2005-02-16 - Jornal A Voz de Portugal

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Ano XLIV • Nº 07

email: jornal@avozdeportugal.com A VOZ DE PORTUGAL, 16 de Fevereiro

AVOZDEPORTUGAL. COM de WWW 2005 -.Página

16 de Fevereiro de 2005

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As eleições, tão longe de nós *Sylvio Martins Sim, haverá eleições em Portugal, e estamos na recta final. O próximo dia 20 de Fevereiro será um dia importante para todos. Não sou PS, nem PSD, nem CDS-PP, nem CDU, etc. Estou a ouvir e a ver as eleições em Portugal de um olho perdido. Os meios de comunicação-social melhoraram muito: temos a rádio, a televisão, internet, revistas e jornais, mas nenhum pode explicar o que se passou em Portugal, nem porquê. Alguns disseram que Jorge Sampaio não gostava de Santana Lopes. Outros que, como Jorge Sampaio está no seu último mandato, ele quis dar uma oferta ao seu partido. Tudo o que nós sabemos, é que há eleições! No fim de semana passado, pude apreciar os dois líderes principais, que estavam no norte do País, variando apenas na adjectivação, para Santana Lopes (PSD), uma «Vitória Fantástica» e para José Sócrates (PS), uma «Vitória Histórica». Sabemos que estas eleições custam muito dinheiro, e que a maioria dele é para o “marketing”. Esses

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Nesta edição Pefumes perigosos Revista de imprensa Opinião A idade e a reforma S.O.S Ásia Festa de Nossa Senhora da Estrela Os prós e contras de Portugal Símbolos dos Açores

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Irmã Lúcia de Jesus Morre no dia 13

Faleceu, aos 97 anos, no Carmelo de Coimbra, o último dos três pastorinhos da Cova da Iria Recebeu mensagem com bênção papal. Lúcia de Jesus dos Santos, a derradeira sobrevivente dos três pequenos pastores que, em 1917, afirmaram ter visto a Virgem na Cova da Iria, Fátima, morreu ontem, aos 97 anos, no Convento das Carmelitas de Coimbra, horas depois de ter recebido uma mensagem do Papa. ”Morreu em grande paz, como se tivesse adormecido”, descreveu ao “Jornal de Notícias” o bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, que acompanhava a vidente no momento do falecimento, às 17.30 horas. Impressionado por se encontrar junto de Maria Lúcia do Coração Imaculado, nome que adoptou como religiosa, como se o esperasse para a despedida, e assinalando

a coincidência da partida justamente num dia 13 (dia das aparições que os pastorinhos afirmaram ter testemunhado), o prelado disse ao JN que a vidente “manteve a lucidez praticamente até à última hora”. Retida na cela do Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, onde se encontrava desde Março de 1948, a irmã Lúcia encontrava-se “muito debilitada há semanas” e estava a ser assistida por uma médica e outras religiosas. “Estávamos preparados”, disse ao JN o sobrinho-neto, Francisco Vieira. “A sua morte podia acontecer a qualquer momento”. A própria irmã Lúcia, que teria previsto a sua partida para um dia 13 ou num primeiro sábado (nas aparições, a Virgem teria pedido redobrada oração nos primeiros sábados), sentia aproximar-se o fim. Cont. na pág. 2

Fax: (514) 284-6150

Dois premiados na comunidade No passado Domingo, dia 13 de Fevereiro, Sarah Da Silva (de 9 anos de idade, cinto castanho) e Alexandre Da Silva (de 6 anos de idade, cinto azul) participaram a uma competição semi-contacto de karaté Kyokushin. A Sarah classificou-se em primeiro lugar em Kata e em combate. Quanto ao Alexandre, colocou-se no terceiro lugar em combato. Esta competição teve lugar no Cégep Édouard-Montpetit que reunia várias escolas de karaté de estilo Kyokushin.

CHUM Resultados de um debate contínuo...

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Manchetes Amar Sem Medida!... Benjamim Silva Ainda só passaram cerca de dois meses desde a última grande quadra festiva, onde meio mundo desejou, entre outros amáveis desejos, Paz e Harmonia a outro meio mundo. Cheios de esperança, ouvimos, lemos e vemos as notícias antes de ir para a cama e após dela nos levantarmos, tentando detectar um ou outro raio luminoso: paz entre a Palestina e Israel, menos mortes no Iraque… Não, tudo continua apocalipticamente na sanguínea mesmice! Não se respeitam templos religiosos nem os que lá foram por nós orar! Não se respeitam os hospitais nem os que lá procuram alívio dos seus males! Não se respeitam as escolas nem as crianças que lhes foram entre-gues pelos extremosos pais! Com a alma mais que torturada, quase desfeita, pela contemplação destes devastados, focamos o que menos distante, mas sempre horroso, chega até nós. Os alunos agridem-se entre si, quando não aos professores!

Leia A Voz de Portugal o seu jornal à quarta-feira

Os filhos e os netos atingem cúmulos de insensibilidade perante seus pais e avós – não temos coragem de aqui descrever os negros quadros!... Homens (?) desvairados espalham a morte entre os familiares que deveriam amar! Conselheiros da lei e da finança roubam os clientes que neles confiaram! Desgraçados cospem nas mãos daqueles que lhas estenderam para os ajudar! Falta de respeito! – dizem os menos atentos ou os cuja sensibilidade é paralela não só à pele mas também às lágrimas de crocodilo. Não, não é falta de respeito. É desumanidade! Total alheamento dos valores familiares e integral ausência dos princípios fundamentais da religião e da moral. Enquanto pais, professores, religiosos, políticos e governantes não se convencerem que não é com cínicas palavras, mas com o exemplo de uma recta conduta que se orienta e educa a juventude, continuaremos a colher os amargos frutos de uma truncada educação. Melhor será sonhar… Que vida maravilhosa seria a nossa, sem guerra, sem agressão, sem crime, se, como em Santo Agostinho, “a medida do nosso amor fosse AMAR SEM MEDIDA!...

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Irmã Lúcia de Jesus Morre no dia 13 “Ainda há pouco tempo me disse que estava à espera que Nossa Senhora a chamasse”, contou-nos o padre carmelita descalço Pedro Ferreira, confessor da irmã Lúcia, que a ouviu há três dias. “E chamoua num dia 13”, acentua. Quando chegou ao Carmelo, pelas 17 horas domingo, para a visitar, o bispo de Leiria não esperava porém o desfecho tão cedo, apesar de previsível. Estava consciente e recebeu do prelado os últimos sacramentos. Pela manhã, fora-lhe lida uma mensagem do Papa - uma bênção. Por vontade expressa da vidente, o seu corpo permaneceu na clausura e a capela do Carmelo esta aberta entre as 7 horas e a meia noite na Segunda. E na manhã da terça estará reservada exclusivamente para a família. Pelas 11 horas, o corpo foi transportado para a Sé Nova de Coimbra, onde permanecerá até às exéquias solenes, pelas 16, seguiuse o funeral para o Carmelo, em cujo claustro Lúcia de Jesus será inumada em campa rasa. Dentro de um ano, o corpo de Lúcia de Jesus será trasladado para a sepultura na basílica de Nossa Senhora de Fátima, onde se encontram já os restos mortais dos primos - Jacinta e Francisco Marto -, que a acompanhavam nos acontecimentos de 1917 e foram beatificados em 13 de Maio de 2000. Nascida a 22 de Março de 1907, no lugar de Aljustrel, próximo de Fátima, Lúcia tinha apenas 10 anos quando afirmou ter visto, pela primeira vez,

Cont. da pág. 1 Nossa Senhora na Cova da Iria, juntamente com os primos, Jacinta e Francisco, tendo sido a única a alegar ter ouvido as palavras da Virgem. Inicialmente, a Igreja encarou com cepticismo os relatos dos pastorinhos e só em 13 de Outubro de 1930 o bispo de Leiria proclamou oficialmente

DIRECTEUR HONORAIRE Armando Barqueiro DIRECTEUR Benjamim Silva RÉDACTEUR EN CHEF Sylvio Martins RÉDACTEUR ADJOINT Kevin Martins COLLABORATEURS: Au Québec: Amélia Oliveira Vaz António Vallacorba Elisa Rodrigues Gerald Tremblay Helder Dias J.J. Marques da Silva João Mesquita José de Sousa José Manuel Costa Joviano Vaz Maria Conceição Correia Manuel Carvalho Mario Carvalho Natércia Rodrigues Pe. José Maria Cardoso Pierre Quenneville En Ontario: Manuel Alves Louro (Toronto) Fernando Cruz Gomes (Toronto) Augusto Cerqueira (Ottawa)

artificiais potencialmente perigosas - os ésteres de ftalatos e os almíscares de síntese - em 36 perfumes conhecidos”. Alguns destes perfumes estão à venda em Portugal, como é o caso do Eternity for Women (Calvin Klein), que regista o maior nível de um tipo de ftalato ftalato de dietilo (DEP). De acordo com a Greenpeace, “alguns estudos demonstram que o DEP penetra rapidamente na pele e espalha-se por todo o organismo depois de

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ÉDITEUR Eduíno Martins

CENTRE DENTAIRE DR. CATHERINE LUU

Mt-Royal

La Voix du Portugal The Voice of Portugal

Hebdomadaire fondé le 25 avril 1961

Perfumes perigosos Substâncias químicas perigosas detectadas em perfumes à venda em Portugal Um estudo divulgado hoje pela Greenpeace dá conta da existência de vários perfumes com “substâncias químicas que podem penetrar no organismo, se degradam dificilmente e podem ter efeitos nefastos na saúde”. O relatório baseia-se na análise efectuada por um laboratório holandês “de dois grupos de substâncias químicas

que as aparições eram dignas de crédito. Procurando recato, Lúcia entrou em 1921 num colégio de doroteias no Porto, vindo a professar, como doroteia, sete anos depois, em Tuy (Espanha). Em 1946 regressou a Portugal, entrando dois anos depois para o Carmelo de Santa Teresa em Coimbra, onde professou como carmelita, a 31 de Maio de 1949. Escreveu dois volumes com as suas “Memórias” e os “Apelos da Mensagem de Fátima”.

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cada contacto” com a pele. No interior do corpo humano, o DEP transforma-se rapidamente em monoetileno de ftalato (MEP), “susceptível de alterar o ADN dos espermatozóides e de limitar a função pulmonar no homem”. O estudo revelou a presença de maiores quantidades de DEP no Eternity for Woman (22.299 mg/kg), no Íris Blue, da Melvita (11.189 mg/kg) e no Le Mâle, de JeanPaul Gaultier (9.884 mg/kg). Os perfumes testados revelaram ainda a presença de almíscares de síntese que são compostos aromáticos utilizados em vez de almíscares naturais. A maior presença de almíscares de síntese foi identificada no perfume White Musk, da Body Shop (94.069 mg/kg), no Le Mâle, de Jean- Paul Gaultiers (64.428 mg/kg) e no Le Baiser Du Dragon, da Cartier (45.048 mg/kg). A Agência Lusa contactou o representante dos perfumes Calvin Klein em Portugal, a empresa Jerónimo Martins, que remeteu para mais tarde um comentário a este relatório. Também o representante dos perfumes Jean Paul Gaultier, a empresa Polimaia, alegou desconhecer o relatório do Greenpeace, adiando um comentário ao mesmo, o mesmo acontecendo com a Body Shop. Em Portugal, a autoridade responsável pelo controlo dos produtos cosméticos no mercado é o Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed). Contactado pela Agência Lusa, este organismo do Ministério da Saúde remeteu para mais tarde um comentário ao conteúdo do estudo.

Au Portugal: Augusto Machado Lagoas da Silva Manuel Rodrigues Maria Helena Martins Rui Pinto Costa SECTION JUVÉNILE: Organisatrice de la section: Susana Sequeira Collaborateurs: Anthony Nunes Cristina Proença Mayo Julien Thomet Maria Calisto Miguel Felix PHOTOGRAPHE: António Vallacorba José Rodrigues Michael Estrela ADMINISTRATION Kevin Martins INFOGRAPHIE: Kevin Sousa Leite Sylvio Martins CORRECTRICE Sandy Martins PUBLICITÉ: Conceição Ferreira Eduardo Leite Kevin Martins RPM Extérieur du Québec: Lingua Ads Services Portugal: PortMundo Promoção Cultural e Publicidade Ldª. Os textos (e ilustrações) de Opinião publicados nesta edição são da inteira responsabilidade dos seus autores, não vinculando, directa ou indirectamente, o cariz editorial e informativo deste jornal.

Courrier de deuxième classe; Numéro de contrat: 1001787 Dépôt legal à la Bibliothèque nationale du Québec et à la Bibliothèque nationale du Canada


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Revista de imprensa: Açores e Madeira Onda de assaltos por causa da droga Os assaltantes são, normalmente, jovens (entre os 17 e os 25 anos), toxicodependentes e não actuam em sistema organizado. Assaltam, frequentemente, sozinhos ou acompanhados por um ou dois indivíduos. Neste tipo de crime, verificam-se muitas reincidências. Indivíduos que são presentes ao tribunal e, muitas vezes, postos em liberdade. Alguns deles, no dia seguinte, já estão de volta aos crimes. Por isso, há quem defenda tribunais mais severos. O número de assaltos na RAM não tem parado de aumentar e tem ganho, sobre-

tudo, nos últimos três a cinco anos mais expressão. Fontes da PSP contactadas pelo JORNAL da MADEIRA estimam que cerca de 90% dos assaltos resultam da necessidade dos toxicodependentes arranjarem dinheiro para satisfazer o vício. No dia 7 de Fevereiro, um texto na secção de “Ocorrências” do JM, ilustrava, de forma clara, esta realidade, bem como outra: a falta de meios humanos da PSP para combater este problema. «As queixas de assaltos continuam a “cair” quase diariamente aos balcões da PSP. Os agentes destinados a este tipo de investigação não têm tido descanso. Apanham uns e, logo de seguida, aparecem outros». Após este parágrafo era acrescentado o balanço dos assaltos na noite de sextafeira para sábado: «Uma loja de artigos de artesanato, o armazém de uma agência funerária, duas residências e alguns carros». Agentes conhecedores desta problemática acreditam que são registados, por ano, entre duas a três centenas de assaltos ou até mais. Os valores exactos, contudo, ainda não são conhecidos. Só serão em Março, altura da apresentação do relatório anual da PSP. PSP remete para relatório nacional O JORNAL da MADEIRA tentou antecipar os números, mas sem sucesso. Solicitámos ao Comando Regional da PSP estes dados estatísticos bem como perguntámos que procedimentos devem as pessoas adoptar no sentido de não serem surpreendidas pelo “amigo do alheio”. Na resposta, uns dias depois, o comandante do Comando Regional da PSP, superintendente Pinto do Carmo, informou, via fax, que sobre esse assunto «a Direcção Nacional da PSP se encontra a elaborar o relatório anual sobre a temática solicitada, daí não ser possível o fornecimento dos dados pretendidos». Os assaltos são registados em toda a ilha, mas com maior incidência na costa sul, nomeadamente Câmara de Lobos, Santa Cruz [Bairro da Nogueira], e Machico, Ribeira Brava (zonas altas). Mas é o Funchal que lidera a tabela. Material fácil de vender No mapa dos assaltos na capital, de acordo com fontes por nós contactadas, veri-

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fica-se que há diversas zonas onde se registam ou registaram este tipo de ocorrência e que, por essa razão, merecem particular atenção da PSP. Servem de exemplo os Piornais, incluindo a parte hoteleira, a Boa Nova, o Monte, o Livramento, São Gonçalo, Santa Luzia e as zonas altas de Santo António. Os produtos resultantes dos assaltos são, por norma, objectos vendíveis. Isto é, «ouro, rádios, CDs, etc»; material que se torna posteriormente fácil de vender. Hoje em dia, a maioria dos assaltos ocorrem em residências, mas houve

alturas em que parecia estar na “moda” os assaltos por esticão e a viaturas, por se registarem em grande número. Os assaltantes são, normalmente, jovens (entre os 17 e os 25 anos), toxicodependentes e não actuam em sistema organizado. Assaltam, frequentemente, sozinhos ou acompanhados por um ou dois indivíduos. Neste tipo de crime, há também reincidentes. «É um grupo restrito de indivíduos que já esteve preso, que anda no mundo da droga e que tem pouco mais de 30 anos», explica um policial. Como forma de reduzir a reincidência há quem defenda uma atitude mais severa por parte dos tribunais, pois já aconteceram casos em que o

indivíduo é detido, posto em liberdade e volta a assaltar. Também a questão dos receptadores tem dado “dores de cabeça” à polícia. Em 2004, foram roubadas grandes quantidades de ouro. O que a PSP procura saber é quem está a recebê-lo. Aumento do consumo de drogas Uma das razões para a subida de assaltos poderá estar «no aumento considerável» do consumo de drogas na Região. E, no capítulo do consumo, há um elemento novo. Segundo nos disseram, actualmente há cada vez mais jovens a começar pelas drogas pesadas, deixando, deste modo, de se iniciarem no “haxixe”. Em algumas zonas do Funchal, está a tornar-se cada vez mais frequente se assistir a indivíduos que, à noite, tocam nas campanhias com o intuito de pedir dinheiro. Alguns são imigrantes, outros madeirenses. As histórias são sempre muito parecidas. Retratam vidas infelizes e pedem dinheiro para comer. Mas, por vezes, esses são meios [conhecer a casa e quem lá vive] que arranjam para atingir o fim: o assalto. Hábitos de antigamente Os madeirenses ainda estão pouco sensibilizados para a questão dos assaltos. Muitos continuam a considerar que esse problema apenas acontece aos outros e, por isso, são pouco preocupados com a segurança em casa. Hábitos de “antigamente”, como deixar as portas destrancadas ou a chave debaixo do vaso de flores, representam hoje um risco que a Polícia de Segurança Pública desaconselha. Mas o problema é que se verificam ainda muitos casos em que «o ladrão é quase convidado a assaltar». A realidade da Madeira mudou, já não é como há 10 ou 15 anos em que os madeirenses deixavam a chave na porta, iam ao centro do Funchal e quando regressavam tudo permanecia na mesma. Hoje, «entram em casa, sabendo que o dono está, assaltam e fogem».

