Taís de Melo Machado_11171103021_TCC1

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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES TAÍS DE MELO MACHADO

Centro de Reabilitação para Dependente Químico

Mogi das Cruzes, SP 2021


UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO TAÍS DE MELO MACHADO - 11171103021

Centro de Reabilitação para Dependente Químico

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade de Mogi das Cruzes, UMC, como parte dos requisitos

para

graduação.

Prof ª Orientador: Silvia Beatriz Zamai

Mogi das Cruzes, SP 2021

conclusão

da


TAÍS DE MELO MACHADO – 11171103021 Centro de Reabilitação de Dependente Químico

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade de Mogi das Cruzes, UMC, como parte dos requisitos

para

conclusão

graduação.

Aprovado em:

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________ Componente da Banca - Orientador: Silvia Beatriz Zamai Universidade de Mogi das Cruzes

_____________________________________________ Componente da Banca -

_____________________________________________ Componente da Banca -

da


RESUMO

O presente trabalho diz respeito a primeira parte do trabalho de conclusão de curso tem por objetivo enfatizar uma grande preocupação para a sociedade atual, qual o modo que as drogas ilícitas vêm interferindo na vida do indivíduo de sua família e partir disso em toda sociedade cada vez mais cedo, pois seu uso leva ao vicio e causa sequelas, afetando a vida social, pessoal, profissional e familiar, causando então um problema de saúde pública, gerando uma preocupação de âmbito internacional. Como base ao entendimento do assunto e como forma de compreender quais os efeitos que tais substâncias psicoativas provocam no organismo humano, o texto relata a história das substâncias seja em território brasileiro ou internacional, do início até os dias atuais, como as mesmas foram descobertas ou manipuladas, a relação que a população havia com as mesmas no início e quando a sociedade começou a se conscientizar sobre seus malefícios e a partir disso começaram a procurar meios de tratamento para esses doentes, a primeira forma de tratamento encontrada foi apenas o início para descoberta e pesquisa sobre tantos outros meios de tratamentos existentes nos dias atuais, com seus formatos distintos os adictos tem várias formas de tratar o vício, possibilitando que cada um procure qual o melhor para si próprio, aumentando assim a eficácia do tratamento, que seja ele qual for tem como fundamento ajudar de modo confortável para deixar o adicto a vontade, para que não tenha vergonha da situação. Para estruturar a pesquisa, o presente trabalho contém análise de outros projetos, um meio de auxiliar no entendimento de como essa tipologia de projeto tem funcionado nos outros países, e no Brasil, pois de forma geral seja no município de Mogi das Cruzes, Alto Tietê, São Paulo ou no Brasil como um todo, poucas são as opções de tratamento e escasso também locais com funcionamento adequado para que possa oferecer um tratamento de qualidade para os brasileiros, isso se torna preocupante por se tratar de um assunto de suma importância, onde os olhares voltados ao mesmo precisem ser mais atentos e com respeito. O breve histórico sobre o município de Mogi das Cruzes, e o distrito de Brás Cubas, além das análises mais apuradas sobre o local de intervenção foram essenciais e inspiradoras, no alto tietê muitos dos ambientes que atuam ajudando essas pessoas são casas antigas


adaptadas, as opções e oportunidades para um tratamento se torna menor ainda quando se trata de um centro de reabilitação público, ou seja, gratuito.

Palavras-chave: Centro de Reabilitação; Drogas Ilícitas; Dependentes Químicos; Substâncias Psicoativas; Tratamento; Tipos de Tratamento; Tratamento Adequado; Tratamento Gratuito; Tratamento Nacional; Tratamento Internacional; Adicto.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Centro Comunitário de Reabilitação Belmont ................................. 49 Figura 2 - Organograma Centro Comunitário de Reabilitação Belmont .......... 50 Figura 3 - Fluxograma Centro Comunitário de Reabilitação Belmont ............. 52 Figura 4 - Estudo de Massa Centro Comunitário de Reabilitação Belmont .... 52 Figura 5 - Volumetria Centro Comunitário de Reabilitação Belmont ............... 53 Figura 6 - Materiais Centro Comunitário de Reabilitação Belmont ................. 55 Figura 7 - Sustentabilidade Centro Comunitário de Reabilitação Belmont ...... 56 Figura 8 - Centro de Reabilitação Psicossocial .............................................. 60 Figura 9 - Organograma Centro de Reabilitação Psicossocial ....................... 61 Figura 10 - Organograma Centro de Reabilitação Psicossocial ....................... 62 Figura 11 - Fluxograma Centro de Reabilitação Psicossocial ........................... 63 Figura 12 - Estudo de Massa Centro de Reabilitação Psicossocial .................. 64 Figura 13 - Volumetria Centro de Reabilitação Psicossocial ............................ 65 Figura 14 - Materiais Centro de Reabilitação Psicossocial ............................... 67 Figura 15 - Sustentabilidade Centro de Reabilitação Psicossocial ................... 69 Figura 16 - Centro Psiquiátrico Friedrichshafen ............................................... 72 Figura 17 - Corredor Centro Psiquiátrico Friedrichshafen ................................ 73 Figura 18 - Organograma Centro Psiquiátrico Friedrichshafen ......................... 74 Figura 19 - Organograma Centro Psiquiátrico Friedrichshafen ......................... 75 Figura 20 - Organograma Centro Psiquiátrico Friedrichshafen ......................... 76 Figura 21 - Fluxograma Centro Psiquiátrico Friedrichshafen ............................ 77


Figura 22 - Estudo de Massa Centro Psiquiátrico Friedrichshafen ................... 78 Figura 23 - Volumetria Centro Psiquiátrico Friedrichshafen.............................. 79 Figura 24 - Corte AA Centro Psiquiátrico Friedrichshafen ................................ 79 Figura 25 - Materiais Centro Psiquiátrico Friedrichshafen ................................ 80 Figura 26 - Sustentabilidade Centro Psiquiátrico Friedrichshafen .................... 82 Figura 27 - Centro de Atenção Psicossocial ..................................................... 84 Figura 28 - Organograma Centro de Atenção Psicossocial .............................. 87 Figura 29 - Organograma Centro de Atenção Psicossocial .............................. 88 Figura 30 - Fluxograma Centro de Atenção Psicossocial ................................. 89 Figura 31 - Corte AA Centro de Atenção Psicossocial ..................................... 90 Figura 32 - Corte BB Centro de Atenção Psicossocial ..................................... 90 Figura 33 - Corte CC Centro de Atenção Psicossocial ..................................... 90 Figura 34 - Corte DD Centro de Atenção Psicossocial ..................................... 91 Figura 35 - Corte EE Centro de Atenção Psicossocial ..................................... 92 Figura 36 - Corte FF Centro de Atenção Psicossocial ...................................... 92 Figura 37 - Volumetria Centro de Atenção Psicossocial ................................... 92 Figura 38 - Volumetria Centro de Atenção Psicossocial ................................... 92 Figura 39 - Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva ......................................................................................................................... 96 Figura 40 - Tamanho Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva ..................................................................................................... 97 Figura 41 - Recorte Implantação Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva ...................................................................................... 97 Figura 42 - Implantação Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva ..................................................................................................... 98


Figura 43 - Organograma Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva ................................................................................................... 100 Figura 44 - Planta de Cobertura Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva .................................................................................... 102 Figura 45 - Setores Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva ................................................................................................................ 103 Figura 46 - Fluxograma Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva ................................................................................................... 104 Figura 47 - Estudo de Massa Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva .................................................................................... 105 Figura 48 - Volumetria Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva ................................................................................................... 106 Figura 49 - Estrutura Telhado Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva .................................................................................... 107 Figura 50 - Tesouras Telhado Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva .................................................................................... 107 Figura 51 - Telhado Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva ................................................................................................................ 108 Figura 52 - Materiais Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva ................................................................................................... 108 Figura 53 - Sustentabilidade Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva .................................................................................... 110 Figura 54 - Centro de Referência e Excelência em Dependência Química .... 114 Figura 55 - Lazer Centro de Referência e Excelência em Dependência Química ....................................................................................................................... 115 Figura 56 - Academia Centro de Referência e Excelência em Dependência Química ......................................................................................................... 115


Figura 57 - Piscina Centro de Referência e Excelência em Dependência Química ....................................................................................................................... 116 Figura 58 - Organograma Centro de Referência e Excelência em Dependência Química ......................................................................................................... 117 Figura 59 - Fluxograma Centro de Referência e Excelência em Dependência Química ......................................................................................................... 118 Figura 60 - Estudo de Massa Centro de Referência e Excelência em Dependência Química .................................................................................... 118 Figura 61 - Volumetria Centro de Referência e Excelência em Dependência Química ......................................................................................................... 119 Figura 62 - Fachada Centro de Referência e Excelência em Dependência Química ......................................................................................................... 120 Figura 63 - Vista Interna Centro de Referência e Excelência em Dependência Química ......................................................................................................... 120 Figura 64 - Materiais Centro de Referência e Excelência em Dependência Química ......................................................................................................... 121 Figura 65 - Horta Centro de Referência e Excelência em Dependência Química ....................................................................................................................... 123 Figura 66 - Localização Regional ................................................................... 125 Figura 67 - Distâncias .................................................................................... 127 Figura 68 - Regiões........................................................................................ 128 Figura 69 - Municípios .................................................................................... 129 Figura 70 - Distritos do Município de Mogi das Cruzes .................................. 129 Figura 71 - Distâncias para Demais Distritos ................................................. 130 Figura 72 - Distâncias para Municípios mais próximos ................................... 131 Figura 73 - Principais Acessos ....................................................................... 132 Figura 74 - Distâncias até pontos mais importantes ....................................... 132


Figura 75 - Sistema Viário .............................................................................. 134 Figura 76 - Análise Micro Ambiental ............................................................... 135 Figura 77 - Análise Macro Ambiental ............................................................. 136 Figura 78 - Cheios e Vazios ........................................................................... 137 Figura 79 - Foto Terreno “Ana Alexandrina Barbosa” ..................................... 137 Figura 80 - Foto Terreno Autor “Ana Alexandrina Barbosa” ........................... 137 Figura 81 - Foto Terreno “César Dias Moreira” .............................................. 138 Figura 82 - Foto Terreno Autor “César Dias Moreira” ..................................... 138 Figura 83 - Foto Terreno Autor “Benecdito Dias” ............................................ 139 Figura 84 - Topografia .................................................................................... 139 Figura 85 - Curvas de Nível no Terreno e Entorno ......................................... 140 Figura 86 - Curvas de Nível do Terreno ......................................................... 140 Figura 87 - Perfil 1 ......................................................................................... 141 Figura 88 - Perfil 2 ......................................................................................... 141 Figura 89 - Perfil 3 ......................................................................................... 141 Figura 90 - Análise Sol e Ventos .................................................................... 142 Figura 91 - Fluxograma .................................................................................. 161 Figura 92 - Organograma ............................................................................... 162 Figura 93 - Agenciamento .............................................................................. 163 Figura 94 - Aula de Ioga ................................................................................. 166 Figura 95 - Aula de Marcenaria ...................................................................... 167 Figura 96 - Recepção ..................................................................................... 167 Figura 97 - Consultório ................................................................................... 168 Figura 98 - Enfermagem e Área de Convivência ............................................ 168


Figura 99 - Ventilação .................................................................................... 168 Figura 100 - Meios de Distração .................................................................... 169 Figura 101 - Meios de Distração .................................................................... 169 Figura 102 - Uso de Diferentes Materiais ....................................................... 169 Figura 103 - Contraste de Cores .................................................................... 170 Figura 104 - Estante de Livros ....................................................................... 170 Figura 105 - Portas Pivotante ......................................................................... 172 Figura 106 - Portas de Correr ........................................................................ 172 Figura 107 - Centro Psiquiátrico Friedrichshafen (Partido) ............................. 173 Figura 108 - Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva (Partido) ......................................................................................................... 173 Figura 109 - Centro de Referência e Excelência em Dependência Química (Partido) ......................................................................................................... 173 Figura 110 - Maple Japonês (Acer Palmatum) ............................................... 174 Figura 111 - Jardim de Areia (Jardim Zen) ..................................................... 175 Figura 112 - Portal Japonês Torii ................................................................... 175 Figura 113 - Estudo de Massa e Volumetria Vista 1 ....................................... 186 Figura 114 - Estudo de Massa e Volumetria Vista 2 ....................................... 186 Figura 115 - Estudo de Massa e Volumetria Vista 3 ....................................... 186 Figura 116 - Estudo de Massa e Volumetria Vista Superior ........................... 187 Figura 117 - Setorização ................................................................................ 187 Figura 118 - Setorização ................................................................................ 188 Figura 119 - Implantação ............................................................................... 189


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Tabela SWOT Centro Comunitário de Reabilitação de Belmont ...... 56 Tabela 2 - Tabela SWOT Centro de Reabilitação Psicossocial ........................ 69 Tabela 3 - Tabela SWOT Centro Psiquiátrico Friedrichshafen ......................... 82 Tabela 4 - Tabela SWOT Centro de Atenção Psicossocial............................... 94 Tabela 5 - Tabela SWOT Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Vida ................................................................................................... 110 Tabela 6 - Tabela SWOT Centro de Referência e Excelência em Dependência Química ......................................................................................................... 123 Tabela 7 - Parâmetros Técnicos e Permissão de Uso Segundo o Zoneamento Municipal ........................................................................................................ 144 Tabela 8 - Programa de Necessidades .......................................................... 175


LISTA DE ABREVEATURAS E SIGLAS

A.A

Alcoólicos Anônimos

ABNT NBR

Associação Brasileira de Normas Técnicas

a.C

Antes de Cristo

BS

BRITISH STANDARDS

CAPS

Centro de Atenção Psicossocial

CAPS AD

Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas

CECA

Central de Emergência e Controle de Alarme

CPTM

Companhia Paulista de Trens Metropolitanos

CREDEQ

Centro de Referência e Excelência em Dependência

Química CRIS

Centro de Reabilitação e Integração

DE

Duto de Entrada de Ar

DML

Depósito de Material de Limpeza

DS

Duto de Saída de Ar

ECA

Estatuto da Criança e do Adolescente

EP

Escada Enclausurada Protegida

EUA

Estados Unidos da América

IBGE

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

LBHM

Liga Brasileira de Higiene Mental

LRV

Valor da Luz Refletida

LSD

Dietilamida do Ácido Lisérgico

M

Metros


Metros Quadrados

MMDA

Metilenodioximetanfetamina

N.A

Narcóticos Anônimos

NBR

Norma Brasileira

NE

Não Enclausurada (Escada Comum)

OMS

Organização Mundial da Saúde

PB

Paraíba

P.C.R.

Pessoa em Cadeira de Rodas

PF

Escada Enclausurada à Prova de Fumaça

PFP

Prova de Fumaça Pressurizada

P.M.R.

Pessoa com Mobilidade Reduzida

P.N.E.

Portador de Necessidades Especiais

P.O.

Pessoa Obesa

PROERD

Programa Educacional de Resistência às Drogas

SP

São Paulo

SUS

Sistema Único de Saúde

SWOT

Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities

(Oportunidades) e Threats (Ameaças) THC

Tetrahidrocanabinol

UA

Unidade de Acolhimento

UBS

Unidade Básica de Saúde

UTR’s

Unidades de Terapias Residenciais

ZOP

Zona de Ocupação Preferencial


Sumário

INTRODUÇÃO................................................................................................. 21 1. CAPÍTULO 1 – REVISÃO HISTÓRICA ....................................................... 33 1.1 Revisão Histórica Sobre o Tema ..................................................... 33 1.2 Revisão Histórica da Tipologia ......................................................... 45 2. CAPÍTULO 2 – ESTUDOS DE CASO.......................................................... 48 2.1 Estudo de Caso Internacional 01 ..................................................... 48 2.1.1 Centro Comunitário de Reabilitação de Belmont ..................... 48 2.1.1.1 Ficha Técnica ............................................................................ 48 2.1.1.2 Informações, conceito e partido ................................................. 48 2.1.1.3 Programa de Necessidades ....................................................... 49 2.1.1.4 Organograma ............................................................................. 49 2.1.1.5 Fluxograma ................................................................................ 51 2.1.1.6 Estudo de Massa ....................................................................... 52 2.1.1.7 Volumetria ................................................................................. 53 2.1.1.8 Técnicas e Sistemas Construtivos ............................................. 54 2.1.1.9 Materiais Utilizados (Construtivos e de Acabamentos) .............. 54 2.1.1.10 Legislações Pertinente à Tipologia e sua Aplicação................. 55 2.1.1.11 Ergonomia e Humanização Arquitetônica ................................ 55 2.1.1.12 Sustentabilidade ...................................................................... 56 2.1.1.13 Tabela SWOT .......................................................................... 57 2.2 Estudo de Caso Internacional 02 ..................................................... 58 2.2.1 Centro de Reabilitação Psicossocial ......................................... 58


2.2.1.1 Ficha Técnica ............................................................................ 58 2.2.1.2 Informações, conceito e partido ................................................. 58 2.2.1.3 Programa de Necessidades ....................................................... 60 2.2.1.4 Organograma ............................................................................. 61 2.2.1.5 Fluxograma ................................................................................ 63 2.2.1.6 Estudo de Massa ....................................................................... 64 2.2.1.7 Volumetria ................................................................................. 65 2.2.1.8 Técnicas e Sistemas Construtivos ............................................. 66 2.2.1.9 Materiais Utilizados (Construtivos e de Acabamentos) .............. 66 2.2.1.10 Legislações Pertinente à Tipologia e sua Aplicação................. 68 2.2.1.11 Ergonomia e Humanização Arquitetônica ................................ 68 2.2.1.12 Sustentabilidade ...................................................................... 68 2.2.1.13 Tabela SWOT .......................................................................... 69 2.3 Estudo de Caso Internacional 03 ..................................................... 71 2.3.1 Centro Psiquiátrico Friedrichshafen ......................................... 71 2.3.1.1 Ficha Técnica ............................................................................ 71 2.3.1.2 Informações, conceito e partido ................................................. 71 2.3.1.3 Programa de Necessidades ....................................................... 73 2.3.1.4 Organograma ............................................................................. 74 2.3.1.5 Fluxograma ................................................................................ 77 2.3.1.6 Estudo de Massa ....................................................................... 78 2.3.1.7 Volumetria ................................................................................. 78 2.3.1.8 Técnicas e Sistemas Construtivos ............................................. 79 2.3.1.9 Materiais Utilizados (Construtivos e de Acabamentos) .............. 80


2.3.1.10 Legislações Pertinente à Tipologia e sua Aplicação................. 81 2.3.1.11 Ergonomia e Humanização Arquitetônica ................................ 81 2.3.1.12 Sustentabilidade ...................................................................... 82 2.3.1.13 Tabela SWOT .......................................................................... 82 2.4 Estudo de Caso Nacional 01 ........................................................... 84 2.4.1 CAPS ........................................................................................... 84 2.4.1.1 Ficha Técnica ............................................................................ 84 2.4.1.2 Informações, conceito e partido ................................................. 84 2.4.1.3 Programa de Necessidades ....................................................... 86 2.4.1.4 Organograma ............................................................................. 87 2.4.1.5 Fluxograma ................................................................................ 89 2.4.1.6 Estudo de Massa ....................................................................... 90 2.4.1.7 Volumetria ................................................................................. 92 2.4.1.8 Técnicas e Sistemas Construtivos ............................................. 93 2.4.1.9 Materiais Utilizados (Construtivos e de Acabamentos) .............. 93 2.4.1.10 Legislações Pertinente à Tipologia e sua Aplicação................. 93 2.4.1.11 Ergonomia e Humanização Arquitetônica ................................ 93 2.4.1.12 Sustentabilidade ...................................................................... 94 2.4.1.13 Tabela SWOT .......................................................................... 94 2.5 Estudo de Caso Nacional 02 ........................................................... 95 2.5.1 Centro de Reabilitação Cidade Viva .......................................... 95 2.5.1.1 Ficha Técnica ............................................................................ 95 2.5.1.2 Informações, conceito e partido ................................................. 95 2.5.1.3 Programa de Necessidades ....................................................... 98


2.5.1.4 Organograma ............................................................................. 99 2.5.1.5 Fluxograma .............................................................................. 104 2.5.1.6 Estudo de Massa ..................................................................... 104 2.5.1.7 Volumetria ............................................................................... 105 2.5.1.8 Técnicas e Sistemas Construtivos ........................................... 106 2.5.1.9 Materiais Utilizados (Construtivos e de Acabamentos) ............ 108 2.5.1.10 Legislações Pertinente à Tipologia e sua Aplicação............... 109 2.5.1.11 Ergonomia e Humanização Arquitetônica .............................. 109 2.5.1.12 Sustentabilidade .................................................................... 109 2.5.1.13 Tabela SWOT ........................................................................ 110 2.6 Estudo de Caso Nacional 03 ......................................................... 111 2.6.1 CREDEQ .................................................................................... 111 2.6.1.1 Ficha Técnica .......................................................................... 111 2.6.1.2 Informações, conceito e partido ............................................... 111 2.6.1.3 Programa de Necessidades ..................................................... 114 2.6.1.4 Organograma ........................................................................... 116 2.6.1.5 Fluxograma .............................................................................. 117 2.6.1.6 Estudo de Massa ..................................................................... 118 2.6.1.7 Volumetria ............................................................................... 119 2.6.1.8 Técnicas e Sistemas Construtivos ........................................... 120 2.6.1.9 Materiais Utilizados (Construtivos e de Acabamentos) ............ 121 2.6.1.10 Legislações Pertinente à Tipologia e sua Aplicação............... 122 2.6.1.11 Ergonomia e Humanização Arquitetônica .............................. 122 2.6.1.12 Sustentabilidade .................................................................... 122


2.6.1.13 Tabela SWOT ........................................................................ 123 3. CAPÍTULO 3 – O LOCAL DE INTERVENÇÃO ......................................... 125 3.1 Informações ................................................................................... 125 3.2 Fotos do Terreno ........................................................................... 138 3.3 Topografia ..................................................................................... 140 3.4 Nascente / Poente e Ventos Predominantes.................................. 143 4. CAPÍTULO 4 – DIRETRIZES E PREMISSAS (LEGISLAÇÕES) .............. 144 4.1 Lei de Uso e Ocupação do Solo / Zoneamento Local .................... 144 4.2 Plano Diretor de Mogi das Cruzes ................................................. 145 4.3 Código de Obras de Mogi das Cruzes ........................................... 146 4.4 Código Sanitário do Estado de São Paulo ..................................... 146 4.5 Vigilância Sanitária ........................................................................ 149 4.6 Decreto N° 12.342 ......................................................................... 149 4.7 NBR 9050 ...................................................................................... 153 4.8 NBR 9077 ...................................................................................... 157 4.9 NBR 11742 .................................................................................... 159 4.10 NBR 15220 (Parte 3 – Zoneamento Bioclimático) ........................ 159 5. CAPÍTULO 5 – ESQUEMAS ESTRUTURANTES ..................................... 161 5.1 Perfil do Usuário ............................................................................ 161 5.1.1 Público Alvo .............................................................................. 161 5.1.2 Funcionários e Colaboradores ................................................ 160 5.2 Fluxograma, organograma e agenciamento ................................... 162 6. CAPÍTULO 6 – PROPOSTA PROJETUAL................................................ 165 6.1 Conceito (Arquitetônico / Urbanístico)............................................ 165


6.2 Partido Arquitetônico ..................................................................... 167 6.3 Partido Urbanístico ........................................................................ 172 6.4 Programa de Necessidades ........................................................... 176 6.5 Estudos de Massa e Volumetria .................................................... 187 6.6 Setorização .................................................................................... 188 6.7 Implantação ................................................................................... 189 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 191 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................. 192


INTRODUÇÃO

TEMA E SUA IMPORTÂNCIA

O presente trabalho trata da história dos entorpecentes, sejam eles lícitos ou ilícitos, e os problemas que os mesmos causam no país tem dois lados, ambos precisam de um olhar mais atencioso, de um lado o usuário e do outro as diversas pessoas que estão envolvidas em cada passo até que o produto final chegue ao consumidor, também chamados popularmente de destruidores de vidas. O adicto por sua vez, pode iniciar sua vida nesse mundo dos entorpecentes por meio da influência dos colegas/amigos, tendo até muitas das vezes seu primeiro contato com essas substâncias, quais sejam elas, ainda na escola, pois é adolescência é a faixa etária de maior vulnerabilidade, a mais fácil de ser influenciada por outras pessoas, é também a fase da vida onde a pessoa para a ter mais curiosidade, do ato de experimentação ao uso abusivo de drogas é um passo rápido, infelizmente, e os motivos que levam ao aumento do uso dessas substâncias são diversos e complexos. Na maioria das pesquisas já feitas o entrevistado diz que a maconha foi a primeira substância que fez uso, pelo fato de ter um custo baixo e acesso fácil se comparado a outras drogas ilícitas. Os efeitos que as drogas causam no organismo variam entre os indivíduos. No entanto, sabe-se que o seu efeito no cérebro está relacionado principalmente com a sua ação sobre os neurotransmissores, que são moléculas presentes nas vesículas pré-sinápticas neurais, atuando na resposta inibitória ou excitatória entre os neurônios. Muitas drogas atuam impedindo que o neurotransmissor seja recapturado após a sua liberação, aumentando, assim, o seu tempo de ação e desencadeando uma sensação de prazer. Outra forma de ação é de ligar-se aos

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receptores de alguns neurotransmissores, causando alucinações (SANTOS, Helivania Sardinha., [S.I]). Assim, o consumo de drogas ao longo do tempo pode desencadear alterações no sistema nervoso de forma que, para que se sintam os mesmos efeitos ao consumir determinada droga, a dosagem deve ser aumentada, podendo levar assim a overdose. Mas, nos meios de comunicação, a reprodução de discussões e a divisão de opiniões quanto aos possíveis malefícios da maconha, sua legalização e até seu uso terapêutico, poderiam transmitir aos jovens a ideia de que se trata de uma substância inofensiva (SIELO, 2015). No ambiente familiar se constrói e se compartilha experiências, espaço onde também é transmitido os primeiros valores associados ao convívio social, cada família tem responsabilidade sobre seus jovens, mas em muitas delas o álcool é visto como um elemento cultural e não como um fator de risco a saúde. Enquanto o cigarro e outras drogas são menos aceitos, a falta de autoridade, curiosidade entre outros fatores que favorecem para que se tenha essa adoção de comportamento, do uso dessas substâncias. Segundo pesquisa, jovens entre 13 e 15 anos relatam já ter experimentado algumas destas substâncias alguma vez na vida. E que o acesso ao álcool é feito pelos jovens em festas, bares, lojas e na própria casa, sendo o álcool o primeiro incentivo para outras drogas. Estes dados mostram a extensão do problema de tema tão sensível junto aos adolescentes brasileiros (SIELO, 2011). Existem alguns fatores que podem estar relacionados ao início do uso de entorpecentes, além desses problemas, a falta de comunicação com os pais, a difícil convivência com os mesmos, de forma geral problemas familiares, emocionais, sentimentais, psicológicos, como a sensação juvenil de onipotência, a busca de novas experiências, enfim são muitos os motivos que podem levar uma criança ou adolescente e ser um adicto. Já na vida adulta a pressão que uma sociedade impõe e diversos outros problemas relacionados a uma vida adulta, como problemas familiares, emocionais, sentimentais, psicológicos, profissionais, espirituais e até mesmo a influência de más companhias, gerando a busca excessiva por prazeres, distração, diversão, ociosidade perante um mundo que sempre impõe. 22


De um lado, as guerras cotidianas de sobrevivência das classes desfavorecidas e, do outro, a monotonia do conforto proporcionado pelas boas condições financeiras dos indivíduos, dão um novo sentido ao uso de drogas, o indivíduo usa o efeito das substâncias químicas como forma de refúgio. No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) tipifica como criminosa a conduta de quem vende, fornece, ministra ou entrega bebidas alcoólicas e outros produtos capazes de causar dependência física ou psíquica em crianças ou adolescentes. Contudo, essas são práticas ainda observadas. Porém na época havia em que esse uso de droga psicotrópica se popularizou, havia um movimento hippie, enquanto de um lado tinha a classe média ou classe alta, e suas ideologias estavam em alta. Ainda hoje, a fiscalização no cumprimento da Lei é precária e o fato das famílias acharem admissível e da sociedade são fatores que contribuem para o consumo de drogas. De outro lado uma periferia com pobres, ex-escravos, excluídos das oportunidades da recente República brasileira. Aglomerados nas periferias urbanas. Sem direitos, portanto sem deveres. Desprovidos de fonte de renda, sujeitos aos subempregos (GERALDO, Myleo., [S.I]). Essa desigualdade, essa falta de oportunidade fez com que tivesse menos opções de escolhas, que ao longo dos anos se tornou uma cultura de comercialização de substâncias psicotrópicas muito grande. Hoje em dia no caso do comercio de drogas ilícitas acontece, a alienação de muitos jovens, ocasionando a ausência com mais frequência desses adolescentes nas escolas, levando os mesmos ao baixo rendimento. Muitas das vezes isso acontece, pois esses jovens são influenciados ou viram uma forma mais fácil e rápida de ganhar dinheiro. Se torna um problema para toda sociedade, além dos usuários de substâncias psicoativas, aumenta gradativamente o número de pessoas em situação de rua, tráfico de drogas, crime organizado e lavagem de dinheiro. Se tornando também um problema mundial a partir do momento que cresce junto o tráfico internacional de drogas.

