PARQUE URBANO EM MONTE ALTO
Tamiris Schineider Fachini
Orientadora: Marcela Cury Petenusci Ribeir達o Preto, junho de 2012
Sumário 1.
Introdução
..............................................03
2. Referencial Teórico 2.1. Parques Urbanos 2.2. Leis Ambientais 2.3. Lazer 2.4. Lazer e Parque 2.5. Paisagismo e Ecogênese
...............................................04 ...............................................04 ...............................................06 ...............................................07 ...............................................08 ...............................................09
3. Referências Projetuais 3.1. Acesso e Circulação 3.2. Usos 3.3. Limite Parque – Cidade
...............................................11 ...............................................16 ...............................................19 ...............................................22
4. Caracterização da área de projeto 4.1. Dados Geomorfológicos 4.2. Erosão 4.3. Plantas e Mapas do Município 4.4. Censo
...............................................25 ...............................................26 ...............................................29 ...............................................30 ...............................................38
5. Proposta 5.1. Levantamento Fotográfico 5.2. Estudo da Maquete 5.3. Desenvolvimento do Projeto
...............................................39 ...............................................41 ...............................................46 ...............................................49
6. Referências Bibliográficas
...............................................50
Introdução O crescimento desordenado das cidades aumentaram as distâncias entre as pessoas, os lugares e restringiu as possibilidades de comunicações tradicionais. Cada vez mais há a necessidade de um refúgio para a sociedade que está mergulhada no estresse do dia-a-dia. Com esse crescimento desordenado, as grandes cidades vivem com problemas de urbanização e falta de locais apropriados para o lazer. Dentro desta perspectiva, os parques urbanos são essenciais para as cidades, tornando-se uma ótima opção de lazer e cultura para os habitantes. O potencial de espaço público, como áreas verdes, é imenso. Esse espaços, como parques e praças, se tornam cada vez mais importantes no desenvolvimento sustentável de cidades, mostrando-se fundamentais em seu planejamento na perspectiva de melhora na qualidade de vida de seus habitantes. Ele proporciona a manutenção da biodiversidade local e regional, a drenagem de águas pluviais, o equilíbrio ecológico, abrigo para diversas espécies de plantas e animais, e a qualidade do ar. Sendo um lugar propício para a prática de educação ambiental. Com base nesses argumentos, o trabalho tem o objetivo de projetar um parque urbano para a cidade de Monte Alto. A partir de observações e leituras realizadas por toda a cidade, foi verificado a carência de equipamentos de lazer, cultura e entretenimento. O município de Monte Alto possui mais de 55 mil habitantes e não há nenhum equipamento de lazer deste porte para a sua população. A cidade proporciona apenas pequenos pontos de lazer onde, ou está fragilizada ou abandonada, com isso a população sofre sem espaço suficiente e seguro para os lazeres. Além da importância para o cidadão como lazer, outro grande fator é a tentativa de preservação da região, já que esta é de grande fator erosivo e a reeducação da população com as áreas verdes. Há presença de um parque é de grande importância não só para população assim como para a própria cidade. Com o projeto, a população e a cidade terão disponibilidade de equipamentos, lugares adequados e seguros para o lazer, conexão através do parque e bairro no entorno que encontram-se esquecidos e capacidade de inclusão social.
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Parques Urbanos Os parques são espaços capazes de proporcionar liberdade às pessoas que vivem em espaços limitados. BROWNE afirma que os parques urbanos tem a função de amenizar as tensões da vida moderna. Apesar das diferentes razões apontadas para que distintas sociedades tenham se preocupado como a criação dos parques urbanos, muitas vezes esses espaços verdes não se configuram como um uso preferencial no meio urbano e provocam conflitos entre os atores citadinos.
Parque da Cidade Porto – Portugal. Acessado em abril de 2012 Fonte: http://omeuespacoverde.blogspot.com.br/2010/07/parques-urbanos.html
Parque Quinta da Boa Vista – RJ. Acessado em abril de 2012 Fonte:http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=696570&page=2
Parques como metáfora da natureza A partir do século XVI, os jardins e os parques públicos passaram a ser o resultado da transformação do imaginário da natureza para um plano de espírito-culto religioso da natureza. Em especial, “os parques passam a ser fragmentos da natureza no meio urbano, uma espécie de espaços congelados da ecologia, nos quais os homens atenderão suas necessidades instintivas vinda nos ancestrais primatas, sendo que os animais humanos enclausurados podem emergir das cavernas de suas salas para passeios” (BROWNE & WHITANER, 1973). Essa é a visão romântica que se estabeleceu a partir de uma mudança de mentalidade ocidental sobre a importância da conservação, que relaciona os grandes espaços naturais urbanos, com alívio dos problemas da cidade. 4
Parques Urbanos A indústria e o desenvolvimento científico reforçam-se mutuamente, uma vez que o processo de produção utiliza os materiais naturais, transformando-os em produto, e a ciência desenvolve as artes mecânicas para gerar matéria-prima por meio da transformação dos elementos da natureza. Há um esquema que demonstra dois tipos de interações homem-natureza: na primeira, a natureza, é algo externo ao homem; e na segunda, o homem, é mais um elemento que compõe a natureza. A percepção de natureza predominante na sociedade industrial, científica e capitalista determinou sua relação com a natureza. THOMAS (1983) e SMITH (1988) afirmam que é no seio da sociedade industrial que surge uma nova percepção de natureza, denominada natureza poética, originada na população citadina intelectual. Essa classe passa a questionar os não benefícios sociais das alterações crescentes no mundo natural, surgindo, assim, novas relações da sociedade com a natureza. Tais mudanças eram apenas aspectos de uma modificação mais ampla, que ocorreria na sociedade industrial emergente. Faziam parte de todo um complexo de mudanças que, em fins do século XVII, contribuíram para destronar muitas concepções estabelecidas para criar novas sensibilidades, de um tipo que foi se tornando mais e mais intenso. Nesse contexto, a ciência possuía algum domínio sobre a natureza, e a natureza, que era ameaçadora, passava a ser fascinante. Há o surgimento da valorização do campo e das áreas verdes no urbano que podem ser divididas em playground, ou seja, parques de diversão para crianças de pequenas dimensões, espaços intra-urbanos nos quais a cobertura vegetal deve ser mantida e os parques urbanos, que são “espaços públicos com dimensões significativas e predominância de elementos naturais, principalmente cobertura vegetal, destinados à recreação”. (GRANZ, 1993:19). Por conseguinte a importância dada às áreas verdes urbanas é o resultado de uma concepção predominante não de uma natureza externa, mas de uma natureza universal e romântica que se encontrara no campo. Todavia, essa concepção não rompe todos os processos de dominação da natureza da sociedade capitalista e industrial emergente, mas estimula a necessidade da conservação dos elementos da natureza, no meio urbano, para o bem-estar da sociedade.