Mestrado em Educação Ambiental positivo para a Região O secretário regional da Educação e Ciência, Álamo Meneses, considerou “muito positiva” para os Açores a iniciativa da

Boa parte das duas dezenas de candidatos a mestres em Educação Ambiental, que hoje iniciam o curso, lecciona no

Universidade dos Açores de realizar um curso de mestrado em Educação Ambiental, que hoje teve início no pólo da Terceira daquela instituição. Falando, esta tarde, na abertura do curso, que conta com o apoio do executivo regional, o governante salientou a importância, a dois níveis, desta formação avançada, nomeadamente pelo que significa para a protecção e conhecimento do sistema ambiental do arquipélago e para o sistema educativo, em que a educação ambiental é transversal a praticamente todos os níveis do ensino e disciplinas.

sistema educativo regional, o que levou Álamo Meneses a acrescentar que o mestrado vai

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permitir “um retorno” essencial para melhorar “a forma como a Educação Ambiental é feita nas nossas escolas”. O secretário regional considerou, ainda, que a aposta do Governo na educação para o ambiente, desde o ensino préescolar e ao longo de todo o percurso nos diversos níveis, pretende transmitir uma mensagem fundamental para a vivência nas nossas ilhas, e, até, como afirmação de cidadania, virada para a conservação e salvaguardando o futuro. “Foi nesse contexto que o Governo Regional decidiu incluir, como matéria transversal para todos os grupos de docência, nas áreas que permitem progressão na carreira em virtude da realização de mestrados e doutoramentos, a Educação Ambiental”, esperando-se, como retorno desta mais-valia formativa, “a melhoria do trabalho que é feitos nas nossas escolas nesta área”, concluiu Álamo Meneses.

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Revista de imprensa: Continente Sousa diz que Bloco Esquerda é “depósito geral de adidos” Jerónimo de Sousa afirmou segunda-feira que o Bloco de Esquerda é “um depósito geral de adidos” por integrar nas suas listas de candidatos oito renovadores comunistas, a quem chamou “alguns zangados com a vida”. “O Bloco de Esquerda neste momento está a funcionar um pouco como um depósito geral de adidos, recolhendo essas pessoas zangadas com a vida, mas a tendência geral desta campanha é a reaproximação e não o afastamento” de militantes, disse o secretário-geral do PCP.

Jerónimo de Sousa falava em Lisboa no final de um almoço da CDU com intelectuais, entre escritores, actores e pintores, quando questionado sobre o processo de expulsão do PCP de algumas “vozes” críticas. Sobre o processo que levou às expulsões, em 2002, Jerónimo de Sousa considerou que “algumas movimentações e deslocações de alguns só vieram confirmar a justeza” da decisão da direcção comunista, numa referência ao facto de oito elementos do Movimento da Renovação Comunista, ex-militantes do PCP, terem decidido integrar as listas do Bloco de Esquerda à Assembleia da República. “O Bloco de Esquerda recolheu alguns zangados com a vida, alguns que já desistiram. Aquilo que se nota na campanha é a reproximação e não o afastamento. Claro que é impossível recolher todos aqueles que se afastaram”, afirmou. A questão, que ainda não tinha sido abordada na campanha eleitoral do PCP, surgiu na sequência de uma pergunta de um jornalista sobre a ausência do escritor comunista José Saramago, prémio Nobel da Literatura em 1998, que foi uma das vozes críticas do partido, apelando à sua renovação. O secretário-geral comunista

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Lusa assegurou ter o apoio do escritor, com quem disse já ter combinada uma “conversa informal” quando “a sua agenda o permitir”. “Está em Espanha como é sabido, é um cidadão do mundo”, frisou Jerónimo de Sousa, desvalorizando o facto José Saramago não ter participado no almoço e de ter sido uma das vozes críticas no partido. “Foi uma voz crítica como outras vozes críticas. No Partido Comunista, uma das lições da nossa vida foi sempre que há um sentimento crítico e autocrítico, sempre que há discussão das diferenças e das divergências, o partido ganha sempre com isso. É salutar desde que seja feita nos sítios certos”, disse. A expulsão de militantes como Edgar Correia e Carlos Luís Figueira e o afastamento de outros, frisou, “não têm nada a ver com a crítica”. “No momento em que elementos que, aderindo ao partido, estando identificados e de acordo com o seu programa e os seus estatutos, se desligam do programa e abdicam dos estatutos, naturalmente é muito difícil considerá-los como militantes”, afirmou. “Mal de um partido que não discute e não integra a diferença e a divergência. Mas nós somos um partido político, não somos uma tertúlia, temos um programa a que as pessoas livremente aderem, e nesse sentido aquelas situações não têm nada a ver com essa necessidade de crítica que deve existir”, frisou. O líder do PCP disse ainda que “alguns não voltarão com certeza”, sublinhando, no entanto, que “durante a campanha eleitoral se verificou a reaproximação de muita gente que por razões justas ou injustas, sentimentos de descontentamento, se afastaram”. Os escritores Urbano Tavares Rodrigues, Modesto Navarro, Manuel Gusmão, o artista plástico Rogério Ribeiro, os actores Morais e Castro e Carmen Santos e o presidente da Associação Portuguesa de Escritores, Fernando Bernardes, foram alguns dos apoiantes da CDU que participaram no almoço. Maior protecção dos direitos de autor, um regime fiscal de incentivo à criação artística e maior apoio à cultura portuguesa são algumas das medidas que o PCP defende para o sector, acrescentou Jerónimo de Sousa.

Economia

Música:

Produção hídrica electricidade caiu 37% e renovável aumentou 21% em 2004

Da Weasel preparam concerto “irrepetível” para Coliseu de Lisboa

A produção hídrica de electricidade caiu 37 por cento o ano passado face a 2003, enquanto a produção a partir de fontes renováveis aumentou 21 por cento, segundo dados do Ministério das Actividades Económicas. A síntese estatística mensal do Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério refere ainda que 2004 se caracterizou por um aumento de 15 por cento na componente de produção térmica. Nas renováveis, o contributo das eólicas teve um aumento de 64 por cento para 778 gigawatts/hora (GWh), o que corresponde a 2,9 por cento da produção líquida total que foi de 39.434 GWh. A produção em regime especial, que inclui todas as renováveis e a cogeração, foi de 4.470 GWh, o que representa

Lusa cerca de 11,3 por cento da produção líquida total. Segundo os mesmos dados, a produção de energia do Alqueva foi de 100 gigawatts (GWh) em 2004, ou seja, 1,1 por cento do total da energia de origem hídrica nacional. O consumo nacional cresceu 5,7 por cento, atingindo os 45.597 GWh, mas como a produção líquida total desceu 3,2 por cento, para 39.434 GWh, teve de se importar 6.484 GWh, o que representa 16,4 por cento do total da produção líquida. Relativamente ao peso da fiscalidade nos preços da electricidade e do gás natural, os dados referentes ao primeiro semestre de 2004 revelam, segundo o gabinete de estratégia e estudos, um nível de fiscalidade inferior ao da média dos países da União Europeia a 15.

Irmã Lúcia/Óbito:

“Morte tocou crentes e não crentes” O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, considerou segundafeira, em Bruxelas, que o desaparecimento da Irmã Lúcia “tocou” todos os crentes e não crentes. “O seu [irmã Lúcia] desaparecimento tocou todos os crentes e mesmo os não crentes que vêem em Fátima uma mensagem de paz e de boa vontade para todo o Mundo”, disse Durão Barroso à Agência Lusa. Para o presidente da Comissão Europeia, o desaparecimento da religiosa “causou profunda consternação em Portugal”. O país assinalou ontem um dia de luto nacional pela morte da vidente de Fátima, que morreu às 17:25 de domingo

Lusa no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra.

Tinha 97 anos e foi, com Jacinta e Francisco, uma das três crianças que disseram ter visto Nossa Senhora na Cova da Iria no início do século XX. O corpo da religiosa foi transferido ontem do Carmelo para a Catedral de Coimbra, onde foram realizadas as exéquias solenes hoje.

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Os portugueses Da Weasel preparam para sexta-feira, num Coliseu de Lisboa quase esgotado, um concerto “irrepetível”, com uma “produção elaborada” e um repertório que atravessa todos os álbuns, revelou à agência Lusa o músico João Nobre. Na semana seguinte, no dia 26, os Da Weasel sobem ao Coliseu do Porto e estes dois concertos acontecem numa altura em que a banda ainda está a digerir o sucesso que conquistou em 2004. “Foi um ano tão louco e alucinado que eu acho que só no final deste é que conseguiremos perceber o que aconteceu”, recordou o baixista. Para o concerto de sexta-feira em Lisboa, a banda está a preparar um espectáculo de som e imagem mais elaborado e com um alinhamento que “apanha os álbuns todos”. Em palco tanto em Lisboa como no Porto, para interpretar temas raros e êxitos recentes, os Da Weasel contarão com Manel Cruz, dos Pluto, João Gomes, dos Spaceboys, e Sam. Apesar de incluírem temas antigos, os concertos estarão focados em “Re-Definições”, o álbum editado em 2004 e que rendeu à banda de Almada o maior sucesso numa década de carreira. Segundo João Nobre, os concertos representam “um dos momentos mais especiais que a banda vai passar”. “Toda a gente já nos viu em algum lado, mas há sempre aquele formigueiro, porque o Coliseu vai estar cheio de gente que sabe muitas das músicas”,

afirmou o baixista, que admitiu estar “ansioso para ver toda a gente a cantar”. Para responder às expectativas do público, a banda tem preparado um espectáculo, que vai ser gravado, com uma “produção mais elaborada que não seria possível levar para a estrada”. Os dois concertos são o culminar de um ano excepcional para os Da Weasel, mas não são os últimos da digressão nacional, já que a agenda para os próximos meses está, segundo João Nobre, “assombrosamente preenchida”. Além dos concertos, os Da Weasel querem investir este ano em “coisas diferentes” para se “reinventarem”. Uma das novidades é a actuação, talvez em Setembro, com uma orquestra da Madeira, depois de um convite do maestro da formação musical, que vai musicar temas da banda. “É uma coisa completamente atípica e nunca tocámos com uma orquestra, mas faz parte desse intenção de nos reinventarmos”, disse João Nobre. “Re-Definições”, editado em Maio, foi o terceiro álbum mais vendido em Portugal, segundo dados da Associação Fonográfica Portuguesa, e o single “Re-Tratamento” o terceiro tema português mais rodado nas rádios nacionais. O álbum atingiu a platina (40 mil unidades vendidas) e em Novembro a banda foi premiada pela MTV Portugal com o prémio “Best Portuguese Act”.

Coimbra

Médicos prolongam greve até 7 de Março Os médicos do Centro Hospitalar de Coimbra decidiram, esta quinta-feira, prolongar até 7 de Março a greve iniciada a 25 de Janeiro, alegando falta de condições para a cancelar. A greve dos médicos do Centro Hospitar de Coimbra (CHC), que teve início a 25 de Janeiro, vai prolongar-se até ao dia 7 de Março. Os médicos continuam a reclamar que a situação actual é insustentável, uma vez que continuam a não ser pagas mensalmente, ao preço legal, as horas extraordinárias dos médicos em regime de 35 horas, avolumando-se a dívida em cada mês. No final de uma reunião, Alci-

des Catré, secretário-regional do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), explicou que as contas levam já um atraso de seis meses, pelo que não há motivos para cancelar esta greve. A paralisação no CHC afecta três unidades de saúde: o Hospital dos Covões, o Pediátrico e a Maternidade Bissaya-Barreto . Desde o início da greve, faltam diariamente entre 40 a 50 médicos, o que, segundo Alcides Catré, tem consequências «graves» para os doentes, fazendo com que não se realizem «largas centenas de consultas, cirurgias e exames».


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Opinião Doenças imaginárias A hipocondria é um estado mórbido de tristeza causado pela ideia de doenças imaginárias. Ou seja, um hipo-condríaco vive para a doença. Ele apresenta uma verdadeira doença crónica, que se traduz numa perturbação perceptiva, cognitiva e psicológica que origina sofrimento real e disfunções fisiológicas. Para não falarmos na deterioração no meio familiar e social. Não é qualquer pessoa que se enquadra no perfil de hipocondríaco. Estima-se que 4 a 6% das pessoas que procuram os serviços médico hospitalares tenha perturbações hipocondríacas, mas sabe-se que pelo menos 10 a 20 por cento da população em algum momento da vida sentiu já o mesmo tipo de preocupação, sobretudo em alturas de maior fragilidade. Contudo, segundo estudos sobre Hipocondria, não há um perfil rigoroso para o hipocondríaco. Algures entre os 20 e os 30 anos a síndroma é desencadeada, mas não foram encontrados outros traços sócio-demográficos comuns. Sexo, estado civil, profissão, educação e estatuto social parecem ser irrelevantes. O mesmo não se pode dizer a nível psicológico, já que os indivíduos hipocondríacos apresentam uma baixa auto-estima e introversão. Hipocondria provém do termo grego hypocondros, que significa “debaixo das costelas”, designando as regiões laterais superiores do abdómen onde se alojam os órgãos do sistema cardiovascular e digestivo. O maior órgão hipocondral é o fígado, tendo sido ele a inspirar a primeira definição de hipocondria. A verdade é que as principais queixas dos hipocondríacos tem a ver com os aparelhos gastrointestinal e cardiovascular.Um estado obsessivo. Estas pessoas desenvolvem uma relação obsessiva com a doença, apresentando uma preocupação excessiva com o seu estado de saúde, verificando minu-ciosamente as suas funções fisiológicas em busca de um qualquer sinal de alarme. E neste exame qualquer sensação minimamente desconfortável pode ser interpretada como uma doença grave levando-o a pensar de que padece de uma ou várias enfermidades, de preferência as mais graves de todas. Basta um pulsar mais acelerado do coração para desencadear o receio de uma doença cardíaca. Uma simples dor de cabeça é sentida como um sinal de um problema no cérebro. Tosse mais persistente é de imediato imaginada como uma tuberculose. É a “mania das doenças”.Começa então uma verdadeira peregrinação de médico em médico em busca de confirmação das suas doenças imaginárias. Aumenta a ansiedade. Sentem-se injustiçados e incompreendidos pelos médicos que não levam a sério as suas queixas. Neste calvário de consultas, o hipocondríaco despende tempo e dinheiro em consultas e exames inúteis do ponto de vista médico e desespero para o doente que apenas recebe respostas negativas. Algumas atitudes e emoções que podem aumentar a propensão para a doença: estados de profunda ansiedade, tristeza e depressão; compulsão para conversar com pessoas doentes para comparar sintomas; automedicar-se sem a presença de sintomas; negativismo e queixas constantes em relação à vida; medo constante de morrer; desconfiança em relação às condições gerais de saúde. Enfim, um sofrimento contínuo para o suposto doente e para quem vive com ele.

Diário de Campanha II

Miguel Carvalhio Dele já disseram tudo: que é plástico, robotizado, versão de esquerda sem calorias, pãozinho sem sal, vago, retórico, nem carne, nem peixe, a macrobiótica aplicada à política: sensaborão, não faz mal à saúde nem excita o palato. Palpita-me, porém, que o principal problema de José Sócrates não será esse. Noto na figura um estalar de verniz ao mais leve reparo, alguma arrogância de modos e posturas, tiques de algum autoritarismo, que não de autoridade. Retire-se a encenação comicieira , os sorrisos de feira, as palavras de circunstância e a contenção de quem ainda precisa de todos os votos e cheira-me ali a cavaquismo de segunda apanha, guterrismo sem diálogo, intolerante com a voz do povo e impaciente com os bem pensantes que não reparam nos seus dotes.Talvez me engane, o cronista também deita bolas fora. Cá estarei para dar a mão à palmatória. Mas palpita-me que Sócrates não saberá merecer o estado de graça a que cada Governo tem direito. Há ali crispação escondida com falinhas mansas de fora. E se já hoje não falta quem o escolherá a ele para melhor protestar contra a tournée circense do «guerreiro menino», imagine-se quando baterem de frente com o mau feitio em versão socialista. Aindaporcima com convicções de supermercado .O debate com Santana Lopes, na televisão, já deu mostras do que nos espera. O homem, quando contestado, mexe e remexe-se na cadeira, empertiga-se, ofende-se por dá cá aquela palha, não parece ter pachorra para o contraditório, excepto se aplicado a Marcelo. O homem não é de ferro, ninguém é. Mas até as alusões alcoviteiras do demissionário em funções mereceriam outra atitude. Não sei se Sócrates tem namorada, se vai casar outra vez, se muda de mulher como quem muda de camisa ou se gosta de homenzinhos como ele. Isto ou o seu contrário interessam-me tanto como um tremoço para o futuro do País. Mas o que ele não disse a Santana - e ganhávamos todos se o dissesse - é que as opções sexuais de cada um são isso mesmo, de cada um. Que gostar de homens ou de mulheres, goste quem goste, é normal numa sociedade livre, madura, tolerante e democrática. Dir-me-ão: isso é o óbvio. Não é. É preciso repeti-lo muitas e muitas vezes para que o seja. Todos temos exemplos de intolerância à nossa porta, talvez até dentro de casa. E o engenheiro Sócrates, tão murro na mesa noutras ocasiões, ao invés de esticar o dedo e arregalar os olhos com as ofensas à vida privada, melhor faria em dar corda à sua especialidade: dizer-nos o óbvio. Ao menos neste caso, tinha valido a pena. E era pedagógico. Aí, talvez ficássemos todos com a ideia de que o líder do PS não troca a afirmação dos valores de uma sociedade adulta pelos votos do Portugal envergonhado, inquisitório e maledicente. Aí, talvez fosse saudável perceber que o verniz também estala por coisas mais importantes do que a boa conta em que ele se tem.

