ARQUITETURA E URBANISMO
THAYNÁ DE OLIVEIRA LIMA
CENTRO DE CONVIVÊNCIA PARA IDOSOS IDALINA DA SILVA - SP
GUARULHOS 2018
ARQUITETURA E URBANISMO
THAYNÁ DE OLIVEIRA LIMA
CENTRO DE CONVIVÊNCIA PARA IDOSOS IDALINA DA SILVA - SP Trabalho de Conclusão de Graduação apresentado a Banca Examinadora do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Guarulhos sob Orientação Da Professora Msa: Simone Sousa.
GUARULHOS 2018
DEDICATÓRIA à Madalena Josefa de Carvalho.
Idalina da Silva O amor e a dor de que a vida é única.
Ela me criara desde o meu nascimento, com todo amor e amparo que uma mãe tem no peito. Ao crescer, sua luta pude presenciar e entender, que desde aos nove anos de idade, ainda menina nova sem sua mãe precisou viver, e sua família reerguer. Ao longo dos seus quase oitenta e um anos de vida, Madalena – minha mãe – sempre me dizia: “Desde a morte de tua bisavó Idalina, que para mim foi traumática: o chão me faltou e a vida sussurrou que eu precisava continuar (...)”. Hoje, mulher guerreira, mãe de oito filhos e de mais dois que pegara pra criar, e eu sendo um destes dois – sua neta e filha caçula - posso confirmar: Que sua dor sentida a preparava pra vida.
Thayná Lima.
Figura 1 – Madalena Josefa de Carvalho e Garfield. Fonte: Registro capturado pela autora Thayná Lima.
AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, pela vida e ao Universo por tamanhos momentos, realizações e sentimentos que florescem em mim. Agradeço a minha mãe, dona Madalena. Quem me cria desde meu nascimento, comprovando que mãe é quem cuida e sendo avó, ela é minha mãe duas vezes. Ela é quem me inspira, me motiva e me emociona. Faz com que eu não desista dos meus sonhos e mais, me dá colo e amparo independentemente da situação. Agradeço pelo companheirismo nas madrugadas em claro, inclusive para a realização deste trabalho. Eu a amo. Agradeço a minha família, pelo amor e apoio. A minha tia e melhor amiga, Elza, por sempre me aconselhar, amparar e me amar, a vida profissional torna-se melhor com a presença dela. Agradeço ao meu primo e também companheiro de trabalho Kleber, e ao Laerte, pois a minha primeira visão arquitetônica surgiu na loja em que trabalho. Gratidão a Luana minha amiga, que está comigo na vida pessoal e acadêmica de modo que aguenta todos os meus surtos de desespero e insegurança. Sempre me ouvindo e me mostrando o lado b das coisas. A vida com ela torna-se mais significativa. Agradeço a minha amiga Beatriz, uma amizade proporcionada pela Universidade, onde não foram apenas cinco anos e sim, será para a vida. Obrigada por todos os dias estar presente, por compreender meu jeito, pelos sorrisos, lágrimas, amor e todos os vão dar tudo certo. Agradeço imensamente a minha orientadora, mestre Simone Sousa. Por confiar em mim e me acolher tão bem, de modo que eu pudesse me sentir a vontade em expressar de maneira racional, sentimental e pessoal para o desenvolvimento desde trabalho. Inteiramente grata a ela. Agradeço a todos os meus amigos antigos e atuais que a Universidade me proporcionou, como Frederico, Bárbara, Kaique, Renan, Larissa, Diego, Mateus e muitos outros que com certeza fazem parte da realização deste trabalho. Agradeço a vida pela oportunidade de conhecer e compartilhar do novo, onde a cada dia uma nova oportunidade. O olhar pra dentro que de alguma forma transmite para fora, para o outro. Obrigada.
RETRATO
Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim, triste, assim magro, nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas; eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil: - Em que espelho ficou perdida a minha face?
Cecília Meireles.
RESUMO O presente trabalho tem como objetivo fortalecer a independência e a reintegração dos idosos na sociedade, através do projeto de um Centro de Convivência para Idosos, na cidade de Itaquaquecetuba – SP, visando solucionar quaisquer questões pendentes relacionadas a este tema, que tanto vem aumentando, porém, tão pouco abordado. Com tantas culturas, etnias e a desigualdade econômica, a terceira idade não é exatamente igual para todos. Contudo, a realidade é outra e nós precisamos nos atualizar. São tantos os edifícios conformando a sociedade, onde o surgimento do Centro de Convivência para Idosos Idalina da Silva, tem como intuito preencher a lacuna que está aberta, abraçar os idosos que se sentem sozinhos e expandir a felicidade daqueles que contém uma boa autoestima e assim, reintegrar a todos ao mesmo cotidiano ativo. Envelhecer é a naturalidade de toda a humanidade.
Palavra-chave: Idosos; Centro de Convivência; Envelhecer.
ABSTRACT The present work has a life and the reintegration of the elderly, through the project of a Center of Coexistence for the Elderly, in the city of Itaquaquecetuba - SP, with the indication of pending issues related to this theme, which is always increasing, but not so much addressed. With so many cultures, ethnicities and economic inequality, old age is not exactly the same for everyone. The reality is different and we need to update ourselves. The construction of a society, where the emergence of the Idalina da Silva Center for Elderly People, is pleased to open a gap that is open, the ability to prepare for the elderly and expand a group of happiness that contains good self-esteem and thus reintegrating everyone into the same active daily life. Aging is a naturalness of all mankind.
Keywords: Elderly; Center of Coexistence; Age
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Madalena Josefa de Carvalho e Garfield. Fonte: Registro capturado pela autora Thayná Lima. ......................................................................................................................... 4 Figura 2 - O Envelhecimento. Fonte: Ilustração pela autora, Thayná Lima. ........................ 27 Figura 3 - Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período 2000/2060. Revisão 2013 e Projeção da População das Unidades da Federação por Sexo e Idade para o Período 2000/2030, Revisão 2013. Fonte: IBGE. ............................................................. 27 Figura 4 - Hospital Colônia, Brasil, 1950 a 1980. Fonte: Disponível em: ............................. 29 Figura 5 - Fonte: História das primeiras instituições para alienados no Brasil..................... 32 Figura 6 - Ilustração pela autora, Thayná Lima. .................................................................. 39 Figura 7 - Acessibilidade. Fonte: Ilustração da autora, Thayná Lima. ................................. 40 Figura 8 - Dimensões referenciais para deslocamento de pessoa em pé. Fonte: NBR 9050:2015. ........................................................................................................................... 41 Figura 9 - Cadeira de rodas manual, motorizada e esportiva. Fonte: NBR 9050:2015........ 42 Figura 10 - Dimensões do módulo de referência (M.R.). Fonte: NBR 9050:2015................ 42 Figura 11 - Largura para deslocamento e linha reta. Fonte: NBR 9050:2015. .................... 43 Figura 12 - Transposição de obstáculos isolados. Fonte: NBR 9050:2015. ........................ 43 Figura 13 - Área para manobra de cadeira de rodas sem deslocamento. Fonte: NBR 9050:2015. ........................................................................................................................... 44 Figura 14 - Área para manobra de cadeiras de rodas com deslocamento. Fonte: NBR 9050:2015. ........................................................................................................................... 44 Figura 15 - Espaços para cadeira de roda em áreas confinadas. Fonte: NBR 9050:2015. . 44 Figura 16 - Dimensionamento de rampas. Fonte: NBR 9050:2015. .................................... 45 Figura 17 - Tabela 6: Dimensionamento de rampas. Fonte: NBR 9050:2015. .................... 45
Figura 18 - Tabela 7: Dimensionamento de rampas para situações excepcionais. Fonte:
Figura 32 - Poltronas para obesos em cinemas e teatros. Fonte: Cartilha Desenho
NBR 9050:2015. .................................................................................................................. 45
Universal: Um conceito para todos. ..................................................................................... 52
Figura 19 - Rampa em curva - Planta. Fonte: NBR 9050:2015. .......................................... 46
Figura 33 - Banheiros com dimensões adequadas para pessoas em cadeira de rodas ou as
Figura 20 - Guia de balizamento. Fonte: NBR 9050:2015. .................................................. 46
que estão com bebês em seus carrinhos. Fonte: Cartilha Desenho Universal: Um conceito para todos. ........................................................................................................................... 52
Figura 21 - Patamares das rampas - Vista superior. Fonte: NBR 9050:2015. .................... 47 Figura 34 - Ergonomia e Antropometria. Fonte: Ilustração pela autora, Thayná Lima......... 53 Figura 22 - Universal. Fonte: Ilustração pela autora, Thayná Lima. .................................... 48 Figura 35 - Tabela: Custo per capita. Fonte: Portaria SEAS n. 73 de 10 de Maio de 2001. 59 Figura 23 - Portas com sensores que se abrem sem exigir força física ou alcance das mãos de usuários de alturas variadas. Fonte: Cartilha Desenho Universal: Um conceito para todos. .................................................................................................................................. 49 Figura 24 - Computador com teclado e mouse ou com programa do tipo "Dosvox". Fonte: Cartilha Desenho Universal: Um conceito para todos. ........................................................ 49
Figura 36 - Tabela: Programa de necessidades. Fonte: Portaria SEAS n. 73 de 10 de Maio de 2001. ............................................................................................................................... 61 Figura
37
-
Pintura:
Florence
Nightingale.
Fonte:
Disponível
<http://emfermagemfaal2010.blogspot.com.br/2011/08/florence-nightingale.html>.
em: Acesso
em 03 de Maio de 2018, às 13h47. ..................................................................................... 66 Figura 25 - Tesoura que se adapta a destros e canhotos. Fonte: Cartilha Desenho Universal: Um conceito para todos...................................................................................... 50 Figura 26 - Utilizar diferentes maneiras de comunicação,tais como símbolos e letras em relevo, braile e sinalização auditiva. Fonte: Cartilha Desenho Universal: Um conceito para todos. .................................................................................................................................. 50 Figura 27 - Saniário feminino e sanitário masculino para pessoas com deficiência. Fonte: Cartilha Desenho Universal: Um conceito para todos. ........................................................ 50
Figura 38 - Ilustração pela autora, Thayná Lima. ................................................................ 68 Figura 39 - Urubus a espreita como que esperado o momento certo para um banquete. Fonte:
Disponível
em:
<http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/2014/04/a-historia-
indesejada-e-ocultada-por.html>. Acesso no dia 18 de Abril de 2018, às 15h12. ............... 69 Figura 40 - Reconstituição do Hospital dos Leprosos, no fim do século XIX (planta), segundi Roberto
Gruwald,
sem
data.
Fonte:
Disponível
em:
<http://www.arquiamigos.org.br/info/info29/i-estudos2.htm>. Acesso no dia 24 de Março de Figura 28 - Mapas com informações. Fonte: Cartilha Desenho Universal: Um conceito para
2018, às 20h05. ................................................................................................................... 70
todos. .................................................................................................................................. 50 Figura 41 - Asilo dos velhos, Hospital: pavilhão de enfermaria, fachada lateral, fachada Figura 29 - Elevadores com sensores em diversas alturas que permitam às pessoas
posterior,
entrarem sem riscos da porta ser fechada no meio do procedimento e escadas e
<http://arquivoatom.up.pt/index.php/qvf0g>. Acesso no dia 24 de Março de 2018, às 21h00.
rampascom corrimão. Fonte: Cartilha Desenho Universal: Um conceito para todos. ......... 51
............................................................................................................................................. 70
Figura 30 - Torneiras de sensor ou do tipo alavancada, que minimizam o esforço e torção
Figura 42 - Edifício asilo dos inválidos militares, Runa, Portugal. Planta baixa. Fonte:
das mãos para acioná-las. Fonte: Cartilha Desenho Universal: Um conceito para todos. .. 51
Disponível em: <http://bdlb.bn.gov.br/acervo/handle/123456789/46051>. Acesso no dia 24
Figura 31 - Maçanetas tipo alavancada, que são de fácil utilização, podendo ser acionada
de Março de 2018, às 22h25. .............................................................................................. 71
até com o cotovelo. Esse tipo de equipamento facilita a abertura de portas no caso de incêncios, não sendo necessário girar a mão. Fonte: Cartilha Desenho Universal: Um conceito para todos. ............................................................................................................ 51
corte
C-D,
alçado
A-B
e
planta
(1926).
Fonte:
Disponível
em:
Figura 43 - Asilo dos inválidos militares, Runa, Portugal. Fonte: Disponível em:
Figura
<http://vedrografias2.blogspot.com.br/2017/07/ha-190-anos-em-25-de-julho-1827-foi.html>.
<http://www.infopatrimonio.org/?p=2812#!/map=38329&loc=-22.325572000000008,-
Acesso no dia 09 de Maio de 2018, às 10h55..................................................................... 71
48.979439,17>. Acesso no dia 26 de Abril de 2018, às 19h43. ........................................... 74
Figura 44 - Asilo dos inválidos militares em Runa, Portural. Fonte: Disponível em:
Figura 54 - Planta e fachada 1 do asilo colônia Pirapitingui. Fonte: Asilos Colônias Paulista,
<http://vedrografias2.blogspot.com.br/2017/07/ha-190-anos-em-25-de-julho-1827-foi.html>.
2014..................................................................................................................................... 75
Acesso no dia 09 de Maio de 2018, às 10h58..................................................................... 71 Figura
45
-
Hospício
nacional
de
alienados
(planta).
Fonte:
Disponível
em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-
53
-
Piso.
Fonte:
Disponível
em:
Figura 55 - Fachada do asilo colônia Pirapitingui. Fonte: Asilos Colônias Paulista, 2014. .. 75 Figura 56 - Fachada e planta 2 do asilo colônia Pirapitingui. Fonte: Asilos Colônias Paulista, 2014..................................................................................................................................... 75
59702010000600031&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso no dia 25 de Março de 2018, às 9h05. .............................................................................................................................. 72
Figura 57 – Fachada do asilo colônia Santo Angelo. Fonte: Asilos Colônias Paulista, 2014. ............................................................................................................................................. 75
Figura
46
-
Hospício
nacional
de
alienados,
1841.
Fonte:
Disponível
em:
<http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v17s2/31.pdf>. Acesso no dia 09 de Maio de 2018, às
Figura 58 - Planta do asilo colônia Santo Angelo. Fonte: Asilos Colônias Paulista, 2014. .. 75
15h00. ................................................................................................................................. 72
Figura 59 - Planta 1 do asilo colônia Padre Bento. Fonte: Asilos Colônias Paulista, 2014. . 76
Figura
Figura 60 - Planta 2 do asilo colônia Padre Bento. Fonte: Asilos Colônias Paulista, 2014. . 76
47
-
Hospício
nacional
de
alienados,
1841.
Fonte:
Disponível
em:
<http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v17s2/31.pdf>. Acesso no sia 09 de Maio de 2018, às 15h07. ................................................................................................................................. 72 Figura 48 - Planta do asilo Aymorés. Fonte: Asilos Colônias Paulista, 2014. ..................... 74 Figura
49
-
Igreja.
Fonte:
Disponível
em:
Figura 61 - Fachada do asilo colônia Cocaes. Fonte: Asilos Colônias Paulista, 2014......... 76 Figura 62 - Planta 1 do asilo colônia Cocaes. Fonte: Asilos Colônias Paulista, 2014. ........ 76 Figura 63 - Planta 2 do asilo colônia Cocaes. Fonte: Asilos Colônias Paulista, 2014. ........ 76
<http://www.infopatrimonio.org/?p=2812#!/map=38329&loc=-22.325572000000008,-
Figura
48.979439,17>. Acesso no dia 26 de Abril de 2018, às 19h43. .......................................... 74
<https://www.em.com.br/app/galeria-de-
Figura
50
-
Bar.
Fonte:
Disponível
em:
48.979439,17>. Acesso no dia 26 de Abril de 2018, às 19h43. .......................................... 74 51
-
Coreto.
Fonte:
Disponível
em:
48.979439,17>. Acesso no dia 26 de Abril de 2018, às 19h43. .......................................... 74 52
-
Carville.
Fonte:
Disponível
Hospital
colônia
de
Barbacena.
Fonte:
Disponível
em:
fotos/2017/05/07/interna_galeriafotos,6126/holocausto-a-brasileira-em-1979-o-estado-de-
Figura
65
-
Hospital
colônia
de
Barnacena.
Fonte:
Disponível
em:
<https://www.oversodoinverso.com.br/manicomio-ou-campo-de-concentracao-embarbacena-mg/>. Acesso no dia 04 de Maio de 2018, às 12h00. ........................................ 77
<http://www.infopatrimonio.org/?p=2812#!/map=38329&loc=-22.325572000000008,-
Figura
-
minas-mostrou-os-poroes.shtml>. Acesso no dia 04 de Maio de 2018, às 11h43. .............. 77
<http://www.infopatrimonio.org/?p=2812#!/map=38329&loc=-22.325572000000008,-
Figura
64
em:
<http://www.infopatrimonio.org/?p=2812#!/map=38329&loc=-22.325572000000008,48.979439,17>. Acesso no dia 26 de Abril de 2018, às 19h43. .......................................... 74
Figura
66
-
Hospital
colônia
de
Barbacena.
Fonte:
Disponível
em:
<http://terroremfocooficial.blogspot.com.br/2016/11/holocausto-brasileiro.html>. Acesso no dia 04 de Maio de 2018, às 13h44....................................................................................... 77
Figura 67 - Ambiente interno do Hospital Colônia de Barnacena. Fonte: Disponível em:
Figura
<http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/2014/04/a-historia-indesejada-e-ocultada-
<http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/2014/04/a-historia-indesejada-e-ocultada-
por.html>. Acesso no dia 17 de Março de 2018, às 8h15. .................................................. 78
por.html>. Acesso no dia 09 de Maio de 2018, às 13h21. .................................................. 79
Figura 68 - Na falta de colchões, palha seca era utilizada. Fonte: Disponível em:
Figura 78 - Área externa. Fonte: Disponível em: <https://www.em.com.br/app/galeria-de-
<http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/2014/04/a-historia-indesejada-e-ocultada-
fotos/2017/05/07/interna_galeriafotos,6126/holocausto-a-brasileira-em-1979-o-estado-de-
por.html>. Acesso no dia 17 de Março de 2018, às 8h15.. ................................................. 78
minas-mostrou-os-poroes.shtml>. Acesso no dia 09 de Maio de 2018, às 13h16............... 79
Figura 69 - Cerca de 33 crianças conviviam com as mais variadas doenças em meio a
Figura
idosos. Fonte: Disponível em: http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/2014/04/a-historia-
<http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/2014/04/a-historia-indesejada-e-ocultada-
indesejada-e-ocultada-por.html>. Acesso no dia 04 de Março de 2018, às 8h15. .............. 78
por.html>. Acesso no dia 09 de Maio de 2018, às 13h25. ................................................... 79
Figura
–
70
Interno.
Fonte:
Disponível
em:
77
-
79
Figura
Área
-
80
externa.
Área
-
Fonte:
externa.
Área
Disponível
Fonte:
externa.
Disponível
Fonte:
Disponível
em:
em:
em:
<http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/2014/04/a-historia-indesejada-e-ocultada-
<http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/2014/04/a-historia-indesejada-e-ocultada-
por.html>. Acesso no dia 17 de Março de 2018, às 8h15. .................................................. 78
por.html>. Acesso no dia 09 de Maio de 2018, às 12h13. .................................................. 79
Figura
Figura
71
-
Solidão
obscura.
Fonte:
Disponível
em:
81
-
Roda
dos
Expostos.
Fonte:
Disponível
em:
http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/2014/04/a-historia-indesejada-e-ocultada-por.html>.
<http://www.santacasasp.org.br/portal/site/quemsomos/museu/pub/10956/a-roda-dos-
Acesso no dia 04 de Março de 2018, às 8h15.. .................................................................. 78
expostos-1825-1961>. Acesso no dia 09 de Maio de 2018, às 13h30. ............................... 80
Figura
Figura 82 - Roda dos Expostos embutida na parede de uma instituição. Fonte: Disponível
72
-
Janelas
com
grades.
Fonte:
Disponível
em:
http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/2014/04/a-historia-indesejada-e-ocultada-por.html>.
em:
Acesso no dia 04 de Março de 2018, às 8h15. ................................................................... 78
Acesso no dia 09 de Maio de 2018, às 14h04. .................................................................... 80
Figura
Figura
73
-
Janelas
com
grandes.
Fonte:
Disponível
em:
<http://www.aldeiashistoricasdeportugal.com/o-que-ver/casa-da-roda-dos-expostos>.
83
-
Instituição
com
a
Roda
dos
Expostos.
Fonte:
Disponível
em:
http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/2014/04/a-historia-indesejada-e-ocultada-por.html>.
<http://www.aldeiashistoricasdeportugal.com/o-que-ver/casa-da-roda-dos-expostos>.
Acesso no dia 04 de Março de 2018, às 8h15. ................................................................... 78
Acesso no dia 09 de Maio de 2018, às 14h04. .................................................................... 80
Figura
Figura 84 - Ambiência. Fonte: Ilustração pela autora, Thayná Lima.................................... 81
74
-
Área
externas.
Fonte:
Disponível
em:
<http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/2014/04/a-historia-indesejada-e-ocultada-
Figura
por.html>. Acesso no dia 09 de Maio de 2018, às 12h12. ................................................... 79 Figura 75 - Menino Silvio de 11 anos, vestido de mulher. Fonte: Disponível em: <http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/2014/04/a-historia-indesejada-e-ocultada-
76
-
Área
externa.
Fonte:
I
Disponível
-
Institucional.
Fonte:
Disponível
em:
<http://www.recantosaocamilo.com.br/residencial-geriatrico/index>. Acesso no dia 11 de Maio de 2018, às 10h43. ..................................................................................................... 82 Figura 86 - Leito. Fonte: Disponível em: <http://www.recantosaocamilo.com.br/residencial-
por.html>.Acesso no dia 11 de Maio, às 11h30. ................................................................. 79 Figura
85
em:
<http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/2014/04/a-historia-indesejada-e-ocultadapor.html>. Acesso no dia 09 de Maio de 2018, às 13h02. ................................................... 79
geriatrico/index>. Acesso no dia 11 de Maio de 2018, às 10h43......................................... 82 Figura
87
-
Apartamento
semi-privatico.
Fonte:
Disponível
em:
<http://www.recantosaocamilo.com.br/residencial-geriatrico/index>. Acesso no dia 11 de Maio de 2018, às 10h43. ..................................................................................................... 82
Figura
88
-
Banheiros
acessíveis.
Fonte:
Disponível
em:
Figura
98
-
Instituição.
Fonte:
Disponível
em:
<http://www.recantosaocamilo.com.br/residencial-geriatrico/index>. Acesso no dia 11 de
<http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peter-rosegger>. Acesso no dia 14 de
Maio de 2018, às 10h43. ..................................................................................................... 83
Maio de 2018, às 14h16. ..................................................................................................... 85
Figura
Figura
89
-
Anfiteatro.
Fonte:
Disponível
em:
99
-
Instituição.
Fonte:
Disponível
em:
<http://www.recantosaocamilo.com.br/residencial-geriatrico/index>. Acesso no dia 11 de
<http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peter-rosegger>. Acesso no dia 14 de
Maio de 2018, às 10h43.. .................................................................................................... 83
Maio de 2018, às 14h16. ..................................................................................................... 85
Figura
em:
Figura 100 - Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-
<http://www.recantosaocamilo.com.br/residencial-geriatrico/index>. Acesso no dia 11 de
peter-rosegger-dietger-wissounig-architekten>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às
Maio de 2018, às 10h43. ..................................................................................................... 83
15h09................................................................................................................................... 86
Figura 91 - Jogos. Fonte: Disponível em: <http://www.recantosaocamilo.com.br/residencial-
Figura 101 - Fonte: Disponível em: <http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-
geriatrico/index>. Acesso no dia 11 de Maio de 2018, às 10h43. ....................................... 83
peter-rosegger>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 14h16. ........................................ 86
Figura
em:
Figura 102 - Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-
<http://www.recantosaocamilo.com.br/residencial-geriatrico/index>. Acesso no dia 11 de
peter-rosegger-dietger-wissounig-architekten>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às
Maio de 2018, às 10h43. ..................................................................................................... 83
15h09................................................................................................................................... 86
Figura
em:
Figura 103 - Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-
<http://www.recantosaocamilo.com.br/residencial-geriatrico/index>. Acesso no dia 11 de
peter-rosegger-dietger-wissounig-architekten>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às
Maio de 2018, às 10h43. ..................................................................................................... 83
15h09................................................................................................................................... 86
Figura
em:
Figura 104 - Fonte: Disponível em: <http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-
<http://www.recantosaocamilo.com.br/residencial-geriatrico/index>. Acesso no dia 11 de
peter-rosegger>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 14h16. ........................................ 86
90
92
-
Fisioterapia.
-
93
94
Corredor
-
interno.
Refeitório.
-
Horta
orgânica.
Fonte:
Fonte:
Fonte:
Fonte:
Disponível
Disponível
Disponível
Disponível
Maio de 2018, às 10h43. ..................................................................................................... 84 Figura
95
-
Jardim.
Fonte:
Disponível
Figura 105 - Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-
em:
peter-rosegger-dietger-wissounig-architekten>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às
<http://www.recantosaocamilo.com.br/residencial-geriatrico/index>. Acesso no dia 11 de
15h09................................................................................................................................... 86
Maio de 2018, às 10h43. ..................................................................................................... 84 Figura
96
-
Atividades
físicas.
Fonte:
Disponível
Figura
106
-
Horta
acessível.
Fonte:
Disponível
em:
em:
<http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peter-rosegger>. Acesso no dia 14 de
<http://www.recantosaocamilo.com.br/residencial-geriatrico/index>. Acesso no dia 11 de
Maio de 2018, às 14h16. ..................................................................................................... 86
Maio de 2018, às 10h43. ..................................................................................................... 84 Figura
97
-
Instituição.
Fonte:
Disponível
Figura 107 - Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-
em:
peter-rosegger-dietger-wissounig-architekten>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às
<http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peter-rosegger>. Acesso no dia 14 de
15h09................................................................................................................................... 87
Maio de 2018, às 14h16. ..................................................................................................... 85
Figura
108
-
Ambiente
interno.
Fonte:
Disponível
em:
Figura 118 - Centro de Convivência para Idosos Vovó Ziza. Fonte: Disponível em:
<http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peter-rosegger>. Acesso no dia 14 de
<http://www.oliberdade.com.br/capital/cci-vovo-ziza-centro-de-rejuvenescimento>.
Maio de 2018, às 14h16. ..................................................................................................... 87
no dia 04 de Abril de 2018, às 16h44. ................................................................................. 90
Figura
Figura
109
-
Disponível
em:
<http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peter-rosegger>. Acesso no dia 14 de
<http://www.oliberdade.com.br/capital/cci-vovo-ziza-centro-de-rejuvenescimento>.
Acesso
Maio de 2018, às 14h16 ...................................................................................................... 87
no dia 04 de Abril de 2018, às 15h56. ................................................................................. 91
Figura
Figura
110
Ambiente
-
interno.
Ambiente
Fonte:
TV.
Fonte:
Disponível
Disponível
em:
em:
119
120
-
Salão
-
Salão
de
de
dança.
jogos.
Fonte:
Acesso
Fonte:
Disponível
em:
<http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peter-rosegger>. Acesso no dia 14 de
<http://www.diariodigital.com.br/geral/dia-dos-avos-quem-disse-que-a-idade-
Maio de 2018, às 14h16. ..................................................................................................... 87
importa/147194/>. Acesso no dia 04 de Abril de 2018, às 15h58. ....................................... 91
Figura
Figura
111
-
Cozinha.
Fonte:
Disponível
em:
121
-
Páteo
externo.
Fonte:
Disponível
em:
<http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peter-rosegger>. Acesso no dia 14 de
<http://www.diariodigital.com.br/geral/dia-dos-avos-quem-disse-que-a-idade-
Maio de 2018, às 14h16 ...................................................................................................... 87
importa/147194/>. Acesso no dia 04 de Abril de 2018, às 15h59. ....................................... 91
Figura
Figura
112
-
Cozinha.
Fonte:
Disponível
em:
122
-
Hidroginástica.
Fonte:
Disponível
em:
<http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peter-rosegger>. Acesso no dia 14 de
<http://www.diariodigital.com.br/geral/dia-dos-avos-quem-disse-que-a-idade-
Maio de 2018, às 14h16. ..................................................................................................... 87
importa/147194/>. Acesso no dia 04 de Abril de 2018, às 15h59. ....................................... 91
Figura
em:
Figura 123 - Pilates. Fonte: Disponível em: <http://www.diariodigital.com.br/geral/dia-dos-
<http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peter-rosegger>. Acesso no dia 14 de
avos-quem-disse-que-a-idade-importa/147194/>. Acesso no dia 04 de Abril de 2018, às
Maio de 2018, às 14h16. ..................................................................................................... 88
15h59................................................................................................................................... 91
Figura
Figura
113
114
-
Planta
-
de
cobertura.
Elevação.
Fonte:
Fonte:
Disponível
Disponível
em:
124
-
Academia
externa.
Fonte:
Disponível
em:
<http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peter-rosegger>. Acesso no dia 14 de
<http://www.diariodigital.com.br/geral/dia-dos-avos-quem-disse-que-a-idade-
Maio de 2018, às 14h16. ..................................................................................................... 88
importa/147194/>. Acesso no dia 04 de Abril de 2018, às 15h59. ....................................... 91
Figura
em:
Figura 125 - Cobertura verde. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-
<http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peter-rosegger>. Acesso no dia 14 de
65204/centro-comunitario-do-cidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio
Maio de 2018, às 14h16. ..................................................................................................... 88
de 2018, às 12h13. .............................................................................................................. 92
Figura 116 - Planta superior. Observações feitas pela autora, Thayná Lima. Fonte:
Figura 126 - Elevação. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-
Disponível
<http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peter-rosegger>.
65204/centro-comunitario-do-cidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio
Acesso no dia 17 de Maio de 2018, às 22h13..................................................................... 89
de 2018, às 12h13. .............................................................................................................. 92
Figura 117 - Planta térreo. Observações feitas pela autora, Thayná Lima. Fonte: Disponível
Figura 127 - Elevação. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-
em: <http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peter-rosegger>. Acesso no dia
65204/centro-comunitario-do-cidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio
14 de Maio de 2018, às 22h13. ........................................................................................... 89
de 2018, às 12h16. .............................................................................................................. 92
115
em:
-
Elevação.
Fonte:
Disponível
Figura 128 - Circulação lateral. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-
Figura 138 - Elevação A -B. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-
65204/centro-comunitario-do-cidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio
65204/centro-comunitario-do-cidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio
de 2018, às 12h15. .............................................................................................................. 93
de 2018, às 12h30. .............................................................................................................. 95
Figura
<https://www.archdaily.com.br/br/01-
Figura 139 - Elevação C - D. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-
65204/centro-comunitario-do-cidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio
65204/centro-comunitario-do-cidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio
de 2018, às 12h15. .............................................................................................................. 93
de 2018, às 12h31. .............................................................................................................. 95
Figura 130 - Vista externa. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-
Figura 140 - Estrutura. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-
65204/centro-comunitario-do-cidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio
65204/centro-comunitario-do-cidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio
de 2018, às 12h15. .............................................................................................................. 93
de 2018, às 12h31. .............................................................................................................. 95
Figura 131 - Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-65204/centro-
Figura 141 - Implantação. Fonte: Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo,
comunitario-do-cidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às
2004..................................................................................................................................... 96
129
-
Interno.
Fonte:
Disponível
em:
12h15. ................................................................................................................................. 93 Figura 132 - Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-65204/centrocomunitario-do-cidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 12h17. ................................................................................................................................. 93 Figura 133 - Cobogó. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/0165204/centro-comunitario-do-cidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio
Figura 142 - Espelho d'água. Fonte: Disponível em: <http://www.vigliecca.com.br/ptBR/projects/elderly-housing>. Acesso no dia 04 de Abril de 2018, às 15h44. ..................... 96 Figura 143 - Circulação externa. Fonte: Disponível em: <http://www.vigliecca.com.br/ptBR/projects/elderly-housing>. Acesso no dia 04 de Abril de 2018, às 15h44. ..................... 96 Figura
144
-
Croqui.
Fonte:
Disponível
em:
<http://www.vigliecca.com.br/pt-
BR/projects/elderly-housing>. Acesso no dia 04 de Abril de 2018, às 15h46. ..................... 96
de 2018, às 12h17. .............................................................................................................. 93 Figura 145 – Planta baixa quitinete. Fonte: Imagens e observações feitas pela autora, Figura 134 - Brises de madeira. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-
Thayná Lima. ....................................................................................................................... 97
65204/centro-comunitario-do-cidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 12h17. .............................................................................................................. 93
Figura 146 – Planta baixa apartamento Fonte: Imagens e observações feitas pela autora, Thayná Lima. ....................................................................................................................... 97
Figura 135 - Planta baixa. Observações feitas pela autora, Thayná Lima. Fonte da planta baixa: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-65204/centro-comunitario-do-
Figura 147 - Implantação e cortes A e B. Fonte: Companhia Metropolitana de Habitação de
cidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 12h20. ............. 94
São Paulo, 2004. ................................................................................................................. 98
Figura 136 - Corte A-A e B-B. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-
Figura 148 - Implantação e cortes C e D. Fonte: Companhia Metropolitana de Habitação de
65204/centro-comunitario-do-cidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio
São Paulo, 2004. ................................................................................................................. 98
de 2018, às 12h26. .............................................................................................................. 95
Figura 149 - Implantação e cortes E, F, G, H e I. Fonte: Companhia Metropolitana de
Figura 137 - Cobertura verde. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-
Habitação de São Paulo, 2004. ........................................................................................... 98
65204/centro-comunitario-do-cidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio
Figura 150 - Estacionamento. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de
de 2018, às 12h27. .............................................................................................................. 95
Maio de 2018. ...................................................................................................................... 99
Figura 151 - Praça externa. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio
Figura 165 - Elevador. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de
de 2018. .............................................................................................................................. 99
2018................................................................................................................................... 102
Figura 152 - Fachada. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de
Figura 166 - Escada interna. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de
2018. ................................................................................................................................... 99
Maio de 2018. .................................................................................................................... 102
Figura 153 - Fachadas e jardim interno. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia
Figura 167 - Vista para a circulação externa. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado
11 de Maio de 2018............................................................................................................. 99
no dia 11 de Maio de 2018. ............................................................................................... 102
Figura 154 - Abrigo para o gás. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de
Figura 168 - Salão de festas. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de
Maio de 2018..................................................................................................................... 100
Maio de 2018. .................................................................................................................... 103
Figura 155 - Extintor. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de
Figura 169 - Portas dos sanitários acessíveis. Fonte: Renata Lillo. Registrado no dia 11 de
2018. ................................................................................................................................. 100
Maio de 2018. .................................................................................................................... 103
Figura 156 - Acesso a lavanderia e área externa. Fonte: pela autora, Thayná Lima.
Figura 170 - Sanitário com barra de apoio lateral. Fonte: pela autora, Thayná Lima.
Registrado no dia 11 de Maio de 2018. ............................................................................. 100
Registrado no dia 11 de Maio de 2018. ............................................................................. 103
Figura 157 - Lavanderia. Fonte: Renata Lillo. Registrado no dia 11 de Maio de 2018. ..... 100
Figura 171 - Pia. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
Figura 158 - Horta. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de
........................................................................................................................................... 103
2018. ................................................................................................................................. 100
Figura 172 - Fachada. Fonte: Renata Lillo. Registrado no dia 11 de Maio de 2018. ......... 103
Figura 159 - Academia ao ar livre. Fonte: Renata Lillo. Registrado no dia 11 de Maio de
Figura 173 - Fachadas e espelho d'água. Fonte: Renata Lillo. Registro no dia 11 de Maio
2018. ................................................................................................................................. 100
de 2018. ............................................................................................................................. 103
Figura 160 - Área externa. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio
Figura 174 – Apartamento. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio
de 2018. ............................................................................................................................ 101
de 2018. ............................................................................................................................. 104
Figura 161 - Iluminação natural. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de
Figura 175 – Paisagem 01. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio
Maio de 2018..................................................................................................................... 101
de 2018. ............................................................................................................................. 104
Figura 162 - Decoração. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de
Figura 176 - Luz. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
2018. ................................................................................................................................. 101
........................................................................................................................................... 104
Figura 163 - Escada externa. Fonte: Renata Lillo. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
Figura 177 - Circulação. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de
.......................................................................................................................................... 102
2018................................................................................................................................... 104
Figura 164 - Circulação vertical. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de
Figura 178 - Paisagem 02. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio
Maio de 2018..................................................................................................................... 102
de 2018. ............................................................................................................................. 104 Figura 179 - Receptividade. Fonte: Érika Aline. Registrado no dia 11 de Maio de 2018. .. 104
Figura
180
-
Hospital.
Fonte:
Disponível
em:
Figura
190
-
Rampas.
Fonte:
Disponível
em:
<https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelho-arquitetura-e-
<https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelho-arquitetura-e-
design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h02. ................................................... 105
design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h22. ................................................... 108
Figura
Figura
181
-
Hospital.
Fonte:
Disponível
em:
191
-
Refeitório.
Fonte:
Disponível
em:
<https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelho-arquitetura-e-
<https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelho-arquitetura-e-
design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h02. ................................................... 105
design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h30. ................................................... 108
Figura
Figura
182
-
Hospital.
Fonte:
Disponível
em:
192
-
Paisagem.
Fonte:
Disponível
em:
<https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelho-arquitetura-e-
<https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelho-arquitetura-e-
design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h02. ................................................... 105
design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h30. ................................................... 108
Figura
Figura
183
-
Implantação,
cortes
e
elevações,
Fonte:
Disponível
em:
193
-
Iluminação
zenital.
Fonte:
Disponível
em:
<https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelho-arquitetura-e-
<https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelho-arquitetura-e-
design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h02. ................................................... 106
design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h22. ................................................... 108
Figura
Figura
184
-
Bosque.
Fonte:
Disponível
em:
194
-
Área
externa.
Fonte:
Disponível
em:
<https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelho-arquitetura-e-
<https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelho-arquitetura-e-
design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h02. ................................................... 107
design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h33. ................................................... 108
Figura
Figura
185
-
Bosque.
Fonte:
Disponível
em:
195
-
Interno.
Fonte:
Disponível
em:
<https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelho-arquitetura-e-
<https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelho-arquitetura-e-
design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h02. ................................................... 107
design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h31. ................................................... 108
Figura
Figura
186
-
Bosque.
Fonte:
Disponível
em:
196
-
Casa
para
a
Terceira
Idade.
Fonte:
Disponível
em:
<https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelho-arquitetura-e-
<https://www.archdaily.com.br/br/01-120183/casa-para-a-terceira-idade-slash-bcq-
design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h02. ................................................... 107
arquitectes>. Acesso no dia 30 de Março de 2018, às 03h03. .......................................... 109
Figura
Figura
187
-
Fachada
Hospital.
Fonte:
Disponível
em:
197
-
Casa
para
a
Terceira
Idade.
Fonte:
Disponível
em:
<https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelho-arquitetura-e-
<https://www.archdaily.com.br/br/01-120183/casa-para-a-terceira-idade-slash-bcq-
design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h10. ................................................... 107
arquitectes>. Acesso no dia 30 de Março de 2018, às 03h03. .......................................... 109
Figura
Figura
188
-
Iluminação
zenital.
Fonte:
Disponível
em:
198
-
Casa
para
a
Terceira
Idade.
Fonte:
Disponível
em:
<https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelho-arquitetura-e-
<https://www.archdaily.com.br/br/01-120183/casa-para-a-terceira-idade-slash-bcq-
design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h10. ................................................... 107
arquitectes>. Acesso no dia 30 de Março de 2018, às 03h03. .......................................... 109
Figura
Figura 199 - Planta subsolo. Observações feitas pela autora, Thayná Lima. Fonte da planta:
189
-
Rampas.
