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A
devoção ao piano, a estética romântica e o fato de serem contemporâneos são traços em comum entre o polonês Frédéric Chopin (1810-1849) e o alemão Robert Schumann (18101856). Na vida pessoal eram totalmente diferentes. Enquanto Chopin frequentava assiduamente os salões da aristocracia, Schumann dedicava-se à família e ao trabalho. Mas o ponto que os une acima de tudo isso é a genialidade da obra musical que deixaram. É essa obra que este evento celebra, nos 200 anos de nascimento dos dois grandes compositores. Sob a coordenação de Elyanna Caldas e Edson Bandeira de Mello, o Festival Chopin-Schumann reúne os artistas de maior destaque na música erudita pernambucana. Estrategicamente planejado para coincidir com as férias de verão europeias, o festival também conta com músicos residentes no exterior, que sempre visitam o Recife nessa época. O repertório brindará o público com todas as obras canônicas dos dois grandes gênios da música universal, além de peças de câmara, orquestrais e os lieder. É, pois, um evento que a Companhia Editora de Pernambuco – Cepe, e a Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco – Apacepe, têm a honra de realizar e oferecer ao público pernambucano.
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Frédéric
CHOPIN
Elyanna Caldas
N
o repertório dos pianistas do mundo inteiro, Chopin ocupa um lugar de primeiríssimo plano. Apesar de inovadora, pelo enriquecimento do sistema tonal, a sua música se atém às tradições do passado clássico, sendo Mozart para ele o exemplo inacessível da perfeição, e Bach, o músico que o acompanhou, através de O cravo bem temperado, até o fim de sua vida. Nascido em Zelazowa Wola, Polônia, filho de pai francês e de mãe polonesa, Chopin viveu na França por quase duas décadas, falecendo em Paris aos 39 anos – curto espaço de tempo para escrever uma obra tão rica e intensa. Entre os 18 e 24 anos começou a compor o que se considera ser o seu grande testamento musical: os 24 Estudos do Opus 10 e do Opus 25, obras endereçadas à posteridade. Fruto da genialidade do compositor polonês, essa série de obras-primas representaria o nascimento de uma nova técnica do piano, abrindo o caminho para Liszt e seus sucessores, até Debussy e Ravel. Como disse o crítico James Huneker, “Quando a maior parte de sua música para piano tiver desaparecido, esses estudos permanecerão e representarão o século XIX, assim como a música de Beethoven cristalizou o século XVIII e a de Bach, o XVII”. No legado que deixou para a posteridade, Chopin impôs o seu universo e a sua linguagem única por meio do piano, instrumento de suas íntimas confidências. Esse legado é composto de quase duzentas obras, entre baladas, concertos, sonatas,
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prelúdios, improvisos, fantasias, rondós, variações, berceuses, barcarolas, tarantelas, canções, valsas, polonaises e mazurcas. Nessas duas últimas, o nacionalismo e o folclore da Polônia estão presentes, tendo as polonaises se identificado com a luta nacional pela libertação do seu país da dominação russa, a ponto de se tornarem símbolo do movimento revolucionário. Às mazurcas, foi fiel até em seu “canto de cisne”: foram duas mazurcas as derradeiras peças que compôs (Op. 67, nº 2 e Op. 68, nº 1). Sobre a última – que ele não conseguiu mais recopiar de próprio punho – escreveu Fontana (um dos editores de suas obras): “ele estava demasiadamente fraco e doente para experimentá-la no piano, mas dizia: ‘devo trabalhar, tenho de retirar mazurcas deste coração dilacerado...’”. Como pianista, avesso a grandes públicos, preferia apresentar-se em pequenas salas, onde a sua música pudesse ser melhor entendida e apreciada. Seu toque era refinado, intimista, muito embora possuísse uma técnica altamente desenvolvida e um completo domínio do instrumento, como afirmava um de seus alunos mais chegados, Karol Mikuli. Suas respirações e fraseados eram muito próximos da voz humana. Ardoroso admirador das cantoras da sua época, frequentador das óperas, o bel canto lhe servia de exemplos para os alunos: “cantem se querem tocar bem o piano” (daí o seu famoso cantábile no toque legato). O ensino o acompanhou por longos anos, e a ele dedicou boa parte do seu tempo. Esboçou um método para piano do qual só restaram o início do prefácio e alguns fragmentos. Vivendo no centro cultural do mundo de seu tempo - a Paris do século XIX -, Chopin conheceu o renome e a glória. Mas o que ele nunca poderia, talvez, prever seria a dimensão que nos séculos seguintes alcançariam esse renome e essa glória, dimensão de que dão testemunho, em nosso tempo, as homenagens que lhe estão sendo prestadas em todas as terras desse vasto mundo.
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Imagens do acervo do Consulado da Polônia em São Paulo
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1. Casa onde nasceu Chopin, em Zelazowa Wola 2. JMikolaj Chopin, pai do compositor 3. Justyna Chopin, sua mãe
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4. Igreja das Irmãs da Visitação, frequentada pelo jovem Chopin 5. Piano em que Chopin compôs suas últimas peças 6. Cópia da mão esquerda de Chopin (bronze de Jean-Baptiste, 1849)
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EWA SLAWINSKA/DIVULGAÇÃO
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7. Amantine-Aurore-Lucile Dupin (George Sand), companheira de Chopin por muitos anos (óleo de Auguste Charpentier,1838) 8. Medalha em bronze com efígie de Chopin (Antoine Bovy, 1837) 9. Chopin no leito de morte (aquarela de Teofil Kwiatkowski) 10. Túmulo de Chopin, em Paris
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Robert
Schumann
Edson Magalhães Bandeira de Mello
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obert Alexander Schumann nasceu a 8 de Junho de 1810 em Zwickau, pequena cidade da Saxônia, na Alemanha. Situandonos sobre essa época, lembremonos de que Chopin nasceu nesse mesmo ano de 1810; Mendelssohn, em 1809; Liszt, em 1811; Wagner e Verdi, em 1813; e de que Schubert, à época, tinha treze anos, e Beethoven, quarenta. O pai de Robert, Friedrich August Schumann, tinha uma livraria. Gostava de ler, de traduzir poemas de Byron, de escrever novelas góticas e de realizar reuniões culturais. Assim, as tarefas comerciais eram deixadas para a sua esposa, Johanna Christina Schumann. Robert tinha a sólida cultura de um leitor insaciável tanto dos clássicos greco-romanos quanto dos poetas e novelistas românticos. Também escrevia muito. Os poemas, as cartas, as novelas sucediam-se e acentuavam o dilema entre ser poeta ou tornar-se músico. Aos sete anos iniciou seus estudos musicais com Johann Kuntzsch. Mesmo não sendo dos grandes, Kuntzsch estimulava o futuro compositor. Em 1825 uma tragédia abateu-se sobre a família Schumann. Emília, a irmã de Robert, a quem ele amava ternamente, suicidou-se. O pai, não suportando o choque brutal, faleceu naquele mesmo ano. De um só golpe, o jovem Schumann perdia a irmã querida e o pai, amigo e apoio incondicional. Com seu temperamento afável e sonhador, Robert nunca recuperou-se dessas perdas. Na falta do pai, a mãe decidiu que ele deveria cursar direito. Assim, em 1828, Robert ingressou na Faculdade de Direito de Leipzig. No entanto, simultaneamente, tornou-se aluno
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de Friedrich Wieck, famoso professor de piano e pai de Clara, uma talentosa menina-pianista de nove anos, que viria a ter enorme influência sobre o compositor. Friedrich Wieck depositou grandes esperanças em Robert, tendo assumido o seguinte compromisso com a mãe do jovem: “comprometo-me, minha senhora, a fazer do seu filho Robert, em menos de três anos, graças ao talento e à imaginação que ele tem, um dos maiores pianistas vivos, mais espiritual e ardoroso que Moscheles, mais magnífico que Hummel”. O compromisso, assumido por um dos mais conceituados professores da época, derrubou a fortaleza da mãe, que, só então, permitiu a opção de Robert pela música. De imediato, nos meses seguintes, surgiram as primeiras obras notáveis: as Variações sobre o nome Abbeg e os Papillons. Em 1830, tendo optado pela música, Robert foi morar na casa dos Wieck. Ali, novo infortúnio o esperava. Objetivando desenvolver sua técnica pianística, teve a infeliz ideia de imobilizar o dedo médio da mão direita, com o uso de uma ligadura. Queria torná-lo menos dependente do dedo anular. O previsível ocorreu: o dedo imobilizado tornou-se paralítico. Desaparecia o intérprete virtuose. Surgia o compositor genial que, já em 1834, escreveu sua primeira obra-prima para piano: o Carnaval – Opus 9, e, logo em seguida, os Estudos sinfônicos – Opus 13. Nesse mesmo ano fundou A Nova Gazeta Musical. Seus redatores (Schumann, Wieck, Schuncke, Lyser, Hiller, Mendelssohn, Wagner) formavam a Sociedade dos Companheiros de David, que objetivava a defesa dos novos talentos musicais contra os críticos reacionários: os “filisteus”. As múltiplas facetas de Schumann apareciam na Gazeta, e em muitas de suas obras, sob os pseudônimos de Florestan, impetuoso e arrebatado, e de Eusebius, o tranquilo e afetuoso personagem. Ambas as facetas eram o reflexo das “tensões entre os opostos” que, tão cedo, Schumann encontrou em Jean-Paul Richter. Durante dez anos, Schumann dedicou parte importante do seu tempo à tarefa ambiciosa de dirigir a atenção do público para a arte verdadeira. Em 1830, quando Robert foi morar na casa dos Wieck, tinha contato diário com Clara, a criança genial que viria a ser sua esposa. Contudo, foi em 1937, quando Clara voltou de uma turnê como pianista já consagrada, que o compositor lhe escreveu: “Você me pareceu mais crescida. É estranho. Você já não é a criança com a qual eu podia rir e brincar. Você me diz coisas sensatas e eu vi, em seus olhos, um secreto brilho de amor”. O amor entre Robert e Clara despontava. Ele tinha 24 anos. Ela, 16. Mas, como nada é assim tão simples, surgiu a barreira do pai. Pai de uma jovem moldada para ser