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Alto risco

Votar, domingo! Augusto Machado

Alberto João Jardim No fundo, o abismo a que Portugal chegou, é essencialmente uma questão de regime político-constitucional. Mas, para já em 20 de Fevereiro, há que começar pela questão das eleições. Espero que o Povo Madeirense tenha bem presente as consequências para o País, e em particular para a Madeira, dos resultados das eleições nacionais do próximo 20 de Fevereiro. Obviamente que não me estou a dirigir àqueles que, mesmo à custa do Povo Madeirense, patologicamente só desejam mais dificuldades para o Governo Regional. Ou aos que querem Portugal a bater mesmo no fundo, para acelerar a mudança no sistema político-constitucional. E mais não preciso de dizer. Mas vejamos como decorreu a “campanha”. A mesma equipa socialista que quer voltar ao Governo da República, há três anos fugiu às suas responsabilidades, deixando as Finanças Públicas em descontrolo absoluto, Portugal à beira de sanções pecuniárias da União Europeia, um aumento do desemprego, o sistema nacional de Saúde em falência, o sistema de Segurança Social a ameaçar colapso. Os Governos sociais-democratas arregaçaram as mangas com coragem, não escondendo a gravidade da situação e tomando medidas imprescindíveis, mesmo que impopulares. Recuperaram a credibilidade internacional, evitando sanções desastrosas. Reformaram o sistema de tributação patrimonial. Inovaram na Saúde, salvaram o sistema de Segurança Social, retomaram o crescimento económico e vieram com a inovação de um modelo de desenvolvimento. Nos últimos quatro meses, Santana Lopes avançou com a reforma de arrendamento urbano, consagrou a defesa dos menos possidentes, nas zonas de Portugal onde se paga taxas moderadoras, e lançou uma reforma da Justiça. Foi tudo isto que o Presidente da República acabou por impedir. No Orçamento de Estado de 2005, o PSD aumenta os salários da Função Pública, desagrava o IRS para a generalidade das Famílias portuguesas, põe as empresas que mais lucraram, a aumentar o seu pagamento de impostos, lança um combate eficaz à fraude e à evasão fiscal. Também isto levou a que o Governo Santana Lopes caísse. É esta a realidade. De forma abominável, escamoteada pela “informação” que os Portugueses ainda têm de gramar — e pagar — quase toda ela ao serviço da pseudo-“esquerda”. “Informação” que tem a “lata” de atribuir aos socialistas, “rigor e seriedade nas Contas Públicas”. Socialistas que, na Função Pública, vêm com um não explicado “saem dois, entra um” (nas Escolas e Hospitais, por exemplo?!…), depois de vermos que o custo dos cem mil funcionários que entraram, a mais, no tempo deles, teria dado para equilibrar as Contas do Estado!… É este, o mesmo Partido Socialista que, primeiro, inviabilizou as privatizações, mas aceitouas um ano depois. O mesmo que, primeiro, inviabilizou as televisões privadas, mas já as aceitou um ano depois. É a mesma equipa dirigente, de toda esta trapalhada. Este PS vem “prometer” aos idosos um aumento de benefícios, impensável porque soma 200 milhões de euros. Dizendo que vai buscar 500 milhões que não foram pagos à Segurança Social — apesar de antes afirmar que as fraudes eram “mínimas” — quando, rentável, já não há algo para executar, nem alguém para pagar! Os mesmos socialistas que, através do escandaloso descontrolo do “rendimento mínimo garantido”, são responsáveis pelo que tal permitiu de fraudes, de incremento do consumo de droga — cuja despenalização foi catastrófica — e de criação de uma nova profissão: a Vadiação Remunerada. Este PS que vem defender tudo quanto seja interesse corporativo, acautelando os referidos corporativos numa redoma de privilégios dourados, mas fechando qualquer possibilidade de os mais jovens ascenderem a essas profissões!… Desta vez, o programa (?) do Partido Socialista apresenta 1.085 “promessas”! Não jogando a bota com a perdigota!… Um espanto, tal como a do défice igual a 3% “sem recorrer a receitas extraordinárias”, de o insucesso escolar descer para “metade” (estranha quantificação…); menos cem mil funcionários mas mais 150.00 novos postos de trabalho; os cursos de gestão em Portugal entre “os cem melhores do mundo” (!!…); e até, veja-se, “reduzir para metade o número de mortos nas estradas”!… Outra. A crítica do PS ao Orçamento de Estado 2005, era de que a redução da carga fiscal era irrealista, a eliminação dos benefícios à poupança um atentado económico, a contenção da despesa corrente era um mito, e que a gestão das finanças públicas influenciava negativamente a recuperação da economia. Dias depois, os socialistas vêm dizer que, se formarem Governo, manterão o que o Orçamento dispõe quanto ao IRS e que não reporão os benefícios à poupança!… Acresce que, com os socialistas, afinal a despesa CORRENTE cresceu 9% em 2000 e 2001, e só 3,6%, com o PSD em 2004. Em 2001, o défice era 5,4% com os socialistas, melhorou para 3,2% em 2004. Por outro lado, em 2004, com os sociais-democratas, a receita fiscal cobrada, líquida de reembolsos, cresceu 6,2%, a receita bruta do IVA, 7,8% e a do IRC, 20,7%. Mais uma anedota dos socialistas. Disseram que, com o anúncio de eleições antecipadas, o índice do PSI-20 (a Bolsa) subiu 3%!… Ora, com os sociais-democratas, o índice do PSI-20 subiu 15% em 2003 e subiu 12% em 2004. Mas onde os socialistas não conseguem esconder o seu incómodo, nada apresentando de credível, é na Instrução (que eles ainda chamam “aquilo” de “educação”!…). Todos sabemos que aqueles que têm mentalidade corporativa neste sector, gostam de votar PS, para manter os seus “petits pouvoirs”, conservadora e burguesmente hostis a qualquer mudança no Sistema de Ensino. Acresce que a pseudo-“esquerda”, socialistas e comunistas, instituíram e defendem com todos os dentes, a mediocridade e a massificação do “ensino”, para estabelecerem uma sociedade estupidificada, permeável às asneiras, às mentiras e aos erros deles, e melhor poderem dominar uma sociedade assim acrítica. Resultados deste modelo de “ensino” imposto pela “esquerda” e consentido por patetas do PSD e do CDS: em 29 países da OCDE, estamos no 26.º lugar em literacia da leitura; em 27.º no conhecimento da Matemática; e em 28.º nas Ciências. Em Portugal 52% têm níveis muito baixos de literacia da leitura, 17% só realizam tarefas pouco complexas de leitura e 10% não conseguem utilizar a leitura como meio de obtenção de conhecimentos!…

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Rui Costa Pinto Cavaco Silva tem de marcar presença ao lado de Santana Lopes na batalha das Legislativas, para garantir as hipóteses de sucesso do PSD e de uma eventual candidatura presidencialSantana Lopes insiste em desmentir os que lhe vaticinam um funeral antecipado. O líder do PSD conseguiu recuperar o ânimo e as forças, começando a atenuar a enorme desvantagem com que partiu para a campanha das eleições legislativas. Despedido por Jorge Sampaio, quatro meses depois de tomar posse, e vergastado pela generalidade da imprensa, umas vezes com inteira razão outras vezes por manifesta cegueira, para não dizer má-fé, Santana Lopes conseguiu encorajar os seus militantes de base, garantindo um crescendo de mobilização.Apesar das sondagens, os milhões de eleitores indecisos permitem a Santana Lopes manter a chama acesa, a esperança de que ainda é possível uma reviravolta.A meio da campanha eleitoral, Santana Lopes mostra que tem fibra, que nem desiste nem foge da batalha. Confortado pelo entusiasmo dos últimos comícios, o presidente dos social-democratas parece outro, pois tem revelado um discurso mais coerente, um maior controlo emocional e uma renovada capacidade para evitar as trapalhadas.Assim, e em condições muito adversas à partida, que o próprio criou, com mais ou menos responsabilidades, uma coisa é certa: Santana Lopes conquistou o direito ao benefício da dúvida, ou seja, ao apoio dos notáveis e dos fundadores do PSD, pelo que conseguiu fazer na primeira metade da campanha eleitoral.Face à evolução dos acontecimentos, Cavaco Silva está perante um dilema de alto risco: ou abandona o líder, mantendo a decisão de não participar na campanha eleitoral, ou então arrepia caminho, isto é, engole um sapo, e vai para o terreno com Santana Lopes, lado a lado, para tentar arrancar mais uma vitória eleitoral.Cavaco Silva não pode correr o risco de ser responsabilizado, directa ou indirectamente, por uma derrota, se é verdade que está a preparar o terreno para avançar com uma candidatura presidencial. Certamente, não ignora que o voto laranja é fundamental para poder ganhar as presidenciais na primeira volta.Santana Lopes só pode almejar a permanecer na liderança, no caso de um desaire eleitoral, se tiver a desculpa de que foi abandonado e traído pelos seus próprios correligionários. Certamente, não é por acaso que Marques Mendes e Luís Filipe Meneses se têm revelado tão empenhados nesta hora difícil. Numa campanha atípica, precedida por uma dissolução polémica, o anúncio da morte da Irmã Lúcia, uma referência do catolicismo, ainda veio baralhar mais as contas dos quartéis-generais partidários. Santana Lopes não hesitou em decretar luto nacional e em suspender a campanha do PSD, duas decisões que vão fazer correr rios de tinta. Hoje, a escassos dias do voto, a única certeza que existe é que tudo continua em aberto, o que contribui para que qualquer apoio, decisão e iniciativa de campanha assumam proporções dramáticas e consequências imprevisíveis.


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Cultura Saudade: o Bilhete de Identidade do Povo Português? Julie Champagne Estudante de Literatura Portuguesa na Universidade de Montreal Quando ouvem a palavra saudade são muitos os que pensam: Ah sim, a saudade, a palavra que não se pode traduzir e que identifica os portugueses. Mas a saudade não é uma palavra, não é o bilhete de identidade dos portugueses; a saudade não se pode perceber nem definir, mas apenas viver, experienciar. A saudade expressa-se em sentimentos, música, poemas, cantos mas, certamente, não é com palavras que a podemos traduzir. Antes de ser pensada a suadade foi cantada considera Eduardo Lourenço no seu Labirinto da Saudade. São tantos os que já procuraram definir a saudade como tantas são as hipóteses que colocaram para descrevê-la, mas a melhor maneira de compreendê-la é ir a Portugal, misturar-se com os portugueses e mergulhar na cultura lusitana. Tal como o filho que apresenta, simultaneamente, características da mãe e do pai, assim a saudade é, igualmente, uma mistura de muitos sentimentos: melancolia, nostalgia, monotonia, tédio, esperança, desespero, tristeza, conforto, etc. Alegrar-se de sofrer, sofrer por se sentir alegre… O conceito de saudade tem o seu locus nascendi algures em Marrocos, onde Dom Sebastião morreu mas ninguém pôde testemunhar a sua morte. Assim começou o movimento, quase seita, do sebastianismo, na qual os discípulos crêem que Dom Sebastião não morreu na batalha e que voltará num dia de nevoeiro, para que reine de novo a glória e a força do Portugal das Descobertas. Por isso, a saudade portuguesa exprime, entre outras coisas, o passado que foi e o futuro que nunca será. Um grande paradoxo que vivem os portugueses face às esperanças que têm no futuro de Portugal. Sonham com um destino maravilhoso, idêntico à época das Descobertas e, ao mesmo tempo, não fazem nada e não esperam nada porque não crêem que Portugal possa brilhar de novo. Em vez de baixar as expectativas que têm para o seu país, os portugueses preferem viver no passado e deixar passar o presente. Trata-se de um passado futuro! Escutemos Álvaro de Campos na sua Tabacaria: Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. A saudade que sentem os portugueses pode eventualmente ser explicada geograficamente. Com efeito, Portugal é um país pequeno cercado pelo mar, quase como uma ilha, que predispõe os seus habitantes a deixarem o continente. Não é por isso, supreendente a vontade que os portugueses têm em se virarem para o mundo, lançando-se ao mar. Os portugueses não gostam de limites e, por isso, evitam-nos. Os portugueses gostam de desafios; ficam tristes quando falham, mas ficariam ainda mais tristes se não tivessem tentado. As descobertas portugueses situam-se, algures, no passado porque as colónias já o foram. De

Ah, todo o cais é uma saudade de pedra! E quando o navio larga do cais E se repara de repente que se abriu um espaço Entre o cais e o navio, Vem-me, não sei porquê, uma angústia recente, Uma névoa de sentimentos de tristeza Que brilha ao sol das minhas angústias relvadas Como a primeira janela onde a madrugada bate, E me envolve como uma recordação duma outra pessôa Que fôsse misteriosamente minha. -Álvaro de Campos (Ode Marítima) A saudade também influenciou muito a cultura portuguesa inspirando autores, pintores e músicos. A saudade lê-se, vê-se e ouve-se. O Fado representa o melhor exemplo da influência da saudade no mundo da música, sobretudo quando cantado pela voz fabulosa e autêntica da Amália Rodrigues. Esta combinação única e mágica de cantos e de guitarra portuguesa conquistou amadores de música em todo o planeta, como os grandes exploratores portugueses conquistaram o mar. Raras são as pessoas que escapam às emoções quando ouvem o fado. A intensidade dos sentimentos e a concentração da saudade, presentes na língua internacional da música, comovem o público e também nós podemos viver a saudade nem que seja apenas por um instante. Eu só entendo o fado pla gente amargurada à noite a soluçar baixinho que chega ao coração num tom magoado tão frio como as neves do caminho que chora uma saudade ou canta ansiedade de quem tem por amor chorado dirão que isto é fatal, é natural mas é lisboeta e isto é que é o fado Amália Rodrigues (Fado Lisboeta)

todo o lado onde os portugueses chegaram, deixam e trazem lembranças da sua passagem. Da arquitectura à língua, de Marrocos à China, passando pela Índia, Japão e Timor. Por exemplo, quando fui a Morrocos, visitei a cidade de Essaouira (antiga Mogador), uma pequena cidade portuária, que, pela sua situação geográfica foi acossada por muitos visitantes indesejados. Mas a influência mais marcante que nela se inscreve é a que os portuguses deixaram. Muitos edifícios da cidade apresentam uma arquitectura bem portuguesa, sobretudo a fortaleza. E os portugueses mobilizaram o recurso mais poderoso para as descobertas : o mar! Foi com o mar que chegaram até mundos desconhe-cidos e também foi o mar que definiu o reino do Portugal das Descobertas. Por isso, Portugal foi cobiçado mais de uma vez pelos seus vizinhos e saudosos inimigos de estimação. O mar também foi, e ainda é, indispensável à alimentação e prosperidade dos portugueses. No entanto, os portugueses não conseguem pensar o mar sem saudade, porque o mar venturoso também matou muitos deles: exploradores, navegadores, pescadores, homens, mulheres, crianças, esposos, esposas, filhos, filhas, mães, pais, avôs, avós, irmãos, irmãs, tios, tias, primos, primas, ami-gos, amigas, etc. O mar conferiu -e confere ainda poder aos portugueses mas também lhes mostra, às vezes, que é maior do que eles. Esta dura lição de humildade, esta impôtencia, esta imprevisibilidade e este paradoxo do mar são compo-nentes do grande sentimento da saudade.

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Olho em volta de mim. Todos possuem Um afecto, um sorriso ou um abraço. Só para mim as ânsias se diluem E não possuo mesmo quando enlaço. Mário de Sá-Carneiro (Como eu não possuo) Por outro lado, é também significativa a paixão dos portugueses pela pátria. Muitos, vivem, agora, noutros paises, mas ninguém deixou Portugal porque não gostava da cultura ou do país. Alguns deixaram Portugal com a esperança de uma vida melhor, para si e para os filhos. Mas, sobretudo, os portugueses saiam de Portugal para ter a oportunidade de ter saudades da pátria e da cultura lusitana! Para eles, ter saudades é um prazer e este prazer quase sádico representa um outro paradoxo do povo português. Todos os portugueses que encontrei no Quebeque têm orgulho em ser portugueses e não renegam as raízes portugueses. Pelo contrário, querem que os filhos nascidos fora de Portugal, falem Português e conheçam a cultura e a história dos seus antepassados. E, por isso, acho que a cultura portuguesa será sempre bem viva e bem conhecida. Amor da Pátria Vereis amor da pátria, não movido De prêmio vil, mas alto e quase eterno: Que não é prêmio vil ser conhecido Por um pregão do ninho meu paterno. Ouvi: vereis o nome engrandecido Daqueles de quem sois senhor supremo, E julgareis qual é mais excelente, Se ser do mundo Rei, se de tal gente. Luís de Camões (Os Lusíadas, Canto I) Há que acrescentar ainda: os portugueses são patriotas mas tam-bém muito pacifistas (brandos costumes obli-ge). Gostam das cultura portuguesa e querem que seja conhecida em todo o lado, mas não a impões, defendem ou promovem, como outros povos que conhecemos muito bem. Não querem converter todos em por-tugueses, mas apenas difundir a cultura e a língua portuguesa através do mundo.

Na literatura, podem-se encontrar muitos autores inspirados na saudade. Os seus textos transpiram uma saudade tangível, como o cheiro a peixe nos portos de Portugal. Encontramos esta atmosfera da saudade, de cortar à faca, na poesia de Fernando Pessoa e dos seus heterónimos, especialmente em O Marinheiro e Tabacaria. Só o mar das outras terras é que é belo. Aquele que nós vemos dá-nos sempre saudades daquele que não veremos nunca... Fernando Pessoa (O Marinheiro) Luís de Camões é outro grande poeta português que canta a saudade. A sua obra memorável é uma epopeia moderna sobre as Grandes Explorações e Descobertas dos Portugueses. Os dez cantos d’Os Lusíadas - Lusíadas vem do povo lusitano, os antepassados dos portugueses - não falam somente das aventuras e dos eventos históricos que rodeiam as explorações e as descobertas, mas também falam dos sentimentos e da personalidade dos exploradores. Camões dá uma alma a esta narração que revive debaixo da sua pena com tinta de mar.