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Leis Ambientais O município de Monte Alto localiza-se em uma área frágil. Nesta há grande suscetibilidade a erosão, desmatamento desordenado e loteamentos em cima de córregos; não respeitado a faixa marginal por lei. A cidade não possui nenhuma Lei Ambiental Municipal ou Zoneamento Espacial de Interesse Ambiental; o que prejudica ainda mais o município. A Política Nacional do Meio Ambiente foi estabelecida em 1981 mediante a edição da Lei 6.938/81, criando o SISAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente). Seu objetivo é o estabelecimento de padrões que tornem possível o desenvolvimento sustentável, através de mecanismos e instrumentos capazes de conferir ao meio ambiente uma maior proteção. Dessa maneira, o objetivo geral da Política Nacional do Meio Ambiente está dividido em preservação, melhoramento e recuperação do meio ambiente. Preservar é procurar manter o estado natural dos recursos naturais impedindo a intervenção dos seres humanos. O Código Florestal Brasileiro foi criado pela Lei n° 4.771 em 1965. o Código estabelece limites de uso da propriedade, que deve respeitar a vegetação, existente na terra, considerada bem de interesse comum a todos os habitantes do Brasil. As APPs, Áreas de Preservação Permanente, são instrumentos ligados ao Código Florestal Brasileiro. As Áreas de Preservação Permanente são áreas de grande importância ecológica, cobertas ou não por vegetação nativa, que têm como função preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das populações humanas. Como exemplo de APP estão as áreas de mananciais, as encostas com mais de 45 graus de declividade, os manguezais e as matas ciliares. Essas áreas são protegidas pela Lei Federal nº 4.771/65 (alterados pela Lei Federal n°7.803/89). O Art. 2º do Código Florestal, consideram áreas de Preservação Permanentes as florestas e demais formas de vegetação natural situadas: a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto em faixa marginal cuja largura mínima será: 1 - de 30 (trinta) metros para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de largura; 2 - de 50 (cinqüenta) metros para os cursos d'água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinqüenta) metros de largura; 3 - de 100 (cem) metros para os cursos d'água que tenham de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) metros de largura; 4 - de 200 (duzentos) metros para os cursos d'água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura; 5 - de 500 (quinhentos) metros para os cursos d'água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros; 6
Lazer “Lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se, ou ainda, para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais." (Dumazedier, 1976, apud Oleias). Na Europa o contexto histórico que proporcionou interesse pelo lazer está relacionado diretamente ao processo industrial. Já no Brasil, o fator que contribui para esse tipo de interesse foi à aceleração no processo de urbanização, com isso, o assunto ganha ressonância social. Muitas pessoas vêem o lazer como um simples passatempo, mais estão erradas. O lazer interfere decisivamente nas relações familiares, religiosas, políticas, e até mesmo nas relações de trabalho (como um jogador de futebol). Vem crescendo em tempo e importância o sentindo de lazer, hoje um trabalhador urbano, tem em média, 30 horas semanais destinadas ao lazer. A palavra vem do latim ‘licere’ – ser lícito, ser permitido - definido normalmente como uma série de atividades que um ser pode praticar em seu tempo livre, proporcionando prazer ao indivíduo. Dessa forma ele tem a oportunidade de relaxar, descansar, se distrair, exercer alguma forma de recreação. Na segunda metade do século XX e no século XXI, ocorreu um importante desenvolvimento no lazer, podendo assim desertificar o mundo do lazer, podendo dividir o lazer em tipos, sendo distintos entre si: Lazer Noturno: trata-se de lazeres associados ao período noturno, como bares, onde há uma associação entre música e bebidas.
Lazer espetáculo: todo lazer relacionado a termos culturais (como teatro, concerto e cinema) e desportivos. Lazer esportivo: refere-se basicamente a prática de qualquer tipo de esporte. Lazer alternativo: este lazer possui duas vertentes; uma referindo-se ao lazer alternativo noturno, que proporciona uma alternativa mais sadia a vida noturna; e outra vertente é o lazer alternativo não convencional encaixando-se tanto no lazer espetáculo quanto no lazer esportivo, onde o participante é o ator do próprio lazer. Este tipo de lazer pode ser conhecido também como lazer experiencial.
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Lazer e Parque
Caminhada no Parque Ibirapuera – SP. Acessado em abril de 2012. Fonte:http://www.saopaulo.sp.gov.br
Piquenique no Parque Ibirapuera – SP. Acessado em abril de 2012. Fonte: http://sissi7.wordpress.com/
Nos dias de hoje pode-se observar que o conceito de parques urbanos cresceu devido a necessidade de área verdes na cidade. Apesar de a área verde ser de grande importância para as cidades, os parques urbanos se desenvolveram também para atender uma demanda de lazer na sociedade. Hoje, muitos parques atendem uma demanda de lazer maior que as atendidas em meados do século XX. Podem-se encontrar vários tipos de lazer em um mesmo parque. Como por exemplo, o Parque Ibirapuera, nele há pista de atletismo, ciclovia quadras poliesportivas; atendendo a demanda do lazer esportivo. Há também o Museu de Arte Moderna, o Jardim das Esculturas, o Museu da Arte Contemporânea que atendem o lazer espetáculo.
