GIRLS ON DRUMS - LIEGE MILK - LUCY PEART - JULLY LEE - COLETÂNEA HI HAT GIRLS- BATERISTAS BRASILEIRAS
Hi Hat Girls Magazine - 1.ª Edição Editorial Muito prazer, Hi Hat Girls! A Hi Hat Girls Magazine é uma publicação idealizada em janeiro de 2012 por mulheres bateristas brasileiras, sobre mulheres bateristas brasileiras, e para homens e mulheres bateristas. Produzida por Simone Del Ponte (Pelotas - RS), Isabel Gabiatti (Curitiba - PR), Fernanda Terra (São Paulo - SP), Julie Sousa (Rio de Janeiro - RJ) e Michele Zingel (Blumenau - SC), a Hi Hat Girls tem como principal objetivo a divulgação do trabalho das bateristas brasileiras, cada vez mais proeminentes no cenário musical do país de modo geral. Nosso intuito é também o de incentivar o acesso de cada vez mais meninas ao instrumento, estimulando o estudo, aperfeiçoamento e profissionalização, desmistificando paradigmas, e quebrando preconceitos que possam existir em relação a mulherada no domínio das baquetas. Aproximar amantes do instrumento e seus admiradores, possibilitar a troca de experiências entre os bateristas, contribuindo para a divulgação e crescimento do nosso meio através da união entre os músicos também é o foco e a razão de ser desta publicação. Sendo assim, homens e mulheres bateristas, sejam muito bem-vindos! É um prazer tê-los conosco, amigos!
Preparamos para esta edição entre outras coisas, uma entrevista com a baterista Jully Lee (Pearl Brasil), que vai contar um pouco sobre sua carreira, patrocínio e muito mais. Trazemos ainda nesta edição uma entrevista com a Liege Milke, batera da banda Medialunas, do Rio Grande do Sul. Listamos também os nomes de algumas das principais bateras brasileiras e seus trabalhos pelo país. Uma Hi Hat Girls que pretende ser apenas a primeira de muitas! Agradecemos imensamente a todos que direta ou indiretamente participaram desta conquista. A Hi Hat Girls Maganize é fruto de um trabalho dedicado, cuidadoso, mas sobretudo coletivo. Aos patrocinadores, às escolas de bateria espalhadas pelo país e a todos os que estimulam, apóiam e sempre apoiaram a mulherada do Hi Hat, em especial ao prof.º Joel Jr, idealizador de evento Girls on Drums - primeiro e único no país a contar exclusivamente com algumas das principais bateristas do Brasil - a todos vocês, nosso MUITO OBRIGADA, GUYS! Aí está! Apreciem a Hi Hat Girls Magazine! E boa leitura a todos! De mulheres bateristas para homens e mulheres bateristas. Hi Hat Girls Magazine Agosto 2012 hihatgirls@yahoo.com.br
Muito prazer, Hi Hat Girls Magazine! Saiba quem organizou a primeira publicação sobre mulheres bateristas do Brasil! pág 7 Liege Milk, do Medialunas: “Tocar bateria pra mim é uma grande vitória!” pág. 13 GIRLS ON DRUMS 3 pág. 15 Jully Lee, Pearl Brasil: “Tem que se fazer o que ama e com isso você conseguirá convencer as pessoas de que seu trabalho é verdadeiro, é de alma.” pág. 20 LUCY PEART "Poder mostrar a todos que podemos ser exatamente aquilo que a gente é!" pág 23 BATERISTAS BRASILEIRAS Listamos alguns nomes de bateristas brasileiras Conheça o trabalho dessas meninas! pág. 26 Hi Hat Girls Compilation – Vol. 1: A coletânea da Hi Hat Girls Magazine! pág. 30
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HI HAT GIRLS MAGAZINE Conheça agora quem tornou possível o lançamento da primeira publicação sobre mulheresbateristas do Brasil!
Julie Sousa (Rio de Janeiro - RJ) Isabel Gabiatti (Curitiba - PR) Fernanda Terra (São Paulo - SP) Michele Zingel (Blumenau - SC) Simone Del Ponte (Pelotas - RS)
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Julie Sousa por Bel Gabiatti Bem agora é hora de falar um pouco sobre a idealizadora e organizadora da revista Hi Hat Girls!!! Julie Sousa é carioca, metalhead, formada em História pela UERJ. Apaixonada por bateria, Julie decidiu organizar neste ano (2012) a Hi Hat Girls Magazine, uma publicação voltada para a divulgação do trabalho das bateristas brasileiras e suas respectivas bandas. Com o apoio de outras bateristas com destaque no cenário musical brasileiro, estão consolidando juntas a Hi Hat Girls como a única publicação brasileira sobre mulheres bateristas, feita por mulheres bateristas. Conhecendo um pouco sobre essa batera, descobri que ela começou seus estudos de bateria em 2006, embora sua atração pela bateria tenha começado bem antes. Suas primeiras influências foram bandas de Rock e principalmente Heavy Metal. E desde então, a paixão por esses gêneros musicais não parou mais! Teve aulas com dois professores, curiosamente, ambos com o mesmo nome: Luiz Carlos (Ex- Wermuth?,
de MetalCore ) e Luis Carlos (ExDevoration, Death Metal) entre 2007 e 2010, considerados por Julie grandes bateristas e incentivadores. No ano de 2008, juntamente com Tainá Domingues, Julie cria a Mortarium, atualmente, a única banda brasileira de Doom Metal formada exclusivamente por mulheres. Através da Mortarium, se aperfeiçoou como baterista e vem se apresentando em diversos pontos do Rio de Janeiro, incluindo algumas cidades do Brasil. Além da Mortarium, Julie está montando um projeto intitulado Verdith, de Metal com influências de Metalcore, juntamente com Bruna Rocha (Revengin) e Tainá Domingues (Mortarium). A previsão de estréia para o projeto é até o fim deste ano. Seu principal projeto, a banda Mortarium já lançou o seu primeiro single em 2010, e já nesse ano lançou seu segundo single, intitulado “The Awakening of the Spirit” e eu pude dar uma conferida nesse projeto! Com a formação de duas vocalistas que fazem baixo, guitarra, juntamente com a bateria, a banda mantém um som bastante denso e pesado, bem típico do Doom Metal. E as meninas não deixam a pegada de lado, mostrando que som pesado não é só coisa de homem! !
Mortarium – Female Doom Metal from Brazil Mortarium é uma banda feminina de Doom Metal, formada em 2008 por Tainá Domingues e Julie Sousa, na cidade do Rio de Janeiro. As primeiras apresentações ao vivo ocorreram no ano de 2010, simultaneamente ao lançamento do primeiro single da banda, intitulado “Celebrate Eternity”. Após mudanças na formação, no ano de 2012, Mortarium lança o single “The Awakening of the Spirit”, marcando desta forma a
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passagem de suas ex-integrantes. Atualmente, a banda consolidou sua formação em um trio formado por Vivi Alves [Baixo e vocal], Julie Sousa [Bateria] e Tainá Domingues [Guitarra e vocal gutural] Contatos Mortarium: mortarium@yahoo.com.br www.mortarium.com [em breve] www.reverbnation.com/mortariumdoommetal www.youtube.com/user/mortariumdoommetal www.myspace.com/mortarium www.twitter.com/mortarium www.facebook.com/mortarium
julianessousa@yahoo.com.br - www.myspace.com/julianessousa
Isabel Gabiatti Por Julie Sousa Nascida no Rio Grande do Sul, mas vivendo atualmente em Curitiba, Bel Gabiatti além de baterista, é baixista e cantora. Em 2009, assumiu as baquetas da The Sharon Stoness, onde atua até hoje também como backing vocal. Foi em 2001 que Isabel despertou seu interesse por batera, e tratou logo de iniciar os estudos, ao mesmo tempo em que montava a sua primeira banda. Desde então, vem se aperfeiçoando no instrumento, tendo destaque tocando inclusive em outros projetos . Em 2004 iniciou seu curso de licenciatura em Música na Faculdade de Artes do Paraná, e já no ano seguinte, começou a dar aulas de bateria.