Skala du port de Essaouira

Há que referir ainda que a paixão dos portugueses por tudo o que fazem, por tudo o que vivem também faz parte da saudade. Têm uma paixão pela vida, pelo mar, pela música, pela boa comida e bom vinho, pela língua portuguesa, etc. E também vivem o amor com paixão. Desejos impossíveis, desejos que insuflam a vida nos apaixonados. Os desejos satisfeitos cortam o prazer de sofrer, de ser privado. Um bom exemplo disso é o suicídio de Mário de Sá-Carneiro quando se apercebeu que a mulher que cobiçava, apesar de prostituta, também o amava!

E também as memórias gloriosas Daqueles Reis, que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando; E aqueles, que por obras valerosas Se vão da lei da morte libertando; Cantando espalharei por toda parte, Se a tanto me ajudar o engenho e arte. Luís de Camões (Os Lusíadas, Canto I)

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Em conclusão, os portugueses não têm a tecnologia dos japoneses, a população dos chineses, o rigor dos alemães, a pontualidade dos suíços, a siesta dos espanhois, os queijos dos franceses, o Vaticano dos italianos, a estupidez dos americanos (graças a Deus!), mas têm a saudade. A bem dizer, não têm a saudade mas são a saudade: na cultura, na língua, na cozinha, na música, na literatura, no coração, na alma. E para todo o lado para onde vão, trazem com eles esta saudade e transmitem o amor de Portugal aos que encontram no caminho. Para acabar, deixo aqui um poema meu, cuja inspiração me foi aparecendo, no decorrer da realização deste trabalho sobre a saudade. É a minha interpretação desse sentimento bem português, que apenas a arte pode expressar convenientemente... Saudade

Referências :

Uma lágrima de tinta Que toca uma guitarra Uma lágrima de tristeza Uma lágrima de alegria Uma lágrima de melancolia Uma lágrima de euforia : Uma melodia única Salgada como o mar Que faz voltar os navios Como os corações vazios Fado tinto de azul Como os olhos da musa Uma melodia única Um sentimento português Uma identidade sem idade A saudade sem idade

LOURENÇO Eduardo (1997), Mythologie de la Saudade. Série Lusitane, Editions Chandeigne, 206p. DE CAMPOS Álvaro (1997), Ode Marítima; Ode Triunfal; Opiário; Tabacaria. Lisboa, Contexto, 74p., ISBN 972-26-1364-2 PESSOA Fernando (1952), Poemas Dramáticos. Colecção poesia, Edições Ática. DE CAMÕES Luís (1572), Os Lusíadas. Edição do Instituto Camões, www.instituto-camoes.pt/ DE SÁ-CARNEIRO Mário (1914) Dispersão. Lisboa


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Vária A idade e a reforma

É duro trocar um bom emprego por uma reforma vivida, ociosamente, na sala de espera de um comboio da última hora. Trocar uma carreira pela reforma é um divórcio, mas trocá-la quando por ela estamos apaixonados é um luto. É duro partir e pôr termo a uma carreira quando se poderia ainda exercê-la até ao fim da vida. É duro, quando se ama o que se faz e se é estimado, considerado e amado pelos colegas e alunos de 18, 20, 30 e 40 anos e quando deixa de sêlo; é como um divórcio ou um luto... Enfim, o que me resta e com toda a modéstia o digo: “combati o bom combate” e Portugal nunca foi diminuído pela minha presença neste grande país. Agora são férias contínuas, bem merecidas, podemos dizêlo! O pior é que elas não nos tornam mais novos... o tempo não volta para trás. Oh! se os novos soubessem e os velhos pudessem!... No fundo diga-se o que se disser e dêmo-lhe os nomes mais belos que quisermos, em nada se muda a realidade: é de velhos que se trata. Mas, apesar de tudo sejamos positivos, porque há muitas razões para o sermos. Na verdade, a idade da reforma (digo “relativa”) ou princípio da terceira idade (da quarta ou da quinta idade), permite viver a um ritmo menos sufocante e poder ter tempo para fazer melhor o que se fazia e, se for o caso, fazer outras coisas. Sobretudo, pode ler-se o grande livro da natureza e o livro interior de cada um, escrito com tinta de todas as cores, de sangue até, no papel da memória que o coração ditou; podem agora contemplar-se sem “stress” as flores dos campos, as montanhas verdejantes e as cores sumptuosas do Outono! Oh! o Outono!... estação da vida dos reformados que brilha como a Primavera, mas com uma cor diferente e uma personalidade distinta, disposta a abandonar seus frutos generosos e a despojar-se, enfim, de tudo, para se preparar para acolher e vestir o manto cintilante das neves eternas... do Inverno. “Quando estamos no Outono, vão caindo as ilusões, começa o abandono das nossas aspirações. E chegados ao Inverno tudo é saudade e apatia e até o sonho mais terno gela a nossa fantasia”. Com toda esta poesia e beleza vem-me a vontade de entrar no CLUBE DOS DEPOSITÁRIOS E DISPENSADORES DO PATRIMÓNIO E CULTURA às novas gerações! É certo que a reforma muda a vida mas atenção, o tempo é mal vivido quando não é bem ocupado. A idade da reforma com tudo o que nos traz, é a idade das sínteses em que se pode olhar a vida já vivida, confrontar recordações, rever e comparar o que se aprendeu, o que se desco-

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Manuel Alves Louro

briu, em que se relativizam as decepções, em que se perdoa a quem nos fez sofrer ou se pede desculpa a quem ofendemos. A idade da reforma é a idade do desapego, do desprendimento das inutilidades; é a idade em que se pode pôr a vida em ordem, em que a vida abafada no fundo da alma se torna patente pelas recordações palpáveis que se vivem; é a vivência do passado sempre presente e sempre novo que nos acompanha passo a passo; é a consciência de que (como dizia), somos verdadeiramente os depositários e dispensadores das inúmeras riquezas do património colectivo de história e de cultura que legamos às novas gerações. A idade da reforma é o tempo da abertura aos outros que deixamos esquecidos pelos caminhos árduos das ocupações diárias... Finalmente o tempo pertence-nos e podemos partilhá-lo com quem dele mais precisar: doentes, hospitais, pobres, pessoas idosas desprovidas de autonomia, conferências, arte, teatro, música, cultura, organizações recreativas e culturais de todos os géneros, crianças e jovens em dificuldade, seja pela dependência dos vícios seja pela miséria física... Tantas coisas! Ao contrário da vida considerada “útil e produtiva” nos empregos em que rotineiramente se faz uma só coisa, das nove às cinco, segundo a especialidade, e às ordens de quem paga, a vida do reformado é mais rica quanto ao âmbito da liberdade de acção e quanto à variedade de escolha.

Os reformados entram, doravante, na idade de oiro, verdadeiro oiro da vida, porque têm oportunidade, mais do que os empregados “úteis e socialmente produtivos”, de se realizarem pessoalmente, porque podem ocupar o tempo no que desejam e dispor de si em todas as circunstâncias. Belo e apaixonante programa que se depara diante de tantos que, forçados pela idade, pela saúde ou voluntariamente, a

abandonar o trabalho profissional podem agora considerarse ACTORES DEPOSITÁRIOS E DISPENSADORES ACTIVOS DE PATRIMÓNIO ESPIRITUAL, CULTURAL E MATERIAL... para as nova gerações. E QUANTAS COISAS MAIS, INTERESSANTES E BELAS QUE ESPERAM PELAS PESSOAS REFORMADAS!

Casamento

Ingleses divididos O anúncio do casamento entre o príncipe Carlos e Camilla Parker Bowles mereceu os aplausos das mais importantes figuras britânicas, incluindo dos filhos do futuro rei e da própria rainha, mas está a dividir o povo. Cinquentões e divorciados, trinta anos depois do seu primeiro romance, o príncipe Carlos e Camilla Parker Bowles vão finalmente casar, numa cerimónia civil que está a dividir os britânicos, que nunca perdoaram ao futuro rei o adultério quando este era casado com a muito amada pelo povo princesa Diana. Segundo uma sondagem do Daily Telegraph, dois terços dos ingleses apoiam o consórcio, marcado para 8 de Abril no Castelo de Windsor e após o qual a antiga amante do príncipe receberá o titulo de Duquesa da Cornualha. Os inquiridos já não são tão favoráveis quanto à hipótese de Camilla Parker Bowles se tornar Princesa Consorte quando Carlos chegar a rei: apenas 40% concordam com a atribuição daquele título à mulher a quem se diz que a princesa Diana apelidara de « rotweiller ». Cerca de 47% dos inquiridos

na mesma sondagem defendem que Camilla não deve ter título nenhum, enquanto 7% chegam a afirmar que esta deveria ser rainha. O inquérito mostra ainda que

a maioria dos britânicos preferiria que a sucessão do trono saltasse uma geração, o que faria com a rainha entregasse o lugar ao neto William , actualmente com 22 anos.Na quintafeira à noite, o príncipe Carlos, 56 anos, e Camilla , 57, ofereceram um jantar num Castelo de Windsor , que serviu para oficializar o noivado. O casamento será uma cerimónia civil, seguida de orações na Capela de St . George. Além dos noivos, já fizeram questão de declarar publicamente a sua satisfação com o consórcio os filhos do príncipe Carlos, William e Harry , a própria rainha e o Governo britânico.

Horóscopo Semanal Dra. Maria Helena Martins CARNEIRO (21 de Março - 19 de Abril) Carta da Semana: 8 de Copas, que significa Concretização. Amor: Revele os seus sentimentos à pessoa que ama. Saúde: Faça um exame médico completo, certamente ficará mais descansado. Dinheiro: Poderá ser o momento para realizar o seu sonho. Número da Sorte: 44 Números da Semana: 8, 4, 10, 17, 11, 33 TOURO (20 de Abril - 20 de Maio) Carta da Semana: A Temperança, que significa Equilíbrio. Amor: Aproveite os momentos com a família pois dar-lhe-ão um grande bem-estar emocional. Saúde: Durma mais para recuperar as energias. Dinheiro: Controle a impulsividade nos seus gastos. Número da Sorte: 14 Números da Semana: 22, 13, 10, 47, 15, 3 GÉMEOS (21 de Maio - 20 de Junho) Carta da Semana: 9 de Ouros, que significa Prudência. Amor : Veja quem é realmente seu amigo. Não se deixe enganar. Saúde: Sem grandes problemas. Dinheiro: Estará financeiramente estável, aproveite para adquirir aquilo que sempre desejou. Número da Sorte: 73 Números da Semana: 14, 36, 28, 44, 16, 1 CARANGUEJO (21 de Junho - 22 de Julho) Carta da Semana: A Estrela, que significa Protecção, Luz . Amor: Aprenda a ser mais flexível com a sua cara-metade. Saúde : Nada de grave a assinalar. Dinheiro: Verifique a sua conta bancária, poderá haver surpresas. Número da Sorte: 17 Números da Semana: 3, 25, 46, 11, 27, 36 LEÃO (23 de Julho - 22 de Agosto) Carta da Semana: 2 de Espadas, que significa Afeição. Amor : Procure ser mais optimista quanto ao seu futuro sentimental. Saúde: Procure não andar tão enervado. Dinheiro: A sua forma de gerir as economias poderão conduzi-lo ao bom caminho. Número da Sorte: 52 Números da Semana: 17, 23, 44, 13, 26, 1 VIRGEM (23 de Agosto - 22 de Setembro) Carta da Semana: Ás de Espadas, que significa Sucesso . Amor: Pense bem naquilo que quer para não magoar os outros. Saúde: Tenha algum cuidado com os seus olhos, proteja-os. Dinheiro: Período positivo para colocar em marcha os seus projectos financeiros. Número da Sorte: 51 Números da Semana: 14, 33, 12, 25, 4, 17 BALANÇA (23 de Setembro - 22 de Outubro) Carta da Semana: Rei de Ouros, que significa Inteligente, Prático . Amor: Tenha pensamentos positivos, a sua companheira poderá surpreende-lo. Saúde: O excesso de trabalho poderá ser seu inimigo. Dinheiro: Opte por economizar, principalmente nesta altura. Número da Sorte: 78 Números da Semana: 17, 42, 35, 19, 2, 23 ESCORPIÃO (23 de Outubro - 21 de Novembro) Carta da Semana: 2 de Copas, que significa Amor. Amor: Poderão surgir novas paixões na sua vida. Saúde: Tendência para dores de cabeça e insónias. Dinheiro: Trabalhe afincadamente e receberá os frutos do bom trabalho prestado. Número da Sorte: 38 Números da Semana: 4, 17, 45, 13, 23, 10 SAGITÁRIO (22 de Novembro - 21 de Dezembro) Carta da Semana: Ás de Copas, que significa Principio do Amor, Grande Alegria. Amor: Você ainda não se apercebeu, mas a paixão está no ar. Saúde : Opte por uma alimentação mais saudável. Dinheiro: Período não muito favorável em termos económicos. Número da Sorte: 37 Números da Semana: 11, 23, 44, 26, 24, 49 CAPRICÓRNIO (22 deDezembro - 20 de Janeiro) Carta da Semana: Ás de Ouros, que significa Harmonia e Prosperidade . Amor: Planeie um fim-de-semana romântico a dois. Saúde : Modere a sua alimentação. Dinheiro : Aproveite o bom momento para alargar os seus rendimentos. Número da Sorte: 65 Números da Semana: 12, 46, 33, 25, 6, 22 AQUÁRIO (21 de Janeiro - 18 de Fevereiro) Carta da Semana: Rei de Paus, que significa Força. Amor : Aja com mais espontaneidade, a sua cara-metade reconhecerá a sua mudança de comportamento. Saúde: A saúde é o espelho da nossa alma, nunca se esqueça disso. Dinheiro: Aja com prudência e seja poupado. Número da Sorte: 36 Números da Semana: 14, 27, 23, 5, 10, 36

PEIXES (19 de Fevereiro - 20 de Março) Carta da Semana: 3 de Espadas, que significa Amizade, Equilíbrio. Amor: Poderá surgir uma nova amizade. Saúde: Tendência para alguns problemas digestivos. Dinheiro: Compre algo que o satisfaça, você merece um presente. Números da Sorte: 53 Números da Semana: 37, 29, 46, 10, 1, 22

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Comunidade “Visão de Portugal“... Com Fado

S.O.S. ÁSIA

Elisa Rodrigues

Dia seis de Fevereiro, pelas duas horas da tarde, realizou-se na cave da igreja de Santa Cruz, um espectáculo organizado pelo grupo de jovens (Jovens em Acção), pelo Sr. Padre José Maria e pelo Sr. Padre Lourenço . Espectáculo este, para angariação de fundos, pensando naqueles e no que essa gigan-

tesca onda destruiu. Já concerteza, que se aperceberam que estou falando de “ S.O.S. Ásia”. A sala estava repleta . A apresentação foi feita por Carla. O Sr. Padre José Maria, que no seu pequeno discurso, acentuou bem, o quanto era importante a presença de todos nós e o valor pelo próximo. O Sr. Côn-

Elisa Rodrigues

sul Carlos Oliveira, também discursou, apoiando e dizendo que são causas como estas que é preciso fazer algo . A 1ª parte do programa foi preenchida por: O grupo coral Sto. Cristo (Foste a Luz no Meu Caminho) seguiu-se a hora do fado com: Manuel Travassos e José João à guitarra portuguesa, Francisco Valadas e Nelson Moreira à viola. Os fadistas foram: Horácio Melo “ Uma Velhinha”, Victor Vilela “O Zé Vigarista”, João Rebelo “A Casa de um Português”, Rui Mateus “Canoas do Tejo” tocando também uma música com o seu inseparável acordeão “Terras de Vila Franca” e Carlos Rodrigues “Natureza”, um fado

concluído para esta ocorrência, com letra de José da Conceição, o qual, por sua vez declamou um poema “Quando a Natureza Ralha” também da sua autoria. Fátima Miguel “Lisboa Menina e Moça” entre outros. Seguiu-se “Michael Jackson” interpretado pelo talentoso jovem Max Stéphane

Bossé dançou: “Billy Jean”. A linda voz da jovem italiana : Pina Ippolito“The Prayer”, Campinos do Ribatejo,( foi uma maravilha ver os pequeninos) finalizam esta primeira parte do programa, que foi até ao momento, em que pude assistir. Foi um bom espectáculo e bem organizado. É meu hábito só escrever sobre o que vejo mas, como este evento, foi um evento especial, para a causa que foi, seria muito egoísta da minha parte, se ao menos não mencionase,(segundo a lista que fiz o possível para obter) as pessoas e os artistas da nossa comunidade que participaram nesta segunda parte. Foram: grupo Coral das Cri-

anças da Igreja de Santa Cruz “Põe a tua mão na mão do Meu Senhor, “Orar Costuma Fazer Bem”. Fados: Manuel Travassos e José João à guitarra portuguesa, Francisco Valadas e Luís Duarte à viola clássica. Marta Raposo e Bruno da Silva “Barco Negro”, Nivéria Tomé“Uma guitarra a chorar”, Rosie Santos “Não me fales nessa rua” , Lídia Bento, Sílvia Moniz, Luís Duarte, José João, Sr. Silva Garcia, e Fátima Miguel “Português sem Fado”. Tuna de Ouro interpretou três canções, Ruth Damas também cantou três canções:”Ne Tuons Pas la Beauté du Monde”, What a Wonderful World” e etc. Liliana Damas interpretou duas danças (Baladi). Amigos da Indonésia (Grupo formado expressamente para esta ocasião, constituído por pessoas de vários países da Indonésia). Francisco Raposo (irmão de Leonilde Raposo, coordenadora dos jovens) e Heidi Costa (do grupo de jovens) cantaram “Anjos”. Francisco Raposo e José Rebelo. Marco Paulo Agostinho(dos Jovens) cantou: “Homem do Leme”de (xutos e Pontapés) e “Casualties of War” letra e música da sua autoria. Marco Paulo Agostinho e Liliana Moura cantaram: “Nasce Selvagem”. Terminando com os Jovens em Acção com a canção: “Lumiére du Monde” (tema do dia Mundial da Juventude). Foi um espectáculo de mais de 4 horas. Sala cheia. Conseguiram 11.600 dollars que foram enviados para a Ásia através do organismo “Développement et Paix”. Aos “ Jovens em Acção “ continuidade para eventos como este, pois, infelizmente o mundo continua a precisar de vós, de nós ou seja “Um Mundo” precisa de outro “Mundo”.