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concertista brilhante. Era inconcebível para ele não opor-se, desde o início, ao romance entre a filha e o seu melhor aluno. Casarem-se e ter filhos? Clara? Um gênio fora dos padrões da normalidade? Ela feneceria ao viver como qualquer um. Por isso o pai passou ao ataque. Mandou-a para Dresden, proibindo-a de se comunicar com Robert. Programou grande número de apresentações para a filha; sempre fora de Leipzig. Passou a caluniar Robert como sendo volúvel, mulherengo, vadio e filho de uma família mentalmente insana. O conflito durou quatro longos anos com árdua demanda judicial ganha pelo casal. Apesar de todo o desgaste com seu antigo professor (responsável direto por fazê-lo deixar o estudo do Direito pela Música), Schumann não deixou de compor: Cenas infantis, Arabeske, Novelletten, Carnaval de Viena, Blumenstück, os lieder dos ciclos Myrthen, Liederkreis, Frauenliebe und Leben e Dichterliebe, além de dezenas de outras obras, datam dessa época. Vencida a batalha judicial, a ligação entre Clara e Robert aprofundou-se. Durante todo o tempo de casados, os problemas de uma família normal e numerosa não impediam que os dois trabalhassem ativamente: ele compondo e ela apresentando-se nos principais centros europeus. É possível ler, no diário comum mantido por eles, conflitos entre as necessidades de uma pianista consagrada, que estudava dez ou doze horas por dia, e as de um compositor fecundo, ansioso pelo silêncio que lhe permitisse criar o que lhe ia na alma. É possível, igualmente, ler as soluções ditadas pelo amor que os unia. Schumann era um homem genial, um estudioso de vasta cultura e de conhecimentos profundos. Clara, uma grande pianista, receptiva e interessada, que, aos poucos, deixava de ser a virtuose formada por Wieck para se transformar na musicista formada por Schumann. Este, estimulado por Clara, Liszt e outros amigos, ampliou seu campo de ação deixando de compor apenas para piano e canto. Surgiram assim obras-primas de todos os níveis, gêneros e formas: concertos, música de câmara, ópera, música incidental, réquiens, sinfonias, obras para os jovens, para instrumentos diversos, para grupos instrumentais pouco usuais, para vozes em inúmeras formas incomuns. O seu ritmo de trabalho, normalmente muito intenso, tornava-se frenético. Disso resultaram crises nervosas bastante sérias, que seriam o prelúdio de algo muito mais grave. Mas o tempo passava. Em 30 de setembro de 1853, por volta do meio-dia, a campainha tocou. Marie, filha de Robert e Clara, correu para atender. Um jovem, com voz tímida, pediu para falar com o compositor Robert Schumann. Marie disse-lhe que o pai não estava, mas que
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poderia encontrá-lo no dia seguinte. No outro dia, ao voltar, quem lhe abriu a porta foi o próprio Robert. O jovem era um músico que, como muitos, vinha ver o “grande Schumann”. Trazia suas composições manuscritas. Tinha vinte anos e uma carta de Josef Joachim, grande violinista e amigo de Robert. Seu nome era Johannes Brahms. De aspecto infantil, nada falou e, convidado por Schumann, sentou-se ao piano tocando suas composições. Após alguns compassos, Schumann levantou-se. Agitado, com uma alegria incontida, gritava forte: “Clara! Clara! Você vai ouvir uma música como nunca ouviu até então!”. Robert estava comovido, porque reconhecia na música de Brahms os ecos da sua própria inspiração. Naquele dia, os Schumann não fizeram o costumeiro passeio. Brahms ficou para almoçar. Schumann escreveu no Diário que mantinham: “1º de Outubro: Brahms em visita (um gênio)”. Brahms passou a viver na casa dos Schumann, como membro da família. Robert recomendava suas obras aos seus editores, tendo escrito um famoso artigo, intitulado “Novos caminhos”. Nele, Brahms era tratado como “eleito”, e “jovem águia”. Foi nesse mesmo ano que Robert começou a ter problemas auditivos. Ouvia, incessantemente, a nota “lá”. A isso juntaram-se dificuldades de fala. No início do ano seguinte seus problemas tornaram-se mais frequentes. A obsedante nota “lá” transformara-se em música, descrita por ele como “a mais maravilhosa, e executada por instrumentos que ressoam tão esplendidamente como jamais se ouviu”. Na noite de 17 de fevereiro de 1854, insone, levanta-se para grafar um tema ditado por anjos que via ao seu redor. Então, essas figuras celestiais transformaram-se em hienas e tigres, acompanhados por músicas tenebrosas e assustadoras. Pediu para ser internado. Não sendo atendido, poucos dias depois tentou o suicídio, atirando-se às águas do rio Reno. Salvo por barqueiros, foi conduzido ao asilo de Endenich, de onde não mais sairia. Em 29 de julho, aos 46 anos, faleceu Robert Alexander Schumann, cuja genialidade encantará a humanidade para sempre.
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Imagens do acervo da Schumannhaus, em Zwickau, Alemanha
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1. Casa onde Schumann nasceu, em Zwickau 2. Robert Schumann (daguerre贸tipo)
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3. Monumento a Schumann, no centro de Zwickau (Johannes Hartmann, 1901) 4. Clara Schumann e Robert Schumann (daguerreótipo) 5. Piano com o qual Clara Schumann fez sua primeira apresentação, aos 9 anos de idade 6. Piano construído por um primo de Clara Schumann, sobre um teclado de pedal da época 7. Clara Schumann e Robert Schumann (baixo-relevo de Ernst Rietschel, 1846) 8. Túmulo de Clara e Robert Schumann, em Bonn
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PROGRAMAÇÃO Livreto_Chopin_Scumann_com layout _complemento_RICARDO.indd 13
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Dia 31 de julho de 2010 às 18h Teatro de Santa Isabel Robert Schumann Três romances,
Op. 94
•• Nicht schnell (não muito rápido) •• Einfach innig (puro e com simplicidade) •• Nicht schnell (não muito rápido)
Três canções escolhidas •• Schöne Wiege meiner Leiden, Op. 24, nº 5 •• Sehnsucht nach der Waldgegend, Op. 35, nº 5 •• Dein Angesicht, Op. 127, nº 2
Peças de fantasia,
Op.73
•• Zart und mit Ausdruck (delicado e com expressão) •• Lebhaft, leicht (fluente com vivacidade) •• Rasch und mit Feuer (rápido e caloroso) DUoARTE: Isaac Duarte - oboé, oboé d’amore, corne Mônica Duarte - piano
Robert Schumann Sonata,
Op.105,
em lá menor
•• Mit Leidenschaft (apaixonado) •• Allegretto •• Lebhaft (com vivacidade) Gilson Cornélio - violino Elyanna Caldas - piano
Frédéric Chopin Polonaise fantaisie,
Op. 61
Maria Clara Fernandes - piano
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Dia 1 de agosto de 2010 às 18h Teatro de Santa Isabel Robert Schumann Sonata,
Op.22,
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em sol menor
O mais rápido possível Andantino Scherzo Rondo – Presto Thaissa Santiago - piano
Robert Schumann Três romances,
Op. 28
•• Sehr markiert (muito marcado) •• Einfach (simples) •• Sehr markiert (muito marcado) •• Intermezzo 1 – Presto (rápido) •• Erstes Tempo Intermezzo 2 – Etwas langsamer (um pouco mais devagar)
Frédéric Chopin Sonata,
Op. 35, nº 2,
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em si bemol menor
Grave – Doppio movimento Scherzo Marcha fúnebre - Lento Finale – Presto Stefanie Freitas - piano
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Dia 2 de agosto de 2010 às 19h30 Teatro de Santa Isabel Frédéric Chopin Oito canções polonesas, •• •• •• •• •• •• •• ••
Op. 74
Zyczenie (O desejo da jovem), Witwicki Gdzie Lubi (Do que ela gosta), Witwicki Pierscien (O anel), Witwicki Narczeczony (Jovem esposa), Witwicki Sliczny Chlopiec (Jovem elegante), Zaleski Moja pieszczotka (Minha querida), Mickiewicz Piosnka Litewska (Canção lituana), Osinski Wojak (O guerreiro), Witwicki
Frédéric Chopin Noturno,
Op. 48, nº 1
Robert Schumann Myrthen,
Op. 25
•• Widmung (Dedicatória), Rückert
Liederkreis,
Op. 39
•• In der Fremde (No desconhecido), Eichendorff
Frauenliebe und Leben,
Op. 42
•• Er, der Herrlichste von allen (De todos o mais belo), Chamisso
Myrthen,
Op. 25
•• Du bist wie eine Blume (Você é como uma flor), Heine •• Der Nussbaum (A nogueira), Mosen
Liederkreis,
Op. 39
•• Schöne Fremde (O belo estranho), Eichendorff
Frauenliebe und Leben,
Op. 42
•• Ich kann’s nicht fassen (Eu não posso exprimir), Chamisso •• Du Ring an meinem Finger (Tu, anel em meu dedo), Chamisso
Liederkreis,
Op. 39
•• M ondnacht (Noite de luar), Eichendorff •• Frühlingsnacht (Noite de primavera), Eichendorff
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Robert Schumann Novelletten,
Op. 21, nº 1
3 zweistimmige Lieder,
Op. 43
•• Wenn ich ein Vöglein wär (Se eu fosse um passarinho), Volkslieder (canção popular)
Spanische Liebeslieder,
Op. 138
•• Bedeck mich mit Blumen (Cubra-me de flores), Geibel
3 zweistimmige Lieder,
Op. 43
•• Schön Blümelein (Linda florzinha), Reinick
Spanisches Liederspiel, Op. 74 •• Liebesgram (Sofrimento de amor), Geibel Gabriella Pace - soprano Adriana Clis - mezzo-soprano Gilberto Tinetti - piano
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Dia 3 de agosto de 2010 às 19h30 Teatro de Santa Isabel Robert Schumann Adagio e Allegro,
Op. 70
Lars Hoefs - violoncelo Ana Lúcia Altino - piano
Märchenbilder, •• •• •• ••
Op. 113
(Imagens de contos de fada)
Não muito rápido Vivo Ligeiro Lento, expressivo e melancólico Rafael Altino - viola Ana Lúcia Altino - piano
Frédéric Chopin Sonata,