Aula de ioga no Parque Ibirapuera – SP. Acessado em abril de 2012. Fonte: http://www.saopaulo.sp.gov.br
MAM Parque Ibirapuera – SP. Acessado em abril de 2012. Fonte: http://vidaviver.zip.net/arch2006-10-15_2006-10-21.html
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Paisagismo e Ecogênese O livro “Paisagismo e Ecogênese” de Fernando Chacel, analisa vários parques urbanos na cidade do Rio de Janeiro, em regiões geográficas cujo o seu ecossistema compõem-se basicamente de manguezais, restingas e matas. O livro tem por objetivo demonstrar como a paisagem restaurada, utilizando o método da ecogênese, constituiu-se como uma forte sugestão de propostas para reintegrar espaços edificados de espaços não edificados dentro da malha urbana. A urbanização pode ocorrer sem que para isso seja necessário a destruição parcial ou não dos recursos naturais. A ecogênese trata da reconstituição de um ecossistema parcialmente ou totalmente degradado, onde ocorrerá uma re-interpretação do ecossistema que lá existia, para reconstruir a paisagem que sofrera as modificações, através do replantio de espécies vegetais autóctones, recompondo assim suas associações originais. Para que isso ocorra é necessário uma equipe que envolve diversos profissionais como o biólogo, o geólogo, o zoólogo, além do arquiteto paisagístico. Os principais parques observados são: o Parque da Gleba E e o Parque de Educação Ambiental Professor Mello Barreto que situam-se na Planície Costeira de Jacarepaguá, uma região de mangues e restingas. E o Parque Fazenda da Restinga, antigamente a fazenda ocupava toda a planície da Barra da Tijuca, hoje situa-se no empreendimento Cittã América. O Parque da Gleba E está localizado na Barra da Tijuca e foi o primeiro projeto de Chacel que incorpora o conceito de ecogênese. A área encontrava-se desertificada por ação antrópica; restando pequenos trechos isolados de mangues e a vegetação da restinga era inexistente. Foi um projeto de restauração ecológica de uma área que teve como base conceitual a convivência entre natureza e espaço construído, visando uma melhoria de vida e a valorização econômica da região. O projeto deveria ter espaços livres para recreação e circulação, assim como áreas de preservação. Assim criaram-se situações paisagísticas integradas e conjugadas, onde haveria um parque de uso extensivo e de cunho ecológico. O parque atenderia as qualidades estéticas e de conforto climático, bem como a recuperação do ecossistema. Era necessário um ecossistema semelhante ao original. Foi necessário a realização de um inventário florístico do local, possibilitando assim, criar um programa de ação com duas diretrizes: preservação e restauração do manguezal; e replantio de espécies de restinga nos solos mais elevados.
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Paisagismo e Ecogênese Já o Parque de Educação Ambiental Professor Mello Barreto, situa-se em uma área adjacente à Gleba E, dando continuidade espacial e metodológica ao processo de restauração paisagística iniciando às margens da Lagoa da Tijuca. No caso deste parque, trata-se de área pública protegida por lei como parte integrante da Faixa Marginal da Lagoa da Tijuca. Originalmente coberta por vegetação de manguezal, a área sofreu uma série de invasões sem que houvesse controle por parte do poder público. Novamente foi realizado um novo inventário florístico, onde criou um programa de ação com quatro diretrizes: recuperar o manancial; introduzir a vegetação de restinga; fazer um jardim de bromélias; e introduzir elementos da Mata Atlântica. E por sim, o Parque Fazenda da Restinga originou-se a partir de estudos para diagnosticar a situação ambiental da região. E foi a partir desses estudos que foi verificado grande diversidade de componente vegetal, e todo ele em estágio avançado de regeneração. Com base nas informações levantadas foi possível conceder a licença para a retirada da vegetação. Após examinar a área foi realizado um inventário florístico, onde criou um programa de ação com duas diretrizes: o projeto implantado deveria ter como ponto de partida o manejo da expressiva cobertura vegetal da área; e valorização de árvores existentes ou transplantadas,nos conjuntos isolados do mosaico florístico da restinga. Havia a busca de fundir o natural e o plantando em uma unidade paisagística representava dos ecossistemas da Barra da Tijuca, em que a vegetação da restinga se justapusesse ao manguezal. A partir dessas observações realizadas foi possível notar que o método em que Chacel trabalha tem muito haver com a área em que será implantada o parque no município de Monte Alto. A área encontrasse em grande perda de Mata Atlântica e possui um nível de erosão elevado, tornando-se uma área frágil, como a que Chacel trabalha e restaura.
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Referências Projetuais
Através das leituras projetuais, foi possível analisar quatro parques urbanos em diferentes espaços e até mesmo em contextos diversos, mas que possuem algumas características em comum. A finalidade das análises é ressaltar a importância de possuir áreas verdes no meio de centros urbanos e a reconstituição de áreas frágeis. As analises foram realizadas através de quatro importâncias: acessos e circulações; limite com o perímetro urbano, e diversidades de usos. Os parques escolhidos foram: Parque Nacional das Mangabeiras, localizado na cidade de Belo Horizonte, Brasil; Bosque Zaninelli, localizado na cidade de Curitiba, Brasil; Parque La Villette, localizado na cidade de Paris, França e o Parque Guell, localizado na cidade de Barcelona, Espanha.
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Parque das Mangabeiras - BH
Praça das Águas - Foto: Celso Santa Rosa – slide 02. Acessado em abril de 2012. Fonte:http://multiply.com/slideshow/parquesbh:photos:2
Trilha pelo Parque – Foto: Ricardo Ferraz Bastos. Acessado em abril de 2012. Fonte:http://jornadadeumjornalista.blogspot.com.br
O Parque Municipal das Mangabeiras é um projeto do arquiteto e paisagista Roberto Burle Marx e sua equipe, que fica localizado ao pé da Serra do Curral em Belo Horizonte, e foi inaugurado em 1982. O parque possui uma área de 337 hectares, 59 nascentes e flora ativa do campo, cerrado e Mata Atlântica. Antigamente, a área onde está localizado o parque, pertencia a empresa Ferrobel, onde exploravam o minério de ferro. Por um decreto, em 1966 foi criado o Parque com o intuito da preservação da Serra do Curral. Em 1991 a Serra do Curral foi tombada como patrimônio do município.
Parque Esportivo. Foto: Celso Santa Rosa – slide 19. Acessado em abril de 2012. Fonte: http://multiply.com/slideshow/parquesbh:photos:2
Teatro de Gramado. Foto: Celso Santa Rosa – Slide 23. Acessado em abril de 2012. Fonte:http://multiply.com/slideshow/parquesbh:photos:2
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Parque Zaninelli - Curitiba
Vista do Parque. Acessado em abril de 2012. Fonte: http://www.circulandoporcuritiba.com.br/2009/11/bosquezaninelli.html
O Bosque Zaninelli é um projeto do arquiteta Domingos Bongestabs que se localiza no bairro Pilarzinho em Curitiba, onde existe desde 1947. O bosque possui uma área de 37 mil m². O Bosque foi criado a partir de uma área verde regenerada naturalmente após ter sido utilizado para exploração de granito, onde se originou um grande paredão de pedras. Sua principal atração é a presença da Universidade Livre do Meio Ambiente. A Unilivre fez de Curitiba a primeira cidade do mundo a manter um espaço de estudos e repasse de conhecimentos sobre o meio ambiente e a ecologia à população.