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Sábado, 12 de Fevereiro de 2005, no restaurante “Casa Portugaise”em Laval, ainda pouco conhecido da nossa comunidade, cantou-se o Fado. Abriu ao público em Agosto de 2004, por Marco Paulo dos Santos. Restaurante pequeno, muito acolhedor, de uma simpli-

cação e atenciosos. Falando com o Victor e a sua esposa Aida, (Marco estava entregue aos cozinhados) que serviam os clientes com muito carinho, fiquei ao corrente, que a decoração e a ideia desta estrutura tão portuguesa foi para que os “ Portugueses” se sentissem em casa e os “ Canadianos” se sentissem em Portugal. A noite fadista foi preenchida por Manuel Travassos à guitarra portuguesa e Tony Melo à viola clássica, que tocaram umas guitarradas lindamente, tão bonito, que o público que estava silencioso, começou a

cidade típica portuguesa. Á entrada depara-se com uma pintura muito bonita do mar, que foi pintada por um primo do Marco. A cozinha com a sua divisão para a sala de jantar e o bar feito com pedras da praia e búzios, logo me fez em Portugal, mais propriamente, nos restaurantes de zonas praia eiras, onde, ao mesmo, tempo que senti a saudade, senti uma extrema alegria, pois, Fado e um Restaurante tão pitoresco, vi-me ainda mais portuguesa. Uma verdadeira “ visão de Portugal”. Passado pouco tempo

cantarolar ao som do trinar das guitarras. O fadista foi Carlos Rodrigues que cantou, como sempre, o fado com muita alma e com um sentimento, posso dizer, bem “ São – Valentim”, o silêncio era tão absoluto, que deu para perceber. Mais tarde chegou o nosso poeta, José da Conceição e sua esposa, o qual a pedido do nosso elenco fadista, declamou três poemas da sua autoria, um deles “Quando a Natureza Ralha “ que foi o poema que José “ ofereceu” no S.O.S. Ásia. Também com poemas, do poeta em

Marco dá sociedade à sua irmã Aida e ao seu cunhado Victor Barreira, (maestro da Banda Filarmónica de Montreal). Três jovens nascidos no Canadá, (filhos de emigrantes portugueses, vindos dos Açores e Continente (duas belezas um só País), muito simpáticos, dinâmicos, de uma esmerada edu-

questão, Carlos Rodrigues cantou: “Solidão” e “A Natureza”, este último “oferecido” também para o S.O.S. Ásia. A noite foi decorrendo num clima bem caloroso, alguns clientes começaram a retirar-se, deixando bem claro, o quanto apreciaram o fado, dando felicitações a Carlos.A comida é bem servida e excelente, não foi difícil, ouvir este tipo de comentário. Aida informou-me que a cozinheira é a sua mãe (Ana) com a colaboração do seu irmão Marco. Valeu a pena, ter-me deslocado a este restaurante, que além de ter sido mais uma noite de fados, foi também, uma noite entre famílias e amigos. Sai de lá com a sensação de estar deixando um pouco do nosso Portugal nesse momento. Aos jovens proprietários: Sucesso. Sucesso “ Casa Portugaise”.


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Actualidade Tenants et aboutissants d’un débat à suivre... l’Hôtel-Dieu. D’autre part, le réaménagement de l’échangeur des Pins, annoncé par la Ville de Montréal, libérera une large bande de terrain qui pourrait être annexée au CHUM. On aurait donc un emplacement quatre fois plus grand que celui de l’hôpital Saint-Luc. L’Hôtel-Dieu dispose déjà d’un terrain de stationnement d’une superficie non négli-

tés par les vibrations devront être munis d’une isolation additionnelle installée sous ces équipements. Or, le coût de ces correctifs n’apparaîtrait nulle part dans les documents accessibles au public concernant l’implantation du CHUM dans la cour de triage d’Outremont. En passant, nous signalons que cette même voie ferrée, au coeur du litige, borde le garage de la STM de la rue Saint-Denis au sud. Au dire des représentants du Comité des citoyens pour l’établissement du CHUM au site Hôtel-Dieu, le projet de l’HôtelDieu coûterait de 200 à 300

geable. Ses salles d’urgence ont bénéficié d’une rénovation en 2001 et en 2002. Toutefois, il faudrait démolir deux pavillons et les remplacer par de nouveaux bâtiments, mais les édifices patrimoniaux du complexe actuel seraient préservés. Les travaux pourraient être complétés en 2008. Le nouvel hôpital occuperait tout le quadrilatère compris entre l’avenue des Pins, l’avenue du Parc, la rue Duluth et la rue SaintUrbain. On a allégué qu’il n’y a pas de station de métro à proximité de l’Hôtel-Dieu, contrairement aux quatre autres sites pressentis. Mais cinq lignes d’autobus régulières, toutes raccordées au métro, passent dans le voisinage immédiat de l’hôpital ou pourraient y être facilement détournées. D’autre part, le choix de l’Hôtel-Dieu n’entraînerait pas de décontamination coûteuse, ce qui n’est pas le cas pour le site du garage de la STM de la rue Saint-Denis. Si le nouvel hôpital est érigé dans la cour de triage d’Outremont, il faudra composer avec le transport, juste à

millions de dollars de moins que ses deux principaux concurrents. Et selon M. Khadir, ce n’est pas une somme négligeable car, qu’on le veuille ou non, les citoyens, directement ou indirectement, épargneront ou assumeront cette différence de coûts, dépendant du choix définitif. M. Khadir voit, dans la promotion du site d’Outremont, une intervention inacceptable des élites politiques et financières qui veulent tirer vers eux des bénéfices. Dans tout ce débat, le citoyen a été mis de côté. Quoi qu’il en soit, d’aucuns souhaiteraient que la décision en faveur du site d’Outremont soit retardée afin de permettre de mieux analyser la problématique, les risques et les coûts. Pour M. Khadir, c’est d’abord l’intérêt des patients qui doit primer. À date, de nombreux lecteurs de journaux se sont prononcés en faveur de l’Hôtel-Dieu. Cet établissement ne dessert-il pas déjà un vaste bassin de population? Il est bordé de quartiers populeux tant au sud, à l’est, qu’au nord où s’étend le quartier portugais. Et les portugais

Pierre Quenneville Un vieux débat nourri d’études et de comités d’experts, que nous croyions clos, a repris de la vigueur ces derniers temps. Il s’agit de l’emplacement définitif du futur Centre hospitalier de l’Université de Montréal (CHUM). Nous avions déjà eu vent des sites du garage de la STM de la rue Saint-Denis, jouxtant le viaduc Rosemont-Van Horne, ainsi que de l’hôpital Saint-Luc, à l’extrémité sud de cette même rue Saint-Denis, et pourquoi pas le stade olympique. En juin 2004, M. Philippe Couillard, ministre de la Santé, nous a annoncé que son choix s’arrêtait sur l’hôpital Saint-Luc. Cependant, à l’automne 2003, la commission MulroneyJohnson avait demandé au comité du CHUM de se pencher sur l’emplacement de l’Hôtel-Dieu. Mais depuis, un autre site, que nous connaissions également et pressenti dans le passé pour diverses affectations, s’est ajouté au débat. En effet, le 17 janvier dernier, M. Mario Dumont, chef de l’Action démocratique du Québec, s’est prononcé en faveur de l’implantation du CHUM dans la cour de triage d’Outremont. Il rejoignait donc plusieurs personnalités du milieu des affaires, signataires, le 5 janvier, d’une lettre ouverte appuyant ce projet. On y retrouve MM. Jean Coutu, président du conseil du Groupe Jean Coutu, Marcel Dutil, président du conseil du Groupe Canam Manac, et Pierre Michaud, président du conseil de Provigo. Ces gens font valoir qu’en jumelant un centre de recherche, de formation médicale et de prestations de soins sur ce site qu’ils jugent optimal, l’Université de Montréal propose, pour le Québec, un véritable projet structurant dans le domaine des sciences de la santé. Par ailleurs, nous nous rappelons que M. Mario Dumont, lors de la dernière campagne électorale, favorisait une privatisation accrue des soins de santé. Or, le secteur L’Acadie-Beaumont, situé juste au nord de la cour de triage d’Outremont, abrite déjà un important centre dispensant des soins de santé privés. Le 23 janvier, une coalition de citoyens, qui tenait sa première assemblée publique, se disant soutenue par le «gros bon sens», a relancé le choix de l’Hôtel-Dieu. Parmi la douzaine d’orateurs qui se sont fait entendre et la dizaine de médecins qui endossent cet emplacement, se trouve M. Amir Khadir, porte-parole de l’Union des forces progressistes (UFP) et membre de la Coalition des médecins pour la justice sociale. Ce dernier nous a aimablement accordé une entrevue. Déjà, M. Khadir préfère l’hôpital Saint-Luc à la cour de triage d’Outremont. Mais, si on examine tous les sites potentiels, il privilégie l’Hôtel-Dieu. Les raisons alléguées par celuici et le Comité des citoyens pour l’établissement du CHUM au site Hôtel-Dieu, comité qui réclame une consultation publique sur ce sujet, sont nombreuses. Tout d’abord, il n’y aurait pas d’expropriations coûteuses. Les religieuses hospitalières de Saint-Joseph se départiraient de leurs terrains contigus à

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côté du complexe, de produits chimiques destinés aux papetières comprises entre Québec et Gatineau, sans compter les vibrations des convois circulant sur les rails, la section de chemin de fer qui traverse Outremont étant l’une des plus encombrées du Québec, ni les champs magnétiques émis par le poste de transformation d’Hydro-Québec situé juste au nord. Par conséquent, il faudra isoler les fondations et les planchers contre les vibrations. De plus, les divers équipements électroniques de haute précision susceptibles d’être affec-

fréquentent cet établissement. Pour sa part, M. Philippe Couillard. ministre de la Santé, n’a pas l’intention de donner raison aux promoteurs du site d’Outremont et pourrait démissionner, apprenait-on de semaine dernière. Selon un sondage publié à la mi-décembre, M. Couillard serait le ministre le plus populaire du gouvernement Charest. Pour M. Couillard, il n’est pas question d’avaliser un méga-projet dont le cadre financier semble sans limite.

Resultados de um debate contínuo... Pierre Quenneville Traduzido por Sandy Martins Um antigo debate alimentado de estudos e de comités de especialistas, que pensávamos encerrado, retomou força ultimamente. Fala-se do local definitivo do futuro Hospital da Universidade de Montreal (CHUM). Já ouvimos falar dos locais da garagem da STM (Sociedade de Transportes de Montreal) da rua Saint-Denis, perto do viaduto Rosemont-Van Horne e do Hospital Saint-Luc, à extremidade sul de esta mesma rua Saint-Denis, e porque não o estádio olímpico. No mês de Junho de 2004, o Exmo. Philippe Couillard, ministro da Saúde, anunciou que tinha escolhido o Hospital Saint-Luc. Porém, no Outono de 2003, a comissão Mulroney-Johnson tinha pedido ao comité do CHUM de inclinar-se sobre a questão do local do Hôtel-Dieu. Mas desde então, um outro local, que conhecíamos também e pressentido no passado por vários usos, juntou-se ao debate. Com efeito, no passado 17 de Janeiro, o Exmo. Mario Dumont, chefe do partido da Acção Democrática do Quebeque, mostrou-se a favor do estabelecimento do CHUM no pátio de selecção de Outremont. Juntava-se então a várias personalidades de negócios, signatários, no 5 de Janeiro, de uma carta aberta que apoiava este projecto. Encontram-se os Exmos. Jean Coutu, Presidente do Conselho de administração do Groupe Jean Coutu, Marcel Dutil, Presidente do Conselho de administração do Groupe Canam Manac e Pierre Michaud, Presidente do Conselho de administração de Provigo. Estas pessoas apoiam que juntando um centro de pesquisa, de formação médica e de serviço de cuidados neste local que julgam óptimo, ao que a Universidade de Montreal propõe, para o Quebeque, um verdadeiro projecto estrutural na área das ciências da saúde. Alias, nós nos lembramos que o Exmo. Mario Dumont, durante a última campanha eleitoral, favorecia uma privatização dos cuidados de saúde. Porém, o sector L’Acadie-Beaumont, situado logo ao norte do pátio de selecção de Outremont, já abriga um importante centro privado de cuidados de saúde. No 23 de Janeiro, uma coligação de cidadãos, que organizava a sua primeira assembleia-geral, dizendo-se apoiada pelo «bom-senso», voltou a lançar o debate sobre a escolha do Hôtel-Dieu. Entre a dúzia de oradores que falaram e a dezena de médicos que endossam este local, temos o Exmo. Amir Khadir, porta-voz da União das forças progressistas (UFP) e membro da Coligação dos médicos para a justiça social. Ele nos concedeu amigavelmente uma entrevista. Desde já, Amir Khadir prefere o Hospital SaintLuc ao pátio de selecção de Outremont. Mas, se examinamos todos os sítios possíveis, ele prefere o Hôtel-Dieu. As razões invocadas por ele e por o Comité dos cidadãos para o estabelecimento do CHUM no local do Hôtel-Dieu, comité que reclama uma consulta pública sobre este assunto, são várias.

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Em primeiro, não haveria expropriações dispendiosas. As religiosas hospitalares de SaintJoseph desembaraçar-se-iam dos seus terrenos contíguos ao Hôtel-Dieu. Por outro lado, a reorganização do trevo des Pins, anunciado por a Cidade de Montreal, libertaria uma grande faixa de terreno que poderia juntar-se ao CHUM. Teríamos então um local quatro vezes maior do que o do Hospital Saint-Luc. O Hôtel-Dieu já dispõe dum terreno de estacionamento duma superfície não desprezável. As salas de emergência foram renovadas em 2001 e em 2002. Porém, seria necessário destruir dois pavilhões e os substituir por novos edifícios, mas os edifícios patrimoniais do complexo actual seriam preservados. As obras se terminariam em 2008. O novo hospital ocuparia todo o quadrilátero incluído entre a avenida des Pins, a avenida du Parc, a rua Duluth e a rua Saint-Urbain. Falou-se que não há estação de metro perto do Hôtel-Dieu, contrariamente aos quatro outros sítios considerados. Mas há cinco percursos de auto-

ções, deverão munir-se de mais uma isolação instalada debaixo de esses equipamentos. Porém, o custo de estes ajustamentos não apareceria em nenhuns documentos acessíveis ao público sobre a implantação do CHUM no pátio de selecção de Outremont. Também queremos assinalar que este mesmo caminho-de-ferro, no meio do litígio, ladeia ao sul a garagem da STM da rua Saint-Denis. Segundo os representantes do Comité dos cidadãos para os estabelecimento do CHUM no local do Hôtel-Dieu, o projecto do Hôtel-Dieu custaria de 200 a 300 milhões de dólares a menos que os outros dois principais concorrentes. E, segundo o Exmo. Sr. Khadir, não é um montante a desprezar porque serão os cidadãos, directamente ou indirectamente, que pouparão ou pagarão esta diferença de custos, dependendo da escolha definitiva. Ele vê, na promoção do local de Outremont, uma intervenção inaceitável da elite política e financeira que quer atrair lucros. Neste longo debate, o cidadão foi posto de lado. Ninguém desejaria que a decisão a favor

carros regulares, todos ligados ao metro, que passam pelo hospital ou poderiam facilmente ser desviados. Por outro lado, a escolha do Hôtel-Dieu não provocaria descontaminação dispendiosa, o que não é o caso para o local da garagem da STM da rua Saint-Denis. Se o novo hospital é construído no pátio de selecção de Outremont, terá que contar com o transporte, mesmo ao lado do complexo, de produtos químicos destinados para as fábricas de papel entre Quebeque e Gatineau, sem contar com as vibrações dos comboios circulando sobre os carris – a secção de caminhode-ferro que passa por Outremont sendo uma das mais ocupadas do Quebeque – nem com os campos magnéticos emitidos por o posto de transformação da Hydro-Québec situado logo ao norte. Por conseguinte, terá que isolar as fundações e o chão contra as vibrações. Além do mais, os vários equipamentos electrónicos de alta precisão, capazes de ser em afectados pelas vibra-

do local de Outremont se atrase para permitir melhor analisar a problemática, os riscos e os custos. Para o Exmo. Sr. Khadir o interesso dos pacientes é o que deve ser mais importante. Até hoje, vários leitores de jornais pronunciaram-se a favor do Hôtel-Dieu. Pois este estabelecimento já serve um grande número de pessoas. Ele é rodeado por bairros populosos ao sul, ao este, e ao norte onde se estende o bairro português. E os portugueses frequentam este estabelecimento. Quanto ao Exmo. Philippe Couillard, Ministro da Saúde, ele não tem a intenção de dar o braço a torcer aos promotores do local de Outremont e poderia demitir-se – é o que se dizia a semana passada. Segundo uma sondagem publicada no mês de Dezembro, o Exmo. Sr. Couillard seria o ministro mais popular do governo Charest. Para ele, não é uma opção apoiar um mega-projecto em que o quadro financeiro parece sem limites.


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Comunidade Amor e paixão na comunidade Sylvio Martins No sábado passado, a minha curiosidade levou-me a fazer uma visita a algumas colectividades na Comunidade de Montreal, para ver como festejavam o São Valentim. Como é normal, e como o tempo era escasso, não pude visitar todas as festas. Limitei-me a algumas, com a promessa que ná próxima oportunidade, visitarei outras. É nossa intenção dar a conhecer aos nossos leitores, não somentes as actividades dos clubes, mas também o modo como as pessoas festejam e se divertem.

