Vol.8 Nº69 maio DE 2013
Director: Mário Carvalho
Recordações do Espírito Santo de 2012
Introdução sobre o Espírito Santo 2
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obre as origens do culto e dos rituais utilizados, pouco se sabe. A corrente dominante filia o culto açoriano ao Divino Espírito Santo nas celebrações introduzidas em Portugal pela Rainha Santa Isabel, que por sua vez as teria trazido do seu Aragão natal. De facto existem notícias seguras da existência do culto nos séculos XIV e XV em Portugal. O seu centro principal parece ter sido em torno de Tomar (a Festa dos Tabuleiros parece ter aí raiz), localidade que era sede do priorado da Ordem de Cristo, a que foi confiada a tutela espiritual das novas terras, incluindo dos Açores. Outro centro relevante foi Alenquer, localidade onde, nos primeiros anos do século XIV, a rainha Santa Isabel terá introduzido em Portugal a primeira celebração do Império do Divino Espírito Santo, provavelmente influenciada por franciscanos espiritualistas, que ali fundaram o primeiro convento franciscano em Portugal. Pelo menos assim reza um velho pergaminho franciscano depositado na Câmara Velha daquela vila estremenha. A partir dali o culto expandiuse, primeiro por Portugal (Aldeia Galega, na época Montes de Alenquer, Sintra, Tomar, Lisboa) e depois acompanhou os portugueses nos Descobrimentos. As novas colónias, de início subordinado directamente ao prior de Tomar, e depois ao arcebispado do Funchal e ao novo bispado de Angra, estavam sobre a orientação religiosa da Ordem, a quem competia a nomeação do clero e a supervisão do seu desenvolvimento religioso. Neste contexto, as referências ao culto do
Espírito Santo aparecem muito cedo e de forma generalizada em todo o arquipélago, já que Gaspar Frutuoso, escrevendo cerca de 150 anos após o início do povoamento, já o menciona, indicando ser comum a todas as ilhas. Tal expansão apenas seria possível se contasse com a tolerância, ou mesmo o incentivo, da Ordem de Cristo. Também as referências a festejos feitas nas Constituições Sinodais da Diocese de Angra, aprovadas em 1559 pelo bispo D. frei Jorge de Santiago, demonstram que naquela altura já eram matéria a merecer a atenção da autoridade episcopal. Tendo em conta que os povoadores vieram de múltiplas origens, desde o norte ao sul de Portugal, e ainda da Flandres e outras regiões europeias, o que aliás está bem patente na diversidade dos falares açorianos e das tradições e costumes das ilhas, e que excluindo a diocese, não existia no temporal qualquer forma de governo comum, a existência de um culto unificador, comum a todo o arquipélago, e com existência em fase tão precoce do povoamento, parece demonstrar que terá existido uma clara intenção e coordenação na sua introdução. Admitindo tal facto, não resta senão a presença franciscana como explicação para a propagação do culto e como veículo de introdução das doutrinas joaquimitas. A existência de Irmandades do Divino Espírito Santo é já generalizada no século XVI. O primeiro hospital criado nos Açores (1498), a cargo da Santa Casa da Misericórdia de Angra, recebe a designação, ainda hoje mantida, de Hospital do Santo Espírito. A distribuição de carne e os bodos eram também já comuns em meados do século XVI. E nesse mesmo século era celebrada a bordo das Naus do Brasil e das Armadas da India: em carta enviada para Itália desde Goa, o missionário jesuíta Fúlvio de Gregori, comunica o seguinte: Costumam os portugueses eleger um imperador pela festa de Pentecostes e assim aconteceu também nesta nau S. Francisco. Com efeito, elegeram um menino para imperador, na vigília de Pentecostes, no meio de grande aparato. Vestiram-no depois muito ricamente e puseram-lhe na cabeça a coroa imperial. Escolheram também fidalgos para seus criados e oficiais as ordens, de modo que o capitão foi nomeado mordomo da sua casa, outro fidalgo foi nomeado copeiro, enfim, cada um com o seu oficio, à disposição do imperador. Entraram nisto até os oficiais da nau, o mestre, o piloto, etc. Depois, no dia de Pentecostes (ou Páscoa do Espírito Santo), trajando todos a primor, fez-se um altar