Trilha pelo Bosque - Foto Juliana Petroski. Acessado em abril de 2012. Fonte: http://familiapetroski.blogspot.com.br
Praça da Entrada- Foto Paulo Jorge Sousa. Acessado em abril de 2012. Fonte: http://www.flickr.com/photos/paulosousa/
Bosque Zaninelli - Unilivre – Foto: Paulo Jorge Souza. Acessado em abril de 2012 Fonte: http://www.flickr.com/photos/paulosousa/
Parque Guell - Espanha
Entrada do Parque Guell. Acessado em maio de 2012 Fonte:http://flickriver.com/photos/jmhdezhdez/sets/721576247 98531930/
Caminhos de Pedras. Acessado em maio de 2012. Fonte:http://viagenscomguia.blogspot.com.br/2009_04_01_archiv e.html
Vista do Parque Guell. Acessado em maio de 2012. Fonte: http://www.strangebuildings.com/parc-guell-barcelona-spain/
Salamandra com acabamento de mosaico. Acessado em maio de 2012. Fonte: http://thaa2.wordpress.com/2009/07/24/park-guell-ummosaico-singular/
Projetado por Antonio Guadi, o Parque Guell localiza-se na cidade de Barcelona, Espanha. Foi construído entre os anos de 1900 e 1914. A área era idealizada como um jardim residencial unifamiliar para a aristocracia, mas o projeto não deu certo por falta de recursos financeiros, e o parque passou para as mãos da cidade de Barcelona, onde se tornou parque público. Algumas das edificações propostas no projeto foram executadas. Como a residência onde o arquiteto morou por quase vinte anos, tornando-se mais tarde o Museu de Guadi. Guadi foi fortemente influenciado por formas naturais e as soube usar muito bem no projeto. Há passarelas apoiadas em pilares, que parecem brotar do chão como árvores. Os pavilhões possuem mosaicos de azulejos com telhados curvos podem ser encontrados pelo parque todo e a maioria das suas edificações são feitas de calcário e ardósia. Em 1984 a UNESCO tomba o Parque como Patrimônio da Humanidade.
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Parque La Villette - França
Vista do Parque La Villette. Acessado em maio de 2012 Fonte:http://www.dkolb.org/sprawlingplaces/index/threepar/lavillet .html
Um dos projetos urbanos de maior interesse do final do século XX, o Parque La Villette é um projeto de Bernard Tschumi. Com uma área de 55 hectares o projeto teve a finalidade de revitalizar o que antes abrigava um matadouro e uma área de pastagem. O parque trabalha com a fusão de construções públicas e jardins. La Vellette pode ser resumido em apenas uma palavra: encontros. Há o encontro entre edifícios antigos e edifícios novos; entre a cidade e a natureza; entre a água e a vegetação. O arquiteto articulou o desenvolvimento do local em torno de um sistema triplo de pontos, linhas e superfícies. Os pontos são representados por cubos geométricos vermelhos escuros contrapondo com a vegetação. As linhas representam a circulação do parque e se chocam sinuosamente. E a superfície são os espaços arborizados além dos jardins que proporcionam mais refugio para o parque.
Vista do Parque La Villette. Acessado em maio de 2012 Fonte: http://uk.tourisme93.com/document.php?pagendx=10015
Vista do Parque La Villette. Acessado em maio de 2012 Fonte: http://dicasdefrances.blogspot.com.br/2010/12/paris-para-ascriancas.html
Parque La Villette. Acessado em maio de 2012 Fonte: http://www.flavorwire.com/132247/daily-dose-pick-bernardtschumi-2?all=1
ACESSO E CIRCULAÇÃO
O acesso ao parque pode ocorre de uma ou várias maneiras. Quando a extensão deste é grande, geralmente, possuem mais de uma entrada, para facilitar o passeio aos visitantes. Mas há aqueles de pouca escala que satisfazem com apenas um acesso. A circulação interna ocorre de maneiras diferentes, há vias para pedestres e ciclistas diferenciado, o passeio pode se interligar com outros espaços dentro ou fora do parque. Observando os parques estudados foi possível notar acessos e circulações distintas e com importantes valores.
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Implantação do Parque Municipal das Mangabeiras, com a delimitação entre Parque e cidade. Fonte: Google Earth, 2012, com alteração do autor.
O acesso ao Parque Municipal das Mangabeiras pode ocorrer de três maneiras: pela Portaria Norte, Portaria Sul e pela Portaria Caraça. A circulação do Parque pode ser divida em três roteiros: o Roteiro das Águas, o Roteiro da Mata e o Roteiro do Sol.
Portaria Sul
Portaria Norte
Portaria Caraça Guia Turístico do Parque Municipal das Mangabeiras, com a circulação interna do Parque e os acessos a ele. Fonte: http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh, 2012, com alteração do autor.
Implantação do Bosque Zaninelli, com a delimitação entre Parque e cidade. Fonte: Google Earth, 2012, com alteração do autor.
Rua Ministro Brochado da Rocha
O Bosque Zaninelli possui apenas um acesso, limitando assim os seus visitantes. Sua circulação interna ocorre por caminhos que ligam o Bosque a Universidade Livre do Meio Ambiente e por trilhas de passeio.
Portaria
Implantação do Bosque Zaninelli, com o acesso ao Bosque. Fonte: http://dc223.4shared.com/doc/5UnRebLm/preview.html, 2012, com alteração do autor.
Implantação do Parque La Villette, com a delimitação entre Parque e cidade. Fonte: Google Earth, 2012, com alteração do autor.
O acesso ao Parque La Villette pode ocorrer de duas maneiras: pelas duas portarias ou pelo rio, chegando de barco. A circulação interna é feita por eixos em malhas sobre postas sobre a planta, definindo também os lugares de parada chamados de “folies”.
