Zorn Warriors 2 - Kidnapping Casey [Sequestro de Casey] - Laurann Dohner

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Série Guerreiros de Zorn

02— O Sequestro de Casey

DISPONIBILIZAÇÃO: SORYU. TRADUÇÃO: SUSANA. EQUIPE DE REVISÃO: YASMIM, RUTE GONTIJO, SOO JEONG. REVISÃO FINAL: KINHA. LEITURA FINAL E FORMATAÇÃO: KINHA.


RESUMO Tudo o que Casey queria era evitar ser presa pelas falsas acusações de seu persistente ex-namorado. Correr pelo bosque para escapar dos dois policiais parecera um excelente plano até que a apanharam. Pensando que tudo tinha terminado, esperava ouvir o barulho das algemas, mas em vez disso, o que escutou foi um rugido. Um homem enorme, alto e musculoso veio para salvá-la. Ela estava sendo resgatada pelo "Pé Grande" e ele era a coisa mais sexy que já tinha visto. A atração entre eles foi instantânea e depois de passar algum tempo juntos, Casey queria leva-lo para casa e ficar com ele. Mas havia alguns problemas com esse plano. Ele não era a criatura legendária, e definitivamente não era humano. Argernon era um guerreiro Zorn. Embora tivessem um objetivo em comum: ele também queria leva-la para casa e mantê-la. Só que em outro planeta

INFORMAÇÃO DA SÉRIE: 01 – A Mulher de Ral – Distribuído 02 – O Sequestro de Casey – Distribuído 03— Tentando Rever– Leitura Final 04— A Promessa de Berrr – Revisão Final


Capítulo Um.

— De jeito nenhum. — Casey olhou os dois policiais parados junto ao seu carro. — Dom pode ir para o inferno. Ben Harst suspirou. — Depois da semana passada conhece o procedimento, Casey. Não oponha resistência. Dom só quer falar com você, não há razão para se preocupar. Não queremos ter que imobilizá-la para te levar à cidade algemada, outra vez. — O homem se afastou da viatura de patrulha, que bloqueava seu carro no meio-fio, olhando para Casey em seu alpendre. — Só venha, pacificamente, conosco. Greg Barrow assentiu solenemente. — Dom não lhe fará mal. Terminou com Donna e só quer falar com você. Isso é tudo. O medo subiu pela coluna vertebral de Casey. Donald Hass era o xerife da cidade, com quem tinha rompido há seis meses quando descobriu que a tinha enganado. Na semana anterior tinha mandado seus policiais prendê-la. Dom quase a tinha violentado quando lhe disse que não voltaria para ele. Se ela não tivesse gritado para chamar a atenção, não tinha dúvidas de que ele não se deteria. Dom não ia pôr as mãos em cima dela outra vez. O sujeito estava louco. — Deixem-me em paz. Sabem que ele me atacou. Diabos, Ben. — Seu olhar se fixou nele. — Você correu para seu escritório quando gritei. Ele tinha me imobilizado sobre a mesa com minhas mãos algemadas nas costas e estava abaixando meus jeans. Eu não o quero, nunca voltarei com ele. Esse idiota precisa de um psiquiatra.


— Ele disse que estavam fazendo brincadeiras amorosas. De qualquer forma, não quero detalhes de sua vida sexual pervertida. — Vida sexual pervertida? — Olhou boquiaberta a Ben. — O imbecil tentou me estuprar. Me prendeu sem motivos só porque não consegue aceitar um não como resposta. Talvez você tenha se esquecido das leis quando se tornou um policial, mas é ilegal obrigar alguém a fazer sexo. Não pode me levar a ele. — Sinto muito. — Greg suspirou. — Temos ordens para prendê-la. — Sob que acusação? — Retrocedeu mais alguns metros. — Não podem me prender sem acusação por algum crime. Greg e Ben se entreolharam, e depois Ben olhou para ela. — Chutou-o na semana passada e ele a quer que a prendamos por agressão. A surpresa se refletiu no rosto de Casey. — Estava tentando me defender para que deixasse de baixar a minha calça. — Pois bem. — Anunciou Greg. — Essa é a acusação. Agora, venha

aqui,

Casey.

Leremos

seus

direitos

e

a

algemaremos

delicadamente. Sabe que Dom esquecerá o caso se o escutar. — Não. Ambos se aproximaram do alpendre. O terror invadiu Casey. Iriam prendê-la, de verdade. Depois da semana anterior, sabia do que Dom era capaz de fazer. Desta vez, tinha certeza de que afastaria seus policiais para que ninguém pudesse salvá-la. Fugiu para dentro de casa e virou a chave na fechadura. Casey se perguntava se realmente invadiriam sua casa para prendê-la. Esperava que não. Um dos policiais tateou a maçaneta da porta, deu-se conta de que estava trancada quando não girou em sua mão.


— Casey, abra a porta ou a derrubaremos. Seu carro não irá à parte alguma. Não tem como escapar. Sabe que voltará com ele. — Disse Ben — Não, não voltarei. — Gritou Casey e recuou mais. — Agora sei que Dom é um idiota. Ele pode ir para o inferno. O medo a atravessou quando um deles chutou a porta com força. Escutou a madeira ranger, mas aguentar. Correu através da sala de estar e quando chegou à cozinha a porta da frente foi quebrada. O ódio por Dom a percorria dos pés a cabeça. Não era divertido ter que estar grudada ao traseiro dele. O que tinha visto nesse filho da puta... Ah sim, pensou, era isso: tinha uns olhos doces que podia enfeitiçar a uma freira até deixá-la em roupa intima, mas os encantos de Dom morreram para ela quando a enganou. Correu para os degraus do alpendre de trás. Tinha vivido nesse bosque fechados toda sua vida e correu até ele a toda velocidade. Se só pudesse descer pelo rio, sabia que não seriam capazes de encontrá-la. Dezenas de esconderijos passaram por sua cabeça. Ouviu o som de botas nos degraus do alpendre atrás dela. Ter um metro e sessenta e cinco não era vantagem para ela em uma corrida veloz, quando todo mundo era mais alto e tinha as malditas pernas longas. Decidiu que correr a toda velocidade não era seu forte enquanto se esquivava das árvores, para evitar se chocar contra elas. Ben amaldiçoou enquanto corria com Greg, que respirava com dificuldade enquanto a perseguia. Um deles agarrou-a por seu comprido cabelo castanho escuro, como se fosse uma corda. Casey gritou de dor enquanto a puxavam bruscamente para trás para detê-la. Sentiu um corpo mais pesado a golpear pelas costas quando Ben não pôde parar a tempo, assim, os três caíram de cara no chão, em um monte.


Ben não era um policial em boa condição física, era mais do tipo "amante de donuts", por isso, quando aterrissou sobre ela, seu corpo a esmagou com força suficiente para lhe tirar o ar dos pulmões. A dor deslizou por todo seu corpo quando o homem mudou de posição sobre ela. Alguém a agarrou pelo pulso, prendendo-o dolorosamente atrás de suas costas. — Maldita seja. — Ofegou Ben. — Fez com que a perseguíssemos. Levando ar a seus pulmões, Casey gritou. Conseguiu libertar sua mão do aperto de Ben enquanto lutava para escapar. O policial amaldiçoou quando Casey lhe acertou o rosto com a mão livre. Outro grito

dilacerador

saiu

dela

enquanto

ambos

a

agarravam

imobilizando-a na terra sobre seu ventre. — Deixe de lutar, droga. Não nos obrigue a machucá-la. — Gritou Greg enquanto a agarrava pelo pulso usando seu joelho para empurrar o quadril dela contra o chão. A dor a fez gritar de novo. O joelho a comprimia dolorosamente enquanto ele punha todo o peso do corpo sobre sua bunda. Ela viu quando Greg pegava as algemas. Um movimento atrás dele atraiu sua atenção nessa direção, e o assombro a fez deixar de lutar quando um homem enorme saiu caminhando das árvores. Não, pensou ela. Ele

se

aproximou.

O

cabelo

comprido

e

negro

caía

desordenadamente até a cintura. Era enorme. A maior parte de seu corpo, muito bronzeado, estava coberta por couro negro. O cabelo cobria parte de suas feições, e com a cabeça inclinada, não podia ver bem seu rosto. Ele se movia rápido, mas ela não podia perder aquele corpo escultural e sua mente lutava para processar a visão na frente dela. O material ajustado que cobria o estranho se colava sobre seu corpo revelando ombros largos e braços realmente musculosos, o traje destacava seu peito enorme e sua cintura estreita. Coxas


grossas e musculosas eram exibidas em uma calça que se estreitava até suas panturrilhas, presas em pesadas botas tipo: ―chuta traseiros‖¹, que pareciam feitas para causar sérios danos. Um rugido atravessou o bosque. Isto fez Casey, Ben e Greg saltarem de susto. Os dois policiais ainda não tinham olhado para trás deles, por isso Casey foi a única que viu aquele homem enorme se aproximando. Estava quase em cima deles antes que o rugido irrompesse através do bosque. Ben e Greg se viraram, olhando para seu pior pesadelo, pouco antes do homem os agarrar com suas enormes mãos. O corpo de Ben foi, literalmente, atirado contra uma árvore. O homem imenso lançou o policial obeso a uns três metros como se fosse um brinquedo. Ben bateu com um estralo e um forte gemido, que fez Casey tremer, enquanto ele desabava no chão. Sua perna se mexeu, mas ele não se levantou. O estranho levantou Greg pelo peitilho de sua camisa. Casey se voltou para ver o policial pendurado pela mão do desconhecido. O homem de cabelo comprido rosnou forte mostrando dentes afiados. Um grito agudo saiu de Greg, fazendo-o soar como uma garotinha assustada. Uma Casey atônita observava a cena que se desenrolava diante dela. Greg tinha uns um metro e oitenta três de altura. E homem que o agarrava o tinha levantado quase quinze centímetros do chão, pondo-os cara a cara. O estranho rosnu ferozmente para Greg antes de jogá-lo longe, mandando-o para o chão com um grunhido. Casey não virou a cabeça para ver como Greg estava, o terror a manteve olhando fixamente para o homem gigante parado de frente pra ela. Ela conseguiu ter uma visão melhor do rosto dele quando ele olhou para baixo. Não era exatamente um homem. Ele era um macho, soube imediatamente, mas o que a surpreendeu foi o fato de que não era completamente humano. Este ser tinha um nariz mais ¹Kick-ass: no sentido literal é “chutar a bunda”, sinônimo de “dar uma surra”. Mas é usada também como gíria: “detonar”, “arrasar”. Então, quando algo é realmente muito bom, incrível, formidável, impressionante... É kick-ass. Os Zorn são completos e perfeitos kick-ass, ou seja, “Fodões”...hehehe...


amplo e largo do que de qualquer pessoa que ela já tinha visto. Seus lábios eram grossos e separados por dentes ameaçadores que se sobressaíam, lhe recordando os caninos afiados de um cão. Com essas presas tão afiadas afundando-se em seu lábio inferior talvez fosse um vampiro, exceto que estavam em pleno dia, assim duvidava disso. Seus olhos eram surpreendentes. Assim que seu olhar se encontrou com o dele não pôde afastá-los. Se Casey tinha alguma dúvida de que não era humano, esta acabara de desaparecer. Seus olhos eram de um, antinatural, azul elétrico que quase brilhava. Largas e grossas pestanas negras os emolduravam, fazendo o azul destacar-se ainda mais. Esses olhos eram a coisa mais fascinante que já tinha visto. Ele respirou profundamente antes que seus lábios se fechassem repentinamente. A ação atraiu o olhar de Casey para sua boca. Lábios masculinos se apertavam em uma linha firme antes dele se inclinar sobre ela. Duas grandes mãos a alcançaram. Casey queria gritar, queria correr o mais depressa possível, mas não podia se mover. O pavor a congelou.

Seus dedos nus e

bronzeados eram quentes quando se envolviam ao redor de seus braços, logo abaixo de seus ombros. Seu contato era firme, mas indubitavelmente suave enquanto a levantava lentamente do chão. Não havia dúvidas de que ele era forte, desde que ela não o ajudou a levantá-la. Casey estava muito confusa para por o seu corpo para funcionar. Suas pernas apenas sustentavam o peso de seu corpo quando ele a levantou e a pôs de pé, fazendo-a notar que a parte superior de sua cabeça nem sequer chegava a seus ombros largos, quase trinta centímetros os separavam. Suas mãos firmes a sustentaram enquanto ela olhava assombrada aos olhos que a hipnotizavam com sua exótica beleza, seus olhares se prenderam, até que ele finalmente desviou o dele.


Casey o observava atentamente enquanto ele estudava os dois homens caídos. Seus olhares se encontraram outra vez quando ele virou a cabeça de volta para ela. Os grossos lábios masculinos se separaram ligeiramente enquanto ele lhe grunhia. — Ai, Deus! — Abriu desmesuradamente os olhos. — O que é você? O estranho emitiu um suave grunhido sem ser uma ameaça. Ela teria gritado se seu tom de voz fosse feroz, mas era mais como se estivesse tentando se comunicar com ela. A verdade penetrou lentamente dentro de Casey. — Não pode falar, não é? — Limpou a garganta quando esta ameaçou se fechar. A frustração era evidente em seu rosto marcante. Tinha um maxílar forte, maçãs do rosto salientes e seu nariz largo e plano tremeram. Os incríveis olhos se entrecerraram com irritação. Com um movimento de sua cabeça ela obteve a resposta. — Sabe falar inglês? Sabe o que estou dizendo? Ele assentiu com a cabeça. — É uma garota? Um grunhido surgiu de sua garganta imediatamente em sinal de protesto. A irritação se acendeu em seu olhar brilhante enquanto ele sacudia a cabeça com veemência. Seus dedos se fecharam por um instante antes de se afrouxar de novo sobre sua pele. — Só estava testando para ver se realmente pode me compreender. Sei que não é uma garota. — Teve que pigarrear de novo. Tinha a garganta seca, seu coração pulsava com força. – O que você é? Ele a olhou durante o que pareceu uma eternidade. A intensidade do estranho, mas bonito olhar se afastou dela para olhar por cima de sua cabeça. Sua boca se abriu enquanto um baixo grunhido escapava de sua garganta, era um som aterrador, cruel. A


raiva encheu sua expressão num piscar de olhos. Seu nariz chato tremeu e seus dentes afiados se mostraram quando seus lábios se abriram

amplamente.

Apertou

seu

agarre

sobre

Casey

quase

dolorosamente quando seus dedos se tencionaram. Greg amaldiçoou atrás dela. Casey virou a cabeça para vê-lo. Sentado, Greg parecia aterrorizado enquanto olhava estupidamente para o sujeito grande que a segurava. As mãos trêmulas foram para a arma que estava em seu flanco. — Não. — Gritou Casey. — Não atire nele. Greg a ignorou tirando a arma do coldre. Levou pouco tempo para ele puxar o gatilho e tê-la pronta para disparar. A arma tremia violentamente na sua direção. Casey se sentia horrorizada diante do que estava acontecendo, mas impossibilitada para detê-lo. As mãos soltaram os braços de Casey e se moveram para seu quadril. Foi levantada violentamente de seus pés e o mundo virou de cabeça para baixo em um piscar de olhos. O rápido movimento deixou-a tonta. Ouviu-se um disparo com um ruído ensurdecedor. O homem agarrou Casey, fechando seu braço atrás de seus joelhos quando ele começou a correr, segurando-a firmemente. Movia-se muito rápido. Casey estava dobrada sobre o corpo do estranho e seu quadril foi firmemente sustentado sobre o ombro dele. Não doía, mas isto tirava o ar de seus pulmões enquanto era balançada por ele. O solo se passava abaixo de seus pés a um ritmo alarmante, mas não gritou. Outro disparo soou pelo bosque, mas a detonação não parecia tão perto. Foram ziguezagueando através das árvores. Greg gritou ao longe, mas não se entendia claramente o que estava dizendo. Casey imaginou que estava chamando reforços. Ben teria morrido? Tinha escutado um estalo quando Ben se chocara contra a árvore. Tinha sido seu corpo ou a árvore o que causara o som repugnante? Casey


afastou esse pensamento. Precisava preocupar-se com seu próprio traseiro. A grande criatura masculina, ou o que quer que fosse, abria uma grande distancia entre ela e os dois policiais que tinham deixado para trás. Casey estava sendo sequestrada. Teve medo de que ele pudesse soltá-la enquanto se moviam nesse ritmo rápido ou que se esgotasse pelo peso extra, mas ele não diminuiu a velocidade. Seja lá o que ele fosse, era malditamente forte, já que parecia ser capaz de correr por vários quilômetros. A respiração agitada era a única indicação de que carregá-la era difícil para ele. Diminuiu finalmente a velocidade quando o som de água chegou aos seus ouvidos. Ela levantou a cabeça sacudindo o cabelo para tirá-lo do rosto. Olhou ao seu redor vendo o mundo de cabeça para baixo. À esquerda havia uma grande formação rochosa com o rio à frente. Casey, de repente, soube exatamente em que parte de sua propriedade se encontravam, mas estavam quase na fronteira com um de seus vizinhos. A doze metros, uma cascata escondia uma pequena caverna atrás da água que caía. Ela conhecia bem o local, era um de seus lugares favoritos para nadar. O sujeito parou e farejou o ar enquanto estudava o lugar. Inclinando-se lentamente, relaxou o braço ao redor da parte posterior de suas pernas enquanto sua outra mão a segurava pelas costas quando a abaixou. Ficou completamente livre enquanto ele se endireitava. Casey olhou para o homem, sem palavras. Sua mão se fechou sobre seu pulso e apontou com a cabeça para a água. Ela se voltou para olhar o ponto mais alto do rio, vendo a água da cascata cair para o lado mais estreito do rio, abaixo da queda. A mão em seu pulso a apertou suavemente chamando sua atenção para ele. — Quer que caminhe para a água? Ele assentiu com a cabeça. — Não pode falar, de verdade?


Ele negou com a cabeça. O coração de Casey martelava em seu peito. — Merda. Não pode dizer palavras, não é? Mas pode me entender? Ele assentiu e apontou com a cabeça em direção à água uma vez mais. Casey respirou fundo antes de se voltar e caminhar para o rio. Ele manteve seu pulso preso, movendo-se a seu lado até a margem da água. Parou para olhá-lo e percebeu, novamente, que era realmente um filho da puta enorme. Devia medir, pelo menos, mais de dois metros. — Um gole de água cairia bem. — Disse dando um puxão no pulso. Ele franziu o cenho, negando com a cabeça e apontou para a cascata. Ela seguiu a direção de seu dedo. Franzindo, também, o cenho, encontrou seus olhos excepcionais. Não estava certa do que ele queria que fizesse. A irritação cruzou seu rosto. Deu um forte puxão que a fez se chocar bruscamente com seu corpo enorme. Antes que pudesse protestar terminou outra vez em seus braços. Levantou-a contra seu peito embalando-a em seus braços e caminhou para dentro da água levando-a para a cascata. Um pressentimento percorreu Casey, acaso iria afoga-la? Rodeou seu pescoço com os braços apertando-o fortemente quando eles entravam nas profundezas. Ele continuou avançando até que a água tocou seu queixo, antes de parar. Seus olhares se encontraram quando soltou suas pernas. Seu corpo começou a flutuar afastandose dele e poderia tê-lo feito, exceto por ainda estarem presos um ao outro. Ela suavizou seu abraço para segurar-se em seus ombros. Estavam cara a cara, com apenas alguns centímetros entre seus narizes.


Casey estudou seus traços com curiosidade. Isto era o mais perto que tinha chegado a estar de seu rosto. Era bem atraente. Uma pele bronzeada cobria ossos fortes e masculinos. Seus lábios grossos se sobressaíam um pouco, fazendo-os parecer sensuais. A forma de seu nariz era estranha, mas de algum modo ficava bem nele, tinha vontade de deslizar seus dedos sobre ele. Pelas pequenas linhas de seus olhos, calculava que estivesse em seus trinta e tantos anos, poucos anos mais velho que ela. Eles se olharam fixamente. Ele a estudava com curiosidade também, viu isso em seus extraordinários olhos brilhantes. Ele apontou para a cascata. Casey seguiu a direção de seu dedo com o olhar antes de voltar sua atenção a ele outra vez. Ele lhe grunhindo nesse tom suave que já estava começando a pensar que era sexy. — Quer que nade até a cascata? Ele assentiu com a cabeça. — Por quê? A irritação brilhou de novo em seu rosto. Ele levantou a mão livre até formar uma garra fazendo um gesto de escalar. Apontou para a cascata e tudo teve sentido para Casey. — Sabe da caverna que está atrás da cascata, não é? Quer que nademos até lá para subir na caverna? Ele assentiu com a cabeça. A frustração se desvaneceu de suas feições e o braço que mantinha ao redor de suas costas relaxou. Sacudiu a cabeça para a cascata antes de voltar o olhar para além da margem, no bosque. Ele grunhiu tentando comunicar-lhe algo. Devia estar preocupado com os policiais que os seguiam. Ninguém conhecia a caverna, e Casey se perduntou como esse cara a tinha descoberto. Ele a soltou completamente para que pudesse nadar através do rio até onde ele queria que fosse. Suas roupas pesavam enquanto nadava. Casey tampouco queria que a encontrassem. Que a prendessem não estava em sua


lista de coisas que queria fazer de novo, assim nadou contra a corrente dirigindo-se para a cascata. O rio era bastante profundo, ele não tocava o fundo, assim por precaução nadou perto dela. A parte mais difícil de alcançar a caverna era nadar sob a cascata, a água caía com força encharcando sua roupa e fazendo afundá-la sob a superfície. Sentiu alívio quando conseguiu deixar para trás a pesada cortina de água e alcançar o outro lado. Estava escuro atrás da cortina d’água, mas podia ver bem o bastante para distinguir a área. Agarrando-se as rochas, começou a sair da água para a caverna, cerca de um metro acima de sua cabeça. O desconhecido surgiu debaixo da cascata enquanto ela avançava subindo a rocha. Não era muito grande, mas estava mais seco a cerca de um metro e meio, ou mais, em seu interior. Arrastouse para fora da beirada molhada para dar espaço. Sentou-se e começou a observar o tipo enquanto a seguia para o fundo da caverna. Sua atenção centrada em Casey. Com o cabelo molhado jogado para trás, Casey pôde dar outra boa olhada em seu rosto. Ele tinha características parecidas com as humanas, mas seu nariz e sua boca com lábios grossos estavam definitivamente fora do padrão. Na escuridão da caverna seus

olhos

pareciam

arrepiantes

que

pareciam

brilhar

na

penumbra. Ele apontou para trás dela, que se virou dando uma boa olhada no fundo da caverna. Surpresa a golpeou. Ela não tinha vindo na caverna durante meses. Havia um saco de dormir estendido ao longo da parede do fundo com uma mochila ao lado. Nada disso tinha estado ali em sua última visita. Casey concentrou sua atenção nele. — Está vivendo aqui? Um grunhido confirmou sua suspeita. Levou sua mão até a parte dianteira da camisa, abrindo o material molhado e descobrindo seus músculos formidáveis revestidos em uma pele bronzeada. Ela


estava maravilhada demais para fazer outra coisa que não fosse ver como o homem se livrava por completo da camisa. Casey inspecionou seu peito, notando que ele tinha um pouco de pêlo ali, mas não era excessivo. Uma linha rala de pêlo se estendia para baixo de seu umbigo até desaparecer dentro de suas calças justas, suas mãos grandes chegaram até a cintura enquanto tirava as botas. Ele observou Casey olhando em silêncio. Ela não podia afastar o olhar. Não havia dúvidas, decidiu que ele tinha o maldito corpo mais espetacular que já vira em toda sua vida. Era semelhante a um humano de poderosa constituição física do pescoço para baixo. Nunca tinha visto um corpo mais definido. Cada músculo estava marcado. A abertura na frente de suas calças deixava adivinhar mais dessa pele bronzeada como ouro. Casey não conseguia tirar os olhos dele enquanto ele baixava lentamente o material de couro que se agarrava a sua pele. As calças avançavam lentamente para baixo quando ele mexeu o quadril. Usava ambas as mãos para empurrá-la para baixo, uma polegada de uma vez. Casey deixou escapar um ofego quando seu pênis se libertou de um salto. Ele estava excitado. Sua boca se abriu involuntariamente. Ele era grosso, definitivamente muito duro, e seu galo tinha uma forma ligeiramente diferente da dos humanos. A pele de seu eixo era mais avermelhada do que aquele bronzeado dourado que cobria sua pele por toda parte. A cabeça em forma de cogumelo era mais grossa que a suave união da cabeça ao eixo que a maioria dos meninos possuía. Era proporcional a seu corpo grande. Ela nunca tinha visto um homem tão grande, não é que tivesse muito com o que comparálo. Os poucos namorados que tinha tido eram imbecis em todos os sentidos da palavra. Casey sentiu que seu corpo respondia instantaneamente enquanto olhava sua anatomia. Em um instante, imaginou como se sentiria se ele penetrasse lentamente com essa ponta grossa e


áspera dentro dela. Sua vagina se contraiu em resposta à imagem que cintilava em sua mente; sua essência filtrou-se entre suas coxas. Fechou a boca de repente e rapidamente levantou a vista para seu rosto. Um lampejo de diversão brilhou em seus sensuais olhos, e seus lábios se curvaram para cima em um sorriso de cumplicidade. Ela ruborizou um pouco, sentindo como o calor atingia seu rosto, rezava para que ele não pudesse ler na expressão de seu rosto este pensamento. Ele levantou uma mão bronzeada com um dedo estendido, apontando-a. Ela piscou um par de vezes, forçando o ar a entrar em seus pulmões, imaginando o que ele queria que ela fizesse. — Ah, diabos. Não pense que vou me despir também. Ele grunhiu em baixinho quando seu sorriso desapareceu. Seus brilhantes olhos azuis se entrecerraram antes que se movesse. Esse corpo musculoso se aproximava. Seu corpo era elegante, poderoso e seus músculos se moviam com uma esguia beleza. Ela estava fascinada com cada maldita polegada de sua pele. Ele

se

aproximou tanto

que

seus olhos rapidamente

desceram até seu pênis de novo. Uma veia grossa saía da base de seu eixo até a cabeça em forma de cogumelo. Ela estava perto o bastante para tocar a carne que apontava diretamente para ela. Ele se agachou lentamente, aproximando seu rosto cada vez mais ao dela. A respiração de Casey se congelou em seus pulmões, seu coração pulsava com força, enquanto o desejo disparava através dela. Queria ter sexo com ela? Seu estado de excitação mostrava que a desejava. Mãos grandes a agarraram, rodeando seus braços acima dos cotovelos. Sua pele era quente ao tato na sua, ainda fria pela água gelada do rio. Ele estava a centímetros dela. Seus joelhos quase paralisaram quando a obrigou a levantar-se. O intenso olhar azul deslizou por seu corpo, parecendo devorá-la em cada centímetro, um sexy e suave som saiu de seus lábios abertos antes que suas mãos a


soltassem. Ela inspirou profundamente, até que essas mãos se dirigiram até a barra de sua blusa. O material úmido foi arrancado de seu corpo. Casey tentou afastar-se, mas ele era mais rápido. Um de seus braços envolvia sua cintura puxando-a com força contra sua pele. Casey estava fria, mas seu corpo era quente ao tato enquanto ela tentava escapar. Sua ereção dura pressionava seu abdômen descoberto, ela não soube como sua blusa foi parar no chão. Seus seios, cobertos por sutiã de renda, chocaram-se contra seu peito musculoso. Ele aspirou meu cheiro enquanto outro grunhido sexy surgia em seus lábios abertos e seu pênis se agitava contra meu ventre, onde era firmemente pressionado entre ambos. Ele estava incrivelmente duro. — Por favor, não me machuque. Ele franziu o cenho, sacudindo a cabeça e um olhar de frustração cruzou suas feições. Seu peito se expandia quando respirava profundamente, por isso seus corpos se pressionavam mais intensamente. Longos segundos transcorreram enquanto o coração de Casey pulsava de maneira irregular. A pressão sobre seu corpo foi se afrouxando pouco a pouco até que seus corpos deixaram de estar pressionados um contra o outro. Centímetros se abriram entre eles. Agora seu falo já não a tocava, mas ele não soltou seu braço. Seu olhar desceu entre eles até seu membro protuberante. Os olhos de Casey seguiram os dele. De uma maneira muito próxima e pessoal, deu-se conta da espessura daquele pênis. Seu interesse se converteu em medo diante do pensamento dele penetrando-a com isso. Ele negou com a cabeça quando ela se debateu com força enquanto dirigia sua atenção a seus olhos. Sua mão a soltou lentamente para lhe mostrar a cama atrás dela. — Que diabos esta tentando me dizer? Ele recuou e sua mão apontou para o restante da sua roupa. O longo dedo apontou para o piso e depois para o saco de dormir


enquanto imitava a forma de se cobrir. Lentamente se virou, dando-a uma boa vista de sua, larga e bronzeada, costa. Casey viu uma cicatriz fina e longa percorrendo suas costas da omoplata até abaixo de suas costelas. Para ela era um total mistério como a tinha conseguido, mas parecia uma lesão velha. Ele se afastou para a beira da caverna olhando a queda d’água, de costas para Casey. Casey ficou ali tremendo. Alguns de seus medos diminuíram quando soube que ele estava de costas para lhe dar privacidade. Seu olhar se manteve em seu corpo enquanto tirava o resto da roupa. Ele tinha o corpo mais bonito que já vira. Ombros largos estreitando-se até abaixo em suas costas fortes e esse traseiro fantástico. Afastou os pensamentos de como se sentiria ao acariciar toda a extensão das suas costas com as unhas. Foi até o saco de dormir, meteu-se nele e cobriu seu corpo congelado com um lençol. O saco de dormir era grosso e quente e Casey, aos poucos, conseguiu relaxar e se aquecer até deixar de tremer. Olhou novamente para aquelas costas larga e o fabuloso traseiro. Ele era realmente perfeito e nunca vira um homem em melhor forma. Uns bons três minutos transcorreram antes que o sujeito finalmente se virasse. Ele caminhou até sua roupa no chão, inclinando-se para recolher uma peça de cada vez. Casey o observou colocar as peças de roupa sobre as rochas para que secassem. Sua ereção dura havia murchado. Estava flácido, o tipo era impressionante mesmo com essa carne sensual pendurava entre suas coxas. Finalmente ele se voltou para ela e seus olhares se encontraram. Tinha que lhe dar um pouco de crédito, ele parecia estar totalmente à vontade com sua nudez. Sua respiração ficou presa quando ele se aproximou lentamente. Dobrou os joelhos e de cócoras, ao lado do saco de dormir, inclinou um pouco a cabeça para estudá-la.

Seus belos olhos azuis

estavam entrecerrados. Ele

observou seu rosto durante um longo minuto enquanto seus olhares


se mantiveram imóveis. Foi uma surpresa quando o sujeito grande se equilibrou sobre ela repentinamente e Casey perdeu o fôlego.

Capítulo Dois

O terror a invadiu no instante em que a tocou. Ele empurrou seus ombros com as mãos até que Casey se viu obrigada a deitar-se sobre as costas. O saco de dormir foi arrancado de seus dedos e afastado de seu corpo. Nu, imobilizou-a debaixo dele enquanto descia seu corpo sobre o dela, bem menor. As mãos grandes a agarraram por seus pulsos e os levantou acima de sua cabeça, empurrou suas pernas obrigando-as a se separarem. Ela estava estendida como uma águia debaixo dele, presa ali com firmeza, com seus narizes quase se tocando. Fechou os olhos cheirando-a por alguns segundos antes que seu rosto virasse para ambos os lados se aproximou cada vez mais dela até que seu nariz quente roçasse sua garganta. Um grunhido suave retumbou da profundidade de seu peito. Contra a parte interna de sua coxa sentiu como seu falo endurecia novamente enquanto o sangue o inundava, aumentando-o. O cheiro dela, obviamente, o excitava. — Por favor, não me machuque. — Casey odiou o tremor de medo em sua voz. Quando ele levantou à cabeça, seus olhares se prenderam. Seus olhos resplandeciam, brilhando pelo desejo e algo primitivo se


mostrava neles. Ele negou com a cabeça, franzindo o cenho, olhando Casey. Era óbvio que ele queria dizer algo, mas ela não podia entendê-lo. Outro rugido retumbou de seus lábios abrindo-os, seu peito vibrava ligeiramente onde pressionava seus seios nus, fazendoa mais consciente de seus mamilos endurecidos. Parece que grunhidos era o modo dele se comunicar e ela não entendia nada de grunhidos. Quando a frustração brilhou nos olhos dele, Casey pensou que poderia comunicar-se. Seus elétricos olhos azuis se fecharam, ele baixou seu rosto contra o pescoço. Sua respiração era quente contra sua pele, fazendo Casey tremer um pouco com a sensação. Ele inalou lenta e profundamente, um erótico despertar atravessando-a enquanto seu nariz acariciava com suavidade a linha de sua garganta. Ele parecia realmente gostar de seu cheiro, a julgar pela ereção poderosa que pressionava contra ela. Entretanto, ele ainda não a ferira ou forçara a ter relações sexuais com ele. Só a estava cheirando enquanto a mantinha presa. Seus olhares se encontraram de novo quando sua cabeça se levantou. Soltou seus pulsos, levantou seu tórax afastando-se um pouco dela. Sentiu falta de seu calor. A temperatura de corpo dele era mais quente que a de um homem normal. Um sorriso curvou seus lábios quando seus olhos baixaram para seus seios descobertos. Casey não estava certa do que isso significava. Ficou tensa. A ideia de lutar contra ele cruzou sua mente, mas sabia que nunca conseguiria afastar alguém de seu tamanho. Sentia-se pequena presa sob seu peito amplo e entre seus braços grossos e musculosos, apoiados em ambos os lados de suas costelas, aprisionando-a. Tudo o que fez foi ficar sem fôlego quando ele baixou a cabeça, deslizando para baixo no processo. Assim, seu pênis duro se afastou de seu monte e da parte interna da coxa. Uma boca quente se abriu sobre seu mamilo direito, sua língua deslizou para tocá-la. O


homem lambia o bico de seu seio, grunhindo baixinho, em seguida o colocou na boca e sugou. Uma onda de prazer atravessou corpo dela, enquanto sua língua áspera estimulava seu mamilo endurecido. Passou para seu outro seio, sugando com mais força em sua boca quente, seus dentes afiados raspavam sobre sua carne macia. Não havia dor, mas o mantinha entre seus dentes e a sugava com força. Manteve-se imóvel por alguns minutos, surpresa pela reação de seu próprio corpo. Então seu medo foi substituído pela compreensão

do

que

estava

para

acontecer.

Freneticamente

começou a empurrar seu peito com suas mãos abertas. Seus músculos fortes como aço não se moveram um centímetro enquanto ela empurrava com toda sua força tentando movê-lo, mas ele não se mexia e nem soltava seu seio. Sua boca trabalhava nela, sugando, fazendo com que deixasse de lutar enquanto o forte agarre em seu mamilo imobilizava todo seu corpo. Ela jamais experimentara tal sensação antes. Tivera alguns amantes em sua vida, quatro para ser exata, mas nenhum deles chupara-a tão forte como ele. Seus dentes raspavam seu mamilo, o que a fez retorcer-se debaixo dele, sentia como se essa boca quente estivesse conectada diretamente com sua vagina. Seu clitóris começou a latejar sob o assalto frontal do homem. Suas mãos deixaram de empurrar para deslizar sobre os ombros dele e agarrar a curva de seu pescoço. Sentia espasmos em suas paredes internas, inundando-a

de

umidade, o

medo

se

converteu em ardente necessidade. Suas unhas se cravaram em sua pele, um gemido brotou de seus lábios, seus quadris arqueando-se em seu abdômen. O homem era implacável com essa boca. Finalmente, soltou seu mamilo com um suave estalo antes de se mover lentamente para o lado negligenciado. Casey odiou a maneira como levantou as costas para facilitar a entrada do seio na boca dele, que, então, começou a


sugar forte. Moveu seu quadril, deslizando para baixo dela um pouco mais, suas unhas se cravavam nele tentando trazê-lo para mais perto. O maldito se movia para longe dela enquanto a necessidade a consumia. O sujeito poderia ter um aspecto animalesco, pensou, mas ele despertara o animal dentro dela. Queria que colocasse o pênis dentro dela, onde estava muito molhada, onde ardia de desejo por ele. Desejava saber seu nome. Certamente, ele não podia dizêlo, a menos que fosse um grunhido que duvidava poder imitar. Quando ele soltou seu seio, o ar fresco percorreu seu mamilo úmido. Sentiu que se encolhia dolorosamente. Seu olhar voou para seus incríveis olhos azuis e se fixaram neles. Viu o olhar faminto e ardente naqueles olhos. Casey se perguntou se tinha esse mesmo olhar. Ele deslizou mais para baixo sobre seu corpo, inalando profundamente. Percebeu o que ia fazer quando sua atenção se afastou de seus olhos castanhos. Sua atenção se concentrou em seu ventre e depois deslizou até seu sexo exposto. Ela tentou fechar as coxas, mas ele se mexeu mais rápido. Ficou de joelhos entre suas pernas, agarrando-os com ambas as mãos. Tinha a pele áspera nas palmas, isso a convenceu a abrir-se completamente. Ele levantou a cabeça e respirou profundamente para inalar seu aroma. Casey ofegou quando ele enterrou o rosto entre suas pernas. Ela quase esteve a ponto de gritar pela intensa sensação de tê-lo lambendo seu sexo. A língua grossa e quente deslizou por sua vagina espalhada e ultrapassou sua entrada, penetrando sua língua profundamente dentro dela. Um rosnado saiu dele. Normalmente, esse som feroz a teria aterrorizado, mas ele tornou impossível temê-lo. Ele movia a língua dentro dela de um lado ao outro. Sentia sua língua pressionar suas paredes internas um par de vezes antes que ele, lentamente, se retirasse.


Ela jogou a cabeça para trás ainda tentando fechar as coxas, mas as mãos dele as mantinham abertas. Tudo o que conseguiu fazer foi empurrar sua vagina mais fortemente contra seu rosto. Ele voltou a grunhir, a nova sensação de seu grunhido vibrando contra sua pele era desconcertante. Ele tinha descoberto seus clitóris. Ela se congelou completamente, esquecendo-se até de respirar, enquanto sua língua a excitava. — Ah, Deus. Sim! Casey repentinamente não queria que ele parasse. Ela jogou os braços acima de sua cabeça agarrando o fino lençol que usara para se cobrir, suas costas se arquearam saindo do saco de dormir. Sentia puro êxtase quando ele lambeu seu clitóris, concentrando-se no casulo hipersensível. Deixou de tentar fechar suas coxas. Ela as separou mais ainda para lhe dar um acesso mais fácil, seu corpo tremia ligeiramente. — Rápido, por favor. — Rogou em voz baixa. — Isso é tão bom. Ele a entendeu. Aumentou o ritmo, segurando-a com firmeza, chupou seus clitóris e mordiscou continuamente enquanto seus lábios se fechavam sobre o casulo inteiro. Ela sentiu seus dentes afiados agarrarem seus lábios externos sem machucá-los. Esfregava a língua rapidamente contra seu clitóris. Ela não tivera sexo por um longo tempo, depois de seis meses de só se masturbar estava a ponto de explodir. Ela nem sequer tentou conter-se. Gozou soltando um grito, enquanto estremecia contra a boca implacável. Sua cabeça virava de um lado ao outro ainda gozando, já que ele continuava degustando seu clitóris. Seus gritos se tornaram gemidos até quase desfalecer. Ele a soltou lentamente. Casey se sentia como uma marionete cujos fios tivessem sido cortados. Ficou inerte no saco de dormir até que ele impulsionou sua língua dentro de sua vagina sem aviso prévio. Ela gemia e ele movia a língua forte, entrando e saindo


de dentro dela, empurrando suas paredes internas, chupando-a. Tentou fechar as coxas novamente, mas suas mãos as empurraram, abrindo-as outra vez. Sua língua deslizou para fora dela lentamente, enquanto pequenos grunhidos saíam dele. Casey notou que seus olhos estavam fechados. Então, ele deslizou por seu corpo, movendo-se entre suas pernas abertas. Seu corpo, musculoso e quente, iria se acoplar ao dela se acomodando sobre seu corpo menor. Ela soube que ele estava sendo cuidadoso para não esmagá-la sob seu peso, já que podia respirar facilmente. Uma de suas mãos se apoderou de sua panturrilha empurrando-a para cima, assim seu pé ficou na altura de seu quadril. Quando ela o olhou, os olhos azuis pareciam brilhar diretamente dentro de sua alma. A ponta arredondada de seu pênis pressionou sua vagina enquanto a penetrava. Casey gemeu enquanto o sentia empurrandose para dentro de seu corpo. Ele era grosso e ela sabia que a cabeça de seu eixo era mais espessa que qualquer outra coisa que já tinha levado. Houve resistência quando o corpo dela tentou encaixar-se ao dele. Continuou investindo para dentro dela lentamente, enterrandose profundamente, até que ela se sentiu esticada até o limite. Seus olhos se encontraram. O homem grunhiu num tom suave, quase um gemido e, para Casey, foi muito sexy. Ele começou a se mover, recuando alguns centímetros só para penetra-la lentamente. Ela experimentava novas, e maravilhosas, sensações enquanto ele a preenchia. Seus músculos ainda tremiam pelo seu clímax. Ela não raciocinava. Soltou o saco de dormir para envolver seus braços ao redor de seu pescoço. Casey não podia afastar os olhos dele. Era quase bonito, enquanto o prazer estava claramente impresso em suas feições, sua boca ligeiramente entreaberta, seu olhar cheio de paixão, olhava fixamente para sua boca. Sabia que queria beijá-la. Inclinou-se para ele e lhe ofereceu a boca. Esperava que aqueles dentes afiados não a


machucassem. Quando seus lábios se encontraram, ela fechou os olhos. Sua boca a dominou quase selvagemente. Ela se encontrou com seu beijo e correspondeu a sua paixão. Agora se movia mais rápido dentro dela e com mais força, as investidas a faziam gemer. Adorou a forma como seus lábios carnudos tomaram posse dela, sua língua imitava o movimento dele transando com ela. Isto era uma sobrecarga sensual enquanto seu quadril se movia para dentro e fora dela como o ritmo de seu beijo. Desprendeu-se de sua boca, afastando-a do alcance da dele, quando outro clímax explodiu. O prazer a rasgou através de seu corpo, suas unhas se cravaram em suas costas, seu quadril se contraia violentamente debaixo dele. Ela sentiu quando ele iria gozar, seu corpo ficou rígido antes que ele se enterrasse profundamente nela. Seus movimentos se tornaram frenéticos. Seu pênis palpitava contra suas paredes vaginais, então ele soltou um rugido. Ela o sentiu pulsar em seu interior, derramando seu sêmen dentro dela. Ele enterrou o rosto em seu pescoço enquanto grunhia baixinho, dizendo algo que ela não podia compreender. Os dois respiravam com dificuldade e o suor escorria entre seus corpos. Casey sentiu seu coração pulsar com força contra seu peito. Então se recordou que suas unhas ainda estavam cravadas nas costas dele, afrouxou as mãos. O homem sobre ela levantou a cabeça. O cabelo comprido caiu em torno deles como uma cortina, tornando o momento um pouco mais íntimo. Seus olhares se encontraram e se estudaram. Casey o olhava com assombro. De repente recordou uma canção sobre o desejo de ser possuída como um animal. Foi exatamente o melhor sexo de sua vida. — Gostaria de saber seu nome. — Foi tudo o que pode pensar em dizer. Ela quase teve a necessidade de lhe agradecer pelo que tinham feito. Seu corpo se sentia mais saciado do que nunca. Tinha a


zero urgência de fazer algum movimento. Só queria continuar assim, com ele imobilizando-a debaixo de seu corpo quente, com seu pênis ainda enterrado profundamente nela. Tê-lo em cima dela fazia com que se sentisse bem, como se ele pertencesse a esse lugar, um ajuste perfeito de seus corpos. Um pequeno sorriso brincava em seus lábios. Piscou um dos olhos. Arqueou-se para cima e lhe ofereceu seus seios, ele a enlaçou trazendo-a para mais perto, escolheu um e segurou seu peso com uma mão. Uma mão calosa de textura áspera, deslizando sobre sua pele delicada, a sensação de prazer foi suficiente para que ela pressionasse o seio contra a mão em busca de mais. Ele a soltou antes de segurar seu seio sobre o coração. Um grunhido suave, erótico retumbou dele. Ele tocou em seu peito e depois no dela. Ela o olhou fixamente, imaginando o que ele estava tentando dizer. — Peito a peito? Rindo, ele negou com a cabeça. A diversão iluminou seus já brilhantes olhos. Baixou seu corpo de novo à parte superior de Casey com

seu

pênis

firmemente

enterrado

nela.

