Revista Mega - Work & Style by Surya Guimaraens

Peça com ar sério, mas cheio de graça!

Aulas de tecido para fortalecer e ter disposição

Vista-se como uma mulher de atitude

Vida na Metrópole: looks urbanos para se inspirar! Adriana conta como os negócios com a moda a ajudaram a lidar com problemas de saúde

Mulheres empreendedoras que ganharam prêmio com suas iniciativas

Direção de Arte: Bianca Ruiz Longato Reportagem: Surya Guimaraens, Rakel Santos e Kethillyn Magno Produção de Moda: Rakel Santos, Kethillyn Magno, Surya Guimaraens, Natália Mota Fotografia: Ingrid Campos Modelo: Michele Frutuoso e Natália Mota Redação e correspondência: Rua Sacramento, 490 – Centro, Campinas/SP

A Mega Work & Style vem para trazer conteúdo especial para a mulher de personalidade forte, mulher de atitude e que vê em qualquer lugar e situação, por mais adversa que seja, uma oportunidade. Aquela mulher que não espera pelo momento, mas o faz acontecer. Sem descer do salto ou descuidar dos cabelos. Uma vida agitada e à frente de um negócio próprio ou em cargos de liderança não precisa, necessariamente, ser uma insanidade. Aqui, as mulheres vão encontrar formas de equilibrar a vida profissional sem deixar de lado assuntos que são de seu interesse e de grande utilidade para o dia a dia agitado. Viemos para facilitar e encorajar ainda mais as mulheres que já são guerreiras por natureza a serem tudo aquilo que elas podem ser.

Imagem e Estilo Pessoal

Dupla de sucesso: Blazer + Flare

Brechó Itinerante

Especial Cidade

História de Vida

Editorial Metrópole

Corpo e Saúde: Aulas de tecido

Empreendedorismo: Prêmio Sebrae

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COLUNA

Para levar a sério! Aposte em peças e acessórios que valorizam sua personalidade e seja vista como uma mulher de sucesso. E aí que a gente cresce, arranja um emprego bacana, se especializa cada vez mais na nossa área, investe na carreira e nossas roupas têm a obrigação de acompanhar esse nosso ritmo! Certo?! Sim, certo! É até uma questão óbvia: como continuar se vestindo como uma adolescente, como uma estudante, quando já é uma profissional competente e que desempenha muito bem seu papel?! Difícil não é mesmo?! Nossas roupas devem acompanhar nosso ritmo seja na vida profissional seja na vida pessoal e assim, apostar em looks que impressionam e que nos “valorizam” ainda mais acaba sendo essencial. Ok, a teoria já foi compreendida e agora é hora de partir pra prática! Peças de corte reto, cores escuras, estampas maduras (leia-se aqui geométricos, abstratos, mix de estampas, maxi florais e por aí vai), lenços, pashminas, tecidos nobres e sofisticados (é bacana dar um tempo

pras malhas e fluidos, ok?!), o uso de terceira e quarta peças (coletes, jaquetas, cintos) e sempre apostar em qualidade na hora da compra! Bolsas e sapatos merecem atenção especial: bolsas firmes (por ora esqueça aquelas molengas) quadradas ou do tipo baú e sapatos de boa qualidade feitos em couro e do tipo clássicos são sempre a melhor opção! Aposte já! É como falei: as roupas da adolescente e da estudante pouco combinam (na verdade não combinam nada) com as roupas da profissional e claro, o ideal é saber adequar nosso look do dia com o nosso dia a dia! Profissionais que atuam em áreas ligadas a criatividade - publicidade, arquitetura e moda principalmente - devem usar e abusar de produções criativas com peças que tragam detalhes enriquecedores e acessórios de peso, daqueles que atraem atenção, mas que não são do time das fantasias ok???! Advogadas, administradoras, médicas, psicólogas já combinam com um visual mais sóbrio, imponente! Faz sentido?! Pra refletir...

