TRANSPOSIÇÃO, INTERAÇÃO E CAPACITAÇÃO
TRANSPOSIÇÃO, INTERAÇÃO E CAPACITAÇÃO
UNIVERSIDADE PAULISTA ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO - 2019
CAMPINAS-SP
TRANSPOSIÇÃO, INTERAÇÃO E CAPACITAÇÃO
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, que por meio de minha fé e amor a ele pude percorrer esse caminho com esperança e perseverança. Aos meus pais, minha eterna gratidão pelo carinho, cuidado e compreensão durante todos esses anos. Por não medir esforços e transpor barreiras inatingíveis para que eu pudesse chegar até aqui. Aos meus irmãos, Giovane e Samara que sempre me
apoiaram e se dispuseram a ajudar de alguma maneira. A minha amiga Sandy, que ao longo do curso esteve sempre presente me apoiando, incentivando e dividindo conhecimento. A todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste sonho. Encerro esse ciclo realizada e com a certeza de que sonhos, podem sim se tornar realidade, basta persistir e acreditar. Pois cada dificuldade enfrentada é apenas parte do processo para chegar onde almeja.
TRANSPOSIÇÃO, INTERAÇÃO E CAPACITAÇÃO
SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO ................................... 01
7.
VIS ITA TÉ CNICA . . ............................. 47
1.1 OBJETIVOS GERAIS ............................ 03
8.
TERRENO ........................................ 51
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................... 03
8.1 O LOCAL ........................................ 52
1.3 JUSTIFICATIVA ................................ 05
8.2 JUSTIFICATIVA ................................ 53
DIAGNÓSTICO GERAL ......................... 07
8.3 MACRO CLIMA .................................. 54
2.1 ÁREA DE ESTUDO ............................... 08
8.4 TOPOGRAFIA ................................... 54
2.2 O LUGAR ........................................ 09
8.5 ZONEAMENTO LOCAL .......................... 55
2.
2.3 O PORQUÊ .............;......................... 11
9.
O PROJETO .................................... 57
3.
LE VANTAM E NTO URBANO . . ................... 13
9.1 CONCEITO E PARTIDO ........................ 58
4.
PLANO URBANO ................................ 21
9.2 PROGRAMA .................................... 59
4.1 OBJETIVO DO PLANO URBANO ................ 22
9.3 SETORIZAÇÃO ................................. 60 9.4 DIAGRAMA DE USOS .......................... 62
4.2 CONCEITO ...................................... 23
9.5 MATERIA IS .................................... 63
4.3 DIRETRIZES E ESTRA TÉGIA S ................. 2 4 4.4 O PLANO ........................................ 30
5.
TEMÁTICA ....................................... 33 5.1 COMPLEXO CULTURAL ......................... 34 5.2 ESPAÇO CULTURAL NO MUNDO
............. 34
5.3 CULTURA EM CAMPINAS ...................... 35
6.
REFERÊNCIAS PORJETUAIS
................ 39
6.1 CENTRO CULTURAL SÃO PAULO .............. 40 6.2 CENTRO CULTURAL CABO FRIO............... 42 6.3 SESC POMPÉIA ................................. 44
10. DESENHOS TÉCNICOS ......................... 67 11.
P ERSPECTIVAS . . .............................. 79
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............ 89
TRANSPOSIÇÃO, INTERAÇÃO E CAPACITAÇÃO
INTRODUÇÃO
Campinas sempre foi uma cidade munida de diversidade cultural,
porém
adequados
peca
para
a
no
quesito
de
manutenção,
obter
espaços
exploração
e
disseminação deste padrão, em especial na região do Campo Grande, local na qual o presente trabalho foi desenvolvido. O projeto proposto tem como premissa a concepção de
um espaço que incentive a diversidade e a integração da comunidade no espaço urbano, atendendo a necessidade de
um
padrão
mínimo
de
responsabilidade
e
sustentabilidade social, promovendo a convivência em espaços públicos e o compartilhamento de experiências e conhecimentos
de
maneira
coletiva,
humanizando
as
relações sociais entre faixas e classes sociais diversas. Busca –se a implantação de um projeto que dinamize a vivência
da
complementares educação, integrantes
população, tanto
viabilizando da
região.
para
promovendo o
lazer
capacitação Habilitando
a
atividades
quanto
para
a
profissional
aos
transposição
de
barreiras segregacionista, valorização e preservação do
espaço em que fora inserido.
01
TRANSPOSIÇÃO, INTERAÇÃO E CAPACITAÇÃO
OBJETIVOS GERAIS
Este
trabalho
ampliação
do
tem
como
contexto
finalidade
cultural
da
propor cidade
a de
Campinas para os bairros mais afastados do centro, como os da região do Campo Grande. Tendo como objetivo criar um espaço que possibilite o acesso da população a todas as formas de arte, cultura e lazer, trazendo consigo a interação dos bairros e vitalidade dos espaços públicos buscando dinamizar a vivência social de forma sustentável e segura.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Incentivar o convívio entre a população local através de uso do espaço público;
• Valorização,
reconhecimento
e
preservação
do
espaço no qual estão inseridos; • Promover inclusão social e econômica através do turismo; • Habilitar
crianças,
qualificação
e
jovens
e
aprendizado
adultos para
a
através inserção
de e
participação social equivalente.
03
TRANSPOSIÇÃO, INTERAÇÃO E CAPACITAÇÃO
JUSTIFICATIVA
Por que Complexo Cultural? A cultura de um ponto de vista educacional deve
Milanesi (1997) aborda este assunto de forma sucinta,
estar inserida num contexto em que proporciona a
discutindo a função e surgimento de um centro cultural a
vivência
As
partir de três verbos essenciais para a existência do
de Campinas
mesmo, são eles: informar, discutir e criar. Segundo o
sempre estiveram presentes de forma acentuada em
autor um espaço assim seria uma forma de reunir
toda a população de diversas formas, porém há
manifestos culturais diversos sendo aceito de forma
escassez
passiva não distinguindo público preferencial, induzindo a
de
situações
experimentais.
manifestações culturais na cidade
de
espaços
físicos
multifuncionais
que
possam suprir a necessidade para a exploração de tais atividades.
vivencia interpessoal dos visitantes. Além de ter um programa amplo e diverso contendo
A criação de um complexo cultural que envolva
biblioteca, espaço para exposições, teatro, salas multiuso
arte e lazer promoverá a evolução e interação da
e espaços voltados para práticas de atividades físicas
população quanto a essa temática, pouco inserida
proporcionando qualidade social á população residente
no
de
uma construção deste porte desenvolve outro papel no
estabelecer um local onde os moradores possam se
contexto da cidade do ponto de vista econômico,
apropriar de tal forma a incentivar a preservação da
evidenciando o turismo local.
cotidiano
da
sociedade.
Há
o
intuito
cultura e bem estar social. Um espaço na qual visa dispor de uma dinâmica diferenciada
do
habitual
existente
na
região,
buscando ir além, através da inclusão e capacitação para que haja desenvolvimento não só no espaço físico e urbano mas também pessoal e cultural.
05
TRANSPOSIÇÃO, INTERAÇÃO E CAPACITAÇÃO
ÁREA DE ESTUDO BRASIL >> SÃO PAULO >> CAMPINAS >> CAMPO GRANDE A área de estudo estabelecida para a elaboração do plano macro de intervenção localiza-se na cidade de
Campinas, interior do estado de São Paulo, denominada hoje sede da região metropolitana (RMC), desenvolvida a partir do ano 2000 e formada por outros dezenove municípios conurbados. Sendo hoje uma das regiões mais dinâmicas no ponto de vista econômico no país. O lugar em questão está situado no distrito Campo Grande,
localizado
na
subdivisão
estabelecida como Macrozona 5
do
município
e é delimitado pela
Rodovia dos Bandeirantes, na qual demarca o limite da cidade, e pelo Rio Capivari, que divide a região citada do
distrito
Ouro
Verde.
Por
ter
viabilidade
a
transformações e condições para uma administração autossuficiente em 2014, pelo voto popular, Campo
Grande passou a ser “independente”. Apesar da capacidade elevada para se desenvolver, o crescimento desordenado livre de planejamento e infraestrutura
adequada,
que
pudesse
suprir
as
necessidades básicas daqueles que ali habitam, trouxe consigo inúmeras áreas de segregação, vazios urbanos e
reflexos sociais e ambientais negativos à região.
08
O LUGAR
O recorte apresentado abrange o encontro dos bairros Cidade Satélite Iris II e o Jardim Florence, onde possui áreas com várias problemáticas, que incidem relevância ao que foi citado anteriormente.
Delimitando essa área, temos a visão de um plano de
revitalização
principal as
e
melhoria,
tendo
como
ponto
habitações irregulares e habitações em
áreas de risco, localizadas próximas a locais de inundações rente ao Rio do Piçarrão e também à linha férrea, na qual limita o recorte proposto. Os dois bairros são divididos pela Avenida John Boyd Dunlop, um dos principais leitos carroçáveis do local. Após os levantamentos feitos em toda a região, foi possível analisar e delimitar uma região que pudesse
FIGURA 01 – Recorte Campo Grande e limite da área de estudo Fonte: Elaborado pelo autor. Base - SANASA
ser explorada e viabilizada de várias maneiras no contexto urbano. As
analises
foram
feitas
visando
a
busca
de
problemas recorrentes que pudessem ser sanados de maneira eficaz.
