Catálogo - Exposição Ponto de Convergência (22º Salão Anapolino de Arte)

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Galeria Antônio Sibasolly De 15 de outubro a 16 de dezembro de 2016 Anápolis - Goiás - Brasil Antonio Sibasolly Gallery From October 15 to December 16, 2016 Anapolis - Goias - Brazil

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...Onde as narrativas poéticas se encontram...

A mostra Ponto de Convergência compõe o calendário do 22º Salão Anapolino de Arte. Nesta edição, com o aporte financeiro do Fundo de Arte e Cultura de Goiás para sua execução, tornou-se possível a realização de uma programação mais extensa, incluindo, também, mesa redonda e oficinas realizadas pelos premiados para artistas locais, enriquecendo o processo de vivências e troca de experiências. O conceito curatorial da mostra coletiva dos premiados mantém o mesmo da dos selecionados, porém, os núcleos ganharam novos formatos. As obras de Alice Lara que, anteriormente, inseriramse no conjunto de trabalhos conectores, agora são apresentadas com as de Vítor Mizael, criando o conjunto que lida com questões relacionadas à arte, ciência e política. A dupla Luciana Ohira e Sergio Bonilha migrou do grupo que tinha a arte e a ciência como viés, e agora fazem par a Talles Lopes em um núcleo dedicado à arte e à política. Alguns dicionários de língua portuguesa classificam ponto de convergência como um termo da geometria, que mostra elos que se encontram em uma forma geométrica, como se fosse um ponto de encontro entre duas ou mais formas. Já a física o classifica como uma propriedade de um feixe de radiação, em que os raios se dirigem para um mesmo ponto. Ao aproximar os trabalhos de Vítor Mizael com os de Alice Lara e os de Talles Lopes com os da dupla Ohira e Bonilha, é possível notar convergências casuais de suas narrativas poéticas, o que é algo natural por se tratar de jovens artistas que operam conceitos e manobras intelectuais compatíveis com o homem do hoje e do agora. Assim como na mostra dos selecionados no 22º Salão Anapolino de Arte, em que Vítor Mizael apresentou a instalação Sem Título. 2016, realizada

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com pássaros taxidermizados, pêndulos e cabos de aço, a curadoria manteve para esta exposição o mesmo norte. São apresentadas duas instalações que reafirmam a pesquisa de longa data e marca a trajetória do artista. Mizael aborda em seus trabalhos temas que se antagonizam, como vida e morte; liberdade e prisão. A instalação Sem Título. 2016 é composta por pinturas feitas sobre caixas de madeira em formatos e tamanhos diferentes, que se articulam por encaixes e fios de cabo de aço, compondo verdadeiros arranjos que transitam entre a precisão da geometria e o sinuoso do orgânico. Artista de grande habilidade técnica, ele garante ao conjunto de trabalhos produzidos excelente fatura final. Vítor, que anteriormente investigou e explorou a anatomia humana e animal, agora se dedica, nessa nova série, à pesquisa sobre botânica. Imprime sobre a superfície da madeira suas impressões sobre algumas espécies da flora brasileira. O conjunto pictórico ainda conta com a presença das figuras de aves, porém agora não como elemento central de sua narrativa, mas sim, como pássaros visitantes. A obra provoca no fruidor a lembrança de uma varanda qualquer, repleta de vasos ou xaxins suspensos, na qual um beija-flor urbano, num final de tarde ensolarada, aparece para se refrescar e se alimentar do néctar das flores. Assim como Margaret Mee, artista-ilustradora botânica inglesa que fez escola na ilustração botânica brasileira, Mizael une arte e ciência, meios aparentemente distintos, criando narrativas e relações a serem pensadas em ambas as áreas do conhecimento.

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Em Diorama, instalação composta por madeira, lápis, grafite em pó, grama e pássaros empalhados, o artista lida com questões sobre a vida e a morte dos animais que tiveram seus corpos imortalizados por meio do procedimento científico e milenar da taxidermia. É perceptível seu interesse pela memória coletiva e individual que envolve a história das aves mortas e recolhidas em criadouros, lugares onde por toda vida estiveram presas e privadas do gesto mais natural de suas espécies, o vôo. Assim como nos dioramas apresentados em instituições museológicas, a obra de Vítor apresenta impressionante realismo na associação das aves taxidermizadas com a paisagem realizada sobre as placas de madeira, mais uma vez evidenciando o domínio técnico do artista. Diorama tem um quê de elementos pertencentes ao universo da arquitetura. Sua estrutura feita com caibros de madeira funciona como pilares que sustentam a paisagem imaginária ali instalada. Ainda pensando em arquitetura, ao observar as aves atravessadas nas chapas de compensado que compõem o suporte da paisagem, é possível fazer uma analogia aos grandes arranha- céus com pele de vidro, que refletem apenas o azul do céu, provocando a morte de várias aves ao se chocarem contra algo que não deveria estar ali. Há milhares de anos atrás, ainda no período préhistórico, bisões, mamutes e cavalos estampavam as paredes das cavernas com uma arte naturalista, envolvida por magia. A relação do homem com suas representações no decorrer do tempo, deixou de ser de assombro e passou a ser de domínio não meramente estético, mas sim de poder sobre algo que se tornava possível domesticar e, portanto, servi-lo. O interesse por espécies não humanas

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é perceptível nas inúmeras obras registradas ao longo da história da arte que tiveram animais como tema. Na arte contemporânea se torna raro ver animais representados de forma simbólica ou sentimental. Nela, eles já não são retratados, mas sim apresentados. Muitos artistas lançam mão de animais vivos ou cadáveres para criarem suas metáforas. Tais utilizações acabam se transformando em um novo tema, o dos direitos da integridade desses animais usados em obras de arte. É justamente a falta de consciência e de políticas públicas que garantam a integridade dos animais o tema dos trabalhos produzidos por Alice Lara. Alice vive e trabalha em uma chácara que, apesar de estar localizada no meio de uma área urbana, oferece à artista várias vivências importantes para realização de sua obra. Os trabalhos debatem a tensão entre seres humanos e animais, expressam a falta de afeto e importância dada pelo homem aos animais, evidenciando suas atitudes perversas e maldosas. No sentido avesso de um sistema globalizado que determina formas de representação ostensivas e mediatizadas, com a utilização dos meios mais sofisticados do universo high tech, Alice Lara lança mão da pintura sobre tela para dialogar com o mundo. Ao contrário de Vítor Mizael, que produz seus trabalhos utilizando animais oriundos de criadouros autorizados pelo IBAMA, Alice realiza suas obras a partir de fatos reais, de matérias e reportagens que trazem como foco fatos envolvendo animais de natureza, muitas vezes, não domesticáveis, que se encontram abandonados ou em cativeiros ilegais.