SOBRE CAROL DUARTE

Jornalista e Consultora de Estilo e Imagem Pessoal Minha mãe conta que eu sempre gostei de escolher minhas roupas, desde muito pequena. Era vaidosa na medida, não fugia do banho como algumas crianças o fazem (risos) e adorava pentear cabelo e pintar as unhas. Há pouco tempo atrás eu encontrei uma cartinha que escrevi pro Papai Noel aos 5 anos (na verdade ditei a carta pra minha mãe) e nela eu pedia 1 boneca e roupas e biquíni, o que confirma meu gosto pelas roupas. Enfim, sempre fui do time das arrumadinhas, das meninas que iam pra escola com escova no cabelo e davam aquele “up” no uniforme, mas tive minha fase mais “low profile” e aí o jeans + camiseta faziam a minha cabeça e isso foi lá no inicio da faculdade de jornalismo aos 18 anos. Me formei e o gosto pela moda foi voltando, aí me especializei na área e aos poucos as minhas produções foram ganhando uma leve sofisticação e criatividade! Amo mesclar peças básicas com as clássicas, não dispenso uma boa flat, adoro uma camisetinha e aí sempre procuro ser criativa e usar e abusar de peças que enriqueçam o meu look!

VITRINE

DUPLA DE SUCESSO

Peça que deixa qualquer produção mais sofisticada pode ser reta, acinturado, colorido, sóbrio ou estampado. Vale tudo com o blazer! Nesta edição especial da MEGA Work & Style apostamos no look que nos lembra do velho e bom ditado de que “menos é mais”.

São peças super atemporais e que toda

mulher deve ter no seu guarda-roupa, aquelas queridas que usamos em todas as estações e ocasiões sem medo de errar. O blazer traz para suas produções sofisticação, se adapta a qualquer estilo, a calça flare nos transmite elegância e seu shape deixa toda mulher deusa, pois modela o corpo. Siga essa dica e arrase!

DICA

1º Circulando Brechó Itinerante Garimpar está na moda e consumir com responsabilidade também!

Renovar o guarda-roupa é o sonho de qualquer mulher. E fazer isso sem gastar muito mais ainda. Pensando no consumo sustentável, o grupo Ciranda de Saia, que reúne mulheres para compartilhar experiências profissionais, teve a iniciativa de fazer um brechó itinerante. A primeira edição aconteceu nos dias 8 e 9 de agosto, em Campinas, São Paulo. As roupas tinham pouco uso e foi uma oportunidade incrível para quem gosta de garimpar. Junte uma peça aqui, outra ali com aquela outra que você já tem e eis um look novo e criativo! O local foi escolhido a dedo: a Casa Ninho fica junto a lanchonete supercharmosa Tico Tico no Fubá e no sábado do evento ainda teve música ao vivo. Foi um ótimo passeio para o final de semana! Agora é aguardar pela próxima data do Circulando e correr lá para repensar sobre a moda de uma forma diferente e divertida.

ESPECIAL CIDADE

De dia e, principalmente, à noite, a cidade é enfeitada por luzes. Faróis, semáforos, letreiros, lâmpadas acesas nos prédios. Essas cores e brilhos que iluminam as cidades em peças para compor looks reluzentes.

ESPECIAL CIDADE

As largas avenidas são uma paisagem quase que monocromática se não fossem as listras brancas, amarelas e placas de sinalização em vermelho para alertar motoristas e pedestres. Inspira-se na textura das ruas!

ESPECIAL CIDADE

A manhã, o entardecer e a noite das grandes cidades são a natureza formando sua própria cartela de cores. Os diversos tons, desde o azul acinzentado, o alaranjado o azul bic e até o roxo cintilante nos mostram como o céu pode estar também no nosso guarda-roupa.

ESPECIAL CIDADE

Nas grandes cidades, os muros tamb茅m contam hist贸rias. O cimento cinza se torna uma tela de pinturas coloridas, com artes em cores fortes e vibrantes para contrastar com a selva de pedras.