Comecei por Anjou, onde a animação estava ao rubro, depois do jantar todos se divertiam alegremente ao som da música, e a alegria era contagiante. Como é evidente, não faltaram as rosas, que os cavalheiros ofereceram às suas damas. Em seguida, fui à Igreja StEnfant Jesus onde também havia muita animação, numa sala muito bem decorada, onde predominavam o vermelho e os motivos alusivos à São Valentim. As pessoas dançavam e conviviam numa bela mistura,

pois aí se encontravam pessoas das mais diversas culturas, pois além dos portugueses, havia muitos quebequenses, pessoas do Brasil, do Haiti e de outras nacionalidades, o que nos vem confirmar que o amor não conhece nacionalidades. Num gesto simbólico e muito apreciado, os homens ofereceram às suas amadas um cravo vermelho, o que eu penso, com certeza, se identifica mais aos portugueses. Resta-me desejar a todos que continuem a viver a São Valentim em todos os dias do ano, e que a magia do amor possa fazer milagres no mundo de hoje.

São Valentim na igreja St-Enfant Jesus

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Comunidade Festa de Nossa Senhora da Estrela

Luminosamente celebrada Texto e fotos de António Vallacorba

O Convívio dos Naturais do Concelho da Ribeira Grande (CNCRG) esteve em muita evidência no sábado transacto,

sob a regência de Filomena Amorim; fados, cantar às estrelas e um super-espectáculo protagonizado por Marc Dennis, constituiram momentos altos ao longo deste mui agradável serão. Foi, também, antevéspera do Dia dos Namorados (S. Valentim), razão pela qual a Direcção do CNCRG agraciou com flores todas as senhoras presentes no salão, exuberante de cor, luz festiva e no calor humano de alguns 500 convivas. Recorde-se que Nossa Senhora da Estrela é padroeira da

ragrandenses, foi confeccionado por José de Freitas, coadjuvado por um grupo de senhoras afectas ao CNCRG e servido pelo Grupo de Jovens em Acção, da Missão Santa Cruz. Luis Melo, tesoureiro do CNCRB e animador da Rádio Centre Ville, foi o apresentador do espectáculo, enchendo-o também de muito humor “picante”, como é do seu gosto. Dos Estados Unidos, deslocou-se expressamente o popular artista Marc Dennis, que cantou e “bailou” muitos dos seus já conhecidos êxitos, tais como: “Quem é Que Sou?”, “Linda Açoriana”, “Daddy”, “Varela” e o eterno “Verde e Vermelho”. suas interpretações de “Uma Guitarra a Chorar” e “Dá Tempo ao Tempo”

12 de Fevereiro, por ocasião da festa que realizou em honra de Nossa Senhora da Estrela, no subsolo da Igreja de Santa

cidade e concelho da Ribeira Grande, Ilha de S. Miguel. É a única localidade de Portugal que a tem por Orago. Já o era

Previamente no serão, Jordelina Benfeito voltou a deslumbrar. Acompanhada por António Moniz, à guitarra, e Libério

Cantar às Estrelas Num outro ponto alto desta festa, recordou-se ainda o cantar às estrelas. Assim o preceituam os mandamentos da lei da tradição do povo, os quais recomendam que todo o micaelense que se preza deve, na noite de 1 de Fevereiro, fazer-se rodear de uns tantos amigos, afinar as violas e pôr-se ao caminho, não só para entoar os seus cânticos em louvor das estrelas, mas, igualmente, para saudar amigos e parentes, numa missão de paz e harmonia. Esses “amigos” foram os improvisadores Manuel Luis, Manuel Fátima e José Agnelo, acompanhados pelos instrumentalistas José Andrade, António Sousa, Francisco Medeiros e João Fernandes. A expectativa era grande, quando Manuel Luis saudou os convivas: “Boa noite, toda a gente Viventos da luz do dia. A Estrela do Oriente Esteja em vossa companhia.” Respondeu o Manuel Fátima:

Cruz. Jantar-dançante, precedido de missa, presidida pelo padre José M. Cardoso, com acompanhamento pelo Coral do Senhor Santo Cristo dos Milagres,

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antes da criação do concelho, por carta de Foral de D. Manuel I, de 4 de Agosto de 1507, que elevou a povoação a Vila. O jantar deste doce recordar da devoção e tradições ribei-

Lopes, à viola, dela foram muito sentidas as rendições de “Maria Madalena”, “Conceição, Nome de Mãe” e “Mãos do Povo”. Outros sim, Nivéria Tomé esteve igualmente bem, nas

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“Ah, quem me dera vê-la, Senhoras e senhores, A Senhora das Estrelas Das 9 ilhas dos Açores!” Muito embora, num outro âmbito, a cantoria se houvesse prolongado por mais algum

tação (e animação) musical da discoteca J. G. Night Productions, que bastante contribuiu para o concorrido baile, sobretudo na parte final do espectáculo. O Convívio dos Naturais do

tempo, contudo foi o José Agnelo que anunciaria o término da mui agradável sessão, quando, e dirigindo-se à Senhora festejada, assim se expressou:

Concelho da Ribeira Grande – lembramos – é presidido pelo industrial da nossa praça, Ildeberto Silva, a quem felicitamos pelo bom resultado deste aprazível acontecimento. Dos demais membros da Direcção, Viriato Freire é o vice-presidente; Luis Melo, tesoureiro, e Moisés Machado, secretário, a par de vários directores e de outros dedicados colaboradores - cavalheiros e senhoras.

“Com amor e com carinho Só me resta dizer esta: Tu é que abriste o caminho P’ra todos virem p’ra festa.” Por último, merece uma palavra de muito apreço a orien-


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Vária Os prós e contras de Portugal Victor Hugo As tecnologias modernas, que em muito têm contribuído para melhorar a vida dos humanos, têm, o seu lado negativo. Os satélites e as comunicações, mostram-nos imagens do mundo que por vezes era preferível ignorar, como aconteceu com o Tsunami do 26 de Dezembro. A chegada da RTPI aos portugueses da diáspora tem permitido estar em contacto com Portugal, sentimo-nos mais próximos das nossas raízes, o que acentua a saudade e a nostalgia. Mas também nos mostra a realidade da caótica situação financeira em que o nosso país se encontra. Ao consultar a bola de cristal, verifiquei que a situação de muitos portugueses residentes em Portugal é pouco reluisante. Há crise, mas a maior crise é a das mentalidades que teimam em não mudar. Há mudanças que devem ser feitas, mesmo que para isso sejam necessários sacrifícios. Aproveitei este período de eleições, que serão de grande importância, para o futuro do país, para fazer a minha análise da situação. Como não podia deixar de ser a minha primeira escolha, recaiu na classe política, que será o grande responsável do futuro de Portugal. Poucos são os que vejo com coragem de dizer a verdade aos portugueses. Preocupam-se com a imagem, e o que querem, é o poder. Nos debates e no parlamento, são como as varinas, fazem acusações mutuas, ninguém escuta e só fazem promessas que sabem de antemão que não vão cumprir. As classes privilegiadas (os ricos) pensam só nos seus interesses, não pagam impostos, investem no estrangeiro, e que ninguém toque no sigilo bancário, nem nos sinais de riqueza. Os patrões e industriais pouco se preocupam com os empregados, recebem subsídios, mas em vez de investir na modernização, compram belas vivendas e Mercedes de luxo. Os sindicatos, reinvidicam melhorias, fazem greves, mas não têm em conta a realidade económica em que o pais se encontra. Os trabalhadores reclamam aumentos, melhorias e subsídios, mas não produzem, e conduzem muitas empresas à falência. Como é possível receber 14 meses e trabalhar 11, mais férias, pontes, feriados e ausências? Tudo somado, faz que sejam os que menos trabalham na Europa. Nos centros de saúde, para ter uma consulta, é preciso ter muita paciência e chegar umas horas antes. Para uma cirurgia no Hospital , esperam-se meses, até anos. É mais fácil ir a uma clínica privada, onde os médicos levam 50 ou 60 euros, limpinhos de impostos, pois não há recibos, e assim não dão trabalho ao fisco. A classe média está endividada, gastam acima dos rendimentos, o xique, é as férias no estrangeiro, ter carros de grande potência e roupas só de marca. Os funcionários, com

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ordenados superior à média, exigem aumentos, pois já há 3 anos que não são aumentados. O problema é que quando é preciso resolver um assunto, se não há padrinho ou gorjeta, a coisa complica-se. Nos últimos anos, assistimos ao esbanjar de muitas das nossas riquezas. A agricultura está na agonia. Os campos verdes, que eram o nosso orgulho, são campos abandonados e silvados. Existem excepções, como a barragem do Alqueva, onde a maioria dos terrenos foram vendidos aos espanhóis. As pescas, que faziam viver parte da nossa população, estão num estado lastimoso. Deramse subsídios para demolir as embarcações. Agora compram-se sardinhas da Espanha e bacalhau da Noruega. Das fábricas de conserva, restam uma dúzia, o resto são museus. A maioria das indústrias de lanifícios e calçado já fecharam, e o resto, para lá caminham. É mais lucrativo, comprar na China e na Europa de Leste, e pôr os nossos operários a viver do Fundo de Desemprego e da Assistência Social. A nossa justiça está ultrapassada; como os processos levam anos a resolver, dá tempo de ir para o estrangeiro, e até, ser candidato à política. O sistema de educação, é o que se viu no último ano. Coisa igual, só numa República de bananas. Somos os campeões da velocidade, e nas nossas estradas, muitos são os que deixam a vida. Somos os melhores da Europa na obesidade e os que menos exercícios físicos fazem. Nas nossas praias é um prazer ver as grandes barrigas. Como diz o ditado: “gordura é formosura”. Somos também os campeões da corrupção. Estávamos na cauda dos 15, e em breve seremos os últimos dos 25. Ainda vivemos com as leis de Salazar, como a lei do arrendamento. Mesmo se todos sabemos que inquilinos, que pagam 5 euros por mês, arrendam quartos por 150, e sem imposto. Como é possível, pessoas que têm grandes palácios, e não paguem um tostão de contribuição? As fugas aos impostos são tão evidentes, que será necessário fazer a revolução das rosas para acabar com esse mal. Não é admissível um tão grande desnível entre as reformas, quando muitas pessoas não recebem o suficiente para pagar os medicamentos. Deram umas migalhas aos militares do Ultramar, que esperaram 30 anos. Muitos já estão reformados, e outros já mortos, mas esqueceram-se de investir na formação dos jovens.

Fala-se muito em criar 150 mil empregos. Como é possível se não houver modernização, se não se apostar na produção e na especialização dos operários? Criar empregos nesta situação é uma verdadeira utopia. Até aqui o retrato tem sido muito negro, mas como sou um optimista por natureza, também encontrei muitas coisas boas em Portugal. O clima maravilhoso, o melhor da Europa, belas praias, lindas paisagens, grande riqueza de monumentos, a nossa gastronomia e o vinho fazem inveja aos estrangeiros. Temos belas auto estradas, onde se paga um balúrdio de portagens, numa viagem do Norte ao Sul, custa mais a portagem que a gasolina. Temos grandes jogadores de futebol, que exportamos. Temos lindos estádios, mas os clubes estão à beira da falência. Como somos todos doentes pelo futebol, é preferível construir estádios do hospitais. Temos N. Sra. De Fátima, a quem teremos de pedir ajuda para salvar Portugal. Não sou grande economista, mas suponho que as receitas do governo devem ser maiores do que as despesas. E isso será quase impossível, com um governo onde os que vivem às custa do estado são tantos como os que trabalham e pagam impostos. O futuro é bastante preocupante, durante vários anos vivemos à sombra da Comunidade Europeia, mas quando a torneira fechar, qual será a solução? Vamos vender o nosso património aos espanhóis, e aquilo que os Filipes não conseguiram fazer em 1640, é muito provável que “nuestros hermanos” o façam pelo poder económico e

que daqui a alguns anos, nós sejamos uma província espanhola. O comboio da modernização e da mudança de mentalidades chegou, mas nós não o apanhámos. Chegou o momento de arregaçar as mangas e encontrar as nossas próprias soluções. Como sou um Português fervoroso e orgulhoso, sonhei que depois do 25 de Abril, Portugal seria um país de liberdade e de justiça, onde todos pudessem viver duma forma digna e com um mínimo de conforto. Será que ainda é possível realizar esse sonho ? Nós temos boas qualidades, somos generosos, acolhedores, trabalhadores. A prova é os que foram para o estrangeiro, onde são considerados dos melhores. Há muita gente competente, grandes inteligências: quando houver mais generosidade, menos individualismo, com coragem, confiança e força de vontade, tenho esperança que podemos salvar o nosso belo cantinho do terramoto económico que por lá passou. Irei pedir à Nossa Senhora que enquanto for vivo, não tenha que falar Inglês ou castelhano em Portugal, e se mais nada se salvar, que nos reste a língua de Camões.

Leia e dilvulge

A Voz de Portugal

o seu jornal à quarta-feira

ASSUNTO: XII CURSO “AÇORES: À DESCOBERTA DAS RAÍZES” Pelo presente, vimos comunicar a V. Exa que a Direcção Regional das Comunidades realizará, de 7 a 17 de Maio inclusivé, do corrente ano, nas ilhas Terceira e Graciosa a 12a edição do curso “ AÇORES: À DESCOBERTA DAS RAÍZES”. Esta iniciativa destina-se, preferencialmente, a professores de História, Língua e Cultura Portuguesas e a animadores culturais em efectividade de funções há, pelo menos, 3 anos consecutivos, em estabelecimentos de ensino e/ou associações com estatutos próprios e tem como objectivos o contacto directo dos seus participantes com a Região Autónoma dos Açores, por forma a dar-lhes a conhecer a sua realidade geo-sócio-cultural e política e a sensibilizá-los para os valores patrimoniais da sua terra de origem. Assim enviamos em anexo uma ficha de inscrição bem como o regulamento do supracitado curso (documentos que deverão ser policopiados e entregues a eventuais interessados) e solicitamos a prestimosa colaboração de V. Exa no sentido de se dignar, na medida das suas possibilidades, fazer a divulgação desta iniciativa. Chamamos a atenção para o período de inscriç ão de candidatos que se inicia a 30 de Janeiro e termina a 25 de Fevereiro p.f.. Agradecendo a colaboração que, certamente, nos dispensará, apresentamos os nossos melhores cumprimentos. A DIRECTORA REGIONAL ALZIRA MARIA SERPA SILVA

REGULAMENTO 1 - O XII Curso “Açores: À Descoberta das Raízes” é patrocinado e organizado pela Direcção Regional das Comunidades, do Governo Regional dos Açores, e realizar-se-á, nas ilhas Terceira e Graciosa, entre os dias 7 e 17 de Maio de 2005, inclusivé. 2 - O Curso tem como objectivos: o contacto directo dos seus participantes com a Região Autónoma dos Açores, proporcionando-lhes um olhar sobre a sua actual realidade social, cultural e política e a sensibilizá-los para os valores patrimoniais da sua terra de origem. 3 - Servirão de base à concretização dos objectivos propostos as seguintes áreas de trabalho: Perspectiva Histórica dos Açores, Instituições Autonómicas Regionais, Património Natural e Defesa do Ambiente, A Economia e a Sociedade Açorianas na Época Contemporânea, Arquitectura Popular dos Açores, Os Nomes da Nossa Gente, Sismologia nos Açores, Folclore, Festas Populares e o Culto ao Divino Espírito Santo, entre outras. 4 - Destina-se, preferencialmente, a professores de História, de Língua e Cultura Portuguesas, animadores culturais, pesquisadores e investigadores da temática açoriana, em efectividade de funções, há pelo menos três anos consecutivos, em estabelecimentos de ensino e/ou associações com estatutos próprios. 5 - Aos participantes será assegurado alojamento gratuito, em quarto duplo ou triplo, bem como as refeições constantes do programa durante o período de realização do curso. Ser-lhes-á também garantido o pagamento de 50% do custo das passagens aéreas, percentagem calculada com base na tarifa mais económica para percurso utilizado, que deverá ser sempre o mais directo. Qualquer alteração no percurso das viagens e custos adicionais será da inteira responsabilidade dos participantes bem como outras despesas para além das indicadas (telefone, internet, serviço de bar, serviço de quartos, lavandaria, táxis, excesso de bagagem e outras). NOTA: Dados os condicionalismos de alojamento garantido pela organização, no é permitido aos participantes desta acção trazerem acompanhantes.

6 - O prazo para a apresentação dos boletins de candidatura decorrerá de 30 de Janeiro e 25 de Fevereiro p.f., devendo os interessados remeter a sua inscrição pelo correio directamente para: Direcção Regional das Comunidades Rua do Palácio, S/N 9700 143 Angra do Heroísmo Ilha Terceira, Açores, Portugal tels.: 295 21 61 37/295 21 58 26, ou para o fax: (351) 295 21 48 67. 7 - A Direcção Regional das Comunidades fará a selecção dos candidatos e comunica-la-á aos interessados no mais curto espaço de tempo possível. 8 - Na análise que vier a ser feita aos dados fornecidos por cada candidato, serão considerados como condições de preferência: - Interesse comunitário de projecto em que está envolvido; - Representatividade da organização em que está envolvido (no de associados ou alunos,participação em actividades comunitárias) - “Curriculum” e apresentação de documentos comprovativos, passados pelas entidades competentes da sua actividade em eventos comunitários de natureza sócio-cultural; - A área de residência do candidato, devendo privilegiar-se, em caso de grande número de candidaturas, as comunidades mais isoladas e/ou menos apoiadas; - Não terem participado, em Portugal, em acções de formação, nos últimos 5 anos. 9 - Como contrapartida à participação dos seleccionados será requerido a cada um, um relatório de actividades desenvolvidas na Comunidade de onde provem, no prazo de seis meses, após o terminus do curso. 10 - Aos participantes seleccionados recomenda-se que se façam acompanhar do seu seguro de saúde ou de outro meio que os ponham ao abrigo de situações de doença, acidente ou similares, uma vez que a organização não se responsabilizará pelo pagamento de despesas médicas e/ou hospitalares. NOTA: O INCUMPRIMENTO DESTE REGULAMENTO OU A INDICAÇÃO DE DADOS PESSOAIS OU CURRICULARES INCORRECTOS, CONDICIONARÁ FUTURAS PARTICIPAÇÕES EM ACÇÕES OU EVENTOS DE NATUREZA IDÊNTICA A PROMOVER POR ESTA DIRECÇÃO REGIONAL. A DIRECTORA REGIONAL DAS COMUNIDADES ALZIRA MARIA SERPA SILVA

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Alma juvenil Símbolos dos Açores

Anedotas Uma telefonista do 112 atendeu o telefone: - Por favor, mandem alguém cá depressa, entrou um gato em casa, é urgente!!!! - Mas... o quê???... um gato em casa??? - Um gato!!! Ele invadiu a minha casa e está a caminhar na minha direcção!!! - Mas... o que é isto??? Quem está a falar???? - O papagaio, estúpido!!!!!!