Hoje, Isabel Gabiatti apresenta seu trabalho como baterista em diversos pontos de Curitiba, seja com a The Sharon Stoness ou como freelancer de bandas de Rock, Pop e MPB Convidada para a 3.ª edição do Girls on Drums – único workshop do país feito por mulheres bateristas – Bel Gabiatti estará se apresentado em maio deste ano, mostrando seu talento e desenvoltura com as baquetas juntamente com outras grandes bateristas brasileiras.
The Sharon Stoness A banda The Sharon Stoness surgiu em 2008 com o intuito de tocar clássicos do rock juntamente com rock feminino. O nome é, ao mesmo tempo, uma homenagem e um trocadilho com a atriz Sharon Stone (ícone da feminilidade) e com os Rolling Stones (ícone do rock´n´roll). A banda homenageia as grandes mulheres do rock e bandas com vocais femininos como: Heart, Joan Jett, Suzi Quatro, The Runnaways, Janis Joplin, L7, Alanis Morissette e The Cranberries. Além disso, também e s t ã o n o re p e r t ó r i o c ove r clássicos do rock and roll: Beatles,
bellgabiatti@gmail.com
Led Zeppelin, Black Sabbath, Deep P u r p l e, AC / D C, R o l l i n g S t o n e s . A banda é formada por: Scheila Foltran – Voz e guitarra Carol Massambani – Baixo e voz Isabel Gabiatti – Bateria e voz B r u n o K a ra m – G u i t a r ra e vo z Atualmente, a banda está focada em trabalhar com material autoral e está em fase de pré-produção de seu primeiro cd. As primeiras músicas já estão sendo divulgadas em shows em diversos espaços em Curitiba.
www.thesharons.com.br/ www.facebook.com/sharonstoness www.youtube.com/thesharonstoness
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Fernanda Terra Por Bel Gabiatti Fiquei muito contente em conhecer o trabalho de uma batera muito bacana. Fernanda Terra é uma das bateristas que estão despontando na atualidade. Fez aulas com Daniel Oliveira, Duda Neves,aula de leitura rítmica com Lílian Carmona (a primeira baterista brasileira a se profissionalizar no instrumento) e Dino Verdade. Toca bateria desde 92. Passou por várias bandas de Punk Rock e Hardcore tais como Food 4 Life, Baby Scream, Hellas, Touching Lips, No Fashion, Final Fight (exGutter Cats) e Lyrex. Nos anos 90 passou a ser conhecida na cena underground e em 2000 lança seu primeiro cd com a banda Food4Life, intitulado “Enjoy”. Fez diversos shows pelo país, passando por Santa Catarina, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Ceará.
Bárbara, São Francisco, Sacramento, Seattle e outras. Em 2008, lança seu segundo trabalho, agora com a banda Final Fight, intitulado "Quem de medo corre, de medo morre". Em 2010, Fernanda começou a dar aulas de bateria no Instituto BaterasBeat de São Paulo, e também a fazer workshops de bateria. Em 2010 a Alba lançou o modelo signature de baquetas da Fernanda Terra. Em 2011 entrou para o time de endorses da Paiste, da loja Batera Store e também do estúdio Produssom. Além disso começou a contribuir para o site norte americano de meninas bateristas Tom Tom Magazine. Em 2010 Fernanda montou a Nervosa que está em fase de composição do primeiro cd que sera lançado pela Napalm Records. será produzido como a demo, no Mr Som pelo Pompeu e Heros do Korzus.
Em 2002, participou de uma turnê pela costa oeste dos Estados Unidos com a banda Dominatrix, tocando nas cidades de Los Angeles, Santa
Nervosa Banda paulistana de thrash metal, formada apenas por garotas. O som composto pelas meninas da NERVOSA tem forte influência da escola clássica do thrash metal, como Slayer, Sepultura e Exodus, mesclada a elementos originais e
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característicos inseridos por cada uma das integrantes nas músicas. Palhetadas e riffs rápidos, linhas bem trabalhadas, música para moshpit www.nervosa.com www.twitter.com/nervosathrash www.myspace.com/bandanervosa
fernandaterra.drummer@gmail.com www.fernandaterra.com
Michele Zingel Por Simone Del Ponte A história da Michele com a bateria não tem uma data específica. A memória mais longínqua que ela tem é da época em que tinha por volta de 6 anos. Seu avô costumava ouvir músicas de baile (típicas de sua cidade, Blumenau/SC) na garagem aos domingos de manhã, até o dia em que ela teve a idéia de juntar algumas caixas de papelão com latas de tinta e tinha assim, a sua primeira "bateria" para acompanhar o som. Sua paixão pela música foi crescendo e a partir dos 12 anos foi guardando cada dinheirinho que ela conseguia, cada centavo, pra poder conseguir adquirir sua primeira batera. Até que aos 15 anos, conseguiu comprar uma RMV Street. Seu pai, contrário à idéia desde o princípio, bradava frases pela casa "Bateria é coisa de homem", "O que os vizinhos vão pensar?", "Eu vou vender essa porcaria", e ela fingia não ligar, mas, no fundo, ficava desmotivada, tocando baixinho com "vergonha" dos pensamentos alheios. Aos 20 anos, passou a cursar um semestre em Meteorologia na USP e abandonou seus estudos de bateria. De volta a Blumenau em 2010, resolveu matricular-se em uma das melhores escolas de música da região, começou a aprender violão e a reaprender bateria, seu salário ia quase todo
só pras aulas, mas ela não ligava, sentia que não tinha nada a perder. Tendo passado por forte crise de depressão, seu instinto foi certeiro, não passou 3 meses de aula e ela estava renovada, já não precisava de remédios ou terapia para ver sentido nas coisas novamente, a música a reconectou com ela mesma. No final de 2010, tocou bateria pela segunda vez em público em um recital da escola, deixou seu corpo ser dominado pela música e tocou forte, querendo mostrar que mulheres também tocam bateria. Acabou sendo um dos "destaques" da noite por causa da performance, recebeu elogios do público que ressaltava que nunca tinham visto uma menina tocando daquele jeito e, finalmente, ganhou o respeito de seu pai. Hoje, com 24 anos, gasta seu dinheiro e tempo com estudos de bateria e equipamentos. Tem aulas com JP Batera, baterista referência de SC, que a apoia muito. Em março de 2012 começou um projeto, junto com colegas músicos, de covers da banda Cranberries. Ano que vem pretende entrar na faculdade de Música e não tem muita idéia de onde a música vai levá-la, porém tem certeza de que qualquer caminho será bom.
michele.zingel@gmail.com - http://www.facebook.com/michele.zg.9
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Simone Del Ponte Por Julie Sousa Simone começou a tocar bateria por volta de 1993, quando tinha 16 anos. Quando a banda de seu pai não estava ensaiando, aproveitava a bateria vaga para tirar músicas de bandas punk, como Ramones e L7. Ela sempre quis ter uma banda formada somente por meninas, porém, na sua cidade (Pelotas RS) era difícil encontrar mulheres instrumentistas. Até que conheceu as primas Patrícia e Moira e formaram a banda Mawkish, fazendo covers de L7, Hole e Babes in Toyland. A Mawkish durou até 1996, quando Patrícia saiu da banda e Simone entrou na faculdade de Agronomia.
Depois de graduada, voltou a tocar com a banda feminina Nefertiti. Nesta época tocou grávida de sua filha Talena até o 7º mês de gestação. O grupo acabou se aproximando do metal, com influências De Kittie, System of a Down, Machine Head e Sepultura. A Nefertiti se manteve na ativa até 2006. Hoje, com 35 anos, Simone toca no She Hoos Go. Afirma que gostaria de ter aulas de bateria, porém a falta de tempo e de dinheiro a impossibilitam de se aproximar da parte teórica da música. Toca a base do feeling e é fascinada por improvisação.
