi (um prato de risoto oriental com legumes, ovos e frango); Yaisai-Itame (uma porção de brócolis, cenoura, repolho e frango ao molho); ou ainda Tofu-Moyashi (queijo de soja, broto de feijão e frango ao molho). Outro prato típico da culinária japonesa, conhecido e apreciado pelos visitantes da feira é o Sushi. Criado no século XVIII, pelo cozinheiro Yohei Hanaya, a partir de uma técnica de conservação de peixes crus em arroz cozido, a iguaria é feita com arroz

temperado ao molho de vinagre, açúcar e sal. Recheada com algum tipo de peixe, frutos do mar ou vegetais, é servida acompanhada por molho Shoyu. Uma embalagem com doze Sushis é vendida por R$ 10,00.

Sushi

Para aqueles que não abrem mão de uma sobremesa, a feirinha conta também com algumas barracas de doces. Há opções, cuja origem, não tem nenhuma relação com as comidas típicas da feira. Um exemplo são os Waffles (doce de origem européia) em que cada unidade é vendida por R$ 3,00. Nos dias quentes há duas ótimas opções para refrescar e aliviar o calor, uma delas é a Kakigouri, uma raspadinha de origem japonesa com cobertura de xarope colorido e leite condensado, no   Guia da liberdade  ·  13


valor de R$ 3,00. A outra é o popular e saboroso sorvete coreano Melona, nos sabores de morango, melão e banana por R$ 3,50 a unidade.

Imagawaki sendo preparado na Feira da Liberdade Melona

Por apenas R$ 2,50, os amantes de bolos p o d e m apreciar o Dorayaki, espécie de bolinho feito com farinha de trigo, recheado com doce de feijão ou creme de baunilha. A aparência desse doce lembra um bem-casado (doce distribuído como lembrança em casamentos). Vendido pelo mesmo valor, o Imagawayaki é um bolinho saboroso de massa macia semelhante à panqueca, recheado com Azuki (pasta feita de feijão e açúcar). Esse doce é servido ainda quente. 14  ·  Guia da liberdade

Quem gosta de agitação o ideal é visitar a feirinha aos domingos em que a movimentação toma conta do lugar. O único problema é que em razão da falta de bancos e mesas, grande parte dos visitantes acaba comendo em pé, ou em banquinhos arranjados próximos às barracas, ou sentadas nas calçadas, ou ainda nos muros e escadarias do metrô. A feirinha da Liberdade funciona aos sábados e domingos das 9h às 18h e está localizada na região central de São Paulo ao lado da estação do metrô Liberdade.


A CULINÁRIA ORIENTAL QUE VAI ALÉM DA FEIRA DA LIBERDADE

Além das iguarias orientais que podem ser degustadas na Feira da Liberdade, o bairro ainda conta com uma concentração de restaurantes chineses e japoneses

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Por Carolina Mela

eja alguns estabelecimentos onde se pode apreciar uma boa culinária oriental e a opinião de quem já foi. Restaurante Jardim Meio Hectare – Comida Chinesa Com um ambiente simples, o restaurante oferece mesas quadradas e redondas, essas últimas ótimas para conversar em grupo. “Foi a primeira vez que vim nesse lugar e eu adorei o Pato Chinês, uma comida típica de Pequim. O atendimento é maravilhoso e a comida é feita na hora. A única dificuldade foi que os atendentes não falam muito bem português”, afirma a empresária Ana Cristina que frequenta o local. Já o engenheiro Marco Guedes, que sempre vai ao bairro da Liberdade em busca da culinária oriental e estava junto com Ana Cristina afirma: “Hoje trouxe a Cris para almoçar aqui e conhecer o maravilhoso prato de Pato Chinês. Essa é a terceira vez que venho e não tenho do que reclamar”, finalizou .

Restaurante Jardim Meio Hectare: Rua Tomaz Gonzaga, 65, Liberdade Tel: (11) 3207-3133 Horário de funcionamento: segunda a domingo: 11h às 15h e 18h às 22h.