Ao visitar o ateliê de Lara em Vicente Pires, o curador se deparou com uma vasta produção, o que acabou influenciando todo processo curatorial. Foram escolhidos trabalhos de três séries para compor a mostra, traçando um panorama da curta e inquietante trajetória de Alice. Os trabalhos da série Coração na Jaula apresentam a relação do homem versus animal em diversas situações, ora os animais em seu habitat natural, ora alvejados, ora somente a sensação de sua presença, como em uma das pinturas que a figura de um homem caído ao chão se encontra ao lado de uma jaula supostamente vazia. Mas será mesmo que estava vazia? Ou o animal, após ter atacado ou matado aquele homem, estaria ali, distante dos olhos da artista e do fruidor. Os trabalhos desta série denunciam o pouco espaço destinado aos animais, que muitas vezes são aprisionados à proporção de seus corpos. Pinturas com imagens de cães da raça pit-bull se digladiando e todos ensanguentados compõem a série intitulada Amores Perros (‘amor de cão’ em tradução livre), o que cria um contexto dicotômico e irônico entre título e obra. Embora estejam incluídas na Lei de Crimes Ambientais e a cada dia mais repudiadas pela sociedade, as rinhas de cães persistem em algumas partes do país, satisfazendo uma sociedade doente que se diverte com a violência e o sofrimento de seres inocentes. Os trabalhos chamam a atenção pela dramaticidade contida nos olhares dos animais e por serem carregadas de sentimentos, de dor e medo. Finéstra, palavra de origem italiana que significa janela, dá nome a outra série apresentada pela artista. Alice explora nos trabalhos a relação existente entre animais e os ambientes em que

eles se encontram presos. A artista possibilita ao fruidor ver os dois lados do mundo oferecido aos animais que vivem em cativeiros. Em Antílope é possível perceber uma situação dicotômica. Os animais posicionados à extrema direita da tela não chegam a ocupar a metade da área da obra, proporcionando ao expectador a sensação de haver mais espaço do que habitualmente é destinado a eles. Além das três séries, integra o conjunto de trabalhos apresentados por Lara, a obra Subversão. 2015 e o trabalho sem título realizado em parceria com o artista visual Henrique Detomi. Neste último, um tríptico com fundo de paisagem naturalista, animais e pessoas aparecem dependurados em uma balança. O trabalho, ao apresentar uma descompensada lógica do fiel do instrumento utilizado para mensurar a massa dos corpos, tensiona as relações de políticas de convivência estabelecidas entre homens e animais. Um amontoado de pedras, cavernas, acampamentos, aldeias, povoados, cidades. Ao longo da História, a cidade assumiu diversas formas, mas antes de todas essas formatações, observa-se principalmente sua função na vida social. Para além de pedras e tijolos, a cidade agrega à sua existência significados simbólicos produzidos pela trajetória de seus moradores. Os trabalhos apresentados na mostra por Talles Lopes, Luciana Ohira e Sergio Bonilha convergem suas narrativas poéticas para a cidade como lugar de confronto de ideias, de conflitos, de encontros e desencontros. Os artistas apontam como a política e as relações sociais influenciam o formato, o uso e a ocupação dos espaços. Artista mais jovem da mostra, com apenas 19

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anos, Talles Lopes - além de ser uma revelação recente no cenário das artes - é considerado uma das grandes promessas da arte contemporânea em Goiás. Lopes participa da exposição com um conjunto de 13 desenhos e um objeto. As obras chamam a atenção por retratarem os tempos sombrios vividos na política socioeconômica atual do país. Representações de estruturas de madeira, ora como se fossem os andaimes usados na construção civil, ora como currais, erguem-se sobre as superfícies dos mapas de cidades e países. Gráficos com dados estatísticos sobre assentamentos rurais, ocupações, renda domiciliar, características étnicoraciais da população brasileira e o personagem híbrido com terno preto e cabeça que lembra a de um coelho alinhavam toda narrativa poética do conjunto de trabalhos apresentados por Lopes. Talles, ao desenhar mapas, não tem a intenção de fazer apenas meras reproduções, com caráter instrumental, da representação gráfica e plana de um bairro, cidade, país ou continente. Sua busca é por uma cartografia que apresente não só as funções clássicas dos mapas, mas as questões de ordem social e cultural implícitas. O artista vê nas cartas geográficas elementos discursivos para discutir as condições do homem contemporâneo no espaço em que ele habita. Em alguns dos trabalhos expostos, Talles utilizou o mapa da cidade de Anápolis, dando destaque para regiões nas quais foi implementado o programa social do governo federal “Minha Casa Minha Vida”. Ao observar os trabalhos, logo se percebe e, muitas vezes, indaga-se porque os loteamentos destinados ao programa são periféricos, longínquos e carente de condições básicas de infraestrutura. As obras evidenciam o quanto as

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regras de ocupação das cidades foram feitas por poucos e para poucos, ignorando as classes sociais menos favorecidas e fortalecendo a manutenção da existência dos guetos. Durante a realização das ações educativas, em especial os trabalhos da série As Américas e Sem Titulo. 2016 - o do mapa do Plano Piloto de Brasília - chamaram atenção dos educandos e visitantes. No trabalho Nelson Rodrigues, da série As Américas, o artista cria uma alegoria que remete ao sentimento vira-lata cultivado, há décadas, pelos brasileiros. Planos e escadas de madeira são ocupados por figuras em situações de submissão, enfatizando o poder neoliberal dos Estados Unidos da América e a certeza das diversas formas e espécies de condenação. No desenho Norte, ele inverte o mapa de cabeça para baixo, criando um ruído psicológico entre o personagem que se encontra em um momento aparentemente reflexivo e o sentido lógico da disposição geográfica do mapa. No trabalho Sem Titulo. 2016. Talles desenha o mapa do Plano Piloto, do eixo monumental de Brasília. Nele, imprime no sentido diagonal a imagem representativa do muro utilizado durante muro desenhado por Lopes conduz a uma espécie de plataforma onde uma forca do século XIX tem suas formas espelhadas, portanto oferecendo uma possível condenação para os dois lados do muro. As legendas do mapa chamam a atenção por apresentar o sentido geográfico da cidade como ele realmente é. Brasília foi construída no sentido Leste – Oeste e não Norte – Sul, como geralmente nós vemos. O trabalho instiga reflexões sobre a lógica com que são feitos os planos, as decisões e as políticas públicas, deixando claro a divisão