Admiraram-se

mutuamente durante um longo tempo. Seu sorriso se desvaneceu lentamente enquanto baixava a cabeça. Seus lábios roçaram os dela suavemente. Casey fechou os olhos para beijá-lo. Desta vez não eram duas pessoas que se uniam freneticamente excitadas. Este beijo foi terno e longo. Ele explorava sua boca, queria conhecê-la, e Casey sentiu que ele tentava seduzi-la. Enquanto ele possuía seus lábios, começou a se mover dentro dela outra vez. O assombro atingiu Casey, também o desejava. Seu pênis ainda estava duro como uma rocha. Sabia que ele não era humano, recuperou-se muito rápido após aquela explosão de prazer, outro indicio de que não preenchia o padrão humano. Nem sequer quis pensar em camisinha. Se ele era de outra espécie não teria doenças sexuais que pudessem ser transmitidas a ela. Tão pouco estava preocupada com gravidez. Trabalhara para um veterinário durante


dois anos antes de comprar a cantina da escola para ganhar mais dinheiro.

Espécies diferentes não podiam se reproduzir. Ela era

humana e ele era bem diferente dela. Eram mais ou menos como gatos e cães, pensou. Pareciam ser sexualmente compatíveis, mas estava certa de eles não poderiam criar outra vida juntos. Ele se afastou de sua boca. Sentiu falta de seu beijo imediatamente, mas mudou de ideia rapidamente quando ele chegou entre seu pescoço e à pele da parte superior de seu ombro. Dentes afiados rasparam sua carne. A sensação foi tão erótica que levou seu desejo a um nível superior. Ele podia machucá-la com aqueles dentes, mas em vez disso os roçou suavemente ao longo de sua pele. Seus instintos lhe asseguravam que estava a salvo com ele. Ele se movia mais rápido sobre ela, mais profundo, acendendo seu desejo outra vez. Ela o arranhou com suas unhas ao longo de suas costas e ombros, onde pudesse alcançar, levantou mais as pernas envolvendo-as com força ao redor da cintura dele. Seus tornozelos pressionavam o traseiro firme e musculoso.

Alí, músculos fortes

trabalhavam, apertando-se enquanto a fodia lentamente. — Ai, Deus. — Ela gemeu. — Mais rápido, por favor. Eu gosto rápido. Ele grunhiu antes de satisfazê-la como ela queria. Casey gemeu, tremendo embaixo dele. Ele era um prodígio do sexo. Afastou o pensamento só para sentir. Dentes afiados beliscaram seu ombro com força suficiente para lhe dar um flash de dor. Surpreendeu-a, mas não doeu. Ele não tinha perfurado a pele. Isso excitou seu corpo e a fez chegar ao clímax. O prazer vibrava através dela enquanto gritava. O homem enorme gemeu profundamente ao lado de seu ouvido. Ela o sentiu palpitar, seus músculos ordenhavam seu falo enquanto se esvaziava profundamente dentro dela novamente. Ambos se calaram, a respiração pesada. Casey estava surpresa pela resposta de seu corpo ao dele. Passaram uns minutos antes que lentamente se retirasse dela. Ela abriu os olhos e pode ver


o arrependimento que brilhava nos belos e estranhos olhos azuis. Ele levantou o corpo para cima ligeiramente, afastando-se da parte superior de seu corpo. Casey soltou seu quadril, desembrulhando suas pernas ao redor dele. Extenuada pelo exercício físico, quase teve medo de cai no sono enquanto ele se sentava entre suas coxas. Ele se sentou sobre os calcanhares, com os olhos fixos nela outra vez. Casey se perguntava por que parecia arrependido. Não podia estar lamentando por ter feito sexo, poderia? Esperava que não, porque o tinham feito duas vezes e fora incrível. Tocando seu peito, apontou para ela. Sua boca se curvava para cima. Tinha um sorriso muito sexy. Casey mordia o lábio enquanto tentava tranquilizar seus pensamentos confusos usando suas mãos para sustentar seu peso. Não podia fechar suas coxas com ele sentado entre elas, mas se mexeu uns centímetros para trás deixando uma pequena distância entre os joelhos dele e seu traseiro exposto. Ela se endireitou para olhá-lo no mesmo nível. — Gostaria de te entender. — Ela tocou seu peito. — Sou Casey Santhrom. Vivo em uma casa perto daqui. Sou dona disto. — Ela agitou suas mãos abrangendo a caverna. — Sou proprietária da terra. — Suas mãos caíram enquanto o estudava. Ele a observava atentamente. — Pode me entender, não é? Ele assentiu com a cabeça mostrando um sorriso. Ela sorriu também. — Não pode, realmente, dizer palavras? Ele negou com a cabeça. Um suave grunhido saiu de seus lábios entreabertos. — Está bem. Pode escrever para me dizer seu nome? A diversão iluminou seus olhos. Seus lábios tremeram. Ele negou com a cabeça. Que decepção, ela tinha a esperança de que pudesse escrever usando a terra solta no chão da caverna. Poderiam se


comunicar dessa maneira. Suas feições e seu corpo pareciam humanos,

mas

com

algumas

características

de

animal.

Um

pensamento sombrio a atingiu. — Merda. Algum médico idiota fez isto com você, não foi? Foi isso o que te aconteceu para torná-lo tão diferente? Alguns geneticistas fizeram experiências em você? Escapou de algum laboratório? Deus. Essa merda é ilegal. Vamos conseguir ajuda para você. — Seus olhos brilharam e percorreram de cima a baixo sobre o corpo dele. — Não vamos permitir que escapem disso. Obviamente estiveram fazendo experiências com DNA animal em você. O sorriso se ampliou enquanto ele negava com a cabeça. — Não? Não é isso? — O sangue abandonou seu rosto. O medo subiu por sua espinha. Seus olhos o percorreram outra vez. Uma lenda local que tinha escutado enquanto crescia a acertou. — Ah, merda. Já sei o que é. A sobrancelha negra se arqueou. Seus olhos brilhavam, seu sorriso se ampliou mais ainda. A diversão era evidente em seu rosto enquanto a olhava em silêncio. Alegrou-se por ele estar se divertindo. Ela não estava. — É um Pé Grande. Ouvi dizer que eram peludos, mas você só é peludo em seu cabelo comprido e no peito. Alguns deles foram, supostamente, vistos nesta área nos anos sessenta e setenta. Que, com certeza, não foi você. É muito jovem. Talvez fossem seus pais. É um Pé Grande? Seu corpo se moveu, ele se sentou no extremo do saco de dormir. Mostrou seus pés descalços. Realmente eram bem grandes. Ela engoliu em seco. —

Mãos

e

pés grandes...

Seus olhos

se

fixaram

rapidamente entre as coxas estendidas, ainda estava semiereto lá. — Grande em tudo. Malditamente quente. É um Pé Grande. Uau. Isto é muito legal. Realmente existem? E...


Ele riu e Casey devolveu o sorriso. Perguntou-se como havia aprendido inglês, mas podia adivinhar: ele havia vivido no bosque por toda a sua vida e sempre tinha gente em volta. Deve ter observado e aprendido a entendê-los. Ela estudou suas feições. Parecia que estava em torno dos trinta anos. Era inteligente (sabia disso). Tinha um olhar inteligente. Provavelmente não deixou que o mundo soubesse sobre ele, porque teriam feito de sua vida um circo. Entre as pessoas que olhariam para ele estupidamente, os meios de comunicação querendo explorá-lo e médicos que provavelmente morreriam por uma oportunidade de levá-lo a um hospital e estuda-lo até quase matá-lo. — Então, há alguma mulher Pé Grande por perto? Ele negou com a cabeça. O brilho deixou seus olhos. Casey lamentou a perda quase imediatamente. O tipo era lindo como o inferno quando estava se divertindo. Quando parecia sério intimidava com seu intenso olhar. Não o temia depois de terem feito sexo. A salvara de Ben e Greg. Sabia que não era perigoso para ela. Casey percebeu que havia se mudado para a caverna recentemente. Era certeza que não vivera ali no verão passado, quando ela tinha estado ali. Provavelmente vivesse como um nômade, viajando ao redor de áreas rochosas e inacessíveis para não ser detectado. Será que ele tinha estado em uma casa antes. Sabia o que era um televisor? Uma geladeira? Ficou triste. Viver dessa maneira sozinho devia ser difícil. Ela tragou o nó em sua garganta. — Pode vir para casa comigo. Vivo em uma área remota. – Encontrou seus olhos. — Moro sozinha. Estaria a salvo lá. Eu trabalho. Não tenho muito tempo para amigos, assim ninguém nos incomodaria. Um suave grunhido retumbou dele. Apontou para a cascata. Casey assentiu com a cabeça, seguindo seu dedo e encontrou seu olhar. Ele queria saber o que tinha acontecido lá fora.


— Não sei se vai entender tudo isso, mas namorei um cara. Ele dormiu com outra mulher há seis meses. Peguei-o com as calças baixas, literalmente. Terminei com ele. Agora a mulher com a qual ele me enganou simplesmente rompeu com ele e então ele está tentando reatar comigo. O tipo foi eleito xerife no ano passado. Ele mandou aqueles dois valentões com quem trabalha a minha casa para me buscar. Acha que pode me obrigar a ficar com ele, que o aceitarei de novo. Mas não se preocupe. Vou lidar com ele de algum jeito e conseguirei que me deixe em paz. Então aqueles idiotas não retornaram. Venha viver comigo. Tenho tecnologia moderna. Você gostará da televisão e das duchas com água quente. Não terá mais que caçar sua comida. Posso comprá-la nas lojas. Sou dona de uma cantina. Não tenho muito dinheiro, mas estou indo muito bem. Posso ajuda-lo com um bom lugar para viver e muito alimento, desde que não necessite uma tonelada de comida. Rindo, ele olhou para baixo, para seu corpo. Seus olhos se levantaram para olha-la nos olhos. — Muito bem. Você é grande. Podemos complementar com um pouco de caça. Sou proprietária de muita terra. Pode pegar um coelho e eu farei um bom guisado. Também sou boa com a churrasqueira. Temos um rio para pescar. Não precisa viver mais desta maneira. Posso protegê-lo e lhe ensinar a ler e escrever. Dessa forma poderemos nos comunicar. Aqueles olhos incríveis pareciam muito divertidos de novo. Perguntou-se o que podia lhe divertir tanto. Ele se levantou e caminhou até a mochila para abri-la. Ela viu um pequeno dispositivo que escondeu na palma de sua mão. Caminhando de volta para ela, sentou-se com as pernas cruzadas sobre a bolsa de dormir e mostrou o pequeno objeto a ela. Era do tamanho de um pacote de cigarros, todo negro, com botões nele. Ela franziu o cenho, se perguntando o que era. Nunca tinha visto nada igual.


Apertou um botão e grunhiu. Riu, olhando-a, observando cada movimento de Casey enquanto olhava a pequena caixa na palma de sua mão. Algo grunhiu de volta. Assustada, ela pulou e logo riu de si mesma. Devia ser um gravador. Vira alguns antes, mas nenhum como aquele. Ele apertou o botão e grunhiu de novo. Soltou o botão. A caixa lhe grunhiu. Casey sorriu para ele enquanto segurou a caixa. Ele gostava de brinquedos. — Posso comprar alguns melhores que esse. Espere até que te vicie com música. Mordendo seu lábio, ele lentamente ficou de pé. Caminhou até a beira da caverna para olhar através da espessa cortina de água do rio. Voltou-se para observa-la. Casey esperava que ele estivesse pensando na ideia de viver com ela. Ela não queria que vivesse como até agora. Ela queria ficar com ele. A culpa a carcomeu com esse pensamento. Ele não era um bichinho de estimação perdido que podia levar para casa e pôr uma coleira. Seu olhar percorreu o corpo musculoso e sexy. Não, definitivamente não era um mascote. Ela o queria, mas não para lhe pôr uma coleira, a menos que viesse com algumas algemas para atálo a sua cama, para possuir seu corpo e fazer divertidos joguinhos sexuais. Ele caminhou para a mochila outra vez. Abriu-a e retirou roupas secas. Ela o observava. O material era como o outro traje, parecia couro. Alguém tinha feito essa roupa para ele. Seu coração se apertou em seu peito. Haveria outra mulher como ela por aí que havia feito a roupa? Teria o estranho hábito de salvar mulheres no bosque e fazer amor com elas? Teria sido dessa forma que conseguiu o brinquedo e a roupa? Por que a mulher não estava com ele? Casey não o deixaria ir tão facilmente se ele fosse para casa com ela. Ela o seguraria por todo o tempo que pudesse. Depois de vestir-se, colocou suas botas molhadas de novo. Seus olhos finalmente se voltaram para ela. Agachando-se, tirou


outro conjunto de roupas. Caminhou até ela e lhe ofereceu uma camisa e a calça. Ela hesitou antes de ficar em pé, fechou seus dedos ao redor do traje. Ele retrocedeu uns poucos passos após soltar as peças. — Não acho que sejam do meu tamanho, mas estão secos. Muito obrigado. São diferentes. Nunca havia sentido ou visto este tipo de material. Parece couro, mas é mais suave. Ele estava sorrindo de novo. Deu-lhe as costas, ela colocou a calça sobre o saco de dormir. Tentou vestir a camisa, era estranha, descobriu prendedores de velcro em lugar de botões, a parte dianteira da camisa era revestida de um material mais duro e flexível. Estava folgada como o inferno nela, mas pelo menos não tinha que se preocupar que ele a visse sem o top e com os seus seios soltos sob sua camisa. Era enorme, como ele. Teve que enrolar as mangas para encontrar suas mãos. Quando ela se agachou ouviu um grunhido atrás dela. Ela sorriu, virando a cabeça. O danado estava vendo seu traseiro aparecer na parte inferior da camisa dele. — Ah, você gosta de um traseiro, hein? Pensei que queria que me vestisse. Seus olhos se afastaram de suas curvas expostas. Ele assentiu com a cabeça. O arrependimento a alagou. A ideia de fazer a posição cachorrinho com ele a excitava. Apostava que ele era bom nisso. A culpa a atingiu outra vez. Só porque tinha certas característica de um animal não significava que gostava de transar como um. Mordeu o lábio, enquanto afastava seu olhar dele. Ela abriu as calças para entrar nela. Era muito comprida para ela, percebeu o quão longas eram as pernas pelo material extra reunido a seus pés. Quando tentou prender a calça descobriu outro dilema ao se afundar nela. Tudo em que pôde pensar em fazer era enrolar as pernas da calça até seus tornozelos para não pisá-los. Não


tinha nem ideia do que fazer com a cintura folgada, começou a juntála e segurar com a mão. Ele estava agachado na frente dela antes que o visse vindo. Ele sorriu, mostrando seus dentes afiados, enquanto estudava o problema. Enrolou a parte superior da cintura para baixo um par de vezes até torna-la mais grossa ao redor de seus quadris e se mantiveram no lugar. Admirou sua obra antes de levantar a cabeça, seus olhares se encontraram.

Capítulo Três

Pela primeira vez em sua vida, Casey se sentia uma viciada em sexo. Pensamentos travessos preencheram sua mente olhando para aqueles olhos incrivelmente azuis. O odor masculino seduzia seu nariz. Só de estar perto dele deixava-a quente e desejosa de despi-lo de novo e repetir o que tinham feito sobre o saco de dormir. Ela viu como seu nariz se dilatou quando ele sentiu o cheiro de sua excitação, seus olhos a fitaram famintos olhando o V de suas coxas. Céus, ele podia cheirar sua excitação. No entanto a suas mãos não soltaram a mochila, fechou-a. Ficou ali, olhando-a. De repente se aproximou dela. Quase caiu ao ver sua altura enquanto levantava o queixo para olhá-lo. Quando ambos estavam deitados não parecia tão alto. Sentia-se pequena em comparação ao gigante musculoso. A atração


sexual

correu

entre

eles

como

eletricidade.

Seus

lábios

se

entreabriram, quando ele grunhiu para ela daquele jeito sexy. — Não sei por que, mas porra... Você me excitada. — Ela ruborizou quando se deu conta que o havia dito em voz alta. Ele sorriu, estendendo a mão e acariciou seu rosto. O homem tinha as mãos grandes. A pele áspera roçou sua face. Ela quase virou a cabeça para olhar a sua mão, mas isso significaria que teria de afastar os olhos dele e simplesmente não podia fazê-lo. Ele assentiu com a cabeça. — Eu o excito? Os olhos azuis se entrecerraram, seu nariz se dilatou, enquanto grunhia. Lábios grossos se separaram, mostrando seus dentes afiados. Um suspiro saiu depois. Afastando seu olhar dela, virou a cabeça para olhar atrás deles para a cascata por um longo momento. Seu corpo se retesou quando baixou a vista para olha-la, apontando para a água. — Quer que saiamos? Mas acabamos de nos vestir. Vamos nos molhar outra vez e os policiais estão aí fora nos procurando. Se encontrarem a mim não tem importância, mas a você... Sabe o que aconteceria a alguém como você, não? Se o virem saberão que é diferente. Eles poderiam... Um grunhido a deteve. Ele negou com a cabeça, a fome em seus olhos substituída pela ira. Casey mordeu o lábio. Fora capturado antes? Era por isso que parecia tão furioso? Alguém alguma vez o tinha machucado? Realmente, desejava que pudessem falar um com o outro. Ele respirou fundo, deixou cair à mão que a tocava na face. Seus dedos roçaram seu braço descendo até agarrar sua mão, girou o corpo e puxou-a em direção à água. — Não. — Ela estacou, puxando a mão que a segurava. — Temos que ficar aqui onde é seguro. Ele riu entre dentes quando se virou rapidamente para vêla. Casey o viu agachar-se e no momento seguinte seu mundo ficou


de cabeça para baixo enquanto seu quadril bateu no ombro largo. Estava sendo carregada novamente, o braço dele prendeu-a por trás dos joelhos para se assegurar de que ela ficasse ali. A mochila ao lado dela amortecia seu corpo sobre suas costas. — Porra! Ponha-me no chão. Não entende que quando atacou os policiais aqueles dois idiotas devem ter pedido reforços? Mais pessoas estarão lá fora para nos caçar, conheço minha propriedade e se sairmos vão nos encontrar. Ninguém sabe onde fica essa caverna, não poderão nos encontrar se nos escondermos aqui, onde é seguro. Devemos permanecer ocultos. Devemos... Casey ficou sem fôlego quando o homem saltou da beirada para a água através da cascata. Caíram com força nas águas geladas antes de se afundarem no rio. Não pôde emitir nenhum som com seus pulmões fechados pelo choque com a água gélida. A parte superior do corpo flutuava na água enquanto ele subia para superfície do rio, seu braço continuava enlaçando firmemente suas pernas contra o peito. Nadou rapidamente para a margem e sentiu as pisadas de suas botas, agora em direção ao bosque. Ela aspirou ar, quase sufocada. Ele caminhava com ela em seu ombro como se todos os seus sessenta e oito quilos não fossem nada e rapidamente entrava em uma trilha no bosque. Usando as mãos, ela afastou seu cabelo do rosto, estava encharcada e congelada. Logo estaria escuro e a temperatura iria baixar ainda mais à medida que a noite avançasse. O medo se apoderou de Casey quando ele parou e rosnou profundamente, seu corpo enrijeceu com algo que, obviamente, tinha visto ou cheirado. Provavelmente era a polícia estadual quem teria sido chamada quando os dois policiais foram atacados. Casey sabia que o Pé Grande realmente a tinha salvo e a levara para protegê-la. Ela sabia, com certeza, que isso não seria levado em consideração pela policia. Agora seriam capturados por ele não tê-la escutado quando o alertou sobre o perigo de deixar a caverna.


— Merda. O que é isso? — Ela sussurrou no caso de não terem sido vistos ainda. — Temos que voltar a caverna. Ele rosnou mais profundamente. O que a assustou foi o fato de escutar outro rosnado em resposta. Soube, por instinto, que não tinha saído do homem que a estava carregando. Estava mais à frente no caminho, mas perto o bastante para lhes fazer saber que procedia de algum lugar próximo. Retorceu-se, tirando freneticamente o cabelo úmido que caía sobre seu rosto, tentando ver em torno de suas costas largas. Haveria dois deles? O que aconteceria se esse Pé Grande tivesse um irmão? Ela não seria um brinquedo sexual, droga. Se ele esperava compartilhála com outro homem, iria quebrar a cara. Se estivesse pensando... E se esse outro Pé Grande fosse um rival querendo copular, também. Lutariam entre si como os ursos? Tinha ouvido brigas de ursos, próximas a sua casa. Mas e se fosse realmente um urso? O homem que a carregava era forte e grande, mas não seria rival para um grande e feroz urso pardo. Casey finalmente se torceu o bastante para poder ver o final da trilha. Um segundo homem surgiu na entrada da clareira, se parecia muito com o Pé Grande que a carregava. Ficou com a boca aberta, o outro se vestia com um traje similar ao que eles usavam. Seu cabelo era longo e selvagem como o do Pé Grande só que eram castanhos. Ela viu seus olhos brilhantes, de um diferente tom de azul, e esses olhos a olhavam fixamente. Grunhindo mais baixo. O seu Pé Grande grunhiu em resposta. Parecia um grunhido ameaçador como o de um predador querendo afastar outro da mesma espécie. O medo subiu lentamente por sua coluna com a ideia de que poderiam brigar. Seu bosque estava cheio destas coisas? De onde tinham vindo? Tinha toneladas de perguntas, mas nenhuma resposta. O grandão que a segurava respirou profundamente, sinalizou com sua cabeça para o outro e voltou a grunhir. Moveu os ombros e a mochila caiu ao chão.


O segundo homem desviou sua atenção de Casey. Com um movimento de cabeça chegou mais perto, agarrou a mochila e se afastou abaixando seu rosto, quase em reverência. Casey ficou atônita quando viu o homem dirigir-se ao outro lado do bosque um segundo antes que seu Pé Grande se movesse seguindo-o. — Me põe no chão. Para seu desgosto o Pé Grande seguiu caminhando levandoa sobre o ombro. Casey só podia pôr suas mãos na curva de suas costas, onde esta se arqueava para seu traseiro firme, se empurrou para cima tentando usa-lo como alavanca para que não ficar pendurada sobre seu ombro. Tudo o que conseguiu foi mover o quadril um pouco mais para cima de seu ombro. Isto fez com que seu ponto de equilíbrio saísse do lugar tornando impossível levantar a parte superior do peito para longe de suas costas. Também levou seu rosto para mais perto de seu traseiro e sabia que ele fez isso de propósito. Ela se empurrou várias vezes até se render, quando se deu conta de que não a desceria. Casey

estava

com

medo

enquanto

caminhavam

rapidamente pelo bosque. Ela não sabia se eram apenas dois deles e não tinha ideia de para onde iriam. E se houvessem dúzias de Pés Grandes acampando em suas terras? Será que todos se reuniam todo ano como em uma reunião familiar? Suas terras seriam uma versão de hotel onde se encontravam para celebrar? O sol estava se pondo, quase não conseguia ver nada mais, mas a escuridão não diminuiu a velocidade do homem. Casey estava começando a ter dor de cabeça por tanto sangue se concentrar em sua cabeça. Ela suspirou. — Pé Grande. Cara? Ele resmungou baixinho, sua mão esfregava sua perna com delicadeza, mas não deixava de caminhar. Deviam ter percorrido quilômetros, mas nem mesmo assim diminuiu a velocidade.


— Estou com dor de cabeça por ficar nesta posição por tanto tempo. Entendeu? Tanto sangue em minha cabeça causa dor. O alívio correu através de Casey quando ele parou. A moveu, deslizando seu corpo até alcançar seu peito, acomodando-a em seus braços até ficar face a face com ele. A segurou com força baixando-a até o chão com um braço ao redor de sua cintura, prendendo-a junto a ele. Mal podia distinguir sua sombra na escuridão. A lua se escondia atrás das densas árvores fazendo dele apenas uma sombra em meio à escuridão. As mãos de Casey tocaram a curva de seus ombros. Com as mãos livres ele levantou suas pernas, ela as apertou ao redor de seus quadris e colocou os braços ao redor de seu pescoço. Duas mãos grandes agarraram seu traseiro, apertando-a contra ele. Cruzou os tornozelos e então entrelaçou seus dedos atrás de seu pescoço para ajustar-se melhor. Sentia-se observada, mas não estava certa se era o seu Pé Grande ou o outro. — Pode me descer. Posso caminhar. Ele soltou uma de suas mãos de seu traseiro só para agarrar seu pé descalço, esfregando-o. Casey assentiu com a cabeça, entendendo o que ele estava tentando lhe dizer. — Está certo. Não tenho sapatos. Mas sou pesada. Suas costas não doem? Seus braços? Maldição, o ombro sobre o qual me carregava? Sei que é grande e forte, mas... Ele riu e grunhiu suavemente para ela. Soltou seu pé para agarrar seu traseiro e mantê-la de frente a ele, enquanto ele acariciava sua bochecha com a dele. Entendendo o que ele queria, ela virou a cabeça para repousar contra o calor de seu pescoço. Aspirou seu maravilhoso aroma já que seu nariz tocava sua garganta. Agora que ela já não estava lhe bloqueando a vista, ele começou a caminhar novamente. Casey relaxou em seus braços, apreciando a sensação de seu Pé Grande colado a ela. Se ele tinha decidido carregá-la então


iria deixar. Vagar cegamente pelo bosque à noite, descalça, enquanto estava fria e úmida não tinha nenhum atrativo. Estremeceu quando o vento frio soprou através das árvores e os ramos sussurram acima deles. O calor de seu corpo a ajudou a manter-se quente onde estava pressionada contra ele. Ele parou. Os olhos de Casey se abriram e ela virou a cabeça para ver o que ele estava olhando. Estava muito escuro para que pudesse ver alguma coisa, mas, de repente, uma luz riscou o céu à distância. Ela franziu o cenho olhando para cima, observando a pequena luz que se movia em grande velocidade para eles. Suas sobrancelhas se levantaram. É uma estrela cadente? Tentou escapar dos braços do Pé Grande. A coisa que voava parecia vir na direção deles. — Merda. — Sussurrou. As mãos em seu traseiro a apertaram. Virou a cabeça para olhá-lo, mas só via uma sombra. Um suave grunhido proveio do outro Pé Grande e a boca a centímetros da sua respondeu. Casey ouviu um leve som de motores. Que diabo era aquilo? Sua mandíbula se abriu em surpresa quando seus olhos se encontraram de novo com a pequena luz que se movia rapidamente. A luz e o ruído pareciam uma espécie de avião, mas não conseguia vê-lo. Não podia ser um helicóptero, era silencioso demais. E muito menos um pequeno avião, seria impossível aterrissar em uma área de bosques, a menos que houvesse uma estrada reta. O piloto teria que estar louco por sequer pensar em aterrissar em qualquer uma das estradas estreitas desta área. O lugar era cercado de árvores. Seja lá o que fosse, estava sobre eles. Agarrou-se a ele quando, do nada, uma porta se abrindo surgiu e uma luz a cegou. Olhou a área ao redor deles, que estava coberto com a luz brilhante. Ela podia ver que estavam em uma pequena clareira com algumas


árvores ao redor deles uns bons seis metros de distância. Seu olhar voou para seu Pé Grande, agarrando-se a ele com terror. Seus belos olhos brilharam com divertimento enquanto ele a observava com cuidado. Soltando um dos lados de seu traseiro, ele apontou para cima, um sorriso de diversão separava seus lábios. Casey negou com a cabeça, incrédula. — Não pode estar falando sério. Não vamos entrar nessa coisa, não é? Que diabos é isso? Ele continuou sorrindo. Casey o abraçou com força quando algo caiu perto deles. Ela começou a se debater em seus braços para escapar, mas seu abraço se apertou mais. Parecia perceber seu terror ao desconhecido. A surpresa se tornou terror quando ela viu o que planejavam fazer. — Ah não, nem pensar. — Ela negou freneticamente com a cabeça. — Não. Ele se moveu antes que ela recomeçasse a lutar. Seu Pé Grande agarrou um tipo de arnês pendurado naquela coisa que sobrevoava acima deles. Ela tentou soltar-se, ouviu seu grunhido, sua diversão desapareceu por completo, enquanto soltava o arnês para agarrá-la com as mãos de novo. Lutando freneticamente, ela olhou para o que estava muito acima de suas cabeças. Aquela coisa iluminada tinha que estar a mais de quarenta metros acima deles. De maneira nenhuma ela ia deixá-lo prende-la a algo estranho com uma corda e a levantar no ar. Ser presa para ir ver seu ex-namorado não parecia tão ruim agora. De repente o outro Pé Grande estava ao lado deles para fechar a correia do arnês ao Pé Grande e a Casey, já que ele não a soltaria de maneira alguma. Seus braços bem que poderiam ser cintos de aço fechando-se ao redor de sua cintura. As mãos do outro homem a empurraram para o homem que a agarrava fortemente para fechar o arnês. O outro homem deu um passo atrás quando o fecho travou. Seus corpos se balançaram no ar. Ela deixou de lutar


imediatamente. Casey se agarrou a ele com força, apertando seu corpo com suas pernas e seus braços. Ela se agarrava a ele rezando para não cair. O vento os golpeou quando se aproximavam da luz brilhante. Casey ocultou o rosto no pescoço do Pé Grande. — Ai, meu Deus! Não me deixe cair! — Ela gritou. Ela poderia ter jurado que ele se pôs a rir. Seus braços fortes estavam fortemente presos ao redor dela. Já sabia que era musculoso, mas a carregara por vários quilômetros e agora este não era o momento para ficar cansado. Ela não queria olhar para baixo. O som do motor estava mais forte. Ela se atreveu a abrir os olhos, estavam em um local com paredes de metal e cercada por luzes. Ficou em alerta quando viu outro Pé Grande. Este tinha o cabelo vermelho-selvagem com brilhantes olhos verdes, que se fixaram nela. Vestia o mesmo traje de couro, talvez fosse um uniforme. Cada um deles era alto e musculoso. Tinha o pressentimento de que estava completamente enganada sobre o Pé Grande. Segundo a lenda, as criaturas míticas eram solitárias e, certamente, não tinham naves voando por ai. Ele era uma espécie de supersoldado do governo? Talvez algum cientista maluco os tenha criado para algum tipo de projeto experimental secreto do Exército. No entanto, quem se alistaria voluntariamente para mudar seu DNA? Ela sem dúvida não iria. Se seu grandão era algum projeto secreto do Exército, por que a levaria para a sua base? Um novo temor tomou conta de sua mente. Seu Pé Grande relaxou um pouco, mas ainda a segurava com força. O ruivo grandão a olhou e lhe deu um sorriso amistoso. Grunhindo, seus olhos se voltaram ao homem que segurava Casey. Seu Pé Grande grunhiu de volta piscando um dos olhos. Casey realmente teve um mau pressentimento, o ruivo desenganchou a correia do arnês e deu um passo atrás. Casey encontrou os olhos de seu Pé Grande. Estava sorrindo. Então deu a volta, ainda com ela


agarrada a ele e se moveu até uma porta de metal fechada. Enquanto avançavam não tocou em nada. A porta se abriu, obviamente, tinham algum tipo de sensor de movimento. Continuou a caminhar por um corredor. — Desça-me. — Casey quase suplicou. O Pé Grande seguiu caminhando até chegar a outro corredor, ignorando por completo sua suplica. Ele parou de frente a uma das muitas portas, estendeu um braço para tocar com sua palma um painel elétrico preso à parede. A porta zumbiu, antes que se abrisse deslizando. Ele entrou, a porta deslizou novamente fechando-se

atrás

deles.

Casey

girou

a

cabeça

olhando

freneticamente ao redor do quarto. Uma cama grande, integrada com gavetas em baixo dela, ocupava a maior parte do espaço pequeno. Ao longo de uma parede havia prateleiras com mais gavetas. As paredes eram feitas de uma espécie de material de metal preto e brilhante que era muito estranho para ela, como a maioria das coisas que vira desde sua chegada à nave. Havia uma porta aberta do outro lado do quarto deixando-a ver um banheiro com uma banheira bem grande. Estava distraída estudando o lugar quando o braço que a envolvia pela cintura desceu seu corpo com cuidado. Enquanto o soltava, Casey se aprumou sobre seus pés e o olhou fixamente. Ele olhou para trás dela durante alguns segundos antes de afastar-se se dirigindo para uma pequena tela com botões, semelhante a um computador ou televisor pequeno, de aspecto estranho. Ela o viu tocá-lo com um de seus dedos e uma brilhante tela azul, com símbolos estranhos movendo-se ao longo dela, se abriu instantaneamente. Ele deixou cair à mão depois de apertar um par de botões e cruzar seu olhar com o dela novamente. — Pode me entender agora? Este é um programa executado pelo Conis que permitirá nos comunicarmos com facilidade.


Casey engoliu em seco, surpresa. Sua boca se abriu, mas não saiu nada. Seus lábios se moveram e ela ouviu seu suave grunhido, mas palavras em inglês tinham saído dos alto-falantes ocultos na sala. Ela tentou falar de novo. Não sabia o que pensar nem o que dizer. Muitos pensamentos percorriam sua cabeça. A primeira pergunta finalmente passou por seus lábios. — Você não é um Pé Grande, não é? Uma sobrancelha negra se arqueou. — Tenho os pés grandes comparados com os seus. — Um homem da neve. Você não é um deles, não é? — Não sei o que é isso. Não estou familiarizado com as diferenças de raças dos seres humanos. Ela precisava sentar-se. Seres humanos? Sua mente girava com força. Disse humanos como se a palavra fosse estranha para ele e também a tinha pronunciado mal. Saiu "human-ins". A maneira como falava era estranha. As diferenças de raças dos seres humanos? Nós não temos diferentes raças de seres humanos. Ela deu alguns tropeços, em colapso, na beira da cama, sem afastar o olhar dele. Um suspiro escapou de seus lábios. — Está surpresa por eu não ser humano. O que achou que eu era? O que é um Pé Grande? — O que você é? — Disseram-me que sua Terra não acredita que há vida em outros mundos. Odeio te chocar, mas seria uma teoria errônea, há vida lá fora. Sou um guerreiro Zorn, do planeta Zorn. Soubemos a respeito de seu planeta quando uma humana foi capturada por outra raça alienígena e mantida em cativeiro com alguns de nosso povo, os Zorn. Meu povo a libertou de sua prisão e um dos nossos guerreiros Zorn tomou essa humana como sua vinculada. Ele é meu irmão. Acho que você chamaria o termo de vinculo como casamento. Alguns dos meus guerreiros Zorn vieram aqui para encontrar mulheres humanas


para se vincularem. Meu irmão e sua humana são muito felizes juntos. Casey realmente estava contente de estar sentada enquanto olhava ao bonito homem alienígena Zorn. Seus olhos pousaram sobre o traje ajustado minuciosamente ao seu corpo. Não era de estranhar que fosse um uniforme militar de couro. Fazia muito sentido se era um guerreiro. Outro pensamento passou por sua cabeça. Era um guerreiro, queriam atacar a Terra? Seus olhos se abriram. — Estão atacando meu planeta? Um sorriso curvou seus lábios. — Não. Você gostaria que o fizéssemos? — Não! Riu entre dentes, alcançando a frente do traje dele e começando a abri-lo. — Bem. A guerra não é algo da qual fujamos, mas tampouco a começamos. Somos uma espécie inteligente. Peço-lhe perdão por não ter um implante comigo para colocá-lo em seu ouvido e assim poder nos comunicar. Não esperava encontrá-la, Casey. Tinha descido à superfície para dar uma olhada em seu planeta. É muito bonito e bem diferente do meu mundo. Vocês só têm uma lua e é muito distante. A fauna é muito dócil em comparação ao lugar de onde venho. É por isso que não se tornaram uma raça guerreira? Ela não tinha nem ideia de como responder a essa última parte da conversa. — Fala isso por que não se encontrou com um urso. — Ela disse finalmente. — São grandes e perigosos. — Não, não encontrei. — Abriu a camisa e a arrancou de seu corpo. Lançou-a em direção a porta do banheiro aberta. — Tire a roupa molhada. Está gelada. Vamos tomar um banho. Tenho fome. Eles nos trarão algo para comer. Temos mantimentos que a vinculada de meu irmão come. Espero que isso a agrade. Ela negou com a cabeça.


— Espere, vamos começar de novo. Ele franziu o cenho, mas parou o que estava fazendo. Casey quase gemeu. — Não literalmente. É uma forma de falar. Estou confusa. O que é um implante? O que quer dizer com alguns de seus homens vieram aqui para encontrar mulheres? Não há mulheres em seu planeta? Estou muito confusa. — Ela respirou fundo. — Qual é seu nome? Esse tempo todo o chamei de Pé Grande, mas não é um. Ele riu entre dentes. — Meu nome é Argernon. Meu povo me chama Argis Argernon. Argis é meu título, o lugar que ocupo no governo de meu planeta. Meu pai governa Zorn. Sou o segundo filho na linha a governar. Não se sinta intimidada por meu posto. Meu pai é muito saudável e assim também é meu irmão, Ral. Nunca terei que governar meu planeta. Um implante é algo que terei de providenciar e logo, mas não quero fazê-lo aqui, poderia ser doloroso sem um curador para inseri-lo. Não temos um a bordo agora. É um pequeno dispositivo que se coloca dentro dos ouvidos. Desta maneira não necessitamos um conis para nos traduzir. Você será capaz de me entender e a qualquer outro Zorn que escute ou fale. — Sorriu. — E há mulheres em meu planeta. Só que alguns homens gostariam de se comprometer com uma humana. A vinculada de meu irmão causou uma grande impressão em muitos de nossos homens. — Conis? Apontou outro aparelho. — Creio que vocês chamam de computador. É isso? A vinculada de meu irmão esteve trabalhando com o programa de tradução para que os humanos possam entender algumas palavras diferentes como: conis, que para vocês é um computador. Algumas delas ainda estão sendo traduzidas e seu significado adaptado, mas me ensinou algumas palavras com a tradução. Ela disse que seriam úteis. Computador é uma delas.


Casey mordeu o lábio. — Que outras palavras ensinaram a você? Ele sorriu. — Clitóris. — O que disse? — Ela estava certa de que tinha escutado errado. — Unis é nossa palavra para clitóris. — Seu sorriso aumentou, seus olhos baixaram para o vão entre suas pernas. — Nossas mulheres têm um unis. O seu é chamado clitóris é a parte que eu... — Entendi! — Casey corou quando cortou o resto da frase. Recordava muito bem o que tinha feito a ela. — Certo. E que outras palavras ela te ensinou para se entender com os seres humanos? Ele inclinou sua cabeça. — Discutiremos essas palavras em outro momento. Sinto-me sujo e estamos molhados com a água do rio, que não cheira bem. Tire a roupa. Venha comigo. Vou lavá-la e alimentá-la. Levantando-se lentamente, Casey se agarrou a sua camisa. — Tenho que voltar para casa logo. Ele a estudou. — Te garanto que vai voltar logo para casa, Casey. — Sorriu. — Mas primeiro quero conhecê-la. Quero que saia dessa roupa. Ela hesitou. Ele era um alienígena, de outro planeta. Fizera amor com ele antes, pensando que fosse uma criatura legendária. Ficou de pé enquanto se despia lentamente. Podia não ser o Pé grande, mas era o ser mais sexy do universo. E ela queria que aquele contato se repetisse. Seus olhares se encontraram enquanto se despia. Ele a observava, enquanto tirava as botas e a calça. Nua, molhada e gelada em cada maravilhosa polegada exposta a ele. Sua atenção se fixou em seu baixo ventre. Seu corpo respondeu


imediatamente a sua excitação grossa e quente apontando para cima, lhe demonstrando o quão excitado estava. Seus músculos internos tremeram enquanto a umidade surgia entre suas coxas. O banheiro era minúsculo. Olhou para a privada. Era obvio o que era, mas não era igual ao de sua casa. A ducha capturou sua atenção. Não havia portas ou uma cortina que o separasse do resto do banheiro. Argernon riu entre dentes. — Desculpe-me pelas instalações inapropriadas, mas esta nave foi desenhada para ser uma ponte. Nossas mulheres não são guerreiras, não as transportamos nela. Não foi construída pensando na comodidade delas. Não podíamos trazer uma de nossas grandes naves para perto de seu sistema solar, as defesas de seu planeta poderiam nos detectar. Quando essa nave sair de órbita, iremos nos unir a nave mãe e voltaremos para Zorn. — Uma ponte? — Uma nave pequena, desenhada para transportar com velocidade a nossos guerreiros de um lugar a outro. Esta é usada para transportar nossos feridos ou para nos levar a uma batalha com rapidez.

possuí

dez

alojamentos

particulares

e

uma

sala

compartilhada pelo restante da tripulação. Este é o maior quarto na ponte, o do capitão, o peguei já que sou Argis. Desejaria ter mais privacidade para ficar com você do que a que me oferecem na nave mãe, que utilizamos para as viagens mais longas. — E o que significa Argis? — Disse-lhe isso. Meu pai governa Zorn. Argis é um título de minha família. Argis é... — Fez uma pausa, sua mente trabalhando, ele encolheu os ombros. — É meu status familiar em meu planeta. Meus irmãos e eu, todos somos Argis. — Tem irmãs? — Sim. — São Argis também?


Ele negou com a cabeça. — Bratha. Essa é a designação. Isso significa mulher da minha família. Minha mãe é Bratha Alluwn. Seu nome é Alluwn. Minhas irmãs são... — Já entendi. Ele sorriu. — Também entende o muito que a desejo? — Seu olhar percorreu seu corpo. O corpo dela respondeu à fome em seus olhos. — Sim, Argernon. Mãos grandes e quentes a alcançaram, agarrando-a pela cintura enquanto ele a levantava e caminhava para a ducha.

A

princípio a água veio como pingos de chuva. Argenon agitando sua mão no ar fez fluir um jato forte de água quente. Sorriu, vendo Casey ficar sem fôlego pela surpresa diante da repentina imersão de água. — Sinto muito. Não quis assusta-la. A água estava caindo, não podia olhar para cima e vê-lo. Ela afastou o cabelo castanho molhado do rosto e levantou sua mão para proteger seus olhos da força da água enquanto olhava para seu peito. — Por que é assim? Ele riu entre dentes. — Não são desenhadas para compartilhar. Têm o propósito de limpar rápido. Teremos que esperar para compartilhar nossos corpos quando sairmos. Ficaremos muito limpos. Essa água tem produtos químicos que limparão nossa pele e cabelo, mas não deve bebê-la ou ficará doente. Deixou que a água corresse descendo sobre ela, mas se mexeu se aproximou do corpo de Argernon. Moveu suas mãos até seus quadris, roçando as palmas das mãos sobre sua pele. Uma mão se levantou para agitar o ar acima deles e parar a água que corria. Casey limpou o rosto com as mãos para assim poder olha-lo. Lançou o cabelo molhado para trás. Ela apreciava seus traços fortes e


bonitos, mesmo ele não sendo humano. No que dizia respeito a alienígenas, ele era malditamente sexy. — Quero estar dentro de você agora. Feche seus olhos e não se assuste. Sentirá calor. Estirou a mão para pressionar uma parte da parede da ducha. Casey ouviu um clique e fechou os olhos. Ela ofegou quando o ar quente a pegava de cima e nos flancos. Era como estar em um túnel de vento com rajadas de calor. Como se alguém conectasse cinquenta secadores de cabelo em diferentes lugares ao mesmo tempo. A água secou sobre sua pele. A explosão de ar de repente parou. Ela abriu os olhos para ver Argernon. Estava sorrindo. — Não secou bem seu cabelo, mas se apertar o botão por tempo suficiente secará. No entanto, não quero fazê-lo. Fará com que sua pele resseque e você começará a se coçar. — Levanto a mão para roçar as gemas dos dedos sobre sua pele. — É tão pálida e suave, sua pele é macia e delicada. Mordendo-os lábios, Casey o olhou. Deixou de mordê-lo. — Vamos continuar conversando ou vai me levar para a sua cama? Agora o sorriso se ampliou. — Siga-me. — Ofereceu sua mão a ela que a agarrou. — Vamos. Ela o seguiu de volta ao dormitório. Era uma cama grande, mais larga e longa que uma cama king-size padrão. Um braço musculoso circundou sua cintura e Argernon a virou de repente para encará-la. Ficou sem fôlego enquanto ele a carregava e depois a jogara de costas na cama, fazendo-a saltar. Seu olhar cruzou com o de Casey. — Vi um vídeo de vigilância, um de minha espécie tendo sexo com uma mulher humana. Seu sexo é ligeiramente diferente das mulheres de meu mundo. Quero aprender tudo sobre seu corpo e


quero que aprenda sobre o meu. Sou um pouco diferente de seus machos humanos. A excitação tomou conta de Casey. — Está bem. Estou dentro. — Ele piscou e arqueou uma sobrancelha. — ―Estou dentro‖, esse é um termo de linguagem que significa que quero aprender sobre você. Então, isso significa que eu quero fazer isso. — E riu. — Bom, é melhor se preparar porque vamos fazer muito disso.