Fonte:
Disponível
em:
<https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelho-arquitetura-e-
Disponível
em:
<https://www.archdaily.com.br/br/01-120183/casa-para-a-terceira-idade-
design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h22. ................................................... 108
slash-bcq-arquitectes>. Acesso no dia 30 de Março de 2018, às 03h15. .......................... 110
Figura 200 - Planta 1° Pav. Observações feitas pela autora, Thayná Lima. Fonte da planta:
Figura
Disponível
<https://www.archdaily.com.br/br/01-120183/casa-para-a-terceira-idade-
<http://www.apolo11.com/satmap2_cidades.php?citynum=4992>. Acesso no dia 29 de Abril
slash-bcq-arquitectes>. Acesso no dia 30 de Março de 2018, às 03h15. ......................... 110
de 2018, às 23h20. ............................................................................................................ 116
Figura 201 - Planta 2° Pav. Observações feitas pela autora, Thayná Lima. Fonte da planta:
Figura
Disponível
<http://www.encontraitaquaquecetuba.com.br/itaquaquecetuba/parque-ecologico-
em:
em:
<https://www.archdaily.com.br/br/01-120183/casa-para-a-terceira-idade-
210
211
-
-
Figura
Parque
207
-
Ecológico
Implantação.
Mário
do
Canto.
Fonte:
Fonte:
Disponível
Disponível
em:
em:
slash-bcq-arquitectes>. Acesso no dia 30 de Março de 2018, às 03h15. ......................... 110
itaquaquecetuba.shtml>. Acesso no dia 29 de Abril de 2018, às 00h. .............................. 116
Figura
Figura
202
-
Cortes
e
elevações.
Fonte:
Disponível
em:
212
-
Parque
Ecológico
Mário
do
Canato.
Fonte:
Disponível
em:
<https://www.archdaily.com.br/br/01-120183/casa-para-a-terceira-idade-slash-bcq-
<https://www.residenciallucy.com.br/?lightbox=i2vy>. Acesso no dia 29 de Abril de 2018, às
arquitectes>. Acesso no dia 30 de Março de 2018, às 03h03. .......................................... 111
00h15................................................................................................................................. 116
Figura 203 - Plantas layouts. Observações feitas pela autora, Thayná Lima. Fonte das
Figura
plantas: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-120183/casa-para-a-terceira-
<http://www.portalnews.com.br/_conteudo/2016/06/esportes/33533-mamoru-entrega-pista-
idade-slash-bcq-arquitectes>. Acesso no dia 30 de Março de 2018, às 03h15. ............... 111
de-caminhada-equipamentos-e-arvores.html>. Acesso no dia 29 de Abril de 2018, às
Figura
204
-
A
praça.
Fonte:
Disponível
em:
213
-
Pista
de
corrida
e
caminhada.
Fonte:
Disponível
00h40................................................................................................................................. 116
<https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/itaquaquecetuba/historico>. Acesso no dia 25 de Abril
Figura
de 2018, às 21h29. ............................................................................................................ 112
<http://radionossasenhoradajuda.blogspot.com/2017/02/igreja-matriz-nossa-senhora-
Figura
–
205
Centro
de
Itaquaquecetuba.
Fonte:
Disponível
em:
em:
214
-
Igreja
Nossa
Senhora
D'Ajuda.
Fonte:
Disponível
em:
dajuda-em.html>. Acesso no dia 05 de Junho de 2018, às 01h15. ................................... 117
<https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/itaquaquecetuba/historico>. Acesso no dia 25 de Abril
Figura
de 2018, às 21h29. ............................................................................................................ 113
<http://jornalvermelhinho.com.br/comercio-de-itaqua-preve-aumento-de-ate-15-nas-vendas-
Figura
206
–
Centro
de
Itaquaquecetuba
em
2017.
Fonte:
Disponível
em:
215
-
Igreja
Nossa
Senhora
D'Ajuda.
Fonte:
Disponível
em:
da-pascoa/>. Acesso no dia 25 de Abril de 2018, às 22h15. ............................................. 117
<http://jornalvermelhinho.com.br/comercio-de-itaqua-preve-aumento-de-ate-15-nas-vendas-
Figura 216 - Restauração na Igreja Nossa Senhora D'Ajuda, em 2018. Fonte: Registro por
da-pascoa/>. Acesso no dia 25 de Abril de 2018, às 22h15. ............................................ 114
Matheus Alves, em 2018. .................................................................................................. 118
Figura
em:
Figura 217 - Restauração na Igreja Nossa Senhora D'Ajuda, em 2018. Fonte: Registro por
<http://www.apolo11.com/satmap2_cidades.php?citynum=4992>. Acesso no dia 29 de Abril
Matheus Alves, em 2018. .................................................................................................. 118
207
-
Implantação.
Fonte:
Disponível
de 2018, às 22h29. ............................................................................................................ 115 Figura
208
-
Secretaria
Municipal
da
Cultura.
Fonte:
Disponível
em:
<https://www.itaquaquecetuba.sp.gov.br/secretaria-de-cultura-inicia-cadastro-para-apoiarartistas-da-cidade/>. Acesso no dia 29 de Abril de 2018, às 22h35. ................................. 115 Figura
209
-
Secretaria
Municipal
de
Cultura.
Fonte:
Disponível
em:
<http://www.regiaoemcontexto.com.br/secretaria-de-cultura-de-itaquaquecetuba-abreinscricoes-para-13-cursos/>. Acesso no dia 29 de Abril de 2018, às 22h41. .................... 115
Figura 218 - Restauração na Igreja Nossa Senhora D'Ajuda, em 2018. Fonte: Registro por Matheus Alves, em 2018. .................................................................................................. 118 Figura 219 - Restauração na Igreja Nossa Senhora D'Ajuda, em 2018. Fonte: Registro por Matheus Alves, em 2018. .................................................................................................. 118 Figura 220 - Especificação dos equipamentos urbanos. Fonte: Disponível em: <http://www.apolo11.com/satmap2_cidades.php?citynum=4992>. Acesso no dia 26 de Maio de 2018, às 00h16. ................................................................................................... 119
Figura 221 - Tabela de Características da Zona de Uso. Fonte: Plano Diretor Estratégico de
Figura
Itaquaquecetuba, 2006/2015. ............................................................................................ 121
<https://www.meteoblue.com/pt/tempo/previsao/modelclimate/itaquaquecetuba_brasil_3460
Figura
222
-
CPTM
Linha
12
-
Safira.
Fonte:
Disponível
em:
232
-
Temperatura
e
precipitações
médias.
Fonte:
Diponível
em:
644>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 16h10. ........................................................ 131
<http://www.cptm.sp.gov.br/sua-viagem/Pages/Linhas.aspx>. Acesso no dia 25 de Maio de
Figura 233 - Céu nublado, sol e dias de precipitação. Fonte: Diponível em:
2018, às 21h29.................................................................................................................. 125
<https://www.meteoblue.com/pt/tempo/previsao/modelclimate/itaquaquecetuba_brasil_3460
Figura 223 - Média de embarque de passageiros na linha 12 Safira. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015. .................................................................... 125 Figura
224
-
Trens
CPTM.
Fonte:
Disponível
em:
Acesso no dia 25 de Maio de 2018, às 21h22................................................................... 125 225
-
Ônibus
da
Julio
Simões.
Fonte:
Disponível
em:
<http://blogdagiselesantos.blogspot.com/2013/09/prefeito-participa-de-entrega-de-30.html>. Acesso no dia 28 de Maio de 2018, às 22h33................................................................... 126 Figura 226 - Onibus municipais, intermunicipais e passáro marrom. Fonte: Disponível em:
Acesso no dia 28 de Maio de 2018, às 21h22................................................................... 126 227
-
Rodoanel.
Fonte:
Disponível
em:
prazo-ate-junho.html>. Acesso no dia 28 de Maio de 2018, às 21h58. ............................. 127 Figura 228 - Monitoramento do Bioma Mata Atlântica. http://www.mma.gov.br/port/conama/. Acesso no dia 25 de Maio de 2018, às 22h29................................................................... 129 229
-
Hidrografia.
Fonte:
Disponível
em:
<http://www.sigrh.sp.gov.br/cbhat/apresentacao>. Acesso em 29 de Maio de 2018, às 21h17. ............................................................................................................................... 130 Figura
230
-
Vegetação.
Fonte:
Disponível
em:
-
Temperaturas
máximas.
Fonte:
Diponível
em:
<https://www.meteoblue.com/pt/tempo/previsao/modelclimate/itaquaquecetuba_brasil_3460
Figura
235
-
Quantidade
de
precipitação.
Fonte:
Diponível
em:
<https://www.meteoblue.com/pt/tempo/previsao/modelclimate/itaquaquecetuba_brasil_3460 644>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 16h10. ........................................................ 132 Figura
236
-
Velocidade
do
vento.
Fonte:
Diponível
em:
<https://www.meteoblue.com/pt/tempo/previsao/modelclimate/itaquaquecetuba_brasil_3460
Figura
237
-
Rosa
dos
ventos.
Fonte:
Diponível
em:
<https://www.meteoblue.com/pt/tempo/previsao/modelclimate/itaquaquecetuba_brasil_3460 644>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 16h10. ........................................................ 133
<http://www.antp.org.br/noticias/clippings/bertin-nao-entrega-obra-do-rodoanel-e-adia-
Figura
234
644>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 16h10. ........................................................ 132
<http://itaquanaweb.blogspot.com/2007/07/empresas-de-transporte-coletivo-que.html>.
Figura
Figura
644>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 16h10. ........................................................ 132
<http://itaquanaweb.blogspot.com/2007/07/linha-f-da-cptm-passado-presente-e.html>.
Figura
644>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 16h10. ........................................................ 132
<
Figura
238
-
Sentido
dos
ventos.
Fonte:
Diponível
em:
<https://www.meteoblue.com/pt/tempo/previsao/modelclimate/itaquaquecetuba_brasil_3460 644>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 16h10. ........................................................ 133 Figura 239 - Complexo Metropolitano Expandido. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015. ............................................................................................ 134 Figura 240 - Projeção demográfica. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015. ......................................................................................................................... 135
https://www.emplasa.sp.gov.br/Cms_Data/Sites/EmplasaDev/Files/Documentos/Cartografia
Figura 241 - Projeção demográfica. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba,
/Atlas/RMSP/Atlas_Itaquaquecetuba.pdf>. Acesso no dia 29 de Maio de 2018, às 22h10.
2006/2015. ......................................................................................................................... 136
.......................................................................................................................................... 130 Figura 231 - Dados climáticos. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015. ........................................................................................................................ 131
Figura 242 - Projeção demográfica. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015. ......................................................................................................................... 136
Figura 243 - Projeção demográfica. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba,
Figura
2006/2015. ........................................................................................................................ 136
<https://www.google.com.br/maps/@-23.4844563,-
Figura 244 - Saneamento básico. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015. ........................................................................................................................ 137 Figura 245 - Sistema Produtor Alto Tietê. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015. ............................................................................................ 137 Figura 246 - Volumes de água tratada fornecida ao Município. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015. .................................................................... 138 Figura 247 - Evolução da extensão de rede. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015. ............................................................................................ 138 Figura 248 – Empreendimentos realizados. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015. ............................................................................................ 138 Figura 249 - Prognóstico de obras. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015. ........................................................................................................................ 139 Figura 250 - Esgotamento sanitário. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015. ........................................................................................................................ 139
257
-
Figura
256
-
Terreno.
Fonte:
Disponível
em:
46.3527627,3a,75y,19.22h,82.2t/data=!3m6!1e1!3m4!1spOoSpyhO17pDaYqNQ1n5jg!2e0! 7i13312!8i6656>. Acesso no dia 19 de Abril de 2018, às 22h29. ...................................... 143 Figura 258 - Terreno, vista 01. Fonte: Registrado pela autora, Thayná Lima. No dia 10 de Junho de 2018, às 17h50. ................................................................................................. 143 Figura 259 - Terreno, vista 02. Fonte: Registrado pela autora, Thayná Lima. No dia 10 de Junho de 2018, às 17h50. ................................................................................................. 143 Figura 260 - Terreno, vista 03. Fonte: Registrado pela autora, Thayná Lima. No dia 10 de Junho de 2018, às 17h50. ................................................................................................. 143 Figura 261 - Taxa de Ocupação e Coeficiente de Aproveitamento. Fonte: Produzido pela autora, Thayná Lima. ......................................................................................................... 144 Figura 262 - Parâmetros do conforto térmico. Fonte: Em busca de uma Arquitetura Sustentável para os Trópicos, 2009. ................................................................................. 145 Figura
263
-
Iluminação
zenital.
Fonte:
Disponível
em:
<https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelho-arquitetura-edesign>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h22. ................................................... 146
Figura 251 - Dados gerais. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015. ........................................................................................................................ 139
Figura 264 - - Iluminação natural. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de 2018. .................................................................................................................... 146
Figura 252 - Planos de Necessidades. Fonte: Produzido pela autora, Thayná Lima. ....... 141 Figura
265
-
Fundação
Esther
Koplowitz.
Fonte:
Disponível
em:
Figura 253 - Fluxograma. Fonte: Produzido pela autora, Thayná Lima. ........................... 141
<https://www.archdaily.com.br/br/771997/fundacao-esther-koplowitz-para-pacientes-com-
Figura 254 - Terreno e Vias. Fonte: Produzido pela autora, Thayná Lima. ....................... 142
parasilia-cerebral-hans-abaton>. Acesso no dia 09 de Junho de 2018, às 19h33. ........... 147
Figura
Figura
255
-
Entorno
do
terreno.
Fonte:
Disponível
em:
266
-
Fundação
Esther
Koplowitz.
Fonte:
Disponível
em:
<http://www.apolo11.com/satmap2_cidades.php?citynum=4992>. Acesso no dia 06 de
<https://www.archdaily.com.br/br/771997/fundacao-esther-koplowitz-para-pacientes-com-
Junho de 2018, às 00h30. ................................................................................................. 142
parasilia-cerebral-hans-abaton>. Acesso no dia 09 de Junho de 2018, às 19h33. ........... 147
Figura 256 - Terreno. Fonte: Disponível em: <https://www.google.com.br/maps/@-
Figura
23.4844563,-
<https://www.archdaily.com.br/br/771997/fundacao-esther-koplowitz-para-pacientes-com-
46.3527627,3a,75y,19.22h,82.2t/data=!3m6!1e1!3m4!1spOoSpyhO17pDaYqNQ1n5jg!2e0!
parasilia-cerebral-hans-abaton>. Acesso no dia 09 de Junho de 2018, às 19h33. ........... 147
7i13312!8i6656>. Acesso no dia 19 de Abril de 2018, às 22h29....................................... 143
267
-
Fundação
Esther
Koplowitz.
Fonte:
Disponível
em:
Figura
268
-
Fundação
Esther
Koplowitz.
Fonte:
Disponível
em:
<https://www.archdaily.com.br/br/771997/fundacao-esther-koplowitz-para-pacientes-comparasilia-cerebral-hans-abaton>. Acesso no dia 09 de Junho de 2018, às 19h33. ........... 147 Figura 269 - Croqui Centro de Convivência para Idosos Idalina da Silva. Ilustração pela autora, Thayná Lima. ........................................................................................................ 148
22
LISTA DE SIGLAS
ABNT
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS
COHAB
COMPANHIA METROPOLITANA DE HABITAÇÃO
IBGE
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICAS
ILPI
INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA
MMA
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
MDH
MINISTÉRIO DOS DIREITOS HUMANOS
PNAD
PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIOS
PNH
POLÍTICA NACIONAL DA HUMANIZAÇÃO
SESC
SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO
23
SUMÁRIO CAPÍTULO I ......................................................................................................................... 27 CONTEXTO HISTÓRICO................................................................................................. 27 1.0 O Envelhecimento no Brasil .................................................................................... 27 1.1 Históricos dos Asilos no Brasil ................................................................................ 29 1.1.1 São Paulo:............................................................................................................ 30 1.1.2 Rio Grande do Sul: ............................................................................................... 32 1.1.3 Maranhão: ............................................................................................................ 33 1.1.4 Pernambuco: ........................................................................................................ 34 1.1.5 Pará:..................................................................................................................... 36 1.2 Instituições de Longa Permanência para Idosos ..................................................... 38 1.3 Centros de Convivência para Idosos....................................................................... 39 CAPÍTULO II ........................................................................................................................ 40 MORFOLOGIA ................................................................................................................. 40 2.0 Acessibilidade ......................................................................................................... 40 2.1 Desenho Universal .................................................................................................. 48 2.2 Antropometria & Ergonomia .................................................................................... 53 2.3 Legislação ............................................................................................................... 54 2.4 Espaços: Segurança e Adaptação ao Idoso. .......................................................... 56 2.5 A Teoria Ambientalista de Florence Nightingale .................................................... 65 2.6 Paisagismo e seu bem estar ................................................................................... 67 2.7 A Evolução dos Espaços......................................................................................... 68 2.7.1 Asilos e Hospícios - Edifícios Assistidos. ............................................................. 70 2.7.2 Asilos Colônias Paulistas ..................................................................................... 73 2.7.2 Hospital – Edifício não assistido. .......................................................................... 77 2.7.3 Ambiência. ........................................................................................................... 81 2.7.4 Hospital Residencial – Edifício não assistido. ...................................................... 82 2.7.5 Residencial para Idosos – Edifício não assistido / Internacional. ......................... 85 2.7.6 Centro de Convivência para Idosos – Edifício Assistido / Nacional. .................... 90 2.7.7 Centro de Convivência para Idosos – Edifício Assistido/ Internacional. ............... 92 CAPÍTULO III ....................................................................................................................... 96
24
ESTUDOS DE CASO....................................................................................................... 96
5.4 Iluminação Natural ................................................................................................ 146
3.0 Estudo Regional – Residencial Vila dos Idosos – Pari / São Paulo. ....................... 96
5.5 Materiais................................................................................................................ 147
3.1 Estudo Nacional - Hospital do Rócio – Campo Largo / Paraná. ........................... 105
5.5.1 Cores.................................................................................................................. 147
3.2 Estudo Internacional - Casa para Terceira Idade, 2008 – Barcelona / Espanha. . 109
5.6 O Projeto ............................................................................................................... 148
CAPÍTULO IV .................................................................................................................... 112
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 149
VIABILIDADE ................................................................................................................. 112
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 150
4.0 Contexto Histórico: Itaquaquecetuba – SP ........................................................... 112 4.1 Cultura em Itaquaquecetuba - SP ......................................................................... 115 4.1.1 Patrimônio Histórico de Itaquaquecetuba – SP ................................................. 117 4.2 Uso e Ocupação do Solo Urbano de Itaquaquecetuba – SP ................................ 119 4.3 Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo de Itaquaquecetuba – SP ....................... 120 4.4 Legislação Viária de Itaquaquecetuba – SP ......................................................... 123 4.4.1 Sistema Viário de Itaquaquecetuba – SP .......................................................... 124 4.4.2 Meios de Transportes em Itaquaquecetuba - SP ............................................... 125 4.5 Impactos sobre o Meio Ambiente em Itaquaquecetuba – SP ............................... 128 4.5.1 Geologia e Geomorfologia ................................................................................. 128 4.5.2 CONAMA ........................................................................................................... 129 4.5.3 Hidrografia ......................................................................................................... 130 4.5.4 Vegetação .......................................................................................................... 130 4.5.5 Clima.................................................................................................................. 131 4.6 Economia Regional de Itaquaquecetuba – SP ..................................................... 134 4.7 Projeção Demográfica de Itaquaquecetuba – SP ................................................. 135 4.8 Saneamento Básico em Itaquaquecetuba – SP ................................................... 137 4.8.1 Abastecimento de Água ..................................................................................... 137 4.8.2 Esgotamento Sanitário....................................................................................... 139 4.8.3 Equipamentos Urbanos ..................................................................................... 140 CAPÍTULO V ..................................................................................................................... 141 CENTRO DE CONVIÊNCIA PARA IDOSOS – IDALINA DA SILVA .............................. 141 5.0 Planos de Necessidades ...................................................................................... 141 5.1 Fluxograma ........................................................................................................... 141 5.2 Terreno e seu Entorno .......................................................................................... 142 5.3 Conforto Ambiental ............................................................................................... 145
25
INTRODUÇÃO Considerando relatos sobre as duas últimas décadas, onde a longevidade vem crescendo em passos largos, o envelhecimento populacional torna-se um desafio à humanidade, sendo necessário um estudo para readequar o espaço àqueles que enfrentam a terceira idade na sociedade caótica e as dificuldades dos tempos modernos e corridos que não respeitam seus passos curtos e jeitosos. Inspirando-se em ideais da década de 70, este trabalho tende a apresentar um conceito estrutural designado para suprir as necessidades do envelhecimento. O Centro de Centro de Convivência para Idosos Idalina da Silva, é a solução que reintegrará e proporcionará carinho, atenção e autonomia aos idosos, que muitas vezes não recebem tamanha atenção por conta da vida corrida de seus familiares. Com uma arquitetura aconchegante constituída por materiais de fácil percepção, iluminação e ventilação natural, paisagismo e acessibilidade universal e acompanhamento de profissionais, o Centro de Convivência implantado na cidade de Itaquaquecetuba – SP, visa anular qualquer comparação ao asilo, pois o mesmo permite aos idosos o direito de ir e vir de acordo com a sua própria vontade. Não se tratando também de uma Instituição de Longa Permanência, poderá ser frequentado como um programa de entretenimento, um ponto de encontros, compartilhamentos, experiências e lazer. Um típico programa que acrescentará mais vivência a seus integrantes, gerando (para alguns) e fortalecendo (a outros) a independência local e social. O Centro de Convivência coloca-se a serviço dos idosos buscando realmente entender o seu lado humano, sendo ele racional e emocional, afim de preencher àquilo que falta e de outra forma, transbordar sentimento de felicidade, contribuindo então com um plano de necessidades elaborado especificamente e cuidadosamente para os mesmos, como oficinas de marcenaria, costura e bordados, pinturas, atividades como música, dança, pilates, natação, horta, leitura e salas voltadas aos jogos. Contando também com profissionais da área de psicologia, assistência social, nutrição e fisioterapia, para que todo divertimento proporcionado seja praticado de forma correta à saúde. Tudo a fim de valorizar a criatividade e convivência entre os idosos, dando-lhes prazer e autonomia para novos compartilhamentos e aprendizados. Neste trabalho, será apresentada por capítulos toda a metodologia utilizada para a elaboração do projeto. Como surgiu a ideia de um local para idosos, no Brasil e no mundo,
26
o que foi modificado do antigo para o contemporâneo, ou seja, a evolução dos espaços. Leis criadas para os direitos e segurança dos idosos (...). Um estudo intenso e construtivo, com o intuito de sanar não só fisicamente o que falta na cidade para o público da terceira idade, mas sim, adentrar cuidadosamente no lado humano, reascendendo a vida e o prazer de morar na cidade que habita. Com um estudo aprofundado sobre o terreno situado em Itaquaquecetuba, as diretrizes para a elaboração do projeto tornaram-se mais reais e humanas, de modo que, conhecer o entorno, os equipamentos públicos e urbanos, normas relatadas no Plano Diretor Estratégico do Município, todos os tipos de transportes coletivos que a cidade oferece, contribui para um projeto de conciliação, ou seja, adaptar o novo ao que existe, para que não haja nenhum tipo de intervenção segregativa. A partir dos pontos e estudos obtidos, a clareza à união ao sistema natural de iluminação, ventilação, conforto térmico e paisagismo, serão o componentes primordiais para o desenvolvimento do projeto. De forma que a natureza adentre o Centro de Convivência entrelaçando e envolvendo quem o habita, como sendo uma troca, a possibilidade da natureza envolver-se no espaço e quem o visita envolver-se com a natureza. Torna-se claro que a saúde está designadamente ligada ao subconsciente humano, desde modo, amparando-o, aconchegando-o, faz com que o ser humano sinta-se em casa e a sensação de estar em casa é o que todos querem depois de um dia exaustivo no cotidiano caótico paulista.
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CAPÍTULO I CONTEXTO HISTÓRICO 1.0 O Envelhecimento no Brasil “O que era privilégio de poucos – chegar à velhice – hoje passa a ser uma norma, mesmo nos países mais pobres. Esta conquista, uma das maiores do século XX, se transforma, no entanto, em um grande desafio que se inicia.” (VERAS, 2004, pg.7)
O envelhecimento é uma fase natural a ser vivida por todos os seres humanos, onde a vida é composta por etapas desde o nascimento à terceira idade. De acordo com dados fornecidos pelo IBGE1, a longevidade vem aumentando surpreendentemente com o passar dos anos “Já para o grupo de idosos de 60 anos ou mais de idade o aumento na participação relativa é acentuada, passando de 13,8%, em 2020, para 33,7%, em 2060, ou seja, um aumento de 20 pontos percentuais.” (IBGE, 2013), como ilustrado no gráfico baixo:
Figura 2 - O Envelhecimento. Fonte: Ilustração pela autora, Thayná Lima. Figura 3 - Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período 2000/2060. Revisão 2013 e Projeção da População das Unidades da Federação por Sexo e Idade para o Período 2000/2030, Revisão 2013. Fonte: IBGE.
1
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
28
Um dos motivos citados pela Pesquisa Nacional de Amostra por Domicilio (PNAD)
Diogo MJD7 (2006) apud Bestetti8 (2014, p.602): “O homem é um ser social que
para o aumento deste número é “Um ponto importante relacionado ao envelhecimento
interage com um ambiente físico e um meio social, os quais podem favorecer ou não a sua
populacional diz respeito à previdência social (...)” (PNAD,2013), pois uma porcentagem da
adaptação ao processo de envelhecimento”. Ou seja, o ambiente que transmite ao ser
população idosa recebe e acumula aposentadoria e pensão, enquanto outra porcentagem
humano o desejo ou não de ficar ali.
encontra-se inserida no mercado de trabalho, mesmo sendo eles ocupados e aposentados. São considerados idosos pessoas com 60 anos de idade, como cita Veras2 (2004, p.4): Além do importante trabalho realizado pela Organização Mundial de Saúde, em 1984 (WHO,1984), no Brasil, existem dois documentos oficiais, a Lei n° 8.842/94, que dispõem sobre a Política Nacional do Idoso (Brasil, 1994), que no seu art. 2°, diz “considera-se idoso, para todos os efeitos desta lei, a pessoa maior de 60 anos de idade”, e a Política Nacional de Saúde do Idoso, sancionada pelo Ministério da Saúde, publicada no Diário Oficial em 13 de Dezembro de 1999, que define a idade a partir dos 60 anos para designar idoso (Brasil, 1999).
Assim como a longevidade, a tecnologia também têm andado em passos largos,
Vivemos em uma sociedade capitalista e consumista, em que o trabalho e fornecimento de mão de obra é o auge do mundo empresarial. “Com a valorização do mundo das coisas, aumenta em proporção direta a desvalorização do mundo dos homens.” (MARX, 1844, p.111) Inaugurando o patamar da terceira idade, muitos idosos passam por dificuldades sendo elas tanto no convívio social quanto em relação ao trabalho, mesmo com o direito a aposentadoria, pessoas que compõe faixa etária considerada como terceira idade, ainda buscam trabalhar, seja por necessidade de renda ou até mesmo por prazer, por sentirem-se úteis.
cooperando para uma medicina mais avançada, tratamentos e medicamentos que suprem
A convivência familiar também muda, pois a correria ativa dos demais familiares
Olshansky3,
permanece, eles continuam suas vidas, seja estudando, trabalhando ou morando
as necessidades dos pacientes e melhoram as estatísticas de cura. Para Carnes4
e
Cassel5
(1990) apud
Neri6
(2001, pg.21):
Segundo estudos populacionais feitos nos Estados Unidos, a eliminação de doenças cardíacas como causa de morte acrescentaria, em média, três anos de vida para a população feminina e três anos e meio para a masculina. A eliminação das doenças cardíacas e do câncer acrescentaria sete anos para as mulheres e oito para os homens.
separadamente do idoso e com isso, o convívio familiar torna-se ausente. Porém, a exclusão social não se diz respeito somente na vida pessoal, varia da condição econômica, moradia, profissão, como confirma Neri (2001, p.20): O critério de idade não é o único pela sociedade para organizar o curso de vida. Há também critérios de classe social, etnia, profissão e educação, que se entrelaçam com o de idade para determinar a posição dos indivíduos e dos grupos na sociedade. (NERI, 2001, p.20).
É fundamental que o envelhecimento seja saudável, para que não haja o sentimento de estar apenas carregando a bagagem de uma vida longa, isto por conta da exclusão social.
Ser idoso não é ser velho, é necessitar de um novo ciclo de convivência em que haja atenção, cuidado e respeito para eles.
2
VERAS, Renato. Professor e Diretor da UnATI/UERJ, PhD.,Universidade de Londres, Pesquisador 1 do CNPq, Médico 3
OLSHANSKY, Jay S. Professor na Escola de Saúde Pública da Universidade de Illinois em Chicago, bem como pesquisador associado no Centro de Envelhecimento da Universidade de Chicago e na Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres. 4
CARNES, Bruce. Professor no Centro de Ciência da Saúde da Universidade de Oklahoma. Departamento de Medicina Geriátrica na Cidade de Oklahoma, EUA. 5
CASSEL, Christine, Diretora de planejamento da Kaiser Permanente School of Medicine. Foi presidente e CEO do National Quality Forum. Ela é uma das principais especialistas em medicina geriátrica, ética médica, política de saúde e qualidade de atendimento.
7
6
8
NERI, Anita Liberalesso. Professora colaboradora no Departamento de Psicologia e Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. Psicóloga, obteve o título de Mestre em Psicologia na USP em 1972. Doutorou-se na mesma instituição em 1975.
DIOGO, Maria José Delboux. Enfermeira. Professor Assistente Doutor do Departamento de Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP. BESTETTI, Maria Luisa Trindade. Arquiteta formada pela UFRGS em 1982, com mestrado e doutorado pela FAU USP (2002 e 2006). É professora e doutora no Curso de Gerontologia da Universidade de São Paulo desde 2009.
29
1.1 Históricos dos Asilos no Brasil “O envelhecimento humano é um fato reconhecidamente heterogêneo, influenciado por aspectos socioculturais, políticos e econômicos, em interação dinâmica e permanente com a dimensão biológica e subjetiva dos indivíduos. Desta forma, a chegada da maturidade e a vivência da velhice pode significar realidades amplamente diferenciadas, da plenitude à decadência, da gratificação ao abandono, sobretudo em presença de extremas disparidades sociais e regionais como as que caracterizam o Brasil contemporâneo.” (ASSIS, 2004, p.11)
Asilo vem do grego ásylos pelo latim asylu, conhecido também como Instituições de Longa Permanência - ILPIs, sendo uma casa de amparo e assistência para pessoas necessitadas. Alcântara9 (2004, p.149) apud Araújo10; Souza11 e Faro12, (2010, p.252) “Há registros de que o primeiro asilo foi fundado pelo Papa Pelágio II (520-590), que transformou a sua casa em um hospital para velhos”. Como relatado pelas autoras Araújo et al., “A família brasileira tem se modificado com a modernização da sociedade”. Ou seja, mulheres vêm adquirindo seu direito de participar do mercado de trabalho, a questão da redução do tamanho das famílias por conta dos métodos contraceptivos (...) a correria do cotidiano está assumindo o tempo que poderia ser dedicado ao cuidado e atenção às necessidades dos idosos que fazem parte da família. É uma linha tênue em o precisar da renda para suprir as necessidades pessoais e familiares e o tempo disposto a conquistar esta mesma renda. Desta forma, as alternativas para os cuidados com os idosos eram escassas. Veremos através dos capítulos que aqui serão fornecidos, como a antiguidade lidava com a falta de soluções para manter os idosos inclusos a sociedade e como as ILPIs são vistas e a contemporaneidade do surgimento dos Centros de Convivência para Idosos. Figura 4 - Hospital Colônia, Brasil, 1950 a 1980. Fonte: Disponível em: <http://www.jornalemfoco.com.br/conheca-a-macabra-historia-do-maior-hospicio-do-brasil/>.
9
ALCÂNTARA, Adriana de Oliveira. Possui Graduação em Serviço Social pela Universidade Estadual do Ceará (1997) e Mestrado em Gerontologia pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP (2003). Doutora em Antropologia Social pela UNICAMP (2010). 10
ARAUJO, Claudia Lysia de Oliveira. Pós Doutorado pelo Programa em Enfermagem na Saúde do Adulto, da Escola de Enfermagem. 11
SOUZA, Luciana Aparecida de. Mestre em Ciências pela Universidade São Paulo (2010). Foi monitora da Escola de Enfermagem USP e atualmente é Enfermeira Coordenadora do Fleury Medicina e Saúde. 12
FARO, Ana Cristina Mancussi. Possui Graduação em Enfermagem pela Universidade de São Paulo (1983). Especialização em Aprimoramento em Enfermagem em Terapia Intensiva pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (1987). Mestrado em Enfermagem pela Universidade São Paulo (1991). Doutorado em Enfermagem pela Universidade de São Paulo (1995).
30
De acordo com o artigo Histórias das Primeiras Instituições para Alienados no
1.1.1 São Paulo: 14 de Maio de 1852, criou-se o Hospício Provisório de Alienados,
Brasil, de Oda13 e Dalgalarrondo14 (2005, p.983-1010), durante o Segundo Reinado (1841-
numa casa alugada na Rua São João, onde funcionou até o ano de 1864, sendo
1889), surgiram os primeiros asilos para alienados carentes, órfãos, recém-nascidos
transferido para uma chácara na Ladeira da Tabatinguera, até o momento em que fora
abandonados ou expostos, mendigos, morféticos e os loucos, em São Paulo (1852),
criado o Hospital-Colônia de Juquery, inaugurado em 1898 e tendo conclusão da
Pernambuco (1864), Pará (1873), Bahia (1874), Rio Grande do Sul (1884) e no Ceará
transferência dos internos em 1903. Nesta época no estado de São Paulo, foram escritos o
(1886). Como relatado pelo médico francês Joseph François Xavier Sigaud15 (1835), era de
total treze relatórios, descrevendo a criação, problemas e soluções sobre os asilos da
extrema importância a criação exclusiva de manicômio ou algum estabelecimento
época na província, como veremos a seguir:
específico para o tratamento de alienados. Com o auxílio da Irmandade da Misericórdia, as famílias cariocas que continham alienados em seu meio, passaram a contribuir com a ajuda de custo para a construção do asilo, sendo de grande importância o reconhecimento da atuação da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia da Corte, tanto na política quanto na mobilização social para o surgimento do asilo. Quem acreditará que o número de tais infelizes é considerável e que as famílias ricas que os têm em suas casas nunca tiveram a lembrança de fundar, por uma associação, um asilo em que as regras da higiene pudessem auxiliar com vantagem as prescrições da terapêutica? (SIGAUD, 1835, p.7)
•
Hospício Provisório de Alienados (Rua São João). O relatório de fevereiro de
1849, escrito pelo presidente Vicente Pires da Mota, relata a aprovação da lei para a construção de uma cada para loucos e neste mesmo ano, constavam que o “governo fora informado da existência de 52 alienados, em 19 localidades do interior, sendo 31 homens e 21 mulheres”. (ODA, DALGALARRONDO, 2005, p.9867). •
Logo, no ano de 1852, o presidente da província de São Paulo, José Tomás
Nabuco de Araújo, anuncia a autorização pela Lei provincial n.12 de 18 de setembro de 1848, em vigor pela Lei provincial n.10 de 7 de maio de 1851 “estabeleci nesta capital uma casa provisória para os alienados, alugando para dito fim, e por nove anos... a casa de
Através de documentos oficiais, conhecido como relatório dos presidentes de suas respectivas províncias daquela época, como apresentado por Oda; Dalgalarrondo (2005, p.986):
Felizardo Antonio Cavalheiro e Silva (...)” •
Em 1859, o presidente da província de São Paulo José Joaquim Fernandes
Torres, recorre a necessidade de aumentar a dotação do Hospício “é insuficiente para as os relatórios registram os discursos em que cada presidente provincial prestava constas aos deputados, ou ao sucessor, dos feitos do governo no ano anterior, e em que fazia considerações sobre as necessidades orçamentárias para o ano vindouro”. (ODA, DALGALARRONDO, 2005, p.986)
duas despesas, já que o número de enfermos tem gradualmente crescido”. •
O Hospício de Alienados da Ladeira da Tabatinguera. Anos depois, em 1870,
o presidente da província de São Paulo, Antonio Cândido da Rocha, resume as situações precárias da instalação do Hospício:
Diante disto, discorreremos a seguir sobre os asilos no estado de São Paulo,
refere que, em 1869, estiveram ali 76 internos, cuidados por 1 médico, 1 enfermeiro, 1 enfermeira e 3 guardas, além de 1 cozinheira e 2 serventes; havia ainda o escrivão e o administrador. (ROCHA, 1870, p.988).
Pernambuco, Pará, Bahia, Rio Grande do Sul e Ceará. 13
ODA, Ana Maria Galdini Raimundo. Pesquisadora do Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria (DPMP) e Professora de Pós-Graduação da Faculdade de Ciências Médicas (FCM). 14
DALGALARRONDO, Paulo. Livre docente do Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas. Coordenador do Laboratório de Saúde Mental, História, Cultura e Epistemologia. 15
SIGAUD, José Francisco Xavier. Era bacharel em letras e iniciou seus estudos na Faculté de Medicine de Montpellier (França). Doutorou-se em medicina pela Faculté de Médicine de Strasbourg, em 7 de setembro de 1818, com a tese “Recherches et observations sur la phthisie lagyngée”. Inicinou suas atividades profissionais em Lyon (França), sendo admitido, por concurso, no Hôpital de la Charité desta cidade, onte atuou como cirurgião-interno e posteriormente como cirurgião-mor.
Contudo, “(...) A Lei de n.29 de 7 de julho do ano passado...autorizou a mandar levantar a planta e orçamento para um novo Hospício.” (ROCHA, 1870, p.989). •
Em 1871, o presidente da província de São Paulo, Antonio da Costa Pinto e
Silva, permanece ao enfatizar que o asilo ainda existente daquela época era extremamente de mal uso e má convivência, por causa da situação precária que encontrava-se:
31
Este estabelecimento... não corresponde às vistas humanitárias de seus instituidores. Parece que um mau fado, tendo presidido sua criação, ainda até agora não deixou de acompanha-lo... É verdadeiramente contristador o aspecto desse edifício público, que já teria desabado sobre os infelizes que ali existem reclusos, se não estivesse cheio de escoras. (SILVA, 1871, p.989).
•
Os compartimentos da casa apenas permitem a separação dos sexos e, entre as classes de enfermos, os tranquilos dos agitados. Para que o estabelecimento se aproxime dos tipos que a medicina alienista exige, fora necessário divisões para agitados, incômodos, imundos e epiléticos, tranquilos e enfermaria... Se pretendeis que aquela casa deixe de ser simplesmente uma hospedaria de infelizes para tornar-se verdadeiro hospício em que os enfermos possam recuperar a saúde e com esta o uso da razão, decretarei a cota necessária para que ela possa ter um médico especialista. (BRITO, 1881, p.990).
No ano de 1875, o presidente da província de São Paulo, João Teodoro
Xavier, descreve sobre a grande necessidade de ampliação do prédio, pois: a completa separação dos sexos, a classificação dos alienados e que ofereçam cômodos para o trabalho, refeitório, enfermarias, prisões seguras e higiênicas, etc... Neste momento, lendo o relatório do Dr. Chefe de Polícia, encontro nele informações que confirmam a necessidade de aumento do edifício. De 27 localidades, diz ele, recebeu a comunicação da existência de 112 alienados; e as autoridades locais, sob a pressão das circunstâncias, e apesar das ordens em contrário... fazem remessa de alguns desses alienados... forçando indiretamente o Governo a admiti-los naquele estabelecimento. (XAVIER, 1875, p.989).
•
•
Conde de Três Rios, relata sobre o estado precário do Hospício: Os intuitos de uma sociedade civilizada não ficam satisfeitos com a detenção destes infelizes em número superior à lotação do edifício, presos à mais perigosa melancolia, sem trabalho apropriado e sem possibilidade de cura quando a anormalidade mental chega a um certo grau. Pode haver egoísmo, mas não há caridade... Se ainda não existe classificação dos alienados, oficinas de trabalho, lugar para recreio, enfermarias higiênicas, casas para banho, duchas, aparelhos e instrumentos que a ciência médica manda aplicar, qual seria o meio de tratamento empregado anteriormente? (ARANHA, 1882, p.991).