Op. 65,
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em sol menor
Allegro Moderato Scherzo Largo Finale Allegro Lars Hoefs - violoncelo Ana Lúcia Altino - piano
Robert Schumann Quarteto, •• •• •• ••
Op. 47
Sostenuto assai Scherzo Andante cantabile Finale vivace Ana Lúcia Altino - piano Rafael Garcia - violino Rafael Altino - viola Lars Hoefs – violoncelo
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Dia 4 de agosto de 2010 às 19h30 Teatro de Santa Isabel Robert Schumann Papillons, Op. 2 •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• ••
Introdução - Moderado Brilhante Prestíssimo Marcado Vivo Andante Muito vivo Simples Moderado Rapidíssimo Moderado Vivo e brilhante Final
Frédéric Chopin Três Escocesas, Op. post. 72 Priscilla Dantas - piano
Robert Schumann Quinteto, •• •• •• ••
Op. 44,
em mi bemol maior
Allegro brillante In modo d’una marcia: un poco largamente Scherzo molto vivace Allegro, ma non troppo José Henrique Martins - piano Sandra Cabral de Aquino - primeiro violino André Araújo - segundo violino Luiz Carlos da Silva Júnior - viola Felipe de Avelar Aquino - violoncelo
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Dia 12 de agosto de 2010 às 19h30 Teatro da UFPE
Frédéric Chopin Estudos,
Op. 10, nos 3 e 11
Scherzo,
Op. 20
Estudo,
Op. 25, nº 1 e Op. 10, nº 12
Scherzo,
Op. 31
Edson Magalhães Bandeira de Mello - piano
Robert Schumann Fantasia,
Op. 17
•• D urchaus phantastisch und leidenschaftlich (sempre fantástico e apaixonado) •• Mässig – Durchaus energisch (moderado - sempre com energia) •• Langsam getragen – Durchweg leise zu halten (sempre lento - sustentado com expressiva tranquilidade) Andréia da Costa Carvalho - piano
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Dia 13 de agosto de 2010 às 19h30 Teatro de UFPE Frédéric Chopin Mazurkas •• Op. 6, nº 2, nº3 e nº 4 •• Op. 7, nº 3 e Op. 17, nº 4 •• Op. 56, nº 2, Op. 63, nº 2 e Op. 30, nº 4
Improviso, Balada,
Op. 51
Op. 52, nº 4,
em fá menor Elyanna Caldas - piano
Robert Schumann Carnaval de Viena, •• •• •• •• ••
Op. 26
llegro sehr lebhaft (alegro muito veloz) A Romanze – Ziemlich langsam (romance - bastante lento) Scherzino Intermezzo – Mit grösser Energie (com muita energia) Finale Maria Clara Fernandes - piano
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Dia 14 de agosto de 2010 às 18h Teatro de UFPE Frédéric Chopin Barcarola, Fantasia,
Op. 60
Op. 49
Fernando Müller - piano
Robert Schumann Humoreske, •• •• •• •• •• •• •• •• ••
Op. 20
Einfach (simples) Sehr rasch und leicht (muito rápido e fluente) Erster Tempo – Wie im Anfang (como no início) Hastig (depressa) Nach und nach immer lebhaft und stärker (pouco a pouco mais vivo e vibrante) Adagio (adágio) Einfach und zart, intermezzo (simples e delicado, intermezzo) Innig – Sehr lebhaft – Mit einigem Pomp (íntimo - muito vivo - com alguma pompa) Zum Beschluss (decidido) Jussiara Albuquerque - piano
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Dia 15 de agosto de 2010 às 18h Teatro da UFPE Frédéric Chopin Balada,
Op. 23, nº 1
Balada,
Op. 38, nº 2
Scherzo, Op. 54, nº 4 Rachel Casado - piano
Frédéric Chopin Balada,
Op. 47, nº 3
Robert Schumann Carnaval, •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• ••
Op. 9
Preâmbulo Pierrô Arlequim Valsa nobre Eusebius Florestan Coquete Réplica Esfinge Borboletas Letras que dançam (ASCH-SCHA) Chiarina Chopin Estrella Reconhecendo Pantalon e Colombina Valsa alemã Paganini Confidência Passeio Pausa Marcha dos companheiros de David contra os Filisteus José Henrique Martins - piano
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Dia 19 de agosto de 2010 às 19h30 Teatro da UFPE
Robert Schumann Sonata em fá# menor, •• •• •• ••
Op. 11
I ntrodução – Un poco adagio – Allegro vivace Ária Scherzo – Intermezzo – Allegrissimo – Lento Final – Allegro un poco maestoso Elyanna Caldas - piano
Frédéric Chopin Sonata,
Op. 58, nº 3,
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em si menor
Allegro maestoso Scherzo – Molto vivo Largo Final – Allegro, ma non troppo Antonio Nigro - piano
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Dia 20 de agosto de 2010 às 19h30 Teatro de UFPE
Robert Schumann Cenas Infantis, •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• ••
Op. 15
Terras e povos estranhos Interessante estória Esconde-esconde Súplica de criança Quase feliz demais Acontecimento importante Devaneio Juntos na lareira O Cavaleiro no cavalo de pau Quase muito sério Tendo medo A criança adormece Fala o poeta
Arabeske, Op. 18 Edson Magalhães Bandeira de Mello - piano
Frédéric Chopin Noturnos, Noturnos,
Op. 27, nºs 1 e 2 Op. 32, nº 1 e Op. 15, nº 2
Andréia da Costa Carvalho - piano
Robert Schumann Doze Estudos Sinfônicos, •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• ••
Op. 13
ema - Andante legatissimo (as notas da melodia são de composição de um amador) T Estudo 1 - Um pouco mais vivo e crescendo aos poucos Estudo 2 - Expressivo marcando o canto e o tema Estudo 3 - Vivo Estudo 4 - Marcado Estudo 5 - Scherzando Estudo 6 - Agitado Variação I - Rápido mas tenso Estudo 7 - Sempre brilhante Estudo 8 - Sempre muito marcado Variação IV - Piano, mas expressivo Estudo 9 - O mais rápido possível Variação V - Piano e com muita expressão Estudo 10 - Forte e sempre com energia Estudo 11 - Piano a meia voz mas marcando o canto Estudo 12 - Alegro brilhante Edson Magalhães Bandeira de Mello - piano
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Dia 21 de agosto de 2010 às 18h Teatro da UFPE
Frédéric Chopin Polonaises, Op. 26, nºs 1 e 2 Valsa,
Op. 70, nº 3
Valsa póstuma em lá menor Valsa póstuma em mi maior Marco Antonio Caneca - piano
Robert Schumann Kreisleriana, •• •• •• •• •• •• •• ••
Op. 16
Äusserst bewegt (muito agitado) Sehr innig und nicht zu rasch (muito íntimo e não muito rápido) Sehr aufgeregt (muito agitado) Sehr langsam (muito lentamente) Sehr lebhaft (bastante vivo) Sehr langsam (muito lentamente) Sehr rasch (muito vivo) Schnell und spielend (rápido e fluente) Adele Ananias - piano
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Dia 22 de agosto de 2010 às 18h Teatro da UFPE
Frédéric Chopin Polonaise,
Op 71, nº 3
Polonaise,
Op. 40, nº 2
Valsas, Op. 64, nºs 2 e 3 e Op. 69, nºs 1 e 2 Valsa em mi menor (póstuma, KK IVa/15) Jussiara Albuquerque - piano
Robert Schumann Phantasiestücke, •• •• •• •• •• •• •• ••
Op. 12
Der Abend (O anoitecer) Aufschwung (Ascensão) Warum? (Por quê?) Grillen (Capricho) In der Nacht (À noite) Fabel (Fábula) Traumes Wirren (Sonho fantástico) Ende vom Lied (Final da canção) Fernando Müller - piano
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Dia 23 de agosto de 2010 às 19h30 horas Teatro de Santa Isabel
Concerto da Orquestra Sinfônica Jovem do Conservatório Pernambucano de Música Lanfranco Marcelletti - regente
Robert Schumann Die Braute von Melissa,
Op. 100
Concerto para violoncelo em lá menor,
Op. 129
•• Nicht zu schnell (não tão rápido) •• Langsam (lento) •• Sehr lebhaft (muito vivo) Julian Tryczynski - solista
Frédéric Chopin Quatro movimentos do Les Sylphides Andante Spianato e Grande Polonaise Brilhante Maria Clara Fernandes - solista
INTEGRANTES DA OSJCPM Regente Titular: José Renato Acioly
VIOLINOS
Primeiros •• Daniel (spalla) •• Mariana Cavalcanti de Alcântara (concertino) •• Márcio Pereira (convidado) •• Reneudes Santiago (convidado) •• Rayssa Vera Cruz (convidado) •• Paôla da Fonseca (convidado) •• Paulo Jeferson de Freitas (convidado) •• Juliana Cantarelli (convidado) •• Aline Lucena de Souza (convidado) •• Wendy Anushika Cavalcanti (convidado) •• Carina Pessoa Santos (convidado) •• Prof. Carlos Santos (convidado) Segundos •• Kedma Johnson da Silva (chefe de naipe) •• Caroline Santa Rosa (assistente) •• Shirley Vieira dos Santos •• Laila Florentino Campelo •• Rebeca Iva Rezende •• Giovanni Bezerra da Silva
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VIOLAS •• •• •• •• •• •• ••
CELLOS •• •• •• •• •• ••
Tiago Tenório de Lima Jeanderson Barbosa de Lima Erivelton Nunes Barbosa Nilzeth Galvão Santos (chefe de naipe) Karoline Pontes de Lira (assistente) Ricardo Cavalcante de Oliveira Cecília Araújo de Azevedo Felipe Rocha Vianna Cynthya Guedes Pimentel Ivan Cordeiro de Souza Nilson Galvão Jr. (chefe de naipe) Jalvanez Guedes (assistente) Wagner Salvino da Silva Rafael Oliveira de Souza Lucas Fonseca de Freitas Angélica de Freitas Silva
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CONTRABAIXOS •• •• •• ••
FLAUTAS •• •• •• ••
OBOÉS
Claudenísio Mendes (chefe de naipe) Mateus Alves Souza (assistente) Thiago Silva Correia Paulo César Nascimento Jr. Eltony Nascimento (chefe de naipe) Karen Dantas Fernanda Patrícia dos Santos Camila Kramer (suplente)
Primeiros •• Lúcio Sócrates Oliveira (chefe de naipe) •• Maria José dos Santos Segundos •• Junielson Nascimento •• Roberta Pereira Belo
TROMPAS
Primeiras •• Esdras Campos da Silva (chefe de naipe) •• Ludwig van Beethoven Segunda •• Danilo Lopes de Lima Terceira •• Adriano Lima da Silva Quarta •• José Rodrigues Pessoa Neto
TROMPETES •• •• •• ••
TROMBONES •• •• ••
CLARINETES •• •• •• ••
FAGOTES •• •• ••
Davi Campos (chefe de naipe) José Fernandes Neto Gabriela Oliveira Edson Oliveira da Silva (suplente) Josias Felipe Bezerra (chefe de naipe) Jean Carlos Marcílio Souza
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Josias Adolfo Netto (chefe de naipe) Augusto Macêdo França Thiago Barbosa Feitoza Érico Veríssimo (suplente) José Paulo (chefe de naipe) Daniel da Silva Josinaldo da Silva Oliveira (suplente)
TROMBONE BAIXO TUBA
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Manassés dos Santos Silva
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Giovanni Scavuzzi Jr. Severino Vidal dos Santos Jr.