Mussashi Yakissobateria – comida chinesa e japonesa Restaurante diferenciado, que apresenta na entrada diferentes pratos artesanais   Guia da liberdade  ·  15


para o cliente saber realmente o que irá provar. Em um lugar aconchegante, o cliente pode escolher levar o quentinho yakissoba ou comer em um dos mezaninos climatizados, estruturado com pratos descartáveis para consumo e higiene.

Sushi Yassu - Comida japonesa Ambiente possui sete salas reservadas com tatame.

“Eu recomendo o Mussashi. Quando o visitei pela primeira vez o que me chamou a atenção foram os pratos artesanais na vitrine, depois o atendimento e o cheirinho de comida gostosa logo que se entra”, declarou a estudante de História, Anália Gomes.

Restaurante Mussashi Yakissobateria: Rua dos Estudantes, 28, Liberdade Tel: (11) 3203 - 0900 Horário de funcionamento: segunda a quinta: 10h30 às 22h30; sexta, sábado e domingo: 10h30 às 22h30. www.mussashi.com.br

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Restaurante Sushi Yassu Rua Tomás Gonzaga, 98, Liberdade Tel: (11) 3209 - 6622 Horário de funcionamento: terça a sexta: 11h30 às 14h30 e 18h às 23h30 (sexta e sábado até meia-noite), sábado: 12h às 15h30; domingo: 12h às 22h.


Mercados e variedades DESVENDANDOS OS PRODUTOS ORIENTAIS DA LIBERDADE

Visitamos alguns mercadinhos no bairro e listamos a seguir produtos orientais que atraem muitos visitantes curiosos

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Por André Kawassaki, Cláudia da Silva, Denise Severo e Natália Nohra

uem entra nos mercadinhos orientais do bairro da Liberdade logo de cara vê um monte de embalagens coloridas que chamam a atenção. De tão bonitas e convidativas elas despertam a curiosidade das pessoas, que ficam com água na boca, mesmo sem conhecer a comida ou a bebida que se encontram dentro das embalagens.

O que são, para que servem e como fazer? DRIED SEAWEED

Os produtos orientais parecem seguir aquela velha máxima de atrair o cliente pelos olhos. Porém, nem sempre o produto corresponde àquilo que imaginamos que ele seja quando vemos seu aspecto visual. “Às vezes o visual engana, já comprei um pacote de doces porque achei muito bonito, mas o gosto não era muito bom não”, afirma a dona de casa Maria Lúcia Perin. Para que não hajam problemas como o ocorrido com Maria Lúcia, listamos a seguir alguns produtos orientais para deixar os visitantes do bairro, atraídos pela culinária oriental, um pouco mais informados sobre a característica destes produtos de caráter japonês, chinês e coreano.

Alga marinha seca – utilizada no preparo de sopa. É só ferver junto com os outros ingredientes, mas atenção, depois de hidratada ela aumenta de volume por isso não exagere na quantidade. Preço: R$ 5,50.   Guia da liberdade  ·  17


OVO DE PATA PRETA

PEIXE SECO

Ovo de pata - como o próprio nome diz, trata-se de ovo de pata, no entanto, para quem nunca viu um antes, é difícil identificar o que seja. O modo de preparo é igual ao do ovo de galinha. Preço: R$ 8,50

Peixinhos secos - para comer in natura como aperitivo, como acompanhamento do arroz japonês ou colocar em sopas. Preço: R$ 10,00

HOTOKU Cogumelos para sopa - primeiro devese deixar por 3 horas na água fria para eles crescerem e soltarem a sujeira, depois é só ferver por 5 minutos e utilizá-los da maneira desejada. Preço: R$ 15,00

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TOFU EM PASTA

Pasta de tofu (o tradicional queijo de soja) fermentado e em conserva, com óleo de gergelim. Tem duas opções, com ou sem pimenta - acompanhamento para arroz. Preço: R$ 5,00