ENTREVISTA

Como a moda ajudou Adriana a superar problemas de saúde Meu primeiro contato com a moda foi em 2005, mas nada que despertasse interesse pela profissão. Em 2006, fui diagnostica

com

Neoplasia maligna

mamaria, popular câncer de mama. Impossibilitada de trabalhar e vivendo sob efeito de quimioterapia fui entrando em depressão.

Diante daquela situação os

amigos tentavam de tudo quanto era jeito me reanimar, foi aí que entra Raquel Castellani. Raquel é uma jovem estilista muito

inteligente, dona de um estilo que a

isolava de uma turma de administradores onde a maioria ocupava cargo de chefias em multinacionais. Aos poucos fomos nos aproximando e a moda parecia ser o único assunto que ela dominava, apesar de ser uma grande profissional na área financeira. Como ela falava demais no assunto eu comecei a me interessar , quanto mais eu lia mais queria saber e foi aí que comecei a pensar na possibilidade de trabalhar no mercado da moda. A partir desse momento, saí em busca de informações

deste mercado tão desconhecido para mim. Visitei todas as bibliotecas da cidade em busca de informações não apenas da moda, mas de tudo que pudesse me levar a entender esse cenário tão complexo que é o mundo, que vai muito além do visual.

E com isso me esqueci da

minha doença. Em julho de 2008 entrei em contato com o INSS e pedi o cancelamento do beneficio, ainda me restavam 4 meses, mas eu já sentia em plenas condições de voltar ao mercado de trabalho, motivada pela moda que ajudou não só superar esse momento difícil como a perda dos meus pais. Quando voltei a trabalhar não suportei mais o ambiente de trabalho, estava voltando a depressão, pois eu não suportava mais trabalhar em um segmento que não tinha nada a ver como a moda. Cheguei a ter síndrome do local de trabalho, era só chegar para começar a passa mal. Fui orientada pela minha médica a deixar o emprego, pois aquele estado emocional poderia interferir na minha recuperação. Deixei 8 anos

de serviço para trás, saí com uma mão na frente outra atrás, isso em janeiro de 2009. Fiquei mas um ano parado, mas não pelo INSS. Em 2011, abri uma loja de lingerie e três meses depois comecei a sentir forte dores no peito, quase que insuportável, em um desses momentos perdi o movimento da perna direita, vi que não dava mais, tive que abrir mão da loja e arcar com todo o custo sem venda, pois trabalhava com a marca Del Rio e Hope, perdi uma grana preta, mas não desisti. A partir daí minha vida se fundamentou em duas vertentes: de um lado a busca para descobrir qual era meu problema e outro o amor pela profissão. Durante o dia eu recorria ao tratamento e à noite fazia todos os cursos que podia: o primeiro dele foi o corte e costura básico no SESI, depois costura industrial no SENAI Americana, mais tarde técnico em moda pelo Senac Campinas, e hoje corte e costura avançado pela Arte Moda Campinas e produção de moda SENAC. Em novembro de 2012, voltei

para o mercado de trabalho. Fui trabalhar em uma loja do shopping D. Pedro, suportei por seis meses, tempo suficiente para eu entender um pouco do varejo e pagar as máquinas industriais que havia comprado em poucas prestações altíssimas. Me desdobrava para ultrapassar a meta de olho na comissão que era generosa. Em 2013, saí do Shopping e três dias depois arrumei serviço e uma confecção de bolsa, achei formidável! Era o que eu precisava para entender como funcionava

uma

confecção, mas infelizmente não consegui ficar três meses. Em um certo dia houve uma paralisação do transporte coletivo e neste dia a confecção tia uma remeça de 1.800 bolsas para entregar e estava atrasada, a dona queria que todos ficassem para fazer hora extra, como eu recusei a ficar eles também recusaram liberar o transporte para me levar embora, caminhei 15 km a pé, mais que suficiente para agravar minha saúde, e nunca mais voltei na para aquela desumana empresa. Três dias depois fui para o