econômica, cultural e principalmente política do país. A obra de Talles deixa para o expectador questões como: Qual modelo de cidade o homem contemporâneo insiste em reproduzir? Até quando existirá o apartheid, que deixa pobres vivendo em guetos e ricos em fortalezas? A localização geográfica, a importância histórica na construção de Brasília e a dinâmica industrial e capitalista de Anápolis chamaram a atenção da dupla Luciana Ohira e Sergio Bonilha. Para a mostra os artistas produziram a instalação A cidade e seus pilares. Composta por uma impressora térmica, um micro computador, uma mesa de madeira, estruturas de madeiras e acrílico suspensas no ar; e um conjunto de oito fotografias fixadas na parede, a obra tem a intenção de tratar das relações hipotéticas existentes entre as tendências neoliberais e neodesenvolvimentistas. Ao adentrar na sala expositiva o público se depara com uma obra leve, de poucos elementos físicos, mas que preenche o espaço de uma forma impressionante. Fotografias das fachadas de prédios e casas dos quarteirões adjacentes à Praça Bom Jesus encontram-se envelopados por peças de madeira e acrílico em formato de L. O conjunto desses objetos suspensos trazem as imagens fotografadas e impressas sobre papel termossensível. Produzidas em uma escala de 1:100, as impressões, durante o período da mostra, devido à exposição à luz, irão lentamente desaparecer. A montagem do trabalho coloca em perspectiva ricos detalhes da arquitetura que testemunham a construção histórica da cidade, criando possíveis paralelos entre passado, presente e futuro.

Não diferentemente de tantas outras cidades, Anápolis teve sua origem a partir de uma pequena aglomeração de casas que se formou nos arredores de sua primeira igreja, a matriz de Sant’Ana. Hoje, porém, sediada no centro da cidade, a Igreja e a Praça Bom Jesus simbolizam o ponto de partida para a construção da cartografia de Anápolis. No trabalho é possível perceber a representação dessa base na figura da mesa de madeira com pés de metal. O móvel, além de funcionar como base para a instalação, é o único elemento do conjunto que toca o piso, assumindo assim, o papel poético de pilares da cidade. Paralelas ao conjunto suspenso, que, por mera coincidência, tem a forma de um crucifixo, foram fixadas à parede oito fotografias de outdoors com a palavra “Disponível” pintada à mão com pequenas variações de tamanho. Feitas durante o trajeto de volta dos artistas para o aeroporto de Brasília, as imagens traçam um rota imaginária, apontando para um deslocamento geográfico carregado de histórias e memórias. Por tratar de questões específicas da dinâmica arquitetônica, econômica e social de Anápolis, o trabalho foi gentilmente doado por Lucina e Sergio para ser incorporado ao acervo do Museu de Artes Plásticas de Anápolis – MAPA.

*Curador do Salão Coordenador e Curador da Galeria Antônio Sibasolly

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. . . Where the poetic narrations meet…

The Focal Point exhibition makes part of the 22nd Art Salon of Anapolis. At this edition, counting on a financial contribution from the Fund for Art and Culture of Goias for its implementation, a more extensive programming will be possible, including here a roundtable discussion and workshops for local artists, carried out by its award-winners, what will enrich the process and allow the exchange of background experiences.

death and freedom vs. prison.

The curatorial concept for the award-winners of the group exhibition is the same as the selected artists. Nevertheless, the nuclei have acquired new formats: The artworks by Alice Lara, which previously made part of the connector work set, are now showed together with the ones by Vítor Mizael, which creates a set that deals with issues related to Arts, Science and Politics. The duo comprised by Ohira and Sergio Bonilha has migrated from the group that had Arts and Science as the bias, working now with Talles Lopes in a nucleus dedicated to Arts and Politics.

Vítor, who previously investigated and explored the human and animal anatomies, at this new series dedicates himself to the research on botanic issues. On wooden surface, he prints his impressions on some species of the Brazilian flora. The set of pictures counts in addition on pictures of birds. However, currently, they are not the central element of its narration, but visitor birds. The artwork provokes in the spectator memories of a kind of a porch, full of vases or suspended ferns, in which an urban humming bird shows up at the sunset to freshen up and feed from the nectar of the flowers.

Some Portuguese language dictionaries classify the expression ‘ponto de convergência’ (‘convergence point’, in English) as a geometry term related to links that end up meeting in a geometric form as if they were a meeting point between two or more forms. Whereas in Physics, it is the property of a radiation beam whose rays go towards the same point. When we attentively try to connect all the artworks together – the ones by Vítor Mizael, the ones by Alice Lara, the ones by Talles Lopes – to the ones by Ohira and Bonilha, it is the moment that we can perceive the casual convergences of their poetic narration, which is something natural, since they are young artists who deal with intellectual concepts and maneuvers that are compatible with human life at present. The same way we did at the exhibition of the selected artists of the 22nd Art Salon of Anapolis – where Vítor Mizael showed the Untitled 2016 installation, cables – the curatorship have done at this present exhibition. There are two installations by this artist, what brings out his longstanding research and highlights his background trajectory. In his works, Mizael touches on antagonistic issues, such as life vs.

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The installation Untitled, 2016, compound by and sizes, hanging together with fittings and steel wires, creates amazing arrangements that go from geometry accurateness through organic sinuosity. Being an artist of great technical ability, he brings up an excellent outcome to his artwork production.

Like Margaret Mee, an English botanist illustrator artist who was a prominent figure in the Brazilian botanical illustration, Mizael joins Arts and Science – which are apparently do not match – to create narrations and relations that get the spectator to ponder on those two areas of knowledge. In Diorama, an installation composed by wood, this artist deals with issues related to life and death of the animals that got their bodies immortalized through a millenarian scientific procedure: taxidermy. It is noticeable his interest in individual and group memories involving stories of dead birds collected from birdrooms – places where they, throughout their whole lives, got imprisoned and deprived from the most common action of their species: the act of flying. As well as in the dioramas presented in museum institutions, the artwork by Vítor shows impressive landscape created on wooden plates, what, again, highlights his technical mastery.