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A sociedade ao longo dos anos foi tendo ciência de toda essa problematização que é envolvida as substâncias psicoativas, junto a isso veio a buscar por tratamento pra essa doença, a maior e, mais antigas dentre todas as formas para tratar um dependente químico, é de influência da filosofia dos grupos de mútua-ajuda, como os Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos, que teve início nos Estados Unidos. Por mais que hoje em dia de forma geral é existente diversas opções de tratamento para lidar com essa doença, considerada assunto de saúde pública, entre elas existe opções para todos, porém quando se trata de tratamento fornecido de forma gratuita pelo governo, não é existente tantas opções assim, tanto as formas de tratamento quanto o público que é atendido fica mais restrito, e um tratamento especializado é se suma importância para recuperação de cada um.

Justificativa

O início do uso de drogas tem acontecido cada vez mais cedo e se torna cada vez mais popular, isso preocupa os familiares desses jovens e também a sociedade de forma geral. Dados indicam que álcool, tabaco e drogas ilícitas estão entre os 20 maiores fatores de risco de problemas de saúde identificados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O tabaco é responsável por 9% de todas as mortes, enquanto o álcool é apontado como responsável por 3,2% e as drogas ilícitas, por 0,4% de todas as mortes (JABER, Clínica Jorge, 2007). Em uma entrevista sobre uso e álcool e drogas com 832 estudantes, a resposta mais frequente é de um primeiro contato com álcool foi entre 12 e 13 anos, quando questionados sobre de quem estavam acompanhados, 39,3% dizem ter bebido pela primeira vez em casa e 46,7% de ter bebido com os amigos. Em relação ao tabaco, a idade média foi de 11,87 anos. A faixa etária média de jovens que experimentaram outras drogas foi entre os 13 e os 15 anos, sendo

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pesquisa na sua grande maioria das vezes a maconha a ser a primeira (SIELO, 2015). A partir da experiência, o ato de consumir drogas licitas ou ilícitas vai ficando mais frequente, o comportamento acaba levando o jovem a uma dependência, muitas das vezes não assumida, seja para o próprio indivíduo ou para seus familiares, já em outras situações, existe a desinformação sobre as consequências de seus atos, sem com que o mesmo procure ajuda, procure um tratamento. Sem um acompanhamento adequado, o usuário só tende a piorar, pois o consumo excessivo leva a destruição de si mesmo, dos familiares, da vida social e da vida profissional. Em Mogi das Cruzes, existem pouquíssimos locais para tratar um dependente químico, sua grande maioria localiza-se em um espaço com estrutura original de uso residencial sendo então adaptadas para o novo uso, das existentes poucas são gratuitas, é necessário um local adequado para ajudar no resgate, desintoxicação, reabilitação e prevenção a recaídas e o mais importante na reinserção social. Na luta contra qualquer droga, é papel do Governo do Estado garantir a promoção dos direitos humanos com a oferta de atendimento especializado ao dependente químico. Desta maneira é possível recuperar sua integridade, fortalecer seus laços familiares e trazê-lo de volta ao convívio e às atividades sociais.

Problematização

A prevalência do alcoolismo na população brasileira é 12,3%, a da dependência de tabaco é 10,1% e de outras drogas é 2,2% (FERNANDES, 2017). O uso do álcool demonstrou ser um fator de risco para o consumo de outras drogas como tabaco, drogas ilegais e a manifestação de condições como desordens depressivas, ansiedade, brigas na escola, danos à propriedade e problemas com a polícia (SIELO, 2011).

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A realização de estudos científicos sobre a problemática do consumo de álcool, tabaco e outras drogas pelos adolescentes está sendo priorizada pelo setor da Saúde devido à associação direta ou indireta desses comportamentos com algumas das principais causas de morbidade e mortalidade na adolescência (SIELO, 2015). A escola é vista como um agente transformador. Quando ela é incapaz de desenvolver esse papel associado à falta de boa estrutura familiar e à facilidade de acesso ao álcool, tabaco e outras drogas prejudiciais à saúde, produz uma sintonia de fatores que predispõem o estudante ao uso dessas substâncias. Cada adulto, familiar, profissional da Saúde ou da Educação, representante da comunidade, têm importante papel na orientação do adolescente oferecendolhe a oportunidade da informação, contribuindo para que se torne habilitado e capaz de cuidar de sua vida com qualidade (SIELO, 2015).

As escolas têm vivenciado um aumento da agressividade e violência. O uso abusivo de drogas psicotrópicas retroalimenta a violência e está associado com bullying para ambos sexos.18 Também, os jovens que fazem esse uso apresentam maior agressividade, estão menos predispostos ao estudo e são mais desatentos.13 Na Pesquisa Nacional sobre a Saúde do Escolar (PeNSE),15 8,7% dos escolares relataram haver experimentado alguma droga ilícita (SIELO, 2011).

No estado de São Paulo existem 10 tipos diferentes de clínicas para dependes químicos, sendo:

Clínica de Recuperação de Baixo Custo

Clínica de Recuperação de Alto Padrão

Clínica de Recuperação através de Convênio Médico

Clínica de Recuperação Evangélica

Clínica de Recuperação Involuntária

Clínica de Recuperação Voluntária

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Clínica de Recuperação Compulsória

Clínica de Recuperação de Idosos

Clínica de Recuperação de Menores

Clínica de Recuperação para Esquizofrenia

Por mais que exista uma diversidade em São Paulo, ainda assim não a muitas opções se a busca for com um local para tratar os dependes químicos de forma gratuita, em Mogi das Cruzes não a uma diversidade grande assim se comparado ao estado de São Paulo, e menores ainda são as chances de achar locais para reabilitação dos dependes químicos de forma gratuita. É oferecido pelo governo as Unidades de Acolhimento (UA) que são moradias provisórias destinadas aos usuários que estejam em tratamento nos CAPS AD e não têm família, residência, ou que se encontre em situação de risco ou vulnerabilidade em seus locais de moradia e necessitam de cuidados em saúde mental especificamente para o uso abusivo ou dependência de substâncias psicoativas. Na cidade o CAPS AD – Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas, é bem conhecido, o prédio foi entregue em 2015, mas só foi inaugurado com atendimento 3 anos depois (TV Diário, 2019), porém mais próximo ao centro, e não consegue atender a todos. Em Mogi das Cruzes a circulação da droga, é considerada alta segundo o estudo Observatório do Crack, da Confederação Nacional dos Municípios. Os serviços em um ambiente controlado que isola os participantes do programa do mundo exterior, um recurso importante que garante segurança e promove a recuperação, com maior facilidade para que restabeleça a sua saúde, a sua integridade física. A internação tem como objetivo resgatar valores, virtudes, vitalidade, disposição física e mental, utilizando reuniões terapêuticas, atendimento terapêuticos individuais, atividades físicas e diversos outros métodos para manter a saúde do dependente de substâncias psicoativas em dia. Hoje em dia o tratamento gratuito é oferecido a partir do encaminhamento de pronto-socorro, Unidade Básica de Saúde (UBS), serviço ambulatorial, 27


enfermaria psiquiátrica de hospital geral ou Centro de Atenção Psicossocial (Caps), unidade de saúde da rede municipal. O paciente recebe assistência multidisciplinar com terapeuta ocupacional, nutricionista, educador físico, psiquiatra, psicólogo, conselheiro em dependência química, enfermeiro, assistente social e outros. Segundo dados do governo o custo diário da assistência chega a R$ 100 por paciente (PORTAL do Governo do Estado de São Paulo, 2009). As fontes de financiamento para as clínicas de recuperação gratuitas variam e podem incluir doações para caridade, doações privadas e subsídios do governo. Também existem certas organizações que concedem bolsas de estudo a pessoas que não podem arcar com o custo da reabilitação, permitindo que elas recebam tratamento em centros de reabilitação de propriedade privada. Algumas vezes, os dependentes químicos são vistos pela sociedade como pessoas fracas, que não possuem força de vontade e que deveriam simplesmente abandonar o vício. No entanto, é preciso entender que a dependência química faz com que o usuário de substâncias perca o controle do uso e, como consequência, perca também aos poucos, o controle emocional, físico, espirituais e psíquico. Por isso, ao chegar nessa situação, é preciso buscar ajuda. São alguns casos, mas existe, alguns usuários se encontram na situação de abandono por seus familiares, e contar com a ajuda dos familiares durante e após o tratamento é considerado primordial. É essencial. A busca por um local que ofereça tratamento de qualidade, para que a internação tenha maior eficácia. Existem igrejas onde o tratamento é pago e também existem igrejas que oferecem o suporte gratuito, são baseados em uma abordagem de 09 etapas que inclui: •

Admitindo que você é impotente

Aceitando que apenas um Poder Superior pode 28epen-lo

Entregando sua vontade e sua vida a Deus

Fazendo um inventário moral

Admitindo seus erros 28


Estar pronto para deixar Deus remover suas falhas

Reparando aqueles que você prejudicou

Melhorar seu contato consciente com Deus através da oração e meditação

Divulgando a palavra

Dentre todas essas questões, ainda existem as diferenças entre tipos de internações, sendo as internações voluntarias, involuntárias e as internações compulsórias previsto de acordo com a Lei 10.216/2001, conhecida também como Lei de Proteção e Direitos das Pessoas Portadoras de Transtornos Mentais (DORATIOTO, 2018). A internação voluntaria é aquela onde o usuário procura sozinho por algum local que possa oferecer ajuda, sendo a melhor forma delas, a internação involuntária, prevista em lei. A Internação Involuntária é amparada pelo Decreto 891/38 e, pela Lei 10.216, de 6 de abril de 2001, regulamentada pela portaria federal nº 2.391/2002 e de acordo com RDC N-101 da ANVISA (INSTITUTO ABRAÃO, [S.I]). É uma forma de internação triste, porém a principal forma de conseguir internar o adicto, normalmente feita a pedido dos familiares ou responsável legal, já a internação compulsória é aquela realizada por meio de uma ordem judicial, independe da vontade do próprio dependente químico ou seus familiares, acontece quando o mesmo é flagrado cometendo algum crime sob efeito de algum dos entorpecentes. É feita por meio de um juiz no qual, é necessário um laudo médico para analisar se o dependente químico realmente necessita da internação como tratamento. Alguns familiares no desespero e pela falta de opções internações gratuitas, optam por internar seu familiar que são dependentes químicos em algumas clínicas particulares. Uma equipe multiprofissional composta por médicos, psicólogos, assistente social, enfermeiro, terapeuta ocupacional avaliam o quadro do usuário e indicam o tratamento adequado para cada caso e também o tempo que a pessoa vai precisar de tratamento depende de muitos fatores, como exemplo se a pessoas foi de forma voluntária ou involuntária

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procurar ajuda, ao o período estimado que é feito o uso dessas substâncias químicas, e quando o adicto precisa de uma ajuda por mais tempo. Muitas dessas famílias não conseguem pagar até o final do tratamento, fazendo com que haja falta de manutenção nesse tratamento, fator que ocasiona uma recaída e frustação por meio dos próprios usuários ou seus familiares, e seu retorno ao vício pode se tornar pior do que era antes, até mesmo pela frustação. A falta de opções para obter ajuda, ainda mais de forma gratuita, dificulta que os adictos consigam sair desses vícios, sejam eles lícitos ou ilícitos. Se torna difícil também lidar com todos os efeitos da abstinência, e o choque de realidade, quando o adicto está internado em uma clínica sem muitas opções de distração. Mais de 21 milhões de indivíduos precisaram de tratamento para dependência química e alcoólica em 2020, e infelizmente, apenas 1 em cada 9 pessoas que precisam de tratamento para dependência química e alcoólica recebeu tratamento em uma clínica de recuperação gratuita. Quase 1 em cada 3 pessoas que necessitaram, mas não receberam tratamento de dependência, relataram falta de cobertura médica ou não conseguiram arcar com o custo da reabilitação (Grupo Nova Vida, [S.I]). Alguns centros de reabilitação funcionam com uma lista de espera grande, e estudos mostraram que as pessoas que entram no tratamento de dependência depois de estarem em uma lista de espera têm resultados mais baixos em comparação com as pessoas que recebem tratamento imediatamente. O início tardio do tratamento também pode resultar em dependência mais grave e risco aumentado de problemas médicos, como uma overdose.

Objetivo do estudo do tema e o do objetivo da pesquisa Objetivo Geral

Desenvolver um projeto arquitetônico de um centro de reabilitação para dependente químico, para auxiliar no tratamento, de modo que o adicto possa 30


superar suas dificuldades de uma forma confortável, se mantendo forte durante sua jornada para a recuperação, já que no processo para desintoxicação existe várias etapas para evoluir, durante e após o tratamento, garantindo saúde e bemestar social em todos os processos.

Objetivo Específico

Propor áreas de convivência, para incentivar o diálogo entre os internos, espaços ao ar livre, para que o dependente tenha essa interação com a natureza, salas de uso misto para oferecer diversas atividades para reflexão e relaxamento, como por exemplo yoga e meditação, entre outros, diversas salas; para aprendizagem em oficinas de cursos profissionalizantes, espaços para entretenimento, proporcionando uma descontração para o interno. Propor também espaço para visitação, garantindo acompanhamento na evolução do adicto pelos seus familiares, áreas para atividades físicas e esportivas, proporcionando benefícios a saúde dos internos, hospedagem para o máximo 6 internos por dormitório. Projetar espaços com acessibilidade, promovendo direitos iguais a todos os dependentes. Promover um acompanhamento clínico especializado, espaços para socialização entre os internos, familiares e demais cidadãos caso haja o interesse, para que os internos possam compartilhar com outras pessoas além de seus próprios amigos de convivência, funcionando como forma de prevenção a sociedade. Prever que todos os ambientes sejam monitorados, para garantir maior segurança dos adictos.

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Estudos de Caso

Para que o projeto pudesse ter referências tanto negativas quanto positivas, mesmo que no momento de pandemia devido ao Covid-19, foi proposto análise de estudo de casos em uma maior quantidade para substituir as visitas técnicas. Sendo então apresentado análise dos projetos: Internacionais •

Centro Comunitário de Reabilitação de Belmont

Centro de Reabilitação Psicossocial

Centro Psiquiátrico Friedrichshafen

Nacionais •

CAPS i (Centros de Atenção Psicossocial)

Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva

CREDEQ (Centro de Referência e Excelência em Dependência Química)

Metodologia

Para elaboração desse trabalho foi necessário pesquisa sobre o tema, histórico da tipologia para saber como aconteceu essa evolução até os dias de hoje, análise de projetos já realizados como forma de estudo a funcionalidade do projeto por meio de estudos de caso devido a pandemia do corona vírus, análise de campo por meio de imagens aéreas, visita técnica no terreno, análise de legislações para ter parâmetros projetuais. Também nesse primeiro momento foi analisado o público alvo do edifício, e os estudos iniciais da intenção de projeto como seu programa de necessidades e suas complexidades para aplicação em setores, ligações entre ambientes, estudo de implantação, massa e volumetria, conceitos e como seria aplicação dos mesmos.

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1 CAPÍTULO 1 – REVISÃO HISTÓRICA

1.2 REVISÃO HISTÓRICA SOBRE O TEMA

Desde os princípios da humanidade existe essa curiosidade sobre tudo que há na terra e na natureza, essa curiosidade fez a humanidade pudesse chegar até aqui com tantas descobertas incríveis, essa ligação intima do homem com a natureza também levou ao primeiro contato do homem com plantas alucinógenas. Um comércio internacional de drogas desde 1000 a.C., e a arqueologia se juntou à ciência para desvendar a verdade que parece ter sido cuidadosamente ocultada por escritores antigos e seus subsequentes tradutores (Matyszak, Philip., 2019). Inicialmente, eram retiradas da natureza – as folhas secas eram o principal recurso no tratamento de doenças. Atualmente, muitas dessas drogas são sintetizadas em laboratórios, e muitas são usadas de forma recreativa (SANTOS, Helivania Sardinha., [S.I]).

Cada povo e cada cultura possuem as suas peculiaridades no uso e no cultivo dessas drogas, que são utilizadas de diferentes formas que vão desde o aprimoramento físico, remédios para a cura das mazelas que atingiam as civilizações, até para a busca da sensação de humor, paz ou excitação. Esses povos geralmente não sabiam dos efeitos e consequências de tais drogas ao organismo [...] A história das drogas no Brasil tem a sua primeira aparição associada aos índios, que, conforme relatos dos estudos históricos, eles descobriram plantas com substâncias tóxicas e as utilizavam em suas manifestações religiosas, rituais diversos e confraternizações (PORTAL Educação, [S.I]).

O homem foi descobrindo a existência de diversas substâncias diferentes, com diversos efeitos, mas desconheciam as consequências negativas para o corpo. Para maior entendimento de como essas substâncias consideradas perturbadoras, foram criadas e chegaram até os dias atuais, nós temos que 33


analisar a história de cada uma. A cannabis sativa (nome cientifico da maconha), uma substância de origem natural, é originaria da Ásia Central. Os primeiros sinais de uso medicinal do cânhamo, outro nome da planta, datam de 2300 a.C., na China. Chegou à Europa antes mesmo de começarem seus primeiros registros. No Norte e centro da Europa, a planta está presente há mais de 5 mil anos (Matyszak, Philip., 2019). É conhecida como a primeira droga que chegou ao Brasil, trazida por escravos angolanos que vinham nas caravanas portuguesas que colonizaram o Brasil. (Portal Educação, [S.I]). Até 1905, podia-se comprar uma marca de cigarros chamada Índios, era maconha com tabaco, e em sua caixa um aviso curioso: “Servem para combater asma, insônia e catarros”. Hoje sabe-se que seu uso contínuo, pode causar depressão, ansiedade e até síndrome do pânico. Já o haxixe (nome dado no século 11, que vem no árabe “hashish” e significa erva seca), é uma pasta formada pelas secreções de THC, ativo da maconha, começou ser consumido na China de forma medicinal em 2500 a.C. Foi o comércio de especiarias que fez do haxixe uma substância “global”. Cocaína, é de origem sintética. Logo que os espanhóis chegaram a América, perceberam que os índios da região tinham adoração pela folha da coca. E passaram a distribui-las aos escravos para estimular o trabalho. Mas até quem não era escravo após experimentar, gostou e as folhas foram parar na Europa, hoje é uma das drogas ilegais mais consumidas no mundo. A heroína, foi descoberta em 1874, depois de pesquisas para aprimoramento da fórmula da morfina, que curiosamente as mesmas pesquisas também levaram a invenção da seringa, em 1853. Batizado de heroína, o novo medicamento começou a ser vendido em 1898, como a cura para tosse. A bula dizia: “A dose mínima faz desaparecer qualquer tipo de tosse, inclusive tuberculose”. O nome fazia referência as aparentes capacidades “heroicas”, que impressionou os farmacêuticos do laboratório Bayer. Logo descobriram que, injetada, a heroína era uma droga de efeito rápido, poderoso e que causa dependência rapidamente. Viciados em crise de abstinência tem alucinações, cólicas, vômitos e desmaios. A substância então 34


teve sua comercialização proibida em 1906, nos Estados Unidos. Em 1913 o fabricante alemão parou a produção, mas a circulação ilegal se manteve intensa na Europa e, principalmente na Ásia. Com o Ecstasy, também conhecida como bala, a história também se iniciou com pesquisas, a substância de origem sintética, era chamada inicialmente de MMDA, em 1912, quando era investigado modeladores de apetite para empresa alemã Merck. O químico experimentou sentiu uma leve euforia, mas arquivou a descoberta. Na década de 1960, o cientista americano Alexander Shulguin procurava um remédio que estimulasse libido. O MMDA então foi incluso em uma lista com mais de 100 drogas, que ele testou em tratamentos psiquiátricos. Dentre todas as opções o que mais fez sucesso foi justamente a MMDA, ficou conhecida popularmente como “droga do amor”, pois os pacientes diziam que ficavam mais carinhosos, hoje sabe-se que a substância estimula a produção de serotonina no cérebro, responsável pela sensação de prazer. Portanto, o nome que fez a substância famosa, vem de êxtase mesmo. Em 20 anos a pastilha, estavam circulando nas ruas. Em 1988, foi febre no verão inglês, que acabou sendo batizado de Summer of Love, ou “verão do amor”. Mais tarde esse mesmo nome foi dado ou ano de 1967, pelos hippies que se entupiram de LSD. Falando então sobre LSD, tudo começou quando um químico alemão Albert Hofmann trabalhava no laboratório Sandoz, em 1938, investigava um medicamento para ativar a circulação. Foi testado a ergotamina, princípio ativo do fungo do centeio, ele sintetizou e chamou dietilamida. Tomou uma pequena dose e sentiu um efeito sutil. Somente no dia 19 de abril de 1943, Hofmann resolveu testar uma dose maior (LOPES, 2006). O químico então, com 37 anos, teve a primeira “viagem” de ácido de que se tem notícia. Apresentou o LSD (iniciais em alemão de ácido lisérgico) a amigos médicos. O americano Timothy Leary se encarregou de ser um dos embaixadores do LSD pelo mundo. Doutor em psicologia clínica de Harvard, ele ministrava a 35


substância a seus pacientes, inclusive a alunos do campus, até ser expulso da universidade, em 1963. Na época a cidade de São Francisco começava a se tornar a capital da cultura hippie. LSD também ficou conhecido como “doce” ou “ácido”. Por fim, o Crack é uma mistura feita da pasta da cocaína com bicarbonato de sódio, leva em segundos o estado de euforia intenso que não dura mais do que 10 minutos, mas ainda sim é a substância mais escolhida quando comparada a cocaína por ter um valor menor. O nome crack vem desse efeito rápido, que surge como estalos para o usuário. E é por conta disso que quem usa quer sempre repetir a dose, levando o indivíduo a se torna um dependente químico facilmente. De acordo com o pesquisador americano Ney Jansen Ferreira Neto, o surgimento do crack ocorreu na década de 1970, mas se tornou popular na década seguinte entre moradores de bairros pobres de grandes cidades dos Estados Unidos, como Nova York, Los Angeles e Miami, principalmente entre jovens negros e de origem hispano-americana. O consumo de crack explodiu no meio dos anos 80, como alternativa barata à cocaína. Mas a droga aparecia também em festas de universitários e até de políticos. Em 1989, é relacionado o primeiro relato de uso, na cidade de São Paulo. Dois anos depois, foi feita a primeira apreensão. Acredita-se que a droga tenha entrado no país pelo Acre, vinda da Bolívia e do Peru. Ainda hoje em São Paulo, o crack é a substância psicoativa mais vendida em favelas e entre os sem-teto. No Rio, demorou muito mais para circular. Desde o surgimento do crack, o seu mercado se caracteriza pela violência do tráfico, agravada pelos efeitos causados pela droga nos consumidores, que se tornam, ao mesmo tempo, agressivos e vulneráveis (SENADO, [S.I]). E conforme o avanço do ser humano, veio também a evolução dessas substâncias psicoativas, ao longo da história foram elas foram diversas com diversos nomes, e efeitos diferentes, no Brasil as drogas consideradas licitas são cigarro e álcool, já as drogas ilícitas são diversas, umas que passaram a serem mais conhecidas ao longo dos tempos, como o haxixe, ecstasy, heroína, lsd,

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lança-perfume e os cogumelos alucinógenos, porém as mais populares no país são maconha, cocaína e crack. São classificadas de acordo com o efeito no sistema nervoso central, suas classificações, são:

Depressivas: são drogas que diminuem a atividade cerebral, causando perda de reflexo, atenção, entre outros. São exemplos de drogas depressivas o álcool, os medicamentos ansiolíticos, os anestésicos, os antipsicóticos, entre outros. Estimulantes: são drogas que atuam de forma oposta às depressivas, aumentando as atividades cerebrais e o estado de alerta e deixando o indivíduo agitado. São exemplos de drogas estimulantes o café, o guaraná, a cocaína, entre outras. Perturbadoras: as drogas perturbadoras afetam o funcionamento do sistema nervoso central de forma a alterar a percepção, causando efeitos como perda dos sentidos e alucinações. São exemplos de drogas perturbadoras a maconha, o LSD, entre outras (SANTOS, [S.I]).