Implantação do Parque La Villette, com o circulação interna. Fonte: Google Earth, 2012, com alteração do autor.
Implantação do Parque Guell, com a delimitação entre Parque e cidade. Fonte: Google Earth, 2012, com alteração do autor.
O Parque Guell possui uma escadaria principal de acesso projetado por Guadi. Sua circulação ocorre de maneiras diferentes, ora em meio de projetos arquitetônicos monumentais ora em meio a natureza tranqüila.
Escadaria principal Parque Guell Fonte: http://travelimpressions.org/, 2012
USOS DOS PARQUES
Antigamente os parques eram vistos apenas como espaços de convívio e lazer, uma válvula de escape para o estresse causado pela industrialização do final do século XIX. Hoje essas atividades ainda continuam, porém esses usos abrangeram outros conteúdos e os parques são vistos também como forma de reconstrução de áreas verdes em meio à urbanização. Há muitos parques urbanos que oferecem atividades relacionadas à cultura e entretenimentos, esportes e lazeres. Eles podem possibilitar a conexão entre o bem estar físico e o bem estar psíquico. Os parques estudados possibilitaram observar os diferentes tipos de usos e como a população se relaciona a este contexto.
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Quadra Poliesportiva – Foto: Celso Santa Rosa – slide 19. Acessado em abril de 2012.Fonte: http://multiply.com/slideshow/parquesbh:photos:2
O Parque das Mangabeiras possui exclusivamente uso de esportes , lazer e descanso. O parque é dividido, assim como a sua circulação, em roteiros, onde cada um é responsável por um tipo de atividade.
Ponto no Recanto da Cascatinha – Foto: Celso Santa Rosa – slide 13. Acessado em abril de 2012. Fonte: http://multiply.com/slideshow/parquesbh:photos:2
Auditório ao Ar Livre - Foto Paulo Jorge Sousa. Acessado em abril de 2012. Fonte: http://www.flickr.com/photos/paulosousa/
Unilivre. Acessado em abril de 2012. Fonte:http://www.ippuc.org.br/BancoDeDados/Curitibaemdados/albumfot os.php?N2=0&pagina=30
O Bosque Zaninelli tem a importante função de abrigar em si a Unilivre, um espaço para transferência de conhecimentos sobre o meio ambiente e ecologia, para a população. Juntamente a isso, há espaços de contemplação e Lazer.
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O Parque La Villette, em quase sua totalidade, está inscrito em um âmbito cultural e de entretenimento, possuindo entre eles, pequenos espaços de lazer.
Vista do Parque La Villette. Acessado em maio de 2012. Fonte: http://deconarch.wordpress.com/2008/03/28/bernard-tschumisparc-de-la-villette-ein-park-fur-das-21-jahrhundert/
Vista do Parque La Villette. Acessado em maio de 2012. Fonte: http://en.structurae.de/projects/data/index.cfm?id=p0000096
O Parque Guell possui uma grande área de cultura, entretenimento e contemplação. Mas ao percorrer por inteiro o visitante se chocará com espaços de lazer e descanso.
Vista do mosaicos nos monumentos. Acessado em maio de 2012. Fonte: http://romanticplaces.tumblr.com/post/880130401/124-parqueguell-spain
Caminhos pelo Parque. Acessado em maio de 2012. Fonte:http://viagenscomguia.blogspot.com.br/2009_ 04_01_archive.html
LIMITE PARQUE - CIDADE
Ao considerar o limite entre parque e cidade deve analisar o tipo de barreira imposta de maneira natural ou por ação do homem naquele entorno. Há também a possibilidade de gerar um falso limite, onde há possibilidades do espaço se conectar com todo o entorno. Muitas vezes essas barreiras impedem a possibilidade do olhar e do movimento do visitante. Os espaços podem estar abertos no sentido em que o visitante percorre até o horizonte com o olhar, tendo a sensação de continuidade. Ou então, os espaços podem ser classificados como fechado, já que por sua vez há barreiras físicas que limitam o olhar. Os quatro parques estudados possuem barreiras diferentes uma das outras e espaços abertos onde o olha conecta com partes externas ao parque. Dessa maneira é possível afirmar que esses espaços podem ter limites ou não sem afetar o programa oferecido pelo projeto.
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Praça das Águas. Acessado em abril de 2012. Fonte: http://motorhomes.net.br/assunto/belo-horizonte/
Vista do Mirante da Mata – Foto Sergio Rosa. Acessado em abril de 2012. Fonte: http://www.overmundo.com.br/guia/parque-das-mangabeiras
Parque das Mangabeiras: Apesar de sua extensão, um dos maiores da América Latina, o limite com a cidade ocorre pela própria geografia e vegetação da área, limitando dessa maneira o olhar do visitante. Mas em algumas áreas o Parque possui picos mais altas, tornando possível ao visitante o olhar para a cidade toda.
Paredão de pedras. Acessado em abril de 2012. Fonte:http://www.flickr.com/photos/paulosousa/2982830370/sizes/m/in/photostream/
Vista do Mirante da Unilivre. Acessado em abril de 2012. Fonte: http://www.parques-curitiba.com/unilivre-meio-ambiente-parana.htm
Bosque Zaninelli: o bosque é inserido em meio a centros urbanos, mas todo o seu entorno é preenchido por vegetação, dessa maneira, forma-se uma barreira natural, onde o olhar do visitante se perde na mata. Há também, um paredão de pedras, ajudando a prende o olhar dos visitantes.
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Praça das Águas. Acessado em abril de 2012. Fonte: http://motorhomes.net.br/assunto/belo-horizonte/
Vista do Mirante da Mata – Foto Sergio Rosa. Acessado em abril de 2012. Fonte: http://www.overmundo.com.br/guia/parque-das-mangabeiras
Parque Guell: Por vários espaços a visibilidade é comprometida e interrompida por edificações arquitetônicas monumentais. Mas quando se está, ou pelas trilhas ou no mirante, o olhar do visitante pode alcançar a paisagem da cidade de Barcelona.