HAI DI YE Coco do mar - usado na preparação de sopas. Ferver junto com a sopa. Tem propriedades medicinais, é bom para tosse. Preço: R$15,00 KOMBUCHA Chá da alga marinha kombu triturada – para fazer chá, pode ser usado no preparo de sopas também. Preço: R$ 11,60

TAMAGO KANI

Filhotes de caranguejo seco - para comer in natura como aperitivo. Preço: R$ 17,40 RAMBUTAN IN SYROUP

Tipo de lichia em calda - sobremesa. Preço: R$ 5,40 Kombucha e Ume Kombucha

MISSO COM ALHO

UME KOMBUCHA Chá de alga marinha com ameixa japonesa – é uma variedade do konbucha, só que tem umeboshi (a ameixa japonesa que é salgada e ácida). Como o tradicional, serve tanto para se fazer chá como para sopa. Preço: R$ 11,60   Guia da liberdade  ·  19


Pasta de feijão de soja, caldo de milho, pimenta, extrato de cebola e extrato de alho - para fazer Missoshiro (sopa japonesa a base de soja). Preço: R$ 13,00 SUCO DE UVA COM PEDAÇOS DA FRUTA Suco com pedaços de uva in natura. Preço: R$ 2,60

NATOO

Soja em grãos fermentados acompanhamento para arroz. Tem cheiro e gosto fortes. Preço: R$ 3,50 EBIDAI MARU CRACKER

HANA KATSUO CHERRY

Espécie de bolacha de camarão. Preço: R$ 4,50 FURIKAKE

Peixe seco e ralado para sopa (Parece palha) – usado para fazer caldo de sopa. Também pode ser jogado em cima do tofu. Preço: R$ 10,00

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Um combinado de algas, peixes secos, ovos, triturados, tem vários sabores. Joga-se em cima do arroz japonês para dar um tempero. Preço: de R$ 4,85 a R$ 8,00 KUTI MOTI SAICHU

Uma espécie de mousse, de pudim, nos sabores: melão, manga e maçã. Só que não vai à geladeira. Preço: R$ 59,90 SHISO UME Ameixa curtida com algas – Podese comer puro, ou com arroz japonês. Tem um gosto cítrico forte. Preço: R$ 36,00

HARUSAME Biscoitão. Doce de feijão. Preço: R$ 10,90 FRESH PUDIM

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Espécie de macarrão feito de amido de feijão verde e água – é utilizado para se fazer salada com tiras de presunto, pepino, omelete e molho à base de shoyo. Assim como o macarrão, devese ferver até amolecer. Só depois de frio é que se faz a salada. Preço: R$ 3,90

SALGADINHO DE AMENDOIM

ICHIMI TOGARASHI

Condimento à base de Pimenta vermelha feito com mais seis ingredientes: semente de gergelim branca e preta, alga, casca de laranja, gengibre, pimenta do reino, semente de haxixe e pimenta chinesa – Come-se com miojo, ou qualquer outro macarrão oriental. Preço: R$ 8,50

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Salgadinho a base de amendoim, flocos de arroz, soja, algas marinhas, peixe seco Preço: R$ 5,30


Artesanato A ARTE ORIENTAL QUE ENRIQUECE O BAIRRO DA LIBERDADE

O japonês Osaka e a chilena Maria Thereza encantam os visitantes da região com seus trabalhos artesanais

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Por Karina Mancini, Nathalia Manginelli e Sidney Santos

lém de ser muito conhecido pela culinária oriental, pelo entretenimento japonês, pelas lojas típicas, presentes principalmente na Praça da Liberdade, o bairro encanta quem passa por lá também através de sua arte oriental que pode ser identificada, por exemplo, no belo artesanato através de objetos feitos 100% a mão. O senhor Osaka é um japonês que ‘arrisca’ um bom português e há mais de 10 anos trabalha fabricando, na hora, amuletos da sorte de diversos tamanhos que variam de pequenos pedaços a grandes lenços que podem chegar a 2 metros tornando-se objetos de decoração. “Os brasileiros me receberam muito bem aqui na região e eu só tenho a agradecer pelo carinho deles” relata.