Diorama has a hint of elements belonging to the universe of architecture. Its structure, made of wooden beams, works as pillars supporting the imaginary landscape installed there. When we think over architecture, if someone observes the birds going through the plywood sheets that compose the support frame of the landscape, it is possible to make an analogy to big mirroring glass skyscrapers: they only reflect the blue sky, what provokes the death of several birds that bump into something that should not be there. Thousands of years ago, yet in the prehistoric period, bison, mammoths and horses use to scrape cave walls, doing a naturalistic art, surrounded by magic. As time went by, the relationship of human beings with their representations stopped being haunting and ended up turning into something that they could dominate, not only merely aesthetically, but also something that they could master, tame, and, therefore, something that they would exploit. Our interest in non-human species can be noticed in numerous works recorded throughout art histories in which animals are the topic. In contemporary art, it is uncommon having animals depicted, no matter if that is done symbolically or sentimentally. In it, they are not portrayed, they are ‘presented’. Many artists make use of living animals – or their corpses – to have their metaphors created. Such uses end up becoming a new topic: the legal right of the integrity of the animal that are used in artworks. That is, exactly, the artwork topic that Alice Lara shows us up: the lack of awareness and of public policies that guarantee the integrity of animals. Alice lives and works in a small farm that, despite being located in an urban area, brings her favorable conditions on her art accomplishment. Her works discuss the tension between human beings and seriousness we give to animals. In addition, make us face our perverse and naughty attitudes. Contrary to that globalized system – which demands have mediatized ostensible forms of expression, using the most sophisticated means existent in the high tech universe – Alice Lara makes use of painting

on canvas in order to talk with the world. Unlike Vítor Mizael – who makes his artworks using animals from breeding places holding written consent by IBAMA (Brazilian Institute of Environment and Renewable Natural Resources) –, Alice makes her works from true facts, media subjects and reports, all related to animals (sometimes undomesticable ones) that are abandoned or found in illegal captivity. When the exhibition curator stopped by Lara’s studio, he came across a vast art production, what ended up influencing all the curatorial process. To compose the exhibition, the curatorship chose artworks of three series that outline the panorama on the short, provoking Alice’s background. The works of the series Coração na Jaula (Heart in Cage) show the relationship that mankind have with animals in several situations: sometimes the animals are in their natural habitat, sometimes dead shot and, sometimes, with their presence only sensed. The latter happens in one of the paintings: there is a man down on the floor next to a supposedly empty cage. We can it attacked or killed that man, has been somewhere there, away from the artist’s or the spectator’s eyes. The artworks of this series denounce the little space for animals. There are times when they are caged at a place that has the same size as their bodies. Paintings that depict pit-bull dogs fighting among one another – and getting their whole bodies bloody – make part of the series titled Amores Perros (Love of Dogs), what creates a dichotomous, ironic context between title and work. The dogfights are prohibited in Brazil – according to the Brazilian Law of Environmental Crimes – and our society repudiates them more and more each day. Nevertheless, they have occurred here and there in our country, satisfying those sick people beings. The artworks cause a stir, not only because of the drama that we can notice implicitly in the animal looks, but also because they are loaded with feelings, pain and fear. Finéstra, word of Italian origin that means window, is the name of the other series showed by this artist. In

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these works, Alice explores the relationship between animals themselves and the environment where they are stuck. The artist makes it possible for the spectator to notice both sides of the world faced by the animals that live in captivity. In Antílope, we can perceive a dichotomous situation: The amount of animals placed on the far right of the canvas is not enough to occupy half of the work area. This simple fact gives the spectator the feeling that something is missing. In addition to three series: the work Subversão (‘Subversion’), 2015, and the untitled work produced in partnership with the visual artist Henrique Detomi. In the latter, a triptych, on naturalistic landscape background, shows us animals and people hung in a balance. This work – which shows an uncompensated logic of the accurate instrument used for measuring the body mass – strains the relations on policies of coexistence established between people and animals. A pile of stones, caves, camps, villages, towns, cities. Throughout history, cities have taken several forms, but the core of all those configurations, anybody could notice, have been the functionality of social life. Apart from the stones and bricks, a city adds to its existence symbolic meanings produced by the history of its residents. At the exhibition, the artworks showed by Talles Lopes, Luciana Ohira and Sergio Bonilha converge their poetic narrations to the city as the place of confrontation of ideas, of conflicts, of comings and goings. These artists format, use and occupation of spaces. The youngest artist at the exhibition, at 19 years of age, Lopes, besides being a recent newcomer at the art context, is considered one of the greatest promises in the scenario of the contemporary art in Goias. Lopes takes part in the exhibition with a set of 13 drawings and 1 art object. His artworks stand out by portraying the dark times Brazilian people have faced throughout its current socioeconomic policy. Representations made of wooden structures – sometimes as they were corrals – stand up on the

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surfaces of maps of cities and countries. Graphics containing statistical data on rural settlements, occupations, household incomes, racial-ethnic characteristics of the Brazilian population, the hybrid character in black suit and a rabbit-like head are things that align themselves completely in the poetic narration of the set of works presented by Lopes. Talles, when drawing maps, has no intent to create only reproductions, a pure service character, of the plain and graphic representation of neighborhoods, cities, countries or continents. His search is for a cartography that shows not only the classic functions of maps, but also the social and cultural issues implied. This artist sees, on the geographic maps, discourse elements to talk over the contemporary humankind conditions in the space where they live. In some works being shown, Talles made use of the map of the city of Anapolis, highlighting the regions where the Brazilian social program called ‘Minha Casa Minha Vida’ (‘My House, My Life’) was implemented. When somebody looks at his works soon notices – and sometimes search for the reasons – that the allotments designed to the housing program are far away from the city center and lack of basic infrastructure conditions. His works show how the occupation rules of the cities were created by few people and for few people, how they ignore the least-favored social classes and strengthen the continuing existence of ghettos. During the implementation of the educational actions, in particular two artworks – ‘As Américas’ (‘The Americas’) and ‘Untitled’, 2016 (the latter one depicting the plan pilot for the foundation of Brasilia) – caused a stir among the students and visitors. In the diptych As Américas, the artist creates an allegory that refers to the ‘stray dog feeling’, which is something that the Latin Americans have cultivated for decades. In one of the drawings, the map is upside down, creating a psychological disturbance in relation to the character – who is apparently thoughtful – and the logical geographical direction of the map. In the other drawing, planes and wooden ladders are occupied by figures that seem to be somehow overwhelmed, what highlights the neoliberal power of