FIGURA 02 - Barracões fechados e vazios, vista da Av. John Boyd Dunlop. Fonte: Próprio autor
FIGURA 03 - Rua sem pavimentação no Jardim Florence Fonte: Próprio autor
09
O LUGAR
Atualmente Campinas enfrenta um problema de
“A habitação passou a definir-se como um território
transporte coletivo que não atende com eficiência a
de pertença e de identificação, quer de um grupo de
população campineira. Na região do Campo Grande,
indivíduos (uma família), quer apenas de um só sujeito,
já existe um novo plano de BRT a ser implantado que se
estabelecendo o seu domínio privado que passou a
conecta com os dois terminais rodoviários já existentes
distinguir-se do domínio público, que pertencia às
e cria um novo terminal num ponto crítico, onde
respectivas
de
carecem
de
melhorias serviços
recentes públicos,
sociais
problemas
e
evidentes
ambientais na
malha
alguns
bairros
infraestruturas
e
negativos, urbana.
causa
Isso
não
apenas onde estão localizados, mas também no entorno imediato. Mesmo sendo um polo ainda em desenvolvimento, já existem “pontos” a serem repensados, estudados e revitalizados, para garantir a qualidade vida e o direito daqueles que ali já habitam. A principal motivação deste trabalho é o direito de moradia
segura,
habitável,
dinâmica
e
acessível,
trazendo qualidade em todos os aspectos para a população que mora em áreas de risco e em APP’s. agradável
10
entretanto
se
foram
de casa.” RODRIGUES (2008, p.30)
saneamento. O rápido crescimento, além de trazer
reflexos
que
construindo e consolidando. Surge, assim, o conceito
concentra-se um grande nó de trânsito. Apesar
sociedades
A principal proposta deste projeto visa requalificar as áreas de ocupações irregulares e de riscos, fazer a ligação
entre
os
bairros
integrando
a
malha
viária
envoltória, tornando-os dinâmicos e sanando as barreiras consideradas segregacionistas.
O PORQUÊ
A
região
apresenta
um
número
populacional
infraestrutura
precária
em
um
local
ainda
em
consideravelmente grande comparada as demais
desenvolvimento, visando a reocupação sem a disseminação
regiões
dos valores ou princípios da população residente.
da
cidade.
São
bairros
que
margeiam
barreiras segregadas, porém existem vertentes que induzem à uma revitalização eminentemente sólida.
Cidade Satélite Iris II
Analisando o recorte destacou-se a necessidade de uma área mais humanizada, com incentivo a circulação planejada ao pedestre e veículos, regularização das unidades
implantadas
irregularmente,
reordenação
daquelas em áreas de risco e implantação de espaços públicos, promovendo assim sustentabilidade, redução dos
impactos
ambientes
causados
pela
desordem,
urbanização, mobilidade e interação com o restante da cidade. Segundo
(Jacobs,
2011)
As
favelas
são
um
ambiente sujo e caótico, mas também podem ser consideradas um dos assentamentos urbanos mais eficientes: As pessoas moram perto uma das outras e as
possibilidades
de
se
ampliar
o
círculo
de
Jardim Florence
conhecidos são maximizados. A partir disto o foco principal dos levantamentos foram destrinchar os porquês de se ter uma
FIGURA 04 – Limite da área de projeto Fonte: Elaborado pelo autor. Base Prefeitura Municipal de Campinas
11
TRANSPOSIÇÃO, INTERAÇÃO E CAPACITAÇÃO
HISTÓRIA
Na primeira metade do século XVIII, Campinas surgiu como um bairro da Vila de Jundiaí e teve início com instalações de pousos tropeiros. A partir daí, uma concentração
populacional
desenvolvimento
se
de atividades
deu
ao
fato
do
de abastecimento
desses tropeiros. Logo, com a chegada de fazendeiros do interior, as lavouras de cana e engenhos de açúcar
FIGURA 05 - Pirelli / Década de 70 Fonte: Ricardo Silva, Dissertação. 2013.
FIGURA 06 – Pirelli/ 2018 Fonte: G1 Campinas e região.
FIGURA 07 – Praça Concórdia, Fonte: wikiwand.com/pt/Campo_Gran de_(Campinas).
FIGURA 08 – Terminal do Campo Grande. Fonte: onibusdecampinas.com.br/tag/ter minal-campo-grande/.
FIGURA 09 – Bairro Cidade Satélite Iris Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Campo_Gran de_(Campinas).
FIGURA 10 – Bairro Jardim Florence Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Campo_Gran de_(Campinas).
necessitavam de um lugar para se instalar e, a partir disso, com a busca de mão de obra, deu-se início ao crescimento populacional. Já em 1950, com o crescimento populacional em desordem, especulações imobiliárias com o interesse de atrair investidores começam a criar alguns bairros mesmo sem nenhuma infraestrutura básica. No caso da região do Campo Grande, Noroeste da cidade, esse crescimento se deu com a instalação da indústria Dunlop Pneus e fortificou quando a mesma se tornou Pirelli Pneus na década de 70. O primeiro bairro a se formar na região foi o Cidade Satélite Iris I, hoje a região possui 49 bairros e muitos deles com a mesma precariedade dos anos 50.
14
DENSIDADE
HIPSOMETRIA
LEGENDA LEGENDA Menor que 5 HAB/HA De 5 a 25 HAB/HA De 5 a 25 HAB/HA De 50 a 100 HAB/HA De 100 a 200 HAB/HA
FIGURA 11 – Mapa de hipsometria Fonte: pt-br.topographic-map.com Elaborado pelo autor
Terrenos colinosos são características comuns na
FIGURA 12 – Mapa de Densidade Fonte: PMC/SEPLAMA Macrozona 5. Elaborado pelo autor.
As áreas com maior índices populacionais
mostra-se
região do Campo Grande, evidentemente no recorte
notórias nos aglomerados onde não possuem infraestrutura
proposto para a intervenção não é diferente, apesar
urbana alguma e outras em lotes irregulares frente a
dos corpos d’agua nele inserido (Rio do Piçarrão) as
legislação. O menor índice se destacou apenas em um
altitudes tem variáveis que chegam a 101m.
montante às margens do rio do Piçarrão.
15
HABITAÇÕES
ÁREAS VERDES
LEGENDA
LEGENDA
Áreas Verdes Habitações Irregulares
PNM – Parque Natural Municipal FIGURA 13 – Mapa de áreas verdes Fonte: PMC/SEPLAMA - Macrozona 5. Elaborado pelo autor
Os elementos naturais dispostos apresentam-se apenas às margens dos rios, e ainda assim com baixa evidência
Segundo levantamentos, a região apresentou grande
devido aos danos no solo, causados pela grande estadia
numero de habitações de caráter irregular. Algumas já
populacional, não sendo suficiente para suprir o volume
dispostas sob lotes subdivididos, porem não legalizados
de água nos períodos de cheias. Ao nordeste pode-se
na prefeitura
observar o Parque Natural Municipal, que apesar das
margeando o rio e suas nascentes, denominadas como
invasões ao redor do rio, é considerado uma área de
invasões.
preservação permanente(APP).
16
FIGURA 14 – Mapa de Habitações Irregulares Fonte: Levantamento elaborado pelo autor.
e
outas
implantadas
em
locais
risco,
ZEIS
MOBILIDADE
LEGENDA Av. John Boyd Dunlop Tráfego intenso Ponto de Ônibus Linhas de Ônibus
Linha 201 Linha 223 Linha 221 Linha 205 Linha 200
LEGENDA
Linha 229
Áreas de ZEIS-R FIGURA 15 – Mapa de Áreas de ZEIS-R Fonte: PMC/SEPLAMA - Macrozona 5. Elaborado pelo autor.
Linha 207 Linha 222
FIGURA 16 – Mapa de Mobilidade Urbana Fonte: EMDEC. Elaborado pelo autor.
Através das pesquisas pode-se levantar áreas destinadas
Pode-se observar que no limite estabelecido existe circulação
às zonas especiais de interesse social (ZEIS), que visam o
fluente do transporte coletivo, porém a demanda de veículos
assentamento de habitações de baixa renda. Contudo
destinadas para essas áreas são precárias. Algumas linhas que
estas áreas não são suficientes para suprir a demanda da
circulam
população da região demarcada. Entende-se que buscam
percurso estimado de 40 a 50 minutos em horários de pico. A
apenas a regularização daquelas já incidentes sob o local
causa proveniente disto, dá-se pelo fato das saídas dos bairros
estabelecido.
se
sentido Centro/Campo
encontrarem
todas
na
Grande
Avenida
tem
John
tempo
Boyd
de
Dunlop,
ocasionado assim congestionamentos.