Capítulo Quatro

Argernon subiu à cama depois de Casey. Esticou o corpo enorme sobre a cama junto a ela. Casey rodou para seu lado e ficou de frente a ele, com apenas alguns centímetros os separando. Deixou os olhos descerem lentamente por seu corpo, planejando tocar cada detalhe de sua pele naturalmente bronzeada. Umedeceu os lábios. Argernon era alguém a ser devorado e degustado com requinte e prazer. Ela ainda não podia decidir por onde começar. Um sorriso separou os lábios dele. — Quão diferente sou em relação aos machos humanos? — Suas feições são um pouco diferentes. — Deslizou a mão e delineou ligeiramente seu nariz com a ponta dos dedos. — Há diferenças. Você tem dentes afiados e seus lábios são mais grossos. A estrutura de seus ossos é mais forte e mais pronunciada.


— Sou atrativo para você? Acho seu nariz atrativo mesmo sendo pontudo. Casey riu, assentindo com a cabeça. Definitivamente era atraente para ela. — Então meu nariz é pontudo? — Definitivamente. — Seus olhos percorreram seus seios. — Eu adoro sua pele pálida. — Não há ninguém entre seu povo que seja assim como eu? Ele negou com a cabeça. — Não. Eu gosto que seu corpo seja pequeno e muito mais suave do que o de nossas mulheres .— Sua mão se estendeu sobre seu ventre ligeiramente arredondado enquanto esfregava sua pele. — É muito suave e macia ao tato. Casey

acariciou

seu

rosto

e

continuou

descendo

lentamente, acariciando o peito, o abdômen, até finalmente chegar a seu quadril, deixando que seus olhos seguissem sua mão enquanto ela deixava seus dedos afagarem a cabeça de seu pau. — É bem maior aqui que um ser humano. — Em tamanho? Seus homens não são como nós? Sou mais grosso ou mais comprido que eles? Ela hesitou. — A cabeça de seu pênis é maior que a de um humano. Você é maior, em todas as partes, que qualquer homem com o qual já estive, mas para ser justa, eles eram do tipo menor. Sua ponta é mais grossa, mas fica mais grosso de novo a alguns centímetros acima da base de seu pênis. É incrível como me faz sentir. Isso atraiu um sorriso nele. —

Então

isso

explicaria

porque

é

tão

estreita,

tão

deliciosamente apertada. Quase senti dor, mas é muito bom. É perfeita e me sinto incrível quando estou dentro de você. — Seu sorriso morreu enquanto a fome por ela o assolava. — Você é mais suave em seu interior que qualquer outra mulher que tenha tomado.


— Qual é a diferença? — Você não tem bordas ásperas em sua volta. É tão suave e a sensação... — Ele grunhiu, aproximando-se. — Desejo-a de novo. Quando está excitada, seu cheiro me chama. Adoro seu gosto. Seu sabor é o melhor, Casey. Ao sentir seu cheiro percebo o quanto me deseja e eu nunca estive mais duro ou mais desesperado para estar dentro de uma mulher. Ela teve que se lembrar de como respirar. Seus mamilos ficaram duros com as palavras dele, sua vagina se inundou com a necessidade.

A lembrança dele

entre

suas coxas,

sua língua

acariciando seus clitóris, era um afrodisíaco forte. Não podia esperar muito tempo. Ela o desejava agora. — Que tal deixarmos de falar e mãos à obra. — Mãos à obra? — Ele se virou, de repente empurrando-a sobre suas costas. — Isso significa que quer que eu te foda? — Sim. — Ela agarrou seu pênis duro como uma rocha entre eles, sentindo-o pulsar na palma da mão. Pele suave cobria a ereção dura como o aço. — Por favor, Argernon. Quero senti-lo. — Ela esticou as pernas e as abriu dobrando os joelhos. Ele não fez nada mais que subir sobre ela para colocar seu grande corpo dentro do berço de suas coxas. Seus olhares se encontraram quando ele levantou seus quadris, pressionando o pênis grosso contra seu sexo úmido. Penetrando lentamente. Seu corpo resistiu à ponta grossa e áspera da cabeça no primeiro impulso, mas Casey só levantou seus quadris para ajeita-lo, abrindo mais suas pernas

para

aceitá-lo

mais

facilmente.

A

sensação

dele

se

empurrando para dentro dela, esticando-a, a fez gemer de prazer. Era puro êxtase, estava sendo preenchida ao máximo, sendo tocada em todas as suas terminações nervosas. — Está tão bom. É como estar no céu. — Ela fez uma pausa. Ele provavelmente não saberia o significado do que acabara de dizer. — Nada é melhor que você dentro de mim.


— Casey. — Ele gemeu. — Estou tentando me controlar. Não me excite muito ou posso machucá-la e não quero isso. Suas palavras a fizeram sorrir. — Me machucar? Argenon não retribuiu o sorriso. — Sou muito forte e não quero te machucar. A

imagem

dele

possuindo-a

de

forma

selvagem

e

descontrolada surgiu em sua mente. Na caverna ele tinha perdido parte do seu controle no final. E fora o céu e o inferno ao qual ela queria voltar a experimentar mais uma vez. Suas paredes internas se apoderaram dele estreitando-se ainda mais com necessidade. Ela o queria dessa maneira. Rápido, selvagem, desenfreado. Seu pau se retirou dela quase completamente, provocando sensações deliciosas. Um gemido saiu dela. — Acho que posso aguentar, Argernon. — Ela mexeu o quadril. — Dê-me tudo o que tem. Um grunhido saiu dos lábios de Argernon enquanto a penetrava mais duro e fundo. O impulso repentino a fez jogar a cabeça para trás em êxtase, suas unhas se enterraram em seus ombros e um forte gemido saiu de seus lábios. Argernon se congelou, enterrado

profundamente

dentro

dela.

Ele

começou

a

sair

lentamente. — Perdão por ter te machucado. Ela negou com a cabeça, abrindo seus olhos. Suas pernas se apertaram ao redor de sua cintura para mantê-lo no lugar. — Isso não doeu. Surpreendeu-me, mas foi incrível. Faça-o outra vez. — Tem certeza? — Mostrava preocupação em seu olhar. — Não sou tão frágil. Confie em mim. Então ele se retirou de seu corpo, obrigando-a a soltar as pernas para lhe dar mais espaço. Segurou seus joelhos para olhar para ela.


— Então vire-se e me dê o seu rabo. — Uau. — Ela engoliu em seco. — Ãmm... Acho que é muito grande para ir lá. Ele inclinou a cabeça, franzindo o cenho diante dela. — Quero tê-la dessa maneira. Ela piscou. — É muito grosso para isso. Serei atrevida, mas levará algum tempo para me acostumar e precisaremos de lubrificante. — Lançou um olhar a sua impressionante ereção. — Muito lubrificante. O cenho de Argernon se aprofundou, confusão estampada em seus traços. — Já está pronta para mim. Ela mordeu o lábio. — Estamos, ambos, falando de sexo anal? Sabe o que é isso? Ele negou com a cabeça. Casey ficou surpresa. Não tinham sexo anal no planeta dele? Isso era estranho. Depois de dar uma rápida olhada na cabeça grossa de seu pênis, ela não poderia dizer que estava decepcionada por não tê-lo preenchendo-a alí. Ele era muito grosso para fazer a maldita coisa anal com ela sem um pouco de dor. Se virou lentamente para ficar sobre as mãos e joelhos. Virando a cabeça, sorriu por cima de seu ombro mexendo o traseiro para ele, convidando e arqueando seu corpo para cima, já que ele era muito alto, de joelhos. — Gosta assim? — Você me faz tão duro. — Disse gemendo. Argenon se aproximou de seu corpo ficando acima dela, puxou-a para debaixo dele, colocou uma mão sobre a cama para sustentar seu peso e com a mão livre guiou o pênis até ela. Penetrou em sua vagina lentamente. Os dois gemeram alto, enquanto a penetrava com força. — Está tão quente, molhada e apertada.


— É uma sensação muito boa deste lado também. — Ela gemeu enquanto ele se movimentando com investidas curtas e longas que a deixava louca de prazer. Seus dedos se agarravam a cama. — Por favor, me foda mais rápido e forte. — Com muito prazer. — Ele rosnou. Seu braço livre enlaçou a cintura dela, apertando-se a ela para que não pudesse se mover enquanto a fodia rápido e profundamente. Sua mão mudou de posição, deslizou para frente e agora esfregava seu clitóris. Com o som de carne golpeando carne, Casey mal podia pensar. O êxtase sentido com o pênis indo e vindo em

seu

interior

era

arrebatador,

seus

músculos

vaginais

se

contraindo para mantê-lo em seu interior. — Ai, Deus! — Casey gemia e ofegava. — Ai, Deus! Não pare. — Não poderia nem se tentasse. — Grunhiu. Dentes afiados

se

apoderaram de

seu ombro.

Outro

grunhido saiu de Argernon, abafado contra a pele aprisionada entre os dentes, os quadris investiram mais rápido ainda. Seus corpos se chocaram, entrelaçados. As paredes vaginais o apertando mais, estreitando-se em volta de seu pênis. Casey gritou quando gozou intensamente. Os dentes afiados soltaram seu ombro e Argernon jogou a cabeça para trás. Um rugido saiu de seus lábios abertos, seu corpo estremeceu intensamente sobre o dela, seu sêmen quente se espalhou dentro de Casey. Seu quadril desacelerou até que não estava mais se mexendo. Casey desabou sobre a cama com seu traseiro para cima, já que Argernon tinha o braço agarrado ao redor de seu quadril para mantê-la no lugar. Ela ofegou e lutou contra o impulso de dormir após o esgotamento. O homem a tinha fodido como ninguém em toda sua vida. Um sorriso curvou seus lábios. Ele ainda estava plantado dentro dela. A mão dele se mexeu e seus dedos tocaram seus clitóris.


Isto a fez estremecer um pouco, pois estava muito sensível nesta região. Ouviu uma risadinha dele, antes que lentamente se retirasse de seu corpo, seus dedos se afastando de seu clitóris. Casey estranhou a sensação de não tê-lo dentro de seu corpo. O braço que a prendia foi retirado. Argernon caiu sobre seu flanco ao lado dela e de frente. Casey baixou o traseiro antes de fechar as pernas e as esticar sobre a enorme cama. Virou-se de lado e ficaram frente a frente. Seus olhares se encontraram. — Esse foi o melhor orgasmo que tive em toda minha vida. — Ela admitiu com um sorriso. — Foi incrível e quase sinto a necessidade de lhe agradecer. Argernon sorriu. — Para mim também foi e eu lhe agradeço. Você tem me feito muito feliz. Casey riu entre dentes. — Viu o que dá sair por aí salvando mulheres de serem presas? Ele franziu o cenho. — Por que a estavam prendendo? Estou familiarizado com este termo. Em Zorn significaria que violou as leis, seria julgada e castigada se fosse culpada. Quero que me conte tudo. — Disse a você que saía com o cara errado e que ele se deitou com outra mulher. Semana passada mandou os dois policiais, de quem você me salvou, me prender. Algemaram-me e levaram ao escritório de Dom e depois me deixaram lá, ele... — Ela ruborizou. — Ele queria ter relações sexuais comigo outra vez. Eu disse não. Então, ele me agarrou e tentou tirar minhas calças, disse-me coisas realmente horríveis. Lutei e gritei. Queria me obrigar a transar com ele, mas os policiais ouviram meus gritos e invadiram a sala e ele teve que me deixar sair. Os enviou novamente para me prende outra


vez. — Ela se estremeceu. — Desta vez, com certeza, ele não seria sido interrompido. Obrigado, Argernon. A ira fez sua boca se tornar uma linha apertada, os intensos olhos azuis arderam com raiva. — Posso entender que desejasse estar dentro de você desesperadamente, mas forçar uma mulher é imperdoável. Pensei que sua espécie fosse monogâmica. Ele não sabia disto? Ter outra mulher sexualmente pode fazê-la não querê-lo mais? Suas palavras a surpreenderam. Ela hesitou. —

Em

minha

cultura

nem

todos

os

humanos

são

monogâmicos, a maior parte de nós tem um único parceiro e sim, ele sabia. Mas você precisa saber que meu mundo possui vários povos com diferentes culturas. Suponho que em seu mundo não seja assim? Temia que sua resposta o aborrecesse. Não é que deveria se importar, mas a ideia dele com outra mulher a incomodava. Ele era de outro planeta. Aquela ideia de "leva-lo para casa com ela" já tinha feito com que ela pisasse nas nuvens. A tristeza a dominou sabia que ia perdê-lo. Agora ela desejava que ele fosse um Pé Grande precisando de ajuda e abrigo. Ele voltaria a seu planeta. Esse não seria um relacionamento duradouro para ela. — Meu mundo é diferente. Nossos homens se excitam com muita frequência. Entende o que quero dizer? — Que possuem muito apetite sexual. Argernon assentiu com a cabeça. — Uma de nossas mulheres não pode satisfazer a um de nós sozinha. A maioria de nós têm duas ou três mulheres em sua casa, sob sua proteção. Comprometemos-nos com somente uma mulher. Ela é a única que favorecemos e compartilhamos nossa semente, com a qual teremos descendência. Casey teve que fechar a boca, já que estava aberta. Não gostava do que estava ouvindo, agora pensando que era bom não


estarem em uma relação de longo prazo, então não importava muito sua opinião diante dessa declaração. — Quantas vezes ao dia fazem sexo? Ele encolheu os ombros. — Eu quero mais de cinco vezes ao dia, todos os dias. Esse era um número alto, mas nada que Casey não pudesse aguentar com um sorriso nos lábios. Inferno, o tipo era incrível na cama. — Por que suas mulheres não podem suportar isso? — Nossas mulheres são fisicamente diferentes de vocês. Recebi relatórios médicos que obtivemos em seus satélites artificiais que as humanas possuem a capacidade de gozarem com o sexo muitas vezes em um dia. Nossas mulheres sentem dor e não apreciam o sexo mais de duas vezes no dia. Seu unis fica no interior de suas, como vocês o chamam...? Ah, vaginas e o unis endurece, é incômodo depois de duas vezes. Já nas humanas o unis, seu clitóris, não está dentro de seus corpos, está fora e é muito acessível, sensível e extremamente satisfatório. — Uau. Nossa. — Casey deixou a informação entrar em sua cabeça. — Essa é uma das razões pelas quais muitos de nossos homens desejam comprometer-se com uma fêmea humana. Não só podem competir conosco em desejo sexual, mas vocês também apreciam o sexo em muitas posições que não são agradáveis a nossas mulheres. O que eles não sabem é o prazer incrível que se sente ao toca-la, que é tão diferente por dentro e, pelo Senhor das Luas, é quase inacreditável. Rindo, Casey esticou sua mão para que seus dedos explorassem seu peito musculoso. — Fique sabendo que isto vale para os dois. Seus olhos se estreitaram.


— Está excitada de novo, posso senti-lo? — Seu nariz se franziu sentindo seu cheiro. — Desejo-a tanto que chega a doer. Posso tê-la agora? Baixando os olhos, Casey ficou surpresa por Argernon estar duro outra vez. Ela passou a mão por seu corpo até agarrar o eixo duro perto da base, deslizou a palma de sua mão até a ponta grande e arredondada. Ela passou seu polegar ao redor da ponta roçando com movimentos lentos e circulares. Argernon gemeu, quando se deitou de costas. — Por favor, toque-me, Casey. Suas mãos são suaves e me dão um imenso prazer. Casey se sentou escarranchada sobre as coxas de Argernon. Utilizando as mãos, ela começou a explorar suas bolas, sopesando seu grande peso, e tomando nota do fato de que quase não havia pêlo ali. O soltou, com uma mão deslizou de seu eixo para cima, para a ponta grossa. Uma fração de pele , do tamanho de um moeda, na parte superior de seu pênis era rígida. Argernon gemeu quando seus dedos exploraram esta parte. Seu corpo grande estremeceu debaixo dela. Casey congelou. Seu olhar voou até o rosto. — Te machuquei? Ele negou com a cabeça, seu olhar se cruzou com o dela. — Esse é meu hais. Sente a área mais rígida? Pode ser comparado ao seu clitóris na forma com que você reage a mim quando o toco. É a área mais sensível do meu pau. Casey passou os dedos sobre ele, explorando cada polegada espetacular de Argernon. Ele estremecia sob seu toque suave enquanto ela massageava suas bolas com uma mão e esfregava a ponta sensível de seu pênis. Tinha pouco pêlo púbico, mas a trilha de seu peito até a cintura era peluda, percorreu o caminho devagar, apreciando o corpo forte e grande. Argernon estremeceu de novo.


— Preciso estar dentro de você. Não posso aguentar mais essa tortura. — As palavras saíram em um tom áspero. Casey foi jogada sobre suas costas em um instante quando ele se levantou. Ela ofegou por ar enquanto o corpo dele baixava sobre seu pequeno corpo. Ele a cobriu, usando os joelhos para abrir suas coxas e a penetrou sem aviso prévio. Casey gemeu agarrando seus ombros, envolvendo as pernas ao redor da cintura dele, puxando e apertando-o. Ele esticou suas paredes internas com sua grossura, preenchendo-a com o lento movimento de seu quadril. Ela gritou de felicidade. — Que delicia. Argernon a montou forte e rápido. Mudou a posição de seu quadril, levantando mais o corpo, passou um braço por debaixo do traseiro dela para levantar uma de suas pernas até seu peito. Ela teve que soltar seus ombros. Suas mãos terminaram agarrando seu quadril a imobilizando, tornando possível que Argernon se movesse mais rápido e mais forte dentro dela. Casey absorveu o prazer explodindo nela enquanto o quadril dele diminuía a velocidade. Ele gemeu, seu pênis pulsava com força contra as paredes de sua vagina, dentro dela o sêmen a inundava enquanto ele gozava. Abrindo os olhos, Casey viu o rosto de Argernon. Parecia sentir muita dor com a boca aberta mostrando os dentes afiados dos Zorn. Seus belos olhos azuis estavam apertados, a cabeça jogada para trás. Sua expressão de dor passou a ser de paz, quando seus olhos se abriram lentamente. Um sorriso surgiu em seus lábios. — Isso foi... — Não tinha certeza de que palavras poderiam descrever a maravilhosa experiência de fazer sexo com Argernon. — Eu sei. Casey conteve um suspiro. Estava começando a ter certos sentimentos por Argernon e isso a faria sofrer. Ela vacilou. — Por que me trouxe aqui?


Ele

se

retirou de

seu corpo

lentamente, seus

olhos

pausavam em qualquer lugar, menos nela. Suas feições ficaram frias, toda emoção desapareceu de seu rosto. Afastou-se dela para cair de costas ao lado dela na cama, então, voltou sua cabeça e se encontrou com seus olhos. — Não entendi a pergunta. Casey se virou para ficar de frente a ele. Ela não gostou de sua reação com a sua pergunta. — Por que me tirou da caverna e me trouxe para a sua nave? Agernon hesitou. — Não queria que nosso tempo juntos se acabasse. Ela tampouco o queria. — Não tenho que voltar em dois dias, Argernon. Mas tenho que ir trabalhar depois de amanhã, preciso estar de volta ao meio dia. Isso são doze horas no tempo da Terra. — De repente se pôs a rir. — Tempo da terra. Deus! Parece engraçado dizê-lo. No entanto estou em estado de choque, estou em um algum tipo de nave e você não é da Terra. Quão esquisito é isso? Argenon não sorriu. Seus olhos azuis se entrecerraram e se tornavam frios. — Temos que conversar sobre isso, Casey. — Estamos conversando. Hesitou antes de se aproximar dela. Uma de suas mãos agarrou seu quadril, seus dedos compridos e quentes se curvaram ao redor do osso de seu quadril prendendo-a com firmeza. —

Não

vou

leva-la

de

volta.

Disse

as

palavras

suavemente. Casey não compreendeu bem suas palavras — Perdão? O que disse? Ele suspirou. Seus olhos azuis brilhantes a fitaram com intensidade.


— Não vou leva-la de volta. Sabe a nosso respeito. No momento em que a vi no bosque, tomei a decisão de salvá-la. Aqueles homens não me viram muito bem. Você pensou que eu fosse um Pé Grande. Eles provavelmente pensaram isso também. Mas você sabe a verdade, se voltar farão perguntas. Não sou algo que se pode explicar. Meus homens desejam encontrar mulheres em seu planeta e não poderemos fazê-lo se seu povo souber de nossa existência e a nossa necessidade de visitá-lo. Não estamos procurando uma guerra e não queremos lutar com seu povo, mas queremos que algumas de suas mulheres aceitem um vinculo. Não posso levá-la de volta. Surpresa e depois ira, dominaram Casey. — Tem que me levar de volta. Por mais que tenha gostado disto... — Ela fez um gesto com a mão entre eles. — Tenho uma casa, trabalho e amigos. Não tenho muitos, admito, mas tenho uma vida e é minha. Tem que me levar de volta, Argernon. Ele respirou fundo, soltando o ar lentamente. — Não estava procurando uma mulher com quem me comprometer e nem sequer o considerei até que a conheci. Não sai de você até que gozei. Plantei minha semente em você, Casey. Estou vinculado a você. É minha e agora a levarei a Zorn comigo. Farei o máximo para tornar sua vida feliz. Vai gostar de Zorn. É um belo planeta. A vinculada de meu irmão é humana e adora viver lá. Ela é feliz e você também será. Prometo que estará segura e contente. Casey ficou calada por um longo momento, não podia acreditar. Estava sendo levada a outro planeta? Deus, a julgar pela expressão severa em seu rosto, ele parecia falar muito a sério. Ela quisera levá-lo para casa, de preferência para a cama dela. Agora, em lugar disso estava sendo informada de que ele a estava sequestrando, levando para sua casa em outro planeta e que queria ficar com ela. Rolando pela cama se afastou, escapando de seu alcance se levantou. Caminhou de um lado ao outro no quarto pequeno,


negando

com

a

cabeça

violentamente.

Olhou

fixamente

para

Argernon e parou de caminhar. — De jeito nenhum. Tem que me levar para a Terra. Não pode me adotar e me levar para a sua casa como se eu fosse um bichinho de estimação. Não pode me tirar de meu planeta. Isso é sequestro e eu não vou mesmo. Argernon se sobressaltou. Desceu lentamente da cama também. Mantendo-se a alguns metros dela. A decepção brilhou em seus olhos. — Sinto muito, Casey, mas estou vinculado a você. Nossa relação sexual foi muito intensa e não esperava que meu desejo absoluto ou o fato de que não consegui gozar fora de você. Há algo que preciso te dizer. — Vou para casa, Argernon. — Disse em voz baixa, com firmeza. — Não pode me manter aqui contra minha vontade. Ele piscou um par de vezes. — Posso e o farei. Pode estar levando minha descendência, Casey. Somos compatíveis para nos reproduzir. — Seu olhar desceu até seu abdômen. — Minha semente pode estar criando raízes neste exato momento. — Ele a olhou nos olhos. — Vou mantê-la aqui. Só lamento que esteja tão angustiada por ficar comigo. Tive a esperança de que ficasse satisfeita. — Satisfeita? — Ficou sem fôlego. — Está me sequestrando, Argernon. Tenho uma casa, um trabalho e todo um modo de vida, não me dá escolhas. Ele voltou a respirar profundamente. — Agora terá um novo lar, que compartilhará comigo. Sua função será ser minha vinculada. Terá proteção. Vou alimenta-la e cuidar de você. Essa é sua nova vida. — Seu filho de uma cadela! Argernon franziu o cenho.


— Não entendo. Em minha língua uma cadela é um fêmea animal que incita o emparelhamento. — Exatamente! Seus lábios se torceram em uma careta. — Minha mãe... — Fechou a boca. — O insulto é a maneira como os humanos controlam a ira. Entendo. Mas isso não muda nada. Sinto que tenha ficado aborrecida com isso. Tinha esperanças de que ficasse contente.

Capítulo Cinco

Casey foi confinada nos aposentos de Argernon e estava considerando seriamente a possibilidade de cometer um assassinato. Ele se vestira, lhe deu uma camisa enorme para vestir e comida. Deixara-a sozinha, horas atrás, absorta em seus pensamentos. Tentara abrir a porta, mas nem se movera. Ela só tinha acesso ao quarto e banheiro. Encontrara uma faca, semelhante a uma adaga que agora estava escondida sob o travesseiro da cama. Trouxera um tipo de prato com frutas e um pouco de carne cozida. Não tinha ideia de que tipo de carne era, mas era certo que nunca provara nada como aquilo antes. Era uma espécie de tira larga de carne, picante e deliciosa. Os frutos tinham sido excelentes, embora de aparência estranha. A bebida era vermelha e tinha o sabor similar ao de água frutada². ²Água frutada: água saborizada com frutas Exemplo: água com rodelas de limão.


A irritação fervia em seu interior enquanto caminhava de um lado a outro. Argernon não tinha o direito de sequestra-la e levála para outro planeta. Tinha feito sexo com o sujeito e admitia que fora espetacular, mas isso não lhe dava o direito de fazer dela o que bem entendesse, não podia ficar com ela como se fosse um cachorrinho. Sentada na cama, ajeitou o cabelo molhado por cima do ombro. Tinha descoberto como funcionava a ducha quando ele saiu. Estava furiosa com ele e não queria ter o cheiro dele ou da relação sexual em seu corpo. Argernon a deixou imediatamente após lançar a bomba sobre ela. Havia dito que tinha deveres a cumprir. Que diabos significava isso? O que planejava fazer, além de ter sexo com uma desconhecida e sequestrá-la depois do ato consumado? Casey ardia de fúria negando-se a se acalmar, sabia que ao passar a fúria o medo a dominaria. A ideia de ser levada a outro mundo e estar à mercê de um alienígena a estava aterrorizando. Além do sexo incrível que tiveram, não sabia quase nada a respeito de Argernon. Deus, ele poderia ser agressivo ou cruel. Diabos, ela pensou, quando conhecera seu exnoivo achara que fosse perfeito só para depois descobrir o trapaceiro, filho de cadela mentiroso que no final utilizara seu posto no trabalho para quase violentá-la. Que horrível peculiaridade estaria Argernon lhe escondendo, o que ela poderia descobrir quando chegassem a Zorn? Não podia esquecer o fato de ser um sequestrador tampouco. A porta de repente deslizou, se abrindo, assustando Casey. Ela olhou o alienígena alto e forte enquanto este entrava no quarto. Argernon a observava parado na porta que se fechava a suas costas. A porta funcionava muito bem quando era para ele. Aquela porcaria devia precisar de algo presente no corpo dele para se abrir. Argernon a observava com evidente precaução. Seu olhar a deixou para dar uma olhada ao redor do quarto. Sua atenção retornando a ela por completo.


— Que arma encontrou? Casey engoliu em seco. — Nenhuma. Oxalá tivesse pensado em procurar. Suspirando, Argernon avançou para o interior do quarto, mantendo certa distância dela. Observava com atenção enquanto se movia. — Suponho que uma mulher inteligente, mas zangada, possa ser um pouco perigosa, Casey. Me entregue às armas que encontrou. Machucar-me não lhe servirá de nada. Há mais de uma dúzia de homens nesta nave, quem não a deixaram voltar. Deixamos a órbita de seu planeta e atracamos a nossa nave. Não há como escapar. — Está mentindo. —Não minto. Seria um esforço inútil e nada honroso. — Ah, e sequestrar mulheres é um ato muito honroso? Ele franziu o cenho. — Eu não planejei isso, Casey. Estava no bosque de seu planeta a procura de vida selvagem. Sou um caçador por natureza e desejava explorar. Nunca planejei vê-la fugindo daqueles homens ou ter que salvá-la. — Levou-me até a caverna. Planejou isso. — Desejei-a, mas isso foi depois de tê-la resgatado. Atraiume. Ainda me atrai. Desejo-a agora mesmo. Nenhuma mulher me faz sentir como você faz. Não posso resistir a você. Os olhos de Casey desceram até a frente de suas calças de couro negro ajustadas. Estava extremamente excitado. A silhueta de seu pênis era inconfundível. Não estava mentindo sobre desejá-la, definitivamente. Ela levantou seu olhar até seu rosto. — Deve ser bem ruim para você que eu não seja como algumas das vadias sem cérebro que ao verem um pau grande se esquecem de tudo para foder com um homem. Deixe-me ir, Argernon. Quero voltar para a Terra. Foi divertido, muito bom, até que me disse que não poderia retornar para casa. Não sou uma coisa


para que você leve para casa ou adote. Sou uma pessoa e tenho uma vida. — Entregue as armas que encontrou em meu quarto. Olhando-o, moveu-se ao redor da cama, deixando-a entre eles. — Não sei do que está falando. Não sou um guerreiro. Sou uma mulher. Deixe-me ir para casa, Argernon. — Decidiu mudar de tática. Suavizou a voz. Não estava a cima de um pouco de mendicância. — Por favor? Ele arqueou uma sobrancelha. — E o que aconteceria se levasse minha descendência? Nossa semente é muito poderosa. Por isso, em meu planeta só a damos a nossas prometidas. Controlamos em quem plantamos a nossa descendência, é impossível acontecer de outra maneira. Cada vez que um de nossos cientistas se aproximava com um tipo de medicação para controlá-la, nossa semente se sobrepunha. Somos uma raça muito forte. Mesmo plantando a semente Zorn em uma humana criará raízes. Meu irmão deu vida ao ventre humano de sua vinculada. A cor desapareceu do rosto de Casey. — Se sabia disto, então por que diabo não se retirou? Inferno, de qualquer forma isso não funciona muito bem em todas? Muitas humanas ficam grávidas usando esse método contraceptivo na Terra. — Retirar antes de derramar nossa semente funciona para os Zorn. Somente depois do orgasmo nossa semente é viável para ter descendência. — Então, por que não tirou? Ele tinha o cenho franzido. Argernon suspirou, deixando cair os braços ao longo do corpo. Suas mãos esfregavam as coxas nervosamente. Seu intenso olhar azul se encontrou com o de Casey, parecia quase infeliz.


— Não pude resistir. Parece que tenho pouco ou nenhum controle quando estou dentro de você. — Ele fez uma pausa. — Você é uma anomalia. — Olha quem fala. — Ela murmurou. — Bem. Parece que é uma espécie avançada. Construíram uma nave e vieram até aqui. Tem todo tipo de merda, que nem sequer posso identificar, neste cômodo.

Evidentemente,

possuem

mais

tecnologia

que

minha

espécie, faça um teste ou exame para saber se estou grávida ou então me deixe voltar. Ele franziu o cenho. — Seus termos são... Estranhos.

Acho que entendi o que

quis dizer. Não quero que volte. Ficará comigo se minha semente criou ou não raízes. Estou comprometido com você, Casey. Aprendi um ditado popular da vinculada de meu irmão. — Entrecerrou seus brilhantes olhos azuis. — Aprenda a viver com isso. — Seu filho de uma cadela! — Queria esbofeteá-lo. — Devo prevenir que seus insultos não alcançam o resultado desejado. Não me sinto ofendido por esse tipo de comentário. — Foda-se. Ele sorriu de repente. — Com muito prazer. — Estendeu a mão para frente de suas calças. — Não! Não foi isso o que quis dizer. Não é uma oferta ou um pedido. É... Ah, inferno. — Casey estava furiosa. — Mantenha sua calça fechada. De maneira alguma vou permitir que me toque de novo. ―Foda-se‖ é um insulto. Significa algo ruim, seu grande extraterrestre idiota. Os dedos de Argernon se congelaram sobre a parte dianteira de suas calças. Grunhiu baixinho para ela. — Eu a desejo e você também me deseja. Entendo que esteja furiosa e até que sinta que de algum jeito traí sua confiança por mantê-la comigo. Mas isso não muda o fato de que me vinculei a


você e que agora é minha. Virá comigo para casa. Você gostando ou não da ideia. Podemos brigar por isso, mas no final o resultado será o mesmo. Viverá em minha casa como minha vinculada. — Terá que dormir em algum momento, Argernon. Ele inclinou a cabeça ligeiramente. — Todos dormem. O que quer dizer com essa expressão? Ela o olhou. — Significa que se quiser viver uma vida longa deveria reconsiderar e me levar de volta. Além disso, não pode ficar atento durante todo o tempo e quando está dormindo fica vulnerável. Pode ser maior e mais forte que eu, mas não vou facilitar a sua vida. A raiva alterou suas feições. — Está ameaçando me matar? — Merda. — Casey murmurou em um gemido, o medo a envolvendo. O tipo era enorme e um guerreiro. Era malditamente forte, nunca deveria esquecer que a tinha carregado por vários quilômetros como se não pesasse nada. — Por favor, só me deixe ir. — Disse em voz baixa. Ele se moveu com rapidez espantosa para um homem do tamanho dele. Casey o viu chegar num piscar de olhos, mas não tinha por onde escapar. Ela gritou quando ele a agarrou pelos braços, seus pés deixaram o chão antes que ela voasse pelos ares, para cair de cara sobre a cama, com força. Esperava que houvesse dor, mas não houve nenhuma. Suas mãos foram puxadas para trás de suas costas. Uma das mãos dele segurava seus pulsos juntos. Casey escutou o som de tecido se rasgando. Não podia ver o que ele estava fazendo com seu cabelo. Virou a cabeça, esfregando o rosto no colchão, tentando tirar as mechas de cabelo dos olhos. — Solte-me! — Ela tentou se levantar, mas um joelho abaixou sobre seu traseiro. Não doeu. Ele só aplicava peso suficiente em suas costas para mantê-la imobilizada em sua cama. — Maldito! Saia de cima de mim!


Um tecido foi enrolado em seus pulsos. Lutava, mas não conseguia se soltar, estava amarrada. Então ele soltou suas mãos, levantou seu joelho afastando-se da cama. Casey se apoiou sobre seu flanco, lutando para se levantar. — Deixe-me ir, maldito! — Ela gritou Argernon grunhiu, agarrou a parte da frente na camisa pelo pescoço, dando um forte puxão para baixo. O tecido se rasgou ao longo da camisa, deixando os seios e o abdômen de Casey expostos. Casey gemeu enquanto se afundava na cama. Ela se curvou sobre o abdômen, escondendo seus seios. Jogou a cabeça para trás, tirando os cabelos do rosto, seu olhar fixo nele. — Se me forçar, vou matá-lo, filho da puta. Seu olhar se afastou dela enquanto olhava o quarto. Sua atenção retornou à cama. Um grunhido saiu de sua garganta. Casey pensou que o tradutor não estava funcionando bem ou não existiam palavras para os sons de fúria que Argenon emitia. Ele arrancou a manta que se amontoava sobre a cama. Os travesseiros deslizaram com ela. A adaga caiu no chão produzindo um som agudo. Os olhos furiosos de Argernon passaram rapidamente da faca para ela. — Nenhuma arma, Casey? E o que é isso? — Não tenho a menor ideia. Não é como algo que tenha visto antes. Estava em seu banheiro. Você que me diga que merda é. Ele voltou a grunhir, pegando o objeto afiado. Levantou e caminhou até a porta. Esta se abriu. Casey o observava com terror enquanto ele atirava a arma no corredor. Ela viu outro homem parando, com o olhar fixo dentro do quarto. Era outro guerreiro Zorn, um que nunca vira antes. Tinha os cabelos negro azeviche, pele bronzeada, era tão grande quanto Argernon, e vestia quase o mesmo traje negro. Os olhos do homem aterrorizaram Casey, ainda mais, enquanto lhe devolvia o olhar. Eram totalmente negros, lhes dando uma aparência maligna. Argernon grunhiu ao homem no corredor.


— Siga seu caminhando, Dar. O homem apartou o olhar de Casey para franzir o cenho a Argernon. — Está tendo problemas com sua humana? Precisa de uma mão? Sou bom seduzindo às mulheres. Argernon rugiu antes que ele desse um passo a mais. A porta se fechou, impedindo os curiosos olhos negros de Dar, parado no corredor. Argernon deu a volta e grunhiu com fúria. — É isso o que quer? Devo entrega-la a outro, me acha tão desagradável que precisa me matar com minha própria Shara? — Não sei o que é um shara e não se atreva a deixar que alguém mais me toque. — O terror a percorreu ao pensar que Argernon deixaria outro homem se aproximar dela. As lágrimas encheram seus olhos. — Por favor, não deixe que alguém me machuque. A respiração dele estava irregular. Inspirou profundamente e depois explicou. — Um Shara é para cortar o cabelo quando está muito longo e é também uma boa arma para se ter a mão em caso de ataque. Não te entregaria a outro homem. Estou furioso. Você é minha. Mataria a qualquer um que a tocasse. Se os homens de seu planeta compartilham suas mulheres, então sou muito diferente deles. Estamos entendidos? O alívio a dominou. — Sim. — Bom. — Ele começou a tirar a roupa. Ainda parecia zangado. — Pare de me olhar dessa maneira. — Por que está tirando a roupa? — Sua ira se desvaneceu rapidamente para ser substituída pelo medo. Argernon estava despindo-se. — Por favor, pare de tirar a roupa. — É impossível fazê-la me desejar estando os dois vestidos. Nossa roupa só poderia nos atrapalhar.


Casey teve um mau pressentimento. — Vai me forçar? Argernon lhe lançou outro olhar de irritação. — Nunca. Te machucar seria a ultima coisa que faria com você, Casey. Não quero te causar dor. — Seus incríveis olhos azuis se entrecerraram, seus lábios grossos se apertaram dentro de um quase sorriso de satisfação. — Sinto-me confiante de que posso fazê-la me desejar. — Ah, merda. — Murmurou Casey. Ela também estava certa que ele pudesse fazê-lo. A ira a consumia e o medo se afastava. Ela se sentia como em uma montanha russa, carregada de emoções. Ela só queria que a libertasse e não da maneira sexual que Argernon certamente estava disposto a fazer. Ela o observava com receio, ele já estava nu. Seus olhos fixos em seu corpo musculoso e perfeito. Ver Argernon com seus músculos e seu comprido cabelo sexy a excitava. Ela tinha, diante de si, um alienígena muito excitado e quente parado ao lado da cama. Os olhos dele vagaram para seu traseiro. Enquanto se inclinou, lentamente, sobre ela e seus olhares se cruzavam. — Embora me sinta seduzida não vou perdoa-lo por isso. — Ela disse em voz baixa. — Estou muito zangada e não o desejo. Isto deveria ser o bastante para que respeitasse meus sentimentos, por não querer fazer isso. Argernon teve o descaramento de rir. — Os mwchos humanos acreditam quando as mulheres humanas dizem estas coisas? Casey lhe lançou um olhar acima do ombro. Seu pescoço começava a doer por forçar a cabeça para ver atrás dela. — Sim, acreditam. Seus olhos brilharam com diversão.


— Está me fazendo achar que seus machoss não são lá muito inteligentes por não serem capazes de controlar uma mulher zangada. — Ele agarrou a parte rasgada da camisa ainda presa a seu corpo e acabou de tira-la, lançando-a por cima do ombro para o chão atrás dele. Ela tentou rolar para longe, mas Argernon a segurou imobilizando-a pelo abdômen com suas mãos. Ele a agarrou de repente pelo quadril com as mãos grandes para levantá-la, forçandoa com seus joelhos. Com as mãos presas às costas ela não podia sustentar a parte superior do corpo. Sua cabeça e seios estavam sobre a cama e o seu traseiro no ar, mantendo-a nessa posição. — Fique assim. — Vai para o inferno, Argernon. Você me sequestrou. Não me deixa voltar para a Terra. Não quero que me toque. Suas mãos grandes acariciaram a pele branca. Um calafrio a percorreu, quando sua pele áspera e calosa a provocava deslizando por seu traseiro, agarrando-o com firmeza para mantê-la naquela posição. Um dos dedos deslizou ao longo da fenda entre suas coxas e o mesmo dedo encontrou seu clitóris. Tocou a protuberância sensível. Com a outra mão a mudou de posição, arqueando ainda mais seu traseiro, o polegar dessa mão encontrou a entrada de sua vagina, se introduziu e começou a esfregar para frente e para trás. Casey

apertou

os

olhos,

os

fechando.

Seu

corpo

correspondia ao grande Zorn. Ele se inclinou mais sobre ela. Seu corpo grande pressionava o seu corpo dobrado. O cabelo comprido de Argernon a provocava onde caiu sobre suas costas nuas. O hálito quente se espalhou sobre sua pele quando se ele aproximou de seu pescoço. Seus lábios sussurraram ao lado de seu ouvido. — Agora você é minha, Casey. Não posso permitir que fuja de mim. Não posso. Estamos unidos. Não pode negar o que há entre nós. Acredita, realmente, que posso voltar ao meu planeta deixando-


a para trás e a esquecer? Acha que poderia realmente se esquecer de mim? Ela odiava o fato de ele estar certo sobre um ponto. Ela nunca poderia esquecer Argernon. Eram perfeitos quando estavam unidos. Se ele fosse humano e vivesse na Terra, ela não pensaria duas vezes para mudar de sua casa, estado ou país só para mantê-lo em sua cama. Mas ele não era humano e a estava levando a outro planeta. — Argernon, leve-me para a Terra. Você não pode me afastar de tudo o que conheço e esperar que esteja feliz com isto. Ele mordeu ligeiramente seu ombro com os dentes afiados. — Eu sou tudo o que deve conhecer. Serei tudo para você como você é tudo para mim. Nunca estará só e jamais retornará a seu planeta. Vou lhe deixar tão viciada em meu corpo como sou no seu. É minha agora e sempre. — Seu dedo grosso trabalhou dentro dela um pouco mais fundo, descobrindo a evidência de seu prazer e usando a umidade encontrada em sua vagina para começar a fodê-la lentamente, com movimentos razos. — Vou lhe provar que nos pertencemos. Aceite ser minha vinculada. Casey conteve um gemido. Ela negava com a cabeça. Se ela cedesse, estaria renunciando a sua vida na Terra. Nunca voltaria a ver seu lar novamente. Terminaria em algum planeta, casada com Argernon e diante da incerteza total. Ela estremeceu quando as mãos e a boca dele continuavam sobre ela provocando-a. Sua mente se relindava, mas seu corpo cedia com o argumento de Argernon. Seu polegar se movia mais rápido e profundo, entrando e saindo dela com facilidade, provocando mais necessidade. — Não. Quero voltar. Não pode andar por aí sequestrando mulheres. Argernon congelou. Levantou-se se afastando do corpo dela. Grunhindo.


— Sou um guerreiro, Casey. Nunca recuaria em uma batalha. Nunca vou deixa-la. — Foda-se. — Não quero ter prazer sozinho. Tomou banho enquanto eu não estava. Não sinto meu cheiro em você. Fez de propósito, não foi? Casey decidiu apegar-se à Quinta emenda, não disse uma única palavra. Ela não podia vê-lo naquela posição, também não podia usar os braços para levantar a parte superior de seu corpo da cama. Escutou o Zorn a farejando antes de grunhir baixo. Irritado, tirou o polegar de sua vagina, sua outra mão se afastava de seus clitóris. Mas a agarrou pelo quadril, mantendo-a dobrada. — Se banhou para tirar meu cheiro de propósito. Limpou-se por dentro também. Está úmida. Cheiro sua excitação, mas não sinto o cheiro de minha semente em você. E não pude saborea-lo tampouco. — Grunhiu mais alto. — Eu não gostei disso. Você é minha e eu gosto que tenha o cheiro de minha semente e de meu coito. — E eu quero que me leve de volta ao meu planeta. — Gritou. – A vida é uma cadela quando não se consegue o que quer, hein? Ele resmungou baixo. O tradutor ficou em silêncio. Imaginou que isso fosse o som de sua ira. O pânico surgiu em Casey. Poderia machucá-la? Rezava para que não fosse assim. Ela estava indefesa e vulnerável naquela posição. Com o corpo dobrado e os pulsos presos às costas. — Não me machuque, Argernon. — Estou decidindo seu castigo. Se fosse uma mulher Zorn poderia açoitá-la primeiro, depois excitaria seu corpo, sem permitir que chegasse ao clímax até que suplicasse por isso. É assim que elas aprendem a lição. Os homens da Terra controlam suas mulheres assim? — Por favor, não faça isso.