the United States, bringing us the certainty of several forms and types of condemnation. At the Untitled Work, 2016, Talles draws a map depicting the Plano Piloto and the Eixo Monumental (places in the central region of Brasilia). In it, he prints, in the diagonal direction, the image that represents the separation wall that was built during the public demonstration at the time of the impeachment The separation wall, drawn by Lopes, leads to a kind of platform on which a gallows from the 19th century has their shapes mirrored, what implies a probable conviction for both of the wall sides. The map legends draw our attention because they present the city geographic direction the way it is in reality: Brasilia was built in an East-West direction, not in a NorthSouth direction, what is the way we usually find in maps. This artwork encourages reflections on the logic existent in plans, decisions and public policies, making it clear to us how the country deals with issues concerning economy, culture and, mainly, politics. The work by Talles passes on some queries to the spectator, such as: What is the model of the city that the contemporary citizen insists on reproducing? How long will the apartheid continue existing, since it makes the poor live in ghettos and the rich in fortresses? The geographic location, the historical importance over the construction of Brasilia and the industrial, capitalistic dynamics of the city of Anapolis are the topics that Luciana Ohira and Sergio Bonilha work with. To the exhibition, these artists produced the installation entitled A Cidade e seus Pilares (‘The City and its Pillars’). Their artwork is composed of a thermal printer, a microcomputer, a wooden table, some structures made of wood and acrylic suspended in the air and a set of eight photographs attached to the wall. Its aim is to deal with the hypothetical relations existent between the neoliberal and the neodevelopmentist trends. When entering the exhibition room, the spectator faces a light artwork that, despite being composed of only few physical elements, fulfills the space in an impressive way. Photographs of the facades of the

buildings and houses of the neighborhood area next to Praça Bom Jesus (a square in the city center of Anapolis) are completely enclosed with pieces made of wood and acrylic in L format. Since the prints were made in a scale of 1:100, and due to the light exposure, they should fade out slowly throughout the exhibition time. The artwork mounting enhances the rich architectural details that witness the historical construction of the city, creating possible parallels comprising past, present and future. Not unlike many other towns, the city of Anapolis had its origin from a little cluster of houses that emerged around its first church, called, at that time, ‘Igreja Matriz de Sant’Ana’ (‘the Main Church of Santana’). Presently, however, located in the city center, Igreja Bom Jesus (‘Good Jesus Church’) and Praça Bom Jesus (‘Good Jesus Square’) symbolize the starting point for the development of the cartography in the city of Anapolis. At the artwork, it is possible to notice the representation of that foundation, figured by the wooden table with metal legs. That piece of furniture, besides working as the basis for the installation, is the only element of the set that touches the floor, that way assuming the poetical role of the pillars of the city. Parallel to the suspended set – which, by mere coincidence, has the shape of a crucifix – there are eight photographs of billboards attached to the wall, containing the word ‘disponível’ (‘available’) handpainted, which vary very little in size. The images, done along the artists’ return journey to the airport of Brasilia, outline an imaginary route that points to a geographical displacement loaded with histories and reminiscences. Because the artwork involves specific matters over the architectural, economic and social dynamics of Anapolis, Lucina and Sergio donated it to the museum. From now on, it makes part of the collection of the MAPA (Museum of Fine Arts of Anapolis).

*Coordinator and Curator of Antonio Sibasolly Gallery

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Artista | Artist VĂ­tor Mizael - SP

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Detalhe | Detail

Diorama. 2013. Desenho sobre madeira, pĂĄssaros taxidermizados e grama natural. DimensĂľes variĂĄveis.

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Artista | Artist VĂ­tor Mizael - SP

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Detalhe | Detail

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2014. 2014. Vídeo. 1min 14s. 2014. 2014 Video. 1 min 14s. 24


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Sem título. 2016. Acrílica sobre madeira e cabos de aço. Dimensões variáveis. Untitled. 2016. Acrylic on wood and steel cables. Variable dimensions.

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Detalhe | Detail

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Artista | Artist Alice Lara - DF

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Coração na jaula (homem caído). 2012/2013. Óleo sobre tela. 120 x 150 cm. Coleção Sérgio Carvalho. Heart in a cage (man down). 2012/2013. Oil on canvas. 120 x 150 cm. Sérgio Carvalho Collection. 32


Coração na jaula (animais na floresta). 2012/2013. Óleo sobre tela. 120 x 150 cm. Coleção Sérgio Carvalho. Heart in a cage (animals in the forest). 2012/2013. Oil on canvas. 120 x 150 cm. Sérgio Carvalho Collection. 33


Coração na jaula (zebra por baixo). 2012/2013. Óleo sobre tela. 40 x 30 cm. Coleção Sérgio Carvalho. Coração na jaula (animal de costas). 2012/2013. Óleo sobre tela. 40 x 30 cm. Acervo da Artista. Coração na jaula (zebra alvejada lateral). 2012/2013. Óleo sobre tela. 30 x 40 cm. Coleção Sérgio Carvalho. Coração na jaula (leão alvejado). 2012/2013. Óleo sobre tela. 30 x 40 cm. Coleção Sérgio Carvalho. Heart in a cage (zebra from below). 2012/2013. Oil on canvas. 40 x 30 cm. Sérgio Carvalho Collection. Heart in a cage (animal on its back). 2012/2013. Oil on canvas. 40 x 30 cm. Artist Collection. Heart in a cage (zebra shot sideways). 2012/2013. Oil on canvas. 30 x 40 cm. Sérgio Carvalho Collection. Heart in a cage (lion shot). 2012/2013. Oil on canvas. 30 x 40 cm. Sérgio Carvalho Collection.

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Subversão. 2015. Óleo sobre tela. Díptico - 40 x 60 cm cada. Subversion. 2015. Oil on canvas. 40 x 60 cm each. 35


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Antílope Bongo. Da série Fi|nès|tra. 2016. Óleo sobre tela. 190 x 140 cm. Acervo da Artista. Dois porcos. Da série Fi|nès|tra. 2016. Óleo sobre tela. 40 x 60 cm. Acervo da Artista. Bongo Antelope. From the Fi|nès|tra series. 2016. Oil on canvas. 190 x 140 cm. Artist Collection. Two pigs. From the Fi|nès|tra series. 2016. Oil on canvas. 40 x 60 cm. Artist Collection. 37


Sem título. 2010. Óleo sobre tela. 90 x 90 cm. Sutileza lasciva. 2009. Óleo sobre tela. 90x 90 cm. Esperando para mais delícias. 2010. Óleo sobre tela. 90 x 90 cm. Untitled. 2010. Oil on canvas. 90 x 90 cm. Lascivious subtleness. 2009. Oil on canvas. 90 x 90 cm. Waiting for more delights. 2010. Oil on canvas. 90 x 90 cm.