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INTÉRPRETES CONVIDADOS Livreto_Chopin_Scumann_com layout _complemento_RICARDO.indd 30
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Adele Ananias
Adriana Clis
Natural de Recife, iniciou seus estudos de piano com as professoras Maria Auxiliadora Hazin e Elyanna Caldas, no Conservatório Pernambucano de Música. Em 1993, ingressou no Bacharelado em Música da UFPE, tendo como professores de piano Edson Bandeira de Mello e Marco Antônio Caneca. Concluiu seu curso, com láurea, em 1996. No ano de 1998 ingressou no Master of Music (piano performance) da Hartt School of Music (EUA), onde estudou com o pianista Paul Rutman. Durante sua formação profissional, participou de diversos Festivais e fez vários cursos de técnica e interpretação pianística, com artistas nacionais e estrangeiros. Detentora de prêmios obtidos em concursos nacionais de piano, atuou várias vezes como solista de orquestras como a Orquestra Sinfônica de Sergipe, a Orquestra Sinfônica da Paraíba e a Orquestra Sinfônica Jovem da Paraíba. Atuou como Professora Substituta de Piano da UFPE, e do Conservatório Pernambucano de Música.
Fez curso no Conservatório Tchaikovsky, em Moscou, com Klara Kadinskaia (Teatro Bolshoi), e se aperfeiçoou em Milão sob a orientação do maestro Pier Miranda Ferraro, da Academia Lírica Italiana. Como solista tem se apresentado com as maiores instituições musicais do país. Na Europa, atuou como recitalista em Bellegarde, Sèvres e Paris (França), e em Berlim (Alemanha). Suas apresentações abrangem a ópera, a música de concerto e a música de câmara. Premiada no Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão (2003) e primeiro lugar no Concurso de Canto de Araçatuba (1996), no Concurso Internacional Honorina Barra (Curitiba, 1998) e no Concurso Nacional de Música de Câmara Henrique Nirenberg (RJ, 1999). Vencedora do Concurso Jovens Solistas Eleazar de Carvalho (2002), e, em 2004, foi uma das finalistas nas Audições para Novas Vozes Líricas, do Teatro Colón (Buenos Aires), onde integrou a temporada de 2005 com a ópera Die Walküre, de Wagner.
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André Araújo
Ana Lúcia Altino Pernambucana, é Doutora em Musical Arts pela Boston University (EUA). Vencedora de vários prêmios nacionais, foi solista das grandes orquestras do Brasil, sob regência de importantes maestros. A convite de Eleazar de Carvalho, assumiu a função de pianista da Osesp. Professora da Universidade Federal da Paraíba, criou o Departamento de Música e o curso de bacharelado da instituição, assim como a Orquestra Sinfônica da Paraíba, em convênio com o Governo do Estado. Foi membro fundador e presidente da Orquestra Filarmônica Norte-Nordeste e diretora administrativa da Orquestra Sinfônica de Campinas. Atualmente coordena os vários programas do festival Virtuosi, que incluem o Virtuosi Brasil, o Virtuosi de Gravatá, o Virtuosi na Serra e o Virtuosi Internacional, que acontecem em Recife, Gravatá e Garanhuns desde 1998.
Natural de João Pessoa, estudou violino com o Prof. Ademar Rocha, no Centro Musical Suzuki, e com o Prof. Yerko Tabilo, na Universidade Federal da Paraíba. Participou de vários festivais de música no Brasil e na Alemanha, e se apresentou como solista e camerista em importantes salas de concerto no Brasil. Foi premiado com o segundo lugar no 11º Concurso Nacional de Cordas Paulo Bosísio e, como camerista, com o primeiro lugar no II Concurso de Música de Câmara de João Pessoa. Integrou a Camerata Brasílica e hoje é o segundo violino do Quinteto da Paraíba. Atua também como spalla da Orquestra Sinfônica Jovem da Paraíba. André toca no violino José Bonifácio de Andrade e Silva, de autoria de Saulo Dantas.
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Andréia de Costa Carvalho Pernambucana de Olinda, iniciou seus estudos de piano com o Professor Waldemar de Almeida, e deu sequência aos mesmos na graduação em Música da UFPE, sob a orientação dos professores Edson Bandeira de Mello e Elyanna Caldas. Graduou-se com láurea e, em seguida, concluiu o Curso de Especialização em Piano da mesma instituição. Em 1973, a convite do violinista Cussy de Almeida, passou a integrar o corpo docente do Conservatório Pernambucano de Música. Em 1992, aprovada em Concurso Público de Títulos e Provas, integrou-se ao corpo docente da UFPE. Em 1985 tornou-se membro da Academia Pernambucana de Música. Tem realizado com frequência apresentações, sempre apreciadas, tanto como solista quanto recitalista, no Brasil e em outros países. Sob a regência do Maestro Eleazar de Carvalho, fez sua primeira apresentação com a Orquestra Sinfônica do Recife. Com os pianistas Juliano Montini, Sônia Muniz e Dolores Portela Maciel executou os Concertos para Dois, para Três e para Quatro pianos de J. S. Bach nos Encontros Barrocos, sob a regência do Maestro Eleazar.
Atuou, ainda, como solista com o maestro Mário Câncio e o maestro Osman Gioia. Participou de diversas master classes ministradas por consagrados nomes da arte pianística. No magistério do piano tem seu nome respeitado, citado e aplaudido.
diversos cursos e master classes com renomados pianistas internacionais e nacionais. Atualmente é professor de piano no Conservatório G. Fr. Handel, em Halle, e na Martin-Luther-Universität Halle-Wittenberg, na Alemanha.
Edson Magalhães Bandeira de Mello
Antonio Nigro Antonio Carlos Nigro nasceu na cidade do Recife, tendo iniciado seus estudos musicais com a professora Esther de Mello e Silva, em 1986. Posteriormente, passou a ser orientado pelo professor Flávio Tenório de Medeiros, na Escola de Música das Graças. Em 1991, ingressou no Curso de Extensão da UFPE, na classe de piano do Prof. Edson Bandeira de Mello. Nesse período realizou seu primeiro recital em Recife, no Teatro Valdemar de Oliveira. Após concluir o curso de Bacharelado em Piano, seguiu para a Alemanha, em 1998, como bolsista da Capes– Brasil e do programa Elgin Roth Stipendium, para continuar seus estudos na MartinLuther-Universität HalleWittenberg, na classe do Prof. Dr. Marco Antonio de Almeida. Participou de
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Bolsista do Governo da França e da Capes por 8 anos, estudou com grandes músicos internacionais, o que o fez retroceder, convicto de haver dado seus primeiros passos positivos pelas mãos dedicadas de sua mãe (típica musicista geneticamente bemdotada) e de docentes brasileiros bemformados. Sua formação foi solidificada pelo convívio produtivo na École Marguerite LongJacques Thibaud, em Paris; no Conservatoire National de Musique de Paris; e no Instituto de Música da Bahia – sobretudo, mas não apenas, pela orientação profunda de: Richard Hauser, em Viena; H. J. Koelreuter, em Luzern e em Salvador; Jeanne Blancard, Jean Doyen, Rose Lejour e Marguerite Long, em Paris; e Thomas Teran, Conceição Bittenconrt e Manoel Augusto dos Santos, no Brasil. É fundador dos cursos de Música e Comunicação Social da UFPE, Professor Titular da UFPE (por concurso público de títulos e provas) e membro da Academia de Artes e Letras de Pernambuco. É autor de publicações e teses sobre percepção estética, interpretação pianística
e técnicas pianísticas expressivas, tendo ainda produzido e realizado um grande número de programas musicais para a TV Educativa. É concertista recitalista e camerista com múltiplas apresentações no País e no exterior. Por isso, e por ter sido Presidente da Sociedade Centro de Formação e Pesquisa das Artes Cênicas, Diretor Geral do Núcleo de Rádio e Televisão da UFPE, Diretor Cultural da Fundação Centro Educativo de Comunicação Social do Nordeste e Membro do Sistema Nacional de Televisão Educativa, sente-se agraciado, e partilha a graça benfazeja ministrando aulas a alunos talentosos desprovidos de condições financeiras.
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se divulgando seu CD Capiba, Valsas e Choros em São Paulo, Vernon e Paris, em 2008. Mantém intensa atividade como recitalista, e dedica-se, no momento, ao estudo de novos repertórios.
Gabriella Pace
Felipe Avellar de Aquino
Elyanna Caldas Natural do Recife, iniciou seus estudos musicais com as irmãs Nobre. Como aluna de Waldemar de Almeida participou do V Concurso Internacional Frédéric Chopin, na Polônia. Premiada no Concurso Rádio Ministério de Educação/RJ, e primeiro prêmio no Concurso Magda Tagliaferro, partiu para a França com bolsa de estudos, como aluna de Magda Tagliaferro e de Lazare Lévy. Em Varsóvia, estudou com a Profª. Marguerita Kazuro. Participou de cursos nos Festivais em Salzburg-Áustria. Em Viena, foi aluna de Bruno Seidlhofer. Licenciou-se em Música pela École Normale de Musique de Paris, na classe da Profª. Jeanne Blancard. Professora fundadora do curso de Música da UFPE, dedicou-se ao magistério por três décadas. Foi também professora do Conservatório Pernambucano de Música, órgão que dirigiu de 1987 a 1991 e de 1995 a 1999. Idealizadora do Movimento Arte e Cultura do Nordeste, que manteve, durante cinco anos, intensa atividade artística no Recife. Apresentou-
Formado em música pela Universidade Federal da Paraíba, com mestrado (violoncelo/performance) na Louisiana State University, onde foi bolsista da Capes entre 1992 e 1994. Nessa Universidade foi vencedor do 92/93 Concerto Competition, tendo se apresentado como solista da LSU Symphony Orchestra. Entre 1996 e 2000, como bolsista do CNPq, estudou na Eastman School of Music (University of RochesterNova York), onde obteve o título de Doutor em Artes Musicais (DMA violoncelo/performance). Atualmente é professor associado do Departamento de Música da UFPB, onde leciona Violoncelo e Música de Câmara.
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Fernando Müller Natural do Paraná, iniciou seus estudos musicais com a professora Helena Farias, no Conservatório Pernambucano de Música. Prosseguiu seus estudos na UFPE com a professora Sara Kauffman. Concluiu o bacharelado de piano na UFPB, sob a orientação do professor José Alberto Kaplan, e uma especialização na UFPE, sob a orientação dos professores Josefina Aguiar e Edson Bandeira de Mello. Mestre em Interpretação Pianística pela Universidade de Montreal (Canadá), na classe de Marc Durand, é, atualmente, professor do Conservatório Pernambucano de Música, além de ser pianista concursado da orquestra Sinfônica do Recife. De 2004 a 2006 foi Professor Substituto na UFPE. Vem se destacando como camerista, tendo vencido, em 1997, o II Concurso Nacional de Jovens Cameristas da Paraíba. A convite da Embaixada do Canadá, em 2003 participou da Semana da Francofonia em Brasília, com a soprano canadense Anik St. Louis. Participou de festivais e master classes, e especializouse em correpeticão, com a professora Kathe Janiczewzki.