— Presumo que não o fazem. Sua pele é muito delicada, poderia causar dor. — Uma das mãos soltou seu quadril, a outra esfregou a parte posterior de sua coxa. — Nunca machucaria sua pele ou seu corpo, minha pequena. Você me deseja. Está muito excitada. É o pensamento da punição, eu amarrando-a ou a lembrança de meu corpo unindo-se ao seu que faz com que me deseje? — Vá para o inferno. — Não conheço esse lugar, mas estou certo de que não é agradável. — Baixou a cabeça e o cabelo comprido roçou seu corpo nu uma vez mais. Inalou se cheiro. Um grunhido rouco saiu de sua garganta, retumbando em seu peito. — Cheira a desejo está excitada por mim. Reclama meu corpo. Soltou-a, afastando-se dela na cama. Casey se virou, observando Argernon enquanto caminhava para um armário de parede. Perguntando-se o que ele ia fazer. Inclinou-se, revirando em uma gaveta, antes de se virar. Seu

pênis

se

sobressai,

duro,

em

e

volumoso

demonstrando realmente o quão excitado estava. Ela afastou os olhos da ereção dura para dar atenção ao que ele segurava nas mãos. Sua boca se abriu com surpresa, vendo Argernon segurar o que parecia ser um par de algemas feitas de couro grosso e uma corrente de metal que as unia. — Fique calmo, isso não será necessário. — Murmurou. — Não teria usado essa Shara contra você. Por isso estava na cama e não comigo. Não sou uma guerreira. Eu nem sequer sabia que poderia ser usada em uma luta. Eu estava de saco cheio, é... Zangada, muito zangada e só o pus na cama. Por favor, Argernon. Não precisa ser violento. Ele sorriu, mostrando os dentes. — Não acredita quando digo que não posso machuca-la? Em Zorn, nós usamos a frustração sexual para castigar nossas mulheres quando elas não se submetam.


— Isso não parece doloroso. Mas o que vai fazer com essas coisas? Inclinou-se sobre ela, entrecerrando os brilhantes olhos azuis. — Tudo o que eu quiser, linda. Vou convencê-la de que você me pertence. É minha vinculada. Dou-lhe minha semente, minha casa e minha proteção. Irei cuidar de você, alimenta-la e fazê-la feliz. A ensinarei a apreciar tudo o que faço por você, a não brigar comigo e a se submeter a minha vontade. Casey o olhou com assombro. — Não sou um animal para ser domada. — Não quero doma-la. Quero que me deseje tanto quanto eu a desejo. Argernon a agarrou e a empurrou até fazê-la deitar-se sobre o abdômen. Um joelho pressionou suas costas com peso suficiente para imobilizar sem ferir. As algemas tilintaram sobre a roupa de cama quando caíram. Ele desamarrou-lhe as mãos para agarrar seu pulso e o prender. Mrxeu-se, aliviando o peso de seu joelho sobre ela se virou tentando golpeá-lo com a mão livre. Uma mão grande se fechou em seu pulso, pegando-o antes que ela tivesse a oportunidade de atingi-lo. Argenon forçou seu outro pulso para dentro das algemas com uma expressão divertida em seu rosto. Agora estava de frente, presa com apenas um pé de distancia entre seus braços, ele a pegou pelo meio e, inclinando-se para fora da cama, puxou-a pelo quadril. As algemas eram surpreendentemente confortáveis. Eram preenchidas por algo maciu. Casey deu um chute em Argernon quando a levantou. Ele se esquivou do pé nu com uma risada. Com um puxão a levantou pelos braços colocando-os acima da cabeça, alto o bastante para pô-la nas pontas dos pés enquanto lhe sorria. — É voluntariosa, Casey. Eu gosto disso.


— Ah espere e verá. Vou lhe mostrar o quão voluntariosa posso ser, seu imbecil. O que lhe parece isso como insulto? Sabe o que é um imbecil? Seus olhos se estreitaram e seu sorriso sumiu. — Sei. E eu não sou um imbecil. — Depende a quem você pergunta. Me solte, Argernon. Agora. Isso não é engraçado. — Ah, mas você vai acabar achando bem divertido. Ele se moveu, dando mais alguns passos pela cama. Forçada pelas algemas, ela teve que segui-lo. Bem, até agora não lhe fizera nenhum mal, mas o que planejara fazer com ela de pé sobre a cama? Argernon olhou para o teto. Ela seguiu seu olhar. Havia um gancho preso nas vigas do teto acima da cama. Entendeu seu plano ao contemplar o metal curvo. Seus olhos se fixaram em Argernon que estava com a cabeça baixa. Seus olhos se encontraram com os dela. — De forma alguma você... — Ela gritou enquanto ele a levantava do colchão pelos pulsos algemados. — Não! Ele riu. Casey chutava o ar. Estava a centímetros do colchão e pendurada no teto. Não sentia dor, mas não se sentia muito confortável em estar suspensa por seus braços. Seus olhos voaram para Argernon, que deu um passo atrás para estudar sua obra assentindo com a cabeça com prazer. Seus olhos até estavam entrecerrados. — Desça-me agora. Ele negou com a cabeça. — As mulheres Zorn são mais altas. Seus pés deveriam estar tocando o colchão. Girou a cabeça olhando ao seu redor antes de se voltar e olhá-la. — Não vejo solução para este problema. Os dedos de seus pés deveriam tocar o colchão como apoio, mas não parece muito desconfortável tampouco.


— Droga, Argernon. Isto não é divertido. Desça-me. Isso dói. Inspirou profundamente e franziu o cenho. — Nunca minta para mim. Sinto o cheiro de excitação e ira em você, mas não dor. — Ele se aproximou mais até alcançá-la. Tocou suas mãos e examinou seus pulsos. — Não há dor. Agora saberá o que é um castigo de forma voluntária. Ela tentou chuta-lo novamente. Era difícil fazê-lo sem um apoio. Argernon evitava seu pé facilmente. Repentinamente, caiu de joelhos em frente a ela na cama, suas mãos se apoderando de suas panturrilhas. Casey ficou sem fôlego quando ele separou suas coxas, pondo cada uma delas sobre seus ombros e colocando o rosto entre elas. Prevendo sua ação seguinte, ela olhou-o agitada. Seus olhares se encontraram. — Eu não a soltarei até que me suplique para me afundar em você. Ele levantou os braços, segurou seu traseiro e aproximou o rosto, baixou uma das mãos e a colocou entre seus corpos. Seus dedos separaram os lábios vaginais abrindo-os para lhe dar completo acesso ao seu sexo, deixando-a exposta e vulnerável a sua boca. Estava pendurada, não podia fazer nada além de balançar seus quadris tentando evitar seu contato íntimo. Não funcionou. Argernon grunhiu profundamente em sua garganta enquanto se aproximava mais. Sua respiração quente a atingiu um instante antes que sua língua estivesse sobre ela. Casey olhava-o estarrecida enquanto o homem a olhava. Sua boca estava aberta. Uma língua grossa e úmida estimulava seu clitóris. A sensação a fez trincar os dentes para evitar gemer quando os espasmos começaram. Com sua língua, dava-lhe lambidas curtas e rápidas. O prazer a dominava com a sensação que ele provocava nela. Ele parou e afastou seus olhos dela. Os intensos olhos agora estavam fixos em seu sexo. A língua de Argernon a penetrou. Aquela língua grossa e comprida a invadiu lentamente e então se retirou.


Grunhiu antes de repetir o procedimento várias vezes, só parando para atormentar seus clitóris com breves lambidas. Era uma tortura. Casey desejava gozar urgentemente. Então, cada vez que ela pensava que ele poderia parar e deixar de tocá-la, fitando seu clitóris vibrante e inchado. Aí, soprava ar quente sobre ela. Sua língua podia penetrá-la ou estimular seu palpitante casulo de novo. A expectativa era angustiante. O suor provocava arrepios por seu corpo. Sua garganta estava seca por tanto gemer e ofegar. Ele queria que implorasse para fodê-la. Deus, estava mais do que pronta para fazê-lo. Começava a ferir seus pulsos tentando se soltar para convencê-lo a terminar o que ele havia começado. Ela sabia que ele poderia fazer com que chegasse ao clímax e Casey precisava gozar agora. A língua foi retirada de seu corpo. — Rende-se a mim, linda? Me aceita? — Imbecil. Grunhiu. Seus lábios cobriram seus clitóris, sua boca envolveu totalmente seu casulo. Chupou-o com força, a língua o açoitando, indo e vindo, rápida e quente. A pressão fez Casey gritar. Seu corpo estava quase a beira do clímax, quase explodindo. Argernon afastou a boca dela e grunhindo outra vez. — Posso fazer isto durante horas. Você poderá aguentar? As lágrimas encheram seus olhos, mas ela os manteve bem fechados. Ninguém poderia sobreviver a este tipo de tortura sexual. Não tinha dúvidas de que ele pudesse estimulá-la e excitá-la durante horas. Seu corpo estava literalmente dolorido pela cruel necessidade. Seu clitóris pulsava com frenesi entre suas pernas. Ela negou com a cabeça. Seus olhos se abriram. Teve que piscar várias vezes para limpar suas lágrimas. — Por favor, Argernon. Não posso. Algo brilhou em seus olhos. Afrouxou o abraço sobre suas coxas antes de retirar cada um de seus ombros até que ela estivesse


pendurada com as pernas fechadas. Ela lutou contra um soluço. Ele só queria deixa-la excitada e sexualmente frustrada. Não quisera ser mau nem frio. Subiu à cama. Levantou os braços, seus olhos se encontraram com os dela enquanto agarrava a algema para tirá-la do gancho. Gemeu quando ele a ajudou a descer até que seus pés tocaram a cama. Ela o contemplava. Seus olhos se suavizaram. Ela gemeu quando o fluxo de sangue começava a voltar. Suas mãos grandes começaram a massagear seus braços e mãos. Baixou seu corpo para sentar-se na cama e a ajudou a se acomodar. — Eu não gosto de te castigar, linda. — Um brilho de arrependimento fulgurou em seus olhos. Manteve o contato visual com ela enquanto esfregava seus membros. — Me dói fazê-lo. Sofri também. Senti tanta necessidade quanto você. — Piscou. — Quer que a faça gozar? Ela se limitou a olhá-lo. A dor em seus braços desvaneceu, ele os esfregava lhe devolvendo a circulação até suas mãos. Ela o viu apertar os dentes um segundo antes que suas mãos a soltassem e a empurrasse sobre as costas. O movimento a surpreendeu. Uma das mãos separavam suas coxas abrindo-as. Ela olhava para baixo enquanto ele se movia entre suas pernas e seus joelhos. — Fêmea humana obstinada. — Grunhiu em voz baixa. Casey

jogou

a

cabeça

para

trás

enquanto

Argernon

apanhava seus clitóris com a boca sem nenhum aviso. Os cotovelos dele empurraram suas coxas para separá-las, seus dedos abrindo mais seu sexo para sua língua. Dois dedos da outra mão deslizaram profundamente em sua vagina. Casey gritou e explodiu. O clímax passava brutalmente através dela enquanto Argernon chupava seus clitóris, penetrando-a grosseiramente com os dedos. Ela gozou com tanta força que estava certa de que foi mais de uma vez. Soltando seus clitóris. Retirou lentamente seus dedos. Casey relaxou e fechou os olhos. Ela ofegava de cansaço. Argernon


moveu a parte superior de seu corpo para colocar-se acima dela, tomando cuidado de não esmagá-la. Abrindo os olhos, Casey encontrou seu intenso olhar. — Estou nas mesmas condições e precisando de seu corpo. — Gemendo, a penetrou. Casey estremeceu quando o pênis grosso e duro de Argernon

entrava

em

seu

interior.

A

vagina

estava

inchada,

escorregadia e quente, o que facilitou a entrada nela, mesmo sendo malditamente grande e grosso. Ela sabia que estava encharcada. Só entrar nela e dar uma investida foi o bastante para ele. Sentiu seu pênis pulsar profundamente dentro dela enquanto derramava seu sêmen nela. Estremeceu com a força de sua ejaculação, um grunhido escapou de seus lábios, ela observava seu rosto quando ele explodiu. O suor escorria por sua fronte e seus olhos se abriram. Olharam um para o outro. Casey esticou os braços, as algemas chacoalharam, envolvendo o rosto dele com ambas as mão. Ela sabia que deveria lhe dar uma bofetada, mas em lugar disso ela só desejava tocá-lo. Seus olhares se encontraram. Não conseguia entender, mas acreditava que ele tinha sofrido tanto quanto ela naquele castigo. O homem gozou imediatamente após penetrá-la e ela também. —

Não

gosto

de

castiga-la.

Sussurrou.

Ambos

sofreremos. Entende? Mesmo que não fizesse sentido, ela compreendeu que era um sofrimento compartilhado pelos dois. — Então, por que fazê-lo? Ele piscou. — Sou um Zorn. Você é minha vinculada. Compreenderá com o tempo. Casey duvidava que isso viesse a acontecer, mas não o disse em voz alta. Argernon se moveu sobre ela. Um gemido saiu dos dois quando ele começou a mover-se lentamente, fodendo-a de novo.


Ela cruzou os tornozelos ao redor de seu traseiro, levantando os pulsos algemados sobre sua cabeça e envolvendo os braços ao redor de seu pescoço, para simplesmente apreciar ao que ele estava fazendo a seu corpo. Afastou a vista de seu olhar intenso. Não podia encara-lo quando a olhava fixamente, penetrando-a sem pressa. Foi emocionalmente intenso. Sua boca foi até sua garganta, beijando e lambendo a pele. Gozou de novo antes que se retirasse lentamente de seu corpo. Ele não a libertou das algemas. Em vez disso, saiu da cama. Ela estava esgotada. Viu-o caminhar nu para a gaveta de novo, tirar outro par de algemas, estas mais longas. Ela não ficou com medo. Estava cansada demais até para ficar nervosa com o que ele tinha em mente. Viu que subiu de novo na cama. Em silencio ela o observou prender um dos lados na cabeceira da cama e o outro nas algemas que

prendiam

seus

pulsos.

Ela

se

limitou

a

olhá-lo.

Estava

efetivamente presa à cama. — Não confio em você e estou cansado, Casey. Entristeceme ter que fazer isto. — Abraçou-a pelas costas e suspirou profundamente. — Controle, luzes apagadas. O quarto ficou às escuras. O grande e quente corpo de Argernon a aconchegou com seu calor. Tinha espaço bastante para que as algemas não a incomodassem e as mãos dele sobre seus seios deixou-a mais tranquila. exausto.

Fechou seus olhos caindo num sono


Capítulo Seis

Casey caminhava inquieta, só podia percorrer a distancia ao lado da cama. A algema não era longa o bastante para chegar à porta para de acesso ao corredor ou ao banheiro. Ela não tinha ideia de onde Argernon se enfiara. Acordara-a duas manhãs consecutivas para lhe permitir tomar banho e usar o banheiro, fazia a refeição com ela antes de sair e demorava horas para voltar. Retornava com comida, soltava-a para que usasse o banheiro e então a prendia de novo. O pior era o que acontecia depois, ele encontrara uma nova forma de torturá-la, ignorava-a. Dormia completamente vestido na cama

que

dividiam,

tentando

não

tocá-la.

Quando

ela

se

aconchegava a ele para dormir, podia sentir como ficava excitado, então ele se virava e afastava-se grunhindo, também mal falava com ela. Essa rotina perdurara por dois dias e estava cansada disso. A porta se abriu enquanto Argernon entrava com expressão de cansaço. Ele a olhou por um segundo antes de olhar para o outro lado. Suas mãos segurando uma bandeja com carnes, algumas frutas de aspecto estranho e uma taça com um líquido escuro para seu jantar. Dirigiu-se ao banheiro depois de pôr a comida na beirada da cama. Ela sentou-se na cama examinando a comida. Argernon sempre deixava a porta do banheiro aberta para que pudesse vê-lo tirando o uniforme, despindo-se de costas para ela. Ele tinha um traseiro realmente maravilhoso. Suas costas bronzeadas eram largas e seus braços musculosos. O cabelo negro e sedoso caía até sua cintura, com todo aquele corpo provocante se meteu na ducha. Sem dúvida isso também era uma tortura. Ela podia ver suas mãos esfregando o corpo a começar pelo peito e ombros, ele se virou para enfrentá-la repentinamente. Ele estava exibindo outra


grande ereção. Ela apertou os dentes, antecipando o que iria acontecer, já que repetia o mesmo processo depois que passava por aquela porta. A mão percorrendo seu corpo para baixo, sua cabeça jogada para trás, seus olhos fechados sob a água que caía, tornando seu corpo escorregadio. Ele se apoderou do pênis e, fechado-o em seu punho, bombeava-o enquanto ela o observava. Ela levou a mão para baixo e entre suas coxas, mas foi barrada pela calça de couro grosso revestida de metal que usava, foi obrigada a usar aquela coisa equivalente a um cinturão de castidade. Não conseguia sentir o seu dedo esfregando o clitóris. Estava excitada em vê-lo se masturbar. Tudo naquele maldito homem a excitava. Frustrada e irritada, o ouviu grunhir enquanto disparava seu sêmen no chuveiro, isto era o pior. Baixando a cabeça, afastou-se do olhar dela para deixar a água lavar a evidência de seu corpo. Fez um gesto com a mão para cima e a água deixou de cair. Levantando os braços, fechou os olhos e o ar quente o secou. Quando seus olhos se abriram encontrou o olhar ressentido dela. Ele piscou um par de vezes antes de caminhar, totalmente nu, até ela e para o armário para procurar mais roupa. — Está melhor? Fez uma pausa, virando sua cabeça murmurou. — Sim. — Pelo menos poderia me tirar esta maldita coisa? É quente e muito desconfortável. Seus lábios grossos sorriram, divertidos. — Não pode se dar prazer? Apertando os dentes, respondeu. — Miserável. Por que é tão cruel. — Acha que fui cruel com você? Aceitou ser minha vinculada? Está de acordo em ir para Zorn comigo? Não. Não, para todas as perguntas. Nas poucas vezes em que lhe pedi isso, exigiu que a levasse de volta a Terra. Já não estamos em órbita, Casey,


deixamos seu planeta. Meus guerreiros encontraram as suas fêmeas e estamos a caminho de Zorn, precisa parar de resistir e me aceitar. Seremos felizes. — Seu olhar vagou por seu corpo, o olhar faminto queimava-a. — Você não gostaria de estar nua na cama, comigo? Iria lhe tocar de tantas maneiras enquanto me afundo em sua suavidade, uma vez após outra. Nós estamos sofrendo por você estar sendo teimosa. —

Você

não

está

sofrendo.

Esteve

tanto

tempo

se

masturbando nesse chuveiro que deve até estar esfolado. — Não obtenho verdadeiro prazer em agradar a mim mesmo. Sou um Zorn. Não é só uma questão de ter um vigoroso desejo sexual. Minhas bolas inchariam e ficaria doente se não satisfazer-me frequentemente. O prazer é seu corpo, minha linda. Se deixasse de ser tão obstinada e aceitasse tudo o que lhe ofereço, iríamos estar felizes. A derrota fez seus ombros caírem. — É verdade que já não estamos na órbita da Terra? — Já lhe disse. Não minto. Estamos voltando para Zorn. Todos

meus

guerreiros

retornam

com

mulheres

que

se

comprometeram com eles. — Tão rápido? Pensei que levaria semanas pelo menos. Ele estava excitado de novo quando se aproximou dela. Ela se forçou a fechar os olhos. Odiava não poder admirar cada centímetro de seu corpo nu e principalmente o pedaço de carne dura abaixo de sua cintura. Ele desceu o olhar até ela. — Não gostaria de saber o que acontecerá a você se não me aceitar até chegarmos a Zorn? — Ah, diga logo. Estou certa de que será algo horrível. O que vai me acontecer? Ele franziu o cenho. — Será oferecida a outros homens até que aceite um ou poderia ser

tomada por

outro

se não

encontrar o

escolhido


rapidamente. E este não lhe ofereceria um compromisso. Poderia torna-la uma ajudante da casa... — Como uma faxineira? Limpar sua casa não é tão ruim. Ele assentiu com a cabeça. —... E esquentaria sua cama. Você e as outras ajudantes dividiram a cama dele, se ele não estiver comprometido. Se ele for, então dormirá em sua cama quando a vinculada permitir ou só quando ele quiser copular. Se for afortunada em terminar em uma casa rica. Se terminar em um lar pobre poderá dormir no chão com o homem e sua vinculada. Ele poderá oferecer seu corpo aos convidados de sua casa e aí ele pode se cansar de você e a trocar por uma nova ajudante de casa. Na realidade nos lares mais pobres todos os machos, inclusive os bem jovens, compartilham a mesma fêmea. Os pais não podem pagar a mais de uma ajudante para seus filhos. Ela estremeceu. — Isso... É horrível. É assim que vocês tratam as suas mulheres? Argernon grunhiu alto para interrompê-la. — Somos uma espécie predominantemente masculina. As mulheres são mais fracas e menores fisicamente que os homens. Não podem se proteger contra um. Já sabe o quão sexual é um guerreiro Zorn, não conhece nossa história. Nossa espécie quase foi destruída uma vez, nossos homens eram governados por seus instintos sexuais. As mulheres eram... — Ele se envergonhou. — Violentadas e assassinadas, seu número diminuiu radicalmente até estarem em perigo de extinção. Então decidimos implantar um sistema de proteção para as mulheres. Uma ajudante de casa estará protegida pelo macho na casa em que vive. Ele a alimenta e a mantém segura de nossos homens mais selvagens, porque uma mulher desprotegida não sobreviveria muito tempo. Grande parte de Zorn ainda não é civilizada, Casey. Não lhes é permitido terem mulheres, já que abusaram delas até mata-las. Qualquer homem que é encontrado


abusando ou matando uma mulher é despojado de seu direito e jamais terá uma sob seu teto. Um homem tem que demonstrar seu direito a ter mulheres e deve ter uma casa segura para elas viverem. Franzindo o cenho, Casey indagou. — Essas mulheres são pessoas. Não podem decidir suas vidas? Ele hesitou em dar essa informação. — A maioria é criada por sua família e a família permite que a mulher escolha o homem que deseja proteja-la e que seja digno de cuidar dela. Algumas terminam como empregadas domésticas em boas casas. A maioria dos homens pedirá permissão à ajudante de casa da vinculada ou se prefere ter uma nova. Muitas mulheres escolhem os homens às quais foram dadas, mas, na maior parte, as ajudantes permanecem na mesma casa durante toda a vida com o mesmo homem. — O que acontece a quem não aceita? Seus olhos se estreitaram. — Se forem teimosas, ou não podem ter filhos depois de vinculadas, estas têm menos opções. A maioria dos homens não as toleram por muito tempo e as mandam para algum estranho para se livrarem do problema. — Pensei que este tal de vinculo fosse, ãmm... Permanente. — Uma vez unido, há poucas maneiras de desfazer esse vinculo. Se a mulher for estéril ou tenha sexo com outro homem, se o homem abuse dela ou ela tente assassinar a seu vinculado. Os homens compartilham suas ajudantes de casa com outros homens, às vezes, mas nunca a sua vinculada. — Qual é sua definição de abuso? — Não batemos em nossas mulheres e as protegemos de ser machucadas. Não as alimentar ou não ter uma moradia digna para uma mulher é um abuso. Casey franziu o cenho.


Argernon suspirou. — Me aceite, Casey, e sempre estará protegida. Afastei-a de seu mundo, mesmo se for estéril e apesar de que talvez me queira morto, juro por minha honra que permanecerei vinculado a você. — Entrecerrou os olhos, parecendo angustiado. — Mesmo se permitir que outro homem a toque e a possua irá permanecer comigo. — A dor e o rancor permeavam sua voz. — Irei matá-lo e a farei ver como ele morre. Acha que nestes últimos dias fui cruel, então aprenderá um novo conceito de crueldade se permitir que outro homem a toque. Fui claro? — Pensei que havia dito que não era permitido bater em uma mulher. — Jamais baterei em você. Não terei que fazê-lo. Ela estremeceu ao ver seu olhar frio. — Não sei o que é um vinculo. Não sei quase nada sobre seu mundo e nem sequer o conheço bem. Como posso aceitar algo do qual nada sei? Isto não é justo! — Sei que não é. — Seus olhos se suavizaram como seu tom de voz. — Temos quatro dias e meio para prepara-la para sua nova vida. Direi tudo o que precisa saber. Me aceite, Casey. Ela hesitava. — Dê-me alguns dias para decidir. Não podemos só ver como as coisas funcionariam entre nós? Não pode parar de me pressionar ou só deixar que eu o conheça melhor? Está me pedindo para passar a vida com você até a morte. Eu gostaria de passar mais tempo com você antes de decidir alguma coisa, de acordo? Argernon não estava feliz, mas assentiu com a cabeça. — Não tente me matar, Casey. Isto não vai leva-la de volta à Terra e poderá ser considerada irremediavelmente desobediente. Nunca queira ser considerada como tal em Zorn. As fêmeas obstinadas terminam na Casa Med. — Casa Med?


— Não quer saber. — Eu perguntei. Ele suspirou. — Contei-lhe que se os homens Zorn não libertarem frequentemente suas sementes de seus corpos ficam doentes. Quando estão nesse estado são levados à Casa Med, onde as mulheres são mantidas apenas para esse propósito. Ninguém assumirá um compromisso com as mulheres que terminam lá. São guardadas e protegidas pelos guardas no que se refere ao abuso, mas ela está obrigada a aceitar qualquer um que precise gozar para se curar. A surpresa e indignação tomaram conta de Casey. — Quer dizer que... ? Ele assentiu com a cabeça. — Com as humanas não será considerado abuso autorizar que mais de um utilize seu corpo. Todos em Zorn sabem que as fêmeas humanas são bem diferentes, podem obrigá-la a copular com muitos homens e cada um deles gozar várias vezes na sua vez. Não poderá se recusar a fazê-lo, mesmo que tenha que ser amarrada e depois usada por eles. — De que mundo retorcido você vem? — Acaso a Terra é perfeita? Fizemos pesquisas sobre seu planeta. Com tantos sinais provenientes dele foi até fácil escutar isso que vocês chamam noticiário. Meu mundo não está em guerra consigo mesmo e não temos mortes em massa lutando um contra o outro. O abuso doméstico é estranho e é tratado com severidade em Zorn. Na Terra não é assim, vocês tratam seus familiares com violência desnecessária. Tinha que lhe dar razão nisso. Ela assentiu com a cabeça. — Pode dar-me alguns dias para decidir? Chegou até ela assentindo com a cabeça. — Fique de pé. Vou soltá-la.


Ela estava de pé quase instantaneamente. Ele pegou as chaves das algemas. Soltou-lhe os pulsos e depois o cinturão ao redor de sua calça. Caiu de joelhos diante dela, levantou o rosto enquanto retirava as calças passando por suas pernas. Aquele olhar a umedeceu imediatamente. Ardia, com vontade de que Argernon tocasse seu corpo. — Deite-se na cama e se abra para meu prazer, linda. Ela quase arrancou a camisa de si, empurrando as calças para baixo com frenesi. Estava sobre a cama antes mesmo que tivessem acabado a discussão. Sabia que deveria manda-lo para o inferno o quanto antes, deveria sentir vergonha pela fraqueza que demonstrava nesse mesmo momento enquanto se deitava de costas e separava as pernas, as abrindo para lhe mostrar a vagina. Prometeu a si mesma que ajustaria as contas com ele de algum jeito, só que mais tarde, agora estava excitada e frustrada demais para pensar em alguma coisa. E ele lhe devia muito prazer pelos dois últimos dias de frustração sexual que lhe tinha imposto. O olhar de Argernon estava fixo no seu enquanto subia na cama depois dela. — Precisa de mim dentro de você ou prefere minha boca? O que escolhe? — Ambos. — Ela sussurrou. As mãos dele agarraram a suas coxas e baixou a cabeça. Ela gemeu, agarrando a cama, quando a boca encontrou seus clitóris. Ele não hesitou um segundo em colocar os lábios ao redor da carne palpitante, chupando-a com delicadeza para dentro de sua boca enquanto a língua deslizava com movimentos de vai e vem em sua sensível

protuberância

com

pressão

bastante

para

fazê-la

enlouquecer. — Sim! Ah, Argernon! Um rugido retumbou em sua boca, vibrando contra seu clitóris enquanto a língua se movia rapidamente. Chupava-a de tal


maneira que não conseguia nem pensar. Dois dedos se introduziram em sua vagina e depois dobrou-os, encontrando o ponto exato para esfregar a parte traseira do clitóris. Isso foi mais que o suficiente. Um grito saiu de seus lábios quando o clímax a atingiu e o prazer quase a rasgou. Mal lhe deu tempo para se recuperar, retirou a boca e os dedos para segurar uma de suas coxas e subir deslizando por seu corpo. Levantando-a, para que o joelho dela ficasse preso entre seu peito e o cotovelo enquanto descia sobre ela. Não precisou guiar o pinto duro para dentro dela. Estava duro o suficiente para empurrar e entrar em seu corpo. Casey se agarrou aos seus ombros indo de encontro a ele quando Argernon a penetrou fundo, até que suas bolas batessem contra seu ânus. Ele começou a mover-se com impulsos profundos e fortes. Ajustou o ângulo do quadril para que seu pênis esfregasse seu clitóris em cada investida. A frustração quase forçou Casey a gritar, quando Argernon, abruptamente, se retirou completamente dela. Levantou seu olhar enquanto ela o olhava com dilaceradora agonia. — Vire-se. A quero de quatro, vou monta-la e te foder com força. Ansiosamente, ela se virou levantando o traseiro para ele e dobrou os cotovelos para apoiar-se na cama. Sem aviso prévio Argernon a penetrou com força por atrás. Suas mãos se fecharam sobre seu quadril, segurando-se nas curvas dela, imobilizando-a e investindo uma vez atrás da outra. Gemidos saíam dos lábios de Casey com cada golpe dos quadris dele contra seu traseiro, penetrando-a profundamente. O prazer e a dor se tornaram um só. Ele soltou uma das mãos do seu quadril para coloca-la entre suas coxas, alcançando seu montículo, seus dedos grossos encontraram seu clitóris e começaram a aplicar pressão aumentaram o ritmo do quadril.


Casey se perdeu com a pressão adicional em seus clitóris. Sua vagina se contraia chegando ao delírio, prendendo-a fortemente para baixo, Argernon sentiu suas paredes vaginais envolvê-lo como um punho quando o orgasmo a atingiu. Gritando de prazer, ela gozou. Argernon rugiu a puxando fortemente pelo traseiro lançou suas sementes dentro dela. Caíram de lado, ainda entrelaçados e ofegantes. Minutos, ou horas, mais tarde Casey abriu os olhos. Argernon a fitava, observando-a em silêncio. Não conseguia ler as emoções em seu rosto, mas não parecia zangado. Ela sabia o que estava pensando. O cretino a fizera gozar várias vezes. Estava surpresa. Aquela boca era fenomenal. O pênis então, parecia ter sido criado para atiçar e satisfazer perfeitamente a cada músculo de sua vagina. Não se importava que ele fosse sexy como o diabo. Um autêntico símbolo sexual com esses olhos incomuns e fascinantes. Ela poderia olhá-lo para sempre. Até a voz dele a excitava mesmo quando estava irritado ou zangado, o que era frequente. — No que está pensando? Argernon abaixou a cabeça e deslizou a língua por seus lábios em um beijo suave, mas cheio de promessas. — Em como é linda e minha. Não vou desistir, Casey. Não posso. Você é uma parte de mim e não quero só seu corpo, quero ser parte de você. Ela tragou saliva. Aqueles pensamentos eram intensos, estava confusa e dividida. Nunca ninguém a tinha feito se sentir tão sexy, desejada ou tão desesperada em ser satisfeita como Argenon fazia. Sua boca se curvou em um sorriso. — Em que está pensando? — Só estou pensando em como me faz sentir. Um sorriso escapou dos lábios dele. Os olhos azuis brilharam com diversão.


— Bem, pela quantidade de gritos de prazer, me faz achar que está muito apaixonada por mim. Ela se pôs a rir enquanto lhe dava um tapa no peito. — Ah, é o que acha, é? — Sim. — Ele rodou sobre suas costas a levando junto. Sorrindo, ela se sentou pondo as mãos sobre o seu peito e o acariciou com as unhas até chegar a seus mamilos. Hesitou antes de aperta-los com gentileza entre seus dedos. Seu corpo estremeceu de prazer, os olhos azuis arderam com paixão. Brincou com os mamilos endurecidos enquanto se sentava escarranchada sobre dele, moveu o quadril e se esfregou contra a sua longitude dura, que aos poucos começava a engrossar. Ela estava bem molhada e a excitação dele era suficiente para que ela fosse capaz de retroceder à posição correta para que ele se entrasse em sua vagina. Os olhos de Argernon se fecharam, seu sorriso desaparecia enquanto gemia em baixinho. — Não consegue rir agora, não é garotão? — Ela girou os quadris sobre ele em círculos e o sentiu movendo-se dentro dela. Seus lindos olhos se abriram de repente. — Quer me torturar? — Sim. — Quer me fazer gritar? Ela sorriu. — Você sempre grita. Ruge como um leão quando está dentro de mim e goza. Suas mãos se apoderaram de seu quadril, levantando o corpo dela e retirando o pênis de seu interior. Ele sorriu. — Já volto. Surpresa, ela se sentou e franziu o cenho, o viu quase correr para dentro do banheiro. Argernon entrou debaixo do chuveiro e deixou a água escorrer pelo seu corpo. Ela o viu se esfregar e limpar muito bem a área da virilha depois desligar a água. Nem


sequer se secou quando caminhou rapidamente para o quarto e quase saltou sobre a cama. Ele se deitou de costas, sorrindo. — Deixe-me louco. Toque-me. — Ele a olhou quase implorando. — Vai me lamber? Os olhos de Casey percorreram o corpo nu e molhado. Ele estava duro como uma rocha, outra vez. Era assombroso e um pouco assustador. De onde ele tirou aquela ideia? No entanto ele já lhe dera prazer da mesma maneira. Mexeu-se decidida, sentou sobre o quadril dele, seu traseiro descansando na parte inferior de seu abdômen, o olhar percorrendo com atenção cada polegada dele desde o abdômen até o rosto. Casey assentiu com a cabeça. Lambendo os lábios, inclinou-se para frente, decidida a começar pelo pescoço. Ela percorreu com a língua da orelha até o ombro, mordiscando-o aí com seus dentes, degustando o sabor das gotas de água e de sua pele. Grunhindo, Argernon se apoderou de seu quadril e tentou se levantar, sorrindo. — Mãos para cima e não me toque. Seus brilhantes olhos azuis se entrecerraram. Não ficou muito feliz, mas seguiu as instruções. Ele a soltou e esticou os braços os dobrando na parte de trás da cabeça, exibindo braços e peito musculosos. Sorrindo, Casey desceu a cabeça até o peito. Lambeu um dos mamilos e começou a chupa-lo enquanto usava as unhas para atiçar o outro até que ambos se endureceram. O homem debaixo dela gemeu, seu corpo se esticou e os quadris se arquearam levando a ambos alguns centímetros acima da cama. — Calma, garotão. — Riu, soltando seu mamilo. — Fique parado. — Paciência é uma coisa que não tenho muita. Você me excita demais. Talvez em alguns anos possa brincar mais com meu corpo sem que me sinta quase morrendo se não estiver dentro de você.


Anos? Ficou chocada enquanto a ideia de passar anos tendo este tipo de vida sexual com Argernon. Estaria realmente falando sério? Bem, não seria nada ruim. Deslizou para baixo em seu corpo, tendo que se levantar acima da ereção dura como uma pedra, sentando-se na parte superior das coxas, para permitir que sua boca deixasse um caminho de beijos sobre suas costelas. Ela o lambia em alguns lugares, como a fenda entre os músculos de seu abdômen. Deixou que seus dentes mordessem o osso de seu quadril. No momento em que chegou a seu pau, grosso e palpitante, ele grunhia continuamente e seu corpo estava tenso o bastante para se parecer com uma estatua muito grande e sexy. Suas pernas se moveram se separando um pouco, mas não o suficiente para tira-la daquela posição sobre ele. — Por favor. — Gemeu. Sua voz era áspera e profunda. Ela o provocara bastante. Uma de suas mãos se apoderou da base de seu pênis, enquanto a outra acariciava as coxas. Levantou-se. — Abra suas pernas para que eu possa ficar entre elas. A obedeceu imediatamente. Um sorriso surgiu em seus lábios. Podia se acostumar a lhe dar ordens. Ela contemplou seu rosto, tinha os olhos fechados, os lábios pressionados fortemente e os afiados dentes superiores cerrados sobre o lábio inferior. Ela se moveu entre suas coxas lentamente, se colocando entre as pernas se inclinou para frente. Sua outra mão segurou as pesadas bolas com cuidado, explorando e acariciando a parte inferior delas com as pontas dos dedos. — Bebê? Argernon abriu os olhos para olhá-la. — Sim? — Quase ofegou. — Não se mexa. Pode me sufocar, certo? É muito grande. E gosto de respirar. A confusão iluminou seu rosto.


— Eu nunca a machucaria. — Bem, você entendeu. Não mexa o quadril ou o fará. Casey baixou o olhar até seu pênis, sabia que não conseguiria introduzi-lo completamente na boca. Estava contente que concordasse em ficar quieto. Se ele forçasse todo aquele pênis em sua boca certamente lhe cortaria o ar. Umedeceu de novo os lábios antes de abrir a boca completamente. Lambeu a grande ponta arredondada pela primeira vez e enroscou a língua ao redor da cabeça esponjosa. Seu sabor foi uma surpresa. Provou o líquido pré-seminal que estava gotejando da pequena rachadura do pênis. Para se certificar, o percorreu com a língua novamente e o provar mais, deixando um rastro de sua saliva na fenda. Um rosnado saiu de Argernon. Ele era doce, muito doce, como calda de açúcar derretido. Era delicioso, apanhou mais o liquido pré-seminal com a língua e gemeu, colocando-o mais para dentro da boca. Era um sabor ao qual ela podia se viciar. Tinha a sensação de que acabava de descobrir sua sobremesa favorita, quando tivesse o desejo de algum doce. A circunferência de seu pênis mal cabia em sua boca. Uma vez passada a cabeça grossa, seu eixo era ligeiramente mais fino, mas não muito, antes que se tornasse grosso de novo. Ouviu Argernon ofegar. Seu corpo se movendo, mas não se empurrando para dentro de sua boca. Retorcia-se debaixo dela, seu grunhido baixo parecia mais ao de um animal que de um homem. Ouvia sua respiração aumentando até chegar a um ruidoso gemido, parecia que estava tendo dificuldades para respirar enquanto ela o chupava e o lambia. Ela o engoliu mais e antes que pudesse se levantar, mudou o ângulo da sua cabeça e tomou mais profundamente. — Casey. — Ele grunhiu um pouco mais alto. Foi o único aviso que recebeu antes que seu pênis inchasse ligeiramente e explodisse em sua garganta. O sêmem doce encheu sua boca. Ela gemeu, de surpresa e deleite ao prová-lo, engolindo


tudo o que ele tinha para lhe dar, até que ela começasse a sugar e lamber, limpando-o com a língua. Casey tinha pensado que seu líquido pré-seminal era doce, mas seu sêmem era melhor ainda. Ordenhava-o com a boca até que chegou à cabeça de seu eixo, bebendo cada gota que se escondeu ali. O tirou de sua boca completamente, ela passou a ponta da língua sobre seus lábios. Agora sabia o seu sabor. Mel e açúcar mascavo, derretidos juntos. Levantou os olhos para Argernon. A cabeça dele estava arremessada para trás, os olhos fechados. Ainda respirava com dificuldade, ofegando. Estava com a boca aberta. Uma de suas mãos estraçalhou o lençol da cama na altura de seu quadril. A outra estava sobre seu peito com sangue escorrendo. Foi até ele e segurou sua mão ensanguentada. Ela puxou uma parte do lençol e a enrolou na mão, se perguntando o que havia acontecido. Seus olhos foram até seu rosto. Foi aí que viu o sangue em seu lábio inferior e queixo. Seus olhos se voltaram para a mão que segurava. Viu os orifícios que causavam o sangramento na palma e no dorso da mão. Eram marcas da mordida de seus dentes. — Por que se mordeu? Seus olhos azuis se abriram. O assombro e a satisfação total se estampavam em sua expressão, a boca curvada em um sorriso. — Ordenou que eu não me movesse. Mais tive tanto desejo por estar dentro de você que me mordi para ficar quieto e parado. Sabia que com seus dentes ao redor de meu pau, se ficasse assustada com meu rugido de prazer, bem...

Não seria uma coisa

muito inteligente de se fazer. Senhor das Luas. Isso foi... — Ele riu entre dentes. — Se tivesse alguma dúvida antes, agora teria certeza de que é minha vinculada. — Sua mão esfregou seu abdômen em uma carícia. Seus olhos seguiram a mão, olhos que se encheram de admiração ao olha-la fixamente. — Engoliu minha semente por sua


garganta. Tenho profundo respeito por você, linda. Honrou-me mais que qualquer mulher que conheço. Ela piscou. — Hum. — Deixou que aquelas palavras penetrassem em sua mente enquanto a confusão a agitava. — Bem, está certo. Argernon tinha um olhar de êxtase em seu rosto. — As mulheres Zorn não engolem nossa semente. Deve gostar um pouco de mim, já que bebeu minha semente, me aceite como seu vinculado. Farei com que seja feliz, linda. Casey não conseguiu conter a curiosidade. — Suas mulheres não os chupam? Ele não podia apagar o sorriso do rosto. E negou com a cabeça. — Lambem os hais, mas se afastam quando derramamos a semente. Levou-me para dentro de sua boca, engoliu e recebeu minha semente em seu ventre. — Sua mão acariciava seu abdômen outra vez. — Senhor das Luas, foi espetacular. — Hum. Para um mundo dominado por homens tão sexuais como vocês, não têm muita imaginação. Ele se manteve sorridente. — O que quer dizer? — Vocês não têm sexo anal e agora está dizendo que suas mulheres não dão boquetes? Elas dão lambidas e fogem. Ele riu entre dentes. — Não se chama lamber e fugir. Isso se chama tonguing. Suponho que o que acabamos de fazer tem o nome de boquete? Se posso perguntar, porque o chamam assim? Ela riu. — Sei lá. Talvez porque faça explodir a mente do cara? Riu enquanto ele a atraia para seu corpo. — Minha mente explodiu. Sei do que está falando. Agora sei o que deve sentir quando estou lambendo e chupando seu clitóris.


Você deve ter sentido isso muitas vezes com outros homens. Preocupei-me com a primeira vez que a toquei e que talvez estivesse fazendo alguma coisa errada. Mas sou um aprendiz que aprende rápido e esperei que apreciasse tanto quanto eu enquanto me ocupava dessa sua vagina deliciosa. — Espere. — Casey o olhou confusa e surpresa. — O que quer dizer com: estava preocupado de fazer alguma coisa errada e espera aprender rápido? Argernon riu entre dentes. —

Vocês,

humanas,

são

ligeiramente

diferentes.

Nas

mulheres Zorn o unis é mais profundo e não posso usar a língua. Seu unis, o clitóris, é muito acessível. Meu irmão me falou sobre as humanas e como cuidar delas, já que sua vinculada é humana. O que ele não me disse é que vocês possuem um sabor que pode nos viciar facilmente ou como me excitaria em ter minha língua em seu sexo e escuta-la gemer com meu toque. E então qual é sua opinião? Você parece gostar do que posso fazer com minha boca. Ela ficou atônita. — Bem, você realmente aprendeu muito rápido. Ele inclinou ligeiramente a cabeça, olhando-a. O sorriso de Argernon desapareceu enquanto estreitava seu olhar. — O que é esse brilho em seus olhos? Diga o que está pensando. Ela lentamente sorriu. —Só estava pensando que é um tanto cômico que um tipo que nunca se deitou com uma humana e que nunca tinha usado a língua, se tornou o melhor amante que já tive. — Ela acariciou seu peito. — Alguns homens da Terra deveriam ter aulas com os homens de Zorn. Muitos deles mal conseguem encontrar um clitóris, mesmo com um mapa, e nem têm ideia do que fazer com um depois que o encontram. Ele riu entre dentes.


— Talvez se entregássemos as mulheres Zorn a seus homens eles aprendessem a dar valor ao prazer que as humanas podem proporcionar.

Capítulo Sete

Casey olhava diretamente nos olhos de Argernon durante o jantar no dia seguinte. Estavam sentados na cama, um de frente ao outro, com as bandejas entre eles. Ele acabara de chegar. Estava nervosa, tivera o dia todo para pensar em sua proposta. Argernon arqueou uma sobrancelha. — O que está pensando? Parece ansiosa. — Tenho perguntas. — Fui avisado que os seres humanos são muito curiosos. Faça suas perguntas. Ela sorriu. Parecia preparado para discutir com ela, a julgar por sua expressão sombria e a tensão em seus ombros. — Relaxe. Isso não vai ser doloroso. — Tenho minhas dúvidas. Meu irmão me avisou que sua vinculada se zanga com ele por razões que às vezes não consegue entender ou quando recebe certas respostas para as suas perguntas.