O Sr Osaka e sua mulher vendendo amuletos na Feira da Liberdade

A diversidade de artesanatos presente no local, no entanto, não é trazida apenas pelos orientais. A chilena Maria Thereza Castro, 63, veio para o Brasil há 30 anos e já trabalha na região da Liberdade há 17, com a filha e a neta, vendendo e decorando luminárias típicas japonesas, além de desenhar como ninguém uma série de letras e cores. “Quando casei, viajei pelo mundo e foi no Brasil que encontrei minha segunda pátria” revela. Ela diz achar engraçado até hoje quando as pessoas chegam à sua banca esperando comprar de um   Guia da liberdade  ·  23


japonês e acabam encontrando uma chilena. O preço das luminárias decoradas por ela varia em média de 18 a 27 reais, dependendo do tamanho. Maria conta que muitas de suas obras estão em diversas partes do mundo. A chilena trabalha com a filha, que acaba por ter de levar a netinha de Maria Thereza junto com ela. “Quando minha filha era bebê, ela dormia embaixo da banca, hoje é minha neta que dorme” relata sorrindo e apontando para debaixo da banca mostrando o bebê dormindo.

Maria Thereza e suas luminárias decoradas na Feira da Liberdade 24  ·  Guia da liberdade

A feira de artes e artesanato acontece aos domingos no Bairro da Liberdade e lá são encontrados diversos produtos artesanais, lanternas japonesas, luminárias, bonsai e etc. Como chegar: Estação Liberdade do Metrô


Arquitetura CHARME E BELEZA MARCAM A ARQUITETURA DO BAIRRO DA LIBERDADE

A arquitetura oriental chama a atenção de quem passa pelo bairro Por Anne Caroline Marcolino, Gabriela Calencautcy e Geisilaine Santos

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arquitetura é marca registrada do Bairro da Liberdade que atrai a atenção de quem passa pelo local. As tradicionais luminárias redondas enfeitam a maior parte das ruas, dando o devido charme ao espaço e lembrando as ruas do Japão.

As fachadas de alguns prédios, também, se remetem à arquitetura oriental, um dos exemplos é a do Banco Bradesco localizado na Av. Liberdade, que além de ter formato diferenciado conta com as cores vermelho e branco, mesmas que da badeira japonesa.

Outra fachada que encanta é a do Centro Budista Soto Zenshu Busshinj, na Rua São Joaquim, que é feita toda em madeira escura, com teto piramidal e uma grande área verde.

Nas visitas e cerimônias, só se pode entra com pés descalços. No altar há três armários com budas de madeira. Instrumentos percussivos marcam as cerimônias. Além dos ritos semanais, uma vez por mês há a Cerimônia de Kannon, manifestação de Buda ligada à compaixão.

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O templo foi inaugurado no Brasil, em 1955, pelo Monge Superior Ryohan Shingu, com o objetivo de seduzir não só os seus antigos seguidos, mas outras pessoas. As sessões de meditação, ajudam a melhorar o atendimento aos interessados na religião, na ética e na estética Zen. O budismo japonês é o que predomina na cidade, embora também haja instituições dedicadas ao budismo chinês e ao tibetano. O templo é aberto ao público todos os dias mas para quem tiver interesse em meditar, é aberto toda quarta e sábado das 18h às 20h. Cada pedacinho do bairro da Liberdade é caracterizado por influências orientais e seus respectivos significados. Além de aprender um pouco sobre a cultura japonesa, ao andar pelo bairro é possível apreciar a arquitetura que diferencia o bairro de qualquer outra da capital paulista.