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Alice Lara - DF e Henrique Detomi - MG Sem título. 2015. Óleo sobre tela. 120 x 70 cm. Sem título. 2015. Óleo sobre tela. 120 x 140 cm. Untitled. 2015. Oil on canvas. 120 x 70 cm. Untitled. 2015. Oil on canvas. 120 x 140 cm. 40


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Artista | Artist Talles Lopes - GO

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Norte. Da série As Américas. 2016. Nanquim e acrílica sobre papel. 72 x 50,5 cm. Nelson Rodrigues. Da série As Américas. 2016. Nanquim e acrílica sobre papel. 101 x 72 cm. Coleção Paulo Henrique Silva. North. From The Americas series. 2016. India ink and acrylic on paper. 72 x 50,5 cm. Nelson Rodrigues. From The Americas series. 2016. India ink and acrylic on paper. 101 x 72 cm. Paulo Henrique Silva Collection. 44


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Duo. 2016. Nanquim e aquarela sobre papel. 101 x 72 cm. AnĂĄpolis subtraĂ­da. 2016. Nanquim e aquarela sobre papel. 97,5 x 72 cm. Duo. 2016. India ink and watercolor on paper. 101 x 72 cm. Anapolis subtracted2016. India ink and watercolor on paper. 97,5 x 72 cm.

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Sem tĂ­tulo. 2016. Nanquim e aquarela sobre papel. 87,5 x 65 cm cada. Untitled. 2016. India ink and watercolor on paper. 87,5 x 65 cm each. 47


Sem tĂ­tulo. 2016. Nanquim e aquarela sobre papel. 72 x 97,5 cm. Sem tĂ­tulo. 2016. Nanquim e aquarela sobre papel. 72 x 101 cm. Untitled. 2016. India ink and watercolor on paper. 72 x 97,5 cm. Untitled. 2016. India ink and watercolor on paper. 72 x 101 cm. 48


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Imagem e discurso. 2016. Madeira, papel e nanquim. 15 x 26 x 9,5 cm. Sem tĂ­tulo. 2016. Nanquim e papel. 76 x 62 cm. Image and speech. 2016. Wood, paper and India ink. 15 x 26 x 9,5 cm. Untitled. 2016. India ink on paper. 76 x 62 cm. 50


Sem título. 2016. Nanquim e aquarela sobre papel. 43 x 36 cm. Dissolução no coletivo. 2015. Nanquim e aquarela sobre papel. 56 x 70 cm. Untitled. 2016. India ink and watercolor on paper. 43 x 36 cm. Dissolution in the collective. 2015. India ink and watercolor on paper. 56 x 70 cm.

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Sem título. 2016. Nanquim e acrílica sobre papel. 59 x 100 cm. Sem título. 2016. Nanquim e acrílica sobre papel. 72 x 50 cm. Untitled. 2016. India ink and acrylic on paper. 59 x 100 cm. Untitled. 2016. India ink and acrylic on paper. 72 x 50 cm.

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Artista | Artist Luciana Ohira e Sergio Bonilha - MS

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Estudos para A cidade e seus pilares.2016. Studies for The city and its pillars. 2016. 56


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A cidade e seus pilares. 2016. Madeira, plástico, metal, eletrônicos, impressão fine art e impressão em papel termossensível. Dimensões variáveis. The city and its pillars. 2016. Wood, plastic, metal, electronic parts, fine art printingand printing on thermally sensitive paper. Variable dimensions. 58


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Detalhe | Detail

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Detalhe | Detail

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Detalhe | Detail

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Alice Lara - Vicente Pires, DF Graduada em Artes Visuais pela UnB nas habilitações licenciatura (2011) e bacharelado (2009). Exposições individuais 2013: Entre Artistas, ECCO - Espaço Cultural Contemporâneo, Brasília, DF; Amores Perros, Espaço Cultural do Cervantes, Brasília, DF; falso mundo maravilhoso, MUnA - Museu Universitário de Arte, Uberlândia, MG. Exposições coletivas 2016: 22º Salão de Anapolino de Arte (Prêmio Aquisição), Galeria Antônio Sibasolly, Anápolis, GO. 2014: Vinte: pintura & pictorialidade em Brasília, Espaço Cultural Marco Antonio Vilaça, Tribunal de Contas da União, Brasília, DF; Exposição Arbeit

Resumos Biográficos

20º Salão de Anapolino de Arte, Galeria Antônio Sibasolly, Anápolis, GO. 2013: 12º Salão Nacional de Arte de Jataí, Museu de Arte Contemporânea, Jataí, GO. 2012: Arte Pará (Prêmio Especial), Belém, PA; 04 - Quatro artistas, quatro linguagens, Brasília Contemporânea, Brasília, DF. 2011: 17º Salão Anapolino de Arte, Galeria Antônio Sibasolly, Anápolis, GO. 2010: 61º Salão de Abril, Centro de Referência do Professor, Fortaleza, CE; 1º Salão Universitário da Câmara dos Deputados, Brasília, DF; Tela sobre óleo, Espaço Piloto, UnB, Brasília, DF; Trajetos, Espaço Piloto, UnB, Brasília, DF.

Luciana Ohira e Sergio Bonilha - Campo Grande, MS Mestres em Poéticas Visuais e bacharéis em Multimídia e Intermídia pela ECA, USP. Exposições individuais 2015: Ondulação, Galeria Piloto UnB, Brasília, DF. 2014: Hypothesis About Life’s Immanence, MoTA,

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Ljubljana, Eslovênia; Welcoming the Unknown, AIRY, Kofu Yamanashi, Japão. 2013: III Mostra do Programa de Exposições, CCSP, São Paulo, SP. 2012: Residência Artística, MACUF, La Coruña, Espanha; Transimanência, Maus Hábitos, Porto, Portugal; Ptarmigan1, Helsinki, Finlândia. 2010: Notarium - Gabinete de Pequenas Diferenças, Performas, Portugal. 2009: Residência Artística, BinauralMedia, Nodar, Portugal. 2008: II Mostra do Programa de Exposições (Prêmio Aquisitivo), CCSP, São Paulo, SP. Exposições coletivas 2016: 22º Salão de Anapolino de Arte (Prêmio Aquisição), Galeria Antônio Sibasolly, Anápolis, GO. 2015: Viseu 2.0, BinauralMedia/Casa da Memória, Viseu, Portugal; Quero te encontrar, La Maudite, Paris, França. 2013: Televisions Project, Performance Space, Sydney, Australia. 2011: Panoramas do Sul, Video Brasil, SESC Belenzinho, São Paulo, SP. 2010: III VideoSur, Museum of Fine Arts Boston, EUA. 2008: Artist Book Internacional, Lendroit Gallery, C. Pompidou, França; 366 Intrude: Art& Life, Zendai MoMA, Shanghai, China.