— Isso parece muito similar ao que acontece aos casais na Terra. Acaso sabe por que brigam? Talvez possamos começar por ai. Quero saber os prós e os contras de estar vinculado. Ele hesitou. — Ela se recusa a andar nua dentro de sua casa. Suas sobrancelhas se levantaram. — Nua? — Diz que não se sente confortável em andar nua pela casa, mas é o costume Zorn. Nossas mulheres só cobrem seus corpos quando têm convidados ou saem da casa. Nosso clima é perfeito para isso, também. — E prefere que esteja nua quando estivermos em casa juntos, certo? Ele se pôs a rir. — O que lhe parece? Ela sorriu. — Não vejo problemas em andar nua em casa. — Piscou um dos olhos. — Seria uma economia de tempo, não seria preciso nos despir, não é? Sorriu com prazer. — Tinha certeza de que era perfeita para mim. — Está bem. Estamos chegando a algum acordo. Sobre pelo o que mais brigam? Seu sorriso morreu rapidamente. — Não gosta de ser obrigada a ter guardas ou a companhia de meu irmão quando precisa sair à rua. Você precisa permanecer em nossa casa, onde é seguro. As mulheres humanas são muito desejadas em Zorn. Já lhe disse como são nossos homens. Antes de vir ao planeta Terra, quatro Zorns atacaram a vinculada de meu irmão em sua casa e a teriam matado depois de obrigá-la a recebêlos dentro de seu corpo. Você ficará em nosso lar, nossa casa é muito bonita e confortável, possui um grande jardim e uma linda vista,


ficará segura. Poderá passear sempre que desejar assim não se sentirá sozinha ou aborrecida. Casey pensou em suas opções, seu futuro modo de vida não parecia tão ruim. — Está bem. Posso ver o perigo e agora sei que não seria seguro para mim como um ser humano caminhar sozinha por aí. Posso viver com tudo isso, desde que não tenha que ficar o tempo todo sentada e olhando para as paredes. — Sem discussão? — Não espere demais. Que outros desentendimentos têm? Nesse momento Argernon engoliu em seco. — Bem, ela ficou muito irritada quando meu pai enviou uma mulher a meu irmão. Isso a fez franzir o cenho. — Por que seu pai enviou uma mulher a seu irmão? — Em primeiro lugar meu pai não estava feliz por meu irmão se comprometer com uma humana, então lhe mandou uma mulher Zorn muito atraente, a quem muitos homens desejavam. Ele pensou que talvez ela pudesse seduzir meu irmão e afasta-lo de sua vinculada humana, mas não funcionou. — Seu pai vai tentar fazer isso conosco? Ele negou com a cabeça. — Não. Ele aprendeu a lição. Não vai mandar mulheres para nossa casa e nem tentar fazer me comprometer com uma mulher Zorn em vez de você. — Ele hesitou. — Há algo que preciso lhe explicar. — O que? — Ela ficou alerta. Argernon vacilou. — Quando saímos de Zorn, não tinha intenção de me comprometer

com

uma

humana.

Então

providencia para leva-la para casa. Eu...

não

tomei

nenhuma


Uma forte explosão sacudiu o quarto. Casey gemeu, levando as mãos aos ouvidos para tentar diminuir o som dos alarmes e sirenes que começaram a tocar. Argernon saltou da cama, correndo para a porta. — Fique aqui. — Gritou. Saiu correndo. Os sons das explosões e das sirenes repercutiam através do quarto, um atrás do outro, machucando seus ouvidos, apesar de estarem amortecidos por suas mãos. O que era isso? O que poderia estar acontecendo? Argernon saíra do quarto com uma expressão nada agradável. Saiu muito apressado, sem camisa e sem botas, também. Agarrou um travesseiro e o pressionou contra a cabeça tentando abafar os sons ensurdecedores. De repente, tudo ficou silencioso. Casey largou o travesseiro e se sentou ansiosa na cama mordendo os lábios. Certamente devia ser algo bem ruim e urgente para que Argernon saísse dessa forma. Havia ordenado para que ficasse no quarto, como se tivesse alguma opção de sair do lugar. Sentou-se no centro da cama abraçando o travesseiro contra os seios. Não estava gostando daquela falta de informações. O terror tomou conta de Casey quando escutou o som de uma explosão abafada enquanto o quarto inteiro se sacudia como se fosse um terremoto. Desceu, muito assustada, da cama e engatinhou pelo chão, que vibrava com força, até a porta e aguardou. Que diabo estava acontecendo? De repente sentiu que seus pés deixavam o piso. O som alto de um alarme se ouviu de novo. Seus dedos arranharam a parede, tentando se agarrar na textura lisa da porta. Sentia-se estranha enquanto tentava, freneticamente, encontrar algo em que pudesse agarra-se, tudo estava flutuando no quarto, inclusive ela. Meu Deus, a nave parecia estar sem gravidade. Tentou se agarrar em alguma coisa mais uma vez. Estava assustada pela sensação. Empurrou-se usando a parede como apoio e começou a


girar como louca no ar, gritando. Bateu a cabeça quando se bateu com a parede e gemeu de dor. Viu que a cama era a única coisa presa ao chão. Agarro-se a cabeceira alta, o que diminuiu seu movimento. Chorava. Onde estava a maldita gravidade? Onde foi a explosão? A nave colidiu com alguma coisa? O motor explodiu? Céus! Estavam

no

espaço.

Iriam

morrer!

Todos

esses

pensamentos

passaram por sua cabeça em rápida sucessão. Agarrando-se a cabeceira com as duas mãos, obteve um pouco de controle. O alarme se silênciou. Não se atrevia a soltar a cabeceira e lágrimas enchiam seus olhos. E o mais estranho foi ver algumas de suas

lágrimas

flutuando.

Não

tinham

se

deslizado

por

suas

bochechas. Estavam flutuando e afastando-se dela. — Ai, Deus. — A única coisa que sabia era que estava assustada e que Argernon estava lá fora. Estaria vivo ou ferido? Estaria próximo da explosão que escutou? Ela não tinha a menor ideia. — Merda! Seus pensamentos seguintes foram apavorantes. E se ela fosse à única sobrevivente da nave de Argernon? O oxigênio se acabaria? Poderia morrer de fome? Ficaria à deriva no espaço em uma nave destruída? Só queria que Argernon viesse e lhe dissesse o que estava acontecendo. Queria que lhe dissesse que tudo estava bem. Ela o queria bem e vivo. Parecia que tinha se passado horas ali, sozinha e com medo. As luzes piscaram e ela gemeu. — Não é um bom sinal. Acendiam e se apagavam. Até que finalmente se apagaram, deixando-a em uma escuridão absoluta e aterradora. Agarrou-se mais à cama, escutando o silêncio. Algo a tocou fazendo com que gritasse. Tocou o que lhe tinha roçado as costas freneticamente. Uma risada histérica lhe escapou quando percebeu que era só uma das


botas de Argernon. Ela afastou o pensamento de todas as coisas que estavam flutuando no quarto. Mais coisas provavelmente a tocariam e tentou se preparar para que não gritasse da próxima vez. A nave parecia tranquila agora que as vibrações pararam e não havia som algum. Ficou sobressaltada quando começou a flutuar afastando-se da cabeceira novamente, o ligeiro puxão em sua mão a impediu, assim aumentou a força com que se segurava, tentando ficar mais alerta. Respirou profundamente. Bem, pelo menos parecia ter ar para respirar, o que era um bom sinal. Seus pensamentos se concentraram em Argernon, perguntando-se se ainda estaria vivo e porque não lhe comunicara sobre a situação. A ideia de que algo o impedisse de estar com ela nesse momento deixou-a desesperada. Um barulho finalmente chamou sua atenção. Prestando atenção

o

escutou

de

novo,

era

como

uma

batida,

apenas

perceptível, e depois outra. O som estava se aproximando cada vez mais. Parecia estar finalmente em sua porta. Seus olhos dispararam nessa direção. Sentiu terror, era incapaz de ver algo naquela escuridão. Uma forte pancada a sobressaltou. Era metal golpeando metal. Escutou um estalo similar a um copo com água se quebrando. Uma luz muito forte a atingiu subitamente, deixando-a cega por alguns segundos. A porta se abrira. — Graças a Deus. — Quase gemeu ao ver alguém empurrar a porta e acabar de abri-la. Não era Argernon, e sim um estranho. O medo avançou lentamente em seu interior. Não conseguia ver suas feições, a luz em seus olhos quase a cegava, e só conseguia deslumbrar seu vulto e isso começava a assustá-la. O estranho, enorme, grunhia à medida que avançava em sua direção. Thunk.Thunk.Thunk. Seus olhos foram para seus pés. Usava botas que pareciam de metal e que faziam esse som forte enquanto caminhava no quarto. Talvez fossem botas para a gravidade. Chegou ao lado da cama e lhe estendeu a mão. Viu sangue nela, mas a agarrou. Ao


aproximar-se mais pôde ver alguns cortes em seu abdômen nu. Suas mãos também estavam esfoladas, como se ele tivesse golpeado algo. A mão grande se envolveu ao redor da sua enquanto ele a afastava da cama. Ela se soltou da cabeceira. — O que aconteceu? Onde está Argernon? — Ela tentou ignorar a sensação de mal-estar por estar sem peso e flutuando. A única coisa que a mantinha ancorada ao chão era a mão do cara. O estranho

grandalhão

continuava

a

grunhir

e

ela

não

estava

entendendo nada. Aquele tal de cunis não devia estar funcionando. A frustração tomou conta de Casey. Era como estar de novo na caverna com Argernon: sem comunicação. O homem envolveu sua mão sob seu braço enquanto ele o dobrava para seu ombro. Sacudiu a cabeça lhe indicando o outro braço. Ela compreendeu, por isso envolveu a outra mão ao redor de seus ombros. Então o grandão se virou e começaram a sair do quarto, com Casey flutuando atrás dele. Avançaram pelo corredor com Casey batendo de vez em quando no teto. — Para onde está me levando? — Sua voz tremeu. — Argernon está bem? O

cara

não

parou.

lentamente

pelo

corredor.

O

Ignorou-a grandão

enquanto estava

caminhava

certamente

se

esforçando em caminhar naquelas condições e não via motivos para conversar com ela, sem mencionar que acabariam não se entendendo mesmo. Conseguiram chegar até uma escada que conduzia a uma escotilha. Ele olhou para cima e Casey seguiu seu olhar vendo a luz que vinha de lá. Outro homem surgiu quando abriram a escotilha, estavam em uma sala circular de aproximadamente um metro e meio de largura e com uma escada de metal que conduzia para cima. Foi então que conseguiu ver bem o homem, era ruivo e com cabelos tão compridos quanto o de Argernon. O ruivo se voltou para olha-la grunhindo baixo e apontando na direção das escadas. Uma de suas mãos a agarrou em seu braço e gentilmente tirou sua mão de


seus ombros. Ela entendeu o que ele pedia, o soltou e ele lhe deu um pequeno empurrão na direção da escotilha que estava a uns dez metros acima de suas cabeças. Um grito lhe escapou enquanto voava no ar sem que nada pudesse para-la. Esperneou com os braços e pernas para ter algum controle daquela maldita coisa. Dirigiu-se lentamente à escotilha. E poderia jurar que de baixo dela, o ruivo ria da cena. Bem, se aquele Zorn conseguia ver algo engraçado naquela situação, então à nave e Argernon não estavam em perigo, não é? O homem que estava na escotilha acima dela se inclinou e a agarrou com as mãos assim que ela esteve ao seu alcance. Seu corpo continuou flutuando enquanto atravessava a escotilha até que o outro a puxou para seus braços. Ela olhou para o rosto do cara de cabelos negros

e

brilhantes

olhos

verdes,

outro

desconhecido.

Um

pensamento horrível atravessou sua mente. Eram companheiros de Argernon ou tinham sido abordados por outra nave? Talvez fosse uma equipe de resgate. Fixou os olhos no estranho enquanto a mantinha nos braços. — Argernon está bem? O homem piscou confuso, mostrando claramente que não estava entendendo. Ela o viu olhar para baixo, agarrar sua camisa e a farejar fortemente enquanto ela olhava para ele e insistia. — Onde está Argernon? Ela sabia que a roupa cheirava a Argernon, já que ele a tinha usado no dia anterior e ela sabia que eles possuíam um olfato muito apurado. O homem pareceu compreender. Ela viu algo em seu olhar que fez seus olhos se encherem de lágrimas quando ele ficou tenso. Pena. — Ai, Deus. Ele está morto, é isso? — Agarrou o Zorn pelo peitilho de sua camisa. — Está morto? — Levantou a voz, sabendo que estava a ponto de começar a chorar.


O homem de repente segurou seu rosto, inclinando-se para beija-la. Sobressaltada, Casey jogou a cabeça para trás. Parecia se divertir quando se pôs a rir, segurou um de seus braços, mantendo uma das mãos envolvendo sua cintura e caminhou para outro corredor. Ela voltou à cabeça para ver a escotilha, mas o ruivo não os estava seguindo. De fato, ela nem sequer podia ver a luz que vinha do deque inferior na escotilha aberta. O Zorn parou de frente a uma porta e a abriu fazendo girar uma trava. Ele a agarrou pelo braço e a fez entrar. Ficou em estado de choque ao entrar em uma grande sala, semelhante a uma área de carga. Havia luzes, era uma pequena nave. Ele a obrigou a caminhar pela área de carga e subir tropeçando por uma rampa de acesso ao interior da nave. Entraram em uma pequena câmara bem iluminada com outra porta de acesso. O homem a agarrou, a segurando fortemente contra o corpo e apertou um botão em um painel na parede. A rampa começou a se levantar, até que se fechou. Ouviu um som bem agudo, se o homem não tivesse a agarrando firme em seus braços ela provavelmente teria caído com força no chão duro, tinham gravidade novamente. O corpo contra o seu se tornou tenso, segurando seu peso e então a deixou de pé. Casey se afastou dele aos tropeções. Seu corpo estava pesado depois de estar suspensa durante tanto tempo. Ficou enjoada ao ver o homem agachar-se e fazer algo com as botas antes de tirá-las. Descalço, se endireitou até ficar em sua altura completa, bem mais que dois metros. Apontou para a porta atrás dela. Ela recuou enquanto ele se aproximava, chegou à parede e pressionou outro botão e a porta se abriu. O interior da nave não era grande. Surpreendeu-se ao ver que não estavam sozinhos. Uma humana, magra e morena, estava sentada em uma das cadeiras, parecia assustada. Casey ficou surpresa quando seus olhares se encontraram. A mulher se levantou imediatamente.


— É humana! — Exclamou a mulher. — Sim. — Disse Casey enquanto afastava a atenção da morena. Virou-se para o cara que a trouxera até ali. — O que está acontecendo? Onde está Argernon? — Acalme-se. Sou Rachael Dean. — Falou em voz baixa. — Não grite. Não podem nos entender. Não acho que os computadores daqui trabalhem com o programa Zorn de tradução e eles parecem não ter os implantes em seus ouvidos. O olhar de Casey disparou para a mulher. — Sabe o que está acontecendo? — Não, estava presa em meu quarto até que um deles se apresentou. — O medo fez com que os olhos da mulher se abrirem mais. — Não acho que sejam de Zorn. Olhe seu rosto de perto e verá as diferenças, esses tipos têm as orelhas pontudas. Casey estava com medo enquanto estudava o homem alto parado próximo a ela, havia diferenças, realmente. Os olhos do sejalá-o-que-for eram um pouco puxados, tinha as orelhas bicudas e manchas no dorso das mãos. Argernon não tinha nada disso. Agora ela tinha certeza de que estes homens não eram Zorn. — Merda. — Casey deu um passo para trás se afastando do sujeito, dando-se conta pela primeira vez, que não tinha nenhum espaço com exceção da parede traseira da nave, onde outros dois sujeitos estavam parados bloqueando a porta que não tinha notado antes. Ela encarou o homem que a olhava fixamente. — O que querem? Pode me entender? O homem alto avançou invadindo o espaço pessoal de Casey. Um grunhido retumbou em sua garganta enquanto lhe dirigia um olhar frio e ela recuou. Voltou a encará-lo de novo, tentando não demonstrar terror. Ele se aproximou mais, quase tocando Casey, para grunhir algo a ela. Mostrava seus dentes afiados. Seu tom não era amigável. Atrás dela, Rachael amaldiçoou baixinho.


— Não olhe para baixo, mas esse cara está excitado, muito exitado. O olhar de Casey desceu até a dianteira das calças dele. O medo a percorreu ao ver o estado evidente de excitação do cara. Está bem, estava mesmo muito excitado. Retrocedeu um pouco mais até alcançar Rachael, que gentilmente se agarrou a ela. Girando a cabeça,

Casey

viu

os

outros

dois

na

sala,

ambos

olhavam

atentamente Casey e Rachael com luxúria. — Estamos na merda. — Rachael sussurrou. — Basta manter a calma. — Era um bom conselho, mas Casey estava tendo dificuldades em segui-lo. Onde estava Argernon e quem eram estes homens? Tinham atacado à nave? Parecia o mais provável. — Acho que podem ser piratas do espaço. — Ótimo. Pra caralho. — Rachael quase chorava. — Primeiro me embebedei em um bar, terminei na cama com este grande filho da puta que podia foder como uma máquina, e então desperto em uma espaçonave com a dita máquina me dizendo que eu era o equivalente a sua esposa. Agora, esta merda. Acha que vão nos matar? — Não sei. Espero que não. Rachael soluçava. — Só quero ir para casa. O cara que me pegou é realmente muito agradável e é endemoniadamente bom na cama, mas não esperava esta merda. Só queria ter uma boa transa e ele parecia um grande amante quando saí do bar. Você foi pega fora de um bar também? — Não. Casey ficou atenta, quando os dois homens de trás começavam a avançar em sua direção. Um deles começou a abrir a frente da calça, seu interesse se concentrava totalmente em Rachael. — Ouça-me, Rachael. Sabe brigar? A mulher se agarrou mais a Casey, tremeu.


— Não. Por quê? Casey baixou o olhar. — Um deles já está tirando a roupa e agora seu amigo também. Estão se despindo, o que é muito ruim. A cabeça de Rachael virou para a parte traseira da nave e choramingou. — Ah, Deus. Não lute. Talvez não nos machuquem muito. Sempre dizem para não lutar contra seu atacante. Casey ficou uma fera com o comentário. Virou-se para encarar o homem que a tinha levado a nave, o terror a envolveu quando ele tirava lentamente a camisa, seus olhos se cravaram em seus seios. Os três covardes iriam ataca-las. — Não vou deixar que isso nos aconteça sem uma luta. — Está louca? — Rachael engasgou. — São enormes e têm a compleição de um zagueiro de futebol americano. Se batesse neles seria como tentar derrubar uma parede de tijolos. — Não têm três metros de altura, talvez um pouco mais de dois e meio e não são tão musculosos como Argernon, talvez por isso não sejam tão fortes. Não vou cair sem lutar. Está comigo? — Está louca. — Rachael a soltou e se afastou. Casey olhou fixamente para o homem que a trouxera até ali. Ele abriu a calça e apontou para ela. Rosnou, apontando para sua roupa. Ela sabia o que estava exigindo. Negou com a cabeça. De jeito nenhum ia se despir e tornar as coisas mais fáceis para ele. Então, ele avançou. Sua mente trabalhava freneticamente. Os agressores nunca esperam que uma mulher se defenda. Os outros dois, nus, avançaram na direção de Rachael e a pegaram pelos braços, levantando-a e levando-a para o outro lado da nave enquanto esperneava e gritava. Casey ficou atônita durante uns segundos, chegou a dar alguns passos para alcançar Rachael e ajudala, foi quando uma mão enorme a pegou pelo braço fazendo-a virar violentamente. Ela se jogou para trás. Pego de surpresa, soltou-a e


ela, se aproveitando, investiu contra ele com todo seu peso. Chocada, o viu estirado no chão mostrando seus dentes amarelos e afiados. Seus olhos se entrecerraram enquanto o nariz dilatava, então começou a se levantar. Casey não pensou duas vezes: se jogou contra ele novamente, fazendo-o tropeçar enquanto lhe golpeava as costelas com seu ombro. Ele não esperara tanta resistência da parte dela. Ambos desabaram no chão. Casey caiu sobre o homem. Ele ofegou quando ela o acertava com o joelho, usando toda a sua força, um pouco acima da virilha. Sabia que tinham testículos. Argernon os tinha e este era humanoide também. Ele gritou de dor depois que seu joelho o golpeou novamente, acertando em cheio seus testículos. O alienígena a jogou longe para tira-la de cima e depois se curvou como uma bola protegendo-se e gemendo alto. Ela rodou pelo chão, se recostando contra os bancos, seu corpo e joelho doíam muito, mas se obrigou a ficar de pé. O grito de Rachael atravessou a nave. Viu os outros dois cada um lhe rasgando a camisa com uma mão e com a outra pressionava à mulher no chão, ambos tinham o olhar fixo em Rachael, estavam despindo à mulher que lutava. Ela gritava e tentava tira-los de cima lutando contra eles, mas seus golpes não surtiam nenhum efeito. Ainda estavam de costas para Casey, eles não a tinham visto derrubar aquele que a atacara e nem sabiam que ela estava atrás deles. Casey não pensou, gritou e investiu contra os dois homens para tentar ajudar Rachael. Ela viu um deles se endireitar e virar enquanto ela lançava seu corpo contra o dele. Esmurrava as costas do homem, suas unhas o arranhavam. Ele ficou tenso, tentando impedir a queda, quando o corpo de Casey se atracava ao dele. Ela gritava em seus ouvidos. Suas unhas encontraram carne, arranhou-o freneticamente o fazendo rugir de dor, de repente sentiu que era atirada com violência contra a parede.


Seu quadril e o cotovelo doíam horrivelmente. Levantou a cabeça para ver o homem que tinha atacado ficar de pé. O sangue escorria pelos arranhões profundos que Casey lhe dera no ombro esquerdo. A raiva o dominava quando se levantou completamente. Atrás dele, seu amigo voltou à atenção para Casey também. Isto deu a Rachael uma oportunidade a mais para lutar. Casey viu Rachael sentar-se. Estava nua da cintura para cima. Rachael gritava, parecendo enlouquecida de terror. O homem que a segurava pela coxa se voltou e Rachael lhe arranhou o rosto. O homem urrou enquanto desferia um soco no rosto dela. Casey assistia a tudo paralisada. Aquelas criaturas eram fortes e o punho dele acertou brutalmente o rosto de Raquel, na altura da boca e nariz. O impacto causou um horrível rangido. O sangue voou enquanto a cabeça de Rachael se rompia em dois, seu corpo caiu inerte no chão. Tudo dentro da nave pareceu se congelar, ao ouvir o barulho, o homem que se aproximava de Casey se virou e olhou para o corpo inerte de Rachael. O homem que tinha golpeado Rachael retrocedeu com evidente terror, soltando-a. O sangue escorria por seu rosto devido aos arranhões que Rachael acabara de fazer. Atônita, Casey não conseguia acreditar, arrastou-se até Rachael. Nenhum dos dois homens se mexeu. Casey se arrastou mais rápido. Rachael estava estendida de costas, seu corpo nu exceto pelas calças que usava. Casey tremia quando alcançou à mulher. Ela olhava-a, horrorizada, em estado de choque. — Ai, Deus! Lágrimas ardentes escorriam pelo seu rosto. Rachael estava morta. Seus olhos sem vida estavam abertos, olhando para o vazio. Seu nariz estava esmigalhado, o sangue escorria pela boca e por sua mandíbula aberta. Com mãos tremulas, Casey tocou a quente pele da garganta de Rachael em busca de uma pulsação. Não sentiu nada. Rachael estava definitivamente morta.


Casey se voltou para olhar com horror o homem que havia matado

Rachael

com

tanta

crueldade.

Pálido,

seus

olhos

se

encontraram com os de Casey. Retrocedeu, movendo a cabeça em negativa. Casey se limitou a olhá-lo. — Seu filho da puta, você a matou! Desgraçado! Ela escutou um urro. Virou a cabeça para enfrentar o som aterrador. O homem a quem tinha derrubado com o joelho, se levantara e rugiu vindo na direção de Casey e Rachael. Casey soube que sua vida tinha terminado. Estes desgraçados eram estupradores e assassinos. O homem passou por Casey, ignorando-a, se inclinou sobre o corpo de Rachael olhou para o rosto da mulher morta. Pôs uma mão em sua garganta, rosnou, depois levantou a cabeça e fixou o olhar no assassino de Rachael. O ódio que se refletia em seu rosto era dirigido ao homem que tinha matado Rachael. Estava furioso e se locomoveu rápido, passando por cima do corpo de Raquel, lançando-se para agarrar o assassino pela garganta. O alienígena arrastou o homem nu pelo chão, outro rugido se ouviu através da nave, um segundo antes que o indignado alienígena lançasse ao assassino de Rachael pelos ares. Seu corpo saiu voando até que se chocou com a parede do fundo da nave. O homem caiu ao chão depois de ricochetear contra a parede. O que o tinha golpeado rosnou de novo. Casey estava em choque. Agora, ela observava os três rosnando de um para o outro. Era evidente que estavam discutindo. Ignoravam-na, sentiu-se momentaneamente a salvo. Suas mãos tremiam quando se aproximou para fechar os olhos da outra mulher, cobriu seu rosto e seus seios com a camisa. Casey se surpreendeu quando um dos homens que atacou Rachael tentou segurar o alienígena que jogou o assassino na parede. Começaram a lutar entre si em um amontoamento de punhos e corpos grandes. Casey se levantou com as pernas trêmulas. A


câmara de descompressão da nave estava perto dela. Mexeu-se rápido, sem pensar, sabendo que não tinha tempo a perder. Não escutara os motores da nave, ainda estavam acoplados à nave Zorn. Correu para a porta traseira que se abriu automaticamente para ela. Entrou na câmara, a gravidade tinha sido restaurada. Voltou-se para ver se a comporta se deslizava fechando-se atrás dela na pequena nave. Desesperada deu voltas no pequeno espaço tentando encontrar a porta exterior. Viu um botão grande e o pressionou com toda a força. Um forte zumbido se ouviu e segundos mais tarde as portas exteriores se abriram. Esperava que a falta de gravidade não a deixasse a deriva outra vez. Moveu-se para frente, saindo da nave menor. A gravidade e a luz haviam sido restauradas na nave Zorn. Casey saiu correndo. Não tinha ideia de para onde ia, só queria escapar daqueles homens. Atravessou a porta pela qual tinha passado

antes,

sentiu

alívio

quando,

desta

vez,

se

abriu

automaticamente para ela. Terminou em um corredor e mudou de direção, correndo o máximo que podia para se afastar. Estava escuro quando a levaram para essa área da nave, mas recordava de que lado tinha vindo. Ela estava certa de que ia na direção correta. Argernon estava em algum lugar da nave.


Capítulo Oito

O joelho e as costas de Casey doíam. Estava perdida, assustada e não se encontrou com ninguém. Tinha achado uma escotilha e se arrastou pelo chão. Onde estavam os homens Zorn? Aqueles alienígenas deviam estar a sua procura. Estava apavorada, não queria ser encontrada por eles. Ela tinha certeza de que estava na área dos quartos da tripulação. Tentou encontrar um lugar para se esconder, mas não havia para onde ir. Nenhuma das portas se abriu neste nível. Tocava e

esmurrava

as

almofadinhas,

mas

as

portas

permaneceram

fechadas. As únicas portas que se abriam automaticamente eram as portas dos corredores. Com os pés descalços ela podia sentir a leve vibração do piso, indicando que a nave estava em movimento outra vez. O alívio veio e logo foi substituído pela incerteza. Talvez os Zorn tenham o controle da nave de novo ou talvez não. Ouviu um grunhido antes de perceber um movimento intermitentemente brilhante em outro corredor, se voltou e começou a correr naquela direção. Um homem estava caminhando na direção dela, vestido de negro como Argernon, concentrava-se em uma espécie de tablete que carregava em suas mãos. Parecia um Zorn. Os olhos de Casey chegaram até suas orelhas, que surgiam na frente do cabelo comprido e negro que estava afastado de seu rosto caindo em suas costas, viu que eram definitivamente arredondados. — Ei, você! — Casey chamou. Correu para ele.


Ele levantou a cabeça e parou. Pareceu surpreso por um instante antes de vir correndo até ela. Casey estava certa de que era um Zorn no momento em que ficou um de frente ao outro, afastados por alguns metros. Ela fixou os olhos verdes e brilhantes, uma sensação de alegria por ter certeza de que era Zorn, agora estava a salvo. — Pode me entender? Tem um implante? O homem assentiu com a cabeça. Estendeu a mão com sua palma para cima, como dizendo que estava tudo bem. Casey hesitou mantendo distância. — Onde está Argernon? Estendeu sua mão para mais perto dela. Casey o observou e indagou. — Vai me levar até Argernon? Casey sentiu um imenso alívio quando ele assentiu com a cabeça. Ela pôs sua mão na maior, sentindo os dedos agarrando-a com firmeza. Ele então mudou de direção, puxando-a e ela o seguiu até que chegaram a um conis na parede. O tradutor estava provavelmente ativando. Mais tranquila, pensou que seria mais fácil falar com ele e explicar tudo. Uma centena de perguntas passou por sua cabeça. Em vez disso, o homem grunhiu para o dispositivo na parede. Segundos mais tarde, alguém lhe grunhiu em resposta. O homem soltou o conis para olhá-la. Seus olhos se afastaram dela para olhar em ambos os lados. Ficou em guarda tenso, como se ele esperasse problemas. Ouviu

grunhidos

ao

longe

minutos

depois,

mas

não

provinham do homem que segurava sua mão. Ela se voltou, olhando para um corredor, só para ver Argernon correndo em sua direção. Estava descalço, com o peito nu e havia outros dois homens Zorn caminhando trás dele. Seu olhar se cruzou com o dela. Sentiu pura felicidade ao ver Argernon vivo e bem. Ela jurava que o Zorn ao seu


lado se pôs a rir quando ele a soltou. No instante seguinte Argernon agarrou-a com desespero e a abraçou com força. Ela se apertou contra seu peito nu, sem se importar que ele estivesse sujo ou suado. Seus braços a envolveram ao redor de sua cintura enquanto ela o abraçava quase tão forte quanto ele. Todo seu corpo vibrou quando ele baixou o rosto para acariciar a parte superior de sua cabeça com a mandíbula. Ela não queria separar-se dele, mas quando Argernon a soltou isso a forçou a fazê-lo. Ela o olhou, viu alívio em sua expressão e outras emoções que não podia adivinhar. Viu sua felicidade ao vê-la e sabia que estava imensaamente feliz de voltar a vê-lo também. Ele estudou seu rosto e logo começou a percorrer seu corpo com as mãos em busca de ferimentos, então ele sentiu seu cheiro e começou a grunhir zangado e muito nervoso. Os que acompanhavam Argernon grunhiram por sua vez. Argernon parecia furioso quando se virou para Casey. Um dos homens abriu o painel do conis e começou a trabalhar nele com um objeto metálico. Em voz baixa expressou com um grunhido algo e logo se produziu um assobio. — Não me importa. — Grunhiu Argernon. — Arrume-o agora mesmo. Quero saber o que aconteceu a ela. Devia estar a salvo trancada em meu quarto. Tem cheiro dos Collis nela. — Estou tentando solucionar o problema, Argis Argernon. — Disse aquele que a tinha encontrado. — Parecemos um desastre. Restaurei a gravidade e estamos nos movendo outra vez. Os motores estão à plena potência, mas ainda estamos tendo problemas internos com alguns de nossos sistemas. Ficaram muito danificados quando atacaram os sensores internos. Não sei se algum deles ainda está a bordo ou se matamos a todos. Espero que o sistema de bloqueio esteja funcionando para pegarmos os Collis que ainda estão a bordo. — Quero que arrume isso logo. — Argernon parecia bem irritado. — Quero ter certeza de que minha vinculada está sã e salva. Está cheirando a medo e você a encontrou vagando pela nave. Ela


entrou em contato com um Collis. Que seja uma prioridade. Não posso suportar não ser capaz de falar com ela. — Argernon? — Casey o olhou fixamente. Sua cabeça baixou. — Sim, linda? Gostaria que me entendesse. — Eu posso. Ele piscou. O choque transformou seus traços. Um segundo depois sorriu. — Pode? O conis está funcionando? —Sim. O que aconteceu? Se os Collis são homens com orelhas bicudas, mancha no dorso das mãos e se parecem um pouco com os Zorn, então me encontrei com esses desgraçados. Tiraramme de seu quarto e me levaram a uma pequena nave. Eu consegui escapar. Argernon empalideceu. — O que? Ela lutou contra as lágrimas. — Apanharam outra humana. Eles a mataram, Argernon. Eles queriam nos estuprar. Eu lutei. Ela tentou... Um deles lhe deu um murro no rosto quando ela arranhou a cara dele. Ele... Matou-a por uns arranhões. Seu rosto... Ficou estraçalhado. Então os três homens começaram a lutar entre si e me afastei deles. Fiquei vagando pela nave a sua procura, mas não vi ninguém até que esse homem me encontrou. Argernon grunhiu. O tradutor estava em silêncio. Sacudiu a cabeça para olhar ao redor e dar ordens a um de seus homens. — Temos que procurar em cada centímetro da nave e encontrar estes carniceiros agora. — Ele voltou toda sua atenção a ela. Acariciando sua face. — Eles a tocaram? Diga-me a verdade. — Escapei antes que pudessem fazer alguma coisa. O alívio surgiu em seu rosto.


— Fomos atacados pelos Collis. Não estamos em guerra com eles, não sabemos por que nos atacaram. Eles vivem em um planeta não muito longe de Zorn. Invadiram a nave. Pensamos que fosse só uma nave, mas pode haver outras naves a bordo. Nossos sensores internos não estão funcionando muito bem. Então, efetivamos um bloqueio que se ativa com a impressão da palma da mão, deve selar a todas as portas da nave. — Não está funcionando. Eu fui capaz de caminhar pelos níveis e corredores da nave. As portas funcionam de forma automática exceto as acomodações da tripulação. Argernon grunhiu, voltando a cabeça para olhar a seus homens. — Conserte isso agora e avise a todos que o bloqueio não está funcionando. Ordene a nossos homens que devem procurar em cada centímetro desta nave. Quero por as mãos nesses Collis carniceiros. — Sim, Argis Argernon. Estou enviando as ordens agora. — O homem no painel emitia o alerta. Argernon baixou o olhar para Casey. — Pensei que estivesse segura em meu quarto. Peço perdão. Se eu soubesse que estava em perigo teria estado lá para protegê-la. — Seus ombros baixaram bruscamente. — Não te protegi. Ela estava agoniada por Argernon se culpar daquela maneira. — Não foi sua culpa. Por favor, não se sinta assim. Argernon caiu de joelhos diante dela. Casey se surpreendeu quando Argernon começou a cheirá-la, pressionando o nariz em sua camisa e se assustou enquanto ele soltava grunhidos mais altos. Era o som de um animal ferido de morte. Suas mãos agarrada a sua camisa e a seus quadris, então ele levantou a cabeça e parecia estar muito zangado. — Cheiro a mais de um macho em você.


Ela hesitou com medo de sua reação. — Derrubei o que tentava me estuprar e depois tentei ajudar a Rachael, mas não consegui. Estou bem, Argernon. Ele ficou de pé, um olhar de fúria endureceu seus traços. — Você é minha vinculada. Devia tê-la protegido melhor. Nunca mais serei negligente, Casey. Juro por minha honra. Pode me perdoar? Ela assentiu com a cabeça. Ele se culpava por algo que estava além de seu controle. Ela ouviu um som semelhante a um assobio. Argernon se virou para ouvir a um de seus homens. —O que houve? —Temos uma violação no convés três, estão vindo para nós, enviarei um alerta a nossos homens para virem para cá agora mesmo. — Afirmou um de seus homens. Argernon empurrou Casey, nada gentilmente, contra uma parede. Ele se moveu se colocando na frente dela, querendo proteger seu corpo ali com o seu muito maior. Ela sentiu medo enquanto olhava para suas costas largas. Ouviu os Collis antes de vê-los. Ainda usavam as botas de metal que batiam com força no chão do corredor. Casey contou sete alienígenas Collis entrando no corredor e parando. — Aquele da frente foi quem tentou me estuprar e os sem camisa atrás dele, mataram Rachael. — Sussurrou Casey. — Fique aqui e não se mexa. — As palavras de Argernon eram difíceis de entender, estava furioso. — O líder é meu. — Argernon jogou a cabeça para trás e soltou um rugido assustador. — Vai morrer por atacar a minha vinculada e a minha nave. Outro rugiu em resposta. — Queremos as humanas. Valem uma fortuna. Queremos as fêmeas, todas elas e deixaremos os humildes Zorns com vida. — Como souberam que havia humanas a bordo? — A pergunta em tom suave, veio do Zorn que encontrara Casey.


— Não sei. — Cuspiu Argernon. — Mas será a última coisa que farão depois de tentar roubar a minha vinculada. Matem a todos. Casey ficou sem fôlego quando Argernon voltou a rugir. De repente, ele sairá da frente dela, saltando para frente e alcançando o Collis que a atacara. O rosto do extraterrestre empalideceu quando Argernon investiu contra ele. Ambos caíram atrás dos Collis. Três homens de Argernon entraram na luta, um instante depois. Eram quatro Zorn contra sete Collis. O medo e o horror do que poderia acontecer dominou Casey, vendo os homens lutarem. Argernon se perdeu em um monte de corpos em movimentos mortais. A maioria deles ainda em pé. Os Zorn grunhiam e se mostravam muito mais fortes que os Collis. Casey notou isso bem rápido enquanto via a um dos homens de Argernon agarrar um dos Collis e joga-lo contra a parede, o grito e o som de ossos fraturados chegou a seus ouvidos. Outro Collis gritava de dor antes de ser enviado pelo ar e cair no chão a cinco metros de distância dela. Sua atenção se voltou para a luta. Argernon estava em cima do cretino que tentara machuca-la, com os punhos golpeando o homem

imobilizado

em

baixo

dele,

os

punhos

de

Argernon

mostraram sangue quando eles se levantaram. Mais homens vinham pelo corredor bloqueado pela luta violenta. Seu medo cresceu quando se deu conta que eram mais Collis. Inferno, onde estavam os Zorns. Ela conseguia agora distingui-los pelo tipo de uniformes. Os Collis se vestiam de negro também, mas seus trajes eram de estilo diferente. Agora os Zorn eram superados em número de quatro para dez. Um gemido chamou a atenção de Casey. O Collis que praticamente voara, estava tentando se levantar, segurando o braço e ombro com múltiplas fraturas, quase todas expostas. Notou que era o

Collis

que

matara

Rachael.

Arrastando-se,

tentava

escapar

enquanto Casey se lembrava da maneira horrível em que Rachael morrera tentando se defender desse monstro, furiosa olhou para o


chão e encontrou uma das ferramentas usadas pelo Zorn que arrumou o conis, era longa, feita de metal e semelhante a uma chave de fenda, sem pensar, pegou-a e atacou. O Collis a viu. Rosnando, a fitou com ódio. Levantou-se preparado para matar, mesmo seriamente ferido investiu contra ela. Casey não se intimidou e jogou seu peso sobre o lado ferido do Collis, este urrou e recuou tentando se proteger. Aqueles miseráveis invadiram a nave Zorn para usar, torturar e depois escravizar as humanas. Fora de si, Casey investiu novamente contra o Collis, só que desta vez, colocara a ferramenta de metal a sua frente. — Desgraçado! Houve o choque entre os dois corpos, logo depois um grito, Casey se sentiu caindo, olhando para baixo viu algo viscoso e quente respingar em sua camisa, levantou o rosto e viu o Collis meio dobrado e com a ferramenta enterrada profundamente em seu ventre, com olhos expressavam incredulidade, retirou a ferramenta, volhava seu sangue se esvair. Tentou estanca-lo, mas o sangue continuou a escorrer por seus dedos, se deixou cair de joelhos, murmurava. Casey não entendeu e nem se importava com seus grunhidos, se aproximou dele. — Vá para o inferno. — Sussurou, sabendo que ele ia morre com a pesada ferramenta segura em sua mão molhada, empapada de sangue. — Isto é pela Rachael. Os olhos do homem se fecharam e ele tombou, já sem vida. Casey se voltou. A luta ainda estava renhida, viu corpos caídos. A incerteza a dominou enquanto encontrava mais corpos, subitamente sentiu alivio, não eram os Zorn. Mas também não via Argernon. Finalmente conseguiu vê-lo quando dois homens lutavam violentamente

no

chão,

Argernon

o

golpeava

até

deixa-lo

inconsciente. Ele ficou em pé, se virou e começou a lutar contra outro Collis, Argernon ficou andando em círculos analisando o oponente, de repente deferiu um chute na perna em seguida o agarrou pelo


pescoço, sufocando-o. Outro tentou pegá-lo pelas costas, mas Argernon percebeu, se virou e se atirou sobre o homem em direção a parede. O homem bateu com força e caiu ao chão. Argernon rugia de raiva. Ela viu sangue em seu rosto. Zorns e Collis estavam no combate corpo a corpo, Casey não conseguia mais ver Argernon lutando. O som de passos pesados chamou sua atenção e se voltou. Homens Zorn, seis deles, vinham correndo na direção oposta. Tinham que saltar por cima dos Collis mortos pelo chão. Um deles puxou Casey pelo braço e a segurou ao redor da cintura. Ela abriu a boca quando seus pés deixaram o chão e foi carregada até o outro lado do corredor. O estranho a colocou contra a parede, levantou seu corpo e a apertou em seu abraço até que estivesse de frente de um para o outro. Seus pés não alcançavam o chão, se debatia em seus braços, mas teve coragem de levantar o queixo e dar uma boa olhada em seu rosto, Argernon iria mata-lo. Surpresa parou de se debater. Seus dedos foram envolvidos por uma mão grande, os soltando da ferramenta que ainda segurava na mão, Céus, aquele Zorn era muito parecido com Argernon. Então ele sorriu e inspirou seu cheiro. Franzindo o cenho, ele fixou seu olhar e grunhiu. Esperou, mas o conis não traduziu. Sua atenção se voltou para o conis na parede, mas já não funcionava. — Pode me entender? Ele assentiu com a cabeça. Uma mão enlaçou sua cintura. Ele girou seu corpo quando afastou seu olhar dela. Seguiu para onde estava olhando. Os Zorn tinham derrubado a todos os Collis que ainda estavam vivos no chão. Argernon cambaleou para frente, estava coberto de sangue. Casey o viu levantar a cabeça. Seus olhares se encontraram. — Solte-me. — Ela estapeou o peito do homem que a segurava.


O Zorn que a segurava, soltou-a e assim que seus pés tocaram o chão, correu nervosa para Argernon, mas estacou alarmada com a sua palidez e pela quantidade de sangue espalhada e escorrendo por seu corpo. Sua calça estava praticamente destruída. Ele precisava dela, em questão de segundos estava a sua frente, tentando ampara-lo. — Você está bem? Estendeu as mãos para ajuda-lo, mas Argernon grunhiu e mostrou os dentes afiados. Ela baixou as mãos e ficou olhando para ele. — Está ferido, há muito sangue, deixe-me ajuda-lo. Por favor, Argernon. Ele voltou a grunhir desta vez com as mãos estendidas e as palmas levantadas, depois mostrando o sangue, moveu a cabeça em negativa, em seguida fez um som similar à água caindo, ela entendeu todo aquele sangue não era dele. Queria um banho. Ficou aliviada. — Quer tomar um banho primeiro antes de deixar-me tocalo, é isso? Ele assentiu com a cabeça. O homem que tinha segurado Casey caminhara logo atrás dela. Ele grunhiu algo que fez Argernon sorrir e continuava sorrindo enquanto prestava atenção ao homem atrás dela. Subitamente toda a cor bronzeada desapareceu do rosto de Argernon, que lentamente começou a cair no chão. Casey se lançou para frente tentando amenizar a queda, mas Argernon era malditamente pesado para suportar o peso por muito tempo, entretanto foi o suficiente para que o homem atrás dela pudesse avançar rapidamente e sustentar Argernon. O Zorn colocou com

cuidado

Argernon

no

chão.

Casey

ficou

de

joelhos

imediatamente ao seu lado, segurando sua mão. Seus olhos estavam fechados, estava muito pálido e inconsciente, mas respirava.