No ano seguinte, em 1876, o presidente da província de São Paulo, Sebastião
José Pereira, relata sobre a mortalidade dos alienados do Hospício do ano anterior, dos 140 alienados tratados, 45% faleceram. Assim justifica: A mortalidade havida tem explicação: na aglomeração inevitável de grande número de enfermos no edifício que ainda não tem acomodações suficientes; no estado morboso de muitos alienados que falecem logo depois de terem entrado no Hospício; e, principalmente, na varíola que por duas vezes desenvolveu-se no estabelecimento. Alguns empregados encarregados do tratamento dos variolosos foram vítimas de sua dedicação, tendo falecido dois enfermeiros e um guarda. (PEREIRA, 1867, p.990). •
No ano de 1882, o vice-presidente da província de São Paulo, Souza Aranha,
•
Em 1885, o presidente da província de São Paulo, José Luiz de Almeida
Couto, relata ainda a sobre existência dos problemas apontados pelo administrador Frederico Antonio de Alvarenga, onde o número de internos continuava entre 180 a 190. •
No ano de 1887, o presidente da província de São Paulo, Barão do Parnaíba,
descreve o estabelecimento “tem recebido constantes melhoramentos, reclamados pela elevação do número dos enfermos, que cresce com o aumento da população e com outras
Em 1878, ainda sendo presidente da província de São Paulo, Sebastião José
Pereira, traz um Anexo com observações escritas pelo administrador do Hospício, Frederico Antonio de Alvarenga, onde fala sobre o tratamento do Hospício:
causas, que levantam discussão entre os profissionais”. (PARNAÍBA, 1887, p.991). Neste mesmo ano houve a primeira crítica em relação às estatísticas do Hospício, em relação a divisão de necessidade que o Hospício passou a adquirir, ou seja, “a determinação de
Do melhor modo que seus recursos lhe têm permitido um grande número de infelizes atacados de alienação mental – a mais temível das enfermidades, que obriga a segregar do seio da família até os entes mais caros e prediletos. (ALVARENGA, 1868) apud (PEREIRA, 1878, p.990).
domicílio, da idade, da época em que a doença se manifestou, do estado, do grau de
No mês de janeiro de 1881, o presidente da província de São Paulo, Laurindo
dois médicos, Dr. Inácio Xavier Mesquita no setor dos homens e o Dr. Tertuliano César
Abelardo de Brito, inicia seu relatório comparando a tristeza como era vista a casa para os
Gonzaga no setor das mulheres, auxiliando assim para uma consulta mais intensa e
alienados, com o presente daquele ano, onde o mesmo citava as modificações realizadas
atenciosa. No número de funcionários também houve aumento, como 13 homens e 14
na casa para estender assim os benefícios para toda a Província e ainda ressalta sobre as
mulheres, sendo 8 destes para a cozinha, lavagem de roupa, limpeza e serviços de rua e
ampliações necessárias, pois:
os demais ficando para tratamento e vigilância de 269 alienados. (PARNAÍBA, 1887,
•
instrução e da profissão dos alienado”. (SÃO PAULO, 1887). De acordo com o relatório do Barão do Parnaíba, é correto afirmar que a melhoria sucedeu também pela admissão de
p.991).
32
•
De acordo com estudos feitos pelo presidente da província de São Paulo,
1.1.2 Rio Grande do Sul: Província de São Pedro, século XIX, onde os alienados
Pedro Vicente de Azevedo, no ano de 1889, o mesmo apresenta uma tabela em que
eram alojados pelas Santas Casas ou presos em cadeias. No ano de 1879, surgira o
compara os dados do Hospício de São Paulo e do Pedro II (1883-1887), onde nota que o
primeiro asilo considerado daquela época: Hospício São Pedro, onde o mesmo fora
maior número de óbitos são em São Paulo e relembra que no Rio de Janeiro há um Asilo
inaugurado apenas em 1884, sob a direção da Santa Casa.
de Mendicidade que recebe muitos alienados e explica: No Rio Grande do Sul, foram escritos no total dez relatórios, com trechos Esses alienados são por certo os incuráveis e quiçá os enfermos mais imundos, quais os idiotas, os imbecis, etc., que, pelo seu estado valetudinário, aumentam o número de óbitos. Aqui, pelo contrário, o Hospício recebe os enfermos de toda sorte de moléstias mentais, pela mor parte incuráveis. Assim, os caducos, os paralíticos, os idiotas, os epiléticos, os afetados de delirium tremens e delírio de alcóolico em último grau, enfim, todos os alienados que lhe são remetidos do Asilo de Mendicidade, dos Hospitais de Misericórdia, Penitenciária, quartéis e cadeias de tida a Província. É obvio que, com tal aglomeração de enfermos incuráveis, haverá necessariamente grande elevação no obituário. (AZEVEDO, 1889, p.992).
transcritos pelos respectivos presidentes da província de São Pedro daquela época: •
vice-presidente da província de São Pedro, Luiz Alves Leite de Oliveira Belo, inicia o item ‘Socorros Públicos’, mencionando as atividades da Misericórdia da capital gaúcha: É o maior, mais completo e mais rico dos estabelecimentos de Caridade, que existem na Província. Sua beneficência não de limita à humanidade enferma: este pio estabelecimento recebe e cria os expostos; procura destino aos meninos e casamento às moças, que tem criado; acolhe e protege os alienados; e os pobres em suas diferentes condições; e tem a seu cargo os enterramentos e o cemitério público... e o curativo dos presos pobres. (BELO, 1852, p.993).
Abaixo temos um gráfico que fora apresentado pelo presidente da província de São Paulo, Pedro de Vicente Azevedo (1889), no que diz respeito a numeração de “curados” e daqueles que morreram. O ano de 1857 refere-se ao Hospício da Rua São João e os seguintes entre 1869 e 1888, àquele da Tabatinguera:
Os alienados nas enfermarias da Santa Casa de Porto Alegre. Em 1852, o
•
No ano de 1859, o presidente da província de São Pedro, Joaquim Antão
Fernandes Leão, informa sobre o movimento da Santa Casa no anterior em que, do total de 860 enfermos atendidos, 48 eram alienados. •
Em 1860, o mesmo presidente da província de São Pedro do ano anterior,
justifica o auxílio concedido para que o Hospício de Porto Alegre passasse por uma reforma, onde os cômodos seriam aumentados e destinados aos alienados: Para proporcionar cômodos adequados a essa classe de infelizes, por se limitar a 12 o número de células que ali há, sem as condições higiênicas indispensáveis à sua conservação; pelo que mais de uma vez se tem mandado recluir alguns na cadeia de justiça. (LEÃO, 1859, p.993).
•
No ano de 1860, o presidente da província de São Pedro, Francisco de Assis
Pereira Rocha, descreve o Hospital da Misericórdia da capital, dizendo que possuía: Quatro enfermarias distintas: a 1ª estimada aos enfermos do sexo masculino, a 2ª anos do feminino, a 3ª aos inválidos incuráveis e a 4° aos enfermos particulares. Além destas... existem as reclusões dos alienados que são ali tratados quando não se acham em estado de quietação, e o não podem ser nas enfermarias gerais. (ROCHA, 1862, p.993). Figura 5 - Fonte: História das primeiras instituições para alienados no Brasil.
33
Francisco de Assis16, ainda “informa que as obras de um anexo para a o ‘Asilo de
do novo edifício estava pronta, faltando apenas escolher e comprar o terreno, que custava
Alienados’ estavam adiantadas, mas solicita à Assembleia que autorize a liberação da
em média 144 contos de réis para toda a obra. Deste valor, haviam 46 contos sob a
quantia julgada necessária para que a Santa Casa possa, enfim, concluí-las”. (ODA;
iniciativa da Santa Casa, com o apoio provincial, através de loterias e donativos. E
DALGALARRONDO, 2005, p.993).
dependendo de mais verbas, o vice-presidente exorta os deputados “só depende de vossa
•
O ‘Asilo de alienados’ anexo ao Hospital da Santa Casa de Porto Alegre. Em
1864, o presidente da província de São Pedro, Espiridião Elói de Barros Pimentel, descreve a inauguração do novo espaço para os alienados: No dia 2 de dezembro último (1863) foi com toda a solenidade inaugurado este estabelecimento no edifício para ele expressamente construído com as necessárias proporções e sob o mesmo plano do hospital da caridade, de que é continuação. No pavimento superior destinado às mulheres foram recolhidas... 13 alienadas; o segundo pavimento destinado para os homens recebeu 18 alienados... No pavimento térreo, que nenhuma aplicação especial por ora tinha, estabeleceu-se uma enfermaria e abrigo, em que fossem recolhidos e tratados em suas enfermidades os mendigos inválidos. (PIMENTEL, 1864, p.994).
•
No ano de 1870, o presidente da província de São Pedro, João Sertório, em
iniciativa a execução desta obra meritória, que os presentes não só aplaudirão, mas como também os pósteros bendirão”. (ODA; DALGALARRONDO, 2005, p.995).
•
O Hospício de São Pedro: no relatório de 1880, o presidente da província de
São Pedro, Carlos Thompson Flores, é referido às providências utilizadas para a compra de material de construção e lembra o presidente que cabia ao corpo legislativo providencial: Decretar fundos para que a obra prossiga atenta a sua importância e a necessidade de um estabelecimento desta ordem, onde os infelizes privados do uso da razão possam encontrar lenitivo aos seus sofrimentos. (FLORES, 1880, p.995).
•
Em 1886, o presidente da província de São Pedro, José Júlio de Albuquerque
seu relatório comenta sobre a inadequação do prédio dos alienados (onde o mesmo fora
Barros, relata que haviam sido transferidos os alienados do Hospital da capital para o novo
inaugurado há apenas três anos):
Hospício São Pedro (inaugurado em 1884), em que o mesmo continuava em obra sob a direção da província.
A Santa Casa de Misericórdia é obrigada a receber e tratar os infelizes que perdem a razão, não tendo para isso não só os recursos necessários como um edifício conveniente. (SERTÓRIO, 1870, p.994).
•
Em 1872, o presidente da província de São Pedro, Carvalho de Moraes,
comenta sobre a quantidade de 60 alienados que estiveram no ‘Asilo de Alienados’, e continua:
Em seu relatório de 1877, o vice-presidente da província de São Pedro, João
Dias de Castro lamenta que ainda não se tenha começado o novo asilo, “essa obra toda humanitária, reclamada não só por aqueles que sofrem, como pelas próprias e sublimes máximas que professamos.” (CASTRO, 1877, p.994). E prossegue informando que a planta 16
Hora, onde iniciaria a construção do primeiro hospício de alienados maranhenses, somente inaugurado em 1905. No Maranhão, temos o total de cinco relatórios descrevendo os acontecimentos
O tratamento que nele recebem estes infelizes é inteiramente contrário dos preceitos da ciência e aos princípios de humanidade. Infelizmente, a parte do edifício da Santa Casa que foi reservada ao asilo não oferece proporções para a adoção de melhor sistema de tratamento. O crescido número que já existe de alienados mostra a urgente necessidade de providências especiais. (MORAES, 1872, p.994).
•
1.1.3 Maranhão: Em São Luís no ano de 1882, foi comprada a Quinta da Boa
Presidente da Província de São Pedro em 1860.
sobre os hospícios naquela época: •
Os alienados na santa Casa de São Luís do Maranhão. Em 1853, o
presidente da província do Maranhão, Eduardo Olímpio Machado, cita que o hospital da Santa Casa não tinha as extensões apropriadas para receber os indivíduos diagnosticados com alienação mental e nem outros tipos de doentes. E transcreve a opinião do Dr. José Maria Barreto: É prática antiga nesta província... mandarem-se para o hospital da caridade todos os alienados, e muitas vezes ali vão parar por ordem da polícia. Quando estes enfermos são susceptíveis de cura, concebo que, como os outros necessitados, tenham direito de ser ali recolhidos para se
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submeterem ao tratamento apropriado; quando, porém, tais moléstias são reconhecidas incuráveis, entendo que não podem, nem dever ser ali conservados porque, além de não haver dentro do estabelecimento quartos próprios para tais doentes, ocupam lugares em que podem ser tratados indivíduos afetados de moléstias curáveis (...) (MACHADO, 1853, p.996).
(...) a necessidade da aquisição de um prédio para servir de hospital de alienados e que ofereça as necessárias condições ao tratamento destes infelizes... resolveu a mesa administrativa da Santa Casa comprar a quinta denominada Boa Hora. Como sabeis, de todas as enfermidades que afligem a humanidade, a alienação mental é, por certo, a que mais atenção e socorros reclama da sociedade em geral e do governo particularmente, a quem os sentimentos de caridade impõem o dever de prover o curativo e de proteger a liberdade e segurança desses infelizes. Assim, peço que sejam concedidas [verbas] anualmente à mesma Santa Casa para manutenção e custeio do referido hospício. (FREITAS, 1883, p.997).
Em seguida, o presidente Machado menciona seus novos planos para os alienados: Existindo atualmente na Corte um asilo para os alienados – o Hospício de Pedro II – belo e majestoso monumento... proponho a consignação de uma verba para as despesas com a remessa dos alienados desta província para o Rio de Janeiro. O Governo Imperial, em aviso de 27 de janeiro último, expedido pela Secretaria de Estado de Negócios da Justiça, concedeu a faculdade necessária para efetuar esta remessa: ainda não usei dela por falta de meios. (MACHADO, 1853, p.996).
•
No ano de 1886, o presidente da província do Maranhão, João Capistrano
Bandeira de Melo, disserta sobre os 32 loucos que estiveram internados no Hospital de Caridade em 1885, sendo que 31% saíram e 06% faleceram. Diz também que o novo Hospício estava sendo construído pela Santa Casa de Misericórdia, com os benefícios recebidos das loterias.
Em 1870, o vice-presidente da província do Maranhão daquela época, José da Silva Maia, disserta em seu relatório sobre as finanças da Irmandade da Misericórdia, mencionando uma quantia que ela, “por falta de crédito, deixou de receber do tesouro provincial pelo tratamento dos alienados.” •
Logo, em 1882, o vice-presidente da província do Maranhão, João Paulo
Monteiro de Andrade, junta em seu relatório os anexos enviados pela Santa Casa, entre os quais o do mordomo dos hospitais da Irmandade, capitão Manoel Duarte Godinho. No anexo o capitão se contraria com a ideia dos alienados na Santa Casa, pois os mesmos
1.1.4 Pernambuco: Os alienados pernambucanos inicialmente eram alojados em quartos do Hospital da Santa Casa de Recife, conhecido como Grande Hospital. Passando por diversas mudanças, as quais foram descritas nos em quatorze relatórios da respectiva província: •
Os alienados no Grande Hospital de Recife. No ano de 1846, o presidente da
província do Pernambuco, Antonio Pinto Chichorro da Gama, cita em seu relatório a recente transferência do Grande Hospital para a casa alugada dos Coelhos e aponta a exiguidade do espaço como problema, solicitando a construção de um edifício próprio para
atrapalhariam o repouso dos demais doentes e defende a criação de um hospício
o Hospital, “julga a administração de absoluta necessidade a fatura de uma casa separada
especifico para os doidos:
da em que se acha o atual hospital para a habitação de alienados”.
Não tem o hospital de caridade acomodações próprias para enfermos desta orem, e só pelo desejo de prestar algum serviço a esses infelizes... é que tem levado a Santa Casa a recebe-los, aquiescendo assim às instâncias do exmo. sr. dr. chefe de polícia. Em todos os países civilizados se tem levantado edifícios esplêndidos para recolher os seus alienados e, folgo em dizer, no Rio de Janeiro, na Bahia, em Pernambuco e em outras províncias do Brasil já se encontram hospícios de doidos, que nada têm a invejar. (GODINHO, 1882, p.997). •
•
Cunha e Figueiredo aponta uma nova saída para os alienados: Ouvindo os clamores da administração a respeito do miserável estado em que se achavam os alienados, resolvi-me a remeter para o Hospital de Pedro II na Corte, os 11 que estavam encerrados em um mesquinho quarto do Hospital de Caridade, e mais 5 que se achavam na Cadeia. Foram eles bem recebidos pelo incansável e magnânimo Provedor daquele grande Hospício, que começa já a estender a sua utilidade a diversas Províncias do Império. (FIGUEIREDO, 1854, p.998).
A compra da Quinta da Boa Hora. No ano de 1883, o presidente da província
do Maranhão, José Manoel de Freitas, em seu relatório solicita a destinação de mais recursos para a Santa Casa, e informa:
Logo, em 1854, o presidente da província do Pernambuco, José Bento da
•
Em 1855, houve apenas o relato em que o mesmo presidente diz:
35
9 alienados mendigos que a administração pede que sejam enviados para o Hospício de Pedro II na Corte; mas que eu não posso satisfazer, por obstarme o Aviso Imperial de 4 de setembro do ano passado, que ordena: que não se remetam alienados sem autorização do Ministério do Império, e sem que sejam considerados curáveis. (FIGUEIREDO, 1855, p.998).
•
•
Em 1873, o presidente da província do Pernambuco, Henrique Pereira de
Lucena, tomou a si a tarefa de levantar meios para a construção de um novo hospício: É doloroso, como tive ocasião de presenciar na visita que fiz àquele estabelecimento, ver o estado lastimável a que estão reduzidos [os loucos]. Reconhecendo da mais urgente necessidade a construção de um edifício, onde se procure pôr em prática os meios de cura, aconselhados pela ciência, e que proporcione cômodo e saudável aposento àqueles para qual a mesma ciência se torna improfícua, providenciei no sentido de promover uma subscrição pecuniária e de escolher o local conveniente; e desde já conto com vosso apoio para a realização de uma obra, há tanto reclamada pela caridade e civilização da província. (LUCENA, 1873, p.1000).
No relatório de 1861, o presidente da província do Pernambuco, Ambrósio
Leitão da Cunha, procura um lugar para abrigar os infelizes alienados e lembra-se que o Hospital de Olinda, restaurado, poderia servir para: Serem nele recolhidos exclusivamente e tratados os loucos de quem a Santa Casa da Misericórdia tomasse conta. Poderia então ali estabelecer-se um Hospital de alienados com grandes proporções, sujeitando-o a conveniente regularidade, e proporcionando assim aos pobres enfermos todos os meios aconselhados pela ciência para a sua cura, ou pelo menos para alívio de seu grande mal. (CUNHA, 1861, p.999).
•
Em 1865, o presidente da província do Pernambuco, Anselmo Francisco
•
No ano de 1874, o mesmo presidente do relatório anterior, anuncia os bons
resultados da coleta de donativos para a construção do novo prédio para os alienados. •
No relatório de 1875, Lucena registra o movimento do Hospício de Olinda,
Pereti, relata que no dia 20 de julho de 1864, os alienados foram transferidos para Olinda,
que recebera 140 internos no ano e afirma que tendo sido autorizada a Santa Casa a
“O hospício dos alienados acha-se estabelecido no antigo hospital da Misericórdia de
contratar um construtor para as obras do novo Hospício, escolheu-se o sítio da
Olinda...e se não é um grande hospital, é sofrível asilo para os infelizes que nele estão
Tamarineira, onde se assentou, solenemente, a primeira pedra do edifício, em 8 de
recolhidos.” Acrescentando também a lastimável falta de água no Hospício, obrigando
setembro de 1874.
assim a Santa Casa a compra-la em barris.
•
No ano de 1877, ainda haviam alienados em Olinda, por cauda do
Em 1866, o presidente da província do Pernambuco, João Lustosa da Cunha
esgotamento dos recursos da Santa Casa. Esperava então, o presidente da província do
Paranaguá, apresenta em seu relatório a internação de 81 alienados no ano de 1865, a
Pernambuco, Manoel Clementino Carneiro da Cunha que sendo construído o edifício, os
maioria mulheres e acrescenta: “precisa de acomodações para homens, visto que não há
problemas cessassem:
•
mais lugares senão para mulheres”. •
As cenas aflitivas que se observam no hospital de Olinda, e a autoridade poderá então atender aos pedidos que recebe constantemente para tratamento de alienados naquele hospital, não obstante todos os seus defeitos. (CUNHA, 1877, p.1001).
No relatório de 1871, o presidente da província do Pernambuco, Diogo Velho
Cavalcanti de Albuquerque, inicia falando sobre o Hospício de Alienados e conclui com a solicitação de um Hospício exclusivo para os alienados daquela época:
•
O novo Hospício da Tamarineira. Em 1883, é relatado pelo presidente da
província do Pernambuco, Francisco Maria Sodré Pereira a transferência dos alienados Sem as proporções indispensáveis ao elevado número de enfermos que lá se acham aglomerados, o espetáculo que ali oferecem é contristador, e protesta contra a denominação de Hospício. Não pode haver regime terapêutico nas condições prescritas pela ciência; ao contrário, digo pelo que observei, o aspecto do estabelecimento e a aproximação dos loucos das diversas espécies bastarão para entenebrecer sem mais remédio as faculdades mentais de qualquer infeliz que, tendo-as apenas perturbadas, poderia achar perfeita cura, se fosse socorrido convenientemente. A fundação, portanto, de um verdadeiro Hospício seria relevante serviço á humanidade, e peço que considereis neste objeto, sem prejuízo do que reclama o atual. (ALBUQUERQUE, 1871, p.1000).
internados em Olinda, para o novo Hospício da Tamarineira e acrescenta “satisfazer os requisitos exigidos pela ciência moderna”. Porém, o Hospício da Tamarineira continha dois defeitos: os esgotos e o encanamento de água – contribuindo assim para problemas futuros de contaminação da água potável. Alertava também a necessidade de algumas obras complementares, como a construção de um muro que cercasse todo o edifício, para evitar a evasão de alienados: “sem isso, continuarão gradeadas de ferro todas as janelas
36
necessita. Todas as despesas com seu custeio têm sido feitas pelos cofres da Santa Casa, para serem havidas do Tesouro provincial, como se infere das ordens da presidência e da lei que criou o estabelecimento; não foram, entretanto pagas ainda. (AZEVEDO, 1874, p.1003).
do edifício, o que hoje é absolutamente condenado, a fim de arredar do alienado toda a suspeita ou desconfiança de coação”. (PEREIRA, 1883, p. 1001). •
Em 1884, a profecia do presidente Sodré Pereira foi cumprida: pois, já em
1884, o Hospício apresentava problemas sanitários, apontados pelo presidente da
•
Em 1877, o presidente da província do Pará, João Capistrano Bandeira de
Melo Filho, relata sobre o estabelecimento – de Tucunduba:
província do Pernambuco, José Manoel de Freitas. (ODA; DALGALARRONDO, 2005, p.1001). “O hospício está ficando infeccionado, por causa das exalações do depósito de
(...) Há ali carência absoluta de tudo, especialmente dos meios higiênicos e indicados pela ciência para o tratamento dos infelizes loucos. É realmente muito sensível a falta nesta capital de um verdadeiro Hospício. (FILHO, 1877, p.1003).
materiais fecais e os asilados já experimentaram os efeitos da água, de má qualidade, da cacimba de que se servem”. (FREITAS, 1884, p.1001). •
Em 1888, no relatório do presidente da província do Pernambuco, Joaquim
José de Oliveira Andrade, é informado que concedido a licença para um dos dois médicos do estabelecimento, e diz que por: Falta de recursos não está concluído o edifício, o que é urgente e indispensável fazer-se, por ser sempre crescente a entrada de doentes, cujo número já é superior às acomodações do edifício. (ANDRADE, 1888, p.10020).
•
Em 1879, o relatório do presidente da província do Pará, José Coelho da
Gama e Abreu, relata “O hospício de alienados ressente-se da falta de consertos urgentes... Convém que mais alguns cômodos sejam dados àqueles infelizes e mais segurança às células”. •
Dez anos depois da instalação do Hospício de Alienados de Tucunduba, o
presidente da província do Pará, Visconde de Maracaju em seu relatório de 1884, transcreve as palavras do provedor da Santa Casa, sobre sua situação ruim:
1.1.5 Pará: há registros de iniciativas do poder público paraense visando isolar os Se o estado dos lázaros é contristador, o dos alienados é lastimoso, a começar pelo edifício que nenhuma acomodação fornece aos infelizes para ali transportados; compõe-se de 7 células que, com bastante dificuldade, comportam quatro enfermos cada uma; há porém, ocasiões em que numa só se acham cinco e seis, e isso a pedido de autoridades e para auxiliá-los, que reclamam transportes de enfermos para ali. (MARACAJU, 1884, p.1003).
seus alienados, tendo: Moreira (1834, p.1002) apud Oda; Dalgalarrondo (2005, p.1002): “em vista afastar os insanos por perigosos à tranquilidade pública”. Em Pará, totalizam-se sete relatórios sobre os asilos daquela época, sendo o primeiro: •
Os alienados no Hospital de Caridade de Belém. A primeira menção sobre
alienados ocorrera no relatório do presidente da província do Pará, Joaquim Raimundo de Lamare, no ano de 1867, em que citava também: a falta de uma casa para alienados, pela inconveniência e prejuízo que resulta aos outros enfermos, que sejam ali reclusos os que se acham em tal estado”. (LAMARE, 1867, p.1002). •
Hospício de Alienados de Tucunduba, vizinho dos Lázaros. No ano de 1874, o
presidente da província do Pará, Pedro Vicente de Azevedo, relata que o recém instalado Hospício contava com 15 enfermos e informa ainda: Este hospício foi criado em março do ano passado... o seu serviço não está bem regularizado em razão do limitado número de enfermeiros e de não achar-se a provedoria habilitada para realizar os melhoramentos de que ele
•
No ano de 1886, em seu relatório o presidente da província do Pará, Tristão
de Alencar Araripe é breve, porém contundente, em relação a Asilo de Alienados, descrevendo a situação amontoada que viviam os internos “aos três e aos quatro no mesmo aposento, sem mais rudimentar separação” e ainda que o Hospício “montado pela província e administrado pela Santa Casa, funciona em um edifício que, de asilo e cômodos para alienados, só tem o nome”. •
Em fevereiro de 1889, o relatório do presidente da província do Pará, Miguel
José de Almeida Pernambuco, cita pela primeira vez a notícia de um médico a serviço do Hospício de Alienados, que recebera 38 internos em 1888, dos quais saíram 13% e percentual idêntico faleceu. O mesmo presidente pede atenção da Assembleia Provincial para a falta de lugares no Hospício de Alienados, obrigando o governo a proibir a remessa
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de alienados do interior para a capital. Com isso, considera o presidente aos poderes públicos: Lícito deixar em abandono, nas ruas da cidade e na prática inconsciente de desatinos, os indivíduos acometidos de uma tal enfermidade e nem é compatível com os sentimentos de humanidade recolhê-los às prisões, sem o devido tratamento e onde, por lei, só devem estar os criminosos. (PERNAMBUCO, 1889, p. 1004).
Como concluído pelos autores do presente artigo: “a alienação mental é considerada como enfermidade especial; a assistência dada aos alienados nas províncias é inadequada; o lugar deles não é entre os demais doentes, mas tampouco nas cadeiras”. (ODA; DALGALARRONDO, 2005, p.1004). Ou seja, na antiguidade independentemente do ano ou estado, notamos que todos os presidentes sem mesmo imaginarem, entravam em um consenso (em diferentes anos) sobre as péssimas locações para os alienados e a necessidade de um asilo específico para os mesmo, oferecendo a eles cômodos maiores e confortáveis, saneamento básico e cumprimento com a necessidade da medicina direta a este tipo de caso mental.
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1.2 Instituições de Longa Permanência para Idosos
•
Modalidade II – destinada a idosos dependentes e independentes que necessitam
de ajuda e cuidados especializados, com acompanhamento e controle adequado de profissionais No Brasil, não há consenso sobre o que seja uma ILPI. Sua origem está ligada aos asilos, inicialmente dirigidos à população carente que necessitava de abrigo, frutos da caridade cristã diante da ausência de políticas públicas. (CAMARANO; KANSO, 2010, p.233)
da área da saúde; •
Modalidade III – destinada a idosos dependentes que necessitem de assistência
total em pelo menos uma atividade da vida diária. Requer uma equipe interdisciplinar de saúde.
A(s) ILPI(s), como é abreviado a referência de Instituição de Longa Permanência
Diferente das instituições asilares que “mantinham e conduziam os idosos ao
para Idosos, é um conceito de residência coletiva para idosos com idade igual ou superior a
isolamento e à inatividade física e mental”, as ILPIs são locais com espaço e área física
60 anos, independentemente da sua situação, sendo eles dependentes ou independentes,
semelhantes a grandes alojamentos. Oferecendo cuidados básicos de higiene e
com carência de renda e/ou de família.
alimentação (...) e ao mesmo tempo aconchego de um ambiente doméstico, no qual são preservadas as intimidades e identidade dos seus residentes. A ILPI busca aproximar-se
O envelhecimento populacional e o aumento da sobrevivência de pessoas com redução da capacidade física, cognitiva e mental, estão querendo que os asilos deixem de fazer parte apenas de rede de assistência social e integrem a rede de assistência a saúde, ou seja, ofereçam algo a mais que um abrigo. (CAMARANO; KANSO, 2010, p.234).
Para a Anvisa, ILPIs são instituições governamentais ou não-governamentais, de caráter residencial, destinados a domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar, em condições de liberdade, dignidade e cidadania. As ILPIs muitas vezes são associadas a instituições de saúde, por serem moradia, por fornecerem vestuários, alimentação, serviços médicos e medicamentos. (CAMARANO; KANSO, 2010, p.234). Como relatado pelas autoras Araújo; et al., (2010, p.254): A Portaria n°810/1989 foi a primeira a definir as Normas e Padrões de Funcionamento de Casas de Repouso, Clínicas Geriátricas e outras instituições para idosos. Ela define como deve ser a organização da instituição, a área física, as instalações e os recursos humanos (...) O poder público, sociedade, profissionais e idosos para dar continuidade a ações bem-sucedidas, ampliar e implementar novas modalidades de serviços.
As ILPIs contém uma classificação para atendimentos específicos, de acordo com a necessidade do idoso, onde estão presentes três modalidades: •
Modalidade I - destinada a idosos independentes para as atividades da vida diária
(AVDs), mesmo que necessitem utilizar algum equipamento de autoajuda (andador, bengala, cadeira de rodas, adaptações para vestimenta, entre outros);
de maneira atenciosa e cuidadosa dos idosos, pois muitos deles encaram o processo de institucionalização como perda de liberdade, abandono pelos filhos, aproximação da morte, além da ansiedade quanto à condução do tratamento pelos funcionários, e:
Para o idoso, não deveria existir lugar melhor para se estar do que em seu próprio lar, junto a familiares. Mas o lar pode ser um local com situação precária e maus-tratos que comprometem o bem-estar e a vida. Cuidar envolve afeto e disponibilidade emocional e física, como também condições materiais, financeiras e suporte do Estado. (ARAÚJO; et al., 2010, p.260).
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1.3 Centros de Convivência para Idosos “Envelhecer de maneira saudável significa fundamentalmente que, além da manutenção de um bom estado de saúde física, as pessoas necessitam de reconhecimento, respeito, segurança e de se sentirem participantes de sua comunidade, onde podem colocar sua experiência e seu interesse.” (DUARTE, 2004, p.59)
na África se diz, quando morre um ancião, que desaparece uma biblioteca. Talvez o provérbio varie de um continente a outro, mas seu significado é igualmente certo em qualquer cultura. As pessoas idosas são intermediárias entre o passado, o presente e o futuro. Sua sabedoria e experiência constituem verdadeiro vínculo vital para o desenvolvimento da sociedade. (PESSINI, 2008, p.11).
Sendo uma solução não asilar e constituída totalmente pelo lado humano, pela alma e a visão ao próximo, os Centros reativarão a essência da luta e garra existente
Foi publicado pela Gerência de Estudos e Programas da Terceira Idade do SESC17-SP,
que na década de 70, exatamente no ano de 1963, iniciava-se no Brasil, uma
série de ações voltadas aos idosos com ou a partir dos 60 anos de idade, ações as quais eram realizadas no Centro Social “Mário França Azevedo” – hoje conhecido como o SESC Carmo. A proposta tinha o objetivo de incentivar a convivência para prevenir o isolamento e abandono dos idosos, oferecendo a eles atividades de lazer e também orientações para
naquele trabalhador que veio do interior em busca de uma vida digna e que ao completar seus 60 anos, foi degredado. “A inserção do idoso em atividades socioculturais é outro aspecto relevante para a manutenção da capacidade funcional. O idoso deve ser estimulado a participar de atividades de lazer e sociais, nesta fase da vida, quando os contatos interpessoais podem estar diminuindo devido a variadas perdas de função como: diminuição da visão, da audição e da mobilidade.” (TIRADO, 2004, p.146).
auto-organização, onde os próprios idosos sugeriam parte das programações dedicadas à eles mesmos. Com o passar dos anos, o programa conhecido atualmente como Trabalho Social com Idosos, observou nesta convivência direta e indireta como os idosos, que as velhices são muitas, que os interesses são inúmeros e que há sempre uma possibilidade de surpreender o público alvo de acordo com seus diferenciais e necessidades. Ao longo desses quase 50 anos, com as atividades e o entorno se adequando aos idosos, notaram que os mesmos adquiriram novos conhecimentos, apropriaram-se das novas tecnologias. Aprenderam a olhar pra si, a conhecer e respeitar o próprio corpo. Gerando assim uma visão a novos horizontes e descobertas. (SESC-SP,2010). “(...) o envelhecimento saudável depende também das condições de vida e das oportunidades socioculturais.” (TEIXEIRA, 2004, p.311). Atualmente, os Centros de Convivência para Idosos, tendem a acolher os idosos e suas dificuldades. Pois cada ser humano carrega uma história e os idosos digamos que, são livros antigos, com inúmeras folhas e longas histórias. Como Annan18 apud Pessini19 (2008, p.11):
17
SESC, Serviço Social do Comércio. É fruto de um sólido projeto cultural e educativo que trouxe, desde sua criação pelo empresariado do comércio e serviços em 1946, a marca da inovação e da transformação social. 18 19
ANNAN, Kofi. Secretário Geral das Nações Unidas.
PESSINI, Leo. Professor Doutor no Programa de mestrado Stricto Sensu em bioética do Centro Universitário São Camilo (São Paulo)
Figura 6 - Ilustração pela autora, Thayná Lima.
40
CAPÍTULO II MORFOLOGIA 2.0 Acessibilidade
Acessibilidade vem do latim accessibilitas, significando a qualidade ou caráter do que é acessível, facilidade na aproximação, no tratamento ou na aquisição, como confirma Bestetti (2014, p.607) “Acessibilidade refere-se à possibilidade de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações e equipamentos.” Como fora discorrido em um dos subitens anteriormente, leis foram criadas para a melhoria dos idosos na comunidade, desta forma, normas também foram criadas para facilitar a acessibilidade seja do imóvel, dos objetos, equipamentos, ruas e a convivência da sociedade ao seu entorno, como a NBR 9050:2015: Acessibilidade a edificações, mobiliários, espaços e equipamentos urbanos (ABNT,1985), criada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), fundada em 1940, o órgão é responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro, tornando a cidade acessível para todos aqueles que a frequentam. (ABNT, 1940).
“Pessoa com mobilidade reduzida é aquela que, temporária ou permanentemente, tem limitada sua capacidade de relacionar-se com o meio e de utilizá-los. Pode ser pessoa com deficiência, idosa, obesa, gestante ou fraturada, incluindo também pessoas fora do padrão antropométrico médio, além de crianças até seis anos e idosos regular acima de 60 anos de idade.” (BESTETTI, 2014, p.606).
Figura 7 - Acessibilidade. Fonte: Ilustração da autora, Thayná Lima.
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Abaixo, algumas das normas para melhor exemplificar:
•
3.2. Abreviaturas.
M.R. = Módulo de referência. P.C.R = Pessoa em cadeira de rodas. P.M.R. = Pessoa com mobilidade reduzida. P.O. = Pessoa obesa. L.H. = Linha do horizonte.
•
4. Parâmetros Antropométricos.
Para a determinação das dimensões referenciais, foram consideradas as medidas entre 5% a 95% da população brasileira, ou seja, os extremos correspondentes a mulheres de baixa estatura e homens de estatura elevada.
4.1 Pessoas em pé As imagens ao lado apresentam dimensões referenciais para deslocamento de pessoas em pé. Dimensões em metros:
Figura 8 - Dimensões referenciais para deslocamento de pessoa em pé. Fonte: NBR 9050:2015.
42
Como demonstrado nas figuras anteriores, a antropometria se diz respeito a forma
Dimensões em metros:
e tamanho do corpo humano. Para que haja conforto no espaço utilizado, estudos e cálculos foram feitos para melhor desempenho e aproveitamento dos movimentos corporais e andanças, sejam ela nas ruas ou no interior de algum ambiente. 4.2 Pessoas em cadeira de rodas (P.C.R.). 4.2.1 Cadeira de rodas
A figura abaixo apresenta dimensões referenciais para cadeiras de rodas manuais ou motorizadas, sem scooter (reboque). A largura mínima frontal das cadeiras esportivas ou cambadas é de 1,00m.
Dimensões em metros:
Figura 10 - Dimensões do módulo de referência (M.R.). Fonte: NBR 9050:2015.
4.3 Área de circulação e manobra. Os parâmetros apresentados nesta subseção também se aplicam às crianças em cadeiras Figura 9 - Cadeira de rodas manual, motorizada e esportiva. Fonte: NBR 9050:2015.
de rodas infantis.
4.3.1 Largura para deslocamento em linha reta de pessoas com cadeira de rodas. 4.2.2 Módulo de referência (M.R.).
A figura a seguir mostra dimensões referenciais para deslocamento em linha reta Considera-se o módulo de referência a projeção de 0,80m por 1,2om no piso, ocupada por uma pessoa utilizando cadeira de rodas motorizadas ou não, conforme a figura ao lado.
de pessoas com cadeira de rodas.
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4.3.2 Largura para transposição de obstáculos isolados.
Dimensões em metros:
A figura abaixo mostra dimensões referenciais para a transposição de obstáculos isolados por pessoa em cadeira de rodas. A largura mínima necessária para a transposição de obstáculos isolados com extensão de no máximo 0,40m deve ser de 0,80m. Quando o obstáculo isolado tiver com extensão acima de 0,40m deve ser de 0,90m. Dimensões em metros:
Figura 12 - Transposição de obstáculos isolados. Fonte: NBR 9050:2015 .
4.3.4 Área para manobra de cadeiras de rodas sem deslocamento. Figura 11 - Largura para deslocamento e linha reta. Fonte: NBR 9050:2015.
As medidas necessária para a manobra de cadeira de rodas sem deslocamento, conforme figura abaixo, são: a) Para rotação de 90° = 1,20m x 1,20m; b) Para rotação de 180° = 1,50m x 1,20m; c) Para rotação de 360° = diâmetro de 1,50m.
44
Dimensões em metros:
Figura 13 - Área para manobra de cadeira de rodas sem deslocamento. Fonte: NBR 9050:2015.
4.3.5 Manobra de cadeiras de rodas com deslocamento.
A figura abaixo exemplifica condições para manobra de cadeiras de rodas com deslocamento:
Dimensões em metros:
Figura 14 - Área para manobra de cadeiras de rodas com deslocamento. Fonte: NBR 9050:2015.
4.3.6 Posicionamento de cadeiras de rodas em espaços confinados. A figura abaixo exemplifica condições para posicionamento de cadeiras de rodas em nichos ou espaços confinados. Dimensões em metros:
Figura 15 - Espaços para cadeira de roda em áreas confinadas. Fonte: NBR 9050:2015.
45
6.6 Rampas. 6.6.1 Gerais.
6.6.2.1 As rampas devem ter inclinação de acordo com os limites estabelecidos na
Tabela 6. Para inclinação entre 6,25% e 8,33% é recomendado criar áreas de descanso São consideradas rampas às superfícies de piso com declividade igual ou superior a 5%.
nos patamares, a cada 50m de percurso. Excetuam-se deste requisito as rampas citadas em 10.4 (plateia e palcos), 10.12 (piscinas) e 10.14 (praias).
6.6.2 Para garantir que uma rampa seja acessível, são definidos os limites máximos de inclinação, os desníveis a serem vencidos e o número máximo de segmentos. A inclinação das rampas, conforme figura abaixo, deve ser calculada conforme a seguinte equação: i = h x 100 c onde: i é a inclinação, expressa em porcentagem (%); h é a altura do desnível;
Figura 17 - Tabela 6: Dimensionamento de rampas. Fonte: NBR 9050:2015.
c é o comprimento da projeção horizontal. 6.6.2.2 Em reformas, quando esgotadas as possibilidades de soluções que atendam
Dimensões em metros:
integralmente à Tabela 6, podem ser utilizadas inclinações superiores a 8,33% (1:12) até 12,5% (1:8), conforme a tabela 7:
Figura 18 - Tabela 7: Dimensionamento de rampas para situações excepcionais. Fonte: NBR 9050:2015.