Iniciou seus estudos musicais e de canto com seu pai, o tenor e violista Hector Pace. Como bolsista da Vitae, estudou com Leilah Farah e Píer Ferraro, na Itália. Atualmente, estuda com Ricardo Ballestero. No IX Festival Amazonas foi Micaela, em Carmem; Susanna, em Le nozze di Figaro; Ceci, em O Guarany; e Pamina, em A flauta mágica. Em 2006, foi Desdemona, em Otello, de Rossini, no X Festival Amazonas de Ópera. Participou da primeira montagem brasileira de O Anel de Nibelungo, de Wagner. No Teatro Municipal do Rio de Janeiro, foi Giulietta, em I Capuleti e i Montecchi, de Bellini. Apresentou-se em concertos sinfônicos em São Paulo, onde gravou o Réquiem hebraico e a Nona sinfonia de Beethoven, com a Osesp. Em Bogotá, participou, como solista, de A criação, de Haydn. Integrou os elencos de Ça Ira (Waters), Ariadne Auf Naxos. Atuou sob a regência de destacados maestros, como Roberto Minczuk, Silvio Viegas, Rodrigo de Carvalho. Foi solista da Missa de Réquiem, de Mozart, com a Orquestra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Acaba de obter o Prêmio Carlos Gomes 2010 de melhor solista vocal (feminino), em São Paulo.
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Gilberto Tinetti
Isaac Duarte e Mônica S. Kato Duarte
Nasceu em São Paulo, tendo iniciado seus estudos com Josephina De Felice e, em seguida, com Hans Bruch. Aluno de Friedrich Wüher, na Alemanha, e de Magdalena Tagliaferro, em Paris, onde frequentou os cursos de interpretação de Alfred Cortot. Vencedor do Concurso da Academia Internacional de Verão, do Mozarteum de Salzburgo, Áustria, vem se apresentando em diversos países da Europa e das Américas. Solista da primeira apresentação do Concerto nº 4 de Villa-Lobos em Paris, foi jurado do Concurso de Música do Canadá. No Brasil, apresentase regularmente como concertista, recitalista e camerista, exercendo importante papel na formação de jovens pianistas brasileiros. Foi professor e diretor artístico dos Seminários de Música Pró-Arte de São Paulo e professor do Departamento de Música da Escola de Comunicação e Artes da USP. Regularmente tem apresentado programas pianísticos na Rádio Cultura FM de São Paulo. Em 1997, a Secretaria de Cultura de São Paulo conferiu-lhe o Prêmio Carlos Gomes de melhor solista instrumental.
Oboísta “co-solista” e corne inglês da Orquestra de Tonhalle, de Zurique (Suíça). Natural de Olinda, estudou na Universidade Federal na Paraíba. Foi primeiro oboísta da Orquestra Sinfônica do Recife e professor do Centro de Criatividade Musical de Pernambuco, antes de se aperfeiçoar com Peter Fuchs no Conservatório e Escola Superior de Música de Zurique. Atuou como solista com regentes como David Zinman, Marek Janowsky e Claus Peter Flor. Gravou os concertos para oboé e orquestra de W. A, Mozart, J. Haydn e J. Fiala, assim como o Concerto para Violino, Oboé e Orquestra de Cordas, de J. S. Bach, com a Orquestra de Câmera Brixi de Praga, sob a regência de Christoph Meister. O trabalho com estudantes e jovens músicos ocupa um lugar importante em sua vida profissional. Participou do corpo docente do Festival de Inverno de
Gilson Cornélio Natural do Recife, iniciou seus estudos musicais aos 6 anos de idade, em agosto de 1995. Um ano depois, sob orientação de monitores do projeto Suzuky, ingressou na classe de violino da comunidade do Alto do Céu (Recife). Em 2000, como bolsita do Conservatório Pernambucano de Música, passou a estudar com o Prof. Ademar Rocha, concluindo seus estudos em 2006. Nesse mesmo ano deu início a novos estudos com o maestro Cussy de Almeida. Em outubro de 2003, obteve o 2° lugar no 10° Concurso Nacional de Cordas Paulo Bosísio, e, em novembro de 2004, foi premiado com o 1° lugar no Concurso para cordas do CPM. Atuou como solista das orquestras: Sinfônica da Paraíba, Sinfônica do CPM (em turnê), Sinfônica do Recife, Sinfônica da Bahia, Jovem de Pernambuco (em turnê), Suzuki, Orquestra do festival Virtuosi Brasil, do Festival Eleazar de Carvalho, Orquestra de Câmara do CPM, do Gruppo Collors of Invention (ao lado do violinista Gilles Apap), Orquestra de Câmara do Femus/2009. Atualmente é o músico mais jovem da Orquestra Sinfônica da Bahia.
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Campos do Jordão (SP), do Festival Instrumento (Oaxaca, México), e da Oficina de Música de Curitiba (PR), além de ter ministrado cursos de oboé, no Nordeste do Brasil. A pianista Mônica S. Kato Duarte dedica-se, especialmente, à música de câmara. Nas master classes de Irwin Gage enveredou pelo mundo do acompanhamento dos lieder. Para ela é fascinante o trabalho em conjunto objetivando obter uma interpretação única. Participa de várias formações camerísticas, de duo a sexteto, e ainda com canto, cordas, sopros e percussão. Estudou piano no Brasil, com Beatriz Balsi e Daisy de Lucca, tendo se graduado pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Aperfeiçoouse com Maria Regina Seidlhofer em Viena e, mais tarde, com Jurg Von Vintschger, na Escola Superior de Música de Zurique, Suíça, na qual diplomou-se com louvor. É professora de piano da Escola de Música Zurcher Oberland.
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Lanfranco Marcelletti
Julian Tryczynski
José Henrique Martins Possui sólida formação acadêmica e musical. Recebeu orientação artística de Henriqueta Garcez Duarte, José Alberto Kaplan, Cristina Capparelli, Anthony di Bonaventura e Maria Clodes Jaguaribe. Graduou-se na Escola de Música e Belas Artes do Paraná; é mestre pela UFRGS e doutor pela Boston University (EUA). Desde 1983 desenvolve intensa atividade como pianista solista e camerista, tendo participado de diversas gravações. Radicado em João Pessoa, é professor de Piano nos cursos de graduação e pós-graduação da Universidade Federal da Paraíba.
Natural da Polônia, fez a sua educação musical na Academia de Música de Cracóvia. Graduou-se magna cum laude em 1976, sendo convidado a apresentarse como solista da Orquestra Sinfônica de Cracóvia. Como discípulo e assistente de Aldo Parisot, obteve o título de Mestre na Yale University School of Music (EUA). Obteve o segundo lugar no Concurso Internacional de Violoncelo/João Pessoa/PB, em 1978. Foi professor de violoncelo e música de Câmara em Kingston, no Canadá, e na Shenandoah University, nos EUA, apresentando-se em concertos nos EUA, no México, no Brasil, na Islândia e na Polônia. Participou, como membro do júri, de diversos festivais e concursos de música e de master classes na Yale University, no Tokio College of Music, no Louisiana State University e na University of Texas. É integrante do Trio Cracóvia, com o qual gravou quatro CDs. Desde maio de 2005 é professor de Violoncelo e Música de Câmara da USP, de Ribeirão Preto.
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Jussiara Albuquerque Natural do Recife, estudou no Conservatório Pernambucano de Música, com Alaíde Rodrigues e Elyanna Caldas. Bacharel com láurea pela Universidade Federal de Pernambuco, fez vários cursos de interpretação e técnica pianística com renomados artistas nacionais e internacionais. Venceu vários concursos nacionais de piano, tendo recebido, ainda, o prêmio de melhor intérprete da música brasileira. Como solista, atuou sob a direção de destacados regentes. Como recitalista e camerista, apresentouse em Évora, Portugal, e em várias capitais brasileiras. No ano 2000, a convite da Embaixada e do Consulado da França, realizou visita oficial a Paris, participando das Jornadas François Couperin, no Centro de Música Barroca de Versailles. Participou da 2ª e da 3º Mostra Internacional de Música de Olinda - Mimo. Atuou em duos com consagrados artistas nacionais e estrangeiros. Foi professora e coordenadora dos cursos de graduação em música da UFPE, e exerceu, em dois mandatos, o cargo de Diretora-Presidente do Conservatório Pernambucano de Música, estabelecimento no qual leciona piano.
Nascido no Recife, o regente e pianista Lanfranco Marcelletti desenvolve sólida carreira internacional. Diretor Musical da Cayuga Chamber Orchestra, em Ithaca, ocupa a Cátedra de Regência Orquestral da Universidade de Massachusetts, nos EUA. Na qualidade de Diretor Associado da Accademia Rossiniana, em Pesaro, Itália, participa ativamente do Rossini Opera Festival e da Italian Operatic Experience (Urbania, Itália). No corrente ano ministra sua primeira master class, com a Orquestra Sinfônica Rossini, no festival Pro Loco, de Mercatello sul Metauro, Itália. Em 2010, apresenta-se em concertos no Brasil, na Inglaterra, na Itália, no México e na Polônia. Tem participado, regularmente, como regente e professor de regência, do Festival Eleazar de Carvalho, em Fortaleza. Sua formação musical teve início no Conservatório Pernambucano de Música, em Recife, na Escola Superior de Música de Viena, na ESM de Zurique e na Yale University; nesta, a convite do Maestro Eleazar de Carvalho.
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Lars Hoefs O violoncelista norteamericano Lars Hoefs é graduado em Música pela Northwestern University (Chicago), e recebeu o grau de Doctor of Musical Arts na University of Southern California (Los Angeles). Desde 2004, é artista convidado do Rio International Cello Encounters, o maior festival de música clássica do mundo com entrada gratuita. Em 2009, foi concertino da Orquestra Sinfônica Brasileira no Rio de Janeiro. Vencedor de vários prêmios internacionais, encomendou obras a jovens compositores, apresentou-se em 4 continentes, e recentemente gravou um disco com obras de VillaLobos, com a pianista Rose Chen. Atualmente é integrante do California Quartet. No Brasil tem dado master classes no Rio de Janeiro, em Salvador, em Manaus, em Tatuí (SP) e em Barra Mansa (RJ).
Luiz Carlos da Silva Junior
Maria Clara Fernandes
Luiz Carlos da Silva Junior, violista, iniciou seus estudos musicais com seu avô, o maestro Luiz Caetano, no Recife. Bacharel em Música pela UFPB, participou de vários cursos e festivais internacionais no Brasil. Foi integrante das Orquestras de Curitiba, Campinas, Bahia, Pará e de diversos grupos de câmara no País. Foi professor de viola na UFPB e na Fundação Espaço Cultural na Paraíba. Atualmente é violista principal da Orquestra Sinfônica da Paraíba e integrante da Orquestra Sinfônica do Recife.