Parque do Dragão. Acessado em maio de 2012. Parque La Villette. Acessado em maio de 2012. Fonte: http://www.viator.com/photos/Paris-tours/Seine-River-Cruise-and-Paris-Canals-Tour Fonte: http://www.pasodoble.fr/projet/Parcs/jardin-du-dragon.html
Parque La Villette: Por quase toda sua área é possível manter uma ampla visibilidade por não possuir uma barreira física notável. Mas há áreas onde essas barreiras existem bloqueando o olhar ou o percurso do visitante. 24
Caracterização da Área de Projeto
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Município de Monte Alto - SP Monte Alto está localizado no Estado de São Paulo. A cidade faz limite com Jaboticabal, Vista Alegre do Alto, Ariranha, Cândido Rodrigues, Fernando Prestes, Taquaritinga, Taiaçu e Taiúva. Segundo o IBGE, 2010, o município possui 46.647 mil habitantes, e está a 350 km da capital. Monte Alto conta com várias indústrias siderúrgicas, de peças automotivas e de motopeças, indústrias de artefados de borracha e indústrias alimentícias. Sua agricultura é caracterizada pela predominância da pequena propriedade rural e pela policultura, com destaque para a cebola, a maga, a goiaba e a cana-de-açúcar.
Mapa localizando a cidade de Monte Alto, SP. Acessado em maio de 2012 Fonte: Google Maps
Mapa do Brasil localizando o estado de São Paulo e mapa de Sâo Paulo localizando a cidade de Monte Alto. Acessado em maio de 2012. Fonte: Google Maps e http://www.sopassagemdeaviao.com/aerop ortos/estado-sao-paulo-cidade-saopaulo.htm
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Dados Geomorfológicos O sistema de drenagem é organizado na maior parte por rios conseqüentes (drenam no mesmo rumo do mergulho das camadas geológicas). A rede de drenagem de toda a porção centro-sudeste da UGRHI mostra um acentuado paralelismo de eixos alinhados para noroeste, desde a região de Monte Alto até a altura da foz do Rio Turvo no Rio Grande. O Planalto de Monte Alto foi referido primeiramente por ALMEIDA (1964) para designar o relevo existente na região de Monte Alto e Jaboticabal, e que ocupa os divisores dos rios Tietê, Turvo e Mogi-Guaçu. Na área da UGRHI ocorre apenas no seu extremo sudeste, onde se situam as cabeceiras do Rio Turvo, estendendo-se para noroeste, a partir de Monte Alto, em direção à região de Vista Alegre do Alto, pelo divisor das águas do Turvo e do Ribeirão da Onça e, mais para norte e noroeste, pelo divisor das cabeceiras do Turvo e do Rio MogiGuaçu/Rio Pardo, até as proximidades da cidade de Monte Azul Paulista (passando por Taiúva), onde se encontram as cabeceiras do Rio da Cachoeirinha. Pode-se dizer que a forma escarpada das vertentes deste platô sedimentar sobressai na paisagem e implica "em uma separação nítida dos interflúvios mais elevados em relação às colinas mais baixas que os envolvem ou eventualmente neles penetram sob a forma de níveis embutidos pedimentados” O Planalto de Monte Alto situa-se acima da cota 630 m (IPT 1981c) e tem altitude máxima de 722 m, a sul-sudoeste de Monte Alto, nas cabeceiras do Ribeirão da Onça. O relevo apresenta caimento suave para noroeste, sentido principal de escoamento da rede de drenagem que o corta, e suas escarpas frontais, ao longo da Serra de Jaboticabal, voltam-se para oeste, num conjunto de escarpas festonadas desfeitas em morros testemunhos (IPT op. cit.). Os sistemas de relevo que dominam a área são de colinas médias, escarpas festonadas e de encostas sulcadas por vales subparalelos. As escarpas são observadas no limite nordeste da área da Bacia.
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Dados Geomorfológicos
Monte Alto
Monte Alto situa-se na legenda Kb onde encontra-se o período Cretácio Superior com formação de Bauru Arenitos, siltitos, conglomerados, argilitos e calários
Mapa geológico da Bacia Hidrográfica do Rio Mogi Guaçu, com alteração do autor. Fonte: Relatório Zero 1999, Mogi-Guaçu.
Monte Alto
Monte Alto possui o clima mesotérmico (cwa) de inverno seco em que a temperatura média do mês mais frio é inferior a 18°C e a do mês mais quente ultrapassa 22°C. O índice pluviométrico desse tipo climático varia entre 1100 e 1700 mm. A estação seca nessa região ocorre nos meses de abril a setembro, sendo julho o mês em que atinge a máxima intensidade. O mês mais chuvoso oscila entre janeiro e fevereiro. A temperatura do mês mais quente oscila entre 22 e 24°C. Mapa de classificação climática da Bacia do Rio Mogi Guaçu, com alteração do autor. Fonte: Relatório Zero 1999, Mogi-Guaçu.
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Erosão no Município de Monte Alto O sistema de drenagem é organizado na maior parte por rios conseqüentes (drenam no mesmo rumo do mergulho das camadas geológicas). A rede de drenagem de toda a porção centro-sudeste da UGRHI mostra um acentuado paralelismo de eixos alinhados para noroeste, desde a região de Monte Alto até a altura da foz do Rio Turvo no Rio Grande. O Planalto de Monte Alto foi referido primeiramente por ALMEIDA (1964) para designar o relevo existente na região de Monte Alto e Jaboticabal, e que ocupa os divisores dos rios Tietê, Turvo e Mogi-Guaçu. Na área da UGRHI ocorre apenas no seu extremo sudeste, onde se situam as cabeceiras do Rio Turvo, estendendo-se para noroeste, a partir de Monte Alto, em direção à região de Vista Alegre do Alto, pelo divisor das águas do Turvo e do Ribeirão da Onça e, mais para norte e noroeste, pelo divisor das cabeceiras do Turvo e do Rio MogiGuaçu/Rio Pardo, até as proximidades da cidade de Monte Azul Paulista (passando por Taiúva), onde se encontram as cabeceiras do Rio da Cachoeirinha. Pode-se dizer que a forma escarpada das vertentes deste platô sedimentar sobressai na paisagem e implica "em uma separação nítida dos interflúvios mais elevados em relação às colinas mais baixas que os envolvem ou eventualmente neles penetram sob a forma de níveis embutidos pedimentados.” O Planalto de Monte Alto situa-se acima da cota 630 m (IPT 1981c) e tem altitude máxima de 722 m, a sul-sudoeste de Monte Alto, nas cabeceiras do Ribeirão da Onça. O relevo apresenta caimento suave para noroeste, sentido principal de escoamento da rede de drenagem que o corta, e suas escarpas frontais, ao longo da Serra de Jaboticabal, voltam-se para oeste, num conjunto de escarpas festonadas desfeitas em morros testemunhos (IPT op. cit.). Os sistemas de relevo que dominam a área são de colinas médias, escarpas festonadas e de encostas sulcadas por vales subparalelos. As escarpas são observadas no limite nordeste da área da Bacia.