Talles Lopes - Anápolis, GO Graduando em Arquitetura e Urbanismo pela UEG. Exposições coletivas 2016: 22º Salão de Anapolino de Arte (Prêmio Aquisição), Galeria Antônio Sibasolly, Anápolis, GO; Goiânia, GO. 2015: Art Cluster, Mostra Strict: Girona - Brazil, Museu d’Historia de La ciutat de Girona, Espanha; TEIA/Rede Anapolina de Artes Visuais, Galeria Antônio Sibasolly, Anápolis, GO; 22° Prêmio SESI

Arte e Criatividade (Prêmio), Galeria Frei Nazareno Confaloni, Goiânia, GO; 21° Salão Anapolino de Arte, Galeria Antônio Sibasolly, Anápolis, GO; Sertão Urbano, Coletivo FakeFake, Galeria Potrich, Goiânia, GO. Vítor Mizael - São Paulo, SP Mestre em Estética e História da Arte (2008) e especialista em Museologia (2005) pela USP e bacharel em Artes Plásticas pela Unesp (2004). Exposições individuais 2014: Programa de exposições, CCSP, São Paulo, SP; Sem título - Da série Diorama; Diorama, Galeria Blau Projects, São Paulo, SP; Sem título - Da série Diorama, Vitrina do MASP no Metrô, Estação Trianon-MASP, São Paulo, SP. 2013: Taxonomia, 6+1 Galeria, Madrid, Espanha; Taxonomia, Projeto Zip’Up, Zipper Galeria, São Paulo, SP; Gabinete, Paço das Artes, São Paulo, SP. 2005: Auto-Retratos, Conjunto Cultural da Caixa, São Paulo, SP. 2004: Ver Além: Reflexões, Conjunto Cultural da Caixa, Rio de Janeiro, RJ. Exposições coletivas 2016: 22º Salão de Anapolino de Arte (Prêmio Aquisição), Galeria Antônio Sibasolly, Anápolis, GO. 2015: Ficções, Conjunto Cultural da Caixa, Rio de Janeiro, RJ. 2014: Naturantes, Paço das Artes, São Paulo, SP. 2013: Crônicas do Devir, Museu de Arte Contemporânea do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, Fortaleza, CE; 41º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto (Prêmio Aquisição), Santo André, SP. 2012: Eu fui o que tu és e tu serás o que eu sou, Paço das Artes, São Paulo, SP. 2011: 18º Salão de Artes Plásticas de Praia Grande (1º Prêmio), Palácio das Artes, Praia Grande, SP. Residência Red Bull House of Art, São Paulo, SP.

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Alice Lara - Vicente Pires, Federal District Graduated in Visual Arts by UnB (University of Brasilia holding a Licentiate degree (2011) and a Bachelor’s degree (2009). Solo Exhibitions 2013: Among Artists, ECCO - Contemporary Cultural Space, Brasilia, DF; Stuck Loves, Cervantes Cultural Space, Brasilia, DF; False Wonderful World, MUnA University Museum of Art, Uberlandia, MG. Group Exhibitions 2016: 22th Art Salon of Anapolis (Acquisition Prize), Antonio Sibasolly Gallery, Anapolis, GO. 2014: Twenty: Painting & Pictoriality in Brasilia, Marco Antonio Vilaca Cultural Space, Brazilian Federal Court of Auditors, Brasilia, DF; Arbeit Und

Short Biographies

SP; 20th Art Salon of Anapolis, Antonio Sibasolly Gallery, Anapolis, GO. 2013: 12th National Salon of Art of Jataí, Museum of Contemporary Art, Jataí, GO. 2012: Art of Pará (Special Award), Belém, PA; 04 - Four Artists, Four Languages, Contemporary Brasilia, Brasilia, DF. 2011: 17th Art Salon of Anapolis, Antonio Sibasolly Gallery, Anapolis, GO. 2010: 61st April Salon, Teacher’s Reference Center, Fortaleza, CE; 1st University Salon of the House of Representatives, Brasilia, DF; Oil on canvas, Pilot Space, UnB (University of Brasilia), Brasilia, DF; Routes, Space Pilot, UnB (University of Brasilia), Brasilia, DF.

Luciana Ohira and Sergio Bonilha - Campo Grande, MS Masters in Visual Poetics and Bachelors in Multimedia and Intermedia, by ECA, USP. Solo Exhibitions 2015: Wave, Pilot Gallery at UnB (University of Brasilia), Brasilia, DF. 2014: Hypothesis about Life’s Immanence, MoTA Ljubljana, Slovenia; Welcoming the Unknown, AIRY,

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Kofu Yamanashi, Japan. 2013: III Edition of the Exhibition Program, CCSP, Sao Paulo, SP. 2012: Art Residency, MACUF, La Coruna, Spain; Transimanencia, Bad Habits, Porto, Portugal; Ptarmigan1, Helsinki, Finland. Performas, Portugal. 2009: Art Residency, BinauralMedia, Nodar, Portugal. 2008: II Edition of the Exhibition Program (Acquisition Award), CCSP, Sao Paulo, SP. Group Exhibitions 2016: 22th Art Salon of Anapolis (Acquisition Prize), Antonio Sibasolly Gallery, Anapolis, GO. 2015: Viseu 2.0 BinauralMedia/Memory House, Viseu, Portugal; I Want to Find You, La Maudite, Paris, France. 2013: Televisions Project, Performance Space, Sydney, Australia. 2011: Southern Panoramas, Video Brazil, Belenzinho SESC, Sao Paulo, SP. 2010: III VideoSur, Museum of Fine Arts, Boston, USA. 2008: Artist Book International Lendroit Gallery, C. Pompidou, France; 366 Intrude Art & Life, Zendai MoMA, Shanghai, China.

Talles Lopes - Anapolis, GO Majoring in Architecture and Urbanism By UEG. Group Exhibitions 2016: 22th Art Salon of Anapolis (Acquisition Prize), Antonio Sibasolly Gallery, Anapolis, GO; About What 2015: Art Cluster, Girona Strict: Exhibition - Brazil, Museu d’Historia de La ciutat of Girona, Spain; TEIA/ REDE Antonio Sibasolly Visual Arts Gallery of Anapolis, Anapolis, GO; 22 ° SESI Award Art and Creativity (Award), Frei Nazarene Confaloni Gallery, Goiania, GO; 21st Salon Art of Anapolis, Antonio Sibasolly Gallery, Anapolis, GO; Urban Countryside FakeFake Group Exhibition, Potrich Gallery, Goiania, GO.