Natural do Recife, iniciou seus estudos de piano aos cinco anos. Como aluna do Conservatório Pernambucano de Música e da Universidade Federal de Pernambuco, estudou com Helena Farias, Elyanna Caldas e Edson Bandeira. Em 1985, concluiu o Bacharelado em Piano e seguiu para a Áustria, onde estudou com o pianista Hans Graf, na Escola Superior de Música de Viena. Em 1991, concluiu o 1° Diploma e obteve, em 1992, o 2° lugar no concurso Música do Século XX e Composições Austríacas escritas após 1945. Em 1994, estudando com o pianista Alexander Jenner, concluiu o 2° Diploma, obtendo o grau de Mestre. No Brasil foi vencedora de concursos nacionais no Recife, no Rio de Janeiro, em Natal, em Porto Alegre e em Juiz de Fora. Por duas vezes recebeu o prêmio Melhor Intérprete de Música Brasileira e foi solista das Orquestras Sinfônicas do Recife, de João Pessoa e de São Paulo. Como recitalista e camerista apresentou-se em Recife, Maceió, São Paulo, Viena, Milão, Roma, Budapeste, Munique e Aman. Nos EUA foi solista da Amherst College Orchestra.
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Marco Antonio Caneca Pianista pernambucano, deve sua formação profissional aos professores Antonio Cerquinho Nunes, Helena Farias, Waldemar de Almeida, Oriano de Almeida, Gerardo Parente e Elyanna Caldas. É graduado em Piano pela UFPE, Mestre em Educação Musical, Musicoterapeuta e exprofessor de Piano e Percepção Melódica dos cursos de graduação do Departamento de Música da UFPE. Na sua caminhada como intérprete, ressalta os Ciclos de Música Pernambucana para Piano, na década de 1980, dos quais participaram os pianistas Josefina Aguiar, Gerardo Parente e Elyanna Caldas, com quem gravou o CD duplo O Piano em Pernambuco, uma coletânea de compositores pernambucanos. Em sua apresentação no Festival Chopin-Schumann – 200 Anos, deseja homenagear os dois grandes compositores e também todos os mestres que contribuíram para a sua formação musical, incluindo a sua mãe e grande incentivadora, Isaura Caneca.
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Priscilla Dantas Iniciou seus estudos musicais no Centro de Educação Musical de Olinda - Cemo, na classe de Teclado da Professora Kátia Oliveira. Aos 9 anos, ingressou no Conservatório Pernambucano de Música, na classe de Piano do Professor Levi Guedes, com quem estuda até a presente data. Apresentou seu primeiro recital aos 10 anos de idade, no auditório do Cemo. Participou de vários torneios de piano, no Conservatório Pernambucano de Música, sempre conquistando o 1º lugar em sua faixa etária. Em 2007, no Teatro Santa Isabel, foi solista da Orquestra Sinfônica do Recife, sob a regência do Maestro Flávio Lima. Nos meses de julho de 2008 e 2009, viajou para os EUA (Oregon) para se apresentar em recitais e estudar com o pianista Alexandre Dossin. Deve retornar ao EUA em agosto, a fim de continuar esse trabalho. Priscilla tem frequentado vários master classes com artistas nacionais e estrangeiros.
Rachel Casado
Rafael Garcia
Natural do Recife, iniciou os estudos de piano com a professora Hilda Nobre, no Conservatório Pernambucano de Música. Aos sete anos, apresentou-se em público. Atuou no recital de abertura dos Noventa Anos de Magdalena Tagliaferro. É Bacharel em Piano pela UFPE e Mestre em Piano pela UFPB. Foi aceita para o Master Degree in Piano Performance, da Carnegie Mellon University, Pittsburgh-EUA, como aluna da professora Irene Schreier. Foi professora de piano erudito do Jazz Workshop, na Carnegie Library, apresentandose como solista e camerista. Atualmente cursa o Doutorado em Piano da UFBA, sob orientação da Dra. Diana Santiago. Solista em concertos das Orquestras Sinfônicas de Recife e de Olinda, teve como mestres Elyanna Caldas, Jussiara Albuquerque, Marco Caneca, Lanfranco Marcelletti e José Henrique Martins. Coordenadora do Projeto Viva a Música, apresentou-se em diversos recitais. Atuante como solista, recitalista e camerista, mantém, com a flautista Conceição Casado, o Duo Casado, apresentando-se em diversas cidades do País.
É o criador, diretor artístico e regente do festival Virtuosi. Natural do Chile, desempenhou no Brasil inúmeras funções, como violinista, professor, diretor artístico e regente, além de criador e coordenador de projetos culturais significativos para o desenvolvimento da música. Ao longo dos anos conquistou relevantes oportunidades, como o cargo de spalla da Osesp, com o Maestro Eleazar de Carvalho; a implantação do movimento musical na Paraíba; a posição de professor do New England Conservatory, e a criação do Lexington Music Festival em Boston; criação e reativação da Orquestra Jovem de Pernambuco, entre outras. Rafael Garcia não se tem destacado, no nosso meio, somente pelo exímio domínio de sua arte; mas também pelo infatigável empenho em difundir a eterna música clássica.
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Rafael Altino Mestre em Viola pela Juilliard School, foi membro da Filarmônica de New York, tendo participando da turnê de concertos da orquestra na América do Sul. Foi violista da orquestra de câmara Sejong Soloists, com a qual realizou concertos nos Estados Unidos e na Coreia, além de ter gravado um CD. Atualmente é Primeiro Violista Solo da Orquestra Sinfônica de Odense, e professor da Carl Nielsen Academy of Music, da Dinamarca. Tem se apresentado como solista das Orquestras de Málaga e Odense. Em maio de 2009, participou da turnê da Orquestra Filarmônica de Oslo na Europa, como principal violista convidado. Em dezembro passado foi solista da Orquestra Virtuosi, apresentando Haroldo na Itália, de Berlioz.
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Stefanie Freitas
Sandra Kalina Aquino Natural de João Pessoa, graduou-se em Violino (Bacharelado) pela UFPB, na classe do Prof. Yerko Pinto Tabilo. Ainda durante o curso de Bacharelado, atuou como solista da Orquestra de Câmera da UFPB. Fez curso de especialização na Louisiana State University, onde estudou com Camilla Wicks, Sally O’Reilly, John Gilbert e Dennis Parker. Foi violinista da Baton Rouge Symphony Orchestra, e trabalhou na LSU Symphony Orchestra. Fez mestrado em Música na Eastman School of Music, sob orientação de Lynn Blakeslee. Atualmente é professora de Violino e Música de Câmara do Departamento de Música da UFPB.
Natural do Recife, iniciou seus estudos musicais aos oito anos. É formada pelo Conservatório Pernambucano de Música, e Bacharel em Música pela Universidade Federal de Pernambuco, tendo sido orientada pelos Professores: Sony Lessa, Adriane Carvalho, Joana D’Arc Florêncio, Heloísa Maibrada e Edson Bandeira de Mello, tendo, igualmente, recebido aulas de outros renomados pianistas. Em 2001, com o violinista Filipe Johnson, obteve o 1º lugar no I Concurso Norte-Nordeste de Música de Câmara, promovido pelo Conservatório Pernambucano de Música. Participou de diversos torneios de piano, tendo obtido o Prêmio de Melhor Intérprete de Música Brasileira, em 2003, e o 1º lugar, em 2005. Mestre em Música na área de Práticas Interpretativas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, atualmente cursa o Doutorado na mesma instituição, sob a orientação da Dra. Cristina Capparelli Gerling. Tem se apresentado em recitais solo em cidades como Recife, Maceió, Curitiba e Porto Alegre.
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Thaissa Andrade Santiago Iniciou seus estudos de piano em 1992, na Universidade Federal da Paraíba, com a professora Norma Romano. Estudou, em seguida, com a professora Ana Lúcia Altino e, posteriormente, com o professor José Henrique Martins. Participou do IV Concurso Infantojuvenil de Piano, da Escola de Música Antenor Navarro; do 3º Concurso Nacional de Cordas do Método Suzuki; dos I e II Concursos Gerardo Parente – Música Brasileira para Piano; e do V Concurso Nacional de Piano Maria Teresa Madeira. Concluiu os cursos de Graduação e de Mestrado em Música, com Área de Concentração em Práticas Interpretativas, sob a orientação do professor José Henrique Martins. Atualmente é integrante da Orquestra de Câmara da Cidade de João Pessoa e Professora Auxiliar Substituta de Piano da Universidade Federal da Paraíba.
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Orquestra Sinfônica Jovem do Conservatório Pernambucano de Música Formada por 70 músicos, cujas idades variam entre 13 e 28 anos, a Orquestra Sinfônica Jovem do Conservatório Pernambucano de Música (OSJCPM) tem se apresentado, desde 2006, em diversas cidades nordestinas, por ocasião do projeto Circuito Sinfônico, que busca preparar jovens músicos para o mercado de trabalho ao mesmo tempo em que aproxima a música sinfônica – expressão musical acessível ainda para poucos - de toda a população. Isso porque as apresentações, que ocorrem em igrejas, clubes e teatros, são gratuitas. É sempre uma experiência rica e apaixonante. Já são mais de 70 apresentações. Além do Recife e cidades vizinhas, como Olinda, Camaragibe, Moreno e Paulista, a música sinfônica dos nossos artistas já esteve em diversas capitais nordestinas, como Fortaleza, Natal, João Pessoa e Maceió. Municípios do interior pernambucano também estão sempre no roteiro. São os casos de Paudalho, Goiana, Surubim, Itambé e São Bento do Una. E dentro da perspectiva de se levar a música sinfônica a lugares que nunca antes tinham recebido qualquer apresentação do gênero, a OSJ-CPM esteve em 2008 no Sertão do Pajeú. “Realizamos concertos nas cidades de Carnaíba e
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Afogados da Ingazeira”, diz o maestro da orquestra, José Renato Accioly. “É uma experiência fantástica”, completa. Em 2009, o grupo subiu o Morro da Conceição; apresentou-se no tradicional Clube das Pás, e no Teatro de Santa Isabel; e encantou cidades do agreste pernambucano com um repertório composto por peças variadas, de Mozart e Tchaikovsky até Capiba e Maestro Duda. No primeiro semestre de 2010, realizaram diversos concertos em teatros, igrejas e escolas do Recife, de Olinda e de Garanhuns, destacandose as apresentações do projeto Circuito das Igrejas, realizado pela Empetur e pela Secretaria de Turismo do Governo do Estado; o concerto da cerimônia em homenagem aos 100 anos de morte de Joaquim Nabuco, na Fundação Joaquim Nabuco; as apresentações na Data Magna do Estado de Pernambuco, no Cine São Luiz (Fundarpe) e na Festa Paschalia, festival de música promovido pela prefeitura de Garanhus. No final de julho, será iniciado o Circuito Sinfônico 2010, série de 30 concertos no Recife, na região metropolitana e no interior do Estado de Pernambuco.