na proa da nau, por ali haver mais espaço, com belos panos e prataria. Levaram, então, o imperador à missa, ao som de música, tambores e festa e ali ficou sentado numa cadeira de veludo com almofadas, de coroa na cabeça e ceptro na mão, cercado pela respectiva corte, ouvindose entretanto as salvas de artilharia. Comeram depois os cortesãos do imperador e, por fim, serviram toda a gente ali embarcada, à volta de trezentas pessoas. A partir daí, e particularmente após o início do século XVIII, o culto do Divino Espírito Santo assumese como um dos traços centrais da açorianidade, sendo o verdadeiro traço cultural unificador das populações das diversas ilhas. Com a imigração açoriana o culto é levado para o Brasil, onde já no século XVIII existia no Rio de Janeiro, na Baía e nas zonas de colonização açoriana de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Pernambuco. No século XIX é levado para o Hawaii, para o Massachussets e para a Califórnia. Hoje o culto açoriano do Divino Espírito Santo está em claro crescimento, tanto nos Açores como nas zonas de imigração açoriana, nomeadamente as costas leste e oeste dos Estados Unidos e a Província do Ontário, Canadá. Com o renascer da identidade açoriana no sul do Brasil, os festejos do Divino revigoraram-se também aí. A essência joaquinita dos Impérios do Divino Coroa, ceptro e orbe do Espírito Santo. A organização do culto, embora com pequenas variações entre ilhas, e particularmente entre estas e as comunidades de origem açoriana nas Américas, o culto
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assenta nas seguintes estruturas: A Irmandade — A irmandade constitui o núcleo organizacional do culto. É composta por irmãos, voluntariamente inscritos e consensualmente aceites, todos eles iguais em direitos e deveres. Embora haja notícia de antigas irmandades exclusivamente masculinas, desde há muito que homens e mulheres participam sem diferenças. O carácter igualitário das irmandades, condicente com a crença joaquimita, é bem patente, não sendo aceites diferenças por origem ou posses. Esta regra foi raramente violada, mas há notícia nalgumas ilhas de Impérios dos nobres (o mais conhecido e o único sobrevivente é o da Horta, hoje sob responsabilidade da Câmara Municipal) que apenas aceitavam irmãos provenientes da aristocracia local. As irmandades são de carácter territorial, constituindo-se como verdadeiras associações de vizinhos, agrupando famílias residentes numa mesma freguesia ou localidade, sem prejuízo de aceitarem irmãos residentes noutras localidades, desde que tenham vínculo de origem ou família à localidade onde se situa a irmandade. As irmandades têm um compromisso, mas em geral regem-se por regras consensuais, não escritas. Sempre que a diocese ou as autoridades civis tentaram intervir em matérias das irmandades depararam-se com enorme resistência e indignação, seguida de resistência passiva que impediu a interferência. O Império — Cada irmandade estrutura-se em torno de um Império do Divino Espírito Santo, normalmente um pequeno edifício com arquitectura distinta em torno do qual se realizam as actividades do cul-
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to. A arquitectura dos Impérios varia grandemente de ilha para ilha, variando desde um simples telheiro no tardoz das igrejas na ilha de Santa Maria até capelas vistosamente ornadas e encimadas pela coroa imperial na ilha Terceira. Aos impérios está normalmente associada uma dispensa ou copeira, espaço destinado ao armazenamento dos adereços utilizados, dos víveres e vitualhas e para confecção e distribuição das funções e demais refeições rituais. O aparecimento generalizado dos impérios como edifícios permanentes em alvenaria data última metade do século XIX, provavelmente em resultado do retorno de dinheiro dos emigrantes no Brasil e na Califórnia. Até ali o culto realizava-se em torno dos treatros (e não teatros!), palanques em madeira montados especificamente para a ocasião. Na diáspora açoriana, particularmente na Nova Inglaterra e no Canadá, para além dos pequenos impérios, são hoje comuns os grandes salões, onde as festas se realizam em ambiente fechado. O Mordomo — Para cada celebração os irmãos escolhem um irmão responsável que recebe a designação de mordomo. A escolha é normalmente feita pela retirada de pelouros, bilhetes em papel onde é inscrito um nome, enrolados e colocados num saco ou chapéu, de onde são retirados por uma criança. A maioria das irmandades admite a existência de mordomos voluntário, que se oferecem a realizar a festa em resultado do cumprimento de promessa