Figura 16 - Dimensionamento de rampas. Fonte: NBR 9050:2015.
46
6.6.2.3 Para rampas em curvas, a inclinação máxima admissível é de 8,33% (1:12)
e o raio mínimo de 3,00m, medido no perímetro interno à curva, conforme a figura abaixo.
6.6.2.8 Quando não houver paredes laterais, as rampas devem incorporar
elementos de segurança, como guarda-corpo e corrimãos, guias de balizamento com altura mínima de 0,05m, instalados ou construídos nos limites da largura da rampa, conforme
Dimensões em metros:
figura 19. 6.6.2.9 A projeção dos corrimãos pode incidir dentro da largura mínima admissível da
rampa em até 10cm de cada lado, exceto nos casos previstos em 6.6.2.7.
6.6.3 Guia de balizamento. A guia de balizamento pode ser de alvenaria ou outro material alternativo, com a mesma finalidade, com altura mínima de 5cm. Deve atender às especificações da Figura 72 e ser garantida em rampas e em escadas. Dimensões em metros:
Figura 19 - Rampa em curva - Planta. Fonte: NBR 9050:2015.
6.6.2.4 A inclinação transversal não pode exceder 2% em rampas internas e 3% em
rampas externas. 6.6.2.5 A largura das rampas (L) deve ser estabelecida de acordo com o fluxo de
pessoas. A largura livre mínima recomendável para rampas em rotas acessíveis é de 1,50m, sendo o mínimo admissível de 1,20m. 6.6.2.6 Toda rampa deve possuir corrimão de duas alturas em cada lado, conforme
demonstrado na figura abaixo. 6.6.2.7 Em edificações existentes, quando a construção de rampas nas larguras
indicadas ou a adaptação da largura das rampas for impraticável, as rampas podem ser executadas com largura mínima de 0,90m e com segmentos de no máximo 4,00m de comprimento, medidos na sua projeção horizontal, desde que respeitadas as Tabelas 6 e 7. No caso de mudança de direção, devem ser respeitados os parâmetros de área de circulação e manobra previstos em 4.3.
Figura 20 - Guia de balizamento. Fonte: NBR 9050:2015.
47
6.6.4 Patamares das rampas. Os patamares no início e no término das rampas devem ter dimensão longitudinal mínima de 1,20m. Entre os segmentos de rampa devem ser previstos patamares intermediários com dimensão longitudinal mínima de 1,20m, conforme a figura abaixo. Os patamares situados em mudanças de direção devem ter dimensões iguais à largura da rampa. Dimensões em metros:
Figura 21 - Patamares das rampas - Vista superior. Fonte: NBR 9050:2015.
6.6.4.1 Quando houver porta nos patamares, sua área de varredura não pode
interferir na dimensão mínima do patamar. 6.6.4.2 A inclinação transversal dos patamares não pode exceder 2% em rampas
internas e 3% em rampas externas. Através da norma apresentada acima, notamos que atitudes foram criadas para a inclusão de todos à cidade, desde idosos à pessoas com mobilidade reduzida e / ou alguma outra dificuldade. Desta maneira, seguindo as normas aqui citadas, as ruas tendem a não apresentarem mais obstáculos aos pedestres, mais conhecido como “barreira arquitetônica”, “Chama-se barreira arquitetônica qualquer elemento natural, instalado ou edificado que impeça a aproximação, transferência ou circulação no espaço ou equipamento.” (BESTETTI, 2014, p.607).
48
2.1 Desenho Universal Como citado por Prado20; Lopes21 e Ornstein22 (2010) “As pessoas percebem que a cidade é hostil, quando começam a apresentar perdas físicas e sensoriais ou, simplesmente, quando começam a envelhecer.” (PRADO; et al., 2010, p.61) A primeira denominação do Univesal Design nasceu depois da Revolução Industrial (XVIII a XIX), onde máquinas tomaram conta do processo de produção daquela época e neste mesmo período houve o questionamento sobre o porquê da produção ser daquela forma, utilizar aquele dimensionamento, uma maneira adquirida que não se encaixava ao ambiente e muito menos as próprias pessoas que o utilizariam, relataram Carlleto 23; Cambiaghi24 (2016, p.8). Cada ser humano é enraizado pela sua cultura, alguns com alta estatura ou baixa, idades, dimensões (...) O nosso conforto está diretamente ligado as nossas características e necessidades físicas, por esse motivo, no ano de 1961, o Japão, EUA e as nações europeias, reuniram-se na Suécia, afim de recriarem o conceito que era produzido para o “homem padrão”, em que muitas vezes não condizia com a necessidade do “homem real”. Deste modo, surgiu em 1963, a Barrier Free Design:
Uma comissão com o objetivo de discutir desenhos de equipamentos, edifícios e áreas urbanas adequadas à utilização por pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. Mais tarde, esse conceito – tomado com mais profundidade pelos Estados Unidos – ampliou seu foco e mudou de nome. Passou a ser chamado de Universal Design e se propor a atender TODAS as pessoas, num aspecto realmente universal. (CARLETTO; CAMBIAGHI, 2016, p.9).
20
PRADO, Adriana Romeiro de Almeida. Arquiteta e Urbanista formada pela Universidade Braz Cubas (SP). Mestre em Gerontologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Especialista em Acessibilidade. Coordenadora da Comissão de Acessibilidade à Edificação e Meio do Comitê Brasileiro de Acessibilidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), desde 2000. 21
Figura 22 - Universal. Fonte: Ilustração pela autora, Thayná Lima.
LOPES, Maria Elisabete. Arquiteta e Urbanista pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Farias Brito (1982) e Doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (2005). Atua principalmente nos seguintes temas: acessibilidade, desenho universal, ergonomia, design, metodologia de análise de edificações e espaços urbanos, projetos e análise de tipologias residenciais de interesse social, plano urbanístico para HIS, detalhamento e projeto arquitetônico. 22
ORNSTEIN, Sheila Walbe. Doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (1988). Publicou mais de 33 artigos em periódicos especializados e mais de 114 trabalhos em canais de eventos internacionais ou nacionais. 23 24
CARLETTO, Ana Claudia. Experiência na área de Comunicação, com ênfase em Jornalismo e Editoração.
CAMBIAGHI, Silvana Serafino. Possui Mestrado pela Universidade de São Paulo (2004). Arquiteta da Prefeitura Municipal de São Paulo.
49
No Brasil, o Desenho Universal repercutiu-se no ano de 1981, ao ano quando foi declarado como o Ano Internacional de Atenção às Pessoas com Deficiência. Em 1985, foi criada a primeira norma técnica brasileira relativa à acessibilidade “Acessibilidade a
1.
Igualitário
Espaços, objetos e produtos podem ser utilizados por pessoas com diferentes capacidades, tornando os ambientes iguais para todos.
edificações, mobiliários, espaços e equipamentos urbanos à pessoa portadora de deficiência”. (CARLETTO; CAMBIAGHI, 2016, p.9). O Desenho Universal é uma concepção de projeto que acompanha a necessidade humana, “desde as crianças, adultos altos e baixos, anões, idosos, gestantes, obesos, pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida”, como citado por Gabrilli25 (2016). A normalidade da sociedade é a pura diversidade que notamos no dia a dia. Estaturas diversas, múltiplas faixa etárias, existência de algum tipo de deficiência, mobilidade reduzida (...). O Desenho Universal enlaça toda a sociedade, arquitetonicamente falando. Unindo uns aos outros, tornando a inclusão social e a acessibilidade ao alcance de todos os seres humanos. “O Desenho Universal é o caminho para uma sociedade mais humana e cidadã”. (GABRILLI, 2016, p.5). O conceito de Desenho Universal se desenvolveu entre os profissionais da área de arquitetura na Universidade da Carolina do Norte – EUA, com o objetivo de definir um projeto de produtos e ambientes para ser usado por todos, na sua máxima extensão possível, sem necessidade de adaptação ou projeto especializado para pessoas com deficiência. (CARLETTO; CAMBIAGHI, 2016, p.10).
Figura 23 - Portas com sensores que se abrem sem exigir força física ou alcance das mãos de usuários de alturas variadas. Fonte: Cartilha Desenho Universal: Um conceito para todos.
2.
Adaptável
Produtos ou espaços atendem pessoas com diferentes habilidades e diversas preferências, sendo adaptáveis para qualquer uso.
No ano de 1987, o arquiteto americano Ron Mace, que utilizava cadeira de rodas e um respirador artificial, foi o criador da terminologia Universal Design. Mace (1987) apud Carlleto; Cambiaghi (2016) “acreditava que era o surgimento não de uma nova ciência ou estilo, mas a percepção da necessidade de aproximarmos as coisas que projetamos e produzimos, tornando-as utilizáveis por todas as pessoas”. Na década de 90, Ron criou um grupo com arquitetos e defensores destes ideais para estabelecer “os sete princípios do desenho universal”, como veremos a seguir nas próximas páginas.
25
GABRILLI, Mara. Publicitária, Psicóloga, foi secretária da Pessoa com Deficiência da Prefeitura da Capital Paulista. Vereadora na Câmara Municipal de São Paulo e atualmente é Deputada Federal pelo PSDB de São Paulo. Empreendedora Social, fundou em 1997, o Instituto Mara Gabrilli, ONG que fomenta pesquisas científicas para cura de paralisias, no apoio a atletas do esporte paraolímpico e na orientação para o desenvolvimento social de pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade social.
Figura 24 - Computador com teclado e mouse ou com programa do tipo "Dosvox". Fonte: Cartilha Desenho Universal: Um conceito para todos.
50
4.
Conhecível
Informação é transmitida de forma a atender as necessidades do receptador, seja uma pessoa estrangeira, com dificuldade de visão ou audição.
Figura 27 - Saniário feminino e sanitário masculino para pessoas com deficiência. Fonte: Cartilha Desenho Universal: Um conceito para todos. Figura 25 - Tesoura que se adapta a destros e canhotos. Fonte: Cartilha Desenho Universal: Um conceito para todos.
Um recurso ainda não muito utilizado são os mapas com informações em alto 3.
Obvio
De
fácil
relevo para que pessoas com deficiência visual identifiquem os ambientes em que se entendimento,
para
que
uma
pessoa
possa
compreender,
independentemente de sua experiência, conhecimento, habilidades de linguagem ou nível
encontram, ou ainda maquetes táteis de obras de arte de grande porte ou obras de arquitetura:
de concentração.
Figura 26 - Utilizar diferentes maneiras de comunicação,tais como símbolos e letras em relevo, braile e sinalização auditiva. Fonte: Cartilha Desenho Universal: Um conceito para todos.
Figura 28 - Mapas com informações. Fonte: Cartilha Desenho Universal: Um conceito para todos.
51
5.
Seguro (ou “tolerante ao erro”)
Previsto para minimizar os riscos e possíveis consequências de ações acidentais ou não intencionais.
Figura 29 - Elevadores com sensores em diversas alturas que permitam às pessoas entrarem sem riscos da porta ser fechada no meio do procedimento e escadas e rampascom corrimão. Fonte: Cartilha Desenho Universal: Um conceito para todos.
6.
Sem esforço
Para ser usado eficientemente, com conforto e com o mínimo de fadiga.
Figura 30 - Torneiras de sensor ou do tipo alavancada, que minimizam o esforço e torção das mãos para acioná-las. Fonte: Cartilha Desenho Universal: Um conceito para todos.
Figura 31 - Maçanetas tipo alavancada, que são de fácil utilização, podendo ser acionada até com o cotovelo. Esse tipo de equipamento facilita a abertura de portas no caso de incêncios, não sendo necessário girar a mão. Fonte: Cartilha Desenho Universal: Um conceito para todos.
52
7.
Abrangente
Dimensões apropriadas para o acesso, o alcance, a manipulação e o uso, independentemente do tamanho do corpo, da postura ou mobilidade do usuário (pessoa em cadeira de rodas, com carrinhos de bebês, bengalas etc.).
Figura 32 - Poltronas para obesos em cinemas e teatros. Fonte: Cartilha Desenho Universal: Um conceito para todos.
Figura 33 - Banheiros com dimensões adequadas para pessoas em cadeira de rodas ou as que estão com bebês em seus carrinhos. Fonte: Cartilha Desenho Universal: Um conceito para todos.
53
2.2 Antropometria & Ergonomia “(...) as adaptações ambientais são fundamentais para que possamos manter os idosos com autonomia e independência, garantindo, desta forma, sua qualidade de vida. Precisamos atentar para que as mudanças sejam feitas, sempre que possível, (...)”. (SALDANHA, 2004, p.113).
Podemos dizer que a antropometria e a ergonomia andam de mão dadas, pois ambas referem-se a estudos sobre conforto e adaptação do indivíduo com o espaço ou do espaço com o indivíduo. A antropometria é o estudo físico do corpo humano, suas dimensões, peso, idade, características dos seres que ocuparão àquele devido espaço. Logo, a ergonomia adapta o espaço a estas características humanas, ou seja, a ergonomia projeta o(s) edifício(s) de acordo com a(a) necessidade(s) do(s) habitante(s). Como relatado por Bestetti (2014, p.606): A origem do termo ergonomia vem do grego ergos, que significa trabalho, e nomos, que significa leis naturais. É a ciência que estuda a relação do homem com os equipamentos que utiliza, com vistas ao aumento da eficiência e à redução de desconfortos, aperfeiçoando seu desempenho. Antropometria é o estudo da forma e do tamanho do corpo humano. (...) Cabe à ergonomia transformar positivamente as condições de trabalho para pessoas no ambiente físico (mobiliário e equipamentos), sendo fundamentais os conhecimentos específicos do Desenho Universal. (BESTETTI, 2014, p.606).
Visando trazer estes parâmetros para a terceira idade, notamos o quão importante é a atualização dos projetos para suprir a necessidade humana, a valorização ao estudo do perfil do habitante / cliente para que lá na frente não precise de uma (re)adaptação. Como já apresentado no primeiro capítulo deste trabalho, o envelhecimento humano vem crescendo nitidamente e com isso precisamos nos preparar. Com os estudos da ergonomia e da antropometria, o espaço respeita com dignidade tanto à crianças pequenas quanto aos idosos, tornando-se assim um espeço universal, onde todos o acessam e o frequentam. Como Wilson; Corlett26, (2005) apud Paiva27; Villarouco28 “A Figura 34 - Ergonomia e Antropometria. Fonte: Ilustração pela autora, Thayná Lima. 26 27
WILSON, J. R.; CORLETT, N. (2005) – Evaluation Of Human Work, 3° edição, USA, Taylor & Francis.
PAIVA, Marie Monique Bruere. Doutora em Design na Universidade Federal de Pernambuco, Mestre em Design (2012) e Especialista em Ergonomia pelo Departamento de Design (2009) da Universidade Federal de Pernambuco, Especialista em Gestão e Tecnologia da Construção pelo Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Pernambuco (2003) e Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela mesma Universidade.
54
abordagem sistemática da ergonomia abrange todos os aspectos da interação das pessoas
2.3 Legislação
com o ambiente e suas interfaces.” (PAIVA; VILLAROUCO, 2008, p.57). Todavia, a antropometria, ergonomia e acessibilidade são de maneira sucinta a
De acordo com o Ministério dos Direitos Humanos (MDH):
estrutura que condiz ao Desenho Universal, atendendo assim a todos os seres humanos,
No Brasil, o Sistema de Garantia dos Direitos da Pessoa Idosa é amparado por diversos documentos legais e planos de ação política. No plano nacional, além das garantias constitucionais, destacam-se a Política Nacional do Idoso (Lei 8.842/94), o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03), além de inúmeros políticas e planos setoriais, tais como a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (2006).
tornando-se emocionante quando o projeto supre o esperado, quando independentemente do local em que estamos possamos nos sentir confortáveis e acolhidos ou até mesmo completos.
Como mencionado acima, leis foram criadas para a colaboração de um envelhecimento saudável no Brasil, auxiliando, incluindo e proporcionando àqueles que encontram-se no patamar da terceira idade a desfrutarem com dignidade do local e município que habitam. Veremos abaixo tópicos direcionamos inteiramente aos idosos, como forma de melhoria e inclusão social.
DOCUMENTOS LEGAIS
•
LEI N° 6.179 – DE 11 DE DEZEMBRO DE 1974
Institui o amparo previdenciário para maiores de setenta anos de idade e para inválidos, e dá outras providências.
•
LEI N° 8.080 – DE 19 DE SETEMBRO DE 1990
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e ao funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.
•
Princípios Das Nações Unidas Para As Pessoas Idosas – 16 DE DEZEMBRO
DE 1991
•
LEI N° 8.742 – DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993
Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências. 28
VILLAROUCO, Vilma Maria Santos. Graduada em Arquitetura pela Universidade Federal de Pernambuco (1983). Concluiu Mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal da Paraíba (1997). Doutorado em Engenharia da Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2001) e PósDoutorado em Engenharia e Gestão do Conhecimento pela UFSC (2012).
•
LEI N° 8.842 – DE 4 DE JANEIRO DE 1994
55
Dispõe sobre a política nacional do idoso cria o Conselho Nacional do Idoso e dá outras
Dispõe sobre a composição, estruturação, competência e funcionamento do Conselho
providências.
Nacional dos Direitos do Idoso – CNDI, e dá outras providências.
•
DECRETO N° 1.948 – DE 3 DE JULHO DE 1996 •
Regulamentada a Lei n° 8.842, de 4 de janeiro de 1994, que dispõe sobre a Política Nacional do Idoso, e dá outras providências.
DECRETO N° 5.296 – DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004
Regulamenta as Leis n°s 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que
•
•
PORTARIA 1395/GM – Política de Saúde do Idoso – 10 DE DEZEMBRO DE
estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção de acessibilidade das
1999
pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.
LEI N° 10.048 – DE 8 DE NOVEMBRO DE 2000
Dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e dá outras providências.
• PORTARIA N° 2.528 – DE 19 DE OUTUBRO DE 2006 Aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. A partir das leis citadas, notamos a obrigação política e social para a contribuição
•
LEI N° 10.173 – DE 9 DE JANEIRO DE 2001
do bem estar e segurança dos idosos, contendo a responsabilidade e o dever de garantir
Altera a Lei n° 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil, para dar
boa saúde, sendo ela física e/ou mental, prioridades nos atendimentos e transportes
prioridade de tramitação aos procedimentos judiciais em que figure como parte pessoa com
públicos, distribuição de medicamentos em postos de saúde, benefícios econômicos, entre
idade igual ou superior a sessenta e cinco anos.
outros. Com isto, podemos adquirir que houve uma evolução para a proteção e inclusão do
•
LEI N° 10.406 – DE 10 DE JANEIRO DE 2002
Institui o Código Civil
idoso em meio à sociedade, adaptando a realidade em que se vive, para que o idoso desfrute daquilo que visita, frequenta ou mora. O direito à vida é um direito humano, ou seja, para todos. Independentemente da idade,
•
cultura, raça ou cor. Conviver com respeito ao próximo é conviver com respeito a si próprio. DECRETO N° 4.227 – DE 13 DE MAIO DE 2002
Cria o Conselho Nacional dos Direitos do Idoso – CNDI, e dá outras providências.
•
LEI N° 10.741 – DE 1° DE OUTUBRO DE 2003
Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências.
•
DECRETO N° 5.109 – DE 17 DE JUNHO DE 2004
56
2.4 Espaços: Segurança e Adaptação ao Idoso.
1.9.1 - Tabela de Equipamentos 1.10 - INSTITUIÇÕES DE ATENDIMENTO A IDOSOS - RESIDÊNCIA TEMPORÁRIA
A partir das leis citadas no subitem anterior deste trabalho ( 2.3 Legislação),
(NECESSIDADES FÍSICO-ESPACIAIS)
veremos e nos aprofundaremos na lei Portaria SEAS n. 73 de 10 de maio de 2001 29. Pois a
1.10.1 - Programa de Necessidades e Dimensionamento Mínimo dos Espaços para
mesma visa aprofundar-se mediante das leis já criadas em função dos idosos no Brasil, a
atendimento de 20 idosos
fim de colocar em prática os direitos dos mesmos e assegurar-lhes melhorias e adaptações
1.10.2 - Necessidades de Conforto e de Acessibilidade
dos ambientes, sejam eles centros de convivência, residências temporárias, repúblicas, institucionais integral, entre outros (...) fazendo com que os idosos sintam-se seguros e
MODALIDADE DO PROJETO: FAMÍLIA NATURAL
confortáveis, orientando-nos assim, a normas de construção, equipamentos, uso e
2 – FAMÍLIA NATURAL
ocupação do solo, priorizando preencher as necessidades físicas, mentais e emocionais
2.1 - DESCRIÇÃO
daqueles que o frequentam.
2.2 - OBJETIVOS
De acordo com a Secretaria de Políticas de Assistência Social - Departamento de Desenvolvimento da Política de Assistência Social Gerência de Atenção à Pessoa Idosa, criam-se Normas de Funcionamento de Serviços de Atenção ao Idoso no Brasil, a fim de gerar “Garantia de direitos e cumprimentos de deveres para um envelhecimento saudável com qualidade de vida”. (BRASIL, 2001, p.2).
MODALIDADE DO PROJETO: FAMIÍLIA ACOLHEDORA 3- FAMÍLIA ACOLHEDORA 3.1 - DESCRIÇÃO 3.2 - OBJETIVOS 3.3 - RECURSOS HUMANOS
Em relação ao índice deste documento, temos: MODALIDADE DO PROJETO: REPÚBLICA 4 - REPÚBLICA MODALIDADE DO PROJETO: RESIDÊNCIA TEMPORÁRIA PROGRAMA RESIDÊNCIA TEMPORÁRIA
4.1 - DESCRIÇÃO 4.2 - OBJETIVO
1.1 - DEFINIÇÃO
4.3 - DESCRIÇÃO DAS NECESSIDADES FÍSICO ESPACIAIS
1.2 - OBJETIVOS
4.4 - DESCRIÇÃO DE EQUIPAMENTOS
1.3 - JUSTIFICATIVA
4.5 - CUSTO ESTIMADO PARA INSTALAÇÃO
1.4 - PÚBLICO ALVO E A CAPACIDADE DE ATENDIMENTO
4.6 - CUSTO PER CAPITA
1.5 - REDE DE PARCERIA 1.6. - CUSTO PER CAPITA
MODALIDADE DO PROJETO: CENTRO DE CONVIVÊNCIA
1.7 - GRADE DE ATIVIDADES
5 – CENTRO DE CONVIVÊNCIA
1.8 - RECURSOS HUMANOS
5.1 - DEFINIÇÃO
1.9 - DESCRIÇÃO DE EQUIPAMENTOS
5.2 - OBJETIVO
29
Portaria SEAS n. 73 de 10 de maio de 2001, criada pelo Ministério da Previdência e Assistência Social e Secretaria do Estado de Assistência Social. Normas de Funcionamento de Serviços de Atenção ao Idoso no Brasil.
5.3 - PÚBLICO ALVO E CAPACIDADE DE ATENDIMENTO 5.4 - REDE DE PARCERIA 5.5 - CUSTO PER CAPTA
57
5.6 - GRADE DE ATIVIDADES
MODALIDADE DO PROJETO: CASA LAR
5.7 - RECURSOS HUMANOS
7 – CASA LAR
5.8 - DESCRIÇÃO DE EQUIPAMENTOS
7.1 - DEFINIÇÃO
5.9 - PROJETO ARQUITETÔNICO, DE ACORDO COM OS PADRÕES BÁSICOS E
7.2 - OBJETIVOS
NECESSIDADES FÍSICO-ESPACIAIS
7.3 - PÚBLICO ALVO
5.9.1 - Programa de Necessidades, Dimensionamento Mínimo dos Espaços e Custo
7.4 - REDE DE PARCERIA E CAPACIDADE DE ATENDIMENTO
5.9.2 - Necessidades de Conforto e de Acessibilidade
7.5 - CUSTO PER CAPTA E FORMA DE MANUTENÇÃO 7.5.1- Forma de Manutenção
MODALIDADE DO PROJETO: CENTRO DIA
7.6 - GRADE DE ATIVIDADES
6 – CENTRO DIA
7.7 - RECURSOS HUMANOS
6.1 - DEFINIÇÃO
7.8 - DESCRIÇÃO DE EQUIPAMENTOS
6.2 - OBJETIVOS
7.9 - PROJETO ARQUITETÔNICO, DE ACORDO COM OS PADRÕES BÁSICOS E
6.3 - PÚBLICO ALVO
NECESSIDADES FÍSICO SOCIAIS
6.4 - REDE DE PARCERIA
7.9.1 - Programa de Necessidades e Dimensionamento Mínimo dos Espaços para
6.5 - DESCRIÇÃO DE EQUIPAMENTOS
atendimento de 8 idosos.
6.6 - CUSTO PER CAPITA
7.9.2 - Necessidades de Conforto e de Acessibilidade
6.7 - GRADE DE ATIVIDADES 6.8 - RECURSOS HUMANOS
MODALIDADE DO PROJETO: ASSISTÊNCIA DOMICILIAR / ATENDIMENTO
6.9 - PROJETO ARQUITETÔNICO, DE ACORDO COM OS PADRÕES BÁSICOS E
ASILAR
NECESSIDADES FÍSICO SOCIAIS
8 – ASSISTÊNCIA DOMICILIAR / ATENDIMENTO DOMICILIAR
6.9.1 - Programa de Necessidades e Dimensionamento Mínimo dos Espaços para
8.1 - DEFINIÇÃO
atendimento de 20 idosos/dia
8.2 - OBJETIVOS GERAIS:
6.9.2 - Necessidades de Conforto e de Acessibilidade
8.2.1 - Objetivos específicos
6.10 - RECEPÇÃO E DEMAIS SALAS DE CONVIVÊNCIA, DE ATIVIDADES COLETIVAS
8.3 - PÚBLICO ALVO
OU INDIVIDUAIS, DE ATENDIMENTO
8.4 - CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE
6.10.1 - Mobiliário (mesas, cadeiras e poltronas com apoio nos braços, balcões)
8.5 - REDE DE PARCERIA
6.10.2 - Salas de Repouso
8.6 - CUSTO PER CAPITA
6.10.3 - Mobiliário (mesas, cadeiras e poltronas com apoio nos braços, camas, armários)
8.7 - GRADE DE ATIVIDADES
6.10.4 - Cozinhas e Demais Áreas de Serviço
8.8 – RECURSOS HUMANOS
6.10.5 - Mobiliário
8.9 - PROJETO ARQUITETÔNICO, DE ACORDO COM OS COM OS PADRÕES
6.10.6 – Sanitários
BÁSICOS E NECESSIDADES FÍSICO – ESPACIAIS. 8.9.1 - Programa de Necessidades, Dimensionamento Mínimo dos Espaços e Custo
58
MODALIDADE DO PROJETO: ATENDIMENTO INTEGRAL INSTITUCIONAL
MODELO PARA FINANCIAMENTO DE
9 – ATENDIMENTO INTEGRAL INSTITUCIONAL
PROJETOS DE ATENÇÃO À PESSOA IDOSA
9.1- DEFINIÇÃO
MODALIDADE DO PROJETO: CENTRO DE CONVIVÊNCIA
9.1.1 - Modalidade I 9.1.2 - Modalidade II
I - Justificativa
9.1.3 - Modalidade III 9.2- OBJETIVO 9.3 - PUBLICO ALVO 9.4 - REDE DE PARCERIA 9.5 - CUSTO PER CAPITA E FORMA DE MANUTENÇÃO 9.5.1 - Forma de Manutenção
•
Perfil do município
•
Indicadores sócio econômico da população idosa
•
Rede de serviços local de atenção ao idoso
•
Demanda da população idosa x rede se serviços local x projeto solicitado
II - Objetivos
9.6 - GRADE DE ATIVIDADES 9.7 - RECURSOS HUMANOS
•
Geral
9.8 - DESCRIÇÃO DE EQUIPAMENTOS
•
Específico
9.9 - PROJETO ARQUITETÔNICO, DE ACORDO COM OS PADRÕES BÁSICO E NECESSIDADES FÍSICO ESPACIAIS. 9.9.1 - Programa de Necessidades e Dimensionamento Mínimo dos Espaços 9.9.2 - Necessidades de Conforto e de Acessibilidade
III - Metodologia IV - Púbico Alvo V - Meta •
Capacidade de Atendimento x Impacto Social
10 - CREDITOS 10.1 - GRUPO DE TRABALHO A partir dos tópicos citados, intensificaremos o item 5 – Modelos do Projeto: Centro de Convivência, adquirindo assim, conhecimentos arquitetônicos de como realmente devem ser os edifícios distinguidos aos idosos. Em relação a este item, temos as seguintes informações:
VI - Forma de Gestão / Financiamento •
Identificar Rede de Parceria
•
Quem financia o quê nas três esferas de governo
VII - Recursos Humanos VIII - Custo •
Instalação
•
Manutenção
IX - Cronograma de Atividades X - Monitoramento e Avaliação XI - Resultados Esperados
59
5 - CENTRO DE CONVIVÊNCIA 5.5 - Custo Per Capta 5.1 - Definição Atendimento em centro de convivência - consiste no fortalecimento de atividades associativas, produtivas e promocionais, contribuindo para autonomia, envelhecimento ativo e saudável prevenção do isolamento social, socialização e aumento da renda própria. É o espaço destinado à freqüência dos idosos e de seus familiares, onde são desenvolvidas planejadas e sistematizadas ações de atenção ao idoso, de forma a elevar a qualidade de vida, promover a participação , a convivência social, a cidadania e a integração intergeracional.
5.2 - Objetivo
Figura 35 - Tabela: Custo per capita. Fonte: Portaria SEAS n. 73 de 10 de Maio de 2001.
Promover o encontro de idosos e de seus familiares, através do desenvolvimento de atividades planejadas e sistematizadas, que possibilitem a melhoria do seu convívio com a
*Os recursos humanos deverão ser das Secretarias Estaduais e ou Municipais de Assistência Social ou Congênere. ** Os integrantes do Centro de Convivência deverão ter acesso à rede de serviços loca, a saber: saúde, educação, esporte, outros.
família e a comunidade. 5.6 - Grade de Atividades 5.3 - Público Alvo e Capacidade de Atendimento Usuário:
idosos
independentes,
com
60
anos
As atividades deverão ser planejadas e sistematizadas a partir dos valores sócio-culturais, e
mais
e
seus
familiares.
Capacidade de Atendimento para 200 idosos, frequentando 4 dias semanais, 4 horas/dia.
ocupacionais e de necessidades manifestas dos idosos freqüentadores e, também dos recursos humanos e materiais disponíveis em cada Centro de Convivência. As categorias de atividades podem incluir:
5.4 - Rede de Parceria A rede de parceria será composta pelo Ministério da Previdência e Assistência Social –
•
pintura, artesanato, etc.);
MPAS – SEAS, Secretarias Estaduais e Municipais de Assistência Social, ou congêneres, universidades, organizações não-governamentais. Os Centos de Convivência poderão
artística ou cultural (folclore, teatro, oficinas, música, dança, coral, modelagem,
•
educativa: palestras, seminários ciclos de debates (saúde física e mental na velhice, AIDS, consumo de drogas, alcoolismo, relação intergeracional, assistência social,
ainda usar a rede pública ou privada de saúde, de educação, de esporte e de cultura.
justiça, direitos humanos, religiosidade, lazer, cultura, ecologia) filmes e vídeos, cursos em diversos níveis, incluindo alfabetização; •
sociabilidade: comemorações ou calendário festivo;
•
políticas públicas;físicas: hidroginástica, ginástica, caminhadas, alongamento, atividades esportivas etc.;
•
viagens, excursões, passeios;
•
jardinagem e horticultura;
60
•
vocacionais/produtivas: treinamento vocacional, formação de cooperativas de
Municipal e, quando possível, outras fontes aprovadas pelos respectivos Conselhos de
produção.
Assistência Social e/ou de Saúde.
Deverão ser estimulados projetos de capacitação que desenvolvam habilidades de gestão, visando a auto-sustentação dos Centros de Convivência.
5.9 - Projeto Arquitetônico, de Acordo com os Padrões Básicos e Necessidades Físico-Espaciais
5.7 - Recursos Humanos Centro de Convivência é uma instituição de atendimento a idosos, com serviços que
No Campo da Gestão:
podem ser implantados e desenvolvidos tanto em edificações novas quanto em adaptações •
•
Coordenador - é recomendável que tenha espírito de liderança e legitimidade na
de edificações já existentes. Nos dois casos, as edificações devem atender as
comunidade
necessidades físico-espaciais mínimas indicadas nesta Norma, em conformidade com o
Corpo Técnico - poderá ser composto por profissionais de organizações
programa necessário para o desenvolvimento das atividades próprias a cada instituição e
governamentais e não-governamentais , subsidiados ou não, e voluntários. Este
de acordo com as disposições da NRB9050 da Associação Brasileira de Normas Técnicas
corpo técnico poderá se compor idealmente de:
e da Portaria 810 do Ministério da Saúde.
▪
assistente social;
▪
psicólogo;
▪
terapeuta ocupacional;
▪
professor de educação física;
▪
outros, segundo disponibilidade da rede de serviços sociais
Pessoal de Apoio:
Além disto, o projeto dessas edificações deve atender à legislação municipal vigente (Plano Diretor, Código de Edificações, Normas de Prevenção de Incêndio e outras) e ser elaborado por arquiteto ou engenheiro civil regularmente registrado no CREA da região. Destaca-se a necessidade de um cuidado rigoroso no detalhamento dos projetos e na especificação dos materiais de acabamento e de um controle rígido na execução das obras. Convém salientar que as exigências de conforto e de acessibilidade não podem
•
Instrutores específicos segundo as atividades desenvolvidas em cada centro: artesão, bordadeiras, tecelões, artistas plásticos, jardineiros, entre outros;
•
auxiliares de serviços gerais;
•
vigilantes.
5.8 - Descrição de Equipamentos
ser consideradas um requinte construtivo mas sim devem ser entendidas como elementos de qualidade de vida e condição de autonomia para os idosos - mais vulneráveis e com limitações de mobilidade advindas do processo de envelhecimento - bem como elementos de prevenção de quedas e outros acidentes domésticos. As propostas espaciais devem orientar-se no sentido de estimular as aptidões e capacidades próprias dos idosos, melhorando
as
comunicações
e
a
manipulação
de
objetos
do
cotidiano.
O Centro de Convivência poderá ser mantido por uma organização governamental ou não-
A seguir são apresentadas as necessidades físico-espaciais de Centro de
governamental no que se refere à limpeza, vigilância, custeio de programas, custeio de
Convivência, porém salientamos tratar-se um conjunto de exigências a ser adequado às
profissionais quando for o caso, equipamentos e materiais. Deverão ser estipulados
características regionais do país e, mais do que tudo, às exigências funcionais que forem
projetos de auto-sustentação. O projeto deverá ser iniciado com uma co-participação entre
sendo sentidas pelos idosos alvo do serviço. Essas necessidades físico-espaciais são
governo e sociedade.
delineamentos básicos orientadores dos projetos - válidos porém sujeitos a constantes adequações, inovações e retificações.
A manutenção das atividades se dará com recursos dos Fundos Nacional, Estadual e
61
5.9.1 - Programa de Necessidades, Dimensionamento Mínimo dos Espaços e Custo
devendo ser prevista, na medida do possível, a participação dos mesmos na qualificação individualizada dos ambientes. Além disso, o projeto do Centro de Convivência deve contemplar o uso de elementos que atuem de forma positiva sobre a memória física e afetiva dos idosos e em suas relações com o novo espaço - o aprendizado desse novo espaço deve ser facilitado pela inclusão de objetos que sejam capazes de resgatar antigos hábitos, experiências e recordações e traze-los para o cotidiano atual dos usuários.
5.9.2.2 - Áreas Externas (áreas de estar no jardim e caminhos)
O terreno deve ser preferencialmente plano e, se inclinado, dotado de escadas e rampas para vencer os desníveis. •
Devem ser previstas áreas verdes (com caminhos e bancos), solarium, locais para jardinagem e outras atividades ao ar livre, sendo que referidas áreas devem ser adequadas ao terreno disponível para a implantação da instituição.
•
Sobre o total do terreno livre de construção devem ser contemplados 15% de área de solo permeável.
• Figura 36 - Tabela: Programa de necessidades. Fonte: Portaria SEAS n. 73 de 10 de Maio de 2001.
Os locais destinados à jardinagem e hortas devem ser providos de canteiros elevados (como se fossem mesas, com altura indicada da parte superior de 0,70m) para possibilitar seu uso por pessoas sentadas.
* no TOTAL não estão incluídas as áreas descobertas destinadas para atividades ao ar livre que deverão ser de, no mínimo, 1,00m2 por residente. 5.9.2 - Necessidades de Conforto e de Acessibilidade
5.9.2.1 - Características Gerais
O Centro de Convivência deve estar localizado dentro da malha urbana, com facilidade de acesso por transporte coletivo e, preferencialmente, próximo à rede de saúde, comércio e demais serviços da vida da cidade (posto médico, hospitais, supermercado, farmácia, padaria, centros culturais, cinemas, etc.), favorecendo a integração do idoso, independente e mesmo dependente, à comunidade do entorno. Portanto, não deve ser pensado como local de isolamento, inviolável ao contato com a vida urbana nem como espaço de uniformização e despersonalização da vida de seus usuários,
5.9.2.3 - Pisos Externos e Internos (inclusive de rampas e escadas)
Devem ser de fácil limpeza e conservação, antiderrapantes, uniformes e contínuos (com ou sem juntas), dotados de faixa tátil (com 0,40m de largura e variação de textura e cor), especialmente demarcando mudanças de nível, quando houver. 5. 9.2.4 – Estacionamento
Deve ser preferencialmente interno na própria edificação ou no terreno, com vaga de dimensões compatíveis para o estacionamento de uma ambulância e mais um espaço adicional à vaga com 1,20m de largura para possibilitar a circulação de uma maca e/ou de uma cadeira de rodas.
62
5.9.2.6.4 - Esteira Rolante ou Plataforma Móvel 5.9.2.5 - Edificação Conforme especificações da NBR 9050/ABNT. Deve ser preferencialmente térrea. 5.9.2.6.5 - Portas de Entrada 5.9.2.6 - Acesso à Edificação e Circulação Interna Deve ser de abrir para fora, com dobradiças verticais e mecanismo de abertura com Deve se dar sempre através de corredores planos, escadas e rampas (ou elevadores,
comando de alavanca ou automático (célula fotoelétrica, por exemplo), com vão livre igual
plataformas elevatórias, entre outros), livres de obstáculos (vasos, por exemplo).
ou maior que 0,80m (é mais indicada a previsão de porta com 1,30 de vão livre, com um pano de 0,80m e outro de 0,50m a ser utilizado apenas quando necessário), protegida das
5.9.2.6.1 - Rampa e Escada
intempéries, com soleira sem desnível e dotada de iluminação externa sobre a guarnição superior.
Devem ser executadas conforme especificações da NBR 9050/ABNT, observadas as exigências de corrimão e sinalização.
•
serviço.
Complementarmente, destaca-se a necessidade de: •
pintar, em cor contrastante, com o piso o primeiro e o último espelhos da escada e dotá-los de luz de vigília permanente;
•
executar o corrimão de forma a torná-lo contrastante em relação à parede onde for fixado (seja pela cor ou pelo material utilizado) para fácil e rápida identificação e utilização;
•
5.9.2.7 - Áreas Internas
Devem ser dotadas de boa iluminação artificial e natural e ventilação natural respeitadas as características regionais. •
deve ser considerado que a luz solar direta pode causar deslumbramentos e
no caso do acesso à edificação, a escada e a rampa deverão ter, no mínimo, 1,50m
sombras muito marcadas que geram distorções na avaliação da distância e da
de largura.
perspectiva, sendo mais aconselhável uma iluminação difusa e, sobre planos de
5.9.2.6.2 - Corredores
trabalho e leitura, a previsão de iluminação artificial direta. •
dimensões conforme especificações da NBR9050/ABNT.
todas as áreas internas devem ser dotadas de luz de vigília, campainhas para emergência e sistema de segurança/prevenção de incêndio e detetores de fumaça,
Devem ter largura mínima de 1,50m e ser dotados de corrimão de ambos os lados, com
•
Devem ser previstas, no mínimo, duas portas de acesso, sendo uma exclusivamente de
com previsão de rápido e seguro escoamento de todos os residentes. •
além das demais especificações constantes na NBR 9050/ABNT, os interruptores e
para possibilitar melhor orientação, podem ser previstas áreas de descanso
tomadas devem ser luminosos e com mecanismo de controle e variação da
intermediárias, variação de revestimento e cor nas paredes e portas.
intensidade da luz. •
5.9.2.6.3 - Elevador
Conforme especificações da NBR 7192/ABNT.