SHE HOOS GO Formada em 2010, inicialmente só por mulheres. A She Hoos Go sempre teve o ideal de expressar o feminismo de suas integrantes. Influenciada pelo movimento riot grrrl, a banda expande seu ativismo organizando festivais voltados à cultura feminista, como o Reage, que aconteceu em março de 2012.
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Na formação atual estão Daia (vocal e guitarra), Simone (bateria) e Ana Cor rea (baixo). O tr io está se preparando para entrar no estúdio e gravar sua primeira demo.
http://shehoosgogrrrls.tnb.art.br/
http://www.facebook.com/#!/simone.delponte.3 - sdelponte1@hotmail.com
MEDIALUNAS 13
Liege Milk (por Simone Del Ponte)
Aqui no Rio Grande do Sul, uma banda vem despertando a maior curiosidade nas pessoas, por se tratar de uma dupla e, diga-se de passagem, muito competente. Essa é a Medialunas da querida baterista Liege Milk. A banda simplesmente tocou em 9 edições do Grito Rock, entre RS, PR, SC e SP, uma tour pra lá de linda da banda! Liege Milk formou sua primeira banda aos 14 anos. Chamava-se Madame Porquê. Tocavam covers de Babes in Toyland, L7 e Hole. Começou cantando, por que nunca tinha visto nenhuma outra menina tocando um instrumento. Depois de um tempo, conheceu bandas com meninas empunhando guitarras, baixo e “PIROU O CABEÇÃO” quando viu pela primeira vez a amiga Letícia Rodrigues tocando bateria. Na época, Letícia tocava na Planondas. Começou então a tocar na Loomer, em 2008, e logo em seguida, com as amigas Poly e Bruna, montaram a Chickelets, para que ela aprendesse a tocar bateria, do jeito mais freestyle possível. A banda infelizmente acabou e seu amigo Theo Portalet, em 2010 a chamou para montar a Hangovers, uma power trio de grunge instrumental. Foi na Hangovers que Liege matou a sede de tocar bateria. Os riffs pesados, as afinações graves, a inspiraram a espancar os tambores, naquele grungismo porra-louca que sempre carregou no coração. Nas palavras dela: ”Eu amo a hangovers, o Theo e o lixo!” Tocou bateria também na banda Gru, da Gabi Lima, e foi através dessa banda, que ela e o Andrio Maquenzi, apesar de namorados há tempos, tocaram juntos em estúdio pela primeira vez. Eis que em 2011 surge a Medialunas, onde ela é a responsável pelas baquetas e vocal. “Sempre com novos desafios e níveis de dificuldade. A vida é tipo videogame! Hehehe”
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Liege, gostaríamos de saber como está sendo pra ti, como baterista, a aceitação do público, o apoio, principalmente por ser uma mulher tocando um instrumento que sempre foi dominado por homens? É engraçado ser mulher e ser baterista. Não gosto de diferenciar o gênero e, particularmente, odeio quando me perguntam: "como é ser mulher, no rock, e blábláblá". Cara, ser mulher é uma coisa: é ficar menstruada uma vez por mês, é ter seios, é ter útero, é dar vida. Ter uma banda não tem nada a ver com isso. Acho a própria pergunta muito preconceituosa. Mas enfim...é normal . Mas sabe, é engraçado, e acontece direto: depois de shows da Hangovers, sempre vem alguém e diz: " Vo c ê to ca co m o u m H O M E M ! ! " . B o m , allright...encaro como um elogio! hehehehe .
“Tocar bateria pra mim é uma grande vitória”. Como baterista, qual foi tua maior conquista? E o que significou para o teu trabalho? Tocar bateria pra mim é uma grande vitória. É uma coisa que sempre quis fazer, e nunca me dedicava. No fim das contas, nunca precisei me dedicar muito. Nunca fiz aulas, por exemplo. A questão é acreditar em si mesma, e se explorar.
“Minha mãe até hoje olha os calos nas minhas mãos e diz 'minha filha, isso é coisa de guri!”
O preconceito sempre vai existir. Em tudo o que você for fazer. O importante é acreditar em si mesma. “Minha mãe até hoje olha os calos nas minhas mãos e diz 'minha filha, isso é coisa de guri!”.
“O principal desafio em se tornar musicista é acreditar em si mesma!” Quais tu acha que são os principais desafios para gurias que querem seguir esse caminho da música, que querem tornar-se musicistas e se especializar em seus instrumentos? O principal desafio em se tornar musicista é acreditar em si mesma! Tem alguma batida de alguma música que tu ouça e diga: puxa vida, essa música eu queria ter feito! Uma música que eu queria ter feito? Putz, várias. Mas a maioria delas é do Dave Grohl, do Bonham ou do Igor Cavaleira. É mais fácil dizer que eu queria ser um deles. Hehehehe Qual recado que tu daria para as gurias que estão começando a tocar bateria? Flores, sabe aquele mau humor FDP que a gente passa 1 vez por mês? Sabe aquele carma que tu tem na vida? Sabe aquela pessoa problema que te persegue? Respira fundo, mentaliza, e dá-lhe pau na bateria! Melhor terapia do mundo!!!
www.facebook.com/profile.php?id=1081175713 - www.facebook.com/pages/Medialunas/173677989368962 www.tramavirtual.uol.com.br/medialunas
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GIRLS ON DRUMS 3 – As meninas explodiram o Paiol Fotos: Graciele Modesto e Clarissa Bertasso! Texto: Michele Zingel
Para quem não sabe, eu não sou baterista profissional (ainda!), portanto, tenho um emprego “convencional” em uma fábrica de Blumenau/SC. Acordo todos os dias às 3:30 (sim, da manhã) para partir para o meu trampo que começa às 5h. Na manhã de quinta-feira (24/05/12), trabalhei normalmente, saí no meu horário (13:30), mas tomei outro rumo em vez do caminho de minha casa, parti para Curitiba-PR em direção ao Girls on Drums 3 – a terceira edição do evento mais importante para meninas bateristas no Brasil! Cheguei na rodoferroviária da capital paranaense às 19h e só tive tempo de pegar um táxi para fazer o check-in no hotel e chamar outro taxista para me dirigir até o Teatro Paiol, onde toda a magia iria acontecer. Era a primeira vez que eu estava em Curitiba, porém eu já havia lido que o teatro leva esse nome por ter sido um arsenal de munição do Exército décadas atrás - e eu adorei a idéia de um espaço que antes servia à guerra, agora ter sido transformado em um palco de manifestações culturais, que unem as pessoas. E só foi eu entrar que já comecei a ouvir os batuques – tratava-se de produtos de percussão eletrônica da Roland deixados no hall para serem experimentados por aqueles que têm curiosidade. Andei mais um pouco e me deparo com a artista plástica Gabriela Jardi fazendo uma customização de um cajón no meio da galera. Reparei o público: meninos e meninas, jovens, pessoas de mais idade, todos assistindo a tudo, lendo os cartazes, interessados naquele instrumento que muitas vezes não recebe tanta atenção por ficar mais para trás no palco. Mas ali a história era diferente, a noite pertencia a ela – a BATERIA! Duas vozes me chamam mais atenção – estavam falando sobre mulheres bateristas de metal. Foco as interlocutoras e seus rostos eram-me familiares do Facebook – lá estavam Irini Tsiftzoglou e Jully Lee conversando como velhas colegas de profissão. Não hesitei em me meter na conversa e me apresentei. Fui super bem recepcionada, confirmando aquela afirmação de que a classe dos bateristas é muito unida. A Irini mora em Porto Alegre/RS, dá aulas de bateria, faz parte da banda Undercover e agora está focada no vestibular para ano que vem entrar na faculdade de Música. E a Jully Lee dispensa apresentações, já que temos uma entrevista com ela nesta edição, hehe! Tentei acompanhar o papo, mas elas eram mesmo as donas da conversa, relembrando experiências e falando sobre o mundo baterístico de hoje. Eu só pude ficar em silêncio para captar tudo o que diziam, já que ainda não tenho tanta história pra contar. E, na verdade, estava achando tudo aquilo um máximo, já que era a primeira vez que eu ouvia MULHERES bateristas profissionais e fiquei super orgulhosa de poder estar ali no meio. No meio da muvuca e entre as fotos que tiramos, o organizador do evento, Joel Jr, aparece e me apresento – ele me prometeu um presente (oba!). Também conheci pessoalmente outra editora da Hi-Hat Girls, a Isabel Gabiatti, mas mal nos cumprimentamos e ela já saiu correndo para se apresentar. Porque chegou a hora! Passava um pouco das 20h e o auditório foi liberado para o público. Entrei e fiquei deslumbrada com o teatro de arena. No centro, havia três baterias lindas, kits eletrônicos e instrumentos percussivos. Luzes se apagam e adentram Joel Jr e Renata Monteiro para dar início ao evento. Renata, que também é baterista, fez um discurso sobre pessoas que nascem querendo ser artistas, mas cujo destino acaba as levando a outros caminhos, que as fazem abafar as suas reais vontades. Porém, as mulheres que iriam se apresentar ali, tiveram a CORAGEM de se auto-afirmar como bateristas e lutam todos os dias para continuar vivendo os seus sonhos (tudo isso muito longe de qualquer abafador – hehe). 15
A primeira estrela a ser chamada, foi a nossa colaboradora da Hi-Hat Girls, Isabel Gabiatti. A batera, que mora em Curitiba, parecia estar mesmo em casa, com direito a membros da família na platéia. Isabel abriu a noite mostrando para que vieram aquelas mulheres tocou músicas de sua banda de rock The Sharon Stoness e saiu super aplaudida.