Seja ela licita ou ilícita, são diversos os malefícios ao corpo humano, o uso leva o indivíduo a dependência química, que faz com que a pessoa fique totalmente transtornada, quando a substância seja ela qual for não está presente em seu corpo, destruindo a si mesmo, sua vida profissional e todos que estão a sua volta, pois os familiares e amigos envolvidos sofrem muito, seja com o uso em si, ou com cada tentativa frustrada no tratamento. Por fim, essas substâncias psicoativas tem reflexo não somente na vida dos próprios usuários e das pessoas mais próximas a ele, como tem reflete na sociedade como um todo, aumentando a marginalidade pois o adicto chega ao ponto de furtar ou roubar seus familiares e outras pessoas, pelas ruas para conseguir dinheiro para fazer uso da substância, aumentando também a criminalidade com essa forma, é muito fácil aumentar o lucro do crime organizado, elevando o número de crianças e adolescentes que abandonam as escolas, fazendo também com que o número de pessoas em situação de rua seja cada vez maior. Consequência disso tudo, causa a preocupação dos outros cidadãos em relação a saúde pública, pois assim como o uso excessivo de cigarros ou álcool é visto como uma doença, o uso em excesso de outras drogas também é uma

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doença. Mesmo que, o álcool e o tabaco são as drogas que mais matam em todo o mundo (SIELO, 2015). Estudo com escolares da rede pública dos Ensino Fundamental e Médio, no conjunto das 27 capitais brasileiras, realizado em 2004, mostrou que a média de idade para primeiro uso de drogas variou entre 12,5 a 14,4 anos, enquanto que a cocaína foi a mais alta com média de 14,4 anos (SIELO, 2011). Depois de um tempo, o uso das drogas passa a ser encarado como um problema por certas sociedades. Nesse contexto começam a aparecer as noções de dependência dessas substâncias ou de perda de controle no uso, as drogas começaram a serem vistas como causadora de prejuízos de várias áreas da vida do indivíduo e, para lidar com isso, surgem vários tipos de tratamentos para controlar este “mal”, de diferentes filosofias e com explicações causais também particulares. Teve o início de interesse em estudos sobre tais tratamentos, sua maioria foram desenvolvidos pela sociedade americana e o álcool se constitui como substância principal nessa investigação num primeiro momento, se estendendo as outras substâncias posteriormente. Atualmente ao se falar de drogas, incluise tanto aquelas descritas como lícitas, quanto as ilícitas (MAXWELL, [S.I], p. 07). Ocorreu um movimento em alguns países europeus e nos EUA ao longo do século XVII e principalmente do XVIII e ficou como um marco de uma posição mais liberal com respeito ao uso do álcool para outra mais moralista, ligada à Igreja Protestante. Os frequentes bêbados eram questionados, mas ainda assim era tolerados na sociedade. A partir de 1810, um médico começou a encarar e tratar o álcool como uma doença. Devido à preocupação com o assunto foi desenvolvido até mesmo a forma bem conhecida de prevenção chamada no país de PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas), criado em 1992 no Rio de Janeiro chegando uns anos depois em outros estados do Brasil, mas teve sua origem nos Estados Unidos em 1983. Com lema de Manter Nossas Crianças Longe das Drogas.

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O curso de quatro meses, ministrado por policiais militares voluntários, capacitados pedagogicamente, para estudantes da 4°serie/5°ano, em escolas que entrem em contato com a polícia militar podendo ser ela pública ou privada, além da prevenção ao uso de drogas, o programa visa mostrar aos estudantes como se manter longe de más companhias, resistir a pressões e evitar a violência, com intuito também de estabelecer um contato entre polícia militar, escola e família. Hoje em dia é existente uma grande preocupação com esses usuários e devido a isso a sociedade ao longo dos anos foi pensando em vários tratamentos para lidar com essa doença, se entendeu que é muito importante um tratamento especializado, um assunto que é caso de saúde pública, e de âmbito internacional, e existem tratamentos para crianças, jovens, adultos e idosos, sejam eles do sexo masculino ou feminino, dentre todos os tratamentos são basicamente 3 métodos aplicados, a psicoterapia onde entra também o grupo de apoio, por meio de medicamentos, e por meio das internações, disponíveis de várias maneiras. De acordo com um relatório recente da Administração de Serviços de Abuso de Substâncias e Saúde Mental, mais de 21 milhões de indivíduos precisaram de tratamento para dependência química e alcoólica em 2020. Infelizmente, apenas 1 em cada 9 pessoas que precisam de tratamento para dependência química e alcoólica recebeu tratamento em uma clínica de recuperação gratuita, sendo uma das barreiras mais comuns à reabilitação é o custo. Em 1810 o álcool passa a ser tratado como uma doença pelo médico Benjamim Rush, mas antes disso até mesmo ele não considerava um problema. Para Rush, os bêbados eram adictos, a bebida e a dependência aconteciam de maneira progressiva e gradual. Assim os dependentes do álcool deveram absterse dela de modo repentino. Pensamento esse que está presente na maioria das propostas de tratamento da atualidade não apenas para dependentes do álcool, mas para todos eles, ainda é predominante nos Estados Unidos e influenciou a filosofia dos grupos de mútua-ajuda, como os Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos.

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Sendo uma das formas mais difundidas no mundo todo e até hoje está presente na maioria das instituições de assistência. Os Alcoólicos Anônimos (AA) surgiram nos EUA e, na década de 30 e se espalhou facilmente por todo mundo. Mais tarde surgiu o Narcóticos Anônimos (N.A), destinado aos dependentes de outras drogas, mas com a mesma filosofia de recuperação do A.A. No final do século XIX o movimento chamado de Temperança, perdeu força e deu espaço ao novo movimento, com nova filosofia, chamado Proibicionista, nesse movimento a visão se amplia para outras substâncias e, não apenas para o álcool, quando o indivíduo não apresenta mais controle sobre o uso ele começa a ser visto como tímida e automaticamente se torna uma ameaça para a sociedade. Nesse período saiu o foco apenas dos doentes, para estudar qual a relação entre álcool com acidentes e crimes. No século XX, entre a primeira e a segunda guerra mundial, aconteceram várias associações, que contribuíram muito com a psiquiatria e criação de um novo discurso que influenciou a criação de clínicas ambulatoriais e a aplicação de técnicas psicoterápicas como alternativa ao tratamento (MAXWELL, [S.I]). A visão de criminal dura até 1948, começaram a aparecer novas ideias de “reabilitação”, hospitais penais começaram oferecer tratamentos específicos aos dependentes. Na Califórnia em 1953, surgiu a modalidade de tratamento denominada Comunidade Terapêutica que associava conceitos de comunidades terapêuticas psiquiátricas com os conceitos desenvolvidos pelo A.A. Na década de 50 as definições de adicção adotadas pela OMS enfatizando o fator bioquímico são redefinidas em 1957 quando se inclui o item “desejo físico irresistível acompanhado de fatores psicológicos” (MAXWELL, [S.I]). O Daytop Village vinculado ao Departamento Jurídico do Brooklin colocase como uma “nova geração” de comunidade terapêutica trabalhando numa perspectiva que reunia conceitos jurídicos e criminais. Uma proposta foi desenvolvida num hospital em Minnesota, hoje conhecida como “modelo Minnesota”, e introduziu a participação de adictos em recuperação como

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terapeutas leigos no tratamento dos dependentes de drogas, os chamados conselheiros em dependência química. A profissão já foi regulamentada nos EUA, mas no Brasil ainda em vias de se legitimar oficialmente. O tratamento era desenvolvido num processo de 28 dias de internação, tempo máximo que o seguro de saúde americano cobria, e de 02 anos em acompanhamento ambulatorial. Hoje em dia, o tratamento varia muito de caso a caso, tanto em qual tipo de tratamento seguir, quanto ao período de internação, pois o tratamento de dependência química é individual, já que suas origens podem ser diversas. Há internações de 15 ou 28 dias, 30, 45 e 60 dias e de até seis meses a um ano. E é avaliada pela perspectiva psiquiátrica ou jurídica. Grande parte dos tratamentos no Brasil se originou ou ainda segue princípios do modelo Minnesota. Em 1923, no Rio de Janeiro fundou-se a Liga Brasileira de Higiene Mental (LBHM). No Brasil até os anos 20 e 30 o consumo do álcool não era encarado como problema, mas em 1931 a LBHM passa a focar suas atenções novamente no alcoolismo, apesar dos dados demonstrarem que nesse período, o número de internações por alcoolismo estava diminuindo. A concepção de que a dependência de drogas é resultante de três fatores: a droga, a pessoa que a utiliza e sua personalidade construída através da sua história e o contexto sócio cultural onde a droga está inserida, com seus valores, padrões e influências, atualmente é amplamente aceita (BUCHER,1992). A perspectiva adotada pela maioria dos especialistas considera o fenômeno da dependência de drogas nessa direção, como algo constituído por múltiplos aspectos- físicos, psíquicos e sociais – compreensão biopsicossocial. Por isso a oferta de tratamento nessa área, com a participação de várias especialidades da chamada equipe multidisciplinar, é tão recomendada (MAXWELL, [S.I]). Hoje é existente diversas opções de tratamento para lidar com essa doença, que é uma preocupação de âmbito internacional, existem tratamentos para todos, é de suma importância um tratamento especializado para a 41


recuperação do dependente químico, dentre todos os tratamentos são basicamente 3 métodos aplicados, a psicoterapia, por meio de medicamentos, e por meio das internações, disponíveis de várias maneiras diferentes, tendo até mesmo seus métodos mistos como: Grupos de apoio, que são importantes tanto para familiares quanto para os dependentes, também podem auxiliar na decisão da internação para dependentes químicos. Eles também serão importantes na fase posterior ao tratamento, oferecendo o apoio e suporte que todos necessitam mediante suas fragilidades, em detrimento das drogas. Clínica de reabilitação ou centro de reabilitação, seria uma internação que coloca uma grande equipe médica para desenvolvimento do melhor tipo de tratamento para cada indivíduo, e que se for o caso utiliza também os medicamentos para controle da abstinência. Dentro destas instituições a apoio para desenvolver atividades que visam a melhora física e mental. Cada um trabalha da forma que achar melhor, mas se encontra centro de reabilitação que aceitam pacientes que foram internados de forma voluntaria, involuntária ou compulsória. É um modelo de internação que visa o trato medicamentoso bem como, o afastamento do indivíduo do convívio da sociedade. Antes mesmo que aconteça a internação, o paciente passa por vários processos como, psicoterapia, nessa primeira fase, um terapeuta irá conversar e avaliar a saúde física e mental do dependente químico, para que possa elaborar um plano que seja eficaz para ele, pois não existe um plano padrão que funcione com todos os dependentes químicos. Nessa fase, é necessário conversar com familiares, conhecer o histórico do paciente, etc. Medicação: nem todos os dependentes passam por essa fase. Se o terapeuta analisar o paciente e chegar à conclusão de que serão necessários medicamentos, então a clínica de recuperação organizará os horários de ingestão dos mesmos, mas o paciente deve ter em mente que a medicação não é parte do tratamento, mas sim uma ajuda para passar pelo início do processo;

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Segundo o Governo do Estado de São Paulo, (2009), uma equipe multiprofissional

composta

por

médicos,

psicólogos,

assistente

social,

enfermeiro, terapeuta ocupacional avaliam o quadro do usuário e indicam o tratamento adequado para cada caso. A internação só é indicada quando esgotadas todas as possibilidades terapêuticas disponíveis no CAPS, que também atua nos momentos de crise, nos estados agudos da dependência e de intenso sofrimento psíquico. Comunidades terapêuticas, se trata de uma internação onde o indivíduo fica abstinente de todas as substâncias, geralmente sem intervenção medicamentosa, a não ser em casos extremos. É um modelo de tratamento religioso, com palestras e grupos de apoio. Esse tipo de internação não acolhe pessoas que não desejam o tratamento, pois acreditam que o primeiro passo é realmente querer se livrar do vício. Tratamento ambulatorial, trata-se de um tratamento desenvolvido em ambiente aberto onde o dependente químico permanece no seu meio. Existem várias maneiras de desenvolver tratamento ambulatorial, que pode ser feito com o acompanhamento de um médico psiquiatra, ou através das unidades de CAPS ou CAPS AD. No tratamento ambulatorial pode ser feita a utilização de medicamentos para diminuir os efeitos da abstinência no corpo do dependente químico, mas estes devem ser prescritos por profissionais adequados. Outra metodologia muito utilizada no tratamento ambulatorial é a chamada redução de danos. Que é uma forma de fazer com que o dependente químico se torne mais aberto ao tratamento sem abandonar por completo o uso das drogas, neste caso, não se exige que faça uma abstinência total das substâncias. Comumente na redução de danos, dependentes químicos abandonam drogas consideradas de alto impacto e dano ao organismo, como é o caso da cocaína e do crack. No entanto, o dependente químico não abandona por completo o uso, substituindo essas drogas por maconha e cigarro. O risco maior dentro do tratamento ambulatorial é o fato de que o dependente químico não seja totalmente honesto.

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Uma vez que se ele faz o uso de medicação controlada, não pode fazer o uso de drogas. Por isso, o acompanhamento médico e familiar deve ser adequado, evitando consequências mais graves ao indivíduo, por isso é indicado somente a dependentes de substâncias psicoativas que tem consciência do vício e do quanto ele pode ser prejudicial, mas é capaz de estabelecer um compromisso de tratamento. O indivíduo ainda tem controle de sua vida, ações e ainda consegue desenvolver outras atividades além da droga, como por exemplo trabalhar (PARAZZI, Marcelo, [S.I]). A desintoxicação é um passo importante para a completa reestruturação das funções metabólicas afetadas pela toxicidade. Esse processo também influência a estabilidade emocional do dependente químico, já que a recuperação só é eficaz quando novas posturas e comportamentos saudáveis são estabelecidos. A desintoxicação é a fase inicial de todos os tipos de tratamento para dependentes químicos (HOSPITAL, Santa Mônica, 2020). Moradia assistida é aconselhada quando o paciente já passou pela fase de desintoxicação e por um centro de reabilitação, no caso desses pacientes ainda não se sentirem seguros para retornar a sociedade. É uma residência com acompanhamento especializado para recuperação. Indicada a dependentes químicos com idade acima dos 18 anos, onde ele precisa estar limpo a pelo menos 6 meses, a estadia nessas moradias assistidas acontece no máximo por 6 meses, nesse tempo também são feitos testes toxicológicos (BELLA, Clinic, [S.I]) Conclusão de que não existe somente apenas um tratamento para dependência química, e o adicto passa por 4 fases em seu tratamento, de desintoxicação, motivação, reabilitação e manutenção. A técnica considerada de maior eficácia por ser aplicada constantemente, seria a de internação, onde convivência com a sociedade é interrompida, como também acontece, a interrupção no uso de drogas, que seria apenas o primeiro passo desse processo de tratamento, visando sempre a reinserção mais saudável do paciente em novas atividades sociais, profissionais, familiares e a prevenção de recaídas.

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1.2 REVISÃO HISTÓRICA DA TIPOLOGIA

O ambiente onde eram tratadas as pessoas com dependência química, passou por mudanças de acordo com a evolução dos tratamentos já implantados ou a criação de uma nova linha de tratamento, não que as primeiras ideias de locais fossem ultrapassadas, pois ainda é presente locais semelhantes aos primeiros utilizados para as primeiras ideias de tratamento, mas a humanidade ao longo dos anos mudou até mesmo suas ideias iniciais sobre os adictos. A sociedade passou pela história da descoberta das drogas, sejam licitas ou ilícitas, sejam elas naturais ou feitos de forma sintética, após as descobertas demorou um tempo para que as pessoas percebessem o estrago que as mesmas causam ao corpo do próprio indivíduo, como o impacto em suas vidas de forma geral e assim impactando também de forma negativa a sociedade como um todo. Então os espaços específicos para tratar a doença começam aparecer de forma tardia se comparado aos períodos arquitetônicos. Estilo arquitetônico aplicado nos primeiros locais de tratamento até os dias atuais, passam pelo período do estilo proposto pela Bauhaus, sua proposta era para arquitetura em si, mas também se aplicou ao desenho do mobiliário; o estilo Moderno, que logo após ficou conhecido como Modernismo, movimento esse que se tornou muito marcante pois possuía planta livre, fachada livre, terraço jardim, janela em fita e também os pilotis. O estilo Desconstrutivismo, aparece depois como um movimento que deixava de lado as formas lineares, estilo esse que foi dado continuidade no estilo atual da arquitetura Contemporânea, mas nem sempre os espaços construídos para auxiliar as pessoas que precisam se livrar do uso dessas substâncias psicoativas, tinham tais qualidades arquitetônicas. No início a primeira ideia de tratamento seria a criação de um grupo de mútua-ajuda, conhecido como (N.A), onde existem princípios, mas cada grupo tem a liberdade de decidir como vai acontecer essas reuniões e devido a isso no começo os encontros aconteciam em casas, ambientes religiosos, ou qualquer outro local em que todos participantes se sentissem confortáveis o bastante, para 45


que esses encontros fossem benéficos. Com nenhuma exigência arquitetônica especifica, esse modelo é usado até hoje, tanto de forma isolada quanto utilizada, em conjunto com outros tratamentos. Entre a primeira e a segunda guerra mundial, os olhares se voltaram novamente a forma que eram tratadas as pessoas que sofriam com o vício, e por conta disso foram criadas clinicas ambulatoriais, nesse período a arquitetura passou por diversos estilos como da Bauhaus, Modernismo e Pós-Moderno. Em 1948 acaba a visão de criminal, e começou aparecer novas ideias de “reabilitação”, assim nasceu um tratamento especifico aos dependentes químicos, que eram oferecidos em hospitais penais, arquitetura da época era o Pós-Moderno. Logo apareceu uma proposta de tratamento que continua sendo uma das abordagens mais eficazes até hoje, desenvolvido um hospital, chamado o “modelo Minnesota”. Como a profissão foi regulamentada antes em outros países, por conta disso é comum que se veja diversos locais especializados a tratar a doença. Falando de Brasil, é existente os tipos de tratamento citados a cima. Porém os tratamentos mais elaboradores são comuns em clinicas particulares, ainda sim as mesmas em sua grande maioria trabalham em casas adaptadas, para o maior número de dependentes restam os serviços dos hospitais comuns e gerais, dificilmente aceitam internar pacientes por consumo de drogas no geral, que acabam sendo encaminhados para hospitais psiquiátricos, onde recebem tratamento similar ao dos pacientes com transtornos mentais (MAXWELL, [S.I]). Segundo o site no Senado do Governo Federal, é presente no país 32,7 mil leitos, estão disponíveis apenas 11,5 mil leitos para os dependentes químicos: 2,5 mil leitos nos hospitais gerais e 9 mil leitos nos Caps, hospitais psiquiátricos e prontos-socorros gerais e psiquiátricos (SENADO, [S.I]). O primeiro CAPS criado no Brasil foi em março de 1986, no bairro da Bela Vista, região central de São Paulo, batizado de CAPS Itapeva (Eugênio, 2017). No município de Mogi das Cruzes é existente apenas um Ambulatório Municipal de Saúde Mental na área central, próximo ao Supermercado Shibata, 46


é presente também duas unidades do Caps, sendo um (Caps I), para ajudar e auxiliar a comunidade de forma geral com um horário de funcionamento, oferece profissionais, consultas, dinâmicas, grupos de apoio, localizado depois do Parque Centenário da Imigração Japonesa, próximo ao condomínio do Bella Cittá. E a cidade de Mogi das Cruzes também possui tratamento gratuito por meio do (Caps AD) que oferece tratamento específico aos dependentes químicos, além de todos os profissionais, consultas, grupos de apoio assim como o que é oferecido no (Caps I). Sua localização é próxima ao Parque Leon Feffer, no espaço é oferecido 8 leitos para que os pacientes por vontade própria possam se hospedar, porém não oferecem internação, e a hospedagem pode acontecer no máximo por 15 dias, se conclui que esse número é insuficiente para a população.

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2 CAPÍTULO 2 – ESTUDOS DE CASO

2.1 ESTUDO DE CASO INTERNACIONAL 01 2.1.1 Centro Comunitário de Reabilitação de Belmont 2.1.1.1 Ficha Técnica

Nome: Centro Comunitário de Reabilitação de Belmont

Arquiteto: Billard Leece Partnership

Localização: 1-17 Reynolds Road, Belmont 3216, Victoria, PO Box 281, Geelong VIC 3220, Austrália

Data do início do projeto: Não identificado

Data de finalização: 2012

Construtora: Rendine Constructions

Área terreno: Não identificado

Área edificada: 600m²

2.1.1.2 Informações, conceito e partido

Projeto tem objetivo de evitar a regressão do indivíduo, procura então a semelhança de um edifício residencial, promovendo melhor qualidade de vida para seus pacientes, mantendo sempre integração com a natureza, por mais que seja uma tipologia de projeto fechado, onde a ideia é manter recluso os seus usuários, para total concentração em sua recuperação. Para que isso aconteça foi projetado de forma a integrar todos com a natureza por meio de um jardim interno, para dar a sensação de aconchego sua fachada é trabalhada com madeira, devido sua sustentabilidade o calor inerente o seu apelo natural, com janelas auto-sombreadas para as elevações de rua, brise nas janelas para as áreas de jardim e abertura zenital para iluminação natural. 48


Figura 1 - Centro Comunitário de Reabilitação de Belmont Fonte: Billard Leece Partnership, 2013

2.1.1.3 Programa de Necessidades

Seu programa de necessidades possui uma recepção que não é de uso individual, áreas destinadas a serviços como depósitos, administração, ambientes para uso dos funcionários como copa e área de descanso, contando também com consultórios para atendimento, salas de apoio, próximas ao pátio interno, jardim interno para integração com a natureza, sala de reunião, sanitários PNE, sala de equipamentos, sala para atendimento em grupo e enfermagem.

2.1.1.4 Organograma

Apresenta em sua maior parte o acesso misto aos ambientes, com seus usos aglomerados, mas resolvido de maneira simples, gerado a partir do 49


programa de necessidades, com área para seus funcionários, áreas de serviço, e restante para atendimento ao cliente.

Legenda: Branco: Circulação; Vermelho: Consultórios de Atendimento; Amarelo: Sanitários; Azul Cian: Sala de Reunião; Azul Escuro: Administração; Lilás: Copa; Rosa: Descanso Funcionários; Marrom: Atendimento Completo; Vermelho Vinho: Enfermagem; Laranja: Serviço; Verde Musgo: Salas de Apoio; Azul Claro: Sala para Atendimento em Grupo; Verde Lima: Sala de Equipamentos; Roxo: Pátio / Jardim Interno; Acessos Figura 2 – Organograma Centro Comunitário de Reabilitação de Belmont Fonte: ArchDaily. Com Anotações do Autor, 2021

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O Centro de Reabilitação divide recepção com o Centro de Saúde Kardini, conexão com o centro de saúde, feita por meio de uma passarela coberta, concluísse que sua ligação com o meio urbano não é de forma direta, pois o projeto não possui espaços abertos, interligados a malha urbana, pois trata-se de um centro onde é oferecido um tratamento de maneira a isolar seus pacientes, mantendo o foco em seu tratamento, existem ainda algumas passagens de ligação direta com o meio urbano, porém funciona como acesso rápido dos funcionários e saídas de emergência, seus acesso bem marcados e individualizados, é a parte que mais marcou no projeto, além seu jardim interno. Essa passarela interferiu de forma branda em questão da iluminação e ventilação natural da edificação do centro de saúde. Conectado a malha urbana, o projeto conecta-se a outros volumes no mesmo quarteirão, sendo esse projeto é o edifício da esquina

2.1.1.5 Fluxograma

O fluxograma procede de um sistema simplificado, onde se distribui a circulação por um único corredor, sendo curvado, para a facilidade de localização de salas. Em questões harmônicas e sensoriais consistem em abertura zenital e integração com externo tendo uma grande área voltada ao projeto sendo uma praça interna fechada.

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Figura 3 – Fluxograma Centro Comunitário de Reabilitação de Belmont Fonte: Autor, 2021

2.1.1.6 Estudo de Massa

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Legenda: Vermelho: Área destinada a atendimento; Amarelo: Áreas de serviço; Azul: Área para funcionários; Cinza: Pátio/Jardim interno; Branco: Circulação Acesso Pedestres Figura 4 – Estudo de Massa Centro Comunitário de Reabilitação de Belmont Fonte: Autor, 2021

Projeto apresenta aplicação de soma de massa para execução design diferenciado em sua fachada e subtração de volume com o pátio interno, em sua fachada principal como podemos ver na figura 4, apresenta soma de massa para execução de “ponta” na sua parte superior do lado esquerdo.

2.1.1.7 Volumetria

Figura 5 – Volumetria Centro Comunitário de Reabilitação de Belmont Fonte: Billard Leece Partnership, 2013

Por mais que a planta seja feita de forma linear todos os seus ambientes e diferentes usos aparecem aglomerados, sendo então um projeto compacto, 53


porém funcional, sua fachada articulada forma um desenho, que cria um edifício não-institucional, constituído apenas pelo pavimento térreo.

2.1.1.8 Técnicas e Sistemas Construtivos

Projeto alinhado, com hierarquia aglomerada, linear em forma de “U”, integrando a área verde ao projeto, técnica para inibição de calor como na utilização de brises, e acabamento nas paredes externas em madeira cipreste branca que auxilia também na inibição de calor e é um material sustentável, o projeto possui um pátio central com barreiras contra o vento, tendo seu principal objetivo ser uma área de convivência com propósitos de iluminação e vazão de ar quente, conta com aberta zenital para melhor aproveitamento de luz natural, sistema de projeto modular vem crescendo no mercado não apenas como modo de viabilizar o projeto com economia, funcionalidade e principalmente por ser sistemas de módulos facilita no entendimento de projeto na execução e no prazo de execução de obra, com estrutura é inserida dentro dos fechamentos.

2.1.1.9 Materiais Utilizados (Construtivos e de Acabamentos)

Materiais tradicionais, frequentemente utilizados em edifícios públicos, vidro para aberturas, de fácil construção e manutenção, grande presença de madeira cipreste branca, como pode ser observado na figura 6, janelas autosombreadas, brise e o vidro.

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Figura 6 – Materiais Centro Comunitário de Reabilitação de Belmont Fonte: ArchDaily, 2013

2.1.1.10 Legislação Pertinente à Tipologia e sua Aplicação

Projeto aplica legislação para atendimento de pessoas com algum tipo de deficiência física, com portas abrindo para lado externo do ambiente, barras de apoio apresente nos corredores de circulação, respeita os recuos, lei sanitária com depósitos temporários de lixo, separando o resíduo comum do resíduo hospitalar, com o jardim interno ou pátio interno, oferece também área reservada aos fumantes, aplicação da lei de bombeiro presente ao representar pontos estratégicos para saída de emergência.

2.1.1.11 Ergonomia e Humanização Arquitetônica

Todos os ambientes apresentam ergonomia adequada ao uso do homem, bem como a humanização tem sido bem aplicada apesar de ser um edifício com 55


característica hospitalar, ao utilizar um jardim de interno para seus usuários obter vitamina D e sendo fechado para não obter grande impacto com o vento, demonstra se preocupar com a qualidade de vida de todos os seus usuários ao fazer uso de materiais específico preocupando-se com a sensação térmica na parte interna dos ambientes, ou até mesmo em fazer de uma setorização com seus usos aglomerados, dando a sensação ao seus pacientes de “estarem em casa”, deixando-os mais confortáveis.