17
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
GABARITOS
LEGENDA Residência Comércio Serviço
LEGENDA
Institucional
1 a 2 pavimento
Industria
3 a 4 pavimentos
Vazios
5 ou mais pavimentos FIGURA 17 – Mapa de Gabaritos Fonte: PMC/SEPLAMA – Macrozona 5. Elaborado pelo autor
O mapa apresenta um gráfico de gabaritos com predominância
18
FIGURA 18 – Mapa de Uso e Ocupação do solo Fonte: PMC/SEPLAMA – Macrozona 5. Elaborado pelo autor
A
predominância
dos
usos
nessa
região
mostra
de alturas das edificações que
claramente ser residencial. Frente a isso, concluímos que há
variam entre 1 e 2 pavimentos. Circunstancialmente
escassez de infraestrutura básica referente a serviços e
os mais altos estão rente a Avenida John Boyd Dunlop,
comércios destinados à população destes bairros, que
edifício nos quais são tidos como comerciais e de
precisam se deslocar ao centro da cidade para obter
serviços.
atendimento necessário.
ZONEAMENTO
EQUIPAMENTOS PÚBLICOS
LEGENDA Escola Estadual EMEI Nave Mãe CEU EMEF
UPA – Unidade de Pronto Atendimento
FIGURA 19 – Mapa de Equipamentos Públicos Fonte: Base PMC. Levantamento elaborado pelo autor
Segundo
a
prefeitura
de
Campinas,
a
carência
de
infraestrutura é grave em toda a região da MZ 5, fruto da
aprovação de loteamentos em um período anterior à vigência
da
Lei
nº.
6766/79.
Para
a
análise
desse
levantamento foram considerados os equipamentos públicos das áreas: educação, saúde, cultura, esportes, lazer. Como se pode notar a área é pouco dotada de espaços públicos para cultura e lazer, contraposto à educação.
FIGURA 20– Mapa de Zoneamento Fonte: PMC/SEPLAMA – Macrozona 5. Elaborado pelo autor.
SZD - Sem Zona Definida Z01 - Destinado ao uso habitacional unifamiliar e multifamiliar, complementarmente a comércios, serviços e uso institucionais de âmbito local; Z03 - Zona estritamente residencial, destinada ao uso habitacional unifamiliar e multifamiliar; Z03 CSE - Destina a permissão de comércio e serviços e instituições de âmbito local dentro da Zona 03. Z11 - Destinada predominantemente aos usos comercial, de serviços e institucional de pequeno e médio porte. Uso habitacional unifamiliar e multifamiliar. Z18 - Destinada à proteção de áreas e espaços de interesse ambiental e a preservação de edificações de interesse sócio-cultural.
19
TRANSPOSIÇÃO, INTERAÇÃO E CAPACITAÇÃO
OBJETIVO DO PLANO URBANO
Quando se fala em revitalização de um espaço urbano, temos em mente a ideia de que este local
que objetivam esse plano busca:
terá qualidade ambiental e de vida necessária, mas
• Manter os vínculos à identidade social da população
nem sempre as diretrizes imposta se adequam ao que foi proposto. Muitas delas funcionam apenas no papel e quando implantadas são substancialmente dirigidas para outro plano.
submeter-se
as
consequências
deste
norteador
direto, de modo que possa solucionar ou minimizar situações conturbadas.
incentivos para manter a qualidade do espaço e também da vida da população que desfruta do mesmo. Deste modo as propostas de intervenção para esta região vão além de apenas projetos incidentes sob o solo, mas buscam garantir que esses sejam
de
fato
eficientes
para
o
desenvolvimento adequado do local e suficientes para atender a população quanto à função cultural, econômica e social
• Respeito
pelo
diferente,
valorizando
aquilo
já
estabelecido culturalmente;
• Interação dos bairros entre eles e as demais áreas da cidade com ampliação da mobilidade; • Promover a sustentabilidade para um novo conceito de bairro, reduzindo os impactos ambientais causados pela
Não adianta promover melhorias sem que haja
projetos
residente;
• Garantia de moradia acessível, segura e digna;
Propor não significa apenas sugerir ideias, mas
22
Seguindo essa linha de pensamento, os fundamentos
ocupação desordenada do solo; • Regularização fundiária, como forma de garantia da posse da terra; • Circulação segura e humanizada para o pedestre, ciclistas e veículos automotores;
CONCEITO
Os objetivos indicados anteriormente surgiram a
Dessa maneira as diretrizes tem como intuito suprimir a
partir do conceito de qualificar, e para essa atribuição
segregação, oferecendo acesso a saúde, escola, trabalho
foi preciso estudar, analisar e aprender como as
e lazer, tendo como base a moradia e o transporte
pessoas usam os espaços públicos e levar tudo em
coletivo
conta ao propor melhorias. Segundo Jan Gehl para
reunindo as pessoas para manter a vitalidade dos bairros.
de
qualidade.
Misturando
as
atividades
e
obter qualidade de vida é preciso pensar uma cidade criada para pessoas. Um modelo destrutivo é pensar na cidade para o carro, onde as ruas deixam de ser espaços públicos e as pessoas ficam em segundo plano.
Contra esse tipo de cidade que oferece baixa qualidade de vida estaria surgindo, segundo Gehl, um novo paradigma, o da “cidade reconquistada", que visa ser sustentável, amigável para as pessoas, que é compacta, composta por bons
espaços públicos,
segura, boa para caminhar e pedalar, com boas opções de transporte público e vegetação por todo lado.
23
DIRETRIZES E ESTRATÉGIAS Realocação e regularização As principais diretrizes e estratégias para o projeto
O plano direcionado para essa problemática envolveu
urbano da região se subdividem em planos titulados
um lavamento real referente a
separadamente, porém mantém conexões entre si, no
realocadas e regularizadas.
intuito
de
produzir
desenvolvimento,
reordenando
Considerando a base de dados do IBGE que relaciona
aquele já em processo.
cerca de 3,5 moradores por domicilio, foi possível chegar
1 - Estruturação física e social
ao resultado de quantas moradias são necessárias para
• Eliminar ou minimizar os fatores que geram situações de risco em áreas de precariedade que estão localizadas próximas ao Rio do Piçarrão, linha férrea
obter este êxito. Os cálculos apresenta a demanda de habitantes a serem realocados e a dos lotes para regularização, demostrados separadamente.
e APPs, realocação dos habitantes residentes nesse
• Habitações - Realocar
local;
• Satélite Iris II - 775 habitações = 2.713 hab.
• Reassentamento e garantia de habitação para todas
as
famílias
no
interior
do
perímetro
de
intervenção, preenchendo assim os vazios urbanos existentes de acordo com o zoneamento; • Regularização das habitações implantadas de forma
indevida, utilizando-se os instrumentos urbanísticos como a Regularização Fundiária, promovendo a implantação das ZEIS (Zona Especial de Interesse Social).
Jardim Florence - 234 habitações = 819 hab. ✓ Total = 3.532 habitantes • Lotes – Regularizar • Satélite Iris II - 490 lotes = 1.715 hab. Jardim Florence – 658 lotes = 2.303 hab. ✓ Total = 4.018 habitantes Total geral de 7.550 pessoas vivendo em situações de precariedade
24
todas habitações a ser
DIRETRIZES E ESTRATÉGIAS 2 - Mobilidade Urbana • Organizar o sistema viário integrado a malha urbana envoltória criando a possibilidade de conexões entre os bairros. Permitindo assim a circulação adequada
dos veículos e pedestres dando um uso mais humano e seguro às ruas, com o intuito de trazer vitalidade à Áreas para o reassentamento da população
região; • Projetar passarela para pedestre rente ao parque linear proposto, sendo ela implantada em nível diferente, no encontro dos dois bairros que são
divididos pela avenida John Boyd Dunlop; • Junto a passarela, elaboração da proposta para ciclovias e ciclo faixa estendendo às demais vias, incentivando
a
população
quanto
a
sustentabilidade. • Reestruturação do eixo do BRT proposto no plano da cidade promovendo a interação com os demais meios de transporte. FIGURA 21 – Proposta de realocação e Regularização Fonte: Elaborado pelo autor.
• Estruturação
das
vias
de
âmbito
local,
proporcionando pavimentação àquelas inexistentes, calçadas para a livre circulação do pedestre e quando necessário alargamento da mesma para a fluidez do transito.
25
DIRETRIZES E ESTRATÉGIAS Organização e reestruturação Essa estratégia tem ligação direta com a proposta do parque linear ao longo do Rio do Paçarrão. Contudo, toda a estruturação da mobilidade tem referencia ao que diz Jan Gehl (2010) “A cidade deveria ser criada para
as pessoas, para o convívio ao nível dos olhos.” Av. John Boyd Dunlop Linha férrea
Corredor BRT
Parque linear
Passarela
Parque linear
Avenida
Corredor BRT
Avenida
Parque linear
A Inserção da passarela, nível superior ao da avenida, proporciona ligação entre as duas metades do parque e livre circulação do pedestre evitando o contado com os veículos.
26
FIGURA 22 – Plano de Mobilidade Fonte: Elaborado pelo autor.