Em seguida, mais uma residente de Curitiba, Nicolle Paes, fez uma apresentação de MPB. Tocando leve sua bateria de aros de madeira, fazendo uso de baquetas e de vassourinhas, deixou todos maravilhados com a nossa música brasileira tão cheia de detalhes e também com o seu jeito charmoso de tocar. Super simpática, deixou o seu recado de que música não tem gênero.
Paula Padovani entrou e já foi conversando com o público enquanto arrumava a bateria. Apresentou-se mostrando ser uma pessoa simples e divertida. Eu estava tão entretida com o seu papo, que quando ela começou a tocar, levei um susto com a sua pegada forte. Paula fez belas viradas tocando reggae com maestria, que é o estilo de sua banda, Marauê. Entre as músicas, contou um pouco de sua trajetória com todos os perrengues que teve que passar para chegar ali - e só no seu jeito de falar dava de perceber o seu espírito guerreiro. Fechou sua apresentação fazendo um cover de “Everybody wants do rule the world” do Tears for Fears (música que eu eu sempre adorei e fiquei muito feliz em poder ver essa interpretação). 16
Lucy Peart,baterista da banda Punkake, deu o ar da graça, mas dessa vez não tocou, veio para chamar sua colega da Roland – Aishá Lourenço. Eu estava super curiosa para essa apresentação e sempre quis ver essa miscigenação eletrônico – tribal ao vivo. E Aishá não decepcionou, fez uso de um octapad e de outros aparelhos de percussão eletrônica. Enquanto que deixava os samples tocando, ia para os tambores e pandeiro, fazendo uma junção genial. O som de Aishá remete a uma tribo futurista, sem preconceitos para voltar ao passado e colher tudo o que já foi feito de bom e sem medo de ousar indo para o futuro, fazendo uso do que há de mais de novo para assim criar novos caminhos. A pernambucana já percorreu o mundo estudando sonoridades, mas está longe de ser apenas teoria e técnica, sua performance deixa claro que ela sente a o som, deixa ser dominada por ele, se transforma na música e se diverte. Respondendo a perguntas, lembrou de quando tinha por volta de três anos e queria com toda força estar no meio de uma bateria de marchinhas de carnaval. Fiquei abismada quando ela revelou que faz uso dos eletrônicos há pouco tempo – vendo toda a desenvoltura que ela teve com eles, fica claro que com mais tempo de estudo, seu trabalho vai passar para uma dimensão ainda mais alta. Realmente sinto que ouviremos falar muito dessa menina que agora voltou ao Brasil. No final, conseguiu surpreender mais tocando uma música de sua autoria enquanto que recitava um poema – sim, a menina também leva jeito para isso, todos aplaudiram sua interpretação. Aishá deixou claro que existem pessoas que nascem com a veia artística e eu fico feliz por seu destino a ter permitido se transformar numa artista tão completa.
Depois dessa viagem, Joel e Lucy voltaram para fazer sorteios de brindes e foi nessa hora que Joel cumpriu o prometido e me chamou para buscar meus presentes (baquetas e muffs de gel) por ter feito essa viagem até lá, senti-me honrada e realmente espero um dia estar ali para me apresentar. Super reconhecedor, ele também entregou brindes paras as outras meninas de outros estados (SP e RS).O clima dentro do teatro estava muito longe do outono de Curitiba lá fora, tudo estava bem quente, prestes a explodir com as duas últimas atrações. E foi exatamente isso o que ocorreu. 17
Michelle Abu entrou em cena aplaudida de pé e no maior pique já se sentou sobre o cajón e mandou ver. Foi a primeira vez que eu vi alguém tocando o instrumento com tanto fervor! Depois passou para os tambores e tudo parecia uma coisa só, não dava de definir onde terminava o seu corpo e começava os instrumentos e vice-versa. Tudo era movido por sua energia, ou tudo a música movia nela. Eu quis filmar, bater foto, chamar amigos pra ver, me mover junto, tocar também, gritar... todas as coisas ao mesmo tempo, que no final o que me restou a fazer foi acompanhar tudo estática e boquiaberta. Quando ela foi para a bateria, seu desempenho não deixou a desejar, não teve como dizer onde ela se deu melhor. Pura vibe, tocava com destreza deixando a música a levar – movimentos, caras e bocas. Um belo exemplo para mostrar aos desinformados que falam que mulher não tem “pegada”. Joel e Lucy voltaram para mais sorteios e praticamente distribuíram brindes para todos que estavam lá. Era por volta de meia-noite e a platéia continuava animadíssma – e eu nem sentia que já estava acordada desde às 3:30 da manhã, hehe. 18
E eis que surge Nina Pará - como disse Renata, a “cereja do bolo”, que por coincidência estava vestida de vermelho e tocou em uma bateria vermelha. Pude ter o privilégio de assistir ao vivo toda a sua performance que eu via na internet. Tocou tudo com perfeição, fazendo um belo uso do pedal duplo. Nina nos deixou claro de que podemos sonhar o que quisermos, porém o negócio só se realizará com muito trabalho. Em suas palavras “Quanto mais trabalho, mais sorte”. E quanto ao preconceito com meninas bateras, relembrou de épocas em que perguntavam se ela era namorada do baterista, quando ela chegava com os pratos para um show. No teatro, todas as minhas impressões dela foram confirmadas – exatidão, pé no chão e um jeito relaxado de tocar sorrindo , mostrando que a garota que se formou em Direito, hoje vive uma vida muito feliz como baterista, obrigada. E a grande noite chegou a o f i n a l . To d o s o s presentes estavam extasiados com tudo o que aconteceu no teatro. E a platéia ainda teve o privilégio de poder conversar com as artistas enquanto que as baterias eram desmontadas. Fiquei muito contente em poder bater fotos e ter pequenas conversas com a Paula, a Aishá, a Michelle e a Nina e fui super bem recebida por todas elas.