2.1.1.12 Sustentabilidade

Figura 7 – Sustentabilidade Centro Comunitário de Reabilitação de Belmont Fonte: Billard Leece Partnership, 2013

Jardim interno ensolarado que protege dos ventos, apresenta preocupação com questões bioclimáticas e eficiência energética, por exemplo, pelo uso de proteção solar nas fachadas, que é trabalhada com madeira cipreste branca, devido sua sustentabilidade o calor inerente o seu apelo natural, com janelas auto-sombreadas para as elevações de rua, possui, também brise nas janelas para as áreas de jardim, abertura zenital para iluminação natural

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2.1.1.13 Tabela SWOT

ANÁLISE DE SWOT ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS ● Semelhança com residência, dando ● Projeto aglomerado sem uma sensação de aconchego hierarquia bem resolvida ● Jardim interno para humanizar o ● Edificação sem ligação com o meio projeto urbano ● Utilização de materiais como a madeira cipreste branca, janelas autosombreadas, brises e abertura zenitais ● Passarela muito próxima a se preocupando tanto com a edificação, limitando sua ventilação e sustentabilidade quanto com sensação iluminação natural térmica dentro de todos os ambientes do edifício ● Depósito de lixo individualizado para resíduo comum e hospitalar ● Ter sala para atendimento em grupo, para terapia em conjunto ● Ter presença de uma sala para enfermagem, exame rápidos feito no local ● Projeto se conecta com outros volumes do mesmo quarteirão, sem perdeu sua identidade ● Plástica aplicada a edificação tem visual diferenciado ● Projeto compacto, porém funcional ● Faz uso de material de fácil manutenção ● Atende legislação ● Projeto Humanizado ● Respeita ergonomia em todos seus ambientes ● Volumetria diferenciada ● Estacionamento grande e acessível PNE ASPECTOS AMEAÇAS ● Recepção junto ao Centro de Saúde Kardini, possibilitando possíveis troca de ficha dos pacientes, permitindo entrada de pessoas erradas, ou até mesmo acontecendo entrada de pessoas não autorizadas no Centro de Reabilitação

● Lado externo do edifício não deixa claro qual seu uso ● Serviço limitado a 3 consultas por semana por pacientes

ASPECTOS OPORTUNIDADES

● Individualizando a recepção dos centros, diminuindo a possíveis erros ou entrada indesejada de pessoas

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● Projeto aglomerado, permitindo ● Organograma com hierarquia bem possível entrada de pessoas não resolvida autorizadas na área de funcionários ● Trocando alguns ambientes de ● Depósitos de resíduos sem acesso local possibilitaria tirada mais fácil pelo lado externo dos resíduos ● Placa para identificação de qual ● Plástica aplicada dificulta identificação trabalha é oferecido no edifício rápido de qual o uso do edifício ● Implantar maior quantidade de árvores e plantas no pátio interno Tabela 1 – Tabela SWOT Centro Comunitário de Reabilitação de Belmont Fonte: Anotações do Autor, 2021

2.2 ESTUDO DE CASO INTERNACIONAL 02 2.2.1 Centro de Reabilitação Psicossocial 2.2.1.1 Ficha Técnica

Nome: Centro de Reabilitação Psicossocial

Arquiteto: Otxotorena

Localização: San Juan de Alicante, Espanha

Data do início do projeto: Não identificado

Data de finalização: 2014

Construtora: OHL

Área terreno: 16.657 m²

Área edificada: 10.403,95 m²

2.2.1.2 Informações, conceito e partido

O projeto oferece suporte às necessidades de duas entidades complementares, uma residência para pessoas com transtornos mentais que não necessitam de hospitalização, e o Centro de Reabilitação e Integração Social (CRIS) com um Centro Diurno para pessoas com graves transtornos mentais. O edifício tem objetivo de se comportar como uma comunidade 58


residencial aberta e flexível para essas pessoas, cerca de 50 usuários do empreendimento vivem um internato. Já o outro programa, é do Centro Diurno que é específico para pessoas com graves transtornos mentais que sofrem por não terem mais suas capacidades funcionais e ambientes sociais de forma normal. Este centro oferece alguns programas para recuperação funcional e atividades para passar o tempo que acontecem durante o dia, em regime aberto, que atende até 25 pessoas por dia. Já o CRIS tem capacidade para até 50 usuários, voltado para aqueles com doenças mentais crônicas, onde acontece uma deterioração das capacidades funcionais, um programa para essas necessidades especificas é desenvolvido, pensando sempre no convívio em grupo entre esses usuários, para que mesmo não estando em casa, esses internos ou os demais que apenas passam o dia tenham essa sensação de estar em casa, a ideia é exposta também na escolha dos materiais como o concreto, que seria um matéria semelhante ao que muitos deles estão acostumados e a madeira que naturalmente tem o poder de fazer com que seus pacientes tenham uma sensação de acolhimento. A natureza do terreno permitiu um edifício leve, com um semi-subsolo, onde se localiza as vagas de automóveis e áreas de serviço, e com um único pavimento sendo ele o térreo que abriga os demais ambientes que compõem o projeto, por todo edifício é perceptível espaços translúcidos que se volta para um grande e exuberante jardim posterior. Seus grandes recuos proporcionam um conforto no clima interno. A tipologia é de um projeto para manter o paciente isolado, a integração com a natureza proporciona a melhor qualidade de vida para os seus usuários, o projeto como um todo agrega e muito para colaborar com a qualidade de vida, e a terapia diária.

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Figura 8 - Centro de Reabilitação Psicossocial Fonte: Otxotorena Arquitetos, 2014

2.2.1.3 Programa de Necessidades

Apresenta um programa de necessidades bem completo, contando com em sua parte inferior com estacionamento, cozinha, área de lavagem de alimentos e louças, e um espaço para recebimento de mantimentos, além disso também podemos notar a presença de outras áreas de serviço, e uma destinada as pessoas que trabalham no local, já em sua parte superior chamado de piso térreo localiza-se uma recepção, salas de espera, salas de consultórios para atendimento, áreas destinadas a serviços como depósitos de diversos, administração, coordenação, DML (deposito de material de limpeza), salas de reunião, sanitários e banheiro completos integrado com os dormitórios, salas multiuso para prática de diversas atividades seja ela individual ou para atendimento em grupo, pátio internos para ventilação, área com alguns ambientes destinados a enfermagem caso precise realizar algum exame rápido, como de sangue por exemplo, tudo isso ainda conta com sua circulação vertical bem distribuída de uso para funcionários, que tem ligação direta com a cozinha 60


para o refeitório, e outro ponto para pacientes, com sua localização de frente a recepção.

2.2.1.4 Organograma

Setorização bem resolvida apesar da volumetria, gerada a partir do programa de necessidades, com área para seus funcionários, áreas de serviço, área para pacientes que residem por um tempo no espaço, áreas para uma boa administração do empreendimento, área para os veículos dos usuários ou de seus familiares, e o restante destinado ao atendimento ao cliente e seu bem estar.

Planta Baixa Pavimento Semi-Subsolo Legenda: Branco: Circulação; Vermelho: Circulação Vertical; Cinza Escuro: Pátio (Ventilação e Iluminação Natural); Amarelo: Vagas para automóveis; Amarelo Claro: Cozinha; Marrom: Funcionários; Verde Militar: Área Destinada a Recebimento de Mantimentos; Verde: Vestiários; Acesso Veículos Figura 9 – Organograma Centro de Reabilitação Psicossocial Fonte: ArchDaily. Com Anotações do Autor, 2021

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Planta Baixa Pavimento Térreo Legenda: Branco: Circulação; Vermelho: Circulação Vertical; Amarelo: Recepção; Azul Cian: Suíte para 1 ou 2 pessoas; Azul Escuro: Sala de Estar; Lilás: Refeitórios; Vermelho Vinho: Depósitos de diversos; Marrom: Sala de Espera; Cinza Escuro: Pátio (Ventilação e Iluminação Natural); Laranja: Banheiro / Sanitário; Verde Musgo: Consultório; Azul: Sala Reunião; Verde Lima: DML (Depósito Material de Limpeza); Roxo: Salas Multiuso; Verde Militar: Administração / Coordenação; Verde: Enfermagem; Cinza Claro: Sala de Monitores / Segurança; Acesso Pedestres Acesso Veículos Figura 10 – Organograma Centro de Reabilitação Psicossocial Fonte: ArchDaily. Com Anotações do Autor, 2021

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2.2.1.5 Fluxograma

Figura 11 – Fluxograma Centro de Reabilitação Psicossocial Fonte: Autor, 2021

Os fluxos se distribuem de forma separada do setor administrativo, serviços, internos e usuários diários. A entrada de funcionários fica ao semi subsolo, onde já se proporciona as vagas de estacionamento e o setor de trabalho. Junto a isso fica as vagas de visitantes dos internos, com entrada para o pavimento térreo onde fica a localização das atividades para os internos e recepção do complexo. A funcionalidade do fluxograma determina as áreas constituintes, integralmente separadas e funcionais para que não aja cruzamento de fluxos dentre as demais áreas assim tornando o fluxograma ágil.

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2.2.1.6 Estudo de Massa

Legenda: Preto: Circulação, recepção, serviços, administração; (Térreo) Vermelho: Circulação comum, circulação vertical, serviço e área dos funcionários; (SemiSubsolo) Amarelo: Estacionamento para os automóveis (Semi-Subsolo); Azul: Área destinada a pacientes que passam o dia; Verde: Área destinada a pacientes que residem no edifício; Branco: Pátios internos Acesso Pedestres Acesso Veículos Figura 12 – Estudo de Massa Centro de Reabilitação Psicossocial Fonte: Autor, 2021

Projeto apresenta forma retangular com design diferenciado em sua fachada e subtração de volume apenas nos pátios internos, e grandes recuos, em sua fachada principal como podemos ver na figura 13.

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2.2.1.7 Volumetria

Figura 13 – Volumetria Centro de Reabilitação Psicossocial Fonte: Otxotorena Arquitetos, 2014

A escala do edifício público destaca-se pela grande extensão da sua fachada, que contrasta entre sua profundidade e altura, como se observa na figura 13. O volume foi projetado como um grande paralelepípedo que contém e organiza as diferentes áreas do programa, isso acontece de forma linear, sua considerável extensão da fachada tira do projeto essa identificação de edifício institucional, mesmo assim o edifício chama atenção pois sua construção é de 65


volumetria clara e facilmente reconhecível por ser marcante, por todo o projeto com formato de grande retângulo tem gabarito baixo, com um acesso principal para pedestres, outros dois com ligação direta a recepção e um único acesso para automóveis, com um jardim recreacional compartilhado. A diferença de nível entre o edifício e o jardim reforça a privacidade e faz dessa área verde um agradável oásis.

2.2.1.8 Técnicas e Sistemas Construtivos

Edifício projetado de forma linear, com hierarquia bem clara, setorização simples, porém eficiente, reforçando o sistema de projeto modular vem crescendo no mercado não apenas como modo de viabilizar o projeto com economia, funcionalidade e principalmente por ser sistemas de módulos facilita no entendimento de projeto na execução e no prazo de execução de obra. A escala do edifício público é destacada pela considerável extensão da fachada, o sistema de painéis verticais chama atenção, e faz o controle da insolação. A diferença de nível entre o edifício e o jardim reforça a questão da privacidade, parte do edifício que destinada a internos é mais privativa, limitando então circulação pacientes que apenas passam o dia, no complexo. Seus grandes recuos facilitam para que haja maior conforto térmico internamente, e seu sistema de pátios que agem como prismas de luz, proporciona iluminação e ventilação natural para os diferentes ambientes internos. Além dos recuos bem visíveis na fachada também é existente um sistema de lâminas verticais móveis controlando o clima interno.

2.2.1.9 Materiais Utilizados (Construtivos e de Acabamentos)

Materiais frequentemente utilizados em edifícios públicos no seu lado externo pois não gera manutenção, como as placas de concreto aparente, aço em seus painéis em lâminas verticais móveis controla a luz solar e a privacidade 66


da fachada para a rua, tarefa que é confiada às árvores adequadas da fachada interior. Brises laváveis em aço na parte superior do pavimento semi-subsolo, com o papel de garantir que o ar toxico que os carros liberam sejam exalados, já na parte interna projeto faz uso de muito vidro temperado, janelas em alumínio, forro em aço no estilo filetado, piso utilizado é o vinílico que é de uso comum nessa tipologia de projeto, observa-se então que ao menos a grande maioria dos materiais escolhidos para o projeto é de fácil manutenção.

Figura 14 – Materiais Centro de Reabilitação Psicossocial Fonte: Otxotorena Arquitetos, 2014

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2.2.1.10 Legislação Pertinente à Tipologia e sua Aplicação

Projeto aplica legislação para atendimento de pessoas com algum tipo de deficiência física, com portas abrindo para lado externo do ambiente, barras de apoio apresente nos corredores de circulação, respeita os recuos, lei sanitária com depósitos temporários de lixo, aplicação da lei de bombeiro presente ao representar pontos de fácil acesso para evacuação.

2.2.1.11 Ergonomia e Humanização Arquitetônica

Todos os ambientes apresentam ergonomia adequada ao uso do homem, bem como a humanização tem sido bem aplicada apesar de ser um edifício com característica hospitalar, ao utilizar pátios internos garante bem estar a seus usuário, demonstra se preocupar com a qualidade de vida de todos os seus usuários ao apresentar os grandes recuos e na escolha dos materiais que tem pouca absorção de calor preocupando-se então com a sensação térmica na parte interna dos ambientes, tem alguns dormitórios de uso individual, mas sua maioria são dormitórios para uma dupla, dando a sensação ao seus pacientes de “estarem em casa”, deixando-os mais confortáveis.

2.2.1.12 Sustentabilidade

Como já dito anteriormente o sistema de pátios escolhido estrategicamente pelos arquitetos agem como prismas de luz, proporcionando iluminação e ventilação natural para os diferentes ambientes internos, como pode ser visto na figura 15. No pavimento térreo o grande recuo, o sistema de painéis verticais móveis controla a luz, já na outra fachada que é para a rua, a tarefa é confiada as 68


arvores, ambas têm o mesmo objetivo, além disso tudo a escolha de materiais e cores claras na fachada contribui para o controle da insolação, resultando no controle de temperatura interna.

Figura 15 – Sustentabilidade Centro de Reabilitação Psicossocial Fonte: Otxotorena Arquitetos, 2014

2.2.1.13 Tabela SWOT

ANÁLISE SWOT ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS ● Programa de necessidades muito ● Sala de espera disponível apenas na completo área dos internos ● Possui duas opções de dormitórios ● Estacionamento escondido individual ou em dupla ● Atende um grande número de ● Alguns ambientes compactos apesar pessoas do m² total do projeto ● Opções de atendimento em dois formatos, para passar o dia ou para ● Refeitório pequeno um período maior 69


● Seu jardim externo possui uma ● Área dos internos ser privatizada quantidade pequena de vegetação, em relação a área onde passa resultando em poucos espaços de apenas o dia sombra ● Setorização bem marcada por pavimentos ● Entradas bem evidenciadas ● Circulação sem interferências ● Preocupação com sustentabilidade e conforto térmico dos seus usuários, evidências na aplicação de grandes recuos, jardim, pátios internos, cores claras, matérias como uso de painéis verticais móveis ● Volumetria simples e clara ● Estética aplicada é exuberante ● Quantidade grande de salas multiuso ● Presença da área para enfermagem ● Opção de DML e depósito para uso diverso ● Quantidade de salas de estar ● Sala de segurança ● Fluxograma com hierarquia bem aplicada ● Projeto modular ● Implantado na esquina, bem localizado, de frente a uma avenida e lateral (entrada para estacionamento) em uma rua comum, mais calma ASPECTOS AMEAÇAS ASPECTOS OPORTUNIDADES ● Possuir opção de dormitórios ● Metragem total do terreno ou individual, pelo perfil das pessoas que metragem total do projeto que atende poderia acontecer várias permitiria aproveitamento um melhor coisas a essas pessoas para não ter ambientes compactos ● Permitir interação dos internos com ● Sem interação dos internos com os pacientes que passam o dia, pessoas que passam o dia ajudando no bem-estar ● Enfermagem na área dos internos ● Espaço para apenas um refeitório ● Administração e coordenação com ● Possibilitar um acesso rápido a ligação direta à circulação enfermagem

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● Tamanho do refeitório, como mostra na planta causa a necessidade da implantação de mais de um ambiente com o mesmo ● Administração e coordenação por objetivo, possivelmente dividindo uns corredor secundário amigos dos outros, ou precisando alternar as turmas e horários das refeições Tabela 2 – Tabela SWOT Centro de Reabilitação Psicossocial Fonte: Autor, 2021

2.3 ESTUDO DE CASO INTERNACIONAL 03 2.3.1 Centro Psiquiátrico Friedrichshafen 2.3.1.1 Ficha Técnica

Nome: Centro Psiquiátrico Friedrichshafen

Arquiteto: Huber Staudt Architekten

Localização:

Data do início do projeto: 2008

Data de finalização: 2012

Construtora:

Área terreno: 5.555 m²

Área edificada: 3.274 m²

Röntgenstr. 8, 88048 Friedrichshafen - Alemanha

BERNARD und SATTLER Landschaftsarchitekten

2.3.1.2 Informações, conceito e partido

O centro psiquiátrico funciona de forma integrada com o campus do Hospital de Friedrichshafen, o hospital principal que possui o mesmo nome a cidade onde é implantado, foi construído na década de 1960, o edifício do hospital domina o terreno extenso do campus. Contém os edifícios adjacentes, como por exemplo o projeto do estudo de caso que se relacionam ortogonalmente com o hospital, e foi encaixado na encosta, este Centro Psiquiátrico se tornou um elemento importante dentro da estrutura do “campus”. 71


O edifício possui de 1 a 3 andares de piso, sua intenção para com seus pacientes seria evitar a regressão, a área de entrada entre a nova construção e o hospital existente faz o trabalho de proporcionar uma primeira impressão positiva, criando um espaço ameno e convidando os pacientes, visitantes e empregados do hospital a relaxar, também fica evidente a preocupação com bem-estar de seus pacientes quando se observa os materiais escolhidos para o empreendimento como a madeira, muito uso de vidro, o projeto que mantem sempre uma integração com a natureza, como em seu grande jardim interno. O edifício novo segue a inclinação natural em direção ao Lago de Constança, tornando então uma janela para a paisagem. O edifício foi todo projetado de forma a envolver um pátio verde de generosas dimensões em sua parte central, que se aproveita o contorno da ladeira, proporcionando duas entradas, cada uma em nível diferente.

Figura 16 - Centro Psiquiátrico Friedrichshafen Fonte: Huber Staudt Architects, 2014

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Figura 17 – Corredor Centro Psiquiátrico Friedrichshafen Fonte: ArchDaily, 2014

Como observado na figura 17, algumas áreas do projeto ajudam a enfatizar essa inclinação natural como no corredor amplo envidraçado, que têm esse contato direto com o exterior pelas suas paredes de vidro, e até mesmo dentro do pátio. Grandes salas de terapia que tem acesso direto ao jardim dos pacientes estão localizadas na planta do térreo de maneira a ter o melhor aproveitamento possível da iluminação natural ao longo da encosta.

2.3.1.3 Programa de Necessidades

Seu programa de necessidades possui uma recepção que não é de uso individual já que o edifício divido terreno com o hospital, áreas destinadas a serviços como depósitos, áreas para os funcionários como de descanso e uma copa com refeitório, contando também com salas para atendimento, salas de terapia, essas salas de atendimento e terapia funcionando de forma individual mas também para grupo, jardim interno para integração com a natureza, sala de 73


reunião, salas de estar ou ambientes abertos para estar, sanitários ou banheiros sempre com acessibilidade universal para pessoas com algum tipo de deficiência física, sala de equipamentos.

2.3.1.4 Organograma

Setorização bem resolvida apesar da volumetria gerada a partir do programa de necessidades, com área para seus funcionários, áreas de serviço, e restante para atendimento ao cliente.

Legenda: Vermelho: Implantação do projeto em relação aos demais (já existentes); Figura 18 – Organograma Centro Psiquiátrico Friedrichshafen Fonte: ArchDaily. Com Anotações do Autor, 2021

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Planta Baixa Pavimento Térreo Legenda: Branco: Circulação comum; Amarelo: Sala de Estar / Áreas de Estar; Azul Cian: Sanitários / Banheiros Verde: Suíte para 1 ou 2 pessoas; Vermelho: Cozinha / Refeitório; Vermelho Vinho: Depósitos de diversos; Marrom: DML (Depósito de Material de Construção); Cinza Escuro: Sala para terapia / atendimento seja individual ou em grupo; Laranja: Lavanderia; Verde Musgo: Guarda-volumes funcionários; Azul Escuro: Sala Reunião;

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Verde Lima: Área descanso para funcionários; Roxo: Pátio / Jardim interno; Azul: Refeitório / Copa para funcionários; Acesso Pedestres Figura 19 – Organograma Centro Psiquiátrico Friedrichshafen Fonte: ArchDaily. Com Anotações do Autor, 2021

Planta Baixa Primeiro Pavimento Legenda: Branco: Circulação comum; Amarelo: Sala de Estar / Áreas de Estar; Azul Cian: Sanitários / Banheiros Verde: Suíte para 1 ou 2 pessoas; Vermelho: Cozinha / Refeitório; Marrom: DML (Depósito de Material de Construção); Cinza Escuro: Sala para terapia / atendimento seja individual ou em grupo; Roxo: Pátio / Jardim interno;

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Azul: Refeitório / Copa para funcionários; Acesso Pedestres Figura 20 – Organograma Centro Psiquiátrico Friedrichshafen Fonte: ArchDaily. Com Anotações do Autor, 2021

2.3.1.5 Fluxograma

Figura 21 – Fluxograma Centro Psiquiátrico Friedrichshafen Fonte: Autor, 2021

Os fluxos se distribuem de forma aglomeradas, com a separação de departamentos sendo má distribuída nos demais pavimentos, tornando um fluxo de vai e volta desnecessário e mal resolvido.

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2.3.1.6 Estudo de Massa

Legenda: Preto: Áreas de serviço; Amarelo: Áreas destinadas aos funcionários; Azul: Área destinada a lazer ou descanso de pacientes e sanitários ou banheiros; Verde: Área destinada ao atendimento aos pacientes; Branco: Circulação Cinza: Pátio interno Acesso Pedestres Figura 22 – Estudo de Massa Centro Psiquiátrico Friedrichshafen Fonte: Autor, 2021

Projeto apresenta forma em “U” com design diferenciado em sua fachada e subtração de volume no pátio interno, em alguns pontos como em sua fachada principal a soma de uma forma retangular.

2.3.1.7 Volumetria

O centro psiquiátrico pode ser facilmente percebido na paisagem ao mesmo tempo em que permite vistas pitorescas desde o seu interior. O edifício não tem fachada de edifício institucional e isso foi proposital, já que segundo 78


informações do escritório de arquitetura Huber Staudt Architects, eram para os pacientes ter a sensação de estar em casa, ou em um hotel.

Figura 23 – Volumetria Centro Psiquiátrico Friedrichshafen Fonte: Huber Staudt Architects, 2014

Corte AA Figura 24 – Corte AA Centro Psiquiátrico Friedrichshafen Fonte: Huber Staudt Architects, 2014

2.3.1.8 Técnicas e Sistemas Construtivos

Edifício projetado de forma linear, em forma de “U”, integrando a área verde ao projeto, com hierarquia bem clara, setorização simples, porém eficiente, reforçando o sistema de projeto modular vem crescendo no mercado não apenas como modo de viabilizar o projeto com economia, funcionalidade e principalmente por ser sistemas de módulos facilita no entendimento de projeto na execução e no prazo de execução de obra. 79


A fachada do edifício público se destacada por sua considerável extensão, o sistema de painéis verticais chama atenção, e faz o controle da insolação. Seu corredor envidraçado tem sua estrutura em metal, para ser mais especifico por estais que são elementos estruturais flexíveis em cabos de aço. Técnica para inibição de calor como na utilização de acabamento nas paredes externas em concreto aparente, o projeto possui um pátio central, tendo seu principal objetivo ser uma área de convivência com propósitos de iluminação e ventilação natural.

2.3.1.9 Materiais Utilizados (Construtivos e de Acabamentos)

Figura 25 – Materiais Centro Psiquiátrico Friedrichshafen Fonte: Huber Staudt Architects, 2014

Os principais materiais utilizados foram a madeira sem tratamento, e o concreto aparente, interno e externamente, sendo então os dois materiais mais

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utilizados em todo o projeto, e são considerados materiais de uma construção comum para a região. O concreto e a madeira são trabalhados quase que em todas as superfícies horizontais, que são marcadas pelos painéis e elementos pré-fabricados lineares finos, que correspondem às marcações verticais do revestimento de madeira, até mesmo internamente, dando um ar de casa ou hotel e tirando aquele branco de hospital. Esse revestimento é feito de abeto não tratado, como referência à construção tradicional do lugar, particularmente na região próxima de Vorarlberg, na Áustria.

2.3.1.10 Legislação Pertinente à Tipologia e sua Aplicação

Projeto aplica legislação para atendimento de pessoas com algum tipo de deficiência física, com portas abrindo para lado externo do ambiente, respeita os recuos, aplicação da lei de bombeiro presente ao apresentar vários pontos de evacuação.

2.3.1.11 Ergonomia e Humanização Arquitetônica

Todos os ambientes apresentam ergonomia adequada ao uso do homem, bem como a humanização tem sido bem aplicada apesar de ser um edifício com característica hospitalar, ao utilizar um jardim interno para seus usuários ter um conforto maior, demonstra se preocupar com a qualidade de vida de todos os seus usuários ao fazer uso de materiais específico preocupando-se com a sensação térmica na parte interna dos ambientes.

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2.3.1.12 Sustentabilidade

Figura 26 – Sustentabilidade Centro Psiquiátrico Friedrichshafen Fonte: ArchDaily, 2014

O revestimento vertical, é composto por perfis de madeira sem tratamento traz ao edifício, através de sua transparência, uma aparência aberta e arejada, dando assim leveza e possibilitando sua ventilação e iluminação natural, ajudando também com a evacuação do ar quente. Sem nenhuma grande modificação para o terreno o projeto respeita o terreno, meio ambiente e a natureza.