DIRETRIZES E ESTRATÉGIAS 3 - Interação Ambiental, Cultura e Lazer
Conexão e interação
As diretrizes a serem implantadas nesse setor, tem
Buscando emergir cultura e lazer à região do Campo
como objetivo impulsionar a urbanização visando a
Grande, as diretrizes apresentadas induz a implantação
preservação e manutenção dos espaços livres.
de equipamentos inexistentes no local. A proposta tem
• Proposta de um parque linear que margeia toda a extensão do Rio do Piçarrão, cruzando e interligando os bairros Satélite íris e Jardim Florence;
intuito de proporcionar melhor qualidade de vida aos moradores e visitantes. • Equipamentos Públicos locados próximo e dentro do parque linear.
• Implantação de equipamentos de lazer e cultura articulando a dinâmica do bairro e induzindo a preservação do mesmo (campos de futebol, praças,
• Ciclovia interligando as principais vias do recorte. Tipos de pavimentação permeável
áreas de lazer);
CALÇADA: Uso de sistema com peças intertravadas
• Implantação de ciclovias ao longo do parque linear e
avenidas
próximos,
conectando
os
de
concreto
poroso,
permitindo então, drenagem da água
pontos
diretamente para o solo.
principais da região e dos equipamentos propostos; • Adequar pavimentação em áreas de preservação, buscando por materiais resistentes e permeáveis.
FIGURA 23 – Bloco retangular de concreto permeável
• Solucionar problemática na drenagem nos corpos
LEITO
CARROÇÁVEL:
drenante,
d’agua;
utilizando
Pavimentação brita,
grelha
de
pavimento natural e piso nivelado.
FIGURA 24 – Ecopavimento
27
DIRETRIZES E ESTRATÉGIAS 4 - Leis e Zoneamento Esta proposta tem como objetivo induzir a polarização da
região,
visto
que
a
mesma
é
carente
de
atendimentos básicos necessários.
• Estabelecer no território um setor destinado ao desenvolvimento
de
novos
estabelecimentos
de
comércio e serviços, com o intuito de suprir as necessidades dos moradores. • Garantir estabilidade perante a lei de zoneamento para que os comerciantes e prestadores de serviços
invistam
nas
áreas
propostas
colaborando
em
percentual
de
do solo em relação aos
lotes,
infraestrutura; • Promover
mudanças
permeabilidade
no
estabelecendo valor de 20%; • Denominar setor de uso misto se subdividindo entre comércio/serviço e comércio/residencial; FIGURA 25 – Plano Ambiental Fonte: Elaborado pelo autor.
Av. John Boyd Dunlop
Cultura/Lazer
28
Ciclovia Parque linear
DIRETRIZES E ESTRATÉGIAS Alteração e planejamento Exemplifica-se
poucas
mudanças
nesta
questão,
porém garante maior fluxo de migração pendular e vitalidade nos trechos desertos da região. As mudanças ocorrem no eixo da avenida John Boyd Dunlop
definida como Zona mista, denominando o uso
de comércio, serviço e residencial. No Jd. Satélite Iris as áreas destinadas a ZEIS passaram a ter caráter legal no caderno de zoneamento sendo definida como Zona Residencial. E a oeste do Rio Piçarrão ficam definas áreas de comércio e serviço, polarizando mas garantindo e respeitando a lei de preservação.
Z03 – Zona estritamente residencial unifamiliar e multifamiliar Z11 – Zona de uso misto, sendo comércio, serviço e residencial. Z03 CSE– Zona de uso comercial e serviços, estritamente. FIGURA 26 – Proposta de Zoneamento Fonte: Elaborado pelo autor.
29
IMPLATAÇÃO
Áreas de convívio publico e praticas de atividades ao ar livre em meio a unidades residenciais, buscando a melhorias na qualidade social.
Com as mudanças nas leis de zoneamento as novas habitação possuirão fachada ativa e espaços livres para interação e livre acesso aos moradores
30
Já estabelecido como parque pela lei no município, pensou na integração do mesmo ao parque linear proposto em toda a extensão do território analisado. Promovendo diversas atividades de recreação.
Em meio ao parque há propostas de espaços para livre ações de permanência. O intuito é induzir os moradores da comunidade interagir com o espaço aberto, visto que essas áreas margeiam os lotes residenciais.
"Não pode existir harmonia urbana ou melhoria ambiental real sem paz e garantia da aplicação dos direitos humanos básicos." (Richard Rogers)
31
TRANSPOSIÇÃO, INTERAÇÃO E CAPACITAÇÃO
COMPLEXO CULTURAL
Um centro cultural caracteriza-se como um espaço
Contudo os centros culturais devem buscar sempre
de convivência e não uma área que abriga objetos. É
novas formas de enxergar a sociedade. Exprimindo a
onde as diversas formas de manifestações culturais se
reflexão e expressão perante esta, informando, discutindo
mesclam, onde o usuário pode escolher entre estar na
e criando estímulos para a disseminação dos valores
biblioteca ou participar de atividades físicas. É um
atribuídos ao contexto.
lugar que faz a sociedade interagir entre si e com o
espaço proposto.
ESPAÇO CULTURAL NO MUNDO
Trata-se de um local aberto a população tendo como objetivo reunir indivíduos interessado em cultura sendo apto à transposição de barreiras que separam pessoas e etnias. A cultura faz de seres humanos indivíduos capazes de vivenciar experiencias artísticas que contribuem educacionalmente no dia a dia das pessoas. É um meio de manifestação através da arte integrando-a ao
lazer
e
proporcionando
um
conjunto
de
características para o conhecimento das pessoas.
inúmeras transformações com o intuito de cumprir com as necessidades com que cada espaço precisava. Um dos
primeiros a ser considerado um centro de cultura foi a biblioteca de Alexandria. Formava um complexo cultural que preservava o conhecimento existente na Grécia Antiga em diversos formatos e em diversas áreas, se assemelhando aos centros culturais modernos. No século XIX surgem os primeiros centros culturais
“Em sentido amplo, valores culturais são todos aqueles
como grandes centros de arte, mas só 1950 na França o
que orientam um indivíduo, grupo ou coletividade,
Centro
conformando suas visões de mundo e manifestando-se
arquitetos
em todas suas representações: a igualdade de todos
equipamentos públicos eram criados para enriquecer o
perante a lei ou a discriminação, o respeito ou a violência, a dignidade da mulher ou o machismo, etc.” COELHO (1997, p. 360)
34
Durante décadas os espaços culturais passaram por
Cultural
Georges
Renzo
patrimônio cultural.
Piano
Pompidou,
projetado
pelos
e
Rogers.
Esses
Richard
CULTURA EM CAMPINAS
A cidade de Campinas sempre teve uma posição destacada no estado de São Paulo, com grande produção e recursos culturais. Em 1850 foi construído o Teatro Municipal São Carlos, porém com o desenvolvimento e expansão da cidade houve a necessidade de um espaço maior. Então em 1922 foi demolido para dar lugar a outro, o teatro de ópera Carlos Gomes, inaugurado em 1930. Porém
também
demolido
em
1965
sem
motivo
plausível na época. (Figura 01).
FIGURA 28 – Teatro Carlos Gomes, antes de 1965. Fonte: http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/ 2007/07/descaso-com-histria-teatro-municipal.html
Após a demolição, em 1974 construíram o teatro Castro Mendes, com o intuito de suprir a falta de um espaço cultural na cidade. Mas devido ao seu estado de conservação em 2007 foi interditado e reformado pelo arquiteto Otto Felix, tendo sua reinauguração em 2012, portanto sendo agora de caráter privado. (Figura 03, p.10).
FIGURA 27 – Teatro São Carlos, Campinas Fonte: https://protestocultural.files.wordpress.com/2012/02/te atro-sao- carlos-de-campinas-1900.jpg
35
CULTURA EM CAMPINAS
FIGURA 30 – Centro de Convivência - Campinas Fonte: https://240anos.campinas.sp.gov.br/acoes/prefeito-assina-parceriaprojeto-reforma-centro-convivencia
FIGURA 29 – Teatro Castro Mendes Fonte: http://www.campinas.sp.gov.br/governo/cultura/teatrosauditorios/jose-castro-mendes.php
Ainda sobre o quadro cultural da cidade temos o
Centro de Convivência, projeto premiado do arquiteto Fábio Penteado que foi construído no bairro Cambuí em
1977
e
bastante
utilizado
pela
população,
principalmente jovens e adolescentes. Porém o teatro interno está interditado desde 2012, por falta de manutenção
hoje
se
encontra
em
estágio
de
degradação. (Figuras 04 e 05). FIGURA 31 – Centro de Convivência – Vista aérea Fonte: https://n60.com.br/campinas-recebe-apresentacao-musical-nocentro-de-convivencia-neste-sabado
36
CULTURA EM CAMPINAS
Nesse
contexto
temos
também
Biblioteca
No início dos anos 70, com a implantação da Unicamp
Municipal de Campinas, localizada ao lado da
as demandas por espaços culturais aumentaram e a partir
prefeitura, no centro. Tendo como missão reunir e
desse momento juntamente com a Secretaria da Cultura,
preservar o patrimônio histórico e cultural acumulado
foi criado o MIS – Museu da Imagem e do Som com o
que retratam a memória da cidade, garantindo à
objetivo
população
Campinas e região, cujas peças vinham sendo guardadas
direito de acesso
a
e uso
gratuito a
de
outros
preservação
espaços
da
a
memoria
cidade.
audiovisual
Hoje
se
de
informação, proporcionando incentivo a e=leitura e
em
encontra
educação. (Figura 06).
localizado no edifício Palácio dos Azulejos, no centro. (Figura 07).