Depois de tudo isso, voltei pro hotel, e às 13:30 de sexta-feira já estava a caminho de volta a Blumenau, não pude curtir um pouco mais de Curitiba, porque às 3:30 de sábado eu já tinha que estar de pé para o trampo de novo. E ainda mais depois de ter presenciado aquela noite, só me certifiquei de que ainda tenho um caminho longo para me tornar uma profissional da bateria e com esforços infinitamente maiores do que essa viagem. Mas que assim como foi no evento, posso falar – vale a pena! =) 19
JULLY LEE por Julie Sousa
Nesta primeira edição da Hi Hat Girls Magazine, entrevistamos a Jully Lee (Pearl Brasil) e conhecemos um pouco mais sobre a carreira dessa batera. Voilà! Nascida na cidade de Santos (SP), começou a se interessar pelo mundo das baquetas com 12 anos. Em 1992 iniciou seus estudos, em 1994 resolveu ampliar seus conhecimentos e estudar pedal duplo, e com isso ingressou na escola de bateria “Arthur Vasconcellos” Em 1994 com suas amigas de classe formou a banda de thrash metal chamada Excruciation composta só por garotas. A Excruciation, realizou dois trabalhos de estúdio e se apresentou em diversas cidades brasileiras, obtendo também excelente divulgação e aceitação em revistas do gênero. No ano de 1996 Jully participou do 2° Batuka Concurso Nacional de Bateristas, organizado pela baterista Vera Figueiredo. Jully foi a primeira mulher a participar do concurso. Esta participação rendeu a Jully uma grande experiência, já que concorreu com bateristas experientes de todo Brasil. Em 1998, a banda Excruciation abriu o show da banda inglesa Napalm Death, banda que na época era sua maior influência. Tendo como objetivo principal em sua vida tornar-se uma baterista de sucesso, com muita insistência prossegue seus estudos até hoje, ampliando seus conhecimentos em cursos de bateria em São Paulo e adquirindo experiência com grandes bateristas.Jully fez aula com Mauricio Leite, Duda Neves, Ivan Busic, Ricardo Confessori e Aquiles Priester. No ano de 2001 com incentivo do seu professor Arthur, começou a lecionar aulas de bateria para iniciantes e intermediários. Já tocou com várias bandas covers especializadas em hard rock, como Rocks Hollywood. No ano de 2007 foi convidada para tocar na banda paulistana de hard rock Hypnochicks, formada somente por garotas. Em 2011 participou de evento inovador Girls On Drums 2, criado por Joel Jr da escola Drum Time de Curitiba. Foi uma ótima oportunidade de divulgar o trabalho de sua nova banda, chamada Tagma. Atualmente Jully esta lecionando em seu próprio estúdio, o Live Studio em Santos SP e fazendo a pré-produção do novo cd de sua banda, Tagma (metal instumental). Ela é persistente e ama o que faz. Acredita em seus sonhos, não desiste de sua luta e está pronta para novos desafios. Suas influências: Tico Torres ,Nick Menza, Deen Castronovo, Bobby Rock, Eric Singer, Cozy Powell, Bobby Rondinelli, Tommy Lee, Keith Moon, Simon Philips,Tommy Aldridge, Steve Smith,Terry Bozzio,Virgil Donati,Mike Mangini, John Bohan, Joe Franco, Rod Morguenstein, Neil Peart ,Ricardo Confessori, Albino Infantozzi, Aquiles Priester, Fabiano Manhas, Mauricio Leite...Atualmente, endorser Pearl Brasil.
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“Tem que se fazer o que ama e com isso você conseguirá convencer as pessoas de que seu trabalho é verdadeiro, é de alma”. Jully, a priori, gostaríamos de agradecer sua disponibilidade em nos ceder essa entrevista, que é também um meio de mais pessoas conhecerem o seu trabalho como musicista. Para começar, queremos saber de você o que é ser uma baterista profissional no Brasil? Primeiramente eu é que agradeço e fico muito feliz, é uma oportunidade das pessoas me conhecerem e saber sobre minha carreira “baterística”. Bom, ainda não me considero uma baterista profissional, estou a caminho e estou me dedicando para isso, mas posso dizer que não é fácil. Aliás, viver de música no Brasil não é fácil, a gente precisa ter outras atividades para conseguir sobreviver, para fazer o que ama. E para se profissionalizar, você precisa ser muito sério e autêntico, nós sabemos que coisas feitas na falsidade não duram muito. Como baterista, qual foi a sua maior conquista, e o que esta significou para o seu trabalho? Nem vou dizer conquista, mas o convite do Professor Joel Jr. (escola Drum Time, de Curitiba) para o Girls On Drums 2 foi uma grande oportunidade e uma enorme porta que se abriu. Assinei com a Pearl Brasil, que era um sonho que se realizou, e posso dizer que estou representando a melhor bateria, graças ao Joel Jr. e ao Athos Costa (Pearl Brasil). Coisas muito boas aconteceram. Vou ser eternamente grata a eles.
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Deixando a modéstia de lado, qual você acha que tenha sido sua maior contribuição como baterista para o cenário musical brasileiro? Deixando a modéstia? Ih, isso não vai dar certo... (risos) Acredito estar fazendo a minha parte na medida do possível. Em breve novidades com meu trabalho próprio (banda Tagma), que depois de muitos obstáculos está sendo finalizado!!! Finalizado mesmo!!! Ufa!!! (risos)
“Acredito estar fazendo a minha parte na medida do possível”. Um recado para as meninas que estão começando agora, e para aquelas que já estão na luta há algum tempo e querem se profissionalizar. Na sua opinião, qual o maior desafio hoje para as meninas que querem se profissionalizar no instrumento? O maior desafio é vencer o preconceito que ainda existe, e muito! Só que é "camuflado". Você tem que ser muito persistente e não ligar para críticas destrutivas e sim críticas construtivas (que é difícil da gente ver e ouvir) e para se profissionalizar você tem que ser muito séria e bastante focada, e como disse anteriormente, autêntica. Tem que se fazer o que ama e com isso você conseguirá convencer as pessoas de que seu trabalho é verdadeiro, é de alma.
“Para se profissionalizar, você precisa ser muito sério e autêntico, nós sabemos que coisas feitas na falsidade não duram muito”. Jully, e sobre patrocínio, estamos avançando ou há muito o que melhorar no Brasil? O fato de ser mulher muda alguma coisa em relação a isso? Sobre patrocínio acho que melhorou muito, mas ainda tem muito que melhorar. Existem muitas bateristas no mercado e isso precisa ser divulgado para as empresas abrirem suas portas e confiar no trabalho da mulherada, que está aí e que consome também (pratos, baqueta bateria etc.), mas é claro que vai ter sempre um ou outro que vai falar que você conseguiu isso porque você é mulher.
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O que falta nos eventos de bateria no Brasil, na sua opinião? Mais eventos de bateria (risos). Você tem já uma longa trajetória como musicista, tem alguma coisa que ainda almeja? Aonde você ainda quer chegar como baterista profissional? Com certeza, tem coisas que ainda almejo, tem muito trabalho a se fazer e muitas portas e muros a serem derrubados. O que quero simplesmente é o reconhecimento e respeito aqui no Brasil e quem sabe internacionalmente.
Meninas, nunca desistam! Sejam persistentes e muito, muito teimosas. Acreditem muito no seu trabalho e tenham muita fé em Deus! Peça sempre força e sabedoria para lidar com os obstáculos que irão aparecer, pois o que tiver que ser seu, será. Ninguém pode mais que Deus! Abraço a Todos! E m B r e v e B a n d a Ta g m a ! Julie Sousa (minha xará!) muito obrigada, e sempre que precisar, pode contar comigo.