2. É constituído por três círculos concêntricos. 3. No p rimeiro círculo tem a legenda REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES e o escudo nacional. 4. No segundo círculo tem a identificação do órgão ou serviço que o utilize. 5. No centro tem um açor estendido, carregado com nove estrelas de cinco raios.

P: Sabem como se chama o avô das Spice Girls? R: Old Spice. Tácalado, foi anadar de mota com a sua mulher que se chamava Graça. Até que encontraram o polícia. Ele manda-os parar e diz-lhes: - Vou multá-los por não trazerem capacete. Diga-me o seu nome. - Tácalado. - Mau diga-me lá o seu nome. - Tácalado, já lhe disse. - Onde está a graça? - Está aqui atrás!! P: O que é um pontinho roxo na salada? R: Uma ervilha a prender a respiração. Durante a missa, conversa entre o Padre e o Sacristão: P: Sacristão, onde é que está a Custódia? S: Está ali sentada na primeira fila, senhor padre. P: Não é essa. É aquela onde o senhor se põe! S: Ah, pensei que era aquela onde o senhor se põe! Máxima filosófica: Há duas palavras que abrem muitas portas: Puxe e Empurre.

Hino dos Açores Deram frutos a fé e a firmeza no esplendor de um cântico novo: os Açores são a nossa certeza de traçar a glória de um povo. Para a frente! Em comunhão, pela nossa autonomia. Liberdade, justiça e razão estão acesas no alto clarão da bandeira que nos guia. Para a frente! Lutar, batalhar pelo passado imortal. No futuro a luz semear, de um povo triunfal.

Para a frente, Açorianos! Pela paz, à terra unida. Largos voos, com ardor, firmamos, para que mais floresçam os ramos

Top música em Portugal

da vitória merecida. Para a frente! Lutar, batalhar pelo passado imortal. No futuro a luz semear, de um povo triunfal.

EZ Special

Driving you slow The Gift

Summer Love

Da Weasel

Posso contar a minha história, História que me dá para chorar.

“Não te afastes” grita o meu coração. Tristemente, sou eu que parto.

Magalenha Bellini

Sushi Samba

Nuvens e mar te cobrem Mas sempre te vejo por dentro. Sonhadora sou! Perdida nos meus pensamentos. Que fizeram de mim o que continuo sendo.

Ghetto

“Pequena ilha, imponente montanha, serena e vulcânica. Contraste de lava e vinhas abundantes

Living to love you

Testemunha que o teu coração de pedra não é feito. Nostálgica penso em ti.

Sarah Connor

Magnífica ilha, filha do Atlântico, Pico, Picarota, ilha dos Picoenses,

Oye mi canto

Onde florescem sem fim as tuas hortenses. Fiel, esperas os teus filhos imigrantes

N.O.R.E. and Daddy Yankee

Obsesion

Que longe de t i vivem em terras distantes. Fiel a ti, mãe Negra, Ao meu berço regressarei para sonhar de novo, Mas desta vez acordada.

Aventura

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Mais um sucesso na lista de Dakota Fanning A jovem actriz de 10 anos, é um prodígio da sétima arte. Começou a ler aos dois anos, aos cinco já entrava em comerciais televisivos e em 2001, com apenas sete anos teve a sua primeira grande oportunidade. Ao lado do veterano Sean Penn, protagonizou o drama I Am Sam, pelo qual foi nomeada para alguns prémios importantes. Esse sucesso abriu-lhe outras portas e a oportunidade de representar ao lado de nomes sonantes no mundo do cinema: em Trapped foi a filha raptada de Charlize Theron, em Uptown Girls a amiguinha séria de Brittany Murphy, em Man on Fire foi a protegida de Denzel Washington. Mais recentemente, em Hide and Seek, um thriller de arrepiar os cabelos, vai assustar Robert DeNiro, mais um pai na ficção. Dakota não vai parar por aqui, e 2005 começa em grande, ao lado de Tom Cruise, dirigida por Steven Spielberg, em War of The Worlds. Quando esta pequena grande actriz completar os 11 anos, no dia 23 de Fevereiro, depressa se vai esquecer da idade, uma vez mais, e regressar a Hollywood, onde já tem Glenn Close e Holly Hunter à espera para filmar o drama Nine Lives. Pequenina sim, mas imparável, esta Dakota ainda nos vai surpreender muito!

Por detrás do meu cabelo castanho, Escondo-me e miro o horizonte

Orange

Akon

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Maria Madalena Duarte Estudante na Universidade de Montreal

Coraç ão vazio, de olhos negros lacrimosos Reflectindo a minha ilha de pedra preta que tanto amo.

Força

Depois de rumores e falsas noticias parece certo o regresso de Bruce Willis como John Mclane! Depois de muita e intensa especulação sobre o regresso de Bruce Willis no papel do policia Jonh Mclane, parece que é seguro afirmar que Die Hard 4.o (o até agora nome de código) irá ver a luz do dia. Segundo uma entrevista dada pelo proprio Bruce Willis aquando a estreia do seu mais recente filme “Hostage”, o quarto episodio da saga do policia nova-iorquino está a ser escrita neste preciso momento e se tudo correr como previsto, as filmagens irão ter lugar na Costa Este dos Estados Unidos ainda durante este Outono. Por isso, alegremse os fãs do genero e agora só resta mesmo... esperar!

War of the Worlds

Auto-Retrato

Sonhadora Negra

Remember

Die Hard 4 avança para pré-produção!!

De um d estino com brio alcançado colheremos mais frutos e flores; porque é esse o sentido sagrado das estrelas que coroam os Açores.

Era um homem tão pequeno, tão pequeno que em vez de apanhar o metro apanhava o milímetro.

My explanation

Cinemania

Selo 1.O selo tem a forma circular.

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Vária SÃO -VALENTIM... (CORAÇÃO DE CRIANÇA)

Como tinha dito a semana passada, que tería, uma sur-

Elisa Rodrigues presa ainda mais docinha, penso que não me enganei, pois, com esta mensagem bem doce e cheia de carinho, elaborada por doze crianças da nossa comunidade, com os corações repletos de amor, entre os sete e os doze anos de idade, vejam só; como é fácil, com uma ou duas frases ou um só desenho, dizermos muitas vezes, o que pensamos e o que sentimos.

Armas nucleares para defesa A Coreia do Norte anunciou que suspendeu, por tempo indefinido, a participação nas conversações sobre o seu programa nuclear. O regime de Pyong Yang admitiu também, pela primeira vez, que tem armas nucleares e que, inclusive, vai reforçar o seu arsenal. As Nações Unidas e os países que integram as negociações já reagiram, pedindo precisamente o retomar à via diplomática para o desarmamento. Um comunicado do ministro dos Negócios Estrangeiros norte-coreano justifica a decisão com a ”política hostil dos EUA” contra o país. ”Não há qualquer razão para participarmos nas conversações, dado que a Administração de Bush

pelo nosso povo”, acrescenta o comunicado. Coreia do Norte cada vez mais isolada Os EUA, China, Coreia do Sul, Japão e a Rússia já participaram em três rondas de negociações com a Coreia do Norte, desde Agosto de 2003, para resolver a questão do programa nuclear, e têm tentado continuar o relacionamento diplomático. Na reacção ao comunicado norte-coreano, a vizinha Coreia do Sul manifestou ”o seu profundo pesar” pela decisão. Um porta-voz do governo sul-coreano mostrou também preocupação pelo anúncio da posse de armas nucleares. China e Japão também lamentam a atitude da Coreia do Norte. Ainda assim, o primeiro-ministro nipónico,

apelidou a República Popular Democrática da Coreira (RPDC), uma parceira dos diálogos, de ‘um posto de tirania’”, refere a nota. ”Queríamos conversações entre as seis partes, mas somos obrigados a suspender a nossa participação durante um período indefinido, até verificarmos haver uma razão para a nossa participação e existirem condições e ambiente para esperar resultados positivos dessas conversações”. A Coreia do Noite acusa os Estados Unidos de tentar derrubar o seu regime ”a todo o custo, ameaçando-a com uma acção nuclear”. ”Isso obriga-nos a tomar a decisão de aumentar o nosso arsenal nuclear, a fim de proteger a nossa ideologia, o nosso sistema, a nossa liberdade e a democracia escolhida

Junichiro Koizumi, afirmou que é necessário confirmar as ”verdadeiras intenções” de Pyong Yang, uma vez que ”não é a primeira vez que fazem comunicados desta ordem”. De visita ao Luxemburgo, a secretária de Estado norte-americana considerou que a saída da Coreia da Norte das negociações só contribui para o seu isolamento face à comunidade internacional. ”O próprio Presidente dos EUA já disse aos norte-coreanos que os Estados Unidos não têm intenções de atacar ou invadir a Coreia do Norte, já foi dito aos nortecoreanos que têm garantias de segurança numa base multilateral”, desde que concordem com o desmantelamento dos programas de armas nucleares, referiu Condoleezza Rice.

A Voz de Portugal na Internet www. avozdeportugal.com

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4231, Boul. St-Laurent Montreal Qc. H2W 1Z4 Tel.: (514)284-1813 Fax: (514)284-6150

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AGENDA COMUNITÁRIA Igreja St-Enfant-Jesus Realizar-se-á no salão da Igreja St-Enfant-Jesus (5035 rua StDominique), no dia 5 de Março, pelas 19h00, um jantar dançante, animado pelo con-junto Joe & Duarte e D.J. Jeff, J.G. Night Productions, para angariar fundos para a repa-ração da Igreja St-Vincent Ferrier. Para mais informações contactar: Sr. Padre Carlos Dias (514) 382-0128, Duarte Faria (514) 388-9152, Sílvio Machado (514) 594-1530 Padaria Lajeunesse (514) 272-0361

Sarau de poesia e música portuguesa dos Açores na Universidade de Montreal A Direcção Regional das Comunidades do Governo Regional dos Açores vai promover, em colaboração com os Estudos Portugueses do Departamento de Literaturas e Línguas Modernas da Faculdade de Artes e Ciências da Universidade de Montreal, no dia 24 de Fevereiro (quinta-feira), das 17h30 às 20 horas, na sala Z – 200 do Pavilhão ClaireMcNicoll (antigo Pavilhão Principal) da Universidade de Montreal, 2900, chemin de la tour- Edouard Montpetit, a sessão cultural mencionada em epígrafe, que pretende apresentar à comunidade universitária dois poetas açorianos, um a residir em Vancouver, Eduardo Bettencourt Pinto e, outro, Luísa Ribeiro que se desloca, expressamente, da Ilha Terceira, onde mora, para participar no evento. Comple-mentarmente, António Vallacorba e Joviano Vaz vão ler poemas seus. Esta iniciativa visa a promoção e difusão da poesia e música açorianas junto dos estudantes universitários dos Estudos Portugueses, em particular, e da comunidade luso-quebequense, em geral, apresentando-lhes um pouco da vasta criação literária, poética e musical da Região Autónoma dos Açores, dando-lhes, ao mesmo tempo, a conhecer a vida e os poemas destes escritores contemporâneos que irão apresentar-se em Montreal. É pois com todo o prazer que venho, por este meio, convidar Vª Ex.ª a estar presente na referida sessão cultural que conta ainda, complementarmente, com dois músicos locais: Luís Duarte e Rosie que animarão a parte musical com peças do repertório musical açoriano. Um Porto de Honra e petiscos típicos serão oferecidos pelo restaurante português Chez le portugais, do terceirense Henrique Laranjo. Na expectativa de podermos contar com V. Ex.ª na sessão cultural em apreço, apresento os meus melhores cumprimentos.


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Guia do Consumidor CÂMBIO DO DÓLAR CANADIANO EM PORTUGAL

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ASSOCIAÇÕES E CLUBES Ass. Angolana de Montreal 313-6465 Associação N. S. de Fátima(Laval) 681-0612 Associação Portuguesa do Canadá 844-2269 Associação Portuguesa do Espírito Santo 254-4647 Associação Portuguesa de Lasalle 366-6305 Associação Portuguesa de Ste-Thérèse 435-0301 Caixa de Economia dos Portugueses 842-8077 Casa dos Açores do Quebeque 388-4129 Centro de Ajuda à Família 982-0804 Centro Português de Referência 842-8045 Centro Comunitário do Espírito Santo 353-1550 Clube Oriental Português de Montreal 342-4373 Clube Portugal de Montreal 844-1406 Grupo Folclórico Campinos do Ribatejo 353-3577 Rancho Folclórico Verde Minho 768-7634 Ass.Port.West Island 684-0857 Português de Montreal 739-9322 Sporting Clube de Montreal 499-9420 Sport Montreal e Benfica 273-4389 IGREJAS Igreja Baptista Portuguesa Igreja Católica de Santa Cruz Igreja N. S. de Fátima de Laval Assembleia de Deus Centro Cristão da Família Igreja Nova Unção Igreja Cristã Vitoriosa

484-3795 844-1011 687-4035 583-0031 376-3210 593-9950 525-9575

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Os Amigos Quando as nossas assas Não saberão voar Os amigos são Anjos Que o céu nos vai enviar. Vindos para encorajar, Assim a todo o momento, Todos poderemos subir Lá alto no firmamento Amélia Oliveira Vaz

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2/15/2005, 6:08 PM

Deixa na dor seus filhos José (Natalina Pereira), João (Eduarda Cordeiro), Dimas (Graça Cepriano), mãe do já falecido Manuel; seus netos, suas irmães, assim como outros familiares e amigos.

O funeral teve lugar sábado, dia 12 de Fevereiro de 2005, na Missão Santa Cruz, seguindo depois o corteje fúnebre para o cemitério Près du Fleuve, onde foi a sepultar. A família vem por este meio, agradecer a todas as pessoas que se dignaram a tomar parte nas cerimónias fúnebres ou que, de qualquer forma, se lhes associaram na dor. A todos um sincero Obrigado e BemHajam.

2 o Ano de Saudade Miguel Rapso 24 Março de 1940 – 16 de Fevereiro de 2003

Tua alegria, tua bondade, tua grandesa d’alma tocaram as vidas de quantos te conhecerem e amaram. Para sempre estás nos nossos corações. Continua a velar por nós. Reposa em paz. Renovam profunda gratidão pelas presenças amigas na liturgia do 2o ano em sufrágio pela sua alma, que será celebrada hoje, 16 de Fevereiro de 2005, pelas 18h30, na Missão Santa Cruz. Agradecem antecipadamente a todas as pessoas que se dignarem assistir a este acto religioso.


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Vária

Desporto

A estrela da noite Fernando Correia Marques é o artista convidado para o 30º aniversário da Rádio CentreVille, no próximo sábado, 19 de Fevereiro. Depois da sua carreira de futebolista como guarda-redes, Fernando Correia Marques mudo de carreira, e deu um salto à música.

Ele viveu em Moçambique de 1957 a 1970 antes de regressar ao continente para estudar, jogar ao futebol e colaborar no mundo musical. Foi em 1979 que Fernando iniciou a sua carreira profissional. Em 1995, Fernando gravou com a editora “Espacial”. Após uma agenda preenchida, o cantor juntou-se com dois colegas (Nuno Delgado e Carlos Vidigal Jr.) para formar a NUCAFE, a primeira produtora de som e imagem num sistema de marketing integrado, apoiando todos aqueles que queiram

Maria Calisto caminhar pelos caminhos da música. Em 1980, lanço o seu primeiro disco “Melodia Sha-la-la”. De todo o seu grandioso repertório, não pudemos esquecer as canções “Burrito”, “A pulga e eu” e muito mais. Com 25 anos de carreira, Fernando Correia Marques subiu e construiu o seu próprio caminho, usando um estilo próprio e único. Por onde ele passa, deixa amigos e sucessos. Não gosta muito de falar de si mesmo, nem de dar entrevistas. Muitos dizem que ele é simples e é livre como a música. O Fernando Correia Marques parece um cantor divertido e talentoso. Então, não percam a oportunidade de ver o Fernando Correia Marques, com os vários outros artistas convidados.

Nome: Fernando António Correia Marques de Matos Nascimento: Nasceu no dia 18 de Outubro do ano 1954 em Coimbra Signo astrológico: Balança Pais: Filho do professor Marques de Matos e de Maria de Lurdes Pereira Correia Filhos: Axel, Guéu e Raffe

Liedson não ficou até final do jogo com o Rio Ave

Concurso de Adivinhas Soluções Nos nossos jornais de 19 e 26 de Janeiro e 2 de Fevereiro, publicámos as 12 adivinhas cuja solução a seguir indicamos: 123456-

A tesoura O foguete O ovo As telhas As horas O telefone

7- A cebola 8- O morango 9- O serrote 10- Os alhos 11- A língua 12- O sino

LIEDSON ficou marcado pelo episódio da grande penalidade que Sá Pinto marcou na sua vez e não viu o jogo com o Rio Ave até final. Depois do intervalo, o brasileiro tomou banho, esperou pelo sorteio do controlo anti-doping e foi para casa. É impossível determinar se Liedson faria golo na marcação do castigo máximo, mas o penalty ao Rio Ave pode ter decisão na atribuição da Bota de Ouro internacional ou da Bola de Prata. O melhor marcador do Sport- internacional, corrida onde ing e da SuperLiga, Liedson, Liedson segue bem colocado, não se treinou ontem mas será ou mesmo nas contas da Bola

Classificação: 11 respostas certas: Leontino Barreiros e Teresa Pereira; 10 respostas certas: Maria Bernardo, Isabel Simões, Jorge Couto da Silva; 9 respostas certas: Fátima Galvão, Hélia Martins e Teresa Castanha Mota; 7 respostas certas: Honorina Tavares Premiado Após sorteio entre os dois primeiros classificados, resultou vencedor Leontino Barreiros mas, muito amavelmente, a Discoteca Portuguesa oferece outro livro a Teresa Pereira.