feita para recebimento de uma especial graça do Divino Espírito Santo. Ao mordomo cabe coordenar a recolha de fundos para a festa e coordenar a sua realização, sendo para tal efeito considerado a autoridade suprema a que todos os irmãos estão obrigados a estrita obediência. No que respeita às crenças, que estão por detrás da organização acima descrita, elas entroncam directamente no joaquimismo. São elas: A esperança — os devotos esperam a chegada de um tempo novo onde todos os homens serão irmãos e onde o Espírito Santo será a fonte de todo o saber e de toda a ordem. A fé no Divino e nos seus sete dons — o Divino Espírito Santo está presente em todo o lado, tudo sabe e tudo vê, não havendo para ele segredos. As ofensas ao divino são punidas severamente (Diz-se: O Divino Espírito Santo é vingativo), não ficando impunes as promessas não cumpridas. Os Sete Dons do Espírito Santo (Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade e Temor) são a fonte de toda a virtude e de toda a sabedoria, devendo guiar os irmãos. O igualitarismo — todos os irmãos são iguais e todos podem ser mordomos, e todos podem ser coroados assumindo a função de imperador, merecendo igual respeito e obediência quando investidos dessa autoridade. É a expressão prática do igualitarismo joa-
quimita. A solidariedade e a caridade — na distribuição do bodo e das pensões, devem ser privilegiados os mais pobres para que todos possam igualmente festejar o Divino Espírito Santo. Todas as ofensas devem ser perdoadas para se ser digno de receber o Divino Espírito Santo. A autonomia face à Igreja — o culto do Divino Espírito Santo não depende da organização formal da igreja nem necessita da participação formal do clero. Não existem intermediários entre os devotos e o Divino. É clara a influência do pensamento joaquimita, preferindo a igreja mística à igreja formal. Os rituais do culto assentam num conjunto de objectos simbólicos e em cerimónias visando a representação directa das crenças subjacentes. São eles: A coroa, o ceptro e o orbe — são os símbolos mais importantes do Império do Divino Espírito Santo, assumindo o lugar central em todo o culto. A coroa é uma coroa imperial, em prata, normalmente com três braços, encimada por um orbe em prata dourada sobre o qual assenta uma pomba de asas estiradas. O tamanho da coroa varia, e em geral cada irmandade dispõe de uma coroa grande e duas mais pequenas. Cada coroa é completada com um ceptro em prata, encimado
por uma pomba de asas estiradas. A coroa é decorada com um laço de fita de seda branca, o mesmo acontecendo com o ceptro. Por vezes os braços da coroa são decorados com pequenos botões de flor de laranjeira em tecido branco. A coroa é colocada sobre uma bandeja de pé alto, também em prata. Simboliza o impé-
rio do Divino Espírito Santo e o seu poder universal. Para além de servir para coroar, é considerada uma honra, conferida pelo imperador, transportar a coroa e segurar a respectiva bandeja. Durante o ano as coroas circulam semanalmente entre as casas dos irmãos, que as colocam em lugar de honra, rezando e louvando o Divino, todas as noites, perante elas. As coroas são também transportadas pelos mordomos quando realizam peditórios. A bandeira — a bandeira é confeccionada em damasco vermelho vivo, normalmente de dupla face, de forma quadrangular, com 5 palmos de lado (embora existam bandeiras maiores e menores), sobre o centro da qual é bordada em relevo uma pomba branca da qual irradiam para baixo raios de luz em branco e fio de prata. A bandeira é colocada numa haste em madei-
ra com cerca de dois metros de comprido, encimada por uma pomba em prata ou latão. A bandeira acompanha a coroa e está sempre presente nas cerimónias litúrgicas onde se coroe. Uma bandeira menor é içada junto à casa do imperador durante a permanência das coroas. Junto aos impérios é hábito existir um grande mastro no qual é içada durante as cerimónias uma grande bandeira de tecido branco onde estão pintadas cenas alusivas ao culto. É considerada uma honra ser escolhido para levar a bandeira nos cortejos. O Hino — o Hino do Espírito Santo, composto em finais do século XIX para ser tocado pelas bandas e ser cantado durante as coroações, é o mais reverenciado de todos os hinos, sendo sempre escutado nos Açores com grande emoção e respeito. Alguns dos acordes estão patentes no Hino dos Açores.