FIGURA 32 – Biblioteca Municipal de Campinas Fonte: http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2016/05/ campinas-recebe-exposicao-sobre-expedicao-do-artista-herculeflorence.html
FIGURA 33 – Edifício Palácio dos Azulejos - MIS Fonte: http://correio.rac.com.br/_conteudo/2014/09/capa/cam pinas_e_rmc/205694-reforma-do-mis-comeca-so-depois-doperiodo-eleitoral.html
37
TRANSPOSIÇÃO, INTERAÇÃO E CAPACITAÇÃO
CENTRO CULTURAL SÃO PAULO
Ficha Técnica Centro Cultural São Paulo São Paulo - SP Ano: 1979 Área: 46.500 m²
Autores: Eurico Prado Lopes e Luiz Telles
FIGURA 35 – Centro Cultura São Paulo – Vista Superior Interna. Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/766141/sesc-sp-promove-serie-de-palestrassobre-a-relacao-da-arquitetura-de-centros-culturais-e-a-cidade/
O Centro possui uma programação que pode ser desfrutada
por
todos
gratuitamente
ou
a
preços
populares. Dispõe de espetáculos teatrais, dança, musica, FIGURA 34 – Centro Cultura São Paulo – Vista aérea. Fonte: http://www.spbairros.com.br/centro-cultural-de-sao-paulo/
O Centro Cultural São Paulo é um espaço publico de convívio de fácil acesso, localizado entre a Rua Vergueiro e a Avenida 23 de Maio,
integra-se à
paisagem de São Paulo, não se impondo visualmente, e constitui-se como passagem e ponto de encontro para uma variada gama de pessoas diariamente, de idades, classes sociais e interesses diversos.
40
literatura, mostras de artes, oficinas, atividades ao ar livre, etc. Tornou-se referencia por seus amplos espaços de convivência, como os jardins suspensos possibilitando a interação e troca de experiências interpessoais. Além da biblioteca e sua arquitetura a favor da acessibilidade e conexão dos ambientes através de suas longas rampas.
CENTRO CULTURAL SÃO PAULO
Longitudinalmente, todo o CCSP é percorrido por
A estrutura, mista de concreto e aço, é protagonista no
uma “rua interna”, com 300 metros de comprimento,
espaço. Os pilares metálicos centrais, pintados em azul,
que distribui todos os fluxos e as circulações. Todas as
abrem-se ao encontrar as vigas, remetendo a troncos de
divisórias
árvores. As vigas em concreto aumentam a seção ao
transversais
são
transparentes,
proporcionando uma visão total e integração entre
atingir os pilares
todos os programas e o jardim interno. “Nessa rua
conferindo dinamicidade à estrutura, muito comparada
interna há escadas que conduzem às plateias dos
ao madeiramento de um barco. Na cobertura principal,
teatros, cinema e auditório que estão localizados no
panos translúcidos permitem a entrada de luz zenital,
pavimento abaixo, e rampas de acesso que descem
proporcionando iluminação natural abundante em todo o
levando à biblioteca e à discoteca e sobem para a
edifício. A modulação rígida, que vai variando de acordo
Pinacoteca
com a necessidade, conforma uma diversidade de
Municipal.
Caminhando-se
pela
rua
interna no sentido da estação Vergueiro do metrô,
e diminuem nos meios
dos vãos,
espaços e eixos visuais.
chega-se ao foyer dos teatros, que presta-se também a exposições e espetáculos.
FIGURA 36 – Jardim Suspenso Fonte: https://passeiosbaratosemsp.com. br/centro-cultural-sao-paulo
FIGURA 37 – Fachada Principal Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ce ntro_Cultural
FIGURA 38 – Rampas Internas. Fonte: https://www.archdaily.com.br/
FIGURA 39 – Biblioteca Fonte: https://www.archdaily.com.br/
41
CENTRO CULTURAL CABO FRIO
Ficha Técnica Concurso - 2º lugar Cabo Frio – Rio de Janeiro Ano: 2014 Area: 7.500m² Autores: Eder Alencar e André Velloso Colaboradores: Margarida Massimo, Paulo Victor Borges Ribeiro, Thaís Losi, Gabriela Bilá e Pedro Santos .
O local de encontro e promoção da cultura em Cabo Frio, Rio de Janeiro, fica em um lote recortado pela
exuberante região dos lagos. O programa permite um grau de interação com a comunidade local, sendo destinado ao uso público, onde funciona como um espaço multifuncional para exposições. Segundo o site de arquitetura arqbr. o Centro Cultural de Eventos e Exposições de Cabo Frio tomou forma de uma
paisagem
modelada,
que
respeita
a
escala
residencial do lugar e cria uma praça externa urbanizada essencialmente publica, como continuação do espaço publico urbano. A arquitetura privilegia a contemplação da paisagem natural no entorno a partir de um volume único distribuído em três blocos: estacionamento e serviços, edifícios e praça.
FIGURA 40 - Maquete Eletrônica - Centro Cultural de Eventos de Cabo Frio Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/14.159/5101?page=4
FIGURA 41 - Vista do vão suspenso e circulação sob o deck Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/14.159/5101?page=4
42
CENTRO CULTURAL CABO FRIO
O programa foi organizado, configurando a praça, em
Perpendicularmente ao pavilhão, implantou-se outra
dois volumes perpendiculares entre si desenhados a partir
edificação, para convenções, que temo auditório como
do
circulação,
principal elemento destacado na paisagem, sendo que seu
destacados do desenho da praça como decks de
palco se abre para o deck e para a praça, possibilitando seu
madeira.
uso para eventos externos e abertos.
lançamento
de
eixos
principais
de
O primeiro e mais importante desses decks, pautado por
uma das ruas residenciais, conecta a Avenida à Lagoa de Araruama, atravessando o terreno e um vão livre de 35 metros
abaixo
de
um
edifício
metálico
suspenso,
implantado na frente do terreno, paralelo à Avenida, que abriga o espaço de feiras para 1.500 pessoas
FIGURA 43 - Maquete Eletrônica - Centro Cultural de Eventos de Cabo Frio Fonte: https://arqbr.arq.br/projeto/centro-cultural-de-cabo-frio/
A parte interna do edifício é vedada por vidro, porém protegida madeira,
por de
brises forma
de que
conecte-se com a paisagem
FIGURA 42 - Maquete Eletrônica - Centro Cultural de Eventos de Cabo Frio
e o deck.
Fonte: https://arqbr.arq.br/projeto/centro-cultural-de-cabo-frio/
FIGURA 44 - Vista dos brises flexíveis.
Fonte: https://arqbr.arq.br/projeto/centro-cultural-de-cabo-frio/
43
SESC POMPÉIA
Ficha Técnica
O complexo mantem a estrutura original de uma antiga
Sesc Pompeia
fabrica de tambores da década de 1930. A primeira parte
São Paulo - SP
foi inaugurada em 1982 porem somente em 1986 o bloco
Ano: 1986
esportivo foi aberto para o público.
Área: 23.571 m²
Autor: Lina Bo Bardi
O Sesc tem uma programação com cerca de 120 atrações
musicais
ou
teatrais
por
mês
e
todos
os
equipamentos nele disposto faz jus à frequência intensa de visitantes. Há um diferencia na estrutura do teatro que chama bastante atenção, pois foge do convencional. São duas frentes para plateia e o palco entre elas, desta forma o público fica um frente ao outro, dispensando os quesitos tradicionais normalmente apresentados.
FIGURA 45 - Fachada principal do complexo. Fonte: http://arquiteturacomconceito.blogspot.com/2015/06/liberdadena-arquitetura-sesc-pompeia-sp.html
É um centro de cultura e lazer em São Paulo que
reúne teatro, quadras esportivas, piscina, espaços de exposição, restaurante, oficinas entres outras atividades.
44
FIGURA 46 - Sala de oficinas. Paredes com tijolo aparente, telhado com telhas de barro e estrutura metálica.
FIGURA 47 - Biblioteca e área de leitura.
SESC POMPÉIA
Três volumes prismáticos de concreto aparente
O projeto do SESC concretiza a rua interna da fabrica
surgem ao lado dos antigos galpões da fábrica de
transformando-a
tambores da Pompéia: um prisma retangular de
espontâneas ou para apresentações agendadas.
trinta por quarenta metros de base e quarenta e cinco
metros
de
altura;
um
segundo
prisma
centro
serviço,
e conduz o visitante para
reservada,
quatorze por dezesseis metros de base e cinquenta e
programa de esportes.
diâmetro e setenta metros de altura.
para
manifestações
A rua, em declive, perpassa o programa cultural e de
retangular, menor e mais alto que o primeiro, de
dois metros de altura; e um cilindro de oito metros de
cultural
que
abriga
sobretudo
uma área mais
o
balneário
e
o
No interior do lote há um encontro de “vias” de pedestres: a rua principal com a rua construída sobre o Córrego das Aguas Pretas. Com essas situações Lina trás o ambiente urbano para dentro do edifício.