Monte Alto
Rua das Begônias em Monte Alto, SP. Acessado em abril de 2012. Fonte:http://www.geologiadobrasil.com.br/montealto_bos soroca.htm
Mapa de Suscetibilidade a Erosão da Bacia Hidrográfica do Rio Mogi Guaçu, com alteração do autor. Fonte: Relatório Zero 1999, Mogi-Guaçu.
Rua 12 de Outubro em Monte Alto, SP. Acessado em abril de 2012 Fonte: http://www.montealtoagora.com.br/galeriadetalhe.php?idgaleria=2
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Mapa de Monte Alto – Uso e Ocupação Com base no mapa abaixo, uso e ocupação do solo, é possível afirmar que o município é predominantemente residencial. A grande parte do comercio estende-se por uma faixa central. A cidade também possui grandes centros industriais.
Escala Gráfica
Mapa de uso do solo com alteração do autor. Fonte: Prefeitura Municipal de Monte Alto.
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Mapa de Monte Alto As áreas em roxo representam a suscetibilidade à erosão que o município encontrase. Pode observar que para o tamanho do município, há muitos trechos com erosões, estendendo-se por quase todo o perímetro. É possível observar também, que faixas de trinta metros para os córregos e os cinqüenta metros de raio para as nascentes não são respeitados em sua totalidade.
Escala Gráfica
Mapa com alteração do autor. Fonte: Prefeitura Municipal de Monte Alto.
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Mapa de Monte Alto – Regiões
Escala Gráfica
Mapa das regiões, com alteração do autor. Fonte: Prefeitura Municipal de Monte Alto.
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Mapa de Monte Alto – Regiões Região Vermelha: Centro, Vila Municipal, Parque Cosmo, Condomínio Vila Real. A área comercial da cidade coincide com a área histórica que ocupa a parte plana do espigão. Existe arborização com muitas falhas. Esta área se caracteriza pelo uso misto, ou seja, a habitação coexistindo junto com o comércio e serviço. Vila Municipal: esta área estão implantadas a Rodoviária, Cozinha Piloto, Centro Cívico Cultura, Sede da Guarda Municipal, Escola SENAI, Casa da Agricultura, Clube Recreativo Municipal, além de duas praças. É caracterizado por ser uma bairro residencial e de boa arborização. Apresenta erosão no final do bairro. Parque Cosmo e Vila Verde: estes loteamentos estão divididos em duas partes: uma de menor declividade e outra bastante acidentada, com erosão em alguns trechos.
Região Amarela: Jardim Canaã, Parque Laranjeiras, COHABs Vale do Sonho, Jardim Bandeirantes, Jardim Centenário, Jardim Bela Vista do Mirante e Distrito Industrial. Ao sul da COHABs Vale do Sonho está localizado a lagoa de tratamento de esgoto da SABESP. O loteamento Bela Vista do Mirante foi liberado sem a infra estrutura adequada, necessita de drenagem das águas pluviais e asfaltamento. Existe nessa área também, área de APPs invadida. Região Laranja: Jardim Paulista, Jardim São Cristóvão, Jardim Califórnia, Vila Aero Clube, Vila Real, Condomínio Laura Pizarro. O terreno onde foi implantado o loteamento Jardim Paulista configurou duas implantações: uma primeira parte me local com média declividade e localizando na mesma plataforma da Vila Aero Clube e a segunda parte em um terreno bastante acidentado e erosivo. Como aconteceu em 2007 o desmonoramento de dez casas no bairro. O loteamento Laura Pizarro e Vila Real encontram-se em situação irregular. Há falta de áreas de lazer e recreação.
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Mapa de Monte Alto – Regiões Área Verde: Jardim Alvorada, Vila Gadine, São Guilherme Vila das Nações, Jardim Santana, Tangará, Jardim Esperança. São Francisco, Vila Ramos, Jardim São Marcos e Bom Retiro. Existe o problema de drenagem urbana, pois os bairros estão em declividade e as bocas de lobos são insuficientes. O fluxo de água pluviais são de alta intensidade, ocasionando inundações em alguns imóveis. Os bairros São Guilherme, São Francisco, Vila Gadine, e Jardim das Nações não possuem áreas de lazer, e há a necessidade de instalação de uma UBS. Região Azul: Jardim Paraíso, Novo Paraíso, Residencial Real Paraíso, Jardim Pizarro e Jardim Primavera. Região ocupada por residências consideradas de alto padrão. Reestruturar o local para os eventos que ocorrem no Pavilhão da Festa de Agosto. Esses eventos causam transtorno ao bairro pela grande movimentação e o barulho causado pelos mesmos. Há pouca arborização. Região Roxa: Jardim Bela Vista, COHABs Novo Bela Vista, Jardim Vera Cruz e Jardim Erina. Há problemas de drenagem urbana de águas pluviais, ocasionando inundações nas casas em épocas de chuvas. O loteamento do Jardim Vera Cruz foi liberado sem infra estrutura adequada. Os lotes vagos não tem o cuidado necessário ficando cheios de matos e abrigando animais perigosos que invadem as casas próximas. Não possui área de lazer e a arborização é precária.
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Mapa de Monte Alto – Regiþes
Mapa de sistema de macrozoneamento de Monte Alto. Fonte: Prefeitura Municipal de Monte Alto.
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Mapa de Monte Alto – Regiþes
Mapa de zoneamento de Monte Alto. Fonte: Prefeitura Municipal de Monte Alto.
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Mapa de Monte Alto – Regiões
Mapa do sistema viário de Monte Alto. Fonte: Prefeitura Municipal de Monte Alto.