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cortejos são acompanhadas por um número variável de varas em madeira polida (em geral 12), com cerca de 1,5 m de comprido, encimadas por um suporte no qual é possível colocar uma vela. Algumas varas são decoradas com fitas brancas e vermelhas. Notros casos são colocadas sete fitas, todas de cor diferente, representando os sete dons do Espírito Santo. Nas cerimónias de coroação, são colocadas velas que se acendem durante o acto. Nos cortejos as varas rodeiam as coroas, nalguns casos sendo seguradas por dois participantes e colocadas de forma a formar um quadrado em torno de cada coroa. Nalgumas irmandades existe uma vara extra, mais cumprida e sem suporte para vela, por vezes pintada de branco, que é entregue pelo imperador a uma pessoa que se responsabiliza por mater o cortejo em boa ordem. Esta vara é por vezes referida como o “enxota porcos”, talvez uma referência aos tempos em que os animais domésticos andavam pelas ruas e precisavam de ser afastados para o cortejo passar. O imperador escolhe para levar as varas pessoas, normalmente jovens, que deseje honrar. O cortejo, império ou mudança — no dia de Páscoa as coroas são transportadas para a igreja, fazendo-se no final da missa a primeira coroação, depois de coroado, o imperador parte para sua casa, acompanhado por um cortejo, acompanhado pelos irmãos, que é aberto pela bandeira e termina pelas coroados rodeados pelas varas. Atrás vai normalmente uma filarmónica que acompanha com música alegre o percurso. Chegados a casa do imperador, as coroas são colocada num trono armado em madeira revestida de papel branco e de flores, ficando em exposição toda a semana. Todas as noites, os vizinhos e convidados reúnem-se para um pequeno convívio, por vezes incluindo danças, que termina pela recitação do terço e de orações alusivas ao Divino Espírito Santo. No domingo seguinte, as coroas partem novamente em cortejo para a igreja, sendo recebidas à porta pelo pároco, que entoa o Magnificat. O processo repete-se até ao Domingo do Bodo (o sétimo após a Páscoa), e nalguns casos até ao 2.º Bodo (o Domingo da Trindade - 8.º após a Páscoa). Começa a ser comum fazer cortejos durante o Verão, normalmente associados a funções oferecidas por emigrantes em férias.
A coroação – a coração é feita após o termo da missa e consiste na colocação, pelo sacerdote, da coroa na cabeça do imperador ou das pessoas que ele designar, e na imposição do ceptro, que depois de beijada a pomba que o encima, é empunhado pelos coroados. Os fiéis assistem de pé à coroação, sendo por vezes As varas e as fitas — claramente inspiradas nas cantado o Hino. Depois da coroação, inicia-se o corteantigas varas municipais e dos juízes, as cerimónias e jo, sendo o imperador seguido até à porta pelo sacer-
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dote, que canta o Magnificat. O bodo — No 7.º domingo após a Páscoa (dia de Pentecostes) realiza-se o bodo. Nesse dia, o cortejo depois de sair da igreja dirige-se ao império, sendo as coroas e bandeiras aí colocadas em exposição. Frente ao império, em longos bancos corridos são colocadas as esmolas, que depois de abençoadas são distribuídas. Os irmãos recebem-nas e todas as pessoas que passam podem livremente servir-se de pão e vinho. No entretanto são arrematadas as oferendas, normalmente gado, alfenim e massa sovada. O bodo é organizado e gerido pelo mordomo e por quem ele designe. Terminado o bodo as coroas recolhem em cortejo a casa do mordomo. A segunda-feira imediata é o Dia dos Açores, ou dia da pombinha.
a celebração do Dia dos Açores e recepções protocolares. O recorde de participação numa função (cerca de 8 mil convivas) ocorreu na Rua de São Pedro, em Angra do Heroísmo, nas celebrações do 10 de Junho de 2000, com a presença do Presidente da República, do Primeiro-Ministro, do Presidente do Governo dos Açores e de todo o corpo diplomático acreditado em Portugal, entre outros convidados. A briança — é um cortejo em que o gado que vai ser abatido para o bodo ou arrematado é mostrado á comunidade, com flores de papel colorido coladas na pelagem e acompanhado por foliões ou cantadores de cantigas ao desafia. O cortejo para à porta de cada família que contribuiu, sendo então cantadas cantigas alusivas. Durante o percurso é tocada a briança (música tradicional para este evento) ou um pezinho adequado.