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Educação/Esportes KYOKUSHIN KARATÊ

A tradicional arte marcial que ensina bons modos

Por Rafael Aldrighi

Kimono, faixa, gritos, socos e parou mais. Nunca podemos desistir dos chutes. Essas são as regras bási- nossos objetivos, temos que ser persecas para a prática do Kyokushin. verantes.” - completa Kleber José Silveira, de 29 anos e que treina há três anos. Praticado no Brasil desde 1972, quando foi trazido pelo instrutor japonês A academia KyoKushin Liberdade fica Seiji Isobe, o Kyokushin, que significa ex- no nº 1.086, próximo à estação de metrô trema verdade na língua portuguesa. Foi o São Joaquim, na avenida Liberdade. Para pioneiro do karatê a ter contato físico, essa participar da atividade é exigida a idade míarte marcial, além de ensinar a se defender, nima de 16 anos, por possuir contato fisitambém ensina a ter respeito pelo próximo co. O mestre Seiji Isobe, chefe da América e pelo adversário. “Ensina a ter disciplina, do Sul na arte, e seu filho, o instrutor Ulisacima de tudo. O kyokushin ensina à reali- ses Riyuji Isobe, campeão Brasileiro em zar as atividades com otimismo. Antes das 2001 e no Grand Prix 2002, são os princiaulas, todos se cumprimentam e, depois, pais instrutores do esporte na Liberdade. todos ajudam na limpeza do ambiente e a arrumar os uniformes.”, afirma Ewerton Vicente Teixeira, de 29 anos, professor na academia Kyokushin Liberdade, no Bairro da Liberdade e campeão mundial da modalidade no Aberto de Tokio, em 2007. Essa modalidade, que atrai muitos praticantes, tem uma curiosidade que chama a atenção de quem assiste e é obrigação de quem pratica, que é o cumprimento OSU, palavra japonesa que em português significa respeito, superação. Um dos lemas praticados nessa arte marcial, é reconhecer quando um adversário se sobresai, “Temos que reconhecer a vitória de um adversário, pois temos que ter em mente que ele se pre  Guia da liberdade  ·  27


Curiosidades E SE EU FOR ATÉ LÁ, O QUE VOU ENCONTRAR?

Fomos conferir o que o bairro mais asiático da cidade oferece aos turistas e curiosos de plantão Por Rafael Silva

O bairro da Liberdade sempre foi uma morada para os descendentes de japoneses e também dos próprios que emigraram para o Brasil entre os anos de 1917/1940, com destinos certos para São Paulo, Paraná e Pará. Atualmente são 1,5 mi de nikkies só em São Paulo com a predominância no bairro da Liberdade, zona central da cidade paulista. Foi justamente observando esse movimento intenso, criativo e ágil que decidimos falar sobre as curiosidades que acontecem na famosa “Feirinha da Liberdade”, que existe há mais de 30 anos, claro, além da diversidade de coisas que rodeiam o bairro. É só marcar um lugar certo no mapa e aproveitar.

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Existe há anos e concentrando a maior diversidade de pessoas, são turistas, curiosos, trabalhadores e afins. Outro bairro, também, que é bem diversificado no quesito curiosidades é o bairro do Bexiga, já que abriga emigrantes Italianos, mas, não há lugar tão unido quanto a Liberdade.

Docinhos Quem saí do metrô logo se depara com o quiosque que vende biscoitos diretamente de Minas, curioso é não pensar o por que ter algo assim no meio da praça onde o cheiro do Yakissoba compete com os doces, “As pessoas comem nas barracas ali em cima e depois ficam com água na boca por uma sobremesa e vem logo comprar o nosso carro-chefe, o biscoito de leite condensado”, conta Edvaldo que trabalha na barraca há 5 anos.


São diversos os tipos de docinhos que podem ser encontrados na barrada de Edvaldo. Todos os doces são trazidos de Minas e nada é produzido em São Paulo, “O quiosque tem mais de 20 tipos de doces e todos com modéstia saem muito, quando acontece algum show aqui na praça eu já peço uma dobradinha, ou seja, uma grande quantidade que é para não fechar cedo”, revela com receio de falar que o seu mel também faz um grande sucesso, “Já vi japonês comprar de monte e outros pedirem para experimentar com alguns dos pratos típicos deles, é cada um com a sua maluquice, né?”, brinca quando fala que já passou por situações que o mel foi despejado em cima de um pote com peixe.