FIGURA 48 - Fachada principal do complexo. Fonte: http://arquiteturacomconceito.blogspot.com/2015/06/liberdadena-arquitetura-sesc-pompeia-sp.html
FIGURA 49 – Vista do amplo salão destinado a múltiplas atividades. Fonte: http://infoartsp.com.br/guia/m useus-e-instituicoes/sesc-pompeia/
FIGURA 50 - Fachada composta por tijolos de barro, vista da rua interna. Fonte: http://infoartsp.com.br/guia/ museus-e-instituicoes/sesc-pompeia/
45
TRANSPOSIÇÃO, INTERAÇÃO E CAPACITAÇÃO
VISITA TÉCNICA
A visita técnica foi realizada no MASP localizado
na Avenida Paulista na cidade de São Paulo. Projetado por Lina Bo Bardi no ano de 1968. Famoso pelo vão de mais de 70 metros que se estende sob quatro enormes pilares, concebido pelo engenheiro José Carlos de Figueiredo Ferraz, o edifício é considerado um importante exemplar da arquitetura brutalista brasileira e um dos mais populares
ícones
da
capital
paulista,
sendo
FIGURA 53 - sala de exposição temporária, 1º pavimento. Fonte: Acervo pessoal.
FIGURA 54 - sala de exposição temporária, 2º subsolo Fonte: Acervo pessoal.
tombado pelas três instâncias de proteção ao patrimônio: IPHAN, Condephaat e Conpresp.
A radicalidade da arquiteta também se faz presente nos cavaletes de cristal, criados para expor a coleção no segundo andar do edifício. Ao retirar as obras das paredes, os cavaletes questionam o tradicional modelo de museu europeu, no qual o espectador é levado a seguir
uma
narrativa
linear
sugerida
pela
ordem
e
disposição das obras nas salas. No espaço amplo da pinacoteca
do
MASP,
a
expografia
suspensa
e
transparente permite ao público um convívio mais próximo com o acervo uma vez que ele pode escolher o seu percurso entre as obras, contorná-las e visualizar o seu verso.
FIGURA 51 - Escadas de acesso. Fonte: Acervo pessoal.
48
FIGURA 52 - Elevador do acesso principal Fonte: Acervo pessoal.
VISITA TÉCNICA
No edifício de aproximadamente 10 000 metros quadrados, há, além dos espaços expositivos e da pinacoteca,
biblioteca,
fototeca,
videoteca,
dois auditórios, restaurante, loja, oficinas, ateliê, espaços administrativos e reserva técnica. O acabamento é
simples. "Concreto à vista, caiação, piso de pedra-goiás para o grande Hall Cívico, vidro temperado, paredes plásticas. Os pisos são de borracha preta tipo industrial. O Belvedere é uma ‘praça’, com plantas e flores em volta, pavimentada com paralelepípedos na tradição FIGURA 55 - Estrutura exposta e fechamento em vidro. Fonte: Acervo pessoal.
ibérico-brasileira. FIGURA 56 - Vigas de concreto aparente. Fonte: Acervo pessoal.
Há
também
áreas
com
água,
pequenos espelhos com plantas aquáticas", descreve Lina Bo Bardi, afirmando: "Não procurei a beleza. Procurei a liberdade”.
FIGURA 58 - Exposição em estacas de madeira Fonte: Acervo pessoal. FIGURA 57 - Vista da praça Fonte: Acervo pessoal.
FIGURA 59 - Avenida Paulista - MASP Fonte: Acervo pessoal.
49
TRANSPOSIÇÃO, INTERAÇÃO E CAPACITAÇÃO
O LOCAL
O terreno proposto para a implantação do projeto está localizado no bairro Jardim Florence, sendo uma de suas fachadas voltada para a avenida principal do bairro. Próximo a ele se encontra também Rio do Piçarrão, localizado apenas uma quadra à frente. Situado numa área periférica a construção de um
Complexo
Cultural
visa
a
promoção
social
da
população residente através da cultura e interação da comunidade com o espaço.
FIGURA 61 – Terreno proposto para a implantação do Complexo Cultural. Fonte: Google Earth. Elaborado pelo autor.
A área estabelecida margeia a Avenida Nelson Ferreira de Souza contraposto à rua Heloisa Prato Galbiati. Em sua totalidade possui cerca de 26.000 m², medidas suficientemente amplas para a implantação do projeto.
Legenda
FIGURA 60 – Vista aérea do local de implantação; Bairros Satélite íris II e Jd. Florence. Fonte: Google Earth. Elaborado pelo autor.
52
Rio do Piçarrão
Limite do terreno
Av. John Boyd Dunlop
Área de localização
JUSTIFICATIVA DO TERRENO
Conforme a análise dos levantamentos realizado
na
região
do
Campo
Grande
e
na
área
de
Com a implantação do parque linear proposto os ideais das demandas social, ambiental e cultural crescem
intervenção, pôde-se observar a carência de espaços
e
públicos de lazer que atenda a necessidade da
convivência e permanência da população em locais
comunidade local e circunvizinhas.
públicos
apesar
de é
suprir
essa
necessário
questão,
um
espaço
para físico
explorar com
a
áreas
A região é densa no que diz respeito a demanda
direcionadas a cada ideal, com cerca de 26.000m² o
de população e precária em infraestrutura, deste
terreno tem capacidade suficiente para atender um
modo de acordo com as estratégia sugeridas no
programa que busca abranger todos esses requisitos.
plano urbano, a escolha do terreno está relacionada
Contudo a premissa de ser o centro das atenções da
em ser um ponto de encontro que assim, a partir dele
região, coincidiu com a facilidade de locomoção tanto
o público se direcione as demais localidades.
para aqueles que querem apenas visitar o complexo ou
Localizado no eixo da principal avenida do bairro Jardim Florence, possui acesso direto a Av. John Boyd Dunlop, o que pode gerar grande fluxo de pessoas
para os que estão no parque linear, no qual possui acesso direto
através
das
ruas
perpendiculares
à
principal,
tornando-se um local acolhedor e propício ao turismo.
para o local. Além disto o terreno fica entre duas barreiras segregacionistas, a linha férrea e o Rio do Piçarrão, porém esse ponto foi considerado positivo para a implantação do complexo, pois a ideia é valorizar a comunidade de modo que o poder público e privado garantam investimentos, gerando
assim qualidade social inexistente na região.
53
TOPOGRAFIA
MACRO CLIMA
De
acordo
com
a
insolação
incidente,
as
O terreno possui uma área de 26.000 m² com declive
melhores fachadas estão voltadas para as ruas
de 13 metros, iniciando na cota 578 à sudeste do
Osvaldo Peralva e Heloisa Prato Galbiati.
terreno.
E as fachadas voltadas para a Av. Nelson Ferreira
A cota mais alta está localizada no cruzamento das
de Souza e rua Dezoito recebem o sol da tarde,
ruas Dezoito e Heloisa Prato Galbiati, na qual o terreno
onde há a necessidade da utilização de sistemas de
começa descer até chegar na cota 565, na Av. Nelson
controle solar e conforto térmico.
Ferreira de Souza.
Os ventos predominantes provem da direção
sudoeste do terreno, cruzamento entre as ruas
R. Heloisa Prato Galbiati
Dezoito e Heloisa Prato Galbiati.
Rua Dezoito
578
565 Rua Osvaldo Peralva Av. Nelson Ferreira de Souza FIGURA 63 – Maquete topográfica do terreno (sem escala) Fonte: Elaborado pelo autor.
Limite do terreno Ventos predominantes FIGURA 62 – Insolação e ventos predominantes Fonte: Google Earth. Elaborado pelo autor.
54
Direção solar
ZONEAMENTO LOCAL
Campinas
macrozonas,
A área de intervenção pertence a Zona 01,
divididas e agrupadas conforme a necessidade de
destinada aos Destinado ao uso habitacional unifamiliar e
cada região. O terreno apresentado se encontra na
multifamiliar, complementarmente a comércios, serviços e
Macrozona 5, em roxo, caracterizada por ser uma
uso institucionais de âmbito local.
região
é
composta
adensada
e
pelo
por
seu
9
processo
desenvolvimento contínuo.
de
LEI 6.031/88 - ARTIGO 6º INSTITUIÇÕES
DE
ÂMBITO
LOCAL
-
Instituições
destinadas à educação, à saúde, à cultura, ao esporte, ao lazer, à assistência social, a cultos religiosos e à administração, segurança e serviços públicos, cujas atividades relacionam-se às populações localizadas em áreas restritas;
ZM1
FIGURA 64 – Mapa de Campinas. Macrozonas Fonte: http://www.campinas.sp.gov.br/governo/seplama/publica coes/planodiretor2006/pd2006mapas.php
FIGURA 65 – Mapa de zoneamento Fonte: https://zoneamento.campinas.sp.gov.br/
55
TRANSPOSIÇÃO, INTERAÇÃO E CAPACITAÇÃO
CONCEITO E PARTIDO
O
complexo
cultural
tem
como
conceito
norteador a abertura, física e visual, a todos moradores e seu entorno. Criando um núcleo de vivencia na em toda a região. Um espaço livre que
agrega tanto aqueles que frequentam para uma
1. Malha estrutural 30x30
2. Definição do edifício
\\\
3. Elevação dos volumes
atividade especifica quanto para os vão somente para conversar ou descansar. A
transformação
de
um
lote
com
ampla
visibilidade, em um local de lazer, educação e vivência
da
população,
elimina
o
fator
de
insegurança que o mesmo transmite. O projeto visa a interação da população com o espaço urbano, desta forma teve-se como ponto de partida a interligação dos ambientes através de
4. Criação de praças e locais de vivência.
5. Elevação do 2 º pav. para distribuição dos usos.
6. Ventilação e emissão de luz natural nas áreas livres
pequenas áreas livres que pudessem, de forma singela, convidar o visitante a passar pelo local . A definição de usos para esses espaços abertos dá-se
por
conta
de
quem
o
frequenta,
possibilitando assim a livre expressão de arte ou cultura de qualquer individuo. Desta forma a interação entre os visitantes torna-se abrangente e notória.