As eleições, tão longe de nós Cont. da pág. 1 adjectivos são sensacionais. Até uma criança podia ter pensado em tais deploráveis slogans. Ao menos, aqui no Quebeque, o partido Liberal tinha uma “frase” mais interessante, “Estamos prontos” - mesmo se eles não estavam, é melhor que nada. Por outro lado, Paulo Portas (CDS-PP) aproveitou a última semana de campanha para almoçar com os militantes do partido, em Lisboa. Jerónimo de Sousa (CDU) manteve contactos com a população de

Santarém, seguindo depois para o Alentejo, e, Francisco Louça (Bloco de Esquerda)

rumou até à Madeira, em acções de campanha marcadas por palavras de optimismo. Este facto deve-se ao sentimento de justiça dos portugueses que «sabem e sentem que foi cometida uma injustiça com a dissolução da Assembleia da República». O Secretário Técnico dos Assuntos Para o Processo Eleitoral é a empresa que ocupa-se dos boletins de voto através do mundo e já foi enviado aos cidadãos portugueses através do mundo, mesmo aqui em Montreal já foram distribuídos os boletins pelo correio. As pessoas que são recenseadas podem votar fora do país. Então em vez de dizer “às urnas cidadãos” devemos dizer “ao correio cidadãos”. Para mais informações: stape.pt ou votoelectronico.pt. Vamos ver o desenvolvimento das eleições no dia 20 de Fevereiro e se as campanhas eleitorais portaram fruto aos partidos.

uma das opções de José Peseiro para o encontro com o Feyenoord que se realiza amanhã em Alvalade. Está tudo bem no plano físico, mas moralmente o brasileiro ficou um pouco por baixo depois de Sá Pinto lhe ter roubado a bola no momento da grande penalidade frente ao Rio Ave, que deu o segundo golo aos leões. Tanto assim foi que Liedson não assistiu ao jogo com os vilacondenses até final, depois de ter sido substituído ao intervalo, com a rendição a nada ter a ver com o caso, pois já estava planeada. O brasileiro tomou banho e logo depois de saber que não constava na lista de jogadores nomeados para o controlo anti-doping (sorteio realiza-se antes do final do jogo), foi para casa. A questão da grande penalidade ficou esclarecida após o regresso dos leões ao trabalho, Segunda de manhã, e se Liedson enfrenta agora a situação com tranquilidade, a quente, e no rescaldo imediato do jogo, ficou pensativo e perturbado com a cena. A grande penalidade apontada por Sá Pinto (não estava pré-designado para o fazer) pode não ter importância nenhuma na carreira do Sporting, mas poderá ter implicações na atribuição da Bota de Ouro

de Prata, onde aqui lidera com larga vantagem sobre Simão. Economia de esforço Para além deste episódio, o avançado brasileiro tem sido poupado tanto quanto possível: acabou tocado o jogo que o Sporting disputou na Madeira frente ao Marítimo, e na semana passada, praticamente não se treinou. Agora, e com o calendário a apertar com os jogos europeus, Liedson entrou, por indicação do departamento médico do Sporting, em gestão de esforço, facto que não o impedirá de alinhar de início frente aos holandeses. Segunda de manhã, na Academia de Alcochete, Liedson apenas realizou uma breve sessão de tratamento. No encontro com o Rio Ave, o brasileiro sentiu ainda algumas dores no joelho direito e, por precaução, e porque era o primeiro treino depois do jogo com os vilacondenses, os responsáveis leoninos optaram por poupá-lo ao trabalho de campo. Seja como for, a situação está a ser acompanhada com todos os cuidados pelo departamento médico. Ontem, antes do treino vespertino que se realizou em Alvalade, Liedson foi reavaliado.

Quem pode levar vantagem na luta pelo título? Treze jornadas para o final da época. Quatro líderes. F.C. Porto, Sporting, Benfica e Boavista (por esta ordem) seguem no patamar mais alto da Superliga. Todos com 38 pontos. É o campeonato mais equilibrado de sempre. Não há dúvidas. Mas também o mais nivelado por baixo - quem duvida? O equilíbrio dominante coloca um enorme ponto de interrogação sobre o nome do novo campeão. Ninguém arrisca prognósticos com a irregularidade dos três grandes e a irreverência dos pequenos. Os axadrezados continuam caladinhos no meio do barulho e o Sp. Braga observa o duelo pela frincha da porta. Está a um ponto do quarteto da frente. Bom, indo aos factos. O Boavista será a equipa com melhor calendário. Do ponto de vista teórico, claro. Melhor até do que a segunda volta da época do título (2000/01). Porque

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tem sete jogos em casa (como o Sporting), recebe os três grandes e o Sp. Braga. Se o factor casa for decisivo, os números até podem ser generosos para quem continua a assumir a Europa como objectivo. A deslocação a Guimarães será a mais difícil de todas. Há ainda uma viagem a Vila do Conde. E ponto final. E os outros? Tirando o Boavista, a confusão é enorme. A começar pelo Sporting. Tem sete jogos em casa (F.C. Porto e Benfica só têm seis), recebe o F.C. Porto, é verdade, mas as deslocações são difíceis. Muito difíceis, mesmo. Vai a Leiria, ao Restelo, ao Bessa, a Braga e à Luz. Duelos de coeficiente elevado e que são um duro teste à raiva do leão. Um duro teste para quem recuperou depois de um mau arranque de temporada. De Alvalade à Luz é um salto. Segue-se o Benfica. Dos quatro

da frente é o único que tem de ir à Madeira. Defronta o sempre difícil Nacional na Choupana e tem o peso dos números do outro lado do muro. Nas duas últimas épocas, perdeu. Também vai ao Dragão. Mais números: já não vence na casa do rival há 14 anos. Vai ao Bessa, claro, a Setúbal, onde terá pela frente uma equipa que pratica bom futebol. E joga ao ataque. Recebe o V. Guimarães e o Sporting. Mas o leão tem sido mais mordaz no reino da águia. Será difícil, claro. Por último o F.C. Porto. vai ao Restelo, a Alvalade, ao Bessa, a Vila do Conde e a Aveiro (aqui, precisamente aqui, não venceu nas últimas três épocas). Mas o dragão dá-se melhor com os ares distantes. Joga melhor fora. Vence mais jogos fora. E em casa? Em casa já perdeu 17 pontos e tem como brinde a recepção ao Benfica.


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Desporto Vencer tal e qual eu sou!

Quarteto na frente Mario Carvalho

Em pleno Inverno, nada melhor do que receber boas notícias para nos motivar e encorajar a ver a vida do lado positivo continuando a lutar pelos nossos objectivos, sonhos e ideais, e assim usufruir da felicidade, já que o frio intenso e a falta de sol nos levam à tristeza e depressão. Ao conhecimento da nomeação de José Mourinho como melhor treinador do mundo, senti um imenso orgulho em saber que tão prestigiada distinção era atribuída a um cidadão Português. Ser o melhor do mundo, entre centenas de milhares de treinadores espalhados por este mundo, é uma honra para todos nós, ver que um pequeno país como Portugal tem o melhor do mundo. José Mourinho, treinando a equipa do Chelsea da primeira liga Inglesa, ocupa o primeiro lugar desta liga, e pelo andar da carruagem, tudo leva a crer que vai ser campeão deste famoso campeonato. Mourinho é um treinador de raça, que acredita plenamente nas suas capacidades, mas sobretudo, é um líder e motivador capaz de transmitir a mensagem aos seus jogadores. Ele acredita e tem confiança nas suas capacidades. Com muito trabalho e dedicação, este treinador mostrou como jogar em equipa. Todo o seu trabalho e empenho à sua arte fazem dele -e daqueles que trabalham com eleverdadeiros vencedores. Ele é único, igual a ele próprio com aquele olhar arrogante. Não imita ninguém, somente procura referências, e não imitações. Para além de todas estas qualidades, uma das suas grandes capacidades é de saber escolher os seus jogadores, não procura vedetas que pensam ser mais importantes do que os outros, mas sim pequenos homens que um dia querem ser vencedores. Será que nós, Portugueses, reconhecemos o valor dos nossos campeões? Nem sempre nos orgulhamos daquilo que nos pertence, muitas vezes critica-se para derrubar aqueles que lutam pelos seus sonhos, nem sempre encorajamos os outros a continuar a trabalhar para o bem das pessoas e da sociedade que os rodeiam. Será que nós Portugueses somos orgulhosos das nossas famílias, dos nossos amigos, das nossas associações, órgãos de comunicação, empregados, ou até mesmo, dos nossos patrões. Será que fazemos o necessário para os ajudar a crescer e a serem cada vez melhores, para um dia virem a ser vencedores. Cada vez mais pergunto a mim mesmo se o leitor que lê aquilo que eu escrevo acredita e tem confiança na sua capacidade e força pessoal para vir a ser um vencedor, viver e ser feliz. O meu objectivo é que as pessoas tenham a noção que vencer é sobretudo realizar e fazer aquilo que mais gostamos, por amor depositamos toda a energia e empenho para conseguir realizar os nossos projectos de vida, se é que os temos. Só poderemos vencer sendo iguais a nós próprios, não nos devemos comparar ou tentar copiar quem quer que seja, uma copia nunca será tão perfeita como o original, cada um de nós é único na sua maneira

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de ser, cada pessoa tem suas qualidades e defeitos, e deve ter projectos e sonhos. Só nós é que podemos encontrar as soluções aos nossos problemas, todos nós podemos vencer tal e qual somos, vencer é ocupar o seu lugar e fazer o seu papel, dar o seu melhor em cada dia que passa. A nossa comunidade está repleta de vencedores, que muitas vezes, não se tem a coragem de reconhecer publicamente. Quantos são os nossos compatriotas que chegaram ao Canadá com uma mala de cartão numa mão e o terço na outra, pedindo a Deus que lhe concedesse a sorte de pagar as dividas e de retribuir ao seu dono aquela mala, que na maior parte das vezes, era emprestada ou então estava no rol das inúmeras dividas que havia obtido para poder chegar à terra do sonho prometido. Afinal não passava de um sonho, havia que arregaçar as mangas e acreditar em si, ter confiança nas suas capacidades, não literárias, mas de bom trabalhador. Hoje olhamos para estes pioneiros e ninguém lhes diz “Tu és um vencedor, tornaste o teu sonho em realidade, construíste o teu lar, pagaste as tuas dividas e hoje, vives bem”. Deu a possibilidade aos filhos de se instruírem, não tem diplomas, mas venceu. Foi um digno campeão mas para isso, foi necessário acreditar e ter confiança, mantendo-se sempre o mesmo, sem vaidades nem soberba. Todos nós podemos um dia vir a ser um Mourinho, se acreditar-mos nas nossas capacidades, sem ter que imitar quem quer que seja, acreditando no seu talento e força para vencer os momentos difíceis para poder alcançar a vitoria e ser campeão. Cada um de nós é importante naquilo que faz, independentemente da sua profissão ou arte, ao mesmo nível que necessitamos dum médico para a nossa saúde, ainda mais precisamos do camponês que cultiva o milho e o trigo que dá o pão para a nossa alimentação, que é necessária todos os dias, e o médico, só quando nos falta a saúde. Não se esqueçam de sorrir, mesmo quando o sol não brilha nas vossas vidas, porque um dia, as nuvens irão desaparecer para deixar o sol brilhar, o sol nasce todos os dias, mas são as nuvens cinzentas que aparecem nas nossas vidas, não o deixam brilhar, e tudo fazem para perturbar a nossa felicidade. Vamos vencer tal e qual nós somos!

Desta vez foi o FC Porto a não ser capaz de ganhar para ficar isolado no comando da SuperLiga, que agora tem uma lide-

Curiosidade Rio Ave (10) e Leiria (9) distraíram-se e deixaram o FC Porto aproximar-se perigosa-

rança repartida por quatro emblemas. Quando dependia de si próprio para deixar para trás a concorrência, os portistas voltaram a claudicar em casa, cedendo mais dois pontos (e vão 17 a voar no Dragão). Com início pouco mais de duas horas antes, o Sporting voltava a fazer mais um contorcionismo e esquecia o 0-3 da semana passada, no Marítimo, aplicando uma goledada por números que já pouco se usam ao Rio Ave, que na primeira volta tinha sido a besta negra dos grandes, ao empatar na Luz, no Dragão e em casa com o Sporting. Na véspera, Benfica e Braga - na casa do segundo mas com o primeiro em maioria nas bancadas - proporcionaram um espectáculo interessante e com alguns lances emotivos, mas nenhum deles foi capaz de dar o passo que pudesse fazer a diferença. Assim, do fim-desemana futebolístico fica como principal registo o festival de golos de Alvalade, bem como o grande jogo de bola a que se assistiu no Bessa, entre o candidato ao título Boavista (porque muito que o não queira ser...) e o aspirante a europeu Marítimo. Cinco golos e futebol de muita qualidade neste confronto que tem ajuste de contas breve (nos Barreiros para a Taça). Entre os que procuram fugir da zona das aflições há a registar a boa reacção do Penafiel aos últimos tropeções bem como a troca de posições entre o Moreirense e o Estoril, registando-se como nota positiva o triunfo da Académica, que volta a respirar depois do triunfo sobre o Nacional, pois qualquer outro resultado poderia ditar o fim da esperança coimbrã...

mente no ranking do rei dos empatas. Ao cederam a oitava divisão de pontos (quarta em casa), os portistas já apanharam o Moreirense no terceiro lugar do pódio. Será possível encontrar um campeonato mais atípico do que este?

2/15/2005, 6:08 PM


A VOZ DE PORTUGAL, 16 de Fevereiro de 2005 - Página

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Desporto Rep. Irlanda - Portugal, 1-0 Ricardo Costa e Manuel Fernandes certamente desejavam outra estreia, bem como Petit desejaria outro regresso ao palco onde se estreou pela Selecção Nacional. Portugal perdeu com a República da Irlanda por 1-0 em Dublin, mas pior do que isso foi o nível exibicional, muito abaixo do que os portugueses já fizeram anteriormente. Scolari colocou em campo o onze que tinha anunciado na véspera, com Caneira no centro da defesa ao lado de Jorge Andrade, Rogério Matias à esquerda, um meio-campo com Petit, Tiago e Deco, a suportar o ataque de Ronaldo, Pauleta e Simão.

A verdade é que o meio-campo português nunca conseguiu segurar as investidas dos irlandesas, rápidos na transposição defesa-ataque, e apostando na técnica de Damien Duff, o grande cérebro desta equipa. O jogador do Chelsea foi dos melhores em campo, e aproveitou o lado esquerdo português para desequilibrar. De resto, foi dos pés de Duff que surgiram as jogadas de maior perigo. Keane, Morrison e Reid deram o empenho necessário ao ataque da Irlanda, Portugal passou grande parte do primeiro tempo a tentar suster as investidas adversárias. Do outro lado, Ronaldo mostrou-se com falta de inspi-

ração, Simão foi uma sombra, Pauleta poucas oportunidades teve para fazer o golo, e as oportunidades de perigo surgiram, tímidas, através de remates de fora da área. Segunda metade ainda mais pobre do que a primeira O golo da Irlanda resultou de um pontapé de canto, muito bem aproveitado pelos altos defesas irlandesas, que foram à área portuguesa para fazer a diferença. Depois dos 20 minutos, Portugal tentou uma reacção ao golo, mas nem Petit, com um remate forte, nem Deco, nem Ronaldo conseguiram ser felizes. A segunda parte ficou marcada pelas estreias de Ricardo Costa e Manuel Fernandes, mas nem esse facto animou a equipa portuguesa, que pouco melhorou com as entradas de Hugo Viana, Nuno Gomes, Boa Morte e Fernando Meira. A Irlanda também mexeu, o jogo ficou mais duro e mais pobre. A equipa irlandesa ainda esteve mais perto de marcar o segundo, depois de Matias ter atirado ao poste de Ricardo num mau alívio, e Hugo Viana ainda deu sensação de empate para Portugal, num remate de fora da área. Mas o jogou acabou mesmo com a vitória da Irlanda, naquele que deverá ser um aviso para Portugal, tendo em vista o jogo do dia 30 de Março, com a Eslováquia, este sim, a sério.

Sporting vs Feyenoord:

Choque entre dois dos melhores ataques da Europa Sporting e Feyenoord, dois dos mais eficazes ataques da Europa, vão defrontar-se esta quarta-feira, no Estádio de Alvalade, na primeira mão dos 16 avos de final da Taça UEFA, num jogo em que certamente não faltarão golos. Os holandeses lideram mesmo a lista dos melhores ataques do velho continente com 57 golos marcados em 21 jornadas do campeonato holandês, com uma média de 2,71 golos por jogo, enquanto os leões ocupam a sexta posição da mesma lista com 46 golos marcados nas mesmas 21 jornadas, perfazendo uma média de 2,2 golos por jogo. Curiosamente, os dois clubes vão defrontar-se de barriga cheia depois de terem imposto goleadas nos respectivos campeonatos. O Sporting bateu o Rio Ave por 5-0, enquanto o Feyenoord aviou o Willem II com um categórico 7-0, incluindo um golo do português Bruno Basto. Enquanto no Sporting mais de metade dos golos têm o nome de Liedson (18 golos) e Hugo Viana (4), no Feyenoord a maior parte dos golos são assinados por Dirk Kuijt (19 golos) e Salomon Kalou (11). Os leões contam com os dois resultados mais expressivos da Superliga com as goleadas que impuseram ao Boavista (6-1) e Rio Ave (5-0). O Feyenoord, apesar de ser apenas quarto classificado, também conta com as maiores goleadas na presente época do campeonato holandês: 6-1 e 7-2 ao De Graafschap e outros 7-0, já referidos, sobre o Willem II.

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