“O que quero simplesmente é o reconhecimento e respeito aqui no Brasil e quem sabe internacionalmente”. Uma batida que você gostaria de ter composto e por que? Bom, eu sou suspeita para falar de Cozy Powell, mas a entrada da Stargazer (Rainbow), toda vez que ouço, eu falo: Caramba!!! Isso é maravilhoso!!! Na minha opinião, é uma intro poderosa e muito pesada. Gostaria de ouvir o som da minha batera nesse "poder". Sua maior influência hoje é... Tenho várias influências, mas atualmente tenho ouvido muito o Mike Mangini e entre as mulheres a que tem me chamado a atenção é a baterista Hannah Ford.
Jully Lee usa Pearl Brasil jullydrummer@terra.com.br Facebook: Jully Lee www.myspace.com/jullydrummer www.twitter.com/jullydrummer
Lucy Peart
Venho acompanhado o trabalho dessa baterista desde 2005. Junto com a banda Punkake, Lucy Peart vem ganhando seu próprio espaço na cena musical nacional. A banda Punkake gravou seu primeiro disco em 2009, e atualmente o clipe “Tão Sexy” tem mais de 50.000 acessos no youtube. ·Lucy, você é natural de onde? Sou Brasileiríssima,e curitibana nata! · Quando começou a tocar bateria? Por que? Meu instrumento preferido em uma banda sempre foi à bateria, e como sempre fui muito hiperativa, resolvi unir o útil ao agradável, iniciando aulas do instrumento em meados de 2005. Quais são as suas principais influências? Uma, pergunta difícil! (risos) Antes de citar nomes, gosto de explicar que na minha concepção “baterística”, o que me faz gostar de um musico, não envolve apenas sua técnica e status, e sim, o sentimento e feelling que este utiliza ao tocar e ao compor as linhas de batera. Pensando assim, um dos principais bateristas que tem me influenciado ultimamente, é o Taylor Hawkins do Foo Fighthers! Além dos mestres incitáveis como: Neil Peart e Buddy Rich! · Você tem uma rotina de estudo? Se sim, conte a respeito. Sim! Não tem como ficar sem estudar! Toda semana sento e organizo meus horários, e separo pelo menos 12h semanais para dedicar ao estudo de rudimentos e aperfeiçoamento de técnicas! É lógico que gostaria que me sobrasse mais tempo para isso, mais no momento é o que consigo! (risos) Qual outras atividades você exerce? Isso influencia na sua atividade como baterista? Como? Também sou designer de Moda,o que diretamente não influencia e nem atrapalha na minha atividade baterísica! Para quem está começando a tocar bateria, o que você recomenda? Uou! O que eu sempre digo é: Estudem, e estudem muito! (risos) · Ser uma mulher baterista já te trouxe situações complicadas? Se sim, conte sua experiência. Bem, algumas situações chatas já me aconteceram, relacionadas a comentários preconceituosos vindos do publico masculino! Como por exemplo: “nossa, até que por se tratar de garota, não esta nada mal!” (que absurdo mesmo!!!) Você já tem experiência com gravação em estúdio. Como foi o processo de ·composição das linhas de bateria que você gravou com a Punkake? Bom, no álbum “Tão Sexy” grande parte das musicas vieram até mim com uma idéia melódica inicial. A partir disso começo a trabalhar em cima das linhas de batera, que para este álbum procuraram “sincar” a acentuação da guitarra na bateria! É meio que uma questão de felling, vamos tocando juntas, deixando fluir, até que então, acontece aquele momento em que todas concordam: é esta a batida! · 24
Patrocínio é o sonho da maioria dos músicos. Como surgiram as oportunidades de patrocínio pra você? Quais marcas te patrocinam? Pois,é!(risos) Neste momento conto com o apoio da Roland e de mais uma excelente marca de bateria, a Gretsch. As oportunidades para fazer parte do casting de ambas estas marcas surgiram, nada menos do que com a divulgação e aparição do meu trabalho! Por exemplo, o evento “GIRLS ON DRUMS 1” foi o ponto principal para o convite dos meus parceiros Roland! As marcas precisam de um retorno de mídia do artista, então cabe a nós aproveitarmos intensamente as oportunidades que nos aparecem! Ser mulher baterista é... É quebrar parâmetros, é ter atitude, é poder mostrar a todos que aquilo que a gente é!
podemos ser exatamente
Quer conhecer mais o trabalho da Lucy Peart? Confira os sites: http://www.myspace.com/bandapunkake http://www.youtube.com/user/punkakerock http://twitter.com/#!/punkake http://tramavirtual.uol.com.br/punkake 25
Mulheres Bateristas
Em um país tão grande como o nosso, não é de causar espanto a diversidade de estilos musicais que são encontrados e a revelação de instrumentistas é algo que cresce de forma acelerada, com o avanço das redes de comunicação. Quando se trata das mulheres que tocam bateria, não é diferente. Neste espaço da revista, apresentamos nomes de bateristas de bandas que vão do gospel até o black metal; da Paraíba até o Rio Grande do Sul, além de garotas brasileiras que agora tocam na Europa. Algumas já marcaram seu nome no cenário internacional, enquanto outras começaram a aprender o instrumento há pouco tempo, porém todas têm em comum o poder de fazer a batida do coração das músicas. Sabemos que a lista não contém todos os nomes que poderiam ser mencionados, por isso queremos que esta seja uma seção presente em todos os números da Hi-Hat Girls, sempre com a apresentação de novas meninas. Portanto, se você gostaria de ver alguma batera aqui, ou até mesmo o seu próprio nome, entre em contato pelo email e nos ajude a fazer a Hi-Hat Girls Nº2!