2.3.1.13 Tabela SWOT

ANÁLISE SWOT ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS ● Possui duas opções de dormitórios ● Programa de necessidades sem de dupla para mais pessoas muitas diversidades ● Possui duas opções de dormitórios ● Não ter depósito para usos diversos de dupla para mais pessoas na parte superior do projeto

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● Atende um grande número de pessoas ● Deixar seus internos livres ● Entradas bem evidênciadas ● Circulação sem interferências ● Preocupação com sustentabilidade e conforto térmico dos seus usuários, evidências no uso de jardim, pátio interno, cores claras, materias como uso de paineís verticais em madeira ● Volumetria interessante ● Ótimo trabalho de estetica aplicado ● Grande de salas para terapia ● Opção de DML e déposito usos diversos ● Quantidade de salas de estar ● Projeto modular ● Layout dos dormitórios ● Implantado junto a um hospital para dar apoio e auxilio ASPECTOS AMEAÇAS ● Por atender um grande número de pessoas devido a quantidade de quartos, mas quase sem sala de atividades para os mesmos ● Enfermagem apenas no hospital principal ● A cozinha ter livre acesso aos internos, podendo causar possíveis acidentes

● Estacionamento longe ● Fluxograma com seus usos misto ● Refeitório pequeno ● Setorização aglomerada ● Alguns ambientes compactos apesar do m² total do projeto

ASPECTOS OPORTUNIDADES ● Substituir guarda-volumes dos funcionários por pequenas enfermagens onde pudesse oferecer pequenos exames para que os pacientes não precisassem ir até o hospital ● Terreno grande com possibilidade de maior quantidade de salas para atendimento, terapia ou atividades ● Ter uma cozinha para que os funcionários cozinhem para os internos, sem eles precisarem ter acesso

● Projeto passa a sensação do paciente ser livre demais, sem segurança, dando a impressão de possível entrada de pessoas indesejadas ou saída indesejada também ● Abertura de portas conhecido umas às outras, podendo causar possíveis acidentes Tabela 3 – Tabela SWOT Centro Psiquiátrico Friedrichshafen Fonte: Autor, 2021

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2.4 ESTUDO DE CASO NACIONAL 01 2.4.1 CAPS 2.4.1.1 Ficha Técnica

Nome: CAPS i (Centros de Atenção Psicossocial)

Arquiteto: Maria Cristina Gomes Jotten

Localização: Rua Zocca, 150 - Vila Castelo Branco – Campinas / SP Brasil

Data do início do projeto: Não identificado

Data de finalização: 29/07/2010

Construtora: Obra da Prefeitura

Área terreno: Não identificado

Área edificada: 542m²

2.4.1.2 Informações, conceito e partido

Figura 27 - Centro de Atenção Psicossocial Fonte: A Cidade On Campinas, [S.I]

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O CAPS é oferecido pelo Governo, sendo então um programa aberto a toda sociedade com tratamento acompanhado por profissionais adequados, existem várias unidades diferentes, que são: CAPS I: atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e também com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas de todas as faixas etárias. Serviço de atenção a saúde mental em municípios com população: de 20 mil até 70 mil habitantes. CAPS II: atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, podendo também atender pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, conforme a organização da rede de saúde local, indicado para Municípios com população acima de 70 mil habitantes; CAPS III: atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes. Proporciona serviços de atenção contínua, com funcionamento vinte e quatro horas, incluindo feriados e finais de semana, ofertando retaguarda clínica e acolhimento noturno a outros serviços de saúde mental, inclusive CAPS Ad, indicado para Municípios ou regiões com população acima de 200 mil habitantes; CAPS AD: atende adultos ou crianças e adolescentes, considerando as normativas do Estatuto da Criança e do Adolescente, com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. Serviço de saúde mental aberto e de caráter comunitário, indicado para Municípios ou regiões com população de 70 a 200 mil habitantes; CAPS AD III: atende adultos ou crianças/adolescentes, considerando as normativas do Estatuto da Criança e do Adolescente, com necessidades de cuidados clínicos contínuos. Serviço com no máximo doze leitos para observação e monitoramento, de funcionamento 24 horas, incluindo feriados e finais de semana; indicado para Municípios ou regiões com população acima de 200 mil habitantes; CAPS i: atende crianças e adolescentes e jovens (até 25 anos) com transtornos mentais graves e persistentes e os que fazem uso de crack, álcool e

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outras drogas. Serviço aberto e de caráter comunitário indicado para municípios ou regiões com população acima de 200 mil habitantes. (CIDADÃO Saúde, [S.I]). Tratando assim pessoas com transtornos mentais em geral e graves, e também pessoas que são usuárias de álcool e crack, quando eles indivíduos se encontram em situação de crise ou reabilitação. O CAPS Campinas é localizado na região noroeste do município trabalha com equipe multiprofissional (Psicólogo, Terapeuta Ocupacional, Médico, Técnico de Enfermagem, Enfermeiro, Fonoaudiólogo e Assistente Social). O objetivo de trabalhar em conjunto com os serviços por onde a criança ou adolescente transita ou necessita ser inserido, favorecendo a reabilitação psicossocial dos mesmos. As atividades oferecidas são atendimentos individuais e grupais às crianças e adolescentes, atendimentos às famílias, cuidadores e outros. O projeto tem por objetivo ser um ambiente para trocas sociais, por ser visto como projeto de acesso livre, sendo um serviço público oferecido a toda comunidade, evitando assim a regressão dessas pessoas, promovendo assim melhor qualidade de vida para os usuários do espaço e também para as pessoas de sua convivência. O edifício tem uma linguagem projetual de interação social na qual permite locomoção livre dos pacientes dentre todos os ambientes, porém seu ponto negativo é a falta de integração com o externo tendo sensação de ao entrar no edifício ficara preso em seu interior.

2.4.1.3 Programa de Necessidades

Seu programa de necessidades possui uma recepção, área suja entre outras áreas destinadas a serviços como DML (depósito de material de limpeza), almoxarifado, possui administração junto a sala de reunião, e uma sala para guardar arquivos, ambientes para uso dos funcionários como copa/refeitório, contando também com consultórios para atendimento/terapia individual, e salas multiuso para atendimento/terapia em grupo, bate papo ou até mesmo encontros

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informais, enfermagem e sala de apoio/observação, um sanitários PNE, sanitários/banheiros sem acessibilidade PNE.

2.4.1.4 Organograma

Projeto apresenta organograma bem resolvido gerado a partir do programa de necessidades, com área para seus funcionários, áreas de serviço, e restante para atendimento ao cliente.

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Planta Baixa Pavimento Térreo Legenda: Branco: Circulação Comum; Amarelo: Área para Funcionários / Copa / Refeitório; Azul Cian: Circulação Vertical; Verde: Área de Convívio; Vermelho: Sanitário PNE; Marrom: Atendimento em Grupo / Encontros Informais / Bate Papo / Sala Multiuso; Cinza Sanitário / Banheiro; Roxo: Almoxarifado; Azul: Enfermagem; Laranja: DML (Depósito de Material de Limpeza); Verde Lima: Área Suja; Azul Escuro: Apoio Enfermagem / Observação; Verde Musgo: Sala Atendimento / Terapia Individual; Acesso Pedestres Figura 28 – Organograma Centro de Atenção Psicossocial Fonte: Aline Fortunato. Com Anotações do Autor, 2021

Planta Baixa Primeiro Pavimento Legenda: Branco: Circulação Comum; Azul Cian: Circulação Vertical;

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Laranja: Sala de Reunião / Administração; Vermelho: Sala de Arquivos; Figura 29 – Organograma Centro de Atenção Psicossocial Fonte: Aline Fortunato. Com Anotações do Autor, 2021

2.4.1.5 Fluxograma

Figura 30 – Fluxograma Centro de Atenção Psicossocial Fonte: Autor, 2021

Os fluxos se distribuem de forma harmonizada e natural tendo apenas um fluxo interno sendo bem fechado os departamentos com apenas um corredor ligando-os.

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2.4.1.6 Estudo de Massa

Figura 31 – Corte AA Centro de Atenção Psicossocial Fonte: Aline Fortunato, 2017

Figura 32 – Corte BB Centro de Atenção Psicossocial Fonte: Aline Fortunato, 2017

Figura 33 – Corte CC Centro de Atenção Psicossocial Fonte: Aline Fortunato, 2017

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Figura 34 – Corte DD Centro de Atenção Psicossocial Fonte: Aline Fortunato, 2017

Figura 35 – Corte EE Centro de Atenção Psicossocial Fonte: Aline Fortunato, 2021

Figura 36 – Corte FF Centro de Atenção Psicossocial Fonte: Aline Fortunato, 2017

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Projeto apresenta aplicação de soma de massa para execução de design diferenciado em sua fachada e subtração no lado direito superior da mesma, isso acontece em sua fachada principal como podemos ver na figura 37.

2.4.1.7 Volumetria

Figura 37 – Volumetria Centro de Atenção Psicossocial Fonte: Aline Fortunato, 2017

Figura 38 – Volumetria Centro de Atenção Psicossocial Fonte: Aline Fortunato, 2017

Projeto apresenta seus usos de forma aglomerada, mas mesmo assim cumpre sua missão de atender a população sendo um projeto compacto, porém funcional.

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2.4.1.8 Técnicas e Sistemas Construtivos

Projeto com hierarquia aglomerada, construído com tijolo estrutural material resistem, porém não consegue vencer grandes vãos, sistema de projeto modular vem crescendo no mercado não apenas como modo de viabilizar o projeto com economia, funcionalidade e principalmente por ser sistemas de módulos facilita no entendimento de projeto na execução e no prazo de execução de obra, com estrutura é inserida dentro dos fechamentos.

2.4.1.9 Materiais Utilizados (Construtivos e de Acabamentos)

Materiais tradicionais, frequentemente utilizados em edifícios públicos, vidro para aberturas, tijolo estrutural é um material resistente, porém que não consegue vencer grandes vãos, de fácil construção e manutenção.

2.4.1.10 Legislação Pertinente à Tipologia e sua Aplicação

Projeto aplica legislação NBR9050 para atendimento de pessoas com algum tipo de deficiência física apenas em alguns ambientes, com portas abrindo para lado externo do ambiente, respeita os recuos seguindo o plano diretor, lei sanitária com depósitos temporários de lixo, aplicação da lei de bombeiro presente ao representar pontos estratégicos para saída de emergência.

2.4.1.11 Ergonomia e Humanização Arquitetônica

Edifício não apresenta ergonomia adequada em todos os ambientes, possui sanitário com acessibilidade PNE, porém não desenvolve o que é citado 93


na norma onde diz que pessoas portadoras de deficiência tem direito de acessar qualquer ambiente do edifício, assim como as outras pessoas, a humanização tem sido aplicada no seu livre acesso, escolha do tom branco, cor que ameniza a absorção de calor.

2.4.1.12 Sustentabilidade

Projeto não apresenta grandes preocupações com sustentabilidade, possuindo apenas ambientes bem ventilados, e com boa iluminação natural.

2.4.1.13 Tabela SWOT

ANÁLISE SWOT ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS ● Atende um grande número de ● Programa de necessidades sem pessoas muitas diversidades ● Não ter sanitários no primeiro ● Entradas bem evidenciadas pavimento do edifício ● Preocupação com conforto térmico ● Não ter rampa ou elevador na parte dos seus usuários, evidências no uso interna do projeto de cores claras ● Volumetria interessante ● Fluxograma com seus usos misto ● Grande de salas para ● Pequena área de descanso para os terapia/atendimento funcionários ● Opção de DML ● Setorização aglomerada ● Oferece atendimento básico de ● Sem acessibilidade universal em enfermagem todos os ambientes ● Projeto modular ● Não ter estacionamento ASPECTOS AMEAÇAS ASPECTOS OPORTUNIDADES ● Ter espaço para poder auxiliar e ● Número de atividades oferecidas compartilhar experiências entre os não atende a demanda de procura dependentes químicos e seus familiares

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● Projeto passa a sensação do paciente ser livre demais, sem segurança, dando a impressão de possível entrada de pessoas indesejadas ou saída indesejada também Tabela 4 – Tabela SWOT Centro de Atenção Psicossocial Fonte: Autor, 2021

2.5 ESTUDO DE CASO NACIONAL 02 2.5.1 Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva 2.5.1.1 Ficha Técnica

Nome: Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva

Arquiteto: Antônio Cláudio Massa e Kleimer Martins

Localização: BR 101 - KM 07 / CONDE - PB

Data do início do projeto: 2006

Data de finalização: 2007

Construtora: Não identificado

Área terreno: 150 hectares

Área edificada: 1.465m²

2.5.1.2 Informações, conceito e partido

A Fundação Cidade Viva, nasceu por meio de uma parceria entre a igreja e outras instituições com os mesmos objetivo, sendo ele realizar diversos projetos sociais. Com foco a promoção da dignidade do ser humano e a preservação do meio ambiente, através de ações voltadas ao desenvolvimento integral. Oferecendo educação, esporte, cultura, saúde, apoio à família, geração de emprego e renda, valores cristãos, cuidados com o meio ambiente, ensinando ética, direito e cidadania. 95


Figura 39 - Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva Fonte: Antônio Claudio Massa, 2006

No dia 01/07/2008, a Fundação Cidade Viva foi declarada instituição de utilidade pública municipal, através da lei 11.491/08, no Conselho Municipal de Assistência Social de João Pessoa, sob o número 134/08, de utilidade pública municipal, através da lei 618/2010, no Conde-PB, de utilidade pública estadual, através da lei 9.313/2010. E por fim, de utilidade pública federal, sob o número 08071.003988/2012-89 no dia 26/09/2013. (CIDADE Viva. Fundação. [S.I]).

Apresentando o projeto de forma geral, em uma área com quase um milhão e quinhentos mil metros quadrados era planejamento a implantação de uma cidade, um lugar de refúgio, de esperança, de restauração, de comunhão e de inclusão. Sem barreiras raciais ou sociais. Um lugar com praças e trilhas, de florestas e montes, de repouso e trabalho, de estudo e lazer. O projeto do centro de recuperação para dependentes químicos, então foi implantado na área agrícola, contemplando os princípios da missão da igreja evangélica. Que tem por objetivo principal evitar a regressão, aplicando semelhança com um edifício residencial, e muita integração com a natureza, consequentemente garantindo a qualidade de vida para seus pacientes

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Figura 40 – Tamanho Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva Fonte: Fundação Cidade Viva, [S.I]

Figura 41 – Recorte Implantação Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva Fonte: KM Arquitetos, 2006

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Figura 42 – Implantação Geral Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva Fonte: KM Arquitetos, 2006

2.5.1.3 Programa de Necessidades

O programa de necessidades do projeto que foi apelidado carinhosamente de “Casa do Oleiro” é completo, possui em seu primeiro bloco um auditório que comporta 100 pessoas, sala de espera, arquivo, recepção, consultório, banheiro e sanitário, tesouraria, secretaria, sala de monitores, diretoria, sala de reuniões, coordenação, diversos jardins que dividem os blocos contando também com

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suas praças que são responsáveis pela divisão do segundo bloco com o terceiro bloco sendo também mais uma área de convivência. Já o segundo bloco apresenta área para jogos e vivência aberto mas com cobertura, suíte, sala de estar, dormitórios, enfermaria, é o terceiro possui refeitório que também é aberto mas possui cobertura, cozinha, área de lavagem, panificação junto a cozinha, câmara frigorífica, despensa, lavanderia, dormitório funcionários, depósito, sala de aula, sala de música, sala de som, ante câmara, oficina de artes, oficina de marcenaria.

2.5.1.4 Organograma

Setorização bem resolvida apesar da volumetria gerada a partir do programa de necessidades, com área para seus funcionários, áreas de serviço, e restante para atendimento ao cliente.

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Legenda: Cinza: Circulação; Amarelo Claro: Circulação; Salmão: Circulação; Vermelho Vinho: Hall Amarelo: Auditório (100 pessoas); Vermelho: Área de Primeiro Contato; Verde: Caixa D’Água; Laranja: Administração; Azul Cian: Área de Convivência; Azul: Área para Internos; Roxo: Enfermagem; Verde Lima: Área dos Funcionários; Rosa: Laboratórios / Oficinas; Verde Lima: Serviços; Acessos

100


01 – Acesso Principal 02 – Acesso Auditório 03 – Hall de Entrada 04 – Sala de Espera 05 – Arquivo 06 – Recepção 07 – Consultório 08 – Banheiro 09 – Tesouraria 10 – Secretaria 11 – Circulação 12 – Sala de Monitores 13 – Diretoria 14 – Sala de Reuniões 15 – Coordenação 16 – Hall 17 – Auditório (100 Pessoas) 18 – Jardim 19 – Caixa D’Água 20 – Jogos e Vivência 21 – Suíte 22 – Sala de Estar 23 – Dormitório 24 – Enfermaria 25 – Praça 26 – Refeitório 27 – Cozinha 28 – Lavagem 29 – Panificação 30 – Recepção 31 – Câmara Frigorífica 32 – Despensa 33 – Lavanderia 34 – Dormitório Funcionários 35 – Depósito 36 – Sala de Aula

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37 – Sala de Música 38 – Sala de Som 39 – Ante Câmara 40 – Oficina de Artes 41 – Oficina de Marcenaria Figura 43 – Organograma Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva Fonte: KM Arquitetos. Com Anotações do Autor, 2021

Figura 44 – Planta de Cobertura Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva Fonte: KM Arquitetos, 2006

102


Figura 45 – Setores Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva Fonte: KM Arquitetos, 2006

103


2.5.1.5 Fluxograma

Figura 46 – Fluxograma Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva Fonte: Autor, 2021

Utiliza setorização bem marcada por hierarquias, semelhante a legislação usada para a criação de fluxos em hospitais, tornando um fluxo funcional do começo ao fim. Com base em formato de projeto hospitalar adotada, podendo facilitar a expansão do projeto sem que interfira na funcionalidade futura do fluxograma programado.

2.5.1.6 Estudo de Massa

Projeto apresenta massa com formato linear, subtração de massa entre os mesmos por conta da utilização de vegetação entre os blocos, e soma de massa maior apenas na torre da caixa d’água, como podemos ver na figura 47. 104


Legenda: Cinza Escuro: Hall; Amarelo: Serviço; Vermelho: Área dos internos; Branco: Circulação; Azul Escuro: Auditório (100 pessoas); Cinza Claro: Praças; Verde Claro: Caixa D’Água; Verde Escuro: Administração; Azul Cian: Área dos Funcionários; Rosa: Oficinas / Laboratórios ou Sala de Aula; Roxo: Área de Primeiro Contato; Acessos Figura 47 – Estudo de Massa Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva Fonte: Autor, 2021

2.5.1.7 Volumetria

Volumetria semelhante à de uma residência, projeto funcional, aberto em três níveis conectados por passarelas rampas cria um edifício não-institucional, constituído apenas pelo pavimento térreo, como pode ser observado na figura 48. 105


Figura 48 – Volumetria Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva Fonte: KM Arquitetos, 2006

2.5.1.8 Técnicas e Sistemas Construtivos

Os desníveis do terreno foram absorvidos por uma implantação escalonada, proporcionando liberdade de ampliação. Integrando a área verde ao projeto, técnica para inibição de calor, o projeto também possui diversos jardins/praças, tendo seu principal objetivo ser uma área de convivência com propósitos de iluminação e ventilação natural liberando assim o ar quente dos ambientes.

106


Tendo também ambientes abertos livre de alvenaria para fechamento, sistema de projeto modular vem crescendo no mercado não apenas como modo de viabilizar o projeto com economia, funcionalidade e principalmente por ser sistemas de módulos facilita no entendimento de projeto na execução e no prazo de execução de obra, com estrutura é inserida dentro dos fechamentos.

Figura 49 – Estrutura Telhado Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva Fonte: KM Arquitetos, 2006

Figura 50 – Tesouras Telhado Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva Fonte: KM Arquitetos, 2006

107


Figura 51 – Telhado Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva Fonte: KM Arquitetos, 2006

2.5.1.9 Materiais Utilizados (Construtivos e de Acabamentos)

Figura 52 – Materiais Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva Fonte: Fundação Cidade Viva, 2007

A adoção de elementos e materiais da arquitetura nordestina confere identidade arquitetural ao conjunto. Materiais tradicionais, frequentemente utilizados, de fácil construção e manutenção como alvenaria comum, telhas coloniais e vidros.

108


2.5.1.10 Legislação Pertinente à Tipologia e sua Aplicação

Projeto aplica legislação para atendimento de pessoas com algum tipo de deficiência física, respeita os recuos aplicando assim o plano diretor da cidade, lei sanitária com depósitos temporários de lixo, separando o resíduo comum do resíduo hospitalar, com os jardins e praças entre os blocos, oferece também área reservada aos fumantes, aplicação da lei de bombeiro presente ao apresentar diversos pontos para área externa podendo ser usados também como saída de emergência.

2.5.1.11 Ergonomia e Humanização Arquitetônica

Todos os ambientes apresentam ergonomia adequada ao uso do homem, bem como a humanização tem sido bem aplicada, ao utilizar jardins e praças entre os blocos do edifício para seus usuários, se preocupar com a sensação térmica fazendo uso de materiais específicos, tendo todas as áreas destinadas a pacientes acontecendo com foco em uma parte do projeto, gerando liberdade maior entre os mesmos.

2.5.1.12 Sustentabilidade

Uma edificação ampliável, utilizando tecnologias locais sustentáveis, criando generosas áreas sombreadas sobre o eixo norte sul, dispostas a partir de vãos centrais abertos, gerando espaços favorecidos pela ventilação, por meio de seus jardins e praças.

109


Figura 53 – Sustentabilidade Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva Fonte: Fundação Cidade Viva, [S.I]

2.5.1.13 Tabela SWOT

ANÁLISE SWOT ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS ● Programa de necessidades muito ● Difícil visualização/acesso a pessoas completo que não conhecem o programa ● Com dormitórios para um grande número de pessoas ● Atende um grande número de pessoas ● Fluxograma com hierarquia bem marcada ● Entradas bem evidenciadas ● Circulação sem interferências ● Preocupação com sustentabilidade e conforto térmico dos seus usuários ● Volumetria simples e clara ● Área administrativa bem completa ● Presença da área para enfermagem ● Oferece aulas comuns ● Possui laboratórios / oficinas 110


● Refeitório grande ● Traz sensação de segurança ● Projeto modular ● Possui estacionamento ● Implantado em área grande, com muitas áreas verdes e bem seguro ASPECTOS AMEAÇAS

ASPECTOS OPORTUNIDADES ● Possibilitar alguma forma de ● Ter refeitório e área de jogos e vedação no refeitório e na área de convívio totalmente aberta, podem ter jogos e convívio, protegendo assim de um uso difícil nos dias de frio ventos fortes Tabela 5 – Tabela SWOT Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva Fonte: Autor, 2021

2.6 ESTUDO DE CASO NACIONAL 03 2.6.1 CREDEQ 2.6.1.1 Ficha Técnica

Nome: CREDEQ (Centro de Referência e Excelência em Dependência Química)

Arquiteto: Luiz Roberto Botosso Júnior

Localização: Avenida Tanner de Melo, S/N – quadra gleba 02, lote parte 02 Fazenda Santo Antônio Aparecida de Goiânia – Goiás CEP: 74993-551

Data do início do projeto: 2011

Data de finalização: 2016

Construtora: Obra do Governo do Estado (Sobrado Construção)

Área terreno: 99.000m²

Área edificada: 10.000m²

2.6.1.2 Informações, conceito e partido

111


Figura 54 – Centro de Referência e Excelência em Dependência Química Fonte: Jornal Opção, 2011

O CREDEQ (Centro Estadual de Referência e Excelência em Dependência Química), hoje faz parte de uma Rede de Atenção Psicossocial do Estado de Goiás, com tratamentos em regime ambulatorial e de internação, ambos são articulados com outros serviços do sistema de saúde. Também oferece tratamento aos casos graves e de alta complexidade em dependência química, por meio da regulação estadual. Tem como principalmente objetivo a reabilitação e não a prevenção, além das ações de assistência aos usuários e seus familiares, com programas de reinserções familiar, econômica e social, é oferecido atividades para a qualificação de profissionais da saúde, por meio da Residência Médica, e Pesquisa & Ensino sobre a temática da dependência química. Um hospital de psiquiatria especializado em dependência química, portanto ele é um espaço de saúde onde se diagnostica, trata e realiza o acompanhamento longitudinal (curto e longo prazo) em seus pacientes.

112


O atendimento é integralmente oferecido pelo SUS no local, onde é seguido um protocolo terapêutico com atendimento médico (psiquiatra e clínico geral), multiprofissional (enfermeiros, técnicos em enfermagem, psicólogos, assistentes socias,

terapeutas

ocupacionais,

educadores

físicos,

nutricionistas,

farmacêuticos e musicoterapeutas) e psicoeducacional (desenvolvimento de habilidades sociais, psicológicas e emocionais por meio de três programas – Candeeiro/Comunicação Assertiva, Treinamento de Habilidades Sociais/THS e Prevenção de Recaídas/PR). Seja no tratamento com formato de internação ou no tratamento ambulatorial, há necessidade de o paciente ter acompanhamento psiquiátrico, psicológico, da terapia ocupacional e do serviço social. No programa terapêutico do CREDEQ as intervenções são múltiplas – ambulatorial, internação em leitos de saúde mental (desintoxicação e tratamento da abstinência física) e leitos de acolhimento em modelo residencial (reabilitação psicossocial). Atualmente, existem 30 pessoas em tratamento. Os pacientes são regulados por meio dos 11 Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD), distribuídos por diferentes municípios goianos. A previsão é de que, ao atingir a sua capacidade plena, a instituição de saúde passe a prestar atendimento às pessoas referenciadas pelos 74 Caps goianos e pelas unidades básicas de saúde dos municípios desprovidos de Caps. A expectativa inicial era de atender ambulatorialmente de 200 a 300 pessoas por mês. É considerado um hospital psiquiátrico, pois a adicção é resultante de transtorno mental, como qualquer outro problema psiquiátrico ou neurológico. De acordo com o diretor técnico da unidade de saúde, psiquiatra Tiago Oliveira, a dependência é uma enfermidade crônica, progressiva e fatal. Além de suas ferramentas científicas e emocionais, o tratamento também visa a humanização e no investimento com o bem-estar do paciente, assim o mesmo não tem está preso a nenhum leito e os medicamentos são utilizados para tratar apenas sintomas nos processos de desintoxicação e terapêutico. O encaminhamento para tratamentos ambulatoriais é feito de forma espontânea, já para internações o encaminhamento é feito por meio de ordem judicial. Logo após isso, o interno será inserido em um dos três núcleos de 113


acordo com a sua faixa etária, quando internada na unidade, a pessoa permanece durante sete dias em desintoxicação. Em seguida isso o paciente é incorporado ao grupo maior de pacientes, que obedecem a uma rotina que tem início às 7h30, com o café da manhã, e finda às 18 horas, com o jantar. Nesse período, o paciente participa de terapia coletivas e individuais, como atividades esportivas (musculação, hidroginástica, aeróbica, jogos de quadra, jogos de mesa), ações psicológicas, musicoterapia e horticultura, visando sempre o bem-estar do paciente e seu contato com a natureza que é importante. Em sua permanência, o paciente divide o seu quarto com um outro paciente, o objetivo é desenvolver novas habilidades e estímulo para vencer o vício, evitando assim a regressão do paciente. No período matinal de sábado, é hora da visita dos familiares, assim é feito o acompanhamento do tratamento, e seus familiares também serão tratados com psicólogos e psiquiatras, com a finalidade de se preparar para também ajudar na recuperação do paciente.

2.6.1.3 Programa de Necessidades

Projeto se apresenta de forma dividida em três núcleos que são interligados por uma praça central e desportiva considerada o ponto de acolhida dos pacientes. Cada ala terá três “casas” independentes totalizando 36 leitos para cada ala, e, ao todo, 108 leitos. A ala infantil conta com acomodação para abrigar um responsável pelo menor. O complexo também conta com prédio administrativo, onde estão reunidos os setores administrativos, a recepção, os dois ambulatórios, a farmácia e o setor tecnológico, duas áreas de desintoxicação (DETOX), oito Unidades de Terapias Residenciais (UTR’s) que tem seis suítes, com 12 leitos cada, seis canis, um refeitório, três áreas de convivência aos pacientes, em seus respectivos núcleos, dois auditórios de musicoterapia, arteterapia, horta comunitária, piscinas, quadra poliesportiva,

campo

gramado

de

futebol,

além

de

estacionamentos,

almoxarifado e setor reservado a administração dos terceirizados. E a presença 114


de áreas verdes no projeto possibilita o maior contato dos pacientes com a natureza.