hospital movimentando somente olho, boca o resto do meu corpo foi travado por uma forte dor que começou no pescoço e com o passar dos dias comecei a sentir dor para respirar. Todos os exames que eu realizava não davam em nada, chegaram até achar que meu problema era psiquiátrico. Até que felizmente descobriu se que havia dado uma metástase no corpo do externo que dificultava a respiração e travava meus movimentos, passei a ter uma nova cid p 10=C50. Câncer. Hoje sou portadora de uma doença crônica, porém não fatal. Um tipo de câncer que se alimenta do sangue e é causado pelo excesso de hormônio produzido pelo ovário que se da o nome de receptivo hormonal positivo. O que requer um tratamento por toda a minha vida além de tirar toda e qualquer possibilidade de ter filho. Como a moda me ajudou? Eu ocupei a mente com algo produtivo que me dava prazer em fazer. Além de trabalhar a vaidade, passei a gostar mais de mim, a ver a

vida por outro ângulo, posso dizer até que a minha fé foi alterada para mais, porque passei a buscar em Deus uma oportunidade de viver um pouco mais e curtir a profissão que eu por meio daquela doença havia descoberto e me apaixonado. Hoje não tenho paciência com quem fica o tempo todo lamentando, odeio papo de doente e quero muito mais da vida do que queria antes. Meus médicos se surpreenderam com o meu estado emocional, acreditam que posso ter uma depressão tardia. Gosto de estar sempre bonita de estudar, envolver nas coisas produtivas e úteis, não tenho tempo para sofrer, lamentar. E quanto o meu futuro profissional e ter sucesso no ateliê e trabalhar em prol da saúde. Como eu ainda não sei.

EDITORIAL

Existe moda na vida agitada das grandes cidades. Confira nosso editorial para (sobre) viver na selva de concreto com muito estilo!

Foto: Ingrid Campos Modelo: Michele Frutuoso e Natália Mota Beleza: Kethillyn Magno Assistentes: Produção de Moda: Rakel Santos, Kethillyn Magno, Surya Guimaraens, Natália Mota

CORPO E SAÚDE

Com certeza você já viu uma apresentação de circo em que os artistas se enrolam em faixas de tecido e usam apenas as mãos e as pernas para sustentar todo o peso do corpo durante as acrobacias. Pois bem, esta é uma excelente opção para você praticar exercício, manter o corpo em forma sem aquela rotina maçante de academia. Para tirar aquela sensação de corpo enferrujado depois de um dia de trabalho, você pode praticar o tecido acrobático. Esse espetáculo virou esporte e ganhou muitos adeptos! Um tecido duplo pendurado a 6 metros de altura é onde você aprende a fazer as manobras e a usar toda a sua força. Perfeito para o condicionamento físico, as aulas também contam com atividades em solo e você se sente fazendo arte, como a gente vê no respeitado Cirque Du Soleil. E não tem desculpa, crianças a partir de 8 anos já podem praticar o tecido acrobático. Então, esqueça que tecido só serve para fazer roupas e pense em usá-lo para manter o pique e a forma.

PRÊMIO SEBRAE

Pesquisas apontam que 33,5% dos empreendedores usam salto alto.

O Prêmio Sebrae Mulher de Negócios reconhece e premia a nível estadual e nacional as mulheres que com coragem e muito trabalho transformaram seus sonhos em realidade. Este programa de incentivo avalia desde a sua superação como mulher, sua visão, suas ideias, sua preocupação com o meio ambiente e sua cultura local, até seus resultados, ressaltando os pontos positivos que possam incentivar outras mulheres. São duas etapas, uma estadual e outra nacional, as candidatas concorrem a um troféu, ao selo de vencedora e a uma capacita-ção em território nacional, além de uma viagem internacional. Você já realizou seu sonho de ser empreendedora e sua trajetória é um exemplo para outras mulheres? Sim! Então entra no site (www.mulherdenegocios.sebrae.com. br) e saiba mais. O primeiro passou você já deu, agora a próxima a levar o troféu para casa pode ser você.