Adrismith - Panndora Maringá-PR - http://www.panndora.net Aishá Lourenço - Solo Olinda-PE/São Paulo-SP - http://www.myspace.com/aishaijexa Amanda Thomsen - Champagne Blumenau-SC - http://www.bandachampagne.com.br/ Ariadne Souza - Valhalla Brasília-DF - http://www.myspace.com/valhalladeathmetal Brenda Marques Pena - Caústica Belo Horizonte-MG - http://www.caustica.com.br Carol Pasquali - Girlie Hell Goiânia - GO - http://www.girliehell.com/ Cíntia Orlandi - Solo São Paulo-SP - http://www.cintiaorlandi.com/ Débora Teicher - Scracho Rio de Janeiro-RJ http://www.scracho.com.br/ Didi Negron -C omma São Paulo-SP - http://www.facebook.com/commabr Drica Lago - Corpo Fechado Feira de Santana-BA/Salvador-BA - http://www.youtube.com/dricabatera Drica Pivatti - Alice 13 São Paulo-SP - http://www.myspace.com/bandalouye Emília Rodrigues - DaRosa Porto Alegre-RS - http://www.darosa.com.br Fabiana Fonseca - Siri na Latta/Musical Cabaret Luxúria Capão Bonito-SP - http://www.facebook.com/pages/Siri-na-Latta/179798535419925 Fernanda Terra - Nervosa São Paulo-SP - http://www.fernandaterra.com/ Helena Krausz -Siete Armas/Anti-Corpos São Paulo-SP - http://www.facebook.com/pages/Anti-Corpos/ Irini Tsiftzoglou - Solo Caraguatatuba/SP – Porto Alegre RS - http://www.facebook.com/irini.tsiftzoglou Isabel Gabiatti - The Sharon Stoness Curitiba-PR - http://www.thesharons.com.br Jadna Zimmermann - Zélia Duncan Florianópolis-SC/Rio de Janeiro-RJ - http://jadnazimmermann.com.br/ Juliana Novo - Crucifixion BR Porto Alegre-RS www.crucifixionbr.com Shibatta - Steelfox São Paulo-SP - http://www.steelfox.com.br Janaína Melo - Autopse · Maceió -AL http://www.myspace.com/bandaautopse Julie Sousa - Mortarium Rio de Janeiro-RJ - http://www.myspace.com/mortarium Jully Lee - Tagma Santos-SP - http://www.youtube.com/jullylee Lan Lan - Solo/Moinho/Samba Massa Salvador-BA/Rio de Janeiro-RJ - http://www.moinhooficial.com.br/ Lary Durante - Menstruação Anarquika São Paulo-SP - http://www.facebook.com/pages/Menstruação-Anarquika/ Letícia Rodrigues - As Radioativas São Paulo-SP - http://www.facebook.com/pages/As-Radioativas/ Letícia Santos - Black Aces Rio de Janeiro-RJ - http://www.blackaces.com.br/ Liege Milk - Medialunas/Hangovers Porto Alegre-RS - http://www.facebook.com/pages/Medialunas/ Lilian Carmona - Lilian Carmona Band São Paulo-SP - http://www.facebook.com/liliancarmonaband
Loma Longotano - Agnela Rio de Janeiro-RJ - http://www.agnelarock.com.br Louise Calandrino - The Unplay/Monoclap São Paulo-SP - http://www.facebook.com/pages/The-Unplay/ Luana Lucena - Banda Bárbara João Pessoa-PA - http://www.facebook.com/pages/Bárbara/ Lucimar Gonçalves Pomerode - Velvets Santa Catarina -SC - http://www.facebook.com/profile.php?id=100003072077183 Lucy Peart - Punkake Curitiba-PR - http://www.facebook.com/punkake Luisa Branco - Vetitum Pelotas-RS - http://www.facebook.com/vetitum Mariá Portugal - Fernanda Takai/Sinamantes São Paulo-SP - http://mportugal.com.br/ Mariana Corbellini - Stella Can Porto Alegre-RS - http://www.myspace.com/stellacan Marília Prado - Bardos Barbados São Paulo-SP - http://www.facebook.com/bardosbarbados Michele Zingel - Electric Blue Blumenau-SC - http://www.facebook.com/michele.zg.9 Michelle Abu - Curva da Cintura/Benzina Salvador-BA/São Paulo-SP - http://www.michelleabu.com.br Monica Pedrosa - Hell´o Bitch e Down cover São Paulo-SP - http://www.myspace.com/hellobitchrock Naná Rizinni - Solo/Tie São Paulo-SP - http://www.nanarizinni.com.br Nina de Castro - Sapamá Porto Alegre-RS - http://www.facebook.com/pages/SAPAMÁ/ Nina Pará - Crats/Sun São Paulo-SP- http://www.ninapara.com.br/ Patrícia Telles - Solo/Freelancer Salvador-BA - http://www.facebook.com/profile.php?id=100002630693174&ref=ts Patrícia Vianna - Thais Helena e Bando São Paulo - SP - http://www.thaishelena.mus.br/ Paula Nozzari - Canja Rave Porto Alegre-RS/Berlim - Alemanha - http://www.canjarave.com Paula Padovani - Marauê São Paulo-SP - http://anapaulapadovani.blogspot.com.br/ Pitchú Ferraz - As Mercenárias/Dominatrix/Wander Wildner São Paulo-SP - http://brasil.pearl-latinamerica.com/endorsee/39/pitchu_ferraz Renata Domannge - Lyon - FrançaBristol Campinas-SP - http://www.bristoltheband.com/ Rika Barcellos - As Bahgualadas Porto Algre/RS - http://www.bahgualadas.com.br/ Rosy Sylva - Banda Toque de Menina Salvador-BA - http://www.facebook.com/pages/banda-Toque-de-Menina/ Senndy Silva - Ministério Arca da Graça São Paulo-SP - http://www.wix.com/senddydrummers/contato Simone Del Ponte - She Hoos Go Pelotas-RS - http://www.facebook.com/SheHoosGo Simone Sou - Solo São Paulo-SP - http://www.myspace.com/simonesou Taci Guimarães - Thaís Helena e Bando/A.L.I. Diadema-SP - http://www.youtube.com/taciguimaraes Vanessa Costta - Ministério Tenda de Adoradores/Tenda Jovem Rio de Janeiro-RJ - http://www.tendadosadoradores.com.br Vera Figueiredo - Solo São Paulo-SP - http://www.verafigueiredo.com.br
COLEtâNEA HI HAT GIRLS
Aqui temos uma coletânea de mp3's de bandas com meninas bateristas para divulgar o trabalho que as nossas colegas de batuque vêm fazendo. Começamos com onze grupos de diferentes estilos e cidades. O Siete Armas marca presença com a música "I like dancing". Formada somente por garotas, a banda iniciou suas atividades em 2006, na cidade de São Paulo. O grupo chama atenção por ter um som mistura de blues, folk e rock dançante. Em 2010 foi lançado seu primeiro EP. As meninas são: Helena Krausz (bateria), Débora Lopes (vocal), Lu Carvalho (guitarra), Nessa Salgado (Guitarra) e Sarah C.Si. (baixo). O indie rock vem representado pelo Medialunas, de Porto Alegre - RS, formado por Liege Milk (bateria/vocal) e Andrio Maquezi (guitarra/vocal). Em 2011, suas músicas gravadas em casa chegaram a liderar o top 10 de downloads do Trama Virtual dias depois de serem lançadas. O duo segue gravando seu primeiro álbum e tocando dentro e fora do RS - já chegaram até o Uruguai. O trio hard rock de Porto Alegre, Stella Can, é composto por Mariana Corbellini (voz e bateria), Juliana Nóbilos (baixo) e Luiza Gressler (guitarra). Em três anos de estrada já tocaram ao lado de The Donnas e Team Dresh. O primeiro EP das meninas saiu em 2009. Girlie Hell é o nome da única banda de rock'n'roll feminina de Goiânia - GO. Em 2011, conseguiram a aprovação de um projeto para gravar seu primeiro álbum pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura. A faixa "Walk away" integra esse disco, que se chama "Get Hard!". As componentes são Carol Pasquali (bateria), Bullas Atterkita (vocal/guitarra solo), Julia Stoppa (guitarra base) e Fernanda Simmonds (baixo). O Iansã, de Sorocaba - SP, começou em 2009, com Mandi Naughton (bateria), Mariana Rodrigues (baixo), Marco Ruiz (guitarra) e Horácio Vieira (vocal). Em 2011, o vocalista passa a ser Mauricio Matos Caetano. O primeiro EP, "Yo Tengo Ilusiones", saiu em 2010. As meninas do Menstruação Anarquika contribuem com o seu anarco punk. A banda do ABC Paulista, que atualmente é formada por Larys (bateria), Edwiges (guitarra e vocal), Miriam (guitarra), Shika (vocal) e Cíntia (baixo e backing vocal) já conta com 20 anos de história no movimento punk nacional. “Bazar dos Milagres” é o álbum mais recente - de 2009. O Mortarium é um grupo de garotas do Rio de Janeiro que toca doom metal. Formado em 2008, hoje conta com Julie Sousa (bateria), Tainá Domingues (guitarra e vocal) e Vivi Alvez (baixo e vocal). O single "The awakening of the spirit" foi lançado em 2012. Também o estilo doom, junto com o gothic metal, faz parte do Vetitum. O grupo existe desde 2001 e é de Pelotas - RS. Depois de mudanças na formação, atualmente tocam Luisa Branco (bateria), Daniela Moreira (vocal), Paula Oliveira (guitarra) e Gustavo Knopp (baixo). A música "My weakness" é o primeiro single desta nova fase. O Panndora, banda feminina de heavy metal, é de Maringá - PR e já está na ativa desde o ano 2000. Em 2011 lançaram seu primeiro disco oficial "Heretic's Box", que é elogiado no Brasil e exterior. Formação atual: Adrismith (bateria), Luana Bomb (guitarra), Taise Bijora (baixo), Renata Paschoa (vocal) e Camila Castaño (guitarra). O Crucifixion também é de Porto Alegre-RS e começou em 1996. Sua proposta é fazer um black metal original através de influências do trash oitentista e do death metal. Já divididiram palco com o Kirsiun e o Dark Funeral. Em 2011 saiu o EP "War Against Christian Souls", que vem obtendo ótimas críticas nacionais e internacionais. Seus membros são: Juliana Novo (bateria), Márcio Guterres (vocal e guitarra) e Matheus Souza (baixo). Agradecemos às bandas pelo material liberado e esperamos que todo mundo goste da qualidade das músicas assim como nós! E se você, menina batera, quer o mp3 do seu grupo incluso numa próxima coletânea, é só entrar em contato! hihatgirls@yahoo.com.br
COLETâNEA HI HAT GIRLS
A banda de doom/gothic metal Vetitum teve início em junho de 2001, em Pelotas-RS. Entre os anos de 2002 e 2005, ocorreram diversos shows pelo Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Houve também a gravação da demo “Inspiration”, que teve ótima aceitação na mídia especializada, e de um clipe para a música Red Solution (disponível no site youtube) Com algumas mudanças na formação a banda se consolida em 2009. A música My Weakness é o primeiro single desta nova fase, gravado em fevereiro de 2011. www.facebook.com/vetitum www.myspace.com/vetitum
A banda Stella Can foi formada no ano de 2007, quando três amigas se reuniram para tocar e se divertir. A sintonia musical entre Mariana (vocal e bateria), Luiza (guitarra) e Juliana (baixo), até então desconhecida pelas amigas de longa data, foi tanta que instantaneamente foram surgindo as primeiras composições próprias. A Stella Can segue sua estrada buscando levar sua música para o público afinado com o rock n' roll, carregando consigo sempre o lema "whatever comes our way will never kill our fun" - venha o que vier, nada vai acabar com nossa diversão. www.soundcloud.com/stellacan www. youtube.com/stellacantv www.facebook.com/stellacanrock www.twitter.com/stellacan
Com influências de bandas tradicionais do Heavy Metal, como: Black Sabbath (Dio e Ozzy), Kiss, AC/DC, Twisted Sister, Wasp, Grave Digger, Quiet Riot, Judas Priest, Running Wild, Manowar, Vixen.