58
7. Vivencia e permanência do públicos em áreas livres
6. Circulação livre entre os volumes e toda extensão do terreno.
PROGRAMA
O
programa
emergiu
• Núcleo de apoio: Um complexo desse porte não gera só
somente da análise da região, mas também do
densidade e fluxos, mas cria novas demandas. Deste
estudo das potencialidades físicas, morfológicas e
modo pensou-se na implantação de um café para dar
territoriais do local e seu entorno imediato. Sendo
flexibilizar os usos. A partir disto a implantação de uma
assim foi possível elabora-lo de forma a dividir-se em
livraria
três
complemento na solução deste setor.
núcleos
de
necessidades
segundo
as
não
diferentes
áreas
do
conhecimento:
biblioteca,
que
educação
dos
nesse
exposições
núcleo
de
informática
vieram
como
Vale ressaltar que os núcleos apresentados são divididos
• Núcleo de informação: Esse setor abriga uma
inserido
e
busca
garantir
frequentadores. tópico
(artísticas,
amplos
o
acesso
Também espaços
acadêmicas,
a
por categorias, porém esta não prevalece no caráter espacial de implantação.
está de
SETORIZAÇÃO
esportivas,
Núcleo de Informação
Biblioteca Biblioteca Exposição Exposição Auditório Acesso à Internet Auditório Papelaria/Livraria Salas Salas Multiuso Multiuso
Núcleo Recreativo
Quadra Quadra Piscina Piscina Playground Áreas livres Praça Recreativa Praça coberta
Núcleo de Apoio
Café Informática Livraria
etc.) desenvolvidos na comunidade, um auditório, onde os moradores possam realizar apresentações e salas multiuso para oficinas e aulas dos cursos profissionalizantes de capacitação dos moradores. • Núcleo Recreativo: Esse núcleo se configura como um misto entre equipamentos complementares públicos, como quadras poliesportivas, piscina, grandes espaços livres para interação interpessoal e atividades recreativas e uma praça coberta para a convivência e dinâmica social.
59
SETORIZAÇÃO C U LT U R A
SOCIAL
QTD
ÁREA (m²)
Hall/Recepção
1
300 m²
LIVRARIA
Sanitários
4
25 m²
CAFÉ
Sanitário PNE
4
3 m²
Salão de Exposição
2
AUDITÓRIO
AMBIENTE
QTD
ÁREA (m²)
AMBIENTE
QTD
ÁREA (m²)
1
68 m²
Living
1
156 m²
490 m²
Cozinha
1
15 m²
1
395 m²
Preparo
1
12 m²
Foyer
1
203 m²
Freezer
1
3.40 m²
Segurança/ Apoio
1
25 m²
Copa
1
4 m²
Cabine imagem e som
1
25 m²
Despensa
1
3 m³
Palco
1
80 m²
Sanitário/ Público
2
3 m²
Camarim Coletivo
1
60 m²
Sanitário PNE
1
3 m²
Camarim Individual
1
25 m²
Sanitário funcionários
2
2.25 m²
Sala do Diretor
1
16.50 m²
Sala de figurinos
1
27 m²
Reserva técnica
1
19 m²
Vestiários
2
40 m²
Sala de teatro
1
98 m²
Depósito/ Cenários
1
59 m²
Sala de música
1
98 m²
Sala de artes e desenho
1
72 m²
Terraço
1
137 m²
Sala de dança
1
72 m²
Praça coberta
1
1.263 m²
BIBLIOTECA
60
AMBIENTE
A D M I N I S T R AT I V O
EDUCAÇÃO AMBIENTE
QTD
Hall
1
34 m²
Recepção
1
20 m²
Secretária
1
14 m²
Diretoria
1
21 m²
Arquivo Geral
1
18 m²
Monitoria
1
20 m²
Coordenadoria
1
23 m²
Curadoria
1
26 m²
Almoxarifado
1
15 m²
Depósito de limpeza
1
12 m²
Sanitário
2
5 m²
Sanitário PNE
1
3 m²
ÁREA (m²)
Acervo
1
190 m²
Recepção
1
8 m²
Sala de artesanato
1
72 m²
Guarda-volumes
1
4 m²
Sala de pintura e escultura
1
72 m²
Espaço de leitura
1
80 m²
Informática
1
139 m²
EXTERNO AMBIENTE
QTD
ÁREA (m²)
SETORIZAÇÃO
ESPORTE - LAZER AMBIENTE
QTD
APOIO ÁREA (m²)
AMBIENTE
SERVIÇO
QTD
ÁREA (m²)
AMBIENTE
QTD
ÁREA (m²)
Hall/Recepção
1
141 m²
Primeiros Socorros
1
20 m²
Depósito de limpeza
1
8 m²
Ginástica
1
228 m²
Enfermaria
1
28 m²
Depósito de lixo
1
8 m²
Piscina
1
200 m²
Coordenadoria
1
20 m²
Casa de geradores
1
11 m²
Quadra interna
1
471 m²
Avaliação Física
1
53 m²
Manutenção
1
14 m²
Quadra externa
1
1129 m²
Fisioterapia
1
40 m²
Armazenamento
1
26 m²
Depósito de materiais
1
25 m²
Depósito de materiais
1
29 m²
Sala de medidores
1
15 m²
Depósito aquático
1
25 m²
Sanitários
2
6 m²
Controle
1
9 m²
Vestiários
4
49 m²
Sanitário PNE
1
3 m²
Carga/Descarga
1
7 m²
Vestiário técnico
2
23 m²
61
DIAGRAMA DE USOS
1. Subsolo: Cultural
2. Térreo
3. Pav. Superior
Cultural
Apoio
Cultural
Adm.
Serviço
Educação
Social
Esporte
Esporte
4 4 1
5. Principais Acessos
3
4. Circulação Vertical Elevadores e escadas
2
1 – Cultura 2 – Cultura e Educação 3 – Social 4– Esportes
62
MATERIAIS
A escolha dos materiais foram definidas a partir da questão do conforto ambiental, com baixa emissão de CO2 e qualidade visual.
VEDAÇÃO Paredes: Concreto Vidro: Low-e Brise: Metal expandido
ESTRUTURA Low-e é um vidro baixo emissivo que
Pilares: Concreto Vigas: Metálica Laje: Nervurada
impede
a
transparência
térmica
entre dois ambientes. Ele reflete o calor de volta para a fonte, deixando passar a luz natural e barrando as radiações solares.
FIGURA 66 – Laje nervurada Fonte: https://3dwarehouse.sketchup.co
m/model/fef168fa8e6400ccbddf5911f0bfe 353/Laje-Nervurada
FIGURA 67 – Laje nervurada interna Fonte: https://br.pinterest.com/pin/2489 64685631235121/?lp=true
FIGURA 68 – Fachada em vidro low-e Fonte: https://allaboutthatglass.wordpre ss.com/2015/09/11/vidro-low-e-ou-baixoemissivo/
Foi
escolhido
o
metal
expandido
A laje utiliza-se pouco concreto e aço entre os nós,
como o material para a fachada do
abraçando a armadura localizada entre as nervura e
edifício graças à sua característica
consumindo 30% menos materiais e mão de obra. São
de transparência e de possibilitar a
resistente aos momentos positivos dos vão e à
passagem
compressão que se dá pela capa de concreto
resistência o aço no qual são feitos
maciço, que age em conjunto com o aço. Além
retorna a sua forma original de óxido
disso, dispensam usos de compensados, não tem
de ferro, não degradando o solo.
perigo
de
corrosão,
são
fáceis
de
montar
e
desmontar, oferecem maior velocidade de execução
do
ar.
Além
da
alta
FIGURA 69 – fachada com brise de metal expandido Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/80293 1/the-commons-department-of-architecture
63
MATERIAIS
PISOS EXTERNOS Áreas comuns: Intertravado Deck: Madeira Plástica
Madeira plástica foi selecionada para substituir o piso de madeira nas áreas de deck, devido ao seu custo razoável, durabilidade e fácil manutenção. Madeira natural não é uma escolha sensata por seu preço, pelo potencial problema de cupins e por sua tendência de mudar de cor ao longo do tempo. Além disso é 100% ecológico
e
seu
processo
de
fabricação
agrega
matérias-primas recicláveis, como por exemplo resíduos
plástico industriais dos mais variados.