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SINOPSES
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Chopin SONATAS, Op. 35, nº 2, em si bemol menor e nº 3, em si menor; Op.58, para piano; e Op. 65, para violoncelo Chopin escreveu quatro sonatas. Três para piano solo e uma para violoncelo e piano. Na Sonata, o compositor fugiu bastante da forma tradicional do gênero. A Op. 35, nº 2, tornou-se conhecida como a “sonata fúnebre”, por causa da marcha fúnebre que constitui o 3º movimento, sendo uma das peças mais tocadas do compositor. A terceira, do Opus 58, em si menor, tem um clima totalmente oposto ao da anterior. Nela já está presente a luz mediterrânea encontrada nas obras dos seus últimos anos. A sonata para violoncelo e piano foi uma de suas últimas composições, já em Nohant, pouco antes de romper com George Sand. O seu invariável perfeccionismo retardou a concepção da obra, que foi dedicada ao grande violoncelista Auguste Joseph Franchomme, que a estreou na Sala Pleyel de Paris, em 1848, com Chopin ao piano.
BALADAS nº 1, em sol menor; nº 2, em fá maior;
apenas o compasso ternário do scherzo beethoveniano, usando um ritmo precipitado, irônico, muitas vezes agressivo. Os dois acordes dissonantes do scherzo nº 1 lançam uma interrogação angustiada, interrogação essa que é reprisada nos scherzos nos 2 e 3. Todos contam com uma melodia cantante na parte central: uma canção de Natal no primeiro, um coral no terceiro, uma melodia sostenuto no segundo. Já no quarto scherzo, o único escrito em tonalidade maior, a seção de repouso toma a forma balançada de uma admirável cantilena, bem próxima de uma barcarola. Todos os scherzos do compositor polonês exigem do intérprete, pelo seu brilhantismo, reservas de força pouco comuns.
NOTURNOS Nos seus 21 noturnos, Chopin chegou a uma unidade de conteúdo não atingida nas demais obras. Para ele, o crepúsculo significava a Polônia. E é um ambiente crepuscular o que se encontra em todos eles. Clima afetivo, languidez: os noturnos representam o retorno a um passado cheio de promessas e nostalgia.
nº 3, em lá bemol; nº 4, em fá menor
VALSAS
De acordo com Schumann, Chopin teria citado o poeta Adam Mickiewicz como influência para as suas baladas, poemas instrumentais sem uma forma fixa. Ele tocou a primeira delas, em sol menor, numa passagem por Leipzig, recebendo de Schumann elogios: “ela me pareceu genial”. A segunda, em fá maior, parece ter sido inspirada no poema dramático O lago de Willis, de Mickiewicz. Foi dedicada a Schumann, que a considerou inferior à primeira. A terceira, em lá bemol, está mais próxima de Heine e seu poema Lorelei, que fala da sereia que atraía os viajantes. A nº 4, em fá menor, é considerada a mais intensa em termos musicais. Ligada à lenda lituana Os três irmãos Boudrys, é menos impregnada de romantismo que as precedentes. Para Cortot, essa genial improvisação estilizada inaugura os acentos precursores do impressionismo.
Voláteis, e às vezes brilhantes. Nelas se encontram, como dizia Berlioz, graciosidades, rodopios, melancolias, delicadezas. Muitas delas fizeram parte obrigatória do repertório de jovens estudantes de piano, como é o caso da valsa do Op. 69. Relembram a belle époque e a música de salão. Há melancolia em algumas, desenvoltura em outras, velocidades sinuosas, artifícios, humor e elegância. Porta de entrada para quem quer conhecer e apreciar a música “clássica”.
SCHERZOS nº 1, em si menor; nº 2, em si bemol menor; nº 4, em mi maior O scherzo chopiniano é uma verdadeira criação na história das formas musicais. Nele, Chopin guardou
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POLONAISES Chopin entrou no mundo da música compondo uma polonaise aos 8 anos. Aos doze, compôs outra, e, aos dezesseis, uma terceira. Em média escreveu uma por ano, até a partida de Varsóvia. Mas, só em Paris, com a Polonaise em dó# menor, ele conseguiu transformar essa dança em poema. A partir daí, esse gênero se indentifica com a luta nacional, a ponto de se tornar um símbolo do movimento revolucionário. As últimas polonaises, em fá# menor e em lá bemol maior, são as mais geniais. A Polonaise-Fantaisie, já um pouco além do gênero, compartilha da mesma transcendência do
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último scherzo e da quarta balada. A polonaise – ao contrário do que muitos pensam – é uma dança lenta. É, na sua origem, a dança da nobreza, uma procissão com ritmo grave e majestoso que faz sobressair a figura masculina, colocando em evidência a sua beleza, elegância, e sua postura marcial e cortesã.
MAZURKAS A grande maioria das mazurkas de Chopin tem a sua origem nas planícies da Mazóvia. É uma dança em três tempos com acento sobre o segundo, embora muitos dos que ouviram Chopin tocar tenham afirmado que, em algumas delas, ele marcava muitas vezes o terceiro, dando a ilusão de haver um quarto tempo. Podendo ser mais ou menos rápidas, o bater dos saltos dos sapatos, frequente nas mazurkas ditas dançantes, favorece a velocidade. As obertas, ou oberek, parecem um verdadeiro turbilhão. Nas mazurkas, ao contrário das polonaises, é a mulher que figura em primeiro plano: altiva, terna ou provocante, torna-se centro das atenções e do galanteio do seu par. Algumas mazurkas, ternas e campestres, são o terreno propício para o tempo rubato, tão difícil de ser usado na medida certa. As duas últimas composições de Chopin foram mazurkas. O seu editor, Fontana, escreveu: “Ele estava demasiadamente doente para experimentá-las ao piano, mas dizia: ‘devo trabalhar, tenho de retirar mazurkas desse coração dilacerado...’”.
ESTUDOS Op.10 e Op. 25 Não é comum para um jovem compositor começar a escrever o seu grande testamento musical entre os 18 e 24 anos. Mas foi o que aconteceu com Chopin: os seus Estudos são endereçados à posteridade. Planejados e escritos em cada tonalidade, maior e menor, assim como fez Bach em O cravo bem temperado, a intenção original foi tratar de um problema técnico em cada um deles: transcendentais, não são feitos para amadores, mas para verdadeiros artistas e virtuoses do piano. Os doze estudos do Opus 10 foram dedicados a Liszt, e os do Opus 25, à Condessa d’Agoult. Chopin ainda escreveu 3 estudos póstumos dedicados ao Método dos Métodos, de Moscheles e Fétis.
IMPROVISOS Chopin escreveu na maturidade – quatro improvisos, em que leveza, elegância, cromatismo e virtuosidade andam lado a lado. Os primeiro e terceiro impromptus lembram La legerezza, de Liszt; o segundo lembra um noturno, e contém uma polonaise que reaparece na sua conclusão; e o quarto, a festejada Fantaisie – Impromptu, aparece entre as obras póstumas, sendo certamente o preferido do público.
BARCAROLA Op. 69; FANTASIA Op. 49 A barcarola em fá sustenido maior pode ser considerada como o maior dos noturnos de Chopin. A grande fantasia em fá menor, Op. 49, é por muitos considerada a sua obra-prima, rivalizando com ela apenas a maior das suas três sonatas, a Op. 35, nº 2 (que inclui a famosa marcha fúnebre). As duas primeiras obras são, talvez, ao lado da balada nº 4, os títulos máximos do gênio polonês. Sem Chopin, grande parte da literatura pianística posterior (Debussy, Ravel) não seria explicável.
ESCOCESAS Op. post. 72 As escocesas são danças muitas vezes consideradas folclóricas, mas que tiveram as suas raízes na corte, durante a Renascença. Chopin escreveu três delas, breves e leves, sendo a primeira em ré maior; a segunda, em sol maior; e a última, em ré bemol maior. Agradáveis aos ouvidos, são sempre aplaudidas.
ANDANTE SPIANATO E GRANDE POLONAISE BRILHANTE Op. 22 Chopin compôs, entre 1830 e 1831, a Grande polonaise brilhante em mi maior para piano e orquestra, e, em 1834, o Andante spianato em sol maior para piano solo, que foi acrescentado como início da obra, publicada em 1836 como Opus 22. Tocada nas versões para piano solo ou com o acompanhamento de orquestra, a peça logo alcançou grande popularidade, sendo gravada por diversos executantes de fama.
CANÇÕES POLONESAS A produção chopiniana para voz é restrita, muito embora ele fosse um ardoroso apreciador do bel canto italiano. As 19 Canções Polonesas são as mais ouvidas e apreciadas, com textos de poetas poloneses como Mickiewicz, Osinski, Witwicki e Zaleski.
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Schumann PAPILLONS Op. 2
CENAS INFANTIS Op. 15
Composta entre 1829 e1831, quando Schumann ainda estudava Direito, a peça se baseia no livro de um de seus romancistas prediletos, Jean Paul Richter, intitulado Flegeljahre (A idade ingrata). O próprio compositor se refere à obra, como borboletas e folhas de papel volantes. Numa carta endereçada às três cunhadas, em Zwickau, datada de 1832, escreveu: “Eu diria às borboletas que levem folhas a Tereza, Emilie e Rosalie, voem em torno delas, regozijem-se com tanta leveza e beatitude que ficarão felizes. E leiam logo que possível o final do Flegeljahre de Jean Paul. Juntei o texto à música, e, não o inverso, senão a empreitada pareceria louca. Apenas no final, o toque do acaso fez o inverso”. Esboços dos Papillons foram posteriormente incorporados ao Carnaval – Opus 9.
Evocações de um mundo encantado, a obra foi composta em 1838. Não são peças infantis, embora expressem a alma da infância. São quinze peças aparentemente simples que figuram no repertório dos maiores intérpretes schumannianos. É, sobretudo, a vivência da terna e afetuosa alma do compositor que irá permitir aos executantes dominar as dificuldades de exteriorização dos estados psicológicos ali expressos.
CARNAVAL Op. 9 Pequenas cenas de um baile de máscaras em que personagens fantásticos, ou enigmáticos, aparecem. Pela primeira vez Schumann exprime musicalmente a dualidade do seu ser, já certa, mas inconsciente, nos Papillons. Entre o majestoso Preâmbulo e a Marcha Final dos Companheiros de Davi, em dezoito episódios desfilam as máscaras e os retratos de Pierrot e Arlequim, Chopin e Paganini, Chiarina e Estrella, ao lado de Eusebius e Florestan. Os personagens se cruzam, se juntam para uma Valsa Nobre, se reúnem no final em uma Marcha Guerreira. Nessa obra se dá a plena dimensão da sua genialidade.