O Zorn perecido com Argernon grunhiu em voz alta a todos os homens que estavam ao seu redor. Ele agarrou o braço de Casey, obrigando-a a soltar Argernon. Ela gritou em protesto, mas o homem agiu rápido. Ele colocou suas mãos debaixo do corpo de Argernon, levantando-o. O Zorn se queixou um pouco. Ambos tinham a mesmo tamanho, mas conseguiu levanta-lo e carrega-lo nos braços. O homem grunhiu, balançou a cabeça para Casey se afastar e saiu com Argernon. Outro Zorn se adiantou para Casey. Grunhiu baixo, a empurroi

com

suavidade

na

direção

que

o

suposto

irmão,

carregando-o, tomava. Caminhava mais rápido, quase correndo. Ela correu quando viu o homem que levava Argernon. Ela não iria perder Argernon de vista. Caminhara até uma espécie de sala médica. Casey olhou para o Zorn mais velho, enquanto Argernon era colocado com cuidado sobre uma superfície plana. O médico Zorn, Casey presumiu, lançou-lhe um olhar curioso, mas logo a ignorou. O homem começou a trabalhar. O parente de Argernon ficou ao lado de Casey. Ela o olhou. — É irmão de Argernon? — Ele desviou a atenção do medico para olhá-la, inclinou a cabeça confirmando. — Ele é médico? — O Zorn hesitou, antes de negar com a cabeça. — Onde está o medico? — Casey se apavorou. — Ele precisa de um. Não há um médico nesta nave? O Zorn estava sombrio quando grunhiu novamente movendo a cabeça, seus olhos se detiveram na figura tranquila de seu irmão. Não suportando a situação, decidiu que iria ajudar ao Zorn que cuidava de Argernon limpando-o do sangue. Apanhou algumas toalhas e começou a limpa-lo, seu irmão a ajudou a virar e arrancar as calças. Decidida a procurar os ferimentos e se possível medica-lo.


Não havia tradutores, não podiam falar uns com os outros, mas aqueles dois a entenderam. Pelo menos era alguma coisa, mas ainda se sentia frustrada. Eles encontraram uma ferida grande e sangrando muito na parte de trás da cabeça. Havia outra, esta de faca, em sua coxa, onde um dos filhos da puta dos Collis o tinha apunhalado. Tinha cortes, contusões e marcas de garras, acabaram de remover toda a sujeira de sangue e o enfaixaram. No entanto, o que mais a preocupava era a lesão da cabeça. A concussão parecia grave e a área estava muito inchada. — Vocês têm gelo? Preciso de algo muito frio para pôr sobre a ferida e reduzir o inchaço. O Zorn mais velho lhe passou o que parecia ser uma bolsa de gelo. Não havia equipamentos nem remédios e isso foi tudo o que conseguiram fazer por Argernon. Mais homens Zorn feridos foram chegando, Casey e o homem mais velho os atenderam na medida do possível, já que ele parecia ter algum treinamento medico, limparam e enfaixaram os feridos. Nervosa esperava que ao menos Argernon acordasse.

***** Estavam a três dias do planeta Zorn. A nave estava parada e com muitas avarias, mas não havia riscos imediatos. O aparelho conis não funcionava muito bem e o tradutor não podia ser recuperado. As comunicações eram precárias em toda a nave. Nem sequer podiam entrar em contato com o planeta Zorn. Os Collis tinham destruído suas comunicações de longa distância quando abordaram a nave. O irmão de Argernon o visitava frequentemente. Através dele ficou sabendo que tinham todo tipo de problemas elétricos.


Partes da nave não eram mais seguras ou se tornaram inabitáveis, a maior parte da tripulação dos Zorn se mudara para o convês três junto com Casey e Argernon. O sistema de água e comida foi afetado e racionado. Casey ajudava aos homens feridos enquanto Argernon continuava inconsciente. Mais de vinte Collis tinham sido mortos enquanto estavam a bordo da nave, os Zorn só tinham sofrido quatro baixas, contando com a morte de Rachael. Pelo menos trinta passaram a viver no mesmo espaço em que ficava a enfermaria, por causa disso no segundo dia, todos estavam fedendo, tanto devido ao combate travado no dia anterior e posteriores ferimentos quanto pelo abastecimento escasso de água. A circulação de ar não estava funcionando bem tampouco. Em alguns momentos tivera quase como certo morrer sufocada pela péssima qualidade do ar. Mas, acima de tudo, sentia-se frustrada. Argernon parecia estar se recuperando, no entanto ainda não despertara. O inchaço na cabeça, quase desaparecera. Tinha falado enquanto inconsciente. Casey lhe implorara para acordar, mas continuava em sono profundo. Cada vez que a angústia ameaçava desanimá-la, ela subia na cama e se deitava ao seu lado, absorvendo seu calor e sentindo sua respiração, tentado se tranquilizar. Apenas se afastara dele uma vez, para tomar um banho, logo depois de ajudar os feridos. Ao sair da enfermaria se deparou com muitos Zorns acomodados nos corredores próximos a ela. Alguns a olharam fixamente. Casey se sentiu amedrontada com aquela atenção. Argernon, no momento, era incapaz de protegê-la, decidiu que não se afastaria dele enquanto ele não acordasse. Finalmente, chegou uma nave Zorn para socorrê-los, em um instante se dirigiram até Argernon com uma maca e o colocaram nela. Casey deu um passo atrás enquanto eles o carregavam com cuidado. Ela os seguiu, foi quando um dos homens tentou barrá-la,


ela olhou-o irritada, não se afastaria dele de maneira nenhuma, não sabia se tinham médicos ou remédios, queria ter certeza de que o tratariam bem. — Para onde ele for eu irei. Saía de meu caminho e me deixe segui-lo! O irmão de Argernon surgira neste instante vindo de outro corredor. Ele grunhiu ao homem, olhou para Casey e assentiu com a cabeça. O Zorn se moveu para o lado e Casey pode correr até os homens que levavam Argernon a outra nave. À medida que entrava na outra nave, Casey começou a se preocupar. Iriam para o planeta Zorn, Argernon estava gravemente ferido. Ela pisaria naquele planeta sem sua ajuda ou proteção. Será que estava fazendo a coisa certa? Temerosa, aproximou-se de sua maca e segurou sua mão inerte.

Capitulo Nove.

Casey fitou o planeta vermelho ao seu redor com espanto e choque. Estava exausta e pior, preocupada. Tinha acabado de passar três dias, infernais, de sua vida em uma nave avariada com um monte de homens Zorn, um Argernon inconsciente e sem forma de se comunicar, exceto por meio de perguntas que tinha sim ou não como resposta. A viagem na nave, cheia de feridos, até o planeta tinha sido turbulenta. Depois de aterrissar na superfície de Zorn se encaminhou


para dentro de um espaço apertado utilizado para transportar os feridos, Argernon foi primeiro. Casey tentou seguir os homens que o levavam, mas um deles se pôs em seu caminho, tentando impedi-la de ficar ao seu lado. — Saia do meu caminho, droga. Estou com ele. O homem tinha franzido o cenho, mas havia saído de sua frente depois de cheira-la. Ela correu atrás da maca que o levava.

Entraram em algum

tipo de hospital, mas não um como o que ela já havia visto antes, uma vez que parecia um prédio de escritórios. Deixaram-na ficar com Argernon, mas ninguém falara com ela. O colocaram em uma cama em uma sala grande e privada, tinha uma maquina que pairava sobre ele escaneando seu corpo de cima a baixo. Ela passeava, olhando Argernon, sentindo-se preocupada. Ele não tinha acordado em três dias. Havia cuidado dele, pingando água em sua boca hora após hora. O tinha banhado, com a ajuda do seu irmão, duas vezes. Não viu infecção em nenhum de seus cortes e o sangramento havia parado completamente. Na realidade, haviam começado a cicatrizar. O corte na cabeça se fechou, formando assim uma crosta vermelha. O galo que a tinha preocupado estava começando a diminuir. As portas do quarto se abriram para admitir uma mulher Zorn. Casey

foi

pega

de

surpresa

por

ela.

A

mulher

tinha

provavelmente um metro e oitenta, atletica e vestia uma túnica com caças soltas. Parou por um momento para olhar para Casey antes de entrar no quarto. Limpou a garganta. — Olá, mulher da Terra. Sou a cientista e curadora Ahhu. Casey teria caído de joelhos se não estivesse sentada. — Fala inglês. Graças a Deus! — Não falo. — Ela tocou a orelha. — Tenho o implante tradutor com o programa atualizado para entender o idioma da Terra. Também temos o programa rodando no conis para que você possa


me entender neste quarto. Vou colocar-lhe implantes em breve. Qual é o seu nome? — Casey Santhrom. Como está Argernom? Há três dias não acorda. A mulher olhou para Argernon, limpando a garganta. — Está muito doente. Bateu forte com a cabeça, mas vai se reuerar. — Por que não está acordando? A mulher aproximou-se, estudando Casey. Ela farejou e fez uma careta. — Você está fedendo. Ficou instantaneamente com raiva. — Estive presa em uma nave avariada em um espaço mínimo com um grupo de homens sem tomar banho por três dias. O que está de errado com Argernon, droga? A mulher resmungou — Não há necessidade de ser grosseira. Estava simplesmente fazendo uma observação. Gostaria de um banho? Me encarregarei de arrumar roupas para você enquanto cuidamos de Argis Argernon. Ele deverá estar acordado no momento em que estiver limpa e cheirando bem novamente. — Senhora. — Casey a advertiu. — Estou preste a perder a paciência e, ai sim, você saberá o que é grosseria. Merda, diga-me o que há de errado com Argernon. Ahhu deu um passo para trás com o cenho franzido. — Lesionou a cabeça o suficiente para colocar seu corpo em uma hibernação protetora. Casey ficou chocada. — Hibernação? Igual aos ursos? A mulher franziu o cenho. — O que é um urso? — Esqueça. Como o acordamos?


Casey se aproximou de Argernon para segurar sua mão. A preocupação entre a saúde dele, a constante apreensão pela nave e por estar sendo enganada e estarem sufocando lentamente enquanto viajavam e o temor do que encontraria quando chegasse a Zorn... Ela estava um desastre emocional. — Você precisa tomar banho. Seu cheiro é ofensivo. Vamos banhar Argis Argernon. A porta se abriu. Três mulheres bonitas, todas altas e atléticas, entraram no quarto. Todas elas avançaram rapidamente para Argernon. Uma delas empurrou Casey para fora de seu caminho. Casey acabou tropeçando um metro e meio para trás. A angustia era evidente no rosto das mulheres enquanto passavam as mãos pelo corpo de Argernon. Uma delas voltou a atenção para Ahhu. — Se recuperará? Ahhu assentiu com a cabeça. — Sim, Bara. Teve um inchaço no cérebro, mas não deixou danos permanentes. Fechou-se a mais de um dia e seu corpo respondeu da mesma forma para protegê-lo. Ele está hibernando. A mulher tremia, lágrimas enchiam seus olhos. — Vamos acordá-los depois de banhá-lo, para que não fique incomodado com seu cheiro. — A mulher farejou e seu nariz se franziu em um monte de rugas quando ela se inclinou para inalar lentamente. Ela levantou a cabeça, sua atenção se voltou para Casey, parecia realmente irada quando a olhou diretamente. — Quem é ela? Seu perfume está em Argernon. Não senti no começo por causa do odor corporal de dias sem banhar-se e de todos os outros perfumes masculinos. — Quem é você? — Casey não gostou, nem um pouco, da maneira como a mulher estava olhando para ela. Estava furiosa porque as três mulheres estavam tocando Argernon depois de tirá-la do caminho. — E por que diabos está tocando nele? Vocês são suas irmãs?


Ahhu clareou a garganta enquanto olhava entre as mulheres. Resmungou baixinho. Voltou a atenção para Casey, parecendo realmente desconfortável. — São as ajudantes de casa de Argis Argernon. Esta é Bara, Valle e Din. Bara rosnou. — Por que está falando com ela? Você fala comigo. Sou a ajudante de casa. Ahhu se encolheu visivelmente. — Esta é uma noticia muito desagradável para todas vocês, é claro. Argis Argernon está vinculado a esta mulher da Terra, Bara. Você sabe que tenho que dirigir-me a ela primeiramente. Você não precisa mais o levar para casa. Ela o fará. Bara rosnou, a surpresa estava refletida em suas feições enquanto empalidecia balançando um pouco sobre os pés. Seus olhos perfuraram Casey, que viu as emoções passarem pelo rosto dela. A mulher ficou furiosa, chocada e, a julgar pela forma de seus dedos em garras, queria rasgar Casey com as unhas. Casey estava em choque também. Argernon contou a ela sobre as ajudantes de casa. Ela deixou que as informações que ele tinha dado fossem absorvidas pelo seu cérebro até que compreendeu. Olhou para as três mulheres enquanto o ciúme tomava conta dela, mas a dor era mais forte. Estas três mulheres viviam com ele. Dormiam com ele em sua cama, já que não estava vinculado, e as mantinham como suas amantes. Seu corpo balançou um pouco. Recuou para sentar com força na cadeira mais próxima. Sentiu-se traída e com o coração partido. Raiva e dor a destroçava ao mesmo tempo. Ele disse que queria vincular-se a ela, mas ela nunca pensou, nem se quer considerou, que ele pudesse ter ajudantes de casa vivendo com ele. Forçou-se a ficar de pé. Cerrou os dentes enquanto pestanejava para conter as lágrimas para olhar para a médica ou onde ela estava.


— Gostaria, por favor, de um banho e que fale... — Seus olhos foram para Bara. — Com ela primeiro. Não estou vinculada a ele. Ele tem o numero suficiente de mulheres em sua maldita cama. Casey deixou seus olhos vagarem para Argernon. As mulheres estavam tocando-o. Uma tinha a mão à sua coxa direita (contra suas bolas), outra uma mão em seu coração (esfregando o peito nu, como uma amante faria.) e a terceira tocava seu cabelo. O ciúme a atingiu com toda a força. Queria chorar. Piscou para afastar as lágrimas e, tirando seu olhar do corpo de Argernon, olhou para Ahhu. — Quero sair agora. — A voz tremia e odiava que sua dor fosse evidente. Ahhu franziu o cenho. A porta se abriu atrás dela. O irmão de Argernon, que estava no navio, tinha chegado. Ele entrou no quanto e congelou. Outro homem entrou atrás dele, uma mulher humana estava ao seu lado segurando sua mão. O outro homem era, obviamente, outro irmão, a julgar a semelhança com Argernon. Quantos irmãos eram? — Isso está muito tenso. — Ahhu disse suavemente. Dirigiu sua atnção para um dos irmãos. — Argis Rever, há um problema. Rever franziu o senho. — Qual é a condição de Argernon? Irá sobreviver? Ahhu hesitou enquanto olhava de Casey para as mulheres que tocavam Argernon. Ela assentiu com a cabeça. — Vai se recuperar. Seu corpo entrou em hibernação desde o trauma causado pela lesão na cabeça. As ajudantes de casa vieram banhá-lo e irão revivê-lo. — Fez uma pausa. — Ele não disse à sua vinculada sobre suas ajudantes de casa. Ela afirma que não é seu vinculo e que quer sair agora. Posso cheirar sua dor daqui. Está muito agitada. Rever se virou para Casey. Casey piscou quando encontrou o olhar do homem com quem havia passado três dias. Agora sabia seu


nome. Rever abriu a boca para em seguida fechá-la. Enrugou a testa para Casey, olhando-a fixamente com seus intensos olhos azuis. — Filho da puta! — A mulher humana gritou, empurrando para longe o homem com quem estava de mãos dadas, virou para enfrentá-lo. — Seu irmão é um idiota. Droga. Foi por isso que eu te disse para não enviar homens para a Terra à procura de mulheres. Disse que ia ser uma má ideia. — Deu a volta, olhando para Casey, simpatia brilhava naqueles olhos. — Sou Ariel. Ele não lhe disse que havia três mulheres vivendo com ele? Casey negou com a cabeça. — Quero sair agora. — Estava orgulhosa por sua voz não tremer. — Agora. — Ariel fechou os olhos. Quando o homem atrás dela tocou suas costas ela pulou, assustada, e gritou. — Não me toque, dane-se! Essa... Merda! — Se virou. — Ele vinculou você a ele? Casey hesitou. Seus olhos foram para as três mulheres que estavam

acariciando,

tocando,

Argernon

enquanto

estava

inconsciente sobre a cama. Dor e raiva a inundou. Seus olhos foram para Ariel. — Nunca me candidatei para esta merda. Você pode me tirar daqui? Preciso de um chuveiro e... — Olhou para Argernon. Mais dor a afligiu. Tinha se apaixonado pelo filho da puta. Voltou a olhar para Ariel. — Ficar longe dele, deles. Por favor. Ariel assentiu com a cabeça. — Sinto muito. Claro. Compreendo totalmente. — Se voltou para olhar o homem grande que pairava atrás dela com uma carranca no rosto. — Vamos levá-la para casa conosco, Ral. Seu irmão é um babaca e de forma alguma vou deixá-lo magoá-la mais. Ele, obviamente, mentiu e se manteve longe dela, assim eles não estão vinculados. Ahhu se aproximou da cama onde Argernon jazia, para abrir uma gaveta em baixo dela. Pegou uma varinha e um controle


remoto. Apontou o controle para uma parede com uma tela, para ativá-la, e caminhou para Casey. Ahhu umedeceu os lábios quando parou na frente dela. — Por favor, levante sua camisa, Casey Santhrom. Primeiro preciso verificar a parte infeiror do seu estômago. — Por quê? — Casey deu um passo para trás. Ariel amaldiçoou. — Apenas deixe, assim poderemos dar o fora daqui. Casey suspirou levantando a camisa. A mulher pegou a varinha e a agitou lentamente por cima de se estomago e com a outra mão baixou as calças até o quadril. A mulher virou a cabeça, mexendo a varinha. Seu foco foi para olhar para uma tela verde. Casey seguiu seu olhar. Não sabia o que estava vendo. Ahuu ficou tensa. Seu olhar voltou para Casey. — Está vinculada a Argis Argernon independente de seus desejos por não estar. Tem sua semente plantada em sua barriga. As mulheres que estavama tocando Argernom ofegaram, uma delas fungou.

Casey olhou para as ajudantes de casa. Din e Valla

pareciam chocadas. Mas foi Bara quem havia fungado, lágrimas deslizavam por suas bochechas, sua dor era evidente. A mulher baixou a cabeça. Casey franziu o cenho para a médica. — Você não pode me fazer ficar com ele só porque lhe dei um maldito boquete. O que diabos essa coisa faz para saber, inclusive, disso? Ariel amaldiçoou. — Ah, cara. Não foi isso o que ela quis dizer. Eles falam esquisito. Semente plantada em sua barriga não quer dizer engolir dessa forma. Para eles significa que você está carregando um bebê. Ele te engravidou, Casey. Casey fitou Ariel em estado de choque. — Não. Ariel avançou para pegar a mão de Casey.


— Sinto muito, mas se Ahhu diz que está grávida, então você está. — Ela estendeu a mão para levantar sua camisa folgada. — Confie em mim. Casey olhou para o ventre inchado da mulher que segurava a mão dela. A mulher estava com pelo menos cinco meses de gravidez. O olhar de Caseu voou até Ariel. Ela balançou a cabeça. — Não me importo se estou grávida. Não vou viver em sua maldita casa de polígamo. — Eu entendo. — Ariel disse suavemente. Ela se virou, ainda segurando a mão de Casey. — Podemos levá-la para casa com agente? Ral negou com a cabeça. — Ela está vinculada a ela. Não posso interferir a menos que ele esteja abusando dela. — E como isto se chama?! — Ariel gritou com ele, acenando com a mão para Argernon e as ajudantes de casa. — Sabe como me sinto agora, merda! — Deu uma olhada feia para o outro irmão. — Em que diabos ele estava pensando? Você estava com ele. Rever hesitou. — Eu nem sabia que ele havia encontado uma mulher. Uma vez que nos aproximamos da Terra não o vi até depois de sermos atacados. Foi ferido, por isso não poderia falar. Seu cheiro estava todo sobre ela e o dela sobre ele. Ela cuidou dele o tempo todo e dormia ao seu lado quando descansava. Não sabia que tinha se vinculado até que me encontrei com ela. — Quero ir para casa. — Casey sussurrou. — Eu... — Olhou nos olhos de Ariel e suplicou. — Eu só quero ir para casa. Só quero acordar. Isso é um pesadelo, não é? Só quero minha vida de volta. Ariel apertou sua mão, virando a abeca olhou para o homem grande que tinha a testa franzida. Ele se mexia atrás dela. — Faça algo, Ral.


O homem tenso parecia infeliz. Ele assentiu com a cabeça. Olhou para as três ajudantes de casa. — Vão para casa. Ela é o seu vinculo, veio de um planeta monogâmico e ele não a avisou sobre vocês. Até que ele acorde para arrumar a bagunça que fez é melhor que ela não se magoe mais. Suas presenças a angustia. Um grunhido saiu de Bara quando ela balançou a cabeça. — Ela não sabe nada sobre os nossos homens, como irá revivêlo? Ral rosnou e fez um gesto brusco para Bara. — Você fica. Elas vão. — Dirigiu sua atenção para Ariel. — Confie em mim nisto e leve sua vinculada para que fique limpa. Ficarei aqui para cuidar de meu irmão até que seja reanimado. — Deu um aceno de cabeça para Ahhu. — Mostre-lhes um quarto com chuveiro. Ariel estreitou os olhos. — Porque você quer nos tirar daqui, Ral? O conheço muito bem. Porque ela vai ficar? — Apontou para Bara. Um grunhido retumbou de Ral. — Confie em mim e leve sua vinculada para o chuveiro. Quando voltar Argernon estará acordado então poderá concertar essa confusão ele mesmo. — Mas... Outro rosnado veio de Ral. — Ariel, eu te amo. Confie em mim, por favor? — Seu olhar se prendeu com o dela. — Merda. Odeio quando você me dá esse olhar. Está bem. — Virou-se para Casey. — Vamos te conseguir um chuveiro, uma muda de roupa e alimentá-la. Ral fará com que as mulheres voltem para casa. Ela vai acordar Argernon e então você pode arrancar o saco dele fora. — Ariel lançou um olhar para Ral. — E ele merece. Ral acenou com a cabeça.


— Ele merece. Também foi advertido por você sobre as mulheres da Terra. Obrigada. — Lhe deu uma piscadela. — Me deve muito. — Sorriu para ele. Casey se obrigou a não olhar para Argernon e às suas companheiras de jogos sexuais. No entanto se sentia traída e ferida. Ciumes fazia parte de suas emoções também. Se doía enquanto Ahhu as conduzia para fora do quarto. Ela estava grávida? Não podia estar. É claro que tiveram relações sexuais, tanta que era totalmente possível. Ariel puxou a mão que ela segurava fazendo Casey tropeçar para o quarto ao lado. Ahhu falou com Ariel. — Vou mandar alguém trazer comida e roupa para o vinculo de Argis Argernon. Também vou começar a dar-lhe os medicamentos para que ela não sofra com o inchaço e a febre com aconteceu com você. — Obrigada. — Ariel deu um passo para ficar n caminho da mulher antes que esta escapasse. — Por que Ral queria que saíssemos do quarto? Ahhu engoliu em seco. Seu olhar foi de Casey para Ariel. — Pergunte a Argis Ral. Não é da minha conta. Ariel soltou a mão de Casey dando um passo mais perto da mulher Zorn alta, olhando-a. — Estou perguntando a você. Não fale bobagens, Ahhu. Chegamos a nos conhecer muito bem nos últimos meses. Eu, inclusive, a considero uma boa amiga. Que diabos Ral está tentando esconder de nós? Merecemos a verdade. Ahhu parecia realmente desconfortável. — Isso a magoaria muito. Casey franziu o cenho. — Já estou. Apenas cuspa. Que outra fodida coisa não me está sendo dita que vai me fazer ter vontade de dar um tiro em Argernon? Ahhu encontou o olhar curioso de Casey.


— Nossos homens são diferentes dos seus. São muito sexuais. Quando um macho Zorn é gravemente ferido hibernam para retardar as funções de seu corpo, já que são incapazes de satisfazer suas próprias necessidades. — O olhar da mulher estava fixo em Ariel. — Isso acontece para diminuir seu desejo sexual e reações físicas. Para acordá-lo seu corpo tem que ser desperto. — Droga. — Ariel deu um passo para longe da porta. — Ahhu, leve sua bunda até lá e diga para eles não deixarem que aquela mulher o toque. Primeiro vou falar com Casey. Entendeu? Se ele precisa disso, ela o fará. Agora, vá. Ahhu saiu. Casey olhou para Ariel com o cenho franzido. — Que merda estou perdendo? Ariel parecia irritada. — Não estranhe se eu gritar com o meu marido, porque irão ouvir do outro lado do planeta quando o encontrar. O que Ahhu disse, com sua forma indireta de falar, é que: porque Argernon não poderia gozar por dias seu corpo entrou em choque e desligou. Para acordar ele precisa que seus ―homenzinhos‖ entrem em marcha, se é que me entende. Meu marido nos mandou para cá para que pudesse ter o pinto atletico de Argernon, enquanto ele está desmaiado, para poder trazê-lo de volta. Isso é o que você precisa fazer para acordá-lo: um trabalho manual. Provavelmente farão esse truque. Casey fechou os olhos com a dor que as palavras lhe causaram. Sentia-se

doente

e

exausta.

Abriu

os

olhos,

encontrando

os

interessados de Ariel. — Deixe-a fazer. Ele não me pertence. É só um grande babaca e eu... — Odiava as lágrimas que lhe encheram os olhos. — Eu não dou à mínima. Onde está aquele banho e comida? Quero sair deste planeta quando Argernon acordar, depois de sua fodida com essa cadela. Estou exausta e apenas... Farta. Casey virou-se e se afastou à procura do banheiro. Fechou a porta com força, trancando-a, e de costas para a porta escorregou


até o chão do banheiro. Botou tudo para fora enquanto chorava. A dor que experimentou ao descobrir que Argernon havia mentido para ela sobre outras mulheres foi profunda. Tinha sido raptada de sua vida e queria voltar. Os dias que tinha passado a bordo com Argernon antes de a nave ser atacada e os três dias seguintes que havia cuidado dele seriam colocados no seu inconsciente até que chegasse ao seu planeta natal. Chorou, acima de tudo, por ter caído de amores pelo bastardo.

Capítulo Dez.

Os dedos de Argernon estavam torcendo os cabelos de Casey. Um sorriso brincou em seus lábios enquanto desfrutava de sua língua lambendo a cabeça de seu pênis. Um rosnado se derramou dele quando o prazer se queimou através dele. A língua dela se afastou um pouco ante de ele gozar intensamente. O êxtase o fez gemer alto enquanto sua libertação explodiu de seu corpo. Gostava mais quando Casey envolvia seu pênis com a boca para tomar sua semente em sua garganta. Mas não iria se queixar sobre qualquer maneira que ela o quisesse tocar. Abriu os olhos, um sorriso estava em seus lábios, se viu olhando para um teto branco. Não era o teto de metal da nave. Ficou confuso. Casey puxou o cabelo dela de sua mão, tentando soltar-se de seu aperto. Moveu a


cabeça. Sentia-se estranhamente fraco. Ficou em choque quando Bara lhe deu um olhar cheio de ódio e acusação. Seus dedos estavam agarrados à cabelos castanho escuro. — Não sou sua humana. — Ela cuspiu. — Tive que sofrer o escutando gemer o nome dela várias vezes enquanto te acordava. — Deu um puxão forte com a cabeça tentando obrigá-lo a soltar seu cabelo. Angústia atravessou Argernon. Puxou a mão como se tivesse sido queimado. Bara ficou de pé. Argernon sentou-se, percebendo que estava em uma cama médica. Seu olhar voou pela sala. Estava em Zorn. Como podia ser? Um movimento em um canto chamou sua atenção. Ral estava encostado na porta, seu irmão o olhava sombriamente. A atenção de Ral deslizou para Bara. — Obrigado. — Ral disse rápido. Bara deu um assobio de raiva. — Você não é bem-vindo. Ele disse o nome dela. Você se recusou a me deixar sozinha com ele. Não gosto que alguém me observe com o meu protetor. Ral respirou fundo — Você está zangada, por isso não confio em você com ele até que se acalme. Uma mulher com raiva é uma mulher com a qual não deixaria com meu irmão indefeso. Não é como se eu não tivesse te visto lamber um homem antes. Rosnando,

Bara

mostrou

os

dentes

afiados

para

Ral.

Endireitando a cabeça, olhou para Argernon. — Você prometeu me proteger e me dar uma casa, não vou te liberar de sua promessa. Eu... — Parta. Agora. — Ral grunhiu. — Dê-lhe tempo para se recuperar. Bara se dirigiu rápido para a porta. Argernon percebeu que estava nu na cama. Seu corpo estava úmido e o cheiro de sabão estava sobre ele. Alguém tinha lavado seu cabelo, assim como


banhado. Estava confuso como o inferno. Seu olhar atordoado foi até Ral enquanto lutava para sentar-se e cobrir o pênis com um lençol. A raiva era evidente na postura rígida de Ral. — A nave foi atacada pelos Collis. — Ral disse lentamente. — Você sofreu ferimentos quando lutou contra eles e tem estado inconsciente durante três dias. Eles iriam pegar as mulheres humanas para vendê-las. Há alguns Collis dispostos a pagarem por ajudantes de casa se elas forem da Terra. De alguma forma se inteiraram de como as mulheres são sexualmente. Argernon empalideceu. O sangue foi drenado de seu rosto. — Eu me lembro. Casey... — A dor perfurou seu peito. Ela havia morrido? — Ela está viva, mas não está bem. Argernon empurrou o corpo para a borda da cama para equilibrar-se em suas pernas. Teria chegado a ficar de pé, mas Ral se mexeu

mais

rápido

agarrando-o

pelos

ombros

com

firmeza,

segurando-o no lugar. Seu irmão negou com a cabeça. — Não tente sair da cama. Você está fraco e instável. Ahhu teve que te pôr no soro. Acabou de sair da hibernação, seu corpo precisa de algumas horas para se recuperar. Teria ficado em uma situação pior, mas seu vinculo o forçou a ingerir nutrientes e água por três dias, cuidou de você. — Onde ela está? Se estiver ferida, tenho que estar com ela. Fomos atacados pelos Collis? Leve-me para ela. Se não posso andar, então me leve para o lado dela. Estou vinculado a ela. — Sei o que você fez. Argernon franziu o cenho. — Sua raiva é tão forte que quase posso prová-la. Por quê? — Ariel está com raiva de mim. Ela gritou comigo e bateu no meu peito com o punho. Ela está carregando a minha descendência e perturbá-la é ruim para a sua saúde e para a da prole. A única razão


pela a qual não te bato é porque você está fraco. Ariel nem sequer quer falar comigo. Está com muita raiva. — Não tenho tempo para descobrir porque Ariel está brava contigo. Onde Casey está? Se não posso ir a ela, então ela pode vir a mim? Quero vê-la pessoalmente pata ter certeza de que está bem. — Ela está viva. — Ral respirou fundo. — Ela não verá você, irmão. Neste momento, está trancada na sala ao lado e se nega a falar com qualquer pessoa. Ariel nos ordenou a deixar sua mulher sozinha neste quarto até que ela se acalme. Meu vinculo, com a barriga dilatada, está sentada no corredor tentando convencê-la a voltar a falar. — Ral rosnou. — Você fez uma verdadeira bagunça. Argernon franziu o cenho. —

Casey

está...

Sacudiu

a

cabeça.

O

que

está

acontecendo? — Você não lhe disse que tinha ajudantes de casa. As três correram para o seu lado quando foi trazido ao hospital. Casey já estava com você. Ahhu disse que estava tensa e doída quando as mulheres se reuniram ao seu redor. Bara é teimosa, como você diz gostar. Ela foi desagradável com seu vinculo. Casey ficou surpresa e magoada quando conheceu suas mulheres. Então, tenho certeza de que Ahhu amenizou o quão ruim foi. — Senhor das Luas. — Argernon gemeu. — Chegamos e suas ajudantes de casa estavam tocando seu corpo, alisando-o. Seu vinculo estava tão branco quanto um peixe lua e eu podia sentir o cheiro de sua dor por todo o quarto. Ariel percebeu a situação e reagiu como faz quando está zangada. Casey negou que estava vinculada a você. Argernon resmungou tentando sair da cama outra vez. — Não, não vou deixá-la ir. — Fique onde está. — Ral grunhiu de volta. — Ahhu já cuidou de tudo. Casey não pode renunciar a você. Argernon olhou para o irmão.


— Não entendo. Ral respirou fundo. — Ahhu examinou Casey. Bom plantio, irmão. Sua vinculada está com prole. Argernon sorriu. — Tem certeza? Ral se afastou cruzando os braços sobre o peito. — Positivo. Estávamos todos no quanto: Eu, Ariel, Rever, sua Casey e as três ajudantes de casa. Não sei por que você está sorrindo de novo. — Os olhos de Ral se estreitaram. — O seu vinculo te odeia e acha que você é um grande mentiroso. Sabe que Bara acabou de te acordar da hibernação e como isso foi feito. Argernon empalideceu. — Ela sabe que Bara me lambeu? Ral deu um aceno triste. — Sabe. — Mas eu não tinha como dizer... — Para elas não importa. Confie em mim. Se outra mulher me tocasse, Ariel iria arrancar uma parte do meu corpo. — A mão de Ral desceu até as bolas dele. — Por que a deixou fazer? — Argernon rosnou. — Você estava no quarto. — Tinha que ser acordado da hibernação. Acha que seu vinculo te tocaria depois de ver a três ajudantes de casa esfregando as mãos por todo o seu corpo? Três ajudantes de casa para quem não fez arranjos pra encontrar outras casas para que partissem quando você retornasse à Zorn. — Ral rosnou. — Você nem seque a avisou que as tinha sob sua proteção. Quando trouxe Ariel para casa eu as tinha mandado para longe. No que estava pensando? Foi avisado, pela minha Ariel, que as mulheres humanas são monogâmicas. — Eu ia fazê-lo. — Argernon grunhiu. — No entanto, não tive tempo para fazer arranjos. Casey não tinha certeza se queria se


vincular a mim. Eu já tinha, mas ela me pediu um tempo para decidir e eu queria que ela estivesse disposta a ser meu vinculo. Eu... — Balançou a cabeça. — Preciso falar com ela. — Não entende. — Ral suspirou. — Ela não irá perdoá-lo. Ariel me assegurou disso. A feriu. Tinha lágrimas, e muitas, a julgar pelo som que fazia. Podia cheirar sua dor. A magoou profundamente. As mulheres humanas não são como as Zorn, Argernon. Se ferir a uma intensamente, ela se recusa a deixá-lo entrar em seu coração, e sem isso nunca se vinculará a você. Você deveria ter avisado a ela sobre suas mulheres e não a ter deixado vê-las te tocando. — Contei a ela sobre as ajudantes de casa. — Disse que tinha três delas? Argernon negou. — Ia dizer que ia encontrar outras casas para elas e que quando chegássemos a Zorn estariam fora da minha vida porque ela seria a minha única mulher. Os alarmes soaram quando comecei a compartilhar com ela os planos que tinha para nós dois. Ela carrega minha semente em seu ventre, Ral. Ela é tudo para mim. Agora entendo como se sente quando vê Ariel. Agora entendo porque ela é tudo para você e como pôde renunciar às suas ajudantes de casa por uma mulher. Como faço para concertar isso e tê-la de volta? Não posso perdê-la. Ral estendeu a mão para apertar o braço de seu irmão. Simpatia fluía de seus olhos. — Não sei. — Tenho que recuperá-la. Tenho que concertar isso. — Se encheu de agonia com o pensamento de perder Casey para sempre.

******


Casey se deu conta de que estava sendo infantil. Olhou para a porta. A tinha bloqueado com uma cama e uma mesa. Sentiu-se culpada por ter uma Ariel grávida no corredor que continuava tentando convencê-la a abrir a porta. Admitiu que poderia ter lidado melhor com isso. Encaminhou-se para a porta. — Ariel? — Estou aqui. — Está sozinha? Se abrir a porta só você entrará? — Prometo. Suspirando, Casey afastou tudo da porta para abri-la. Olhou para o corredor para ver Ariel, sozinha, sorrindo para ela. — Ninguém está aqui, só eu. Mandei todos embora. Podemos conversar? Casey deixou-a entrar, mas trancou a porta atrás delas. — Sinto muito. Não aceitei bem isso. — Não te culpo. — Ariel sentou em uma cadeira. Massageou a barriga distraidamente. — Ficaria chateada também. Argernon ferrou tudo, de verdade. — Ele deveria ter me contado. — Sim. Deveria tê-las despachado. Sabia que se vinculasse com uma de nós teria que desistir das outras mulheres. Disse como é o nosso tipo. — Dói. Pensei que se importava comigo e que era especial para ele. Caí feito uma idiota. — Casey admitiu em voz baixa. — No começo fiquei brava quando percebi que não voltaria para casa. Na primeira vez que me sequestrou eu... — Ele o quê? Casey explicou como conheceu Argernon e como acabou a bordo da nave. Piscou para Ariel.


— Então fomos atacados e achei que ele ia morrer. Fiquei ao seu lado na cama minúscula por três dias, rezando para que ele vivesse para que eu pudesse dezer-lhe que o amava. Fui uma perfeita idiota. Deveria ter sabido. Éramos de mundos diferentes, literalmente, e não é como se realmente o conhecesse. Afinal, como poderia ter me apaixonado tanto e tão rápido por alguém? — Eu entendo. Me apaixonei assim por Ral. Juro que me apaixonei na primeira vez que fez amor comigo. Ele foi incrível. Era tão protetor e másculo. E me consolou. Fui sequestrada por uma raça de pessoas-lagarto e Ral lutou com um monte de homens Zorn para me ganhar. — Uau. Ariel sorriu. — Não que não tivemos nossos altos e baixos, temos, mas o amo. Para mim é como o ar que respiro. Ele fará qualquer coisa para me fazer feliz e se assegura de que eu saiba o quanto me ama. Tristeza caiu sobre Casey. — Argernon disse que iria me fazer feliz. — São diferentes dos caras humanos. Mas com Ral acho que é maravilhoso. Sinto muito, Casey. Talvez ele fosse mandá-las para outro lugar. Você poderia falar com ele. Ela sacudiu a cabeça. — Deixe-o falar com Bara, Din ou Valle. Ele tem três delas. — Eles têm uma grande energia sexual. Posso atestar isso. Homens Zorn são ereções andantes. — Um sorriso separou os lábios de Ariel. — Isso tem suas vantagens. Confie em mim. Minha vida sexual está em alta e nunca diminui ou fica chato.

— Esfregou o

ventre. — Tinha medo de que Ral perdesse o interesse em mim quando minha barriga crescesse, mas ele acha que quanto maior estou mais sexy fico. O homem me viciou a transar a cada poucas horas todos os dias. — Ariel olhou para Casey. — É uma coisa da cultura daqui o porquê de Argernon ter três mulheres em sua casa.


— Não é mais do que uma promiscuidade masculina. — Ele é o segundo na linha de sucessão do governo deste planeta. É como um príncipe. Aprendi muito desde que cheguei a Zorn. Quando cheguei aqui achei que as mulheres eram maltratadas no nível de condição escrava, mas isso não era verdade. As mulheres têm muito mais poder e controle sobre suas vidas do que parece. Elas são criadas sem inveja pelas outras mulheres Zorn com quem partilham a casa. Seus corpos não podem lidar com sexo tanto quanto os homens precisam, assim, de acordo com as mulheres Zorn com quem falei, gostam de ter outras mulheres para tomar este fardo. — Ariel bufou. — Elas chamam de fardo ninfomaníaco. Acho que não desfrutam disso tanto quanto nós. — Para elas isso incomoda. Ariel riu. — Provavelmente. As mulheres Zorn só tem inveja das vinculadas porque lhes são permitido ter filhos e estão no comando da casa. A maioria delas estão dispostas a abrir mão disso para ser ajudantes de casa, porque para elas estar em uma boa casa é sinônimo de poder e prestigio. — Como limpar a casa e ser uma esquenta cama de alguém pode te fazer alcançar poder e prestigio? — Estou contigo, mas pense em todas as mulheres que se casam com homens ricos por dinheiro. Aqui é da mesma forma. As mulheres Zorn poderiam vincular-se aos homens se quisessem, mas a verdade é que a maioria delas preferem viver em uma casa com uma ou duas mulheres, se o homem tiver dinheiro suficiente. Conseguem as melhores casas, a melhor comida, o melhor de tudo. E gostam de dividir as tarefas com as outras. Casey olhou para Ariel com o cenho franzido. — Tem ajudantes de casa na sua casa? Deixa que outras mulheres o toque? Não vou te julgar nem nada. Espero não estar


sendo intrometida. Simplesmente não me vejo vivendo dessa forma e sendo feliz. E você? Uma risada escapou de Ariel. — Temos uma ajudante de casa. Estou muito feliz que ela esteja lá. É uma mulher mais velha, bem mais velha e ela me trata como a filha que sempre quis ter. Quanto à infidelidade, bem, se Ral tocar em outra mulher o castro. — Ela piscou um olho. — Não que ele fosse. Não posso ter o suficiente dele. Não há motivos para ser infiel. — Tinha ajudantes quando você veio para cá? — Ele as tinha mandado para uma das casas de seus irmãos. Seu pai mandou uma para a nossa casa depois que cheguei. Na verdade, ela tirou a roupa e ficou de quatro empurrando a bunda para cima esperando que meu marido a montasse. Fiquei muito brava. Não podíamos nos comunicar porque os malditos tradutores ainda não conseguiam ler inglês. Foi tão frustrante. Tentei dizer ao cara que se ele montasse a cadela, a qual estava empurrando a bunda para ele no chão, nunca mais deixaria que me tocasse novamente fazendo gestos com as mãos. — Ariel bufou. — Foi um inferno e saí furiosa. Ele me seguiu e nunca a tocou. — Tenho um filho dele. Minha vida está tão fodida. Ariel suspirou. — Fale com ele. Coloque os pés no chão, diga-lhe do que você precisa. Ele poderia ter te levado de volta para a Terra. Inferno, ele não tinha que trazê-la com ele. Te carregou pelo bosque e a raptou. Se o pai dele descobre que te trouxe contra sua vontade, ele vai estar na merda. Infringiu a lei te trazendo aqui. Casey ficou chocada. — O quê? — Todas as mulheres humanas vinculadas tem que fazê-lo de bom grado. É contra a lei sequestrar uma mulher que não quer ser trazida para Zorn. Ele a tomou e se vinculou com você sem lhe dar


escolha, Casey. Se quiser arrancar suas bolas, deveria dizer ao seu pai o que ele fez. — Seu pai me mandaria de volta para a Terra? Os olhos de Ariel caíram sobre sua barriga. — Não. Não vou mentir para você. — Olhou para cima. — Não consigo ver o pai dele deixando-a ir com seu neto e, diabos, seu bebê não estaria à salvo na Terra. Você sabe disso. Quando me dei conta de que estava grávida soube que não importa o que aconteesse com Ral não poderia voltar para casa de novo. Meu filho seria uma aberração. Pode imaginar o frenesi da mídia? Todo mundo tentando usá-lo como um degrau para a fama, seria um verdadeiro inferno para ele. — Ela esfregou a barriga. — Aqui em Zorn meu filho é como todas as outras crianças. Para eles não importa que eu seja humana ou que ele será parte humano. Sabem sobre as outras raças em outros planetas e as aceitam. Em sua cultura ser só uma parte Zorn o torna totalmente Zorn. — O que eu devo fazer, então? Ir para a casa de Argernon e vêlo foder essas três mulheres? Talvez possamos tirar a sorte e ver quem fica com ele em seu tempo livre. — Casey odiava a pitada de amargura em sua voz. — Ouvi que desde que sou sua vinculada posso dormir na cama e não no chão. Uhu. Que sorte a minha. Ariel sacudiu a cabeça. — Não. Você pode ser direta com o filho da puta. É só você ou vai encontrar outro homem. Deixe-me te dizer uma coisa: somos a melhor mercadoria neste maldito planeta. Há milhares de homens bons em Zorn que saltariam sobre todos os obstáculos que você coloque se você concordasse em se vincular a um deles. Seriam leais e nunca a maltrataria. — Bara fez algo a ele para acordá-lo. Ariel suspirou. — Eu sei. Fui eu quem teve que transmitir seu recado a Ahhu, após a ter enviado para impedir que isso acontecesse.