Figura 55 – Lazer Centro de Referência e Excelência em Dependência Química Fonte: Secretaria de Estado de Saúde, 2017

Figura 56 – Academia Centro de Referência e Excelência em Dependência Química Fonte: Secretaria de Estado de Saúde, 2017

115


Figura 57 – Piscina Centro de Referência e Excelência em Dependência Química Fonte: Secretaria de Estado de Saúde, 2016

2.6.1.4 Organograma

Se apresenta de forma bem organizada apesar da volumetria, gerada a partir do programa de necessidades, com área para seus funcionários, áreas de serviço, lazer, e restante para atendimento ao cliente.

116


Legenda: Roxo: Núcleo Ambulatorial / Administração; Amarelo: Núcleo de Crianças; Laranja: Núcleo de Adolescentes; Azul: Núcleo de Adultos; Verde: Área Esportiva; Acessos Figura 58 – Organograma Centro de Referência e Excelência em Dependência Química Fonte: O Popular. Com Adaptação do autor, 2016

2.6.1.5 Fluxograma

Neste projeto, assim como no anterior. Ambos seguem o formato de projeto hospitalar, criando uma funcionalidade de fluxograma para que o projeto possa haver expansão sem que interfira no fluxograma e funcionalidade primordial do projeto.

117


Figura 59 – Fluxograma Centro de Referência e Excelência em Dependência Química Fonte: Autor, 2021

2.6.1.6 Estudo de Massa

Legenda: Roxo: Núcleo Ambulatorial / Administração; Amarelo: Núcleo de Crianças; Laranja: Núcleo de Adolescentes; Azul: Núcleo de Adultos; Verde: Área Esportiva;

118


Rosa: Praça; Branco: Circulação; Acessos Figura 60 – Estudo de Massa Centro de Referência e Excelência em Dependência Química Fonte: Autor, 2021

Projeto apresenta massa linear central, e nas duas laterais e subtração de massa para execução design diferenciado em seu pátio interno de formato redondo, em sua fachada principal como podemos ver na figura 60.

2.6.1.7 Volumetria

O projeto se apresente de forma linear, com um pátio central e áreas de lazer espalhadas pelo entorno das edificações, um projeto funcional, integrando sempre a relação paciente e natureza criando assim um edifício nãoinstitucional, os núcleos que separa os pacientes por faixa etária apresenta varandas com estética semelhante à de uma residência, constituído apenas pelo pavimento térreo.

Figura 61 – Volumetria Centro de Referência e Excelência em Dependência Química Fonte: 365 News, [S.I]

119


Figura 62 – Fachada Centro de Referência e Excelência em Dependência Química Fonte: Secretaria de Estado de Saúde, 2016

2.6.1.8 Técnicas e Sistemas Construtivos

Figura 63 – Vista Interna Centro de Referência e Excelência em Dependência Química Fonte: Secretaria de Estado de Saúde, 2021

Projeto linear em forma de “E”, com hierarquia bem feita, técnicas para amenizar a sensação térmica é apresentada na utilização de varandas, ao longe 120


de todo o projeto podemos ver a presença de pórticos que são acompanhados por cabos de aço que sustentam a cobertura, os mesmos apresentam uma certa distância um dos outros, sistema de projeto modular vem crescendo no mercado não apenas como modo de viabilizar o projeto com economia, funcionalidade e principalmente por ser sistemas de módulos facilita no entendimento de projeto na execução e no prazo de execução de obra, com estrutura é inserida dentro dos fechamentos.

2.6.1.9 Materiais Utilizados (Construtivos e de Acabamentos)

O projeto faz utilização de cobogó, como pode ser observado na figura 64, cabos de aço para suportar as coberturas que são dispostas ao longe de todo o projeto, além disso temos a apresenta das técnicas comuns de alvenaria para criar a semelhança com residência.

Figura 64 – Materiais Centro de Referência e Excelência em Dependência Química Fonte: Jornal Opção, 2018

121


2.6.1.10 Legislação Pertinente à Tipologia e sua Aplicação

Projeto aplica legislação para atendimento de pessoas com algum tipo de deficiência física, respeita os recuos de acordo com o plano diretor do município, com o jardim interno ou pátio interno oferece também área reservada aos fumantes, aplicação da lei de bombeiro ao ser um projeto totalmente aberto tendo assim fácil acesso ao lado exterior dos edifícios, caso aconteça algum incêndio.

2.6.1.11 Ergonomia e Humanização Arquitetônica

Todos os ambientes apresentam ergonomia adequada ao uso do homem, bem como a humanização tem sido bem aplicada apesar de ser um edifício com característica hospitalar, ao utilizar um jardim de interno para seus usuários obter vitamina D, se preocupar com a sensação térmica na parte interna dos ambientes, fazendo uso de materiais específico, dando a sensação aos seus pacientes de “estarem em casa”, deixando-os mais confortáveis.

2.6.1.12 Sustentabilidade

Entre as inúmeras opções terapêuticas, o Credeq, em parceria com o escritório local da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária, está disponibilizando tanto a formação teórica e prática em horticultura, quanto espaços físicos para formação dos canteiros. Foram criadas duas hortas, com 12 canteiros, de aproximadamente quatro metros cada. A princípio foram plantadas hortaliças, tubérculos e plantas medicinais. A participação do paciente nessa terapia é opcional, pois é respeitada a restrição de cada um, fazendo com que o projeto terapêutico singular esteja em constante adaptação. 122


Além disso projeto não faz uso de ar condicionado por ser todo aberto, e ainda contar com pátio interno, circulado com fechamento em elementos vazados para ventilação cruzada não seja interferida entre os corredores.

Figura 65 – Horta Centro de Referência e Excelência em Dependência Química Fonte: Secretaria de Estado de Saúde, 2021

2.6.1.13 Tabela SWOT

ANÁLISE SWOT ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS ● Programa de necessidades muito completo ● Com dormitórios que não são individualizados ● Atende um grande número de pessoas ● Fluxograma com hierarquia bem marcada ● Entradas bem evidenciadas ● Circulação sem interferências 123


● Preocupação com sustentabilidade e conforto térmico dos seus usuários ● Volumetria simples e clara ● Dois estilos de tratamento ● Oferece aulas comuns ● Possui laboratórios / oficinas ● Projeto modular ● Possui estacionamento ● Disponibiliza diversos profissionais ● Tratamento integralmente pelo SUS ● Oferece tratamento para familiares ● Pacientes divididos em núcleos por faixa etária ● Horta comunitária ● Semelhança com residência ● Opção de visitas aos sábados ● Estética diferenciada na praça ● Pacientes seguem uma rotina de atividades ● Implantado em área grande, com muitas áreas verdes e bem seguro ASPECTOS AMEAÇAS ASPECTOS OPORTUNIDADES ● Terreno onde está implantado o terreno tem suporte para implantação de local para compartilhar informações com a sociedade, ajudando assim na prevenção também Tabela 6 – Tabela SWOT Centro de Referência e Excelência em Dependência Química Fonte: Autor, 2021

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3 CAPÍTULO 3 - O LOCAL DE INTERVENÇÃO

3.1 INFORMAÇÕES

Mogi das Cruzes, ou simplesmente Mogi (como é conhecida) é um município brasileiro do estado de São Paulo, está localizado na Região Metropolitana do estado de São Paulo e Alto Tietê. O território de Mogi das Cruzes possui 721 km², sendo 244 km² de área urbanizada, e contava com 387.779 habitantes no último censo (IBGE, 2010). A densidade demográfica então segundo esse dado é de 544,12 habitantes por km² no território do município. Sendo a maior cidade do Alto Tietê, rio que corta todo o município de leste a oeste. Mogi das Cruzes é uma das cidades históricas do Brasil, foi fundada no dia 1 de setembro de 1560, esse ano (2021) então vai estar completando 461 anos, era local de descanso para o bandeirante Braz Cubas.

125


Mogi das Cruzes

Entorno Direto do Terreno Figura 66 – Localização Regional

Fonte: Google. Com Adaptação do autor, 2021.

Terreno localizado no distrito de Brás Cubas, no Jardim Santa Tereza, fica a 1.063 km da capital Federal do Brasil (Brasília), e 66,1 km de São Paulo, figura 67. Esse distrito de Mogi das Cruzes surgiu com bairro em 1940 e se tornou distrito em 1953 por uma lei estadual, assim como os demais, foi formado e começou a crescer, e teve seu início num primeiro momento com uma ligação direta a estação ferroviária, as pessoas se interessavam pelo distrito por conta das fábricas, que hoje deram lugar a microempresas e comércios Diferente dos demais distritos ele sempre foi um distrito independente do município de Mogi das Cruzes, com um território de 36 quilômetros quadrados, em meados do século 60 tentou se emancipar, tentativa essa frustrada já que depois de Braz Cubas ainda vinha o distrito de Jundiapeba, que também é um distrito do município e não tinha como cortar essa ligação. O distrito já tentou se emancipar mostrando assim que poderia se tornar uma cidade, isso mostra o quanto Braz Cubas é grande e junto a isso a um grande número de pessoas situadas no mesmo, devido a análises dessas características de seu território, se conclui que a possíveis riscos com seu crescimento, onde então seria o local ideal para a implantação desse equipamento, para uso da população do próprio distrito, assim como pessoas de os distritos e até de municípios vizinhos do Alto Tietê. A topografia do município é dividida entre pontos de relevo suave e outros pontos com relevo mais intenso. A população estipulada para a cidade em 2020, 126


é de 450.785 habitantes, segundo dados do IBGE, já segundo dados da prefeitura de Mogi das Cruzes a população estipulada é de 415.000 pessoas para 2020.

Figura 67 – Distâncias Fonte: Google. Com Adaptação do autor, 2021.

Município localizado na zona leste do estado de São Paulo, figura 68, e faz divisa com cidades como, Suzano, Itaquaquecetuba, Arujá, Santa Isabel, Guararema e Biritiba Mirim. O Município de Mogi das Cruzes se encontra conturbado com a maioria desses municípios. Mogi das Cruzes era conhecida como Terra do Caqui, hoje é bastante conhecida pelo seu agronegócio, agricultura é forte na cidade, contando também com outras atividades, como, indústria, comercio e prestadores de serviço, os quais totalizam mais de 25 mil unidades, fora desse número está o agronegócio com 2.430.

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Legenda: Vermelho: Sub-região Norte; Verde: Sub-região Leste; Azul: Sub-região Sudeste; Roxo: Sub-região Sudoeste; Amarelo: Sub-região Oeste; Cinza: Município de São Paulo (integra todas as sub-regiões). Figura 68 – Regiões Fonte: Google. Com Adaptação do autor, 2021.

Figura 69 – Municípios Fonte: Google. Com Adaptação do autor, 2021.

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A área urbana está distribuída em 8 distritos, sendo eles, Mogi das Cruzes (Sede), Biritba - Ussu, Brás Cubas, Cezar de Souza, Jundiapeba, Quatinga, Sabaúna e Taiaçupeba, como poder ser observado na Figura 69.

Figura 70 – Distritos do Munícipio de Mogi das Cruzes Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes. Com Adaptação do autor, 2021.

O projeto do Centro de Reabilitação para dependentes químicos, tem como objetivo atender a região, dessa forma, apresentado na Figura 71, os outros distritos do município próximos ao endereço do projeto, demarcando a rota mais próxima, quilometragem, e tempo de percurso realizado em veículo de passeio e no transporte público por meio de alguma linha de ônibus. Podemos analisar a 129


rota dos municípios próximos de Mogi das Cruzes, como na Figura 72, também sendo demarcado a rota mais próxima, quilometragem, e tempo de percurso realizado em veículo de passeio, e por transporte público, por meio das linhas de ônibus e por meio do trem na linha 11 Coral da CTPM.

Legenda: Distrito Sede (Mogi das Cruzes) Veículo de Passeio: 20min/7,5km Transporte Público: E203-C405/48min

/

Distrito Sabaúna Veículo de Passeio: 42min/23,4km Transporte Público: E203-C691/1h

/

Distrito de Cezar de Souza Veículo de Passeio: 43min/15,7km Transporte Público: E203-E508/57min

/

Distrito de Braz Cubas Veículo de Passeio: 7min/2,5km Transporte Público: C202/19min

/

Distrito de Jundiapeba Veículo de Passeio: 10min/5,2km Transporte Público: E111-E103/27min

/

Distrito de Biritiba Ussu Veículo de Passeio: 21min/17,1km Transporte Público: E111-E392/1h1min

/

Distrito de Taiaçupeba Veículo de Passeio: 8min/3,8km / Transporte Público: E203-E394/1h21min Distrito de Quatinga Veículo de Passeio: 34min/24,1km / Transporte Público: E102-C193/1h10min Figura 71 – Distâncias para demais distrito Fonte: Google. Com Adaptação do autor, 2021.

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Legenda: Município de Santa Isabel Veículo de Passeio: 31min/17,9km / Transporte Público: E110-141/2h36min Município de Arujá Veículo de Passeio: 32min/25,7km / Transporte Público: E109-411/1h31min Município de Itaquaquecetuba Veículo de Passeio: 42min/19,4km / Transporte Público: E111-141-145/1h37min Município de Suzano Veículo de Passeio: 27min/12,3km / Transporte Público: E111-CPTM11/40min Município de Guararema Veículo de Passeio: 48min/33,7km / Transporte Público: E203-208/1h34min Município de Biritiba Mirim Veículo de Passeio: 35min/29,3km / Transporte Público: E203-311/1h14min Figura 72 – Distâncias para municípios mais próximos Fonte: Google. Com Anotações do autor, 2021.

Na Figura 73, se apresenta os principais acessos para o município de Mogi das Cruzes, a perimetral, e as principais avenidas da cidade, que liga a cidade, do eixo norte – sul, e liga a municípios vizinhos, vias paralelas a linha de trem ligam a zona leste as demais zonas do estado de São Paulo. Também se expõe os pontos de referência no município, como a prefeitura, rodoviária, hospitais.

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Legenda: Linha 11 Coral CPTM Perimetral Principais vias Figura 73 – Principais acessos Fonte: Google. Com Anotações do autor, 2021.

Para facilitar a mobilidade dos principais pontos da cidade, como os hospitais, os cemitérios, a prefeitura, a rodoviária, a estação de trem Braz Cubas Linha 11 Coral da CPTM, e com o centro cívico, até a área do projeto, os percursos foram realizados em quatro mobilidades: a pé, bicicleta, veículo de passeio e transporte público, que estão expressos na figura abaixo.

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Legenda: Centro Cívico A pé: 1h22min/6,3km / Bicicleta: 29min/6,7km / Veículo de Passeio: 18min/6,4km / Transporte Público: E111/28min Hospital Municipal de Mogi das Cruzes A pé: 28min/2,2km / Bicicleta: 10min/2,3km / Veículo de Passeio: 6min/2,2km / Transporte Público: E111/21min Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes A pé: 1h16min/5,8km / Bicicleta: 28min/6km / Veículo de Passeio: 17min/5,9km / Transporte Público: E111/26min Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo A pé: 1h24min/6,5km / Bicicleta: 28min/8,4km / Veículo de Passeio: 20min/6,8km / Transporte Público: E111-E895/37min Cemitério da Saudade A pé: 27min/2,7km / Bicicleta: 16min/2,7km / Veículo de Passeio: 8min/2,7km / Transporte Público: C207/18min Cemitério São Salvador A pé: 1h18min/6,0km / Bicicleta: 28min/6,2km / Veículo de Passeio: 18min/6,1km / Transporte Público: E111/31min Cemitério Parque das Oliveiras A pé: 1h46min/7,6km / Bicicleta: 39min/8,5km / Veículo de Passeio: 21min/7,9km / Transporte Público: E111-C405/40min Terminal Rodoviário Geraldo Scavone A pé: 1h29min/6,9km / Bicicleta: 30min/8,9km / Veículo de Passeio: 23min/7,4km / Transporte Público: E203/30min Prefeitura de Mogi das Cruzes A pé: 1h22min/6,2km / Bicicleta: 30min/68,9km / Veículo de Passeio: 35min/29,3km / Transporte Público: E203-311/1h14min Estação de Braz Cubas – Linha 11 Coral CPTM A pé: 35min/2,8km / Bicicleta: 10min/3,4km / Veículo de Passeio: 7min/2,9km / Transporte Público: E111/16min Figura 74 – Distâncias até pontos mais importantes Fonte: Google. Com Anotações do Autor, 2021.

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Legenda: Vermelho: Vias Locais (Próximas ao Terreno); Verde: Vias Coletoras; Azul: Vias Arteriais; Preto: Terreno; Figura 75 – Sistema Viário Fonte: Google. Com Anotações do Autor, 2021.

134


Figura 76 – Análise Micro Ambiental Fonte: Google. Com Anotações do Autor, 2021.

A Rua João Assis coleta todos os moradores do Jardim Santa Tereza e de bairros vizinhos que precisem acessar a Avenida Júlio Simões, como pode ser observado na figura abaixo, devido a isso pode-se observar na figura 77, que a rua se torna a mais movimentada do bairro, onde se concentra o maior número de pequenos comércios locais, pessoas circulando, por conta disso a rua apresenta semáforo, ponto de ônibus e a maior projeção de ruído. Nas vias próximas ao terreno se tem sentido de mão dupla como se pode observar na análise micro, possui também diversos potes de iluminação pública, e bocas de lobo na grande maioria das interseções entre as vias. Já a vegetação no entorno do terreno assim como no bairro todo de forma geral é precária, as árvores apresentadas na análise micro ambiental aparentemente foram plantas pelos próprios moradores.

135


Figura 77 – Análise Macro Ambiental Fonte: Google. Com Anotações do Autor, 2021.

Como pode ser observado na análise macro ambiental a área de impacto direto com o projeto é predominantemente residencial, apresentando também a informação de ser uma área onde construções de um único pavimento é o predominante, com apenas um junto residencial multifamiliar. Nesse entorno direto também é presente 5 escolas, sendo elas de ensino fundamental até o ensino médio. E diversos comércios locais como por exemplo, supermercados, mini mercados, depósitos de material de construção, padaria, bombonieres, açougue, cabelereiros, barbearias, lojas de roupas, loja de brinquedos e entre outros.

136


Figura 78 - Cheios e Vazios Fonte: Google. Com Anotações do Autor, 2021.

O mapa de cheios e vazios possibilita visualização de como se encontra os mesmos no distrito, notando-se, que o distrito de Brás Cubas num espaço de contato direto com o terreno apresenta situação atual, como uma área consolidada, sem muitos vazios urbanos.

137


3.2 FOTOS DO TERRENO

Figura 79 – Foto Terreno “Rua Ana Alexandrina Barbosa” Fonte: Google. Com Anotações do Autor, 2021.

Figura 80 – Foto Terreno Autor “Rua Ana Alexandrina Barbosa” Fonte: Autor, 2021. Legenda: Rua Ana Alexandrina Barbosa, 449 – Mogi das Cruzes / SP - Brasil

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Figura 81 – Foto Terreno “Rua César Dias Moreira” Fonte: Google. Com Anotações do Autor, 2021.

Figura 82 – Foto Terreno Autor “Rua César Dias Moreira” Fonte: Autor, 2021. Legenda: Rua César Dias Moreira, 263 – Mogi das Cruzes / SP – Brasil

139


Figura 83 – Foto Terreno Autor “Rua Benecdito Dias” Fonte: Autor, 2021. Legenda: Rua Benecdito Dias, 1 – Mogi das Cruzes / SP – Brasil

3.3 TOPOGRAFIA

Figura 84 – Topografia Fonte: Anotações do Autor, 2021.

140


Sua topografia possui 3 curvas de níveis diferentes, como pode ser observado na figura 84.

Figura 85 – Curvas de Nível no Terreno e Entorno Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes. Com Anotações do Autor, 2021.

Figura 86 – Curvas de Nível Terreno Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes. Com Anotações do Autor, 2021.

Medidas do terreno totalizam 19.288,99m² de área total. 141


Figura 87 – Perfil 1 Fonte: Anotações do Autor, 2021. Legenda: Rua Ana Alexandrina Barbosa – Mogi das Cruzes / SP - Brasil

Figura 88 – Perfil 2 Fonte: Anotações do Autor, 2021. Legenda: Rua César Dias Moreira – Mogi das Cruzes / SP – Brasil

Figura 89 – Perfil 3 Fonte: Anotações do Autor, 2021. Legenda: Rua Benecdito Dias – Mogi das Cruzes / SP – Brasil

142


3.4 NASCENTE / POENTE E VENTOS PREDOMINANTES

Legenda: Amarelo: Nascente; Laranja: Poente; Azul: Ventos Predominantes; Figura 90 – Análise Sol e Ventos Fonte: Google Maps. Com Anotações do Autor, 2021.

143


4 CAPÍTULO 4 – DIRETRIZES E PREMISSAS (LEGISLAÇÕES)

4.1 LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO / ZONEAMENTO LOCAL

ZOP- ZONA DE OCUPAÇÃO PREFERENCIAL A Zona de Ocupação Preferencial- ZOP incentiva o uso preferencial residencial e está na parcela do território municipal com melhor infraestrutura urbana disponível. Admite, também, os usos não residenciais, desde que compatíveis com os usos residenciais e adequados ao sistema viário local. São objetivos da Zona de Ocupação Preferencial- ZOP: l- Qualificar urbanisticamente os bairros e localidades consolidadas e em consolidação. ll- Induzir a ocupação de imóveis não utilizados ou subutilizados. lll- Estimular o parcelamento, o uso e a ocupação sodo solo condicionado á melhoria e/ou ampliação de infraestrutura e á instalação dos equipamentos urbanos necessários: lV- Absorver novas densidades populacionais nas áreas com potencialidade de adensamento, condicionadas ao provimento de infraestrutura: V- Orientar a convivência adequada de usos residenciais com usos não residenciais: Vl- Introduzir novas dinâmicas urbanas, com estímulo ao uso comercial de serviços de pequeno porte: Vll- Garantir a proteção e a preservação do patrimônio ambiental e cultura; Vlll- Garantir a predominância do uso residencial; lX- Garantir a drenagem da área; X- Promover a integração da malha urbana. 144


l - Zona de Ocupação Preferencial 1 ZOP 1 contempla as áreas de incentivo ao uso residencial podendo absorver usos não residenciais diversificados como comércio varejista serviços de gestão e atendimento indústria de transformação espaços abertos de lazer e de recreação segundo critérios de incomodidade classificação viária fluxos de tráfego e risco ambiental.

ll - Zona de Ocupação Preferencial 2 -Zop-2 – Caracteriza-se como uma gradação da ZOP1, admitindo os mesmos usos, porém com critérios de ocupação mais restritivos:

ZOP-2 - ZONA DE OCUPAÇÃO PREFERENCIAL 2

Tabela 7 – Parâmetros Técnicos e Permissão de Uso Segundo o Zoneamento Municipal Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes. Com Anotações do Autor, 2021.

4.2 PLANO DIRETOR DE MOGI DAS CRUZES

O Plano Diretor de Mogi das Cruzes foi instituído pela Lei Complementar nº46, de 17 de novembro de 2006, e estabelece normas, regras e procedimentos para o desenvolvimento urbano e rural do município, de acordo com as 145


determinações da Lei Federal nº10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto da Cidade) e os artigos 77 e 156 da Lei Orgânica do Município. Serve como parâmetro para desenvolvimento de uma cidade seja em seu espaço urbano ou rural, para que a mesma cresça de forma ordenada e correta, o jeito que o poder público garante melhores condições de vida para a população, melhor saúde e bem estar, avaliando o município como um todo, com o planejamento participativo do ambiente físico-territorial a longo prazo, visando assim um olhar para os problemas, traçando seus objetivos futuros e estabelecendo a organização territorial, rumo a evolução.

4.3 CÓDIGO DE OBRAS DE MOGI DAS CRUZES

Apontamento de diretrizes voltadas a exigências do município. 1. O depósito de lixo deve comportar de forma desimpedida 48h de resíduos. 2. É permitida passagem coberta de no máximo 2,00m de largura de acesso a edificação, desde que não exista vedação lateral além da estrutura. 3. As rampas de estacionamentos devem ter afastamento de 4m das divisas com o logradouro. A declividade máxima para veículos de passeio é de 20% já os caminhões e ônibus não podem ultrapassar 12%.

4.4 CÓDIGO SANITÁRIO DO ESTADO DE SÃO PAULO

O código sanitário do Estado de São Paulo atende os princípios gerais expressos nas Constituições Federal e Estadual, nas Leis Orgânicas de Saúde - Leis nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 e 8.142, de 28 de dezembro de 1990, no Código de Defesa do Consumidor - Lei nº 8078, de 11 de setembro de 1990 e no Código de Saúde do Estado de São Paulo - Lei Complementar nº 791, de 9

146


de março de 1995, baseando-se nos seguintes preceitos - descentralização, preconizada nas Constituições Federal e Estadual. 1. IV - Publicidade, para garantir o direito à informação, facilitando seu acesso mediante sistematização, divulgação ampla e motivação dos atos; 2. V - Privacidade, devendo as ações de vigilância sanitária e epidemiológica preservar este direito do cidadão, somente sendo sacrificado quando for a única maneira de evitar perigo atual ou iminente para a saúde pública. No artigo 11 (Disposições Gerais) diz que, constitui finalidade das ações de vigilância sanitária sobre o meio ambiente o enfrentamento dos problemas ambientais e ecológicos, de modo a serem sanados ou minimizados a fim de não representarem risco à vida, levando em consideração aspectos da economia, da política, da cultura e da ciência e tecnologia, com vistas ao desenvolvimento sustentado, como forma de garantir a qualidade de vida e a proteção ao meio ambiente. No artigo 14 (Organização Territorial, Assentamentos Humanos e Saneamento Ambiental) diz que, toda e qualquer edificação, quer seja urbana ou rural, deverá ser construída e mantida, observando-se: 1. Proteção contra as enfermidades transmissíveis e as crônicas; 2. Prevenção de acidentes e intoxicações; 3. Redução dos fatores de estresse psicológico e social; 4. Preservação do ambiente do entorno; 5. Uso adequado da edificação em função da sua finalidade; 6. Respeito a grupos humanos vulneráveis. Já no artigo 18 diz que, todo e qualquer sistema de abastecimento de água, seja público ou privado, individual ou coletivo, está sujeito à fiscalização da autoridade sanitária competente, em todos os aspectos que possam afetar a saúde pública.

147


No artigo 20 (Abastecimento de Água para Consumo Humano) diz que, em projetos, obras e operações de sistemas de abastecimento de água, sejam públicos ou privados, individuais ou coletivos, deverão ser obedecidos os seguintes princípios gerais, independentemente de outras exigências técnicas eventualmente estabelecidas: 1. A água distribuída deverá obedecer às normas e aos padrões de potabilidade estabelecidos pela autoridade sanitária competente; 2. Todos os materiais, equipamentos e produtos químicos utilizados em sistemas de abastecimento de água deverão atender às exigências e especificações das normas técnicas estabelecidas pela autoridade sanitária competente, a fim de não alterar o padrão de potabilidade da água distribuída; 3. Toda água distribuída por sistema de abastecimento deverá ser submetida obrigatoriamente a um processo de desinfecção, de modo a assegurar sua qualidade do ponto de vista microbiológico e manter concentração residual do agente desinfetante na rede de distribuição, de acordo com norma técnica; 4. Deverá ser mantida pressão positiva em qualquer ponto da rede de distribuição; No artigo 21 (Esgotamento Sanitário) diz que, todo e qualquer sistema de esgotamento sanitário, seja público ou privado, individual ou coletivo, estará sujeito à fiscalização da autoridade sanitária competente, em todos os aspectos que possam afetar a saúde pública. Artigo 22 diz que, os projetos de construção, ampliação e reforma de sistemas de esgotamento sanitário sejam públicos ou privados, individuais ou coletivos, deverão ser elaborados, executados e operados conforme normas técnicas estabelecidas pela autoridade sanitária competente.