é indicada a colocação de mais de uma lâmpada por ambiente para evitar a possibilidade de escuridão total no caso de “queima”.
63
•
a pintura deve ser executada com tintas laváveis e cores claras, sendo aconselhada
onde for fixado (seja pela cor ou pelo material utilizado) para fácil e rápida
a utilização de protetores nas paredes e portas até a altura de 0,40m do piso, com
identificação e utilização.
materiais resistentes a batidas para diminuir a deterioração dos espaços. •
deve ser garantida a instalação de um telefone público dotado de regulador de volume no auricular.
5.9.2.7.1 – Portas
5.9.2.8.1 - Mobiliário (mesas, cadeiras e poltronas com apoio nos braços, balcões) •
devem ser móveis, estáveis, robustos e leves para permitir rearranjos do lay-out.
•
é indicada a altura dos assentos entre 0,42 e 0,46m, revestidos com material impermeável.
Devem ter vão livre igual ou maior que 0,80m (é mais indicada a previsão de porta com 1,30 de vão livre, com um pano de 0,80m e outro de 0,50m a ser utilizado apenas quando
•
os balcões de atendimento devem ter altura máxima de 1,00m.
5.9.2.9 - Cozinhas demais áreas de serviço
necessário), sendo preferencialmente de correr (com trilhos embutidos no piso) ou de abrir com dobradiças verticais, dotada de comando de abertura de alavanca ou automático (tipo
•
célula fotoelétrica).
de gás com alarme; com espaço livre para circulação de 0,80m. •
•
é indicada a utilização de cores contrastantes em relação à parede bem como luz de vigília permanente sobre a guarnição superior para facilitar a identificação.
•
devem ser guarnecidas de corrimão junto às paredes, conforme especificações da NBR 9050/ABNT.
•
as áreas de aproximação devem ser conforme especificações da NBR 9050/ABNT.
deve ser prevista uma iluminação intensa e eficaz e não devem ser utilizados revestimentos que produzam brilhos e reflexos para evitar desorientação e confusão visual.
5.9.2.7.2 – Janelas •
do piso para maior segurança e comando de abertura de alavanca.
deve ser prevista lixeira ou abrigo externos à edificação para armazenamento de resíduos até o momento da coleta.
Devem ter peitoris de 0,70m para melhorar a visibilidade, corrimão suplementar com 0,90m •
devem ser dotadas de luz de vigília, campainhas de alarme e detetores de escape
5.9.2.9.1 - Mobiliário
é indicada a utilização de cores contrastantes em relação à parede para facilitar a identificação.
•
As bancadas devem ter altura de 0,75m, as pias e tanques com registros monocomando de alavanca ou acionados por células fotoelétricas.
5.9.2.8 - Recepção, Salão de Festas e Demais Salas de Convivência, de Atividades
•
deve ser prevista luz interna nos armários.
Coletivas ou individuais 5.9.2.9.2 - Sanitários •
devem ser projetadas para melhorar e estimular a socialização dos usuários, também
prevendo
espaços
que
respeitem
a
privacidade
dos
indivíduos,
possibilitando vivências em separado e contatos com a família. •
•
•
devem ser executados de acordo com todas as especificações constantes da NBR9050/ABNT e, complementarmente, indica-se que:
devem prever espaço livre mínimo de 0,80m para circulação entre mobiliário e
▪
devem ser dotados de campainha de alarme
paredes.
▪
devem ser dotados de luz de vigília sobre a porta, externa e internamente.
devem ser guarnecidas de corrimão junto às paredes, conforme especificações da
▪
deve ser prevista uma iluminação intensa e eficaz.
NBR 9050/ABNT, executados de forma a torná-lo contrastante em relação à parede
64
▪
não devem ser utilizados revestimentos que produzam brilhos e reflexos para evitar desorientação e confusão visual.
▪
devem prever, no mínimo, um vaso sanitário para cada seis usuários.
▪
os boxes para vaso sanitário e chuveiro devem ter largura mínima de 0,80m.
▪
deve ser previsto, no mínimo, um box para vaso sanitário e chuveiro que permita a transferência frontal e lateral de uma pessoa em cadeira de rodas, conforme especificações da NBR9050/ABNT.
▪
nos chuveiros não é permitido qualquer desnível em forma de degrau para conter a água. Indica-se o uso de grelhas contínuas, desde que respeitada a largura máxima entre os vãos de 1,5cm, conforme especificações da NBR9050/ABNT.
•
as portas dos compartimentos internos dos sanitários coletivos devem ser colocadas de modo a deixar vãos livres de 0,20m na parte inferior.
•
deve ser evitado o uso de cortinas plásticas e portas de acrílico ou vidro para o fechamento de box de chuveiro.
•
as barras de apoio devem ser, preferencialmente, em cores contrastantes com a parede para fácil e rápida identificação e uso. Partindo das orientações acima sobre o Centro de Convivência, notamos quais
aspectos importantes a serem seguidos para uma estádia ou uma passagem pelo Centro para a execução de atividades físicas, relaxamento em uma sala de leitura, autonomia em atividades como oficinas para costura, pintura e música, tudo isso juntamente com a acessibilidade, segurança, conforto e dignidade.
65
2.5 A Teoria Ambientalista de Florence Nightingale
1853, superintendente do Hospital for Invalid Gentlwomen, em Londres. Em 1854, durante a Guerra da Criméia, foi chamada pelo ministro da guerra, Sidney Herbert, para treinar enfermeiras para cuidarem de soldados feridos em Scutay, na Turquia. Chegando ao local,
Assim como os subitens descritos anteriormente, estudos foram feitos para garantir a melhoria do ser humano com o ambiente que habita. Em sua dissertação A Saúde de Idosos Residentes em Instituições de Longa Permanência Apoiada na Teoria de Nightingale, Alves30 apresenta um estudo aprofundado sobre o livro Nursing Theorists and Their Work, onde as autoras Alligood31; Tomey32 (2002), descrevem sobre o surgimento e a valorização das Teorias de Enfermagem, que surgiram a partir do século XX “devido a necessidade de se desenvolver um conhecimento
Florence deparou-se com um ambiente sem condições mínimas de saneamento básico, com água, lençol e cobertores contaminados. Com o trabalho realizado no intuito de melhorar essas condições, Florence foi apelidada de “A Dama da Lâmpada” pelos soldados, devido a ela costumar fazer rondas noturnas. Durante toda sua vida, Florence teve diversos trabalhos reconhecidos e premiados em seu país e em outros países. Trabalhou até os 80 anos de idade e faleceu, durante o sono, em agosto de 1910. (PFETTSCHER, 2002 apud ALVES, 2014, p.41-42).
de enfermagem que servisse como referencial teórico para a prática” (ALLIGOOD; TOMEY, 2002 apud ALVES, 2014, p. 41). Dentre as teorias citadas no livro, Alves elabora seu estudo sobre as ILPIs baseando-se na Teoria Ambientalista de Florence Nightingale, transmitindo assim o quão
A Teoria Ambientalista de Florence Nightingale centrava-se no ambiente e trazia cinco componentes essenciais da saúde ambiental, sendo eles ar puro, água pura, drenagem eficiente, limpeza e luz. Sendo mais tarde acrescentados mais três componentes como o calor, barulho e dieta. Nightingale defendia que um ambiente saudável era necessário para se prestar cuidados de enfermagem adequados e sua preocupação não se referia apenas aos cenários hospitalares, mas também, aos asilos e as condições físicas de vida dos mais pobres. (PFETTSCHER, 2002 apud ALVES, 2014, p. 42).
grande é o reflexo do ambiente para com o ser humano. O quanto o ambiente desenvolve sentimentos naqueles que o frequentam, sendo um peso ou um conforto na vida de cada um e com base nesta Teoria, compreenderemos melhor como os componentes da mesma são importantes para a valorização da convivência entre o ser humano e o ambiente. Florence Nightingale, matriarca da enfermagem moderna como é intitulada, nasceu em 1820, na cidade de Florença, na Itália. Nightingale pertencia a uma família rica e
De acordo com os componentes criados por Florence, Pfettscher33 (2002) apud Alves (2014), explica o porquê de alguns:
aristocrata, na qual teve uma infância rígida, com aulas particulares de matemática, filosofia, línguas e religião, disciplinas as quais influenciaram no curso de seu trabalho. No
• A ventilação apropriada ao doente pareceu ser uma grande preocupação para
ano de 1851, começou a estagiar em Kaiserwoth, na Alemanha, em uma comunidade
Nightingale que instruía suas enfermeiras a mantes o ar que respira o mais puro
religiosa com instalações hospitalares e ao final do terceiro mês foi declarada para ser
possível, reconhecendo esse componente como sendo fonte de doença e
enfermeira, pelos seus professores. Ao voltar para a Inglaterra, Florence começou a
recuperação.
inspecionar instalações hospitalares e instituições de caridade, tornando-se assim em
• Com relação a luz, ela identificou que a luz direta do sol era essencial aos doentes
ALVES, Manuela Bastos. Graduada em Enfermagem pela UCSAL – Universidade Católica de Salvador (2005). Especialista em Enfermagem em Emergência pelo Atualiza. Mestre em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia (UFBA,2014). 30
que possuías reais efeitos sobre o corpo humano e então orientou as enfermeiras e deslocar os doentes a modo de expô-los a luz diretamente.
31
ALLIGOOD, Martha Raile. Professora na Faculdade de Enfermagem da East Carolina University. Formada em Enfermagem pela Good Samaritan School of Nursing. Bacharel em Literatura Sagrada (BSL) pela Johnson University, BSN pela University of Virginia, MS com especialização em Enfermagem pela Ohio State University e PhD em Ciências da Enfermagem de Nova York University. 32
TOMEY, Ann Marrineri. Formada na Escola de Enfermagem do Hospital Memorial Mary Lanning. Seu BSN, MSN e PhD da Universidade do Colorado. Atualmente é professora na Indiana State University.
33
PFETTSCHER, Susan A. Aposentada e Consultora. Doutora em Filosofia, Enfermagem / Política de Saúde e Bioética, pela Universidade da Califórnia São Francisco.
66
• Sobre a limpeza, Florence acreditava que um ambiente sujo era fonte de infecção através da matéria orgânica que continha. • O barulho, ela referiu que o barulho desnecessário deveria ser evitado pelas enfermeiras para que não viessem a prejudicar os pacientes.
precárias. Assim como asilos ou locais de caridade. Desta forma, é possível comparar estes acontecimentos com os asilos discutidos no subitem 1.1 deste trabalho. Nos tempos antigos, os ambientes não recebiam valorização, desde que todos que fossem diferentes dos demais humanos, estivessem num local isolado, nada mais importava.
• A respeito da dieta, instruiu as enfermeiras para que não só avaliassem a ingestão dos alimentos, como também controlassem o horário e os efeitos sobre o doente. (PFETTSCHER, 2002 apud ALVES, 2014, p. 42-43).
Florence Nightingale (2010) apud Alves (2014, p.57) traz em sua Teoria Ambientalista como devem ser as condições sanitárias de uma moradia para que seus residentes tenham uma vida saudável (...). E complementa: Que o quarto deve ser tão arejado quanto o ar exterior, que as janelas devem ser abertas para permitir a penetração da luz solar, assim como as camas não devem ser muito altas e de preferência devem ser posicionadas próximo a uma janela para que a pessoa possa olhar pela janela, ver a paisagem e saber quando é dia ou noite. (NIGHTINGALE, 2010 apud ALVES, 2014, p.57).
Assim como os aspectos relacionados ao clima e as sensações do ambiente, os mobiliários podem tornar-se perigosos, como Valentim34; Fonseca35; Santos36 e Santos37 (2009) apud Alves (2014): Destaca que locais mal iluminados, com presença de muitos mobiliários e camas altas, constitui-se em ambientes inadequados que podem expor o idoso ao risco de quedas. As consequências das quedas nessa faixa etária podem gerar lesões graves, afetar a capacidade funcional dos idosos deixando-os dependentes para a realização das atividades de vida diária e até levar a morte. (VALENTIM et al., 2009 apud ALVES, 2014, p. 57).
Desse modo, notamos o quanto cada detalhe presente no ambiente influencia de algum modo àquele que o frequenta, seja de forma negativa ou positiva. Florence notara que as condições dos ambientes em que se encontravam os soldados feridos eram 34
VALENTIM, Flávio Cesar Vieira. Fisioterapeuta. Coordenador e docente do curso de Fisioterapia das Faculdades Unidas do Vale do Araguaia (UNIVAR). 35
FONSECA, Marisa de Cássia Registro. Fisioterapeuta. Professor Doutor do Departamento de Biomecânica, Medicina e Reabilitação do Aparelho Locomotor. Curso de Fisioterapia – FMRP – USP. 36
SANTOS, Manuela Oliveira. Fisioterapeuta. Mestranda do Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – USP. 37
SANTOS, Branca Maria de Oliveira. Enfermeira. Professora Livre-Docente aposentada da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – USP. Orientadora do Programa de Mestrado em Promoção da Saúde da Universidade de Franca – UNIFRAN-SP.
Figura 37 Pintura: Florence Nightingale. Fonte: Disponível em: <http://emfermagemfaal2010.blogspot.com.br/2011/08/florence-nightingale.html>. Acesso em 03 de Maio de 2018, às 13h47.
67
2.6 Paisagismo e seu bem estar
Berman e seus colegas mostraram que um acréscimo de dez árvores num dado quarteirão correspondia a um aumento de 1% em quanto os moradores das vizinhanças se sentiam
Assim como o concreto que nos acolhe, nos guarda e nos envolve, o paisagismo nos liberta, nos faz leves e também nos envolve, em meio aos verdes que a natureza nos presenteia, verdes os quais se manifestam em meio a selva de pedra. Além de nos proporcionar beleza, a vegetação nos tranquiliza e nos cura, como argumenta Berman 38 (2015) apud Hutchinson39 (2015), “Um novo estudo constatou que dez árvores a mais num quarteirão correspondiam a um aumento de 1% na sensação que seus moradores tinham de estarem saudáveis”. (BERMAN, 2015 apud HUTCHINSON, 2015, p.1). Em seu artigo How Trees Calm Us Down – Como as Árvores nos Acalmam, Hutchinson, disserta sobre alguns estudos que comprovam o quão benéfico é a inclusão da vegetação ao cotidiano do ser humano. Um desses estudos realizado em 1984 pelo pesquisador chamado Roger Ulrich40, consta que o mesmo: Observou um padrão interessante entre os pacientes em recuperação após cirurgia da vesícula num hospital suburbano da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Aqueles internados em quartos com vista para árvores de folha caduca tinham alta quase um dia mais cedo, em média, do que os hospedados em quartos idênticos, porém cujas janelas davam de frente para um muro. O resultado se mostrou imediatamente óbvio. Sem dúvida, a visão da relva coberta de folhas é mais terapêutico do que uma parede de tijolos. (ULRICH, 1984 apud HUTCHINSON, 2015, p.1).
Desta maneira, Hutchinson disserta também sobre um outro estudo realizado em Toronto, por uma equipe de pesquisadores dos Estados Unidos, Canadá e Austrália, liderados por Marc Berman, onde o estudo compara dois conjuntos de dados, em que um mede a distribuição de áreas verdes, de acordo com imagens registradas pelo satélite e uma lista abrangente de todas as 530 mil árvores plantadas em terrenos públicos. E o segundo mede a saúde, de acordo com o levantamento feito por uma pesquisa detalhada junto a população de 94 mil pessoas. Após verificar renda, nível de instrução e idade, 38
BERMAN, Marc. Professor assistente no Departamento de Psicologia e está envolvido em programas de Cognição, Neurociência Social e Integrativa. 39
HUTCHINSON, Alex. Ex-físico e corredor de classe nacional. Jornalista Cientifico e Vencedor do National Magazine Award. 40
ULRICH, Roger. Dr. Professor. Departamento de Arquitetura e Centro de Arquitetura de Saúde, Chalmers University of Technology. Professor de Arquitetura no Centro de Pesquisa em Edificações de Saúde da Chalmers University of Technology, na Suécia e Professor adjunto de Arquitetura na Universidade de Aalborg, na Dinamarca. Ele é o pesquisador mais frequente citado internacionalmente em design de saúde baseado em evidências.
mais saudáveis. (HUTCHINSON, 2015, p.1). Os dados de Toronto mostram uma ligação semelhante entre a cobertura arbórea e riscos cardiometabólicos como doenças cardíacas, AVCs e diabetes. Para pessoas que sofrem dessas condições, onze árvores a mais por quarteirão correspondem a um aumento de renda anual de vinte mil dólares, ou a serem quase um ano e meio mais jovens (...) Os benefícios à saúde decorrem quase que exclusivamente das árvores plantadas ao longo das ruas e nos jardins na frente das casas, onde muitos transeuntes as veem (...) Talvez apenas ver árvores seja o bastante para as pessoas. (HUTCHINSON, 2015, p.2).
68
2.7 A Evolução dos Espaços “(...) um projeto arquitetônico deve ser elaborado ajustando-se todos os componentes como um sistema complexo e inter-relacionado.” (BESTETTI, 2014, p.602).
Neste subitem discutiremos arquitetonicamente sobre a evolução dos espaços entre os asilos / hospícios de antigamente (como vistos no subitem 1.1 deste trabalho) e centros de convivências contemporâneos, visando entender o porquê das adaptações e quando as mesmas surgiram. Em sua conhecida teoria, Darwin41 (1859) apud Júnior42 (2011, p.791), cita “A adaptação de uma espécie constrói-se na interação entre os seres vivos e o seu ambiente”. Ou seja, o ambiente agrega sentimentos àquele indivíduo que o ocupa e de alguma forma este mesmo sentimento irradia quem está à volta do indivíduo, de um modo negativo ou positivo como veremos a seguir. Comparando os relatos dos presidentes à teoria mencionada acima, notamos que as mortes nos asilos sucediam-se por conta da falta de cuidado, como de conforto e abrigo a vida, a alma humana (...). As condições precárias transmitidas pelo espaço apertado, tumultuado de gente com todos os tipos de enfermidades. Desta forma, relembremos que no ano de 1881, o presidente da província de São Paulo, Laurino Abelardo de Brito, relata sobre a tristeza que era o abrigo para os alienados: Os compartimentos da casa apenas permitem a separação dos sexos e, entre as classes de enfermos, os tranquilos dos agitados. Para que o estabelecimento se aproxime dos tipos que a medicina alienista exige, fora necessário divisões para agitados, incômodos, imundos e epiléticos, tranquilos e enfermaria... Se pretendeis que aquela casa deixe de ser simplesmente uma hospedaria de infelizes para tornar-se verdadeiro hospício em que os enfermos possam recuperar a saúde e com esta o uso da razão, decretarei a cota necessária para que ela possa ter um médico especialista. (BRITO, 1881, p.990).
DARWIN, Charles. (1809-1882) foi um naturalista inglês, autor do livro “A Origem das Espécies”. Formulou a teoria da evolução das espécies, anteviu os mecanismos genéticos e fundou a biologia moderna. É considerado o pai da “Teoria das Espécies”. 41
Figura 38 - Ilustração pela autora, Thayná Lima.
42
JUNIOR, Wilson Antonio Frezzatti. Doutor em Filosofia pela USP (2004). Professor Associado da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). Professor colaborador do mestrado em Filosofia da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
69
O presidente lastima sobre a condição do edifício, seus repartimentos e a falta de zelo e amparo mental para os alienados. Logo, no ano de 1882, o vice-presidente da província de São Paulo, Souza Aranha, Conde de Três Rios, reafirma sobre o estado precário do Hospício: Os intuitos de uma sociedade civilizada não ficam satisfeitos com a detenção destes infelizes em número superior à lotação do edifício, presos à mais perigosa melancolia, sem trabalho apropriado e sem possibilidade de cura quando a anormalidade mental chega a um certo grau. Pode haver egoísmo, mas não há caridade... Se ainda não existe classificação dos alienados, oficinas de trabalho, lugar para recreio, enfermarias higiênicas, casas para banho, duchas, aparelhos e instrumentos que a ciência médica manda aplicar, qual seria o meio de tratamento empregado anteriormente? (ARANHA, 1882, p.991).
Em ambos os relatórios o ambiente - no caso - o hospício, proporcionara desconforto e desigualdade aos internos, rompendo-os inteiramente da sociedade e da vida ativa, “o homem é um ser social que interage com um ambiente físico e um meio social, os quais podem favorecer ou não sua adaptação ao processo de envelhecimento” (BESTETTI, 2014, p.602). Deste modo, é notável o trabalho do ambiente em si sobre a vida humana, onde não havia preocupação, saneamento básico de boa qualidade, tratamento de esgotos e privacidade. Como apresentado nos subitens anteriores, para o melhoramento da mobilidade, localidade, infraestrutura e comodidade humana, neste caso, priorizando os idosos, leis e teorias foram discutidas e estudadas para a realização de um envelhecimento saudável. Contudo, nos asilos, hospícios, hospitais e quaisquer outros edifícios dos tempos antigos, que abrigavam seres humanos que eram excluídos da sociedade, não obtiveram esta evolução arquitetônica, juntamente com o estudo do ambiente para agregar conforto aos pacientes e/ou abrigados. Desta maneira, serão observados pontos arquitetônicos e ambientais que de alguma forma proporcionaram desconforto e desonestidade das pessoas que sobreviviam nestes espaços, de modo que se torne perceptível a dor e a solidão de estarem todos juntos em um só local, porém, com necessidades diferentes e mais, sem nenhum cuidado ou zelo pela dor ou dificuldade que continham.
Figura 39 - Urubus a espreita como que esperado o momento certo para um banquete. Fonte: Disponível em: <http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/2014/04/a-historia-indesejada-e-ocultada-por.html>. Acesso no dia 18 de Abril de 2018, às 15h12.
70
2.7.1 Asilos e Hospícios - Edifícios Assistidos. Neste tópico, veremos algumas imagens e plantas de projetos arquitetônicos que exemplificam de maneira nítida as comodidades de antigamente de edifícios assistidos, sem a criação de corredores disponibilizando desta forma, a falta de privacidade de um ambiente ao outro, a frieza no local sem o calor do sol, a vedação do ar por faltas de janelas e a tortura humana, por não ser um abrigo que o acolha com dignidade e amor.
•
Reconstituição do Hospital dos Leprosos: na planta arquitetônica deste
edifício, acessos foram desenhados para a observação da falta de circulação, ou seja, o caminho percorrido para chegar ao local desejado, designava passagem por outros ambientes, impedindo a privacidade dos pacientes. Tomamos como exemplo o percurso para acessar o ‘Pomar e Recreio dos Homens’ passava-se antes pelo dormitório dos mesmos e assim acontece também no caso das mulheres. Para adentrar quaisquer cômodos deste edifício, passa-se antes pelo pátio interno. Figura 40 - Reconstituição do Hospital dos Leprosos, no fim do século XIX (planta), segundi Roberto Gruwald, sem data. Fonte: Disponível em: <http://www.arquiamigos.org.br/info/info29/i-estudos2.htm>. Acesso no dia 24 de Março de 2018, às 20h05.
•
Asilo dos Velhos: na imagem notamos a apresentação do pavilhão da
enfermaria, fachada lateral, fachada posterior, corte C-D, alçado A-B e planta da enfermaria. Na planta há a demarcação de um extenso corredor, de parede a parede do ambiente, gerando uma longa caminhada e a limitação da privacidade. Contudo, na elevação deste Asilo é possível notar a criação de inúmeras janelas – alinhadas e com as mesmas dimensões – de modo que, é possível ideia de que havia o consumo de luz e ventilação natural.
Figura 41 - Asilo dos velhos, Hospital: pavilhão de enfermaria, fachada lateral, fachada posterior, corte C-D, alçado A-B e planta (1926). Fonte: Disponível em: <http://arquivoatom.up.pt/index.php/qvf0g>. Acesso no dia 24 de Março de 2018, às 21h00.
71
•
Asilo de Inválidos Militares em Runa: na planta arquitetônica desta
edificação (figura 42), foram indicados e demarcados os acessos e as circulações, confirmando assim o acesso entre todos os ambientes, ou seja, a falta de privacidade de um cômodo para o outro. Nas elevações 1 e 2, é nitidamente notável o alinhamento e as inúmeras janelas em aparentemente todos os lados do edifício. A entrada principal, sendo caracterizada por jardins laterais, caminhos criados a partir na vegetação, uma porta em forma de arco e uma cruz sob o telhado.
Figura 43 Asilo dos inválidos militares, Runa, Portugal. Fonte: Disponível em: <http://vedrografias2.blogspot.com.br/2017/07/ha-190-anos-em-25-de-julho-1827-foi.html>. Acesso no dia 09 de Maio de 2018, às 10h55.
Figura 42 - Edifício asilo dos inválidos militares, Runa, Portugal. Planta baixa. Fonte: Disponível em: <http://bdlb.bn.gov.br/acervo/handle/123456789/46051>. Acesso no dia 24 de Março de 2018, às 22h25.
Figura 44 - Asilo dos inválidos militares em Runa, Portural. Fonte: Disponível em: <http://vedrografias2.blogspot.com.br/2017/07/ha-190-anos-em-25-de-julho-1827-foi.html>. Acesso no dia 09 de Maio de 2018, às 10h58.
72
•
Hospício Nacional de Alienados (1841): neste edifício podemos notar
através da planta e da figura 45 a realização do paisagismo, com a existência das árvores na entrada da cozinha e logo na planta, identificamos um longo caminho da Rua da Passagem à entrada do Hospício, possivelmente guiado por um jardim. Na figura 47, temos a biblioteca do hospício, ambiente o qual demonstrava ser simples, com pé direito duplo, aparentemente com uma janela, pois há entrada de luz e uma porta em forma de arco e os móveis de madeira.
Figura 46 Hospício nacional de alienados, 1841. Fonte: Disponível <http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v17s2/31.pdf>. Acesso no dia 09 de Maio de 2018, às 15h00.
em:
Figura 47 Hospício nacional de alienados, 1841. Fonte: Disponível <http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v17s2/31.pdf>. Acesso no sia 09 de Maio de 2018, às 15h07.
em:
Figura 45 - Hospício nacional de alienados (planta). Fonte: Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010459702010000600031&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso no dia 25 de Março de 2018, às 9h05.
73
•
2.7.2 Asilos Colônias Paulistas
As paredes externas deveriam ter pequenas molduras e faixas em diferentes
planos e no nível do embasamento; as paredes internas teriam cantos arredondados em Os Asilos Colônias Paulistas, surgiram através da necessidade de separar as pessoas que possuíam lepra das pessoas sadias daquela época, como apresenta Costa43:
locais destinados aos procedimentos médicos e científicos, assim como os rodapés. As pinturas deveriam ser em tinta óleo ou caiação, feitas após a parede estar desempenada e alisada.
Na década de 1920, Comissões Técnicas, regidas pela ainda Inspetoria da Lepra, investigaram e definiram as localizações dos Asilos Colônias no estado de São Paulo. Em virtude da distribuição territorial da doença, a instalação do sistema se vinculava à proximidade de estações ferroviárias, visto que este seria o principal meio de transporte utilizado para deslocar os doentes, os servidores e os médicos. Para os doentes existiriam vagões especialmente desenvolvidos e identificados, situados em partes específicas da locomotiva. Seguidos protestos das populações sadias próximas aos locais escolhidos também influenciariam nessas definições. Os terrenos foram adquiridos com as verbas arrecadadas junto aos convênios, entre as municipalidades regidas pelas Delegacias, bem como por doações particulares. (COSTA, 2014, p. 273).
•
As esquadrias seriam em madeira com ferragens nos caixilhos envidraçados,
sendo as portas almofadadas e as janelas das habitações com venezianas. •
As instalações hidráulicas seriam em ferro galvanizado; as do esgoto seriam
de manilhas cerâmicas; já as instalações elétricas seriam embutidas com chaves automáticas e a maioria das edificações teria telefones, inclusive as habitações. As instalações sanitárias, os aparelhos elétricos e de aquecimento seriam de modelos modernos e materiais adequados. As coberturas deveriam ser em telhas “modeladas typo Marselha, sobre armadura de peroba”.
Arquitetonicamente falando, os Asilos Colônias seguiam exigências da legislação sanitária vigente daquela época, como as condições de insolação, aeração, ventilação, isolamento e impermeabilidade. Deste modo, as seguintes exigências foram criadas: •
As fundações deveriam ser em concreto armado, simples ou em alvenaria de
tijolos com argamassa, tendo 45 cm de profundidade mínima. As vedações seriam em tijolo e argamassa, tendo espessura de 15 a 30 cm conforme a situação das paredes.
Como veremos a seguir, as plantas arquitetônicas foram demarcadas com a indicação da setorização e com as legendas de seus respectivos ambientes. A evolução dos espaços surge nos asilos coloniais paulistas a partir da percepção de que a privacidade dos habitantes de inicia, como veremos os quartos separados dos demais cômodos, em alguns casos com circulação para o acesso dos mesmos. A área de serviço, para limpeza e independência do habitante. Banheiro para cada edificação. A
•
Os pisos secos, quando térreo, seriam revestidos com assoalhos de peroba e
presença de janelas em cada cômodo, designando a entrada de luz e ventilação natural,
rodapés, sobre laje de cimento ou material semelhante resistente, ou ainda sobre
proporcionando sensação de revitalização, ou seja, a presença de energia solar
vigamento de madeira quando em pavimentos superiores ou sobre porões habitáveis. Os
adentrando o espaço. Os terraços como alpendres, de modo que quem chega ao asilo
pisos laváveis seriam em ladrilhos cerâmicos ou hidráulicos de 20x20 cm. Os locais de
possa se apresentar primeiramente antes de entrar.
depósito, armazenagem ou atividades afins deveriam ser de cimento sobre concreto com juntas a cada 50 cm. As alvenarias de elevação, as camadas de suporte de pisos de madeira e parte das paredes de áreas molhadas deveriam ser impermeabilizadas. •
As forrações dos tetos, que deveriam ser em estuque nos espaços de
permanência prolongada, de estuque com quadros de ventilação nas copas e cozinhas, em madeira nos refeitórios e salas amplas, inexistiriam em galpões e ambientes similares. 43
COSTA, Ana Paula Silva da. Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade estadual de Londrina (2002). Mestre em Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo pela Escola de Engenharia de São Carlos (2008). É professora da Uni-Anhanguera e professora titular da Universidade Estadual de Goiás.
A seguir plantas, fachadas e imagens de alguns asilos colônias:
74
•
Asilo Colônia Aymorés: foi pioneira das
Na planta baixa, observamos a evolução dos
pesquisas relacionadas ao tratamento e à busca da cura
espaços, onde a privacidade começava a existir,
para hanseníase, constituindo uma referência mundial
separando um quarto do outro, a existência do corredor
no assunto. Abriga, atualmente, o Instituto ‘Lauro de
e da circulação para os quartos. A existência do terraço,
Souza Lima’, que desempenha pesquisas na área de
proporcionando assim a entrada de luz e ventilação
dermatologia e que possui um museu destinado a
natural. Janelas em cada cômodo, cozinha, sala e área
recuperar e a divulgar a memória da profilaxia de
de serviço.
Hanseníase no Estado de São Paulo.
Figura 51 Coreto. Fonte: Disponível em: <http://www.infopatrimonio.org/?p=2812#!/map=38329&loc= -22.325572000000008,-48.979439,17>. Acesso no dia 26 de Abril de 2018, às 19h43.
Figura 49 Igreja. Fonte: Disponível em: <http://www.infopatrimonio.org/?p=2812#!/map=38329&loc=22.325572000000008,-48.979439,17>. Acesso no dia 26 de Abril de 2018, às 19h43.
Figura 52 Carville. Fonte: Disponível em: <http://www.infopatrimonio.org/?p=2812#!/map=38329&loc= -22.325572000000008,-48.979439,17>. Acesso no dia 26 de Abril de 2018, às 19h43.
Figura 48 - Planta do asilo Aymorés. Fonte: Asilos Colônias Paulista, 2014.
Figura 50 Bar. Fonte: Disponível em: <http://www.infopatrimonio.org/?p=2812#!/map=38329&loc=22.325572000000008,-48.979439,17>. Acesso no dia 26 de Abril de 2018, às 19h43.
Figura 53 Piso. Fonte: Disponível em: <http://www.infopatrimonio.org/?p=2812#!/map=38329&loc= -22.325572000000008,-48.979439,17>. Acesso no dia 26 de Abril de 2018, às 19h43.
75
•
•
Asilo Colônia Pirapitingui:
Asilo Colônia Santo Angelo
O Asilo Colônia Pirapitingui, foi o terceiro asilo a ser edificado, concretizando-se em 1931, mediante convênio
entre
as
municipalidades
da
Zona
Sorocabana, que contribuíram com o 5% de suas rendas. Figura 55 - Fachada do asilo colônia Pirapitingui. Fonte: Asilos Colônias Paulista, 2014.
Figura 57 – Fachada do asilo colônia Santo Angelo. Fonte: Asilos Colônias Paulista, 2014.
Figura 54 - Planta e fachada 1 do asilo colônia Pirapitingui. Fonte: Asilos Colônias Paulista, 2014.
Figura 56 - Fachada e planta 2 do asilo colônia Pirapitingui. Fonte: Asilos Colônias Paulista, 2014.
Figura 58 - Planta do asilo colônia Santo Angelo. Fonte: Asilos Colônias Paulista, 2014.
76
•
Asilo Colônia Padre Bento
•
Asilo Colônia Cocaes
Figura 61 - Fachada do asilo colônia Cocaes. Fonte: Asilos Colônias Paulista, 2014.
Figura 59 - Planta 1 do asilo colônia Padre Bento. Fonte: Asilos Colônias Paulista, 2014.
Figura 62 - Planta 1 do asilo colônia Cocaes. Fonte: Asilos Colônias Paulista, 2014.
Figura 60 - Planta 2 do asilo colônia Padre Bento. Fonte: Asilos Colônias Paulista, 2014.
Figura 63 - Planta 2 do asilo colônia Cocaes. Fonte: Asilos Colônias Paulista, 2014.
77
2.7.2 Hospital – Edifício não assistido. •
Hospital Colônia de Barbacena, Minas Gerais (1903): Conhecido também
como o Holocausto Brasileiro. Foi o maior hospício do Brasil, onde houve 60 mil vítimas, dentre crianças que eram abandonadas pelos pais por não serem perfeitas, meninas grávidas pelos patrões, pessoas tristes, tímidas, epiléticos, alcóolatras e mulheres trancadas pelos maridos. Desta forma é notável o quão realista são os relatórios dos presidentes das províncias descritas no subitem Histórico dos Asilos no Brasil, em que os mesmos relatavam que não havia edifício designado para cada necessidade humana, ou seja, alienados, idosos, crianças, mendigos, todos ficavam em um só espaço, partilhando da mesma tristeza e sofrimento. De acordo com as imagens do Hospital Colônia de Barbacena, percebemos que a edificação é um grande contorno em forma de muros que por fora aparenta ser uma
Figura 65 - Hospital colônia de Barnacena. Fonte: Disponível em: <https://www.oversodoinverso.com.br/manicomioou-campo-de-concentracao-em-barbacena-mg/>. Acesso no dia 04 de Maio de 2018, às 12h00.
construção normal, mas que em seu meio a morte acontece. Observando estas mesmas imagens, nota-se janelas com grades e alguns anexos no meio da construção.
Figura 64 - Hospital colônia de Barbacena. Fonte: Disponível em: <https://www.em.com.br/app/galeriade-fotos/2017/05/07/interna_galeriafotos,6126/holocausto-a-brasileira-em-1979-o-estado-de-minasmostrou-os-poroes.shtml>. Acesso no dia 04 de Maio de 2018, às 11h43.
Figura 66 Hospital colônia de Barbacena. Fonte: Disponível em: <http://terroremfocooficial.blogspot.com.br/2016/11/holocausto-brasileiro.html>. Acesso no dia 04 de Maio de 2018, às 13h44.
78
Não havia uma divisão ou até mesmo uma
•
Idosos, adultos e crianças dividindo o
classificação de necessidades para quem possuía ou
mesmo espaço. Sentadas no chão sem algum tipo de
não, todas as pessoas que para ali eram levadas,
mobiliário para descanso, infraestrutura vazia de
ficavam no mesmo cômodo, sendo ele interno ou
janelas, portas e revestimentos.
externo, expostos ao descaso humano alheio como vemos abaixo: • quartos
Ambientes com
camas
internos: que
tumultos
aparentemente
em havia
colchões e em contrapartida, o vazio do ambiente em que os colchões não existentes foram substituídos por uma forração de capim.
Figura 69 - Cerca de 33 crianças conviviam com as mais variadas doenças em meio a idosos. Fonte: Disponível em: http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/2014/04/a-historia-indesejada-eocultada-por.html>. Acesso no dia 04 de Março de 2018, às 8h15.
•
Figura 71 - Solidão obscura. Fonte: Disponível em: http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/ 2014/04/a-historia-indesejada-eocultada-por.html>. Acesso no dia 04 de Março de 2018, às 8h15..
Camas tendo seus colchões substituídos
por palha seca, gerando desconforto corporal e até mesmo mental, por não haver cuidado para com os habitantes do hospital. A frieza do ambiente que não Figura 67 - Ambiente interno do Hospital Colônia de Barnacena. Fonte: Disponível em: <http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/2014/04/a-historiaindesejada-e-ocultada-por.html>. Acesso no dia 17 de Março de 2018, às 8h15.
Figura 68 - Na falta de colchões, palha seca era utilizada. Fonte: Disponível em: <http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/2014/04/ahistoria-indesejada-e-ocultada-por.html>. Acesso no dia 17 de Março de 2018, às 8h15..
acolhe, machuca, prende e entristece. Figura 72 - Janelas com grades. Fonte: Disponível em: http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/2014/04/ahistoria-indesejada-e-ocultada-por.html>. Acesso no dia 04 de Março de 2018, às 8h15.
Figura 70 – Interno. Fonte: Disponível em: <http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/2014/04/a-historiaindesejada-e-ocultada-por.html>. Acesso no dia 17 de Março de 2018, às 8h15.
Figura 73 - Janelas com grandes. Fonte: Disponível em: http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/2014/04/ahistoria-indesejada-e-ocultada-por.html>. Acesso no dia 04 de Março de 2018, às 8h15.
79
O
mesmo
acontecia
com
os
ambientes
externos, em que todas as pessoas portadoras ou não de necessidades físicas ou emocionais, eram expostas a locais sem saneamento básico, sem infraestrutura externa, ou seja, não havia sombra para descanso ou até mesmo uma paisagem digna, uma vegetação que possibilitasse um pouco de vida em um lugar tão obscuro e frio. Figura 76 - Área externa. Fonte: I Disponível em: <http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/2014/04/a-historiaindesejada-e-ocultada-por.html>. Acesso no dia 09 de Maio de 2018, às 13h02.
Figura 79 - Área externa. Fonte: Disponível em: <http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/2014/0 4/a-historia-indesejada-e-ocultada-por.html>. Acesso no dia 09 de Maio de 2018, às 13h25.
Figura 74 Área externas. Fonte: Disponível em: <http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/2014/04/a-historia-indesejada-eocultada-por.html>. Acesso no dia 09 de Maio de 2018, às 12h12.
Figura 75 - Menino Silvio de 11 anos, vestido de mulher. Fonte: Disponível em: <http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/2014/04/ahistoria-indesejada-e-ocultada-por.html>.Acesso no dia 11 de Maio, às 11h30.
Figura 77 - Área externa. Fonte: Disponível em: <http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/2014/04/a-historiaindesejada-e-ocultada-por.html>. Acesso no dia 09 de Maio de 2018, às 13h21.