A esmola ou pensão — é constituída por uma porção de carne de vaca (de gado especialmente abatido Ceia dos criadores — são jantares organizados em para o efeito), por um pão de cabeça (ou pão do bodo), e por vinho de cheiro. É distribuída aos irmãos que as honra dos lavradores que contribuíram com gado ou das pessoas que deram ofertas relevantes à irmandade. pretenderem e às famílias mais necessitadas. Funciona como momento de recolha de fundos, sendo A função — é uma refeição ritual servida a um tradição em algumas ilhas convidar figuras ilustres as numeroso grupo de convidados por um dos irmãos, política ou da vida social local. normalmente em resultado de um voto ou promessa. Os foliões — são pequenos grupos de até 5 pesA refeição consiste de “sopa do Espírito Santo” (pão seco que depois é recoberto com água de cozer carne, soas, os Foliões do Divino, que, com as suas cantigas, temperada com hortelã e outros condimentos), o cozi- acompanhadas por tamborete e címbalos, participam do de carne, pão de água, a massa sovada (um pão de da preparação das Festas do Divino, visitando as casas massa doce e rico em ovos) e arroz doce polvilhado dos irmãos, cantando os feitos e os poderes do Divino com canela. Na Terceira é por vezes incluída a alcatra, Espírito Santo, recolhendo donativos e marcando os um prato de carne cozinhada em vinho num alguidar rituais da distribuição do bodo ou da função. Na ilha de barro. A função simboliza a partilha e é servida na de Santa Maria e no lugar da Beira, ilha de São Jorge, presença das coroas e da bandeira, sendo acompanha- sobrevivem rituais extremamente complexos, autêntida por cantigas alusivas ao Império do Divino Espírito ca liturgia do culto do Espírito Santo, que já desapareSanto, normalmente cantadas por foliões. As funções ceram nas outras ilhas. são hoje servidas em contextos cerimoniais, como seja
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EspĂrito Santo de Hochelaga 2012
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Salve Rainha Salve, Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós brandamos os degradados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando Neste vale de lágrimas. Eia pois, advogada nossa, Esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, E depois deste desterro mostrai-nos Jesus, Bendito fruto de vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria. Rogais por nós Santa Mãe de Deus. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amen Jesus.
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Senhor Eu Vou-Me Embora
Refrão Senhor eu vou-me embora Comigo vais também A minha vida agora Maior sentido tem 1º: Senhor eu aprendi Como se deve amar Sem reservar para si Quanto se deve dar Foi a lição que eu vi Foi a lição que eu vi Foi a lição que eu vi Foi a lição do altar 2º: Amigo é quem dá Sua vida pelo irmão Doutrina forte há A que se dá ao Cristão Mas não caminha só Mas não caminha só Mas não caminha só Quem como deste pão
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EspĂrito Santo de Santa Cruz 2012
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Cantai, o Senhor é Bom
Refrão CANTAI, O SENHOR E BOM, CANTAI, O SENHOR É BOM, NAS TREVAS BRILHOU SUA LUZ. CANTAI, O SENHOR É BOM, CANTAI, O SENHOR É BOM, A VIDA NOS DEU EM JESUS. O reino chegou, o reino chegou Ao meu coração. Jesus me salvou, Jesus me salvou, deu-me o Seu perdão. É bela a notícia, é bela a notícia que Jesus me traz. Estou perdoado, estou perdoado, tenho a Sua paz. O Pai nos reune, o Pai nos reune, de nós faz um povo. Por Cristo nos dá, por Cristo nos dá um coração novo.
Cristo é a Verdade, Cristo é a Verdade e vem construir um reino mais justo, um reino mais justo em fraternidade.
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Deixa A Luz Do Céu Entrar Tu anseias, eu bem sei, a salvação, Teu desejo de banir a escuridão, Abre pois de par em par, teu coração, E deixa a luz do céu entrar!
Refrão: Deixa a Luz do céu entrar (2x) Abre bem as portas do teu coração! E deixa a luz do céu entrar
Cristo, a luz do céu, em ti quer habitar, Para as trevas do pecado dissipar. Teu caminho e coração iluminar, E deixa a luz do céu entrar!
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EspĂrito Santo de Laval 2012
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O Anjos, Cantai Comigo Refrão
Ó ANJOS, CANTAI COMIGO
Ó ANJOS, LOUVAI SEM FIM.
DAR GRAÇAS EU NAO CONSIGO
Ó ANJOS, DAI-AS POR MIM. Ó Jesus, que amor tão terno, Ó Jesus, que amor é o Teu: Deixas o Trono supremo, Vens fazer da terra o céu. Canta serena minh’alma, Bela jóia em ti reluz. Já colheste a rica palma Já desceu a ti Jesus.