— Não posso esquecer isso. Desculpe-me, eu deixei, mas não posso esquecê-lo. Ariel assentiu. — Me deixe falar com Ral. Ele conhece um monte de homens bons. Precisa encontrar um neste planeta para protegê-la. Vou fazer com que Ral a deixe voltar para casa com agente e vamos te apresentar a cada homem que meu marido conhece até encontrar por quem se apaixone. Conseguiremos te vincular a alguém que possa te fazer feliz e segura. Precisa disso agora. Pense no seu bebê. Casey olhou para a barriga. — Argernon deixará que seu filho se vá? Ariel ficou de pé. — Você foi forçada a abandonar a Terra. E ele se vinculou a você sem o seu consentimento, uma vez que não tinha a menor ideia do que significava quando ele gozou dentro de você. Ele quebrou a lei. E essa é a maldita verdade. Enquanto o bebê estiver em Zorn e seguro, não vejo como o pai pode protestar. Hyvin Berrr poderá ver o seu neto, sem importar o homem que o crie. Há um monte de homens bons em Zorn, Casey. Você poderia ser feliz aqui. Isso quebrou seu coração, mas Casey assentiu. — Não posso ficar com Argernon novamente. Não posso deixar que me magoe mais do que já magoou. — Vou falar com Ral e te levaremos para casa com agente. Sinto muito mesmo, Casey. Argernon foi um verdadeiro idiota e espero que sofra por tudo o que te fez. Casey observou a mulher ir embora. Baixou a cabeça. Tudo o que sabia era que Bara estava fodendo Argernon neste exato momento. Doía muito.


Capítulo Onze

Os ouvidos de Casey já não a incomodavam. Antes que saísse do edifício médico, Ahhu lhe aplicara uma injeção para a dor por causa da colocação dos implantes. Casey poderia entender a quem lhe falava, mas a avisaram de que nem todos os Zorn poderiam compreendê-la. O programa de inglês era novo e a menos que um Zorn pensasse em interagir com humanos, não separavam tempo para atualizar seus programas de implantes para a tradução. Era tarde da noite e Casey estava esgotada. Levou horas para que Ahhu encontrasse tempo para implantar os tradutores em seus ouvidos. Ral praticamente implorara a Ariel que voltasse para casa com ele, argumentando que precisava descansar devido à gravidez e Ariel tinha cedido diante do homem grande, somente depois de deixar bem claro que Casey seria levada a sua casa quando Ahhu terminasse o procedimento. Três, enormes, homens Zorn tinham escoltado Casey do edifício médico a um veículo que já os esperava. Eles a levaram para uma casa grande e bonita no alto de uma colina. As casas Zorn eram diferentes das casas da Terra. Eram arredondadas, térreas e muito grandes. Eram feitas de um material que Casey nunca vira antes, mas pareciam placas muito finas de pedra. Os homens a tinham acompanhado até a porta. Um deles colocou a palma da mão contra um scanner enquanto sorria a Casey. — Está em casa. Devo acompanhá-la até seu quarto. Quer que desperte alguém para que lhe traga comida?


— Eu só quero dormir. É tarde, não quero incomodar Ariel ou a seu marido. O homem piscou e assentiu com a cabeça enquanto abria a porta. — Como desejar. Os outros dois homens ficaram do lado de fora. Casey entrou em uma sala espaçosa com duas poltronas, algumas mesas e tapetes decoravam a sala. As luzes eram tênues, mas iluminavam o bastante para ver. Ela engoliu em seco. O mobiliário se parecia com madeira de um tom vermelho escuro que contrastava com a brancura absoluta do chão e das paredes. Era uma casa bonita. O homem a conduziu por um corredor. Todas as portas estavam fechadas, à exceção da última, a de um quarto. Ele entrou e agitou a mão ao longo da parede para acender as luzes no dormitório. — Há um sensor aqui. Agite sua mão para acender a luz ou apagá-la. — Indicou uma porta aberta do outro lado do quarto. — Este lugar é para suas necessidades pessoais. Agite a mão para cima para ligar a água. Há sensores de movimento que controlam o fluxo da água. — Ele se retirou do quarto. — Boa vida, humana. — E se afastou. Casey suspirou baixinho, fechou a porta. Não queria incomodar a seus anfitriões. Ariel parecia exausta quando ela e seu marido se retiraram do edifício. Casey se sentiu culpada, mas agradecia aos céus pela amizade de Ariel. A mulher estava muito indignada com o que Argernon lhe havia feito. Ser compreendida tinha feito, realmente, se sentir melhor. Sua atenção voltou-se para o quarto. A cama era grande com dossel e de piso alto. Os Zorn eram grandes e muito musculosos, tinham mais de dois metros de altura, enquanto as mulheres que vira parecia ter um pouco menos e mesmo assim eram mais altas que um humano médio. Inclusive seus corpos


eram maiores que o dos seres humanos em musculatura e estrutura óssea. Casey se sentira tão pequena, como nunca em sua vida, quase frágil em comparação com as pessoas com quem teria que conviver agora. Ao lado da cama havia duas mesas com gavetas. Um móvel parecido com uma penteadeira encostava-se à parede sob uma grande janela. Aproximou-se da janela. Nada a vendava. Ficou parada olhando fixamente para fora, para escuridão absoluta, o que a deixou com os pêlos da nuca em pé. Alguém poderia estar por alí, vigiando-a e não saberia. Ela olhou por cima da janela. Não havia marcas na parede indicando que algo houvesse sido pendurado ali para obstruir a visão. Talvez os Zorn não soubessem o que eram cortinas. Isso a fez sentir como um peixe fora d´água. Ficou curiosa sobre o banheiro, mas o ignorou. Usara o banheiro do centro médico antes de sair. Deram-lhe, inclusive, uma escova de dente com aspecto bem estranho. Pôs a bolsa no chão junto à cama. Havia alguns objetos pessoais que o centro médico fornecera para sua utilidade, como medicamentos. Fora informada que devia tomá-los todos os dias. Estava grávida e Ahhu lhe tinha avisado

que

sua

temperatura

corporal ficaria elevada sem a

medicação, já que as temperaturas dos Zorns eram mais altas que a dos seres humanos. A medicação também lhe ajudaria a evitar o inchaço do corpo, que pensava precisar de mais líquido, outro sintoma por estar grávida de um Zorn. Casey tirou as botas que lhe tinham dado. Levando a mão à cintura desabotoou as calças e se dirigiu para a porta depois de chutá-las para longe. Decidiu dormir só com a camisa. Ela desejou que os Zorn tivessem o costume de usar roupas intimas, mas Ariel havia dito que não existia para as mulheres, já que as Zorn não usavam qualquer tipo de roupa dentro da casa. Elas odiavam usar coisas que ficavam justas no copo.


Ela olhou ao redor do quarto novamente antes de agitar a mão para apagar as luzes. Casey quase teve que escalar a cama, já que era muito alta. Estava exausta. Odiava-se por pensar em Argernon, mas não conseguia parar. Ele tinha acordado e ficaria bem. Quis falar com ela. Tinha pedido a Ahhu que lhe desse uma mensagem. Queria que ela soubesse que ele nunca teve a intenção de manter às outras mulheres após ter se vinculado a ela e perguntou se ela iria vê-lo, por favor. Não queria falar com ele e com certeza não queria vê-lo. Estava sofrendo. Afinal, que tipo de homem, simplesmente, deixaria de lado três mulheres que dependiam dele? Sua opinião sobre seu caráter só piorava. Ela se perguntava, enquanto aconchegava-se na cama, se Argernon ainda estava no edifício médico ou se ele agora estava na cama com as três amantes. Só de imaginar isso seu coração quase parava de bater. Odiava o ciúme que lhe trazia tanta dor. Continuou dizendo a si mesma que estava melhor sem ele. Baixou a mão até seu abdômen, através da fina camisa que usava para dormir o bebe de Argernon descansava em seu interior. O impacto desta novidade não tinha desaparecido ainda. Casey não podia negar que ter filhos sempre fora seu sonho. Sempre imaginara um casamento, em primeiro lugar, um sujeito agradável que trabalhasse em um emprego das nove as cinco como seu marido, a emoção de pintar e decorar um quarto de bebê. Ela queria chorar, mas estava além das lágrimas. Em vez disso, teria o bebê de um alienígena cercado de mulheres e ela seria obrigada a se unir com um estranho que teria de aceitar ao bebê de outro homem quando este nascesse. Não queria sequer pensar nesse cenário. Sua mente mal podia processar a ideia. Teria que encontrar e se casar com um Zorn. Como eles diziam? Ah sim, vincular-se. Para Casey seria como uma oferta de trabalho. Entrevistaria os candidatos para a posição dizendo o que queria de um homem, o que era preciso


dele e depois escolheria os candidatos para ver quem seria o melhor para o papel. Que maravilha. Deprimiu-se. Não podia retornar para a Terra com um bebê Zorn e não havia nenhuma maneira de que ela desistisse desse bebê. Ela o queria, mesmo com o pai sendo um idiota mentiroso. Virou-se sobre a cama. Casey olhou para o teto que não podia enxergar no quarto escuro. Sua cabeça se voltou para a grande janela do outro lado. Ainda estava muito escuro para se conseguir ver algo, mesmo depois de seus olhos se adaptarem às luzes apagadas. Zorn tinha três luas, mas era uma noite muito nublada, nesse momento não eram visíveis. Ariel prometera uma magnífica vista quando o tempo estivesse melhor. Ah. Não tinha importância. Casey fechou os olhos. Precisava descansar. Amanhã, quando não estivesse tão preocupada, se ocuparia de toda esta merda. Uma porta se fechou em algum lugar da casa. Sentiu-se culpada. Ela deve ter despertado alguém quando entrou na casa, não importando o quão silenciosos ela e o guarda tivessem sido. Ela escutou novamente a casa silenciosa, antes de relaxar outra vez. Tentou respirar lenta e profundamente querendo relaxar e dormir. Era o melhor para ela. Amanhã não estaria tão esgotada e seu cérebro funcionaria melhor. Algo fora da porta do quarto fez um pouco de barulho. Casey ficou tensa, mas logo se obrigou a relaxar. Provavelmente era o marido de Ariel fazendo algo para a sua companheira grávida na cozinha. Talvez se certificasse de que as portas estivessem fechadas. Um ofego escapou dela quando a porta de seu quarto se abriu de repente. A luz do corredor a cegou quando ela se sentou na cama. Argernon estava escorado na porta aberta com as luzes acesas atrás dele.


— Bem-vinda em casa, linda. — Ele grunhiu suavemente. Tinha a voz rouca. — Sinto por não ter tomado medidas antes de chegarmos aqui. Sei não quer me ver, mas eu quero ver você. Um Argernon sem camisa estava a olhá-la. Casey ficou sem fala quando lhe devolveu o olhar. Tinha o cabelo solto sobre o peito e os braços. Ele se agarrou

à

porta

durante

uns

segundos,

antes

que

entrasse

lentamente no cômodo. Fez um gesto com a mão sobre a parede para ativar as luzes. Ele moveu de novo a mão para atenuar a luminosidade, o suficiente para que o ambiente estivesse quase às escuras, mas ainda podia vê-lo muito bem. Seus brilhantes olhos azuis estavam fixos nela. — Você realmente pensou que eu a deixaria ir, Casey? Achou, de verdade, que ficaria com outras mulheres quando a tive? Ia fazer os acertos necessários para que as três fossem para outro lugar, outra casa. Pensei que tinha tempo para fazê-lo, para que já houvessem partido quando chegássemos a Zorn. — Avançou outro passo. — Você é a única mulher que está na minha cama e é a única que estará a partir de agora. Você parece perfeita nela. Ela olhou para a cama em que estava sentada, a cor sumindo drasticamente de seu rosto. Sua cama? Seu olhar se ergueu. Ele estava mais perto. Ele pôs suas mãos sobre o final do colchão. Olhos azuis a olharam intensamente. — Você é tudo para mim, Casey. Leva meu filho em seu ventre. Você me pertence, ambos sabemos disso. Nosso filho sabe. Peço desculpas e lamento a dor que sofreu porque não fui capaz de preparar uma casa para você, para lhe dar as boas-vindas com alegria, mas concertei isso. As ajudantes estão em outras casas. Conforme me foi lembrado, uma ajudante idosa virá pela manhã. Suas tarefas incluem não me tocar. Ela cuidará de nossa casa e das


refeições. Ela lhe fará companhia e será sua amiga. É tudo o que você precisa. A ira foi crescendo lentamente nela. — Acha que é assim tão simples? Ele assentiu com a cabeça. — Estou vinculado a você e minha semente foi plantada em seu corpo. Estou muito contente, minha Casey. Senhor das Luas, fazme sentir orgulhoso. — Essa é a palavra errada para usar. Ele franziu o cenho. — Que palavra? — Orgulhoso. Deixe-me dizer o que penso sobre você. Deveria estar envergonhado de si e acho que você vale menos que um monte de merda de cachorro. Seu cenho se aprofundou. — Estou envergonhado e peço desculpas. Cometi erros, mas os corrigi. Eu sei o que é merda, mas não o que é um cachorro. — Seus olhos se estreitaram. — Entendo o insulto e sei que está zangada comigo. — Entenda isso: Não estou vinculada a você. De fato, Ariel vai me apresentar a outros homens. Vou encontrar um Zorn bom, que não seja um imbecil mentiroso com sua vinculada. Eu não sou nada para você, exceto a mulher que está carregando seu filho. — O olhou. — Não posso acreditar que tenha ordenado aos guardas para me trazerem aqui sabendo que não quero ter mais nada com você. A raiva se mostou nos traços de Argernon. Ele rosnou. Sua mão fechou-se em punhos sobre a roupa de cama. — Você não vai ser vinculada a outro homem. Você é minha. — Não Bara, Ville e Din são suas. — Não é mais. Encontrei outras casas para viverem.


— Bem, será melhor que voltem, porque eu não vou ficar aqui. — Ela se levantou sobre o colchão. Teve que se aproximar dele para chegar até suas calças. Inclinou-se, agarrando-as e se afastou dele. — Quero ser levada para a casa de Ariel, que é onde, se supõe, eu deveria estar. Mãos agarraram Casey e ela ficou sem fôlego quando Argernon a levantou. Ela terminou jogada de barriga para cima na cama grande. As calças saíram voando de sua mão. Ele caiu sobre ela prendendo-a na cama sob o corpo grande dele, com o cuidado de não machucá-la ou esmagá-la. Seus olhos estavam a centímetros dos dela enquanto a olhava. — Você viverá aqui comigo em nossa casa. Você não vai à parte alguma. — Não pode me manter aqui contra minha vontade. — Posso e farei. Se deixar que outro homem a toque o mato. Se escapar ou se vincular a outro homem ele vai morrer, Casey. Eu o desafiarei e o matarei enquanto você observa. Você é minha vinculada e não vou te deixar ir. Casey ficou furiosa. — Seu filho da puta. Fique longe de mim. Dá-me vontade de vomitar. Ele se mexeu, rolando a ambos facilmente com sua força e a pegou em seus braços enquanto saia da cama. Ele a levou ao banheiro. A deixou no chão com suavidade. Agitou a mão para que a luz se acendesse. A preocupação estava gravada em seu rosto enquanto apontava o vaso sanitário. — Está doente? Devo chamar Ahhu? Ela se preocupa com nossa família e cuidará de você se precisar de cuidados médicos. Casey se afastou dele. — Não vou vomitar. É apenas uma expressão. Significa que não te suporto e que me faz sentir náuseas só em olhar para você.


Entendeu? Não preciso de um médico. Eu preciso que fique bem longe de mim e nunca mais se aproxime outra vez. Argernon empalideceu. — Eu fiz as coisas certas, linda. Você deve saber disto e que estou comprometido com você. — Não me chame assim. Nunca volte a me chamar assim de novo, filho de uma puta. Nós terminamos. Compreende? Não é mais que um imbecil que teve quatro oportunidades. Teve três mulheres que dependiam de você e com quem se deitou, entretanto, me usou a seu bel prazer. Você acredita que eu penso que é uma pessoa melhor, já que as empurrou para a sarjeta por mim? Isso só o faz parecer um filho da puta sem coração. — Ele a olhou, parecia confuso. — Não entendeu? Aquelas mulheres que viveram aqui e que você deveria proteger foram descartadas como se fosse lixo. Acha que isso me faz pensar que é maravilhoso? O que acontecerá a mim quando encontrar outra para farrear? Chegará à sua casa e jogará meu traseiro na rua? Você é formidável, um vencedor e caso não tenha entendido, isso é sarcasmo, o que significa o oposto da verdade. Acho que é um babaca e mau caráter. E é bom que saia do meu caminho, preciso sair agora. — Não me desfiz delas como lixo. Elas escolheram casas que são seguras e confortáveis. Elas estão em um bom lar com homens que as querem. E eu nunca poderia substituí-la. Não é uma ajudante de casa. Você é minha vinculada. Eu nunca a jogaria de nossa casa. Juro estar com você até a morte. — Não quero um homem como você, Argernon. — Sua ira se esvaia pelo cansaço. — Eu só quero ser livre. Não o desejo mais e não o quero perto de mim. Nunca poderia estar com um homem que mentiu e transforma as pessoas em merda, três delas, alegando que o fez para o bem delas. Obrigado, mas não. — Então quer que as traga de volta para ficar aqui conosco? — Ele franziu o cenho.


— Não há nenhum ―conosco‖. E mais, Argernon. Fui. Tenha uma boa vida. — Tentou caminhar contornando-o. Ele se movimentou junto com ela grunhindo suavemente. — Fomos felizes, Casey. Lembra-se? Só nós outra vez. Só você e eu. Por favor, me perdoe. Cometi erros, mas os corrigi. Se eu não tivesse sido ferido teria feito todos os acertos antes de chegar a Zorn. Você nem saberia delas. Ela o olhou fixamente. Ele realmente pensava que a situação se resolveria de maneira fácil. — Você mentiu para mim. Eu estava contente com nosso relacionamento porque não sabia que tinha três mulheres, as quais estava fodendo, a sua espera em casa. E você fodeu uma delas, sei que é um fato, há algumas horas atrás. Saia de meu caminho antes que eu vomite em cima de você. Você me dá asco. Ele grunhiu. — Não tive opção. Se soubesse, não teria deixado que Bara encostasse em mim. Despertei com ela me tocando. Pensei que fosse você. Sonhei que era você. A primeira palavra que disse quando desperte foi seu nome. Ela o olhou fixamente. A dor a atingiu com força. — Isto não muda o fato de quem realmente era, não é mesmo? Cai fora do meu caminho, Argernon. Terminamos. Estou saindo. Trate de reaver suas amiguinhas de novo e se esqueça de que alguma vez me conheceu. Porque vou fazer todo o possível para esquecer tudo sobre você. Os olhos de Argernon se estreitaram. Ele negou com a cabeça. — Não. — Você não tem escolha. Seus lábios se curvaram para cima. — Tenho opções e não vou deixar que se vá. A sequestrei de seu planeta para mantê-la comigo e vou mantê-la.


A inquietação se aninhou na boca do estômago de Casey enquanto ela fixava o olhar em Argernon. — Por favor, deixe-me passar. Ele

retrocedeu

no

dormitório.

Casey

avançou

e

se

aproximou de sua calça no chão. As colocou bruscamente, de costas para Argernon. Inclinou-se para por as botas. Ela sairia dali. O bastardo não poderia detê-la, se endireitou e se voltou na direção da porta. Argernon estava perto da janela e seguia seus movimentos com os olhos. Ela o encarou de novo. — Adeus, Argernon, Ele se mexeu. Para um homem tão grande era fantástico o modo de se locomover com tamanha rapidez. Agarrou Casey pela cintura e a levantou. Ela gritou quando suas botas deixaram o chão. Caiu na cama de bruços onde ele a deixou, se surpreendeu quando ele a prensou para baixo com o joelho e puxou uma de suas mãos para trás dela, em seguida agarrou a outra e as pôs acima de sua cabeça. Ouviu o som de correntes. — Não. — Casey gritou. — Merda! — As algemas se fecharam ao redor de seus pulsos. Seu joelho se afastou. Casey se virou na cama, olhou com incredulidade para Argernon. — Não pode fazer isto. Ele sorriu, mas seus olhos eram frios. — Você não me dá outra opção. — Levantou-se da cama e foi até um dos criados-mudo. Ouviu a gaveta se abrindo. Casey tentou se levantar, mas Argernon foi mais rápido, novamente, alcançando-a a segurou pelos pulsos das algemas e as prendeu com outro par na cabeceira da cama, afastou-se um pouco dela. Extremamente irritada, tentou chutá-lo, mas ele agarrou cada um de seus pés e tirou suas botas. — Não faça isto, Argernon. Eu não te quero. — As lágrimas encheram seus olhos. — Você jurou que nunca me forçaria. Ele a olhou nos olhos.


— Está cansada. Nunca te forçaria. Não vou deixar você ir embora, Casey. Você me pertence. Você é minha vinculada. —Ele estendeu a mão para a parte dianteira de suas calças e a tirou lentamente. Ela o olhou. Ele estava ligado. Argernon sempre estava excitado. Ela afastou o olhar de seu pênis grande, duro e que apontava para cima. Obrigou-se a olhar para o outro lado. Ele encontrou seu olhar de irritação quando se sentou de joelhos ao seu lado. — Preciso gozar. Sinto muita dor. — Foda-se. Ele assentiu com a cabeça. — Achei que você não iria ajudar. Ela o viu girar o corpo para se esticar até a mesinha outra vez. Abriu outra gaveta. Ele retirou um tubo. Ela imaginou que fosse a versão Zorn para lubrificante. Ele o destampou, espalhou um creme branco em sua mão e começou a passa-lo, com a mão meio fechada, no pênis duro. Argernon a pegou olhando-o, curiosa. Então se negou a olhar outra vez para a parte de baixo de seu corpo, mas ela podia ver sua mão em movimento. Ele não afastou o olhar dela enquanto se masturbava. Viu seus olhos se estreitarem quando sua boca ficou tensa. A cama se movia com ele quando começou a mexer o quadril ao ritmo de seu punho sobre seu eixo. O viu inclinar sua cabeça para trás, fechando seus olhos, enquanto seus lábios se separaram. Ele gemeu quando gozou. Ele saiu da cama e caminhou para o banheiro. Casey fechou os olhos. Ela estava no inferno. Ele não a deixaria ir. Pela manhã,

Ariel

teria

que

ajuda-la.

Certamente

saberia

quando

despertasse que Casey não estivera ali, que algo errado havia acontecido. Ariel tinha jurado que iria ajudar e ela confiava nela. Casey só precisava passar uma noite com Argernon. A água no


banheiro parou de escorrer. Abriu os olhos para ver Argernon sair completamente nu. Seu olhar brilhante estava fixo nela. Ele se esticou para pegar sua camisa quando se sentou na cama. Ela tentou se apartar, mas o aliem cretino era muito forte. Sua camisa foi levantada descobrindo seu abdômen. Seus olhos se fixaram naquela parte. — Minha semente está plantada ai. — Deixe-me ir. Levantou o olhar para encontrar o dela. Suas mãos soltaram a camisa. Ambas foram até a cintura de suas calças para desatá-las. Belos olhos azuis se tornaram ferozes. — Nunca. Ela lutou, mas não era rival para Argernon. Ele as arrancou, deixando-a nua e exposta. Uma de suas mãos acariciava sua coxa. Ela se afastou, o que a deixou com seu abdômen e o traseiro descoberto. Estendeu a mão outra vez para acariciá-la. A mão grande envolveu seu traseiro suavemente, massageando-o. — Não me toque. — Ela girou a cabeça para olhar para ele sobre seu ombro. Argernon suspirou. — Já disse que nunca faria mal a você. — Já fez, mais do que imagina. Não vou perdoa-lo. Não consegue entender isso? Cada vez que me tocar só consigo ver Bara te tocando, Din com suas malditas mãos em seu peito e Vale passeando os dedos por seu cabelo. Ele grunhiu irritado. — Eu não estava acordado para detê-las. — Elas viviam com você. Você fazia sexo com elas. Não aja como se fosse inocente. Não é algo que não tivessem feito umas malditas mil vezes, não é? Ele rosnou.


— Não rosne para mim. Eu não tenho três homens em casa com os quais me deito. Não minto. Nunca traí um homem em minha vida — Trair? — Trair a confiança deles para dormir com outras pessoas quando ele pensa que é o único. Ele franziu o cenho. — As ajudantes de casa não se sentem traídas se monto outras mulheres. Para elas é aceitável. — Maldição, eu não sou uma ajudante da casa. Seus olhos aumentaram e logo se entrecerraram. — Você sente que a traí. — Não sinto merda nenhuma. Você me traiu, é um fato. Se eu soubesse que tinha mulheres em casa te esperando, nunca teria deixado que me tocasse. No segundo em que soubesse a respeito delas, eu me afastaria. O fato de ocultar algo tão importante como isso é tão ruim quanto mentir. Pensei que fosse importante para você. Pensei... — Se obrigou a afastar o olhar dele antes de começar a chorar. Ela fechou os olhos. — Cheiro a sua dor. — Disse com voz rouca. Ela o ignorou. Ele grunhiu baixinho. A cama balançou quando se sentou de joelhos ao seu lado. — Nunca quis feri-la. Dói em mim quando você sofre. — Sua voz era suave. — Nunca pensei em levar uma mulher da Terra. Não fiz acertos como os outros homens que se prepararam para encontrar lares para seus ajudantes de casa. Eu soube que era minha e que tinha de estar vinculado a você no momento em que compartilhamos sexo. Se não tivesse sido ferido eu teria encontrado lares adequados para as minhas ajudantes de casa antes de chegar a Zorn. Jamais as teria deixado me tocarem. Sei que é de uma espécie que sente dor e


raiva quando sabem delas, assim como sinto diante da ideia de um homem lhe tocando. Eu entendo. Me olhe. — Não. Ele respirou profundamente. — Eu mataria o homem que se atrevesse a toca-la. Mataria só pela ideia de um homem na sua cama e dentro de você. — Ele grunhiu. — Sinto uma raiva imensa diante da ideia de outros homens a tocando antes de mim. Acredite, eu entendo Casey. — Não. — Ela virou a cabeça, abrindo os olhos. Teve que abrir e fechar várias vezes para retirar as lágrimas que teimavam em cair. — Eu não sinto raiva. Sinto dor no meu coração, como se tivesse sido arrancado de meu peito. Não posso te perdoar, Argernon. Tudo no que posso pensar é nas mulheres lhe tocando e saber que você fez sexo com Bara hoje... Por favor, se tiver algum sentimento por mim, se afaste.


Capítulo Doze

Argernon parecia frustrado enquanto olhava Casey. — Juro que ela não me montou. — Ela o tocou. Te fez gozar de alguma forma, não foi? Os olhos de Argernon obscureceram. — Eu estava em um estado de sonho e não tinha consciência do que era ou não real. Pensei que fosse você, Casey. Pensei que era seu cabelo o que segurava em minha mão. Pensei que fosse sua respiração me tocando. Pensei que fosse sua língua me trazendo para o gozo. Ela o olhou nos olhos. O odiava e o amava. Seu estilo de vida lhe causava dor. Casey sabia que poderia ter evitado que Bara o despertasse. Ariel tinha enviado Ahhu para impedir que Bara tocasse a Argernon. Ela havia dito a Ariel que deixasse Bara fazê-lo. Não lhe importara nesse momento, mas agora... Ela se sentiu em parte responsável, mas isso não aliviou a dor em seu coração. — Não posso superar isto, Argernon. Dói muito. Sinto-me traída e não sei se virei a confiar em você outra vez. Tenho orgulho. Entende? Você guardou coisas importantes de mim, me deixou andar às cegas e isso doeu. Não posso acreditar que um homem de honra sele um compromisso com três mulheres e depois simplesmente as descarte quando conhece alguém que goste mais. — Não é que eu goste mais de você. — Sobressaltada, ela baixou o olhar. Ele foi direto. Doeu. — Eu te amo. Sem poder acreditar, ela levantou os olhos e viu a sinceridade queimando nas profundezas de seus olhos. Ele assentiu com a cabeça.


— Casey, eu a amo. Você é tudo para mim. Não posso renunciar a esse amor e não vou perdê-la. Você fala de orgulho, perdi meu orgulho por você. Nunca imaginei que entregaria aquelas mulheres a outro homem, dei minha palavra a elas de que as protegeria e as manteria bem. Ofereci-lhes minha casa e pensei que ficaria com elas até o fim da vida. Eu, Argis Argernon, filho do governante de Zorn, fiz isso porque prefiro perder minha palavra antes de perder você. Prefiro ferir os sentimentos das três mulheres que tive a honra de proteger para evitar que você se ferisse. Você diz que não me quer e mesmo sabendo disto estou disposto a implorar seu perdão. Não me deixe. Casey ficou atônita. Ela não conseguia fala. Já Argernon não tinha esse problema. Sua boca se endureceu em uma linha apertada por um momento. — Imploro seu perdão. — Com voz profunda. — Não me deixe. — Fez uma pausa, mantendo o olhar nela. — Você é meu coração. Imploro que me perdoe, linda. Você é tudo para mim. Você está até acima do meu orgulho. Sou um guerreiro Zorn. Lutei muitas batalhas na guerra. Levo as cicatrizes das vidas que tomei em batalha. Eu caço e o faço bem. Nunca fui capturado e ou posto de joelhos. — Ele estendeu sua mão e acariciou sua bochecha. Seus olhos sombreados por um tênue sorriso. — Veja, minha linda, estou aqui, capturado e de joelhos. Seu coração se derreteu. Como poderia não fazê-lo? Ele estava dizendo o que sentia. Ela viu a honestidade e o ardor em seu olhar intenso. Seu tom de voz a fez tremer. Ela olhou seus olhos. O impulso de tocá-lo era tão forte que tentou levantar os braços para abraça-lo até se lembrar de que estava algemada. Hesitante, disse: — Eu não sei como superar essa dor. — Admitiu em voz baixa. — Também te amo. Eu só... — Ela piscou tentando conter as lágrimas. — Não sei como parar de pensar nisto.


Ele piscou. — Não pense. Sinta. — Esse é o maldito problema. Sinto-me ferida. — Sua voz se quebrou. — Casey. — Ele se aproximou. — Deixe-me toca-la. Vou fazê-la esquecer de tudo, menos de nós dois juntos. Não haverá dor em meus braços ou em meu toque. — Ele estava tão perto de sua boca que ela inalou sua respiração. Sustentando seus olhar. — Só me deixe ama-la. Sacudindo a cabeça, ela afastou o rosto. — Não. — Rodou sobre suas costas para pôr um pouco de distancia entre eles. Argernon suspirou. — Eu posso fazer com que me queira. — Não, Argernon. — Te quero e necessito. Sinto dor por você e com você. Não aceito a ideia de perdê-la. — Ele se sentou escarranchado sobre suas coxas. Casey olhou para o homem nu que estava a ponto de tirar sua camisa. Ela lutou, mas ele a tinha imobilizado da cintura para abaixo. As algemas restringiam os movimentos dos braços. — Maldição, Argernon. Não faça isto. Não vou perdoa-lo. — Você disse que não me perdoaria nem agora e nem nunca. O que farei não será mais imperdoável do que tenho feito? — Haverá menos a perdoar se você não passar por cima de tudo. Ele teve o descaramento de rir. Seu sorriso se ampliou quando rasgou sua camisa. Seu olhar passeou ao longo de seu corpo. O sorriso morreu. — Você é muito sexy. Sua pele é tão branca. Seus seios são perfeitos e eu adoro o sabor deles. — Ele baixou a cabeça.


Casey tentou virar o corpo, mas ela não pode escapar da boca quente que abocanhou um de seus mamilos. Suas mãos estendidas sobre o ventre, prendendo-a, enquanto chupava e lambia seu endurecido broto. Ela tratou de ignorar a sensação. Argernon chupou com mais força. Ela sentiu a chupada por todo o caminho até seus clitóris. Apertando os olhos bem fechados, ela mordeu o lábio. Argernon grunhiu. Ele arrancou a boca de seu seio para meter-se debaixo de seu corpo. Ele mudou de posição na cama para poder abrir suas coxas. Casey tentou chutá-lo, mas Argernon era mais rápido e forte. Grunhiu para ela com sua cabeça levantada. Seus olhares se encontraram outra vez. — Se comporte ou restringirei mais seus movimentos. Não quero me arriscar machuca-la. Ela olhou para o teto. Seu olhar seguiu o dela e ele riu entre dentes. Ela o olhou quando ele teve o atrevimento de lhe dar uma piscadela. — Não há nada aí para pendura-la, mas vou arrumar isso amanhã. Esta noite posso abrir suas pernas e as atar à cama. — Droga, Argernon. Isto não é divertido. Deixe-me ir. Ele assentiu com a cabeça. — Por enquanto. — Soltou suas coxas, retrocedeu e desceu da cama. Casey fechou as pernas, olhando-o enquanto caminhava para a cômoda. Inclinou-se, mostrando seu traseiro musculoso. Tinha a bunda mais gostosa do universo, mas ela não queria admitir, embora estivesse admirando-o. Ele se endireitou. O temor se fez sentir ao ver que ele segurava vários cintos feitos de pano. Ela tragou saliva quando ele retornou à cama com olhar faminto. — O que você tem aí? O que vai fazer com isso? Não lhe respondeu. Em seu lugar ficou de cócoras ao lado da cama. Ele estava tramando algo e ela sabia que não ia gostar.


Mordiscando o lábio, o observou em silêncio. Ele ia seduzi-la e, merda, pensou, podia fazê-lo. Seu corpo já estava aceso. A atenção de Argernon estava focada em alguma coisa na parte de baixo da cama. Ela via seus braços se moverem, mas não o que estava fazendo. Endireitou-se, atirando o cinto na cama como se fosse uma corda. Ele foi para o outro lado e começou a fazer a mesma coisa. — Argernon. Não é divertido. Merda, o que você está fazendo? O que planeja? Ficou de pé quando terminou. Seu olhar intenso fixo no olhar dela. Casey soube que estava em uma batalha perdida. Ela viu o desejo à espreita em seus olhos. Ela conhecia muito bem esse olhar. Ele a queria. — Diversão não tem nada a que ver com isto. É uma lição, linda. Quero você. Sinto dor por você. Então precisamos estar no mesmo nível para nos entender. Quando você se machuca, eu me machuco. Quando eu sentir dor, você também sentirá. Vamos encontrar um terreno em comum para construir a partir daí. Ele voltou para a cama. Ela o chutou novamente quando tentou agarrar a sua perna, recebendo o golpe no peito. Ele grunhiu, mas não se irritou quando conseguiu apanhar um pé em sua mão grande. Ele ficou entre suas coxas. Casey estava zangada e gritou frustrada quando Argernon a obrigou a dobrar sua perna. Ele empurrou seu joelho até quase a altura de seus seios, onde a manteve assim com uma mão. Com a livre se esticou, pegou o cinto e prendeu seu joelho. Casey, louca de raiva, começou a se debater enquanto Argernon repetia o mesmo procedimento com a outra perna. Céus! Estava irremediavelmente amarrada e exposta a seu bel prazer. Para seu desgosto, soube exatamente o que ele planejava. — Pare agora mesmo. Inferno! Não quero fazer isto e muito menos com você, Argernon! Me solta!


Mesmo estando amarrada daquele jeito, Casey não sentia desconforto algum. Ele se afastou um pouco, como se estivesse em duvida de por onde começar. Seu olhar se fixou em sua vagina aberta. Ela deixou de lutar depois de perceber que, ao vê-la se debater contra as correias isso o estava excitando ainda mais. O olhou com raiva. — Pervertido. — O que é isso? — Ele arqueou uma sobrancelha. — Uma pessoa que tem desejos sexuais doentios. Ele riu entre dentes. — Meus desejos sexuais são tão saudáveis como o de qualquer macho. O que você gostaria primeiro? Meus dedos ou minha boca, linda? — Não me toque. Ele suspirou. Sua mão pegando o tubo de lubrificante que ele tinha deixado sobre a cama, quando se masturbara. — Acho que os dedos primeiro. Pode resistir, mas seu corpo sabe a quem pertence. Meu corpo anseia só por você, assim como seu corpo anseia só pelo meu. Ele espalhou o lubrificante entre os dedos. Casey estava respirando rápido. Ela apertou os dentes. — Pô, Argernon, não faça isso. Por favor? Ele a olhou nos olhos. — Se eu não o fizer você me deixará e não vou te deixar ir. Não posso. Ela ficou tensa quando ele a alcançou. Fechou os olhos. Sabia que ele a estava olhando. Seus dedos estavam lambuzados com algo quente e úmido. Passou-os pelos lábios externos, abrindoos mais. Ela sentiu suas mãos tremerem. Ficou surpresa ao perceber que ele tremia. — Você é um prazer para os olhos, Casey. Você é tão suave e rosa.


Casey apertou os dentes com mais força. O dedo explorou sua fenda. Ele deslizou o dedo maior para o seu interior. Casey inspirou mais ar quando ele começou a alisar seu clitóris. Ela tentou ignorar a sensação, mas era muito boa. Passara quase quatro dias sem seu toque. Nem se quer tinha se tocado. Seu clitóris ansiava pela atenção que lhe tinha sido negado. Ela levantou o queixo, virou o rosto em direção ao dele, tentando manter-se quieta. Ela não tinha a intenção de remexer seu quadril contra o dedo quando ele aumentou a pressão. Eles ainda se moviam. Ele pôs um dedo lentamente dentro dela, provocando-a. Ele grunhiu baixo e profundo. — Está molhada. Sinto seu aroma, Casey. Você responde ao meu toque. — É o lubrificante. — Ela disse entre dentes. — Não, é você aqui. — Ele retirou um dedo antes que ele empurrasse mais dois deles, lentamente. Ela mordeu forte o lábio, tentando lutar contra o gemido que queria sair de sua garganta enquanto seus dedos pouco a pouco a esticavam. Ele explorou o interior dela, com outro dedo esfregando seu clitóris. Seus quadris resistiram quando seus dedos pressionaram para cima até que encontrou a área dentro dela que fez um gemido brotar de seus lábios. Ela ia explodir. Seus músculos internos apertaram os dedos em movimento. Ele retirou apressadamente o dedo de seu clitóris. Mas mantinha os dedos que estavam dentro dela em movimento. Era muito bom enquanto ele massageava o ponto G, no entanto sem a pressão sobre seus clitóris seu clímax recuou. — Maldito. — Ela ofegou. — Diga que me quer. Ela negou com a cabeça. — Nunca. Ele grunhiu.


— Sabe quanto tempo posso fazê-la queimar por mim, linda? — Miserável. Ele grunhiu. — Preciso de você tanto quanto você precisa de mim. Ele retirou os dedos de seu interior. Casey ficou inerte na cama, respirando com dificuldade. O corpo doia e palpitava com a necessidade. Argernon se estendeu sobre ela, suas mãos sobre a cama junto a seus flancos. Seus olhares se encontraram quando ela o olhou. Eles pareciam brilhar mais do que o normal enquanto a paixão queimava em seus olhos. Eram impressionantes. — Preciso de você. — Vá para o inferno. — Onde quer que seja este lugar que você fala, tem que ser melhor do que onde estou agora com você, com você me rejeitando. Ele retrocedeu e ela relaxou. A cama balançou. Ela ganhara. Ele ia dar-se por vencido. Ela respirou fundo, tentando acalmar seu corpo até que a frustração sexual se esvaísse. Um suspiro escapou de seus lábios quando duas mãos enormes deslizaram sob o seu traseiro. Ela levantou a cabeça para ver, em estado de choque, Argernon sentado na cama levantando o seu traseiro a alguns centímetros do colchão. Ela teve o mau pressentimento de que não havia terminado aquela doce tortura, e essa sensação a fez gemer de prazer quando sentiu o pênis duro e grosso pressionar sua entrada. Seus olhos se encontraram. Ele deslocou o quadril para que pudesse entrar facilmente em sua vagina. O pênis grosso e quente começou a penetra-la lentamente, a fazendo sentir como se estivesse no céu e no inferno, quando sua entrada se esticava para aceitar toda a longitude grossa dele. Ela estava muito molhada, ele entrou empurrando com facilidade, pressionando sua pélvis contra o interior de suas coxas para que assim pudesse aproximar-se dela o quanto pôde. Ele foi se enterrando profundamente em seu interior, até suas bolas, antes que ele se congelasse alí. Seus olhares se encontraram.


Uma de suas mãos se arrastou sobre seus quadris até o estômago, deslizou até alcançar a separação de suas coxas. — Quero sentir você gozar. Preciso de você e você precisa de mim. Ela abriu a boca, ofegante, quando seus dedos deslizavam sobre ela. Um gemido foi arrancado de Casey. Ele estava esfregando seu clitóris enquanto meneava lentamente o pênis dentro dela. Ela desistiu de lutar contra ele. As sensações dele transando com ela enquanto seus dedos massageavam seu clitóris inchado era demais. Era uma batalha que nem sequer fazia mais questão de ganhar. Um forte gemido escapou de seus lábios. Seus quadris se sacudiram contra ele. O homem sabia como fazê-la reagir. Ela não ia durar. Argernon grunhiu seu nome quando ele acelerou as investidas. Seu pênis inchou, ficando maior, enquanto seus dedos dedilhavam seu clitóris com maior rapidez. Casey gritou quando o clímax atingiu-a. Argernon rugiu. Seus músculos internos se comprimiam com força ao redor dele, tremendo, quando seu sêmen foi disparado dentro dela. Seus corpos acoplados onde estavam unidos, enquanto ambos montavam no prazer. Casey fechou os olhos, ofegante, quando seu corpo começou a relaxar depois do orgasmo. — Te amo, linda. — Argernon disse, quase sussurrando. Lágrimas ardentes queimaram atrás de suas pálpebras, que ela manteve fechadas. Ela queria dizer as palavras de volta. Mas simplesmente não podia. Ele havia mentido. A deixara andar na confusão que ele mesmo havia provocado em que sua vida, sem nem sequer um aviso. Nesse mesmo dia outra mulher lhe dera prazer sexual e outras duas haviam acariciado seu corpo. Não importava se estava consciente ou não. A imagem ainda estava lá, em sua cabeça. Ele se retirou lentamente de seu corpo. Ele tocou suas coxas, soltando as correias de seus joelhos com cuidado. Ela fechou as coxas quando ficou livre e se afastou para longe dele. Argernon


ficou em silêncio. Esticou-se ao seu lado na cama. Longos segundos se passaram. Argernon de repente a agarrou, pegando-a pelos braços com força e prensando-a contra seu corpo. Ele a agarrava com muita força, como se quisesse que seus corpos fossem somente um. Seus olhares se encontraram. — Te amo, Casey. Custe o que custar eu a farei ter certeza de que isso é verdade. Ela estudou seus olhos. Ele era um homem teimoso. O viu olhando-a. Não ia renunciar a ela e não ia deixa-la partir. — Qual é seu plano? Manter-me amarrada à cama e continuar a me fazer querer você a cada maldita vez que desejar ter sexo comigo? Ele suspirou. — Se isso for necessário, sim. Você é minha vinculada, Casey. Não vou deixa-la partir. Você é minha. Eu sou seu. Você é a proprietária de meus pensamentos e minhas emoções. — Ah, então é só seu corpo que é propriedade da comunidade, não é? Ele franziu o cenho. — Você está tentando provocar a minha ira, mas não pode. Eu entendi o que quis dizer. E não, meu corpo não está disponível para outras mulheres. Meu corpo pertence só a você. — Estou cansada. Ele assentiu com a cabeça. — Eu sei. Disseram como cuidou de mim quando não conseguir despertar. Rever disse que pôde ver o quão fortes eram suas emoções por mim. Isso significa que tenho a oportunidade de fazer com que me perdoe. Eu vou, Casey. Não desistirei até que esteja sorrindo para mim de novo e que esteja disposta a estar nos meus braços. Sinto sua falta.


Suas palavras quebraram um pouco mais o seu coração. Sentia falta dele também. Uma imagem brilhou em sua memória, ela em seus braços antes que a nave fosse atacada. Ele a levantara contra o corpo e se beijaram antes de começarem a comer suas refeições. Esse dia tinha sido tão perfeito, até que o alarme disparasse. Quase desejou que pudesse voltar no tempo.