Figura 78 - Área externa. Fonte: Disponível em: <https://www.em.com.br/app/galeria-defotos/2017/05/07/interna_galeriafotos,6126/holocausto-abrasileira-em-1979-o-estado-de-minas-mostrou-osporoes.shtml>. Acesso no dia 09 de Maio de 2018, às 13h16.
Figura 80 - Área externa. Fonte: Disponível em: <http://umdiariomaldito.blogspot.com.br/2014/0 4/a-historia-indesejada-e-ocultada-por.html>. Acesso no dia 09 de Maio de 2018, às 12h13.
80
•
Casa dos Expostos: Eram instituições de caridade que recebiam crianças
deixadas na roda dos expostos, por possuírem alguma deficiência ou por falta de condições dos pais. Roda dos Expostos: A roda dos expostos era um mecanismo manual de doação de crianças. Uma caixa dupla de formato cilíndrico, a roda era adaptada no muro das instituições de caridade, sendo elas abadias, mosteiros e irmandades beneficentes. Com uma janela aberta para o lado externo, um espaço dentro da caixa recebia a criança após rodar o cilíndrico para o interior dos muros, desaparecendo assim a criança aos olhos externos.
Figura 82 - Roda dos Expostos embutida na parede de uma instituição. Fonte: Disponível em: <http://www.aldeiashistoricasdeportugal.com/oque-ver/casa-da-roda-dos-expostos>. Acesso no dia 09 de Maio de 2018, às 14h04.
Figura 81 - Roda dos Expostos. Fonte: Disponível em: <http://www.santacasasp.org.br/portal/site/quemsomos/muse u/pub/10956/a-roda-dos-expostos-1825-1961>. Acesso no dia 09 de Maio de 2018, às 13h30.
Figura 83 Instituição com a Roda dos Expostos. Fonte: Disponível em: <http://www.aldeiashistoricasdeportugal.com/o-que-ver/casa-da-roda-dos-expostos>. Acesso no dia 09 de Maio de 2018, às 14h04.
81
2.7.3 Ambiência. A partir da criação das leis para os direitos humanos como citados neste trabalho, as normas de acessibilidade, ergonomia, desenho universal, as teorias e o paisagismo, fizeram com que a evolução dos espaços tomasse a frente das dificuldades disponibilizando assim os estudos para a ambiência, ou seja, o estudo que faz com que o ambiente transmita a sensação necessitada por quem o habita: Ambiência não é somente espaço físico, é também encontro entre os sujeitos, propiciado pela adequação das condições físicas do lugar e pelo exercício da humanização (...) humanização diz respeito à transformação dos modelos de atenção e de gestão nos serviços e sistemas de saúde, indicando a necessária construção de novas relações entre usuários e trabalhadores e destes entre si, tornando-os protagonistas e corresponsáveis. (BESTETTI, 2014, p.603).
De acordo com a Política Nacional da Humanização:
A PNH define Ambiência como tratamento dado ao espaço físico entendido como espaço social, profissional e de relações interpessoais que deve proporcionar atenção acolhedora, humana e resolutiva. Em interface com os demais dispositivos da PNH, esse conceito envolve questões relativas a conforto, privacidade, acolhimento, integração, espaços de “estar”, assim como espaços que propiciem processo reflexivo, inclusão e participação. (BRASIL, 2018).
Os centros de convivência são exemplos da projeção da ambiência, onde “após um período em que os projetistas preocupavam-se basicamente em atender à legislação defensora dos direitos das pessoas com deficiência, por vezes criando locais de segregação, o processo evoluiu para projetos mais inclusivos, visando atender a todos, indistintamente”, (LOPES; BURJATO, 2010, p.69), ou seja, os edifícios são projetados para o futuro, onde todos têm em mente o envelhecimento. A seguir veremos alguns exemplos de Centros de Convivências, Lares e Figura 84 - Ambiência. Fonte: Ilustração pela autora, Thayná Lima.
Hospitais para Idosos, a fim de ilustrar tamanha evolução e dimensionamento e aproveitamento de espaço, priorizando o habitante que a ele frequentará / morará.
82
2.7.4 Hospital Residencial – Edifício não assistido.
•
Recanto São Camilo, Cotia – SP: O Recanto São Camilo iniciou suas
atividades direcionadas aos idosos em 1972. Onde conta com uma área total de 64 mil m² dentre jardins e bosques, com a capacidade de abrigar 140 pacientes. Uma infraestrutura voltada ao envelhecimento saudável, designando assim ambientes espaçosos e acessíveis, sempre mantendo a inclusão entre um paciente e outro. A existência da iluminação e ventilação natural por conta da valorização das janelas e portas no edifício, jardins e bosques proporcionando uma bela e agradável visão da paisagem, em que a mesma permite acesso por cada quarto de cada paciente. Circulações internas e externas acessíveis, espaços para fisioterapia, oficinas e terapia ocupacional, anfiteatro, sala de jogos, horta. O recanto contém duas opções de acomodação, sendo quartos privados ou quartos semiprivados. Todas as alas deste hospital possuem refeitórios com o intuito de estimular o convívio entre os pacientes. Figura 86 - Leito. Fonte: Disponível em: <http://www.recantosaocamilo.com.br/residencialgeriatrico/index>. Acesso no dia 11 de Maio de 2018, às 10h43.
Figura 85 - Institucional. Fonte: Disponível em: <http://www.recantosaocamilo.com.br/residencial-geriatrico/index>. Acesso no dia 11 de Maio de 2018, às 10h43.
Figura 87 - Apartamento semi-privatico. Fonte: Disponível em: <http://www.recantosaocamilo.com.br/residencial-geriatrico/index>. Acesso no dia 11 de Maio de 2018, às 10h43.
83
•
Banheiros acessíveis: como orienta a
NBR 9050:2015, sobre barras de apoio, alturas dos equipamentos e objetos e banco para banho. •
Anfiteatro: ambiente o qual podem ocorrer
diversas atividades de entretenimento, como teatro, cinema, palestras e músicas. •
Fisioterapia:
o
Recanto
conta
com
profissionais da área, possibilitando assim atividades físicas aos idosos, estimulando assim, a saúde física dos mesmos. •
Figura 88 - Banheiros acessíveis. Fonte: Disponível em: <http://www.recantosaocamilo.com.br/residencialgeriatrico/index>. Acesso no dia 11 de Maio de 2018, às 10h43.
Figura 91 Jogos. Fonte: Disponível em: <http://www.recantosaocamilo.com.br/residencialgeriatrico/index>. Acesso no dia 11 de Maio de 2018, às 10h43.
Figura 89 Anfiteatro. Fonte: Disponível em: <http://www.recantosaocamilo.com.br/residencialgeriatrico/index>. Acesso no dia 11 de Maio de 2018, às 10h43..
Figura 92 - Corredor interno. Fonte: Disponível em: <http://www.recantosaocamilo.com.br/residencialgeriatrico/index>. Acesso no dia 11 de Maio de 2018, às 10h43.
Figura 90 Fisioterapia. Fonte: Disponível em: <http://www.recantosaocamilo.com.br/residencialgeriatrico/index>. Acesso no dia 11 de Maio de 2018, às 10h43.
Figura 93 Refeitório. Fonte: Disponível em: <http://www.recantosaocamilo.com.br/residencialgeriatrico/index>. Acesso no dia 11 de Maio de 2018, às 10h43.
Sala para jogos: um ambiente em que os
moradores participam de campeonatos de jogos, estimulando a memória dos mesmos, como jogos de cartas e dominós. •
Circulação interna: conta com portas
largas, barras de apoio por todo o corredor, onde o mesmo
proporciona
larguras
antropométricas
adequadas para todo o tipo de necessidade, como portadores de mobilidade reduzida, para que assim a manobra de deslocamento possa ser realizada •
Refeitório: todas as alas possuem um
refeitório que visam estimular a inclusão de todos os pacientes,
com
espaçamentos
isso
largos
o
ambiente
entre
uma
consta
mesa
e
com outra,
permitindo uma passagem confortável. A utilização da iluminação zenital (recortes de vidro no teto / telhado) e fechamento de portas de vidro, permitindo o consumo de iluminação e ventilação natural naquele local.
84
•
Jardim: adepto de uma composição de diversas espécies de
plantas, o Recanto São Camilo, desfruta da paisagem de maneira convencional e terapêutica, como apresentado anteriormente em que o verde proporciona bem estar e auxilia na saúde daqueles que o presenciam. Deste modo, os moradores encontram-se cercados de vegetação natural, podendo observar beleza e adquirir leveza através dos passeios pelo jardim, um chá da tarde em meio às mesas com ombrelones que o espaço oferece. •
Horta: para que o interagir entre os moradores e a vegetação
são seja somente de admiração, uma horta foi implantada no local. Desta maneira o contato físico e emocional acontece a partir do momento em que o idoso sente a terra, plante e colhe seu alimento. •
Atividades físicas: assim como internamente, o Recanto
oferece atividades externas aos moradores, contribuindo desta forma atividades em meio ao verde da vegetação. Arbustos com altura adequada para a separação do lazer e passagem, guarda-corpos em todo o trajeto para segurança e autonomia do idoso.
Figura 94 - Horta orgânica. Fonte: Disponível em: <http://www.recantosaocamilo.com.br/residencialgeriatrico/index>. Acesso no dia 11 de Maio de 2018, às 10h43.
Figura 95 - Jardim. Fonte: Disponível em: <http://www.recantosaocamilo.com.br/residencialgeriatrico/index>. Acesso no dia 11 de Maio de 2018, às 10h43.
Figura 96 - Atividades físicas. Fonte: Disponível em: <http://www.recantosaocamilo.com.br/residencialgeriatrico/index>. Acesso no dia 11 de Maio de 2018, às 10h43.
85
2.7.5 Residencial para Idosos – Edifício não assistido / Internacional. •
Lar de Idosos Peter Rosegger, 2014 – Graz / Áustria.
Projetado pelos arquitetos do escritório Dietger Wissounig Architekten, em Graz – Áustria, no ano de 2014, é composta por uma arquitetura de dois pavimentos, em formato de quadrado, com cortes assimétricos que dividem a casa em seu conceito espacial de oito habitações de comunidades, quatro em cada pavimento. O Lar contém um pátio central que se alonga de uma das laterais à outra do primeiro pavimento, interligando-os. Usufruindo também de dois jardins apenas para os residentes do edifício. Cada bloco consiste dos dormitórios, cozinha e uma área de jantar para 13 residentes e um enfermeiro. Grandes varandas e galerias assim como variedades
Figura 98 - Instituição. Fonte: Disponível em: <http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peterrosegger>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 14h16.
de caminhos e vistas ao longo das outras partes da casa configuram um ambiente estimulante. Constitui de uma casa pré-fabricada em madeira, por causa do planejado conceito de prevenção de incêndio com medidas compensatórias apropriadas. Uma estrutura com madeira laminada cruzada e vigas em madeira foi utilizada para resolver as necessidades estáticas e estruturais do edifício. A fachada externa é de madeira de lariço austríaca, não tratada, enquanto grande parte dos painéis de madeira utilizados para o
•
Área verde, totalmente ampla e livre de barreiras arquitetônicas,
contando somente com mobiliário urbano para descanso e lazer dos habitantes. Um local aberto, capaz de inspirar àqueles que o frequentam, de modo que, o caminhar torna-se passear entre o verde e o amadeirado da edificação.
interior também é aparente. Tudo a fim de proporcionar um ambiente e uma moradia aconchegante, confortável e amigável.
Figura 97 - Instituição. Fonte: Disponível em: <http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peter-rosegger>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 14h16.
Figura 99 - Instituição. Fonte: Disponível em: <http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peterrosegger>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 14h16.
86
• Uma Casa pré-moldada utilizando a madeira
como
elemento
principal,
visando
proporcionar
aconchego e prazer a quem a habita. A projeção das janelas e portas com dimensionamentos altos e largos, proporcionam a entrada da luz solar, aquecendo e abraçando de forma natural e singela o interno do edifício. A coloração do reflexo solar sob a madeira, aquece, conforta. Os panos de vidros utilizados nos corredores tornam-se passeios, ‘passear por onde habita’. A horta com altura acessível para habitantes com mobilidade reduzida, as barras nos corredores para
Figura 101 Fonte: Disponível em: <http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peterrosegger>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 14h16.
Figura 104 Fonte: Disponível em: <http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peterrosegger>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 14h16.
apoio e onde os mesmos disponibilizam de boa largura para manobra de deslocamento de cadeiras de rodas. Espaços livres, amplos, claros e sem nenhum tipo de obstáculo pelo caminho.
Figura 102 Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peterrosegger-dietger-wissounig-architekten>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 15h09.
Figura 105 Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peterrosegger-dietger-wissounig-architekten>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 15h09
. Figura 100 Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peterrosegger-dietger-wissounig-architekten>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 15h09.
Figura 103 Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peterrosegger-dietger-wissounig-architekten>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 15h09.
Figura 106 - Horta acessível. Fonte: Disponível em: <http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peterrosegger>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 14h16.
87
•
Ambientes internos unificados com o
externo, através de janelas altas e largas, com peitoris mais baixos e adaptados como utilização de bancos, fornecendo dentro do quarto do habitante o contato e a sensação natural da luz solar. •
Pátio interno com pé direito duplo,
proporcionando amplitude e leveza no local, a coloração dos pilares e guarda-corpos juntamente com o amadeirado da estrutura, a abertura no teto, de forma que a claridade tome conta do ambiente. •
Lazer
disponibilizado
através
Figura 108 - Ambiente interno. Fonte: Disponível em: <http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peterrosegger>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 14h16.
Figura 111 Cozinha. Fonte: Disponível <http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peterrosegger>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 14h16
em:
Figura 112 Cozinha. Fonte: Disponível <http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peterrosegger>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 14h16.
em:
da
acomodação generosa entre a sala de tv e o pano de vidro, permitindo o contado com o externo.
Figura 109 - Ambiente interno. Fonte: Disponível em: <http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheimpeter-rosegger>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 14h16
•
Cozinha acessivelmente integrada
a horta externa, de modo que não haja degrau ou quaisquer desníveis que cause desconforto ao habitante da terceira idade. A utilização dos mesmos
materiais
proporcionando
e
amplitude
acabamentos, no
local
e
naturalidade. Corredores largos, para deslocarse da cadeira ou adaptação da cadeira de rodas a mesa de jantar. Iluminação branco quente, Figura 107 Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peterrosegger-dietger-wissounig-architekten>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 15h09.
Figura 110 - Ambiente TV. Fonte: Disponível em: <http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim -peter-rosegger>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 14h16.
sensibilizando assim, a luz natural, de forma que não agrida a visão do idoso.
88
•
A Casa é composta por um conceito espacial de oito habitações de
comunidades, quatro em cada pavimento.
Cada comunidade possui um conceito de cores diferentes para que os residentes se orientem melhor. Os quartos de enfermagem estão localizados no núcleo de cada edifício, garantindo que estão apenas à poucos passos de cada residente e que a casa possa operar de maneira eficiente .Os dois pavimentos mais altos da Casa, foram inteiramente feitos com estruturas de madeira, exceto a escada principal. Foi utilizada madeira laminada cruzada nas paredes e no teto que formam a estrutura portante, com algumas superfícies aparentes em muitos lugares. Para um ambiente aconchegante e espaçoso, as vigas de madeira foram utilizadas para o teto das salas comuns, com painéis externos também em madeira.
Figura 114 - Elevação. Fonte: Disponível em: <http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peterrosegger>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 14h16.
Figura 113 Planta de cobertura. Fonte: Disponível em: <http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peter-rosegger>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 14h16.
Figura 115 - Elevação. Fonte: Disponível em: <http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peterrosegger>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 14h16.
89
•
De acordo com as plantas de arquitetura, é possível notar a
clareza e a singela divisão entre os ambientes. Circulações extensas e largas que ligam um ambiente ao outro, um trajeto que não se torna cansativo por conta das janelas e vidros para a área verde externa. Os quartos são compostos por 24,02m² cada, com cama individual, mesa de canto para leitura, poltrona, cômoda, armário e banheiro. Os parapeitos das janelas dos quartos têm altura mais baixa e uma largura proporcional a de um banco, deste modo, o habitante pode se acomodar na janela enquanto faz uma leitura ou até mesmo para admirar a paisagem.
Figura 117 - Planta térreo. Observações feitas pela autora, Thayná Lima. Fonte: Disponível em: <http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peter-rosegger>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 22h13.
Figura 116 - Planta superior. Observações feitas pela autora, Thayná Lima. Fonte: Disponível em: <http://www.wissounig.com/projects/pflegewohnheim-peter-rosegger>. Acesso no dia 17 de Maio de 2018, às 22h13.
90
2.7.6 Centro de Convivência para Idosos – Edifício Assistido / Nacional. •
Centro de Múltiplas Referências e Convivência do Idoso Adalgiza e Paula
Ferreira: Vovó Ziza – Campo Grande / MS. O Vovó Ziza, que é considerado referência nacional atende três mil pessoas com mais de 60 anos de idade no Projeto Conviver. É administrado pela Prefeitura de Campo Grande por meio da Secretária Municipal de Políticas e Ações Sociais e Cidadania (SAS). Inicialmente o centro era conhecido como José Nogueira de Brito, e funcionava em frente ao Horto Municipal, recebendo um número menor de pessoas, cerca de 200, pois não continha instalações adequadas e nem atividades como a que comporta hoje o Vovó Ziza. Como descrito sobre os alojamentos antigos para idosos, crianças, mendigos, alienados, entre tantos outros, os mesmos compartilhavam do mesmo ambiente, sem nenhuma privacidade ou conforto e alguns ainda trabalhavam no próprio asilo ou hospital para ali se manterem. Com a tecnologia arquitetônica, social e estudos ambientais e psicológicos, os centros de convivência atribuem autonomia e bem estar aos idosos, como o Vovó Ziza, que nos relata uma realidade diferente e autônoma, onde os idosos praticam diversas atividade como jogos, danças, aula de pilates e hidroginásticas, tornando assim o cotidiano ativo e independente.
. Figura 118 - Centro de Convivência para Idosos Vovó Ziza. Fonte: Disponível em: <http://www.oliberdade.com.br/capital/cci-vovo-ziza-centro-de-rejuvenescimento>. Acesso no dia 04 de Abril de 2018, às 16h44.
91
•
Dança: ambiente espaçoso, amplo, sem
barreira arquitetônica e com uma boa luminância para o desenvolvimento e apresentação das aulas de dança, proporcionando assim, atividade física e dinâmica do idoso. •
Jogos: assim como o Recanto São
Camilo, o Vovó Ziza também contém sala para jogos, como a sinuca e o jogos de cartas, tudo para estimular a
Figura 122 Hidroginástica. Fonte: Disponível em: <http://www.diariodigital.com.br/geral/dia-dos-avos-quem-disse-quea-idade-importa/147194/>. Acesso no dia 04 de Abril de 2018, às 15h59.
memória dos idosos. Figura 119 Salão de dança. Fonte: Disponível <http://www.oliberdade.com.br/capital/cci-vovo-ziza-centro-derejuvenescimento>. Acesso no dia 04 de Abril de 2018, às 15h56.
•
em:
Piscina: o espaço oferece uma piscina
interna onde há aulas de hidroginástica, natação e demais atividades em conjunto, gerando desta forma, a inclusão entre os idosos. •
Pilates: neste espaço são oferecidas aulas
de pilates, contribuindo assim para uma vida física ativa Figura 120 Salão de jogos. Fonte: Disponível em: <http://www.diariodigital.com.br/geral/dia-dos-avos-quem-disse-que-a-idadeimporta/147194/>. Acesso no dia 04 de Abril de 2018, às 15h58.
e autônoma.
•
Figura 123 Pilates. Fonte: Disponível em: <http://www.diariodigital.com.br/geral/dia-dos-avos-quem-disse-que-aidade-importa/147194/>. Acesso no dia 04 de Abril de 2018, às 15h59.
Pátio Interno: para palestras, reuniões,
eventos. •
Academia: conta com uma academia
externa, possibilitando o idoso a exercer atividades físicas autônomas.
Figura Figura 121 Páteo externo. Fonte: Disponível em: <http://www.diariodigital.com.br/geral/dia-dos-avos-quem-disse-que-a-idadeimporta/147194/>. Acesso no dia 04 de Abril de 2018, às 15h59.
124 - Academia externa. Fonte: Disponível em: <http://www.diariodigital.com.br/geral/dia-dos-avos-quem-disse-que-aidade-importa/147194/>. Acesso no dia 04 de Abril de 2018, às 15h59.
92
2.7.7 Centro de Convivência para Idosos – Edifício Assistido/ Internacional. • Centro Comunitário do Cidadão Idoso, 2005 – Barcelona / Espanha.
Criado pelo escritório F451 Arquitectura, em Cardedeu - Barcelona, no ano de 2005, o projeto visa estabelecer uma conexão entre o edifício e seu entorno, agregando a sustentabilidade, de uma forma que o desempenho ambiental seja valorizado. Composto por uma estrutura de concreto e componente como madeira e o vidro, o projeto desfruta de um edifício totalmente amplo e aberto, onde a valorização das janelas e portas proporcionam a entrada de luz e ventilação natural e mais, acrescentando a utilização do telhado verde, em que a laje impermeabilizada da edificação dispõe de uma vegetação.
Figura 126 - Elevação. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/0165204/centro-comunitario-do-cidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 12h13.
Figura 125 - Cobertura verde. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-65204/centro-comunitario-docidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 12h13.
Figura 127 - Elevação. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-65204/centro-comunitariodo-cidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 12h16.
93
•
Transparência: nitidamente está sendo
valorizada a
entrada da luz e da ventilação natural.
Com grandes panos de vidros horizontais e verticais, o Centro dispõe de uma beleza local, adaptando o terreno e o entorno a edificação. •
Materiais: a utilização de tijolos como uso
para o cobogó – uma das técnicas arquitetônicas utilizada para o uso da ventilação e iluminação natural. Os brises de madeira nas janelas, deixando fretas para também a entrada dos mesmos. •
Figura 129 Interno. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-65204/centro-comunitario-docidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 12h15.
Figura 132 - Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/0165204/centro-comunitario-do-cidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 12h17.
Figura 130 Vista externa. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-65204/centro-comunitario-docidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 12h15.
Figura 133 Cobogó. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-65204/centro-comunitario-docidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 12h17.
Figura 131 - Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/0165204/centro-comunitario-do-cidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 12h15.
Figura 134 - Brises de madeira. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-65204/centro-comunitario-docidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 12h17.
Vegetação: notamos que todas os vidros
contém uma visão direcionada ao verde, sendo ele externo ou não. Como por exemplo a utilização do jardim vertical, como a imagem abaixo:
Figura 128 - Circulação lateral. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/0165204/centro-comunitario-do-cidadao-idoso-f451arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 12h15.
94
Figura 135 - Planta baixa. Observações feitas pela autora, Thayná Lima. Fonte da planta baixa: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-65204/centro-comunitario-do-cidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 12h20.
95
•
Corte A-A e B-B: nos cortes, temos uma
visão geral entre a estrutura da edificação e o terreno. Possibilitando-nos também a junção com o verde do paisagismo sob a laje e as árvores no terreno. •
Cobertura verde: na imagem 3D, notamos
quais áreas recebem a cobertura verde, proporcionando assim a sustentabilidade do edifício. Há também uma escada para acesso da manutenção da cobertura.
Figura 138 Elevação A -B. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-65204/centro-comunitario-docidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 12h30.
•
Elevação
A-B
e
C-D:
temos
as
elevações de todos os lados da edificação, em que o material do mesmo é apresentado juntamente com perfil natural do terreno e a movimentação de terra realizada para a construção do projeto. •
Estrutura: a imagem representa as
fases da edificação: a estrutura em concreto, paredes Figura 136 - Corte A-A e B-B. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-65204/centro-comunitario-docidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 12h26.
e vigas. Logo após, a alvenaria e revestimento interno e por ultimo, o revestimento externo, esquadrias e cobertura.
Figura 140 Estrutura. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-65204/centro-comunitario-do-cidadaoidoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 12h31.
Figura 137 Cobertura verde. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-65204/centro-comunitario-docidadao-idoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 12h27.
Figura 139 Elevação C D. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-65204/centro-comunitario-do-cidadaoidoso-f451-arquitectura>. Acesso no dia 14 de Maio de 2018, às 12h31.
96
CAPÍTULO III ESTUDOS DE CASO 3.0 Estudo Regional – Residencial Vila dos Idosos – Pari / São Paulo.
O Residencial Vila dos Idosos está localizado na Avenida Carlos de Campos, n° 840, no bairro do Pari em São Paulo. Trata-se de uma edificação contemporânea totalmente e obrigatoriamente voltada às pessoas com ou mais de 65 anos de idade. O projeto foi implantado no ano de 2007, com iniciativa em 2003 pela prefeita Marta Suplicy, mas o mesmo foi entregue pelo prefeito Kassab. É mantido sob os cuidados da COHAB e contém uma longa lista de espera (cerca de 5 mil idosos) para tornar-se novos residentes. O Residencial contém
Figura 142 - Espelho d'água. Fonte: Disponível em: <http://www.vigliecca.com.br/ptBR/projects/elderly-housing>. Acesso no dia 04 de Abril de 2018, às 15h44.
também parceria com a UBS Pari (em caso de saúde, acompanhamento médico) e com o Delegado Dr. Eder (em casos de óbitos). O projeto foi criado e executado pelo escritório de arquitetura Vigliecca & Associados, formado por 04 blocos A, C, F e C, com distribuição de 145 unidades, sendo 88 quitinetes e 43 apartamentos (com a opção de um ou dois quartos). Distribui de circulação vertical por meio de escadas e de três elevadores para todo o Residencial. Um condomínio seguro, com vigilância na portaria 24h por dia. Contendo a presença de gatinhos pelo local, onde os mesmos recebem cuidados dos habitantes e com isso, tornamse parte do Residencial Vila dos Idosos, também. Deste modo, veremos a seguir dados, projetos e imagens retratando a visita técnica realizada na Vila dos Idosos.
Figura 143 Circulação externa. Fonte: Disponível em: <http://www.vigliecca.com.br/pt-BR/projects/elderly-housing>. Acesso no dia 04 de Abril de 2018, às 15h44.
Figura 144 - Croqui. Fonte: Disponível em: <http://www.vigliecca.com.br/ptBR/projects/elderly-housing>. Acesso no dia 04 de Abril de 2018, às 15h46. Figura 141 - Implantação. Fonte: Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo, 2004.
97
Quitinete Na figura 145 temos a planta baixa da quitinete, juntamente com algumas imagens em de seus respectivos ambientes: •
01: Cozinha e Área de Serviço
•
02: Área de Serviço
•
03: Janela da Sala / Dormitório
•
04: Sanitário
Podemos observar de forma positiva tamanho espaço considerável para a possibilidade de um morador com velocidade reduzida, pois a quitinete dispõe de um bom aproveitamento de espaço, ou seja, a utilização de uma possível cadeira de rodas seria bem adaptada. A quitinete dispõe também de um belo aproveitamento da luz solar, como observamos na imagem da janela da sala/dormitório.
Todas as unidades, sendo elas
apartamentos ou quitinetes, foram entregues com piso somente nas áreas frias (sanitários,
Figura 145 – Planta baixa quitinete. Fonte: Imagens e observações feitas pela autora, Thayná Lima.
cozinha e área de serviço), devido a solicitação de entrega imediata do Residencial. Apartamento Em seguida temos a planta baixa da opção apartamento com um ou dois dormitórios (em que a divisa dos mesmos é feita através de uma parede de dry wall com possibilidade de remoção). Nas imagens temos: •
01: Janela da Sala
•
02: Vista do espelho d’água a partir da janela da sala
•
03: Janela do dormitório
•
04: Segunda janela do dormitório (neste caso demoliram a parede de dry wall,
par assim usufruírem de um dormitório maior). O apartamento dispõe de uma bela ventilação e iluminação natural, por conta das janelas e também pela circulação externa que há no pavimento que adentra a porta principal. A liberdade de visão e de sensação que é oferecida através da janela do dormitório, aconchega. Não há nenhuma barreira ou quaisquer elementos que cubram ou interrompam a visão e a naturalidade oferecida pela cidade.
Figura 146 – Planta baixa apartamento Fonte: Imagens e observações feitas pela autora, Thayná Lima.
98
Implantação e Cortes
Nas imagens a seguir, temos a representação e detalhamento do Residencial Vila dos Idosos, através da implantação no terreno e dos cortes, que nos possibilitam características internas e específicas que não são vistas através do olhar externo do edifício, como materiais, medidas, componentes e muitos outros. •
Na figura x, temos os cortes A e B. Ambos contém duas imagens por conta do
detalhamento do corte e outra com a elevação acrescentada. •
Na figura x, temos os cortes D e C. Em que ambos também contém duas
imagens por conta do detalhamento do corte e da vista da elevação. •
Na figura x, temos os cortes E, F, G, H e I. Eles representam de forma
minimalista todo o detalhamento das circulações verticais (escadas e elevadores).
Figura 148 - Implantação e cortes C e D. Fonte: Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo, 2004.
Figura 147 - Implantação e cortes A e B. Fonte: Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo, 2004.
Figura 149 - Implantação e cortes E, F, G, H e I. Fonte: Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo, 2004.
99
•
Sobre a Visita Técnica • •
Estacionamento acessível para os habitantes.
Visão da primeira fachada a partir do portão
Praça externa em frente ao Residencial Vila
externo de entrada. Notamos as circulações externas de
dos Idosos. Projeto dos alunos do curso de Graduação
cada pavimento e a presença do paisagismo contornando o
Arquitetura e Urbanismo da Uninove
acesso aos blocos.
•
Uma das fachadas do edifício. Portões com
total liberdade para visão, tanto externa quanto interna. Possibilitando assim, a integração do condomínio com o entorno.
Figura 151 - Praça externa. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
Figura 150 - Estacionamento. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
Figura 152 - Fachada. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
Figura 153 - Fachadas e jardim interno. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
100
•
Abrigo para o Gás.
•
Extintor de incêndio em todos os pavimentos.
•
A valorização da luz natural no acesso para
a lavanderia e área externa do edifício. •
•
Existência de uma horta orgânica para
contato direto com a natureza, proporcionando aos
A colocação de inúmeras janelas na área de
serviço, possibilitando maior facilidade na troca de
habitantes um tipo de terapia ocupacional, autonomia e contato e compartilhamento entre eles mesmos.
ventilação natural.
Figura 158 - Horta. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
•
Figura 154 - Abrigo para o gás. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
Academia ao ar livre próxima ao gigantesco
espelho d’água que o Residencial oferece. Juntamente com os chafarizes, em que o som dos mesmos Figura 156 - Acesso a lavanderia e área externa. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
proporciona calmaria e sensação de relaxamento para quem o frequenta.
Figura 155 - Extintor. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
Figura 157 - Lavanderia. Fonte: Renata Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
Lillo.
Figura 159 - Academia ao ar livre. Fonte: Renata Lillo. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
101
•
O paisagismo encontra-se presente em todo o
•
A
utilização
de
esquadrias
pretas
se
•
Vasos e plantas fazendo-se presentes também
entorno do condomínio. Contorna-o e proporcionado a
contrapondo a estrutura em concreto aparente, faz da
em algumas entradas dos apartamentos ou quitinetes dos
tranquilidade e sensação de paz. A partir do verde a ser
edificação uma arquitetura contemporânea e conceitual.
moradores. Todas as unidades possuem banquinhos de
visto, a sensação de prazer é sentida, é vivida. •
•
Os rasgos de fora a fora nas paredes,
Assim como o paisagismo, bancos estão
transformam-nas em panos de vidro, onde a luz natural
espalhados por todo entorno do condomínio, possibilitando
adentra não somente ao ambiente, mas também na vida
aos habitantes e visitantes descanso quando necessário e o
humana, àquele que o habita.
lazer de poder apreciar a vista confortavelmente.
•
concreto ao lado da porta de entrada, sendo assim utilizados da maneira que agrade aos habitantes.
A valorização e utilização do verde e da luz e
iluminação natural neste Residencial, torna-o aconchegante. Fazendo do percurso a ser seguido, um caminho a ser passeado.
Figura 160 - Área externa. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
Figura 161 - Iluminação natural. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
Figura 162 - Decoração. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
102
•
Em relação a circulação vertical, o Residencial
oferece as opções de escadas e para acessibilidade, os elevadores. •
Todos os pavimentos prezam a iluminação e
ventilação natural, de modo que a utilização de cobogós encontram-se presentes, para a entrada sutil da luz solar e do vento. O mesmo acontece com os elevadores e escadas internas, a cada pavimento alcançado e percorrido, notamos a
presença
de
proporcionando
janelas
com
aquecimento
confortáveis ao
ambiente
dimensões de
forma
aconchegante, natural. A partir das janelas existentes em cada pavimento, é possível a visibilidade para o bloco oposto. Ou seja, os blocos se interligam através da possibilidade de admirar um todo, o edifício por completo.
Figura 163 - Escada externa. Fonte: Renata Lillo. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
Figura 164 - Circulação vertical. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
Figura 166 - Escada interna. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
Figura 165 - Elevador. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
Figura 167 - Vista para a circulação externa. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
103
•
O salão de festas disponibiliza de um espaço
•
Sanitários acessíveis fazem parte do
•
As
todos
os
externas pavimentos
e
acessíveis
confortável para a realização de eventos. Com uma boa
salão de festas. Contendo barras de apoio
presentes
iluminação transmitida pelas inúmeras janelas existentes, o
lateral e porta de entrada com abertura pra
sensação de liberdade e contato com o entorno, de forma
espaço contém copa e amplitude, não havendo quaisquer
fora, como solicita a norma NBR 9050.
que, os habitantes passeiam e admiram a bela vista
tipos de barreiras arquitetônicas.
em
circulações
proporcionam
a
disponibilizada por essas circulações, de modo que a cidade de São Paulo se faz presente no cotidiano dos residentes.
Figura 168 - Salão de festas. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
Figura 170 - Sanitário com barra de apoio lateral. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
Figura 169 - Portas dos sanitários acessíveis. Fonte: Renata Lillo. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
Figura 171 - Pia. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
Figura 172 - Fachada. Fonte: Renata Lillo. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
Figura 173 - Fachadas e espelho d'água. Fonte: Renata Lillo. Registro no dia 11 de Maio de 2018.
104
Olhares O aproveitamento natural, a sutileza, a
Delicadeza
de
cada
raio
de
luz
Tridimensional de arquitetura, natureza e amor.
adentrando a arquitetura local.
leveza e o amor proporcionados pelo edifício e por todos aqueles que o frequentam.
Figura 176 - Luz. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
A continuidade ilimitada. Figura 174 – Apartamento. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de 2018. Figura 178 - Paisagem 02. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
O caminhar torna-se admirar os quadros vivos que é a cidade.
Figura 175 – Paisagem 01. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
A receptividade local conforta.
Figura 177 - Circulação. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
Figura 179 - Receptividade. Fonte: Érika Aline. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
105
3.1 Estudo Nacional - Hospital do Rócio – Campo Largo / Paraná. O Hospital do Rócio está localizado em Campo Largo, Paraná – Brasil. Foi projetado pelo escritório de arquitetura e urbanismo Manoel Coelho Arquitetura e Design, em um terreno de 100.000m² com total de área construída de 53.000m². Teve início no ano de 2012, sendo concluído dois anos depois, em 2014. É um hospital privado, mas que contém prioritariamente atendimento ao Sistema Único de Saúde – SUS, além de atender planos de conveniados ou consultas particulares. O Hospital concebe como conceito geral a correta organização funcional dos setores e fluxos hospitalares, priorizando a ideia “qualificação e humanização”. Buscando uma intensa utilização de iluminação natural e explora ao máximo as relações com o espaço externo, como veremos a seguir.
Figura 181 - Hospital. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rociomanoel-coelho-arquitetura-e-design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h02.
Figura 182 - Hospital. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rociomanoel-coelho-arquitetura-e-design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h02. Figura 180 - Hospital. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelhoarquitetura-e-design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h02.
106
Figura 183 - Implantação, cortes e elevações, Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelho-arquitetura-e-design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h02.
107
A naturalidade da paisagem proporcionada pela
O interior central, o “núcleo” do Hospital, dispõe de
vegetação, o envolvimento da mesma com o azul do céu
uma bela valorização a vegetação juntamente com a
O paisagismo encontra-se presente no ambiente
refletido nos espelhados do Hospital, convidam, abraçam e
iluminação natural, através do teto zenital – como é
externo e interno do Hospital. Com a criação de um bosque
acalmam. O envolvimento com a natureza é imprescindível
chamada a cobertura com fechamento de vidro.
entre os módulos da edificação, a vegetação sinaliza o
para a vida humana, como vimos no capítulo anterior deste
caminho para o visitante e/ou paciente. De modo que, o
trabalho. É essencialmente necessário a sensação de bem
trajeto torna-se passeio, envolvendo o ser humano à beleza
estar e leveza. Um descanso para quem mora na cidade de
das palmeiras, arbustos, flores e forrações.
pedra.
O Paisagismo
Este recorte de forma retangular em meio ao Hospital, proporciona o interagir entre um pavimento e outro, de modo que quem está no pavimento de cima, avista o pavimento de baixo, e vice e versa. A utilização dos guardas-corpos de metal com vidro, mantendo a sutileza do espaço, juntamente com as paredes em tons azul e branco e os reflexos da vegetação nos vidros e no teto zenital, compõem para um espaço de convivência agradável e acolhedor, integrando o interno com o externo e favorecendo um caminhar e esperar mais tranquilo e acolhedor.
Figura 184 Bosque. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelhoarquitetura-e-design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h02.
Figura 185 Bosque. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelhoarquitetura-e-design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h02.
Figura 186 Bosque. Fonte: Disponível <https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelhoarquitetura-e-design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h02.
em:
Figura 187 Fachada Hospital. Fonte: Disponível <https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelhoarquitetura-e-design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h10.
em:
Figura 188 Iluminação zenital. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelhoarquitetura-e-design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h10.
108
Acessibilidade
Luminosidade
As imagens abaixo nos mostram a forma em que as
A luz natural que adentra os ambientes do Hospital,
rampas de acesso sutilmente desenham a acessibilidade do
torna-se protagonista do projeto. Pois a luz envolve, o
trajeto a ser percorrido. Rampas de mármore com veios
ambiente diz muito sobre o sentimento que o ser humano
claros e rampas de concreto com pintura branca. O passeio
carrega por estar ali, naquele ambiente. A luz favorece,
interno está presente na junção das rampas com o
aquece, enlaça e abraça. A delicadeza do mobiliário,
paisagismo e aos panos de vidros, que cumprem o papel da
materiais,
alvenaria do interno pro externo.
paisagem, retrato vivo.
componentes
e
luz
natural,
resultam
em Figura 193 - Iluminação zenital. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoelcoelho-arquitetura-e-design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h22.
Figura 189 Rampas. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelhoarquitetura-e-design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h22.
Figura 190 Rampas. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelhoarquitetura-e-design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h22.
Figura 191 Refeitório. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoelcoelho-arquitetura-e-design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h30.
Figura 192 Paisagem. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoelcoelho-arquitetura-e-design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h30.
Figura 194 - Área externa. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoelcoelho-arquitetura-e-design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h33.
Figura 195 Interno. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoelcoelho-arquitetura-e-design>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h31.
109
3.2 Estudo Internacional - Casa para Terceira Idade, 2008 – Barcelona / Espanha.
Projetada pelo escritório BCQ Arquitectes e implantada em Barcelona, no ano de 2008, com 1.144m² a Casa para a Terceira Idade, tinha como maior objetivo criar um edifício em que os idosos pudessem sentir-se confortáveis e familiarizados com o mesmo e assim surgiu um edifício composto por uma arquitetura doméstica, constituída por materiais de fácil reconhecimento como a cerâmica e a madeira, atribuindo assim a integração com o parque que há em seu entorno. Um edifício que participa da linguagem, dos materiais e do funcionamento paralelo ao parque, sendo normal compara-lo a um pavilhão, ou até mesmo um mirante a partir dos olhos do observador.
Figura 197 - Casa para a Terceira Idade. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-120183/casa-paraa-terceira-idade-slash-bcq-arquitectes>. Acesso no dia 30 de Março de 2018, às 03h03.
Figura 196 - Casa para a Terceira Idade. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-120183/casa-para-aterceira-idade-slash-bcq-arquitectes>. Acesso no dia 30 de Março de 2018, às 03h03.