Brinquedos Outro achado, sem dúvidas, são os Toy Art que ficam expostos no shopping galeria SOHO, os brinquedos são importados e vendidos a preço de banana, o menor(chaveiro) custa R$15,00 e o maior sai por R$35,00. Os Toy Art podem ser usados com objetos decorativos, já que a aparência é super inovadora, comercial e cativante, “Muitos clientes vem aqui para comprar, normalmente a vendas na semana chegam a 300 bonecos, no fim de semana acaba em poucos minutos”, conta a vendedora Myzuko que trabalha na galeria junto de sua mãe, que diz adorar decoração e tem a coleção inteira que importa para o Brasil, “Sempre que posso encomendo, mas normalmente parentes meus que moram lá enviam pelo correio, explica.

Os Toy Arts têm um conceito de urban style, bonecos com o estilo urbano que têm um conceito decorativo e já ganharam formas mais famosas possíveis como Ronald Mcdonalds, Mickey, Os simpsons entre outros, “O bacana deles é que podemos deixar os ambientes bem divertidos sem aquele ar de criança, eu adoro”, conta Myzuko que tem mais de 130 Toy Art na sua casa.

Massagens

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Quick-massage feita por portadores de deficiência visual, no meio da liberdade pode ser aproveitado aos sábados das 10:00 às 15:00, a partir de R$ 23,00 reais e sempre tem uma fila grande de espera. O Instituto Oniki do Brasil localizado na Vila Guilhermina e fundado nos anos 90, dá a oportunidade para alguns talentos mostrarem do que são capazes só por ter os sentidos aguçados através dos cursos oferecidos pelo o próprio instituto, “Acreditamos que temos que valorizar esses profissionais que estão no mercado da Massoterapia e podem com certeza serem avaliados pelo o grande desempenho e esforço que exercem essa profissão, que muitos dizem precisar de olhos para enxergar, mas, o instituto acredita que é ter vontade e basta”, conta Daiane, coordenadora do projeto que chega atender mais de 50 pessoas em um único sábado. Há pessoas que pensam que os portadores de deficiência não podem ser aproveitados porque poderão não executar o trabalho corretamente, e foi pensando nisso que o instituto preserva a competência e excelência nos seus formandos, “O objetivo do Oniki é dar aos deficientes visuais do Brasil, uma profissão digna para se manterem por si só e assim se tornar pessoas independentes e produtivas de uma sociedade separatista”, desabafa.

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Religião

“O Hanamatsuri é algo divertido, que abrange diversidade, união e respeito por Buda”, diz um expectador que observada a dedicação feita à Buda Xaquiamuni, que na sua 45ª realização tem como expectativa ajudar os desabrigados da última tragédia no Japão. Para os budistas, esse evento é de extrema importância, pois, releva os seus valores mais bonitos e simples, “estudar budismo é estudar a si mesmo. Nós molhamos a imagem de buda apontando para o céu e terra com chá adocicado, num ato de purificação além de estarmos felicitando o Buda, também oramos para que cada um de nós possa refletir sobre a nossa existência”, conta o curador Namu. O evento acontece anualmente sempre no mês de abril e dura cerca de cinco dias.


As associações budistas do Brasil estão localizadas na Vila Mariana, bairro próximo à Liberdade, mas é realizado no bairro japonês pela confiança que é despejada pelos asiáticos à Buda, “Não tem um lugar melhor para fazer esse evento, é incrível fazer parte dessa festa e muito emocionante”, revela. Para você que quer curtir o evento, a dica é esperar até o ano que vem e ficar de olho nas datas, mas pode visitar o espaço do tempo Nikkyoji na Vila Mariana, Rua Ibaragui Nissui, 186.

Decoração

Para dar mais ênfase à decoração, o banco Bradesco teve a brilhante ideia de fazer a sua porta de entrada como uma típica casa Japonesa. De acordo com as características usadas para representar o Japão, a instituição não fez em qualquer outro lugar a mesma intervenção e interação com o público. É uma atração turística, e sempre bem fotografada pelos que passam por ali. Fica bem na saída do metrô Liberdade.

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