Vítor Mizael - Sao Paulo, SP Master in Aesthetics and Art History (2008) and specialist in Museology (2005) by USP and holds a BA in Fine Arts by Unesp (2004). Solo Exhibitions 2014: Exhibition Program, CCSP, Sao Paulo, SP; Untitled - From the Diorama series; Diorama, Blau Projects Gallery, Sao Paulo, SP; Untitled - From the Diorama series, MASP Showcase in Subway Station, Trianon-MASP Station, Sao Paulo, SP. 2013: Taxonomy, 6+1 Gallery, Madrid, Spain; Taxonomy, Zip’Up Project, Zipper Gallery, Sao 2005: Self-Portraits, Conjunto Cultural of Caixa, Sao Paulo, SP. 2004: See Beyond: Reflections, Conjunto Cultural of Caixa, Rio de Janeiro, RJ. Group Exhibitions 2016: 22th Art Salon of Anapolis (Acquisition Prize), Antonio Sibasolly Gallery, Anapolis, GO. 2015: Fictions, Conjunto Cultural of Caixa, Rio de Janeiro, RJ. 2014: Naturantes, Palace of Arts, Sao Paulo, SP. 2013: Chronicles of What is to Come, Contemporary Art Museum of the Sea Dragon Center of Art and Culture Centre, Fortaleza, CE; 41st Luiz Sacilotto Salon of Contemporary Art (Acquisition Prize), Santo Andre, SP. 2012: ‘I was what you are and you will be what I am’, Palace of Arts, Sao Paulo, SP. 2011: 18th Exhibition of Fine Arts of Praia Grande (First Prize), Palace of Arts, Praia Grande, SP. Residency Red Bull House of Art, Sao Paulo, SP.

Note of the translator: Although the good sense recommends not translating proper nouns, some venues and names of art works were here translated from Portuguese into English so as the reader can have a comprehensive contextualization of what they are about.

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Créditos | Credits Prefeitura de Anápolis City Hall of Anapolis

Governo do Estado de Goiás Government of the State of Goias

Prefeito de Anápolis Mayor of Anapolis João Batista Gomes Pinto

Governador Governor Marconi Perillo

Secretaria de Cultura Department of Culture Augusto César de Almeida Diretoria de Eventos e Projetos Management of Events and Projects Elaine Diogo Diretoria Administrativa e Unidades Culturais Management of Administration and Cultural Units Alberto Marques Faleiros Coordenador e Curador da Galeria Antônio Sibasolly Coordinator and Curator of Antonio Sibasolly Gallery Paulo Henrique Silva Secretaria da Galeria Antônio Sibasolly Galeria Antônio Sibasolly Secretariat Joardo Filho Estagiários/Cidadão do Futuro Interns / ‘Citizens of the Future’ Project João Vitor dos Santos Ferreira Luiz Eduardo dos Santos Ferreira Secretaria de Cultura/Galeria Antônio Sibasolly Praça Bom Jesus, nº 101, Centro, CEP: 75025-050 Contato: (62) 3902-1077 Ramal 213 www.anapolis.go.gov.br Anápolis – Goiás – Brasil Department of Culture / Antonio Sibasolly Gallery Square Bom Jesus, no. 101, Centro, Zip Code: 75025-050 Contact: (5562) 3902-1077 Ext 213 www.anapolis.go.gov.br Anapolis - Goias - Brazil

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Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte State Department for Education, Culture and Sport Raquel Figueiredo Alessandri Teixera Superintendência Executiva de Cultura Executive Superintendency of Culture Nasr Nagib Fayad Chaul Núcleo de Obras e Recuperação do Patrimônio Division of Works and Heritage Restoration Marcílio Lemos Gabinete de Gestão do Centro Cultural Oscar Niemeyer Management Cabinet for the Oscar Niemeyer Cultural Center Lisandro Magalhães Nogueira Superintendência de Ação Cultural Superintendency for Cultural Action José Eduardo Siqueira Morais Superintendência de Patrimônio Histórico e Artístico Superintendency for History and Art Heritage Tânia Mara Quinta Aguiar de Mendonça Superintendência da Orquestra Filarmônica de Goiás Superintendency for the Philharmonic Orchestra of Goias Ana Elisa Santos Cardoso Comunicação Setorial Departmental Communication Teresa Costa Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte Av. Anhanguera, nº 7171, Setor Oeste – CEP: 74.110-010 Goiânia – Goiás - Brasil State Department for Education, Culture and Sport Av Anhanguera, No. 7171, Setor Oeste – Zip Code:. 74110-010 Goiania – Goias - Brazil


22º Salão Anapolino de Arte - Ponto de Convergência 22nd Art Exhibition of Anapolis - Convergence Point Produção/Curadoria e expografia Production / Curatorship and Exhibition Design Paulo Henrique Silva

Texto e editoria do catálogo Text and Editing of the Catalog Paulo Henrique Silva

Coprodução Co-production Joardo Filho

Revisão de texto Proofreading Tatiana Gonçalves Joardo Filho

Montagem Exhibit Set Up Cleandro Elias Jorge

Tradução Português – Inglês Translation from Portuguese into English Rubens Santos

Fotografia Photography Paulo Rezende

Ação educativa Educational Action Equipe da Galeria

Design gráfico Graphic Design Leonardo Souza

Impressão do catálogo Catalog Printing Cirgráfica

Realização Achievement

Apoio

Apoio Institucional Institutional Support

Projeto contemplado pelo Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás Project granted through the Fund for Art and Culture of the State of Goias

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22º Salão Anapolino de Arte - Ponto de Convergência / curadoria e textos Paulo Henrique Silva. Anápolis : Galeria Antônio Sibasolly, 2016. 1. Arte - Exposição - Catálogo. 2. Arte Contemporânea - Brasil. I. Curadoria. II. Textos. Este catálogo foi publicado por ocasião da exposição Ponto de Convergência, realizada na Galeria Antônio Sibasolly nos dias 15 de outubro a 16 de dezembro de 2016. CDD - 708 22nd Art Exhibition of Anapolis Convergence Point/ curatorship and texts by Paulo Henrique Silva. Anapolis : Antonio Sibasolly Gallery, 2016. 1. Art - Exhibition - Catalog. 2. Contemporary Art - Brazil. I. Curatorship. II. Texts. This catalog was published for the exhibition ofConvergence Point at Antonio Sibasolly Gallery from October 15 to December 16, 2016. CDD - 708

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Realização Achievement

Apoio Support

Apoio Institucional Institutional Support

Projeto contemplado pelo Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás Project granted through the Fund for Art and Culture of the State of Goias

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