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Mapa de Monte Alto – Regiões As tabelas a seguir mostram informações do município segundo aspectos culturais, ambientais e de esportes. Ao observa a tabela do censo cultural é possível afirmar que os investimentos feitos na cidade ainda não são suficientes para atender a demanda. Faltam cinemas, teatros, auditórios e centros culturais e de eventos. Já a segunda tabela, referente ao censo do meio ambiente, é possível afirmar que há uma grande falha na falta de Leis de Zoneamento de Interesse Ambiental e Leis Específicas para Proteção e Controle Ambiental. Essa falha é notória na cidade, que encontra-se com grandes trechos desmatados e construções irregulares. Por último, a terceira tabela, referente ao censo de esportes, pode-se afirma que faltam atividades esportivas e de lazer no município, que conta com apenas dois ginásios, sendo que um está interditado por sofrer um processo erosivo por estar localizado em cima de uma nascente. Meio Ambiente Variáveis
Cultura 2003
2009
Variáveis
2003
2009
123.907
81.910
Total de Despesas Municipais – Cultura
1.169.596
1.797.416
Existência de Lei de Zoneamento Especial de Interesse Ambiental
---
---
Cinema – Salas Disponíveis
0
0
Existência de Leis Específicas para Proteção ou Controle Ambiental
---
---
0
0
Existência de Conselho Municipal ao Meio Ambiente
---
Teatro – Salas Disponíveis
1
1
Existência de Unidades de Conservação Ambiental Municipais
---
Cine – Teatro – Sala Disponíveis Auditórios
0
0
Total de Bibliotecas
1
1
Centros Culturais/Casa da Cultura
1
1
Museus
3
3
Total de Despesas Municipais – Gestão Ambiental
Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos a que Pertence o Município
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Turvo/Grande Turvo/Grande
Esporte Variáveis Total de Despesas Municipais – Deporto e Lazer
2003
2009
963.361
1.307.956
Tabelas retiras do site da Seade. Acessado em maio de 2012. Fonte: http://www.seade.gov.br
Número de Ginásio Esportivo
2
2
Número de Estádio Esportivo
2
2
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PROPOSTA
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A proposta consiste em implantar um parque urbano na cidade de Monte Alto a fim de qualificar uma área ambientalmente frágil e parcialmente abandonada, inserindo atividades de esportes, lazeres e cultura; melhorando assim a qualidade de vida da população e garantindo a preservação do meio ambiente.
O local para a implantação do parque urbano é uma área que conecta a diversos bairros da cidade; o bairro Vila Verde, Parque Cosmo, Vale Verde, Jardim Paulista, Vila Real, Jardim Jaqueline, Canaã, Laranjeiras, Bom Retiro, Jardim Folador e Tangará. A proposta contará com um programa que atende as necessidades da população monte altense, ou seja, não somente os habitantes no entorno, mas sim uma proposta para o município. Os programas contarão com quadras poliesportivas, pista de skates, playground, sanitários, praça de alimentação, centro de eventos, espaço para shows e estacionamento. O parque preservará espécies vegetais nativas e o seu plantio, e também o plantio de novas espécies; assegurando assim o bioma da área.
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Levantamento Fotogrรกfico
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Levantamento Fotogrรกfico
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Levantamento Fotogrรกfico
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Levantamento Fotogrรกfico
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Levantamento Fotogrรกfico
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Estudo da Maquete Para melhor entender a área onde será implantado o parque foi necessário fazer uma maquete topográfica. A partir desta, foram realizados diversos estudos afim de analisar as possibilidades existentes na formação do parque. Foram analisados os vários tipos de acessos ao parque, seus diferentes tipos de circulação, os trechos de uso intenso e os de descanso, as áreas de reflorestamento e de preservação. A seguir, as fotos da maquete, mostraram as várias possibilidades estudadas. As representações foram feitas das seguintes formas: os quadrados azuis representam os acessos da cidade para o parque; os quadrados ou círculos verdes representam as praças de lazer e descanso do parque; os retângulos vermelhos representam os centros de eventos e shows; os círculos amarelos representam as áreas de esportes; e as tiras pretas representam as diversas circulações no parque.
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Estudo da Maquete
Primeira possibilidade: centro de eventos em duas partes do parque distintas. Ligaçþes feitas apenas nas extremidades do parque.
Segunda possibilidade: centro de esportes em duas partes do parque e centro de eventos em apenas uma. Mais possibilidade de praças de descanso.
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Estudo da Maquete
Terceira possibilidade: centro de esportes e de eventos em duas partes do parque. Ligações feitas apenas nas extremidades do parque. Mais acessos ao parque.
Quarta possibilidade: centro de esportes e centro de eventos em duas partes do parque. Possibilidade de praças de descansos maiores. Mais tipos de acessos e circulação interna.
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Proposta Após as análises realizadas com a maquete, foi desenvolvida uma proposta que abrangeu as melhores qualidades das quatros possibilidades estudadas. Os quadrados laranja são os acessos que da cidade para o parque, por ser uma área de grande extensão é necessários diversos acessos para saciar a população. Os círculos verdes são praças de descanso, lazer e contemplação, chamadas de praças de parada. Elas servirão também como conexão do parque. Os retângulos vermelhos serão os centros de eventos e de shows, sendo distribuído por várias áreas do parque. O centro de esporte está representado pelas quadras esportivas, também distribuídas em mais de um ponto do parque. A circulação, exibida em amarelo, conectará o parque todo, podendo ser no mesmo nível da topografia ou suspenso.
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Referências Bibliografia
SILVA, L.J.M.; EGLER, I. O Estudo da Recuperação em Espaços Urbanos Preservados. Encontro anul 1. Sustentabilidade e Cidade. Disponível em http://www.anppas.org.br/encontro_anual/encontro1/gt/sustentabilidade_cidades/Luciene%20 de%20Jesus%20Maciel%20da%20Silva.pdf. Acessado em 13 de março de 2012. Política Nacional do Meio Ambiente. Informações: Política Nacional do Meio Ambiente. Disponível em: http://www.jurisambiente.com.br/ambiente/politicameioambiente.shtm. Acessado em 14 de março de 2012. CHACEL, F. Paisagismo e Ecogênese. Editora: FRAIHA, 2a Edição 2004 Rio de Janeiro. Diagnostico da Bacia Hidrográfica do Rio Mogi Guaçu “Relatório Zero” 1999 pg.08-12, 17 e 18. Prefeitura Municipal de Monte Alto. Disponível em: http://www.montealto.sp.gov.br/, Acessado em março e abril. ABBUD, B. Criando Paisagens. Editora: Senac São Paulo 3ª edição 2007 pg. 32, 38, 39, 45, 66 e 82
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