CARNAVAL DE VIENA Op. 26 Diferente do Carnaval – Opus 9, o Opus 26 é uma obra composta de peças mais longas. Em número de cinco, quatro foram escritas em Viena, e a última, em Leipzig. O allegro é virtuosístico com varios motivos melódicos, repetindo-se por mais vezes o primeiro no decorrer da peça. O romanze é curto e carregado de uma tristeza profunda. O scherzino contrasta com a peça anterior por seu caráter leve e brincalhão. O intermezzo é borbulhante de paixão e nele a angústia tem lugar marcado. A quinta peça é de caráter virtuosístico, sendo recheada de arpejos e oitavas, terminando o ciclo de maneira brilhante.
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KREISLERIANA Op. 16 Datada de 1838 e escrita em apenas quatro dias, a Kreisleriana era a obra preferida de Schumann, que a dedicou a Chopin, embora pensasse em Clara quando a escreveu. Johannes Kreisler, memorável personagem criado por E. T. A. Hoffmann, é um mestre de capela estranho, conflituoso e arrebatado. Temos, mais uma vez, a expressão de uma alma dividida e atormentada. Não foi por acaso que Schumann escolheu, como intérprete imaginário de sua vida interior, o personagem do músico alucinado.
ESTUDOS SINFÔNICOS Op. 13 Os Doze estudos sinfônicos, ou Estudos em forma de variações, iniciados em 1838, tiveram cinco variações adicionais publicadas muitos anos depois. O tema inicial foi composto pelo Barão von Fricken, flautista amador. A obra, dedicada ao pianista William Bennett, tem grande unidade; consagrada à virtuosidade transcendente, em que as dificuldades de ordem mecânica são secundárias, subordinadas então à interpretação expressiva, e em que todos os recursos do instrumento são utilizados.
PHANTASIESTÜCKE Op. 12 Peças de fantasia, em oito quadros, compostas em 1837. O autor, que bem sabia que grande parte de sua música se achava acima da compreensão do público de seu tempo, sentiu que pelo menos duas delas poderiam tornar-se populares. Em carta à Clara escreve: “Nenhuma dessas minhas peças servirá para ser tocada em público, porém duas, Na noite e Sonhos fantásticos, serão publicadas em breve, e por isso é bom que as veja. Desconfio que a primeira seja demasiado longa.
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Após terminá-la verifiquei que contém a história de Hero e Leander, que nadou a noite inteira no mar em direção ao seu amor que o aguardava no farol com uma tocha acesa. Diz-me se a música te sugere a mesma coisa”. O título refere-se a uma coleção de contos de E. T. A. Hoffmann.
FANTASIA Op. 17 Composta em 1836, é uma das mais belas peças da literatura pianística. Foi a contribuição do compositor à campanha liderada por Franz Liszt para que se erguesse um monumento à glória de Beethoven. Schumann dedicou a peça a Liszt. Mas não foi o desejo de honrar o mestre de Bonn que inspirou à obra o seu acento angustiado. Foi antes de tudo um longo grito de amor por Clara: “Ela compreenderá esta Fantasia transportando-se em espírito ao infeliz verão em que renunciou ao seu amor”.
ARABESkE Op. 18 Formalmente, o Arabeske é um rondó. A delicada estrutura do refrão em dó maior e do breve interlúdio em lá menor contrasta com a parte central, em si menor. Depois das repetições do último refrão, seguese um trecho conclusivo semelhante ao do Humoreske, em que o compositor usa mais uma vez um material novo. O que seria conclusivo e até então parecia ser uma graciosa bagatela, ganha, no final, um sentido de introspecção.
HUMORESKE em si bemol maior, Op. 20 Escrito em 1839, o Humoreske é uma peça de grande dimensão, dividida em cinco movimentos, ligados sem interrupção. Criticada na época pela falta de unidade e estrutura, é uma obra típica da expressiva poesia sonora de Schumann. Em carta a Clara confessa: “Passei toda a semana compondo e escrevendo, rindo e chorando ao mesmo tempo. Tudo o que me toca necessito exprimir em música. Isso acharás refletido no meu Opus 20. Talvez por essa razão as minhas composições sejam tão difíceis de se entender, já que se originam de impressões as mais diversas”.
SONATA nº1 em fá sustenido menor, Op. 11 “Um grito de amor do meu coração para o teu”: assim Schumann dedicou a Clara Wieck essa obra, escrita entre 1833 e 1835, época em que lutavam contra a proibição do pai dela ao seu casamento. O primeiro dos quatro movimentos tem uma introdução
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seguida de um allegro vivace e é baseado no seu Fandango, composto em 1832, a partir de um motivo de Clara. O segundo, originado no lied An Anna, tem uma seção central, sugerindo um longo solo de violoncelo que contrasta com a volta do tema. O scherzo começa em caráter humorístico, e logo passa para um allegrissimo, dando lugar em seguida a uma caricaturada polonaise. O quarto e último movimento foi bastante criticado, por não seguir a estrutura tradicional da sonata. Ele próprio escreveu a Clara: “a sonata parece definitivamente seguir o seu caminho. Isso me parece bom, pois não se pode repetir indefinidamente as mesmas formas através dos séculos”.
SONATA nº 2 em sol menor, Op. 22 Datada de 1835, para muitos é a mais perfeita das três sonatas para piano. Movendo-se num clima de alta concentração, o primeiro movimento tem a indicação “tão rápido quanto possível”, com uma coda indicando “mais rápido”; logo adiante, o compositor insiste na indicação “mais rápido ainda”. Tais indicações refletem a grande flexibilidade dos andamentos e ritmos de Schumann, e devem ser vistas apenas enquanto compatíveis com a estética dos sucessivos trechos, frequentemente conflitantes. O segundo movimento, andantino, semelhante ao movimento central da sonata nº 1, partiu de uma canção inédita composta alguns anos antes, um noturno amoroso e poético. Segue-se um scherzo com dois trios de grande originalidade. O quarto movimento é um rondó com uma ousada quasi cadenza em prestissimo, concluindo a obra com intenso e deslumbrante vigor.
SONATA para violino Op. 105 em lá menor Atingido, desde 1833, por crises intermitentes de sua doença mental, Schumann sente que lhe restam poucos anos de vida. Começa a produzir importantes obras, que abarcam todos os gêneros musicais. É preciso criar enquanto ainda é dia. A rapidez com que compõe nessa época é surpreendente: quatro dias para a Primeira sonata para violino e piano, seis para a Segunda sonata para violino e piano, sete para o Trio – Opus110. A sonata para violino e piano em lá menor, estreada em 1852 por Clara Schumann e Ferdinand David, traz a parte de violino concentrada nos registros grave e médio, renunciando ao registro agudo que o Romantismo costumava utilizar por seu caráter expressivo e lírico. Verdadeiro diálogo em clima poético entre os dois instrumentos, vem carregado de imagens que a sua imaginação inflamada lhe ditava.
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CONCERTO para violoncelo Op. 129 em lá menor No final do ano de 1850, Schumann deixa Dresden, partindo para Düsseldorf, onde vai ocupar as funções de diretor de música, dirigindo uma orquestra e um coro, atividades para as quais não está devidamente preparado e que serão uma fonte de desilusões para ele. Ali compõe, em apenas duas semanas, o Concerto em lá menor para violoncelo, que não foi tocado enquanto viveu. A estreia ocorreu quatro anos após a sua morte, num concerto em homenagem ao 50º aniversário de seu nascimento.
LIEDER Schumann escreveu numerosos lieder (canções), sendo datados de 1840 os melhores. O ciclo Liederkreis – Opus 24, sobre textos de Heinrich Heine, é o primeiro, seguido do Dichterliebe, também sobre textos do famoso poeta. Um outro volume, intitulado Myrthen, inicia-se com a famosa Widmung, ou Dedicatória, oferecida a Clara Schumann. Outro expressivo ciclo é Frauenliebe und Leben, ou Amor e vida de uma mulher – Opus 42, dessa vez sobre textos de Chamisso, enquanto os Liederkreis – Opus 39, sobre textos de Eichendorff, são considerados os mais belos lieder românticos compostos depois de Schubert. Do mesmo ano de 1840 datam Die Beiden Grenadiere (Os dois Granadeiros), em que Schumann introduz a Marselhesa.
ADAGIO E ALLEGRO em lá bemol maior Op. 70 Concebido em 1849 para a nova trompa de válvulas, antecipa a Peça de concerto para quatro
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trompas e orquestra – Opus 86. Por motivos financeiros, Schumann autorizou versões alternativas para violoncelo e violino. A peça tem um início lírico, com a indicação “devagar”, e com um sentimento que leva a um contrastante allegro, impetuoso e marcadamente rápido.
MÄRCHENBILDER Op. 113 “Não muito rápido”, “Vivo”, “Rápido”, “Lento e triste, com expressão”: os andamentos contrastantes impedem que a monotonia, ou os elementos repetitivos, cansem e dispersem os ouvintes. Schumann era um mestre na distribuição expressiva e equilibrada dos contrastes, e a sua abundante diversidade, como ele próprio afirmava em cartas, fazia com que suas obras fossem de compreensão mais difícil.
QUARTETO para piano em mi bemol Op. 47 e QUINTETO para piano e cordas Op. 44 Foram compostos, ambos, em 1842, ano em que Schumann se viu absorvido pela música de câmera. O Quarteto – Opus 47 começa com uma introdução lenta. O movimento allegro é escrito na forma sonata, com temas contrastantes. Berger descreve o andante cantabile como o clímax emocional da obra. O finale, novamente na forma sonata, demonstra a habilidade de Schumann em escrever música contrapontística. Uma grande fuga aparece no início, no desenvolvimento, na recapitulação e na coda. Já o Quinteto para piano e cordas é uma das mais belas obras camerísticas do Romantismo, fazendo parte do repertório de vários grupos famosos, com gravações de alto nível artístico.
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FICHA TÉCNICA Coordenação Artística Elyanna Caldas e Edson Magalhães Bandeira de Mello
Coordenação das Escolas Carlos Lira e Elias Vilar Fotógrafo Wellington Dantas
Coordenação de Palco Andréa Silva Assistente de Produção Sayonara Silva, Alyna Oliveira, Barbara Aguiar e Mariana Castro Produção Executiva Daniel Castro, Iris Macedo, Pedro Castro, Romildo Moreira e Pedro Portugal Assessoria de Imprensa Leidson Ferraz
Filmagem Sérgio Gusmão Motoqueiro Evandro Alves Produção Geral Paulo de Castro Catálogo (produção e impressão) Companhia Editora de Pernambuco - Cepe
APOIOS Consulado Geral da República da Polônia
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FESTIVAL CHOPIN SCHUMANN 200 ANOS De 31 de julho a 23 de agosto de 2010
Realização Companhia Editora de Pernambuco - Cepe Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco - Apacepe
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