148


4.5 VIGILÂNCIA SANITÁRIA

De acordo com as indicações da Vigilância Sanitária, devem existir cuidados especiais com a higiene e produção de alimentos, rotação de resíduos e controle rigoroso de agentes contaminantes. O armazenamento de alimentos tem de ser feito de forma a conservar o alimento mantendo suas propriedades de consumo. Nas áreas de manipulação de alimentos, deve-se sempre ter paredes, piso e se possível até o forro/ teto de material impermeável e lavável. Os alimentos, além do acondicionamento correto devem ser manuseados com utensílios higienizados periodicamente ou conforme necessidade.

4.6 DECRETO N° 12.342

Diretrizes de dimensionamento e composição mínima de ambientes: 1.

Salas para escritório ou área de trabalho – 10m², Pé direito 3m,

iluminação 1/5 do piso e ventilação 1/10 do piso. 2.

Dormitórios 8m².

3.

Dormitórios coletivos 5m² por leito.

4.

Dormitório de empregada 6m².

5.

Cozinhas 4m².

6.

Sanitários: Contendo somente bacia sanitária: 1,20m², com

dimensão mínima de 1m Contendo bacia sanitária e lavatório: 1,50m², com dimensão mínima de 1m. Contendo bacia sanitária e área para banho, com chuveiro, 2m², com dimensão mínima de 1m. Contendo bacia sanitária, área para banho, com chuveiro e lavatório, 2,50m², com dimensão mínima de 1m. Contendo somente chuveiro, 1,20m², com dimensão mínima de 1m. Bacia Uso de Deficiente Físico, 2,24m², com dimensão mínima de 1,40m.

149


Antecâmaras, com ou sem lavatório, 0,90m², com dimensão mínima de 0,90m. Celas, em compartimentos sanitários coletivos, para chuveiros ou bacias sanitárias, 1,20m², com dimensão mínima de 1m. Mictórios tipo caina, de uso coletivo, 0,60m, em equivalência a um mictório tipo cuba. Separação entre mictórios tipo cuba, 0,60 m, de eixo a eixo. Sanitário – Todos os pavimentos devem conter sanitários, separados por sexo, e possuindo a seguinte configuração: Masculinos: 1 Bacia, 1 mictório e um lavatório a cada 40. Monitores: 1 Bacia a cada 10 salas e 1 lavatório a cada 6 salas. Bebedouros: 1 Bebedouro a cada 200, a cada 100 se estiver em área de refeitório. As instalações sanitárias serão na proporção mínima de uma bacia sanitária, um lavatório e um chuveiro para cada 10 leitos, além de mictório na proporção de 1 para cada 20 leitos 7.

Vestiários 6m².

Vestiários: 1 Chuveiro para cada 100 8.

Corredores e passagens – Uso coletivo, 1,20m

Quando de uso restrito, poderá ser admitida redução até 0,90m. Na área escolar 1,50m para circulação de até 200 alunos 9.

A largura das escadas e rampas deve acompanhar a largura dos

corredores a que fazem conexão. Degraus, com piso (p) e espelho (e), atendendo à relação: 0,60 m: 2e + p 0.65 m: Larguras: Quando de uso comum ou coletivo, 1,20m. Quando de uso restrito poderá ser admitida redução até 0,90m. Quando, no caso especial de acesso a graus, terres, adegas e situações similares, 0,60m. 10.

Sala de Aula – 1m² por aluno no caso de utilizar carteira em dupla,

ou 1,2m² no caso da utilização de carteiras individuais. Pé direito 3m, Iluminação 1/5 do piso e ventilação 1/10 do piso.

150


11.

Auditórios e locais de grande concentração – Área interna do local

não pode ser inferior a 0,80m² por pessoa, a renovação de ar deste local deve ser de 50m², por pessoa e por hora. Pé direito mínimo 6m. 12.

As áreas de recreação e convívio devem ter fácil comunicação

com o logradouro público para agilizar escoamentos, portanto a passagem não deve ter menos que 1cm por aluno e não menos que 2m. 13.

A capacidade dos reservatórios terá um acréscimo de 50 litros por

pessoa além da cota reservada para incêndios. 14.

Auditório – Deve ser instalado no pavimento térreo, subsolo ou 1°

pavimento. Portas de saída 2m no mínimo, calculado por 1cm por pessoa. A circulação realizada por degraus funciona da mesma forma que a escada convencional e rampas de 6% a 12% se utilizado material antiderrapante. Deve ser dotado de equipamento para renovação de 13m³ de ar por hora por pessoa. Sanitário – 1 Bacia para cada 100 pessoas, 1 mictório e ou um lavatório a cada 200 pessoas Ter uma área útil não inferior a 0,80 m² por pessoa 15.

Pés-direitos nas edificações destinadas a comércio e serviços:

Pavimento térreo 3m Pavimentos superiores 2,70m Pés-direitos nas áreas escolares: Salas de aulas e anfiteatros, valor médio 3m, admitindo-se o mínimo em qualquer ponto 2,20m; Instalações sanitárias 2,50 m. Pés-direitos em locais de trabalho: Grandes oficinas, 4m, podendo ser permitidas reduções até 3m, segundo a natureza dos trabalhos. Em outros locais de trabalho, 3m podendo ser permitidas reduções até 2,70m, segundo a atividade desenvolvida. 151


Em salas de espetáculos, auditórios e outros locais de reuniões, 6m, podendo ser permitidas reduções até 4m, em locais de área inferior a 250m²; nas frisas, camarotes e galerias, 2,50m. Em corredores e passagens, 2,50m. Em armazéns, salões e depósitos, excetuadas os domiciliares, 3m. 16.

Iluminação e ventilação natural, todo compartimento deverá dispor

de abertura comunicando-o diretamente com o exterior. Excetuam-se os corredores de uso privativo, os de uso coletivo até 10m de comprimento, poços e saguões de elevadores, devendo as escadas de uso comum ter iluminação natural direta ou indireta. Para efeito de insolação e iluminação, as dimensões dos espaços livres, em planta, serão contadas entre as projeções das saliências, exceto nas fachadas voltadas para o quadrante Norte. 17.

Para iluminação e ventilação de cozinhas, copas e despensas

serão suficientes: Em espaços fechados com 6m² em prédios de até 3 pavimentos e altura não superior a 10m ou 6m² de área mais 2m² por pavimento excedente de três com dimensão mínima de 3m e relação entre seus lados de 1,5, em prédios de mais 3 pavimentos ou altura superior a 10m: 18.

Ventilação de compartimento sanitário, caixas de escada e

corredores com mais de 10m de comprimento será suficiente o espaço livre fechado com área mínima de 4m² em prédios de até 4 pavimentos, para cada pavimento excedente haverá um acréscimo de 1m² por pavimento. A dimensão mínima não será inferior a 1,30m e relação entre os seus lados de 1 para 1,5. Ventilação natural por meio de chaminé tem que ser seção transversal dimensionada de forma a que correspondam no mínimo a 6cm² de seção, para cada metro de altura da chaminé, devendo conter um círculo de 0,60m de diâmetro. Ter prolongamento de, pelo menos, um metro acima da cobertura. Ser provida de abertura inferior, que permita limpeza, e de dispositivo superior de proteção contra a penetração de águas de chuva.

152


19.

Área iluminante dos com compartimentos deverá corresponder no

mínimo, em locais de trabalho e nos destinados a ensino, leitura e atividades similares: 1/5 da área do piso. Nos compartimentos destinados a dormir, estar, cozinhar, comer e em compartimentos sanitários: 1/8 da área do piso, com área do piso, com o mínimo de 0,60 m². Nos demais tipos de compartimento: 1/10 de área do piso, com o mínimo de 0,60 m². 20.

Área de lazer, não inferior a 10% da área edificada.

21.

Uma vaga a cada 80m² de área construída, ou mínimo 03 vagas.

22.

É obrigatória a ligação do prédio às redes urbanas de água e

esgotos O refeitório obedecerá aos seguintes requisitos mínimos: 1.

Piso revestido com material resistente, liso e impermeável;

2.

Forro de material adequado, podendo ser dispensado em casos

de cobertura que ofereça proteção suficiente; 3.

Paredes revestidas com material liso, lavável, resistente e

impermeável, até a altura de 2,00 m, no mínimo; 4.

Ventilação e iluminação de acordo com as normas fixadas no

presente Regulamento; 5.

Água potável;

4.7 NBR 9050

Disposições sobre a acessibilidade do edifício. 1. O módulo de referência para uma P.C.R. é de 0,80x1,20m porem caso seja uma cadeira cambada o módulo passa para 1,00x1,20m 2. A largura mínima de corredor para a passagem de uma cadeira e uma pessoa ao lado é de 1,20m a 1,50m e para passagem de até duas P.C.R 1,50m a 1,80. Para a circulação em 360º da P.C.R deve haver livre de obstáculos um círculo com 1,50m de diâmetro. 153


3. Caso exista desnível nas laterais de uma rota acessível deve existir proteção nos dois lados, com 0,15m para desnível de até 0,60m e guarda corpo caso seja maior. 4. As rotas para pessoas cegas devem incluir o mínimo de barreiras aéreas acima de 60cm para que o mesmo possa ser identificado pelo mesmo com o bastão quando passar. 5. Os assentos para pessoas Obesas P.O, devem ter profundidade entre 0,47m e 0,51m. Deve ter maior inclinação para o corpo e resistir até 250kg. 6. As rotas de todos os tipos de P.C.D, devem ser devidamente sinalizadas e demarcadas, para circulação convencional, acessos e circulação vertical em qualquer piso e rotas de emergência. Em escadas é indispensável a área reservada que atenda P.C.D (Área de Resgate), sem que tenha interferência na rota de fuga dos demais usuários, com área mínima para manobra de 180° com a cadeira de rodas. 7. É indicado em rotas de circulação que sejam feitas áreas foras da faixa principal, com função de descanso a cada 50m com bancos com rotas que tenham em torno de 5% de inclinação. 8. As Rampas de circulação geral excetuando-se as de plateia e palcos, devem: Quando possuir 5% de inclinação, não tem limites para lances, pode vencer desníveis máximos de 1,50m, intervalados por patamares. Tendo a dimensão linear máxima de 1 segmento em 30m. Quando possuírem entre 6,25% de inclinação, não tem limites para lances, pode vencer desníveis máximos de 1,00m, intervalados por patamares. Tendo a dimensão linear máxima de 1 segmento em 16m. Quando possuir entre 6,25% < 8,33% de inclinação, tem o limite de 15 lances, pode vencer desníveis máximos de 0,80m, intervalados por patamares, a cada 50m de percurso. Tendo a dimensão linear máxima de 1 segmento 10m.

154


Toda a extensão da rampa deve ter corrimão em dupla altura, entre 0,70 e 0,90cm, também se deve em todos os encontros entre lances, haver um patamar de no mínimo 1,20x1,50m. Os corrimãos devem fazer um transpasse no início e no fim da circulação vertical de 0,30m. Em casos onde as rampas e ou escadas possuírem larguras próximas ou acima de 2,40m, deve-se instalar um corrimão intermediário garantindo 1,20m de largura de circulação. 9. As vagas para Idosos e P.C.D em estacionamentos devem estar conectadas a rotas acessíveis e terem uma reserva de 5% do total de vagas para cada um dos públicos. Garantindo faixa de acesso para P.C.R. 10. É recomendável que não se percorra mais de 50m para acessar, partindo de qualquer ponto um sanitário acessível. E as instalações devem possuir entrada individual para possibilitar o auxílio de alguma pessoa do sexo oposto ao usuário deficiente. Em áreas esportivas, vestiários e sanitários acessíveis, devem estar preferencialmente no interior do sanitário coletivo. Considerando o total de sanitários, deve-se reservar 5% para P.C.D. 11. As bacias, devem ter altura entre 0,43m e 0,45m, no máximo 0,46m, e 0,36m para bacias infantis. Esta proporção vale para as barras, e medidas de espaçamento entre estes elementos, barra reta horizontal com comprimento mínimo de 0,80m, a 0,75m de altura do piso acabado, a distância de 0,40m entre o eixo da bacia e a face da barra deve estar a 0,50m da borda frontal da bacia. Em boxes, recomenda-se que as portas abram para fora para facilitar um possível atendimento emergencial e suas 86 medidas não devem estar abaixo de 0,90x0,95m. Estas Portas não devem ter vão livre menor que 0,90m de largura, e não podem ter abertura frontal. Quando a bacia sanitária com baixa acoplada possua altura que não permita a instalação da barra de forma convencional, pode ser instalada a altura de até 0,89m do piso acabado, deve ter distância mínima de 0,04m da superfície da tampa da caixa acoplada, e 0,30m além do eixo da bacia em direção à parede lateral. 155


Já as barras de apoio dos lavatórios podem ser horizontais e verticais, com barra de cada lado, deve-se garantir também o alcance manual da torneira de no máximo 0,50m, medido da borda frontal do lavatório até o eixo da torneira. 12. Deve ser instalado bebedouros em dupla altura para atender P.C.D variando entre 0,73 e 1,10m de altura para a bica. 13. Nos auditórios, os lugares para P.C.R – P.O e P.M.R devem estar próximas de saídas de emergência e alocadas em setores, garantindo o mesmo conforto que para outros usuários. A reserva de lugares é de 2% para cada um destes públicos. 14. Em refeitórios a reserva de lugares para P.C.D é de 5%. 15. As sinalizações devem ser em Braille, visual e tátil. 16. As portas, quando abertas, devem ter vão livre, maior ou igual a 0,80m de largura e 2,10m de altura. Em portas de duas ou mais folhas, pelo menos uma das folhas deve ter vão livre maior ou igual a 0,80m. 17. As maçanetas devem preferencialmente ser do tipo alavanca, ter pelo menos 100mm de comprimento, ter uma distância mínima de 40mm da superfície da porta, suas alturas podem variar de 0,80m e 1,10m do piso acabado, e os puxadores verticais para portas devem ter diâmetro entre 25mm e 35mm, ter uma distância mínima de 40mm entre o puxador e a superfície da porta. Esse puxador deve ter comprimento mínimo de 0,30m, afastado 0,10m do batente. Devem ser instalados a uma altura medida da metade do puxador até o piso acabado de 0,80m a 1,10m, já os puxadores horizontais devem ter diâmetro entre 25mm e 35mm, com afastamento mínimo de 40mm entre o mesmo e a superfície da porta. Ele deve ter comprimento mínimo de 0,40m, afastado 0,10m do batente (do lado das dobradiças). Devem ser instalados na mesma altura das maçanetas. 18. Rebaixamento de calçadas devem estar em direção aos fluxos de travessia de pedestres. A inclinação deve ser preferencialmente menor que 5%, porém é admitido até 8,33%. A largura tem que ser maior ou igual a 1,50m, com no mínimo 1,20m. Não pode haver desnível entre o término do rebaixamento da calcada e o leito carroçável. Nas vias onde exista a inclinação transversal do leito 156


carroçável superior a 5%, deve conter uma faixa de acomodação de 0,45m a 0,60m de largura. Em calçadas estreitas, onde não houver espaço suficiente para o rebaixamento de no mínimo 1,20m, pode ser feito rebaixamento de rampas laterais com inclinação de até 5%, ou ser adotada, a critério do órgão de trânsito do município, faixa elevada de travessia, ou ainda redução do percurso de travessia. 19. As mesas ou superfícies de trabalho acessíveis devem possuir tampo com largura mínima de 0,90m e altura entre 0,75me 0,85m do piso acabado. 20. Mobiliário dormitórios acessíveis devem atender as condições de alcance manual e visual, circulação interna de 0,90m de largura, com pelo menos uma área de manobra com diâmetro mínimo de 1,50m para possibilitar o giro 360° 21. Se o acesso a água for feito por banco de transferência, este deve ter altura entre 0,40 m e 0,48 m, ter extensão de no mínimo 1,20 m e profundidade de 0,45 m e reentrância de 0,20 m, ter barras para facilitar a transferência para piscina com distância entre elas de 1,00 m a 1,10 m, garantir área para aproximação e manobra de 360°, sendo que a área para transferência junto ao banco não pode interferir com a área de circulação, garantir o nível da água no máximo a 0,10m abaixo do nível do assento do banco.

4.8 NBR 9077

Determina as diretrizes para saídas de emergência e proteção contra fogo em edificações. 1. Dentro das categorias determinadas pela norma o Edifício Serviços de saúde e institucionais, para ser mais específico locais onde pessoas requerem cuidados sem celas e outros especiais por limitações físicas ou mentais encontra-se na categoria H-2 para serviços. 2. De altura baixa (L) até 6m ou média (M) entre 6m e 12m. 157


3. Com área de pequeno pavimento (P) até 750m² por pavimento. Classifica-se como edificação grande entre 1500m² e 5000m² (V) de área construída total, podendo chegar até edificações muito grandes (W) com mais de 5000m² de área construída. 4. Irá ser concebido entre as categorias (Y) de média resistência ao fogo e (Z) de difícil propagação de fogo. 5. A distância máxima de qualquer ponto da edificação até a saída de emergência deve ser de 20m no caso de apenas uma, e 30m se houver mais de uma, esse caso se não houver chuveiros automáticos. E distância para caso de apenas uma saída 35m, e no caso de mais saídas 45m, se caso houver chuveiros automáticos. Para saída de emergência é necessário acessos ou rotas de saídas por meio de rampas ou escadas, e em edificações térreas um espaço para acesso livre ao exterior. A largura das saídas é dimensionada de acordo com o número de pessoas que por elas deva transitar. Iluminação para rodas de saída deve ser natural e/ou artificial em nível suficiente. Distância máxima a ser percorridas, existe acréscimo de risco quando a fuga só é possível para apenas um sentido, em função das características construtivas da edificação, e também pode ter redução de risco em caso de proteção por chuveiros automáticos, ou até mesmo pela facilidade de saídas em edificações térreas. 6. Em qualquer situação a largura mínima da saída de emergência deve ser de 1,10m, referente a passagem de 2 pessoas. 7. Por conta do tipo de edificação são necessárias 2 escadas (NE) não enclausuradas, escadas comuns. Altura dos espelhos das escadas entre 0,16m e 0,18m

158


4.9 NBR 11742

Determina as diretrizes para portas de emergência (corta-fogo) para uma fuga segura da edificação. 1.

A classificação das portas corta-fogo para saídas de emergência é

feita em quatro classes, segundo o seu tempo de resistência ao fogo, classe P30 cujo tempo de permanência mínima ao fogo é de 30 minutos, escolhida para utilização no projeto, cujo ambiente necessite, as demais classificações são, P60 com tempo de 60 minutos, P-90 com tempo de 90 minutos, P-120 com tempo de 120 minutos. 2.

Porta corta-fogo para saídas de emergência, deve ter eixo vertical,

vedação para chamas de modo a impedir as mesmas. A mesma não pode apresentar cantos vivos, para que não provoque ferimentos durante seu uso. 3.

É

permitido

dispositivos

automáticos,

seja

por

meio

de

equipamento mecânico, hidráulico ou pneumático, que garante o fechamento da(s) folha(s) da porta, sem intervenção humana. 4.

Cada porta deve ter uma identificação indelével e permanente, por

gravação ou placa metálica, com informações: Porta corta-fogo, identificação dp fabricante, classificação conforme o disposto, número de ordem de fabricação e mês junto ao ano de fabricação. Essa identificação tem que estar na parte superior da testeira da porta, no batente também deve haver identificação do fabricante na mesma altura. A folha da porta deve ter o sentido de fuga, entre 1,60m e 1,80m acima do piso acabado, um letreiro com fundo branco e letras verdes, ou vice-versa.

4.10 NBR 15220 (Parte 3 – Zoneamento Bioclimático)

Determina as diretrizes construtivas para um bom desempenho térmico de edificações na zona bioclimática que se encontra a edificação, por mais que a NBR diga que seja um estudo direcionado a projetos de habitação unifamiliar, pode-se obter algumas informações interessantes.

159


1.

A referência de zona bioclimática para o munícipio de Mogi das

Cruzes é a mesma que a determinada pela NBR ao estado/cidade de São Paulo, zona bioclimática 3. 2.

Indicado sombreamento nas aberturas que recebe o sol com

intensidade, para reduzir absorção de calor, e permitir que o sol entre no ambiente durante o inverno. 3.

Na vedação externa a indicação de parede leve refletora, com

utilização de cores claras e outros materiais refletores, e uma cobertura leve isolada, com um forro para minimizar o impacto do calor sobre a parte interna dos ambientes. 4.

No verão é ótima aplicação da técnica de ventilação cruzada, já no

inverno deve ser valorizado o aquecimento da edificação, utilizando por exemplo acabamento correto ao lado interno da vedação.

160


5 CAPÍTULO 5 – ESQUEMAS ESTRUTURANTES

5.1 PERFIL DO USUÁRIO 5.1.1 Público Alvo (perfil, faixa etária e etc.)

O centro de reabilitação para dependente químico tem intenção principal em ser um serviço público oferecido a todos os habitantes do município de Mogi das Cruzes, e municípios vizinhos. Serviço voltado ao sexo masculino, atendendo desde os adultos de 18 anos até os adultos de 60 anos. Essas pessoas são dependentes químicos que tem seu uso iniciado por diversas razões, independente de qual seja a razão pelo qual o indivíduo iniciou esse uso até que a pessoa chegue a um centro de reabilitação ela passa e vê coisas que foram ruins e toxicas pra ela, conclui-se que esse ambiente tem por obrigação ser um local agradável, calmo e acolhedor para que todas as etapas de desintoxicação sejam menos doloridas possíveis.

5.1.2 Funcionários e Colaboradores (número estimado, faixa etária e etc.)

O projeto estima 23 funcionários para atender seu público, os mesmos divididos entre a parte administrativa e área ou ambientes destinados a serviços, os mesmos precisam ser pessoas acima de 18 anos de idade para trabalhar em áreas onde não exista um contato direto com os internos, já que atendimento oferecido seria para jovens com 18 anos também, poderia haver algum mal entendimento ou até mesmo momento constrangedores para ambas as partes envolvidas. Em um contato direto, o melhor seria pessoas acima de 30 anos, pessoas com maior idade tendem a serem mais maturas e isso ajuda a compreender esses internos. 161


Já o número de colaboradores pode ser grande, em um primeiro contato se prevê 2 palestrantes para dar auxílio aos internos e seus familiares, para que esse evento aconteça pelo menos uma vez a cada 15 dias ou até mesmo uma vez por semana, pessoas que se oferecem de forma voluntaria para eventuais momentos também seriam bem-vindas, além disso as instituições públicas contam com ajuda financeira por meio doações para caridade, doações privadas sejam elas anônimas ou não, e subsídios do governo.

5.2 FLUXOGRAMA, ORGANOGRAMA E AGENCIAMENTO

Legenda: Vermelho: Acessos; Verde com fundo preenchido: Circulação; Laranja escuro: Estacionamento; Verde sem preenchimento: Áreas de uso misto (Funcionários e Pacientes); Laranja sem preenchimento: Áreas de acesso restrito aos funcionários;

162


Rosa sem preenchimento: Áreas livres para uso com pacientes; Figura 91 – Fluxograma Fonte: Autor, 2021.

Legenda: Vermelho: Acessos Comuns; Vermelho sem preenchimento: Acesso Semi Público; Amarelo: Semi Público; Azul: Público Verde: Privado; Figura 92 – Organograma Fonte: Autor, 2021.

163


Figura 93 – Agenciamento Fonte: Autor, 2021.

Fluxograma, organograma e agenciamento obtiveram referências do projeto Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva, por ser um projeto nacional e com um programa bem completo.

164


6 CAPÍTULO 6 – PROPOSTA PROJETUAL

6.1 CONCEITO (ARQUITETÔNICO / URBANÍSTICO)

O conceito principal do projeto tem como objetivo a reinserção social de diversas pessoas distintas, em suas diferentes classes sociais, mas todas elas têm a fragilidade em comum, o adicto precisa de estímulos para voltar ao convívio com a sociedade totalmente revigorado, a reinserção social então é algo a se trabalhar no projeto de forma que possa ajudar essas pessoas, que em algum momento desacreditaram da vida. Sendo então uma forma de dar auxilio e também uma esperança para os adictos, seus familiares e para a sociedade como um todo. Pois um tratamento eficaz é aquele que atende às diversas necessidades dos indivíduos e não apenas ao uso de drogas. Segundo conceito que o projeto irá atender é a neuroarquitetura termo que se refere a estudo da neurociência aplicada à arquitetura, o conjunto estuda como o ambiente físico ao redor interfere na nossa atividade cerebral, por consequência no nosso comportamento, segundo a arquiteta e urbanista Suzana Duarte estudos tem apontado que a ligação entre processos cerebrais e ambientes arquitetônicos consegue gerar um impacto na saúde emocional e física das pessoas, por meio de sensações e reações. Capaz de mudar os níveis de emoção, uma tomada de decisão e até mesmo no bem-estar. Espaços com a aplicação do método podem estimular estados mentais de maior criatividade ou autocrítica, estimular a concentração ou a dispersão, aumentar a colaboração, socialização, relaxamento, facilitar o aprendizado e a memorização, ou até mesmo contribuir para a recuperação da saúde e para a diminuição da percepção de dor, diminuir o stress. Tudo isso sem que o usuário do ambiente perceba, podendo até mesmo ajudar a tratar questões relacionadas à mente e problemas psicológicos como 165


depressão, ansiedade, entre outros problemas. Neuroarquitetura estuda também a psicologia, endocrinologia, ciência cognitiva, genética e até mesmo epigenética. Dentro de neuroarquitetura existe um fator chamado biofilia, que consiste na mesma técnica, porém biofilia é aplicada ao interno dos ambientes por meio do design de interiores e paisagismo, quando o cérebro é estimulado da forma correta, ele corresponde. O homem é naturalmente ligado a natureza, estudos mostram que pessoas que tem suas atividades diárias ligadas ao verde tende a serem mais criativas, mais produtivas. Primeiro conceito urbanístico que pode ser aplicado tanto no meio urbano quanto no edifício em si, é a versatilidade da relação entre o meio urbano e o projeto trazendo benefícios para ambas as partes, em prol da população e dos internos, dando a liberdade aos dependentes químicos e dessa forma inserindoos aos poucos ao convívio cotidiano da população. O segundo conceito urbanístico foi pensado para ser mais voltado ao seu meio urbano de um contato direto, arquitetura japonesa moderna, de forma a reforçar a recordação da Imigração Japonesa para os cidadãos e deixar em evidência essa relação que o município de Mogi das Cruzes tem com o assunto, voltando um pouco a história de Mogi das Cruzes. Os japoneses chegaram ao país no dia 18 de junho de 1908, num navio desembarca com cerca de 800 japoneses, por meio da companhia Imperial de Imigração, eles fizeram com contrato com fazendeiros da plantação de café, com foco em trabalhar, porém o momento era de crise no Brasil e devido a isso os fazendeiros não cumpriram o acordo, a partir disso procuraram outros trabalhos na cidade. Segundo o historiador e professor Mário Sérgio de Moraes, em História da Imigração Japonesa em Mogi das Cruzes (2008), em 1919 eles chegaram em Mogi no bairro do cocuera, e nesse local começaram a plantar orquídeas, tomate e o caqui, depois a cidade fica conhecida como a terra do caqui, justamente por conta disso. Aliás tudo que eles plantaram foi considerado a melhor safra da época, e Mogi das Cruzes passou a ser conhecida nacionalmente pelas mãos dos japoneses, e mesmo assim eles sofreram muito, sofreram xenofobia. 166


Porém ainda assim era muito importante pra eles que a cultura japonesa se mante-se mesmo que eles estivessem longe de seu país de origem, pois eles respeitam demais o Japão, são realmente patriotas. Dentre todos eles a intenção principal é auxiliar da forma correta essas pessoas que passam por um momento tão difícil e delicado, muitos desses indivíduos tem ou tiveram depressão, dentre outros problemas, perdendo assim o entusiasmo para viver.