Figura 198 - Casa para a Terceira Idade. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-120183/casa-para-aterceira-idade-slash-bcq-arquitectes>. Acesso no dia 30 de Março de 2018, às 03h03.
110
Figura 199 - Planta subsolo. Observações feitas pela autora, Thayná Lima. Fonte da planta: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-120183/casa-para-a-terceira-idade-slash-bcq-arquitectes>. Acesso no dia 30 de Março de 2018, às 03h15.
Figura 201 - Planta 2° Pav. Observações feitas pela autora, Thayná Lima. Fonte da planta: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-120183/casa-para-a-terceira-idade-slash-bcq-arquitectes>. Acesso no dia 30 de Março de 2018, às 03h15.
Figura 200 - Planta 1° Pav. Observações feitas pela autora, Thayná Lima. Fonte da planta: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-120183/casa-para-a-terceira-idade-slash-bcq-arquitectes>. Acesso no dia 30 de Março de 2018, às 03h15.
111
•
Planta Layout: a distribuição do mobiliário, nos proporciona como o espaço
interno foi utilizado, de modo que seja respeitado a acessibilidade, desde ao idoso sem nenhum tipo de limitação, como um portador de mobilidade reduzida. Ou seja, não há nenhum tipo de barreira arquitetônica em meio as circulações, a disponibilidade de elevador como uma opção de circulação vertical e banheiros em todos os pavimentos. •
O Corte: possibilita a dimensão do espaço em um todo, através da indicação do
pé direito, apresenta também a locação da estrutura do edifício no terreno, indica os níveis a cada pavimento percorrido e a demonstração de ambas circulação vertical.
Figura 202 Cortes e elevações. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-120183/casa-para-a-terceira-idade-slashbcq-arquitectes>. Acesso no dia 30 de Março de 2018, às 03h03.
Figura 203 - Plantas layouts. Observações feitas pela autora, Thayná Lima. Fonte das plantas: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-120183/casa-para-a-terceira-idade-slash-bcq-arquitectes>. Acesso no dia 30 de Março de 2018, às 03h15.
112
Com a inauguração da variante da Estrada de Ferro Central do Brasil (EFCB), em
CAPÍTULO IV
1925, Itaquaquecetuba começou a crescer e a prosperar ainda mais. A variante de Poá,
VIABILIDADE
também chamada de variante de Calmon Viana, teve a construção iniciada em 1921, mas a
4.0 Contexto Histórico: Itaquaquecetuba – SP
linha foi aberta somente em 01 de Janeiro de 1934, devido a interrupções nas obras. Antigamente a linha ferroviária possuía um traçado mais suave em termos de curvas e aclives quando comparada com a linha original, que seguia de Poá ao Tatuapé, no ramal de São Paulo. Começava na estação de Calmon Viana e terminava na Quinta Parada (Engenheiro Gualberto) do ramal de São Paulo. Com o passar dos anos a linha se transformou em trens de subúrbio, sendo os trens metropolitanos de hoje (linha 12, Safira), e sendo também uma das mais movimentadas linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM. (ITAQUAQUECETUBA, 2006/2015, p.79).
Localizada
na
sub-região
leste
da
Região
Metropolitana
de
São
Paulo,
Itaquaquecetuba foi fundada pelo padre José de Anchieta44, em 8 de setembro de 1560, com o nome de Vila de Nossa Senhora D’Ajuda, durante o governo de Mem de Sá 45, com o apoio do presidente
da
província
daquela
época
Bernardo
José
Pinto
Gavião
Peixoto46.
(ITAQUAQUECETUBA, 2006/2015, p. 9,79). O nome da cidade Itaquaquecetuba vem do tupi-guarani, takûa(ra)-kysé-tyba, “taquaquicetuba” que significa “muitas taquaras cortantes”, devido a abundância de taquaras ali existentes naqueles tempos. A população começou a crescer no ano de 1624, quando o padre João Álvares, que construiu as capelas de Conceição de Guarulhos e São Miguel, decidiu levantar em sua propriedade, localizada ao lado da Aldeia de Itaquaquecetuba, um oratório em louvor a Nossa Senhora D’Ajuda, que em seguida torna-se-ia capela. Este foi o marco inicial da povoação, que se fixou ao seu redor, com o nome de Nossa Senhora da Conceição de Itaquaquecetuba, recuperando, assim, o nome do aldeamento primitivo. É uma cidade com uma extensão territorial de 93km², sendo 100% destinados à área urbana, com área urbanizada de 31,7km². Limitando-se com os municípios de Arujá (ao norte), Guarulhos (a noroeste), Mogi das Cruzes (ao leste), Poá e Suzano (ao sul) e São Paulo (a sudeste). (ITAQUAQUECETUBA, 2006/2015, p.79,10). 44
Padre José Anchieta (1543-1597), foi um padre jesuíta espanhol que atuou na catequização de índios e evangelização no Brasil, durante a segunda metade do século XVI. Foi também teatrólogo, historiador e poeta. 45
Mem de Sá (1500-1572), foi governador-geral (representante administrativo da Coroa portuguesa) do Brasil no início do período colonial. Sua administração ocorreu entre os anos de 1558 a 1572. 46
Bernardo José Pinto Gavião Peixoto (1791-1859), foi um militar e político brasileiro. Foi por duas vezes presidente da província de São Paulo,
Figura 204 - A praça. Fonte: Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/itaquaquecetuba/historico>. Acesso no dia 25 de Abril de 2018, às 21h29.
113
Figura 205 – Centro de Itaquaquecetuba. Fonte: Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/itaquaquecetuba/historico>. Acesso no dia 25 de Abril de 2018, às 21h29.
114
Figura 206 – Centro de Itaquaquecetuba em 2017. Fonte: Disponível em: <http://jornalvermelhinho.com.br/comercio-de-itaqua-preve-aumento-de-ate-15-nas-vendas-da-pascoa/>. Acesso no dia 25 de Abril de 2018, às 22h15.
115
4.1 Cultura em Itaquaquecetuba - SP De acordo com o Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba de 2006/2015: A Secretaria Municipal de Cultura, criada pela Lei Complementar n° 101, de 3 de janeiro de 2004, estabeleceu, em 2005, como uma das suas principais metas a inclusão social dos menos favorecidos, com a oferta de ações culturais gratuitas, de estímulo à geração de oportunidades de emprego, através do desenvolvimento de técnicas artísticas. (ITAQUAQUECETUBA, 2006/2015, p. 80).
Desta maneira, as ações propostas pela Secretaria Municipal tem como intuito atender o maior número possível de crianças e jovens em seus eventos, cursos e oficinas, visando motivá-los para outras atividades e afastá-los do grupo de risco de drogas e da marginalidade. Está localizada na Avenida João Barbosa de Moraes, 306 – Vila Zeferina, Itaquaquecetuba – Figura 208 Secretaria Municipal da Cultura. Fonte: Disponível <https://www.itaquaquecetuba.sp.gov.br/secretaria-de-cultura-inicia-cadastro-para-apoiar-artistas-da-cidade/>. Acesso no dia 29 de Abril de 2018, às 22h35.
SP.
Figura 207 - Implantação. Fonte: Disponível em: <http://www.apolo11.com/satmap2_cidades.php?citynum=4992>. Acesso no dia 29 de Abril de 2018, às 22h29.
em:
Figura 209 Secretaria Municipal de Cultura. Fonte: Disponível em: <http://www.regiaoemcontexto.com.br/secretaria-de-cultura-de-itaquaquecetuba-abre-inscricoes-para-13-cursos/>. Acesso no dia 29 de Abril de 2018, às 22h41.
116
Parque Ecológico Mário do Canto, Itaquaquecetuba – SP.
O Parque Mário do Canto localizado na Rua Cabrália Paulista, s/n – Itaquaquecetuba / SP, foi criado pela Prefeitura em uma área de aproximadamente 200.000m². Onde antigamente pertencia à empresa de extração de areia Itaquareia, ficando uns 250m de distância da estação trens da CPTM – Linha 12 Safira. O Parque é aberto para todos os tipos de públicos, oferecendo pista para corrida, caminhadas e passeios de bicicleta. Figura 211 - Parque Ecológico Mário do Canto. Fonte: Disponível em: <http://www.encontraitaquaquecetuba.com.br/itaquaquecetuba/p arque-ecologico-itaquaquecetuba.shtml>. Acesso no dia 29 de Abril de 2018, às 00h.
Figura 212 - Parque Ecológico Mário do Canato. Fonte: Disponível em: <https://www.residenciallucy.com.br/?lightbox=i2vy>. Acesso no dia 29 de Abril de 2018, às 00h15.
Figura 210 Figura 207 Implantação. Fonte: Disponível em: <http://www.apolo11.com/satmap2_cidades.php?citynum=4992>. Acesso no dia 29 de Abril de 2018, às 23h20.
Figura 213 - Pista de corrida e caminhada. Fonte: Disponível em: <http://www.portalnews.com.br/_conteudo/2016/06/esportes/33533 -mamoru-entrega-pista-de-caminhada-equipamentos-earvores.html>. Acesso no dia 29 de Abril de 2018, às 00h40.
117
4.1.1 Patrimônio Histórico de Itaquaquecetuba – SP
Localizada na Praça Padre João Alvares, s/n, em Itaquaquecetuba –SP, a Igreja Nossa Senhora d’Ajuda, construída no ano de 1624, é considerada um patrimônio histórico da cidade. Como visto no subitem 4.0 (contexto histórico de Itaquaquecetuba), a Matriz é um grande marco nesta cidade, pois a mesma foi utilizada para a catequização dos índios moradores daquela época. De acordo com o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT): A Igreja Matriz de Nossa Senhora d’Ajuda, foi construída por jesuítas durante o século XVII, no ponto alto do Vale do Tietê, nas proximidades de Mogi das Cruzes, afim de ser um ponto estratégico para o núcleo de povoação local e abrigar atividades de ensinamento dos jesuítas na aldeia indígena ali existentes. A edificação inicial foi modificada e ampliada ao longo do tempo, até chegar à configuração atual. Ao lado de outros aldeamentos jesuítas, como Embu, Nossa Senhora da Escada, São Miguel ou Carapicuíba, foi fundamental para o traçado territorial da região metropolitana de São Paulo, formando um cinturão ao redor do antigo Pátio do Colégio que segue alguns preceitos como o sítio em “acrópole” e a direção dos cursos d’água, constituindo um fator decisivo na formação do território do Estado de São Paulo. (CONDEPHAAT, 2014).
Figura 214 Igreja Nossa Senhora D'Ajuda. Fonte: Disponível em: <http://radionossasenhoradajuda.blogspot.com/2017/02/igreja-matriz-nossa-senhora-dajuda-em.html>. Acesso no dia 05 de Junho de 2018, às 01h15.
Figura 215 Igreja Nossa Senhora D'Ajuda. Fonte: Disponível <http://jornalvermelhinho.com.br/comercio-de-itaqua-preve-aumento-de-ate-15-nas-vendas-dapascoa/>. Acesso no dia 25 de Abril de 2018, às 22h15.
em:
118
De acordo com o site G1.Globo (2014), a Igreja
Nas imagens apresentadas, notamos a execução
Nossa Senhora D’Ajuda passou pela segunda etapa da sua
da restauração acontecendo, onde a mesma manteve
restauração, acompanhada pela arquiteta Vanessa Kraml.
todas as características históricas do local: fachada,
O trabalho era pra ser concluído em dois anos, o que não ocorreu. A restauração teve sua finalização no início do ano de 2018, onde visita técnica foi feita no local.
arquitetura
da
edificação,
esquadrias.
Notamos
internamente que o telhado teve seu interno modificado, talvez por aparecimento de cupins ou a tesoura já não se encontrava em bom estado. De qualquer maneira, sua estrutura, característica e história foram respeitadas e mantidas vivas, no Centro de Itaquaquecetuba.
Figura 218 - Restauração na Igreja Nossa Senhora D'Ajuda, em 2018. Fonte: Registro por Matheus Alves, em 2018.
Figura 216 - Restauração na Igreja Nossa Senhora D'Ajuda, em 2018. Fonte: Registro por Matheus Alves, em 2018.
Figura 217 - Restauração na Igreja Nossa Senhora D'Ajuda, em 2018. Fonte: Registro por Matheus Alves, em 2018.
Figura 219 - Restauração na Igreja Nossa Senhora D'Ajuda, em 2018. Fonte: Registro por Matheus Alves, em 2018.
119
4.2 Uso e Ocupação do Solo Urbano de Itaquaquecetuba – SP
Educação – Somente escolas públicas. Saúde – Apenas hospitais.
O Uso e Ocupação do Solo Urbano da cidade de Itaquá, foi mapeado através das análises das imagens do satélite Ikonos de 2002, em que o mesmo classifica os principais usos do solo urbanos. No Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, estas classificações foram agrupadas nas seguintes categorias e subcategorias: •
Lazer, Esporte, Cultura e Turismo – Parque e clubes, entre outros. Especial – Cemitérios. Como visto nos subitens anteriores deste Capítulo IV da monografia, sabemos que
Residencial Predominante: Foi dividida de acordo com a intensidade de
grande percentual de aldeamento indígena habitou Itaquaquecetuba, e através dos
ocupação, em cinco subcategorias, resultantes da análise da uma imagem e comparação dos
aldeamentos estabelecidos às margens do Rio Tietê, ocorreu a evolução para a complexa
padrões urbanos do território. São elas:
estrutura urbana dos dias de hoje, acompanhando os eixos de ferrovia e das estradas São
Alta – Ocorre nas áreas adjacentes ao centro e em bairros com ocupação mais consolidada. As características principais deste categoria são: lotes de área pequena, escassa oferta de lotes vagos e altas taxas de ocupação dos lotes construídos. Média com potencial para alta – Classifica as áreas de ocupação ainda incompletas
Paulo – Mogi das Cruzes e de Santa Isabel. Na área central e na ocupação que se consolidou a oeste da ferrovia, temos a maior concentração do uso misto, pois aí se encontram localizados os órgãos públicos, os principais estabelecimentos comerciais e a quase totalidade das agências bancárias que atendem o município. (ITAQUAQUECETUBA, 2006/2015, p. 13).
e que apresentam características semelhantes àquelas das áreas de densidade alta. Média – Áreas cujos lotes são maiores que os das subcategorias anteriores, o que dá uma característica peculiar à área, quando plenamente ocupada.
Como demonstrado na imagem abaixo, os pontos de uso misto encontram-se próximos uns dos outros, proporcionando assim, maior praticidade para acesso dos habitantes, porém, causando maior concentração dos mesmos neste local.
Baixa com potencial para alta – Classifica os loteamentos em estágio inicial de ocupação e que, pelas características que apresentam, podem atingir a alta densidade. Baixa – Classifica as áreas com baixa densidade de ocupação, sem tendência de adensamento. •
Conjunto Habitacional: Foram mapeados nesta categoria apenas os conjuntos
habitacionais construídos pelo Poder Público. •
Loteamento de Chácara: Nesta categoria foram incluídos aqueles loteamentos
que apresentam características semelhantes: lotes com áreas a partir de 1.000m² com alguma infraestrutura de lazer (quadra de tênis, campo de futebol, piscina, etc). •
Loteamento Vago: Nesta categoria foram incluídos os loteamentos vagos ou em
início de ocupação. •
Equipamento Social e de Serviço: Dividida em quatro subcategorias:
Figura 220 Especificação dos equipamentos urbanos. Fonte: Disponível <http://www.apolo11.com/satmap2_cidades.php?citynum=4992>. Acesso no dia 26 de Maio de 2018, às 00h16.
em:
120
4.3 Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo de Itaquaquecetuba – SP De acordo com o Decreto n° 6366, de 23 de setembro de 2010 - de Itaquaquecetuba, que “Dispõe sobre as Atividades Relativas ao Uso e Ocupação do Solo”, foram criadas categorias de uso e ocupação solo, para que cada empreendimento tivesse uma lei direcionada à ele mesmo, ou seja, cada empreendimento faz parte de uma categoria e subcategorias, havendo assim, diretrizes a serem seguidas para a construção de cada edificação. As categorias estão divididas em: C1, C2, C3, E1, E2, E3, E4, I, S1, S2, S3. (ITAQUAQUECETUBA, 2010, p.1). Para este trabalho, seguindo a lei acima, a categoria desenvolvida para a área de saúde, no caso, o Centro de Convivência para Idosos, é a Categoria S2.2: Serviços Pessoais e de Saúde. Logo, a Lei Complementar n° 156, de 10 de julho de 2008 “Dispõe sobre o Uso e Ocupação do Solo no Município de Itaquaquecetuba”, caracterizando as zonas de uso da cidade “Art.2° As zonas de uso obedecerão à seguinte classificação, representada por siglas e com as respectivas características”. Onde, o terreno escolhido faz parte da Zona de Uso em Consolidação (ZUEC).
Sobre a Tabela de Características das Zonas de Usos, temos:
121
Figura 221 - Tabela de Características da Zona de Uso. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015.
Obs. a)
c) ver Parágrafos Terceiro do Artigo 4º
e não será permitido qualquer avanço da
para os casos de aplicação do Quadro 5 – Recuos de Lotes Irregulares, os
recuos R1 e R2 passarão a ser:
edificação seja através de balanços, pergolados, ou qualquer outro elemento
R1 = recuo de frente mínimo constante deste quadro
arquitetônico.
R2 = 2,00m para os usos R1 e R2-01 e 4,00 m. para os demais usos;
•
Art.4° da Lei Complementar n° 156, de 10 de julho de 2008
d)
ver Quadro 5;
e)
nº máximo de habitações igual ou menor que 100 unidades;
f)
desde que a atividade não se caracterize como polo gerador de tráfego;
g)
os usos enquadrados na sub categoria C2 , poderão a critério da Secretaria do
§3° As edificações com mais de 4 pavimentos só poderão ser feitas em terrenos com frente mínima de 15m e área de terreno mínimo de 500m², sendo que cada bloco deverá ser inscrito num círculo de raio de 25m.
b)
os recuos de frente da zona de uso ZUR 1 só poderão ser abolidos se na
testada da quadra onde se localiza o imóvel houver pelo menos 70% das edificações sem recuo de frente:
Planejamento necessitar de recuos obrigatório laterais de 3,00m de ambos os lados;
122
h)
não permitido Plano de Loteamento referente aos usos R1;
i)
Outorga Onerosa = 4,0;
II - Impacto ambiental a)
Estudo da capacidade das redes de abastecimento de água, águas pluviais,
esgoto, luz e telefonia no entorno do empreendimento através de elementos j)
os Usos Conformes e os de Controle Especial serão os pertencentes à zona de
uso de acordo com o parágrafo 4º do artigo 2 desta Lei
fornecidos pelas respectivas concessionárias; b)
Análise dos bens tombados que por ventura venham a interferir com o
empreendimento; k)
l)
Aplica-se somente para os perímetros não inclusos em outras zonas
Conjunto R3 lindeiro a APA estará sujeito a parecer da Secretaria do
c)
Análise da produção e nível de ruído produzido pelo empreendimento;
d)
Análise da produção e volume de partículas em suspensão e fumaça, produzido
pelo empreendimento;
Planejamento e SEMMAS
m)
Gabarito máximo 15 pavimentos
III
- Impacto de vizinhança
a)
Peças gráficas e dados técnicos do empreendimento para subsidiar a análise
técnica do projeto; n)
Sujeito a anuência prévia da SEMMAS
b)
Fornecimento de relatório técnico com a previsão do fluxo de veículos a
ser gerado pelo empreendimento; c) o)
Observar o parágrafo 5 do Art. 2 desta Lei
•
Art.2° da Lei Complementar n° 156, de 10 de julho de 2008
§5° Nos loteamentos residenciais existentes até a data de promulgação da presente lei, as categorias de uso C2, S2 e E2, a critério da Secretaria do Planejamento poderá ser enquadrada nas disposições do parágrafo quarto do Artigo 4°. •
§ 4º A análise dos usos sujeitos a controle especial deverá ser submetida à aprovação quando acompanhado dos seguintes elementos técnicos: I
- Impacto viário
a)
Estudo de impacto do empreendimento com relação ao sistema viário no entorno do
empreendimento; b)
Estudo das características de dimensionamento das áreas de embarque e
desembarque de passageiros e pátios de carga e descarga, dimensionamento e disposição das vagas de estacionamento; c)
contagem de veículos por tipologia e nas horas de pico,considerando a situação atual do sistema viário e a situação futura após a implantação do empreendimento; d)
Estudo dos melhoramentos públicos em execução ou aprovados por lei na
vizinhança do empreendimento;
Apresentação de proposta de alargamento ou melhoramento viário para
atender a demanda do empreendimento; e)
Art.4° da Lei Complementar n° 156, de 10 de julho de 2008
Apresentação de relatório técnico da capacidade do sistema viário através da
Análise do levantamento dos usos e volumetrias das edificações existentes nas
quadras lindeiras à quadra ou quadras do entorno do empreendimento; f)
Indicação das zonas de uso da quadra ou quadras do entorno do empreendimento.
123
4.4 Legislação Viária de Itaquaquecetuba – SP Como decretado pela lei complementar n° 131, de 01 de novembro de 2006, que “Institui o Plano Diretor Estratégico do Município de Itaquaquecetuba” em seu Capítulo IV, do Artigo 37° e parágrafo 1, o sistema viário da cidade é formado pelo conjunto de vias públicas, compreendendo ruas, avenidas, vielas, estradas, caminhos, passagens, calçadas, passeios e outros logradouros.
a) Coletoras de 1ª Categoria: são as vias que coletam o tráfego das vias de menor capacidade, permitindo o deslocamento de veículos entre os bairros e o tráfego de passagem com maior intensidade e média fluidez, e a circulação de transporte público: Rua Cambuí; Rua das Palmeiras; Rua Santa Rita de Cássia; Rua São Roque; Rua São Judas Tadeu; Rua Uberlândia; Estrada Valter da Silva Costa; Av. Tancredo Neves; Rua Primeiro de Maio; Rua Nove de Julho; Rua Nazaré Paulista; Rua Dirce Passos; Rua Rio Negro; Rua Ipê; Rua Tiradentes; Rua Vital Brasil; Av.Turmalina; Rua Adamantina; Rua Águas da Prata; Estrada Campo Limpo e Estrada Miguel Cápua;
Com base no PDE de Itaquaquecetuba, temos a hierarquização do Sistema Viário, onde iremos obter informações sobre as vias existentes no município, como as vias macrometropolitanas, vias metropolitanas, coletoras, locais e vias de pedestres, como discorrido abaixo:
b) Coletoras de 2ª Categoria: configuram-se como vias de penetração em bairros e circulação de transporte coletivo, permitindo a coleta do tráfego de vias locais, distribuindo-o para vias hierarquicamente superiores e de maior capacidade: Av. Pedro da Cunha Albuquerque Lopes; Av. Industrial; Av. Cardeal; Rua Cambará; Av. Brasil; Rua Rio de Janeiro;
I - Vias Macrometropolitanas são aquelas que abrangem os trechos das vias de padrão
Av. IV Centenário; Estrada José Sgobin; Estrada dos Índios; Estrada do Rio Abaixo; Estrada
rodoviário, situados dentro dos limites das regiões metropolitanas: Rodovia Ayrton Senna - SP
do Ribeiro; Estrada Figueira; Estrada Felix dos Santos; Rua Lambari; Av Industrial Primeira; Av
070 e Interligação Itaquaquecetuba - SP 35/36;
Industrial Segunda; Av. Registro; Rua Serra do Mar; Av. Rochedo de Minas; Rua Passo
II - Vias Metropolitanas são aquelas que abrangem o conjunto de vias formadas pelos
Fundo; Rua Piracicaba e Rua Eldorado;
caminhos, corredores e outras vias de acesso, que permitem a interligação com outros
c) Coletoras de 3ª Categoria: configuram-se como vias de baixo tráfego e de deslocamento
Municípios da Região Metropolitana de São Paulo: Rodovia João Afonso de Souza Castellano
no próprio bairro, coletando a circulação de transporte coletivo e os tráfego das vias locais,
- SP 066; Rodovia Alberto Hinoto - SP 056; Rodovia Pedro Eroles - SP 088; Estrada
distribuindo-os para vias hierarquicamente superiores: Rua Ourinhos; Rua Araçatuba; Rua
Governador Mario Covas Júnior; Estrada do Bom Sucesso; Estrada Corta Rabicho; Marginal
Taubaté; Rua Ferraz de Vasconcelos; Rua Serra Parecis; Rua Serra da Mantiqueira; Rua Silva
Ayrton Senna; Estrada do Corredor e Estrada do Pinheirinho Novo;
Teles; Rua Engenheiros; Rua Arquitetos; Rua Pixinguinha; Rua Evaldo Braga; Rua Agostinho
III - Vias Metropolitanas Secundárias são aquelas integrantes da rede formada pelas vias
dos Santos; Rua Regente Feijó; Rua Paulistania; Rua Vasco da Gama; Rua Fernão Noronha;
municipais utilizadas no serviço de transporte metropolitano de passageiros: Estrada do
Rua Pedro Álvares Cabral; Estrada Promissão; Rua Barra do Una; Rua Fortaleza de Minas;
Mandi; Estrada do Prejú; Estrada São Bento; Estrada do Pinheirinho Velha; Rua Roque B. de
Rua Foz de Iguaçu; Rua José Alexandrino de Moraes; Rua Mestre Cartola; Rua Manoel
Miranda; Rua Acácia; Av. Ítalo Adami; Av. Ver. João Fernandes da Silva; Av. Uberaba; Rua
Deodoro da Fonseca; Rua Mal. Cândido Mariano da Silva Rondon; Rua Coronel Rovalho;
Nazaré Paulista; Estrada Santa Bárbara do Oeste; Estrada Caetano do Sul; Estrada Santo
Estrada Cordeiro Rosa; Praça Sobradinho; Rua João Castelli; Rua Almeida Gil; Rua Honda
Expedito; Estrada Água Chata; Av. Antonio Fuga; Rua da Liberdade; Rua Duque de Caxias;
Alta; Rua das Alfazemas; Estrada Firmino Manuel Pereira; Estrada Cuiabá; Rua Henrique
Av. Altinópolis; Av. Emancipação; Rua Padre Anchieta; Rua Guilhermina Maria da Conceição;
Giovanini Xavier; Rua Sol; Rua Monte Aprazível; Rua Morungaba; Rua Nova Odessa; Rua
Av. Vereador Almiro Dias de Oliveira e Rua João Vagnotti.
Amazonas; Rua Araguaia; Av. Ferreira de Menezes; Rua Almeida Cunha; Rua Gonçalves Dias; Rua Érico Veríssimo; Rua Joaquim Manoel de Macedo; Av. Assis Chateaubriand; Rua
IV - Rede Viária Coletora é aquela que abrange os trechos das vias que apóiam a circulação, a coleta e a distribuição do fluxo de veículos entre as vias da rede metropolitana e locais, sendo subdividida em três tipos:
Colombo; Av. Vicente de Carvalho; Rua Bandeirantes; Rua Londrina; Rua Auriflama; Rua Antonio Ribeiro Rosa; Rua Ariranha; Avenida Comendadeira Leila Nabhar Mazarro; Rua
124
Areias; Rua Arealva; Rua Barra Bonita; Av. Thomas Antonio Guerino; Rua Macedônia; Rua
Sobre os acessos às Rodovias:
Mairiporã; Rua Mirandópolis; Rua Roseira; Rua Mombuca e Av. Monções.
•
As Rodovias Alberto Hinoto (SP 56) ou Ayrton Senna da Silva, em conexão com
V - Rede Viária Local é aquela integrada por todas as vias remanescentes do Município e que
a Pedro Eroles (SP 88), que liga o município de Arujá a Salesópolis, passando por
tem por função o atendimento restrito ao tráfego local de veículos.
Itaquaquecetuba, fazem ligação para o acesso à Rodovia Presidente Dutra. •
VI - Vias de Pedestres ou Calçadões são as de acessos limitados por bloqueios e que
A Rodovia João Afonso de Souza Castellano (SP 66) faz ligação com os
servem à circulação de pedestres, sendo tolerada, em alguns casos, a circulação controlada
municípios de São Paulo, Poá, Suzano e Mogi das Cruzes, de onde pode-se acessar as
de veículos. (ITAQUAQUECETUBA, 2006).
Rodovias Prof. Alfredo Rolim de Moura (SP 88), Dom Paulo Rolim Loureiro (SP 98), que liga Mogi das Cruzes a Bertioga e Alberto Hinoto (Estrada de Santa Isabel) – SP 56, que faz ligação com os municípios de Arujá, Santa Isabel e Igaratá.
4.4.1 Sistema Viário de Itaquaquecetuba – SP Dados Viários Gerais:
•
Há também algumas estradas municipais essenciais para a ligação com outros
municípios da região, que são: Estrada do Pinheirinho Novo – que faz ligação com Suzano, Miguel Badra e Governador Mário Covas Júnior – que fazem ligação com Suzano e Poá,
Distâncias Rodoviárias: 31km da Capital.
Estrada do São Bento e Estrada do Índio – que fazem ligação com o município vizinho de
Rodovias de Acesso: Estrada Velha São Paulo – Rio – SP – 66. / Rodovia Ayrton
Arujá, e Estrada do Bom Sucesso – que faz ligação com Guarulhos e também com a via
Senna da Silva – SP – 70. Sistema Viário: Estradas vicinais: 123km. / Ruas Pavimentadas: 180km. / Ruas nãopavimentadas: 330km. Taxa de Motorização: 33.342 veículos. / 88 veículos por mil habitantes. Ferrovia de Acesso: CPTM com três estações (Linha 12 – Safira) no Município: Aracaré, Eng.° Manoel Feio e Itaquaquecetuba.
Com base no Quadro Regional do Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, o Município está situado a 22km da Capital, entre as cidades de São Paulo, Poá, Suzano, Guarulhos, Mogi das Cruzes, Arujá e Ferraz de Vasconcelos. É considerada uma localização com uma das posições privilegiadas da Região Metropolitana de São Paulo, pois possui acesso direto às Rodovias Ayrton Senna (SP 70), pelo km 35, João Afonso de Souza Castellano (SP 66), antiga São Paulo – Rio, Alberto Hiroto (SP 56), Pedro Eroles (SP 88 – Mogi – Dutra) e Presidente Dutra (BR 116).
Dutra. A Rodovia Ayrton Senna SP – 070, antiga Rodovia dos Trabalhadores, começa no final da Marginal Tietê, no bairro da Penha, Zona Leste de São Paulo e termina no município de Guararema. Suas obras tiveram início em 1980 e foi inaugurada em 1° de maio de 1982; sua extensão é de 50km, aos quais foram acrescidos 5km, que correspondem à interligação com a Via Dutra. Ela cruza os municípios Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das cruzes e Guararema. A sua continuação, em direção ao Vale do Paraíba, é feita pela Rodovia Governador Carvalho Pinto – SP 070 (que constitui um importante eixo de ligação não somente entre os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro mas, como atravessa todo Vale do Paraíba, e é ligação entre o Nordeste e o Sul do Brasil). (ITAQUAQUECETUBA, 2006/2015, p. 95).
Como citado acima, a Rodovia Ayrton Senna da Silva, é de extrema importância para facilitar os acessos às demais Rodovias e também, o intuito da mesma desde sua criação era de aliviar o tráfego da Rodovia Presidente Dutra no trecho entre São Paulo e Guarulhos, onde ocorriam muitos congestionamentos.
125
4.4.2 Meios de Transportes em Itaquaquecetuba - SP
As Estações Aracaré, Itaquaquecetuba e Eng° Manoel Feio, fazem parte do Município de Itaquá, onde as mesmas tiveram suas obras iniciadas em 1921 e sua inauguração em
Com relação aos meios de transportes, Itaquá possui as opções da utilização dos trens da CPTM, ônibus pela empresa concessionária Júlio Simões e Serviços Ltda e também oferece acesso ao Rodoanel.
•
Sobre as linhas ferroviárias de passageiros da cidade, temos a Companhia
Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM e o transporte de carga pela Empresa MRS
1926, porém sendo abertas para tráfegos em 1934; e de acordo com o PDE (2006/2015) “passaram por uma remodelação em 1920, com a construção de um prédio novo”. Hoje, a CPTM opera essa linha somente para trens metropolitanos de passageiros. Com relação à média de passageiros por dia útil, a Estação Aracaré teve o maior crescimento que foi de 105,86% e o menor foi da Estação Itaquaquecetuba com 96,06%, entre 1995 e 2005 (Tabela 54). A estação que apresenta maior quantidade de embargues de passageiros por dia útil é a de Itaquaquecetuba, com 81,76% a mais que a da Estação Aracaré.(ITAQUAQUECETUBA, 2006/2015, p. 99).
Logística. A linha 12 Safira da CPTM (que até o ano de 2008, era denominada como linha F – violeta) com 38,82km, transportou 114 mil passageiros num percurso de aproximadamente 56 minutos, com intervalos de 9 minutos. A linha 12 têm início na estação Calmon Viana com destino a estação Terminal Brás (SP), passando pelas estações: Aracaré, Itaquaquecetuba, Eng° Manoel Feio, Jardim Romano, Itaim Paulista, Jardim Helena Vila Mara, São Miguel Paulista, Comendador Ermelino, USP Leste, Eng° Goulart, Tatuapé e Terminal Brás. Figura 223 - Média de embarque de passageiros na linha 12 Safira. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015.
Figura 222 - CPTM Linha 12 - Safira. Fonte: Disponível em: <http://www.cptm.sp.gov.br/sua-viagem/Pages/Linhas.aspx>. Acesso no dia 25 de Maio de 2018, às 21h29.
Figura 224 Trens CPTM. Fonte: Disponível em: <http://itaquanaweb.blogspot.com/2007/07/linha-f-da-cptm-passado-presentee.html>. Acesso no dia 25 de Maio de 2018, às 21h22.
126
•
Sobre o Transporte Coletivo Rodoviário Municipal que atendem a cidade, a
De acordo com o PDE de 2006/2015 de Itaquaquecetuba, o transporte intermunicipal é
mesma possui um terminal de ônibus Manoel Feio e as paradas: Santa Tereza, Estação
servido por 10 empresas concessionárias de ônibus que são: Viação Poá, Viação
Itaquaquecetuba e Vila Virginia. O Município não utiliza transporte por meio fluvial. Os
Ferraz, Transvalle Transporte Urbano, Viação Transdutra, Mito Transporte e Turismo,
transportes coletivos utilizados, são servidos pela empresa concessionária de ônibus Júlio
Vila Galvão, Viação Suzano, Pássaro Marrom, Júlio Simões e Radial.
Simões Transportes e Serviços Ltda, fazendo ligações do centro aos bairros mais distantes como: Parque Nossa Senhora das Graças, Bairro do Ribeiro, Parque Residencial Scaffidi, Parque Recanto Mônica, Jardim América, Vila Patrícia, Bairro Rio Abaixo e Cidade Kemel.
Figura 225 - Ônibus da Julio Simões. Fonte: Disponível em: <http://blogdagiselesantos.blogspot.com/2013/09/prefeitoparticipa-de-entrega-de-30.html>. Acesso no dia 28 de Maio de 2018, às 22h33.
•
Sobre o Transporte Coletivo Rodoviário Intermunicipal que atende ao Munícipio
Figura 226 - Onibus municipais, intermunicipais e passáro marrom. Fonte: Disponível em: <http://itaquanaweb.blogspot.com/2007/07/empresas-de-transporte-coletivo-que.html>. Acesso no dia 28 de Maio de 2018, às 21h22.
•
Uma outra forma utilizada para a circulação interna do Município é o modo “a pé”
de Itaquaquecetuba, temos a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos – EMTU. A
e utilização de bicicleta. O mesmo possui estacionamento tipo Zona Azul e não tem legislação
mesma executa o gerenciamento da rede de transporte intermunicipal. Itaquá não possui
para transporte de carga. A implantação e regulamentação deste estacionamento tipo Zona
rodoviária, logo, algumas das linhas de ônibus utilizam o Terminal Manoel Feio.
Azul têm por objetivo principal manter a rotatividade das vagas, permitindo o estacionamento por um período de tempo.
127
•
Rodoanel é um projeto gerenciado pela Desenvolvimento Rodoviário AS – Dersa,
ele consiste em um anel viário, ou seja, constitui em uma estrada de alto padrão tecnológico e possui acesso restrito à estrutura viária, além de suas interligações previstas no projeto. Ele é dividido em quatro trechos: oeste, leste, norte e sul. Logo:
O trecho oeste, o primeiro a ser construído, foi inaugurado em 2002. O trecho leste possui dois traçados alternativos para o Município de Itaquaquecetuba e outro que passa no Município de Suzano. O traçado do Rodoanel no Município de Itaquaquecetuba, ao norte passa entre as Estradas do Bom Sucesso e Santa Isabel e abaixo da Rodovia Ayrton Senna o traçado encontra-se sobre a várzea do Rio Tietê; possui as alternativas L1 e L2.(ITAQUAQUECETUBA, 2006/2015, p. 99).
Figura 227 - Rodoanel. Fonte: Disponível em: <http://www.antp.org.br/noticias/clippings/bertin-nao-entrega-obra-do-rodoanele-adia-prazo-ate-junho.html>. Acesso no dia 28 de Maio de 2018, às 21h58.
128
4.5 Impactos sobre o Meio Ambiente em Itaquaquecetuba – SP No município de Itaquaquecetuba, a urbanização concentrou-se, em um primeiro momento, ao longo da ferrovia. A facilidade de deslocamento para São Paulo atraiu a população de baixa renda, como ocorreu na maioria dos municípios ligados a São Paulo pelo trem de subúrbio. A área de urbanização mais antiga integra o vetor leste de expansão urbana com núcleos dormitórios ligados originalmente às linhas da antiga Central do Brasil e as Estrada Velha do Rio. (ITAQUAQUECETUBA, 2006/2015, p. 147).
De acordo com o Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, a ocupação urbana é
Contudo, a mineração de areia como discorre o Plano Diretor Estratégico do Município “representa um importante insumo para a economia e os conflitos entre a mineração e outros usos dos solos urbanos vêm restringindo as áreas efetivas e potenciais da extração”. Com as restrições a mineração e a demanda crescente, as reservas de areia próximas da Região Metropolitana tendem a escassear, de modo que haja um aumento do preço final devido aos custos de transporte, sobretudo por tratar-se de um bem de baixa relação custo/volume.
4.5.1 Geologia e Geomorfologia
mais intensa ao sudoeste do município, como: São Miguel Paulista, Guaianazes, Ferraz de Vasconcelos e Poá. Deste modo, este eixo de urbanização avança em direção a Arujá pela
A partir do item IV.6 do Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, sobre o quesito
Estrada de Santa Isabel (SP – 56), e em direção sudeste, pelas Estradas do Mandí, do Campo
geologia e geomorfologia, a mesma pertence a província geomorfológica do Planalto Atlântico
Limpo e do Pinheirinho.
Escarpa e Reversos da Serra do Mar. Sendo uma área de ocorrência de rochas cristalinas, que apresenta alta suscetibilidade à erosão nos solos subsuperficiais e que há também
Como discutido em subitens anteriores, a Rodovia Ayrton Senna da Silva é de grande importância para o Munícipio de Itaquaquecetuba, a fim de gerar menos congestionamento,
ocorrência de sedimentos aluvionares depositados na planície do Rio Tietê. A topografia é ondulada a montanhosa, com declives acentuados.
com isso, a dinâmica do uso e ocupação do solo para essa via, determinou a substituição das Para melhor análise das condicionantes físicas à urbanização, foi adotada a Carta de
áreas produtoras de hortifrutigranjeiros, tradicional na Zona Leste da Região Metropolitana, pelos usos industriais e, sobretudo, pelos loteamentos de baixa renda.