Capítulo Treze

Uma boca quente a lambia. Casey gemeu enquanto a boca chupava, lambia seu clitóris. Ela empurrou o quadril pra cima para sentir o prazer que percorria seu corpo. Dois dedos grossos foram empurrados lentamente para dentro dela, esticando sua vagina. Ela gritou quando gozou em torno dos dedos que investiam para dentro e fora dela. Eles sairam de seu corpo, deixando um vazio. O corpo de Argernon caiu sobre o dela. Abrindo suas pernas, as separando. Casey abriu seus olhos. A luz do sol entrava pela janela do quarto. Ela olhou em seus olhos quando seu pênis grosso cutucou seu sexo empapado. Ele entrou com um impulso rápido que lhe roubou o fôlego. Tentou envolver os braços ao redor de seu pescoço, mas suas mãos ainda estavam presas à cabeceira da cama. Ela olhou em seus olhos sexys enquanto envolvia as pernas ao


redor de seu quadril, quando começou a entrar e sair dela em golpes lentos e profundos. Seus olhares se fixaram um no outro enquanto Argernon a fodia. Ela gemeu, envolvendo as pernas mais acima, em sua cintura, até que seus pés se cravaram no traseiro musculoso. Podia sentir seus músculos flexíveis em seus calcanhares com cada penetração. Ele girou o quadril, trocando sua posição e investiu com mais furor em seu interior, Casey precisou fechar os olhos diante de tanto prazer. — Sim. — Assim? — Rosnou para ela naquele tom sexy que ela amava. Ele se movimentou de novo, impulsionando do mesmo jeito em seu interior. Casey assentiu com a cabeça freneticamente e se agarrou a ele com as pernas. Seus dedos se envolveram ao redor das algemas que a prendia à cabeceira como se sua vida dependesse disso. O pêlo do peito de Argernon roçou seus mamilos fazendo-a gemer mais forte com a sobrecarga sensorial. Quase enlouqueceu quando ele baixou o rosto e lhe beijou o pescoço, mordendo em seguida a pele ao longo de seu ombro com os dentes afiados, ela se perdeu. Gozou outra vez, seus músculos apertavam-se ao redor de Argernon. Ele gemeu e a mordeu um pouco mais forte à medida que a penetrava profundamente e gozava também. — Isso foi muito injusto. Eu não estava acordada. Ele soltou a pele de seus dentes com um sorriso. — Não serei justo enquanto não me perdoar, linda. Farei qualquer coisa para mantê-la aqui em meus braços, onde você pertence. Casey o olhou nos olhos. Ele estava se divertindo. Ela não pôde evitar devolver-lhe o sorriso. — No entanto, não está livre da responsabilidade, querido. Ele riu.


— Você não está livre da... — Sua cabeça se levantou, olhou os pulsos dela e logo lhe devolveu o olhar. — Da cabeceira da cama, ainda. — Então é esse o seu plano? Manter-me algemada a sua cama, me seduzindo, até que eu te perdoe? Ele sorriu. — Isso vai funcionar? — Há banho e comida envolvidos nisso? Ele riu. — Sim. — Me solte. Seu sorriso morreu. — Nunca. Ela estudou a expressão intensa e a teimosia no modo com que a olhava. — Me referia aos meus pulsos, por favor. Ele a estudou. — Vai tentar fugir de mim? Não vou deixa-la longe de minha vista. Se te soltar e tentar fugir, vou instalar um gancho sobre a cama. Mas será mais baixo para que seus pés toquem a cama desta vez. — Sua voz se tornou mais profunda com a ameaça. — Sabe que farei isso. — Eu sei que vai. Neste exato momento estou faminta e quero um banho. Não planejo escapar. Pelo menos não agora. Ele se pôs a rir enquanto se levantava devagar, retirando-se de seu corpo. Ele se afastou para sair da cama. Casey o viu pegar alguma coisa do criado-mudo. Seus olhares se encontraram quando chegou à cama e as suas mãos, soltou seus pulsos. Ela os esfregou enquanto se sentava. Argernon ofereceu uma das mãos para ela. — Vamos tomar um banho antes de comer. A nova ajudante da casa deve ter chegado esta manhã à primeira luz. Você gostará dela. É uma velha amiga de minha mãe. Ela vai usar roupas em casa.


Sei que você apreciará isso. O nome dela é Gava. Ela acha os seres humanos fascinantes. Ela e Ariel se dão muito bem. Casey suspirou. — De onde ela vem? — Da casa de meu pai. Casey ruborizou. — Ela estava com seu pai? Eles eram amantes? Ele negou com a cabeça. — Seu vinculo morreu recentemente e ela ficou na casa de meu pai até que encontrasse um novo lar. Quando um vinculado morre, sua família ou amigos abrigam a mulher em sua casa para protegê-la até que possa encontrar um novo lar, ou se for velha, até que ela morra. Meu pai tem uma casa repleta de mulheres e Gava amava a seu vinculado. Ela não quer outro homem em sua vida, por isso estar em nossa casa será perfeito para ela. Ela gosta muito de mim e eu gosto muito dela. Nos damos muito bem. Casey franziu o cenho. — Como “gosta”? Argernon se pôs a rir. — Ela é como uma mãe e eu sou como o filho que ela gostaria de ter. Gava deu ao seu vinculado duas filhas, nenhum filho. Você a conhecerá e não sentirá ciúmes, Casey. — Certo. Ele ria quando a ajudou a se levantar. Ele manteve sua mão nela quando a levou para o banheiro. Eles tomaram um rápido banho juntos. Casey escovou os dentes enquanto olhava Argernon se barbear. Ele tinha barba no rosto. Ela só percebera isso quando Argernon estava ferido e não pudera removê-la. Ele sorriu enquanto o observava. — O que está pensando? — Eu gostei quando a barba ao longo de sua mandíbula cresceu. Ficou muito sexy.


Ele se pôs a rir. — Só os homens muito velhos a deixam crescer. Eu sou um guerreiro. Mantemos nossos rostos livres de pêlos para demonstrar respeito aos mais velhos. — É um costume Zorn? Ele assentiu com a cabeça. — Os homens jovens de Zorn que não se barbeiam são... — Ele hesitou procurando as palavras. — Não respeitosos e também não seguem as leis. A maioria deles terminam presos por crimes. — Nossa. Ele assentiu com a cabeça enquanto ela terminava de escovar os dentes. Ele agarrou sua mão e a levou ao dormitório. Colocou uma calça e entregou a ela uma de suas camisas negras para usar. — Compraremos roupas para você. Isso levará alguns dias, mas Gava vai comprar por você. — Qual função Gava assumirá aqui? Quais serão as minhas responsabilidades? — Gava vai fazer as compras, a comida e a limpeza. Atenderá suas necessidades e lhe fará companhia, caso se sinta sozinha quando eu não estiver em casa. Pode ajudá-la se quiser. — Ele a olhou. — Você é minha vinculada. Será mimada e guiará a casa. — Não entendi o termo. — Você está no comando. Casey sorriu. — Estou é? Posso lhe dar ordens? — Ela colocou a camisa que atingia suas coxas. Ela olhou para suas pernas nuas. — Posso pedir calças? Ele riu entre dentes. — Não. As mulheres vinculadas andam nuas dentro da casa. Você está coberta como é o costume da Terra. Mas quero ver pelo menos suas pernas, linda. É um acordo justo, não?


— Bem, ainda não respondeu a minha pergunta. Posso lhe dar ordens? Seus olhos brilhavam com diversão. — O que quer que eu faça? Assim veremos se poderei seguir suas ordens. Ela sorriu. Seu lado mais peralta aflorou quando observou seu corpo quase nu. Era um espécime masculino de primeira. Só de olhá-lo ficava faminta por tocá-lo. Seus olhos se detiveram na parte dianteira de suas calças. Ela não podia perder o vulto que havia ali. Ele estava duro novamente. Seus olhos se levantaram. — Abra sua calça. Suas

sobrancelhas

se

elevaram,

mas

um

sorriso

se

estendeu em seus lábios quando ele levou as mãos até a sua cintura e abriu a calça. O pênis saltou livre. Ela o olhou com um sorriso. O homem estava mais que bem preparado. Ela levantou a mão e acenou com um de seus dedos para ele. — Venha aqui. Ele caminhou lentamente para ela. Viu o ardente desejo dele enquanto ele se aproximava mais. Ele parou a um palmo dela, olhando para baixo. O fato de que ele estava recebendo ordens dela, as obedecendo de pronto, era surpreendente, e tremendamente excitante. O homem era grande, forte, mas estava fazendo tudo o que ela disse. Seus olhares se encontraram enquanto Casey caia vagarosamente de joelhos diante dele. Argernon grunhiu para ela, seu pênis se agitando diante de seu rosto, demonstrando que ele estava muito excitado. Casey se aproximou para acariciar a parte de baixo de seu eixo com os dedos. As pernas de Argernon ficaram tensas enquanto ele se preparava. Casey sorriu. — Fique quieto. Não se mexa, a menos que eu diga. Ele gemeu. — Não vou me mexer.


Lambendo os lábios, sua mão segurou suas bolas. Ela hesitou. — Abra mais as pernas. Ele o fez. Ficou surpresa por ele deixa-la no comando. Ele era, no geral, muito mandão e responsável. Ela soprou sobre a cabeça de seu pênis fazendo-o pular novamente. Um grunhido retumbou do fundo de sua garganta lhe indicando que ele realmente se acendeu. Ela lambeu a cabeça, abriu a boca e o engoliu o mais profundo que se atrevia sem engasgar-se. Ele se mexeu. Ela se afastou, olhando para cima. Sua mão pairava sobre sua cabeça. — Mexeu-se. — Eu queria tocar seu cabelo. Ela negou com a cabeça. — Não. Ponha suas mãos sobre suas coxas e as mantenha aí. Ele

rosnou,

mas

obedeceu.

Seus

olhos

estavam

entrecerrados. Ela sorriu, voltando sua atenção novamente para seu pênis. Ela abriu a boca para levá-lo para dentro outra vez. Ela o acariciou com a língua enquanto o chupava massageava suas bolas. Estava tão tenso que ela sabia que ele não conseguiria segurar por muito tempo. Sabia e estava gostando muito disso. Ele ficou tão excitado que não podia conter-se. Sabia que ele ia gozar quando começou a tremer, tirou o pau de sua boca para olhar para ele. Argernon parecia estar prestes a explodir. Seus olhos estavam vidrados pela luxuria. O suor perolava em sua fronte e suas mãos estavam em punhos nos flancos. Seus olhares se encontraram. Ele estava respirando com muita força, mostrou seus dentes afiados entre seus lábios entreabertos. — Deite-se na cama. — Casey... — Deite-se na cama. Quero-o deitado de costas.


Ele gemeu em sinal de protesto, mas se moveu. Ela se surpreendeu uma vez mais por ele a obedecer. Ela o viu tirar as calças e subir na cama. Deitou-se de costas sobre o colchão. Seus olhos estavam fixos nos dela. Respirava com dificuldade, e seu pênis palpitava de necessidade. Ela manteve a camisa enquanto subia no colchão depois dele.

Aproximou-se

dele,

de

joelhos.

Deixou

que

seus

olhos

registrassem cada centímetro dele lentamente, antes que jogasse uma das pernas por cima de sua cintura. Ela levantou a camisa para que seu traseiro nu descansasse na parte inferior de seu abdômen. Seu pênis estava duro contra a junção de suas nádegas. Usando o braço, ela levantou a camisa até as costelas. Seus olhos se encontraram com os de Argernon enquanto ela se agachava, parando a alguns centímetros sobre ele, ela pôs a mão entre as coxas. Estava molhada. Ela esfregou os dedos nos lábios inferiores, molhando o dedo e esfregando-o em seu clitóris. Levantou a vista. Argernon tinha toda sua atenção fixada no dedo e no que ela estava fazendo. Ele começou a respirar mais forte. — Tenho sua atenção, bebê? Seus olhos voaram para ela. — Sim. Ela esfregou o clitóris mais rápido. Ver os olhos dele fixos em sua masturbação e totalmente acesos excitou-a ainda mais. Ela torceu o corpo para trás e com a outra mão agarrou seu pênis. Argernon puxou o ar com força, enquanto ela o acomodava em seu interior. Gemeu quando ele a preencheu totalmente. Sua pélvis se expandiu

confortavelmente

para

aceitá-lo.

Mãos

grandes

se

apoderaram de suas coxas, um rosnaido rasgou a garganta dele. — Ah. Senhor das Luas. Isso é muito bom. Ela o montou enquanto esfregava o próprio clitóris. Ela ia gozar e tinha certeza de que ele também. Ela parou de montá-lo repentinamente, mas ainda acariciava seu clitóris.


— Bebê? — Seus olhos se encontraram. — Nunca me machuque de novo, certo? Você é muito bom em me seduzir, mas eu não sou nenhuma boba neste departamento. Você quer gozar? — Por favor. Ela voltou a se mexer, levantando e torcendo o quadril enquanto descia com força sobre ele, colocando-o mais fundo nela. Argernon rugiu, jogando a cabeça para trás, agarrando a cama. Ele explodiu de prazer, seus quadris se levantavam em baixo dela. Ela apertou o clitóris gritando quando atingiu o clímax. Suas costas se arquearam pela intensidade do gozo. Deixando-se cair sobre seu peito quando a última onda de prazer passou através dela. Argernon passou os braços em volta dela, agarrando sua bunda com as mãos. Ambos respiravam com dificuldade. A palma de sua mão acariciava a curva de seu traseiro. Um estrondo profundo de uma risada retumbou em seu peito. Casey levantou a cabeça para olhá-lo. — Suponho que não está louco, né? — Não. O que é uma boba? Ela sorriu. — Quer dizer que eu posso te seduzir também. — Linda, só bastaria sorrir para mim para que eu desejasse me enterrar bem fundo em você. — Bem, se for esse o caso, não vou pedir mais que abra as calças, ou dar-lhe uma demonstração de como posso brincar comigo mesma enquanto o monto. — Por favor. Ele sorriu. Entrecerrando os olhos com malicia, ela riu. — Está bem. Só se seguir minhas ordens de vez em quando e o fizer prontamente. — Sentando-se, ela tirou a camisa, estava quente com eles estando unidos. — Então, qual a próxima coisa que te ordenarei fazer? Tenho algumas ideias.


Argernon rolou sobre a cama de repente, colocando-a em baixo de seu corpo. — Eu... A porta do quarto se abriu abruptamente. Casey engasgou. Estavam nus. Argernon estava em cima dela e eles estavam unidos, já que ele ainda estava dentro de seu corpo. Casey virou a cabeça na direção da porta. Bara entrou no quarto segurando uma faca de aspecto mortal. Grande e afiada. Casey ficou horrorizada quando percebeu que a mulher estava correndo para eles. Sem olhar, Argernon suspirou. — Gava, nunca entre em nosso quarto. Casey é tímida sobre... Casey usou toda a sua força para empurrar Argernon. Ela conseguiu jogá-lo para longe da mulher que se aproximava com a faca e gritou um aviso. Argernon viu o perigo no momento em que caiu, Casey o tinha empurrado. Um rugido explodiu dos seus lábios quando agarrou Casey. Ele rolou sobre a cama com ela nos braços para que ambos caíssem do outro lado do móvel. Foi uma aterrissagem violenta, a qual Argernon ficou com a pior parte, já que Casey caiu em cima dele. Ela ouviu um estalo e olhou para o rosto dele. Seus olhos estavam fechados. — Vocês, humanas, pensam que podem tomar nossos homens. — Bara gritou. Casey ficou de pé. Argernon não se mexeu ou abriu os olhos, mas respirava. Se deu conta de que devia ter batido a cabeça. Observava Bara com atenção, do outro lado da enorme cama, com a faca na mão, rosnando para ela. — Eu era da casa de Argis Ral. Aquela criatura fraca o enganou para se vincular a ele quando ele era prisioneiro do povo inimigo. — Bara avançou até o final da cama, faca em punho, olhando para Casey. — Ele me deu a Argis Argernon que me


prometeu que jamais me mandaria para outra casa. Você, criatura fraca, deve tê-lo enganado também. Jamais ficarei em uma casa que não pertença a um Argis. — A mulher estava furiosa quando se aproximou de Casey. — Ele escolheu uma casa inferior para mim. O homem escolhido não é tão bom no sexo quanto Argis Argernon. O miserável não quer comprar as coisas que quero, acha que não sou boa o bastante para valer a pena gastar. — Cuspiu as palavras. — Argis Argernon não poderá se vincular a uma mulher morta. Terei minha casa de volta. Se ele não aceitar vai morrer com você. Não vou desistir das minhas coisas boas. Casey tragou saliva olhando para a cadela louca que estava empunhando a faca. Bara era muito mais alta e forte. Casey olhou para Argernon. Estava voltando a si. Sua perna se mexeu quando ele gemeu, levando a mão para a parte posterior da cabeça e esfregando-a,

seus

olhos

se

abriram.

Casey

desviou

o

olhar

novamente para Bara. A Zorn não era só um perigo para ela, era para Argernon também. Ele não deixaria que Bara se saísse bem depois de matá-la. Casey sabia disso. Argernon estriparia a cadela com a mesma faca que usou para feri-la. Casey respirou fundo. Ela fez a última coisa que a mulher louca esperaria. Caminhou até o extremo da cama, vendo Bara se mover como ela, até que a cama já não fosse um obstáculo entre elas. Casey gritou enquanto avançava para a mulher maior. Viu o choque aumentar os olhos da mulher ao dar-se conta de que Casey não estava fugindo, mas em vez disso atacava. Casey abordou a mulher tentando agarrar o braço com a faca com ambas as mãos, enquanto seus corpos se chocavam brutalmente. Ambas caíram em um monte no chão. Casey caiu em cima de Bara. Ela soube que Bara estava sem ar pelo ruído alto que ouviu quando elas se chocaram e porque ela empalideceu consideravelmente. Casey não


hesitou nem por um segundo: levantou o joelho, golpeando-a forte entre as coxas. A mulher gritou um segundo depois. Homem ou mulher, Casey sabia que isso doía pra caramba. A faca caiu dos dedos de Bara, então Casey pôde empurrá-la para longe, a faca deslizou para debaixo da cama. Assim que Casey percebeu que a arma estava fora do alcance de Bara, voltou sua atenção para o rosto da mulher. Puxando o seu punho para trás, Casey socou o nariz dela com toda a força que tinha. Dor disparou pelo braço de Casey, mas ela puxou o punho de volta para bater em Bara novamente. Ela viu sangue. Bara gritava. Casey pegou um punhado de cabelo da mulher para bater com a cabeça dela no chão e com a outra mão lhe deu mais um soco no rosto. Duas mãos grandes agarraram Casey pela cintura. Tirandoa de cima da mulher Zorn que gritava debaixo dela. Seus pés saíram do chão, Casey virou a cabeça e viu que era Argernon que a segurava com força contra o peito enquanto retrocedia. Assim que seus olhos se encontraram ele afrouxou o abraço em volta dela e ela se virou de frente para ele. Abraçados se afastaram da mulher caída no chão. Bara se encolheu onde estava, soluçando, entre gritos de dor. Seu nariz sangrava e suas duas mãos massageavam sua virilha. O ruído de botas penetrou no cérebro de Casey, ao mesmo tempo em que Argernon amaldiçoava, girando em torno dos dois. Ele colocou Casey colada à parede. Seu corpo quase a esmagando. Ela mal podia ver por cima do ombro dele. Quatro Zorns vestidos de negro entraram abruptamente no quarto. Eles olharam para a mulher no chão antes que seus olhares se detivessem em Argernon. O homem com o cabelo vermelho grunhiu. — O que está acontecendo aqui? Argernon rosnou.


— Essa mulher foi minha ajudante de casa até que foi mandada para outra casa. Não ficou muito feliz quando me vinculei a uma humana e dispensei os serviços de outras mulheres em minha casa. Ela chegou aqui com uma faca, que está sob a cama onde foi jogada durante a briga. Ela atacou a mim e a minha vinculada com ameaças de morte. Ela não tem mais o direito de estar em minha casa. Ela é uma intrusa. O olhar do ruivo voou à mulher no chão e logo depois de volta para eles. Seu corpo relaxou um pouco. Franziu o cenho quando encontrou o olhar de Argernon. — Você a machucou, Argis Argernon? Entendo sua irritação, mas ela é do sexo feminino. Isto é inaceitável. Argernon suspirou. — Bati a cabeça. Fiquei desacordado. Foi minha vinculada que lutou com ela. O olhar do homem voou para Casey. O choque estava claro em seu rosto. — Apresente-a para inspeção. Argernon grunhiu irritado. — Ela está nua. É por isso que a tenho aqui, para cobri-la. O homem assentiu com a cabeça, examinando o cômodo. Aproximou-se da cômoda para pegar uma camiseta. Voltou-se e caminhou para Argernon. Ele pôs a camisa sobre o ombro de Argernon, para a cobri-la. Ele voltou a assentir com a cabeça aos outros homens. Dois deles se aproximaram de Bara para cuidar dela, mas deram as costas a eles. Argernon baixou Casey ao chão e a ajudou a se vestir. — Estou encrencada? Ela tinha uma faca. — O medo se arrastou através dela. Ela não conhecia as leis dos Zorn. — Eles vão me prender? Argernon negou com a cabeça. — Basta fazer o que ele disser. Estou aqui, Casey.


Ela estava tremula quando contornou Argernon. Os quatro agentes Zorn se voltaram lentamente estudando-a. O ruivo estava, obviamente, no comando. Seu olhar passou por ela com rapidez e se afastaram. Ele se dirigiu a Argernon. — Posso? Com todo respeito. Argernon sacudiu a cabeça. — Sim. Fique quieta, Casey. Ele verificará se há lesões ou marcas que comprovem que você esteve em uma briga. Ela se encolheu quando o agente se aproximou. Ele a olhou com incredulidade. Pelo seu olhar incrédulo, ela percebeu que ele ainda não estava convencido de que ela tinha lutado com Bara. Ele hesitou alguns segundos antes de baixar lentamente até ficar de joelhos. Estavam quase olhos nos olhos Ele esticou as duas mãos com as palmas para cima. — Por favor, ponha suas mãos nas minhas. Ela estava nervosa, mas obedeceu. Ele olhou suas mãos. Ela tinha sangue nelas. Os nós dos dedos feridos pelo impacto com o rosto de Bara. O homem soltou as mãos. A olhava dos dedos dos pés a cabeça. Ainda estava com o cenho franzido. — Você tem algum outro ferimento? — Creio que não. Peguei-a de surpresa. Ela não esperava uma reação agressiva de minha parte, provavelmente esperava que eu fugisse em vez de pular nela. As sobrancelhas do ruivo se arquearam. — Pulou nela? — Me joguei contra ela com toda minha força para derrubála. O homem pigarreou, olhando-a assombrado. — Explique como a feriu, por favor. Casey suspirou. — Bati o meu joelho em sua virilha. E isso dói, em qualquer um. Eu... Ãmm... Dei socos no rosto dela até que ela deixou a faca


cair, depois bati a cabeça dela contra o chão porque sabia que se ela levantasse estaria encrencada. Ela é muito maior que eu. Eu só tinha a surpresa do meu lado. — Virilha? — Ãmm, ela... — Casey se voltou, olhando para Argernon em busca de ajuda. — Como se diz? Argernon refreou uma risada. — Ela acertou o sexo de Bara com o joelho. — Obrigado. — Casey encontrou os olhos do ruivo. — Foi isso o que fiz. Ela queria me matar. Ameaçou matar Argernon. Ele já havia sido ferido na cabeça antes de chegarmos aqui e a bateu de novo quando caiu da cama, conseguindo evitar que Bara nos esfaqueasse nela, mas ele desmaiou depois.

Ele precisa de ajuda

médica. — Seu olhar se fixou em Bara que ainda gemia encolhida em uma bola no chão. — E ela também precisa. Acho que quebrei seu nariz e dói muito. O ruivo ergueu o corpo, olhando para Casey e depois Argernon. — Ouvi dizer que as humanas eram fracas. Ela é pequena. Seus ossos são muito pequenos e... — Ele negou com a cabeça. — Surpreendente. Argernon a envolveu em seus braços, dobrando seu corpo nu ao redor do dela. Ela o olhou. Ele estava sorrindo para o oficial ruivo. — Ela é menor, mas feroz. Há muito mais nas mulheres humanas do que você pensa. O ruivo devolveu o sorriso. — A intrusa será retirada de sua casa. — Seu sorriso morreu. — Ela tentou matá-lo. Quer punição, Argis Argernon? O sorriso de Argernon morreu. — Sim. Ela é uma ameaça para minha vinculada. Não vou tolerar isso. Soube como entrar às escondidas em minha casa e nos


atacar em nossa cama. Assegure-se de que isso não volte a acontecer. O homem assentiu com a cabeça. — Precisa de um médico? — Estou bem. Casey franziu o cenho, olhando Argernon. — Você precisa ver um médico. Ele suspirou. — Estou bem. Ela negou com a cabeça. — Certo. Vou esperar que desmaie e um médico poderá examina-lo enquanto estiver desacordado e frio. De todos os homens teimosos do universo, você é o maior. Ele riu entre dentes enquanto o ruivo ofegou com assombro. Casey franziu o cenho, perguntando-se o porquê da surpresa. Ele parecia bem confuso. Argernon se pôs a rir. — São muito voluntariosas. É muito divertido. Ela é um prazer em todos os sentidos. E eu não posso resistir. O ruivo se afastou lentamente. Ele assentiu com a cabeça, mas parecia incerto. — Deveria treiná-la melhor, Argis Argernon. Do contrário, poderia contagiar as nossas mulheres. Todas elas estariam tentando nos dizer o que fazer. Argernon olhou para Casey com um brilho nos olhos. — Você se surpreenderá do quão agradável pode ser em seguir as ordens de uma mulher no quarto. Casey sorriu. Então ele havia gostado de cumprir ordens enquanto o seduzia. Afastou o olhar dele quando os homens levantaram a ainda chorosa, Bara do chão. Dois deles a levaram para fora. O outro homem se meteu debaixo da cama e recuperou a faca, foram-se todos. Uma mulher idosa se precipitou do quarto ao lado.


Casey imaginou que fosse Gava. A mulher tinha dois metros de altura, devia ter por volta dos oitenta anos, a julgar pelas rugas no rosto, mas estava em incrível forma. A idade não tinha dobrado seu corpo firme. Do pescoço para baixo poderia aparentar uns quarenta anos. Seu cabelo prateado era longo, quase chegava aos joelhos e usava calça e camisa de homem que mascarava a sua cintura. A mulher correu até os dois. — Estão bem? Eu chamei à segurança quando percebi o que estava acontecendo. Bara amarrou uma corda da minha porta à outra para me trancar no meu quarto. Felizmente, tenho um alarme lá. Estava preocupada. — A mulher parecia não dar-se conta ou preocupar-se de que Argernon estivesse nu. Toda sua atenção concentrada em Casey. Ela sorriu. — Você é muito atraente. Casey sorriu. — Obrigada por conseguir ajuda para nós e pelo elogio. A mulher pôs-se a rir. Finalmente voltou sua atenção a Argernon. Ela sacudiu a cabeça, olhando o que podia ver dele atrás de Casey. — É bom que nossos homens não sejam tímidos. Ela fez um suave som com a garganta. — Se vista, por favor. Não quero ver tanto de você. — Ela se virou. — A comida está pronta. Andem logo com isso. Sua vinculada esta com prole e necessita de alimentos para engordar. Ela é tão pequena que temos que deixa-la mais forte, para que possa dar a luz a um bebê Zorn grande e sadio.


Capítulo Quatorze

Argernon riu entre dentes. — Gostou dela? Casey se voltou em seus braços. — O que vai acontecer com Bara? — Você não vai querer saber. — Eu não gosto quando fala dessa maneira. É melhor dizer. Ele hesitou. — Ela vai ser tratada por instabilidade mental, será enviada aonde não faça mal a ninguém outra vez. Se ela se negar ao tratamento ou ao castigo, então será enviada a uma Casa Med. Casey empalideceu. — Ah. É um daqueles lugares que enviam às mulheres para ajudar aos homens doentes com sexo, não é? — Ela tentou mata-la. — Os traços de Argernon se endureceram, seu olhar furioso queimava de raiva. — Se tivesse sido um homem, eu o teria matado com minhas próprias mãos por ter se aproximado de você. É meu direito. Mesmo se a segurança chegasse a tempo, se fosse homem, eu poderia matá-lo diante deles por ousar se quer a olhar a minha vinculada. Ela tem sorte de ser uma mulher. A morte não é uma opção para ela. Ela agiu errado, dificultou a própria vida, você não tem culpa. Ela tem que pagar por seu delito. — Como está sua cabeça? Eu gostaria que você fosse ver Ahhu. Ele negou com a cabeça.


— Estou bem. — Um sorriso curvou seus lábios. — Sinto-me orgulhoso de você. Lutou bem. — Lutei sujo. Tive medo de que ela me derrubasse e depois nos matasse. Ele se pôs a rir. — Você foi feroz. Enfrentou um adversário sem hesitar e o derrotou. — Seu sorriso morreu. — Mas de agora em diante não precisará mais fazê-lo. Me esforçarei em lhe proteger melhor para que você nunca tenha que se defender. Lembre-se de que é pequena e que carrega minha descendência. — Sua mão se dirigiu ao abdômen. — Não planejo lutar mais, nunca planejei. Ele assentiu com a cabeça. — Onde aprendeu a lutar? É comum na Terra? Eles treinam todos os seres humanos para serem guerreiros? Ela riu. — Não. Eu fui criada em uma família muito grande, cercada por muitos meninos. Eles brincavam comigo, gostavam de me irritar, assim aprendi a brigar sujo. A raiva cruzou os traços de Argernon. — Diga-me quem são e irei à Terra para castigar todos os homens que a machucaram. Ela o olhou fixamente. Ficou aturdida quando se deu conta que ele falava a sério. Queria ir à Terra quebrar algumas cabeças só para agrada-la. Ela sorriu, esticou-se o máximo que pôde para tocar seu rosto. — É tão incrivelmente doce. Ele franziu o cenho. — Eu não sou doce. Eu quero bater em todos os homens que a obrigaram a aprender a brigar para se defender. Vou organizar um transporte para a Terra e fazê-los sofrer. Ela teve que se esforçar para não rir.


— Não é bem assim. Bem, ninguém me machucou. Só me provocavam e me irritavam, mas não me faziam mal. Ele rosnoiu. — Não quero ouvir sobre os homens que brincavam com você. Quero matar os que tocaram em você. Ela teve que lutar para conter o riso. — Não é no sentido sexual. Brincar é fazer uma pegadinha a custa de outra pessoa que não acha nada divertido. Seu corpo relaxou um pouco. — Entendo. Então, não há homens na Terra a quem eu deveria ir fazer mal? — Só meu ex-namorado e definitivamente não vale a pena. Foi o idiota que enviou aquelas dois homens para me prender. Não vale o tempo ou a viagem. — Ela se apoiou contra Argernon, sorrindo para ele. — Além disso, nunca mais quero entrar em outra maldita nave. — A comida! — Gava gritou do outro lado da casa. Argernon riu entre dentes. — Mencionei que ela é com uma mãe? Ela grita como uma. — Mencionou. Estou morrendo de fome. Ele vestiu a calça rapidamente. Colocou uma camisa também. — Vem, linda. Adorava quando a chamava assim. Não era bonita, ninguém jamais a tinha chamado assim antes, mas parecia falar a sério em cada vez que o dizia. Talvez para os homens Zorn fosse. Era uma sensação agradável. Gava os esperava na sala de jantar. Sentaram-se e a mesa estava cheia de comida. Na meio da refeição, um zumbido soou. — O que foi isso? — Casey olhou ao seu redor procurando pela fonte do som. Argernon ficou de pé.


— Alguém está na porta da frente. Vou buscá-lo. Casey o viu afastar-se com a esperança de que não fosse outra ex-ajudante de casa puta da vida. Uma fôra mais do que suficiente. Em questão de segundos, Ariel e seu marido entraram na sala. Ariel parecia zangada e seu enorme marido, que olhava para Argernon, também. — Casey, você está bem? Acordei e percebi que não estava em casa. Fomos ao edifício médico, mas nos disseram que saiu ontem à noite e que estaria aqui. — Ariel disparou um olhar fulminante a Argernon. — Alguém subornou os guardas para que a trouxesse aqui em vez da minha casa. Você não sabe nada sobre isso, não é Argernon? Ele sorriu quando se sentou de novo. — Culpado. Os fiz trazer minha vinculada para minha casa. — Está tudo bem. — Disse Casey em voz baixa. As sobrancelhas de Ariel se elevaram enquanto abraçava seu ventre arredondado. — Sério? Conseguiram se entender? Ral riu entre dentes. — Disse que estaria tudo bem. Ariel disparou a seu marido um olhar coquete. — Se ele for parecido com você, ela não tinha a menor chance. Ariel se sentou, olhando para Gava. — Posso? Estou sempre com fome. Juro que este bebê come por três, assim fico em um estado de fome constante. Se não fosse pelos exercícios que faço estaria tão grande quanto esta casa. Uma Gava sorridente preparou um prato transbordante e o pôs à frente de Ariel. — A descendência Zorn é assim para as mulheres. Deve ser um menino. — Gava fitou os dois homens e deu um sorriso. — Seu


apetite é extremo em todas as coisas e não podem conseguir o bastante da mulher que os sustenta em seus corpos. Casey quase engasgou com a comida. Ariel se pôs a rir. — Se acostume com isso. São diretos a respeito disso. É uma forma comum de fazerem piadas sobre como os homens Zorn são garanhões. Argernon franziu o cenho. — O que é garanhão? — Você. — Ariel apontou para o marido. — Significa que você não consegue sexo suficiente e sempre quer mais. Argernon sorriu enquanto seu olhar caiu sobre Casey. — Então eu sou definitivamente um garanhão. Ral riu entre dentes enquanto sentava-se ao lado de sua esposa e roubou um pedaço de fruta em seu prato. Ela piscou para ele, obviamente se divertido. O amor brilhava em seu olhar enquanto sorria para ela, estava evidente que era louco por ela. Casey olhou para o casal. Eles se contrastavam. Ariel, tão pequena e clara e o seu marido era grande e bronzeado. Eles eram felizes juntos e muito apaixonados. Ela captou a maneira como eles olharam entre si. Seu olhar se dirigiu a Argernon. Ele a observava em silêncio. — No que está pensando? — Sua voz era suave. Ela sacudiu a cabeça. — Nada que valha a pena compartilhar. — Sempre preciso saber o que está pensando. — Ele franziu o cenho. Ral riu entre dentes. — Acostume-se a isso. Sua vida mudou, irmão. — Ele sorriu para sua esposa antes de voltar sua atenção a Casey. — Não estamos acostumados a este tipo de relação com as mulheres. As mulheres Zorn são tranquilas e se mantêm isoladas. Só convivem com outras


mulheres. A socialização entre homens e mulheres só acontece no dormitório. E mesmo lá há pouca conversa. As mulheres humanas interagem conosco em todos os níveis. Conversam conosco e mantêm nosso interesse. — Seu olhar voltou para o Ariel. — Eu gostaria de passar todo meu tempo com minha Ariel. Ela me envolve em todos os sentidos, todo o tempo. Ariel sorriu. Ela deu uma piscada a Casey. — Em todos os sentidos. Estou quase aterrorizada ao pensar em quantas crianças teremos. O controle de natalidade como as pílulas não surtem efeito sobre eles. Disseram-me que seu sêmen, supera todas as formas de controle de natalidade que já tentaram. — E as camisinhas? Ariel se pôs a rir. — Explique a Argernon o que é. Olhe pra ele. Ah, é muito engraçado. — Ela lançou um olhar divertido ao seu marido. — Não diga uma só palavra. Ral sorriu. Colocou outro pedaço de fruta na boca só sorriu quando deu um aceno de incentivo para Casey. Seus olhos voaram para seu irmão impaciente. Suspirando, Casey encarou Argernon. — Uma camisinha é um material elástico suave que se coloca sobre o pênis da ponta até a base, e recolhe a sua semente para que não entre na mulher. Entendeu? Argernon rosnou. Ficou de pé parecendo chocado enquanto olhava para Casey. Ele negava com a cabeça enquanto recuava. — NÃO! Ela se surpreendeu com a reação dele. Tinha esperado algo engraçado, mas Argernon estava horrorizado. Ele a olhava como se ela acabasse de lhe pedir que cortasse as próprias bolas e com uma faca enferrujada, para acrescentar insulto à injúria. Ela franziu o cenho .Atirando a Ariel um olhar sujo. Ariel riu.


— Diga a ela por que você não vai usar uma camisinha. Argernon, ainda parecia zangado e ofendido. Ele a olhou nos olhos. — Quando os machos Zorn são jovens... — Adolescentes. — Riu Ariel. — Adolescentes com verdadeiro tesão. Argernon respirou fundo. — Temos pouco controle sobre nossos impulsos sexuais nessa idade. Se não conseguir se controlar poderia... — Ele suspirou, olhando para Casey. — Ele passará a maior parte de seu tempo expelindo seu próprio prazer. Nunca aprenderá a controlar seus desejos sexuais. Ariel voltou a rir. — Pelo que entendi, eles vão se masturbar até que não possam mais caminhar e ficarem desidratados. Com uma inclinação aguda de cabeça, Argernon olhou a Ariel e logo olhou nos olhos de Casey. — Para ensinar aos homens o controle de não ejacularem várias vezes durante o dia, nós usamos um equipamento semelhante a esse que você mencionou. É estreito sem espaço para a ejaculação. Se um macho gozar nele é doloroso, não há espaço. — Ele engoliu em seco. — Dói muito. Casey ficou olhando. Ela não riu. Isso não era engraçado. — Por que permitem que façam isso? Ral suspirou. — Temos que aprender a ter controle sobre nossos corpos. É difícil treinar, ou fazer algo produtivo, se todos os homens gozassem constantemente. — Seus olhos se voltaram para Ariel. Sorriu. — Aprendi a me controlar rápido, mas alguns homens... — Seus olhos foram para Argernon e pôs-se a rir. — Não é verdade, irmão? Quantas vezes o encontrei no chão de seu quarto em agonia? Argernon grunhiu.


— Cale-se. Ral gargalhou e se virou para Casey. — Foram muitas, muitas vezes. Casey suspirou. Sentiu simpatia pelo adolescente que ele foi. — Por que simplesmente não retirou a coisa? Ele suspirou, olhando-a fixamente. — Porque se tentasse seria ainda mais doloroso, eles dariam choque. Só são retirados para o banho e liberar a urina, com um Zorn adulto presente para assegurar de que é tudo o que se fará. O gozo é permitido aos jovens três vezes ao dia. Eu queria mais. — Estou esperando uma menina. — Riu Ariel. Casey assentiu com a cabeça. — Não tripudie. — Seus olhos foram até Argernon. — Há muito espaço nas camisinhas para a ejaculação e não machucam. Simplesmente recolhem a semente. Ele estremeceu. — Nunca usarei algo que me abrace dessa maneira. — Seus olhos se estreitaram nela. — Você abraça meu pênis. — Ele sorriu. — Muito bem. Usarei muitas vezes. Casey ruborizou. Estava um pouco surpresa por ele falar coisas assim diante de outras pessoas. Ariel gargalhou. — Se acostume. Como já disse, são muito sinceros. — Ariel ficou de pé, dando um sorriso ao seu marido. — Vamos a casa. Tudo está acertado entre os dois. Casey viu o casal partir. Ela ter pedido a Ariel que a levasse com ela, mas permaneceu em silêncio até que se perderam de vista. Argernon estava em silêncio olhando-a. Ela deu a volta, estudando-o de novo. Um sorriso lento se estendeu em seus lábios. — Não tentou escapar. — Ele parecia satisfeito. — Teria me deixado ir?


Ele negou com a cabeça. — Não, você é minha vinculada, linda. Seu lugar é comigo. — Por que ela haveria de querer ser livre? — Gava olhou a Casey com o cenho franzido. — Por que não quer vincular-se a ele? Ele é muito desejado em Zorn. É Argis. Muitas mulheres Zorn pedem para ser sua vinculada ou ajudante de casa. — É uma longa história. — Suspirou Casey. Seu olhar malicioso se dirigiu a Argernon. — Ainda não instalou o gancho. Ele riu entre dentes. — Temos a cabeceira. Gava ficou de pé. — Eu não quero saber. — Ela começou a limpar a mesa. Quando Casey se levantou para ajudá-la, Gava negou com a cabeça. — Você está na fase inicial de seu novo vínculo. Aproveitem o tempo juntos. — Ela desapareceu em direção à cozinha. — É melhor obedecê-la. — Argernon lhe estendeu a mão. — Vamos aproveitar. — Bem e o que iremos fazer. — Seu olhar baixou à parte dianteira de sua calça. O homem estava duro outra vez. Ela olhou seu rosto quando ela ficou de pé. Ela pôs sua mão pequena sobre a calça. — Você está sempre excitado, não é? Ele riu entre dentes. — Quando você não está perto de mim, não. A menos que esteja pensando em você. Quero levá-la para o jardim. Você ainda não começou a desfrutar realmente de Zorn. — Isso é verdade. Quando chegamos fomos direto ao centro medico e fiquei lá até o anoitecer. Ele a acompanhou através da casa, mas em lugar de dirigir-se à porta principal foram para a parte de trás da casa. Ela se perguntou onde a levava, mas logo viu as portas de cristal e as abriu. A vista da cidade a seus pés era enorme. A casa estava no alto de uma colina, ela tinha uma vista espetacular da cidade. Ela notou os


muros altos e brancos que cercavam o pátio atrás da casa. Deixou que seus olhos captassem a vista. Zorn era realmente um planeta vermelho. A vegetação não era verde. Tudo era vermelho, arroxeado e negro. O céu era de um vermelho rosado. Os edifícios da cidade eram em sua maioria brancos e suas estruturas eram curvas. Eles estavam a uma grande distancia, não conseguia ver às pessoas ou os muitos detalhes, mas apostava que seria bonita à noite, com as luzes. A grama era de um vermelho suave. Zorn definitivamente se parecia muito pouco com a Terra. — O que achou? — É diferente e estranho. — Ela disse com sinceridade. — É muito diferente da Terra. Ele assentiu com a cabeça. — Eu estive na Terra, lembra-se? Ela o olhou. — Com riqueza de detalhes. Ele riu entre dentes. — Eu gostei de sua água azul e verde onde era profunda. — Eu adorei a caverna atrás da cascata em seu saco de dormir. — Ela arrematou com malicia. Argernon sorriu descaradamente. — Estava tentando lhe dar um descanso, mas com seus pensamentos em nossa primeira união, parece que não está precisando. — Ele se voltou para ela e a abraçou. — Quero você. — Então vamos entrar. Ele negou com a cabeça. — Ninguém vai nos incomodar. Gava não vai interferir. — Estamos em plena luz do dia e em uma colina, Argernon. — Estou ciente. Ele caiu de joelhos de frente para ela. Ela o olhou fixamente. O homem era atrevido. — O que acontece se Gava caminhar junto às janelas?


— Não é nada de mais. O sexo é uma coisa muito natural aqui, minha Casey. Ela evitará as janelas. Mordendo o lábio, Casey olhou para os surpreendentes olhos azuis de Argernon. Ela o amava. Bara tentou matá-los, não por ter perdido a Argernon e sim por perder as coisas que ele poderia darlhe: posição social e econômica. Ele não tinha quebrado o coração de ninguém por desfazer-se das ajudantes de sua casa. Tinha ferido-a por tê-las, em primeiro lugar. Argernon tocou o rosto de Casey com as mãos. — Eu te amo, linda. Ela sorriu. — Eu também te amo, bebê. — Vire-se. Argernon se mudou para trás dela, estendendo as pernas dobradas e acomodou-a sentada entre suas pernas abertas. Seu corpo quente pressionado contra suas costas. Uma de suas mãos acariciou seu abdômen e depois deslizou para baixo de sua camisa, tirando-a de seu caminho. Seus dedos deslizaram entre suas coxas. Casey gemeu quando ele acariciou seus clitóris. Argernon baixou a cabeça para atormentar sua garganta com a boca. — É a visão mais linda deste planeta. Não posso te perder, Casey. Ela empurrou o traseiro para trás se esfregando ao pênis duro, preso em suas calças. Ele gemeu quando ela se remexeu contra ele. — O perdoarei por tudo e ficarei aqui com você para sempre se você fizer uma coisa. Sua mão se congelou. — O que? Me diga, Casey. Ela sorriu e voltou à cabeça para olha-lo por cima do ombro. Encontrou com seus olhos sexys


— Jure que nunca tocará outra mulher além de mim para o resto de nossas vidas juntos. Ele assentiu com a cabeça. — Juro. Você é tudo o que quero. Você é tudo o que preciso. Você é tudo para mim. — Será que você, ocasionalmente, obedecerá as minhas ordens? Ele sorriu. — Sim. — Então, abra suas malditas calças e foda-me. Argernon riu entre dentes. — Você me quer rápido ou lento, linda? Diga-me. Ela se inclinou para frente até ficar de quatro, pondo suas mãos sobre grama vermelha de Zorn. — Lento a princípio e depois rápido. É como eu gosto. Grunhiu para ela. — Você é perfeita para mim. Ela jogou o cabelo castanho de maneira que pudesse olhar por cima do ombro de novo. — Brinque com o meu clitóris enquanto me fode e você será perfeito para mim. — Sorriu para ele. Argernon baixou as calças e penetrou-a lentamente. Casey fechou os olhos apreciando a sensação de ser amada por aquele homem. Sim, ela poderia fazer isso pelo resto de sua vida, seria feliz se tivesse Argernon. Braços musculosos a enlaçaram. Uma mão quente deslizou entre suas coxas. Os dedos de Argernon esfregavam seu clitóris enquanto a penetrava profundamente. Estar vinculada a Argernon era puro prazer. Ele começou a mover-se. Casey gemeu. — Me ame, bebê. —Sempre, linda. — Ele riu. — E muitas, muitas e muitas vezes.


Fim


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