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Senhora Nossa Senhora nossa, Senhora minha, Vida, esperança, clemência e luz. SALVÉ RAINHA, SALVÉ RAINHA! SENHORA MINHA, MÃE DE JESUS! Virgem das Dores, da Conceição, Dos pecadores, tem compaixão. Virgem das Graças, Medianeira Dos portugueses, sois padroeira. Nossa Senhora de Portugal, Vinde livrar-nos de todo o mal.
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Hino do Espírito Santo
1. Alva Pomba, que meiga aparecestes, Ao Messias no rio Jordão, Estendei vossas asas celestes Sobre os povos do orbe cristão! REFRÃO Vinde, Vinde, entre nuvens de glória, Entre os anjos e bênçãos de amor! Entre os cantos de eterna vitória, Qu’os rubins vos elevam, Senhor.(bis 2x)
2. Quem aos pobres seus braços estende, Quem lhes veste seus ombros tão nus, Faz o bem que, por tudo, só tende Para a glória e honra da cruz.
3. Ofertai caridosas oferendas, Ofertai-as em nome de Deus! Colhereis, lá, um dia, mil prendas, Quando entrardes no reino dos céus.
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EspĂrito Santo de Anjou 2012
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Lenta e Calme Lenta e calma sobre a terra desce a noite e foge a luz. Quero agora despedir-me: obrigado, bom Jesus! Ó Senhor, dai-nos a bênção e do mal que nos seduz, a meus pais e a mim guardai-me. Boa noite, bom Jesus! A teus pés, o Virgem pura peço a bênção maternal. Boa noite, Mãe querida, boa noite, meu Jesus.
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Espirito Santo de West Island 2012
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Queremos Deus Homens Ingratos
Queremos Deus, homens ingratos Ao Pai supremo, ao Redentor Zombam da fé, os insensatos Erguem-se em vão contra o Senhor. Queremos Deus, um povo aflito Ó doce Mãe vem repetir a vossos pés d’alma este grito, Que aos pés de Deus fareis subir.
DA NOSSA FÉ Ó VIRGEM O BRADO ABENCOAI; QUEREMOS DEUS, QUE É NOSSO REI QUEREMOS DEUS QUE É NOSSO PAI Queremos Deus e a sã doutrina, Que nos legou na cruz, Que leva à escola e à oficina A lei de Cristo, amor e luz Queremos Deus na pátria amada amar-nos todos como irmãos e ver a Igreja respeitada são, nossos votos de cristãos.
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Espirito Santo de Ste-Thérèse 2012
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Vinde Espírito Santo Enchei o coração dos vossos fiéis E acendei neles o fogo do vosso amor. Divino Espírito Santo Nós te confiamos a nossa família Fazei que sejamos unidos no amor. Nós te confiamos os nossos amigos Que eles sintam a tua presença salvadora. Nós te confiamos os nossos vizinhos Que nós nos esforcemos por viver em paz. Nós te confiamos a nossa comunidade Dá-nos a graça da comunhão. Vinde Espírito Santo Enchei o nosso coração com O fogo do vosso amor. E renovaremos a face da terra. AMEN.
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Espírito Santo Espírito Santo está passando por aqui (x2) Quando ele passa tudo se renova A tristeza vai, e alegria vem! Quando ele passa tudo se renova A alegria vem, vem p’ra ti, p’ra mim também. O Amor está passando por aqui (x2) Quando ele passa tudo se renova A tristeza vai, e alegria vem! Quando ele passa tudo se renova A alegria vem, vem p’ra ti, p’ra mim também. A Amizade está passando por aqui (x2) Quando ela passa tudo se renova A tristeza vai, e alegria vem! Quando ele passa tudo se renova A alegria vem vem p’ra ti , p’ra mim também . A Alegria está passando por aqui (x2) Quando ela passa tudo se renova A tristeza vai, e alegria vem! Quando ele passa tudo se renova A alegria vem, vem p’ra ti, p’ra mim também. O Perdao está passando por aqui (x2) Quando ele passa tudo se renova A tristeza vai, e alegria vem! Quando ele passa tudo se renova A alegria vem, vem p’ra ti, p’ra mim também. Espírito Santo está passando por aqui (x2) Quando ele passa tudo se renova A tristeza vai, e alegria vem! Quando ele passa tudo se renova A alegria vem, vem p’ra ti, p’ra mim também.
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Espirito Santo de Blainville 2012
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