Aptidão Física ao Assentamento Urbano, elaborada em conjunto pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT e pelo Emplasa, tendo como um dos principais objetivos subsidiar a
O Município de Itaquaquecetuba apresenta o padrão de urbanização dispersa, com loteamentos implantados fora do núcleo urbano original e espalhados por todo o território. Há loteamentos implantados ao longo de praticamente todo o limite municipal. Essa ocupação, em grande parte de loteamentos de baixa renda, além dos problemas decorrentes do próprio modelo, como a dificuldade de expansão de rede de saneamento, mostra-se mais perniciosa ainda devido à baixa capacidade de suporte à expansão urbana desses terrenos. (ITAQUAQUECETUBA, 2006/2015, p. 148).
elaboração dos Planos Diretores, apontando as áreas mais favoráveis para a expansão urbana. Cartas topográficas e mapeamento geológicos, são as bases para estes estudos, adquirindo deste modo dados sobre o relevo, tipos de rocha e solo, que definem áreas homogêneas do ponto de vista do comportamento geotécnico frente ao parcelamento. Em Itaquaquecetuba, foram encontradas quatro unidades homogêneas:
Um aspecto importante sobre o uso e ocupação do solo em Itaquaquecetuba, é a atividade de mineração de areia, localizada basicamente na várzea do Rio Tietê. “ Essa atividade criou, ao longo dos anos, um conflito com o uso hortifrutigranjeiro e os objetivos de preservação ambiental preconizados pela criação da APA47 Várzea do Rio Tietê. Assim, além da expansão urbana e da necessidade de reservar espaços para lazer e recreação, a legislação de proteção ambiental também interfere com a mineração. (ITAQUAQUECETUBA, 2006/2015, p. 148).
47
Área de Proteção Ambiental.
•
Áreas com severas restrições: são as planícies aluviais do Rio Tietê e dos
Córregos Pirati Mirim, Água Branca, Corredor, Caputera, Mandi e Jaguari, onde predominam as declividades inferiores a 5%. Nas planícies aluvionares ocorre apenas um tipo de solo, os sedimentos aluvionares. Nestas áreas associam-se as baixas declividades dos terrenos e a pouca profundidade do lençol freático, dificultando a drenagem e o escoamento das águas, favorecendo o assoreamento das várzeas e a ocorrência de enchentes. Os solos apresentam baixa capacidade de suporte, exigindo obras dispendiosas para implantação da urbanização.
129
•
Áreas passíveis de ocupação com sérias restrições: porção nordeste do município
Conselho Nacional do Meio Ambiente – Conama, é o órgão consultivo e deliberativo
- bairro do Pium, do Ribeiro, Jardim Josely e Parque Nossa Senhora das Graças. O relevo
do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, e foi instituído pela Lei 6.938/81, onde
apresenta morros baixos, onde predominam amplitudes entre 90 e 110 metros e declividades
dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, regulamentada pelo Decreto 99.274/90. O
de encosta entre 20 e 30%, podendo ocorrer declividades de até 20% nos topos das elevações
Conselho é composto por Plenário, CIPAM, Grupos Assessores, Câmaras Técnicas e Grupos
e maiores de 30% nas cabeceiras de drenagem e nos terços inferiores das encostas. Os topos
de Trabalho. É presidido pelo Ministro do Meio Ambiente e sua Secretaria Executiva é
das elevações são estreitos e alongados e os vales são fechados e assimétricos, com planícies
exercida pelo Secretário-Executivo do MMA.
aluviais restritas. A litologia é predominantemente de granito e gnaisse, com manchas isoladas de sedimentos da Formação São Paulo. São condições topográficas desfavoráveis de encosta, com problema de estabilidade em taludes e susceptibilidade à erosão, requerendo diretrizes
Com base nos dados digitais fornecidos pelo Ministério do Meio Ambiente, temos uma tabela em que foram relacionados Municípios localizados no Bioma Mata Atlântica e a Área Desmatada, entre os anos de 2008 e 2009. Com isso, temos:
rígidas de projeto e implantação para o parcelamento. •
Áreas com restrições localizadas: porções sudeste e noroeste do município.
Relevo de morrotes, topografia ondulada, onde predominam amplitudes em torno de 60 metros, podendo atingir 90 metros. As declividades de encosta predominantes são de até 30%, e acima disso no terço inferior de algumas encostas e cabeceiras de drenagem. Os vales são fechados com planícies aluviais restritas. No setor sudeste, a litologia predominante é de sedimentos da Formação São Paulo e no setor noroeste é de granitos e gnaisses. As condições topográficas predominantes são favoráveis, mas as áreas parceladas sem infra-estrutura apresentam problemas de estabilidade de talude e erosão. Os projetos de loteamento deverão respeitar a topografia do terreno. •
Áreas favoráveis: terrenos contíguos à planície aluvionar do Ribeirão Caputera.
Relevo de colinas, topografia suave com predominância de amplitudes da ordem de 40 metros, podendo chegar a 70 metros. As declividades de encostas predominantes são de até 20%, secundariamente entre 20 e 30% e raramente acima de 30%. Os vales são abertos, com planícies aluviais restritas. A litologia predominante é de granitos e gnaisses. São as áreas mais favoráveis à expansão urbana.
4.5.2 CONAMA
O Conama é estratégico e essencial para a implementação da Política Nacional do Meio Ambiente e do Sistema Nacional do Meio Ambiente, e tem o importante papel de promover a conciliação necessária entre os diferentes setores da sociedade, com seu caráter democrático e sua composição amplamente representativa. (SARNEY, Filho).
Figura 228 - Monitoramento do Bioma Mata Atlântica. http://www.mma.gov.br/port/conama/. Acesso no dia 25 de Maio de 2018, às 22h29.
130
4.5.3 Hidrografia
Itaquaquecetuba localiza-se na bacia hidrográfica do Rio Tietê e pertence à Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos – GRHI – Alto Tietê, Subcomitê Tietê – Cabeceiras, do Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Presentes neste trecho, estão
Dados Gerais: Bacias Hidrográficas: Alto Tietê / Paraíba do Sul. Hidrografia: Rio Tietê / Ribeirão Jaguari.
os córregos Pirati Mirim, Água Branca, Caputera, Jaguari, Chácara Bela Vista e Três Fontes. Este mesmo trecho encontra-se em péssima qualidade, de acordo com o Índice de Qualidade da Água Bruta para fins de Abastecimento Público – 2005, da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – Cetesb.
Principais Córregos: Água Branca / Três Pontes / Caputera / Pirati-Mirim.
4.5.4 Vegetação O Município de Itaquaquecetuba apresenta um nível elevado de ação antrópica: no território apenas 789ha de remanescentes de mata (9,5% do território) deverão ser objeto de programas de preservação e recuperação, sobretudo os remanescentes de Mata Atlântica, protegidos pelo Decreto Federal 750/93.
Figura 229 - Hidrografia. Fonte: Disponível em: <http://www.sigrh.sp.gov.br/cbhat/apresentacao>. Acesso em 29 de Maio de 2018, às 21h17.
Figura 230 Vegetação. Fonte: Disponível em: < https://www.emplasa.sp.gov.br/Cms_Data/Sites/EmplasaDev/Files/Documentos/Cartografia/Atlas/RMSP/Atlas_I taquaquecetuba.pdf>. Acesso no dia 29 de Maio de 2018, às 22h10.
131
A partir dos dados fornecidos pelo site do metoblue, onde são baseados em 30 anos de
4.5.5 Clima
simulações do modelo meteorológico por hora e que encontram-se disponíveis para qualquer Como relatado pelo Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba (2006/2015):
lugar da Terra. Eles dão boas indicações de padrões climáticos típicos e condições previstas, como temperatura, precipitação, radiação solar e vento, como veremos aqui sobre o Município de Itaquaquecetuba.
Segundo a classificação climática de Koeppen, baseada em dados mensais pluviométricos e termométricos, o Estado de São Paulo abrange sete tipos climáticos distintos, a maioria correspondente a clima úmido. O tipo dominante na maior área é o Cwa, que abrange toda a parte central do Estado e é caracterizado pelo Clima Tropical de Altitude, com chuvas no verão e seca no inverno, com a temperatura média do mês mais quente superior a 22°C. Este é o tipo de clima que ocorre no município de Itaquaquecetuba. (ITAQUAQUECETUBA,2006/2015, p.147).
A seguir, os diagramas em geral:
Figura 232 Temperatura e precipitações médias. Fonte: Diponível em: <https://www.meteoblue.com/pt/tempo/previsao/modelclimate/itaquaquecetuba_brasil_3460644>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 16h10.
Com base no diagrama acima, temos: • Figura 231 - Dados climáticos. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015.
Máxima diária média: mostra a média da temperatura máxima de um dia para
cada mês em Itaquaquecetuba. •
Dias quentes: mostra a média do dia mais quente de cada mês nos últimos 30
•
Mínima diária média: mostra a média da temperatura mínima de um dia para
anos.
cada mês em Itaquaquecetuba.
132
•
Noites frias: mostra a média da noite mais fria de cada mês nos últimos 30 anos.
Diagrama 02: •
Dias de sol: são considerados os dias com
menos de 20% de cobertura de nuvens. •
Parcialmente nublado: são considerados os
dias com 20 a 80% de cobertura de nuvens. •
Nublado: considerados os dias com mais de
80% de cobertura de nuvens. •
Dias de precipitação: fenômeno relacionado à
queda de água do céu (chuva, chuva de granizo e neve).
Figura 233 - Céu nublado, sol e dias de precipitação. Fonte: Diponível em: <https://www.meteoblue.com/pt/tempo/previsao/modelclimate/itaquaquecetuba_b rasil_3460644>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 16h10.
Figura 235 - Quantidade de precipitação. Fonte: Diponível em: <https://www.meteoblue.com/pt/tempo/previsao/modelclimate/itaquaquecetuba_b rasil_3460644>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 16h10.
Figura 234 Temperaturas máximas. Fonte: Diponível em: <https://www.meteoblue.com/pt/tempo/previsao/modelclimate/itaquaquecetuba_b rasil_3460644>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 16h10.
Figura 236 Velocidade do vento. Fonte: Diponível em: <https://www.meteoblue.com/pt/tempo/previsao/modelclimate/itaquaquecetuba_b rasil_3460644>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 16h10.
Diagrama 03: •
Representa (a cada cindo dias) determinadas
temperaturas que o Município de Itaquaquecetuba atinge por mês.
Diagrama 04: •
Demonstra
em
quantos
dias
do
mês,
determinadas quantidades de precipitação são atingidas, ou seja, a queda de água no Município.
Diagrama 05: •
Representa
a
velocidade
do
vento
mensalmente no município de Itaquá, onde notamos que a velocidade fica entre 5 a 19km.
133
Figura 238 Sentido dos ventos. Fonte: Diponível em: <https://www.meteoblue.com/pt/tempo/previsao/modelclimate/itaquaquecetuba_brasil_3460644>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 16h10. Figura 237 Rosa dos ventos. Fonte: Diponível em: <https://www.meteoblue.com/pt/tempo/previsao/modelclimate/itaquaquecetuba_brasil_3460644>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 16h10.
•
O primeiro diagrama (de cima para baixo), reflete a temperatura, incluindo a
umidade relativa em intervalos de uma hora. Rosa dos Ventos: A Rosa dos Ventos para Itaquaquecetuba, mostra quantas horas por ano o vento sopra na direção indicada. Exemplo: O vento está soprando de Sudoeste (SO) para Nordeste (NE). N: Norte / S: Sul / E: Leste / W: Oeste.
•
Logo no segundo diagrama, a cor cinza representa as nuvens e o amarelo
representa o céu limpo. Quanto mais escura a cor cinza, mais densa é a cobertura das nuvens. •
O diagrama acima apresenta a velocidade e direção do vento em graus: 0° =
NE: Nordeste / SE: Sudeste / SW ou SO: Sudoeste / NW: Noroeste
Norte, 90° = Este, 180° = Sul e 270° = Oeste. Desta maneira é possível notarmos que a
NNE: Nor-Nodeste / ENE: Lés-Nordeste / ESE: Lés-Sudeste / SSE: Su-Sudeste / SSW: Su-
velocidade mais alta do vento entre 10 a 35km encontra-se a 180° direcionado ao lado Sul.
Sudoeste / WSW: Oes-Sudoeste / WNW: Oes-Noroeste / NNW: Nor-Noroeste.
134
4.6 Economia Regional de Itaquaquecetuba – SP Integrada por 39 municípios, com diferentes níveis de riqueza e de qualidade de visa, a Região Metropolitana de São Paulo é caracterizada pela sua pujança econômica e também pela complexidade de dimensão de seus problemas. (ITAQUAQUECETUBA, 2006/2015).
A Sub-Região Leste no Contexto da RMSP
O eixo Leste da RMSP é constituído por um prolongamento da área de expansão da Capital e é um dos principais vetores de crescimento da Região. O eixo acompanha a antiga estrada Rio – São Paulo e a antiga Rede Ferroviária Federal AS (RFFSA), que ligava São Paulo ao Rio de Janeiro, cujo trecho metropolitano foi transformado nas linhas E: Brás –
Com base no PDE do Município de Itaquaquecetuba, a mesma situa-se na sub-região leste da Região Metropolitana de São Paulo – RMSP. Embora a problemática local seja o ponto de partida da análise, esta deve referir-se aos contextos sub-regionais metropolitano e macrometropolitano e considerar novos processos, espacialmente difusos, que podem ser determinantes, ou, ainda, condicionar fortemente as perspectivas de desenvolvimento para o município.
Estudantes (atualmente linha 11, Coral da CPTM) e F: Brás – Calmon Viana (atualmente linha 12, Safira da CPTM). A sub-região leste é a maior da Região Metropolitana de São Paulo, com uma área de 213 500ha ou 23,5% da superfície total da RMSP. Dela fazem parte os municípios de Ferraz de Vasconcelos, Poá, Suzano, Mogi das Cruzes, Guararema, Biritiba-Mirim, Salesópolis e Itaquaquecetuba. A principal característica da sub-região, do ponto de vista da ocupação do solo, é a sua heterogeneidade, apresentando desde áreas urbanas consolidadas e em processo de verticalização até áreas agrícolas e outras, destinadas à proteção de mananciais e reservação de água para o abastecimento público. Em Mogi das Cruzes, as Áreas de Proteção aos Mananciais correspondem a 49,7% do território municipal; em Suzano: 69,2%, em Poá: 5,9%, em Ferraz de Vasconcelos: 40% e em Biritiba-Mirim: 88,6%. (ITAQUAQUECETUBA, 2006/2015, p. 31).
A Sub-Região Leste possui os seguintes reservatórios do Sistema Produtor Alto TietêCabeceiras: Ponte Nova em Salesópolis, Biritiba na divisa entre Mogi das Cruzes e BiritibaMirim, Jundiaí em Mogi das Cruzes, Taiaçupeba na divisa de Suzano e Mogi das Cruzes e Paraitinga em Salesópolis. Em Suzano, situa-se também uma estação de tratamento de esgoto. Existe ainda, áreas protegidas pela legislação ambiental: no Município de Mogi das Cruzes está a Serra do Itapeti e no de Salesópolis, o Parque Nascentes do Tietê. O setor leste da sub-região, formado por Guararema, Biritiba-Mirim e Salesópolis, caracteriza-se pela ocupação predominantemente rural, com baixa densidade demográfica, mesmo nos seus pequenos núcleos urbanos. Por outro lado, os municípios de Suzano e Mogi das Cruzes apresentam-se com intensidade a urbanização, com suas áreas centrais em processo de verticalização, particularmente Mogi das Cruzes, que, com 721km², é o maior da sub-região. Bem conectado à rede viária metropolitana é também o pólo sub-regional. Em seu núcleo urbano, complexo e auto-suficiente, o uso residencial mescla-se a estabelecimentos industriais, comerciais – inclusive supermercados e shopping centers – e de serviços (Universidade de Mogi das Figura 239 - Complexo Metropolitano Expandido. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015.
Cruzes e Universidade Brás Cubas, hospitais, agências bancárias e equipamentos de lazer).
135
Logo, Ferraz de Vasconcelos e Itaquaquecetuba caracterizam-se por sua função
4.7 Projeção Demográfica de Itaquaquecetuba – SP
dormitório e pelo predomínio da ocupação residencial horizontal de baixo padrão. Em Poá e A Fundação Seade projetou, com base nas tendências observadas, a população de Itaquaquecetuba para 467.562 pessoas em 2015, cerca de 70% da população observada pelo IBGE em 2000. As taxas de crescimento, seguindo a mesma tendência da Região Metropolitana, deverão ser decrescentes, partindo de 4,62% ao ano entre 2000 e 2005, devendo cair para 2,70% ao ano entre 2010 e o ano-meta de 2015. (ITAQUAQUECETUBA, 2006/2015, p. 26).
Itaquaquecetuba, existem conjuntos habitacionais destinados a segmentos de baixa e média rendas. A principal ligação viária da sub-região com o restante da RMSP e o Vale do Paraíba é a SP-70. O seu trecho denominado Rodovia Ayrton Senna da Silva, começa em São Paulo, cruza os municípios Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes e vai até Guararema, onde se conecta à Rodovia Presidente Dutra. Daí em diante, a SP-70 prossegue sempre paralelamente à Via Dutra, agora sob a denominação de Rodovia Carvalho Pinto, em direção ao Vale do Paraíba. (ITAQUAQUECETUBA, 2006/2015, p. 32).
Figura 240 - Projeção demográfica. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015.
A Tabela 2 acima, demonstra a taxa de crescimento que não houve entre os anos de 2010 e 2015.
136
Após a análise e demonstração da tabela anterior, o Plano Diretor Estratégico de Itaquá, relata ainda: Ainda assim, o município deverá crescer acima da sub-região leste e da RMSP. Itaquaquecetuba, que entre 1970 e 2000 cresceu acima de todos os demais municípios de sub-região, será, entre 2010 e 2015, superado pelo ritmo do crescimento mais acelerado de Ferraz de Vasconcelos e Birita-Mirim. (ITAQUAQUECETUBA, 2006/2015, p. 26).
Como podemos observar na Tabela 3:
Figura 242 - Projeção demográfica. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015.
Figura 241 - Projeção demográfica. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015. Figura 243 - Projeção demográfica. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015.
137
4.8 Saneamento Básico em Itaquaquecetuba – SP 4.8.1 Abastecimento de Água
Na imagem anterior, sobre o Abastecimento de Água RMSP, Itaquaquecetuba encontra-se circulado, onde o mesmo faz parte do Sistema Integrado e tendo o serviço sobre tratamento e fornecimento de água pela SABESP.
Em Itaquaquecetuba, o serviço utilizado para o abastecimento d’água do Município é a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP, através da sua Unidade de Negócios Leste. As unidades da companhia responsáveis pela prestação do
O abastecimento de água da RMSP, é composto por oito sistemas produtores, que são: •
Cantareira;
•
Baixo Cotia;
Itaquaquecetuba situa-se na área de atendimento do Sistema Integrado de
•
Alto Cotia;
Abastecimento de Água da Região Metropolitana de São Paulo, como notamos no mapa a
•
Guarapiranga;
•
Rio Grande;
•
Ribeirão da Estiva;
•
Rio Claro;
•
Alto Tietê, interligados pelo Sistema Adutor Metropolitano (SAM).
serviço são: MLMQ – Escritório Regional de Itaquaquecetuba, Polo de Manutenção de Itaquaquecetuba e Divisão Eletromecânica Leste.
seguir:
O Sistema Produtor do Alto Tietê (SPAT), que abastece o município de Itaquaquecetuba, é constituído pelo conjunto de reservatórios de Ponte Nova, Paraitinga, Biritiba-Mirim, Jundiaí e Taiaçubepa, interligados por sistemas de recalque, canais e túneis, e pela Estação de Tratamento de Água (ETA), localizada junto ao reservatório de Taiaçubepa, no município de Suzano. (ITAQUAQUECETUBA, 2006/2015, p. 82).
Figura 244 - Saneamento básico. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015.
Figura 245 - Sistema Produtor Alto Tietê. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015.
138
O Sistema Produtor Alto Tietê, têm a água tratada transferida a um conjunto, interligado de adutoras e estações elevatórias, denominado, Sistema Adutor Metropolitano (SAM), a partir do Reservatório de Distribuição Alto Tietê. Itaquaquecetuba têm seu atendimento feito por duas derivações do SAM Leste, com diâmetro de 800 e 600mm, que abastecem os reservatórios setoriais CR-2 e CR-3.
O sistema de reservação do município é constituído pelos Centros de Reservação CR-1, CR-2 e CR-3. O CR-1, localizado na Vila Arizona, é integrado por dois reservatórios apoiados, um com capacidade de 10 000 m³ e outro de 5 000 m³, e um reservatório elevado (torre) de 500 m³, totalizando uma capacidade de armazenamento de 15 500m³. O CR–2, na Vila Industrial, possui um reservatório apoiado com capacidade de cinco mil metros cúbicos. O CR-3, no Pinheirinho, é constituído por um reservatório apoiado com capacidade de 1 000 m³. Assim, a capacidade total de reservação existente atualmente no município é de 21 500 m³. Está prevista a implantação de outro Centro de Reservação (CR-4), no Recanto Mônica, com um reservatório apoiado com capacidade de 10 mil metros cúbicos. (ITAQUAQUECETUBA, 2006/2015, p. 83).
Figura 247 - Evolução da extensão de rede. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015.
Os investimentos realizados no sistema de água do município, no período de 1996 a 2004, somam R$ 21.133.746,18. O quadro a seguir representa os empreendimentos realizados no período de 1996 a 2004:
Figura 246 - Volumes de água tratada fornecida ao Município. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015.
O volume de água tratada fornecida ao município de Itaquaquecetuba pelo sistema é
Figura 248 – Empreendimentos realizados. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015.
de 1 942 245 m³/mês, equivalente a uma vazão média de 0,75m³/s. Nos últimos cinco anos os volumes de água tratada fornecidos ao município (macromedidos) foram como mostra a tabela acima.
Sobre os Planos Integrados – PIRs, também elaborados pela SABESP, a partir de diagnóstico da Unidade Leste, foi efetuada uma projeção das obras necessárias para os
O quadro a seguir demonstra a evolução da extensão da rede física de distribuição,
municípios incluindo Itaquaquecetuba. Essa mesma projeção teve como base a evolução
em que a mesma está implantada em praticamente em toda a área urbanizada no município,
populacional prevista, segundo os estudos da Fundação Seade, e índices médios do serviço
com exceção das áreas com ocupação irregular ou com baixa densidade de ocupação.
de abastecimento de água. Os principais resultados dessa projeção estão representados no quadro abaixo:
139
Figura 249 - Prognóstico de obras. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015.
4.8.2 Esgotamento Sanitário
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP, também é responsável pelo esgotamento sanitário de Itaquaquecetuba. A maior parte do município localiza-se na área de atendimento do Sistema Integrado
Figura 251 - Dados gerais. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015.
de Esgotamento Sanitário da RMSP, constituído por cinco Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), que são: Barueri, Parque Novo Mundo, São Miguel, ABC e Suzano.
O Índice acima é referente aos atendimentos do esgotamento sanitário, onde para ser
O Sistema São Miguel atende basicamente o extremo leste do município de São
calculado, considera-se somente o número de economias residenciais ativas. Levando em
Paulo, e ainda parte das cidades de Guarulhos, Arujá, Ferraz de Vasconcelos e
conta a rede física de coleta de esgotos, o índice de atendimento estimado é da ordem de
Itaquaquecetuba.
58%. O esgoto tratado refere-se ao esgoto coletado na região sul do município, nas bacias próximas ao município de Poá e encaminhado, através de Estação Elevatória Vila Varela e Coletor-Tronco Poá, para tratamento na ETE Suzano. O número atual (maio de 2005) de ligações de esgoto é de 44 702 unidades e a extensão da rede é de 378,2 km. (ITAQUAQUECETUBA, 2006/2015, p. 88).
Figura 250 - Esgotamento sanitário. Fonte: Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, 2006/2015 .
140
4.8.3 Equipamentos Urbanos
Sobre os equipamentos urbanos, a cidade de Itaquaquecetuba usufrui de programas públicos que foram criados para uma melhoria da sociedade com seu entorno, como é relatado no Plano Diretos Executivo de Itaquaquecetuba, 2006/2015: •
Telecomunicações: O sistema telefônico atende todo o território municipal, onde
também estão instaladas antenas para telefonia celular. Dados do censo 2000 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, indicam que 42% dos domicílios são servidos por terminais telefônicos, sem levar em conta a telefonia móvel. •
Iluminação Pública: O fornecimento e manutenção da iluminação pública são de
responsabilidade da empresa Bandeirante Energia. A rede deste serviço atende cerca de 80% da área urbanizada e 50% da rural do Município. Os melhoramentos agendados são de natureza de qualidade econômica, cingindo-se ao tipo de tecnologia utilizada no equipamento e às rotinas de sua manutenção. A universalização do serviço para todas áreas do Município é o objetivo a ser alcançado. •
Limpeza Pública: Os serviços de limpeza pública em Itaquaquecetuba são
executados pela Prefeitura Municipal, através da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos. Diariamente, são varridos cerca de 40km de ruas, serviço que envolve uma equipe de 120 funcionários. O perímetro central e bairros, como Caiubi, Jardim Odete e Piratininga, entre outros, onde a circulação diária é muito acentuada, têm varrição diária. Nos bairros mais afastados, em áreas mais periféricas, o serviço é efetuado em dias alternados. A limpeza de feiras livres é efetuada no dia seguinte em que elas ocorrem e a remoção de entulhos e capinas de áreas públicas obedecem a um cronograma de manutenção.
141
CAPÍTULO V
5.1 Fluxograma
CENTRO DE CONVIÊNCIA PARA IDOSOS – IDALINA DA SILVA Assim como a importância do plano de necessidades antes de iniciar um projeto, o
5.0 Planos de Necessidades
fluxograma visa distribuir esse plano de uma forma prática, sinalizando e dando movimento ao fluxo a ser percorrido. Por meio dele, é possível saber o trajeto a ser seguido de um ambiente
O plano de necessidades visa listar as informações necessárias do que haverá no
para o outro.
projeto, antes mesmo de inicia-lo. Pois desta forma torna-se possível organizar as ideias e necessidades em um só conjunto, adaptando-as no local desejado. Como veremos abaixo:
Figura 252 - Planos de Necessidades. Fonte: Produzido pela autora, Thayná Lima.
Figura 253 - Fluxograma. Fonte: Produzido pela autora, Thayná Lima.
142
5.2 Terreno e seu Entorno
O terreno está localizado em meio a área comercial e institucional de Itaquaquecetuba, tendo como acessibilidade coletiva a localização de pontos de ônibus e a estação de trens da
O terreno para a elaboração deste trabalho, está localizado entre a Av. Ver. João
CPTM, linha 12 Safira. Rodeado por equipamentos urbanos, o terreno disponibiliza a utilização
Fernandes da Silva e a Rua Ver. José Barbosa de Araújo. O mesmo contém as dimensões de
de diversos serviços, o ir e vir torna-se acessível a quem esteja frequentando o Centro de
160,00m de largura por 65,00 de profundidade, totalizando uma área de 10.400m², distribuídos
Convivência para Idosos Idalina da Silva. Alguns dos equipamentos são:
em um terreno totalmente amplo.
•
Alimentação: Mc Donald’s
As vias que compõem o entorno do terreno, são:
•
Órgãos Públicos: desde a Cartórios e Prefeitura Municipal
•
Vias Arteriais: Av. Ver. João Fernandes da Silva e Av. João Barbosa de Moraes.
•
Acadêmicos: Escolas Públicas e Privadas e Universidades
•
Vias Coletoras: Rua Itajubá e Rua Uberlândia.
•
Supermercados
•
Vias Locais: Rua Ver. José Barbosa de Araújo.
•
Estação: CPTM Linha 12 – Safira
•
Ponto de ônibus: Ao lado do Mc Donald’s (Rua Uberlândia) e na Av. Ítalo Adami
(próximo à estação CPTM)
Figura 254 - Terreno e Vias. Fonte: Produzido pela autora, Thayná Lima.
•
Cultura: Secretaria Municipal e Biblioteca
•
Entretenimento: Próximo ao Parque Ecológico Mário do Canto
Figura 255 - Entorno do terreno. Fonte: Disponível em: <http://www.apolo11.com/satmap2_cidades.php?citynum=4992>. Acesso no dia 06 de Junho de 2018, às 00h30.
143
Figura 258 - Terreno, vista 01. Fonte: Registrado pela autora, Thayná Lima. No dia 10 de Junho de 2018, às 17h50. Figura 256 - Terreno. Fonte: Disponível em: <https://www.google.com.br/maps/@23.4844563,46.3527627,3a,75y,19.22h,82.2t/data=!3m6!1e1!3m4!1spOoSpyhO17pDaYqNQ1n5jg!2e0 !7i13312!8i6656>. Acesso no dia 19 de Abril de 2018, às 22h29.
Figura 259 - Terreno, vista 02. Fonte: Registrado pela autora, Thayná Lima. No dia 10 de Junho de 2018, às 17h50.
Figura 257 Figura 256 Terreno. Fonte: Disponível em: <https://www.google.com.br/maps/@-23.4844563,46.3527627,3a,75y,19.22h,82.2t/data=!3m6!1e1!3m4!1spOoSpyhO17pDaYqNQ1n5jg! 2e0!7i13312!8i6656>. Acesso no dia 19 de Abril de 2018, às 22h29.
Figura 260 - Terreno, vista 03. Fonte: Registrado pela autora, Thayná Lima. No dia 10 de Junho de 2018, às 17h50.
144
Dados sobre o Terreno:
Localização: Itaquaquecetuba – SP Zona: ZUEC – Zona de Uso em Consolidação Grupo: C2.3
De acordo com a Tabela de Características das Zonas de Uso, temos:
Frente mínima: 15m Área mínima: 50m Re. Frente mínima: 5m Re. Lateral ambos os lados: 2m Acima de 2 andares: 3m Re. Fundos: 3m
T.O (Taxa de Ocupação): 0,7 C.A (Coeficiente de Aproveitamento): 2,5 T.P (Taxa de Permeabilização): 0,2
Desta forma, obtemos:
Área total terreno: 10.400m² 10.400 x 70% (T.O): 7.280m² 10.400 x 2,5 (C.A): 26.000m² 10.400 x 0,2 (T.P): 2.080m² Figura 261 - Taxa de Ocupação e Coeficiente de Aproveitamento. Fonte: Produzido pela autora, Thayná Lima.
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5.3 Conforto Ambiental
Uma pessoa está confortável com relação a um acontecimento ou fenômeno quando observá-lo ou senti-lo sem preocupação ou incômodo. Então, diz-se que uma pessoa está em um ambiente físico confortável quando se sente em neutralidade com relação a ele. (CORBELLA, 2009, p.32).
De acordo com o livro “Em busca de uma Arquitetura Sustentável para os Trópicos”, o corpo humano naturalmente produz calor em seu interior, que em parte se dissipa para o meio ambiente, por meio de condução, convecção, radiação e até mesmo pela evaporação da água produzida pela transpiração. Para que exista conforto térmico, é necessário que a pessoal sinta neutralidade no ambiente em que habita / frequenta. Para isso existe um nível ótimo para o fluxo de perda do calor, afirma COBERLLA48 (2009, p.32) “no qual a temperatura da pele se mantém perto de 35°C”. O fluxo está diretamente ligado com a sensação térmica, pois: Se o fluxo de perda de calor que deixa o corpo eventualmente aumenta (por exemplo, se a temperatura do ar descer), a reação será tentar diminui-lo (os poros se fecham diminuindo a transpiração e a pessoa coloca mais roupa). Mas se o fluxo de perda continua a aumentar, a pessoa “sente frio”. Se, ao contrário do caso anterior, o fluxo de calor é diminuído, haverá uma reação para aumenta-lo (a transpiração aumentará e/ou a pessoa tirará as roupas); mas se continuam a diminuir, a pessoa “sente calor”. Se a pessoa, ou seu organismo, não consegue uma solução para essas sensações de “frio” ou “calor”, ela começa a e sentir muito mal e, se continuar por muito nessas condições, poderá adoecer. (CORBELLA, 2009, p.32).
Figura 262 - Parâmetros do conforto térmico. Fonte: Em busca de uma Arquitetura Sustentável para os Trópicos, 2009.
1° Se a temperatura do ar for muito baixa há grande perda de calor por convecção – mas não chega a refrescar se a temperatura for próxima à pele; 2° Se a umidade relativa aumenta, diminui ou inibe a perda de calor por
A sensação de conforto térmico alcançada com a perda de calor ótima não depende só da temperatura, mas de vários parâmetros, como ilustra a figura a seguir:
transpiração; 3° Existem ganhos ou perdas de calor por radiação infravermelha para/ou das superfícies vizinhas; 4° O vento produz um efeito de aquecimento ou esfriamento conforme for a temperatura e a umidade relativa do ar, e facilita a retirada de umidade do ar em torno da pele;
48
CORBELLA, Oscar Daniel. Graduado em Física, pelo Instituto de Física Balseiro, Bariloche, Argentina. Especialização em Física pelo Instituto de Matemática, Astronomia y Física, Univerisade Nacional de Córdoba, Argentina. Especialização em Física pelo Instituto di Fisica Marconi, Università di Roma, Itália. Doutorado em Física no Instituto de Física Balseiro, Barilhoce e Pós-Doutorado pelo Internacional Centre for Theoretical Physics, UNESCO-IAEA.
5° a radiação produz um efeito de aquecimento.
146
5.4 Iluminação Natural
De acordo com Corbella (2009, p.49), o olho humano se adapta melhor à luz natural, por isso, torna-se essencial a valorização da mesma no cotidiano humano. A luz artificial não reproduz as cores da luz natural (tem espectro diferente), nem varia conforme as horas do dia, reduzindo, assim, a riqueza em cores e contrastes dos objetos iluminados. É importante notar também que a luz natural, além de seus benefícios para a saúde, dá a sensação psicológica do tempo – cronológico e climático – no qual se vive, ao contrário da monotonia fornecida pela luz artificial. (CORBELLA, 2009, p.49).
Com base na citação acima e nos estudos de caso aqui apresentamos, podemos adquirir e confirmar que a utilização da luz natural têm se tornado constante em boa parte dos projetos. É a junção da beleza da naturalidade com a saúde humana, agregar, conciliar e embelezar o edifício que se frequenta, de modo que o mesmo passe a transmitir a sensação de estar em casa, ou seja, em seu aconchego pessoal. A utilização da iluminação zenital – através do fechamentos de vidro do teto – e também janelas com dimensões valorosas, possibilitam a entrada da luz solar, de forma que aqueça o ambiente e envolva quem o habita.
Figura 263 Iluminação zenital. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelho-arquitetura-edesign>. Acesso no dia 08 de Maio de 2018, às 14h22.
Figura 264 - - Iluminação natural. Fonte: pela autora, Thayná Lima. Registrado no dia 11 de Maio de 2018.
147
Verde: Evoca calmaria, tranquilidade, serenidade e
5.5 Materiais
bem-estar. É utilizado com regularidade aos espaços ligados à saúde e tratamento, como hospitais, clínicas, spas, etc.
5.5.1 Cores Laranja: Como resultado da combinação do amarelo Em seu artigo O Papel da Cor na Arquitetura,
e vermelho, dispõe a ideia de intensidade, criatividade,
Pereira49 (2018) relata sobre as cores e suas percepções
euforia e entusiasmo. Frequentemente empregado aos
que
estímulos
ambientes criativos, como escritórios, estúdios e escolas. Se
conscientes e inconscientes em nossa relação psíquico-
utilizado junto ao azul, transmite a ideia de impulsividade
espacial. Segundo Pedrosa (2009, p.98) apud Pereira (2018)
junto a confiança, sendo adotado por agências bancárias ou
“A sensação colorida é produzida pelos matizes da luz
sedes de empresas, por exemplo.
são
refratada
responsáveis
ou
refletida
por uma
pela
série
substância.
de
Comumente,
emprega-se a palavra cor para designar esses matizes que funcionam como estímulos na sensação cromática”. As cores podem ser associadas à Psicologia, Simbolismo ou Mitiscismo, obtém diferentes significados de acordo com o
Violeta: Transmite bem-estar, calmaria e suavidade. Para melhor expressarmos a ideia da utilização das cores, utilizaremos como exemplo a Fundação Esther Koplowitz para pacientes com paralisia cerebral. Fundação Esther Koplowitz – Madri / Espanha
período artístico, histórico ou mesmo cultura. A cerca da psicologia das principais cores, organizase as seguintes ideias:
“O projeto oferece uma imagem otimista e alegre em seu conjunto: um lar onde reside a esperança de melhorar”, descreve Ricardo de Landaluce Arias, autor do projeto.
Azul:
Transmite
a
sensação
de
Figura 266 - Fundação Esther Koplowitz. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/771997/fundacao-esther-koplowitz-parapacientes-com-parasilia-cerebral-hans-abaton>. Acesso no dia 09 de Junho de 2018, às 19h33.
positividade,
Figura 267 - Fundação Esther Koplowitz. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/771997/fundacao-esther-koplowitz-parapacientes-com-parasilia-cerebral-hans-abaton>. Acesso no dia 09 de Junho de 2018, às 19h33.
A liberdade do vão livre juntamente com os
confiança e segurança. É frequentemente utilizada em
tons verdes e a sutileza do concreto aparente.
espaços comerciais e/ou de negócios, como agências bancárias, escritórios e empresas. Amarelo: Conduz à ideia de otimismo, curiosidade, jovialidade e ambiente-luz. Utilizado frequentemente em espaços comerciais ou restaurantes sob a finalidade de aguçar a atenção do pedestre. Vermelho: A cor evidencia energia, excitação, impulso. Por isso, é regularmente empregada em espaços comerciais, como lojas ou fast foods, por exemplo, buscando a ideia de compulsividade e o desejo ao consumo. 49
PEREIRA, Matheus. Tradutor e colaborador no site Archdaily.
Figura 265 - Fundação Esther Koplowitz. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/771997/fundacao-estherkoplowitz-para-pacientes-com-parasilia-cerebral-hans-abaton>. Acesso no dia 09 de Junho de 2018, às 19h33.
Figura 268 - Fundação Esther Koplowitz. Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/771997/fundacao-esther-koplowitz-parapacientes-com-parasilia-cerebral-hans-abaton>. Acesso no dia 09 de Junho de 2018, às 19h33.
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5.6 O Projeto
Figura 269 - Croqui Centro de Convivência para Idosos Idalina da Silva. Ilustração pela autora, Thayná Lima.
149
CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolvimento do presente trabalho possibilita a resolução da problemática abordada, um local de integração para os idosos em meio à sociedade. Com uma metodologia intensiva desde os primeiros Asilos Coloniais, Instituições de Longa Permanência, Centros de Convivências e primordialmente voltada à necessidade humana da terceira idade, sendo ela emocional ou racional, a elaboração do projeto do Centro de Convivência para Idosos Idalina da Silva, dispõe de diretrizes essenciais para a execução do mesmo. Normas, Leis, Decretos, Estatuto do Idoso, todos especificamente intencionados para os idosos, visando suprir suas necessidades e adaptações estruturais da atualidade. Estudos e pesquisas realizados para o desenvolvimento de um edifício contemporâneo, ou seja, um edifício a partir da evolução dos espaços, compactuando com a tecnologia da acessibilidade, desenho universal, conforto ambiental e paisagismo. A união do bem estar com a beleza que sacie o prazer e o desejo de frequentar o espaço. Uma arquitetura totalmente doméstica, direcionada a fácil percepção e inclusão do entorno, a partir da utilização de materiais cotidianamente conhecidos e acessíveis, como a madeira, vidro e concreto armado. Visualização interna e externa, através dos panos de vidros situados nas fachadas da edificação, proporcionando desta maneira a iluminação natural. Aquecendo e envolvendo o ambiente e a quem nele está inserido. Contribuindo desde modo, a uma arquitetura social e emocional de um edifício que preencha e transborde sentimentalmente e fisicamente de modo positivo quaisquer necessidades que visam a ter os idosos da cidade de Itaquaquecetuba – São Paulo. Atrelando aos mesmos, o uso de um cotidiano mais ativo, com atividades físicas, oficinas de marcenaria, costura, pintura e jogos, como modo de terapia ocupacional. Constituindo desta maneira, o uso e ocupação do centro do Município, não somente para as necessidades diárias, como idas aos bancos e lotéricas, mas, objetivando a usufruir dos espaços que o Centro de Convivência disponibiliza, para compartilhamentos e convivência com outras pessoas. O Centro de Convivência para Idosos Idalina da Silva contribui para o envelhecimento saudável, de modo que a vida continue sendo feita de bons momentos, em um bom espaço e com boas pessoas.
150
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VERAS, Renato. Professor e Diretor da UnATI/UERJ. PhD na Universidade de Londres. Pesquisador 1 do CNPq. Médico. Saúde do idoso: a arte de cuidar. SALDANHA, Assuero Luiz; CALDAS, Célia Pereira, organizadores. 2. ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2004, p. 7,4.
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