FIGURA 70 – Piso intertravado de concreto. Fonte: http://www.iporablocos.com.br/piso-intertravadopreco-m2.html
Os
pisos
intertravados
de
concreto
facilita
a
infiltração e absorção da água pluvial, evitando que
escoe
para
consequentemente,
córregos reduzindo
ou os
bueiros
e,
impactos
causados pela chuva. São considerados pisos sustentáveis pois refletem 30% da luz solar e podem ser reaproveitados, já que é possível retirar e reaplicar os bloquetes.
FIGURA 71 – Praça com deck de madeira plástica Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/802931/the-commonsdepartment-of-architecture
64
“O projeto ideal não existe, a cada projeto existe a oportunidade de realizar uma aproximação." (Paulo Mendes da Rocha)
65
TRANSPOSIÇÃO, INTERAÇÃO E CAPACITAÇÃO
TRANSPOSIÇÃO, INTERAÇÃO E CAPACITAÇÃO
N
0
26.000 m²
20
50
COMPLEXO CULTURAL E RECREATIVO
ÁREAS TOTAIS Terreno
5
Arquitetura e Urbanismo Curso
Implantação Desenho
Construção
Susmara Pereira V. dos Santos
Autor
19/03/2019
19.060 m²
RA: B98593 - 3
1: 500
6.940 m²
Livre
Dados
Data
Escala
01
N
01 Café 156m² 02 Banheiros 3m² 03 Cozinha 15m² 04 Despensa 3m² 05 Copa 4m² 06 Depósito de limpeza 8m²
07 Depósito de lixo 7.80m² 08 Casa de geradores 11m² 09 Manutenção14.20m² 10 Armazenamento 26m² 11 Sala de medidores 15m² 12 Controle 9m²
13 Carga/Descarga 7m² 14 Livravria 68m² 15 Depósito/ Cenários 59m² 16 Palco 80m² 17 Auditório 395m² 18 Vestiários 40m²
COMPLEXO CULTURAL E RECREATIVO
ÁREAS TOTAIS
19 Camarim Coletivo 60m² 20 Diretor 16.50 m² 21 Reserva Técnica 19m² 22 Sala de figurinos 27m² 23 Camarim Individual 25m²
26.000 m²
Arquitetura e Urbanismo
Terreno
Planta - Nível 566 e 567
Curso
Desenho
1.050 m²
Nível 566 0
5
15
30
462 m²
Nível 567
Susmara Pereira V. dos Santos
19/03/2019
RA: B98593 - 3
1: 400
Autor
Dados
Data
Escala
02
N
01 Hall/ Recepção 330m² 02 Banheiros 25m² 03 Salão de exposição 490m² 04 Foyer 203m² 05 Segurança/Apoio 25m² 06 Cabine imagem e som 25m²
07 Auditório 395m² 08 Hall administração 34m² 09 Recepção 20m² 10 Secretaria 14m² 11 Diretoria 21m² 12 Arquivo Geral 18m²
13 Depósito de limpeza 12m² 14 Banheiros 5m² 15 Monitoria 20m² 16 Coordendoria 23m² 17 Curadoria 26m² 18 Almoxarifado 15m²
COMPLEXO CULTURAL E RECREATIVO
ÁREAS TOTAIS 26.000 m²
Arquitetura e Urbanismo
Terreno
Curso
2.625 m²
Nível 569 0
5
15
30
Planta - Nível 569 Desenho
Susmara Pereira V. dos Santos
19/03/2019
RA: B98593 - 3
1: 400
Autor
Dados
Data
Escala
03
N
01 Hall/ Recepção 141m² 02 Banheiros 6m² 03 Ginástica 228m² 04 Piscina 200m² 05 Primeiros Socorros 20m² 06 Vestiários 49m²
07 Depósito Aquático 26m² 08 Enfermaria 28m² 09 Depósito de materiais 29m² 10 Coordenadoria 20m² 11 Avaliação física 53m² 12 Fisioterapia 40m²
COMPLEXO CULTURAL E RECREATIVO
ÁREAS TOTAIS
13 Informática 139m² 14 Terraço 137m²
26.000 m²
Arquitetura e Urbanismo
Terreno
Curso
5
15
30
Desenho
Nível 570
Susmara Pereira V. dos Santos
Autor
19/03/2019
1.165 m²
RA: B98593 - 3
1: 400
680 m²
0
Planta - Nível 570 e 571
Nível 571
Dados
Data
Escala
04
N
01 Hall/Circulação 90m² 02 Banheiros 25m² 03 Salão de exposição 490m² 04 Biblioteca 190m² 05 Leitura 80m²
06 Guarda-volume 4m² 07 Sala de teatro 98m² 08 Sala de música 98m² 09 Sala de artes 72m² 10 Dança 72m²
COMPLEXO CULTURAL E RECREATIVO
ÁREAS TOTAIS
11 Artesanato 72m² 12 Pintura e Escultura 72m² 13 Quadra Externa 129m²
26.000 m²
Arquitetura e Urbanismo
Terreno
Curso
2.625 m²
Nível 572 0
5
15
30
1.130 m²
Quadra Externa
Planta - Nível 572 Desenho
Susmara Pereira V. dos Santos
19/03/2019
RA: B98593 - 3
1: 400
Autor
Dados
Data
Escala
05
N
01 Quadra 471m² 02 Vestiários 49m² 03 Vestiários técnicos 23m² 04 Depósito de materiais 25m²
26.000 m²
Arquitetura e Urbanismo
Terreno
Curso
1.384 m²
Nível 574 0
5
15
COMPLEXO CULTURAL E RECREATIVO
ÁREAS TOTAIS
30
Planta - Nível 574 Desenho
Susmara Pereira V. dos Santos
19/03/2019
RA: B98593 - 3
1: 400
Autor
Dados
Data
Escala
06
CORTE SETORIAL B
ESC.: 1:400 0
5
01 Café
30
15
ESC.: 1:400 0
5
01 Hall/ Recepção
30
15
02 Livravria
03 Informática
02 Livravria
04 Piscina
03 Armazenamento
04 Casa de Geradores
05 Circulação
06 Biblioteca
CORTE SETORIAL A
ESC.: 1:400 0
5
30
15
ESC.: 1:400 0
5
15
01 Quadra externa
02 Ginástica
03 Quadra interna
04 Hall/Circulação
05 Vestiários
06 Piscina
01 Salão de exposição 02 Elevadores 03 Circulação 04 Biblioteca 05 Hall/Recepção 06 Sala de Artes 07 Sala de Dança 08 Foyer
09 Wc P.N.E 10 Vestiários 11 Auditório
30
COMPLEXO CULTURAL E RECREATIVO Arquitetura e Urbanismo
Cortes
Curso
Desenho
Susmara Pereira V. dos Santos
Autor
RA: B98593 - 3
Dados
19/03/2019 Data
1: 400 Escala
07
ESC.: 1:400 0
5
30
15
ESC.: 1:400 0
5
30
15
ESC.: 1:400 0
5
15
30
ESC.: 1:400 0
5
15
30
COMPLEXO CULTURAL E RECREATIVO Arquitetura e Urbanismo Curso
Elevações Desenho
Susmara Pereira V. dos Santos
19/03/2019
RA: B98593 - 3
1: 400
Autor
Dados
Data
Escala
08
TRANSPOSIÇÃO, INTERAÇÃO E CAPACITAÇÃO
PERSPCTIVAS
FIGURA 72 – Vista do pavilhão de esportes. Fonte: Elaborada pela autora.
80
PERSPCTIVAS
FIGURA 73 – Vista do pavilhão cultural e deck com praça coberta. Fonte: Elaborada pela autora.
81
PERSPCTIVAS
FIGURA 74 – Vista a partir do primeiro nível do terreno. Fonte: Elaborada pela autora.
82
PERSPCTIVAS
FIGURA 75 – Praça Deck. Pavilhão social à localizado esquerda. Fonte: Elaborada pela autora.
83
PERSPCTIVAS
FIGURA 76 – Vista da quadra poliesportiva externa. Fonte: Elaborada pela autora.
84
PERSPCTIVAS
FIGURA 77 – Escadaria de acesso ao 2º pavimento do pavilhão cultural. Fonte: Elaborada pela autora.
85
PERSPCTIVAS
FIGURA 78 – Vista Superior do terreno. Fonte: Elaborada pela autora.
86
“ É necessário encontrar o equilíbrio certo entre o controle da experiência espacial e uma liberdade para permitir que as coisas aconteçam.“ (Álvaro Siza)
87
TRANSPOSIÇÃO, INTERAÇÃO E CAPACITAÇÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LIVROS • COELHO, Teixeira. Dicionário critico de política cultural. São Paulo: Editora Iluminuras, 1997.
Cultural
São
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• Centro Cultural de Eventos e Exposições – Cabo Frio.
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2019
24
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90
Paulo.
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• Centro
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2018.
impactos. 2013. Dissertação (Mestrado em Urbanismo) – Centro de Ciências Exatas, Ambientais e de Tecnologia, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas.
91
TRANSPOSIÇÃO, INTERAÇÃO E CAPACITAÇÃO
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO - UNIP TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO | 2019 AUTORA: SUSMARA PEREIRA