6.2 PARTIDO ARQUITETÔNICO

Em um projeto dessa natureza a reinserção social pode ser colocada como primordial já que muitos precisam de um motivo a mais para seguir em frente, pode ser aplicado no projeto com salas para pratica de atividades físicas, yoga entre outros, como forma de relaxamento, além de oferecer cursos para que essas pessoas possam ter um algo a mais e um momento de aprendizado dentro do edifício, assim como observado no programa de necessidades no estudo de caso do projeto Cidade Viva. Nesse estudo de caso é oferecido cursos profissionalizantes e outros para entretenimento, porém a intenção do projeto a ser desenvolvido é oferecer um número um pouco maior de opções. Possibilitando essas pessoas possam ter seu bem-estar de volta, sua paz interior, e um momento de entretenimento, já que é um momento ajudarem a si mesmos, de autoavaliação e reflexão sobre a vida.

Figura 94 – Aula de Ioga Fonte: SEBRAE, 2020

167


Figura 95 – Aula de Marcenaria Fonte: G1 Globo, 2016

É necessário o estudo minucioso do perfil do público alvo do projeto, e mesmo assim é difícil todos os usuários do mesmo ambiente ter exatamente a mesma sensação, pois o cérebro humano é algo plástico e se transforma ao longo dos anos de acordo com as experiencias vividas por cada um ou cultura, tudo isso é necessário para que a neuroarquitetura e a biofilia seja aplicada de forma eficaz. Aplicação da neuroarquitetura e biofilia no projeto pode ser por meio de sua disposição dos ambientes, iluminação artificial e natural, suas cores, texturas, materiais, cheiros, sons e as oportunidades e sensações, vegetações a serem utilizadas, móveis, disposição dos mesmos dentro do ambiente por meio de seu layout e organização, isso interfere em como o ambiente físico impacta em nosso cérebro, a longo e curto prazo sobre os usuários de determinado espaço.

Figura 96 - Recepção Fonte: T2 Arquitetura Engenharia Coorporativa, [S.I]

168


Figura 97 - Consultório Fonte: Revestindo a Casa, 2017

Figura 98 – Enfermagem e Área de Convivência Fonte: Alumipac, [S.I]

Figura 99 - Ventilação Fonte: Meio Ambiente e Construção, 2018

169


Figura 100 – Meios de Distração Fonte: Studio Zaida, [S.I]

Figura 101 – Meios de Distração Fonte: Simone Bobsin, 2018

Figura 102 – Uso de Diferentes Materiais Fonte: Marelli, 2018

170


Figura 103 – Contraste de Cores Fonte: Work Solution, 2018

Figura 104 – Estante de Livros Fonte: Audrey Migliani, 2020

Como pode-se ver nas imagens acima independente de qual seja o uso para determinado ambiente é possível que seja feita aplicação da neuroarquitetura, destacando nessas imagens os pontos que possam ser aplicados no projeto do centro de reabilitação de dependente químico, para que seja um espaço saudável. Como a grande presença de vegetação, que tem inúmeros benefícios para o ser humanos que com elas convivem, o uso da madeira ou tons de madeira

171


em busca com da semelhança com a residência dos seus usuários, grande contraste de cores com uso da psicologia das cores, iluminação seja ela artificial ou natural, natural que é sempre feita por grandes abertas, com o uso também de iluminação zenital, móveis que estimulam a semelhança boas e a forma como é feito seu layout, um ambiente agradável garante benefícios no tratamento dos dependentes químicos.

6.3 PARTIDO URBANÍSTICO

Como o próprio nome já diz ao versátil, flexível. O projeto e o meio urbano de primeiro contato vão fazer uso da versatilidade quando dispor de ambientes com proposta de ser utilizado para mais de um fim, com seu uso não apenas para uma finalidade, mas sim algo que permita sua mudança quando for necessário. Como por exemplo na parte interna do projeto as salas multiuso, onde sua função se adequa ao seu uso necessário para o ensino pratico de certa atividade ou certa aula, dando a flexibilidade para que os cursos gratuitos dados aos internos seja uma forma de oferecer algo para a comunidade. E em seu meio urbano um ambiente no qual seja possível que seus usos se alternem entre ambiente público e semi público, para que se tenha um contato entre a população e os internos, que necessitam desse voto de confiança, que precisam ter uma relação saudável, mais informal, um convívio de forma natural com pessoas. Sendo também um ambiente para uso da comunidade, para as pessoas que necessitem de algum serviço que será prestado no edifício, de forma gratuita pelos próprios internos, para que eles tenham oportunidade de colocar em pratica o que aprenderam nos cursos a eles oferecidos. No estudo de caso do Centro Psiquiátrico Friedrichshafen, Centro de Reabilitação Cidade Viva ou como no Centro de Referência e Excelência em Dependência Química (CREDEQ), por mais que não tenha esse uso pode-se pode observar um acesso rápido e fácil ao lado externo do edifício. 172


Isso pode ser aplicado ao projeto apenas com finalidade diferente de uso, também se aplica por meio do uso de porta pivotante ou porta de correr com várias folhas que se juntem cada ambos os lados, permitindo assim um acesso mais rápido e direto ao externo dos espaços.

Figura 105 – Portas Pivotante Fonte: Viva Decora, 2017

Figura 106 – Portas de Correr Fonte: Pinterest, [S.I]

173


Figura 107 - Centro Psiquiátrico Friedrichshafen (Partido) Fonte: Huber Staudt Architects, 2014

Figura 108 - Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva (Partido) Fonte: Antônio Claudio Massa, 2006

Figura 109 – Centro de Referência e Excelência em Dependência Química (Partido) Fonte: Jornal Opção, 2018

174


Voltando no tempo, em memória dos 800 japoneses que sofreram nas mãos de várias pessoas ao chegar no Brasil, como uma forma de os homenagear por terem levando o município de Mogi das Cruzes a âmbito nacional. Proponho ao meio urbanístico o uso de vegetação oriental chamada Maple Japonês (Acer Palmatum), também conhecido como bordô japonês, que possui opções de folhagem verde, vermelha e amarelada com altura média entre 6 e 10 metros, sendo aplicado também com o uso de jardins de areia que são chamados também de jardim zen, onde sua proposta principal é estimular a paz interior por meio de meditação e relaxamento. E também aplicação dos pórticos nas ruas, chamado de portais japoneses, é existente diversos modelos desses portais, o uso para aplicação é chamado de Torii, seu significado seria a passagem do mundo para o algum santuário, geralmente de madeira na cor vermelha pois acredita-se que essa cor tem o poder de espantar doenças, podemos ver os itens citados nas figuras abaixo.

Figura 110 – Maple Japonês (Acer Palmatum), Fonte: FreePik, 2018

175


Figura 111 – Jardim de Areia (Jardim Zen) Fonte: Viva Decora, 2018

Figura 112 – Portal Japonês Torii Fonte: SKDESU, [S.I]

6.4 PROGRAMA DE NECESSIDADES

Lazer / Educação

Programa de Necessidades Popula Condicionante Área Setores Ambiente Função Mobiliário ção Ambiental Minima Suprir as Pias, NBR9050, Dec. 1,5 m² necessid privadas, Sanitários 24 N°12342, por ades lixeiras e Cód.San./SP conjunto pessoais espelho 176


Suprir todas necessid Vestiários ades pessoais / trocas de roupa Dormir, Suítes descans ar Suprir todas Banho necessid Sub ades Ambiente pessoais da Suíte / trocas de roupa

Jogos

Descans o, convivên cia, brincadei ras

Descans o, convivên cia Local para refeições Refeitório / alimenta ção Convivên cia

24

Pias, privadas, NBR9050, Dec. chuveiros, N°12342, lixeiras e Cód.San./SP espelho

6

Camas e armários

6

Pias, privadas, NBR9050, Dec. chuveiros, N°12342, lixeiras e Cód.San./SP espelhos

4 m²

24

Mesas de bilhar, NBR9050, Dec. xadrez, N°12342, tênis de Cód.San./SP, mesa, NBR9077 botão e pebolim

40 m²

24

NBR9050, Dec. N°12342, Sofás e tv Cód.San./SP, NBR9077

40 m²

48

Mesas, lixeiras e cadeiras

NBR9050, Dec. N°12342, Cód.San./SP, NBR9077

48 m²

10 m²

6 m²

NBR9050, Dec. 5 m² por N°12342, leito Cód.San./SP

Sala de Aula

Aprendiz agem

12

Mesas, cadeiras, NBR9050, Dec. armários, N°12342, lixeira e Cód.San./SP lousa

Sala Multiuso

Aprendiz agem

12

Armários, NBR9050, Dec. lixeira e N°12342, lousa Cód.San./SP

10 m²

Ante Câmara

Editar que o som externo atrapalh e

-

NBR9050, Dec. N°12342, Cód.San./SP

4 m²

Lixeira

177


Sala de Som Sub Ambiente da Ante Câmara Sala de Música Sub Ambiente da Ante Câmara Depósito Sub Ambiente da Sala de Música

Observa ção / orientaçã o

2

Mesas, NBR9050, Dec. cadeiras, N°12342, armários e Cód.San./SP lixeira

5 m²

Aprendiz agem

10

Instrument os, palco e cadeiras

NBR9050, Dec. N°12342, Cód.San./SP, NBR9077

10 m²

Guardar objetos

-

Prateleira s

NBR9050, Dec. N°12342, Cód.San./SP

4 m²

12

Mesas, cadeiras, NBR9050, Dec. armários, N°12342, lixeira e Cód.San./SP cavaletes

10 m²

12

Bancadas, NBR9050, Dec. bancos, N°12342, lixeira e Cód.San./SP, lousa NBR9077

10 m²

3

Cadeiras, bancadas, NBR9050, Dec. lixeira, N°12342, aparelhos Cód.San./SP, e NBR9077 espelhos

10 m²

Oficina de Aprendiz Artes agem

Oficina de Aprendiz Marcenari agem a Aprendiz Salão de agem / Cabelerei cuidar de ro si Receber Recepção as Cozinha pessoas Panificaç ão Sub Ambiente Recepção Cozinha

Preparar alimento s/ aprendiz agem

Praticar Academia exercício s

10

Balcão, mesa, lixeira e cadeiras

7

Balcão, mesas, NBR9050, Dec. lixeira, N°12342, 4 m² de armários, Cód.San./SP, área útil pia e NBR9077 cadeiras

12

NBR9050, Dec. Aparelhos N°12342, Cód.San./SP

NBR9050, Dec. N°12342, Cód.San./SP

9 m²

178


NBR9050, Dec. N°12342, Cód.San./SP

Quadras

Praticar esportes

12

Bancos e traves

Piscina

Diversão / praticar esporte

24

Espreguiç NBR9050, Dec. adeiras e N°12342, guarda-sol Cód.San./SP

-

24

Pias, privadas, NBR9050, Dec. chuveiros, N°12342, lixeiras e Cód.San./SP espelho

6 m²

Vestiário Sub Ambiente da Piscina

Jardim

Suprir todas necessid ades pessoais / trocas de roupa Descans o, convivên cia

-

Estaciona Deixar mento os carros

-

NBR9050, Dec. N°12342, Cód.San./SP

-

Uma vaga a cada NBR9050, Dec. 80m² de N°12342, área Cód.San./SP construíd a, ou mínimo 03 vagas

-

Administração

Total Setor: 239,5 m² Receber as pessoas Recepção / dar a primeira orientaçã o Sanitário Suprir as Sub necessid Ambiente ades da pessoais Recepção Arquivo Sub Guardar Ambiente documen da tos Recepção

2

-

NBR9050, Dec. N°12342, Cód.San./SP

1

Pias, privadas, lixeiras e espelho

NBR9050, Dec. N°12342, Cód.San./SP

4 m²

-

Prateleira s

NBR9050, Dec. N°12342, Cód.San./SP

4 m²

9 m²

179


Sala de Espera

Acolher as pessoas confortav elmente até serem chamada s para o atendime nto

Sanitário Masculino Sub Ambiente da Sala de Espera

Suprir as necessid ades pessoais

Sanitário Feminino Sub Ambiente da Sala de Espera

Suprir as necessid ades pessoais

Consultóri Atendim o ento Sanitário Sub Ambiente do Consultóri o

Suprir as necessid ades pessoais

Cuidar da parte Secretaria burocráti ca / atende Garantir boa Sala de visibilida Seguranç de de a todos os ambiente s

10

Mesa de centro e cadeiras

NBR9050, Dec. N°12342, Cód.San./SP, NBR9077

2

Pias, privadas, lixeiras e espelho

NBR9050, Dec. 1,5 m² N°12342, por Cód.San./SP conjunto

2

Pias, privadas, lixeiras e espelho

NBR9050, Dec. 1,2 m² N°12342, por Cód.San./SP conjunto

3

Mesa, NBR9050, Dec. cadeiras e N°12342, armários Cód.San./SP

1

Pias, privadas, lixeiras e espelho

3

Mesa, NBR9050, Dec. cadeiras e N°12342, armários Cód.San./SP

10 m²

3

Mesa, NBR9050, Dec. cadeiras e N°12342, armários Cód.San./SP

10 m²

10 m²

9 m²

NBR9050, Dec. 1,5 m² N°12342, por Cód.San./SP conjunto

180


Sala de Reunião

Para pequena s reuniões / discussã o de assuntos internos

Cuidar Tesourari da parte a burocráti ca Descans Sala de o, Monitores convivên cia Cuidar da parte Diretoria burocráti ca / atende Sanitário Suprir as Sub necessid Ambiente ades da pessoais Diretoria Cuidar da parte Coordena burocráti ção ca / atende Sanitário Sub Suprir as Ambiente necessid da ades Coordena pessoais ção Suprir as Sanitário necessid Masculino ades pessoais Sanitário Feminino

Suprir as necessid ades pessoais

10

Mesa, NBR9050, Dec. cadeiras, N°12342, lousa e tv Cód.San./SP

10 m²

4

Balcão, mesa, lixeira, armário, pia e cadeira

NBR9050, Dec. N°12342, Cód.San./SP

10 m²

10

Mesa, cadeiras e armários

NBR9050, Dec. N°12342, Cód.San./SP, NBR9077

10 m²

3

Mesa, NBR9050, Dec. cadeiras e N°12342, armários Cód.San./SP

10 m²

1

Pias, privadas, lixeiras e espelho

NBR9050, Dec. N°12342, Cód.San./SP

4 m²

3

Mesa, NBR9050, Dec. cadeiras e N°12342, armários Cód.San./SP

10 m²

1

Pias, privadas, lixeiras e espelho

NBR9050, Dec. N°12342, Cód.San./SP

4 m²

10

Pias, privadas, lixeiras e espelho

NBR9050, Dec. 1,5 m² N°12342, por Cód.San./SP conjunto

10

Pias, privadas, lixeiras e espelho

NBR9050, Dec. 1,2 m² N°12342, por Cód.San./SP conjunto 181


Total Setor: 120,9 m² Consultóri o de Atendim Enfermag ento em

Serviços

Sanitário Sub Ambiente do Consultóri o de Enfermag em

Suprir as necessid ades pessoais

Enfermag em Sub Ambiente do Atendim Consultóri ento o de Enfermag em Suprir Banho todas Sub necessid Ambiente ades da pessoais Enfermag / trocas em de roupa Receber Recepção as Cozinha pessoas Copa Sub Ambiente Recepção Cozinha

Pequena se rápidas refeições

Despensa Sub Guardar Ambiente mantime Recepção ntos Cozinha

3

Cadeira, mesa e armário

NBR9050, Dec. N°12342, Cód.San./SP

10 m²

1

Pias, privadas, lixeiras e espelho

NBR9050, Dec. N°12342, Cód.San./SP

4 m²

2

Macas, bancadas, NBR9050, Dec. 5 m² por armários, N°12342, leito eletrônico Cód.San./SP s e tv

1

Pias, privadas, NBR9050, Dec. chuveiros, N°12342, lixeiras e Cód.San./SP espelho

10

10

-

Balcão, mesa, lixeira e cadeiras

NBR9050, Dec. N°12342, Cód.San./SP

Eletrodom ésticos, NBR9050, Dec. mesas, N°12342, cadeiras, Cód.San./SP armário e pia

Prateleira s

NBR9050, Dec. N°12342, Cód.San./SP

4 m²

9 m²

4,5 m²

4 m²

182


Guardar mantime Câmara ntos que Frigorifica necessit Sub am de Ambiente temperat Recepção uras Cozinha mais baixas Panificaç ão Sub Ambiente Recepção Cozinha

Preparar alimento s/ aprendiz agem

Cozinha Sub Preparar Ambiente alimento da s Panificaç ão Lavar todos os Lavagem itens que Sub foram Ambiente sujos no da preparo Cozinha da comida

Área de Serviço

Lavar roupas

Depósito Sub Guardar Ambiente itens Lavanderi a Depósito

Guardar itens

DML Guardar (Depósito materiais Material e itens

NBR9050, Dec. N°12342, Cód.San./SP

-

Prateleira s

7

Balcão, mesas, NBR9050, Dec. lixeira, N°12342, 4 m² de armários, Cód.San./SP, área útil pia e NBR9077 cadeiras

3

Lixeira, balcão, NBR9050, Dec. armários, N°12342, 4 m² de pias e Cód.San./SP, área útil eletrodom NBR9077 ésticos

2

Armários, NBR9050, Dec. 4 m² de lixeiras e N°12342, área útil pias Cód.San./SP

2

Eletrodom ésticos, taboas de NBR9050, Dec. passar N°12342, roupa, Cód.San./SP armário e tanque

4 m²

-

Prateleira s

NBR9050, Dec. N°12342, Cód.San./SP

4 m²

-

Prateleira s

NBR9050, Dec. N°12342, Cód.San./SP

4 m²

-

Prateleira NBR9050, Dec. se N°12342, tanques Cód.San./SP

4 m²

4 m²

183


de Limpeza)

Depósito de Resíduos Comuns Depósito de Resíduos Hospitalar es

Guarda lixo

-

Lixeiras

NBR9050, Dec. N°12342, Cód.San./SP

4 m²

Guarda lixo

-

Lixeiras

NBR9050, Dec. N°12342, Cód.San./SP

4 m²

Funcionários

Total Setor: 85,5 m² Descans Sala de o, Estar / TV convivên cia Suíte Sub Dormir, Ambiente descans da Sala ar de Estar Suprir todas Banho necessid Sub ades Ambiente pessoais da Suíte / trocas de roupa Descans Sala de o, Estar / TV convivên cia Suíte Masculina Dormir, Sub descans Ambiente ar da Sala de Estar Suprir Banho todas Sub necessid Ambiente ades da Suíte pessoais Masculina / trocas de roupa

Sofás, NBR9050, Dec. mesa de N°12342, centro e tv Cód.San./SP

10 m²

NBR9050, Dec. N°12342, Cód.San./SP

8 m²

1

Pias, privadas, NBR9050, Dec. chuveiros, N°12342, lixeiras e Cód.San./SP espelho

4 m²

7

Sofás, NBR9050, Dec. mesa de N°12342, centro e tv Cód.San./SP

10 m²

1

1

Cama e ármario

NBR9050, Dec. 5 m² por N°12342, leito Cód.San./SP

3

Camas e ármarios

1

Pias, privadas, NBR9050, Dec. chuveiros, N°12342, lixeiras e Cód.San./SP espelho

4 m²

184


Suíte Feminina Dormir, Sub descans Ambiente ar da Sala de Estar Suprir Banho todas Sub necessid Ambiente ades da Suíte pessoais Feminina / trocas de roupa Suprir as Sanitário necessid Masculino ades pessoais Suprir as necessid ades pessoais Suprir todas necessid Vestiário ades Masculino pessoais / trocas de roupa Suprir todas necessid Vestiário ades Feminino pessoais / trocas de roupa Sanitário Feminino

Estaciona Deixar mento os carros

NBR9050, Dec. 5 m² por N°12342, leito Cód.San./SP

3

Camas e armários

1

Pias, privadas, NBR9050, Dec. chuveiros, N°12342, lixeiras e Cód.San./SP espelho

10

Pias, privadas, lixeiras e espelho

NBR9050, Dec. 1,5 m² N°12342, por Cód.San./SP conjunto

10

Pias, privadas, lixeiras e espelho

NBR9050, Dec. 1,2 m² N°12342, por Cód.San./SP conjunto

10

Pias, privadas, NBR9050, Dec. chuveiros, N°12342, lixeiras e Cód.San./SP espelho

6 m²

10

Pias, privadas, NBR9050, Dec. chuveiros, N°12342, lixeiras e Cód.San./SP espelho

6 m²

-

4 m²

Uma vaga a cada NBR9050, Dec. 80m² de N°12342, área Cód.San./SP construíd a, ou mínimo 03 vagas Total Setor: 162,2 m²

185


Comunidade

Auditório

Sanitário Masculino Sub Ambiente do Auditório Sanitário Feminino Sub Ambiente do Auditório

Demais

Corredor

Para palestras e possívei s eventos

102

NBR9050, Dec. N°12342, Cadeira e Cód.San./SP, projetor NBR9077, NBR11742

Suprir as necessid ades pessoais

50

Pia, NBR9050, Dec. 1,5 m² privada e N°12342, por espelho Cód.San./SP conjunto

Suprir as necessid ades pessoais

50

Pia, NBR9050, Dec. 1,2 m² privada e N°12342, por espelho Cód.San./SP conjunto

Circulaç ão

Área Horta para plantio Reflexão , entreteni mento, Praça relaxame nto e atendime nto Armazen Abrigo de ar Lixo resíduos Temporári temporar o iamente Depósito Armazen de Água ar água

81,6 m²

Total Setor: 95,1 m² NBR9050, Dec. N°12342, Cód.San./SP, NBR9077, NBR11742

-

-

-

-

NBR9050, Dec. N°12342

-

Bancos

NBR9050, Dec. N°12342

-

-

NBR9050, Dec. N°12342, Cód.San./SP, NBR9077

-

-

-

-

Código Sanitário / SP Total: 703,2 m²

Tabela 8 – Programa de Necessidades Fonte: Autor, 2021.

186


Programa de necessidades obteve referências do projeto Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Cidade Viva, por ser o estudo de caso apresentado mais completo.

6.5 ESTUDOS DE MASSA E VOLUMETRIA

Figura 113 – Estudo de Massa e Volumetria Vista 1 Fonte: Autor, 2021. Legenda: Rua Benecdito Dias, 1 – Mogi das Cruzes / SP – Brasil

Figura 114 – Estudo de Massa e Volumetria Vista 2 Fonte: Autor, 2021. Legenda: Rua César Dias Moreira – Mogi das Cruzes / SP – Brasil

Figura 115 – Estudo de Massa e Volumetria Vista 3 Fonte: Autor, 2021. Legenda: Rua Ana Alexandrina Barbosa – Mogi das Cruzes / SP - Brasil

187


Figura 116 – Estudo de Massa e Volumetria Vista Superior Fonte: Autor, 2021.

6.6 SETORIZAÇÃO

Principal intenção em setorizar o projeto por hierarquias.

Legenda: Vermelho: Serviços; Amarelo: Comunidade; Rosa: Funcionários;

188


Azul: Pacientes Verde: Terreno; Cinza: Lazer e Educacional; Preto: Administração e Recepção; Figura 117 – Setorização Fonte: Autor, 2021.

Legenda: Vermelho: Serviços; Amarelo: Comunidade; Rosa: Funcionários; Azul: Pacientes Verde: Terreno; Cinza: Lazer e Educacional; Preto: Administração e Recepção; Figura 118 – Setorização Fonte: Autor, 2021.

6.7 IMPLANTAÇÃO

Além das demais intenções de projeto apresentadas, tem a implantação onde se apresenta diferentes acessos ao edifício, seus principais acessos pela Rua Ana

189


Alexandrina Barbosa por ter um movimento menor, e áreas de lazer voltadas a face norte do terreno para melhor aproveitamento das horas de sol.

Legenda: Vermelho: Estacionamento Pacientes; Amarelo: Estacionamento Funcionários; Azul: Doca Cinza: Lazer / Educacional; Branco: Projeção Edifício; Verde: Terreno; Acesso Pedestre; Acesso Estacionamento Pacientes; Acesso Estacionamento Funcionários; Acesso Doca; Figura 119 – Implantação Fonte: Autor, 2021.

190


CONSIDERAÇÕES FINAIS

A conclusão do trabalho em questão possibilitará obter diretrizes para execução do projeto de centro de reabilitação para dependente químico, para que o tratamento oferecido seja adequado, auxiliando em cada desafio que aparece no meio do tratamento, também de modo que seja agradável, pois como dito no trabalho um tratamento eficaz é aquele que atende às diversas necessidades dos indivíduos e não apenas ao uso de drogas. Diversas são as diretrizes obtidas para execução do projeto, como a história dessas substâncias psicoativas ao longo do tempo, entendendo como essas drogas ilícitas agem no sistema nervoso, vendo qual a destruição que isso causa na vida pessoal de cada indivíduo, seus familiares e na sociedade como um todo, seja nacional ou internacional. Analisado qual a situação atual no Brasil, em São Paulo, ou em Mogi das Cruzes, quais são os tratamentos oferecidos, como são oferecidos, em quais condições são oferecidos. É importante pesquisa e análise sobre o local a ser implantado o projeto, em relação a quantidade de serviços oferecidos, seja ele por meio de um centro de reabilitação ou algum local que ofereça algum auxílio, orientação, seu número é insatisfatório, ainda mais quando se trata de um tratamento gratuito. Quando existem algum espaço para tratar essa doença de forma gratuita ou não, normalmente esses ambientes são antigas residências adaptadas para atender. É de suma relevância o assunto tratado, já que o uso dessas substâncias se inicia cada vez mais cedo, assunto que tem que ser tratado pela sociedade como uma doença, já que além de uma linha de tratamento específico em seu atendimento é indispensável que o adicto possa conta com o apoio de sua família para obter benefícios em sua recuperação. Buscando assim embasamento teórico suficiente para desenvolvimento do projeto de um centro de reabilitação que atenda as reais necessidades dos adictos, de modo que eles tenham assim um tratamento de qualidade, garantindo também junto ao tratamento o bem-estar.

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