www.panndora.net www.myspace.com/panndoraband www.youtube.com/panndoraband www.fotolog.com/panndora666 panndora@panndora.net
Mulheres de vocal rasgado, riffs marcantes e muita distorção. Assim é a banda goiana Gilrie Hell. Influenciadas por L7, Kittie, Crucified Barbara, Danko Jones, The Donnas, AC/DC, Girlschool, Foo Fighters e Metallica, elas chamam atenção por onde passam combinando ritmo forte com melodias viciantes.
www.girliehell.com http://www.myspace.com/ girliehelll
COLETâNEA
A Panndora, formada em meados de agosto de 2000, por um grupo de amigas que freqüentavam os shows da cidade de Maringá-PR e com a idéia de tocar simplesmente Heavy Metal.
HI HAT GIRLS
Siete Armas nasceu em novembro de 2006 na cidade de São Paulo, bairro de Vila Mariana, mais precisamente no apartamento da baterista Helena Krausz. O espírito acústico e improvisado das primeiras sessões ainda se manifesta; plugadas, as meninas soam orgânicas e reais como ao violão. Embora jovens, todas têm larga experiência no cenário musical, com raízes especialmente no punk. Compuseram bandas como Anti-Corpos, Miss Junkie e Cínica antes de se unirem no Siete Armas.
http://sietearmas.bandcamp.com/
Banda formada em 1992 na região do ABC Paulista (SP) composta somente por mulheres. Com o objetivo de passar a diante seus ideais, sua luta e resistência contra o sistema opressor e machista, relata em suas letras uma visão libertária, que se opõe a governo, militarismo, poder, ganância e fanatismo religioso. Presente firme e forte na cena do underground há 20 anos, a banda deixa claro que não se considera a “elite” do punk e sim que faz parte de um movimento de mudança buscando manter sempre suas raízes que são anarquia, protesto e revolução
A música é uma representação de quem nós somos. Somos uma montanha de vida espremida dentro de nosso corpo. O iansã começou e se vê assim. Uma explosão cheia de cores e nuances violenta e bela. Começamos em meados de 2009 com Mariana Rodrigues no baixo, Mandi Naughton na bateria, Marco Ruiz na guitarra e os vocais de Horácio Vieira. Em 2011 tivemos Mauricio Matos Caetano cantando a nossa frente. E 2012 começa um ano instrumental para nós. .Lançamos em julho/2010 nosso primeiro EP. produzido por Pêu Ribeiro, chamado “yo tengo ilusiones”. Fizemos ótimas turnês onde conseguimos novos amigos e admiradores de nossa música e é só .
Medialunas nada mais é do que o nome dado à união musical de um dos casais mais hiperativos da cena independente nacional atual. Andrio Maquenzi (Superguidis, Urso e Worldengine)na guitarra/vocal e Liege Milk (Loomer e Hangovers) na bateria/vocal. Apaixonados por música, ambos trabalham com tal, por quase 24 horas por dia. Amantes dasguitarras distorcidas, baterias pulsantes e vocais harmônicos, o duo resolveu gravar em casa doisdespretensiosos singles no início do ano (Humming e Colorful), que foram lançados logo em seguida, viaTrama Virtual. O resultado, foi “uma pá” de downloads, que deixou a banda em primeiro lugar no Top 10 da Trama, nos dias seguintes aos lançamentos, que motivaram o casal, a logo em seguida, gravar e lançar mais dois singles (Slo-Mo Dancer e Chunby). Daí pra cá, pulularam os convites de shows, e a banda teve sua estréia em São Paulo, em setembro de 2011, na festa dos blogs Urbanaque e Scream & Yell, na Casa Dissenso. Em seguida, a banda se apresentou na Noite Senhor F, no palco do Opinião, em Porto Alegre, ao lado dos “hermanos”do El Mató a Un Policia Motorizado . medialunasrock@gmail.com Twitter: @medialunasrock http://tramavirtual.uol.com.br/medialunas (51) 9641-7592 / (51) 9776-5084
COLETâNEA
Iansã
HI HAT GIRLS
Mortarium é uma banda feminina de Doom Metal, formada em 2008 por Tainá Domingues e Julie Sousa, na cidade do Rio de Janeiro. As primeiras apresentações ao vivo ocorreram no ano de 2010, simultaneamente ao lançamento do primeiro single da banda, intitulado“Celebrate Eternity”. Após mudanças na formação, Mortarium lança o single “The Awakening of the Spirit”, marcando desta forma a passagem de suas ex-integrantes. Atualmente, a banda consolidou sua formação em um trio formado por Vivi Alves [Baixo e vocal], Julie Sousa [Bateria] e Tainá Domingues Guitarra e vocal gutural]. O trio segue se apresentando no Rio de Janeiro e em algumas cidades do país. Contatos: mortarium@yahoo.com.br www.mortarium.com www.reverbnation.com/mortariumdoommetal www.youtube.com/user/mortariumdoommetal
www.myspace.com/mortarium www.twitter.com/mortarium www.facebook.com/mortarium
CRUCIFIXION BR, banda fundada em 1996 no Rio Grande do Sul, renovou o cenário do metal extremo brasileiro desde sua formação, com a proposta de fazer um black metal original, através de influências do thrash oitentista e death metal, mantendo como essência a raiz do black metal. O nome "CRUCIFIXION BR" foi inspirado numa música de mesmo nome do grupo SEPULTURA.
Contatos: www.crucifixionbr.com crucifixionbr@gmail.com darkmoon.mackenzie@gmail.com
WWW.HIHATGIRLS.COM